Perguntas Do CESPE e Respostas Comentas

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    Dalmo F. Arraes Junior

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    Defensoria Pblica do

    ES - CESPE 2012 DIREITO CIVIL

    01 - Levado o contrato preliminar a registro no cartrio competente, se o

    estipulante no lhe der execuo, a outra parte no

    poder consider-lo desfeito e pleitear perdas e danos, em

    caso de prejuzo, sem,antes, requerer a

    execuo especific. (ERRADA)

    Art. 465. Se o estipulante no der execuo ao contrato

    preliminar, poder a outra parte consider-lo desfeito, e

    pedir perdas e danos.

    02 Embora o adimplemento seja um

    direito subjetivo do devedor, este no poder exerc-lo se o atraso no cumprimento da

    obrigao tiver acarretado o desparecimento da

    necessidade do credor na obteno da prestao.

    (CORRETA)

    O adimplemento um direito/dever subjetivo do

    credor e devedor, este

    inclusive poder obrigar

    o accipiens a receber o dbito atravs da consignao em

    pagamento.

    Uma vez que o solvens no exera o adimplemento da

    obrigao na data avenada poder desaparecer a

    necessidade do credor na obteno da prestao. Ex:

    Uma banda contratada para apresentar um show em data determinada, uma vez no

    cumprida a obrigao no haver mais interesse por

    parte do credor.

    03 - De acordo com a

    jurisprudncia, no se deve declarar a unio estvel entre

    duas pessoas que celebrem expressamente contrato de

    namoro no qual esclaream o propsito de no viverem em

    unio estvel, sob pena de se violar a boa-f da parte

    inocente. (ERRADA) nulo o contrato de namoro

    nos casos em que existe entre as partes envolvidas

    uma unio estvel, eis que a parte renuncia por meio

    desse contrato e de forma indireta a alguns direitos

    essencialmente pessoais, como o caso do direito de

    alimentos. (TARTUCE, Flvio, Manual de Direito

    Civil, Vol nico, 2 edio)

    04 A responsabilidade dos

    hospitais no que tange atuao tcnico-profissional

    dos mdicos que neles atuam

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    sem vnculo de emprego ou

    subordinao subjetiva, ou seja, depende da

    comprovao de culpa dos prepostos, conforme a teoria

    de responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais,

    abrigada pelo CDC (CORRETA)

    RECURSO ESPECIAL. AO DE

    INDENIZAO. RESPONSABILIDADE CIVIL.

    ERRO MDICO. NEGLIGNCIA. INDENIZAO. RECURSO ESPECIAL.

    1. A doutrina tem afirmado que a responsabilidade

    mdica empresarial, no caso de hospitais, objetiva,

    indicando o pargrafo primeiro do

    artigo 14 do Cdigo de Defesa do Consumidor como a norma

    sustentadora de tal entendimento.Contudo, a

    responsabilidade do hospital somente tem espao quando

    o dano decorrer de falha de servios cuja atribuio

    afeta nica e exclusivamente ao hospital. Nas hipteses de dano decorrente de falha

    tcnica restrita ao profissional mdico,

    mormente quando este no tem nenhum vnculo com o

    hospital -seja de emprego ou de mera preposio -, no

    cabe atribuir ao nosocmio a obrigao de indenizar.

    4. Recurso especial do Hospital e Maternidade So Loureno Ltda.

    provido ( Processo: REsp 908359

    SC 2006/0256989-

    8 Relator(a): Ministra NANCY ANDRIGHI )

    05 - O fato de o consumidor no ser previamente informado da inscrio do seu

    nome em rgo de proteo ao crdito enseja a

    indenizao por danos morais, ainda que a

    inadimplncia tenha ocorrido h mais de trs meses e dela

    tenha cincia o consumidor. (CORRETA)

    RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO

    AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DANOS MORAIS.

    INSCRIO EM CADASTRO DE PROTEO AO CRDITO. PRVIA

    COMUNICAO. SMULA N. 359/STJ.

    1. A ausncia de prvia comunicao ao consumidor

    da inscrio do seu nome em rgo de proteo ao crdito

    enseja a indenizao por danos morais. Precedentes.

    2. "Cabe ao rgo mantenedor do Cadastro de Proteo ao Crdito a

    notificao do devedor antes de proceder inscrio"

    (Smula n.359/STJ).

    3. No caso concreto, houve a

    prvia notificao do devedor pelaentidade mantenedora do

    servio de proteo ao crdito

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    (e-STJ fl.566), razo pela qual

    no h falar em solidariedade da Serasa pelosdanos causados ao

    consumidor.

    4. Agravo regimental desprovido.

    06 -Se o indivduo A adquirir do indivduo B imvel no qual

    por fora do contrato de locao residia o indivduo C,

    presumir-se- a a concordncia de A com a

    locao, caso este no a denuncie no prazo de noventa

    dias. (CORRETA)

    Art. 8 Se o imvel for alienado

    durante a locao, o adquirente poder denunciar o contrato,

    com o prazo de noventa dias para a desocupao, salvo se a

    locao for por tempo determinado e o contrato

    contiver clusula de vigncia em caso de alienao e estiver

    averbado junto matrcula do imvel.

    2 A denncia dever ser exercitada no prazo de

    noventa dias contados do registro da venda ou do

    compromisso, presumindo - se, aps esse prazo, a

    concordncia na manuteno da locao.

    07 De acordo com a

    jurisprudncia do STJ, caso uma pessoa se obrigue como

    principal pagador dos aluguis de imvel at a

    entrega das chaves, a

    prorrogao do contrato por prazo indeterminado

    acarretar a exonerao da fiana. (ERRADA)

    firme a jurisprudncia do Superior Tribunal e Justia no

    sentido de que, "havendo clusula expressa no contrato

    de locao, no sentido de que a responsabilidade dos fiadores perdura at a efetiva

    entrega das chaves, no h que se falar em exonerao

    da garantia, ainda que haja prorrogao por prazo

    indeterminado" (EREsp 612.752/RJ, Rel. Min. JANE

    SILVA, Des. Conv. do TJMG, Terceira Seo, DJe

    26/5/08). Crditos para Iurikorolev

    08 De acordo com a lei, deve ser de grau elevado a

    insanidade que enseja interdio e a

    possibilidade de anulao dos atos praticados

    anteriormente. (ERRADA)

    Art. 1.767. Esto sujeitos a

    curatela: I - aqueles que, por

    enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio

    discernimento para os atos da vida civil;

    II - aqueles que, por outra causa duradoura, no puderem

    exprimir a sua vontade;

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    III - os deficientes mentais,

    os brios habituais e os viciados em txicos;

    IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento

    mental; V - os prdigos.

    Observa-se que o artigo

    supracitado submete-se a curatela no somente aos

    absolutamente incapazes, mas tambm aos

    relativamente incapazes, razo pela qual no somente a insanidade de grau elevado

    que ensejar a interdio, mas qualquer das pessoas

    elencadas no art. 1767 do CC.

    09 Nas associaes, no h responsabilidade solidria

    entre os administradores, de forma que um no responde

    pleos atos praticados por outro. (CORRETO)

    Art. 265. A solidariedade

    no se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

    Em regra, os

    administradores no respondem por atos

    praticados em nome da associao quando atua dentro dos poderes lhe

    atribudos no estatuto social. A exceo ocorre quando

    atua fora dos poderes ou culposamente. Em outras

    palavras, no h

    responsabilidade do

    administrador perante a associao. Ela somente ser

    solidria quando o administrador atua com

    culpa.

    Art. 1.016. Os

    administradores respondem solidariamente perante a

    sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no

    desempenho de suas funes.

    10 Admite-se prova exclusivamente testemunhal

    para comprovar os efeitos decorrentes do contrato

    firmado entre as partes.

    Art. 227. Salvo os casos

    expressos, a prova exclusivamente testemunhal

    s se admite nos negcios jurdicos cujo valor no

    ultrapasse o dcuplo do maior salrio mnimo vigente no Pas ao tempo em que

    foram celebrados.

    CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO. PROMESSA DE

    COMPRA E VENDA DO IMVEL. CUMPRIMENTO DAS

    OBRIGAES FIRMADAS. PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. POSSIBILIDADE.

    2. O art. 401, CPC, veda parcialmente a utilizao da

    prova exclusivamente testemunhal para a comprovao

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    do contrato em si mesmo, no a

    prova de sua quitao.

    3. Com efeito, consoante

    jurisprudncia da Corte, admitida a prova

    exclusivamente testemunhal para comprovar os efeitos

    decorrentes do contrato firmado entre as partes,

    devendo tal prova, no caso ora em anlise, ser

    considerada para a demonstrao do cumprimento das obrigaes

    contratuais. (REsp 436085 MG 2002/0059647-2 Ministro LUIS

    FELIPE SALOMO )

    11 Nas aes contra empresa seguradora, caso o segurado

    vise ao pagamento de indenizao de seguro de vida em grupo, ser aplicada

    a prescrio conforme o CDC. (ERRADA)

    STJ Smula n 101 Ao de

    Indenizao - Seguro em Grupo - Prescrio A ao de

    indenizao do segurado em grupo contra a seguradora

    prescreve em um ano. (Prazo do Cdigo Civil)

    PROCESSO CIVIL

    12 A possibilidade de os direitos e obrigaes se

    transformarem em meras

    expectativas de direitos

    constitui caraterstica peculiar da relao

    processual, o que a torna distinta de qualquer outra

    relao jurdica de direito material.

    Segundo Liebman, a doutrina

    do processo como situao jurdica destaca certas

    categorias peculiares relao processual e distintas das categoriais

    correspondentes ao direito material, explicando o

    processo em si mesmo como unidade jurdica.

    O princpio da

    inafastabilidade diz respeito vinculao obrigatria das

    partes ao processo, que passam a integrar a relao

    processual em um estado de sujeio aos efeitos da

    deciso jurisdicional. (Errada)

    Princpio da Inevitabilidade

    aplicado em dois momentos distintos. O primeiro diz

    respeito vinculao obrigatria dos sujeitos ao

    processo judicial. Ainda que se reconhea que ningum

    ser obrigado a ingressar com demanda contra sua

    vontade e que existem formas de se tornar parte

    dependentes da vontade do juiz, o certo que, uma vez

    integrado relao jurdica processual, ningum poderia, por sua prpria vontade, se

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    negar a esse "chamado

    jurisdicional. (NEVES, Daniel Amorim Assumpo. Manual de

    Direito Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)

    13 Admite-se, no que se refere ao cumprimento da

    sentena condenatria a derrogao da competncia

    do juzo dodecisum, facultando-se ao credor optar pelo juzo do local onde se

    encontrem os bens sujeitos expropriao.

    Art. 475-P. O cumprimento da

    sentena efetuar-se- perante:

    I os tribunais, nas causas de sua competncia originria;

    II o juzo que processou a causa no primeiro grau de

    jurisdio; III o juzo cvel competente, quando se tratar de sentena penal condenatria, de sentena arbitral ou de sentena

    estrangeira. Pargrafo nico. No caso do

    inciso II do caput deste artigo, o exequente poder

    optar pelo juzo do local onde se encontram bens sujeitos

    expropriao ou pelo do atual domiclio do executado, casos

    em que a remessa dos autos do processo ser solicitada ao

    juzo de origem. (Includo Lei n 11.232, de 2005) Iurikorolev

    14 A aplicao do princpio

    da perpetuatio jurisdictionis no obsta a modificao posterior da

    competncia em caso de

    competncia absoluta. (CORRETA)

    Art. 87. Determina-se a competncia no momento em que a ao proposta. So

    irrelevantes as modificaes do estado de fato ou de direito

    ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o rgo

    judicirio ou alterarem a competncia em razo da

    matria ou da hierarquia (competncia

    absoluta)

    15 A funo positiva da coisa julgada gerada com base na

    teoria da identidade da relao jurdica de modo que dispensvel, para a

    vinculao ao j decidido em demanda anterior a trplice

    identidade de parte, causa de pedir e pedido. (CORRETA)

    (...) a imutabilidade da coisa

    julgada no se exaure em sua funo negativa,

    compreendendo tambm uma funo positiva, que diferentemente da primeira

    no impede o juiz de julgar o mrito da segunda demanda,

    apenas o vincula ao que j foi decido em demanda anterior

    com deciso protegida pela coisa julgada material. Como

    se nota com facilidade, a gerao da funo positiva da

    coisa julgada no corre na repetio de demandas em

    diferentes processos (funo

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    negativa), mas em demandas

    diferentes, nas quais, entretanto, existe uma

    relao jurdica que j foi decidida no primeiro processo

    e em razo disso est protegida pela coisa julgada.

    Em vez da teoria da trplice identidade, aplica-

    se a teoria da identidade da relao jurdica (NEVES, Daniel

    Amorim Assumpo. Manual de Direito Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)

    16 A petio inicial da ao

    de improbidade administrativa ajuizada pelo

    MP pode ser objeto de aditamento pelos demais

    legitimados, em atuao supletiva, para suprir

    omisso objetiva ou subjetiva.

    17 A categoria tico-poltica

    dos sujeitos hipervulnerveis justifica a defesa de direito individual indisponvel, ainda

    no homogneo, por meio de ACP. (CORRETA)

    ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL

    CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AO

    CIVIL PBLICA. FORNECIMENTO DE

    MEDICAO. DIREITO INDIVIDUAL INDISPONVEL. LEGITIMIDADE ATIVA DO

    MINISTRIO PBLICO NA DEFESA DE INTERESSES OU

    DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS.

    CONFIGURAO.

    PRECEDENTE DO STJ. AGRAVO

    REGIMENTAL NO PROVIDO. 1. "O Ministrio Pblico possui

    legitimidade para defesa dos direitos individuais indisponveis,

    mesmo quando a ao vise tutela de pessoa individualmente

    considerada" (EREsp 819.010/SP, Rel. Min. ELIANA

    CALMON, Rel. p/ acrdo Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI,

    Primeira Seo, DJe 29/9/08). 2. Agravo regimental no provido.

    18 Tribunal de Justia

    Estadual ao julgar recurso de apelao conferiu provimento

    para cassar a sentena de extino do processo,

    determinando o prosseguimento do feito.

    Nessa situao, a interposio do recurso

    especial deve observar o procedimento de subida imediata do recurso.

    Joo, em sede de contestao, suscitou a

    preliminar de pedidos incompatveis entre si, e o

    juiz, convencido, pelos argumentos do ru, da caraterizao da preliminar

    de inpcia da petio inicial, extinguiu o processo.

    Inconformado, o autor interps recurso de apelao.

    Nessa situao, o juiz pode retratar-se e reformular

    a deciso.

    Tribunal de justia estadual,

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    ao julgar exceo de

    impedimento, reconheceu o impedimento suscitado pelo

    ru. Nessa situao, o juiz excepto poder interpor

    recurso especial ou extraordinrio, visto que, no

    sendo parte no processo civil, carece de capacidade

    postulatria para recorrer da referida deciso. (Errada)

    Apresentada a resposta pelo

    juiz, os autos do incidente processual sero remetidos

    ao Tribunal competente, sendo possveis duas

    espcies de julgamento: (...) b - Acolhimento de exceo,

    com condenao do juiz ao pagamento das custas

    processuais, em acordo recorrvel pelo juiz excepto

    por recurso especial e/ou extraordinrio, a depender do caso concreto. Trata-se de

    interessante e peculiar hiptese de dispensa da

    capacidade postulatria para interposio de recurso,

    considerando-se que o prprio excepto pode

    elaborar tais recursos, visto que possui a capacidade

    tcnica exigida para a prtica de tal ato processual. (NEVES,

    Daniel Amorim Assumpo. Manual de Direito

    Processual Civil, Vol. nico - 4 edio)

    DIREITO PENAL

    19 O crime impossvel carateriza-se pela ineficcia

    absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do

    objeto, no ocorrendo a consumao do crime; nesse

    delito, considerado putativo pela doutrina, o agente

    acredita estar agindo ilicitamente, quando, no verdade, no est.

    Os efeitos da desistncia

    voluntria e do arrependimento eficaz

    ficam condicionados presena dos requisitos

    objetivo e subjetivos, aliados espontaneidade do

    comportamento do agente, evitando-se a consumao do

    delito. (ERRADA)

    Desistncia voluntria e arrependimento eficaz

    Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de

    prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos

    j praticados.

    Impe a lei penal que a desistncia seja voluntria,

    mas no espontnea. Isso quer dizer que no importa se

    a ideia de desistir no prosseguimento da execuo

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    partiu do agente, ou se foi ele

    induzido a isso por circunstncias externas que,

    se deixadas de lado, no impediriam de consumar a

    infrao penal. (GRECO, Rogrio. Curso de Direito Penal -

    Part Geral. 13 ed. Volume I)

    20 Considere que Silas,

    maior, capaz, motorista de caminho tenha praticado conjuno carnal com Lcia,

    de dezessete anos de idade, aps t-la conhecido em uma

    boate s margens da rodovia, conhecido ponto de

    prostituio. Nessa situao hipottica o erro em

    relao menoridade da vtima elide o dolo e afasta a

    tipicidade, e, caso Silas tenha atuado na dvida resta

    caraterizado o delito de explorao sexual de

    vulnervel. Para a caracterizao do

    delito de abandono de incapaz, impe-se, alm da

    existncia de transgresso a relao particular de

    assistncia entre o agente e a vtima, a presena ainda que

    por certo lapso temporal de perigo concreto para esta,

    sendo prevista, para o delito, tanto a forma comissiva

    quanto a omissiva.

    Para a configurao do denominado crime de

    sequestro-relmpago, a restrio da liberdade da vtima condio necessria

    para a obteno da vantagem

    econmica, independentemente da ocorrncia desta.

    Suponha que Tobias, maior,

    capaz, tenha sido abordado por policias militares quando

    trafegava em sua moto, tenso sido encontradas com ele

    duas armas de uso restrito e munies e atestada, em

    exame pericial, a impossibilidade de as armas efetuarem disparos. Nessa

    situao hipottica resta caraterizado o delito de porte

    de arma de uso restrito, devendo Tobias responder

    por crime nico.

    crime expressamente previsto no CDC, sancionado

    com pena de deteno e multa correspondente ao

    dobro do valor cobrado ao consumidor, a exigncia de

    cheque-cauo, nota promissria ou qualquer outra garantia, assim como a

    imposio de preenchimento de formulrios

    administrativos, como condio de atendimento

    mdico-hospital emergencial. (Errada)

    A questo apresenta dois

    erros: 1) A previso do mencionado crime est no

    Cdigo Penal e no no CDC. 2) A pena de multa no

    restrita ao dobro do valor cobrado ao consumidor,

    sendo aplicvel as regras gerais do CP sobre sua

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    fixao.

    Condicionamento de

    atendimento mdico-hospitalar emergencial

    Art. 135-A. Exigir cheque-cauo, nota promissria ou qualquer garantia, bem como o

    preenchimento prvio de formulrios administrativos,

    como condio para o atendimento mdico-hospitalar

    emergencial: Pena - deteno, de 3 (trs)

    meses a 1 (um) ano, e multa.

    Pargrafo nico. A pena

    aumentada at o dobro se da negativa de atendimento resulta

    leso corporal de natureza grave, e at o triplo se resulta a morte.

    21 A natureza hedionda do

    delito de trfico de drogas privilegiado, assim nominado

    pela doutrina, afasta, por s, a possibilidade da converso da pena privativa de

    liberdade em pena restritiva de direitos e a possibilidade

    de aplicao do regime inicial de cumprimento da pena

    diverso do fechado. (Errada)

    EMENTA HABEAS CORPUS . PROCESSO PENAL.

    SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL.

    INADMISSIBILIDADE. CONSTITUIO FEDERAL, ART.

    102, II, a . TRFICO DE DROGAS. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA.

    SUBSTITUIO POR RESTRITIVA DE DIREITO. REAVALIAO

    PELO MAGISTRADO

    SENTENCIANTE.

    2. O Plenrio do Supremo Tribunal Federal reputou

    invlidas, para crimes de trfico de drogas, a vedao substituio da pena

    privativa de liberdade por restritivas de direito e a

    imposio compulsria do regime inicial fechado para

    cumprimento de pena. Os julgados no reconheceram

    direito automtico a esses benefcios. A questo h de ser

    apreciada pelo juiz do processo luz do preenchimento, ou no,

    dos requisitos legais gerais dos arts. 33 e 44 do Cdigo

    Penal.( HC 113562 / SP - SO PAULO )

    AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSO

    PENAL. TRFICO PRIVILEGIADO. CARTER HEDIONDO DO DELITO

    NO AFASTADO. EXECUO. INADMISSIBILIDADE DE

    APLICAO DOS PRAZOS PREVISTOS PARA OS CRIMES

    COMUNS. 1. De acordo com a jurisprudncia consolidada deste Superior Tribunal de

    Justia, a incidncia da causa de diminuio de pena

    prevista no art. 33, 4, da Lei n. 11.343/2006 no

    afasta o carter hediondo do crime de trfico ilcito de

    entorpecentes, tendo aplicao os lapsos temporais

    para a obteno de benefcios previstos na Lei n 8.072/90,

    com os acrscimos feitos pela Lei n 11.464/2007. 2. Agravo

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    regimental improvido. (AgRg no

    REsp 1313798 / RS)

    22 Considere que Lcia, maior, capaz, tenha

    trabalhado por seis meses na residncia da famlia Silva, como empregada domstica,

    tendo abandonado a relao laboral aps ter sofrido

    agresso fsica da filha mais velha do casal, que a acusara,

    injustamente, de furto. Nessa situao hipottica, por ser a

    agressora do sexo feminino e estar ausente o vnculo

    familiar, afasta-se a incidncia da norma da

    violncia domstica familiar. (Errada)

    O enunciado apresenta dois erros.

    Art. 5o Para os efeitos desta Lei,

    configura violncia domstica e familiar contra a mulher

    qualquer ao ou omisso baseada no gnero que lhe

    cause morte, leso, sofrimento fsico, sexual ou

    psicolgico e dano moral ou patrimonial: I - no mbito da unidade

    domstica, compreendida como o espao de convvio

    permanente de pessoas, com ou sem vnculo familiar,

    inclusive as esporadicamente agregadas;

    II - no mbito da famlia, compreendida como a

    comunidade formada por indivduos que so ou se

    consideram aparentados, unidos por laos naturais, por afinidade

    ou por vontade expressa;

    III - em qualquer relao ntima de afeto, na qual o agressor

    conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente

    de coabitao. Pargrafo nico. As relaes

    pessoais enunciadas neste artigo independem de orientao

    sexual.

    Apesar de certa divergncia

    doutrinria, entende-se que a mulher tambm pode ser

    sujeito ativo e sofrer as consequncias da LMP.

    23 A caracterizao do crime

    de lavagem de dinheiro, de acordo com o que preconiza a

    lei de regncia, depende da natureza patrimonial dos crimes antecedentes e da

    presena do animus lucrandi.

    O ECA preconiza expressamente a

    responsabilidade penal do agente que adquiri, possuir

    ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vdeo ou

    outra forma de registro que contenha cena de sexo

    explcito ou pornogrfica envolvendo criana ou

    adolescente, com a possibilidade de diminuio

    da pena, se for pequena a quantidade do material apreendido, e faculta ao juiz

    deixar de aplicar a sano ou substitu-la, a qualquer

    tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor

    ou partcipe, colaborar espontaneamente com as

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    autoridades, prestando

    esclarecimento que conduzam apurao das

    infraes penais, identificao dos autores,

    coautores e partcipes, ou sua localizao. (ERRADA)

    Art. 241-B. Adquirir, possuir ou

    armazenar, por qualquer meio, fotografia, vdeo ou outra forma

    de registro que contenha cena de sexo explcito ou pornogrfica

    envolvendo criana ou adolescente:

    Pena recluso, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

    1o A pena diminuda de 1 (um) a 2/3 (dois teros) se de pequena quantidade o material a

    que se refere o caput deste artigo.

    Apesar que a questo

    inicialmente esteja correta, no h dispositivo

    legal previsto no ECA que permita a aplicao da

    delao premiada ao agente que pratica o crime previsto no art. 241-B do ECA.

    24 Considere que Jlio,

    agindo em legtima defesa contra Celso, atinja por erro

    na execuo - aberratio ictus - Ftima, que esteja

    passando pelo local no momento e que no tenha

    relao com os contendores, causando-lhe leses graves.

    Nessa situao hipottica, ainda que Jlio seja absolvido

    penalmente, haver o dever

    de reparar os danos materiais e morais causados a Ftima,

    com o direito de regresso em face de Celso. (CORRETA)

    No se aplica, pois, ao terceiro inocente a norma do

    art. 65 do Cdigo de Processo Penal, j que, quanto a ele, a

    leso apesar da absolvio do agente, no pode ser

    considerada um ilcito civil. Trata-se, portanto, de uma

    hiptese em que excluso da responsabilidade penal no

    impede a afirmao da responsabilidade civil,

    restrita claro ao terceiro inocente. (TOLEDO, Francisco

    de Assis. Princpios bsicos de direito penal, p. 199.)

    25 O arquivamento de Inqurito Policial formalizado

    pelo Procurador- Geral de Justia, em processo

    originrio ou decorrente de remessa de peas

    informativas pelo juzo de primeira instncia, no se

    submete ao controle jurisdicional, tampouco se sujeita a juzo de retratao,

    ainda que surjam novas provas.

    Carateriza-se como imprpria

    a confisso judicial produzida perante autoridade judicial

    incompetente para o deslinde do processo criminal em curso.

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    Dalmo F. Arraes Junior

    Confisso Judicial

    Imprpria: feita perante o juiz incompetente.

    (http://www.furlanitraducoes.com.br/material/dir%20processual

    %20penal/dir%20processual%20penal%20ii%20-

    %20tolentino%202007.pdf )

    26 Suponha que Fred, Mauro e Roberto sejam denunciado

    por furto simples, sem qualquer liame subjetivo entre os agentes, em feitos

    separados e por suposta participao em saque a um

    supermercado. Nessa situao hipottica, por

    disposio expresso do CPP, h necessidade

    de simultaneus processusem face da presena da conexo

    intersubjetiva por simultaneidade. (Correta)

    Conexo intersubjetiva por

    simultaneidade: nesta modalidade, ocorrem vrias infraes, praticadas ao

    mesmo tempo, por vrias pessoas reunidas. Ou seja, o

    vnculo entre as infraes se materializada pelo fato delas

    terem sido praticadas nas mesmas circunstncias de

    tempo e de espao. (TVORA, Nestor. Curso de Direito

    Processual Penal, 4 ed. Editora PODIVM)

    27 A autoridade policial expressamente autorizada

    pelo CPP a conceder fiana nos casos de infrao para a

    qual seja estipulada pena privativa de liberdade

    mxima no superior a

    quatro anos, devendo considerar, para determinar o

    valor da fiana, a natureza da infrao, as condies

    pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado,

    as circunstncias indicativas de sua periculosidade, bem

    como a importncia provvel das custas do processo at

    final do julgamento. (CORRETA)

    Art. 322. A autoridade policial somente poder conceder fiana

    nos casos de infrao cuja pena privativa de liberdade mxima

    no seja superior a 4 (quatro) anos.

    Pargrafo nico. Nos demais casos, a fiana ser requerida ao

    juiz, que decidir em 48 (quarenta e oito) horas.

    Art. 326. Para determinar o valor

    da fiana, a autoridade ter em considerao a natureza da

    infrao, as condies pessoais de fortuna e vida pregressa do

    acusado, as circunstncias indicativas de sua periculosidade,

    bem como a importncia provvel das custas do processo,

    at final julgamento.

    28 A priso preventiva

    decretada de forma autnoma,

    independentemente do flagrante ou da converso

    deste, deve observar as exigncias da garantia da

    ordem pblica, da oream econmica, por convenincia

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    Dalmo F. Arraes Junior

    da instruo criminal, ou para

    assegurar a aplicao da lei penal, quando houver prova

    da existncia do crime e indcio suficiente de autoria e

    quando for doloso o crime punido com pena privativa de

    liberdade mxima superior a quatro anos. (CORRETA)

    Art. 312. A priso preventiva poder ser decretada como

    garantia da ordem pblica, da ordem econmica, por

    convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a

    aplicao da lei penal, quando houver prova da existncia do

    crime e indcio suficiente de autoria. (Redao dada pela Lei

    n 12.403, de 2011). Pargrafo nico. A priso

    preventiva tambm poder ser decretada em caso de

    descumprimento de qualquer das obrigaes impostas por fora de

    outras medidas cautelares (art. 282, 4o). (Includo pela Lei n

    12.403, de 2011).

    Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Cdigo, ser admitida a

    decretao da priso preventiva: (Redao dada pela

    Lei n 12.403, de 2011).

    I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mxima superior a 4 (quatro)

    anos; (Redao dada pela Lei n 12.403, de 2011).

    Art. 282. As medidas cautelares

    previstas neste Ttulo devero ser aplicadas observando-se

    a: (Redao dada pela Lei n

    12.403, de 2011).

    4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigaes

    impostas, o juiz, de ofcio ou mediante requerimento do

    Ministrio Pblico, de seu assistente ou do querelante,

    poder substituir a medida, impor outra em cumulao, ou,

    em ltimo caso, decretar a priso preventiva (art. 312, pargrafo nico). (Includo pela Lei n

    12.403, de 2011).

    29 A atual sistemtica processual condiciona a

    execuo da priso em flagrante e a lavratura do

    respectivo auto ao delito imputado, que, sendo doloso, deve ser punido com pena

    mxima privativa de liberdade superior a quatro

    anos.

    30 A existncia de ao penal, em andamento, contra

    o acusado no pode ser considerada indicadora de

    maus antecedentes, mas obsta a transao penal. (ERRADA)

    A transao penal,

    diferentemente da suspenso condicional do processo, pode

    ser aplicada independentemente da

    presena de maus antecedentes.

    Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crime de ao

    penal pblica incondicionada,

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    no sendo caso de

    arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a

    aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a

    ser especificada na proposta.

    2 No se admitir a proposta se ficar comprovado:

    I - ter sido o autor da infrao

    condenado, pela prtica de crime, pena privativa de liberdade, por sentena

    definitiva;

    II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco

    anos, pela aplicao de pena restritiva ou multa, nos termos

    deste artigo;

    III - no indicarem os antecedentes, a conduta social e

    a personalidade do agente, bem como os motivos e as

    circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.

    31 O CPP preconiza, de forma expressa, os limites da coisa

    julgada, dispondo que a exceo de coisa julgada

    somente poder ser oposta em relao ao fato principal

    que tiver sido objeto da sentena. (Errada)

    No h previso expressa

    quanto aos limites da coisa julgada no CPP, mas to

    somente no CPC.

    Art. 469. No fazem coisa julgada:

    I - os motivos, ainda que

    importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da

    sentena; Il - a verdade dos fatos,

    estabelecida como fundamento da sentena;

    III - a apreciao da questo prejudicial, decidida

    incidentemente no processo.

    DIREITO CONSTITUCIONAL

    32 A rigidez e o controle de

    constitucionalidade no se relacionam com a supremacia

    da CF, mas com a compatibilidade das leis com

    o texto constitucional. (ERRADA)

    A rigor, o princpio da supremacia (...) considerado

    como premissa para a interpretao quando o

    ordenamento for encabeado por uma Constituio rgida.

    Neste caso, toda interpretao normativa vai

    ter como pressuposto a superioridade jurdica

    e axiolgica da Constituio. Em razo da supremacia

    constitucional, nenhum ato jurdico incompatvel com a

    lei Maior pode ser considerado mo vlido.

    (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)

    33 Na perspectiva moderna, o

    conceito de constitucionalismo abrange,

    em sua essncia a limitao

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    do poder poltico e a proteo

    dos direitos fundamentais. (CORRETA)

    O constitucionalismo

    moderno (...) revestindo-se de duas caractersticas

    marcantes: organizao do Estado e limitao do poder

    estatal, por meio de uma declarao de direitos e

    garantias fundamentais. (CUNHA JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 5 ed.

    Editora PODIVM)

    34 Uma das caractersticas da hermenutica constitucional

    contempornea a distino entre regras e princpios;

    segundo Ronald Dworkin, tal distino de natureza

    lgico-argumentativa, pois somente pode ser percebida

    por meio dos usos dos argumentos e razes no

    mbito de cada caso concreto. (ERRADA)

    35 De acordo com a classificao de Jos Afonso

    da Silva, as normas constitucionais podem ser

    classificadas, quanto eficcia e aplicabilidade, em

    normas de eficcia plena, normas de eficcia contida e

    normas de eficcia absoluta. (ERRADA)

    Todavia, Jos Afonso (...).

    Prope ele, pois, uma classificao trplice ou

    tricotmica, que j se tornou clssica marca pela seguinte

    distino: a) Normas

    constitucionais de eficcia plena; b) Normas

    constitucionais de eficcia contida; c) Normas

    constitucionais de eficcia limitada ou reduzida. (CUNHA

    JR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 5 ed. Editora

    PODIVM)

    36 De acordo com o que dispe a CF, as normas definidoras de direitos

    fundamentais tm aplicao imediata, mas gradual.

    Art. 5 Todos so iguais perante

    a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos

    brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,

    liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos

    termos seguintes:

    1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais

    tm aplicao imediata.

    A alimentao adequada um dos direitos sociais constitucionalmente

    protegidos, devendo o poder pblico adotar as polticas e

    aes que se faam necessrias para promover e

    garantir a segurana alimentar e nutricional da

    populao. (Correta)

    Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a

    alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a

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    previdncia social, a proteo

    maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados,

    na forma desta Constituio.

    37 De acordo com a jurisprudncia do STF, a exigncia de diploma de

    curso superior para a prtica de jornalismo compatvel

    com a ordem constitucional, pois o direito liberdade de

    profisso e o direito liberdade de informao no

    so absolutos.

    EMENTA: JORNALISMO. EXIGNCIA DE DIPLOMA DE

    CURSO SUPERIOR, REGISTRADO PELO MINISTRIO DA

    EDUCAO, PARA O EXERCCIO DA PROFISSO DE JORNALISTA. LIBERDADES DE PROFISSO, DE

    EXPRESSO E DE INFORMAO. CONSTITUIO DE 1988 (ART.

    5, IX E XIII, E ART. 220, CAPUT E 1). NO RECEPO DO ART.

    4, INCISO V, DO DECRETO-LEI N 972, DE 1969.

    DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR

    COMO EXIGNCIA PARA O EXERCCIO DA PROFISSO DE JORNALISTA. RESTRIO

    INCONSTITUCIONAL S LIBERDADES DE EXPRESSO E

    DE INFORMAO. As liberdades de expresso e de informao e,

    especificamente, a liberdade de imprensa, somente podem ser

    restringidas pela lei em hipteses excepcionais, sempre em razo

    da proteo de outros valores e interesses constitucionais

    igualmente relevantes, como os direitos honra, imagem,

    privacidade e personalidade em

    geral. Precedente do STF: ADPF n 130, Rel. Min. Carlos Britto. A

    ordem constitucional apenas admite a definio legal das

    qualificaes profissionais na hiptese em que sejam elas

    estabelecidas para proteger, efetivar e reforar o exerccio

    profissional das liberdades de expresso e de informao por

    parte dos jornalistas. Fora desse quadro, h patente inconstitucionalidade da lei. A

    exigncia de diploma de curso superior para a prtica

    do jornalismo - o qual, em sua essncia, o

    desenvolvimento profissional das liberdades de expresso

    e de informao - no est autorizada pela ordem

    constitucional, pois constitui uma restrio, um

    impedimento, uma verdadeira supresso do pleno,

    incondicionado e efetivo exerccio da liberdade jornalstica, expressamente

    proibido pelo art. 220, 1, da Constituio.

    38 A DP insere-se entre as

    instituies legitimadas a ingressar com ACP cujo

    pedido principal seja declarao de

    inconstitucionalidade de uma lei que viole o meio ambiente.

    39 Consoante a

    jurisprudncia do STF, admite-se o controle judicial

    preventivo de constitucionalidade nos casos

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    de mandado de segurana

    impetrado por parlamentar com a finalidade de impedir a

    tramitao de proposta de emenda constitucional

    tendente a abolir clusula ptrea. (CORRETA)

    Controle preventivo (...) O Poder Judicirio exerce esta

    espcie de controle apenas no caso de impetrao de

    mandado de segurana por Parlamentar questionando a

    inobservncia do processo legislativo constitucional.

    Vide STF - MS 24.642.(NOVELINO, Marcelo.

    Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)

    40 A sustao pelo Poder Legislativo de atos

    normativos do presidente da Repblica que exorbitem do

    poder regulamentar constitui exemplo do controle de

    constitucionalidade poltico preventivo (ERRADO)

    Controle repressivo (tpico) se realiza aps a concluso

    definitiva do processo legislativo (...) No mbito

    federal, o poder legislativo exerce o controle repressivo

    em mais de uma hiptese. O Congresso Nacional pode

    sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem os

    limites da delegao legislativa ou do poder regulamentar (NOVELINO,

    Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed. Editora Metodo.)

    41 Adotando-se a tese da

    inconstitucionalidade superveniente como o fez o

    STF, admite-se ao direta de inconstitucionalidade em face

    de lei anterior CF. (ERRADA)

    Na inconstitucionalidade superveniente o ato

    elaborado em conformidade com a Constituio, mas a

    posterior alterao do parmetro constitucional faz

    com que se torne incompatvel com ela. (...) O

    Supremo Tribunal Federal tem adotado o entendimento

    de, neste caso, no se trata de inconstitucionalidade, mas

    de hiptese de no recepo (NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5 ed.

    Editora Metodo.)

    42 A nomeao de cnjuge da autoridade nomeante para o

    exerccio de cargo em comisso no afronta os

    princpios constitucionais. (ERRADA)

    SMULA VINCULANTE N 13

    A NOMEAO DE CNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM

    LINHA RETA, COLATERAL OU POR AFINIDADE, AT O

    TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU DE

    SERVIDOR DA MESMA PESSOA JURDICA INVESTIDO EM CARGO

    DE DIREO, CHEFIA OU ASSESSORAMENTO, PARA O

    EXERCCIO DE CARGO EM COMISSO OU DE CONFIANA

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    OU, AINDA, DE FUNO

    GRATIFICADA NA ADMINISTRAO PBLICA

    DIRETA E INDIRETA EM QUALQUER DOS PODERES DA

    UNIO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS

    MUNICPIOS, COMPREENDIDO O AJUSTE MEDIANTE

    DESIGNAES RECPROCAS, VIOLA A CONSTITUIO

    FEDERAL.

    43 Como o direito

    administrativo disciplina, alm da atividade do Poder

    Executivo, as atividades administrativas do Poder

    Judicirio e do Poder Legislativo, os princpios que

    regem a administrao pblica, previstos na CF, aplicam-se aos trs poderes

    da Repblica. (Correta)

    Art. 37. A administrao

    pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios obedecer aos princpios de legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e,

    tambm, ao seguinte:

    44 De acordo com o princpio

    da publicidade, a administrao deve divulgar

    informaes de interesse pblico, sendo o sigilo dos

    atos administrativos admitidos apenas

    excepcionalmente e se

    imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

    Art. 5 Todos so iguais perante

    a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos

    brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a

    inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade,

    segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos

    informaes de seu interesse particular, ou de interesse

    coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob

    pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo

    sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do

    Estado;(Regulamento)

    45 De acordo com a

    jurisprudncia consolidada do STF, a responsabilidade

    objetiva do Estado aplica-se a todos os atos do Poder

    Judicirio. (ERRADA)

    ADMINISTRATIVO.

    CONSTITUCIONAL. AO CIVIL PBLICA. RESPONSABILIDADE

    CIVIL DO ESTADO. DANOS MORAIS. "CASO MALATHION".

    PRESCRIO. NEXO DE CAUSALIDADE. NORMAS TCNICAS DE SEGURANA.

    RESPONSABILIDADE SOLIDRIA. IMPUGNAO GENRICA.

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    REVISO DE FATOS E PROVAS.

    SMULA 7/STJ. QUANTIFICAO DOS DANOS MORAIS NO

    EXCESSIVA OU IRRISRIA. AUSNCIA DE

    PREQUESTIONAMENTO. RECURSO NO

    CONHECIDO. 5. Ordinariamente, a responsabilidade civil do

    Estado, por omisso, subjetiva ou por culpa;

    regime comum ou geral esse que, assentado no art. 37 da Constituio Federal,

    enfrenta duas excees principais. Primeiro, quando a

    responsabilizao objetiva do ente pblico decorre de

    expressa previso legal, em microssistema especial.

    Segundo, quando as circunstncias indicam a

    presena de standard ou dever de ao estatal mais

    rigoroso do que aquele que jorra, segundo a

    interpretao doutrinria e jurisprudencial, do texto constitucional, precisamente

    a hiptese da salvaguarda da sade pblica.

    46 A responsabilidade civil da

    administrao pblica por atos comissivos objetiva,

    embasada na teoria do risco administrativo, isto ,

    independe da comprovao da culpa. (CORRETA)

    ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.

    ACIDENTE AUTOMOBILSTICO.

    COLISO. VIATURA DA

    POLCIA CIVIL. TEORIA DO

    RISCO ADMINISTRATIVO. INTELIGNCIA DO ART. 37,

    6o., DA CONSTITUIO FEDERAL.

    RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO.

    CONDUTA E NEXO CAUSAL EVIDENCIADOS. INTENSO

    SOFRIMENTO COMBINADO COM PERDA DE MEMBRO INFERIOR

    DIREITO. ACRDO COM FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS.

    INEXISTNCIA DE RECURSO EXTRAORDINRIO. SMULA

    126/STJ. APRECIAO DO VALOR DA INDENIZAO

    FIXADA. INCIDNCIA DA SMULA 7/STJ. AGRAVO

    REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. inadmissvel Recurso Especial,

    quando o acrdo recorrido est assentado em fundamentos

    constitucional e infraconstitucional, qualquer

    deles suficiente, por si s, para mant-lo, e a parte vencida no manifesta Recurso Extraordinrio

    - Smula 126/STJ. 2. Ademais, perquirir o valor dos danos

    morais e materiais fixados nas instncias anteriores implica o

    reexame das provas e fatos colhidos, no podendo ser

    reapreciado em sede de recurso especial, tendo em vista a

    circunstncia obstativa disposta na Smula 7 desta Corte. 3.

    Agravo Regimental do ESTADO DA PARABA desprovido (AgRg

    no AREsp 157715 / PB)

    47 A investidura em cargo ou

    emprego pblico, incluindo-se os cargos em comisso,

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    depende, de acordo com

    disposio expressa da CF, a aprovao prvia em

    concurso pblica de provas ou provas e ttulos. (ERRADA)

    Art. 37. A administrao pblica

    direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados,

    do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos

    princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e,

    tambm, ao seguinte:

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de

    aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e

    ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou

    emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes

    para cargo em comisso declarado em lei de livre

    nomeao e exonerao;

    47 Em decorrncia de

    expressa vedao legal, os membros da DP no podem

    ser remunerados por subsdio, j que o

    recebimento desse tipo de remunerao violaria o

    regime jurdico-administrativo aplicvel

    instituio.

    Seo III

    DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PBLICA

    Art. 134. A Defensoria Pblica

    instituio essencial funo

    jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao

    jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na

    forma do art. 5, LXXIV.)

    Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras

    disciplinadas nas Sees II e III deste Captulo sero

    remunerados na forma do art. 39, 4. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de

    1998)

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico

    nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e

    das fundaes pblicas. (Vide ADIN n 2.135-4)

    4 O membro de Poder, o

    detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os

    Secretrios Estaduais e Municipais seroremunerados

    exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica,

    vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono,

    prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria,

    obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Includo pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    Questes CESPE - Direitos Humanos

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    48 A Declarao Universal de Direitos Humanos reconhece

    o princpio da unicidade sindical. (Errado)

    Artigo XXIII

    4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles

    ingressar para proteo de seus interesses.

    49 A Declarao Universal de

    Direitos Humanos no dispe expressamente sobre o

    direito ao casamento, mas assegura-o indiretamente ao

    proteger a famlia. (Errado)

    Artigo XVI

    1. Os homens e mulheres de

    maior idade, sem qualquer restrio de raa, nacionalidade

    ou religio, tm o direito de contrair matrimnio e fundar

    uma famlia. Gozam de iguais direitos em relao ao

    casamento, sua durao e sua dissoluo.

    50 A respeito da Declarao

    Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os

    itens que se seguem. Toda pessoa vtima de perseguio tem o direito de procurar e de

    gozar asilo em outros pases, mesmo em caso de

    perseguio legitimamente motivada por crime de direito

    comum ou por ato contrrio

    aos propsitos e princpios das Naes Unidas.

    (ERRADO)

    Artigo XIV

    1.Toda pessoa, vtima de

    perseguio, tem o direito de

    procurar e de gozar asilo em

    outros pases.

    2. Este direito no pode ser

    invocado em caso de perseguio

    legitimamente motivada por

    crimes de direito comum ou por

    atos contrrios aos propsitos e

    princpios das Naes Unidas.

    51 A respeito da Declarao Universal de Direitos

    Humanos (DUDH), julgue os itens que se seguem.Toda

    pessoa tem direito liberdade de opinio e

    expresso. Esse direito inclui a liberdade de, sem

    interferncia, ter opinies e de procurar, receber e transmitir informaes e

    ideias por quaisquer meios e independentemente de

    fronteiras. (CORRETO)

    Artigo XIX

    Toda pessoa tem direito liberdade de opinio e

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    Dalmo F. Arraes Junior

    expresso; este direito inclui a

    liberdade de, sem interferncia, ter opinies e de procurar,

    receber e transmitir informaes e idias por quaisquer meios e

    independentemente de fronteiras.

    52 A respeito da Declarao

    Universal de Direitos Humanos (DUDH), julgue os

    itens que se seguem. Segundo a DUDH,

    ningum poder ser culpado por ao ou omisso que, no

    momento da sua prtica, no constitua delito perante o

    direito nacional ou internacional. (CORRETO)

    Artigo XI

    2. Ningum poder ser culpado por qualquer ao ou omisso

    que, no momento, no constituam delito perante o direito nacional ou

    internacional.Tampouco ser imposta pena mais forte do que

    aquela que, no momento da prtica, era aplicvel ao ato

    delituoso.

    53 AGU - 2012 - CESPE - Com base na jurisprudncia dos tribunais superiores e na

    legislao de regncia, julgue os prximos itens, relativos a

    agentes pblicos.

    Conforme o disposto na Lei n. 8.112/1990, a

    instaurao de PAD interrompe a prescrio at a

    deciso final, a ser proferida

    pela autoridade competente; conforme entendimento do

    STF, no sendo o PAD concludo em cento e

    quarenta dias, o prazo prescricional volta a ser

    contado em sua integralidade. (Correto)

    Art. 142. A ao disciplinar

    prescrever: 1o O prazo de

    prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou

    conhecido.

    2o Os prazos de prescrio previstos na lei penal

    aplicam-se s infraes disciplinares capituladas

    tambm como crime. 3o A abertura de

    sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar

    interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por

    autoridade competente. 4o Interrompido o curso

    da prescrio, o prazo comear a correr a partir do

    dia em que cessar a

    interrupo.

    PRESCRIO - PROCESSO

    ADMINISTRATIVO - INTERRUPO. A interrupo

    prevista no 3 do artigo 142 da Lei n 8.112, de 11

    de dezembro de 1990, cessa

    uma vez ultrapassado o perodo de 140 dias alusivo

    concluso do processo disciplinar e imposio de

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    pena - artigos 152 e 167 da

    referida Lei - voltando a ter curso, na integralidade, o

    prazo prescricional. Precedente: Mandado de

    Segurana n 22.728-1/PR,

    Pleno, Relator Ministro Moreira Alves, acrdo publicado no

    Dirio da Justia de 13 de novembro de 1998.(RMS

    23436, MARCO AURLIO, STF)

    Trfico de Drogas -

    Crime Hediondo - Internao de Adolescente

    54 CESPE - 2009 - DPE/AL - O

    MP ofereceu representao contra um adolescente pela

    suposta prtica de ato infracional anlogo ao crime

    de trfico de drogas, sendo a defesa do adolescente prestada por DP.

    Aps instruo processual e apresentao das alegaes

    finais pelas partes, foi prolatada sentena, sendo

    aplicada ao adolescente a medida socioeducativa de

    liberdade assistida pelo prazo mnimo de seis meses.

    Considerando essa situao hipottica, julgue os itens a

    seguir.

    55 Comprovada a autoria e a materialidade do ato

    infracional, por se tratar de ato hediondo,

    necessariamente, deve ser

    aplicada a esse adolescente a

    medida socioeducativa de internao por prazo

    indeterminado. (ERRADA)

    Art. 121. A internao constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princpios

    de brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar de

    pessoa em desenvolvimento.

    Art. 122. A medida de internao s poder ser

    aplicada quando: I - tratar-se de ato

    infracional cometido

    mediante grave ameaa ou violncia a pessoa;

    II - por reiterao no cometimento de outras infraes

    graves; III - por descumprimento

    reiterado e injustificvel da medida anteriormente imposta.

    PROCESSO PENAL. HABEAS

    CORPUS . ESTATUTO DA

    CRIANA E DO ADOLESCENTE.

    MEDIDA DE INTERNAO POR

    PRAZO INDETERMINADO.

    ARTIGO 122 DO ECA. 1. A

    medida de internao deve ser

    aplicada levando-se em conta as

    balizas estabelecidas em rol

    taxativo pelo artigo 122 do

    Estatuto da Criana e do

    Adolescente. 2. Em princpio, o

    cometimento do ato

    equiparado ao crime de

    trfico de entorpecentes e

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    porte de arma no autoriza o

    internamento do menor

    infrator. 3. Habeas corpus

    concedido. (STJ - HC 29.568 - RJ

    - Proc. 2003/0134087-7 - 6 T. -

    Rel. Min. Paulo Gallotti - DJ

    29.06.2009)

    Smula 492 STJ -O ato

    infracional anlogo ao trfico de drogas, por si s,

    no conduz obrigatoriamente imposio de medida socioeducativa de internao

    do adolescente.

    Crimes funcionais - Defesa preliminar - Indispensabilidade 56 CESPE - TCE-BA No obstante a existncia de

    entendimento sumulado do STJ no sentido de que, na

    ao penal instruda por inqurito policial,

    desnecessria a resposta preliminar de que trata o art.

    514 do Cdigo de Processo Penal, h precedentes do STF

    que flexibilizam tal enunciado. Nesse sentido,

    segundo a atual jurisprudncia da Corte

    Suprema, para o caso de crimes funcionais tpicos

    afianveis, a defesa preliminar indispensvel mesmo quando a denncia

    lastreada em inqurito policial.(CORRETA)

    EMENTA: HABEAS CORPUS.

    PROCESSUAL PENAL.

    NECESSIDADE DE DEFESA PRVIA. ART. 514 DO CPP.

    DENNCIA QUE IMPUTA AO PACIENTE, ALM DE CRIMES

    FUNCIONAIS, CRIMES DE QUADRILHA E DE USURPAO

    DE FUNO PBLICA. PROCEDIMENTO RESTRITO AOS

    CRIMES FUNCIONAIS TPICOS. ORDEM DENEGADA. I - A partir

    do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta Corte, que

    indispensvel a defesa preliminar nas hipteses do

    art. 514 do Cdigo de Processo Penal, mesmo

    quando a denncia lastreada em inqurito

    policial (Informativo 457/STF). II - O procedimento

    previsto no referido dispositivo da lei adjetiva penal cinge-se s

    hipteses em que a denncia veicula crimes funcionais tpicos,

    o que no ocorre na espcie. Precedentes. III - Habeas corpus denegado. (HC 95969 / SP - SO

    PAULO)

    Art. 513 do CPP. Os crimes de responsabilidade dos

    funcionrios pblicos, cujo processo e julgamento

    competiro aos juzes de direito, a queixa ou a denncia ser

    instruda com documentos ou justificao que faam presumir

    a existncia do delito ou com declarao fundamentada da

    impossibilidade de apresentao de qualquer dessas provas.

    Art. 514. Nos crimes afianveis, estando a

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    denncia ou queixa em

    devida forma, o juiz mandar autu-la e ordenar a

    notificao do acusado, para responder por escrito, dentro

    do prazo de quinze dias.

    Art. 323. No ser concedida fiana (crimes inafianveis)

    I - nos crimes de racismo; II - nos crimes de tortura,

    trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins,

    terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;

    III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou

    militares, contra a ordem constitucional e o Estado

    Democrtico;

    Smula 330 do STJ:

    desnecessria a resposta preliminar de que trata o

    artigo 514 do Cdigo de Processo Penal, na ao

    penal instruda por inqurito policial.