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1
PERFIL MUNICIPAL E
BOLETIM DE CONJUNTURA DA
CIDADE DE PENÁPOLIS
2
Sumário1
Apresentação ................................................................................................................................ 5
1. História .................................................................................................................................. 6
2. Perfil Municipal ..................................................................................................................... 7
a. Localização e caracterização do território ....................................................................... 7
b. Demografia e desenvolvimento humano ...................................................................... 10
c. Educação ......................................................................................................................... 13
d. Economia......................................................................................................................... 21
e. Emprego .......................................................................................................................... 26
f. Comércio exterior ........................................................................................................... 34
g. Transporte ....................................................................................................................... 36
h. Saúde e assistência social ............................................................................................... 37
i. Turismo e cultura ............................................................................................................ 41
j. Saneamento e meio ambiente ....................................................................................... 43
k. Finanças públicas ............................................................................................................ 44
3. Considerações finais ........................................................................................................... 47
1 Última atualização: julho/2013
3
Figuras
Figura 1 - Localização de Penápolis ............................................................................................... 7
Figura 2 - Mapa Florestal de Penápolis ........................................................................................ 8
Figura 3 - Vias de acessos ........................................................................................................... 36
Figura 4 - Mapa IPRS 2010 .......................................................................................................... 47
Gráficos
Gráfico 1 - Comarca de Penápolis* ............................................................................................. 10
Gráfico 2 - Evolução populacional ............................................................................................... 11
Gráfico 3 - Perfil Etário ................................................................................................................ 11
Gráfico 4 -IDH .............................................................................................................................. 12
Gráfico 5 - Evolução IDEB - Anos Iniciais ..................................................................................... 13
Gráfico 6 Evolução IDEB - Anos Finais ......................................................................................... 14
Gráfico 7 - Quantidade de matrículas escolares na comarca de Penápolis ................................ 14
Gráfico 8- Distribuição de matrículas escolares por município .................................................. 15
Gráfico 9 - Instituições de ensino de Penápolis .......................................................................... 16
Gráfico 10 - Evolução PIB Real* .............................................................................................. 21
Gráfico 11 - Evolução Valor Agregado por Setor ........................................................................ 22
Gráfico 12 - Participação no PIB estadual ................................................................................... 22
Gráfico 13 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita .......................................................... 23
Gráfico 14 - Renda média domiciliar per capita .......................................................................... 23
Gráfico 15 - Evolução do número de empresas no município .................................................... 24
Gráfico 16 - Evolução do número de empresas no município, por nº de funcionários (2006 a
2011) ........................................................................................................................................... 24
Gráfico 17 - Concentração de empresas por nº de funcionários (2011)..................................... 25
Gráfico 18 - Evolução dos empregos formais em Penápolis ....................................................... 26
Gráfico 19 - Distribuição dos empregos formais por nível de escolaridade ............................... 27
Gráfico 20 - Variação 2006 a 2011 - Empregos formais por nível de escolaridade .................... 27
Gráfico 21 - Distribuição dos empregos formais por faixa etária ............................................... 28
Gráfico 22 - Variação 2006 a 2011 - Empregos formais por faixa etária .................................... 28
Gráfico 23 - Variação mensal do emprego em Penápolis ........................................................... 33
Gráfico 24 - Balança Comercial - Município de Penápolis ........................................................... 34
Gráfico 25 - % no total de comércio exterior, por origem e destino .......................................... 34
Gráfico 26 - Principais destinos - exportações de Penápolis ....................................................... 35
Gráfico 27 - Principais origens - importações para Penápolis ..................................................... 35
Gráfico 28 - Taxa de Mortalidade Infantil - 2011 ........................................................................ 37
Gráfico 29 - Taxa de Mortalidade na infância - 2011 .................................................................. 37
Gráfico 30 - Expectativa de vida .................................................................................................. 38
Gráfico 31 - Orçamento Municipal .............................................................................................. 44
Gráfico 32 - % da receita total gerada pelo próprio município ................................................... 45
Gráfico 33 - Índice de Participação dos Municípios no ICMS (Em %) - Penápolis ....................... 45
Gráfico 34 - % das receitas destinadas a investimentos ............................................................. 46
4
Tabelas
Tabela 1 - Cursos técnicos em Penápolis .................................................................................... 19
Tabela 2 - Cursos superiores em Penápolis ................................................................................. 19
Tabela 3 - Setores que mais empregaram entre 2008 e 2010 .................................................... 30
Tabela 4 - Setores com maiores salários entre 2008 e 2010 ...................................................... 31
Tabela 5 - Setores que mais geraram renda entre 2008 e 2010 ................................................. 32
Tabela 6 - Setores com maior geração de emprego entre fev.12 e fev.13 ................................. 33
Tabela 7 - Nº de leitos na rede municipal ................................................................................... 39
Tabela 8 - Entidades da rede socioassistencial ........................................................................... 40
Tabela 9 - Número de estabelecimentos de saúde - Município de Penápolis ............................ 40
5
Apresentação
“Ninguém determina de antemão e do princípio ao fim o caminho que seguirá na
vida. O máximo que fazemos é optar por trechos, com maior ou menor ousadia, à
medida que prosseguimos em frente. Ocorre que, a cada novo trecho do caminho,
nós nos deparamos com novas realidades e com possibilidades desconhecidas que
alteram não só as nossas expectativas sobre o futuro, mas que podem colocar o
percurso já transcorrido sob uma nova luz e perspectiva. O conhecer modifica o
conhecido. [...] A literatura mostra e a vida comum confirma que experiências críticas
em nossos percursos [...] podem nos levar a rever profundamente o valor e o sentido
do nosso passado e a crença que alimentamos sobre nós mesmos.”2
O texto acima ressalta a importância de constantemente revisar o passado para entender o
presente. Isso feito cria-se o alicerce para pensar o futuro, o que por sua vez cria situações em
que há conflito de escolha, isto é, onde uma ação econômica que visa à resolução de um
problema involuntariamente acarreta outro. E dentre essas situações, uma das mais
desafiadoras é aquela relacionada à escolha temporal, ou seja, trocas nas quais o ônus e o bônus
de uma interação, econômica ou não, ocorrem em momentos distintos do tempo.
Especialista no assunto, o economista Eduardo Gianetti da Fonseca trata dos conceitos da
miopia temporal3, caracterizada por indivíduos que dão descomedida importância ao que está
mais próximo no tempo, e sua contrapartida, a hipermetropia temporal, que ocorre quando é
atribuído um valor excessivo ao amanhã, em prejuízo das demandas correntes. Se o míope com
frequência é vítima do remorso, porque o futuro chega e cobra seu preço pelo passado
despreocupado, o hipermetrope normalmente sofre com o arrependimento pelo desperdício
de oportunidades perdidas com o excesso de zelo pelo amanhã.
Desta forma, o estudo a seguir tem por objetivo analisar dados históricos de Penápolis, traçar
um panorama conjuntural da situação econômico-social da cidade e com isso gerar discussões
que venham a tornar menos aleatória e mais assertiva as tomadas de decisões que terão
impacto no futuro do município. Hoje mais que nunca, a preocupação com o amanhã deve ser
enorme. O conforto de amanhã exige sacrifícios e escolhas hoje.
2 GIANETTI, Eduardo. Auto Engano (pág. 55). São Paulo, Companhia das Letras, 1998. 3 GIANETTI, Eduardo. O Valor do Amanhã. São Paulo, Companhia das Letras, 2005.
6
1. História
O primeiro empreendimento para a colonização dos campos de Avanhandava foi em 1767,
quando o Capitão Geral da Província de São Paulo, Luíz Antônio Botelho de Souza Mourão,
instala-se nas mediações do Salto de Avanhandava, formando uma colônia agrícola para dar
subsistência às tropas oficiais, que se dirigiam para a fronteira do Mato Grosso. Em 1842,
algumas famílias saíram de Pinhuy (MG) para Descalvado (SP) e, posteriormente, pelos afluentes
do Rio Tietê, se apossando de terras devolutas e trazendo manadas de gado caracu.
Em 1886, essas famílias se confrontaram com os índios nativos e tiveram que fugir para a
margem direita do Tietê, onde hoje se situa a cidade de Ubarana. São elas: Goulart, Castilho,
Ferreira de Souza, Pinto Caldeira, Corrêa, Pereira Coelho, entre outras.
Após a expulsão dos índios que ocupavam as terras situadas entre os campos do Avanhandava
e as margens do Rio Feio, o núcleo populacional de Penápolis começava a se formar. Seu
desenvolvimento foi impulsionado a partir de 1907, com a chegada dos trilhos da Estrada de
Ferro Noroeste do Brasil.
Na mesma época, alguns frades capuchinhos de São Paulo adquiriram parte das terras loteadas
por Manoel Bento da Cruz e fundaram um convento. Com o passar do tempo, novas famílias
foram se instalando naquela área. Foi principalmente em função da atividade cafeeira que a
povoação progrediu. Em 25 de outubro de 1908, frei Bernardino de Lavalle fundou o patrimônio
de Santa Cruz do Avanhandava, que, em 17 de novembro de 1909, seria elevado à categoria de
distrito do município de São José do Rio Preto, recebendo o nome de Penápolis, em homenagem
ao presidente Afonso Pena. No dia 16 de dezembro de 1910, o distrito foi transferido para o
município de Bauru, adquirindo autonomia municipal pouco tempo depois, em 22 de dezembro
de 1913.
7
2. Perfil Municipal
a. Localização e caracterização do território
Penápolis é um município brasileiro localizado no noroeste do estado de São Paulo, a 480 km da
capital estadual, pertencente à mesorregião de Araçatuba e microrregião de Birigui.
Figura 1 - Localização de Penápolis
O município tem uma área de 711 Km2 com uma vegetação predominantemente de cerrado.
Situado na Latitude 21º25´11 S e Longitude 50º04´39, apresenta clima tropical, com
temperatura média anual de 23º C. Durante o período de outubro a abril ocorre a estação
quente e chuvosa, ao passo que entre os meses de maio a setembro predomina a estação seca
e fria. A precipitação média anual é de 1.035 mm, destacando-se janeiro como o mês mais
chuvoso (média mensal de 236 mm) e o mês de julho, o mais seco (média mensal de 17 mm).
8
Figura 2 - Mapa Florestal de Penápolis
4
4 Fonte: Secretaria do Meio ambiente do Estado de São Paulo
9
Os recursos hídricos do município são abundantes, pois o mesmo é rodeado de diversos rios,
lagos e lagoas. O trecho inferior do rio Tietê compreende a área do rio entre a barragem de
Promissão até a sua desembocadura no rio Paraná. Todo este trecho tem um extensão de 240
km, com declividade média de álveo de 0,45m/km, envolvendo uma área de drenagem com
aproximadamente 13.855 km2.
Na margem esquerda, sítio de localização do município, destacam-se os ribeirões dos Patos e
Lajeado, que deságuam na represa de Nova Avanhandava, sendo este último manancial de
abastecimento do município. Sua extensão é de 38,5 km e a área total de sua bacia é de 43.000
hectares.
O ribeirão do Lajeado, a jusante da captação de água para Penápolis até a confluência com o
ribeirão Bonito, enquadra-se dentro dos padrões da Cetesb, na classe 3, por sub-bacia
característica, o que significa que tem “águas destinadas ao abastecimento doméstico após
tratamento convencional, à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras e à
dessedentação de animais”.
10
b. Demografia e desenvolvimento humano
O município tem uma população ao redor de 60 mil habitantes, mas exerce influência direta sob
aproximadamente 96 mil pessoas, distribuídas nas seguintes cidades que constituem sua
comarca:
Gráfico 1 - Comarca de Penápolis*
Fenômeno ocorrido em todo o Brasil devido ao processo de desenvolvimento econômico do
país, o êxodo rural também se fez presente em Penápolis. Durante as décadas de 1980 e 1990
houve um intenso fluxo migratório do campo para a cidade, o qual tem apresentando uma
tendência declinante a partir da década de 2000.
58.982
11.4536.723 5.169 5.128 4.604 4.088
Penápolis Avanhandava Barbosa Luiziânia Braúna Glicério Alto Alegre
*Dados referentes ao ano de 2012. Fonte: Perfil Municipal - Fundação Seade
11
Gráfico 2 - Evolução populacional
Outra característica da população penapolense é o percentual de pessoas com 60 anos ou mais,
acima da média estadual e da sua região de governo:
Gráfico 3 - Perfil Etário
34.263
40.322
48.285
54.63558.529
72,10%
79,70%
88,30%92,70%
95,50%
10,54% 10,79%4,98% 3,02%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1970 1980 1991 2000 2010
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
Urbana Rural Taxa de urbanização Δ taxa de urbanização
Fonte: IBGE- Censos Demográficos, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010.
12,20% 14,39% 15,75%
20,71% 18,67% 18,90%
67,09% 66,94% 65,35%
Estado Região de Governo de Araçatuba Penápolis
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
População com 60 anos ou mais População com menos de 15 anos População entre 15 e 59 anos
Fonte: Fundação Seade
12
No quesito desenvolvimento humano o município teve até 2000 uma boa evolução em seu IDH5.
Ao longo desse período houve um avanço considerável no pilar “educação” e uma queda relativa
no pilar “renda”. Entretanto, para chegar aos padrões de países desenvolvidos6 no período entre
2000 e 2033, o IDH municipal deverá crescer a uma taxa média de 5,67% na seguinte proporção:
Educação: 2,20%
Longevidade: 7,10%
Renda: 8,10%
Através dessa análise infere-se que o pilar renda é aquele que deverá receber maiores estímulos.
Gráfico 4 -IDH
5 Índice de Desenvolvimento Humano é uma medida comparativa usada para classificar cidades e países pelo seu grau de "desenvolvimento humano". Quanto mais próximo a 1, maior o desenvolvimento da região analisada. 6 Considerando o valor de 0,955 atingido pela Noruega, 1º colocado no ranking de 2012.
0,513
0,7050,759
0,8100,855
0,9040,956
37,43%
7,66% 6,72% 5,60% 5,67% 5,73%
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1970 1980 1991 2000 2013* 2023* 2033*
Educação Longevidade Renda IDH Geral Taxa de crescimento IDH
Fonte: Perfil Municipal - IBGE; *Valores estimados
13
c. Educação
A educação do município tem mostrado melhoras no ensino básico. De 2005 a 2011 houve
progresso nas notas do IDEB tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais da educação básica.
Nos anos iniciais, Penápolis apresentou um desempenho superior à média estadual e nacional,
bem como superior à meta estipulada pelo MEC.
Gráfico 5 - Evolução IDEB7 - Anos Iniciais
Já nos anos finais do ensino básico, o desempenho dos alunos penapolenses ficou aquém das
médias estaduais e nacionais, muito próximo da meta estipulada.
7 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica criado pelo Inep/MEC que busca representar a qualidade da educação a partir da observação de dois aspectos: o fluxo (progressão ao longo dos anos) e o desenvolvimento dos alunos (aprendizado)
3
4
5
6
2005 2007 2009 2011
Penápolis - Meta Penápolis - Realizado Estado de SP Brasil
Fonte: Portal Ideb (www.portalideb.com.br)
14
Gráfico 6 Evolução IDEB - Anos Finais
Com relação à quantidade de matrículas escolares, segundo o Censo Escolar de 2012 do INEP,
havia na comarca de Penápolis em 2012 mais de 13 mil alunos, majoritariamente matriculados
no ensino fundamental.
Gráfico 7 - Quantidade de matrículas escolares na comarca de Penápolis
Deste montante, o município de Penápolis concentra a maior quantidade:
3
4
5
6
2005 2007 2009 2011
Penápolis - Meta Penápolis - Realizado Estado de SP Brasil
Fonte: Portal Ideb (www.portalideb.com.br)
9.618 ; 72%
3.068 ; 23%
602 ; 5%
Ensino Fundamental Ensino Médio EJA
*Dados não consideram matrículas no ensino privado. Fonte: Censo Escolar 2012 - INEP
15
Gráfico 8- Distribuição de matrículas escolares por município
Há em Penápolis 62 instituições atuando nos ensinos infantil, fundamental, médio e técnico:
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
Penápolis Avanhandava Barbosa Luiziânia Braúna Glicério Alto Alegre
Ensino Fundamental Ensino Médio EJA
*Dados não consideram matrículas no ensino privado. Fonte: Censo Escolar 2012 - INEP
16
Gráfico 9 - Instituições de ensino de Penápolis
TIPO
NOME END NUM BAIRRO Ensino Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Técnico
ESTADUAL LUIZ CHRISOSTOMO DE OLIVEIRA PRACA 9 DE JULHO 36 CENTRO X
ESTADUAL CARLOS SAMPAIO FILHO DOUTOR PRACA DOUTOR CARLOS SAMPAIO FILHO 40 CENTRO X X
ESTADUAL YONE DIAS DE AGUIAR PROFESSORA RUA BAHIA 143 FATIMA X X
ESTADUAL ADELINO PETERS AVENIDA DOUTOR ANTONIO DEFINE 1280 CENTRO X X
ESTADUAL AUGUSTO PEREIRA DE MORAES AVENIDA OLSEN 315 CENTRO X
ESTADUAL ESTER EUNICE ALMEIDA FARIA DE OLIVEIRA PROFESSORA RUA GABRIEL GAETI 513 CIDADE JARDIM X X
ESTADUAL CEL JTO A EE ADELINO PETERS AV DR ANTONIO DEFINE 1280 CENTRO
ESTADUAL LUIZA MARIA BERNARDES NORY PROFESSORA RUA JOAQUIM BURANELLO 40 JARDIM ELDORADO X X
ESTADUAL JOANA HELENA DE CASTILHO MARQUES PROFESSORA RUA ALVARO GOMES 191 A VILA FORMOSA X X
FEDERAL JOAO JORGE GERAISSATE ETE ESTRADA JOSE VIGILATO DE CASTILHO SN LAJEADO X
MUNICIPAL MONTAHA GIBARA AYUB PROFA EMEF AVENIDA MARIO WALDEMARIN 85 JARDIM HAROLDO CAMILO X
MUNICIPAL HARUME KUBOTA DA SILVA PROFA EMEF AVENIDA REGINA CELIA BITENCOURT 80 JARDIM DO LAGO X
MUNICIPAL DARCY APARECIDA BURANELLO MARIN PROFA EMEF RUA DAS ORQUIDEAS 469 SILVIA COVAS X
MUNICIPAL VILA APARECIDA EMEI DA RUA ELESBON 264 VILA APARECIDA X
MUNICIPAL ALPHAVILLE EMEI E CCIM RUA FRANCISCO MOREIRA SN JARDIM ALPHAVILLE X
MUNICIPAL VILA FATIMA EMEI DA AVENIDA GOIAS SN VILA FATIMA X
MUNICIPAL JARDIM BRASILIA EMEI DO AVENIDA FRANCISCO JOSE FRANCO SN JARDIM BRASILIA X
MUNICIPAL ORENTINO MARTINS EMEI PRACA ORENTINO MARTINS SN JARDIM X
MUNICIPAL MUTIRAO CRECHE CCIM RUA IRMAOS CHRISOSTOMO DE OLIVEIRA 677 JARDIM ELDORADO X
MUNICIPAL CASA ANJO DA GUARDA EMEI AV ANTONIO VERONESE 27 V FATIMA X
MUNICIPAL AUTA DE SOUZA EMEI AVENIDA LUIZ OSORIO 108 CENTRO X
MUNICIPAL CORA CORALINA PEM RUA ALVARO GOMES 150 VILA SANTA TEREZINHA X
MUNICIPAL RENASCER EMEI E CCIM AVENIDA PRESIDENTE JOHN KENNEDY 136 JARDIM TOQUIO X
MUNICIPAL JARDIM DEL REY EMEI E CCIM AVENIDA SOLDADO GUERINO POLONIO 572 JARDIM DEL REY X
MUNICIPAL VILA PLANALTO EMEI E CCIM RUA DOMINGOS VIEIRA SN VILA PLANALTO X
17
MUNICIPAL CIDADE JARDIM EMEI E CCIM RUA ROBERTO SABINO 636 CIDADE JARDIM X
MUNICIPAL FRANCISCO CONTE EMEI RUA JOSE JOAQUIM PEREIRA 186 VILA SAO JOAQUIM X
MUNICIPAL PINGO D'AGUA EMEI RUA GENI TEIXEIRA DE SOUZA 123 JARDIM ELDORADO X
MUNICIPAL SILVIA COVAS EMEI E CENTRO DE CONVIVENCIA INFANTIL MUNICIPAL RUA DAS BEGONIAS 50 RESIDENCIAL SILVIA COVAS X
MUNICIPAL MARIO SABINO DR EMEF RUA CAMPOS SALES 819 JARDIM TOQUIO X
MUNICIPAL ARMELINDO ARTIOLI PROF EMEF RUA SALMA CHEIDA PEREIRA 184 JARDIM DEL REY X
MUNICIPAL CARACOL SABIDO CRECHE CCIM RUA XV DE NOVEMBRO 151 CENTRO X
MUNICIPAL PEVI EMEI CCIM RUA 10 SN JARDIM PEVI X
MUNICIPAL SANTA TEREZINHA CRECHE CCIM RUA CORCOVADO 139 V STA TEREZINHA X
MUNICIPAL JOANA HELENA DE CASTILHO MARQUES PROFA EMEF RUA ALVARO GOMES 181 A FORMOSA X
MUNICIPAL CASA DA AMIZADE EMEF RUA GOIAS 448-A VILA AMERICA X
MUNICIPAL MARCOS TRENCH EMEF AVENIDA MINAS GERAIS 961 FATIMA X
MUNICIPAL MARILENA CIPRIANO PEREIRA PROFA EMEF RUA MARIA MORONI DIAS 115 JARDIM ELDORADO X
MUNICIPAL ELZA NADAI SILVINO PROFA EMEF RUA TRES 201 JARDIM PEVI X
MUNICIPAL ELDORADO CRECHE CENTRO DE CONVIVENCIA INFANTIL MUN AVENIDA GETULIO VARGAS 419 JARDIM ELDORADO X
MUNICIPAL VILA APARECIDA CCIM AVENIDA ANTONIO DEFINE 1340 VILA APARECIDA X
MUNICIPAL JARDIM PLANALTO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCACAO INTEGRADA RUA LIBERDADE 1620 PLANALTO
MUNICIPAL JARDIM TOQUIO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCACAO INTEGRADA RUA CAMPOS SALES 500 TOQUIO
MUNICIPAL ALTO DAS BRISAS CENTRO MUNICIPAL DE EDUCACAO INTEGRADA RUA BELMIRO LOPES 245 ALTO DAS BRISAS
MUNICIPAL JARDIM ELDORADO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCACAO INTEGRADA AVENIDA PRESIDENTE GETULIO VARGAS 757 JARDIM ELDORADO
MUNICIPAL SAO FRANCISCO CENTRO DE EDUCACAO INFANTIL MUNICIPAL RUA JOSE CAMPANHA SN CONJUNTO HABITACIONAL SAO FRANCISCO X
MUNICIPAL CECILIA MEIRELES CENTRO DE EDUCACAO INFANTIL MUNICIPAL RUA ULYSSES SIGNORINI 185 RESIDENCIAL DOIS IRMAOS X
PARTICULAR ANJO DA GUARDA ASSOCIACAO PENAPOLIS PROTECAO A INFANCIA AVENIDA ANTONIO VERONESE 271 VILA FATIMA X
PARTICULAR DILIA RIBEIRO ASSOCIACAO FEMININA PROTECAO INFANCIA LACTARIO RUA SANTA CLARA 31 CENTRO X
PARTICULAR AUTA DE SOUZA CRECHE ESCOLA AVENIDA LUIZ OSORIO 108 CENTRO X
18
PARTICULAR SESI 136 CENTRO EDUCACIONAL RUA DOUTOR RAMALHO FRANCO 2717 SANTA THEREZINHA X X
PARTICULAR FRANCISCANO CORACAO DE MARIA COLEGIO AVENIDA OLSEN 522 CENTRO X X X
PARTICULAR SAO FRANCISCO DE ASSIS EEM E ED PROFISSIONAL NIVEL TECNICO PRACA DOUTOR CARLOS SAMPAIO FILHO 120 CENTRO X
PARTICULAR LEAOZINHO ESCOLA DE EDUCACAO INFANTIL RUA AUGUSTO PEREIRA MORAES 1279 JARDIM SAO VICENTE X
PARTICULAR O PEQUENO PRINCIPE COLEGIO AVENIDA EDUARDO DE CASTILHO 788 CENTRO X X
PARTICULAR AFONSO PENA ESCOLA E I F M AVENIDA SAO JOSE 400 VILA MARTINS X X
PARTICULAR APAE DE PENAPOLIS AVENIDA ODOCO MARQUES 317 VILA EDEJAMA
PARTICULAR NELLY JORGE COLNAGHI FUNDACAO RUA BATISTA GRECCO 850 JARDIM TROPICAL X
PARTICULAR PENAPOLIS INSTITUTO DE MUSICA E ARTES AVENIDA RUI BARBOSA 798 CENTRO X
PARTICULAR FUNDACAO EDUCACIONAL DE PENAPOLIS AVENIDA SAO JOSE 400 VILA MARTINS X
PARTICULAR FUTURO COLEGIO RUA GIACOMO PARO 1487 VILA ROCHA X X
PARTICULAR SAO FRANCISCO DE ASSIS EEI E FUNDAMENTAL RUA SANTA CLARA 247 CENTRO X
TOTAL 31 24 9 4
Fonte: Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (http://www.educacao.sp.gov.br/central-de-atendimento/downloads.asp)
19
Existe no município uma oferta de cursos técnicos e cursos superiores. No nível técnico as
principais instituições e cursos são os seguintes:
Tabela 1 - Cursos técnicos em Penápolis
Instituição Curso
ETEC João Jorge Gereissate
Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio
Técnico em Agropecuária
Técnico em Agronegócios
Técnico em Floresta
Técnico em Informática
Técnico em Meio Ambiente
Colégio OCEU Positivo
Técnico em Contabilidade
Técnico em Administração
Técnico em Segurança do Trabalho
Técnico em Química
Técnico em Farmácia
Técnico em Edificações
Fundação Educacional de Penápolis
Técnico em Agroindústria (Açúcar e Álcool)
Técnico em Enfermagem (Auxiliar)
Técnico em Redes de Computadores
Técnico em Saúde Bucal
Técnico em Segurança do Trabalho
CAT (Centro de Aprendizagem e Treinamento da Prefeitura de
Penápolis)
Auxiliar Administrativo
Bordado e Crochê
Cabeleireiro
Corte e Costura Industrial
Depilação
Eletricista Residencial
Informática Básica
Limpeza de Pele
Manicure e Pedicure
Maquiagem
Marcenaria
Massagem Corporal
Pedreiro Assentador
Pintura em Tecido
Soldador de solda elétrica
Tornearia Mecânica
Já no ensino superior, a cidade oferece os seguintes cursos:
Tabela 2 - Cursos superiores em Penápolis
20
Instituição Tipo Curso Modalidade
Universidade Norte do Paraná (em parceria com o
Colégio OCEU Positivo) Privada
Administração A Distância
Ciências Biológicas - Licenciatura A Distância
Ciências Contábeis A Distância
Geografia - Licenciatura A Distância
História A Distância
Letras A Distância
Matemática - Licenciatura A Distância
Pedagogia A Distância
Serviço Social A Distância
Análise e Desenvolvimento de Sistemas A Distância
Estética e Imagem Pessoal A Distância
Gestão Ambiental A Distância
Gestão de Recursos Humanos A Distância
Gestão Hospitalar A Distância
Gestão Pública A Distância
Logística A Distância
Marketing A Distância
Processos Gerenciais A Distância
Segurança do Trabalho A Distância
Fundação Educacional de Penápolis
Privada
Administração Presencial
Artes Visuais Presencial
Ciências Biológicas Presencial
Ciências Contábeis Presencial
Física Presencial
Matemática Presencial
Pedagogia Presencial
Psicologia Presencial
Sistemas de Informação Presencial
Tecnologia em Agronegócio Presencial
21
d. Economia
O PIB do município triplicou seu valor entre os anos 2000 e 2010. Neste período, houve um
crescimento médio de 10% ao ano de toda a riqueza produzida na cidade.
Gráfico 10 - Evolução PIB Real*
Há que se destacar que esse crescimento foi acompanhado por uma mudança na participação
do valor agregado dos setores da economia. A participação do setor de serviços na composição
do PIB, que era de 66,48% em 2000, passa para 61% em 2010. Concomitantemente, observa-se
um aumento da participação do setor industrial, passando este a responder por 24,91% do PIB
em 2010, ante a 21,16% em 2000.
4,5%
16,0%
5,0%
13,8%
45,1%
10,2%
16,5%
-10,3%
7,5% 9,0%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$
Milh
ões
PIB Real Δ PIB Real Taxa Média de Crescimento PIB Real
*PIB real calculado usando PIB municipal Nominal (Fundação Seade) e o deflator do PIB (IBGE); **Compound Anual Growth Rate (taxa média de crescimento)
CAGR** = 9,94% a.a
22
Gráfico 11 - Evolução Valor Agregado por Setor
Apesar do crescimento do valor absoluto do PIB municipal, a economia penapolense não
apresentou um crescimento relativo na composição do PIB estadual ao final do período
analisado, uma vez que sua participação permaneceu ao redor de 0,08%.
Gráfico 12 - Participação no PIB estadual
4,42% 5,66% 8,85% 7,82% 6,73% 3,53% 5,13% 4,68% 3,09% 4,11% 5,02%21,16%20,57% 19,54% 21,02% 20,17%
32,29% 24,30% 17,70% 23,15% 22,04%24,91%66,48%65,75%
63,18% 62,72%63,81%
55,19% 60,87%67,40%
63,96%65,10%
61,00%
7,94% 8,02%8,43% 8,44%
9,29%
8,99%
9,70%
10,21%
9,79%8,76%
9,06%
-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$
Milh
ões
Agropecuária Indústria Serviços Impostos
Fonte: PIB municipal Nominal - Fundação Seade ; Deflator do PIB - IBGE; * Valor Adicionado constitui-se da receita de venda deduzida dos custos dos recursos adquiridos de terceiros. É, portanto, o quanto o setor contribuiu para a formação do Produto Interno Bruto (PIB)
0,000%
0,020%
0,040%
0,060%
0,080%
0,100%
0,120%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: PIB municipal Nominal - Fundação Seade ; Deflator do PIB - IBGE;
23
O crescimento do PIB foi acompanhado de uma diminuição da concentração de renda do
município. Entre 2000 e 2010 houve uma queda de 15% no coeficiente de Gini8, o que mostra a
melhor equidade na distribuição de renda.
Gráfico 13 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita
Ainda com relação à renda, observa-se também uma melhora da renda per capita, da ordem de
16,6%.
Gráfico 14 - Renda média domiciliar per capita
8 Indicador utilizado para calcular a desigualdade de distribuição de renda. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm)
0,5585
0,4742
2000 2010
Fonte: Datasus
R$ 710
R$ 829
2000 2010
Fonte: Datasus
24
Um outro indicador do desenvolvimento econômico é o aumento do número de empresas
cadastradas o município de Penápolis. De acordo com o Cadastro Geral de Empresas do IBGE,
entre 2006 e 2011 o número de estabelecimentos cresceu em média 1,2% ao ano, conforme o
gráfico abaixo:
Gráfico 15 - Evolução do número de empresas no município
Este crescimento se deu principalmente nas empresas menores, de até 19 funcionários:
Gráfico 16 - Evolução do número de empresas no município, por nº de funcionários (2006 a 2011)
2.439
2.0642.214
2.598 2.4562.619
2006 2007 2008 2009 2010 2011
0,56%3,27%
7,28%
2,82%
-8,16%
7,96%
-1,94%
20,09%
12,25%
1,19%
-10,00%
-5,00%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
-50
0
50
100
150
200
0 a 4 5 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 49 50 a 99 100 a249
250 a499
500 oumais
Total
Δ Absoluto Δ Médio %
Fonte: IBGE (cadastro geral de empresas)Fonte: IBGE (cadastro geral de empresas)
25
Este fenômeno, por sua vez, pode estar ligado à grande concentração de empresas pequenas,
maior que a média nacional e estadual, que compõem a estrutura econômica da cidade de
Penápolis:
Gráfico 17 - Concentração de empresas por nº de funcionários (2011)
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Brasil Estado de São Paulo Penápolis
Fonte: IBGE (cadastro geral de empresas)
0 a 4 5 a 9 10 a 19 20 a 29 30 a 49 50 a 99 100 a 249 250 a 499 500 ou maisNúmero de funcionários
26
e. Emprego
O número de empregos formais no município cresceu, em média, 1,9% ao ano entre 2006 e
2011.
Gráfico 18 - Evolução dos empregos formais em Penápolis9
Tal crescimento foi acompanhado de uma melhora na qualificação de mão de obra. Conforme
mostram os gráficos abaixo, há uma migração da mão-de-obra de baixa escolaridade para vagas
ocupadas por pessoas com mais anos de estudo.
9 O número de empregos formais corresponde aos vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de cada ano, de acordo com
informações fornecidas pelos contratantes quando da elaboração da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Entende-se como vínculo empregatício a relação de emprego mantida com o empregador durante o ano-base e que se estabelece sempre que ocorrer trabalho remunerado com submissão hierárquica ao empregador e horário preestabelecido por este.
11.816
13.491 13.65512.832
12.17413.229
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Fonte: Fundação Seade
27
Gráfico 19 - Distribuição dos empregos formais por nível de escolaridade
Essa transformação fica evidente no gráfico abaixo, o qual mostra a elevação dos empregos de
pessoas com nível superior e ensino médio completos, em detrimento à uma queda do número
de pessoas ocupadas com o ensino fundamental incompleto.
Gráfico 20 - Variação 2006 a 2011 - Empregos formais por nível de escolaridade
Quando o nível de emprego formal é analisado por faixas etárias, constata-se que
majoritariamente a força de trabalho do município é formada por pessoas entre 25 e 39 anos.
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Pessoas com Ensino Fundamental Incompleto Pessoas com Ensino Fundamental Completo
Pessoas com Ensino Médio Completo Pessoas com Ensino Superior Completo
Fonte: Fundação Seade
-3,96%
1,57%
4,49% 4,57%
Pessoas com EnsinoFundamentalIncompleto
Pessoas com EnsinoFundamental Completo
Pessoas com EnsinoMédio Completo
Pessoas com EnsinoSuperior Completo
Fonte: Fundação Seade
28
Gráfico 21 - Distribuição dos empregos formais por faixa etária
Além disso, os dados históricos mostram um aumento das vagas ocupadas por pessoas com
maior idade, principalmente aquelas com 60 anos ou mais.
Gráfico 22 - Variação 2006 a 2011 - Empregos formais por faixa etária
Com relação à distribuição do emprego entre os setores econômicos, entre 2008 e 2010
destacaram-se os ramos da administração pública, de fabricação de açúcar, fabricação de
calçados, supermercados e indústria de couro, como maiores empregadores, conforme mostra
a tabela 3. Quando são analisados os setores com os maiores salários, no mesmo período
analisado, os detaques foram os setores ligados à reforma de pneumáticos usados, educação
profissional de nível técnico, caixas econômicas, manutenção e reparação de tanques,
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Pessoas de até 24 Anos Pessoas de 25 a 39 Anos
Pessoas de 40 a 59 Anos Pessoas de 60 Anos e Mais
Fonte: Fundação Seade
-0,03%
1,14%
3,30%
11,34%
Pessoas de até 24 Anos Pessoas de 25 a 39 Anos Pessoas de 40 a 59 Anos Pessoas de 60 Anos eMais
Fonte: Fundação Seade
29
reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos e montagem de instalações industriais
e de estruturas metálicas, conforme dados da tabela 4.
Entretanto, quando se analisa a relevância econômica dos setores através da variável “renda
anual gerada”10, constata-se a dependência do município dos setores público e sucroalcooleiro,
conforme ranking da tabela 5.
10 Nível médio de emprego anual multiplicado pelo Salário Médio Mensal
30
Tabela 3 - Setores que mais empregaram entre 2008 e 2010
# Setor
Nível médio de emprego
anual
%
Salário Médio Mensal
(R$)
Renda anual
gerada (R$)
1 Administração pública em geral 1.395 10,82%
1.009
1.407.670
2 Fabricação de açúcar em bruto 924 7,17%
882
814.690
3 Fabricação de calçados de material sintético 654 5,08%
566
370.175
4 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados
446 3,46%
713
318.365
5 Curtimento e outras preparações de couro 432 3,35%
751
324.622
6 Cultivo de cana-de-açúcar 424 3,29%
711
301.432
7 Atividades de atendimento hospitalar 336 2,60%
791
265.490
8 Captação, tratamento e distribuição de água 316 2,45%
1.030
325.791
9 Atividades de associações de defesa de direitos sociais 268 2,08%
772
207.099
10 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 260 2,02%
631
164.234
11 Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas
246 1,91%
626
153.795
12 Transporte rodoviário de carga 237 1,84%
891
211.560
13 Fabricação de calçados de couro 237 1,84%
627
148.399
14 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores 234 1,81%
729
170.261
15 Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente
228 1,77%
797
181.969
16 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção 202 1,56%
763
153.885
17 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 175 1,36%
1.083
189.123
18 Construção de edifícios 166 1,29%
871
144.520
19 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 165 1,28%
621
102.651
20 Criação de bovinos 161 1,25%
641
103.487
Fonte: Observatório do emprego - FIPE
31
Tabela 4 - Setores com maiores salários entre 2008 e 2010
# Setor
Salário Médio Mensal
(R$)
Nível médio
de emprego
anual
Renda anual gerada (R$)
1 Reforma de pneumáticos usados 1.719
46
79.089
2 Educação profissional de nível técnico 1.388
7
9.714
3 Caixas econômicas 1.369
61
83.509
4 Manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos
1.274
32
40.774
5 Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas 1.274
21
26.747
6 Atividades de publicidade não especificadas anteriormente 1.245
5
6.225
7 Bancos múltiplos, com carteira comercial 1.215
361
438.561
8 Fabricação de sabões e detergentes sintéticos 1.191
44
52.389
9 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário - partes e peças
1.158
33
38.225
10 Crédito cooperativo 1.145
33
37.785
11 Cartórios 1.086
78
84.694
12 Atividades de ensino não especificadas anteriormente 1.085
313
339.590
13 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 1.083
175
189.123
14 Fabricação de desinfestantes domissanitários 1.050
19
19.945
15 Fabricação de laticínios 1.038
193
200.319
16 Captação, tratamento e distribuição de água 1.030
316
325.791
17 Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico 1.016
221
224.561
18 Administração pública em geral 1.009
1.395
1.407.670
19 Fabricação de artefatos de material plástico, não especificados anteriormente 1.009
42
42.376
20 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 1.005
104
104.494
Fonte: Observatório do emprego - FIPE
32
Tabela 5 - Setores que mais geraram renda entre 2008 e 2010
Outra variável que corrobora com a forte influência do setor sucroalcooleiro em Penápolis é a
sazonalidade observada no saldo mensal entre demissões e contratações com carteira assinada.
No período compreendido entre fev.12 e fev.13 o município obteve um saldo positivo de 2.655
empregos. Deste total, 67% foram vagas relacionadas à fabricação de açúcar e ao cultivo de
cana-de-açúcar, cujos picos de contratação se deram nos meses de maio e junho de 2012,
respectivamente.
# Setor Renda anual
gerada (R$)
1 Administração pública em geral 1.407.670
2 Fabricação de açúcar em bruto 814.690
3 Bancos múltiplos, com carteira comercial 438.561
4 Fabricação de calçados de material sintético 370.175
5 Atividades de ensino não especificadas anteriormente 339.590
6 Captação, tratamento e distribuição de água 325.791
7 Curtimento e outras preparações de couro 324.622
8 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados 318.365
9 Cultivo de cana-de-açúcar 301.432
10 Atividades de atendimento hospitalar 265.490
11 Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico 224.561
12 Transporte rodoviário de carga 211.560
13 Atividades de associações de defesa de direitos sociais 207.099
14 Fabricação de laticínios 200.319
15 Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 189.123
16 Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente 181.969
17 Comércio de peças e acessórios para veículos automotores 170.261
18 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 164.234
19 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção 153.885
20 Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 153.795
Fonte: Observatório do emprego - FIPE
33
Gráfico 23 - Variação mensal do emprego em Penápolis
Tabela 6 - Setores com maior geração de emprego entre fev.12 e fev.13
# Setor Total Geral
%
1 Fabricação de açúcar em bruto 1.570 59,13%
2 Cultivo de cana-de-açúcar 208 7,83%
3 Transporte rodoviário de carga 127 4,78%
4 Administração pública em geral 121 4,56%
5 Obras de acabamento 118 4,44%
6 Curtimento e outras preparações de couro 116 4,37%
7 Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras para aquecimento central 65 2,45%
8 Fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico 57 2,15%
9 Atividades de atendimento hospitalar 51 1,92%
10 Fabricação de calçados de couro 46 1,73%
11 Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente 44 1,66%
12 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário - partes e peças 43 1,62%
13 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 40 1,51%
14 Atividades de associações de defesa de direitos sociais 36 1,36%
15 Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção 36 1,36%
16 Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, e outros transportes rodoviários não especificados anteriormente 34 1,28%
17 Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários para uso estrutural na construção 24 0,90%
18 Fabricação de embalagens de material plástico 23 0,87%
19 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 23 0,87%
20 Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas sem operador 22 0,83%
Outros -149 -5,61%
TOTAL 2.655 100,00%
Fonte: Observatório do emprego - FIPE
309377
113
1.387
372
227126
-88-3
-84 -84 -49
52
Fonte: Observatório do emprego - FIPE
34
f. Comércio exterior
A cidade de Penápolis vem produzindo desde 2005 sucessivos saldos positivos em sua balança
comercial. As importações tiveram um comportamento relativamente cosntante, ao passo que
as exportações apresentaram grandes variações no período analisado:
Gráfico 24 - Balança Comercial - Município de Penápolis
Uma fator que pode estar ligado à grande variação das exportações é o alto nível de
concentração de mercadorias exportadas em poucos países:
Gráfico 25 - % no total de comércio exterior, por origem e destino
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Milõ
es d
e U
S$ (
FOB
)
Exportação Importação Saldo
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
80%
95%
73%
99%
10 principais origens de Importação 10 principais destinos de exportação
Jan/Mai 2012 Jan/Mai 2013
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
35
Ainda com relação às origens e destinos de importações e exportações, observou-se em 2013 a
relevância da China como importante parceiro comercial do município de Penápolis:
Gráfico 26 - Principais destinos - exportações de Penápolis
Gráfico 27 - Principais origens - importações para Penápolis
65% -10%
214%
-85% -43%
1334%
348%
63% 11% 0%
-200%
0%
200%
400%
600%
800%
1000%
1200%
1400%
1600%
0
2
4
6
8
10
Milh
ões
de
US$
(FO
B)
Jan/Mai 2013 Jan/Mai 2012 Δ %
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
1313%
-70% -52%
217%
-85% -67%
100%
-87%
100% 100%
-200%
0%
200%
400%
600%
800%
1000%
1200%
1400%
0
200
400
600
800
1.000
Milh
res
de
US$
(FO
B)
Jan/Mai 2013 Jan/Mai 2012 Δ %
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
36
g. Transporte
A região de Penápolis apresenta uma boa estrutura logística, com fácil acesso aos modais
rodoviário, aéreo, ferroviário e hidroviário. No município cruzam-se duas principais rodovias do
Estado de São Paulo:
Marechal Rondon / SP – 300 que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul
Assis Chateaubriand / SP – 425, que se inicia no Paraná, passa por São Paulo, Minas
Gerais, seguindo pôr Goiás e terminando no Distrito Federal (Brasília).
Figura 3 - Vias de acessos
Penápolis é servida também pela ferrovia que sai de Bauru, no centro geográfico do Estado de
São Paulo e vai até a Bolívia, passando pelo interior paulista e pelos estados de Mato Grosso do
Sul e Mato Grosso.
Além das ligações rodoviárias e ferroviárias, Penápolis está às margens da hidrovia Tietê –
Paraná, que, atualmente, tem cerca de 1.100 km navegáveis, cortando parte do interior do
Estado de São Paulo e fazendo ligações com os estados do Mato Grosso e do Paraná.
Penápolis conta também com um aeroporto com pista pavimentada (1.300 metros) que permite
o pouso de aeronaves pequenas e médias. No município há também uma rodoviária, a qual
abriga empresas de transporte rodoviário que fazem a interligação da cidade com a Capital e
outros estados e municípios importantes da região, tais como Araçatuba, São José do Rio Preto,
Bauru e Presidente Prudente, Três Lagoas e Triângulo Mineiro.
37
h. Saúde e assistência social
Penápolis apresenta bons indicadores relacionados a taxas de mortalidade. As taxas de
mortalidade infantil e mortalidade na infância apresentam valores inferiores àqueles de sua
região administrativa e estão em linha com a média estadual.
Gráfico 28 - Taxa de Mortalidade Infantil - 2011
Gráfico 29 - Taxa de Mortalidade na infância - 2011
13,3514,34
13,28
Estado Região administrativa Município
Fonte: Perfil Municipal - Fundação Seade; *Menores de 1 ano por mil nascidos vivos
13,3514,34
13,28
Estado Região administrativa Município
Fonte: Perfil Municipal - Fundação Seade; *Menores de 5 anos de idade por mil nascidos vivos
38
A expectativa de vida se manteve acima dos 70 anos em boa parte do período compreendido
entre os anos 2000 e 2008. Entretanto, o município não acompanhou o desempenho do Estado
de São Paulo e do Brasil, o que tornou a longevidade dos cidadãos penapolenses menor que as
médias estaduais e nacionais a partir de 2004.
Gráfico 30 - Expectativa de vida
O sistema municipal de saúde é composto por uma rede de serviços de saúde regionalizada,
hierarquizada e descentralizada, estruturada para oferecer serviços de atenção primária,
secundária e terciária11.
A rede de atenção primária é constituída de:
10 unidades básicas de saúde;
1 pronto atendimento;
1 pronto socorro;
2 serviços de vigilância em saúde (vigilância epidemiológica e vigilância sanitária);
1 serviço de zoonose;
1 serviço de transporte de paciente;
7 unidades de farmácia
Já a rede de atenção secundária é formada por:
1 centro de especialidades odontológicas;
11 Dados da Secretaria Municipal de Saúde – maio/2013
71
73
70
68
7272,272,5
73,473,9
74,5
70,4
71,171,7
72,472,8
2000 2002 2004 2006 2008
Penápolis Estado de SP Brasil
Fonte: IPRS 2010 e IBGE
39
1 serviço de atendimento especializado – DST /HIV/AIDS;
1 Clínica de especialidade
Por fim, a rede de atenção terciária contempla:
1 Santa Casa de Misericórdia
1 Hospital Psiquiátrico João Marchesi
Além disso, o serviço municipal ainda conta com o serviço de transporte de pacientes12, o qual
é formado por 18 motoristas e 9 ambulâncias, destinadas a:
2 no pronto socorro
3 para transporte intermunicipal
3 para transporte intramunicipal
1 em manutenção
Com relação ao quadro de profissionais na saúde pública, o município conta com 35 médicos e
14 enfermeiros13.
Com relação à disponibilidade de leitos na rede municipal, a situação é:
Tabela 7 - Nº de leitos na rede municipal
Clínica Básica Nº de leitos existentes Nº de leitos SUS
Clínica Pediatria 14 14
Clínica Médica Geral 45 35
AIDS 2 2
Neonatologia 4 4
Clínica Obstétrica 16 16
Clínica Cirúrgica Geral 27 19
Psiquiatria 78 78
Total 186 168
Fonte: CNES: Ministério da Saúde - maio/2013
Penápolis ainda conta com 10 instituições na rede socioassistencial, com a seguinte distribuição
de profissionais:
12 Dados da Secretaria Municipal de Saúde – maio/2013 13 Dados da Secretaria Municipal de Saúde – maio/2013
40
Tabela 8 - Entidades da rede socioassistencial
Entidade Psicóloga Assistente
Social
Centro de Referência de Assistência Social - CRAS 1 1
Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS 1 1
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE 3 2
Associação Unidos pela Vida 1 0
Casa da Sopa 0 1
Serviço de Obras Sociais - S.O.S 2 2
Associação Vila da Infância da Igreja Metodista 1 1
Associação dos Deficientes Físicos de Penápolis - ADEFIPE 0 0
Lar Vicentino 0 0
Associação Renascer da Terceira Idade 0 1
Total 9 9
Fonte: Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania- maio/2013
Quando são consideradas as redes públicas e privadas, o município apresenta 134
estabelecimentos voltados para o atendimento médico.
Tabela 9 - Número de estabelecimentos de saúde - Município de Penápolis
ESTABELECIMENTO Quantidade
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL-CAPS 1
CENTRO DE SAUDE/UNIDADE BASICA DE SAUDE 10
CENTRAL DE REGULACAO DE SERVICOS DE SAUDE -
CLINICA ESPECIALIZADA/AMBULATORIO ESPECIALIZADO 6
CONSULTORIO 98
COOPERATIVA 1
HOSPITAL ESPECIALIZADO 1
HOSPITAL GERAL 2
POLICLINICA 1
PRONTO SOCORRO GERAL 1
SECRETARIA DE SAUDE 1
UNIDADE DE SERVICO DE APOIO DE DIAGNOSE E TERAPIA 12
TOTAL 134
Fonte: Datasus – maio/2013
41
i. Turismo e cultura
No âmbito turístico, o município de Penápolis tem se preocupado com seu desenvolvimento ao
longo dos últimos 16 anos. Neste período, várias atividades ligadas ao fomento e estruturação
do turismo foram realizadas, tais como:
Promulgação da lei municipal nº 631, de 13 de março de 197, a qual cria o Fundo
Municipal de Turismo de Penápolis
1º Seminário Estadual de Turismo Rural realizado em 1997
1ª conferência municipal de turismo realizada em 1998
Criação do Plano de Ação ao Desenvolvimento do Turismo em 2003
Promulgação da lei municipal nº 1258, de 31 de agosto de 2004, a qual cria o Conselho
Municipal de Turismo de Penápolis
Criação do Projeto Pró-Turismo, em parceria com o Sebrae, em 2004
Criação do Centro de Recepção ao Turista em 2004
Realização do evento “Cavalgada Rural Franciscana” desde 2005
Membro do circuito cultural paulista desde 2007
Há ainda uma série de elementos ligados à figura de São Francisco de Assis, os quais fomentam
o turismo religioso na cidade.
O município pertence à Diocese de Lins e seu padroeiro é São Francisco de Assis, sendo a Igreja
Matriz de Penápolis servida, desde sua criação, pelos frades capuchinhos, os primeiros vindos
da região de Trento na Itália. Por isso, como atrações relacionadas ao turismo religioso do
município destaca-se o Santuário de São Francisco de Assis, de grande importância cultural e
arquitetônica pois atualmente é o único existente no Brasil. A construção é de 1909, mantém
sua estrutura neoclássica e tem como atrativo a pintura de sua abóboda e imagens de madeira
entalhada, algumas em tamanho natural. O conjunto de altares e a imagem do padroeiro sobre
o altar principal, também de madeira, enriquecem o valor cultural do Santuário.
No dia 4 de outubro foi instituído feriado municipal em homenagem São Francisco de Assis.
Nesta data ocorrem várias celebrações religiosas, como a Romaria Franciscana, a qual reúne fiéis
que partem em romaria pelas ruas da cidade. Este evento é realizado desde 1926 e acontece
geralmente no último domingo que antecede o Dia de São Francisco de Assis. Os romeiros, que
em média são 1.500,00, costumam vir de várias cidades de São Paulo e até de outros estados. O
percurso se inicia no Colégio Franciscano Coração de Maria e vai até o Santuário São Francisco
de Assis, onde é realizada a missa dos Romeiros.
42
Outro evento relacionado às comemorações do dia do padroeiro é a Cavalgada Rural
Franciscana, que acontece desde 2005. O encontro reúne fiéis da cidade e turistas de outras
regiões, que percorrem 10 km entre o perímetro urbano e áreas rurais do município. O objetivo
é o resgate das tradições do homem do campo, bem como proporcionar a integração entre os
seus participantes, além de seu aspecto folclórico, cultural e educativo, já que as comitivas, que
contam com cozinheiros e berranteiros, realizam atividades tais como Prova do Berrante e
Queima do Alho (com degustação de comida típica de tropeiros).
No âmbito cultural, a cidade conta com os seguintes museus:
Museu de São Francisco: composto de um acervo de 150 obras relacionadas à vida e
obra de São Francisco de Assis;
Museu do Folclore: único do gênero num raio de 150 km, reunindo um importante
acervo com mais de 12 mil peças sobre o folclore brasileiro;
Museu do Sol: primeiro Museu de arte Naif da América Latina, cujo acervo já foi exposto
na Alemanha, Paris e Israel;
Museu Histórico: criado há 40 anos, desenvolve importante trabalho na recuperação e
preservação da memória da cidade;
1ª Casa de Penápolis: primeira casa construída no município, que se transformou um
patrimônio histórico da cidade e abriga um centro cultural.
Para atender a demanda turística existente, o município conta com uma infraestrutura
adequada, com 11 hotéis cuja capacidade é de aproximadamente 430,00 leitos. A cidade ainda
dispõe de:
84 Restaurantes, Bares e Lanchonetes
1 Cinema
2 Teatros
1 Shopping Center
44 Mercados
103 Praças
43
j. Saneamento e meio ambiente
O município é referência estadual em saneamento básico por ter atingido a plenitude no
tratamento da água e dos resíduos produzidos (100% de água tratada e distribuída, 100% de
esgoto coletado e tratado, 100% de coleta de lixo, 100% da coleta seletiva de materiais
recicláveis). Ainda no aspecto ambiental, a cidade está preparada para absorver os impactos
advindos do desenvolvimento econômico e do crescimento populacional, uma vez que o aterro
sanitário atual tem vida útil de mais 20 anos, além de já existir uma nova área com capacidade
para outros 20 anos e do sistema de tratamento de esgoto ter capacidade para atender uma
população de até 100.000 habitantes 14.
Além disso, a cidade é sede do consórcio intermunicipal Ribeirão Lajeado, que congrega os
municípios de Alto Alegre, Barbosa e Penápolis, com a finalidade de realizar serviços de
proteção, recuperação e preservação junto ao Ribeirão Lajeado, único manancial de
abastecimento público de Penápolis. A cidade abriga também a Flora Tietê, que é uma das
maiores ONG's de reflorestamento do Brasil, bem como outras empresas de mudas e
reflorestamento.
14 Dados do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis (DAEP) – maio/2013
44
k. Finanças públicas
O município apresentou saldo superavitário em seu orçamento entre os anos de 2000 e 2010,
com exceção de 2005.
Gráfico 31 - Orçamento Municipal
A capacidade geração de caixa do município pode ser mensurada pelo percentual de receitas
arrecadadas pela prefeitura em relação à receita total do município. Em Penápolis, esse
indicador apresentou, entre 2000 e 2010, um crescimento de 1,81%, indicando que a orçamento
total do município se tornou menos dependente dos repasses efetuados pelos governos
estaduais e federais.
3.645
8 75
2.343
3.250
998
8.703
10.893
2.777
426
-4.000
-2.000
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
0
20
40
60
80
100
120
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milh
ares
R$
Milh
ões
de
R$
Receita Despesa Saldo
Fonte: Fundação SEADE (Em reais de 2012); *A receita do ano de 2003 não está disponível no site da fundação SEADE
45
Gráfico 32 - % da receita total gerada pelo próprio município15
Um fator que pode ter influenciado na melhora do indicador acima foi a estabilização da fatia
de repasse de ICMS ao município, medido pelo Índice de Participação dos Municípios no ICMS.
Entre 2000 e 2010 este indicador permaneceu praticamente inalterado, com um leve aumento
de 0,27%.
Gráfico 33 - Índice de Participação dos Municípios no ICMS (Em %) - Penápolis
15 Corresponde à arrecadação de competência direta da própria prefeitura. Abrange as seguintes contas: Receita Tributária, Receita de Contribuições, Receita Patrimonial, Receita Agropecuária, Receita Industrial, Receita de Serviços, Multas e Juros de Mora, Indenizações e Restituições, Receita da Dívida Ativa, Receitas diversas, Alienação de Bens, Amortizações de Empréstimos concedidos e Outras Receitas de Capital. Não inclui Operações de Crédito
20,76% 21,45%
25,18%27,05%
24,09% 24,10% 23,40%22,04% 22,45%
24,84%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: Fundação SEADE (Em reais de 2012); *A receita do ano de 2003 não está disponível no site da fundação SEADE
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: Fundação SEADE
46
Indicador importante para mensurar a capacidade de investimento do município, a taxa de
investimento se reduziu em -0,86% entre os anos de 2000 a 2010.
Gráfico 34 - % das receitas destinadas a investimentos16
16 Despesas realizadas pelo Poder Público Municipal no planejamento e execução de obras e os complementos a elas necessários, dentre os quais se incluem a aquisição de instalações, de equipamentos e de materiais de uso permanente. Englobam gastos com Obras e Instalações, Equipamentos e Materiais Permanentes, Investimentos em Regime de Execução Especial, Constituição ou Aumento de Capital de Empresas Industriais e Agrícolas, bem como os gastos destinados ao pagamento de despesas de mesma natureza, efetuadas em exercícios anteriores e transferidas para o exercício em questão na rubrica Diversos Investimentos
8,14%
6,78%
9,66%
4,86%
3,32%
4,63%5,23%
7,47%6,82%
7,46%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Fonte: Fundação SEADE (Em reais de 2012); *A receita do ano de 2003 não está disponível no site da fundação SEADE
47
3. Considerações finais
A análise dos principais indicadores socioeconômicos de Penápolis revela um município com
bom desenvolvimento social e ambiental, mas com um grande desafio relacionado ao fomento
e estímulo de sua economia. Corrobora com tal conclusão o grupo em que o município ficou
classificado no Índice Paulista de Desenvolvimento Social de 2010, elaborado pela Fundação
Seade. Segundo este índice Penápolis está no grupo 3, caracterizado por municípios com nível
de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas dimensões escolaridade e longevidade. Ainda
segundo este estudo, os municípios deste grupo concentram-se principalmente na região
noroeste e norte do Estado, conforme mostra o mapa abaixo:
Figura 4 - Mapa IPRS 2010
Do estudo feito é possível citar resumidamente alguns pontos os quais permitem fazer uma
análise SWOT (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) da situação atual do município de
Penápolis:
Força
o Alto desenvolvimento em saneamento básico e meio ambiente;
o Alto desenvolvimento educacional na educação básica;
o Eixo logístico próximo (modais rodoviário, ferroviário e hidroviário);
48
Fraquezas
o Baixo índice de desenvolvimento econômico;
o Alta dependência da economia da cidade dos setores público e
sucroalcooleiro;
o Concentração do comércio exterior em poucos países;
Oportunidades
o Queda da dependência do município em relação aos repasses das esferas
estaduais e federais;
Ameaças
o Êxodo de mão de obra qualificada;
o Redução da taxa de investimento do município.
Em função da complexidade de qualquer análise econômica, na qual existe um número
indeterminado de variáveis cuja influência remota pode, eventualmente, alterar os resultados
obtidos, adota-se a condição ceteris paribus, a qual significa literalmente: mantidos inalterados
todos os demais fatores; ou ainda, permanecendo iguais todos os demais elementos17. Destarte,
as deduções, hipóteses, projeções e conclusões deste trabalho espelham unicamente as
informações geradas a partir da análise de diversos bancos de dados acima supracitados, os
quais algumas vezes refletem cenários de épocas já passadas. Ou seja, quaisquer atualizações
posteriores poderão alterar os resultados deste estudo e traçar novos cenários conjunturais.
Entretanto, mesmo passadas, tais informações são ricas em conteúdo, na medida em que nos
permite identificar elementos que traçaram os rumos do desenvolvimento da cidade de
Penápolis e moldaram seu perfil como o é atualmente. Posto isto, espera-se que, conforme já
adiantado na introdução do trabalho, os resultados encontrados gerem discussões as quais
auxiliem o planejamento e melhore a as decisões referentes ao futuro de Penápolis.
17 ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 16a Edição de 1994. Ed. Atlas
49
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