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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARIANA NUNES ROSAR PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES PARA A EMPRESA SUPERMERCADO FF Biguaçu 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MARIANA NUNES ROSAR

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES PARA A EMPRESA

SUPERMERCADO FF

Biguaçu

2010

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MARIANA NUNES ROSAR

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA

SUPERMERCADO FF

Trabalho de conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação de Biguaçu – Universidade do Vale do Itajaí, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em administração. Professor Orientador: Alexandre Magalhães

Biguaçu

2010

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MARIANA NUNES ROSAR

PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES DA EMPRESA

SUPERMERCADO FF

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção

do Título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Marketing

Biguaçu, 18 de Outubro de 2010.

Prof°. M.Sc Alexandre Magalhães

UNIVALI – CE de Biguaçu

Orientador

Profª Marlise There Dias

UNIVALI – CE de Biguaçu

Membro

Profº Ely Teresinha Dionísio

UNIVALI – CE de Biguaçu

Membro

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio

aos meus pais Marcio Rosar e Marisa Nunes

Rosar e a minha irmã Janíne Nunes Rosar que

me apoiaram em toda minha trajetória, não

permitindo com que eu desanimasse e que

caminhasse sempre rumo a minha vitória.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por guiar meus passos sempre a caminhos

vitoriosos e cheios de conquistas.

A minha mãe, sempre paciente, inclusive nos momentos em que me sentia

mais exausta e saturada de todas as responsabilidades e deveres, me acalmando,

incentivando e confortando com palavras amigas e de amor sincero.

Ao meu pai, minha fortaleza, me auxiliando nos momentos de dúvida,

encorajando perante as dificuldades e protegendo do que pudesse me fazer mal.

A minha irmã, por estar ao meu lado nos momentos em que precisei

desabafar, chorar e sorri. Sempre me ouvindo, aconselhando e compartilhando

esses momentos comigo.

Ao meu orientador Alexandre Magalhães, por todo apoio e tempo

disponibilizado às minhas orientações e as conversas, que me fizeram mais segura

e confiante do meu potencial.

A todos os professores pelo incentivo demonstrado durante a caminhada

desses quatro anos.

Aos meus amigos de turma e fiéis escudeiros Edilaine, Daniela e Natan. Só

tenho a agradecer por todos os momentos de companheirismo e amizade dentro e

fora de sala. Espero tê-los comigo pra sempre.

A todos os colegas de turma em especial Tayse e Elisabet, por todas as

conversas e risos.

As minhas amigas Grasiele Hoffmann, Camila Schmitt, Grasiele Pereira,

Cristiele Petry e Patricia Schmitt por todo apoio, compreensão e amizade.

Aos proprietários do Supermercado FF, Alexandre Hoffmann, Altamir

Hoffmann e Valdir Brasnel Hoffmann, por toda confiança, incentivo e auxilio para

realização desse estudo.

Enfim, agradeço a todos da minha família e amigos que contribuíram

indiretamente ou diretamente para concretização desse sonho que é a minha

graduação.

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O que nós somos é o presente de Deus a nós. O que nós nos tornamos é nosso presente a Deus.

Eleanor Powell

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RESUMO

ROSAR, Mariana Nunes. Pesquisa de satisfação dos clientes da empresa Supermercado FF. 2010. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.

O presente estudo foi realizado na área de marketing e teve como principal objetivo realizar uma pesquisa de satisfação dos clientes do Supermercado FF. A empresa em estudo está localizada na cidade de Antônio Carlos, e atua do ramo varejista a 15 anos. Para isso, o estudo iniciou com uma pesquisa bibliográfica, onde se abordou temas como marketing, marketing de relacionamento, pesquisa de marketing, plano de marketing, satisfação dos clientes, comportamento do consumidor e varejo. Além disso, obtiveram-se de aplicação, análise e interpretação questionários, entrevista semi-estruturada, observação e análise documental. Para coleta de dados da pesquisa predominantemente quantitativa, foi utilizado um questionário estruturado, com perguntas fechadas, onde os clientes puderam avaliar inúmeros fatores da empresa. A entrevista por sua vez, foi aplicada aos proprietários permitindo que se confrontasse a visão de cliente e proprietários. Posteriormente tabulou-se os dados e elaborou-se os gráficos das variáveis, ilustrando os resultados da pesquisa. Após a análise e interpretação dos dados, foi realizada a formulação de sugestões e recomendações com o intuito de que o Supermercado FF, aperfeiçoe e melhore constantemente as variáveis abordadas na pesquisa, bem como sua imagem perante seus clientes, tornando-os cada vez mais fiéis a empresa.

Palavras-chaves: Marketing. Satisfação dos clientes. Comportamento dos

consumidores.

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ABSTRACT

ROSAR, Mariana Nunes. Customer satisfaction researsh company Supermercado FF. 2010. Conclusion Work Intership (Graduation im Business Administration) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.

This study was conducted in the area of marketing and aimed to conduct a survey of customer satisfaction from Supermarket FF. The company was located in the town of Antonio Carlos, and operates in the retail and 15 years. For this, the study started with a literature search, which covered topics such as marketing, relationship marketing, marketing research, marketing plan, customer satisfaction, consumer behavior and retail. In addition, we obtained the application, analysis and interpretation questionnaires, semi-structured interviews, observation and document analysis. For collection of mainly quantitative research data, we used a structured questionnaire with closed questions, where customers could evaluate several factors of the company. The interview in turn, was applied to owners allowing them to confront the customer view and owners. Later tabulated the data and worked out the graphics of variables, illustrating the search results. After the analysis and interpretation of data was performed to formulate suggestions and recommendations with the aim of the Supermarket FF, constantly refine and improve the variables addressed in the research, as well as its image with its customers, making them more faithful the company.

Keywords: Marketing. Customer satisfaction. Consumer behavior.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Processo de planejamento de marketing.............................................................. 43

Figura 2: Organograma do Supermercado FF..................................................................... 71

Figura 3: Fachada da matriz do Supermercado FF ............................................................. 74

Figura 4: Fachada da filial do Supermercado FF ................................................................ 74

Gráfico 1: Gênero dos clientes do Supermercado FF.......................................................... 72

Gráfico 2: Idade dos clientes do Supermercado FF............................................................. 73

Gráfico 3: Reside em Antônio Carlos................................................................................... 74

Gráfico 4: Escolaridade dos clientes do Supermercado FF................................................. 75

Gráfico 5: Estado civil dos clientes do Supermercado FF.................................................... 76

Gráfico 6: Ocupação dos clientes do Supermercado FF..................................................... 77

Gráfico 7: Avaliação do atendimento dos operadores de caixa........................................... 78

Gráfico 8: Avaliação do atendimento dos funcionários do corredor..................................... 80

Gráfico 9: Avaliação do atendimento dos balconistas da padaria........................................ 81

Grafico 10: Avaliação do atendimento dos balconistas do açougue.................................... 83

Gráfico 11: Avaliação do atendimento das balconistas do bazar......................................... 84

Gráfico 12: Avaliação do atendimento das recepcionistas................................................... 86

Gráfico 13: Avaliação da aparência e higiene dos funcionários........................................... 87

Gráfico 14: Avaliação quanto a variedade dos produtos...................................................... 88

Gráfico 15: Avaliação quanto ao preço dos produtos........................................................... 90

Gráfico 16: Avaliação dos clientes quanto às ofertas e promoções..................................... 92

Gráfico 17: Avaliação quanto aos encartes e divulgações................................................... 93

Gráfico 18: Avaliação quanto às formas de pagamento....................................................... 95

Gráfico 19: Avaliação dos clientes quanto ao tempo de espera para concluir as compras. 97

Gráfico 20: Avaliação quanto a localização do estabelecimento......................................... 98

Gráfico 21: Avaliação dos clientes quanto o estacionamento.............................................. 99

Gráfico 22: Avaliação quanto o espaço físico do Supermercado FF................................. 101

Gráfico 23: Avaliação quanto a exposição das mercadorias............................................. 102

Gráfico 24: Avaliação quanto a aparência física do Supermercado FF............................. 104

Gráfico 25: Como teve conhecimento do estabelecimento................................................ 105

Gráfico 26: A quanto tempo compra no Supermercado FF ................................................107

Gráfico 27: Frequência de compras no Supermercado FF................................................ 108

Gráfico 28: Forma de pagamento mais utilizada................................................................ 109

Gráfico 29: Tempo gasto para realizar as compras........................................................... 111

Gráfico 30: Média de valor gasto em compras................................................................... 112

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Gráfico 31: Motivo de escolha para comprar no Supermercado FF................................... 113

Gráfico 32: Compra em outro supermercado? .................................................................. 115

Gráfico 33: Fator de maior relevância a ser melhorado..................................................... 116

Quadro 1: Exemplos de diferentes ferramentas de comunicação........................................ 28

Quadro 2: Fórmula para calculo do tamanho da amostra.................................................... 37

Quadro 3: Modelo da caixa-preta......................................................................................... 55

Quadro 4: Plano de Ação: Estratégias para a empresa Supermercado FF...................... 126

Tabela 1: Quanto ao gênero dos clientes do Supermercado FF.......................................... 72

Tabela 2: Quanto a idade dos clientes do Supermercado FF............................................... 73

Tabela 3: Quanto ao local onde os clientes do Supermercado FF residem......................... 74

Tabela 4: Quanto a escolaridade dos clientes do supermercado FF.................................... 75

Tabela 5: Quanto ao estado civil dos clientes do supermercado FF.................................... 76

Tabela 6: Quanto a ocupação dos clientes do supermercado FF........................................ 77

Tabela 7: Quanto a satisfação dos clientes em relação ai atendimento dos caixas............. 78

Tabela 8: Quanto a avaliação do atendimento dos funcionários do corredor....................... 80

Tabela 9: Quanto ao atendimento das balconistas da padaria do Supermercado FF.......... 81

Tabela 10: Quanto ao atendimento dos balconistas do açougue do Supermercado FF...... 83

Tabela 11: Quanto ao atendimento das balconistas do bazar do Supermercado FF........... 84

Tabela 12: Quanto ao atendimento das recepcionistas do Supermercado FF..................... 85

Tabela 13: Quanto a aparência e higiene dos funcionários do Supermercado FF............... 87

Tabela 14: Quanto a variedade dos produtos do Supermercado FF.................................... 88

Tabela 15: Quanto ao preço dos produtos do Supermercado FF......................................... 89

Tabela 16: Quanto as ofertas e promoções do Supermercado FF....................................... 91

Tabela 17: Quanto aos encartes e demais divulgações do Supermercado FF.....................93

Tabela 18: Quanto às formas de pagamento do Supermercado FF.................................... 95

Tabela 19: Quanto ao tempo de espera para concluir as compras no Supermercado FF....96

Tabela 20: Quanto a localização do Supermercado FF....................................................... 98

Tabela 21: Quanto ao estacionamento do Supermercado FF.............................................. 99

Tabela 22: Quanto o espaço físico do Supermercado FF.................................................. 100

Tabela 23: Quanto a exposição das mercadorias do Supermercado FF........................... 102

Tabela 24: Quanto a aparência física do Supermercado FF.............................................. 103

Tabela 25: Como teve conhecimento do estabelecimento................................................. 105

Tabela 26: A quanto tempo compra no Supermercado FF..................................................106

Tabela 27: Frequência que realiza compras no Supermercado FF.....................................108

Tabela 28: Formas de pagamento mais utilizadas............................................................. 109

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Tabela 29: Tempo gasto para realizar as compras no Supermercado FF......................... 110

Tabela 30: Média de valor gasto para realizar as compras................................................ 111

Tabela 31: Motivo de escolha para compras no Supermercado FF................................ 113

Tabela 32: Quanto a quantidade de clientes que realiza compras em outro supermercado.

..............................................................................................................................................115

Tabela 33: Fator de melhor relevância a ser melhorado no Supermercado FF..................116

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 14

1.1 OBJETIVOS ................................................................................................. 15

1.1.1 Objetivo geral ........................................................................................... 15

1.1.2 Objetivos específicos ............................................................................... 15

1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 16

2.1 MARKETING ................................................................................................ 16

2.2 COMPOSTO DE MARKETING ..................................................................... 18

2.2.1 Produto ...................................................................................................... 18

2.2.2 Preço ......................................................................................................... 21

2.2.3 Praça.......................................................................................................... 23

2.2.4 Promoção .................................................................................................. 26

2.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO ........................................................ 31

2.4 PESQUISA DE MARKETING ....................................................................... 32

2.4.1 Etapas do processo de pesquisa de marketing .................................... 34

2.4.2 Classificação dos tipos de pesquisa ...................................................... 39

2.4.2.1 Pesquisa exploratória ........................................................................... 39

2.4.2.2 Pesquisa conclusiva descritiva ........................................................... 42

2.5 PLANO DE MARKETING .............................................................................. 44

2.5.1 Etapas do plano de marketing ................................................................ 47

2.5.2 Estratégias ................................................................................................ 50

2.5.3 Implementação, avaliação e controle ..................................................... 51

2.6 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES .................................................................... 52

2.7 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................... 56

2.8 VAREJO ....................................................................................................... 62

3 METODOLOGIA .............................................................................................. 68

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ................................................................ 68

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .................................................................... 69

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ................................................. 70

3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS ................................................ 71

4 RESULTADO DA APLICAÇÃO ...................................................................... 72

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4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .................................................... 72

4.2 APRESENTAÇÕES, INTERPRETAÇÕES E ANÁLISE DOS DADOS E

INFORMAÇÕES COLETADAS .......................................................................... 75

4.2.1 Perfil dos clientes ..................................................................................... 75

4.2.2 Avaliação do nível de satisfação dos clientes ....................................... 81

4.2.3 Aspectos gerais analisados .................................................................. 109

4.3 AÇÕES E ESTRATÉGIAS DE MARKETING ............................................. 122

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 131

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 133

APÊNDICE ....................................................................................................... 136

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1 INTRODUÇÃO

As empresas estão inseridas num mercado cada vez mais competitivo.

Devido à globalização e à facilidade de acesso às informações, tem-se percebido

uma crescente exigência dos consumidores, pela qualidade e excelência de

produtos e serviços ofertados pelas organizações. Com isso, torna-se cada vez mais

necessário saber o que os consumidores pensam em relação ao mercado, para que

assim as empresas possam aprimorar seus processos a fim de satisfazer e atender

as necessidades e desejos destes, além de manter o bom relacionamento.

Churchill e Peter (2000, p. 209) afirmam que a preocupação voltada

unicamente para produtividade já não atende aos novos requisitos do mercado

competitivo. Desta forma, as empresas buscam novas práticas, para poder lidar com

esses consumidores bem informados e conscientes de seus direitos e deveres

perante o mercado.

É nessa perspectiva que o marketing assume seu papel, focando as empresa

nas necessidades dos clientes a fim de satisfazê-las através de atividades e ações

incluindo o composto de marketing. (SCHEWE e HIAM, 2000, p.25)

Na busca pela satisfação dos clientes, entre outros fatores, é necessária

uma comunicação eficiente e eficaz entre o consumidor e quem está oferecendo o

produto. Segundo Kotler (2000, p. 58) a “satisfação consiste na satisfação de prazer

ou desapontamento resultante da comparação do desempenho.” Desta forma é

necessário conhecer o cliente, a fim de reconhecer suas necessidades e satisfazê-

las constantemente.

Antigamente as empresas entendiam que seus clientes estavam fidelizados

devido a falta de concorrência potencial, não havendo preocupação com a

satisfação destes. Contudo, o contexto mudou, as ofertas aumentaram assim como

a concorrência e a exigência por parte dos clientes.

Esta pesquisa de satisfação de clientes foi elaborada na empresa

Supermercado FF, que está localizada no município de Antônio Carlos, que atua no

setor varejista há 15 anos. A empresa possui uma filial, e conta com um quadro de

56 funcionários.

O supermercado vem deparando-se com potenciais aumentos da

concorrência, e conseqüente queda nos índices de vendas.

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15

Desta forma, o presente trabalho visa propor soluções para tais problemas,

através da pesquisa, tendo como objetivo responder a seguinte questão: Qual o

nível de satisfação dos atuais clientes do Supermercado FF?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Analisar o nível de satisfação dos clientes da empresa Supermercado FF

localizada em Antônio Carlos, no período de março a novembro de 2010.

1.1.2 Objetivos específicos

● Compreender as variáveis associadas à satisfação dos clientes;

● Identificar o perfil dos clientes do Supermercado FF;

● Diagnosticar o nível de satisfação dos clientes;

● Propor ações para melhorias nos indicadores identificados na pesquisa.

1.2 JUSTIFICATIVA

O referido trabalho se faz importante para organização, pois até o presente

momento, a empresa possui apenas métodos simples sem embasamento teórico

para analisar a satisfação dos seus clientes, sendo que este apresentou dados e

opiniões possibilitando à empresa estabelecer estratégias para o aumento do nível

de satisfação, e conseqüente aumento na lucratividade e fidelização de clientes.

Com clientes bem informados, primando cada vez mais pela qualidade, focar-

se apenas no preço torna–se insuficiente para alavancar o nível de satisfação. O

crescimento do município e conseqüente possibilidade de aumentos da concorrência

fazem com que o momento tornou-se oportuno para a pesquisa na empresa a fim de

definir estratégias que façam com que estes clientes tornem-se cada vez mais fiéis.

Segundo Eltz (1994, p.74) não é mais possível adivinhar o que o cliente quer,

ou então “empurrar” aquilo que achamos ser bom para estes.

O estudo foi viável tendo em vista o baixo custo, podendo ser realizado no

período proposto. O fato da acadêmica estar inserida no quadro de funcionários foi

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relevante, e ainda a empresa dispôs do apoio à realização deste, permitindo acesso

a informações e ainda visando a aplicabilidade da pesquisa.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, apresenta-se a fundamentação teórica, que embasará a

proposta de estudo, realizada na empresa Supermercado FF, onde se abordará

temas como: conceito de marketing, composto de marketing, marketing de

relacionamento, pesquisa de marketing, plano de marketing, satisfação do cliente,

comportamento do consumidor e varejo.

2.1 MARKETING

Compreender o comportamento dos consumidores e, ao mesmo tempo,

atender suas necessidades e expectativas torna-se um desafio a ser superado para

os profissionais de marketing e para as empresas em que estes atuam.

“O marketing é o somatório das atividades que mantêm uma empresa focada

em seus clientes – e que, com boa administração e um pouco de sorte garantem que

seus produtos sejam valorizados.” (SCHEWE e HIAM, 2000, p. 25)

Para Kotler (1995, p. 16), o fator-chave para o sucesso de um negócio é o

marketing, e este, por sua vez, não deve ser entendido no sentido de saber vender,

e sim no de satisfazer as necessidades através das vendas.

O conceito de marketing exprime a idéia de um processo pelo qual os

indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação e troca

de produtos e valor com outras pessoas. (KOTLER , 1995, p. 32)

Kotler (1995, p. 34) enfatiza ainda que a chave para alcançar as metas

organizacionais consiste em determinar as necessidades e desejos do mercado-alvo

e satisfazê-las de forma mais eficaz e eficiente que os concorrentes.

Em perspectiva similar, Boone e Kurtz (1998, p. 7) definem que a essência do

marketing é a troca de processo, em que duas ou mais partes se dão algo de valor,

com o objetivo de satisfazer necessidades recíprocas.

Para Semenik e Bamossy (1995, p. 3), “o maketing é uma parte

maravilhosamente distinta e estimulante de qualquer negócio.”

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O pessoal de marketing, são responsáveis pelo projeto de um produto, sua atribuição de preço, sua comunicação, certeza de sua disponibilidade para os clientes, assegurando a satisfação do cliente após efetivada a compra. (SEMENIK e BAMOSSY, 1995)

Os autores (1995, p. 8) salientam ainda, que o propósito do marketing é gerar

receita. “marketing e inovação geram resultados: todo o restante são custos.”

Churchill e Peter (2000, p. 10) definem marketing como uma visão que a

organização deve ter a fim de procurar satisfazer as necessidades e desejos de seus

clientes enquanto a mesma busca alcançar suas metas. Porém, ao focar unicamente

os clientes, a organização deixa de dar importância aos funcionários e fornecedores,

além ainda de ignorarem os concorrentes e suas capacidades de satisfazerem as

necessidades e desejos de forma mais eficiente.

Kotler (1995) destaca algumas distinções entre necessidades, desejos e

demandas. Para o autor (1995, p. 32), a “necessidade é um estado de privação de

alguma satisfação básica [...] desejos são carências por satisfações específicas para

atender estas necessidades mais profundas [...] e demanda são desejos por

produtos específicos respaldados pela disposição de comprá-las.”

Existem correntes que apontam o processo de marketing tanto no nível micro

da empresa individual como no macro da sociedade como um todo. No nível micro,

marketing é: “um sistema total de atividades de negócios que direciona o fluxo de

bens e serviços dos produtores para os consumidores ou usuários a fim de

satisfazê-los e realizar os objetivos da empresa.” No nível macro, o processo se

define como: “O desenho de sistemas justos e eficientes para direcionar o fluxo de

bens e serviços de uma economia, dos produtores aos consumidores, e realizar os

objetivos da sociedade.” (SANDHUSEN, 2000, p. 8)

Em uma visão de comprometimento global, Mckenna (1992, p. 6) descreve

marketing como uma forma de fazer negócios, necessitando ser uma atividade

difundida, partindo do trabalho de todos. Sua tarefa não é enganar o cliente, nem

falsificar a imagem da empresa e sim integrar o cliente à elaboração do produto e

desenvolver um processo sistemático e de interação.

Portanto, de forma sucinta pode-se conceituar o marketing como meios que a

empresa utiliza para satisfazer a necessidade dos clientes através de ações e

atividades organizadas.

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18

2.2 COMPOSTO DE MARKETING

Segundo Cobra (1997), a análise do produto só ganhou sua devida

importância quando E. Jerome McCarthy, introduziu a abordagem dos 4 Ps, que são

os produtos, o preço, a promoção e a praça, reduzindo inúmeras variáveis para as

quatro funções básicas, e assim explicar o conceito de marketing.

Kotler e Armstrong (1993, p. 57) definem o composto de marketing da

seguinte forma:

Um conjunto de ferramentas de marketing táticas e controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. Consiste em tudo que a empresa pode fazer para influenciar a demanda de seu produto.

Para Cobra (1997, p. 31) “o composto mercadológico em forma dos 4 Ps tem

cada elemento interdependente que pode ser exclusivo. Contudo, a prática revela

uma inter-relação constante entre os 4 Ps ”.

Churchill e Peter (2005, p. 20) exprimem que o mix de marketing é uma

combinação de ferramentas estratégicas utilizadas para criar valor para os clientes e

assim ser possível o alcance das metas traçadas pela organização.

Para uma melhor compreensão da aplicabilidade do composto de marketing e

a relação entre estes cabe analisar a seguir cada item do separadamente e suas

características.

2.2.1 Produto

O produto deve identificar as oportunidades, necessidades e os desejos dos

clientes. Os produtos podem ser materiais e tangíveis como roupas, pares de

sapatos, ou bens intangíveis, como serviços, eventos, idéias ou emoções (LIMEIRA

2008, p. 6).

Corroborando com a afirmação, Simões (1985, p. 13) admite que o produto

seja o foco da ação do marketing. O produto é tudo aquilo que a empresa cria,

desenvolve e comercializa visando à satisfação do mercado consumidor.

Segundo Cobra (1997, p. 28) um produto é dito como certo ao consumo

quando atende às necessidades e desejos de seus consumidores-alvo.

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Na mesma perspectiva, McCarthy e Perreault (1997, p. 45) enfatizam que “as

áreas de decisão do produto cuidam do desenvolvimento do produto certo para o

mercado alvo.”

Desta forma, segundo Cobra (1997, p. 28), um produto certo deve ter:

Qualidade e padronização;

Modelos e tamanhos: atendendo as expectativas e necessidades;

Configuração: apresentação física do produto.

McCarthy e Perrault (1997, p. 148) conceituam produto como sendo a oferta

que uma empresa faz que satisfaz uma necessidade.

Para Kotler (1996, p. 376), “produto é algo que pode ser oferecido a um

mercado para sua apreciação, aquisição, uso ou consumo para satisfazer a um

desejo ou necessidade.” Segundo o autor, esses produtos levados ao mercado

incluem bens físicos, serviços, pessoas, locais, organizações e idéias.

Na mesma linha, Schewe e Hiam (2000, p. 289) complementam que “um

produto pode ser visto como algo que contém uma determinada quantidade de

satisfação potencial; a satisfação total nunca se realiza.

Churchill e Peter (2005, p. 164) admitem que a aparência física do produto

junto com a embalagem e o rótulo, poderão servir de estímulo para o consumidor.

No rótulo, por exemplo, devem constar atribuições como benefícios e as

importâncias do produto.

Ainda Churchill e Peter (2005, p. 274), ressaltam que um bom design pode

acrescentar valor a um novo produto. As empresas não precisam necessariamente

ter uma produção mais onerosa, podem se utilizar de vários artifícios entre eles

pessoal qualificado para desenvolver seus produtos.

Schewe e Hiam (2000, p. 288) salientam ainda que:

Os produtos têm uma vida e, com muita freqüência uma vida curta. O maior desafio do marketing é desenvolver idéias e transformá-las em produtos com vida longa e passível de expansão produtos que façam crescer sua empresa [...] em função de seu óbvio valor para os consumidores.

Cabe evidenciar que, segundo Kotler (1999, p. 126), os produtos variam o

grau que podem ser diferenciados. Os produtos que são considerados commodities

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como, por exemplo, produtos químicos básicos, metais, frutas, legumes, verduras,

sal e outros, exigem do profissional de marketing muito esforço e dedicação. Em

definição, os produtos considerados commodities podem ser diferenciados em

termos reais e psicológicos.

McCarthy e Perreault (1997) dividem as classes de produtos de consumo em:

Produtos de Conveniência - são aqueles que o consumidor necessita, mas

não está disposto a gastar muito tempo ou esforço para comprá-los. Pode

ser de compra constante, de impulso ou de emergência.

Produtos de Compra Constante - são aqueles comprados rotineiramente e

com freqüência e sem muito esforço mental. A marca torna-se um fator

importante, pois ajuda os consumidores a reduzir o esforço de compra e

encoraja a compra repetida daqueles produtos aceitos no mercado.

Produtos de Impulso - são aqueles comprados rapidamente, geralmente

são compras não planejadas. São produtos que o consumidor não

pensava em comprar, porém decide comprar logo que vê.

Produtos de Emergência - são aqueles comprados imediatamente quando

a necessidade é grande, o preço não é levado em consideração.

Produtos de Compra Comparada - são aqueles que o consumidor acha

que vale a pena o tempo e o esforço empregados para comprá-los com

produtos concorrentes. Podem ser: Produtos de compra comparada

homogêneos – o preço deve ser adequado – Produtos muito similares, o

que faz com que o consumidor opte pelo de menor preço; Produtos de

compra comparada heterogêneos – o produto deve ser adequado – o

consumidor valoriza mais a qualidade e estilo do que o preço.

Produtos de Especialidade - são aqueles que o consumidor realmente

deseja e faz esforço especial para encontrá-los. Quando o consumidor

insiste na marca é um produto de especialidade.

Produtos não Procurados - são aqueles que consumidores potenciais

ainda não desejam ou não sabem que podem comprar. Existem dois tipos

de produtos não procurados - os produtos novos não procurados – que

oferecem idéias que os consumidores potenciais ainda não conhecem.

Necessitam de promoção informativa. E, os produtos regularmente não

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procurados - que são aqueles como lápides de túmulo, seguro de vida que

não permanecem eternamente sem quem os procure. Mesmo que haja

uma necessidade os consumidores potenciais não se motivam a satisfazê-

la.

Em concepção similar Kotler e Armstrong (1998, p. 190), destacam que ao

desenvolver estratégias de marketing para seus produtos e serviços os profissionais

criam vários esquemas de classificação de produtos tais como: produtos de

consumo, produtos de conveniência, produtos de comparação, produtos de

especialidades, produtos não procurados.

Na mesma linha, Schewe e Hiam (2000, p. 290) apontam três definições para

produto: produto genérico, produto esperado e produto aumentado.

Os consumidores têm determinadas expectativas em relação aos produtos que compram, e é útil reconhecer um produto esperado. O produto genérico é a idéia básica de um produto. No entanto, os consumidores têm expectativas em relação a ele – o que ele faz, oferece, etc. Este é o produto esperado. Em muitos casos, o fabricante tenta oferecer um produto que excede as expectativas do consumidor: este é o produto aumentado.

Semenik e Bamossy (1995, p. 259) enfatizam que, “um produto é mais do que

um objeto tangível que desempenha papéis específicos [...] precisamente, um

produto é projetado para servir os usuários e proporcionar resultados evidentes.”

Para os autores, o sucesso de um produto, geralmente não está relacionado a seus

atributos tangíveis, mas à percepção do seu valor para os consumidores.

2.2.2 Preço

Segundo Schewe e Hiam (2000, p. 35), “preço é quanto custa – ou seja,

aquilo que o consumidor precisa pagar para receber o produto.” Ainda segundo os

autores, o preço não é estático, ou seja, ele pode variar de acordo com variáveis

como, por exemplo, intensificação da competição, lançamento de outros produtos

substitutos, entre outros.

“Dos quatro Ps, o preço é o menos visível.” (SCHEWE e HIAM, 2000, p. 357)

Na hora de estabelecer os preços, os profissionais de marketing sentem-se mais

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competitivos em relação a concorrência. Afirmam ainda que “o preço é portanto, o

componente “secreto” do mix de marketing.”

Kotler (1996, p. 425) afirma que o preço pode ser rapidamente modificado,

sendo considerado um dos elementos mais flexíveis do composto de marketing.

Ainda segundo Kotler (1996), o preço, diferentemente dos outros elementos do

composto de marketing, é o único que gera receita.

Em perspectiva similar, Sandhusen (2000, p. 378) ressalta que o preço além

de ser o mais flexível dos elementos do composto podendo ser alterado sem aviso

prévio, é o único elemento que gera receita, enquanto os demais geram custos.

Semenik e Bamossy (1995, p. 352) defendem a idéia de que o preço para o

consumidor é um dos muitos fatores de “custos”, que fazem com que estes tomem a

decisão de compra. Para os autores (1995, p. 352), “o preço é multidimensional [...]

o comprador está disposto a trocar um valor em dinheiro por uma série de outros

valores que a empresa inseriu no produto.”

Desta forma, Semenik e Bamossy (1995, p. 352) destacam que o preço é

usado como padrão de medida para julgar o valor e potencial de satisfação de um

produto.

Convém enfatizar que segundo Churchill e Peter (2005, p. 165), a tomada de

decisão mais extensiva, na maioria das vezes, o consumidor relaciona o preço

como um dos muitos atributos relevantes, em produtos de luxo, o preço elevado

pode ser o menos importante.

Na mesma linha Sandhusen (2000, p.397) afirma que a tomada de decisão

dos preços pode ser de várias maneiras:

Preço baseado na concorrência - analisa o preço da concorrência para sua

tomada de decisão;

Preço baseado nos custos - determina seu preço ao adicionar seu

lucro predeterminado sobre seus custos;

Preço baseado na demanda - atrela o preço as preferências do cliente

e a necessidade do canal;

Preço promocional - oferecer o preço do produto abaixo da tabela em

tempo determinado para atrair os consumidores.

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McCarthy e Perreault (1997, p. 273) afirmam que “o preço é uma das quatro

principais variáveis controladas por um gerente de marketing [...] estes devem

desenvolver um conjunto de objetivos e políticas de preço.” Para os autores (1997,

p. 274), essas políticas devem identificar a situação de preço e como a empresa

deve agir com tais situações. Desta forma, essas políticas devem explicar:

(1) Quão flexíveis os preços serão, (2) em que níiveis serão estabelecidos durante o ciclo de vida do produto, (3) a quem e quando os descontos e as concessões serão dados e (4) como os custos de transporte serão tratados.

As políticas de flexibilidade de preço definidas segundo McCarthy e Perreault

(1997, p. 278) devem ser estabelecidas pelo gerente de marketing para a efetiva

administração de preços. São elas:

Política de preço único – oferecer aos consumidores que compram sob as

mesmas condições e quantidades, o mesmo preço.

Política de preço flexível – oferecer o mesmo produto e quantidades a

diferentes consumidores, e a diferentes preços.

Política de preço de desnatação – procura vender ao topo do mercado, o

topo da curva da demanda, a preço alto antes de visar os consumidores

mais sensíveis a preço.

Política de preço de penetração – procura vender a todo o mercado a um

preço baixo.

Mas para que o processo seja continuo e positivo é necessário que além de

um preço justo ou flexível, o produto obtenha uma distribuição correta,

disponibilizando estes de maneira a atender as demandas e satisfazer as

necessidades dos clientes no momento em que estes desejam.

2.2.3 Praça

Oferecer aos consumidores um bom produto a um preço razoável é

importante, porém existe outro elemento essencial: a praça (distribuição). Ou seja,

tornar os produtos disponíveis, quando os consumidores desejarem, na quantidade

e nos locais corretos. (MCCARTHY e PERREAULT, 1997, p. 181)

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Churchill e Peter (2005, p. 165) observam que “a estratégia do profissional de

marketing para tornar um produto disponível pode influenciar quando os

consumidores encontrarão tal produto”. Ou seja, toda estratégia traçada relacionada

a disponibilidade do produto deve atentar-se ao pensamento do cliente e sua busca

por este. Para Sandhusen (2000, p. 335), “o ganho obtido ao se tomar sábias

decisões de produto, pode ser perdido se não dedicarmos cuidados iguais às

questões de praça.”

Os estabelecimentos que comercializam os produtos e tornam estes

disponíveis ao consumo dos clientes, apresentam diferentes características, bem

como focos distintos. E por esta questão devem utilizar do marketing para que

possam atender o cliente de forma correta e tornar o produto disponível no

momento, na quantidade e no local desejado.

Segundo Kotler (1996, p. 453), a maioria dos produtores utilizam grande

número de intermediário de marketing, para vender seus bens aos consumidores

finais. Esses intermediários desempenham variadas funções e recebem vários

nomes. Podem ser:

Comerciantes intermediários: compram, assumem e revendem a

mercadoria. Por exemplo, atacadistas e varejistas.

Agentes intermediários: procuram clientes e negociam em nome dos

fabricantes. Por exemplo, atacadistas, representantes de fábricas e

agentes de vendas.

Facilitadores: auxiliam na distribuição, mas não negociam compras e

vendas, nem assumem posse dos bens. Por exemplo: empresas

transportadoras, armazéns independentes, bancos e agências de

propagandas.

Na mesma linha, Schewe e Hiam (2000, p. 397) afirmam que “os

intermediários executam vários tipos de serviços, à medida que os produtos se

movimentam ao longo do sistema de distribuição”.

Para Kotler (1996, p. 453), “as decisões de canais estão entre as mais críticas

que a administração enfrenta.” A escolha dos canais de distribuição, afetam

intimamente todas as decisões de marketing. (KOTLER, 1996, p. 453)

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Semenik e Bamossy (1995, p. 540) definem canal de distribuição como

“conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar um

produto ou serviço disponível para uso ou consumo.”

Em perspectiva similar, Schewe e Hiam (2000, p. 400) conceituam canal de

distribuição como:

A rota percorrida por um produto desde seu provedor de recursos até o produtor e depois até o consumidor final. É formado por todos os intermediários que desempenham as funções que colocam o produto nas mãos do consumidor.

Os canais de distribuição podem variar em extensão, dependendo da função

que se necessita que sejam desempenhadas, e em praticidade em delegar tais

funções. (SANDHUSEN, 2000, p. 337)

Segundo o mesmo autor (2000, p. 337) os canais de distribuição apresentam

quatro tipos diferentes. São eles:

Canal de nível 0, ou canal de marketing direto – envolve apenas o produtor

e o consumidor;

Canal de nível 1 – contém 1 intermediário entre o produtor e o

consumidor;

Canal de nível 2 – atacadista que venderia para os varejistas, que por sua

vez venderiam para o consumidor final;

Canal de nível 3 – contém 3 intermediários, acrescentando um corretor

entre o atacadista e o varejista.

Cides (1997, p. 152) ressalta que muitas empresas falham na hora de

escolher o canal de distribuição que melhor escolhem seus produtos. Muitas

mercadorias que são vendidas por meio de televisão ou internet, talvez não

tivessem o mesmo êxito se estivessem sendo comercializados no varejo comum.

Para Kotler e Armstrong (1993, p. 246), um canal de marketing faz a ligação

entre o produtor e consumidor. Entretanto, ele supera várias lacunas de tempo,

posse e lugar que separam os bens e serviços daqueles que desejam utilizá-los. O

canal de distribuição pode executar muitas funções chave, tais como:

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Informação - coleta informações sobre os consumidores potenciais e

atuais proporcionando assim uma pesquisa de marketing mais eficaz.

Promoção - desenvolvimento e distribuição de comunicações convincente

sobre uma oferta.

Contato - favorece um relacionamento com consumidores potenciais.

Adaptação - modelar e adaptar os produtos conforme os anseios do

mercado consumidor, por exemplo, montagem e embalagem.

Negociação - possibilidade de acordos sobre preços e outras condições

de oferta.

Posse física - transporte e armazenamento de bens.

Financiamento - compra e alocação de fundos requeridos para financiar

os níveis de estoque do canal.

Risco - assume os riscos de executar o trabalho do canal ou da

distribuição.

Pode-se concluir que, segundo Cobra (1993, p. 274) “ter um bom produto não

basta, é preciso que esse produto chegue até o consumidor, seja ele um consumidor

final ou industrial”.

2.2.4 Promoção

A promoção é um investimento estratégico voltado relativamente para

atividades de comunicação como eventos, publicidade, propagandas e promoção

de vendas como brindes, descontos e sorteios. (LIMEIRA, 2008, p.122),

“Promoção é a comunicação da informação entre vendedor e comprador ou

outros do canal para influenciar atitudes e comportamento.” (McCARTHY e

PERREAULT, 1997, p. 230)

Segundo McCarthy e Perreault (1997, p. 230), o gerente de marketing vai

desempenhar um trabalho de promoção, para comunicar aos consumidores-alvos

que o produto certo está disponível, no preço e na praça certos. Ainda segundo os

mesmo autores (1997), um gerente de marketing pode escolher vários métodos para

promoção. São eles:

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Venda pessoal - comunicação oral direta entre consumidores e

vendedores;

Venda em massa - comunicação com grande número de consumidores ao

mesmo tempo;

Promoção de vendas - atividades de promoção que estimulam o

interesse, a experimentação ou a compra.

Em perspectiva similar, Sandhusen (2000, p. 423) define promoção como “a

comunicação da informação pelo vendedor para influenciar as atitudes e o

comportamento dos compradores. O mesmo autor (2000, p. 422) ressalta ainda dois

tipos de promoção: a indireta e a direta. A diferença entre elas é o contato com o

cliente. As principais ferramentas da promoção indireta são a propaganda, a

publicidade, e a promoção de venda, já as da promoção direta são as vendas

pessoais.

Para Schewe e Hiam (2000, p. 435), “a promoção é a cara da empresa.” A

principal tarefa da promoção é fazer com que os consumidores conheçam e gostem

do produtos oferecidos pela empresa.

Desta forma, pode-se perceber a promoção de vendas como sendo a mais

adotada pelas empresas, onde o estimulo pelo interesse a experimentação e/ou a

compra através de ferramentas, torna a venda mais atrativa e rápida.

Segundo Kotler (1996, p. 570), a promoção de vendas, é um conjunto de

ferramentas de incentivo a curto prazo, que visa estimular a compra mais rápida e

em maior quantidade. A promoção de vendas inclui ferramentas para:

Promoção ao consumidor, por exemplo, amostras grátis, cupons.

Promoção aos intermediários, por exemplo, descontos, condições

especiais.

Promoção para força de vendas, por exemplo, bônus, concursos.

Semenik e Bamossy (1995, p. 467) conceituam promoção de vendas como

“técnicas de incentivo para gerar uma resposta específica num mercado

segmentorial, empresarial ou de consumo.” Enquanto as formas indiretas de

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promoção, estão projetadas para ter efeitos de imagem, a longo prazo, as

promoções de vendas são projetadas para gerar uma reação imediata aos

consumidores.

Para os autores (1995, p. 468), a promoção de vendas, possui alguns

objetivos como:

Atrair novos usuários - as ferramentas da promoção de vendas podem

reduzir o risco de se experimentar algo novo.

Estimular compras repetidas - cupons de descontos, ou soma de “pontos”

obtidos pelas compras repetidas pode manter os consumidores fiéis à

determinada marca.

Estimular compras maiores - vendas tipo “leve-dois pague-um” podem

motivar a estocagem daquele produto, permitindo assim que a empresa

reduza estoques e aumente seu fluxo de caixa.

Aumentar o tráfego de loja - sorteio de prêmios, grandes vendas na área

de estacionamento são meios de gerar tráfego para a loja.

Introduzir um novo produto - como as promoções podem atrair atenção e

reduzir riscos, elas constituem uma técnica decisiva para introdução de

novos produtos.

Os autores apresentam como uma subdivisão da promoção um instrumento

muito importante de comunicação que as organização utilizam nas suas estratégias

de marketing: a propaganda.

2.2.4.1 Propaganda

A propaganda é um dos quatro principais instrumentos nos quais as

organizações dirigem suas comunicações persuasivas para o público-alvo. Constitui

em formas impessoais de comunicações dirigidos por intermédio da mídia

remunerada e por patrocínio definido. (Kotler, 1992, p. 409)

Em perspectiva similar, Limeira (2008, p. 122) enfatiza que a propaganda é

uma das ferramentas mais utilizadas da comunicação do marketing. Tem um

desafio muito grande que é conhecer a reação do consumidor diante de uma

propaganda, e por esse motivo, torna-se um assunto muito pesquisado.

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De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2005, p. 472) afirmam que as

propagandas podem ser de várias maneiras, entre elas a propaganda do produto,

que procura criar demanda para bens, serviços, locais, pessoas ou eventos. Outra

maneira é a propaganda institucional, onde se caracteriza por promover o nome,

imagens, reputação de uma companhia, organização ou setor de atividades.

Ainda segundo Kotler (1996, p. 539), as empresa ao desenvolverem um

programa de propaganda precisam necessariamente identificar o mercado-alvo e as

características do comprador. Deste modo podem prosseguir para tomar as

principais decisões envolvidas no desenvolvimento de um programa de

propaganda, conhecido como os cinco M’s:

Missão - quais os objetivos da propaganda.

Moeda - o valor que pode ser gasto.

Mensagem - qual a mensagem que pode ser divulgada.

Mensuração - como os resultados devem ser avaliados.

Para Kotler e Armstrong (1993, p. 303) as diversas organizações existentes

trabalham a propaganda de diferentes maneiras. As maiores empresas criam

departamentos que tem a função de definir o orçamento para a propaganda,

aprovar anúncios e campanhas de mala direta pelas agências, os displays dos

distribuidores e outras formas de propaganda que não são realizados pela agência.

Nas pequenas empresas a propaganda pode estar a cargo do departamento de

venda.

No quadro 1 podem-se observar alguns exemplos de diferentes ferramentas

de comunicação:

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Propaganda Promoção de vendas

Relação pública

Força de vendas

Marketing direto

Anúncios e impressoras e eletrônicas

Concurso, jogos, sorteio.

Press lits Apresentações para vendas

Catálogos

Prêmios e brindes

Palestras Reuniões para venda

Mala direta

Encartes dentro da embalagem

Amostras Seminários Programas para incentivo

Tele marketing

Em cinema Feiras e convenções

Relatórios anuais

Amostras Compras pelo computador

Brochuras e panfletos

Exposições Doações fintropicas

Férias e convenções

Compras pela televisão

Pôsteres e cartazes

Demonstrações Patrocínios Fax

Catálogos telefônicos

Cupons Publicações e-mail

Reprodução de anúncios para uso restrito

Descontos Relações na comunidade

Correio de voz

Outdoors Financiamentos com juros baixos

Lobby

Sinalização Entretenimento Comunicação da identidade

Display em pontos de vendas

Concessões de trocas do produto antigo

Revista da empresa

Material audiovisual

Programas de vantagens pela continuidade de uso

eventos

Símbolos e logos

Venda casada

Videotape

Quadro 1 - Exemplos de diferentes ferramentas de comunicação. Fonte: Adaptado de Kotler (1999, p.139).

Kotler (1992, p. 410) salienta ainda que o propósito da propaganda é fazer

com que o consumidor reaja mais favoravelmente ao que as empresas oferecem.

Esse esforço ocorre a partir do fornecimento de informações ao cliente sobre o

produto ou serviço, tentando mudar seus interesses e oferecendo razões para que

adquiram os produtos de uma ou de outra empresa.

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2.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO

Segundo Mckenna (1992, p. 46), na era da informação é notável que a

distância entre a percepção e a realidade está diminuindo. Num mercado onde há

tanta opção, os clientes estão cada vez mais instáveis, fazendo com que o marketing

se esforce ao máximo para fidelizar clientes. Para o autor (1992, p. 46), as

estratégicas de marketing atuais são inadequadas, pois não consideram as

constantes mudanças de tecnologias e fatores importantes para o relacionamento

com o cliente, ou as consideram lentas.

Para Vavra (1993, p. 25) as empresas não devem se preocupar tanto com o

lucro e sim com o consumidor. O lucro segundo o autor é uma conseqüência do

trabalho bem estruturado, buscando atrair novos clientes e fidelizando os atuais.

Vavra (1993, p. 14) apresenta o assunto marketing de relacionamento de

uma maneira quase intuitiva. Para o autor (1993, p. 13) os praticantes do marketing

exercem dois papéis diferentes: um como estrategista de marketing que foca-se em

vendas e o outro, como cliente, buscando serviços, valores e tratamento adequado

de outros profissionais do marketing. Desta forma o autor conclui como regra de

ouro do marketing a seguinte frase: “trate seus consumidores da mesma forma que

você gostaria que outros profissionais de marketing o tratassem.” (VAVRA 1993,

p.14)

Em concepção complementar Kotler afirma: (1996, p. 28) “O marketing de

relacionamento reduz os custos de transação, e o tempo; nas melhores situações,

transações negociadas individualmente passam a ser rotinizadas.” Para o autor

(1996, p. 28) o marketing de relacionamento constrói um ativo fixo denominado rede

de marketing. “O princípio operacional é construir bons relacionamentos, e as

transações rentáveis serão decorrência.” (KOTLER 1996, p. 28)

Vavra (1993, p. 31) acrescenta ainda que, para que o relacionamento seja

bem-sucedido, a empresa precisa contar também com um pós-marketing bastante

intenso e definido. Desta forma o laço entre cliente e fornecedor tende aumentar e

conseqüentemente as relações.

Por sua vez Gordon (1998, p. 31) afirma que, o marketing de relacionamento

é o processo contínuo de identificação e criação de novos valores com os clientes,

envolvendo a compreensão, a concentração e a administração de uma contínua

colaboração entre fornecedores e clientes selecionados para a criação e o

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compartilhamento de valores mútuos por meio de interdependência e alinhamento

organizacional.

Segundo Kotler (1996, p. 27) a construção de laços com os clientes, sejam

eles econômicos, técnicos ou sociais, através da confiança, longo prazo e do

relacionamento “ganha- ganha”, favorece a obtenção de resultados positivos para a

organização.

Mckenna (1992, p. 45) salienta que no marketing de relacionamento o que

mais importa é a visão que os possíveis ou os já existentes clientes possuem da

empresa em relação aos seus concorrentes. Estes por sua vez, usam informações

adquiridas ao decorrer de suas experiências para tomar suas decisões de compra.

Segundo o autor (1992, p. 46) “no coração de toda boa estratégia de

marketing está uma boa estratégia de posicionamento.” O posicionamento não é o

que se apresenta do produto aos clientes e sim o que é feito aos clientes para definir

sua posição no setor.

Existem estratégias de posicionamento tradicionais e estratégias de

posicionamento dinâmicas. Na tradicional a empresa decide como irá se posicionar.

“Baseia-se na manipulação da mente do consumidor; nos truques de marketing para

seduzi-lo a reconhecer a posição desejada pela empresa.” É centrada na empresa e

não no consumidor, no mercado atual é considerada estática. (McKENNA 1992, p.

47)

Ainda segundo o Mckenna (1992, p. 47), na década de 90, o novo ambiente

não funcionava com a teoria do posicionamento tradicional, pois era centrada no

cliente. As novas tecnologias podem transformar posições vistas como sólidas e

posições frágeis em relação de instantes.

Por fim, Poser (2005, p. 47) afirma “o marketing não vende produtos, vende

sonhos”. Segundo a perspectiva da autora as empresas devem perceber o

marketing como uma ferramenta, que permite, além de todas as características

abordadas nos tópicos anteriores, as empresas atingirem ou garantirem o sucesso

através também de um relacionamento saudável com o consumidor.

2.4 PESQUISA DE MARKETING

Segundo Mattar (2001, p. 15) pesquisa de marketing “é uma averiguação

sistemática, empírica, ajuizado e critica de informações ou dados, com objetivo de

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33

descobrir ou descrever fatos e de verificar a existência de relações previstas entre

fatos ou variáveis referentes ao marketing de bens de serviços e idéias, com tudo, o

marketing se torna uma área de conhecimento de administração.

Ainda segundo o autor (1996, p. 42) a pesquisa de marketing é uma parte do

sistema de informação de marketing da empresa, que visa transformar dados

coletados em informações que auxiliem a administração de marketing na solução de

possíveis problemas.

Em perspectiva similar Sandhusen (2000, p. 108) define pesquisa de

marketing como, “desenho sistêmico, coleta e análise de dados, relativos a

problemas específicos de marketing e situações inerentes à empresa.” Segundo o

autor (2000, p. 108), o objetivo da pesquisa de marketing é a melhoria nas decisões

gerenciais. “Tende a ser executado projeto a projeto.” (SANDHUSEN, 2000, p. 108)

Chaoubah (2007, p. 8) define pesquisa de marketing como “um projeto

objetivo, imparcial, calcado no método científico.” Ou seja, a pesquisa irá obter,

analisar e disseminar dados, para identificar algum problema ou solucioná-los, ou

ainda identificar e avaliar oportunidade relativa a um mercado ou a um negócio.

Para Mattar (1996, p. 43) a pesquisa de marketing, “compreende todo tipo de

dado que diz respeito a atividade de marketing da empresa, incluindo os elementos

abrangidos pela pesquisa de mercado.”

Na mesma linha, Kotler e Armstrong (1998, p. 94) definem a pesquisa de

marketing como “a elaboração, a coleta, a análise e a edição de relatórios

sistemáticos de dados relevantes sobre uma situação específica de marketing.”

De acordo com Malhotra (2006, p. 36), a pesquisa de marketing se baseia na

identificação, na coleta e na disseminação de informações de forma sistemática e

objetiva, de modo a utilizá-las da melhor forma visando melhorar a tomada de

decisão relacionada com a identificação e a solução de problemas e oportunidades

de marketing.

O autor (2006, p. 36) afirma ainda que, as empresas realizam as pesquisas

de marketing por duas razões. Primeiro para identificar e em seguida para

solucionar o problema de marketing. As pesquisas de marketing são classificadas

da seguinte forma:

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34

A pesquisa de identificação do problema é realizada para ajudar a

identificar problemas que talvez não apareçam superficialmente, mas que

existem ou provavelmente irão existir no futuro.

A pesquisa para a solução do problema ocorre evidentemente após a

identificação do problema ou oportunidade, a fim de chegar ou encontrar

a uma solução. Os resultados obtidos serão utilizados para tomada de

decisão que irão solucionar problemas específicos de marketing.

Para a realização da pesquisa de marketing é necessário obedecer a algumas

etapas que serão abordadas de acordo com diferentes autores, no tópico seguinte.

2.4.1 Etapas do processo de pesquisa de marketing

De acordo com Mattar (1996, p. 43), o processo de marketing possui quatro

etapas distintas como: reconhecimento de um problema, planejamento e execução

(coleta dos dados, processamento, análise e interpretação) e comunicação dos

resultados.

Segundo o autor (1996, p. 43), o reconhecimento do problema consiste na

correta identificação do problema que se pretende resolver, podendo receber

contribuições da pesquisa na solução deste. Já o planejamento, compreende a

definição dos objetivos da pesquisa e sua operacionalização. A execução

compreende as atividades de coleta de dados, seu processamento, análise e

interpretação. E por fim, a comunicação dos resultados que compreende a

apresentação escrita e verbal das descobertas da pesquisa relacionada ao problema

a ser solucionado.

Segundo Limeira (2008, p. 35), a primeira etapa da pesquisa de marketing é

identificar claramente o propósito da pesquisa para a empresa. O propósito da

pesquisa de marketing engloba:

O problema gerencial que é o motivo pelo qual se realiza a pesquisa,

onde pode ser uma oportunidade ou dificuldade percebida no mercado. O

problema gerencial estabelece a direção a ser seguida pela pesquisa,

tendo em vista que a definição mal feita do problema pode comprometer

seriamente a qualidade e eficácia do projeto. A afirmação do problema

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35

gerencial é orientada para ação, já que sua resolução requer decisões e

ações concretas.

O problema de pesquisa se refere às informações especificas que o

pesquisador deve procurar para auxiliar o problema gerencial. A

declaração do problema de pesquisa é orientada para investigação,

alvejando identificar as possíveis causas ou as variáveis influentes na

situação.

De forma mais abrangente Chaoubah (2007, p. 34) afirma que o processo de

pesquisa de marketing segue mais algumas etapas fundamentais que consistem na:

definição do problema, planejamento da pesquisa, coleta de dados, preparação e

análise dos dados, apresentação dos resultados.

Na mesma perspectiva, porém um pouco mais detalhada Malhotra (2006, p.

39) afirma que há um conjunto de seis etapas que definem as tarefas a serem

executadas na realização de um estudo de pesquisa de marketing. São elas:

Definição do problema – definir o problema, levar em consideração a

finalidade do estudo, as informações sobre o histórico do problema, quais

são elas e como serão utilizadas para a solução deste.

Desenvolvimento de uma abordagem – esta etapa inclui a formulação de

uma estrutura objetiva ou teórica, modelos analíticos, perguntas de

pesquisa, hipóteses e a identificação de características ou fatores

capazes de influenciar a concepção da pesquisa.

Formulação da concepção de pesquisa – detalha os procedimentos

necessários para a obtenção das informações requeridas e sua finalidade

é criar um estudo que irá testar as hipóteses de interesse, determinar as

possíveis respostas às perguntas da pesquisa e proporcionar as

informações necessárias para a tomada de decisões.

Trabalho de campo ou coleta de dados – os pesquisadores entram em

contato com os entrevistados, apresentam os questionários ou formulários

de observação, registram os dados e entregam os formulários

preenchidos para processamento.

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36

Preparação e análise de dados – a preparação dos dados inclui sua

editoração, codificação, transcrição e verificação.

Preparação e apresentação do relatório – o projeto deve ser

documentado em um relatório escrito que cubra as perguntas específicas

identificadas, que descreva a abordagem, a concepção da pesquisa, a

coleta de dados e os procedimentos de análise de dados adotados e

apresente os resultados e as principais considerações, que devem ser

expostas de forma clara, para serem diretamente utilizadas no processo

decisório.

Para Chaoubah (2007, p. 36) a etapa da definição do problema é a parte mais

importante para o sucesso do projeto. Ela pode revelar oportunidades de negócios.

Geralmente os fracassos em projetos de pesquisa de marketing ocorrem devido a

má definição do problema, desperdiçando tempo e dinheiro no investimento, para

realização deste. Ainda segundo o autor (2007, p. 37), os problemas a serem

definidos não são fáceis de identificar, pois na maioria das vezes estão

“embrulhados em confusões conceituais, visões pessoais ou interesses políticos. É

comum também confundi-los com parte deles ou seus sintomas.” (CHAOUBAH,

2007, p. 37)

Em concepção similar, Mattar (1996, p. 114) afirma que, “os problemas são

identificados de forma ampla, como ocorrência não esperadas que afetam

adversamente os esforços em atingir objetivos, e que podem ser tratadas.”

Quando se quer definir um problema de decisão gerencial, o pesquisador

recorre a fontes de informação variadas. É necessário que o pesquisador conheça

bem a empresa cliente e o mercado em que ela irá se inserir. (CHAOUBAH, 2007, p.

38)

Para Mattar (1996, p. 114) quando se identifica um problema, os

pesquisadores geralmente fazem distinção entre problemas principais (primários) e

os problemas somáticos (secundários).

Um recurso muito utilizado e que auxilia a definir o problema de pesquisa e na

formulação de um questionário, é a construção de hipóteses. As hipóteses podem

ser comprovadas ou não pelos resultados da pesquisa. Há casos em que a

formulação das hipóteses irá ocorrer quando já se conhece a resposta para o

problema, tornando o estudo dispensável, porém há outros casos em que pode ser

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37

impraticáveis estabelecer hipóteses por desconhecimento dos que podem vir a ser

resultados da pesquisa. (CHAOUBAH, 2007, p. 38)

Depois de definido o problema, segue-se para o passo seguinte que é o

estabelecimento dos objetivos da pesquisa. Chaoubah (2007, p. 40) explica que, “os

objetivos do estudo são destrinchados em questões específicas.” Ou seja, os

objetivos vão se transformando em perguntas que compõe o questionário.

Segundo Chaoubah, (2007, p. 40) o próximo passo, após a definição do

problema e dos objetivos, é o estabelecimento de um plano. Este plano irá definir o

tipo de pesquisa, assim como algumas questões relativas ao procedimento da coleta

de dados como: fonte de dados, abordagem de pesquisa, instrumento de pesquisa,

planejamento amostral e método de contato. “A definição dessas questões depende

do problema a ser estudado e dos objetivos estabelecidos, mas também do

orçamento para pesquisa e do cronograma.”

As fontes de dados utilizadas na coleta de dados podem ser primárias ou

secundárias. As secundárias são aquelas que reúnem dados coletados para outro

fim e já tratados. A consulta a dados secundários deve um dos passos primordiais

para iniciar uma pesquisa de marketing, pois eles podem ser suficientes para

elucidar o problema de pesquisa dispensando passos como trabalhando de campo.

(CHAOUBAH, 2007, p. 41)

Em concepção mais detalhada Mattar (1996) afirma que, “há quatro diferentes

fontes de dados em pesquisas de marketing: pesquisado, pessoas que tenham

informações sobre o pesquisado, situações similares e dados disponíveis.”

(MATTAR, 1996, p. 46)

Além de fornecer subsídios para definição do problema e a formulação de

hipóteses os dados secundários ajudam no planejamento da pesquisa, fornecendo

alguns parâmetros para o estabelecimento de amostras, podendo servir de base

para comparação nos resultados finais. (CHAOUBAH, 2007, p. 42)

Segundo Chaoubah (2007, p. 42) quando se é necessário a busca por dados

primários, deverá ser feito a definição das abordagens da pesquisa. Ou seja, definirá

a maneira como serão coletados os dados. Para o autor, as abordagens podem ser:

Em pesquisas quantitativas descritivas:

- dados de surveys;

- dados de observação.

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38

Em pesquisas quantitaivas casuais:

- dados experimentados.

Em pesquisas qualitativas:

- grupos de foco;

- entrevistas em profundidade;

- técnicas projetivas.

Após tais procedimentos é necessário então definir e construir os

instrumentos para a coleta de dados primários. Segundo Chaoubah, (2007, p. 43) os

instrumentos mais adotados são os roteiros e questionários. “Os roteiros são guias

usados por pesquisadores para coletar informações.” Eles são compostos por

tópicos sobre os assuntos da pesquisa. Os questionários, por sua vez, são utilizados

em pesquisas quantitativas. “trata-se de um conjunto de perguntas, ordenadamente

dispostas, que serão feitas aos entrevistados. (CHAOUBAH, 2007, p. 44).

O quarto passo do processo de pesquisa é o planejamento amostral. Neste

passo primeiramente define-se os principais termos referente ao processo de

amostragem, em seguida, discute-se os tipos de amostragem e por fim o tamanho

de uma amostra. (CHAOUBAH, 2007, p. 54)

Para definir amostragem Chaoubah (2007, p. 55), faz uma analogia. Segundo

ele “ao escolher um perfume borrifa-se uma pequena quantidade na pele para sentir

a fragância.” Desta forma, pode-se entender como o processo de amostragem a

seleção de uma amostra e através dela ocorrerá a inferência, ou seja, uma

generalização de uma conclusão obtida.

Ainda segundo Chaoubah (2007, p. 59) os tipos de amostragem podem ser

probabilística ou não-probababilística. A probabilística “é o procedimento pelo qual

se extraem amostras de uma população, minimizando erros nos processos de

inferência estatística.” Já a não-probabilística “baseia-se quase integralmente no

julgamento pessoal do pesquisador.” (CHAOUBAH, 2007, p. 54) Desta forma, pode-

se perceber que para uma pesquisa de marketing a amostragem probabilística é a

opção mais indicada.

Sandhusen (2000, p. 131) afirma que “os três tipos mais comuns de amostra

não-probabilisticas são por julgamento, por conveniência e por cota.” Ainda

segundo o autor (2000, p. 132), o método de amostragem probabilística oferece

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39

como vantagem em relação a não-probabilística o fato de necessitar de menos

informações e a sua precisão mensurável.

O tamanho da amostra segundo Chaoubah (2007, p. 66), é obtido através das

fórmulas do quadro 2.

População

_______________________________________________________________

Nível de confiança Infinita Finita

_____________________________________________________________________

68% n= p(|- p)/e² n= N p(| - p)/[e²(N - |) + p(| - p)]

95% n= 4 p(|- p)/e² n= 4 N p(| - p)/[e²(N - |) + 4 p(| - p)]

_______________________________________________________________

99,7% n= 9 p(|- p)/e² n= 9 N p(| - p)/[e²(N - |) + 9 p(| - p)]

_______________________________________________________________

Quadro 2: Fórmula para calculo do tamanho da amostra. Fonte: Chaoubah (2007, p. 66).

2.4.2 Classificação dos tipos de pesquisa

A pesquisa de marketing pode ser classificada com relação a sua concepção

de duas formas: exploratória ou conclusiva. (CHAOUBAH, 2007, p. 24)

Da mesma forma Mattar (2001, p. 18), enfatiza que sendo considerado o

objetivo e o grau em que o problema de pesquisa está consolidada e a natureza do

relacionamento entre as variáveis estudadas, são classificadas em: pesquisas

exploratórias e pesquisas conclusivas

2.4.2.1 Pesquisa exploratória

Segundo Mattar, (2001, p. 18) a pesquisa exploratória visa trabalhar a favor

do pesquisador de maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em

expectativa. Portanto, é a mais indicada para um primeiro estágio de investigação.

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40

“O principal objetivo da pesquisa exploratória é entender preliminarmente um

problema. Por isso, muitas dessas pesquisas iniciam com um estudo do tipo

exploratório.” (CHAOUBAH, 2007, p.24)

A pesquisa exploratória utiliza métodos de grandes dimensões e versáteis.

Segundo Mattar (2001, p. 21 - 23), são divididos em quatro métodos:

Levantamento em fontes secundárias: os levantamentos de fontes

secundárias são divididos em levantamentos bibliográficos,

levantamentos documentais, levantamento de estatísticas e levantamento

de pesquisas realizadas.

Levantamentos de experiências: são realizadas através de entrevistas, de

preferência pelo próprio pesquisador, as pessoas especialistas ou

conhecedoras do assunto na empresa. Poderá ser realizada uma

entrevista individual ou coletiva, sendo informal e com pouca

estruturação. O objetivo dessas entrevistas é ganhar conhecimento sobre

o tema, e gerar hipóteses explicativas sobre os fatos e fenômenos em

estudo.

Estudo de casos selecionados: é um método muito produtivo para

estimular a compreensão e sugerir hipóteses e questões para a empresa.

O método de estudo de casos pode envolver o exame de registros

existentes, a observação da ocorrência do fato, entrevistas estruturadas,

entrevistas não estruturadas, entre outras. Os dados podem ser obtidos

em tal nível que permitem caracterizar e explicar detalhadamente os

aspectos distintos do caso em estudo. A atitude do pesquisador deve ser

caracterizada pela procura de informações e criação de hipóteses e não

por conclusões e verificações. Neste estudo, o pesquisador adquire uma

capacidade de reunir, numa interpretação unificada, vários aspectos do

objetivo pesquisado.

Observação informal: para a utilização em pesquisas exploratórias, a

observação deve ser informal e dirigida, deverá ser concentrada em

observar objetos, comportamentos e fatos de interesse para o problema

em estudo, mesmo que obtidos informalmente.

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41

Em perspectiva similar Chaoubah (2007) salienta que, a pesquisa exploratória

inicia-se com a busca de dados secundários. Segundo o autor, (2007, p. 24) os

dados secundários são aqueles já coletados e tratados que estão disponíveis em

fontes como livros, periódicos, internet, relatórios, entre outros.

Na mesma concepção Mattar (1996, p. 48) conceitua dados secundários

como “aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até

analisados e que estão catalogados à disposição dos interessados.”

A busca informal de dados diretamente com os pesquisados também é uma

característica da pesquisa exploratória. Ao se desenvolver esse tipo de estudo

exploratório, procura-se identificar as variáveis que caracterizam um problema e

formular hipóteses para solucioná-los. Tais hipóteses podem ser rejeitadas, ou não,

por intermédio de pesquisas formais. (CHAOUBAH, 2007, p. 24)

Os dados secundários fornecem um ponto de partida para o pesquisador e oferecem as vantagens de custo baixo e pronta disponibilidade. Por outro lado, os dados de que o pesquisador necessita podem não existir, estar desatualizados, imprecisos, incompletos ou não ser confiáveis. Neste caso, o pesquisador terá de coletar dados primários a um custo maior enfrentando maior demora, mas, provavelmente, com mais relevância e exatidão. (KOTLER, 1996, p. 128)

Esse tipo de pesquisa é muito utilizado por pesquisadores com pouca

informação do tema em pesquisa. Mesmo quando o pesquisador já possui certo

conhecimento, também poderá ser utilizada, pois, poderá apresentar explicações

alternativas. (MATTAR, 2001, p. 18)

Na mesma perspectiva Chaoubah (2007, p. 24) afirma que, “as pesquisas

exploratórias são, em geral, informais e pouco estruturadas.” Ou seja, qualquer

informação que possa se acrescentar, no decorrer da pesquisa, pode alterar a forma

de pensar em relação ao problema.

A pesquisa exploratória pode ajudar o pesquisador a determinar as

prioridades que quer apresentar ao pesquisar, pois, poderá aparecer durante a

pesquisa uma particular hipótese explicativa mais promissora do que outras.

(MATTAR, 2001, p. 19)

Para Chaoubah (2007, p. 25) existem algumas modalidades de pesquisa

exploratória como: grupos de foco, entrevista em profundidade e técnicas projetivas.

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42

Segundo o autor (2007, p. 25) o grupo de foco trata-se de “uma reunião de

pessoas selecionadas por um pesquisador para discutir um assunto ligado a um

problema de pesquisa.” Os participantes são escolhidos de acordo com alguns

critérios definidos no planejamento de uma pesquisa. “O assunto do grupo de foco é

discutido em profundidade, na presença de um moderador treinado. As discussões

se dão com certa liberdade.” (CHAOUBAH, 2007, p.25)

Em perspectiva similar Kotler (1996, p. 128) conceitua o grupo de foco como,

“uma reunião de seis ou mais pessoas convidadas para passar algumas horas com

um moderador experiente para discutir um produto, serviço, organização ou outra

entidade de marketing.” (KOTLER, 1996, p. 128)

A pesquisa focada no grupo é uma etapa exploratória útil para

ser adotada antes de empreender-se um levantamento em larga escala. Ela proporciona insights sobre as percepções, atitudes e satisfação do consumidor que ajudam a definir os assuntos que devem ser pesquisados formalmente. (KOTLER, 1996, p. 128)

Seguindo a linha de Chaoubah (2007, p. 26), a entrevista em profundidade é

uma abordagem da pesquisa exploratória não-estruturada, porém busca

profundidade nas respostas. A principal diferença entre a entrevista em profundidade

e o grupo de foco é que a primeira é pessoal, ou seja, realizada um a um.

Por fim, as técnicas projetivas, segundo o autor (2007, p. 26), elas também

são uma forma de abordagem não-estruturada e diferencia-se das demais por ser

indireta, ou seja, “as perguntas são feitas de forma a não revelar aos entrevistados

o propósito da pesquisa.

2.4.2.2 Pesquisa conclusiva descritiva

“As pesquisas conclusivas são caracterizadas por possuírem metas definidas,

procedimentos formais, serem bem estruturadas e encaminhar para a solução de

problemas ou avaliação de alternativas de cursos de ações.” (MATTAR, 2001, p. 23)

Segundo Mattar (2001, p. 23) a maioria das pesquisas de marketing que são

realizadas são pesquisas descritivas. A elaboração das questões de pesquisa exige

do pesquisador profundo conhecimento sobre o problema a ser estudado.

Ainda segundo Mattar (2001, p. 24) a pesquisa descritiva é utilizada quando o

propósito for:

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43

Descrever as características de grupos;

Estimar a proporção de elementos numa população específica que

tenham determinadas características ou comportamento;

Descobrir ou verificar a existência de relação entre variáveis.

Mattar (2001, p. 86-87) define ainda algumas questões a serem analisadas

antes da coleta de dados, como:

Como caracterizar o público a pesquisar: por sexo, idade, nível de

escolaridade, classe de renda, ocupação, local de moradia, estilo de vida,

etc.;

Como caracterizar a preferência por uma rede de lojas: pela freqüência de

compra, imagem, itens comprados, fidelidade, etc.;

Quais unidades a serem consideradas na pesquisa: residência, família,

indivíduo, etc.;

Como os dados são coletados: por entrevistas pessoais, entrevistas por

telefone, correio, preenchimento de questionário nas lojas, etc.;

Em que locais as entrevistas devem ser efetuadas: nas lojas, na rua, em

cãs, no local de trabalho;

Como analisar os dados a serem coletados.

Para Chaoubah (2007, p. 27) “a pesquisa conclusiva é formal e estruturada,

tem objetivos delineados e devem resultar em informações que auxiliem na tomada

de decisão.” Ainda segundo o autor (2007, p. 28) a pesquisa conclusiva descritiva irá

descrever as características do objeto em estudo. E as mais comuns são os surveys

e as pesquisas por observação.

Segundo o autor (2007, p. 28) survey é uma abordagem baseada no

interrogatório de pessoas sobre um problema em pesquisa. Ele é estruturado,ou

seja, suas perguntas são formalmente apresentadas e seguem uma seqüência

preestabelecidas. O instrumento de coleta de dados mais utilizado e o questionário.

Já a pesquisa de observação não envolve interrogatório. O pesquisador

apenas observa o comportamento das pessoas em certas situações. Geralmente é

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44

usada quando as ações do pesquisado forem mais contundentes que seus relatos,

ou quando não for possível entrevistar os participantes diretamente. (Chaoubah,

2007, p. 28)

Na mesma concepção Kotler e Armstrong (1998, p. 81) afirmam que, a

pesquisa de observação consiste na “coleta de dados primários através da

observação de pessoas , ações e situações.”

Chaoubah (2007, p. 29) ressalta ainda que, as pesquisas descritivas –

surveys e observação – podem ser classificadas com transversais, quando a coleta

de informações se da ao mesmo tempo para todos os entrevistados, ou

longitudinal, quando as informações são coletadas, no grupo todo, repetidas vezes

ao longo do tempo.

2.5 PLANO DE MARKETING

O plano de marketing é o conjunto de ações táticas de marketing que devem

estar atreladas ao planejamento estratégico da empresa. Deve constituir-se de um

roteiro dinâmico de procedimentos coerentes com os objetivos estratégicos.

(COBRA, 1991, p. 145)

Na mesma perspectiva Las Casas (1999, p. 18) afirma que, “o plano de

marketing estabelece objetivos metas e estratégias do composto de marketing em

sintonia com o plano estratégico geral da empresa.” Ainda segundo Las Casas

(1999, p. 18) a elaboração do plano de marketing deve estar em perfeita sintonia

com os objetivos estabelecidos pela administração da empresa e com o que a

empresa pretende atingir a longo prazo.

De forma mais abrangente, Jones (2006, p. 476-477) define plano de

marketing como:

um documento estratégico corporativo. O seu público é principalmente interno, mas ele também pode ser lido por pessoas que não pertencem à organização. [...] A redação do plano de marketing é um processo que organiza o planejamento estratégico do departamento de marketing. Esta seção discutirá o plano de marketing como um roteiro, como um relatório, e como um documento de persuasão.

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45

Na mesma concepção Westwood (1996, p. 12) define plano de marketing

como o documento que formula um plano para comercializar um produto ou serviço.

Kotler (1996, p. 93) conceitua plano de marketing como o instrumento central

para dirigir e coordenar o esforço do marketing.

Segundo Westwood (1999, p. 5) o plano de marketing é como um mapa. Ele

mostra à empresa para onde a empresa esta caminhando e a forma como ela vai

chegar lá. Ele é tanto um plano de ação como um documento escrito. Um plano de

marketing deve identificar as oportunidades de negócio mais promissoras para

empresa e esboçar como penetrar, conquistar e manter posições em mercados

identificados.

Kotler (1996, p. 93) afirma que o plano de marketing opera em dois níveis. O

primeiro é o planejamento estratégico de marketing que desenvolve os objetivos e

estratégias de marketing baseando-se na análise da situação e das oportunidades

identificadas no mercado. O segundo é o plano tático de marketing que irá delinear

as táticas específicas de marketing para o período, incluindo propaganda,

merchandising, fixação de preço, canais, serviços entre outros.

Para Cobra (1991, p. 145) o plano de marketing irá assumir o papel de

integração de funções e recursos disponíveis com os objetivos da organização.

Monitoramento do desempenho

Aperfeiçoamento das estratégias e do programa

Compreensão do ambiente e do mercado

Identificação de ameaças e de oportunidades

Avaliação da posição competitiva

Definição do escopo no negócio e segmentos de mercado a serem atingidos

Estabelecimento de vantagem competitiva

Fixação de objetivos de desempenho

Decisão sobre produto e canal

Decisão de comunicação

Fixação de preços Figura 1: Processo de planejamento de marketing Fonte: Aaker, Kumar e Day (2004, p. 29)

Implementação

Análise

da situação

Desenvolvimento do programa de

marketing

Desenvolvimento Monitoramento do desempenho da

estratégia

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46

Segundo Kotler (1996, p. 95) o processo de marketing “ consiste na análise

de oportunidades, pesquisa e seleção de mercados-alvo, preparação de estratégias,

planejamento de programas e organização, implementação e controle do esforço de

marketing.

Para Westwood (1999, p. 16) um plano de marketing, em sua forma mais

simples, pode começar como uma coleta e avaliação de dados históricos, deve

conter ainda detalhes dos concorrentes, inclusive suas vantagens e desvantagens,

potencialidades e fragilidade. Além das mesmas informações e características da

própria empresa. Enquanto na sua forma mais completa, o plano de marketing

estimará os recursos necessários para sua execução e incluirá detalhes do impacto

que terá sobre o lucro e os prejuízos ou a demonstração de resultados a serem

incluídos no plano empresarial da empresa.

Para Jones (2006, p. 480), um bom plano de marketing tem as seguintes

características:

Bem organizado ( maneira lógica e facilita a busca de informações);

Claro (facilidade de leitura e compreensão utiliza diagramas, gráficos e

informações dispostas em tópicos);

Completo (com um nível de análise e detalhe apropriado às necessidades

da empresa);

Coerente (com a política da empresa e com as informações de mercado);

Honesto (com citações de fontes, utilização de premissas explícitas);

Racional (com análises que levam as conclusões e recomendações);

Persuasivo (com bases que sustentam as recomendações, com

justificativas de decisões);

Atual (revisado e atualizado de acordo com a velocidade de mudança no

setor).

Cobra (1991, p. 147) destaca para que o plano seja bem-sucedido é preciso

que as informações, fatos e suposições sejam bem gerenciadas, contendo objetivos

e resultados a serem alcançados no sumário financeiro e de marketing. Além de

conter ainda uma sinopse do meio ambiente de marketing.

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O plano de marketing deve ser sempre lembrado e revisado, direcionando-o

para as atividades do dia-a-dia, e necessita encaminhar as atividades de maneira

coerente. (JONES, 2006, p. 480)

Para melhor entendimento, desenvolvimento e execução do plano de

marketing, ele pode ser dividido em etapas conforme segue no próximo tópico.

2.5.1 Etapas do plano de marketing

Cobra (1991, p. 147) apresenta os principais passos para a elaboração do

plano de marketing. São eles:

1º passo – consideração a respeito da razão de ser da empresa.

2º passo – análise dos cenários: externo e interno.

3º passo – avaliação de recursos disponíveis.

4º passo – consideração das estratégias competitivas gerais.

5º passo – definição dos objetivos de marketing.

6º passo – elaboração do plano anual de marketing.

7º passo – implantação, atualização e controle do plano anual de

marketing.

Apesar de os planos de marketing não serem todos iguais, Jones (2006, p.

481- 482) menciona que todos devem incluir seções que tratem dos sete assuntos

seguintes:

Página de apresentação (folha de rosto, índice ou sumário, introdução);

Descrição geral da situação atual de mercado (panorama geral da coleta

de dados e sua interpretação);

Objetivos (exposição numa única frase de cada estratégia principal dos

resultados esperados);

Estratégias (como alcançar os objetivos, mercado-alvo, posicionamento, 4

Ps);

Implementação (recursos e responsabilidades, avaliação, demonstrativos

financeiros);

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Análise (apêndices que mostram dados e os seus significados);

Resumos (versões sintetizadas do plano como um todo: resumo executivo

e resumo final).

Em outra concepção Westwood (1999, p. 23) apresenta como etapas para

preparação do plano de marketing :

Estabelecimento de objetivos corporativos: são expressos em termos

financeiros e definem onde a companhia pretende estar em determinado

momento do futuro.

Realização de uma pesquisa de marketing externa – é realizada nos

próprios mercados e depois a informação coletada é analisada no

contexto do marketing dos produtos.

Realização de uma pesquisa interna – a informação histórica disponível

dentro da empresa abrange os dados de vendas/ pedidos e margem/

lucros relativos especificamente aos produtos e áreas cobertos pelo

plano.

Realização de uma análise PFOA – Significa Potencialidades,

Fragilidades, Oportunidades e Ameaças no mercado. As potencialidades

e fragilidades relacionam-se à companhia, às suas estratégias e como ela

se compara com a concorrência. As oportunidades e ameaças são

apresentadas tanto pelo ambiente de marketing como pela concorrência.

A análise dos mercados internos e externos leva em consideração a

organização da empresa, o desempenho desta, os produtos-chave e os

mercados estratégicos.

O surgimento de suposições – o plano tem que se basear em um conjunto

de suposições claramente entendidas. Estas relacionam-se a fatores

econômicos externos, tanto quanto a fatores tecnológicos e competitivos.

Estabelecimento de objetivos de marketing e estimativa de resultados

esperados – diz respeito a tudo aquilo que a empresa pretender

conseguir. Os objetivos de marketing preocupam-se com o equilíbrio entre

os produtos e seus mercados.

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49

Desenvolvimento de estratégias de marketing e planos de ação – As

estratégias de marketing são métodos que permitem a empresa a atingir

seus objetivos. Para cada objetivo, é necessário desenvolver uma

estratégia relativa a um elemento individual. O plano de ação, por sua

vez, permite a execução da estratégia de marketing definida para atingir

seus objetivos.

Definição de programas – significa definir quem faz o quê, quando, onde e

como.

Elaboração do orçamento – As estratégias e os planos de ação precisam

ser custeados e os orçamentos precisam ser elaborados.

Escrever o plano – O plano escrito não só deve conter a informação-

chave que precisa ser comunicada como também deve ser claro e

conciso.

Comunicação do plano – O plano deve ser comunicado adequadamente a

quem irá implementá-lo.

Sistema de controle – é preciso controlar a implementação e revisar o

desempenho do plano. Deve ser monitorado à medida em que se avança

e devem ser recomendadas atitudes corretivas, caso o desempenho

venha a se desviar do padrão.

Releitura e atualização – as condições e as situações se modificarão e o

plano deve ser regularmente revisto à luz das circunstancias mutantes.

Um processo de atualização deve ser incluído no plano escrito.

Uma vez que se têm informações do mercado, a equipe de marketing deve

decidir e desenvolver os objetivos do plano, sempre relacionados com o lucro, a não

ser que seja uma organização não governamental ou pública. (JONES, 2006, p. 484)

O processo de desenvolvimento do plano pode ser modificado muitas vezes,

e os objetivos podem precisar ser revistos à medida que o restante do plano é

desenvolvido. (JONES, 2006, p. 485)

Westwood (2005, p. 115) salienta que todos os planos devem estabelecer os

objetivos de marketing para os seguintes aspectos:

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50

O crescimento das vendas para o produto e ao segmento de mercado;

A participação de mercado para o período do plano em relação ao

produto e ao segmento de mercado;

O lucro bruto sobre as vendas.

Após desenvolver o plano de marketing, é necessária a elaboração de

estratégias para atingir os objetivos e metas traçados. A seguir apresenta-se

conceitos de estratégia para o plano de marketing abordados por alguns autores do

assunto.

2.5.2 Estratégias

Estratégias são os procedimentos escolhidos para chegar a objetivos

específicos, pois através deles, descreve-se os meios para atingir os objetivos no

prazo determinado. (WESTWOOD, 2005, p. 139)

Segundo Las Casas (1999, p. 95) após definidos os objetivos é necessário

determinar atividades a fim de alcançá-los. Ainda segundo o autor (1999, p. 95) os

passos para essa etapa são: determinação do mercado-alvo, determinação do

posicionamento e a escolha da estratégia do comporto de marketing.

Na determinação do mercado-alvo irá focar nos segmentos de mercado e os

grupos de consumidores específicos em que a empresa tem a intenção de atingir.

Esses grupos são escolhidos com base nos segmentos identificados em um

mercado. (LAS CASAS, 1999, p. 95)

O posicionamento, por sua vez, está relacionado a percepção dos clientes a

respeito de um determinado produto ou marca. “o planejador deverá identificar quais

os atributos são mais importantes para desenvolver uma estratégia de

posicionamento.” (LAS CASAS, 1999, p.100-101)

Na estratégia de marketing, há muitos caminhos a seguir, todos relacionados

com a análise ambiental, bem como na determinação de objetivos e posicionamento.

Se uma empresa pretende posicionar-se de determinada forma, ela deverá

desenvolver o composto de marketing, a fim de atingir os objetivos estabelecidos.

Desta forma ela fará um esforço no sentido de divulgar a imagem desejada,

desenvolver produtos, preços, distribuição e promoção de forma coerente.(LAS

CASAS, 1999, p. 104)

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51

Em concepção similar Jones (2006, p. 486) afirma que as primeiras decisões

estratégicas que devem ser tomadas são as referentes ao mercado-alvo e em

relação ao posicionamento de mercado. Segundo a autora (2006, p. 486) “os quatro

Ps (produto, preço praça, promoção) devem ser considerados ferramentas básicas

da estratégia de marketing”.

Na mesma linha, Westwood (2005, p. 251-252) afirma que “as estratégias

individuais devem ser, então, agrupadas sob os títulos dos quatro principais

elementos do composto mercadológico”:

As estratégias que se relacionam aos produtos;

As estratégias que se relacionam ao estabelecimento de preços;

As estratégias que se relacionam à propaganda/comunicação;

As estratégias que se relacionam à distribuição.

Em concepção similar, Cobra (1991, p. 169) salienta que as estratégias de

marketing devem condizer com os desafios competitivos e coma as necessidades do

público-alvo de cada mercado a ser atingido. Ainda segundo o autor (1991,p. 169)

“para cada mercado devem ser formuladas as estratégias de produtos, de preço, de

distribuição e promocional.”

Toda estratégia tem um objetivo, seja defensiva, de desenvolvimento ou de

ataque. Pode ser utilizado um desses objetivos ou uma combinação entre mais de

um deles. (WESTWOOD, 2005, p. 141)

2.5.3 Implementação, avaliação e controle

“A sessão de implementação de um plano de marketing serve como um

roteiro de ação no plano terminado e como um “teste da realidade” no processo.”

(JONES, 2006, p. 486)

Nesta fase, as estratégias são colocadas em prática. A comunicação entre os

funcionários deve funcionar de maneira eficiente para que o plano de marketing

funcione bem. Também são colocados em prática os cronogramas e orçamentos

específicos e a distribuição das responsabilidades. (WEINSTEIN, 1995, p. 45)

Segundo Jones (2006, p. 486) na fase de implementação há seções que

lidam com orçamentos e recursos humanos. Na parte dos orçamentos deve

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apresentar os custos e benefícios em termos financeiros. Esta seção deve mostrar

uma análise de ponto de equilíbrio, para os cenários pessimistas e otimistas. Ainda

segundo a autora (2006, p. 487), a sessão financeira é crucial para determinar se o

o plano é lucrativo.

Na questão dos recursos humanos, a seção que trata de implementação deve

identificar pessoas ou departamentos que irão atuar para alcançar os objetivos

através das estratégias estabelecidas. (JONES, 2006, p. 487)

Um último processo da implementação é chamado de avaliação e controle,

ambos são necessários para acompanhar o processo e medir o desempenho

alcançado pelo plano. Esse processo deve ser detalhado com orçamentos,

responsáveis e prazos para as ações. A realização de várias avaliações durante o

ano, evita pequenas preocupações que possam desviar a equipe do objetivo

principal. (JONES, 2006, p. 487)

Em perspectiva similar Weinstein (1995, p. 45) afirma que medidas de

controle devem ser realizadas constantemente para avaliar se os objetivos

pretendidos estão sendo alcançados ou não, se os prazos estão sendo respeitados

e se há necessidade de mudanças no período.

Segundo Westwood (2005, p. 255), o processo de controle envolve:

estabelecimento de padrões, relacionando às vendas aos custos orçados e aos

prazos para a implementação dos planos de ação. Medir o desempenho

comparando os desempenhos reais com os padrões e por fim propor medidas para

corrigir os desvios do padrão, detalhando processos corretivos a serem

implementados se a variação do padrão ultrapassar certos limites. Esses limites

devem ser definidos no plano escrito.

2.6 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

Para Kotler (2000, p. 58) a satisfação consiste na sensação de prazer ou

desapontamento resultante da comparação do desempenho ou do resultado

percebido de um produto em relação às expectativas de quem irá comprá-lo. Diante

de tal definição entende-se como satisfação a função de desempenho e expectativas

percebidas pelos clientes. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente

ficará insatisfeito. Se alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o

desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito.

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53

Muitas empresas estão objetivando a alta satisfação porque clientes

meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor quando aparece uma oferta

melhor. Os que estão altamente satisfeitos são muito menos propensos a mudar.

Um alto nível de satisfação ou encantamento cria um vínculo maior e emocional com

a marca, não apenas uma preferência racional. (KOTLER, 2000, p. 58)

As necessidades, hábitos e comportamentos dos clientes deverão acontecer

também grandes mudanças no futuro. Para satisfazerem-nos, será preciso

programar um "marketing individual, personalizado, criando soluções adequadas a

cada caso". Muitas pessoas são iludidas por empresas que apresentam produtos

pouco adequados às suas necessidades. As soluções adequadas e a qualidade do

serviço serão determinantes para que haja a satisfação. (KOTLER, 2000, p. 157).

Em perspectiva similar Oliveira (2004, p. 34) enfatiza que a satisfação do

cliente é um imperativo de sobrevivência empresarial. Segundo o autor (2004) a

satisfação trata-se de um sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da

comparação do desempenho esperado pelo serviço em relação às expectativas da

pessoa. Como se pode compreender, a satisfação do cliente passa,

necessariamente, pela qualidade do serviço prestado que, por sua vez, “está

relacionada a um conjunto de características que conferem aptidão para satisfazer

necessidades explícitas e implícitas” (OLIVEIRA, 2004, p. 34).

De forma conceitual e objetiva, Boone e Kurtz (1998) definem a satisfação do

cliente como um componente intangível que busca quantificar a capacidade de um

produto ou serviço de atender ou exceder as necessidades e expectativas do

comprador.

Para Vavra (1993) a importância em se mensurar quanto o nível de satisfação

dos clientes ocorre por que:

A satisfação de clientes se iguala freqüentemente à qualidade;

O compromisso por um programa de satisfação de clientes demonstra

liderança em uma categoria de negócios;

Mensurações internas de satisfação de clientes podem ser impróprias ou

inadequadas;

Por achar que nada vai ser feito, muitos clientes não reclamam

abertamente;

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54

Um programa de satisfação de clientes é uma poderosa ferramenta para

estimular a melhoria dos produtos ou serviços.

Em outra concepção Tasca e Caldwell (1997, p. 80) afirmam que muitos

empreendedores vêem a satisfação do cliente apenas como um complemento, tarefa

a ser completada por um setor da empresa de serviço ao cliente. Os autores (1997)

ressaltam ainda, que o cliente jamais deve ser explorado pelo vendedor, ou seja,

nunca se deve cobrar mais do que o preço justo de um produto ou serviço.

Ainda segundo Tasca e Caldwell (1997, p. 73) o empreendedor precisa

primeiramente ter uma base sólida, para que a empresa possua um forte programa

de satisfação ao cliente. Todos da corporação precisam estar em sintonia para que o

comprador possa perceber as vantagens de ser cliente daquela empresa.

Para Kotler (1994, p. 178) a satisfação do cliente é um tema de natureza

multidisciplinar, ou seja, por ser abordado por diversas áreas do conhecimento, que

vão da antropologia ao marketing, passando pela economia, psicologia e sociologia.

Desta forma, o marketing recebe contribuições de todas essas áreas, favorecendo a

possibilitando de uma multiplicidade de enfoques e conceituações.

Cobra (1993, p. 265) ressalta que, a satisfação em utilizar algum produto ou

serviço da empresa é um fundamento imprescindível da noção do trabalho à

clientela, tanto do serviço pré-venda como pós-venda. Assim a satisfação do cliente

irá depender de uma série de fatores, subjetivos e objetivos.

O autor (1993 p. 265) apresenta alguns critérios para identificar os fatores

citados acima:

Qualidade do produto;

Garantia do produto pelo vendedor;

Adaptação do produto às necessidades do utilizador;

Ajuda financeira ao consumidor;

Condições de boa utilização;

Fácil instalação;

Localização do produto à disposição do consumidor em boas condições;

Boas condições de funcionamento do produto como, manutenção e

assistência técnica.

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55

Vavra (1993) afirma que um programa de satisfação de clientes exerce uma

importante função de pós-marketing por interagir ou focalizar com clientes. Este

programa desempenha várias funções como:

Estabelece uma relação formal entre a área de pesquisa e

desenvolvimento da unidade de negócio, produção, e funções

administrativas com clientes. Essa relação é formalizada através de um

programa que estimula o feedback do cliente.

Consiste com procedimento de coleta de informações, geralmente um

levantamento externo e, frequentemente, um mecanismo estabelecido

para processar e responder internamente ao feedback dos clientes.

Pode ser supervisionado por consultor externo ou empresa de auditoria.

É quantitativo em seu resultado final, embora possa ter sub-componentes

qualitativos.

Monitora a satisfação dos clientes com:

- Produto ou serviço.

- Sistema de entrega.

- Sistema de serviço pós-venda.

Ajuda a estabelecer objetivos para aumentar a satisfação proporcionada

aos clientes e fornece feedback para o monitoramento.

Em perspectiva similar Boone e Kurtz (1998) afirmam que, uma organização

pode medir a satisfação de seus clientes através de um programa de mensuração da

satisfação do cliente, medindo o feedback com relação às metas de melhoria.

Embora haja uma enorme variação, a maioria destes programas incluem algumas

etapas como:

Determinação de áreas críticas para o empreendimento e dos sistemas de

medição em uso atualmente.

Pesquisa de um grupo representativo de clientes parar determinar os

fatores ou atributos importantes no uso de uma mercadoria ou serviço.

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56

Condução de pesquisas para determinar o desempenho da organização

com relação aos atributos selecionados.

Análise dos resultados para desenvolver uma estratégia de ação.

2.7 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 96), “Os consumidores têm muitas

opções de compra hoje em dia.” Desta forma, faz-se necessário que haja uma

pesquisa para se ter o conhecimento do que seus clientes compram. Para os

autores (1998), os profissionais da área de marketing podem saber onde, o que e

como os consumidores compram, porém o porquê do comportamento de compra

destes não é uma tarefa fácil.

Em perspectiva similar Sandhusen (2000, p. 158) afirma que, entender o

comportamento do consumidor é muito importante para os gerentes de marketing,

pois ajudará a entender as necessidades do mercado e a desenvolver compostos de

marketing para então satisfazê-las.

Churchill e Peter (2000) definem o comportamento do consumidor como os

pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influências sobre eles

que determinam mudanças. O estudo deste centra-se no processo de compra e na

variedade de forças que o modelam.

Para Kotler e Armstrong (1998, p. 96) a empresa que compreender como os

consumidores respondem aos vários esforços de marketing, tem grande vantagem

em relação aos seus concorrentes.

Como modelo de comportamento do consumidor, Sandhusen (2000, p. 158)

apresenta o “modelo da caixa-preta”. Segundo esta abordagem a natureza do

comportamento de compra do consumidor é salientada em quando, como porque e

onde as pessoas compram ou não os produtos. O modelo mostra os estímulos, as

características dos consumidores e os processos de decisão interagem na extração

de resposta dos consumidores.

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Fatores ambientais Caixa - preta do comprador

Resposta do

comprador

Estímulos

marketing

Estímulo

ambiental

Características

do comprador

Processo de

decisão

Produto

Preço

Praça

Promoção

Econômico

Técnico

Político

Cultural

Atitudes

Motivação

Percepções

Personalidade

Estilo de vida

Reconhecimento do problema

Procura de informação

Avaliação de alternativa

Decisão de compra

Comportamento após compra

Escolha

Marca escolhida

Comerciante escolhido

Momento da compra

Qualidade de compra

Quadro 3: Modelo da caixa-preta Fonte: Sandhusen (2000, p. 158)

Na mesma concepção Kotler e Armstrong (1998, p. 96) explicam que o

marketing e outros estímulos entram na “caixa-preta” do consumidor e produzem

certas respostas, cabendo aos profissionais de marketing desvendar o que há dentro

dessa caixa-preta. Ainda segundo os autores (1998, p. 96), os estímulos de

marketing consistem nos 4P’s – produto, preço, praça e promoção. Os outros

estímulos são as principais forças e eventos do ambiente econômico, tecnológico,

político e cultural.

Existem diversos fatores que influenciam o processo de tomada de decisão

do consumidor. Para Sandhusen (2000, p. 159), essas influências podem ser

classificadas com interpessoais ou intrapessoais. As influencias interpessoais

acontecem entre as pessoas, nela incluem a família, os amigos e outro grupo social

ou cultural maior ao qual, as pessoas pertencem. As intrapessoais são as influências

que vem de dentro das pessoas e incluem impulsos, percepções e os hábitos que

formam o comportamento dos consumidores.

Cobra (1993, p. 109) salienta variáveis interpessoais na influência do

comportamento. De acordo com o autor (1993) a compreensão de comportamento

humano se faz através da análise de suas necessidades. O que pode levar a uma

decisão de compra esta ligada a questão da sensação de uma necessidade

satisfeita e estas por sua vez pode ser levadas a níveis emocionais, racionais e

inconscientes. Segundo o autor, o que realmente satisfaz as necessidades não são

fatores necessariamente percebidos pelo consumidor, ou seja, não estão muitas

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vezes ao nível consciente. Salienta ainda que a motivação determina o que o

consumidor deseja, e esta pode ser entendida como uma força que move o indivíduo

a optar por caminhos de satisfação e de necessidade.

Para Cobra(1993, p. 109), a satisfação de necessidades pode ser registrada

na mente do consumidor em três níveis:

Nível do consciente: quando ele identifica racionalmente a satisfação;

Nível do subconsciente: quando identifica apenas emocionalmente a

satisfação;

Nível do inconsciente: quando identifica apenas emocionalmente a

sensação.

Ainda segundo Cobra (1993, p. 112) a personalidade também influência no

comportamento dos consumidores.

De forma mais detalhada Kotler, (1996) explica os fatores que influenciam o

comportamento do consumidor. Segundo o autor eles podem ser: fatores culturais,

sociais, pessoais ou psicológicos.

Os fatores culturais segundo Kotler (1996, p. 161) são os que mais

influenciam o comportamento do consumidor e dividem-se em: cultura, subcultura e

classes sociais.

Sandhusen (2000, p. 161) conceitua cultura como “um centro complexo de

valores e crenças criados pela sociedade, passada de geração para geração, e

reforçada pelas instituições do tipo escolas e igrejas.” Os valores culturais exercem

pressões nas pessoas, para que se comportem de maneira correta, de acordo com o

que estas julgam ser aceitáveis.

Em perspectiva similar Cobra (1993, p. 114) conceitua cultura como modelos

implícitos e explícitos de comportamento, transmitido através de símbolos, valores,

tradição e idéias. Ainda segundo o autor (1993) a cultura é funcional, social,

aprendida, arbitrária e cumulativa.

Em concepção similar Schiffman e Kanuk (2000, p. 286) definem cultura como

“a soma total das crenças, valores e costumes aprendidos que servem para

direcionar o comportamento de consumo dos membros de determinada sociedade”.

Dessa forma, os integrantes de uma sociedade acabam adquirindo um conjunto de

valores, preferências, percepções e comportamentos através da vida familiar e de

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outras instituições, que acabam, interferindo em seus hábitos de consumo presentes

e futuros.

Segundo Kotler (1996, p.163) cada cultura consiste em subculturas menores

que irão fornecer características e identificações mais específicas, além de

socialização de seus membros. Ainda segundo o autor (1996), as subculturas

incluem a nacionalidade, grupos raciais, religiões e regiões geográficas.

Muitas subculturas constituem importantes segmentos de mercado, e, freqüentemente os profissionais de marketing desenvolvem produtos e programas de marketing ajustados as suas necessidades. (KOTLER, 1996, p. 163)

Na mesma concepção Sandhusen (2000, p. 162) explica subcultura como

“segmentos separados de uma cultura organizada ao redor de fatores como raça,

nacionalidade, religião ou localização geográfica.

E, por fim, complementando a idéia de Kotler (1996), as classes sociais, que

segundo o autor “são divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma

sociedade, que são ordenadas hierarquicamente e cujo os membros compartilham

valores interesses e comportamento similares.

Para Cobra (1993, p. 114) a classe social influencia não só no comportamento

social como também no hábito de compra. Desta forma, a classe social influencia

nas decisões de compra em função da renda disponível para o consumo.

Assim como Kotler (1996) afirmou, o comportamento do consumidor sofre

influência não só dos fatores culturais, mas também dos fatores sociais como grupo

de referência, família, papéis sociais e status.

Os grupos de referência compreendem “todos os grupos que têm influência

direta ou indireta sobre as atitudes ou comportamento da pessoa.” (KOTLER, 1996,

P. 163)

Sandhusen (2000, p. 164) apresenta, as categorias principais de um grupo de

referência:

Grupos de associados - aos quais o indivíduo pertence como: família,

amigos, colegas de trabalho, associações religiosas e profissionais.

Grupos-modelos - aos quais o indivíduo pertence.

Grupos desassociados - cujos valores o indivíduo rejeita.

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Kotler e Armstrong (2003) explanam que os grupos que exercem uma

influência direta sobre uma pessoa e dos quais ela faz parte são chamados de

grupos de associação. Já os grupos de referência agem como pontos de

comparação ou referência diretos ou indiretos na formação do comportamento e das

atitudes de uma pessoa. Segundo os autores (2003), o nível de um grupo varia de

acordo com as marcas e os produtos. Essa influência tende a ser mais forte quando

o produto é visível para aqueles que o comprador respeita. Os fabricantes de

produtos e marcas sujeitos a uma forte influência de grupo devem tentar descobrir

como alcançar os líderes de opinião, pessoas de um grupo de referência que, devido

a habilidades especiais, conhecimento, personalidade ou outras características,

exercem influência sobre os demais.

“Pode ser o menor grupo de referência com o qual o consumidor interage, a

família é também a mais importante influência de compra na sociedade.”

(SANDHUSEN, 2000, p. 167)

Cobra (1993, p. 113) destaca a influência dos amigos sobre os indivíduos e

sobre suas decisões de compra ou na escolha por marcas. Porém o que varia é a

intensidade dessa influência.

Os papéis e posições sociais também influenciam o comportamento das

pessoas. Segundo Kotler (1996, p. 166) as pessoas escolhem produtos que

comunicam seu papel e status na sociedade. Desta forma, os profissionais de

marketing devem se atentar a aos símbolos de status potenciais de produtos e

marcas.

De acordo com Limeira (2008), o comportamento do consumidor baseia-se

em um conjunto de reações ou respostas dos indivíduos a determinados estímulos.

Esses estímulos podem estar envolvidos a fatores pessoais.

Limeira (2008) aponta alguns fatores que influenciam o comportamento do

consumidor. A autora começa pelos fatores pessoais, que é composto pelo conjunto

de estados fisiológicos e psicológicos, além dos traços de personalidade, as

características particulares do indivíduo, como emoções e percepções, crenças e

experiências, idade e renda, estados de privação ou carência, entre outros.

Os fatores ambientais - são aqueles de natureza cultural, social,

econômica, política e legal, como valores compartilhados, opiniões de

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membros da família e de grupos de referência, mensagens transmitidas

pelos veículos de comunicação, decisões de política econômica,

mudanças causadas por novas tecnologias e limites impostos pela

legislação.

Os fatores situacionais – são as condições circunstanciais e

momentâneas que interferem no comportamento do consumidor, como

sua disponibilidade de tempo e as características do ambiente físico da

loja, por exemplo, no momento da compra.

Os fatores de estímulos de marketing - baseiam-se nas decisões de

produto, preço, distribuição e promoção que estão sob controle da

empresa e que visam provocar certas respostas nos consumidores.

Para Kotler(1996) os fatores pessoais envolve: idade e estágio do ciclo de

vida, ou seja, as pessoas vão desenvolvendo diferentes hábitos e características de

compras ao longo de sua vida, seguindo as necessidades de acordo com a idade; a

ocupação que irá influenciar no padrão de consumo dos indivíduos; as condições

econômicas, que está relacionada a renda disponível, a poupança, patrimônio; aos

estilos de vida que são influenciados pela relação entre as subculturas, classes

sociais e ocupação do indivíduo; e por fim a personalidade, que por sua vez irão

influenciar devido a diversidade nas características de personalidade de cada

indivíduo.

Assim como os demais fatores já mencionados, os fatores psicológicos

também influenciam no comportamento do consumidor.

Segundo Kotler(1996, p. 170) os quatro mais importantes são motivação,

percepção, aprendizagem e por fim crenças e atitudes.

Motivação – a maioria das necessidades psicológicas não são intensas o

suficientes para motivar a pessoa a agir imediatamente sobre elas. Um

motivo é uma necessidade que está pressionando suficientemente para a

pessoa agir.

Percepção – uma pessoa motivada está pronta para agir. Como ela

realmente age é influenciada por sua percepção da situação. As pessoas

podem manifestar diferentes percepções do mesmo objeto em razão da

atenção, da distorção ou da retenção seletiva.

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62

Aprendizagem – quando as pessoas as agem, elas aprendem. A

aprendizagem descreve as mudanças no comportamento do indivíduo

decorrentes da experiência.

Crenças e atitudes – através da ação e da aprendizagem, as pessoas

adquirem suas crenças e atitudes, influenciando o comportamento de

compra. A crença é o pensamento descritivo que as pessoas sustentam

sobre algo; e as atitudes são resistências favoráveis ou desfavoráveis de

uma pessoa os sentimentos, tendências e avaliações de um objeto ou

idéia.

2.8 VAREJO

O varejo é o conjunto de atividades humanas que tem como propósito

proporcionar oportunidade para troca de bens, valores e serviços. O comércio é a

ponta final de toda cadeia de suprimentos, que se estende das fontes de matéria-

prima até o consumidor final. Considera-se que o varejo foi uma das primeiras

atividades a constituir uma forma definida na sociedade. (NOVAES, 2004, p. 18).

Em concepção similar, McCarthy e Perreault (1997, p. 201), o varejo

compreende “todas as atividades envolvidas na venda de produtos a consumidores

finais.”

Kotler (1993) em uma definição um pouco mais abrangente afirma:

"O varejo inclui todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais para uso pessoal. Qualquer organização que utiliza esta forma de venda, seja ela fabricante, atacadista ou varejista, está praticando varejo. Não importa a maneira pela qual os bens ou serviços são vendidos (venda pessoal, correio, telefone ou máquina automática), ou onde eles são vendidos (loja, rua ou residência)". (KOTLER, 1993, p. 297)

De acordo com Levy e Weitz (2000), varejo é um conjunto de atividades de

negócios que adiciona valor a produtos e serviços vendidos aos consumidores para

o seu uso pessoal e familiar. Sendo que a atividade de varejo envolve tanto a venda

de produtos em lojas, como também a venda de serviços.

Cobra (1992) destaca ainda no varejo, quatro características importantes. São

elas:

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63

Quem inicia a compra geralmente é o consumidor, ao contrário da venda

de fabricantes ou atacadistas para varejistas, a iniciativa é do vendedor

dos primeiros.

O varejo tem um sentido de urgência. As pessoas desejam comprar e usar

as mercadorias imediatamente.

A venda é efetuada geralmente em pequenas quantidades.

O varejo tem normalmente uma localização fixa e, por isso, precisa atrair

compradores, uma vez que não pode ir até os compradores, como o

fazem os vendedores de fabricantes, de atacadistas e de distribuidores.

Há muitos tipos de organizações de varejo, e novos formatos continuam

surgindo. Há varejistas de loja, sem loja e organizações de varejo (KOTLER, 2000,

p. 540).

Na mesma concepção Dias et al (2006) afirma que existem dois principais

tipos de varejo:

O varejo com lojas, que está segmentado em varejistas de alimentos, de

mercadorias em geral e de serviços.

O varejo sem lojas, que está segmentado em venda direta, por catálogo e

mala direta, televendas, por televisão, por máquinas de venda, por

marketing direto integrado e através do comércio eletrônico.

Em perspectiva similar Sandhusen (2000, p. 358) afirma que, a maioria das

lojas são varejistas e sendo assim desempenham funções diferentes como:

Comprando bens e serviços e os oferecendo para venda, os varejistas

tomam decisões individuais sobre a variedade de bens e serviços a serem

oferecidos.

Manuseando a mercadoria como a armazenagem, preço e exposição dos

produtos.

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64

Informando os clientes através de materiais promocionais e pessoal de

vendas, e informando os outros membros do canal dos resultados das

pesquisas de mercado.

Vendendo os produtos, essa função inclui fornecer serviço ao cliente para

ajudar a fechar essa transação. Os serviços incluem crédito, políticas de

retorno e entrega, horários e locais convenientes, e pessoal prestativo na

loja.

Cobra (1993, p. 306) apresenta uma classificação de varejistas partindo do

tipo de produto comercializado são elas:

Loja de conveniência – São normalmente lojas situadas nas regiões

centrais das cidades ou em áreas pouco atendidas pelo comércio em geral.

Os produtos comercializados por essas lojas, como o próprio nome indica,

são produtos de conveniência que as pessoas compram ou procuram

comprar pela facilidade de acesso.

Loja de departamento – são lojas que atraem pessoas de lugares distantes,

pois oferecem diversas linhas de produtos, como móveis, roupas,

eletrodomésticos, etc.

Lojas de especialidades – são lojas que vendem produtos especializados

não disponíveis em qualquer loja. São normalmente produtos selecionados,

de reputação, com serviços especiais aos clientes. Das lojas que ofereciam

de tudo, o comércio evoluiu para lojas especializadas por tipo de produto.

Segundo o autor (1993, p. 306) há ainda outros tipos de varejo como:

Cadeias de lojas – dentro de um enfoque do tipo de variedade de produtos

oferecidos, muitas lojas crescem para atender diversas regiões

geográficas.

Supermercado – São lojas de auto serviço, normalmente dedicadas a

alimentos, produtos de higiene e limpeza, produtos de conveniência, etc.

Lojas 24 horas – crescem nas grandes cidades lojas do tipo delicatessen,

que funcionam 24 horas por dia para atender as diversas conveniências.

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65

Lojas show - room – crescem em todos os países lojas de exposição e

venda, que funcionam como um cartão de visitas para a demonstração de

determinadas categorias de produtos.

Lojas de desconto – são estabelecimentos que se especializam na venda

de produtos baratos, sem nenhuma sofisticação ou serviço.

Lojas de merchandising – são especializados em produtos como roupas,

eletrodomésticos, etc, que buscam rápido giro de mercadorias, com

pequena margem de lucro e não oferecem praticamente nenhum serviço.

Hiperlojas – são lojas muito grandes que procuram incorporar, além de

alimentos, produtos e serviços de compra rotineira a preços baratos para

atrair consumidores.

Lojas de conveniência (de fast food) – com sentimento limitado de itens;

concentrando-se em alimentos, crescem as cadeias desse tipo de loja.

Máquinas automáticas – de largo uso nos EUA, as máquinas automáticas

vendem refrigerantes, chocolates, sorvetes, sanduiches, etc. Tem elevado

custo na aquisição e a necessidade de uma moeda estável, além do hábito

de consumo.

Telefone e reembolso postal – crescem as vendas por telefone e por

reembolso postal. Os cartões de credito, sobretudo, utilizam-se das vendas

através de folhetos que estimulam o uso de cartão resposta ou mesmo o

telefone para a compra.

Catálogo – esse tipo de venda é muito estimulado para a venda de brindes

e mesmo de produtos diversos. Muitas lojas já se utilizaram e algumas se

utilizam ainda da venda por catálogo, sobretudo, para atender as regiões

mais distantes do país.

Venda domiciliar – a venda direta ao consumidor no local de trabalho ou na

residência deste é um métodos muito utilizado em diversos países do

mundo.

De acordo com Dias et al (2006), existem três características de locais para

um varejista – Centros comerciais, Shopping Centers e Pontos isolados - os mesmos

são listados a seguir:

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66

Centro comercial – está localizado, em geral, nas regiões mais antigas das

cidades, de alto fluxo de pessoas, muitas vezes a caminho do trabalho, e

em regiões centrais. Geralmente é formado por várias lojas de pequeno

porte, cada qual especializada em um tipo de produto diferente.

Shopping regional – são locais que fornecem mercadorias em geral e

costuma ter muitas lojas de roupas e serviços completos e variados. Um

shopping regional é geralmente fechado, com as lojas voltadas para um

núcleo comercial interno. Aproximadamente a metade dos cerca de 180

shoppings existentes no Brasil são classificados como shoppings

regionais.

Shopping comunitário – geralmente oferece um grande sortimento de

roupas e outras mercadorias. Ocupam uma área menor e são um modelo

encontrado em cidade de grande porte e também em cidades médias.

Cerca de um terço dos shoppings do Brasil poder ser classificados nesse

segmento.

Shopping de vizinhança – de menor porte, muitas vezes aberto e projetado

para fornecer conveniência na compra do dia-a-dia.

Shopping especializado – é voltado para um ramo específico de

atividades, tais como moda, decoração, náutica, esportes ou automóveis.

Existem cerca de dez shoppings com essas características no Brasil.

Outlet Center – trata-se de um tipo de shopping ainda pouco difundido no

Brasil. Sendo formado, em sua maior parte, por fabricantes vendendo suas

próprias marcas a preços reduzidos.

Festival Center – geralmente localizado em áreas turísticas, esse tipo de

shopping é basicamente voltado para atividades de lazer.

Hipermercados - outro tipo de loja que não está ligado aos shopping

centers, que muitas vezes ficam em pontos distantes, de acesso

relativamente fácil, e que acabam levando comércio à região.

Bernardino et al (2004, p. 204) afirmam que os varejistas são responsáveis

pelo o atendimento ao consumidor, devem colocar seus produtos e serviços de

melhor maneira possível, ou seja, os varejos compreendem além da venda em loja,

serviços, como entrega em domicílio.

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67

Os varejistas são, ao mesmo tempo, a fonte de energia de seus fornecedores

e o agente de compra para seus clientes. Representam um elo de ligação entre

produção e consumo. De um lado representam os interesses dos fornecedores que

vêem na sua atividade a maneira adequada de escoar suas produções ou o seu

estoque e, de um outro lado, buscam satisfazer as necessidades e desejos de seus

clientes (COBRA, 1992, p. 304).

Na mesma linha, Levy e Weitz (2000) afirmam que o varejista é um

negociante que vende produtos e serviços de uso pessoal ou familiar aos

consumidores. O varejista é o último negociante de um canal de distribuição que liga

fabricantes a consumidores.

Em perspectiva similar Parente (2009, p. 23) destaca que os varejistas fazem

parte de um sistema de marketing complexo, são componentes importantes, mas

não são únicos. Assim dependem da participação e da integração dos outros

participantes do canal (fornecedores, atacadistas). Segundo o autor (2000) o varejo

é o elo entre o nível de consumo e o nível do atacado ou da produção. Os varejistas

compram, recebem e estocam produtos de fabricantes ou atacadistas para oferecer

aos consumidores a conveniência do tempo e lugar para a aquisição de produtos.

De forma mais abrangente, Bernardino et al (2004, p. 39) asseguram que os

clientes brasileiros tornaram se mais exigentes pelo fato de poderem conhecer

novos produtos a partir da entrada dos varejistas internacionais, com tudo, podem

comprar com mais qualidade, verificar a utilidade e comparar os preços praticados

no mercado. Por não poderem competir altura, o varejista internacional trouxe

muitas desvantagens e prejuízos para alguns atacadistas de médio e pequeno

porte.

Bernardino et al (2004, p 45), defendem ainda que o forte poder dos grandes

varejista tem causado divergências entre os fornecedores e empresários. Os

varejistas potenciais é que “comandam” a negociação, cotam os preços, pedem

bonificações para o abastecimento da loja, entre outros. Diante desse fenômeno da

concentração do varejo, muitas fábricas compreenderam que é mais lucrativo

trabalhar com redes de médio e pequeno porte.

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68

3 METODOLOGIA

Este capítulo tem por objetivo apresentar a metodologia utilizada na pesquisa

em questão, ou seja, a forma como foi levantados os dados e informações sobre a

satisfação dos clientes do Supermercado FF.

Para realização deste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica,

pesquisa de campo e pesquisa documental. Além disso, para obter as informações e

os dados necessários foi utilizado questionários com perguntas fechadas, a

observação por parte da acadêmica e uma entrevista semi-estruturada com os

proprietários.

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Para obtenção dos dados e informações do estudo, foi necessário a

realização de uma pesquisa junto aos clientes e proprietários da empresa.

Segundo Oliveira (1998, p. 43), “o pensamento metodológico tem o objetivo

de estudar os meios e métodos de investigação do pensamento correto e

verdadeiro, a fim de estabelecer uma diferença entre o que é verdadeiro e o que não

é verdadeiro, e entre o que é real e o que é ficção.”

A pesquisa proposta é de natureza predominantemente quantitativa. Segundo

Kotler (1998), a metodologia quantitativa permite mensurar opiniões, reações,

hábitos e atitudes de um público-alvo. Desta forma, a presente pesquisa trata das

opiniões dos clientes chegando a conclusões percentuais de satisfação e por esta

razão e caracterizada como quantitativa.

Para Mattar (2001), a abordagem quantitativa na análise de dados é mais

adequada quando se tratam de objetivos bem definidos, procedimentos formais e

voltados para solução de problemas, apresentando alternativas para melhorias.

Além disso a pesquisa caracteriza-se também como descritiva. Segundo Gil

(1994) as pesquisas desse tipo tem como objetivo primordial a “descrição das

características de uma população, ou fenômeno ou estabelecimento de relações

entre varáveis.”

Na percepção de Oliveira (2001, p. 115):

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69

O método quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, pois procura descobrir e classificar a relação entre as variáveis, assim como na investigação da relação de casualidade entre os fenômenos: causas e efeitos.

A pesquisa também classifica-se como documental, pois foram utilizadas

fontes primarias, através de questionários com perguntas fechadas. Além disso,

utilizou-se no estudo fontes secundárias compostas de análises e documentos. Para

Marconi e Lakatos (1999, p. 64), a pesquisa documental se caracteriza pela coleta

de dados, restrita a documentos, escritos ou não, constituindo as fontes primárias.

Cabe ressaltar novamente que o estudo possui também fontes secundárias

compostas de análises e documentos diversos. Mattar (2001) compreende ser de

baixo custo à realização da pesquisa documental.

Na entrevista semi-estruturada, o investigador tem uma lista de questões ou

tópicos para serem preenchidos ou respondidos, como se fosse um guia. A

entrevista tem relativa flexibilidade. As questões não precisam seguir a ordem

prevista no guia e poderão ser formuladas novas questões no decorrer da entrevista

(MATTOS, 2005).

Segundo Tomar (2007, p. 179) em geral, a entrevista seguirá o que se

encontra planejado. As principais vantagens das entrevistas semi-estruturadas são

as seguintes: possibilidade de acesso a informação além do que se listou;esclarecer

aspectos da entrevista; gera de pontos de vista, orientações e hipóteses para o

aprofundamento da investigação e define novas estratégias e outros instrumentos.

A pesquisa de campo, também foi uma técnica utilizada neste estudo. Ainda

segundo Marconi e Lakatos (1999, p. 85), a pesquisa de campo é tem por objetivo

coletar informações e/ou conhecimentos acerca de uma problemática para o qual se

procura uma solução, resposta ou hipótese que se queira comprovar, ou ainda

descobrir novos fenômenos e a relação entre eles.

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo tem como objetivo identificar o grau de satisfação dos

clientes do Supermercado FF, localizado na rua João Henrique Pauli, 484, na cidade

de Antônio Carlos, Santa Catarina, no período de março a novembro de 2010.

Segundo Marconi e Lakatos (1999), delimitar a pesquisa é estabelecer limites

para investigação.

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70

A população da pesquisa compreende os moradores da cidade de Antônio

Carlos, na qual a empresa encontra-se. Desta forma, optou-se em trabalhar com

uma amostra intencional, aplicando o questionário com os clientes que visitaram o

Supermercado durante o período da pesquisa e ainda alguns conhecidos que

retornavam com o questionário respondido no dia seguinte. Para Marconi e Lakatos

(1999) a população é o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam

pelo menos uma característica em comum.

Segundo o IBGE (2007) o município de Antônio Carlos, possui uma

população aproximada de 7087 habitantes.

De acordo com Gil (1999, p. 100) “amostra é um subconjunto do universo ou

da população, por meio do que se estabelecem ou se estimam as características

desse universo ou população”. A amostra, calculada no Programa Sample, ficou

estimada em 95 respondentes, considerando-se um índice de confiabilidade de 95%

e margem de erro de 10%.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para realização do estudo proposto utilizou-se a coleta de dados primários

através de questionários e entrevistas a fim de se obter as informações necessárias

para as análises.

Roesch (1996, p. 132) destaca que os dados primários são os dados criados

pelo pesquisador, obtidos através de questionários, entrevistas, escalas, testes,

observações, índices e relatórios escritos. A autora (1996) define ainda questionário

como o instrumento mais usual em pesquisas de cunho quantitativo devido a sua

funcionalidade quanto a levantamento de dados acerca de amostras, que busca

mensurar alguma coisa.

Utilizou-se ainda a coleta de dados secundários realizados através de

pesquisa bibliográfica e pesquisas documentais em relatórios da organização.

Segundo Roesch (1996, p. 132), os dados secundários são classificados

como aqueles que não foram criados pelo pesquisador, obtidos através de

pesquisas bibliográficas.

Para Lakatos e Marconi (1999, p. 100), a pesquisa bibliográfica é “um

procedimento formal com métodos de pensamento reflexivo que requer um

tratamento científico.” Completando este conceito, Roesch (1996, p. 99) sintetiza que

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71

a pesquisa bibliográfica define-se como a leitura, seleção e análise de obras

importantes com relação ao tema escolhido.

Para avaliação da satisfação dos clientes do Supermercado FF. Foram

analisados as variáveis relacionadas aos serviços, produtos e qualidade de

atendimento.

Antes da aplicação da pesquisa foi realizado um pré-teste que segundo Cobra

(1997, p. 144) é um facilitador, pois auxilia o pesquisador a detectar possíveis falhas

no questionário, permitindo que se faça correções caso necessário. O pré-teste

realizado foi aplicado a alguns conhecidos da acadêmica a fim de experimentar o

instrumento de pesquisa.

O questionário conforme a apêndice A, foi baseado na análise da acadêmica

em relação aos fatores que esta identificou como importantes para o bom

andamento da empresa. Foi aplicado aos clientes no estabelecimento mesmo, em

um local apropriado. A acadêmica abordava o cliente e este respondia na hora ou

então retornava mais tarde com o formulário já respondido.

Já a entrevista semi-estruturada também baseada na observação da

acadêmica, bem como no questionário já elaborado, conforme apresentado no

apêndice B, foi realizada com os proprietários, passando ao entrevistador o ponto de

vista destes em relação as mesmas variáveis avaliadas pelos clientes.

3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS

De acordo com Roesch (1996, p. 141), para analisar os dados coletados

através de uma pesquisa de caráter quantitativo, estes devem ser expostos

à análise estatística. Ou seja, os dados deste estudo foram analisados e

interpretados de forma quantitativa e utilizado o método descritivo e estatístico.

Gil (2008, p. 17) salienta que o método estatístico fundamenta-se na

aplicação da teoria estatística da probabilidade e constituiu importante auxílio para

investigação em ciências sociais.

Segundo Marconi e Lakatos (1999, p. 37), a interpretação consiste na

“atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas,

vinculando-as a outros conhecimentos”.

Os dados e informações coletados serão apresentados no capítulo 4. Essas

informações e dados, após coletados e tratados, foram tabulados e posteriormente

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houve a montagem dos gráficos. Após esse processo foi realizado uma análise e

interpretação dos dados. A estrutura da análise segue a apresentação dos dados,

contendo o ponto de vista dos clientes e proprietários e por fim uma análise

quantitativa da autora.

Com isso, a partir das análises dos dados e informações coletadas e o

resultado da pesquisa, foi possível propor ações em prol de melhorias para a

empresa.

4 RESULTADO DA APLICAÇÃO

Os resultados da aplicação serão apresentados, a fim de fornecer subsídios

para as ações de marketing em prol de melhorias para a empresa Supermercado

FF.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A história da marca FF teve início na década de 50, quando o seu idealizador

Sr. Brasnel Julio Hoffmann, construiu seu engenho de farinha de mandioca. Com

matéria prima em abundância e a cultura já enraizada, deu-se início a pequena

fábrica de fundo de quintal, que de forma gradativa foi tomando seu espaço no

mercado. A alta qualidade da farinha fez com que a marca se tornasse cada vez

mais conhecida na região. O desejo de expandir seus negócios e percebendo a

carência da área supermercadista da região e principalmente do município de

Antônio Carlos, o Sr. Brasnel deu início a mais um empreendimento, o

Supermercado FF.

O Supermercado FF é uma empresa familiar, inaugurado em setembro de

1995, localizado na Rua João Henrique Pauli, nº. 484, no centro de Antônio Carlos,

Santa Catarina.

No início, a empresa contava com apenas 3 funcionários, que atuavam numa

área bem reduzida. Durante 12 anos a empresa foi administrada por dois sócios e

seus respectivos cônjuges. Hoje não há mais essa sociedade e a empresa é

administrada pelo Sr. Valdir, um dos antigos sócios, e seus dois filhos Bacharéis em

administração. Conta com um quadro funcional de 51 colaboradores, sendo 1

presidente, 2 gerentes, 4 supervisores e 3 auxiliando no administrativo. Os demais

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funcionários estão divididos entre padeiros, confeiteiras, motoristas, açougueiros,

repositores entre outras funções, em um espaço físico aproximado de 700 metros

quadrados.

Em 2005, o supermercado passou por uma reforma, na qual ampliou sua

estrutura e climatizou o ambiente, para que assim pudesse melhor atender seus

clientes. E mais recentemente, em 2007, abriu sua filial, localizada também em

Antônio Carlos, porém mais próximo ao centro da cidade.

O volume de vendas do supermercado aumenta consideravelmente no verão,

pois o município apresenta uma boa estrutura de parques aquáticos, e o conseqüente

aumento de turistas, principalmente nos finais de semana, faz com que haja um

crescimento significativo nas vendas. Desta forma o supermercado FF atende a um

público diversificado.

Seus principais concorrentes são do mesmo município, tais como:

Supermercado Zimermann, Mercado Prim, Mercado Ventura, Mercado Vila Doze e o

Supermercado JK.

A empresa tem projetos de expandir seus negócios, criando uma rede de

supermercados de pequeno e médio porte, preocupados sempre em não ser maior e

sim a melhor, ocupando de forma gradativa seu espaço no setor varejista regional e

até mesmo estadual.

A seguir apresenta-se o organograma da empresa (vide figura 2) e fotos das

fachadas das duas lojas (vide figura 3 e 4) :

DIRETORIA

ADMINISTRATIVO /

COMERCIAL

COMERCIAL /

FINANCEIRO

DEPARTAMENTO

COMPRAS

CONTAS A PAGAR

E RECEBER LOJA PROPAGANDARECURSOS

HUMANOS

Figura 2: Organograma do Supermercado FF. Fonte: Documentos da empresa.

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Figura 3: Fachada da matriz do Supermercado FF Fonte: Supermercado FF

Figura 4: Fachada da filial do Supermercado FF Fonte: Supermercado FF

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4.2 APRESENTAÇÕES, INTERPRETAÇÕES E ANÁLISE DOS DADOS E

INFORMAÇÕES COLETADAS

Após apresentada a caracterização da empresa, será abordada na sequência

a apresentação e análise da satisfação dos clientes e a percepção de seus

proprietários, com relação a diversas variáveis pesquisadas.

4.2.1 Perfil dos clientes

Os clientes do supermercado FF, apresentam diferentes características que

compõem um perfil que será apresentado e analisado a seguir.

a) Gênero dos clientes do Supermercado FF.

Com a pesquisa realizada, pode-se obter as seguintes informações em

relação aos clientes do Supermercado FF (vide Tabela 1):

Tabela 1: Quanto ao gênero dos clientes do Supermercado FF.

Gênero Absoluto Relativo

Masculino 47 49%

Feminino 48 51%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 01: Gênero dos clientes do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de Campo.

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De acordo com os dados apresentados verificou-se que dos 95 clientes

respondentes do questionário, 51% são mulheres e 49% homens.

O objetivo deste item é identificar que tipo de público o Supermercado FF,

vem se deparando e pra quem este deve voltar suas ações e estratégias a fim de

obter progresso e resultados positivos constantemente.

Com base nos dados coletados, pode-se verificar, que a presença do público

feminino nos supermercado vem diminuindo em relação a anos passados, onde os

homens não assumiam essa tarefa, por estar mais ligadas aos afazeres doméstico,

até então considerada atividade mais feminina.

b) Idade dos Clientes do Supermercado FF.

Tabela 2: Quanto a idade dos clientes do Supermercado FF.

Idade Absoluto Relativo

Menos de 18 anos 7 7%

18 a 25 anos 26 27%

26 a 35 anos 28 29%

36 a 45 anos 17 18%

46 a 55 anos 11 12%

Mais de 56 anos 6 6%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo

7%

27%

30%

18%

12%6%

Idade dos clientes do Supermercado FF

Menos de 18 anos

18 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

Mais de 56 anos

Gráfico 2: Idade dos clientes do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo

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De acordo com os dados apresentados, verificou-se que dos 95 clientes

questionados, a maioria situa-se na faixa dos 26 a 35 anos, chegando a 30%. Em

seguida encontra-se com 27% a faixa etária entre 18 a 25 anos. Já 18% estão na

faixa entre 36 a 45 anos. 12% dos clientes estão entre 46 a 55 anos. Os demais

itens estão divididos entre as opções demonstrada no gráfico 2.

Este resultado aponta uma característica importante, que apesar de o

município ser considerado uma cidade muito habitada por idosos com alto índice de

longevidade, a tarefa de freqüentar o mercado e realizar as compras, segundo

resultados e observação da acadêmica, ficam designada em sua maioria aos seus

filhos ou parentes mais jovens.

c) Onde residem os clientes do Supermercado FF.

Tabela 3: Quanto ao local onde os clientes do Supermercado FF residem.

Mora na cidade Absoluto Relativo

Sim 85 89%

Não 10 11%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo

89%Sim

11%Não

Reside Antonio Carlos

Gráfico 3: Reside em Antônio Carlos Fonte: Pesquisa de campo

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De acordo com os dados obtidos através da pesquisa, dos 95 clientes

questionados, 89% moram no município de Antônio Carlos. Os 11% restante variam

entre as cidades de Biguaçu, São José e São Pedro de Alcântara.

Com esse resultado pode-se chegar a conclusão de que a empresa deve

valorizar seus clientes locais, porém o crescimento e expansão para atender as

demais cidades da região é significativo, principalmente no que diz respeito a

cidades como São Pedro de Alcântara, onde não apresenta muitas opções de

supermercados desse mesmo porte, não oferecendo grandes ameaças no quesito

concorrência.

Dos residentes do município de Antônio Carlos, o Supermercado FF atende a

todos os bairros, porém pelo que se pode observar através da pesquisa seus

principais clientes estão no centro, canudos e rachadel, que por sua vez são o local

onde possui maior população.

Deve-se observar ainda que essa parcela de clientes que não residem na

cidade de Antônio Carlos, buscam no Supermercado FF características e fatores

que os demais supermercados dessas outras cidades não oferecem aos seus

clientes. Esses fatores serão apresentados posteriormente nos demais gráficos.

d) Escolaridade dos clientes do Supermercado FF.

Tabela 4: Quanto a escolaridade dos clientes do supermercado FF.

Escolaridade Absoluto Relativo

E. Fundamental incompleto 12 13%

E. Fundamental completo 12 13%

E. Médio incompleto 19 20%

E. Médio completo 26 27%

E. Superior incompleto 20 21%

E. Superior completo 6 6%

Pós-graduado 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 4: Escolaridade dos clientes do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados coletados, 26% possuem ensino fundamental, 47%

dos clientes questionados possuem ensino médio e 27% possuem ensino superior,

conforme apresentado no gráfico 4.

Esse resultado permite concluir que apesar de ser uma cidade com a sua

economia voltada principalmente a trabalhos agrícolas e a pouca escolaridade ser

uma característica muito comum a este tipo de atividade, a porcentagem de ensino

médio completo é considerada razoável. Relacionando esse resultado à faixa etária

já analisada anteriormente, pode-se perceber que o nível de exigência dos clientes é

considerável e relevante, podendo ser um fator importante para a constante

renovação das práticas de marketing e vendas do supermercado.

e) Estado civil dos clientes do supermercado FF.

Tabela 5: Quanto ao estado civil dos clientes do supermercado FF.

Estado civil Absoluto Relativo

Solteiro 35 37%

Casado 52 55%

União estável 5 5%

Separado/ divorciado 2 2%

Viuvo 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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80

37%

55%

5%

2% 1%

Estado Civil dos clientes do Supermercado FF

Solteiro

Casado

União estável

Separado/ divorciado

Viuvo

Gráfico 5: Estado civil dos clientes do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, observou-se que dos 95 clientes

entrevistados, 55% são casados e 37% solteiros. Já 5% têm união estável. Os

demais itens estão divididos entre as opções demonstradas no gráfico 5.

Essa característica reforça a questão do perfil dos clientes do Supermercado

FF, relacionando a sua faixa etária escolaridade e demais fatores já analisados.

f) Ocupação principal dos clientes do Supermercado FF.

Tabela 6: Quanto a ocupação dos clientes do supermercado FF.

Ocupação Absoluto Relativo

Agricultor 11 12%

Aposentado 5 5%

Autônomo 5 5%

Comerciante 11 12%

Empresário 5 5%

Funcionário Público 1 1%

Profissional liberal 8 8%

Assalariado 45 47%

Outro 4 4%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 6: Ocupação dos clientes do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, verificou-se que 47% dos clientes são

assalariados, possuindo desta forma em sua maioria carteira assinada. Em seguida

estão os 12% de agricultores e posteriormente 12% de comerciantes. As demais

ocupações estão divididas entre as opções demonstradas no gráfico 6.

Mais uma vez, pode-se adicionar uma característica ao perfil dos clientes do

Supermercado FF, que por sua vez, de acordo com a observação da acadêmica em

visitas a outros supermercados da região, não fogem muito dos padrões.

4.2.2 Avaliação do nível de satisfação dos clientes

Através da pesquisa realizada pode-se coletar dados referente ao nível de

satisfação dos clientes em relação a diversos fatores do Supermercado FF, que

serão apresentados a seguir.

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a) Avaliação dos clientes quanto o atendimento dos operadores de caixa.

Tabela 7: Quanto a satisfação dos clientes em relação ao atendimento dos caixas.

Atendimento dos operadores de caixa Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 26 27%

Satisfeito 58 61%

Sem Opinião 6 6%

Insatisfeito 3 3%

Muito Insatisfeito 2 2%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

28%

61%

6%

3% 2%

Avaliação do atendimento dos operadores de caixa

Muito Satisfeito

Satisfeito

Sem Opinião

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Gráfico 7: Avaliação do atendimento dos operadores de caixa. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, dos 95 clientes questionados, 61%

relatam estar satisfeito com o atendimento dos operadores de caixa, os 28%

seguintes afirma estar muito satisfeitos com esse quesito. A pesquisa mostrou ainda

que 6% dos clientes não tem opinião sobre este ponto, que por sua vez, deve ser

analisado com cuidado, pois este dado mostra que o supermercado não ofereceu

aos clientes nada satisfatório e nem insatisfatório no atendimento dos operadores de

caixa.

Contudo esse resultado apresenta-se muito positivo, principalmente para os

proprietários, que quando questionados sobre esse quesito argumentaram ser um

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ponto que consideram de extrema importância, pois a finalização da compra no

caixa é onde o cliente terá a chance de expressar suas opiniões, satisfações e

insatisfações e se o funcionário não estiver preparado para argumentar e receber

essas informações de forma a solucioná-las ou amenizá-las a imagem da empresa

perde um pouco da sua credibilidade perante o cliente.

Segundo Kotler (2000, p. 58) a satisfação consiste na sensação de prazer ou

desapontamento resultante da comparação do desempenho ou do resultado

percebido de um produto em relação às expectativas de quem irá comprá-lo. Diante

de tal definição entende-se como satisfação a função de desempenho e expectativas

percebidas pelos clientes. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente

ficará insatisfeito. Se alcançar as expectativas, o cliente ficará satisfeito. Se o

desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito.

Portanto, mesmo com resultados positivos, deve-se sempre estar analisando

esse atendimento, preparando os funcionários a fim de que estes percebam que sua

função vai muito além da finalização da compra, o pagamento e empacotamento

destas, mas sim o contato direto com cliente e suas percepções sobre o

supermercado.

b) Avaliação dos clientes quanto ao atendimento dos funcionários do

corredor.

Tabela 8: Quanto a avaliação do atendimento dos funcionários do corredor do Supermercado FF.

Atendimento dos funcionários do corredor Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 14 15%

Satisfeito 66 69%

Sem Opinião 14 15%

Insatisfeito 0 0%

Muito Insatisfeito 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 8: Avaliação do atendimento dos funcionários do corredor. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 69% dos clientes encontram-se

satisfeitos com o atendimento dos funcionários do corredor, 15% apresentam-se

muito satisfeito e outros 15% afirmam não ter opinião sobre esse atendimento por

nunca ter necessitado.

Deve-se entender por funcionários do corredor, os responsáveis pela

exposição e reposição das mercadorias. Estes devem estar treinados e preparados

para levar o cliente até o produto que deseja e ainda expor de forma que este seja

encontrado facilmente com sua devida identificação e preço.

Esse processo também é muito importante num supermercado, pois segundo

os proprietários houve épocas em que as falhas nesse setor eram constantes, e

encontravam-se muitos itens sem preço, com “buracos” nas prateleiras, havendo

muita reclamação por parte dos clientes. Porém de acordo com os resultados

obtidos nesta pesquisa essa falha já foi ajustada em partes, contudo sempre

ocorrem pequenos erros, por falta de atenção e que devem sempre ser analisados e

corrigidos.

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c) Avaliação dos clientes quando ao atendimento da Padaria do Supermercado FF.

Tabela 9: Quanto ao atendimento das balconistas da padaria do Supermercado FF.

Atendimento dos balconistas da padaria Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 23 24%

Satisfeito 53 56%

Sem Opinião 7 7%

Insatisfeito 12 13%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 9: Avaliação do atendimento dos balconistas da padaria. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados dos 95 clientes questionados, 56%

encontram-se satisfeitos com o atendimento das balconistas da padaria, 24% estão

muito satisfeitos e 13% insatisfeito. As demais opiniões estão divididas entre as

opções apresentadas no gráfico 9.

A padaria do supermercado FF, produz aproximadamente 5.000 pães/dia.

Isso significa que sua produção e conseqüente demanda são altas e requerem

qualidade tanto no produto oferecido, quanto no atendimento oferecido. Através do

estudo em análise, pode observar um índice considerável de clientes insatisfeitos

quanto ao atendimento das balconistas. Em alguns relatos no questionário, há falhas

no que diz respeito a qualidade do produto, em algumas situações, como tortas,

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bolos e outros produtos afins, sem um padrão de qualidade favorável, consideram

as balconistas despreparadas, quando questionadas sobre os insumos dos produtos

produzidos na padaria e ainda a falta de presteza para realizar o atendimento.

Deve-se dar atenção a estes fatores, pois segundo a observação da

acadêmica e relato dos próprios clientes, a padaria, seus produtos e atendimento é

um dos principais motivos que levam estes a realizar compras na concorrência.

Os proprietários relatam que investem sempre em maquinário e

equipamentos de qualidade, a fim de produzir produtos de qualidade e

padronizados. Quinzenalmente recebem a visita de um confeiteiro especializado,

que apresenta receitas diferenciadas, com o objetivo de conquistar o cliente

primeiramente pelo visual e posteriormente pelo sabor. E quem irá oferecer esses

produtos, persuadindo o cliente a não levar apenas o habitual e sim as novidades

são as balconistas, que devem estar preparadas para realizar tais ofertas. Contudo,

eles reconhecem que não oferecem treinamentos para estas, tanto para a prática da

venda como também o conhecimento sobre o produto que elas estão prestes a

vender.

Portanto, apesar da maioria do resultado ser positivo em relação a este

atendimento, o percentual de clientes insatisfeitos, faz com que este atendimento

receba uma atenção especial para que estas possam atender o cliente da melhor

forma possível.

d) Avaliação dos clientes quanto ao atendimento do açougue do

Supermercado FF.

Tabela 10: Quanto ao atendimento dos balconistas do açougue do Supermercado FF.

Atendimento dos balconistas do açougue Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 13 14%

Satisfeito 55 58%

Sem Opinião 15 16%

Insatisfeito 12 13%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 10: Avaliação do atendimento dos balconistas do açougue Fonte: pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 58% dos clientes respondentes da

pesquisa consideram estar satisfeitos com o atendimento do açougue, 14% muito

satisfeito e 16% sem opinião, por não utilizar do atendimento desse setor. Cabe

destacar os 13% finais que encontram-se insatisfeitos com este atendimento.

Conforme relato dos clientes, o atendimento do açougue, não é muito

qualificado na questão na presteza e empatia, porém mostram-se conhecedores dos

produtos, da qualidade e procedência. Esse é um aspecto muito positivo que levou

ao alto nível de satisfação.

Segundo os proprietários, o açougue é um setor em que se prima muito pela

higiene, qualidade das carnes e principalmente a procedência destas. Ainda

segundo a percepção dos proprietários o atendimento dos balconistas é considerado

satisfatório. Porém em algumas situações há certa falta de cortesia no atendimento.

Desta forma, redobrasse novamente a atenção apenas em relação a

preparação desses profissionais para a qualidade no atendimento.

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e) Avaliação dos clientes quanto ao atendimento das balconistas do

bazar do Supermercado FF.

Tabela 11: Quanto ao atendimento das balconistas do bazar do Supermercado FF.

Atendimento dos balconistas do bazar Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 25 26%

Satisfeito 60 63%

Sem Opinião 10 11%

Insatisfeito 0 0%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 11: Avaliação do atendimento das balconistas do bazar. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados dos 95 clientes questionados, 63%

encontram-se satisfeitos com o atendimento do bazar, 26% muito satisfeitos e 11%

apresentam-se sem opinião sobre este atendimento.

O bazar do Supermercado FF encontra-se em um espaço reservado para

esse tipo de comércio. Conta com duas funcionárias exclusivas para esse tipo de

atendimento, sendo que neste espaço são realizados ainda os pacotes para

presente. Os produtos comercializados pelo bazar variam de vestuário intimo a

brinquedos, além da linha de cama, mesa e banho, materiais escolar e acessórios

em geral.

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De acordo com os gestores as épocas em que esse setor apresenta maior

faturamento é no natal, dia das crianças e meses de volta as aulas, onde há um

fluxo muito grande de artigos para presente e materiais escolares. Para finalizar as

compras os produtos adquiridos no bazar são pagos nos caixas do supermercado,

juntamente com as demais compras. Há dois pontos a serem avaliados nesta

questão, um negativo e um positivo. O negativo é o caso de artigos pequenos serem

escondidos em bolsas ou passarem despercebidos pelo caixa. E o positivo é o de

não ter que disponibilizar um funcionário e equipamentos para um caixa dentro do

bazar. Diante dessas informações cabe ressaltar que em épocas em que o fluxo de

pessoas dentro deste espaço é grande, fica difícil de controlar as mercadorias pegas

pelos clientes.

Desta forma, o atendimento pode se tornar defasado, devido ao grande

movimento e apenas uma balconista para atender toda a demanda, tentando

controlar, realizando vendas e empacotando presentes. Percebendo esse risco, os

proprietários definem estratégias para esses períodos de movimento, reforçando as

equipes de atendimento com funcionários temporários ou remanejando funcionários

de outro setor, sempre cuidando para não haver sobrecarga de funções e horário.

f) Avaliação dos clientes quanto ao atendimento das recepcionistas

do Supermercado FF.

Tabela 12: Quanto ao atendimento das recepcionistas do Supermercado FF.

Atendimento das recepcionista Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 25 26%

Satisfeito 60 63%

Sem Opinião 10 11%

Insatisfeito 0 0%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 12: Avaliação do atendimento das recepcionistas. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados 63% dos 95 clientes questionados

encontram-se satisfeitos em relação ao atendimento das recepcionistas, 26%

apresenta-se muito satisfeitos e 11% sem opinião.

Ao entrar no estabelecimento o primeiro contato dos clientes são com estas

recepcionistas, ou seja, elas tornam-se o cartão de visita e a imagem de entrada

para os clientes.

Este resultado é muito positivo, tendo em vista que dentre as atividades

desenvolvidas por estas recepcionistas, a de maior destaque é a de cobranças e os

pagamentos das compras realizadas no crediário. Esse setor tem que estar sempre

preparado para atender o cliente de forma mais sensata e delicada possível, pois

existem diferentes tipos de clientes, entre eles os que não gostam de ser cobrados,

os que pagam rigorosamente em dia, os que esquecem e assim por diante. A

questão do pagamento e desse contato com o cliente requer uma preparação e um

“jogo de cintura”, de acordo com os gestores. A argumentação e a negociação com

os prazos também tem que ser muito eficaz por parte desse profissional, a fim de

que o cliente estabeleça uma fidelidade com a empresa e que honre suas dívidas

com normalidade.

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g) Avaliação dos clientes em relação a aparência e higiene e dos

funcionários do Supermercado FF.

Tabela 13: Quanto a aparência e higiene dos funcionários do Supermercado FF.

Aparência e higiene dos funcionários Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 20 21%

Satisfeito 60 63%

Sem Opinião 9 9%

Insatisfeito 5 5%

Muito Insatisfeito 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 13: Avaliação da aparência e higiene dos funcionários. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 63% dos clientes estão satisfeitos

com a aparência e higiene dos funcionários, 21% muito satisfeitos, 10% sem opinião,

as demais opções estão demonstradas no gráfico 13.

Em relação a este quesito, o resultado é positivo, uma vez que os

funcionários possuem uniformes e equipamentos que devem utilizar a fim de

preservar a sua saúde e também a saúde do cliente.

Assim como o atendimento, a higiene é um fator muito importante relacionado

a imagem da empresa. Funcionários desleixados, com roupas sujas, não são

comuns na empresa, salvo algumas exceções como por exemplo açougueiros que

devido ao manuseio de carnes ficam em alguns momentos com o uniforme ou

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avental sujos. Não há uma exigência formal ou norma, que faça com que os

funcionários sigam um padrão no corte de cabelo, por exemplo, mas sim os

funcionários procuram utilizar do bom senso, seguindo apenas a regra do uso do

uniforme.

O percentual representando a insatisfação dos clientes deve-se

principalmente a situação dos açougueiros, que deixam a desejar na demora para

troca de uniformes. Esta troca deve ser realizada no momento em que percebe o

ocorrido, porém devido ao movimento e até mesmo a indisciplina em alguns casos

estes não cumprem o que se espera.

h) Avaliação dos clientes em relação a variedade de produtos do

Supermercado FF.

Tabela 14: Quanto a variedade dos produtos do Supermercado FF.

Variedade dos produtos Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 17 18%

Satisfeito 64 67%

Sem Opinião 8 8%

Insatisfeito 4 4%

Muito Insatisfeito 2 2%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 14: Avaliação quanto a variedade dos produtos. Fonte: Pesquisa de campo.

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De acordo com os dados apresentados, 67% dos clientes questionados

apresentam-se satisfeitos em relação a variedade de produtos oferecidos pelo

supermercado FF. 18% encontram-se muito satisfeitos e 6% com certa insatisfação,

conforme apresenta o gráfico 14.

O mix de produtos oferecido pelo Supermercado FF, conta com

aproximadamente 15 mil itens. Essa variedade de produtos e marcas, faz com que o

cliente se torne muitas vezes fiel a empresa, não havendo necessidade de buscar o

produto que deseja na concorrência.

O Setor de compras da empresa prima não só pelo preço dos produtos, mas

também pela variedade, a fim de que o cliente encontre tudo que deseja, no

momento em que precisa.

Para os proprietários, essa variedade de itens é importante na questão de

forçar o cliente a freqüentar apenas o supermercado deles, não abrindo brechas

para a concorrência “roubá-los”. Porém cabe destacar, que segundo a pesquisa

realizada há 6% dos clientes que se encontram insatisfeitos. Esse número aponta

alguma falha neste quesito, que segundo relato dos clientes está relacionada a

alguns produtos não encontrados nas prateleiras, ou ainda os produtos ditos em

falta.

Os proprietários afirmam ainda, que cobram dos repositores a disponibilidade

dos produtos de forma mais ágil nas prateleiras, a fim de que estejam disponíveis no

momento em que o cliente entra na loja e vai a procura destes.

i) Avaliação dos clientes quanto a prática do preço dos produtos do

Supermercado FF.

Tabela 15: Quanto ao preço dos produtos do Supermercado FF.

Preço dos produtos Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 8 8%

Satisfeito 48 51%

Sem Opinião 17 18%

Insatisfeito 20 21%

Muito Insatisfeito 2 2%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 15: Avaliação quanto ao preço dos produtos. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados na pesquisa 51% das pessoas

encontram-se satisfeitas com o preço praticado pelo Supermercado FF. 8%

apresentam-se muito satisfeitas e com um percentual bem considerável 21%

apresentam-se insatisfeitas. Os demais níveis dividem-se conforme apresenta o

gráfico 15.

Segundo Schewe e Hiam (2000, p. 35), “preço é quanto custa – ou seja,

aquilo que o consumidor precisa pagar para receber o produto.” Ainda segundo os

autores, o preço não é estático, ou seja, ele pode variar de acordo com variáveis

como, por exemplo, intensificação da competição, lançamento de outros produtos

substitutos, entre outros.

Durante muito tempo o Supermercado FF realizava suas compras através de

uma associação (AFLOS), na qual se negociava preços de acordo com a quantidade

comprada. Segundo os proprietários, com o tempo esse processo foi tornando-se

um problema para empresa, que tinha que disponibilizar funcionários e automóveis

para buscar esses produtos no depósito que ficava localizado na cidade de Biguaçu,

sendo que o custo e o incômodo não tornavam esse tipo de processo e compra

viável. Além da falta de autonomia nas compras decaindo nos quesitos variedade e

qualidade do produto.

Após a transição da nova diretoria, a primeira medida tomada foi o

desligamento dessa associação. Começaram então a realizar compras direto da

indústria, com preços acessíveis e uma maior variedade de itens.

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95

Segundo relato dos proprietários, houve sim um aumento de preço dos

produtos, mas isso ocorreu principalmente pelas novas leis de tributação, onde as

margens tiveram que ser alteradas para repassar esse valor embutido no produto.

Devido os resultados da pesquisa, deve-se observar bem essa questão de

troca de informação com o cliente, para que este fique ciente do porque dessas

alterações de preço e que estas não ocorrem somente no Supermercado FF como

também nos demais locais, contudo, não se pode comprar com os preços dos

supermercados de grande porte da região metropolitana da grande Florianópolis.

j) Avaliação dos clientes quanto às ofertas e promoções do

Supermercado FF.

Tabela 16: Quanto as ofertas e promoções do Supermercado FF.

Ofertas e promoções Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 22 23%

Satisfeito 50 53%

Sem Opinião 8 8%

Insatisfeito 12 13%

Muito Insatisfeito 3 3%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 16: Avaliação dos clientes quanto às ofertas e promoções. Fonte: pesquisa de campo.

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96

De acordo com os dados apresentados 53% dos clientes questionados

encontram-se satisfeitos em relação a ofertas e encartes. 23% apresentam-se muito

satisfeitos, 8% sem opinião, 13% insatisfeitos e 3% muito insatisfeitos.

Primeiro deve-se entender a diferença entre oferta e promoção. Entende-se

por oferta algo que está sendo oferecido por um preço muito bom, costuma-se usar

esse tipo de estratégia para vender apenas um artigo.

Para Limeira (2008, p.122), a promoção é um investimento estratégico

voltado relativamente para atividades de comunicação como eventos, publicidade,

propagandas e promoção de vendas como brindes, descontos e sorteios. Ou seja,

quando a empresa quer alavancar suas vendas ela irá vincular o produto ao preço

de custo ou a outro produto, fazendo com que se crie uma imagem de que naquela

empresa encontram-se produtos com preço baixo e ainda “ganha” algo adicional.

Todos esses tipos de estratégias utilizadas, tem como finalidade principal fidelizar o

cliente e promover o produto.

As ofertas do supermercado FF, ocorrem semanalmente em alguns setores e

quinzenalmente em outros. Produtos de padaria são ofertados todas as quartas

feiras, onde as ofertas são vinculadas na Web via Orkut e com cartazes espalhados

pelo estabelecimento. Produtos de açougue são ofertados nas sextas feiras, sendo

que nos últimos meses essa prática foi abandonada sem identificação de motivo.

As ofertas quinzenais são compostas por encartes, nos quais constam

produtos dos mais variados setores do supermercado. Os produtos e o design do

encarte são definidos e acordo com a época do ano ou das festividades do mês.

Prima-se pelo destaque de produtos com preço considerado baixo em relação a

concorrência.

Em parceria com inúmeros fornecedores a empresa realiza muitas

promoções, principalmente as que envolve sorteios de prêmios. Em datas

comemorativas como natal, páscoa, dia das mães e pais a empresa realiza sempre

promoções com sorteios ou então doações de brindes. Esse tipo de promoção é

muito bem quisto pelos clientes, que participam ativamente destas.

É comum a promoção do tipo “leve dois, pague um” ou ainda “na compra que

“n” frascos ganhe mais um a preço de custo.”

Uma das maiores promoções realizadas pelo Supermercado FF, é a de

aniversário de 15 anos da empresa. A promoção consistia em realizar as compras

no estabelecimento e a cada R$25,00 ganhar um cupom e concorrer uma moto zero

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97

quilômetro. Esse tipo de promoção agrega valor ao serviço prestado além dos

produtos vendidos e ainda a marca FF.

k) Avaliação dos clientes quanto aos encartes e demais divulgações

do Supermercado FF.

Tabela 17: Quanto aos encartes e demais divulgações do Supermercado FF.

Encartes e divulgações Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 26 27%

Satisfeito 60 63%

Sem Opinião 4 4%

Insatisfeito 4 4%

Muito Insatisfeito 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 17: Avaliação quanto aos encartes e divulgações. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados no gráfico 17, dos 95 clientes

respondentes 63% encontram-se satisfeitos com os encartes e demais divulgações

do Supermercado FF. 28% apresentam-se muito satisfeitos e 4% insatisfeitos. Os

demais níveis estão distribuídos conforme o gráfico acima.

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Churchill e Peter (2005, p. 472) afirmam que as propagandas podem ser de

várias maneiras, entre elas a propaganda do produto, que procura criar demanda

para bens, serviços, locais, pessoas ou eventos. Outra maneira é a propaganda

institucional, onde se caracteriza por promover o nome, imagens, reputação de uma

companhia, organização ou setor de atividades.

A escolha dos produtos para o encarte, como já mencionado na pesquisa,

ocorre de acordo com os setores e as épocas em que o encarte é válido. São

criteriosamente escolhidos a fim de instigar no cliente a curiosidade e a vontade

deste de visitar o supermercado e então encontrar outros produtos disponíveis para

seu consumo.

Os encartes são realizados quinzenalmente e cuidadosamente montados,

analisados, aprovados e por fim distribuídos. Após confeccionado por uma gráfica

terceirizada, os encartes são encaminhados as duas lojas do supermercado FF e

depois um funcionário é disponibilizado para distribuir pela cidade e

simultaneamente já realiza a atividade de som volante, com a divulgação dos

produtos em oferta.

A finalidade dos encartes torna-se não somente a divulgação de produtos a

preço baixo e sim mais um meio de contato com o cliente, a fim de que este esteja

por dentro das novidades da empresa, bem como as promoções e eventos. Desta

forma, percebe-se que ofertas e promoções caminham lado a lado completando-se,

mas com finalidades diferentes.

A divulgação das ofertas semanais através de redes sociais como o Orkut

ainda são bem superficiais e acontecem à pouco tempo. O Twitter é outro vínculo

que a empresa vem tentando manter com o cliente, mas como toda inovação

tecnológica as pessoas tem certa resistência, principalmente os clientes de gerações

mais antigas. Desta forma, pode-se perceber que os esforços por parte do

Supermercado FF em manter o elo com o cliente, estão tendo um retorno positivo de

acordo com a pesquisa, porém ainda há meios para aumentar esse contato e

conseqüente fidelização.

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99

l) Avaliação dos clientes quanto as formas de pagamento do

Supermercado FF.

Tabela 18: Quanto às formas de pagamento do Supermercado FF.

Formas de pagamento Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 19 20%

Satisfeito 69 73%

Sem Opinião 6 6%

Insatisfeito 1 1%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 18: Avaliação quanto às formas de pagamento. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os clientes entrevistados, 73% dos clientes encontram-se

satisfeitos com as formas de pagamento do Supermercado FF. 20% encontram-se

muito satisfeito e 6% apresentam sem opinião. Os demais níveis encontram-se

distribuídos de acordo com o gráfico 19.

As formas de pagamento do supermercado FF são de acordo com a pesquisa

cerca de, 67% em dinheiro, 5% no cheque, 6% no cartão, 18% no convênio FF e 3%

no Ticket.

Essa variedade de formas de pagamento faz com que os resultados obtidos

na pesquisa sejam extremamente positivos, devido a aceitação das mais variadas

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bandeiras de cartão de crédito, o prazo de até 40 dias nos cheques, o prazo de 30

dias no convênio FF.

O supermercado FF, sentiu necessidade de atualizar-se quanto as formas de

pagamento, no momento em que percebeu que seus clientes não eram mais apenas

aqueles do antigo “caderninho de balcão” e estes, por sua vez, aumentavam de

forma gradativa e o controle tornava-se ineficaz. Desta forma adaptou-se o

“caderninho” a um banco de dados informatizado de clientes chamado “convênio

FF”, onde estes passaram a pagar suas compras com um cartão personalizado e

enumerado, onde se controla automaticamente pelo software do supermercado.

De acordo com os proprietários, esse processo foi importante, principalmente

no que diz respeito a alteração das máquinas de cartão de crédito para cada caixa

(PDV). Antes havia apenas duas máquinas em um ponto específico do

estabelecimento, e o caixa se locomovia até este local e realizava a transição. Todos

os operadores de caixa utilizavam da mesma máquina, tornando-se um processo

demorado na maioria das vezes. Percebendo esta ineficiência os proprietários

decidiram então investir na compra de uma máquina de TEF (transferência

eletrônica de fundos) para cada caixa, otimizando o tempo e agilizando o processo,

além de atender uma exigência legal.

Essa modernização e informatização nos processos das formas de

pagamento fazem com que o cliente se torne cada vez mais fiel a empresa,

facilitando seu pagamento e realização das compras no estabelecimento.

m) Avaliação dos clientes quanto ao tempo de espera para concluir

suas compras no Supermercado FF.

Tabela 19: Quanto ao tempo de espera para concluir as compras no Supermercado FF.

Tempo de espera Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 13 14%

Satisfeito 70 74%

Sem Opinião 4 4%

Insatisfeito 7 7%

Muito Insatisfeito 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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101

Gráfico 19: Avaliação dos clientes quanto ao tempo de espera para concluir as compras.

Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 74% dos clientes encontram-se

satisfeitos em relação ao tempo de espera para concluir suas compras, 14%

apresentam-se muito satisfeitos e 8% insatisfeitos.

Nos dias atuais, ter disponibilidade de tempo é muito raro entre as pessoas.

Os clientes vivem com pressa e querem realizar as compras de forma mais ágil

possível, bem como concluí-las. Percebendo essa realidade os operadores de caixa,

bem como seus equipamentos e empacotadores devem trabalhar com a finalidade

de realizar um atendimento de qualidade de forma eficiente, eficaz e ágil.

Desta forma, os 8% que se encontram insatisfeitos, relatam não achar os

funcionários e os equipamentos dos caixas eficientes o suficiente para suprir sua

necessidade de otimização do tempo. A mudança das máquinas de cartão de

crédito, como já mencionado, melhorou muito esse processo, e ainda a manutenção

constante do sistema e seu software, porém segundo esses clientes os operadores

de caixa e o equipamento falharam algumas vezes, favorecendo esse resultado

pequeno porém relevante da pesquisa.

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n) Avaliação dos clientes quanto a localização do Supermercado FF.

Tabela 20: Quanto a localização do Supermercado FF.

Localização Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 34 36%

Satisfeito 59 62%

Sem Opinião 1 1%

Insatisfeito 1 1%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 20: Avaliação quanto a localização do estabelecimento. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados dos 95 clientes questionados, 62%

apresentam-se satisfeitos com a localização do Supermercado FF, 36% muito

satisfeitos e os demais resultados distribuídos conforme o gráfico 20.

O supermercado FF localiza-se no centro de Antônio Carlos, mais

precisamente numa das principais ruas da cidade e está próximo a todos os acesso

às demais localidades do município. Apesar de sua demanda de clientes estar

localizada tanto nos bairros do centro como nos interiores, a distância para estes

clientes não é um empecilho para responder essa questão como insatisfatória. Isso

se deve pelo fato destes não possuírem outra opção e então a localização do

Supermercado FF, e torna a mais viável para onde estes moram.

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103

Segundo os proprietários o supermercado encontra-se no mesmo local de

quando foi inaugurado a 15 anos atrás. Passou por inúmeras mudanças, reformas e

ampliação.

Relataram ainda que até houve projetos para mudança e conseqüente

ampliação do local para um terreno um pouco mais afastado do ponto atual, porém

decidiram ficar no mesmo ponto, já que segundo a sua visão em relação a este

quesito está satisfatória.

Desta forma, segundo aos resultados positivos obtidos pela pesquisa, pode-

se concluir que o Supermercado FF esta localizado em um ponto privilegiado do

município, mas também cabe ressaltar, que este local, somente cresceu e

desenvolveu-se com outros tipos de comercio ao redor, devido ao movimento do

supermercado e seu crescente progresso.

o) Avaliação dos clientes quanto ao estacionamento do

Supermercado FF.

Tabela 21: Quanto ao estacionamento do Supermercado FF.

Estacionamento Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 11 12%

Satisfeito 57 60%

Sem Opinião 10 11%

Insatisfeito 15 16%

Muito Insatisfeito 2 2%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 21: Avaliação dos clientes quanto o estacionamento. Fonte: Pesquisa de campo.

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104

De acordo com os dados apresentados 60% dos clientes questionados

apresentam-se satisfeitos em relação ao estacionamento do Supermercado FF. 12%

apresentam muito satisfeitos e 16% insatisfeitos. Os demais níveis estão distribuídos

conforme apresenta o gráfico 21.

Em conversa com os clientes do Supermercado FF, pode-se perceber

claramente o descontentamento de alguns clientes usuários desse espaço de

estacionamento. Segundo eles, o estacionamento oferece poucas vagas para o

porte do supermercado e seu fluxo de clientes.

Os proprietários afirmam que já houve um aumento nas vagas de

estacionamento, porém ainda não foram suficientes para alocar todos os veículos

em dias de grande fluxo de pessoas.

Outro ponto importante que se percebe, é que o supermercado não está

preparado em sua estrutura para o estacionamento de caminhões. Devido a cultura

da cidade e toda a sua economia voltada ao plantio e comercialização das

hortaliças, os clientes costumam freqüentar o estabelecimento com seus veículos de

trabalho, ou seja, de grande porte, desta forma, parte dessa insatisfação por parte

dos clientes é decorrente também por não possuir vagas para esse tipo e porte de

veículo.

A facilidade de acesso a loja, faz com que o cliente tenha vontade de voltar ao

estabelecimento, bem como estar certificado que seu veículo estará em segurança.

Esses pontos são muito relevantes, pois nada adianta preparar toda uma estrutura

com atendimento qualificado, equipamentos modernos e facilidades internas, se o

cliente não conseguir chegar no estabelecimento que deseja e ter onde estacionar

seu veículo.

p) Avaliação dos clientes quanto o espaço físico do Supermercado FF.

Tabela 22: Quanto o espaço físico do Supermercado FF.

Espaço físico Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 11 12%

Satisfeito 57 60%

Sem Opinião 10 11%

Insatisfeito 15 16%

Muito Insatisfeito 2 2% Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 22: Avaliação quanto o espaço físico do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, dos 95 clientes entrevistados 60%

encontram-se satisfeitos em relação ao espaço físico do Supermercado FF. 12%

muito satisfeitos e 16% insatisfeitos. Os demais níveis distribuem-se conforme o

gráfico 22.

Ao entrar em qualquer estabelecimento o cliente precisa sentir-se a vontade e

aconchegado, e contrariando as regras do cotidiano, realizar suas compras sem

pressa. Esse desafio a ser enfrentado pelo supermercado deve começar com o

ambiente e o espaço físico satisfatório aos olhos do cliente.

Segundo o ponto de vista dos proprietários o Supermercado FF, cresceu de

forma gradativa durante esses 15 anos, contudo houve um momento em que não

há mais para onde ampliar a sua estrutura, devido ao pequeno espaço do terreno.

Para amenizar essa deficiência acontecem remanejamentos de gôndolas e

prateleiras a fim de que o espaço seja otimizado de forma que o cliente sinta-se num

ambiente confortável e de fácil tráfego.

Segundo relato dos clientes em contato diário com a acadêmica, os 16%

insatisfeitos, consideram o espaço pequeno demais para o fluxo de clientes. E isso

também desfavorece o bem estar deste dentro do estabelecimento. Esse percentual

é menor em relação aos clientes satisfeitos, porém são opiniões relevantes e

perceptíveis, quando se frequenta o supermercado.

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106

q) Avaliação dos clientes quanto a exposição das mercadorias do

Supermercado FF.

Tabela 23: Quanto a exposição das mercadorias do Supermercado FF.

Exposição das mercadorias Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 17 18%

Satisfeito 68 72%

Sem Opinião 5 5%

Insatisfeito 3 3%

Muito Insatisfeito 2 2%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 23: Avaliação quanto a exposição das mercadorias. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados pode se obervar um alto nível de

satisfação nesse quesito. Dos 95 clientes questionados, 72% apresentam-se

satisfeitos, 18% muito satisfeitos e 5% sem opinião. Os demais níveis podem ser

observados no gráfico 23.

As mercadorias devem ser expostas de forma que chame a atenção dos

clientes seja pelo preço, marca, qualidade ou outra característica. Os repositores são

responsáveis por disponibilizar o produto de forma que este seja adquirido pelo

consumidor facilmente.

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107

A exposição ajuda também a oferecer o produto ao cliente, uma estratégia

muito usada pelos supermercados são as pontas de gôndola, onde são ofertados

produtos com preços baixos e geralmente são compostas de apenas um tipo de

mercadoria.

Obedecer um bom lay out também se faz importante. Produtos expostos de

maneira desorganizada, sem seguir um padrão torna o visual do estabelecimento

muito precário, passando aos clientes uma imagem de empresa desleixada e

desorganizada. A partir do momento que um cliente passa pelo corredor e vê os

produtos devidamente precificados, obedecendo a uma ordem de marcas ou de

composição, enfim, obedecendo a critérios de organização, já faz com que estes

sintam-se satisfeitos e encontrem o que desejam com maior facilidade.

Segundo os proprietários é em pequenos detalhes como este, que a empresa

vai ganhando “pontos” com o cliente e firmando sua credibilidade perante o mercado

local.

r) Avaliação dos clientes quanto a aparência física do Supermercado

FF.

Tabela 24: Quanto a aparência física do Supermercado FF.

Aparência física Absoluto Relativo

Muito Satisfeito 20 21%

Satisfeito 67 71%

Sem Opinião 2 2%

Insatisfeito 6 6%

Muito Insatisfeito 0 0%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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108

Gráfico 24: Avaliação quanto a aparência física do Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados pode-se observar que 71% dos

clientes questionados estão satisfeitos com a aparência física do estabelecimento.

21% apresentam-se muito satisfeitos e 6% insatisfeitos.

Assim como o espaço, a aparência física do supermercado é importante no

que diz respeito a manter o cliente no ambiente para que este realize suas compras

e vá embora satisfeito.

No ambiente interno do supermercado, devido a uma reforma para ampliação

e climatização a pouco tempo, a aparência é bem satisfatória. As prateleiras

encontram-se em bom estado, bem como as paredes e o teto. Os ambientes da

padaria e açougue também possuem uma estrutura satisfatória nos quesitos pintura,

higiene, iluminação e equipamentos em bom estado.

Já no ambiente externo, a aparência do estabelecimento encontra-se um

pouco precária. Uma pintura nos letreiros de identificação e nas paredes da frente já

é suficiente. A porta de acesso é bem localizada e espaçosa, favorecendo o tráfego

entre carrinhos e pessoas.

Os proprietários relatam estar satisfeitos com a aparência física do

estabelecimento, salvo pequenas correções que sempre são necessárias como todo

local exposto ao tempo e as condições climáticas. Segundo eles, essa última

reforma para ampliação e climatização a aparência da loja tornou-a um ambiente

mais moderno.

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109

Todas as melhorias nesse tipo de fator vão beneficiar tanto o cliente quanto o

estabelecimento. Pode-se observar a cada análise realizada o quão importante é

valorizar o cliente e sua satisfação em relação o supermercado.

4.2.3 Aspectos gerais analisados

Concluída a análise do nível de satisfação dos clientes com o objetivo de

complementar as variáveis já analisar e reforçar a opinião, bem como esclarecer

possíveis dúvidas passa-se a analisar a seguir alguns aspectos gerais relacionados

ao Supermercado FF.

a) Como teve conhecimento do estabelecimento.

Tabela 25: Como teve conhecimento do estabelecimento.

Como teve conhecimento do estabelecimento Absoluto Relativo

Indicação 33 35%

Radio 1 1%

Passou no local 48 51%

Jornal 0 0%

Encarte 5 5%

Outros 8 8%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 25: Como teve conhecimento do estabelecimento Fonte: Pesquisa de campo.

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De acordo com os dados apresentados no gráfico 25, dos 95 clientes

questionados 51% tiveram conhecimento do estabelecimento porque passaram no

local, 35% afirmam ter sido indicado, 5% através do encarte, 1% através da rádio e

8% por outros meios como redes sociais, na internet ou ouviram pelo som volante,

realizados quando há ofertas em encartes.

O resultado que apontou maior número em que os clientes afirmam ter

conhecido o estabelecimento por passar no local é pela localização estar

influenciando mais uma vez positivamente.

Por ser um município pequeno e a empresa já está neste ramo a 15 anos, a

indicação também teve seu papel relevante. A comunicação entre as pessoas

principalmente a alguns anos atrás era muito constante e as notícias e informações

circulavam rapidamente somente pela conversa. Hoje em dia, devido as mudanças

que ocorrem nas culturas essas característica não é tão marcante.

A rádio está na cidade somente a 1 ano e desta forma não coube a ela um

valor muito relevante de meio para tornar o estabelecimento conhecido. Utiliza-se

essa ferramenta com outra finalidade, como divulgação de ofertas, promoções e

eventos. Da mesma forma que os encartes tem outra finalidade e por isso não

obtiveram percentual significante na pesquisa.

b) A quanto tempo compra no Supermercado FF.

Tabela 26: A quanto tempo compra no Supermercado FF.

A quanto tempo compra no Supermercado FF Absoluto Relativo

1ª vez 1 1%

Menos de 6 meses 2 2%

De 6 meses a 1 ano 6 6%

De 1 a 2 anos 8 8%

De 2 a 4 anos 8 8%

Mais de 4 anos 70 74%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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Gráfico 26: A quanto tempo compra no Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 74% dos clientes compram no

supermercado FF a mais de 4 anos. 8% de 2 a 4 anos, 9% de 1 a 2 anos e os

demais tempos conforme apresentado no gráfico 26.

A maioria dos clientes do Supermercado FF, participaram de todo o processo

de transição da empresa, desde reformas até a alteração de diretoria. Estes

puderam observar cada passo dado pela empresa seja em relação a estrutura física

ou seja em relação a formas de gestão percebendo as mudanças em prol do

aumento do nível de satisfação dos clientes. De acordo com os números

apresentados no gráfico 26, pode-se observar que há um grau elevado de

fidelização dos clientes, tendo em vista que 90% freqüentam e realizam compras no

supermercado a mais de um ano.

Fidelizar clientes a comprar no mesmo estabelecimento por mais de 4 anos é

uma tarefa difícil, principalmente nos dias atuais perante a tantas facilidades,

produtos substitutos e concorrência. E através deste dado, pode se perceber mais

uma vez a credibilidade que a empresa tem perante a população de Antônio Carlos

e região.

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c) Frequência que realiza compras no Supermercado FF.

Tabela 27: Frequência que realiza compras no Supermercado FF.

Frequencia de compras no Supermercado FF Absoluto Relativo

1ª vez 1 1%

1 vez por semana 45 47%

Mais de 1 vez por semana 30 32%

1 vez por mês 12 13%

A cada 3 meses 3 3%

1 vez por ano 4 4%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 27: Frequência de compras no Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados, 47% dos clientes realizam compras 1

vez por semana. 32% mais de uma vez por semana e 13% uma vez por mês. As

demais freqüências estão distribuídas conforme o gráfico 27.

Através deste resultado pode-se perceber uma característica desconhecida

pelos gestores da empresa, que é o fato de o estabelecimento ser um supermercado

de conveniência, ou seja, um estabelecimento que segundo McCarthy e Perreault

(1997, 153) oferece produtos de conveniência, que são aqueles que o consumidor

necessita, mas não está disposto a gastar muito tempo ou esforços para comprá-los.

Pode ser de compra constante, de impulso ou de emergência.

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113

A partir do momento que o cliente passa a visitar o estabelecimento mais

vezes significa que estes estarão mais atentos as falhas que podem ocorrer e se

sentirão mais seguro para expressar seu descontentamento e cobrar por parte do

estabelecimento qualidade em seus produtos e serviços.

Os 20% dos clientes que realizam compras com menos freqüência

caracterizam-se também no grupo de clientes que realizam compras maiores,

intituladas “ranchos”.

Desta forma, os gestores devem desenvolver suas estratégias baseadas

nessas características, focando principalmente na compra de conveniência que, de

acordo com os dados da pesquisa, apresenta presença marcante.

d) Forma de pagamento mais utilizada pelos clientes do Supermercado

FF.

Tabela 28: Formas de pagamento mais utilizadas.

Forma de pagamento mais utilizada Absoluto Relativo

Dinheiro 64 67%

Cheque 5 5%

Cartão de crédito 4 4%

Cartão de débito 2 2%

Convênio Super FF 17 18%

Ticket 3 3%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 28: Forma de pagamento mais utilizada. Fonte: Pesquisa de campo.

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114

De acordo com os dados obtidos na pesquisa, observa-se que 68% das

compras realizadas são pagas em dinheiro, 18% no convênio Super FF e 5% em

cheque, 4% cartão de crédito, 3% ticket e 2% cartão de débito.

É perceptível, portanto um resultado comum, que é o pagamento das

compras em dinheiro, ou seja, a empresa possui boa liquidez. Relacionando ao item

freqüência ao estabelecimento, este resultado mostra que pelo fato de a maioria dos

clientes freqüentar o supermercado mais vezes por semana, elas realizam compras

de conveniência, ou seja, para satisfazer a necessidade semanal, desta forma, não

obtendo um valor muito alto, sendo pago em sua maioria em dinheiro.

Outro resultado considerável é os 18% dos clientes que realizam suas

compras no convênio FF. Este convênio, como já mencionado anteriormente, surgiu

da necessidade de informatizar o “caderno de balcão”. Ele possibilita o cliente

efetuar o pagamento de suas compras num prazo de até 30 dias. O convênio é

liberado somente para clientes cadastrados e funcionários, sendo que não se realiza

novos cadastros, devido a uma decisão dos gestores, que alegam conter muitas

contas em atraso, e nenhum critério de garantia.

O prazo de 40 dias dado aos cheques também é bem relevante, para clientes

a mais tempo, aceita-se até cheque de terceiro.

É muito perceptível os esforços do Supermercado FF, em satisfazer o cliente

e manter a esta parceria através de inúmeras facilidades proporcionadas, reforçando

os resultados obtidos na questão l, onde foi realizado uma avaliação das formas de

pagamento e 93% apresentaram-se satisfeitos. Desta forma, pode-se concluir que o

supermercado FF, vem suprindo de maneira muito positiva este item.

e) Tempo gasto pelos clientes para realizar as compras.

Tabela 29: Tempo gasto para realizar as compras no Supermercado FF.

Tempo gasto para realizar as compras Absoluto Relativo

15 min 36 38%

30 min 40 42%

45 min 10 11%

Mais de 1hora 9 9%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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115

Gráfico 29: Tempo gasto para realizar as compras. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados 42% dos clientes gastam em torno de

30 minutos para realizar suas compras, 38% afirmam gastar 15 minutos, 11% 45

minutos e 9% mais de uma hora.

Esse resultado caracteriza mais uma vez, o que já foi mencionado na análise

das formas de pagamento. Por freqüentar uma ou mais de uma vez na semana o

estabelecimento, o cliente não irá demandar tanto tempo para realizar as compras,

já que estas são realizadas apenas para suprir as necessidades semanais, ou seja,

de conveniência.

Através dessa avaliação pode-se observar ainda, a questão do

estacionamento. A partir do momento em que as compras são realizadas, em sua

maioria, rapidamente o estacionamento adota uma característica de alta rotatividade,

ou seja, os esforços para as melhorias, como já mencionado em itens anteriores,

devem ser estrategicamente traçadas, tendo em vista esse tempo gasto nas

compras.

Da mesma forma, que este resultado mostra a agilidade nos atendimentos,

reforçando novamente as avaliações realizadas anteriormente na pesquisa, que

mostram satisfação dos clientes em relação aos atendimentos.

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116

f) Média do valor gasto pelos clientes para realizar as compras no

Supermercado FF.

Tabela 30: Média de valor gasto para realizar as compras.

Média do valor gasto em compras Absoluto Relativo

10,00 a 50,00 29 31%

51,00 a 100,00 36 38%

101,00 a 200,00 12 13%

201,00 a 350,00 6 6%

351,00 a 500,00 7 7%

Acima de 500,00 5 5%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 30: Média de valor gasto em compras. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com a pesquisa realizada, 38% dos clientes afirmam gastar em

média entre R$51,00 a R$100,00. 31% costumam gastar entre R$10,00 a R$50,00 e

13% entre R$100,00 a 200,00. Os demais valores estão divididos conforme

apresenta o gráfico 30.

Esse resultado reforça mais uma vez a característica de compras rápidas ou

de conveniência, porém constantes. Cabe ressaltar que existe um percentual

considerável de clientes que realizam compras com valor mais alto caracterizando

as ditas compras mensais ou “rancho”.

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117

O resultado obtido reforça o item relacionado a freqüência dos clientes ao

estabelecimento, ou seja, estes realizam visitar freqüentemente ao estabelecimento,

realizando compras rápidas e gastando valores pertinentes as mercadorias

adquiridas.

A cidade de Antônio Carlos foi colonizada por alemães e tem como

característica marcante a alta renda per capta. Contudo, é característica marcante

também o fato desde pouparem muito seu dinheiro e gastarem quando estritamente

necessário.

g) Motivo de escolha dos clientes para realizar suas compras no

Supermercado FF.

Tabela 31: Motivo de escolha para compras no Supermercado FF.

Motivo de escolha para comprar no Supermercado FF Absoluto Relativo

Localização 47 49%

Entrega a domicílio 13 14%

Variedade de marcas 38 40%

Preço 15 16%

Qualidade no atendimento 23 24%

Horario de atendimento 42 44%

Outros 3 3%

Total

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 31: Motivo de escolha para comprar no Supermercado FF. Fonte: Pesquisa de campo.

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118

De acordo com os dados apresentados pela pesquisa, pode-se observar que

26% julgam ser motivo de escolha para realizar as compras a localização dos

estabelecimento, 23% afirma ser o horário de atendimento, 21% a variedade de

marcas. 13% acreditam ser a qualidade no atendimento, 8% o preço, 7% a entrega a

domicílio e 2% outros como o caso de possuírem parentes como funcionários da

empresa tornando isso um fator influenciado do motivo de escolha. Nesta questão os

respondentes poderiam assinalar mais de uma opção.

A localização apresenta-se mais uma vez, como fator positivo do

Supermercado FF. Em seguida o horário de atendimento, que é um diferencial da

empresa principalmente nos domingos e feriados. O supermercado funciona de

segunda a sábado das 8:00h ás 21:00h e nos domingos e feriados das 8:00h as

18:00h. Há apenas 2 feriados em que encontra-se fechado, que é no natal e ano

novo, nos demais feriados trabalha-se normalmente. O horário de atendimento

torna-se um diferencial para o supermercado FF, pois o principal concorrente

identificado pela pesquisa fecha 1h antes durante a semana e não abre aos

domingos e feriados.

O terceiro item de maior relevância na pesquisa foi a variedade de marcas. A

partir do momento em que o cliente entra no estabelecimento e encontra o produto e

a marca que deseja, o nível de satisfação tende a ser maior. Pode-se perceber neste

quesito que o Supermercado FF vem atendendo de forma eficiente as expectativas

dos clientes.

Na percepção dos proprietários os concorrentes não apresentam a

quantidade de marcas que o Supermercado FF possui e também, segundo relato

destes, “não possuem o mesmo poder de negociação que a nossa empresa.” Isto

ocorre devido ao porte da empresa, do crédito que esta possui perante os

fornecedores e também o tempo em que a empresa atua na área.

A qualidade de atendimento apresenta-se na pesquisa como quarto fator mais

relevante para escolha do Supermercado FF. Esse percentual confirmando os níveis

satisfatórios apresentados nos itens anteriores.

A entrega a domicílio é outro diferencial do Supermercado FF, porém não é

considerado um fator motivacional para esta escolha, até mesmo porque o número

de clientes que utiliza esse tipo de serviço não é muito expressiva em relação aos

que levam suas próprias compras.

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119

O preço por sua vez, não é um fator muito relevante para a escolha do

Supermercado FF. Assim como já apresentado também nos itens anteriores os

clientes encontram-se satisfeito, porém com uma parcela de descontentamento em

relação a esse fator, não o tornando motivacional para a escolha do

estabelecimento.

Segundo a observação da acadêmica o principal concorrente, apresenta

valores inferiores nos produtos em relação ao supermercado FF, que por sua vez,

vem buscando formas para diminuir custos e ganhar também no preço.

Por fim, os 2% que apontam ser outro o motivo de escolha para realizar as

compras. De acordo com os relatos dos clientes esse percentual está relacionado

aos parentes trabalhando na empresa influenciando assim esta escolha.

Na visão dos proprietários a localização e o horário de atendimento seriam os

fatores de maior relevância para a escolha do Supermercado FF, confirmando o

resultado da pesquisa com os esforços e objetivos da empresa.

h) Quantidade de clientes que realizam compras em outro

supermercado.

Tabela 32: Quanto a quantidade de clientes que realiza compras em outro supermercado.

Compra em outro supermercado Absoluto Relativo

Não 45 47%

Sim 50 53%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

Gráfico 32: Compra em outro supermercado? Fonte: Pesquisa de campo.

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120

Segundo os dados coletados na pesquisa, 53% das pessoas realiza compras

em outro Supermercado e 47% não.

Esse resultado apresenta que a maioria dos clientes não é fiel a somente um

estabelecimento e por motivos relatados na pesquisa realizam compras em outros

supermercados.

De acordo com os clientes questionados, entre os outros estabelecimentos

que freqüentam cerca de 70% compra no principal concorrente do Supermercado

FF, o Supermercado JK. Os 30% restante dividem-se entre o Mini mercado Prim,

Mercado Ventura e Mercado Vila Doze e uma pequena parcela em Supermercados

de maior porte como Bistek, Angeloni, Imperatriz, Big e Maxi.

O fator que apareceu como principal motivo que leva estes a relizar compras

também em outros supermercados são os produtos da padaria, principalmente do

Supermercado JK, onde segundo os clientes, apresenta uma qualidade superior de

bolos, tortas e pães. Outra informação repassada pelos clientes em relação ao

motivo de escolha para freqüentar outro estabelecimento é o preço.

Portanto, o Supermercado FF, deve ficar atento a essas informações e tornar-

se melhor nesses pontos para então recuperar seus clientes a fim de fideliza-los

cada vez mais.

i) Fator mais relevante que segundo os clientes deve ser melhorado no

Supermercado FF.

Tabela 33: Fator de melhor relevância a ser melhorado no Supermercado FF.

Fator que deve ser melhorado Absoluto Relativo

Estrutura física 25 26%

Quantidade de caixas (PDVs) 11 12%

Açougue 7 7%

Limpeza 1 1%

Atendimento em geral 9 9%

Padaria 19 20%

Serviço de entrega 1 1%

Preço 22 23%

Outros 1 1%

Total 95 100%

Fonte: Pesquisa de campo.

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121

Gráfico 33: Fator de maior relevância a ser melhorado. Fonte: Pesquisa de campo.

De acordo com os dados apresentados pela pesquisa 26% dos clientes

acreditam que a estrutura física, principalmente no que diz respeito ao espaço, é a

que apresenta maior relevância e maior urgência de alteração. Posteriormente 23%

afirmam ser o preço e em seguida 20% julgam ser a padaria. 12% afirmam ser a

quantidade de caixas (PDVs), 9% o atendimento em geral, 7% o açougue e o

restante subdivide-se em limpeza, serviço de entrega e outros.

A estrutura física apareceu como fator de maior relevância para ser alterado,

isso significa que, os clientes não se sentem satisfeitos com o tamanho da estrutura

e segundo relatos, reclamam muito do espaço dos corredores e entre as gôndolas. A

questão do estacionamento e a falta de estrutura deste entra também nesse fator,

confirmando os resultados obtidos nos itens anteriores já analisados.

O preço mais uma vez, apresenta-se como fator negativo do estabelecimento,

sendo um ponto a ser analisado com cuidado pelos administradores. A quantidade

de caixas é considerada suficiente para o porte do mercado, porém a falha encontra-

se na quantidade de funcionários para operar estes, nem todos os horários têm 6

operadores para trabalhar nos 6 caixas, criando então esse descontentamento por

parte dos clientes.

Os 20% de clientes que afirmar ser a padaria um fator relevante para

melhoramento, reforçam o resultado obtido na questão anterior, onde estes irão

buscar em outros estabelecimentos os produtos que melhor os convém.

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122

Os demais percentuais também devem ser analisados com atenção porém

estes já citados devem ter atenção redobrada devido ao resultado obtido.

4.3 AÇÕES E ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA O SUPERMERCADO FF.

Para atingir o objetivo do estudo em questão, após uma análise de todo o

embasamento teórico descrito, juntamente com a análise e interpretação das

respostas da pesquisa, com as sugestões e reclamações feitas pelos clientes, e

também com as contribuições da empresa, serão apresentados na seqüência ações

em prol de melhorias para o Supermercado FF, para que a empresa possa se

manter e progredir no mercado. Essas ações terão como base as críticas e

sugestões oferecidas pelos atuais clientes, através dos resultados da pesquisa.

As propostas serão apresentadas segundo o modelo 5W2H. Para Oliveira

(1996, p. 13) o plano de ação permite que seja acompanhado o desenvolvimento do

projeto, bem como serve de referência ás decisões. Os elementos 5W2H são

denominados referente ás primeiras letras das palavras em Inglês como: What (o

que será executado); Who (quem irá executar); When (quando serão executadas);

Where (onde serão executadas); Why (Por que serão executadas); How (como

serão executadas) e How Much (quanto custará para executá-las).

A seguir as medidas identificadas:

Medida 1 - Implantar um programa de treinamento de funcionários.

Recomenda-se implantar um programa de treinamento para os funcionários

do Supermercado FF, com a finalidade de aprimorar seus conhecimentos e

habilidades preparando estes para atender os clientes de forma satisfatória. O

treinamento deve atingir toda a equipe de funcionários, pois através dos resultados

da pesquisa, com exceção do setor da produção, todos os demais funcionários têm

contato direto com os clientes e devem estar preparados para realizar esse

atendimento com atenção, paciência e presteza.

Esse treinamento não acarretará em custos para empresa, tendo em vista

que os proprietários e também bacharéis em administração podem aplicá-los com

auxílio de outros profissionais da empresa. O treinamento pode ser realizado a cada

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123

6 meses, e devido a alta rotatividade da empresa, os funcionários que entram,

devem ter um treinamento primário e posteriormente um mais aprofundado,

juntamente com os demais funcionários, sempre buscando abordagens diferentes e

novidades do mercado, afim de que estes além de oferecer qualidade no serviço,

tornem-se profundos conhecedores do segmento em que estão inseridos.

Medida 2 - Melhorar a qualidade dos produtos da padaria.

Segundo resultados do estudo realizado, a padaria do supermercado FF,

obteve inúmeras críticas em relação a qualidade do produto.

Desta forma, sugere-se que seja contratado um confeiteiro especializado, que

ofereça suporte e treinamento para as confeiteiras e padeiros e atendentes da

empresa, bem como cursos preparatórios para estes.

Essa medida irá influenciar significantemente outras variáveis que levam o

cliente a realizar compras na concorrência. Embora essa contratação ofereça custos

à empresa, o benefício desta será mais relevante e trará resultados satisfatórios

para a empresa.

Medida 3 – Ampliação da área de estacionamento.

O estacionamento do Supermercado FF, recebeu inúmeras críticas por parte

dos clientes quanto a quantidade de vagas em relação ao fluxo de clientes. Para

resolver esse problema recomenda-se a ampliação das vagas para terrenos ao

redor. Há um terreno muito grande na parte de trás do supermercado, que é utilizado

para estacionar apenas os veículos dos funcionários. Desta forma, poderiam

explorar esse local, e fazer um acesso para o estabelecimento nesta parte,

facilitando a entrada do cliente.

Neste terreno, será possível também a criação das vagas para os veículos

maiores como caminhões e caminhonetes, que por sua vez não possuem espaço no

estacionamento atual, dificultando o transito do local.

Baseado nos resultados obtidos na pesquisa, essa medida facilitará o

aumento da freqüência dos clientes a empresa, bem como o aumento do tempo

gasto dentro do estabelecimento, pois a partir do momento que se têm comodidade

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124

de acesso ao estabelecimento, diminuem as preocupações não sobrando espaço

para a “pressa”.

Essa medida acarretará em custos no arrendamento do terreno, e da

construção do acesso ao estabelecimento. Porém como já mencionado na análise, o

estacionamento é algo muito importante que deve ser levado em consideração, pois

o cliente gosta de comodidade e facilidade.

Medida 4 – Ampliação e otimização da estrutura física do Supermercado FF.

A estrutura física do Supermercado FF já passou por pequenas reformas e

ampliações, porém os clientes apontam certa insatisfação. Não há mais

disponibilidade de espaço para ampliar a estrutura, porém há formas de

reestruturação do ambiente que tornam-no maior ou apresentam essa impressão.

Recomenda-se então um estudo para otimização do espaço e ainda a

contratação de um arquiteto que reestruturaria o lay out do supermercado.

Essa medida também acarretará em custos para a empresa, porém trará uma

benefício significativo na satisfação do cliente.

Medida 5 – Continuar investindo no Cartão Convênio FF.

O cartão Convênio FF, é um diferencial oferecido pela empresa que possibilita

os clientes conveniados pagarem suas compras num prazo de 30 dias.

Esse tipo de instrumento não é aberto a novos clientes e sim, como já

mencionado, apenas para os clientes antigos que pagavam no “caderninho de

balcão”. Recomenda-se portanto, que fosse aberto cadastros a todos os clientes,

novos ou antigos no supermercado, realizando consultas financeiras e ainda

estabelecendo limites de acordo com a renda do cliente. Caso ultrapassado este

limite, caberia ao gerente liberar a compra ou não. Esse tipo de flexibilidade, faz-se

necessário a casos de clientes muito antigos e fiéis ao estabelecimento.

Essa medida acarretará apenas o custo da confecção dos novos cartões que

se realizado em grande número tem valor diferenciado, chegando no valor máximo

R$7,00 por cartão.

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125

Medida 6 – Criar um programa de fidelização de clientes através do Convênio

FF.

A partir dos resultados obtidos com a pesquisa, pode-se observar que há um

número grande de clientes que realizam compras usando o convênio FF. Este por

sua vez, não oferece nenhum adicional, além do prazo de 30 dias para pagamento

da compra realizada.

Sugere-se então um programa de fidelização utilizando esse instrumento. O

programa consistiria no acumulo de pontos por compra realizada, e após um

determinado total de pontos o cliente retiraria algum brinde na loja ou então vale

compras. Este programa por sua vez, somente vale para clientes cadastrados que

possuem o cartão convênio FF. O sistema que o supermercado utiliza, oferece essa

ferramenta para acumulo e controle de pontos não oferecendo custos a empresa

para aplicar esta medida.

Medida 7- Criação de um setor de Marketing.

Como pode-se perceber constantemente, o marketing vem tomando

proporções muitos positivas e significativas dentro das organizações. Partindo dessa

afirmação, sugere-se a criação de um setor de marketing dentro do Supermercado

FF.

Este setor contrataria um profissional especializado que ficaria responsável

por todas as questões relacionadas a imagem da empresa, bem como divulgações,

promoções, eventos, relação com os clientes dentre outras atividades cabíveis ao

setor.

O custo para criação desse setor na empresa, inicialmente seria o do salário

do profissional e posteriormente os valores com as ações que este passaria a

realizar, para o desenvolvimento do seu trabalho, acarretando sempre resultados

muito positivos para a empresa.

Medida 8 – Criação de um Web Site.

Para criar um elo ainda mais forte e maior com os clientes, recomendaria a

criação de um web site, que por sua vez terá a finalidade de divulgação das ofertas

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126

e promoções e ainda um meio para estes expressarem suas opiniões, fornecer

sugestões e criticas.

A comunicação com o cliente, bem como a percepção das suas necessidades

é de extrema importância, para que a empresa esteja em constante modificação e

atualização.

Seria necessário, por sua vez, a contratação de uma empresa especializada

que realizaria esta criação, acarretando para a empresa um investimento inicial pela

criação e posteriormente apenas uma taxa anual pelo domínio. Porém como nas

demais medidas, esse custo é revertido em benefícios posteriores.

A divulgação do site para os clientes, pode ser feita através da rádio

comunitária local, que é bem expressiva e possui grande audiência na cidade. E

ainda pode-se comunicar o cliente do novo site ou das atualizações deste através

dos encartes distribuídos pelo município e região.

A manutenção e atualização dos dados do site podem ser realizadas por um

funcionário responsável pelo setor de marketing, sugerido na medida anterior.

Medida 9 – Pintura e ajustes na aparência física do estabelecimento.

Para tornar a empresa mais atrativa aos “olhos” do cliente, alguns ajustes e

pinturas na aparência física são necessários.

Para realizar esses ajustes, pode-se iniciar uma campanha junto aos

fornecedores para que estes patrocinem as obras. Em troca pode-se oferecer

espaços no ambiente interno ou externo para esses fornecedores realizarem seu

marketing.

O objetivo desta pintura e ajustes é a revitalização da empresa bem como

chamar a atenção dos clientes.

Por ser patrocinada por fornecedores, esta medida não acarretará custos para

empresa.

Medida 10 – Melhorias nos preços praticados.

O preço praticado pelo supermercado FF, foi avaliado pelos clientes como um

fator não tão satisfatório quanto os demais. Isso se deve principalmente pelo setor

de compras até então estar pouco estruturado e não possuir alguém responsável

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127

para realizar somente esta função. São realizadas por alguns funcionários do

corredor, que por sua vez não são exímios negociadores e ainda por uma pessoa

que era responsável por outras inúmeras responsabilidades da empresa, não

disponibilizando de tempo para realizar essas negociações.

Sugere-se portanto, a centralização deste setor, que por sua vez irá realizar

reuniões com os repositores que estão em contato com o cliente e com os produtos

estocados. Baseado nas informações repassadas por esses funcionários, um

responsável pelas compras irá negociar as quantidades e os preços das

mercadorias.

Sugere-se ainda, uma negociação com associações, voltando a realizar

compras cooperativadas, porém encontrando uma maneira de que estes

transportem o produto até o depósito do supermercado, facilitando o processo.

Essa medida não irá trazer custos para empresa, partindo do princípio que o

funcionário que irá centralizar as compras já fazer parte do quadro funcional.

Medida 11 – Criação de uma caixa de sugestão

Pode-se perceber através da pesquisa realizada que os clientes sentem a

necessidade de opinar em relação aos serviços e produtos do supermercado FF.

Esta caixa ficaria localizada na recepção, onde o cliente teria a oportunidade de

deixar sua sugestão ou critica, visando colher dados que possam servir para

melhorias futuras na empresa.

O responsável pelo monitoramento desta caixa, seria o administrador, que por

sua vez irá analisar e realizar as ações possíveis sugeridas pelos clientes.

Pode parecer uma ação simples, mas terá grande valor para empresa, pois

através desse contato, os administradores poderão ajustar pequenas falhas que

passam despercebidas. Por meio do marketing de relacionamento, será aberto um

canal de relacionamento maior entre a organização e os seus clientes, podendo

interferir nas decisões operacionais, táticas e estratégias da empresa. Embora a

conquista de novos clientes seja importante, o marketing de relacionamento por sua

vez, foca sua estratégia na manutenção dos clientes antigos.

Esta medida não acarretará custos a empresa, porém irá criar soluções que

se transformem em satisfação do cliente.

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128

Medida 12 - Criação de Missão, visão e valores Para a Empresa.

O supermercado FF, não possui missão, visão e valores pré estabelecidos. E

se possuem estão somente na mente dos proprietários e administradores. Desta

forma, sugere-se que estes criem a missão, visão e valores da empresa e deixem-

nos expostos tanto para clientes quanto para os funcionários, para que estes

trabalhem com um objetivo em comum, além de fornecer ao cliente a imagem de

uma empresa organizada e focada nos seus objetivos e metas.

Por ser realizada pelos administradores e proprietários da empresa esta

medida não trará custos a empresa.

Medida 13 – Continuar oferecendo variedade nos produtos aos clientes.

Com base no resultado da pesquisa, a variedade dos produtos

comercializados pelo supermercado FF são satisfatórios, contudo, devido a

constante criação de novos produtos e marcas, a empresa deve continuar se

atentando a este fator, com o intuito de não decair o resultado obtido.

Pode-se perceber que a variedade dos produtos e marcas é um dos principais

motivos que faz com que os clientes realizem suas compras no Supermercado FF.

A seguir segue um quadro que sintetiza as estratégias/ações de melhoria

propostas para o Supermercado FF.

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P D

P 1 - PLANO DE AÇÃO PROPOSTA: Estratégias de melhorias para empresa Supermercado FF.

INDICADOR

MEDIDA (o que) Quando Onde Quem Razão, Porque, P/ quem Como (procedimento) Quanto Posição

1 Implantar programa de treinamento de funcionários

De imediato Empresa Funcionários administrativo.

Para melhorar a satisfação dos clientes nos serviços oferecidos.

Por meio de curso de capacitação de atendimento e vendas.

-

2 Melhorias nos produtos da padaria.

De imediato Empresa Padeiros, confeiteiros e auxiliares

Melhorar a qualidade dos produtos e criar novidades.

Por meio da contratação de um profissional da área para treinar e preparar estes.

1500,00

3 Ampliação da área de estacionamento.

Até março de 2011.

Empresa Administradores e pedreiros.

Para aumentar a quantidade de vagas e oferecer vagas a automóveis de grande porte.

Negociação e arrendamento do terreno de trás do supermercado, bem como um novo acesso ao estabelecimento para este local.

2000,00

4 Ampliação e otimização da estrutura física.

De março a novembro de

2011.

Empresa

Funcionários administrativo e arquiteto.

Para otimizar o espaço do supermercado.

Contratação de um arquiteto, que irá realizar o projeto de reestruturação do lay out.

3000,00

5 Continuar investindo no cartão convênio FF.

De imediato Empresa Funcionarios Administrativo

Visando oferecer um diferencial a um maior numero de clientes.

Abrindo novos cadastros de clientes. 7,00 por cartão.

6 Criar um programa de fidelização através do cartão convênio FF.

De imediato Empresa Administradores Para fidelizar ainda mais os clientes da empresa.

Através do sistema já existentes na empresa, criar um programa que acumule pontos por compra realizada.

-

7 Criar um setor de marketing

Até Janeiro de 2011.

Empresa Administradores Para promover constantes melhorias a imagem da empresa.

Contratação de um profissional 1500,00

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130

P D

P 1 - PLANO DE AÇÃO PROPOSTA: Estratégias de melhorias para empresa Supermercado FF

INDICA-DOR

MEDIDA (o que) Quando Onde Quem Razão, Porque, P/ quem Como (procedimento) Quanto Posição

8 Criar um Web Site

Até dezembro de

2010.

Empresa Empresa terceirizada.

Para divulgar as ofertas e promoções e manter o laço com os clientes.

A empresa contratada irá criar o web site de acordo com as necessidades apontadas pelos funcionário do administrativo.

1700,00

9 Ajustes e pintura na aparência física da empresa.

Fevereiro de 2011.

Empresa Funcionários da empresa.

Para melhorar a aparência e chamar a atenção dos clientes.

A pintura e ajustes realizados pelos funcionários e patrocinados pelos forncedores.

-

10 Melhorias nos preços praticados.

De imediato Empresa Administradores e compradores.

Para reduzir valores e aumentar a satisfação dos clientes.

Por meio da centralização do setor em uma pessoa responsável para realizar as negociações.

-

11 Criar caixa de sugestões e reclamações.

De imediato Empresa Funcionário administrativo.

Para contribuir na pesquisa de satisfação de clientes

Disponibilidade de uma caixa qualquer, na recepção.

-

12 Criar missão, visão e valores da empresa.

De imediato Empresa Administradores.

Para esclarecer os objetivos da empresa.

Criando e expondo a missão, visão e valores da empresa.

-

13 Continuar oferecendo variedade de produtos.

De imediato Empresa Administradores e compradores.

Para aumentar e manter o nível de satisfação dos clientes.

Atualizando em relação as novidades do mercado do varejo.

-

Quadro 4: Plano de Ação: Estratégias para a empresa Supermercado FF.

Fonte: Pesquisa de campo. Legenda

EM ANDAMENTO REALIZADO A SER FEITO

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5 CONSIRERAÇÕES FINAIS

Com o passar dos anos, o avanço tecnológico possibilitou aos consumidores

mais acesso as informações, maior agilidade e diversificação de produtos e serviços.

Baseado nesta afirmação, as empresas necessitam estar sempre atentas as

necessidades dos clientes, além de criar diferenciais para manter-se no mercado.

Criar vínculos com os clientes possibilita as empresas gerar fidelidade, além

de conhecer, mesmo que superficialmente suas necessidades e desejos.

O objetivo central deste trabalho foi diagnosticar e analisar o nível de

satisfação dos clientes da empresa Supermercado FF, além de identificar o perfil

destes, compreender as variáveis associadas a satisfação dos clientes.

A partir dos resultados da pesquisa, desenvolveram-se estratégias para

fidelização de seus clientes, ampliação da sua satisfação bem como o aumento nos

índices de vendas. O estudo proporcionou novos conhecimentos e informações além

de inúmeras sugestões fornecidas pelos clientes.

Durante o período de realização do trabalho, a empresa assim como os

proprietários contribuiu significativamente para a obtenção dos dados e informações,

tendo em vista seu grande interesse em conhecer a percepção dos clientes em

relação ao seu negócio. É importante frisar que a acadêmica faz parte da equipe de

trabalho da organização, o que facilitou o entendimento do que foi levantado.

Para alcançar os objetivos pré estabelecidos foi necessário uma pesquisa

bibliográfica, com a finalidade de aprofundar os conhecimentos sobre os temas em

questão. Além disso, foi necessário um aprofundamento no conhecimento em

relação a empresa, seu funcionamento e estrutura.

Um dos principais objetivos foi implantar ações e estratégias baseadas no

resultado da pesquisa realizada com os clientes do Supermercado FF, a fim de

proporcionar melhorias nas variáveis que apresentaram menor nível de satisfação.

Desta forma, cabe ressaltar que esse tipo de pesquisa deve ser realizado

constantemente, baseado no fato, de o mercado estar em constante mudança,

assim como o nível de exigências dos clientes. Atualizar-se no mundo globalizado

em que estamos vivendo, deixa de ser um diferencial e passa a ser uma obrigação

de toda empresa que tenha por objetivo atender com qualidade e manter-se no

mercado.

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O objetivo geral da pesquisa foi atingido assim como os objetivos específicos

e questão norteadora. Foi possível identificar o nível de satisfação em relação a

inúmeras variáveis abordadas na pesquisa. Embora os resultados obtidos tenham

sido em sua maioria satisfatório, pode-se concluir que é necessário estar sempre

atento as modificações mantendo e fidelizando os clientes, criando diferenciais e

buscando constante a excelência.

Como sugestão para futuros trabalhos, sugere-se a elaboração de um plano

de marketing e/ou um planejamento estratégico com o intuído de complementar este

estudo, criando novas estratégias e buscando novas informações.

Sendo assim, o trabalho de um modo geral, foi de grande valia tanto para

acadêmica quanto para a empresa, tendo em vista o aprofundamento dos

conhecimentos teóricos e práticos dos conceitos e ferramentas administrativas

absorvidas no período acadêmico. Toda dedicação e o empenho no trabalho

proporcionaram a acadêmica um crescimento profissional e pessoal bastante

significativo.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO

PESQUISA APLICADA COM OS CLIENTES DO SUPERMERCADO FF

O questionário abaixo faz parte do trabalho de conclusão do Curso de

Administração da UNIVALI – Biguaçu, que tem por objetivo analisar o

perfil e avaliar o grau satisfação dos clientes do SUPERMERCADO FF.

Marque com um “X” conforme o seu perfil ou seu nível de satisfação. Favor

assinalar somente uma das alternativas. Não é necessário a identificação.

Obrigado.

Mariana Nunes Rosar

1) Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino

2) Idade

( ) Menos de 18 anos ( ) 26 a 35 anos ( ) 46 a 55 anos

( ) 18 a 25 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) Acima de 56 anos

3) Mora na cidade de Antonio Carlos?

( ) Sim. Bairro? ______ ( ) Não. Onde?______

4) Escolaridade

( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino superior completo

( ) Ensino médio incompleto ( ) Pós-graduado

( ) Ensino médio completo

5) Estado civil

( ) Solteiro ( ) Separado/divorciado

( ) Casado ( ) Viúvo

( ) União estável

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6) Qual a sua Ocupação principal?

( ) Agricultor ( ) Empresário

( ) Aposentado ( ) Funcionário público

( ) Autônomo ( ) Profissional liberal

( ) Comerciante ( ) Assalariado

( ) Outro:___________

7) Marque com um X o seu nível de satisfação em relação a diferentes

fatores do supermercado FF:

Qual sua opinião em relação...

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Ao atendimento dos operadores de caixa

Ao atendimento dos funcionários de corredor

Ao atendimento das balconistas da padaria

Ao atendimento dos açougueiros

Ao atendimento das balconistas do bazar

Ao atendimento da recepção

Aparência e higiene dos funcionários

Variedade dos produtos

Preços dos produtos

Ofertas e Promoções

Encartes e demais divulgações de ofertas

Formas de pagamento

Tempo de espera para concluir suas compras

Localização do estabelecimento

Estacionamento

Espaço físico do Supermercado

Exposição das mercadorias

Aparência física do supermercado

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8) Como teve conhecimento do estabelecimento?

( ) Indicação de conhecidos ( ) Jornal

( ) Rádio ( ) Encarte

( ) Passou no local ( ) Outro(s) Qual(is)?_____

9) A quanto tempo compra no supermercado FF?

( ) 1ª vez ( ) De 6 meses a 1 ano ( ) De 2 a 4 anos

( ) Menos de 6 meses ( ) De 1 a 2 anos ( ) Mais de 4 anos

10) Com que freqüência faz compras no supermercado FF?

( ) 1ª vez ( ) 1 vez por mês

( ) 1 vez por semana ( ) A cada 3 meses

( ) Mais de 1 vez por semana ( ) 1 vez por ano

11) Qual a forma de pagamento que você utiliza com mais freqüência no

supermercado FF?

( ) Dinheiro ( ) Cartão de crédito ( ) Convênio Super FF

( ) Cheque ( ) Cartão de débito ( ) Ticket

12) Em média, quanto tempo costuma demorar para realizar suas compras:

( ) 15min ( ) 45min

( ) 30min ( ) Mais de 1h

13) Em média, quanto costuma gastar em cada compra realizada (em R$):

( ) 10,00 a 50,00 ( ) 101,00 a 200,00 ( ) 351,00 a 500,00

( ) 51,00 a 100,00 ( ) 201,00 a 350,00 ( ) acima de 500,00

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14) Dos fatores relacionados abaixo, em sua opinião qual é o principal

motivo o fazem comprar no supermercado FF? (pode assinalar mais que

uma opção)

( ) Localização ( ) Preço

( ) Entrega a domicílio ( ) Qualidade de atendimento

( ) Variedade de marcas ( ) Horário de atendimento

( ) Outros: _____________

15) Você costuma comprar em outro supermercado?

( ) Não ( ) Sim,

Qual(is):___________________________________

16) Caso você costume comprar em outro supermercado, quais os fatores

que o levam a isso?

17) Qual fator de maior relevância do supermercado FF, que na sua opinião

pode ser melhorado.

( ) Estrutura física ( ) Atendimento em geral

( ) Quantidade de caixas (PDVs) ( ) Padaria

( ) Açougue ( ) Serviço de entrega

( ) Limpeza ( ) Preço

( ) Outros. _______________

18) Gostaria de deixar mais algumas sugestões de melhorias para o

supermercado FF?

O supermercado FF agradece a sua colaboração.

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APÊNDICE B

ROTEIRO DE ENTREVISTA APLICADO AOS PROPRIETÁRIOS DO

SUPERMERCADO FF

1) Na sua percepção, qual o fator mais importante que faz com que os

clientes do supermercado FF optem por comprar no estabelecimento?

( ) Qualidade no atendimento ( ) preços

( ) Serviço de entrega ( ) formas de pagamento

( ) Localização do supermercado ( ) Outros. Quais?___________

2) Na sua opinião, através de qual o meio de comunicação os clientes

ficam conhecendo o supermercado FF?

( ) Jornal ( ) Indicação

( ) Propagandas (encartes) ( ) Anuncio em rádios

( ) Outros. Quais? ___________

3) Na sua opinião qual item do supermercado FF pode melhorar?

( ) Qualidade no atendimento ( ) Preços

( ) Serviço de entrega ( ) Formas de pagamento

( ) Localização do supermercado ( ) Outros. Quais?___________

4) Como você avalia o atendimento da Padaria?

5) Como você avalia o atendimento do Açougue?

6) Como você avalia o atendimento do Bazar?

7) Como você avalia a agilidade no atendimento do caixa?

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8) Como você avalia a preocupação dos funcionários em deixar seus

clientes satisfeitos?

9) Como você avalia o serviço de entrega a domicílio?

10) Como você avalia as negociações em compras?

11) Como você avalia o mix de produtos do supermercado?

12) Como você avalia o preço praticado no supermercado? Condizem com

o mercado?

13) No processo de negociações em compras, prima-se pela qualidade do

produto, ou pelo preço?

14) Como você avalia a localização do estabelecimento?

15) Como você avalia a aparência do supermercado?

16) Quais são as suas expectativas futuras para a empresa?

17) Qual sua opinião em relação aos pontos positivos dos concorrentes?