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1
PESQUISA-AÇÃO: UMA ANÁLISE CRÍTICA
Prof. Ariovaldo Denis Granja
e às vezes criticada
tradição outras linhas?
e relativamente utilizada (gestão)
2
pesquisa-ação
é prestação de serviços?
limitações?
pesquisa-ação pode ser uma estratégia de
conveniência?
“ortodoxia” da pesquisa
ênfase em aferições,
e em medidas quantitativas
pressupostos reducionistas
supervalorização da generalização
poucas variáveis
revisão prévia de literatura
disponibilidade de laboratório
hipóteses causais precisas
lacuna na literatura
exigências quanto à natureza dos dados
interpretação dos dados pelo pesquisador
baixa participação
pesquisador independente do contexto
inflexibilidade após a coleta de dados
3
<1> o que é
<2> delineamento
<3> recomendações e exemplos
<1> o que é
<2> delineamento
<3> recomendações e exemplos
4
geralmente envolve
participação ativa do
pesquisador (FELLOWS; LIU, 2005)
estratégia que visa ativamente
e intencionalmente
desencadear uma mudança
em um sistema (social) (LEWIN,
1946)
5
não é prestação de serviços?
Melhoria da qualidade de vida
Aumento do conhecimento científico
Melhoria das edificações e da
infraestrutura
Resolver problema de pesquisa
Resolver problema da realidade
Processo de produção
do conhecimento
Processo de produção
de bens e serviços
Identificar lacunas do conhecimento
Explicar fenômenos
Análise crítica de conceitos e experiências
Atendimento de demandas sociais
Problemas minimizados ou solucionados
Assessoria/
consultoria no
processo
Levantamento de problemas
Coleta de dados
Estratégias e planejamento da pesquisa:
Estudo de caso
Pesquisa-ação
Pesquisa experimental
Pesquisa de levantamentos
Estratégia e planejamento da produção de bens e serviços:
FORMOSO, 2006
pesquisa
X
bens e serviços
6
a tradição
pesquisa-ação
aprendizado pela pesquisa
e
propósito e resultado da ação
mais uma definição
7
pesquisa-ação
orientada tanto à pesquisa como à ação
processo cíclico, com componente de reflexão crítica a cada ciclo
geralmente qualitativa e participativa
DICK, 1997
pesquisa-ação
cíclica
tendência de recorrência de passos similares
participativa
envolvimento dos participantes no processo de pesquisa
qualitativa
muitas vezes lida mais com a “linguagem” do que com números
reflexiva
reflexão crítica ao longo do processo e os resultados são componentes de cada ciclo
8
<1> o que é
<2> delineamento
<3> recomendações e exemplos
Monitoramento
(Objetivos e metas do projeto de
pesquisa)
Coleta de dados
Contexto e Propósito
Avaliação
Implementação
Planejamento da ação
Feedback dos dados
Análise dos dados
Pré-Etapa
Etapas principais
viabilidade de uma ação
observação e
participação, reuniõesvalidação de
dados na
solução do
problema
pesquisador
es e
participantes
analisam
dados e
resultados
obtidos
oportunidades
encontradas e o que é
necessário à mudança
membros
implementam as
mudanças
reflexão sobre o
resultado das ações,
aprendizado do
pesquisador
processo da pesquisa-açãoCOUGHLAN; COUGHLAN, 2002
9
o processo não se encerrou
1
Plano
Ação
Observação
Reflexão 2
Plano
Revisado
Ação
Observação
Reflexão
3
ciclos de reflexão conferem maior rigor científico
flexibilidade
redirecionar ações (planejamento) visando aos objetivos da pesquisa
questões de pesquisa e ações podem ser reestruturadas tornando-se mais precisas
EARL-SLATER, 2002
10
4. Conclusões da
pesquisa da organização
estudada
(Primeira redação)
1. Planejamento da
tese3. Avaliação
2. Pesquisa-ação na
organização estudada
Projeto Pesquisa-Ação
(Prática na organização estudada)
1
Plano
Ação
Observação
Reflexão 2
Plano
Revisado
Ação
Observação
Reflexão
3
4. Reflexão e conclusão
da tese
1. Planejamento da
redação final da tese
3. Avaliação,
Comentários do
empenho e buscas,
revisão das evidências
2. Redação final da tese
Pesquisa da tese
Redação da tese
Independente
Independente
Novas pesquisas
derivadas
Colaborativa
dissertação/tese
pesquisa-ação
ZUBER-SKERRIT; FLETCHER, 2007
PESQUISA EMPRESA
Problema de pesquisa
Problema da empresa
Questão de pesquisa
ObjetivoProposições e pressupostos
É necessário desdobrar a questão de pesquisa
Plano de ação na empresaVariáveis
Fontes de evidência Ação na empresa
Respondeu a questão de pesquisa
Objetivo atingido
S
S
N
N
Coleta e análise
Escopo
Reflexão
FORMOSO, 2006
11
pesquisadores – perfil nem sempre adequado (liderança, engajadores de pessoas)
definição da questão de pesquisa ainda mais crítica – risco de perda de foco
conduzir pesquisa-ação – processo (cronológico), elaborar a redação – produto (lógico)
barreiras na redação – comum desorganização de dados e dificuldade na análise
desafios
pesquisa-ação
ZUBER-SKERRIT; FLETCHER, 2007
<1> o que é
<2> delineamento
<3> recomendações e exemplos
12
1
. examinadores questionarão mais a pesquisa
do que a ação
. portanto, a metodologia deve ser
cuidadosamente explicada e justificada
recomendações – dissertações/teses
2
. qualidade será julgada na maior parte pelo que está no papel
. portanto, a organização da informação coletada é muito importante
. pesquisa-ação pode fornecer muitos dados, portanto a organização destes dados é fundamental
recomendações – dissertações/teses
13
3
. examinadores buscarão sua contribuição
original
. num processo participativo, pode haver
dificuldade, especialmente quando há
participantes envolvidos como co-
pesquisadores
recomendações – dissertações/teses
cont. 3
. os ciclos de reflexão são fundamentais
. implementar uma mudança – planejar as ações com o grupo – pesquisador se distancia para refletir sobre o planejado – nova reunião para comparar o que foi alcançado e com quais resultados
. na reflexão após a ação o grupo avalia os métodos utilizados e tudo que é relevante
. ao final de cada ciclo o pesquisador reflete sobre o estudo - como o grupo planejou – agiu – observou - refletiu
. a contribuição original surge destas reflexões
recomendações – dissertações/teses
14
4
. a revisão de literatura
. iniciar pela metodologia, para que a apresentação e justificativa do método seja rigorosa – discutir o delineamento
. em pesquisa-ação, às vezes é difícil definir uma questão de pesquisa definida logo no início
. A pesquisa-ação costuma ir se desenvolvendo por si só, portanto, a literatura relevante poderá ser redirecionada conforme a pesquisa evolui
recomendações – dissertações/teses
2 exemplos
15
exemplo 1
desenvolvimento de competências gerentes de
construção civil
construção de uma teoria
LANTELME, POWELL, FORMOSO, 2005
16
17
exemplo 2
estabilidade básica no processo de fabricação de telhas
pré-fabricadas
necessidade de mudanças e ações por parte do
pesquisador e das pessoas implicadas no
processo a ser implementado
GALLARDO, 2007
via métodos e ferramentas do lean thinking
18
Levantamento
dos dados iniciais
Etapa 1. Preparação Etapa 4. Avaliação final
Avaliação dos
dados iniciais
Diagnóstico Inicial
PL
AN
EJ
AM
EN
TO
AÇ
ÃO
AV
AL
IAÇ
ÃO
RE
FL
EX
ÃO
Etapa 2. Implantação Etapa 3. Verificação
Proposta de
CONTROLADOR
Avaliação do
ANDON
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Como padronizar o sistema de
produção de telhas pré-
fabricados utilizando princípios
do lean thinking?
Como estabilizar e controlar o
cumprimento da seqüência,
horários e tempo de produção de
telhas com base no lean thinking?
Como aferir o percentual de
cumprimento dos horários de
produção das telhas com base
em princípios e ferramentas do
lean thinking?
Evolução da
questão de
pesquisa
Análise e avaliação
dos resultados finais
Classificação geral
dos processos
Diagnóstico do
ANDON
Implantação do
ANDON
Implantação do
PHCCP
Diagnóstico do
PHCCP
Proposta de
INDICADOR
Avaliação do
PHCCPConclusões finais e
propostas de futuros
trabalhos
Levantamento
dos dados iniciais
Etapa 1. Preparação Etapa 4. Avaliação final
Avaliação dos
dados iniciais
Diagnóstico Inicial
PL
AN
EJ
AM
EN
TO
AÇ
ÃO
AV
AL
IAÇ
ÃO
RE
FL
EX
ÃO
Etapa 2. Implantação Etapa 3. Verificação
Proposta de
CONTROLADOR
Avaliação do
ANDON
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Como padronizar o sistema de
produção de telhas pré-
fabricados utilizando princípios
do lean thinking?
Como estabilizar e controlar o
cumprimento da seqüência,
horários e tempo de produção de
telhas com base no lean thinking?
Como aferir o percentual de
cumprimento dos horários de
produção das telhas com base
em princípios e ferramentas do
lean thinking?
Evolução da
questão de
pesquisa
Análise e avaliação
dos resultados finais
Classificação geral
dos processos
Classificação geral
dos processos
Diagnóstico do
ANDON
Diagnóstico do
ANDON
Implantação do
ANDON
Implantação do
ANDON
Implantação do
PHCCP
Implantação do
PHCCP
Diagnóstico do
PHCCP
Diagnóstico do
PHCCP
Proposta de
INDICADOR
Proposta de
INDICADOR
Avaliação do
PHCCP
Avaliação do
PHCCPConclusões finais e
propostas de futuros
trabalhos
•Percepção do
pesquisador
(observação
participante).
•Relatos das reuniões
semanais com todos
os envolvidos.
•Percepção pessoal
dos envolvidos na
pesquisa
(funcionarios).
•Anotações do
pesquisador durante
os relatos e reuniões
semanais.
•Ferramentas
sugeridas pelo Lean
Institute.
•Ferramenta sugerida
pelo pesquisador
(ANDON de STATUS
de produção)
•Tempos de duração
dos subprocessos.
•Horários de inicio e
fim dos
subprocessos.
•Seqüências dos
subprocessos
estudados.
Fontes de evidênciaInstrumentos de coleta
de dados Dados coletados
•Percepção do
pesquisador
(observação
participante).
•Relatos das reuniões
semanais com todos
os envolvidos.
•Percepção pessoal
dos envolvidos na
pesquisa
(funcionarios).
•Percepção do
pesquisador
(observação
participante).
•Relatos das reuniões
semanais com todos
os envolvidos.
•Percepção pessoal
dos envolvidos na
pesquisa
(funcionarios).
•Anotações do
pesquisador durante
os relatos e reuniões
semanais.
•Ferramentas
sugeridas pelo Lean
Institute.
•Ferramenta sugerida
pelo pesquisador
(ANDON de STATUS
de produção)
•Anotações do
pesquisador durante
os relatos e reuniões
semanais.
•Ferramentas
sugeridas pelo Lean
Institute.
•Ferramenta sugerida
pelo pesquisador
(ANDON de STATUS
de produção)
•Tempos de duração
dos subprocessos.
•Horários de inicio e
fim dos
subprocessos.
•Seqüências dos
subprocessos
estudados.
•Tempos de duração
dos subprocessos.
•Horários de inicio e
fim dos
subprocessos.
•Seqüências dos
subprocessos
estudados.
Fontes de evidênciaInstrumentos de coleta
de dados Dados coletados
19
COUGHLAN, P and COGHLAN, D. Action research for operations management. International Journal of
Operations & Production Management. Vol 22, No 2, 2002, pp. 220-240.
DICK, B. Action research and publication [On line]. Available at
http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/research.html#a_rsh_lit, acesso em 09/2009
Dick, B. Choosing action research [On line]. Available at
http://www.scu.edu.au/schools/gcm/ar/arp/choice.html, acesso em 09/2009
EARL-SLATER, A. The superiority of action research? British Journal of Clinical Governance. Volume 7 –
Number 2, 2002, pp. 132-135.
FELLOWS, R. ; LIU, A. Research methods for construction. 2 ed. : Blackwell Science: Hong-Kong, 2005.
262 p.
FORMOSO, C.T. Metodologia de pesquisa: estudo de caso e pesquisa-ação. Palestra no GTE. 2006
GALLARDO, C.A.S. Princípios e ferramentas do lean thinking na estabilização básica: diretrizes para
implantação no processo de fabricação de telhas de concreto pré-fabricado. Dissertação de Mestrado
em Arquitetura e Construção pelo programa de pós-graduação em Engenharia Civil na Universidade
Estadual de Campinas – UNICAMP.
LANTELME, EMV; POWELL, J.A.; FORMOSO, C.A. Desenvolvimento de competências dos gerentes da
construção: construção de uma teoria. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 69-86, jan./mar.
2005.
LEWIN, K. Action research and minority problems. Journal of Social Issues. Vol 2, No. 4,1946, p. 34-46.
ZUBER-SKERRIT, O., FLETCHER, M. The quality of an action research thesis in the social sciences. Quality
Assurance in Education. Vol. 15. No 4, Emerald Group Publishing, 2007.
referências
http://participaction.files.wordpress.com/2008/05/picture21.jpg
http://www.thecem.net/images/consulting_hand.jpg
http://www.asisystem.com/New%20Folder/13163727.jpg
http://store.exploratorium.edu/prodimg/12093.jpg
crédito imagens