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Período Composto, Concordância Nominal e Figuras Sonoras – … · 3 Agora faça o inverso do exercício anterior, ou seja, converta um período simples em composto. Analise a

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  • PORTUGUÊS 229

    49 – Orações subordinadas

    substantivas

    50 – A coesão textual no texto

    dissertativo

    51 e 52 – Prática de Redação (11)

    53 – Orações subordinadas adjetivas

    54 – Prática de Redação (12)

    55 – Emprego do pronome relativo

    56 – Correção, clareza,

    concisão e coerência (I)

    57 e 58 – Prática de Redação (13)

    59 – Orações subordinadas

    adverbiais

    60 – Correção, clareza, concisão e

    coerência (II)

    61 – Prática de Redação (14)

    62 – Revisão de período composto

    63 – Figuras sonoras ou de harmonia

    64 e 65 – Prática de Redação (15)

    66 – Concordância nominal

    Período Composto, Concordância Nominal eFiguras Sonoras – Módulos

    Anglicismo

    1 (FATEC – MODELO ENEM) – Não importase você acredita (I) que sucesso é resultado desorte ou competência (II), por que te oferece -mos os dois (III): o melhor servidor com umaimperdível condição de pagamento.

    (Texto de anúncio publicitário)

    Assinale a alternativa contendo análise corretade fatos de língua pertinentes a esse texto.a) A oração (I) exerce a mesma função sin tá -tica que a oração (II) – ambas são comple mentode verbos.b) É coerente, no contexto, associar a ideia desorte a – imperdível condição de pagamento –e a ideia de competência a – o melhor servidor.c) A redação do texto obedece aos princípiosda norma culta, apresentando clareza ecorreção gramatical.d) O receptor do anúncio é tratado de maneirauniforme no texto, em 3.a pessoa.

    e) A oração III tem equivalente sintático e desentido em – portanto te oferecemos os dois.ResoluçãoEm a, o erro está em que a oração (I) exerce afunção de sujeito de “importa”. Ao contrário doque se afirma em c e em d, a redação da frasepublicitária foge à norma culta na grafia “porque”, em lugar de “porque” e na mistura dospronomes de 2.a e de 3.a pessoa (você e te). Oerro de e está em que a oração analisada éexplicativa, não conclusiva.Resposta: B

    Texto para a questão B.

    Há amores que não vingam porque fulanonão consegue decidir se seria bom ou não sairda casa da mãe, sicrana se pergunta se deveriacasar-se já ou dedicar primeiro uma década àsua profissão.

    (Contardo Calligaris)

    B (MODELO ENEM) – Os termos destaca -dos classificam-se comoa) conjunção integrante, pronome reflexivo,conjunção integrante e parte integrante do ver -bo.b) índice de indeterminação, conjunção inte gran -te, pronome reflexivo e conjunção integrante.c) pronome apassivador, pronome reflexivo,conjunção integrante e conjunção integrante.d) conjunção integrante, pronome reflexivo,pronome apassivador e parte integrante do ver -bo.e) pronome reflexivo, pronome apassivador,par te integrante do verbo e conjunção inte -grante.ResoluçãoAs duas conjunções classificadas como inte -gran tes introduzem orações subordinadas subs -tantivas objetivas diretas que comple mentam,respectivamente, os verbos decidir e perguntar.Resposta: A

    49Oraçõessubordinadas substantivas

    • Subjetiva • Objetiva direta

    • Apositiva • Predicativa

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    1 Numa época em que tempo e espaço são exíguos, de ve -mos procurar transmitir mensagens verbais conci sas, compoucas palavras, desde que isso não preju di que a clareza e aexpressão completa da informação.Buscando a economia de palavras, seu desafio é trans formar osperíodos compostos a seguir em períodos sim ples, com um sóverbo. Dica: um dos verbos deve ser transformado em subs -tantivo.

    a) Nossos amigos exigiam que voltássemos imedia tamente.RESOLUÇÃO:Nossos amigos exigiam a nossa volta imediata.

    b) Nessa situação, preciso que você me apoie.RESOLUÇÃO:Nessa situação, preciso do seu apoio.

    2 Transcreva da tirinha as orações subordinadas substantivas e classifique-as.RESOLUÇÃO:a) “que a Terra era chata com monstros e mistérios em volta” – objetiva direta.b) “que a Terra não passa de uma esfera com átomos” – objetiva direta.c) “que a Terra é mais chata ainda” – objetiva direta.

    3 Agora faça o inverso do exercício anterior, ou seja, converta um período simples em composto. Analise a função sintática do termogrifado em I e, a seguir, em II, transforme esse termo na oração subor dinada subs tan tiva correspondente, classifican do-a. Presteatenção na correlação entre o verbo da principal e o verbo da subordinada.

    a) I. Comentava-se a fuga do preso.

    II. Comentava-se que o preso fugira.________________________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva_______________________

    b) I. Desejamos o seu ingresso na universidade.

    II. Desejamos que você ingresse na universidade.________________________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta_______________________

    ( S )

    ( OD )

    ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

    desempenham função sintática própria do substantivo e são subordinadas a uma oração principal.

    Funcionam como

    • sujeito da principal — subjetiva • objeto direto da principal — objetiva direta• objeto indireto da principal — objetiva indireta • predicativo do sujeito da principal — predicativa• complemento nominal da principal — completiva nominal • aposto da principal — apositiva

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    c) I. Informei-o da partida de sua amada.

    II. Informei-o de que sua amada partira._____________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta___________________________

    d) I. Minha esperança é o triunfo da paz.

    II. Minha esperança é que a paz triunfe.____________________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Predicativa___________________________

    e) I. Coloco apenas uma condição: a devolução dos meus documentos.

    II. Coloco apenas uma condição: que devolva os meus documentos.__________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Apositiva___________________________

    f) I. Havia necessidade de nossa presença na reunião.

    II. Havia necessidade de que estivéssemos presentes na reunião._____________________________________________________________________________________

    Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal___________________________________

    ( CN )

    ( AP )

    ( PS )

    ( OI )

    OBSERVAÇÕES

    I. Frequentemente, a oração subordinada subs tan tiva éintroduzida pela conjunção integrante que, conforme vistonos exemplos anteriores.

    II. A oração subordinada substantiva também pode serintroduzida pela conjunção integrante se. Exemplo: “Não seise ela estranhou o calor da minha alegria” (...) (RubemBraga).

    III. Embora a Nomenclatura Gramatical Brasi leira não regis -tre, o agente da passiva também pode apa recer em formade oração. Exemplo: “As or dens são dadas por quem pode.”(F. Namora)

    IV. As orações subordinadas substantivas que não são intro -duzidas pelas conjunções integrantes que e se (conectivas)são chamadas de justa postas, por estarem colocadas juntoàs orações principais. São iniciadas por pronomes e advér -bios inter rogativos (quem, quantos, por que, quando, como,onde etc.) que exercem função sintática.

    ExemplosNão se sabe quem cometeu o crime.oração subordinada substantiva subjetivaquem: sujeito da oração subordinada

    A polícia investiga por que mataram o empresário.oração subordinada substantiva objetiva diretapor que: adjunto adverbial de causa da oração subordinada

    Tinha medo de quantos o cercavam.oração subordinada substantiva completiva nominalquantos: sujeito da oração subordinada

    Obs.: Os verbos acreditar, precisar, gostar e outros quenormalmente regem preposição podem prescindir dela antesde complemento oracional.

    ExemplosAcredito em você. / Acredito que você me ajudará.

    VTI OI VTD O. Direto oracional

    ou

    Acredito em que você me ajudará.VTI O. Indireto oracional

    Preciso de sua ajuda. Preciso que você me ajude.VTI OI VTD O. Direto oracional

    ou

    Preciso de que você me ajude.VTI O. Indireto oracional

    Observe que com complemento oracional é usual o em pre -go desses verbos sem preposição.

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  • D Classifique as orações subordinadas substantivas extraídas deDom Casmurro, de Machado de Assis.(1) objetiva direta (2) subjetiva (3) objetiva indireta (4) completiva nominal (5) predicativa

    a) “Vi que a emoção dela era outra vez grande, mas não recuava deseus propósitos...” ( )

    b) “De repente, cessando a reflexão, fitou em mim os olhos de ressaca,e perguntou-me se tinha medo.” ( )

    c) “Se me acudisse ali uma injúria grande ou pequena, é possível quea escrevesse também...” ( )

    d) “Ao mesmo tempo tomei-me do receio de que alguém nos pudesseouvir...” ( )

    e) “O bonito é que cada um de nós queria agora as culpas parasi...” ( )

    f) “No dia seguinte, arrependi-me de haver rasgado o discurso...( ) Pensei em recompô-lo, mas só achei frases soltas...” ( )

    RESOLUÇÃO: a) 1; b) 1; c) 2; d) 4; e) 5; f) 3, 3.

    Texto referente às questões E e F.

    E (FAP) – A oração "...que escove os dentes..." é uma subor dinadasubstantiva...a) subjetiva, pois exerce a função de sujeito da oração principal.b) predicativa, pois exerce a função de predicativo do sujeito da oração

    principal.c) apositiva, pois funciona como aposto de um termo da oração prin cipal.d) objetiva indireta, pois exerce a função de objeto indireto do verbo

    da oração principal.e) completiva nominal, pois exerce a função de complemento no minal

    de um termo da oração principal.RESOLUÇÃO: A oração que escove os dentes é sujeito de É muito im por -tante. Resposta: A

    F (FAP) – Em ...que você escove os dentes... a palavra des ta cada éa) pronome relativo. b) conjunção subordinativa integrante.c) pronome substantivo. d) pronome interrogativo.e) conjunção adverbial.Resposta: B

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    1. (UNIFOR) – No período

    a oração sublinhada tem a mesma classificação da oração tambémsublinhada em:a) ...prefigure o mundo de amanhã, até no que possa ter de pertur -

    bador.b) Recordemos que mais da metade da população mundial não tem

    acesso...c) ...concorrem para moldar a sociedade do futuro, que não

    corresponderá...d) ...esta livre circulação de imagens e palavras que prefigure o

    mundo de amanhã.e) ...não tem acesso aos diversos serviços que vêm sendo ofe re cidos.RESOLUÇÃOTanto na oração do enunciado quanto na da alternativa, trata-se deoração subordinada substantiva objetiva direta. Nas demais alterna -ti vas, o quê é pronome relativo e as orações são adjetivas.Resposta: B

    A questão de número 2 refere-se ao texto abaixo.

    2. (PUC) – Observe o emprego da partícula que em:(1) “... esperou que a água marejasse...”(2) “... olhando as estrelas, que vinham nascendo.”

    a) Indique, respectivamente, o valor morfológico da referida partí -cula em (1) e em (2).

    RESOLUÇÃOEm 1, a palavra que é conjunção subordinativa integrante. Em 2, é pronome relativo.

    b) Que tipo de oração introduz em (1)?RESOLUÇÃOIntroduz oração subordinada substantiva objetiva direta.

    “Fabiano tomou a cuia, desceu a ladeira, encaminhou-se ao rioseco, achou no bebedouro dos animais um pouco de lama. Cavoua areia com as unhas, esperou que a água marejasse e, debruçando-se no chão, bebeu muito. Saciado, caiu de papo para cima, olhandoas estrelas, que vinham nascendo. Uma, duas, três, quatro, haviamui tas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poentecobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração deFabiano.”

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    Não podemos esquecer que nume rosas populações carentesvivem afastadas...,

    Aplicações

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    50A coesão textualno texto dissertativo

    • Encadeamento sintático

    • Elementos de ligação

    Um texto bem redigido apresenta, necessariamente, perfeita articulação de ideias. Para obtê-la, é necessário promover oencadeamento semântico (significado, ideias) e o encadeamento sintático (mecanismos que ligam uma oração à outra). A coesão(elemento da frase A retomado na frase B) é obtida, principalmente, por meio dos elementos de ligação que proporcionam as relaçõesnecessárias à integração harmoniosa de orações e parágrafos em torno de um mesmo assunto (eixo temático).

    Com base em um levantamento elaborado por Othon Moacyr Garcia (Comunicação em Prosa Moderna ), rela cionamos oselementos de coesão mais usuais, agrupados pelo sentido.

    Segundo Celso Cunha, certas palavras têm classificação à parte, por isso convém “dizer apenas palavra ou locução denotativa” dea) inclusão: até, inclusive, mesmo, também etc. b) exclusão: apenas, exceto, salvo, senão, só, somente etc.c) designação: eis d) realce: cá, lá, é que, só etc.e) retificação: aliás, ou antes, isto é, ou melhor etc. f) situação: afinal, agora, então, mas etc.

    Causa e consequência,explicação { por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de,assim, de fato, com efeito, tão… que, tanto… que, tal… que, tamanho… que, porque,porquanto, pois, que, já que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, pois

    (posposto ao verbo), que (= porque).

    em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessamaneira, logo, pois.

    Resumo, recapitulação,conclusão {

    Lugar, proximidade,distância { perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali,algumas preposições e os pronomes demonstrativos.

    com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que.

    Surpresa, imprevisto { inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreenden te mente,subitamente, de repente.

    Certeza, ênfase { decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvi da,inegavelmente, com toda a certeza.Dúvida { talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que.Adição, continuação { além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também e asconjunções aditivas (e, nem, não só ... mas também etc.).Condição, hipótese { se, caso, salvo se, contanto que, desde que, a menos que etc.

    Semelhança, compa ra ção, conformidade {

    igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente,semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com,de acordo com, segundo, conforme, consoante sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tantoquanto, como, assim como, bem como, como se.

    Propósito, intenção, finalidade {Ilustração, esclareci men to { por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber.

    Tempo (frequência, du ração, ordem, su ces são, anterioridade, pos te rio ri dade)

    {então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, poucodepois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora,atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes,ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesseínterim, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que,assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal.

    em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, preci puamente,principalmente, primordialmente, sobretudo.{Prioridade, relevância

    Proporcionalidade { à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.Alternativas { ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, já ... já, nem ... nem.

    Contraste, oposição,restrição, ressalva { pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto,embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por maisque, por menos que, no entanto, não obstante.

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    Texto para as questões de A a D.

    A ameaça de uma bomba atômica estámais viva do que nunca. Os conflitosétnicos mataram quase 200 chineses sóno mês de julho. Agora uma boa notícia:a paz mundial pode estar a caminho.Segundo estimativas de pesquisadores,o mundo está bem menos sangrento doque já foi. Cerca de 250 mil pessoasmorrem por ano em consequência dealgum conflito armado. É bem menos doque no século 20, que teve 800 milmortes anuais em sua 2.a metade e 3,8milhões por ano até 1950.

    O que aconteceu? O psicólogo StevenPinker diz que o aumento do número dedemocracias ajudou. Assim como a nossasaúde: como a expectativa de vida subiu,temos mais medo de arriscar o pescoço.Até a globalização teria contribuído: ummundo mais integrado é um mundo maistolerante, diz Pinker.

    Revista Superinteressante

    A (MACKENZIE – MODELO ENEM) – É cor -reto afirmar que o objetivo principal do texto éa) apresentar dados numéricos a respeito doaumento da violência no mundo contem po râ -neo.b) demonstrar as causas de mortes violentas apartir do início do século 20 e discutir as reaispossibilidades de se resolver um problema queparecia não ter solução.c) suscitar discussões a respeito do aumentoda expec tativa de vida após o início das de mo -cracias.

    d) alertar a respeito do possível fim da pazmundial, considerando a iminente ameaça debomba atômica.e) refletir acerca da diminuição da violência nomundo, considerando tanto dados do passado,como alterações no modo de vida contemporâ -neo.ResoluçãoO texto apresenta dados estatísticos que com -provam a redução da violência no mundo.Resposta: E

    B (MACKENZIE – MODELO ENEM) – Osdois-pontos utilizados nas linhas 17 e 19 podemser substituídos, sem prejuízo do sentido origi -nal do texto, por:a) “portanto” (linha 17) e “porém” (linha 19).b) “pois” (linha 17) e “uma vez que” (linha 19).c) “logo” (linha 17) e “conquanto” (linha 19).d) “embora” (linha 17) e “não obstante” (linha19).e) “porém” (linha 17) e “porque” (linha 19).ResoluçãoA conjunção pois (explicativa) e a locução con -juntiva uma vez que (causal) estabelecem aade quada relação entre as orações no período.Resposta: B

    C (MACKENZIE – MODELO ENEM) – As -sina le a alternativa correta.a) A relação semântica entre os dois primeirosperíodos do texto (linhas de 01 a 05) estabeleceideia de contra dição.b) A expressão arriscar o pescoço (linha 18)indicia o tom formal adotado pelo produtor dotexto.c) Até (linha 19) é partícula que expressa limitetemporal posterior, uma vez que aponta conclu -sões assumidas pelo psicólogo.d) A palavra étnicos (linha 03) esclarece que os

    conflitos são motivados por intolerância entrepovos com origens culturais e históricas dife -ren tes.e) A forma verbal diz (linha 15) evidencia que avoz do psicólogo é introduzida no texto pormeio do discurso direto.ResoluçãoEtnia, segundo o dicionário Houaiss, é uma“cole ti vi da de de indivíduos que se diferenciapor sua espe ci fi cidade sociocultural, refletidaprincipalmente na lín gua, religião e maneiras deagir”, portanto, “con flitos étnicos” refere-se àintolerância entre povos de etnias diferentes.Resposta: D

    D (MACKENZIE – MODELO ENEM) – Se -gun do estimativas de pesquisadores, o mundoestá bem menos sangrento do que já foi (linhas06 a 08).Assinale a alternativa que apresenta paráfrasemais adequada da frase acima, considerado ocontexto.a) O mundo já não está tão catastrófico, é o queprovam os pesquisadores com suas esti ma tivas.b) Os relatórios de pesquisas confirmam ahipótese de que o mundo já foi mais agressivo.c) A redução do número de mortes na socie da -de foi de encontro aos cálculos dos estudiosos.d) De conformidade com o que estimam oscientistas, a sociedade em geral já foi maisviolenta do que hoje.e) Os cientistas confirmam as estimativas: omundo já deixou de ser sangrento.ResoluçãoA única paráfrase adequada é a que se refere a“esti ma tivas”, ou seja ao que estimam ouavaliam os pes qui sadores ou cientistas. O erroda e está em afirmar, não a diminuição daviolência, mas o seu fim.Resposta: D

    010203040506070809101112131415161718192021

    Texto para as questões de 1 a 8.

    Por mais tentadores que fossem os encantos da “Corte de Saint James”, como ele [Assis Chateaubriand1] se referia àInglaterra, era a sedução exercida pela política brasileira que o atraía permanente mente para o eixo Rio – São Paulo. Sobretudonaquele final de 1959: no ano seguin te haveria eleições presidenciais e em poucos meses seria inaugurada a chamada “obra doséculo” – Brasília; a nova capital brasileira, uma cidade nascida do nada, construída no meio do mato em três anos por Kubitschek.Mesmo sendo devedor ao presidente por sua nomeação para um dos mais cobiçados empregos do Brasil, Chateaubriandtornou-se um adversário público da mudança da capital. Ainda que permitisse a seus jornais cobertura jornalística simpática aoempreendimento, ele pessoalmente, em artigos assinados, era implacável nas críticas ao presidente, a quem chamava de “o faraóKubitschek”. (...)

    1 Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo (1892-1968), conhecidocomo Assis Chateaubriand (pronúncia: xatobriã), foi um grande empresárioda imprensa. Fundou diversos jornais e revistas, criou o Museu de Arte deSão Paulo (MASP), que leva o seu nome, e foi o responsável pela introdução

    da televisão no Brasil, com a TV Tupi, a primeira emissora da América Latina.Elegeu-se senador pela Paraíba, seu estado natal, serviu como embaixador doBrasil na Inglaterra e era membro da Academia Brasileira de Letras.

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    Mesmo tendo jurado, de maneira teatral, jamais pôr os pés na futura capital do Brasil, à medida que se aproximava a data dainauguração ele foi mudando de posição, argu men tan do que o mal maior – a construção – já estava feito e agora não restavaalternativa senão ocupar a cidade. Na noite de Natal, enquanto vestia o smoking para ir a um jantar da alta socie dade carioca,brigou com seu amigo e principal repórter, David Nasser, exatamente porque o jorna lista atacara a nova capital em artigos publicadosna revista O Cruzeiro:

    — Todo mundo já reconhece a grandeza de Brasília, de Furnas, de Três Marias. Só você insiste em ser contra, turco maldito.Só você, com esse seu eterno pessimismo. Por quê? Por que não muda de ideia, como eu mudei?

    (Fernando Morais, Chatô: o rei do Brasil)

    1 (FMTM – MODELO ENEM) – O emprego reiterado deconectivos concessivos (observar os destacados) cumpre, notexto, o papel de argumento lógico paraa) definir o ponto de vista de Chateaubriand, coerente com apolítica brasileira.b) compor a imagem de Chateaubriand como um homem deposturas e atitudes contraditórias.c) expor os interesses que havia por trás do projeto de cons -trução da capital brasileira.d) denunciar as incoerências da política de JuscelinoKubitschek, ao insistir em mudar a capital do país.e) conciliar os pontos de vista divergentes de Chateaubriand eKubitschek sobre o progresso do país.RESOLUÇÃO: Resposta: B

    Para responder às questões de números 2 e 3, atenha-se àseguinte passagem do texto:

    2 (FMTM) – Analise as seguintes afirmações acerca dessetrecho:I. Sobretudo significa especialmente e introduz, no parágrafo,uma ideia que destaca a razão do interesse de Chateaubriandpelo eixo Rio – São Paulo.II. A escolha do tempo verbal de haveria e seria indica que osfatos previstos não ocorreram.III. Os dois-pontos introduzem a informação que associa areferência temporal – naquele final de 1959 – à ideia de que apolítica brasileira seduzia Chateaubriand.

    Está correto o que se afirma ema) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas.d) I e III, apenas. e) II e III, apenas.RESOLUÇÃO: Resposta: D

    3 (FMTM) – Assinale a alternativa em que a subs tituição dotrecho – haveria eleições – no contexto apresenta concordânciaverbal de acordo com a norma culta.a) Iam haver eleições. b) Devia terem eleições.c) Ia ocorrer eleições. d) Deviam acontecer eleições.e) Ia sucederem eleições.RESOLUÇÃO: Resposta: D

    4 (FMTM – MODELO ENEM) – Observe as relações de sen -tido que existem entre atraía e repelia (I = antônimos) e en trecrítica e censura (II = sinô nimos). Essas relações se repe tem ema) I – implacável e tolerante; II – sedução e desencanto.b) I – nomeação e designação; II – cobiçado e ambicionado.c) I – público e privado; II – construída e erigida.d) I – adversário e antagonista; II – empreendimento e empresa.e) I – grandeza e impotência; II – devedor e credor.RESOLUÇÃO: Resposta: C

    “…à medida que se aproximava a data de inauguração elefoi mudando de posição, argumentando que o mal maior – aconstrução – já estava feito e agora não restava alternativasenão ocupar a cidade.”

    5 A relação que as orações destacadas estabelecem noperíodo é, respectivamente, dea) tempo e adição. b) proporção e consequência.c) causa e oposição. d) tempo e conclusão.e) proporção e condição. RESOLUÇÃO: Resposta: B

    6 A oração “senão ocupar a cidade” é reduzida, porque overbo está no infinitivo. A preposição que a introduz pode sersubstituída, sem alteração do sentido, pora) do contrário. b) mas sim. c) de outro modo.d) porém. e) a não ser. Resposta: E

    7 “Na noite de Natal, enquanto vestia o smoking para ir aum jantar da alta sociedade carioca, brigou com seu amigo eprincipal repórter, David Nasser, exatamente porque o jorna -lista atacara a nova capital em artigos…”A relação que se estabelece entre as orações destacadas é,respecti va mente, dea) condição, finalidade, explicação.b) simultaneidade, tempo, consequência.c) alternância, conclusão, oposição.d) tempo, finalidade, causa.e) adição, explicação,oposição. Resposta: D

    8 Identifique a relação que se estabelece entre as orações doúltimo período do texto.RESOLUÇÃO: A relação entre as orações é de comparação(“Porque não muda de ideia como eu mudei?”).

    Sobretudo naquele final de 1959: no ano seguinte haveriaeleições presidenciais e em poucos meses seria inauguradaa chamada “obra do século” – Brasília; a nova capitalbrasileira, uma cidade nascida do nada, construída no meiodo mato em três anos por Kubitschek.

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,digite PORT2M301

    No Portal Objetivo

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  • PORTUGUÊS236

    A (IBMEC – MODELO ENEM) – Levando-seem conta os aspectos textuais e visuais datirinha, assinale a alternativa correta.a) A pergunta de Helga, no primeiro quadrinho,revela que ela quer pedir o divórcio.b) O humor da tira se constrói a partir da pos -sibi lidade de Helga ter se casado por duas ve zes.c) A pergunta de Eddie Sortudo, no segundoquadrinho, evidencia a ideia de que Hagar é umbom marido.d) A graça da tira está no fato de Eddie Sortudopartir da pressuposição de que Helga não esti -ves se se referindo a Hagar, seu único marido.e) A fisionomia de Hagar, nos dois quadrinhos,denota sua irritação com o fato de Helga ter selembrado de seu ex-marido.ResoluçãoComo Helga referiu-se a Hagar na 3.a pessoa(“o marido”), Eddie Sortudo entendeu que setra tava de outro homem.Resposta: D

    B (IBMEC – MODELO ENEM) – Considereas afirmações:I. No primeiro quadrinho, a sequência dosadjetivos (esbelto, bonito, espirituoso) resulta naintensificação progressiva de seus significados,dando origem à figura de estilo chamada dehipérbole.II. Se em vez de empregar o verbo “haver”(para indicar tempo decorrido), Helga utilizasse overbo “fazer”, segundo a norma culta, o períododeveria ser assim reescrito: o que aconteceucom o marido esbelto, bonito e espirituoso como qual casei fazem vinte anos?III. A oração “com o qual casei” é subordinadaadjetiva restritiva.Está(ão) correta(s):a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III.d) I e II. e) I e III.

    ResoluçãoA oração “com o qual casei” é adjetiva restritivaporque não se refere a qualquer marido, masàquele com quem Helga se casou. Por ser res -tri tiva, deveria vir entre vírgulas. Em I, não setra ta de hipérbole (exagero), mas sim de gra da -ção; em II, o verbo fazer, indicando tempodecorrido, é impessoal, fica na 3.a pessoa dosingular: com o qual casei faz vinte anos.Resposta: C

    Texto para a questão C.

    UM BALNEÁRIO HISTÓRICO

    Guarujá deve ter herdado o nome ("guaru-yá") do termo indígena que indicaria a passa -gem estreita entre a praia das Pitangueiras, amais central, e a praia dos Astúrias, que já foichamada de praia do Guarujá.

    Além de Pitangueiras e Astúrias, a ilhatem praias mais recônditas, como Tombo eGuaíba. Tem ainda praias movimentadas, casoda Enseada, cuja história se confunde com ado imigrante de origem libanesa MiguelEstefno; do Pernambuco / Jequitimar, ondereinaram a quatrocentona Veridiana da SilvaPrado e o pioneiro Fernando Lee, em cuja ilhado Arvoredo fazia experimentações com ener -gias alternativas (eólica, das marés etc.) e cole -cio nava plantas e aves exóticas.

    (Folha de São Paulo, 21 de agosto de 2008.)

    C (PUC – MODELO ENEM) – Assinale aalternativa que indica a que se referem os pro -no mes sublinhados no texto “Um Balneário his -tórico”, na ordem em que aparecem,a) Guarujá; termo indígena; Enseada; Pernam -buco / Jequitimar; Fernando Lee.

    b) termo indígena; praia dos Astúrias; Enseada;Pernambuco / Jequitimar; Fernando Lee.c) Guarujá; Pitangueiras; Enseada; Veridiana daSilva Prado; Fernando Lee.d) praia dos Astúrias; termo indígena; Pernam -buco / Jequitimar; Enseada; Fernando Lee.e) Guaru-yá; praia dos Astúrias; caso da Ensea -da; Fernando Lee; Veridiana da Silva Prado.ResoluçãoOs antecedentes dos pronomes relativos, ouseja, os termos que eles retomam, são semprecontíguos a esses pronomes, em geral imedia -ta mente próximos, como em todos os casosocorrentes no texto dado. Não há possibilidadede confusão neste teste: para responder cor -reta mente, bastava atenção e adequado enten -dimento do texto, que não oferecia dificuldade.Resposta: B

    Considere o trecho seguinte para responder àquestão D.

    Há o lado policial, ou de guerra, com osEstados Unidos construindo muros e forta -lecendo a repressão em suas linhas de junçãocom o território mexicano. E há o lado políticoe econô mico: o da imigração. Um homemmexi cano de 35 anos, com nove de instrução,pode ganhar 132% a mais trabalhando nosEstados Unidos.

    D (FATEC-2010 – MODELO ENEM) – As ora -ções em cujo interior estão os verbos construin -do e fortalecendo, destacados no trecho dotexto, equivalem a orações subordinadas adje -ti vas (reduzidas de gerúndio). Assinale a alter -nativa em que essas orações encontram-sedesenvolvidas adequadamente.a) ... Estados Unidos ainda que construammuros e que fortaleçam a repressão...b) ... Estados Unidos, onde se constroemmuros e se fortalecem a repressão...c) ... Estados Unidos, que constroem muros eque fortalecem a repressão...d) ... Estados Unidos logo que constroemmuros e fortalecem a repressão...e) ... Estados Unidos no qual constroem murosque fortalecem a repressão...ResoluçãoA única alternativa que desenvolve adequada -men te as duas orações reduzidas de gerúndioé a c, que as transforma em orações subordi -na das adjetivas co orde nadas entre si. Resposta: C

    53Oraçõessubordinadas adjetivas

    • Pronomes relativos

    • Referência ao antecedente

    Utilize a tirinha abaixo para responder os testes A e B.

    (Dik Browne, O melhor de Hagar, o Horrível, L&PM)

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  • PORTUGUÊS 237

    1 Transforme os dois períodos em um só, composto de duasorações, evitando a repetição dos termos grifados.a) Encontramos os documentos. Procurávamos os docu mentosavidamente.

    b) A pessoa o traiu covardemente. Ele sempre confiou na pessoa.

    c) O diretor retirou-se da sala. Os argumentos do diretor foramrecusados.

    d) O supermercado tem ótimas ofertas. Eu compro no super -mercado toda semana.

    e) O rapaz deu-me as informações necessárias. Dirigi-me aorapaz.

    Se você teve dificuldades para transformar os perío dos doexercício anterior e evitar a repetição de palavras, examineatentamente o quadro sobre o emprego dos pronomes relativos.

    Os pronomes relativos são usados para estabelecer rela ção desubordinação entre duas orações. Ao em pre garmos umpronome relativo, substituímos, na oração subordinada, umtermo contido na oração anterior.

    2 (UFSCar) – O que não é pronome relativo na opção:a) "Não há mina de água que não o chame pelo nome, comarrulhos de namorada."b) "Não há porteira de curral que não se ria para ele, comrisadinha asmática de velha regateira."c) "— Me espere em casa, que eu ainda vou dar uma espiadana novilhada parida da vereda."d) "— Tenho uma corrente de prata lá em casa que anda atrás deuma trenheira destas para pendurar na ponta."e) "Quem seria aquele sujeito que estava de pé, encostado aobalcão, todo importante no terno de casimira?"RESOLUÇÃO:Resposta: C

    RESOLUÇÃO:Encontramos os documentos que procurávamos avidamente.

    RESOLUÇÃO:A pessoa em quem ele sempre confiou traiu-o covardemente.

    RESOLUÇÃO:O diretor cujos argumentos foram recusados retirou-se da sala.

    RESOLUÇÃO:O supermercado onde (em que) compro toda semana tem ótimasofertas.

    RESOLUÇÃO:O rapaz a quem me dirigi deu-me as informações necessárias.

    PRONOMES RELATIVOS

    QUE

    Substitui um termo da oração anterior.

    É antecedido por preposição se o nome ouverbo a que se associa a exigir.

    Exemplos: Contou a novidade que todos jáconheciam. Comprou o carro de que gostara.Chegaram os livros com que vou terminar meutrabalho.

    O QUAL

    Usa-se, preferencialmente, depois depre po sições com mais de uma sílaba.

    Substitui o que para evitar ambiguidade.

    É antecedido por preposição se o nome ouverbo a que se associa a exigir.

    Exemplos: A testemunha falou a verdade aojuiz perante o qual depôs. O guia da tur ma, oqual se atrasou, era novo na em pre sa. (Repare,neste último exemplo, que o uso do queacarretaria ambi gui da de.)

    QUEM

    Usa-se com referência a pessoas.

    Substitui aquele que.

    De preferência, concorda com o verbo na ter -cei ra pessoa do singular.

    É antecedido por preposição se o nome ouverbo a que se associa a exigir.

    Exemplos: João foi quem me defendeu.Foi embora Júlia, por quem todos se apai xo -naram.

    ONDE

    Usa-se com referência a lugar.

    Substitui em que, na qual.

    Exemplos: Esta é a rua onde moro.Va mos seguir o caminho por ondepasso to dos os dias.

    CUJO

    Indica posse.

    Substitui substantivo ou pronomeprece dido da preposição de.

    É antecedido por pre posição exigidapelo verbo que o segue.

    Exemplos: Recordava apenas dosescri tores de cujos livros havia gostado.Visi tava sempre as primas em cuja casapassara a infância.

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  • 3 (UNICAMP-SP) – A organização sintática dada a certostrechos exige do leitor um esforço desnecessário deinterpretação. Abaixo você tem um exemplo disso."Ao chegar ao ancoradouro, recebeu Alzira Alves Filha um colarindígena feito de escamas de pirarucu e frutos do mar, queestava acompanhada de um grupo de adeptos do MovimentoEvangélico Unido." (Folha de S. Paulo)a) Reescreva o trecho, apenas alterando a ordem, de forma atornar a leitura mais simples.

    b) Com base na solução que você propôs, explique por que, doponto de vista da estrutura sintática do português, o trechoacima oferece dificuldade desnecessária para a compreensão.

    4 Identifique o trecho que apresenta ambiguidade no períodoabaixo. Explique como o duplo sentido poderia ser evitado.

    A esposa do médico que apoiou o projeto de clonagemterapêutica festejou a aprovação da lei.

    5 Leia cada uma das frases e assinale a alternativa que explicao seu significado.I. A criança que convive com outras crianças é mais des -contraída.a) Toda criança convive com outras crianças e é mais descon traída.b) Algumas crianças que convivem com outras crianças sãomais descontraídas.RESOLUÇÃO: Resposta: B

    II. O artista, que emociona as pessoas com sua interpretação,merece o mais sincero aplauso.a) Todo artista emociona as pessoas com a sua interpretação emerece o mais sincero aplauso.b) Alguns artistas que emocionam as pessoas com a suainterpretação merecem o mais sincero aplauso.RESOLUÇÃO: Resposta: A

    6 Classifique as orações adjetivas destacadas, colo cando Rpara as restritivas e E para as explicativas. Coloque vírgula antesda oração adjetiva, quando se tratar de explicativa.a) Convocaram os candidatos, mas somente os que falavammais de uma língua estrangeira.Convocaram os candidatos que falavam mais de uma línguaestrangeira.

    RESOLUÇÃO: Convocaram os candidatos que falavam mais de umalíngua estrangeira.

    b) Convocaram os candidatos e descobriram que eles falavammais de uma língua estrangeira.Convocaram os candidatos que falavam mais de uma línguaestrangeira.RESOLUÇÃO: Convocaram os candidatos, que falavam mais deuma língua estrangeira.

    Observe como o simples uso de vírgulas altera o sentido dafrase.

    O homem ambicioso nunca está satisfeito.

    O homem que é ambicioso nunca está satisfeito.

    Com estas frases, estamos afirmando que• alguns homens são ambiciosos;• se o homem é ambicioso, ele nunca está satisfeito.

    Assim, a oração “que é ambicioso” restringe o seu antece -dente, “o homem”. Se essa oração fosse eli minada do período,o sentido do que está sendo afirmado na oração principalseria alterado. Como está, ela afirma que só o homemambicioso nunca está satisfeito. Sem a oração adjetiva, elapassaria a significar que todo homem está sempre insatisfeito.

    O homem, ambicioso, nunca está satisfeito.

    O homem, que é ambicioso, nunca está satisfeito.

    Com estas frases, estamos afirmando que todo homem éambicioso e nunca está satisfeito. A oração “que é am bicioso”,entre vírgulas, introduz uma simples expli ca ção sobre oantece dente “o homem”. Essa oração po de ria sereliminada do perío do sem que o sentido da oração principalse alterasse. Nesse caso, apenas deixaríamos de forneceruma infor mação, um por menor, uma explicação sobre umacaracterística dos homens. Portanto, o que aqui se afirma éque todo homem é ambicioso e nunca está satisfeito.

    RESOLUÇÃO: O trecho que apresenta duplo sentido é "que apoiouo pro jeto de clonagem terapêutica", pois não se sabe a quem serefere, se à esposa ou ao médico.A ambiguidade poderia ser evitada com o emprego de o qual,referindo-se ao médico, ou a qual, referindo-se à esposa.

    RESOLUÇÃO:O trecho oferece dificuldade de compreensão porque a oração ad -jetiva está distante do termo ao qual se refere, Alzira Alves Filha.

    RESOLUÇÃO:Alzira Alves Filha, que estava acompanhada de um grupo deadeptos do Movimento Evangélico Unido, recebeu um colarindígena feito de escamas de pirarucu e frutos-do-mar ao chegarao ancoradouro.

    ( R )

    ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVAencaixa-se na principal, equivalendo a um adjetivo.

    RESTRITIVA EXPLICATIVA

    • delimita ou define mais cla ramente o seu antece dente;

    • não é separada por vír gu la.

    • apresenta uma explicaçãoou pormenor doan te cedente;

    • é separada por vírgula.

    ( E )

    PORTUGUÊS238

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,digite PORT2M302

    No Portal Objetivo

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  • PORTUGUÊS 239

    Texto para a questão A.

    A (PUC – MODELO ENEM) – Entender afunção e o sentido das palavras respon sáveispela coesão em um texto é essencial para a suacom preensão. No primeiro parágrafo do textoacima, você encontra o trecho: “...apesar deessa altitude, onde estava o Boeing-737 da Golatingido e derrubado no choque com o jato daEmbraer, ter se tornado ‘contramão’ na rotaapós Brasília”. Em relação ao uso de apesar e de onde, éadequado afirmar quea) enquanto apesar indica finalidade em rela -ção ao fato expresso na oração anterior, ondese refere à torre de controles de voos.b) enquanto apesar indica consequência emrelação ao fato expres so na oração anterior,onde se refere ao Aeroporto Eduardo Gomes.

    c) enquanto apesar indica concessão em rela -ção ao fato expresso na oração anterior, ondese refere à altitude de 37 mil pés.d) enquanto apesar indica condição em relaçãoao fato expresso na oração anterior, onde serefere ao Centro de Controle do tráfego aéreoem Brasília.e) enquanto apesar indica proporção em rela -ção ao fato expresso na oração anterior, ondese refere à Embraer.ResoluçãoApesar de é locução conjuntiva concessiva,equivalente a embora, conquanto, se bem que.As orações con ces sivas admitem algumarestrição ou contradição relativa ao que seafirma na oração principal. O ante cedente dopronome relativo onde é "essa altitude".Resposta: C

    B (FGV – MODELO ENEM) – Escolha aalter nativa que preencha corretamente aslacunas das frases abaixo.1. Por acaso, não é este o livro ___________ oprofessor se refere?2. As Olimpíadas _________________ aberturaassistimos foram as de Tóquio.3. Herdei de meus pais os princípios morais___________ tanto luto.4. É bom que você conheça antes as pessoas___________ vai trabalhar.5. A prefeita construirá uma estrada do centroao morro ___________ será construída a igreja.6. Ainda não foi localizada a arca ___________os piratas guardavam seus tesouros.a) de que, cuja, para que, com os quais, sobreque, em que.b) que, de cuja, com que, para quem, no qual,que.c) em que, cuja, de que, para os quais, onde,na qual.d) a que, a cuja, em que, com que, que, em que.e) a que, a cuja, por que, com quem, sobre oqual, onde.

    ResoluçãoOs pronomes relativos serão ou não precedidosde preposição conforme a regência dos verbos.Sendo assim, temos– em 1: “a que” (o verbo referir-se rege apreposição a);– em 2: “a cuja”( o verbo assistir, na acepçãode “ver”, “estar presente”, rege a preposição a;– em 3: “por que” (= “pelos quais”) – o verbolutar rege a preposição por;– em 4: “com quem” (o verbo trabalhar estáseguido de adjunto iniciado por com);– em 5: “sobre o qual” (nesta frase, o verboconstruir aparece modificado por este adjuntoadverbial de lugar: construir algo em algum lugar);– em 6: “onde (= na qual) – nesta frase, overbo guardar aparece acompanhado por esteadjunto adverbial de lugar: guardar algo emalgum lugar. Resposta: E

    C (FGV-Adm. – MODELO ENEM) – Assina -le a alternativa em que a ausência da prepo -sição, antes do pronome relativo que, está deacordo com a norma culta.a) É uma quantia vultosa, que o Estado nãodispõe: falta-lhe numerário.b) Vi claramente o bolso que você pôs odinheiro nele.c) Não interessava perguntar qual a agênciaque o remetente enviou a carta.d) A garota que eu gosto não está namorandomais. Chegou a minha oportunidade.e) Essa era a declaração que o alcaide insistiaem fazer.ResoluçãoNa alternativa apontada, o pronome relativo quenão precisa vir antecedido de preposição, poiso verbo fazer é transitivo direto (“fazer a decla -ração”). Em a, o verbo dispor rege preposiçãode (“...de que o Estado não dispõe...”); em b, overbo pôr admite adjunto adverbial de lugarcom preposição em (“... o bolso em que vocêpôs o dinheiro...”); em c, o verbo enviar regepreposição a ou para (“... a agência a/para queo remetente enviou a carta...”); em d, o verbogostar rege preposição de (“… ga ro ta de queeu gosto...”). Resposta: E

    A torre de controle de voos de São Josédos Campos (SP) autorizou os pilotos doLegacy, Joe Lepore e Jan Paladino, a voar naaltitude de 37 mil pés até o aeroportoEduardo Gomes, em Manaus, apesar deessa altitude, onde estava o Boeing-737 daGol atingido e derrubado no choque com ojato da Embraer, ter se tornado "contra mão"na rota após Brasília.

    Esse foi o primeiro de uma sucessão deerros que geraram o choque, em 29 desetembro, matando 154 pessoas. Depoisdisso, houve falha na comunicação entre oLegacy e o Cindacta-1 (Centro de Controledo tráfego aéreo de Brasília), o transponder(que alertaria o sistema anticolisão doBoeing) não estava fun cio nando no Legacye o avião da Gol não foi alertado para o risco.

    (Eliane Catanhede, “Caixa-preta do Legacy revela que torre errou.”

    Folha de São Paulo, 2/11/06.) (Texto adaptado para fins de vestibular)

    55 Emprego do pronome relativo • Antecedente • Preposição

    VARIÁVEISINVARIÁVEIS

    MASCULINO FEMININO

    Singularo qualcujo

    quanto

    Pluralos quais

    cujosquantos

    Singulara qualcuja

    Pluralas quais

    cujas

    quequemonde

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  • 1 Reescreva a fala do primeiro quadro da tira, adaptando-a ànorma culta. Justifique sua resposta.

    2 Preencha as lacunas das frases abaixo com o pronomerelativo adequado, precedido ou não de preposição.a) A menina tinha uma boneca de louça _________________cabelos lembravam fios de ouro. b) Eram atores _________________ nunca simpatizei.c) O livro _________________ me refiro chama-se O Roteiro deDeus.d) São pessoas _________________ meu pai nunca confiou.e) O dono da empresa apresentou-nos os recursos ____________________ ele dispunha.f) A sala _________________ estamos é pouco ventilada.g) São crianças _________________ pais não as deixaram emqualquer escola maternal.h) Ele sempre falava em certos livros e autores _______________________ tinha verdadeira paixão.i) Procurou-me aquele Pastor _________________ tanto meajudou nestes anos de luta.j) O chefe de polícia chamou seus subalternos _______________________ manteve uma longa conversa.

    3 (ITA – MODELO ENEM) – Assinale a opção em que apalavra onde está corretamente empregada.a) Após o comício, houve briga onde estavam envolvidosestudantes de duas escolas diferentes.

    b) Os músicos criaram um clima de alegria onde o anfitrião foiresponsabilizado. c) Foi importante a reforma do estatuto da escola, de onderesultou melhoria no ensino.d) Viver em um país onde saúde e educação são valorizadas édireito de qualquer cidadão.e) Na reunião de segunda-feira, várias decisões foram tomadaspelos sócios da empresa, onde também foi decidido o reajustedas tarifas.

    4 Reúna os períodos, utilizando o pronome relativo indicadoentre parênteses. a) O acesso à Internet permite a produção de reportagens maiscompletas. Os dados da Internet podem ser consultados porjornalistas de dentro das redações. (cujo)

    b) A mulher era bela e temente a Deus. Os anciãos fizeramacusações contra a mulher. (quem)

    RESOLUÇÃO: Onde como pronome relativo equivale a lugar emque, no qual, indicando sempre um lugar físico. Resposta: D

    RESOLUÇÃO:a) cujos; b) com quem; c) a que; d) em quem; e) de que; f) em que,onde; g) cujos; h) por quem; i) que; j) com quem.

    RESOLUÇÃO:Aquela mulher com quem você está saindo é a esposa do Amaro?O verbo sair é intransitivo e foi empregado com adjunto adverbialde companhia introduzido pela preposição "com".

    RESOLUÇÃO:O acesso à Internet, cujos dados podem ser consultados porjornalistas de dentro das redações, permite a produção dereportagens mais completas.

    RESOLUÇÃO:A mulher contra quem os anciãos fizeram acusações era bela etemente a Deus.

    PORTUGUÊS240

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  • c) Joana andava despreocupada pelo jardim. O jardim tinha umregato e flores silvestres. (onde)

    5 (UFC) – Construa um período com as quatro oraçõesabaixo, seguindo rigorosamente as instruções contidas nosparênteses.I. O camareiro entrou no quarto. (oração principal)II. Eu não lembro o nome do camareiro. (oração adjetiva comcujo)III. O presidente estava no quarto. (oração adjetiva com onde)IV. O presidente se matara. (oração adjetiva com que)

    6 (CAESU) – Observe a transformação:Este é o livro. O professor gostou dele. Este é o livro de que o professor gostou.

    Assinale a transformação em que deverá aparecer o pronomerelativo cujo.a) Pequena é a sala. Cabem nela apenas algumas cadeiras.b) Este é o professor. O aluno se referiu a ele com carinho.c) Aqui está o livro. Na sua capa está desenhado um coração.d) São interessantes essas crônicas. Pouca gente as leu.e) Muito sensata era aquela senhora. Muita gente confiava nela.

    7 As orações sublinhadas do período:"Era um homem de frases curtas; a boca dele só se abria paradizer coisas importantes; ninguém queria falar dessas coisas",convertidas em um só período, equivalem a:

    a) ...cuja a boca dele só se abria para dizer coisas importantesque ninguém queria falar delas.b) ...cuja boca só se abria para dizer coisas importantes sobre asquais ninguém queria falar.c) ...cuja a boca só se abria para dizer coisas importantes sobreo que ninguém queria falar.d) ...cuja boca dele só se abria para dizer coisas importantesque ninguém queria falar sobre elas.

    e) ...cuja boca só se abria para dizer coisas importantes dequem ninguém queria falar.Resposta: B

    8 (FUVEST – MODELO ENEM) – Em que frase o espaço embranco deve ser preenchido apenas com pronome relativo e nãocom pronome relativo regido de preposição?a) Trata-se de joias de família _____________ jamais me desfarei.b) O candidato expôs planos _______________ ninguém confiou.c) Nesta rua, os serviços ___________________ você temacesso são inúmeros.d) Foi positivo o resultado _______________ a empresa atingiu.e) Eis o documento ___________________ cópia me refiro.

    9 (UNESP – MODELO ENEM) – “O espetáculo ____________assistimos no crepúsculo do século XX certamente não é omesmo _____________ conviveram os nossos antepassados aofindar o século XIX, que, por sua vez, foi bem diferente daquele_____________ descreveram os historiadores do último quarteldo século XVIII.”

    Assinale a alternativa que preenche, corretamente, todas aslacunas do trecho acima, pela ordem dada.a) que – que – de que b) que – a que – quec) a que – que – de que d) em que – com que – de quee) a que – com que – que Resposta: E

    RESOLUÇÃO: a) de que; b) em que; c) a que; d) que; e) a cuja.Resposta: D

    RESOLUÇÃO:Em a, Pequena é a sala em que cabem apenas algumas cadeiras;em b, Este é o professor a quem o aluno se referiu com carinho;em c, Aqui está o livro em cuja capa está desenhado um coração;em d, São interessantes essas crônicas que pouca gente leu; em e,Muito sensata era aquela senhora em que(m) muita gente confiava.Resposta: C

    RESOLUÇÃO:O jardim, por onde Joana andava despreocupada, tinha um regatoe flores silvestres. ou Joana andava despreocupada pelo jardim onde tinha um regato eflores silvestres.

    RESOLUÇÃO:O parágrafo produzido deverá ser: "O camareiro, cujo nome eu nãolembro, entrou no quarto onde estava o presidente que sematara.". Está correta também a construção "O camareiro, de cujonome eu não me lembro, entrou no quarto onde estava opresidente que se matara.".

    PORTUGUÊS 241

    (FGV) – Assinale a alternativa em que, CONTRARIAN DO ANORMA CULTA, usou-se ou deixou-se de usar umapreposição antes do pronome relativo.a) No momento que os gaúchos chegaram, os caste lhanossoltaram vivas.b) A moça, que os amigos generosamente acolheram,portou-se como uma verdadeira dama.c) Era uma flor belíssima, de cujo olor extraíra o poeta suainspiração.d) Tinha mãos sujas da graxa em que a peça estiveramergulhada.e) A linguagem era recheada de palavras pretensa menteeruditas, que o condenavam.RESOLUÇÃOA preposição em deve anteceder o pronome relativo, uma vez que overbo chegar rege essa preposição quan do se trata de indicação detempo: “No momento em que os gaúchos chegaram...”.Resposta: A

    Aplicação

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,digite PORT2M303

    No Portal Objetivo

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  • PORTUGUÊS242

    A questão seguinte refere-se a um texto instru -cional autêntico encontrado em embalagens deprodutos da Tramontina Farroupilha S.A.

    1 (SENAC – MODELO ENEM) – Se o autortivesse optado pela ordem cronológica, paraorganizar as instruções a respeito da utilizaçãodo produto, elas se apresentariam na seguinteordem:a) 5 – 4 – 1 – 2 – 3b) 5 – 4 – 2 – 3 – 1c) 4 – 5 – 2 – 3 – 1d) 3 – 5 – 2 – 1 – 4e) 3 – 2 – 5 – 1 – 4Resolução

    As instruções se apresentam organizadas emordem cronológica e coerentes quanto ao usodo produto na alternativa e.

    Resposta: E

    Prezado Cliente

    Primeiramente queremos parabenizá-lo pelaexcelente aquisição. Nossos produtos sãofabricados através das técnicas mais moder -nas mundialmente conhecidas e, certamen te,pro por cionar-lhe-ão um grande auxílio no prepa -ro de seus alimentos e que, pela sua beleza eresistência, dar-lhe-ão um enorme prazer.

    IMPORTANTE: Não deixe de ler atenta men -te as instruções do folheto anexo e, parti -cular mente com a chaleira, pedimos seguirestas instruções:

    1. Para servir, remova o apito.2. Centralize bem a chaleira sobre a chamapara evitar que os componentes de baquelitesejam danificados.3. Para o bom funcionamento do apito,encha a chaleira somente até a altura do bico.4. Devido ao alto índice de cloro adicionado naágua potável, o que pode ocasionar manchasno interior da chaleira, recomenda mos secar apeça também internamente, após o uso.5. Ao primeiro sinal de apito, desligue a cha -ma do fogão, para evitar um superaque ci -mento da chaleira e consequente danificaçãodos componentes.

    Agradecemos pela sua preferência.

    Tramontina Farroupilha S.A. Ind. Met.

    56Correção, clareza, concisão e coerência (I)

    • Normas gramaticais

    • Coerência textual

    Correção: obediência às regras gerais da língua, ou seja, às normas gra ma -ti cais.

    Clareza: qualidade de organizar palavras, frases e períodos para trans mi tirideias de forma compreensível.

    Concisão: habilidade de selecionar palavras com significado preciso paratrans mi tir ideias de forma sucinta. O procedimento oposto é a prolixidade, de - fei to que deve ser evitado.

    Coerência: capacidade de organizar as ideias, conferindo unidade ao tex to.A sequência lógica entre frases e parágrafos, a escolha de vo ca bu lá rioadequado, o correto uso dos elementos de ligação e a aplicação do co nhe ci -men to empírico (baseado na experiência) são necessários para promover acoerência textual.

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  • PORTUGUÊS 243

    1 (AFA) – Leia os poemas a seguir:

    Texto I

    Texto II

    Texto III

    Sobre os trechos anteriores, pode-se afirmar quea) I é coerente, mas não é coeso; II é coeso e coerente; III nãoé coerente e não é coeso.b) I é coeso e coerente; II é coeso e coerente; III é coeso ecoerente.c) I é coeso e coerente; II não é coeso, nem coerente; III não écoerente, mas é coeso.d) I é coeso, mas não é coerente; II é coeso, mas não é coe -rente; III é coerente, mas não é coeso. Resposta: A

    2 (FUVEST – MODELO ENEM) – Um folheto de divulgaçãotraz, em um de seus tópicos, sobre os deveres do consumidor,um problema de coerência na sua redação. O tópico é:a) Ler o manual de instruções antes de utilizar qualquerequipamento.b) Obedecer aos cuidados descritos na embalagem para evitaracidentes.c) Seguir as recomendações do rótulo quanto ao modo de usare armazenar o produto.d) Ler, na íntegra, todo e qualquer contrato, tão logo venha aassiná-lo.e) Respeitar a data de validade para que o produto mantenhasuas características.Resposta: D

    3 (ITA) – O texto abaixo, da seção "Saúde" do Suplemento demarço/2000, do Caderno Regional Folha Vale, Folha de S. Paulo,faz parte de uma série de recomendações para relaxamento dosolhos.

    a) Localize, no texto, o trecho em que há um problema decoerência.

    b) Reescreva o trecho de modo a torná-lo coerente.

    4 (FUVEST – MODELO ENEM) – Considere as seguintesafirmações: I. A inspiração para se fazer ciência pode ser completamentesubjetiva.II. O método científico não admite subjetivismo.III. Não há contradição entre inspiração subjetiva e pesquisacientífica.

    O período em que se articulam, de modo claro, lógico ecorreto, as afirmações acima é: a) Muito embora o método científico não admita subjetivismo,mesmo porque a inspiração para se fazer ciência pode sersubjetiva, desde que não haja contradição entre inspiração epesquisa científica.b) Apenas quando a inspiração para se fazer ciência for comple ta -mente subjetiva é que não há contradição entre ela e a pesquisacientífica, até por que o método científico não admite subjetivismo.c) É certo que o método científico não admite subjetivismo,mas não há contradição entre a inspiração subjetiva para se fazerciência e a realização de uma pesquisa científica.d) Só não há contradição entre inspiração para se fazer ciência,que é completamente subjetiva, quando o método científico nãoadmite subjetivismo.

    — Lubrificantes oculares gelados também são muitoeficientes, mas só quando prescritos por um oftalmologista.— Importante: não jogue água boricada dentro do olho, poisisto causa irritação. Ela deve ser usada apenas para limpezaexterna ou como compressa gelada.

    RESOLUÇÃO:"Lubrificantes oculares gelados também são muito eficientes, masnão devem ser usados sem a prescrição de um oftalmo logista."

    RESOLUÇÃO:O "problema de coerência" está no trecho "...são muito eficientes,mas só quando prescritos por um oftalmologista". A segundaafirmação é absurda, pois não se pode aceitar como lógica,"coerente", a concepção segundo a qual a prescrição dooftalmologista possa fazer o colírio ser ou não eficiente. O médicoprescreve um medicamento porque ele é eficiente (em geral ou nocaso específico), não o contrário, ou seja, o medicamento não éeficiente porque o médico o prescreve.

    Lá vem a lua surgindo,Redonda que nem um tamanco.Pedaço de telha é caco.Caranguejo não tem pescoço.

    INFÂNCIA

    O camisolãoO jarroO passarinhoO oceanoA visita na casa que a gente sentava no sofá.

    (Oswald de Andrade)

    Não queiras ter Pátria.Não dividas a Terra.Não dividas o Céu.Não arranques pedaços de mar.Não queiras ter.Nasce bem alto,Que as coisas boas serão tuas.Que alcançarás todos os horizontes.Que o teu olhar, estando em toda parte.Te ponha em tudo,Como Deus. (Cecília Meireles)

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  • PORTUGUÊS244

    e) É certo que não há contradição entre a pesquisa científica,onde o método não admite subjetivismo, com a inspiraçãosubjetiva, da qual se pode fazer ciência.Resposta: C

    5 (UNICAMP) – A maneira como certos textos são escritospode produzir efeitos de incoerência, como por exemplo: "ZéliaCardoso de Mello decidiu amanhã oficializar sua união comChico Anysio". (A tarde, Salvador, 16/9/94)É o que ocorre no trecho abaixo:

    a) Qual o efeito da incoerência presente nesse texto?

    b) Do ponto de vista sintático, o que provoca esse efeito?

    c) Reescreva o trecho, introduzindo apenas as modificaçõesnecessárias para resolver o problema.

    6 (UNESP) – As duas frases a seguir apresentam incoe -rências:

    Nós não temos censura. O que temos é uma limitação doque os jornais podem publicar.

    (Louis Net, ex-vice-ministro da Informação da África do Sul)

    Um homem não pode estar em dois lugares ao mesmotempo, a menos que ele seja uma ave.

    (Sir Boy Roche, deputado do Parlamento Britânico)

    a) Explique a razão da incoerência da primeira frase.

    b) Explique a razão da incoerência da segunda frase.

    Leia o anúncio para responder ao teste 7.

    7 (IBTA – MODELO ENEM) – A frase "...tudo em benefíciodos problemas que você acha que não têm mais solução." estámal redigida, porque a expressão "em benefício dos problemas"expressa uma ideia inaceitável no contexto. As frases abaixoprocuram corrigir essa inadequação de sentido. A única fraseque não corrige a ideia inaceitável da frase original é:a) tudo em benefício de sua saúde física e mental, resolvendoos problemas que você acha que não têm mais solução.b) tudo contra os problemas de ordem física e mental que vocêacha que não têm mais solução.c) tudo em auxílio dos problemas de natureza física e mentalque você acha que não têm mais solução.d) tudo em nome de seu bem-estar físico e mental, sanando osproblemas que você acha que não têm mais solução.e) tudo no combate aos problemas físicos e mentais que vocêacha que não têm mais solução.Resposta: C

    8 (FUVEST) – “Se eu não tivesse atento e olhado o rótulo, opaciente teria morrido, declarou o médico.”

    Reescreva a frase acima, corrigindo a impropriedade grama ticalque nela ocorre.

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    RESOLUÇÃO: "Se eu não estivesse atento e não tivesse olhado orótulo, o paciente teria morrido", declarou o médico. (Aimpropriedade estava no emprego do auxiliar ter, em vez de estar,com o particípio atento.)

    RESOLUÇÃO:A incoerência consiste em atribuir às aves a absurda capacidade deestar em dois lugares ao mesmo tempo.

    RESOLUÇÃO:A incoerência ocorre porque é possível considerar o termo aoBrasil como complemento nominal do nome envio, em vez deconsiderá-lo como objeto indireto do verbo solicitar.

    RESOLUÇÃO:A ONU solicitou ao Brasil e a mais quatro países o envio de tropasao Haiti, disse ontem o presidente da Guatemala, Ramiro de Léon.

    RESOLUÇÃO:A incoerência da primeira frase ocorre entre as palavras censura elimitação que, no contexto, têm significados seme lhantes, masforam empregadas pelo autor como se seus sentidos nadativessem em comum.

    As forças armadas brasileiras já estão treinando 3 milsoldados para atuar no Haiti depois da retirada das tropasamericanas. A Organização das Nações Unidas (ONU)solicitou o envio de tropas ao Brasil e a mais quatro países,disse ontem o presidente da Guatemala, Ramiro de Léon.

    (O Estado de S, Paulo, 24/9/94)

    RESOLUÇÃO:O efeito de incoerência está no fato de que é possível supor que astropas seriam enviadas ao Brasil.

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTALOBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,digite PORT2M304

    No Portal Objetivo

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  • PORTUGUÊS 245

    1 (MACKENZIE – MODELO ENEM) – Nostrês primeiros períodos (linhas ), encontra-sea) a seguinte sequência de relações: finalida -de, condição, condição e conclusão.b) uma passagem do particular par ao geral emtrês cousas e seu aposto.c) uma particularização da ideia de homem.d) a indeterminação do sujeito sintático emnão se pode ver.e) uma expressão repetida, é mister, que sig -ni fica é dispensável.

    ResoluçãoFinalidade: “Para um homem...”; condição: “Setem espelho e é cego...”; condição: “se temespelho e olhos...”; conclusão: “Logo...”.Resposta: A

    B (MODELO ENEM) – “Como as universida -des públicas são financiadas por im postospagos por toda a população, inclusive pelos po -bres, no Brasil os pobres financiam a educaçãouni versitária dos ricos.”

    A relação semântica que se estabelece entreas orações do período acima é dea) causa e consequência. b) comparação.c) adição. d) conformidade.e) finalidade.ResoluçãoA oração iniciada pela conjunção como (= por -que, uma vez que, já que, visto que) expressacausa, cuja consequência é mostrada em “...noBrasil os pobres financiam a edu cação univer -sitária dos ricos”. Resposta: A

    C (MODELO ENEM) – O mesmo tipo deconjunção que substitui os dois pontos em – E,apesar das promessas de que o crescimento

    do PIB reduziria a pobreza, as desigualdadeseconômicas se mantêm: a cada US$ 160milhões produzidos no mundo, só US$ 0,60chega efetivamente aos mais pobres. – podeser aplicado em:a) Os ecoeconomistas só alimentam um pro -pó sito: poupar os recursos ambientais.b) Hugo Penteado disse: “a Terra é finita e aeco nomia clássica sempre ignorou essa ver -dade elementar”.c) Os ecoeconomistas apontam os vícios dasempresas: o desperdício de matérias-primas, oestímulo ao consu mismo e a obsolescênciaprogramada.d) ‘A ecoeconomia não é exatamente nova:seus prin cípios exponenciais começaram asurgir na década de 70.e) Paulo Durval Branco foi enfático ao afirmar:“as empresas vêm repetindo a palavra susten -ta bilidade como um mantra.”ResoluçãoTanto na frase do enunciado como na da alter -nativa d, as conjunções que substituem os doispontos são as causais porque, já que, visto que.Em a e c, os dois pontos indicam uma expli -cação e em b e e, uma citação textual.Resposta: D

    1 Para um homem se ver a si mesmo, sãonecessárias três cousas: olhos, espelho eluz. Se tem espelho e é cego, não sepode ver por falta de olhos; se tem espe-

    5 lho e olhos, e é de noite, não pode verpor falta de luz. Logo, há mister luz, hámister espelho e há mister olhos. Quecousa é a conversão de uma alma, senãoentrar um homem dentro em si e ver-se

    10 a si mesmo? Para esta vista são neces -sários olhos, é necessário luz e é neces -sário espelho. O pregador concorre como espelho, que é a doutrina; Deus con -cor re com a luz, que é a graça; o homem

    15 concorre com os olhos, que é oconhecimento.

    D (UFSC-adaptado – MODELO ENEM) – Sobre os quadrinhos, assinale o que for correto.

    a) Da fala do primeiro quadrinho, infere-se que a informação contida na primeira oração já era partilhada pelos personagens naquele momen to, masa informação presente na segunda oração foi nova para Calvin.b) Considerando o último quadrinho, o pedido do pai é um indício de que o que a mãe de Calvin tinha falado não estava errado.c) No segundo quadrinho, Calvin não está simplesmente indagando sobre o fato de o pai saber ou não cozinhar, mas também colocando em dúvidaa habilidade do pai, devido a informações prévias de que o menino dispõe.d) O verbo saber aparece no segundo e no último quadrinho com o significado de ter habilidade ou capacidade para fazer algo.e) No período Já que a mamãe está doente, esta noite eu farei o jantar, existe uma relação semântica de causalidade entre as orações.ResoluçãoApenas no segundo quadrinho o verbo saber significa “ter habilidade ou capa ci da de para fazer algo”. No último qua dri nho, significa “conhecer ouestar informa do”. Resposta: D

    (O E

    stad

    o de

    S. P

    aulo

    , 12/

    6/02

    )

    59Orações subordinadas adverbiais

    • Causa • Consequência

    • Tempo

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  • PORTUGUÊS246

    1 Identifique a circunstância expressa pela oração desta cada,considerando a relação que ela estabelece com o restante doperíodo.a) "As três coisas que mais almejamos na vida – felicidade,liberdade e paz de espírito – são sempre alcançadas quando asoferecemos a outra pessoa." (Peyton Conway March)RESOLUÇÃO: tempo

    b) "A sabedoria suprema é ter sonhos de tamanha grandezaque não se possa perdê-los de vista enquanto os perse gui -mos." (William Faulkner)RESOLUÇÃO: consequência

    c) "Não que eu tenha ódio à lei; mas não tolero opressões deespécie alguma, ainda que em meu benefício." (Machado deAssis)RESOLUÇÃO: concessão

    d) "Há dores secas, como há cóleras mudas." (Machado deAssis)RESOLUÇÃO: comparação

    e) "Era só escrever no coração as palavras do espírito, para quelhe servissem de lembrança." (Machado de Assis)RESOLUÇÃO: finalidade

    f) "Sonhará uns amores de romance, quase impossíveis?digo-lhe que faz mal, que é melhor contentar-se com a realidade;se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos avantagem de existir." (Machado de Assis)RESOLUÇÃO: condição

    g) "Como ia de olhos fechados, não via o caminho..."(Machado de Assis)RESOLUÇÃO: causa

    h) "Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando umpelo outro." (M. Donato)RESOLUÇÃO: conformidade

    2 (UFABC)I. Entregando 60% de sua colheita e café, durante dez anos;II. uma família de lavradores se tornará proprietária.

    A relação de sentido que existe entre as orações I e IIcorresponde ao sentido da expressão:a) ora ... entretanto. b) ou ... ou.c) se ... então. d) nem ... tampouco.e) ainda que ... portanto.RESOLUÇÃO:A relação de sentido entre as orações I e II implica as ideias decondição e consequência, respectivamente: Se entregar 60% desua colheita de café, durante dez anos, então uma família delavradores se tornará proprietária.Resposta: C

    ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAISexercem a função de adjunto adverbial

    em relação à oração principal.

    1) causais – relação de causaEx.: Como você chamou, eu vim.(porque, visto que, como, uma vez que, já que etc.)

    2) consecutivas – relação de consequênciaEx.: Correu tanto que chegou cansado.( [tanto] que, [tão...] que, [de tal forma] que etc.)

    3) concessivas – relação de concessãoEx.: Embora não me conheça bem, confia em mim.(embora, apesar de que, ainda que, se bem que,conquanto etc.)

    4) comparativas – relação de comparaçãoEx.: Ele observa mais do que fala.(tal, como, quanto [mais...] do que, [menos...] do que,[tanto...] quanto etc.)

    5) conformativas – relação de conformidadeConforme afirmaram os meteorologistas, hojechoveria.(como, conforme, segundo etc.)

    6) condicionais – relação de condiçãoEx.: Comprarei o livro desde que encontre uma ediçãorevisada.(se, salvo se, caso, contanto que, desde que, a menosque etc.)

    7) proporcionais – relação de proporçãoEx.: Quanto mais falava, mais se confundia.(à proporção que, à medida que, quanto mais... etc.)

    8) temporais – relação de tempoEx.: Assim que entrei, ele saiu.(quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, atéque, apenas, mal, que [= quando] etc.)

    9) finais – relação de finalidadeEx.: Eles apresentaram a carteirinha a fim de obter umdesconto.(a fim de que, para que, que [= para que], porque[= para que] etc.)

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  • PORTUGUÊS 247

    Texto para a questão 3.

    3 (FUVEST – MODELO ENEM) – Reestruturando-se o ter -ceiro período do texto, mantém-se o sentido original apenas em:a) A viagem progredira bem três léguas, uma vez que haviamrepousado bastante na areia do rio seco, dado que ordina ria -mente andavam pouco.b) Haviam repousado bastante na areia do rio seco; a viagem pro -gredira bem três léguas porque ordinariamente andavam pouco. c) Porque haviam repousado bastante na areia do rio seco, ordinariamente andavam pouco, e a viagem progredira bem trêsléguas. d) Ainda que ordinariamente andassem pouco, a viagemprogredira bem três léguas, pois haviam repousado bastante naareia do rio seco. e) Em virtude de andarem ordinariamente pouco e de haveremrepousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredirabem três léguas.

    As questões de números D e E referem-se ao poema abaixo.

    CIDADE GRANDE

    Que beleza, Montes Claros.Como cresceu Montes Claros.Quanta indústria em Montes Claros.Montes Claros cresceu tanto,ficou urbe tão notória,prima-rica do Rio de Janeiro,que já tem cinco favelaspor enquanto, e mais promete.

    (Carlos Drummond de Andrade)

    D (ENEM) – Entre os recursos expressivos empregados notexto, destaca-se aa) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-seà própria linguagem.b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outrostextos.c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa,com intenção crítica.

    d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seusentido próprio e objetivo.e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inani -madas, atribuindo-lhes vida.

    E (ENEM) – No trecho “Montes Claros cresceu tanto, / (...),/que já tem cinco favelas”, a palavra que contribui para esta -belecer uma relação de consequência. Dos seguintes versos,todos de Carlos Drummond de Andrade, apre sentam essemesmo tipo de relação:a) “Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu nãoera Deus / se sabias que eu era fraco.”b) “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninarnos longes da senzala – e nunca se esque ceu / chamava para ocafé.”c) “Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais quea mão de uma criança.”d) “A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tãopegada, aconchegada nos meus braços, / que rio e danço einvento exclamações alegres.” e) “Penetra surdamente no reino das palavras. / Lá estão ospoemas que esperam ser escritos.”

    F (ESPM) – Das frases a seguir, retiradas do livro O Melhor doMau Humor, de Ruy Castro, marque a que contenha ideia deconcessão:a) "Se eu filmasse Cinderela, a plateia pensaria que havia umcadáver na carruagem." (Alfred Hitchcock).b) "A maior vantagem da comida macrobiótica é que, por maisque você coma, por mais que você encha o estômago, estásempre perfeitamente subalimen tado." (Millôr Fernandes).c) "Sou contra noivados muito longos. Dão tempo às pessoasde conhecer o caráter uma da outra..." (Oscar Wilde).d) "A democracia é a arte e a ciência de administrar o circo apartir da jaula dos macacos." (H. L. Mencken).e) "Dizem que escrever é um processo torturante para Sarney.Sem dúvida, mas quem grita de dor é a língua portuguesa."(Paulo Francis).

    Na planície avermelhada, os juazeiros alargavam duasman chas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavampouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rioseco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas queprocuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceulonge, através dos galhos pelados da caatinga rala.

    (Graciliano Ramos, Vidas Secas)

    RESOLUÇÃO: No texto, o terceiro período apresenta relações de oposição ecausa, expressas pelas conjunções mas (adversativa) e como(causal). Essas mesmas relações ocorrem, no período daalternativa d, empregando-se a locução conjuntiva ainda que(concessiva) e a conjunção pois (explicativa ou causal), em razãoda mudança na ordem das orações. Resposta: D

    RESOLUÇÃO:No texto de Drummond, a noção de progresso e a visão da cidadegrande aparecem indissoluvelmente associadas a mazelas como osurgimento de favelas. Trata-se de uma visão irônica do desenvol -vimento. Resposta: C

    RESOLUÇÃO:A conjunção que estabelece relação de consequência entre asorações “rio e danço e invento exclamações alegres” e a anterior.O conectivo que prece dido de palavras como tanto(a), tão,tamanho(a) estabelece a relação consecutiva. Resposta: D

    RESOLUÇÃO:Na alternativa correta, por mais que pode ser substituído porembora; em a, a ideia é de condição; em c, a relação entre osperíodos é de consequência e causa (porque); em d, a ideia é deadição: "A democracia é a arte e (é) a ciência..."; em e, o período émarcado pela ideia de oposição (mas). Resposta: B

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  • PORTUGUÊS248

    Quadro-resumo

    Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT2M305

    No Portal Objetivo

    G (FUVEST)

    a) O segmento destacado constitui uma oração reduzida. Substitua-a por uma oração desenvolvida (introduzida porconjunção e com o verbo no modo indicativo ou subjuntivo),sem produzir alteração do sentido.

    b) Reescreva a oração "...os fãs dos bate-papos virtuais viramamigos" sem mudar-lhe o sentido e sem provocar incorreção,apenas substituindo o verbo.

    H Assinale os períodos em que a oração sublinhada ésubordinada adverbial causal:a) Feche as janelas do quarto, porquanto o sol está desco randoa alegre colcha de chita.b) Paguei todas as contas, porque detesto ficar devendo a pes -soas estranhas.c) Como estivesse um pouco febril, meu chefe não veiotrabalhar.d) Cuida da tua aparência, pois isso é importantíssimo.e) Criticaram-me muito, porque menti outra vez.RESOLUÇÃO: b, c, e

    Mesmo sem ver quem está do outro lado da linha, os fãsdos bate-papos virtuais viram amigos, namoram e algunschegam até a casar. (Revista Época)

    RESOLUÇÃO:"... os fãs dos bate-papos virtuais tornam-se (transformam-se em)amigos...".

    RESOLUÇÃO:"Embora (ou mesmo que, ainda que) não vejam quem está dooutro lado da linha..."A oração reduzida de infinitivo é subordinada adverbial concessiva.A desenvolvida correspondente pode ser introduzida pelaconjunção embora ou por locução conjuntiva (ainda que, mesmo que etc.).

    PERÍODO COMPOSTO

    COORDENAÇÃO SUBORDINAÇÃO

    COORDENADAS SUBSTANTIVAS ADJETIVAS ADVERBIAIS

    assindéticas

    sindéticasaditivas – relação de

    soma (e, nem, não só...mas também, tanto...

    como etc.)

    adversativas – relação deopo sição (mas, porém, to davia, con tudo, entre- tan to, no entanto etc.)

    alternativas – relação de al ternância (ou, ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ...

    quer etc.)

    conclusivas – relação decon clusão (logo, portan -to, por isso, pois [após overbo], de modo que, por

    conse guinte etc.)

    explicativas – relação deexplicação (pois [antesdo verbo], porque, por -

    quan to, que etc.)

    subjetiva – sujeito da prin cipal

    objetiva direta – obje todi re to da principal

    objetiva indireta – obje -to in direto da prin cipal

    predicativa – predica ti -vo do sujeito da prin -

    cipal

    completiva nominal – com plemento no mi nal

    da prin cipal

    apositiva – aposto da prin cipal

    desenvolvidas – geral -men te introduzidas pe -

    las con junçõesinte grantes que e se

    reduzidas – apre sen tamver bo no infinitivo

    pessoal ou impessoal

    restritivas• delimitam ou de fi -nem mais clara men -te o seu ante ce dente• não são separa -das por vír gula

    explicativas• apresentam umaexpli ca ção ou por me -nor do an te ce dente• são separadas porvír gula

    desenvolvidas – in -tro duzidas pelosprono mes relativosque, o qual, a qual,os quais, as quais,cujo, quem, onde

    reduzidas – apre sen -tam ver bo no infi -nitivo, ge rúndio oupar ticípio

    temporais – relação de tem po (quan do, en quanto,logo que, assim que, depois que, até que, apenas,mal, que [= quan do] etc.)

    finais – relação de finali dade (a fim de que, paraque, que [= para que], por que, [= para que] etc.)

    proporcionais – relação de pro por ção (à pro porçãoque, à medida que, quanto mais... etc.)

    causais – relação de causa (porque, visto que,como, uma vez que, já que etc.)

    condicionais – relação de condição (se, salvo se,caso, contanto que, desde que, a menos que etc.)

    consecutivas – relação de conse quência ([tanto]que, [tão...] que, [de tal forma] que etc.)

    comparativas – relação de com paração (tal, como,quan to [mais...] do que, [menos...] do que, [tanto...]quanto etc.)

    conformativas – relação de con for mi dade (como,con for me, segundo etc.)

    concessivas – relação de con cessão (embora,apesar de que, ainda que, se bem que, con quantoetc.)

    reduzidas – apresentam verbo no infini tivo,gerúndio ou particípio

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  • PORTUGUÊS 249

    Texto para a questão A.

    A (FUVEST – MODELO ENEM) – Os termosalém de, no entanto, então, portanto estabe -le cem no texto relações, respectivamente, dea) distanciamento – objeção – tempo – efeito.b) adição – objeção – tempo – conclusão.c) distanciamento – consequência – conclusão– efeito.d) distanciamento – oposição – tempo – conse -quência.e) adição – oposição – consequência – con clu -são.Resolução

    Além de equivale a soma, adição; no entantoindica contras te, oposição; então equivale aisso, por conseguinte, indicando efeito, conse -

    quência; portanto equivale a logo, indi candocon clusão.Resposta: E

    B (PUCCAMP) – A única frase estruturadacorretamente é:a) O objetivo desta é para lhe falar que já envieio material pelo correio.b) As discussões se deram devido a divergên -cias quanto a prioridades.c) Ele sugeriu a substituição de alimentos deorigem animal para os de origem vegetal.d) A higienização foi feita de acordo como re -co menda o Ministério da Saúde.e) Em pesquisas realizadas de 90 a 99, mos -tram-se uma mudança significativa no setor.ResoluçãoEm a, informá-lo de que; em c, pelos de origemvegetal; em d, feita como recomenda (ou deacordo com); em e, mostra-se uma mudança.Resposta: B

    Texto para a questão C.

    C (UEL – MODELO ENEM) – O comentáriode Ronald M. Green sobre o sequenciamentodo genoma humano faz uma enumeração debenefícios. Se o primeiro item dessa enu me -ração fosse alterado para “1) aperfeiçoamentodo diagnóstico...”, os demais deveriam ter aforma:a) 2) aprimorado o tratamento...; 3) desen vol -vidas intervenções...b) 2) aprimorar o tratamento...; 3) desenvol -

    vimento de intervenções...c) 2) prioridade para o tratamento...; 3) de -senvol vimento para intervenções...d) 2) aprimoramento do tratamento...; 3) de -senvolvimento de intervenções...e) 2) aprimoramento do tratamento...; 3) de -senvolver intervenções...ResoluçãoO enunciado da questão sugere que a enu me -ração seja iniciada por um substantivo (aperfei -çoa mento) e para manter o paralelismomor fo lógico e sintático, os demais itens devemtambém ser iniciados por substantivo: apri -moramento e desenvolvimento. Resposta: D

    D (UFPR – MODELO ENEM) – Assinale aalternativa que pode ser usada no início dotrecho abaixo, tornando-o coerente......................... O estudo, envolvendo 545homens, constatou que os mais otimistas têmmetade das probabilidades de morrer dedoenças cardiovasculares. Os pesquisadoresacreditam que isso provavelmente aconteceporque os otimistas fazem mais exercícios elidam melhor com a adversidade. (Folha de S.Paulo, 5 mar. 2006.)a) As mulheres vivem mais do que os ho -mens, afirmam os pesquisadores do Institutode Saúde Mental da Holanda.b) Os otimistas têm menos possibilidade demorrer de doenças cardiovasculares do que ospessimistas, afirmam os pesquisadores doInstituto de Saúde Mental da Holanda.c) Os homens que fazem diariamente exercí -cios físicos têm menos chance de terem pro -ble mas mentais, afirmam pesquisadores doInstituto de Saúde Mental da Holanda.d) As mulheres vivem mais do que os ho -mens, mas têm menos chance de terem pro -ble mas cardiovasculares, afirmam os pesquisa-res do Instituto de Saúde Mental da Holanda.e) Os homens com perfil pessimista quefazem diariamente exercícios físicos têmmenos chance de terem problemas mentais,afirmam pesquisadores Instituto de SaúdeMental da Holanda.ResoluçãoA alternativa b apresenta o tópico frasal queserá desenvolvido no trecho que consta doenunciado. Resposta: B

    Além de parecer não ter rotação, a Terraparece também estar imóvel no meio doscéus. Ptolomeu dá argu mentos astronô mi -cos para tentar mostrar isso. Para entenderesses argumentos, é necessário lembrarque, na antiguidade, imaginava-se que todasas estrelas (mas não os planetas) estavamdistribuídas sobre uma superfície esférica,cujo raio não parecia ser muito superior àdistância da Terra aos planetas. Suponhamosagora que a Terra esteja no centro da esferadas estrelas. Neste caso, o céu visível ànoite deve abranger, de cada vez, exata men -te a metade da esfera das estrelas. E assimparece realmente ocorrer: em qualquernoite, de horizonte a horizonte, é possívelcontemplar, a cada instante, a metade dozodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesselonge do centro da esfera estelar, então ocampo de visão à noite não seria, em geral,a metade da esfera: algumas vezes pode -ríamos ver mais da metade, outras vezespoderíamos ver menos da metade dozodíaco, de horizonte a horizonte. Portanto,a evidência astronômica parece indicar que aTerra está no centro da esfera de estrelas. Ese ela está sempre nesse centro, ela não semove em relação às estrelas.

    (Roberto de A. Martins, Introdução geral aoCommentarius de Nicolau Copérnico.)

    São três os principais benefícios tra zi -dos pelo sequenciamento do genoma hu ma -no para a área médica: 1) aperfeiçoar odiagnóstico de doenças, incluindo os dis túr -bios hereditários conhecidos e muitas con -di ções geneticamente influenciadas, como ahipertensão e diversos cânceres; 2) apri -morar o tratamento, com o desenvolvimentode drogas que seriam elabo ra das sobmedida (de acordo com as carac te rísticasgenéticas do paciente) para maximizar suaeficácia e reduzir sua toxicidade; e 3) de sen -volver intervenções diretas no DNA (tera piasgênicas), para c