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Ministério da Fazenda Secretaria da Receita Federal do Brasil Perguntas e Respostas Pessoa Jurídica 2018

Perguntas e Respostas Pessoa Jurídicaidg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e... · edição 2018 do Perguntas e Respostas da Pessoa Jurídica, a qual, como

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  • Ministrio da Fazenda

    Secretaria da Receita Federal do Brasil

    Perguntas e Respostas

    Pessoa Jurdica

    2018

  • 2

    Perguntas e Respostas 2018*

    Coordenador-Geral de Tributao Cosit Fernando Mombelli

    Coordenadora de Tributos sobre a Renda e o Patrimnio Cludia Lcia Pimentel Martins da Silva

    Coordenador de Tributos sobre a Produo e o Comrcio Exterior Othoniel Lucas de Sousa Junior

    Equipe Tcnica:

    Supervisor-Geral de Material Alexandre Serra Barreto Cosit

    Supervisores de Material Alusio Bandeira de Mello da Cunha Cosit

    Andrea Costa Chaves Cosit

    Fabio Cembranel Cosit

    Othoniel Lucas de Sousa Junior Cosit

    Revisores Colaboradores Alexandre Serra Barreto Cosit

    Andrea Costa Chaves Cosit

    George Alberto Ferreira Lopes Cosit

    Gustavo Rotunno da Rosa Cosit

    Itamar Pedro da Silva Cosit

    Jonathan Jose F Oliveira DRF/Joo Pessoa

    Renata Maria de Castro Paranhos Cosit

    Timotheo Garcia Pessoa - Cosit

    *Permitida a Reproduo deste Perguntas e Respostas, desde que citada a Fonte

  • 3

    Apresentao

    com grande satisfao que a Coordenao-Geral de Tributao (Cosit) apresenta a

    edio 2018 do Perguntas e Respostas da Pessoa Jurdica, a qual, como realizado

    anualmente, incorpora atualizao do texto anterior. Os temas abordados esto divididos

    em vinte e oito captulos, possibilitando uma maior facilidade de visualizao e de

    consulta do material. Esta edio est disponibilizada no stio da Secretaria da Receita

    Federal do Brasil (RFB), na internet, podendo de ali seu contedo ser livremente acessado

    ou baixado pelo pblico institucional e de contribuintes.

    So oferecidas mais de novecentas perguntas e respostas elaboradas pela Cosit,

    relacionadas s seguintes reas de tributao da pessoa jurdica:

    a) IRPJ e CSLL;

    c) Simples Nacional;

    d) Tratamento tributrio das sociedades cooperativas;

    e) Tributao da renda em operaes internacionais (Tributao em Bases Universais,

    Preos de Transferncia e Juros Pagos a Vinculadas no Exterior);

    f) IPI;

    g) Contribuio para o para o PIS/Pasep e Cofins.

    Trata-se de compilao de perguntas formuladas por contribuintes ao Planto Fiscal, bem

    como de abordagem de aspectos da legislao apresentados por servidores em exerccio

    na RFB. Inicialmente concebido para esclarecer dvidas e subsidiar os servidores do

    rgo na interpretao da legislao tributria, buscando a uniformizao do

    entendimento fiscal relativo s matrias focalizadas, desde que se tornou disponvel na

    internet para consultas por parte dos contribuintes, o Perguntas e Respostas tem ampliado

    seu escopo, alcanando hoje um universo bastante diversificado de usurios, dentro e fora

    da RFB. Ressaltamos que no h com esse trabalho a pretenso de substituir conceitos ou

    disposies contidas na legislao em vigor. Busca-se, isto sim, esclarecer dvidas e dar

    subsdios queles que operam com a matria tributria. Com vistas a um atendimento

    sempre mais efetivo s demandas desse universo cada vez mais amplo de consulentes, a

    Cosit no mede esforos para aperfeioar o material aqui apresentado. No entanto, certo

    que uma publicao desse porte ser sempre passvel de aperfeioamentos, pelo que,

    desde j, agradecemos sugestes e crticas. Esta verso est atualizada at 31 de dezembro

    de 2017.

    Bom proveito.

    A Equipe Tcnica.

  • 4

    Sumrio

    Captulo I - Declaraes da Pessoa Jurdica 2018 ....................................................... 5

    Captulo II - Contagem de Prazos 2018...................................................................... 35

    Captulo III - Equiparaes da Pessoa Fsica 2018 .................................................... 37

    Captulo IV - Responsabilidade na Sucesso 2018 .................................................... 56

    Captulo V - Simples 2018 ......................................................................................... 80

    Captulo VI - IRPJ - Lucro Real 2018 ........................................................................ 82

    Captulo VII - Escriturao 2018.............................................................................. 102

    Captulo VIII - Lucro Operacional 2018 .................................................................. 138

    Captulo IX - Resultados no operacionais 2018 ..................................................... 250

    Captulo X - Compensao de Prejuzos 2018 ......................................................... 262

    Captulo XI Aplicao do Imposto em Investimentos Regionais 2018................. 269

    Captulo XII - Atividade Rural 2018 ........................................................................ 277

    Captulo XIII - IRPJ - Lucro Presumido 2018 ......................................................... 293

    Captulo XIV - Lucro Arbitrado 2018 ...................................................................... 333

    Captulo XV IRPJ - Pagamento 2018 ....................................................................... 359

    Captulo XVI - CSLL 2018 ...................................................................................... 378

    Captulo XVII - Sociedades Cooperativas 2018....................................................... 399

    Captulo XVIII - Acrscimos Legais 2018 ............................................................... 415

    Captulo XIX - IRPJ e CSLL - Operaes Internacionais 2018 ............................... 426

    Captulo XX - IPI 2018 ............................................................................................ 502

    Captulo XXI - Disposies Gerais sobre a Contribuio para o PIS-Pasep e a Cofins

    2018 .......................................................................................................................... 522

    Captulo XXII - Contribuio para o PIS-Pasep e Cofins incidentes sobre a Receita

    ou o Faturamento 2018 ............................................................................................. 525

    Captulo XXIII - Contribuio para o PIS-Pasep-Importao e a Cofins-Importao

    2018 .......................................................................................................................... 654

    A base de clculo dessas contribuies : ................................................................ 657

    Captulo XXIV - Contribuio para o PIS-Pasep incidente sobre a Folha de Salrios

    2018 .......................................................................................................................... 668

    Captulo XXV - Contribuio para o PIS-Pasep incidente sobre Receitas

    Governamentais 2018 ............................................................................................... 673

    Captulo XXVI - CIDE Combustveis 2018 ............................................................. 678

    Captulo XXVII - EFD-Contribuies 2018 ............................................................ 688

    Captulo XXVIII - Efeitos tributrios relacionados aos novos mtodos e critrios

    contbeis 2018 .......................................................................................................... 697

  • 5

    ARQUIVO ATUALIZADO AT 31/12/2017

    Captulo I - Declaraes da Pessoa Jurdica 2018

    Escriturao Contbil Fiscal (ECF)

    001 Quem est obrigado a apresentar a Escriturao Contbil Fiscal (ECF)?

    Todas as pessoas jurdicas de direito privado domiciliadas no Pas, registradas ou no,

    sejam quais forem seus fins e nacionalidade, inclusive as a elas equiparadas, as filiais,

    sucursais ou representaes, no Pas, das pessoas jurdicas com sede no exterior, estejam

    ou no sujeitas ao pagamento do imposto de renda.

    Incluem-se tambm nesta obrigao: as sociedades em conta de participao, as

    administradoras de consrcios para aquisio de bens, as instituies imunes e isentas, as

    sociedades cooperativas, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, bem

    como suas subsidirias, e o representante comercial que exerce atividades por conta

    prpria.

    As pessoas jurdicas ficam dispensadas, em relao aos fatos ocorridos a partir de 1 de

    janeiro de 2014, da escriturao do Livro de Apurao do Lucro Real (Lalur) em meio

    fsico e da entrega da Declarao de Informaes Econmico-Fiscais da Pessoa Jurdica

    (DIPJ).

    O Manual de Orientao do Leiaute da ECF, contendo informaes de leiaute do arquivo

    de importao, regras de validao aplicveis aos campos, registros e arquivos, tabelas de

    cdigos utilizadas e regras de retificao da ECF, ser divulgado pela Coordenao-Geral

    de Fiscalizao (Cofis) por meio de Ato Declaratrio Executivo publicado no Dirio

    Oficial da Unio (DOU).

    Outras informaes a respeito do leiaute e obteno do validador da ECF podem ser

    obtidas no stio do Sped: < sped.rfb.gov.br >.

    Notas:

    Sociedade em conta de participao (SCP):

    Compete ao scio ostensivo a responsabilidade pela apurao dos resultados,

    apresentao da ECF e recolhimento do imposto devido pela SCP. O lucro real ou o

    lucro presumido da SCP (opo autorizada a partir de 1/01/2001, conforme IN SRF

    n 31, de 2001, art. 1, revogada pela IN RFB n 1.700, de 2017) deve ser informado

    na ECF da prpria SCP.

    Liquidao extrajudicial e falncia:

    As entidades submetidas aos regimes de liquidao extrajudicial e de falncia (massa

    falida) sujeitam-se s mesmas regras de incidncia dos impostos e contribuies

    aplicveis s pessoas jurdicas em geral, inclusive no que se refere obrigatoriedade

    de apresentao da ECF.

  • 6

    Fundos de investimento imobilirio:

    O fundo que aplicar recursos em empreendimento imobilirio e que tenha como

    incorporador, construtor ou scio, quotista possuidor, isoladamente ou em conjunto

    com pessoa a ele ligada, mais de 25% (vinte e cinco por cento) das quotas do Fundo,

    por estar sujeito tributao aplicvel s demais pessoas jurdicas, deve apresentar

    ECF com o nmero de inscrio no Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas (CNPJ)

    prprio, vedada sua incluso na ECF da administradora.

    Optantes pelo Simples Nacional e Inativas:

    As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pela

    sistemtica do Simples Nacional e as pessoas jurdicas Inativas apresentaro

    declaraes especficas.

    Normativo: Lei n 9.430, de 1996, art. 60;

    Lei n 9.779, de 1999, art. 2;

    RIR/1999, arts. 146 a 150;

    IN SRF n 179, de 1987, itens 2 e 5;

    IN RFB n 1.700, de 2017, art. 6 e 246;

    IN SRF N 1.422, de 2013, art. 1, 4 e 5;

    PN CST n 15, de 1986; e

    AD SRF n 2, de 2000.

    002 Que pessoas jurdicas esto desobrigadas de apresentar a ECF?

    Esto desobrigadas de apresentar a ECF:

    I - as pessoas jurdicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadao de

    Tributos e Contribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte,

    institudo pela Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006 (Simples Nacional),

    por estarem obrigadas apresentao de Declarao Anual do Simples Nacional - DASN;

    II - as pessoas jurdicas inativas, assim consideradas aquelas que no tenham efetuado

    qualquer atividade operacional, no operacional, patrimonial ou financeira, inclusive

    aplicao no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendrio, as quais

    devero cumprir as obrigaes acessrias previstas na legislao especfica;

    III - os rgos pblicos, as autarquias e as fundaes pblicas.

    Ateno:

    A pessoa jurdica cuja excluso do Simples Nacional produziu efeitos dentro do

    ano-calendrio fica obrigada a entregar duas declaraes: a DASN, referente ao

    perodo em que esteve enquadrada no Simples Nacional e a ECF, referente ao

    perodo restante do ano-calendrio.

  • 7

    Normativo: IN SRF N 1.422, de 2013, art. 1, 2;

    003 Quem no deve apresentar a ECF?

    No devem apresentar a ECF, ainda que se encontrem inscritas no Cadastro Nacional da

    Pessoa Jurdica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartrio ou

    Juntas Comerciais:

    a) o consrcio constitudo na forma da Lei n 6.404 de 1976, arts. 278 e 279;

    b) a pessoa fsica que, individualmente, exera profisso ou explore atividade sem

    vnculo empregatcio, prestando servios profissionais, mesmo quando possua

    estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;

    c) a pessoa fsica que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de

    mo-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;

    d) a pessoa fsica que individualmente exera atividade de recepo de apostas da

    Loteria Esportiva e da Loteria de Nmeros (Loto, Sena, Megasena, etc) credenciada

    pela Caixa Econmica Federal, ainda que, para atender exigncia do rgo

    credenciador, esteja registrada como pessoa jurdica, desde que no explore, no

    mesmo local, outra atividade comercial;

    e) o condomnio de edificaes;

    f) os fundos em condomnio e clubes de investimento, exceto aqueles de investimento

    imobilirio de que trata a Lei n 9.779, de 1999, art. 2;

    g) as pessoas jurdicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos

    sujeitos a registro pblico;

    h) o representante comercial, corretor, leiloeiro, despachante etc, que exera

    exclusivamente a mediao para a realizao de negcios mercantis, como definido

    pela Lei n 4.886, de 1965, art. 1, desde que no a tenha praticado por conta prpria;

    i) as pessoas fsicas que, individualmente, exeram as profisses ou explorem

    atividades, consoante os termos do RIR/1999, art. 150, 2, como por exemplo:

    serventurio de justia, tabelio.

    Normativo: Lei n 4.886, de 1965, art. 1;

    Lei n 6.404 de 1976, arts. 278 e 279;

    Lei n 9.779, de 1999, art. 2;

    RIR/1999, art. 150, 2, I e III, e arts. 214 e 215;

    PN CST n 76, de 1971;

    PN CST n 5, de 1976;

    PN CST n 25, de 1976;

    PN CST n 80, de 1976; e

    ADN CST n 25, de 1989.

  • 8

    004 Pessoa fsica que explora atividade de transporte de passageiros ou de carga

    considerada pessoa jurdica para efeito da legislao do imposto de renda,

    estando obrigada a apresentar a ECF?

    A caracterizao dessa atividade como de pessoa jurdica depende das condies em que

    so auferidos os rendimentos, independentemente do meio utilizado. Assim, se os

    rendimentos auferidos forem provenientes do trabalho individual do transportador de

    carga ou de passageiros, em veculo prprio ou locado, ainda que o mesmo contrate

    empregados, como ajudantes ou auxiliares, tais rendimentos submetem-se incidncia do

    imposto de renda na fonte quando prestados a pessoas jurdicas, ou esto sujeitos ao

    recolhimento mensal obrigatrio (carn-leo) quando prestados a pessoas fsicas,

    mediante a utilizao da tabela progressiva aplicvel s pessoas fsicas e esto sujeitos ao

    ajuste na Declarao Anual da pessoa fsica.

    Se, entretanto, for contratado profissional para dirigir o veculo descaracteriza-se a

    explorao individual da atividade, ficando a pessoa fsica equiparada a pessoa jurdica.

    O mesmo ocorre nos casos de explorao conjunta da atividade, haja ou no

    copropriedade do veculo, porque passa de individual para social o exerccio da atividade

    econmica, devendo a "sociedade em comum" (antiga sociedade de fato) resultante ser

    tributada como pessoa jurdica.

    A aplicao dos critrios acima expostos, independe do veculo utilizado (caminho,

    nibus, avio, barco etc).

    Normativo: RIR/1999, arts. 47 e 150, 1, II; e

    PN CST n 122, de 1974.

    005 Pessoa fsica que explora atividade de representante comercial, devidamente

    cadastrado no CNPJ, est dispensada de apresentar a ECF?

    O representante comercial que exerce individualmente a atividade por conta de terceiros

    no se caracteriza como pessoa jurdica, no obstante ser inscrito no CNPJ, devendo seus

    rendimentos ser tributados na pessoa fsica, ficando dispensado da apresentao da ECF.

    Contudo, caso seja a atividade exercida por conta prpria, na condio de empresrio, ele

    ser considerado comerciante, ficando, desta forma, obrigado a apresentao da ECF.

    Normativo: ADN CST n 25, de 1989.

    006 As associaes sem fins lucrativos, igrejas e partidos polticos devero

    apresentar a ECF, tendo em vista serem consideradas entidades isentas ou

    imunes?

    As entidades consideradas como imunes e isentas esto obrigadas a apresentao da ECF.

    Somente encontram-se desobrigadas de apresentao da ECF as entidades relacionadas

    nas perguntas 002 e 003.

  • 9

    Veja ainda: Dispensa de apresentao da ECF: Pergunta 002 e 003 deste captulo.

    007 Os cartrios, cujos responsveis so remunerados por meio de emolumentos e

    que, por disposio legal, so inscritos no CNPJ, esto obrigados a apresentar a

    ECF?

    No obstante serem inscritos no CNPJ, os cartrios no se caracterizam como pessoa

    jurdica, devendo os emolumentos recebidos pelo seu responsvel ser tributados na pessoa

    fsica.

    008 Os Conselhos de fiscalizao de profisses regulamentadas esto obrigados a

    apresentar a ECF?

    Tendo em vista que a mudana da natureza jurdica dessas entidades, de autarquias

    dotadas de personalidade jurdica de direito pblico para pessoa jurdica de direito

    privado, Lei n 9.649, de 1998, art. 58, foi considerada inconstitucional pelo STF (ADI-

    1717), essas entidades esto desobrigadas apresentao da ECF.

    Normativo: Lei n 9.649, de 1998, art. 58.

    Declarao da Pessoa Jurdica Inativa

    009 A partir de quando existe a obrigatoriedade de apresentao da DCTF pela

    pessoa jurdica inativa?

    As pessoas jurdicas e demais entidades obrigadas DCTF mensal que estejam inativas

    ou no tenham dbitos a declarar no ficam dispensadas de apresentar a DCTF nas

    seguintes hipteses:

    a) em relao ao ms de ocorrncia do evento, nos casos de extino, incorporao,

    fuso e ciso parcial ou total;

    b) em relao ao ltimo ms de cada trimestre do ano-calendrio, quando no trimestre

    anterior tenha sido informado que o pagamento do Imposto sobre a Renda da Pessoa

    Jurdica (IRPJ) e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL) seria efetuado

    em quotas;

    c) em relao ao ms de janeiro de cada ano-calendrio; e

  • 10

    d) em relao ao ms subsequente quele em que se verificar elevada oscilao da taxa

    de cmbio, na hiptese de alterao da opo pelo regime de competncia para o regime

    de caixa prevista no art. 5 da Instruo Normativa RFB n 1.079, de 3 de novembro de

    2010.

    Excepcionalmente para o ano-calendrio de 2016, as pessoas jurdicas e demais

    entidades obrigadas DCTF mensal que estejam inativas devero apresentar a DCTF

    relativa ao ms de janeiro de 2016, ainda que tenham apresentado a Declarao

    Simplificada da Pessoa Jurdica (DSPJ) - Inativa 2016 de que trata o caput do art. 1 da

    Instruo Normativa RFB n 1.605, de 22 de dezembro de 2015.

    O prazo de apresentao das DCTF relativas aos meses de janeiro a abril de 2017 das

    pessoas jurdicas e demais entidades obrigadas a apresent-las, que estejam inativas ou

    no tenham dbitos a declarar, fica prorrogado para at 21 de julho de 2017. Neste

    mesmo prazo, os scios ostensivos de SCP inscrita no CNPJ na condio de

    estabelecimento matriz devero retificar as DCTF relativas aos meses de dezembro de

    2015 a fevereiro de 2016 para incluso das informaes relativas SCP.

    Normativo:

    IN RFB N 1.599, de 11 de dezembro de 2015;

    IN RFB n 1.605, de 2015;

    IN RFB N 1.646, de 30 de maio de 2016.

    010 Qual o conceito de inatividade adotado pela legislao tributria que obriga a

    apresentao da DCTF?

    Considera-se pessoa jurdica inativa, para fins da DCTF, aquela que no tenha efetuado

    qualquer atividade operacional, no-operacional, patrimonial ou financeira, inclusive

    aplicao no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ms-calendrio.

    Notas:

    O pagamento, no ms-calendrio a que se referir a declarao, de tributo relativo

    a meses-calendrio anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigao

    acessria no descaracterizam a pessoa jurdica como inativa no ms-calendrio.

    Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais

    011 Quem est obrigado a apresentar mensalmente a Declarao de Dbitos e

    Crditos Tributrios Federais (DCTF)?

    Devero apresentar a Declarao de Dbitos e Crditos Tributrios Federais Mensal

    (DCTF Mensal):

  • 11

    I - as pessoas jurdicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as

    imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz;

    II - as unidades gestoras de oramento das autarquias e fundaes institudas e

    mantidas pela administrao pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios e dos rgos pblicos dos Poderes Executivo, Legislativo e

    Judicirio dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo

    dos Municpios; e

    Observao: Considera-se unidade gestora de oramento aquela

    autorizada a executar parcela do oramento da Unio, dos Estados,

    do Distrito Federal ou dos Municpios.

    Em relao s autarquias e fundaes pblicas federais, fica

    sobrestada a obrigatoriedade at ulterior deliberao, na forma do

    art. 2, pargrafo 2, da Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de

    dezembro de 2015.

    III - os consrcios que realizem negcios jurdicos em nome prprio, inclusive na

    contratao de pessoas jurdicas e fsicas, com ou sem vnculo empregatcio.

    IV - as entidades de fiscalizao do exerccio profissional (conselhos federais e

    regionais), inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); e

    V - os fundos especiais criados no mbito de quaisquer dos Poderes da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem como dos Ministrios Pblicos

    e dos Tribunais de Contas, quando dotados de personalidade jurdica sob a forma

    de autarquia;

    As pessoas jurdicas acima, devero apresentar a DCTF Mensal, ainda que inativas ou

    no tenham dbitos a declarar:

    a) em relao ao ms de ocorrncia do evento, nos casos de extino,

    incorporao, fuso e ciso total ou parcial;

    b) em relao ao ltimo ms de cada trimestre do ano-calendrio, quando no

    trimestre anterior tenha sido informado que o pagamento de Imposto sobre a

    Renda das Pessoas Jurdicas (IRPJ) ou de Contribuio Social sobre o Lucro

    Lquido (CSLL) foi dividido em quotas;

    c) em relao ao ms de janeiro de cada ano-calendrio; e

    d) em relao ao ms subsequente quele em que se verificar elevada oscilao da

    taxa de cmbio, na hiptese de alterao da opo pelo regime de competncia

    para o regime de caixa prevista no art. 5 da Instruo Normativa RFB n 1.079,

    de 3 de novembro de 2010.

    As pessoas jurdicas e demais entidades que estejam inativas ou no tenham dbitos a

    declarar podero comunicar na DCTF, em relao ao ms de janeiro de cada ano-

    calendrio, se for o caso, a opo pelo regime (caixa ou competncia) segundo o qual as

  • 12

    variaes monetrias dos direitos de crdito e das obrigaes do contribuinte, em funo

    da taxa de cmbio, sero consideradas para efeito de determinao da base de clculo do

    IRPJ, da CSLL, da Contribuio para o PIS/Pasep e da Contribuio para o

    Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

    As informaes relativas s Sociedades em Conta de Participao (SCP) devem ser

    apresentadas pelo scio ostensivo, em sua prpria DCTF.

    Notas:

    Para a apresentao da DCTF, obrigatria a assinatura digital da declarao

    mediante utilizao de certificado digital vlido.

    Veja ainda: Dispensa de apresentao da DCTF: Pergunta 012 deste captulo.

    Normativo: Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de dezembro de 2015;

    Instruo Normativa RFB n 1.079, de 3 de novembro de 2010;

    Decreto n 8.451, de 2015.

    012 Quem est dispensado de apresentar DCTF?

    Esto dispensadas de apresentao da DCTF:

    I - as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas

    no Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies

    devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional),

    institudo pela Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006,

    relativamente aos perodos abrangidos por esse Regime;

    Observao: No esto dispensadas da apresentao da DCTF:

    a) - as ME e as EPP enquadradas no Simples Nacional que estejam

    sujeitas ao pagamento da Contribuio Previdenciria sobre a

    Receita Bruta (CPRB), nos termos dos incisos IV e VII do caput do

    art. 7 da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011, na qual devero

    informar os valores relativos referida CPRB e aos impostos e

    contribuies, devidos na qualidade de contribuinte ou responsvel,

    de que tratam os incisos I, V, VI, XI e XII do 1 do art. 13 da Lei

    Complementar n 123, de 2006;

    b) - as pessoas jurdicas excludas do Simples Nacional, quanto s

    DCTF relativas aos fatos geradores ocorridos a partir da data em

    que a excluso produzir efeitos;

  • 13

    II - os rgos pblicos da administrao direta da Unio;

    III - as pessoas jurdicas e demais entidades listadas como obrigadas mas em incio

    de atividades, referente ao perodo compreendido entre o ms em que forem

    registrados seus atos constitutivos at o ms anterior quele em que for efetivada

    a inscrio no CNPJ; e

    IV - as pessoas jurdicas e demais entidades que sejam obrigadas mas que estejam

    inativas ou no tenham dbitos a declarar, a partir do 2 (segundo) ms em que

    permanecerem nessa condio, observado o disposto nos inciso III do 2, do art.

    3, da Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de dezembro de 2015.

    Observao: Estas voltaro condio de obrigadas entrega da

    DCTF a partir do ms em que tiverem dbitos a declarar.

    So tambm dispensadas de apresentao da DCTF, ainda que se encontrem inscritas no

    Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos

    registrados em Cartrio ou Juntas Comerciais:

    I - os condomnios edilcios;

    II - os grupos de sociedades, constitudos na forma do art. 265 da Lei n 6.404, de

    15 de dezembro de 1976;

    III - os consrcios, desde que no realizem negcios jurdicos em nome prprio,

    inclusive na contratao de pessoas jurdicas e fsicas, com ou sem vnculo

    empregatcio;

    IV - os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as

    normas fixadas pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM) ou pelo Banco

    Central do Brasil (Bacen);

    V - os fundos de investimento imobilirio, que no se enquadrem no disposto no

    art. 2 da Lei n 9.779, de 19 de janeiro de 1999;

    VI - os fundos mtuos de investimento mobilirio, sujeitos s normas do Bacen

    ou da CVM;

    VII - as embaixadas, misses, delegaes permanentes, consulados-gerais,

    consulados, vice-consulados, consulados honorrios e as unidades especficas do

    governo brasileiro no exterior;

    VIII - as representaes permanentes de organizaes internacionais;

    IX - os servios notariais e registrais (cartrios), de que trata a Lei n 6.015, de 31

    de dezembro de 1973;

    X - os fundos especiais de natureza contbil ou financeira, no dotados de

    personalidade jurdica, criados no mbito de qualquer dos Poderes da Unio, dos

  • 14

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem como dos Ministrios Pblicos

    e dos Tribunais de Contas;

    XI - os candidatos a cargos polticos eletivos e os comits financeiros dos partidos

    polticos nos termos da legislao especfica;

    XII - as incorporaes imobilirias objeto de opo pelo Regime Especial de

    Tributao (RET), de que trata a Lei n 10.931, de 2 de agosto de 2004;

    XIII - as empresas, fundaes ou associaes domiciliadas no exterior que

    possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro de propriedade ou posse

    perante rgos pblicos, localizados ou utilizados no Brasil;

    XIV - as comisses, sem personalidade jurdica, criadas por ato internacional

    celebrado pela repblica Federativa do Brasil e um ou mais pases, para fins

    diversos; e

    XV - as comisses de conciliao prvia de que trata o art. 1 da Lei n 9.958, de

    12 de janeiro de 2000.

    XVI - os representantes comerciais, corretores, leiloeiros, despachantes e demais

    pessoas fsicas que exeram exclusivamente a representao comercial autnoma

    sem relao de emprego, e que desempenhem, em carter no eventual por conta

    de uma ou mais pessoas, a mediao para a realizao de negcios mercantis, nos

    termos do art. 1 da Lei n 4.886, de 9 de dezembro de 1965, quando praticada por

    conta de terceiros.

    Notas:

    Na hiptese de PJ excluda do Simples Nacional, no devero ser informados na

    DCTF os valores apurados pelo Simples Nacional.

    As pessoas jurdicas que passarem a se enquadrar no Simples Nacional devem

    apresentar as DCTF referentes aos perodos anteriores a sua incluso.

    Considera-se pessoa jurdica inativa aquela que no tenha efetuado qualquer

    atividade operacional, no-operacional, patrimonial ou financeira, inclusive

    aplicao no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ms-calendrio.

    O pagamento, no ms-calendrio a que se referir a declarao, de tributo relativo a

    meses-calendrios anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigao

    acessria no descaracterizam a pessoa jurdica como inativa no ms-calendrio.

    Normativo: Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de dezembro de 2015.

  • 15

    013 Quais impostos e contribuies devem ser informados na DCTF?

    A DCTF deve conter informaes relativas aos valores devidos (dbitos) e os respectivos

    valores utilizados para sua quitao (crditos), dos seguintes impostos e contribuies

    administrados pela RFB:

    I - Imposto de Renda das Pessoas Jurdicas (IRPJ);

    II - Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF);

    III - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

    IV - Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro, ou Relativas a Ttulos

    ou Valores Mobilirios (IOF);

    V - Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL);

    VI - Contribuio para o PIS/Pasep;

    VII - Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

    VIII - Contribuio Provisria sobre Movimentao ou Transmisso de Valores e

    de Crditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), at 31 de dezembro de

    2007;

    IX - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico incidente sobre a

    importao e a comercializao de petrleo e seus derivados, gs natural e seus

    derivados e lcool etlico combustvel (Cide-Combustvel);

    X - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico destinada a financiar o

    Programa de Estmulo Interao Universidade-Empresa para o Apoio Inovao

    (Cide-Remessa);

    XI - Contribuio do Plano de Seguridade do Servidor Pblico (PSS); e

    XII - Contribuio Previdenciria sobre a Receita Bruta (CPRB), de que tratam os

    arts. 7 e 8 da Lei n 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

    Notas:

    Quanto aos valores:

    No devem ser informados na DCTF os valores de impostos e contribuies exigidos

    em lanamento de ofcio.

    Devero ser informados, por estabelecimento, na DCTF apresentada pela matriz os

    valores referentes ao IPI e Cide-Combustvel.

  • 16

    Devem ser informados na DCTF da pessoa jurdica incorporadora, por incorporao

    imobiliria, no grupo RET/Pagamento Unificado de Tributos. Os valores relativos

    ao IRPJ, CSLL, Contribuio para o PIS/Pasep e Cofins pagos na forma do

    caput do art. 4 da Lei n 10.931, de 2004.

    Devem ser informados na DCTF no grupo Contribuies Sociais Retidas na Fonte

    (CSRF), os valores referentes CSLL, Cofins e Contribuio para o PIS/Pasep

    retidos na fonte pelas pessoas jurdicas de direito privado na forma do art. 30 da Lei

    n 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e os valores relativos Cofins e

    Contribuio para o PIS/Pasep retidos na forma do 3 do art. 3 da Lei n 10.485,

    de 3 de julho de 2002, alterado pelo art. 42 da Lei n 11.196, de 21 de novembro de

    2005.

    Devem ser informados na DCTF no grupo Contribuies Sociais e Imposto de Renda

    Retidos na Fonte (COSIRF), os valores referentes ao IRPJ, CSLL, Cofins e

    Contribuio para o PIS/Pasep retidos na fonte pelas empresas pblicas, sociedades

    de economia mista e demais entidades na forma do inciso III do art. 34 da Lei n

    10.833, de 2003.

    Devem ser informados na DCTF no grupo COSIRF, os valores referentes CSLL,

    Cofins e Contribuio para o PIS/Pasep retidos pelos rgos, autarquias e

    fundaes dos Estados, Distrito Federal e Municpios, que tenham celebrado

    convnio com a RFB nos termos do art. 33 da Lei n 10.833, de 2003.

    No devem ser informados na DCTF, os valores relativos ao IRRF incidente sobre

    rendimentos pagos pelos Estados, Distrito Federal e Municpios, bem como por suas

    Autarquias e Fundaes, recolhidos nos cdigos de receita 0561, 1889, 2063, 3533,

    3540, 3562 e 5936.

    Devero ser informados na DCTF apresentada pelo administrador, os valores

    referentes ao IRRF retido pelos fundos de investimento, que no se enquadrem no

    disposto no art. 2 da Lei n 9.779, de 1999.

    Na hiptese de tornarem-se exigveis tributos administrados pela RFB em

    decorrncia do descumprimento das condies que ensejaram a aquisio de bens e

    servios com iseno, suspenso, reduo de alquota ou no incidncia, a pessoa

    jurdica adquirente dever retificar a DCTF referente ao perodo de aquisio dos

    bens ou dos servios no mercado interno para incluso, na condio de responsvel,

    dos valores relativos aos tributos no pagos.

    Na hiptese de tornarem-se exigveis tributos administrados pela RFB em

    decorrncia do descumprimento das condies que ensejaram a importao de bens

    e servios com iseno, suspenso, reduo de alquota ou no incidncia, a pessoa

    jurdica importadora dever retificar a DCTF referente ao perodo de importao dos

    bens e servios para incluso dos valores relativos aos tributos no pagos.

    Devero ser informados na DCTF apresentada pelo estabelecimento matriz, os

    valores referentes CPRB, cujos recolhimentos devero ser efetuados de forma

  • 17

    centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais

    contribuies sociais incidentes sobre a receita bruta.

    DCTF Retificadoras:

    A alterao das informaes prestadas em DCTF, nas hipteses em que admitida,

    ser efetuada mediante apresentao de DCTF retificadora, elaborada com

    observncia das mesmas normas estabelecidas para a declarao retificada.

    A DCTF retificadora ter a mesma natureza da declarao originariamente

    apresentada e servir para declarar novos dbitos, aumentar ou reduzir os valores de

    dbitos j informados ou efetivar qualquer alterao nos crditos vinculados.

    A retificao no produzir efeitos quando tiver por objeto:

    I - reduzir os dbitos relativos a impostos e contribuies:

    a) cujos saldos a pagar j tenham sido enviados Procuradoria-Geral da Fazenda

    Nacional (PGFN) para inscrio em DAU, nos casos em que importe alterao

    desses saldos;

    b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos s

    informaes indevidas ou no comprovadas prestadas na DCTF, sobre pagamento,

    parcelamento, compensao ou suspenso de exigibilidade, j tenham sido enviados

    PGFN para inscrio em DAU; ou

    c) que tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalizao.

    II - alterar os dbitos de impostos e contribuies em relao aos quais a pessoa

    jurdica tenha sido intimada de incio de procedimento fiscal.

    A retificao de valores informados na DCTF, que resulte em reduo do montante

    do dbito j enviado PGFN para inscrio em DAU ou do dbito que tenha sido

    objeto de exame em procedimento de fiscalizao, somente poder ser efetuada pela

    RFB nos casos em que houver prova inequvoca da ocorrncia de erro de fato no

    preenchimento da declarao e enquanto no extinto o direito de a Fazenda Pblica

    constituir o crdito tributrio correspondente quela declarao.

    Na hiptese de alterar dbitos de impostos e contribuies em relao aos quais a

    pessoa jurdica tenha sido intimada de incio de procedimento fiscal, havendo

    recolhimento anterior ao incio do procedimento fiscal, em valor superior ao

    declarado, a pessoa jurdica poder apresentar declarao retificadora, em

    atendimento a intimao fiscal e nos termos desta, para sanar erro de fato, sem

    prejuzo das penalidades cabveis.

    O direito de o contribuinte pleitear a retificao da DCTF extingue-se em 5 (cinco)

    anos contados a partir do 1 (primeiro) dia do exerccio seguinte ao qual se refere a

    declarao.

  • 18

    A pessoa jurdica que apresentar DCTF retificadora, alterando valores que tenham

    sido informados:

    I - na Declarao de Informaes Econmico-Fiscais da Pessoa Jurdica (DIPJ),

    dever apresentar, tambm, DIPJ retificadora; e

    II - no Demonstrativo de Apurao de Contribuies Sociais (Dacon), dever

    apresentar, tambm, Dacon retificador.

    As DCTF retificadoras podero ser retidas para anlise com base na aplicao de

    parmetros internos estabelecidos pela RFB.

    A pessoa jurdica ou o responsvel pelo envio da DCTF retida para anlise ser

    intimado a prestar esclarecimentos ou apresentar documentos sobre as possveis

    inconsistncias ou indcios de irregularidade detectados, sem prejuzo das

    penalidades cabveis.

    A intimao para o sujeito passivo prestar esclarecimentos ou apresentar

    documentao comprobatria poder ser efetuada de forma eletrnica, observada a

    legislao especfica, prescindindo, neste caso, de assinatura.

    O no atendimento intimao no prazo determinado ensejar a no homologao

    da retificao.

    No produziro efeitos as informaes retificadas:

    I - enquanto pendentes de anlise; e

    II - no homologadas.

    facultado ao sujeito passivo, no prazo de 30 (trinta) dias contado da data da cincia

    da deciso que no homologou a DCTF retificadora, apresentar impugnao dirigida

    Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) de sua jurisdio, nos

    termos do Decreto n 70.235, de 6 de maro de 1972.

    Normativo: Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de dezembro de 2015.

    014 Qual o prazo para apresentao da DCTF?

    As pessoas jurdicas devem apresentar a DCTF at o 15 (dcimo quinto) dia til do 2

    (segundo) ms subsequente ao ms de ocorrncia dos fatos geradores, inclusive nos casos

    de extino, incorporao, fuso e ciso total ou parcial. Essa obrigatoriedade de

  • 19

    apresentao no se aplica, para a incorporadora, nos casos em que as pessoas jurdicas,

    incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societrio desde o ano-

    calendrio anterior ao do evento.

    Notas:

    No caso de excluso do Simples Nacional, a pessoa jurdica fica obrigada a

    apresentar as DCTF relativas aos fatos geradores ocorridos:

    I - desde o incio das atividades, no caso de ter ultrapassado, no ano-calendrio de

    incio de atividade, em mais de 20% (vinte por cento), o limite de receita bruta

    proporcional ao nmero de meses de funcionamento nesse ano-calendrio, previsto

    no 2 do art. 3 da Lei Complementar n 123, de 2006;

    II - a partir do ms de ocorrncia do evento excludente, na constatao das situaes

    previstas nos incisos II a XII do caput do art. 29 da Lei Complementar n 123, de

    2006;

    III - a partir do ms seguinte ocorrncia do evento excludente:

    a) no caso de ter ultrapassado, no ano-calendrio, em mais de 20% (vinte por cento),

    o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput do art. 3 da Lei

    Complementar n 123, de 2006; ou

    b) na constatao das situaes previstas no 4 do art. 3 ou nos incisos I a III e VI

    a XVI do caput do art. 17 da Lei Complementar n 123, de 2006;

    IV - a partir de 1 (primeiro) de janeiro do ano-calendrio subsequente ocorrncia

    do evento excludente:

    a) no caso de ter ultrapassado, no ano-calendrio de incio de atividade, em at 20%

    (vinte por cento), o limite de receita bruta proporcional ao nmero de meses de

    funcionamento nesse ano-calendrio, previsto no 2 do art. 3 da Lei

    Complementar n 123, de 2006; ou

    b) no caso de ter ultrapassado, no ano-calendrio, em at 20% (vinte por cento), o

    limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput do art. 3 da Lei

    Complementar n 123, de 2006;

    V - a partir do ano-calendrio subsequente ao da cincia da comunicao da

    excluso, na constatao da situao prevista no inciso V do caput do art. 17 da Lei

    Complementar n 123, de 2006, exceto na hiptese prevista no 2 do art. 31 da

    referida Lei.

    A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que se enquadrar no disposto no inciso

    I e comunicar espontaneamente sua excluso do regime dever apresentar as DCTF,

    relativas aos fatos geradores ocorridos a partir do incio de atividade, at o ltimo

    dia til do ms subsequente quele em que for ultrapassado o limite de receita bruta.

  • 20

    No caso de comunicao de excluso por opo da ME ou EPP optante pelo Simples

    Nacional, a pessoa jurdica fica obrigada a apresentar as DCTF relativas aos fatos

    geradores ocorridos a partir da data em que a excluso produzir efeitos.

    Normativo: Instruo Normativa RFB n 1.599, de 11 de dezembro de 2015.

    Perodo de Apurao do IRPJ, Prazos e Formas de Apresentao da ECF

    015 O que se entende por perodo-base de apurao do imposto de renda?

    o perodo de tempo delimitado pela legislao tributria (trimestre ou ano),

    compreendido em um ano-calendrio, durante o qual so apurados os resultados das

    pessoas jurdicas e calculados os impostos e contribuies.

    Notas:

    Ano-calendrio o perodo de doze meses consecutivos, contados de 1 de janeiro a

    31 de dezembro.

    016 A alterao pela pessoa jurdica da data do trmino do exerccio social ou a

    apurao dos resultados em perodo diferente do determinado pela legislao

    fiscal pode provocar a no obrigatoriedade da apresentao da ECF em algum

    perodo?

    No, pois, conforme o disposto na legislao fiscal, Lei n 7.450, de 1985, art. 16, para

    efeito de apurao do imposto de renda das pessoas jurdicas, o perodo-base (trimestral

    ou anual) deve estar, necessariamente, compreendido no ano-calendrio, assim entendido

    o perodo de doze meses contados de 1 de janeiro a 31 de dezembro. A apurao dos

    resultados ser efetuada com observncia da legislao vigente poca de ocorrncia dos

    respectivos fatos geradores.

    Normativo: Lei n 7.450, de 1985, art. 16; RIR/1999, arts. 220 e 221.

    017 Atualmente, qual o perodo de apurao do imposto de renda para as pessoas

    jurdicas?

    Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1 de janeiro de 1997, o perodo de apurao

    dos resultados da pessoa jurdica trimestral (lucro real, presumido ou arbitrado).

    Contudo, a pessoa jurdica que optar pelo pagamento mensal com base na estimativa,

    balano ou balancete de suspenso ou reduo, fica sujeita apurao pelo lucro real

  • 21

    anual, a ser feita em 31 de dezembro do ano-calendrio, ou na data do evento, nos casos

    de fuso, ciso, incorporao e extino.

    Normativo: RIR/1999, arts. 220 e 221.

    018 O que se considera data do evento nas hipteses de ciso, fuso, incorporao

    ou extino da pessoa jurdica?

    Considera-se data do evento aquela em que houve a deliberao que aprovou a ciso,

    incorporao ou fuso. No caso de extino a data que ultimar a liquidao da pessoa

    jurdica.

    Notas:

    Os Documentos devem ser registrados dentro de 30 (trinta) dias contados de sua

    assinatura.

    Normativo: Lei n 8.934, de 1994, arts. 32 e 36

    019 Qual a forma de apresentao da ECF e quais documentos devem ser

    anexados?

    A partir de 1/01/1999, ano-calendrio de 1998, a declarao de rendimentos das pessoas

    jurdicas, inclusive retificadora, deve ser apresentada Secretaria da Receita Federal do

    Brasil (RFB) exclusivamente em meio magntico.

    A ECF, disponvel na internet no endereo , ser

    transmitida anualmente ao Sistema Pblico de Escriturao Digital (Sped) at o ltimo

    dia til do ms de julho do ano seguinte ao ano-calendrio a que se refira.

    O sujeito passivo dever informar, na ECF, todas as operaes que influenciem a

    composio da base de clculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa

    Jurdica (IRPJ) e da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), especialmente

    quanto:

    I - recuperao do plano de contas contbil e saldos das contas, para pessoas

    jurdicas obrigadas a entregar a Escriturao Contbil Digital (ECD) relativa ao

    mesmo perodo da ECF;

    II - recuperao de saldos finais da ECF do perodo imediatamente anterior,

    quando aplicvel;

    III - associao das contas do plano de contas contbil recuperado da ECD com

    plano de contas referencial, definido pela Coordenao-Geral de Fiscalizao

    (Cofis), por meio de Ato Declaratrio Executivo (ADE);

  • 22

    IV - ao detalhamento dos ajustes do lucro lquido na apurao do Lucro Real, no

    Livro Eletrnico de Apurao do Lucro Real (e-Lalur), mediante tabela de adies

    e excluses definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratrio Executivo;

    V - ao detalhamento dos ajustes da base de clculo da CSLL, no Livro Eletrnico

    de Apurao da Base de Clculo da CSLL (e-Lacs), mediante tabela de adies e

    excluses definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratrio Executivo;

    VI - aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar

    em exerccios subsequentes, inclusive prejuzo fiscal e base de clculo negativa

    da CSLL; e

    VII - aos registros, lanamentos e ajustes que forem necessrios para a

    observncia de preceitos da lei tributria relativos determinao do lucro real e

    da base de clculo da CSLL, quando no devam, por sua natureza exclusivamente

    fiscal, constar da escriturao comercial, ou sejam diferentes dos lanamentos

    dessa escriturao.

    VIII - apresentao do Demonstrativo de Livro Caixa, a partir do ano-calendrio

    2016, para as pessoas jurdicas optantes pela sistemtica do lucro presumido que

    se utilizem da prerrogativa prevista no pargrafo nico do art. 45 da Lei n 8.981,

    de 20 de janeiro 1995, e cuja receita bruta no ano seja superior a R$ 1.200.000,00

    (um milho e duzentos mil reais), ou proporcionalmente ao perodo a que se refere.

    O Manual de Orientao do Leiaute da ECF, contendo informaes de leiaute do arquivo

    de importao, regras de validao aplicveis aos campos, registros e arquivos, tabelas de

    cdigos utilizadas e regras de retificao da ECF, ser divulgado pela Cofis por meio de

    Ato Declaratrio Executivo publicado no Dirio Oficial da Unio (DOU).

    O prazo para entrega da ECF ser encerrado s 23h59min59s (vinte e trs horas, cinquenta

    e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horrio de Braslia, do ltimo dia fixado

    para entrega da escriturao.

    A ECF dever ser assinada digitalmente mediante utilizao de certificado digital vlido.

    Nos casos de extino, ciso parcial, ciso total, fuso ou incorporao, a ECF dever ser

    entregue pelas pessoas jurdicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e

    incorporadoras, at o ltimo dia til do ms subsequente ao do evento. Quando este

    ocorrer de janeiro a maio do ano-calendrio, o prazo ser at o ltimo dia til do ms de

    junho do referido ano, mesmo prazo da ECF para situaes normais relativas ao ano-

    calendrio anterior.

    Na transmisso da ECF, que feita por meio da Internet, o Recibo de Recepo emitido

    na concluso do envio, podendo ser impresso pelo prprio contribuinte, como

    comprovante da recepo.

    Normativo: RIR/1999, art. 809.

    IN SRF N 1.422, de 2013

  • 23

    020 De que formas sero apresentadas as declaraes de exerccios anteriores?

    As declaraes de exerccios anteriores, quando apresentadas em atraso, devem ser

    entregues de acordo com as regras fixadas para cada exerccio, utilizando o programa

    aplicvel a cada exerccio, disponibilizado pela RFB.

    Retificao da ECF

    021 Como proceder quando, aps a entrega da ECF, a pessoa jurdica constatar que

    houve falhas ou incorrees nos dados fornecidos?

    A retificao de ECF anteriormente entregue dar-se- mediante apresentao de nova

    ECF, nas hipteses em que admitida, independentemente de autorizao da autoridade

    administrativa e ter a mesma natureza da ECF originariamente

    apresentada, substituindo-a integralmente para todos os fins e direitos, e passar a ser a

    ativa na base de dados do Sped.

    Caso a ECF retificadora altere os saldos das contas da parte B do e-Lalur ou do e-Lacs,

    a pessoa jurdica dever verificar a necessidade de retificar as ECF dos anos-calendrio

    posteriores.

    A pessoa jurdica dever entregar a ECF retificadora sempre que apresentar

    Escriturao Contbil Digital (ECD) substituta que altere contas ou saldos contbeis

    recuperados na ECF ativa na base de dados do Sped.

    No caso de lanamentos extemporneos em ECD que alterem a base de clculo do IRPJ

    ou da CSLL da ECF de ano-calendrio anterior, a pessoa jurdica dever efetuar o ajuste

    por meio de ECF retificadora relativa ao respectivo ano-calendrio, mediante adies ou

    excluses ao lucro lquido, ainda que a ECD recuperada na ECF retificada no tenha

    sido alterada.

    A pessoa jurdica que entregar ECF retificadora que altere valores de apurao do IRPJ

    ou da CSLL que haviam sido informados na Declarao de Dbitos e Crditos de

    Tributos Federais (DCTF) dever apresentar DCTF retificadora elaborada com

    observncia das normas especficas relativas a esta declarao.

    Notas:

    Para mais informaes a respeito da retificao da ECF, consulte o Manual de

    Orientao da ECF, disponvel no stio do Sped.

    Veja ainda: Forma de apresentao da ECF:

    Perguntas 19 e 20 deste captulo.

  • 24

    Normativo: MP n 2.189-49, de 2001, art.18; e

    IN SRF n 166, de 1999, arts. 1 e 4.

    Instruo Normativa RFB n 1770, de 18 de dezembro de 2017.

    022 Qual o prazo para retificao da ECF da pessoa jurdica?

    O prazo de 5 (cinco) anos, conforme os artigos 150 e 173 do CTN.

    023 Em que hipteses no ser admitida a ECF retificadora?

    Nas seguintes hipteses:

    a) quando iniciado procedimento de ofcio; e

    b) quando tiver por objetivo alterar o regime de tributao anteriormente adotado, salvo

    nos casos determinados pela legislao, para fins de determinao do lucro arbitrado.

    Normativo: RIR/1999, art. 832; e

    IN SRF n 166, de 1999, art. 4.

    Instruo Normativa RFB n 1770, de 18 de dezembro de 2017.

    024 Quais os efeitos tributrios no caso de a ECF retificadora apresentar valores a

    ttulo de IRPJ e de CSLL diferentes daqueles inicialmente apresentados na ECF

    retificada?

    Quando a retificao da ECF apresentar imposto maior que o da ECF retificada, a

    diferena apurada ser devida com os acrscimos correspondentes.

    Quando a retificao da ECF apresentar imposto menor que o da ECF retificada, a

    diferena apurada, desde que paga, poder ser compensada ou restituda.

    Sobre o montante a ser compensado ou restitudo incidiro juros equivalentes taxa

    referencial do Sistema Especial de Liquidao e Custdia (Selic), acumulados at o ms

    anterior ao da restituio ou compensao, adicionado de 1% (um por cento) no ms da

    restituio ou compensao.

    Normativo: IN SRF n 166, de 1999, arts. 3 e 4; e

    IN RFB n 1.717, de 2017, art. 142.

    Entidades Imunes ou Isentas do Imposto de Renda

  • 25

    025 Quais pessoas imunes ao imposto de renda esto sujeitas entrega da ECF?

    So imunes ao imposto sobre a renda e esto obrigadas a ECF:

    a) os templos de qualquer culto;

    b) os partidos polticos, inclusive suas fundaes, as entidades sindicais de

    trabalhadores, as instituies de educao e as de assistncia social, sem fins

    lucrativos, desde que observados os requisitos da Lei.

    Considera-se imune a instituio de educao ou de assistncia social que preste os

    servios para os quais houver sido instituda e os coloque disposio da populao em

    geral, em carter complementar s atividades do Estado, sem fins lucrativos.

    Define-se como entidade sem fins lucrativos, a instituio de educao e de assistncia

    social que no apresente supervit em suas contas ou, caso o apresente em determinado

    exerccio, destine referido resultado integralmente manuteno e ao desenvolvimento

    dos seus objetivos sociais.

    Para o gozo da imunidade, as instituies citadas em b esto obrigadas a atender aos

    seguintes requisitos:

    a) no remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios prestados;

    c) manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das

    formalidades que assegurem a respectiva exatido;

    d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emisso,

    os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao de suas

    despesas, bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que

    venham a modificar sua situao patrimonial;

    e) apresentar, anualmente, a ECF, em conformidade com o disposto em ato da

    Secretaria da Receita Federal do Brasil;

    f) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a

    contribuio para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir

    as obrigaes acessrias da decorrentes;

    g) assegurar a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda s

    condies para gozo da imunidade, no caso de incorporao, fuso, ciso ou de

    extino da pessoa jurdica, ou a rgo pblico;

    h) no distriburem qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer

    ttulo;

    i) outros requisitos, estabelecidos em lei especfica, relacionados com o

    funcionamento das entidades citadas.

    Notas:

    1) A vedao remunerao dos dirigentes da instituio de educao e de

    assistncia social pelos servios prestados, referida na letra "a", no alcana a

    hiptese de remunerao de dirigente no caso de associaes, fundaes ou

    organizaes da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes podero ser

    remunerados, desde que atuem efetivamente na gesto executiva e desde que

    cumpridos os requisitos previstos nos arts. 3 e 16 da Lei n 9.790, de 23 de maro

    de 1999, respeitados como limites mximos os valores praticados pelo mercado na

    regio correspondente sua rea de atuao, devendo seu valor ser fixado pelo rgo

  • 26

    de deliberao superior da entidade, registrado em ata, com comunicao ao

    Ministrio Pblico, no caso das fundaes.

    2) A exigncia a que se refere o item 1 no impede:

    a) a remunerao aos diretores no estatutrios que tenham vnculo

    empregatcio; e

    b) a remunerao aos dirigentes estatutrios, desde que recebam

    remunerao inferior, em seu valor bruto, setenta por cento do limite

    estabelecido para a remunerao de servidores do Poder Executivo federal.

    3) A remunerao dos dirigentes estatutrios referidos no item 2 dever obedecer

    s seguintes condies:

    a) nenhum dirigente remunerado poder ser cnjuge ou parente at terceiro

    grau, inclusive afim, de instituidores, scios, diretores, conselheiros,

    benfeitores ou equivalentes da instituio de educao ou de assistncia

    social, conforme o caso; e

    b) o total pago a ttulo de remunerao aos dirigentes, pelo exerccio das

    atribuies estatutrias, deve ser inferior a cinco vezes o valor

    correspondente ao limite individual estabelecido na letra "b" do item 3.

    4) O disposto nos itens 2 e 3 no impede a remunerao da pessoa do dirigente

    estatutrio ou diretor que, cumulativamente, tenha vnculo estatutrio e

    empregatcio, exceto se houver incompatibilidade de jornadas de trabalho.

    5) a vedao estabelecida no item 1 no alcana a hiptese de remunerao de

    dirigente, em decorrncia de vnculo empregatcio, pelas Organizaes da Sociedade

    Civil de Interesse Pblico (Oscip), qualificadas segundo as normas estabelecidas na

    Lei n 9.790, de 23 de maro de 1999, e pelas Organizaes Sociais (OS),

    qualificadas consoante os dispositivos da Lei n 9.637, de 15 de maio de 1998, desde

    que a referida remunerao no seja superior, em seu valor bruto, ao limite

    estabelecido para a remunerao de servidores do Poder Executivo Federal.

    6) A imunidade referida nesta questo restrita aos resultados relacionados com as

    finalidades essenciais das entidades nela mencionadas.

    7) A imunidade referida nesta questo no exclui a atribuio, por lei, s entidades

    nela referidas, da condio de responsveis pelo imposto que lhes caiba reter na fonte

    e no as dispensa da prtica de atos, previstos em lei, assecuratrios do cumprimento

    de obrigaes tributrias por terceiros.

    8) no permite pagamento, pela instituio imune, em favor de seus associados ou

    dirigentes, ou, ainda, em favor de scios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurdica

    a ela associada por qualquer forma, de despesas consideradas indedutveis na

    determinao da base de clculo do imposto sobre a renda ou da contribuio social

    sobre o lucro lquido.

  • 27

    9) O disposto anteriormente extensivo s autarquias e s fundaes institudas e

    mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere aos resultados vinculados a suas

    finalidades essenciais ou s delas decorrentes, no se aplicando aos resultados

    relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas

    aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou

    pagamento de preos ou tarifas pelo usurio.

    Normativo: CF/1988, art. 150, VI, b e c; art. 170, IV, e 173, 4

    CTN, arts. 9 , 12, 13 e 14;

    Lei Complementar n 104, de 2001;

    Lei n 9.532, de 1997, art. 12 e 13, pargrafo nico;

    Lei n 9.637, de 1998;

    Lei n 9.790, de 1999;

    Lei n 10.637, de 2002, art. 34 e art. 68, III;

    Lei n 12.868, de 2013, art. 18;

    Lei n 13.204, de 2015, art. 4.

    026 Quais so as entidades isentas pela finalidade ou objeto?

    Consideram-se isentas as instituies de carter filantrpico, recreativo, cultural e

    cientfico e as associaes civis que prestem os servios para os quais houverem sido

    institudas e os coloquem disposio do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins

    lucrativos.

    Considera-se entidade sem fins lucrativos a que no apresente supervit em suas contas

    ou, caso o apresente em determinado exerccio, destine referido resultado, integralmente,

    manuteno e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.

    Notas:

    1) As associaes de poupana e emprstimo esto isentas do imposto sobre a renda,

    mas so contribuintes da CSLL.

    2) As associaes referidas no item 1 pagaro o imposto correspondente aos

    rendimentos e ganhos lquidos auferidos em aplicaes financeiras alquota de 15%

    (quinze por cento), calculado sobre 28% (vinte e oito por cento) do valor dos

    referidos rendimentos e ganhos lquidos. O imposto ser considerado definitivo.

    3) As entidades fechadas e abertas de previdncia complementar sem fins

    lucrativos esto isentas do imposto sobre a renda.

    4) As entidades fechadas de previdncia complementar passaram a estar isentas

    tambm da Contribuio Social sobre o Lucro Lquido, relativamente aos fatos

    geradores ocorridos a partir de 1 de janeiro de 2002..

  • 28

    Normativo: Lei n 9.532, de 1997, caput do art. 15 e 3 do art. 12;

    RIR/1999, art. 177;

    Lei n 10.426, de 2002, art. 5;

    Lei Complementar n 109, de 2001;

    Decreto-Lei n 2.065, de 1983, art. 6; e

    Lei n 11.053, de 29 de dezembro de 2004, art. 7).

    027 Quais as condies determinadas pela legislao que devem ser observadas

    pelas entidades enquadradas como isentas pela finalidade ou objeto?

    As entidades consideradas isentas pela finalidade ou objeto devero atender aos seguintes

    requisitos:

    a) no remunerar por qualquer forma seus dirigentes pelos servios prestados;

    b) aplicar integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dos objetivos

    sociais;

    c) manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das

    formalidades que assegurem a respectiva exatido;

    d) conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contados da data da emisso, os

    documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao de suas despesas,

    bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificar

    sua situao patrimonial;

    e) apresentar, anualmente, ECF, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria

    da Receita Federal do Brasil;

    f) a vedao remunerao dos dirigentes da instituio de educao e de assistncia

    social pelos servios prestados, referida na letra "a", no alcana a hiptese de

    remunerao de dirigente no caso de associaes, fundaes ou organizaes da

    sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes podero ser remunerados, desde

    que atuem efetivamente na gesto executiva e desde que cumpridos os requisitos

    previstos nos arts. 3 e 16 da Lei n 9.790, de 23 de maro de 1999, respeitados como

    limites mximos os valores praticados pelo mercado na regio correspondente sua

    rea de atuao, devendo seu valor ser fixado pelo rgo de deliberao superior da

    entidade, registrado em ata, com comunicao ao Ministrio Pblico, no caso das

    fundaes.

    Normativo: Lei n 9.532, de 1997, art. 15, 3 .

    028 A imunidade e a iseno aplicam-se a toda renda obtida pelas entidades

    citadas?

    No. Estar fora do alcance da tributao somente o resultado relacionado com as

    finalidades essenciais destas entidades.

    Em relao a entidade imune:

  • 29

    O Supremo Tribunal Federal (STF) vem pacificando o seu entendimento na linha

    de que as imunidades tributrias devem ser interpretadas finalisticamente. Segundo

    esse tribunal, a imunidade prevista no art. 150, VI, alnea "c", abrange inclusive os

    servios que no se enquadrem nas finalidades essenciais da entidade de assistncia

    social. Nessa esteira de entendimento, foi editada a Smula 724 do STF:

    Ainda quando alugado a terceiros,

    permanece imune ao IPTU o imvel

    pertencente a qualquer das entidades

    referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituio,

    desde que o valor dos aluguis seja aplicado

    nas atividades essenciais de tais entidades.

    A opo por uma interpretao teleolgica da imunidade, todavia, no afasta, antes

    exige, a averiguao das circunstncias fticas e jurdicas peculiares de cada

    entidade, sob pena de se admitir a ocorrncia de abusos no exerccio do aludido

    benefcio constitucional. Mesmo aceitando a orientao finalista, no se pode

    chegar ao extremo de acatar que toda e qualquer renda, advinda de outras atividades

    no relacionadas com aquelas essenciais da entidade, estejam, indistintamente,

    acobertadas pela imunidade apenas porque o seu produto destinado prpria

    instituio. No se concebe que da imunidade resulte um favorecimento excessivo

    entidade, a ponto de ferir o princpio constitucional da livre concorrncia em

    relao s empresas que operam no mesmo ramo de atividade sem o benefcio

    tributrio. Em outras palavras, deve-se analisar as peculiaridades de cada caso luz

    do princpio estatudo no art. 173, 4 , da Constituio Federal.

    Em relao a entidade isenta:

    Por meio do Parecer Normativo CST n 162, de 11 de setembro de 1974, a RFB

    esclarece que para a fruio da iseno necessria a observncia dos requisitos

    legais em sua totalidade, j que o descumprimento parcial das condies

    suficiente para a inaplicabilidade total da iseno, alm disso, ressalta que a iseno

    no pode ser reconhecida quando a entidade extrapola seus objetivos sociais e

    exerce atividades de natureza econmico-financeira, j que, desse modo,

    concorreria de forma desigual com organizaes no alcanadas pela situao

    beneficiada.

    No esto abrangidos pela iseno do imposto os rendimentos e ganhos de capital

    auferidos em aplicaes financeiras de renda fixa ou de renda varivel.

    O disposto no pargrafo anteriore no se aplica aos rendimentos e ganhos de capital

    auferidos pela Academia Brasileira de Letras, pela Associao Brasileira de

    Imprensa e pelo Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro.

    Normativo: CF/1988, art. 150, VI, c; art. 170, IV, e 173, 4;

    Lei n 9.532, de 1997, art. 15, 2 e 5;

    PN CST n 162, de 1974.

  • 30

    029 As instituies de educao e de assistncia social (art. 150, inciso VI, alnea

    c, da Constituio Federal) esto sujeitas reteno do imposto de renda na

    fonte sobre suas aplicaes financeiras?

    Apesar de o 1 do art. 12 da Lei n 9.532, de 1997, dispor que no esto abrangidos

    pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicaes financeiras

    de renda fixa ou de renda varivel auferidos por essas instituies, o Supremo Tribunal

    Federal (STF) suspendeu a vigncia desse dispositivo, por meio de medida liminar

    deferida na Ao Direta de Inconstitucionalidade n 1802-3 (em sesso de 27/8/1998).

    Normativo: STF - Ao Direta de Inconstitucionalidade n 1802-3.

    030 A prtica de atos comuns s pessoas jurdicas com fins lucrativos

    descaracteriza a iseno?

    No pode haver a convivncia entre rendimentos decorrentes de atividade essencial,

    portanto imunes, com os rendimentos que no estejam de acordo com a finalidade

    essencial da entidade, rendimentos no imunes, sem descaracterizar a imunidade.

    Da mesma forma, no possvel a convivncia de rendimentos isentos com no isentos,

    tendo em vista no ser possvel o gozo de iseno pela metade, ou todos os rendimentos

    so isentos, se cumpridos os requisitos da Lei n 9.532, de 1997, ou todos so submetidos

    tributao, se descumpridos os requisitos.

    Em relao a entidade imune:

    O Supremo Tribunal Federal (STF) vem pacificando o seu entendimento na linha

    de que as imunidades tributrias devem ser interpretadas finalisticamente. Segundo

    esse tribunal, a imunidade prevista no art. 150, VI, alnea "c", abrange inclusive os

    servios que no se enquadrem nas finalidades essenciais da entidade de assistncia

    social. Nessa esteira de entendimento, foi editada a Smula 724 do STF:

    Ainda quando alugado a terceiros,

    permanece imune ao IPTU o imvel

    pertencente a qualquer das entidades

    referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituio,

    desde que o valor dos aluguis seja aplicado

    nas atividades essenciais de tais entidades.

    A opo por uma interpretao teleolgica da imunidade, todavia, no afasta, antes

    exige, a averiguao das circunstncias fticas e jurdicas peculiares de cada

    entidade, sob pena de se admitir a ocorrncia de abusos no exerccio do aludido

    benefcio constitucional. Mesmo aceitando a orientao finalista, no se pode

    chegar ao extremo de acatar que toda e qualquer renda, advinda de outras atividades

    no relacionadas com aquelas essenciais da entidade, estejam, indistintamente,

    acobertadas pela imunidade apenas porque o seu produto destinado prpria

    instituio. No se concebe que da imunidade resulte um favorecimento excessivo

    entidade, a ponto de ferir o princpio constitucional da livre concorrncia em

    relao s empresas que operam no mesmo ramo de atividade sem o benefcio

  • 31

    tributrio. Em outras palavras, deve-se analisar as peculiaridades de cada caso luz

    do princpio estatudo no art. 173, 4 , da Constituio Federal.

    Em relao a entidade isenta:

    Por meio do Parecer Normativo CST n 162, de 11 de setembro de 1974, a RFB

    esclarece que para a fruio da iseno necessria a observncia dos requisitos

    legais em sua totalidade, j que o descumprimento parcial das condies

    suficiente para a inaplicabilidade total da iseno, alm disso, ressalta que a iseno

    no pode ser reconhecida quando a entidade extrapola seus objetivos sociais e

    exerce atividades de natureza econmico-financeira, j que, desse modo,

    concorreria de forma desigual com organizaes no alcanadas pela situao

    beneficiada.

    No entanto, o exerccio atividades relacionadas com as finalidades institucionais da

    entidade no prejudicaria o aproveitamento do benefcio tributrio desde que esta

    prtica consistisse apenas em um acessrio para otimizar suas atividades.

    Considerar, porm, que essa interpretao por assim dizer extensiva da regra

    instituidora do benefcio em acatamento das finalidades da entidade, no tem o

    condo de permitir a explorao de atividades econmicas pela entidade, as quais

    se transformem em importantes fonte de receitas, de forma a desvirtu-la dos seus

    objetivos sociais. Tambm, no afasta, antes exige a averiguao das circunstncias

    fticas e jurdicas peculiares das atividades por ela exploradas.

    Normativo: Lei n 9.532, de 1997; e

    PN CST n 162, de 1974.

    031 No fornecimento de bens e servios pelas entidades imunes e isentas a rgos,

    autarquias e fundaes da administrao pblica federal, caber reteno de

    tributos e contribuies prevista no art. 64 da Lei n 9.430, de 1996?

    No. O art. 4 da IN RFB n 1.234, de 2012, relaciona as hipteses de dispensa de

    reteno, entre as quais encontram-se os casos de imunidade e iseno. A referida norma

    dispe que nos pagamentos a instituies de educao e de assistncia social, bem como

    a instituies de carter filantrpico, recreativo, cultural, cientfico e associaes de que

    tratam respectivamente os art. 12 e 15 da Lei n 9.532, de 1997, caber a estas entidades

    apresentar unidade pagadora declarao na forma do modelo aprovado por aquela

    Instruo Normativa (art.6).

    Normativo: Lei n 9.532, de 1997, arts. 12 e 15; e

    Instruo Normativa RFB n 1.234, de 11 de janeiro de 2012, arts. 4 e

    6.

  • 32

    032 Quais as consequncias tributrias imputadas s pessoas jurdicas que

    deixarem de satisfazer s condies exigidas na legislao para o gozo da

    imunidade e da iseno?

    Sem prejuzo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federal do

    Brasil suspender o gozo da iseno, relativamente aos anos-calendrio em que a pessoa

    jurdica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribudo para a prtica de

    ato que constitua infrao a dispositivo da legislao tributria, especialmente no caso de

    informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doaes em bens ou

    em dinheiro, ou, de qualquer forma, cooperar para que terceiro sonegue tributos ou

    pratique ilcitos fiscais.

    Considera-se, tambm, infrao a dispositivo da legislao tributria o pagamento, pela

    instituio isenta, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de

    scios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurdica a ela associada por qualquer forma, de

    despesas consideradas indedutveis na determinao da base de clculo do imposto sobre

    a renda ou da CSLL.

    Notas:

    Os procedimentos a serem adotados pela fiscalizao tributria nas hipteses que

    ensejem a suspenso da iseno encontram-se disciplinados na Lei n 9.430, de 1996,

    art. 32, sendo referido dispositivo aplicvel tambm a fatos geradores ocorridos antes

    da sua vigncia, tendo em vista se tratar de norma de natureza meramente

    instrumental.

    Normativo: Lei n 9.430, de 1996, art. 32; e

    Lei n 9.532, de 1997, art. 13, pargrafo nico, art. 14 e art. 15, 3.

    033 A iseno do IRPJ depende de prvio reconhecimento pela Secretaria da

    Receita Federal do Brasil?

    No. O benefcio da iseno do IRPJ independe do prvio reconhecimento pela Secretaria

    da Receita Federal do Brasil.

    Normativo: RIR/1999, art. 181.

    NDICE REMISSIVO

    Declaraes da Pessoa Jurdica (Captulo I)

    DCTF

    Impostos e Contribuies Informados [Pergunta 013]

  • 33

    Pessoas Jurdicas Dispensadas de Apresentar DCTF [Pergunta 012]

    Pessoas Jurdicas Obrigadas a Apresentar DCTF [Pergunta 011]

    Prazo (Apresentao) [Pergunta 014]

    Declarao da Pessoa Jurdica Inativa

    Obrigao de Apresentar [Pergunta 009]

    PJ Inativa, Conceito [Pergunta 010]

    ECF

    Cartrios, Ausncia de Personalidade Jurdica [Pergunta 007]

    Conselhos de Fiscalizao de Profisses Regulamentadas [Pergunta 008]

    Entidades sem Fins Lucrativos [Pergunta 006]

    Pessoas Jurdicas Desobrigadas a Apresentar ECF [Pergunta 002]

    Pessoas Jurdicas Obrigadas a Apresentar ECF [Pergunta 001]

    Pessoas Jurdicas que No Devem Apresentar ECF [Pergunta 003]

    Representante Comercial, Pessoa Fsica [Pergunta 005]

    Transportador, Pessoa Fsica [Pergunta 004]

    Entidades Imunes ou Isentas do IRPJ

    Alcance da Imunidade e da Iseno [Pergunta 028]

    Conceitos

    PJ Imune [Pergunta 025]

    PJ Isenta [Pergunta 026]

  • 34

    Condies para Iseno

    Perda da Iseno, Efeitos [Pergunta 032]

    Reconhecimento Prvio pela RFB, Desnecessidade [Pergunta 033]

    Requisitos [Pergunta 027]

    Prtica de Atos em Desacordo com a Finalidade (Perda da Iseno) [Pergunta 030]

    Recebimento de rgos Pblicos, Dispensa de Reteno na Fonte [Pergunta 031]

    Rendimentos e Ganhos em Aplicaes Financeiras

    Instituies de Educao e de Assistncia (STF ADIn 1.802-3)

    Reteno na Fonte [Pergunta 029]

    Perodo de apurao do IRPJ vs. ECF [Perguntas 015 a 017]

    Prazos e Forma de apresentao das Declaraes

    Forma de Apresentao

    Declaraes de Exerccios Anteriores [Pergunta 020]

    Meio Magntico [Pergunta 019]

    Sucesso da PJ, Data do Evento [Pergunta 018]

    Retificao da ECF [Perguntas 021 a 024]

  • 35

    Captulo II - Contagem de Prazos 2018

    001 Como se procede contagem de prazos na legislao

    tributria?

    Os prazos da legislao tributria so contnuos (sem qualquer interrupo em sbados,

    domingos ou feriados), excluindo-se na sua contagem o dia do incio e incluindo-se o dia

    do vencimento.

    Os prazos s se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no rgo em que corra

    o processo ou deva ser praticado o ato.

    Caso o termo inicial ou final do prazo ocorra em dia de sbado, domingo, feriado, ou em

    que o expediente da repartio no seja normal, considera-se o prazo prorrogado para o

    primeiro dia til subsequente, ou em que a repartio funcione normalmente.

    Notas:

    Caso se trate de pagamento de tributos, dever ser

    levado em conta o funcionamento da rede bancria

    local (e no o funcionamento da repartio).

    Assim, vencendo o prazo para recolhimento de

    tributo em uma quinta-feira, dia de ponto facultativo

    nas reparties pblicas federais, se as agncias

    bancrias estiverem funcionando normalmente, no

    haver prorrogao (o prazo para recolhimento se

    encerra na prpria quinta-feira).

    Normativo:

    Lei n 5.172, de 1966 (CTN), art. 210; Decreto

    n 70.235, de 1972 (PAF), art. 5 (c/ as alteraes da

    Lei n 8.748, de 1993) reproduzido no Decreto n

    7.574, de 2011, art. 9.

    002 Quais os fatores que a legislao tributria leva em

    considerao para contagem de prazos?

    Os fatores que influenciam a contagem de prazo, de acordo com a legislao tributria,

    so:

  • 36

    a) o dia do incio do prazo: o dia seguinte ao da notificao ou intimao para a prtica

    do ato (desde que neste o expediente seja normal);

    b) o dia do vencimento do prazo (se no houver expediente no dia de vencimento,

    prorroga-se para o primeiro dia til);

    c) no interrupo ou suspenso da contagem, uma vez iniciada, pois os prazos so

    contnuos, conforme art. 210 do Cdigo Tributrio Nacional (CTN).

    003 O que significa excluir o dia de incio de contagem do

    prazo?

    Dia de incio o dia do fato ou da notificao ou intimao do contribuinte para praticar

    determinado ato, como p.ex. recolher o tributo devido, prestar informaes etc. Exclui-se

    esse dia e comea a contagem do prazo a partir do dia seguinte.

    Ex. Se a notificao ou intimao se der numa quinta-feira, o primeiro dia da contagem

    ser sexta-feira. Como os prazos s se iniciam em dias teis, se a notificao ou intimao

    ocorrer numa sexta-feira (ou no sbado, ou em vspera de feriado), o primeiro dia da

    contagem ser o dia til seguinte.

    NDICE REMISSIVO

    Contagem de Prazos (Captulo II)

    Contagem

    Norma Geral [Perguntas 001 e 002]

    Termos de Incio e de Fim [Perguntas 001 e 003]

  • 37

    Captulo III - Equiparaes da Pessoa Fsica 2018

    Equiparao da Pessoa Fsica Pessoa Jurdica

    001 Quais as hipteses em que a pessoa fsica equiparada

    pessoa jurdica?

    Para os efeitos do imposto de renda, as pessoas fsicas caracterizadas como empresa

    individual esto equiparadas pessoa jurdica.

    A legislao do imposto de renda caracteriza como empresa individual a pessoa fsica

    que:

    a) em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade

    econmica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante

    venda a terceiro de bens ou servios, quer se encontrem regularmente inscritas ou no

    junto ao rgo do Registro de Comrcio ou Registro Civil;

    b) promoverem a incorporao de prdios em condomnio ou loteamento de terrenos.

    Veja ainda: Atividades que no ensejam equiparao: Pergunta 002 deste captulo.

    Normativo: RIR/1999, art. 150, 1, incisos I a III.

    No se caracterizam como empresa individual, ainda que, por exigncia legal ou

    contratual, encontrem-se cadastradas no CNPJ ou tenham seus atos constitutivos

    registrados em Cartrio ou Junta Comercial, entre outras:

    a) as pessoas fsicas que, individualmente, exeram profisses ou explorem atividades

    sem vnculo empregatcio, prestando servios profissionais, mesmo quando possuam

    estabelecimento em que desenvolvam suas atividades e empreguem auxiliares;

    b) a pessoa fsica que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de

    mo-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;

    c) a pessoa fsica que explore individualmente atividade de recepo de apostas da

    Loteria Esportiva e da Loteria de nmeros (Lotofcil, Quina, Mega-sena etc)

    002 Quais as atividades exercidas por pessoas fsicas que no

    ensejam a sua equiparao pessoa jurdica?

  • 38

    credenciada pela Caixa Econmica Federal, ainda que, para atender exigncia do

    rgo credenciador, esteja registrada como pessoa jurdica, e desde que no explore,

    no mesmo local, outra atividade comercial;

    d) o representante comercial que exera exclusivamente a mediao para a realizao de

    negcios mercantis, como definido pelo art. 1 da Lei n 4.886, de 1965, uma vez que

    no os tenha praticado por conta prpria;

    e) todas as pessoas fsicas que, individualmente, exeram profisses ou explorem

    atividades consoante os termos do art. 150, 2, IV e V, do RIR/1999, como por

    exemplo: serventurios de justia, tabelies, corretores, leiloeiros, despachantes etc;

    f) pessoa fsica que faz o servio de transporte de carga ou de passageiros em veculo

    prprio ou locado, mesmo que ocorra a contratao de empregados, como ajudantes

    ou auxiliares. Caso haja a contratao de profissional para dirigir o veculo,

    descaracteriza-se a explorao individual da atividade, ficando a pessoa fsica

    equiparada pessoa jurdica, tendo em vista a explorao de atividade econmica

    como firma individual. O mesmo ocorre nos casos de explorao conjunta, haja ou

    no co-propriedade do veculo, quando o exerccio da atividade econmica passa de

    individual para social, devendo a sociedade de fato resultante ser tributada como

    pessoa jurdica. Ressalte-se, ainda, que o importante para a caracterizao a forma

    como explorada a atividade econmica e no o meio utilizado, devendo-se aplicar

    os critrios acima expostos, qualquer que seja o veculo utilizado;

    g) pessoa fsica que explora exclusivamente a prestao pessoal de servios de

    lavanderia e tinturaria, de servios de jornaleiro, de servios de fotgrafo.

    Veja ainda: Dispensa de apresentao da ECF:

    Pergunta 003 do captulo I.

    Normativo: Lei n 4.886, de 1965, art. 1;

    RIR/1999, arts. 47, 86, 111, art. 150, 2, incisos I,

    III, IV, V e VI, 214 e 215;

    PN CST n 122, de 1974;

    PN CST n 25, de 1976;

    PN CST n 28, de 1976;

    PN CST n 80, de 1976;

    ADN CST n 17, de 1976;

    ADN CST n 25, de 1989;

    ADN COSIT n 24, de 1999, Item 2.3.

    003 Quais as obrigaes acessrias a que est sujeita a pessoa

    fsica equiparada pessoa jurdica?

    As pessoas fsicas que, por determinao legal, sejam equiparadas a pessoas jurdicas

    devero adotar todos os procedimentos contbeis e fiscais aplicveis s demais pessoas

    jurdicas, estando especialmente obrigadas a:

    a) inscrever-se no CNPJ, observadas as normas estabelecidas pela RFB;

  • 39

    b) manter escriturao contbil completa em livros registrados e autenticados, com

    observncia das leis comerciais e fiscais. A pessoa jurdica que tenha optado pelo

    lucro presumido estar dispensada de manter a escriturao comercial caso

    mantenha, no decorrer do ano-calendrio, Livro Caixa, no qual dever estar

    escriturada toda a movimentao financeira, inclusive bancria. As microempresas e

    empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional podero, opcionalmente,

    adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operaes

    realizadas, conforme regulamentao do Comit Gestor;

    c) manter sob sua guarda e responsabilidade os documentos comprobatrios das

    operaes relativas s atividades da empresa individual, pelos prazos previstos na

    legislao;

    d) apresentar Escriturao Contbil Fiscal (ECF) e a Declarao de Dbitos e Crditos

    Tributrios Federais (DCTF), ou Declarao Anual do Simples Nacional (DASN), no

    caso de optante pelo Simples Nacional;

    e) efetuar as retenes e recolhimentos do imposto de renda na fonte (IRRF), com a

    posterior entrega da DIRF.

    Notas:

    O fato de a pessoa fsica caracterizada como empresa

    individual no se encontrar regularmente inscrita no CNPJ, ou

    no competente rgo do registro civil ou de comrcio,

    irrelevante para fins de pagamento do imposto de renda

    pessoa jurdica.

    Veja ainda: Dispensa de apresentao da ECF:

    Pergunta 003 do captulo I;

    Normativo: Lei n 9.779, de 1999, art. 16;

    Lei Complementar n 123, de 2006, arts. 25 e 27;

    RIR/1999, arts. 160, 214 e 527, pargrafo nico;

    IN RFB n 1.422, de 2013, art. 1;

    IN RFB n 1.599, de 2015, art. 2, inciso I;

    IN RFB n 1.671, de 2015

    IN RFB n 1.634, de 2016; art. 3;

    PN CST n 80, de 1971 c/c PN CST n 38, de 1975.

    Equiparao de Pessoa Fsica Pessoa Jurdica

    por Prtica de Operaes Imobilirias

  • 40

    004 Em que condies a pessoa fsica equiparada

    pessoa jurdica pela prtica de operaes imobilirias?

    Consideram-se equiparadas pessoa jurdica, pela prtica de operaes imobilirias, as

    pessoas fsicas que promoverem incorporao imobiliria de prdios em condomnios ou

    loteamentos de terrenos urbanos ou rurais, com ou sem construo.

    A equiparao alcana, inclusive:

    a) o proprietrio ou titular de terrenos ou glebas de terra que, efetuando registro dos

    documentos de incorporao ou loteamento, outorgar mandato a construtor ou

    corretor de imveis com poderes para alienao de fraes ideais ou lotes de terreno,

    quando o mandante se beneficiar do produto dessas alienaes, ou assumir a iniciativa

    ou responsabilidade da incorporao ou loteamento;

    b) o proprietrio ou titular de terrenos ou glebas de terra que, sem efetuar o registro dos

    documentos de incorporao ou loteamento, neles promova a construo de prdio de

    mais de duas unidades imobilirias ou a execuo de loteamento, se iniciar a alienao

    das unidades imobilirias ou dos lotes de terreno antes de corrido o prazo de 60 meses

    contados da data da averbao, no Registro de Imveis, da construo do prdio ou

    da aceitao das obras de loteamento. Para os terrenos adquiridos at 30/06/1977 o

    prazo 36 meses;

    c) a subdiviso ou desmembramento de imvel rural, havido aps 30/06/1977, em mais

    de dez lotes, ou a alienao de mais de dez quinhes ou fraes ideais desse imvel,

    tendo em vista que tal operao se equipara a loteamento, salvo se a subdiviso se der

    por fora de partilha amigvel ou judicial, em decorrncia de herana, legado, doao

    como adiantamento da legtima, ou extino de condomnio.

    Normativo: Lei n 4.591, de 1964, arts. 29 a 31 e art. 68;

    Lei n 6.766, de 1979;

    Decreto-Lei n 58, de 1937;

    Decreto-Lei n 271, de 1967;

    Decreto-Lei n 1974, arts. 1 e 3, inciso III;

    RIR/1999, arts. 151 a 153;

    PN CST n 6, de 1986.

    005 Os condminos na propriedade de imveis esto sujeitos

    equiparao como pessoa jurdica?

    Os condomnios na propriedade de imveis no so considerados sociedades em comum

    (antiga sociedade de fato), ainda que deles tambm faam parte pessoas jurdicas.

    Assim, a cada condmino pessoa fsica sero aplicados os critrios de caracterizao da

    empresa individual e demais dispositivo legais, como se ele fosse o nico titular da

    operao imobiliria, nos limites da sua participao.

    Normativo: RIR/1999, art. 155.

  • 41

    006 Quais os atos que caracterizam a aquisio e a alienao de

    imveis, para fins de equiparao da pessoa fsica pessoa

    jurdica, por prtica de operaes imobilirias?

    Caracterizam-se a aquisio e a alienao pelos atos de compra e venda, de permuta, da

    transferncia de domnio til de imveis foreiros, de cesso de direitos, de promessa de

    qualquer uma dessas operaes, de adjudicao ou arrematao em hasta pblica, pela

    procurao em causa prpria, doao, ou por outros contratos afins em que ocorra a

    transmisso de imveis ou de direitos sobre imveis.

    Notas