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Aline Alves Aline Calais Desirée Alves Elizabeth Nazareth Jéssica Moraes Raíza Cabral Disciplina : Saúde do Homem Profª: Vilza

PERITONITE

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Aline AlvesAline Calais

Desirée AlvesElizabeth Nazareth

Jéssica MoraesRaíza Cabral

Disciplina : Saúde do Homem

Profª: Vilza

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ANATOMIA DO PERITÔNIO Membrana serosa, lisa, que reveste a cavidade

abdominal e algumas estruturas nela contidas

Formado por 2 camadas: Camada superficial - células pavimentosas Camada profunda - tecido conjuntivo frouxo

Componentes: Peritônio parietal: reveste paredes abdominais, face inferior do

diafragma e pelve Peritônio visceral: reveste órgãos intra peritoneais e mesentério

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Estrutura: Peritônio que forra o diafragma contém poros, que são comunicações naturais entre cavidade peritoneal e linfáticos

Área: Total: 1,7 m2 Funcional (superfície de troca): 1,0 m2

Líquido peritoneal : 75 – 100 ml, amarelo citrino 2000-2500 células / mm³: (50% linfócitos, 40% macrófagos, alguns

eosinófilos, mastócitos e células mesoteliais)

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Inervação : P. parietal - fibras aferentes somáticas e viscerais dos seis

últimos pares dos nervos torácicos- inervação da parede abdominal adjacente- responde bem a qualquer estímulo P. visceral- fibras do SNA (simpático)- resposta depende de estímulos mais intensos e

prolongados - dor reflexa, pouco definida

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Funções principais: Redução do atrito entre órgãos Defesa da cavidade peritoneal

Característica importante: Grande permeabilidade da membrana

Propriedades: Absorção e exsudação/ transudação

Osmose / fagocitose / filtração

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Os movimentos do diafragma, a osmose e a fagocitose modulam a filtração de líquidos e partículas sendo, mecanismos de defesa importantes da cavidade abdominal

Grande Omento: promove o bloqueio mecânico de processos agudos, absorve partículas, libera células do mecanismo de defesa (fagócitos) para a destruição de bactérias.

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Inflamação ou supuração do peritônio Resposta peritoneal a agressão por bactérias,

endotoxinas, bile ou suco gástrico, tendo como causas a perfuração de vísceras ocas, traumas abdominais, processos inflamatórios ou infecciosos abdominais e/ou pélvicos, isquemia visceral, mas também podendo ter origem desconhecida

Pode haver envolvimento de toda a cavidade peritoneal ou apenas uma porção do peritônio parietal ou visceral

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Propagação da peritonite

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Classificação: *extensão: -localizada (abscessos) -generalizada

*etiologia: -primária -secundária (envolvimento com microorganismos)

-> asséptica e séptica

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PERITONITE PRIMÁRIA:◦ Infecção bacteriana difusa, sem fonte aparente de origem

intra-abdominal◦ Cirróticos, nefropatas, portadores de colagenoses,

imunossuprimidos, crianças◦ As bactérias invadem a cavidade peritoneal via

hematogênica.◦ Microorganismo único, sendo os mais freqüentes o

pneumococo e o estreptococo beta hemolítico. Pode ocorrer também com Eschericha coli, estafilococo, gonococo (Sínd Fitz-Hugh-Curtis) e o bacilo da tuberculose (peritonite granulomatosa)

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PERITONITE SECUNDÁRIA:◦ Forma mais comum de infecção intra-abdominal em

cirurgia◦ Contaminação da cavidade peritoneal por agentes

bacterianos de origem conhecida, como as perfurações de vísceras ocas, trauma abdominal penetrante, extensão de processo supurativo intra-cavitário, necrose de segmentos do tubo digestivo

◦ Principal causa, atualmente: complicações pós-operatórias

◦ Causas mais comuns não envolvendo operações prévias: apendicite aguda, úlcera perfurada, doenças ginecológicas

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◦ Peritonite secundária asséptica ou química

◦ Peritonite secundária séptica, infecciosa ou supurativa

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PERITONITE SECUNDÁRIA ASSÉPTICA:- Material acumulado inicialmente estéril ou de baixa população bacteriana- Material irritante para o peritônio, deflagrando processo inflamatório intenso: HCl, bile, suco pancreático, sangue, linfa, urina, etc.- Desequilíbrio hidro-eletrolítico e protéico- Íleo paralítico reflexo- Contaminação bacteriana posterior

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PERITONITE SECUNDÁRIA SÉPTICA:É fundamental analisar o conjunto de fatores que levaram à instalação da peritonite e que influenciam sua gravidade:

◦ tipo de bactéria contaminante,◦ natureza e localização da lesão inicial,◦ idade e condições gerais do paciente,◦ estado nutricional e imunológico

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◦ A infecção deriva do altura do trato gastro-intestinal acometido

◦ Flora bacteriana mista◦ Tubo digestivo proximal (estômago, duodeno e jejuno):

contaminação pequena, predomínio de Gram positivos◦ Porções distais do delgado e cólon: predomínio de Gram

negativos e anaeróbios (E. coli, Streptococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp, Proteus sp, Bacterioides fragilis, Clostridium sp, cocos anaeróbios)

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Baseia-se no exame físico e na etiologia da peritonite na história clínica.

Anamnese tenta estabelecer a natureza da lesão inicial.

Não esquecer dos antecedentes mórbidos (doença aguda ou crônica, trauma, cirurgia anterior).

É fundamental estabelecer um diagnóstico rápido. Para isso, obtêm-se radiografias com o paciente deitado e de pé. Nelas pode observar-se a presença de gás livre no abdómen (fora do intestino), o que indica uma perfuração.

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Dor abdominal (características)

Sensibilidade abdominal

Náuseas e vômitos

Febre e calafrios

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Não restringir apenas ao abdome: Queda do estado geral Febre, toxemia, taquicardia, taquipnéia Posição antálgica Derrame pleural Distensão abdominal, ausência de RHA Perda da macicez hepática Irritação peritoneal:

Difusa Localizada

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É utilizada uma agulha para extrair líquido da cavidade abdominal, com o fim de enviar uma amostra para o laboratório para identificar os microrganismos infecciosos e analisar a sua sensibilidade a diversos antibióticos.

Leucocitose com desvio à esquerda Hemossedimentação elevada Hemoconcentração Elevação dos níveis de uréia e creatinina Acidose metabólica

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Íleo paralítico com distensão de alças de delgado e cólon, edema das alças e nível líquido

Áreas de maior opacidade Deslocamento de alças Apagamento do contorno do psoas Escoliose antálgica Elevação da cúpula diafragmática Derrame pleural Pneumoperitônio

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ULTRASSONOGRAFIA, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Identificam a presença de líquidos ou coleções

Podem demonstrar acometimento visceral da doença que originou a peritonite

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Peritonite Primária: tratamento essencialmente clínico, com a identificação do agente causal

Peritonite secundária: (objetivos do tratamento cirúrgico) Remover o foco inicial da infecção, aspirar o líquido peritoneal infectado, prevenir a formação de coleções ou sepse◦ Anestesia*◦ Escolha da incisão◦ Lavagem da cavidade◦ Drenos◦ Peritoniostomia

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Observações quanto ao comportamento fisiológico durante o intra-operatório:◦ redução da pré-carga (perdas sanguíneas da cirurgia ou

devido à redistribuição dos volumes intra-vascular e intersticial

◦ venodilatação provocada pelos anestésicos e diminuição da contratilidade miocárdica

◦ aumento da resistência vascular pulmonar diminuição do débito do ventrículo direito diminuição do débito cardíaco

◦ redução dos níveis de hemoglobina

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◦ redução do consumo de O2 - em torno de 25 a 50% em relação ao pré-operatório: prejuízo do débito cardíaco, má distribuição do fluxo

cardíaco devido às alterações da microcirculação determinadas pelas catecolaminas, e mediadores liberados pelo trauma cirúrgico e anestésico

edema intersticial secundário ao aumento de permeabilidade capilar no intra-operatório, prejudicando o transporte de O2 do capilar aos sítios de utilização

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Objetivos do tratamento clínico: restauração da volemia, otimização do transporte e consumo de oxigênio, normalização dos níveis séricos de lactato, administração judiciosa de antibióticos, suporte nutricional

O prognóstico depende diretamente do diagnóstico e da intervenção cirúrgica precoces

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Idade Origem / Fonte de infecção Tempo de evolução da doença Doenças associadas Distúrbios metabólicos:

Acidose Choque Oligúria / Anúria

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http://www.dapi.com.br/Arquivos/Cursos/Radiologia/ABDOME/ABDOME_AGUDO.pdf Acessado em: 07/04/11 às 19:25.

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