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Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção Edição 82 | Ano IX | Dezembro de 2017 Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Seção Técnica: Ultrassom para a classificação de postes e cruzetas Microtomografia computarizada na indústria ConaEND&IEV 2018 vem aí... Aproveite essa chance e compartilhe suas ideias com quem mais entende de END e inspeção PD&I, esse conceito vem repaginando a história

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - Abendi ... · setor automotivo, que é a minha espe-cialidade’’, disse o estudante André Luiz Martins Maia. Palestras sobre ENDs O gerente

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Revista da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção

Edição 82 | Ano IX | Dezembro de 2017

Pesquisa,Desenvolvimentoe Inovação

Seção Técnica:

Ultrassom para a classificaçãode postes e cruzetas

Microtomografia computarizadana indústria

ConaEND&IEV 2018 vem aí...

Aproveite essa chance ecompartilhe suas ideias com quem mais entende de ENDe inspeção

PD&I, esse conceito vem repaginando a história

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Pedro Paiva – Magnaflux Jan Smid – RadiolabWagner Romano – GEOswaldo Rossi Júnior – IntermetroCarlos Madureira – BBL

Prof. Sérgio Brandi – USPProf. Sérgio Barra – UFRNProf. Thomas Clarke – UFRGSProf. Armando Albertazzi – UFSC Prof. Américo Scotti - UFUProfa. Raquel Gonçalves – UnicampProf. Armando Shinohara – UFPEProf. Francisco Ilo – UPE

Supervisora de comunicação:Grazielle PaivaJornalista responsável: Alexandra Alves (MTB 26660)Comercial: Bruno MunhozDesigner: Henrique LealRevisor: Paulo RanieriProjeto Gráfico e Diagramação:Giovana Garofalo Capa/Foto: shutterstockEd. Gráfica: Giovana GarofaloGráfica: Hawai Gráfica

7.000 exemplares

Profissionais especializados (engenheiros, gerentes, administradores) de em- presas de END e Inspeção, usuários des- sa tecnologia, técnicos (supervisores, ins- petores e operadores) que estão direta- mente envolvidos com o tema e institui-ções de ensino.

expediente

Conselho Editorial

Comitê Científico

Equipe

Tiragem

Público leitor

ISSN: 1980-1599

A Abendi não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em ar-tigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da revista. À pu-blicação reserva-se o direito de, por motivo de espaço e clareza, resumir cartas e artigos.

Se você tiver ideias, sugestões ou críticas a fazer, envie para:[email protected]

A Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), da qual eu tenho muita honra e orgulho de ser o atual presidente, tem um leque muito abrangente de atividades. Logicamente, sem perder o cerne inicial, os motivos pelos quais foi fundada, por um grupo de profissionais e empresas, há 38 anos, que é reunir pessoas, associar pessoas, para discussão de temas de interesse comum, além de desenvolver programas de capacitação e certificação de pes-soas. A certificação é, certamente, um dos carros chefes da associação, uma das maiores especializações da entidade. A Abendi desenvolveu, desde 1981, portan-to, dois anos depois da sua fundação, um sistema de qualificação e certificação de pessoas em Ensaios Não Destrutivos, baseado numa norma internacional de END, a ISO 9712 que, à época, inclusive, era um draft ainda.

Em função, da falta de obras e empreendimentos, muitos e muitos profissio-nais estão com dificuldade até para saldar o pagamento das suas manutenções da qualificação, da sua recertificação e renovação da sua certificação. Esse fato traz muita preocupação, porque pode trazer o risco de muitos bons profissionais, que já atuam há muitos anos na área, com bastante experiência e conhecimento, deixarem o mercado, perdendo suas qualificações. Certamente, o Brasil voltará a trilhar o caminho do crescimento. Porém, o que preocupa a diretoria da Abendi é, quanto à volta do desenvolvimento, como fazer com a falta de profissionais qua-lificados, que, certamente, ocorrerá se persistir o ciclo grande dessa situação eco-nômica financeira, com a saída de profissionais brilhantes do mercado. Nós nos preocupamos muito também com a questão, neste momento, da entrada de ou-tros esquemas de qualificação e certificação de pessoas no Brasil mais simples, eu diria, mas que não têm a mesma qualidade. Não são sistemas equivalentes ao da Abendi, baseado na ISO 9712. Em tempos assim, infelizmente, todos nós sabemos que são cheios de oportunidades, mas também de oportunismos e, certamente, a gente tem visto isso com a prática de alguns esquemas muito específicos, muito particulares, que vêm se generalizando no Brasil, sendo aplicados de uma forma totalmente errônea, como é o caso da prática recomendada ASNT-TC 1 A. Dessa forma, a associação está muito preocupada com tais fatos, sendo assim, gosta-ria de alertar aos nossos associados e profissionais certificados que a diretoria da Abendi está tomando diversas ações, no sentido de buscar contatos com os or-ganismos reguladores, com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustí-veis (ANP) e o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para trocar ideias sobre o tema e alertá-los sobre a necessidade de profissionais certificados, para a segurança das instalações e dos empreendimentos aqui de nosso país. A Abendi tem investindo, atualmente, numa grande quantidade de recursos para participação em fóruns internacionais, exatamente buscando o re-conhecimento da sua certificação. Temos o mútuo reconhecimento com ICNDT (comitê internacional de END), mediante a nossa certificação em, pelo menos, 53 diferentes países. Participamos, também, de diversos fóruns do ICNDT, como comitê executivo de certificação e o WG 1, grupo de trabalho de qualificação e certificação. Essa atualização é muito importante para nos mantermos a par das tendências mundiais de certificação.

Boa leitura

João Gabriel Hargreaves Ribeiro

Presidente

editorial

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06 notícias• Associação abre conferência internacional de END• Presença da Abendi na Rio Pipeline traz novidade• Evento em Singapura

área técnica• Encontro Mercosul de Normalização abordou diversos métodos de END

certificaçãoCertificação de metrologistas é uma das apostas da Abendi

seção técnica

sóciosVocê conhece o programa Recruta Abendi?

sócios patrocinadoresMetal-chek

treinamentosPós-graduação da Abendi: um diferencial na área de END&Inspeção

eventosTrabalhos técnicos no Conaend&IEV 2018

10 14

22 28

16 18

38

PD&I - essa sigla faz a diferença

PESQUISA,DESENVOLVIMENTOE INOVAÇÃO30

• Desenvolvimento de um método de inspeção por Ultrassom para a classificação de postes e cruzetas

• Potenciais aplicações da técnica de microtomografia computadori-zada na indústria

• Encontro abordou radioproteção em diversos setores• Entidades cada vez mais próximas• PD&I foi tema de encontro no Pará

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PESQUISA,DESENVOLVIMENTOE INOVAÇÃO

Av. Onze de Junho, 1317 – Vila ClementinoCEP: 04041-054. São Paulo (SP)Tel. (11) 5586-3199 – Fax (11) 3302-5850Site: www.abendi.org.br

Lançamentos de livros, apostilas, anais eprodutos [email protected] | (11) 5586-3196

Bureau de Certificação Abendi. (11) 5586-3181

Feiras, eventos, simpósios e encontros do [email protected] | (11) 5586-3197

Área Técnica da [email protected] (11) 5586-3195

Seja um sócio ou sócio patrocinador da [email protected] (11) 5586-3190 ou 3146

Treinamentos e Ensino a Distância (EaD)[email protected](11) 5586-3141 ou [email protected]

[email protected] (11) 5586-3161

[email protected]

Jarbas Cabral Fagundes [email protected] - (82) 9-9911-7619

Antonio Luiz de Melo Vieira [email protected] - (71) 99964-8636

Antonio Noca [email protected](85) 99932-9159 ou (12)99644-8477

Carlos Otávio Damas [email protected] - (79) 99679-2747

Marco Antonio Souza [email protected] - (81) 9961-5110 eID 97 * 34748 (Nextel)

Sérgio Rodrigues [email protected] - (84) 98828-1266

Jean Eduardo Lima [email protected] - (47) 99729-3786

Sede Abendi

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Certificação

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Para anunciar narevista e nos

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6 revista abendi no 82dezembro de 2017

n o t í c i a s

“S uprimos nossa falta de laborató-rio com visitas técnicas que enri-

quecem a formação de nossos alunos.’’ A afirmação do professor de Tecnologia em Soldagem da Fatec, Leonardo Sil-va, reflete a importância do ‘’Programa Difusão de ENDs em Instituições de Ensino’’, da Abendi, voltado à dissemi-nação das técnicas de END e Inspeção, por meio de ações focadas no aprimo-ramento da tecnologia e qualificação a

UNIVERSITÁRIOS NA ABENDI

Participe do nosso programa, saiba mais clicando nolink: http://abendici.org.br/universidades/.

de pessoas. Silva e um grupo de alunos, dos cursos Tecnólogo em Soldagem, Processos de Fabricação e Automação Industrial, estiveram, hoje, na associa-ção, conhecendo as atividades de trei-namento e certificação. ‘’O contato prá-tico nos leva à realidade da profissão. Quero investir em END, para aplicar no setor automotivo, que é a minha espe-cialidade’’, disse o estudante André Luiz Martins Maia.

Palestras sobre ENDsO gerente do Bureau de Certificação da Abendi, João Rufino Teles Filho, realizou, recentemente, a palestra ‘’Ensaios Não Destrutivos aplicados à eficiência in-dustrial – END’’, no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-gia do Ceará (IFCE), em Fortaleza (CE). A apresentação abordou as principais téc-nicas de inspeção de materiais e equipa-mentos, sem danificá-los, sendo executa-das nas etapas de fabricação, construção, montagem e manutenção.

Intermach – Já em Joinville (SC), o enge-nheiro Paulo César Francisco Henriques, em nome da associação, comandou a se-guinte apresentação: ‘’Novas Tecnologias e aplicações de técnicas não destrutivas em equipamentos da indústria metalo-mecânica, durante a Feira e Congresso de Tecnologias, Máquinas, Equipamentos e Serviços (Intermach).

O professor Leonardo Silva ressalta a importância da aula prática

ENCONTRO ABORDOURADIOPROTEÇÃO EM DIVERSOS SETORES

A proteção radiológica nas áreas mé-dica, industrial, nuclear, de trans-

porte de material radioativo e de con-trole de fontes de radiação ionizante, além da importância da especialização de profissionais para trabalhar no seg-mento, foram os temas mais debatidos durante o Congresso Internacional de Radioproteção Industrial, realizado no mês de setembro, em Goiânia (GO). No público, estavam autoridades governa-mentais, representantes de entidades e empresas, universitários, acadêmi-cos e pesquisadores. Nesta edição, o evento lembrou os 30 anos do maior acidente radiológico do mundo, quan-do pelo menos mil pessoas foram con-

taminadas por radiação de césio-137, naquela capital. ‘’Um dos momentos mais emocionantes, a meu ver, foi o encontro do doutor Rex Nazaré (ex--presidente da Cnen na época da tra-gédia) com a mãe da menininha Leide das Neves Ferreira, de 6 anos de idade, que foi a primeira vítima do acidente’’, destacou a supervisora de Proteção Ra-diológica da Cnen, entidade apoiadora do encontro, Camila Moreira Araujo de Lima. Como patrocinadora do evento, a Abendi montou um estande na área de exposição, oferecendo aos visitan-tes a oportunidade de conhecer nossas atividades no setor de radioproteção industrial. a

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7tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

A pontar os problemas e as práticas recomen-dadas para os setores de Operação e Ma-

nutenção (O&M) e Eólico foi o tema discutido na primeira reunião do Comitê Técnico Setorial Eólico, formada a partir de uma parceria entre a Abendi e ABEEólica. O encontro, realizado recentemente na sede da Abendi, contou com representantes de empresas fabricantes de aero geradores, pás, tor-res, prestadores de serviços e investidores.

ENTIDADESCADA VEZ MAISPRÓXIMAS

O primeiro encontro do comitê foi na Abendi

a

O presidente da Abendi, João Gabriel Hargreaves, assinou o convênio

EVENTO EM SINGAPURA

O presidente da Abendi, João Gabriel Hargreaves Ribeiro, participou da

Conferência da Federação Ásia-Pacífico para Ensaios Não Destrutivos (APFNDT), no mês passado, em Singapura. O even-to apresentou as novidades em pesqui-sa, equipamentos e aplicações mundiais de END. Com participantes de entidades de vários países, o encontro completou 15ª edição. a

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8 revista abendi no 82dezembro de 2017

n o t í c i a s

a

R ecentemente, a Abendi, além de apoiar, par-ticipou de um dos principais eventos sobre

dutos do país: a Rio Pipeline. Na ocasião, a asso-ciação e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) firmaram um convênio de cooperação técnica/institucional, quando o presidente da Abendi, João Gabriel Hargreaves, assinou o documento, representando a entida-de. Além disso, o coordenador do Comitê de Ins-peção de Faixa de Dutos da associação, Edgard de Castro Souza, apresentou uma palestra no encontro com o seguinte título: “Certificação de Pessoas para Serviços no Segmento de Pipeline.” O congresso terminou ontem, no Rio de Janeiro.

PRESENÇA DA ABENDI NA RIO PIPELINETRAZ NOVIDADE

O presidente da Abendi, João Gabriel Hargreaves, assinou o convênio

A o conquistar prestígio e importân-cia na área de END&Inspeção, no

cenário internacional, a Abendi abriu o principal evento mundial do segmen-to: a Conferência Anual da Associação Americana de Ensaios Não Destrutivos (ASNT), que aconteceu em novembro, em Nashville, nos Estados Unidos. Na ocasião, a entidade realizou a segunda edição da Sessão Especial de Gestão de Inte-gridade de Dutos Flexíveis (Frim), em conjunto com a instituição americana, quan-do o engenheiro da Petrobras Alexandre dos Santos Cordei-ro fez uma apresentação, com debate na sequência. O dire-tor executivo da ASNT, Arny Bereson, destacou a quali-

ASSOCIAÇÃO ABRE CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE END

A Conferência Anual da Associação Americana de Ensaios Não Destrutivos (ASNT) aconteceu em novembro, em Nashville, nos Estados Unidos

dade técnica da sessão e ressaltou, ain-da, a satisfação em ter um convênio de cooperação com a Abendi. Lembrando que a primeira edição do Frim aconteceu em maio, durante a Coteq, e a terceira será realizada em agosto de 2018, no Conaend&IEV. ‘’Embora o momento atu-al seja desfavorável para deslocamentos,

a Abendi tem uma credibilidade interna-cional, alcançada ao longo de 38 anos de trabalho, que a todo custo deve ser man-tida’’, acrescentou o diretor executivo da associação, João Conte.

Além do Frim, a Abendi teve a oportu-nidade de apresentar as atividades que realiza, principalmente em relação Sis-

tema Nacional de Qualificação e Certificação de pessoas (SNQC/END). ‘’Foi uma experiência muito positiva, com muita interatividade do público, que fez várias pergun-tas’’, afirmou o diretor executivo da Abendi, João Conte. A palestra foi uma das atrações do fórum de associações da conferência, com participações de representantes de pelo menos 20 instituições de todo o mundo. a

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9tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

PD&I FOI TEMA DE ENCONTRO NO PARÁ

“A Abendi e a atividade de pesquisa, desenvolvimen-to e inovação (PD&I)” foi

o tema da palestra apresentada pelo consultor de Gestão Tecnológica da associação, Marcelo Pereira, durante o V Encontro da Rede PDIMat (Rede de cooperação em pesquisa, desenvolvi-mento e inovação em materiais e equi-pamentos para o setor industrial brasi-leiro), realizado em Belém do Pará, na Universidade Federal do Pará (UFPA). De forma geral, Pereira abordou a im-portância dos Ensaios Não Destrutivos (ENDs), da inspeção e dos trabalhos da Abendi voltados à certificação, área téc-nica e aos treinamentos. Como exem-plo, o consultor citou o curso de Pós Graduação em Engenharia de Inspeção Não Destrutiva em Equipamentos e Es-truturas, iniciado no Rio de Janeiro e que será lançado em São Paulo no próximo ano. Além disso, ele também revelou as categorias dos sistemas de certificação, destacando a importância desse tipo de atestado à indústria. Comentou, ainda, sobre a área de eventos, ressaltando o Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Conaend&IEV) e o programa de difusão dos ENDs para instituições de ensino.

O tema principal da apresentação foi a atividade da Gestão Tecnológica da Abendi, direcionada ao atendimen-to às demandas de mercado, que tem como meta contribuir com os resultados dos parceiros da entidade. ‘’Buscamos projetos com alto grau de maturidade, focados em pesquisa, para fortalecer a chegada do conhecimento, gerado pela universidade, ao mercado, por meio da aplicação pela empresa’’, salientou. Para complementar, o consultor explicou a metodologia utilizada na abordagem a

dos serviços de gestão tecnológica, nas linhas de pesquisa e no modelo de ne-gócios da associação empregados nos projetos de PD&I, suportados pelos re-cursos da Cláusula da ANP, pela qual a Abendi é credenciada. Por fim, foi apre-sentado o modelo de prospecção de tec-

nologias e avaliação de fornecedores, que dão suporte aos clientes, melhorando a relação custo/benefício da inspeção.

O público, formado por professores, alunos, representantes de empresas e profissionais em geral, interagiu com perguntas.

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10 revista abendi no 82dezembro de 2017

á r e a t é c n i c a

ENCONTRO MERCOSUL DE NORMALIZAÇÃO ABORDOU DIVERSOS MÉTODOS DE END

E specialistas brasileiros e argen-tinos integraram o 21o Encontro Mercosul de Normalização, reali-

zado no dia 03 de outubro. Por conta do atual cenário econômico, os represen-tantes do Brasil participaram das discus-sões via WebEx, ferramenta online que

E a próxima reunião já está marcada

Por conta do atual cenário econômico, os brasileiros participaram da reunião a distância

possibilita a participação remota, tendo como ponto focal as instalações da Aben- di. Já os demais, acompanharam os de-bates da faculdade de engenharia da Universidade Nacional de Comahue, em Neuquén, na Argentina. A pauta abor-dou os seguintes temas: Ultrassom (US),

emissão acústica (EA), Radiografia, além de métodos superficiais de Líquido Pe-netrante (LP), Partículas Magnéticas (PM) e Ensaio Visual (EV).

As discussões sobre métodos super-ficiais focaram as revisões das normas Mercosul, com base nas normas ISO. Ficaram definidos, como plano de ação 2017/2018, os estudos abaixo:

• ABNT NBR NM 328:2011 - Ensaios não destrutivos - Partículas magnéti-cas – Terminologia que será revisada adotando como referência a norma ISO 12707:2016 - Non- destructive testing - Magnetic particle testing - Vocabulary

• ABNT NBR NM 334:2012 - Ensaios não destrutivos - Líquidos penetrantes - Detecção de descontinuidades, a ser revisada com base nas normas ASTM E 165:2009 - Standard Practice for Liquid Penetrant Examination for General In-dustry e na ISO 3452 - Non-destructive testing - Penetrant testing - Part 1: Ge-neral principles.

• ABNT NBR NM 327:2011 - Ensaios não destrutivos - Líquidos Penetrantes - Terminologia

• ABNT NBR NM 329:2011 - Ensaios não destrutivos - Ensaio Visual - Termi-nologia.

Os especialistas da Comissão de Emis-são Acústica decidiram adotar a norma ISO 18081 - Non-destructive testing - Acoustic emission testing (AT) - Leak de-tection by means of acoustic emission. Com isso, será feita uma interpretação técnica do texto para publicação como Norma Mercosul.

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11tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Os argentinos acompanharam os debates da faculdade de engenharia da Universidade Nacional de Comahue, na cidade de Neuquén, na Patagônia

Como plano para 2018, foram estabe-lecidas as revisões das normas a seguir:

• ABNT NBR NM 302 - Ensaios não destrutivos - Ensaio de emissão acústica (EA) – Terminologia

• ABNT NBR NM 303 - Ensaios não destrutivos - Análise da emissão acústi-ca de estruturas durante a estimulação controlada

• ABNT NBR NM 304 - Ensaios não destrutivos - Ensaios de cilindros de aço sem costura por emissão acústica

• ABNT NBR NM 333 - Ensaios não destrutivos - Monitoração contínua por emissão acústica – Procedimento

A adoção e publicação, como Norma Mercosul, da série ISO 19232 - Non--destructive testing - Image quality of radiographs, foi o ponto principal das discussões da comissão de Radiografia Industrial. A decisão resultou nas se-guintes traduções, para o próximo ano:

• Part 1: Determination of the ima-ge quality value using wire-type image quality indicators Participe das reuniões de normalização. Entre em contato por e-mail: [email protected].

• Part 2: Determination of the image quality value using step/hole-type ima-ge quality indicators

• Part 3: Image quality classes• Part 4: Experimental evaluation of

image quality values and image quality tables

• Part 5: Determination of the image unsharpness value using duplex wire--type image quality indicators

O 21o Encontro Mercosul de Norma-lização foi encerrado com a reunião de Ultrassom. O consenso foi pela revisão da norma ABNT NBR NM 335:2012 - En-saios não destrutivos - Ultrassom - Ter-minologia, com base na norma ISO 5577 - Non-destructive testing - Ultrasonic testing – Vocabulary.

Em 2018, os especialistas argentinos analisarão a proposta brasileira de ado-ção, na esfera Mercosul, da norma ABNT

NBR 16553:2016 - Ensaio não destrutivo - Ultrassom - Phased array – Termino-logia, desenvolvida pelos especialistas brasileiros, amparados pela norma EN 16018 - Non-destructive testing - Termi-nology. Terms used in ultrasonic testing with phased arrays.

Outro item importante abordado, que também será incluído na pauta de dis-cussões, em 2018, refere-se às revisões das seguintes normas:

• ABNT NBR NM 330:2011 - Ensaios não destrutivos – Ultrassom – Princípios Gerais

• ABNT NBR NM 336:2012 – Ensaios não destrutivos – Ultrassom em soldas – Procedimento

O próximo encontro do Comitê Mer-cosul acontece no dia 30 de agosto de 2018, durante o Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Conaend&IEV), da Abendi, em São Paulo. a

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12 revista abendi no 82dezembro de 2017

s ó c i o s

EMPRESAS SÓCIAS DA ABENDI

ABR Eengenharia LtdaACINOR Inspeções e ServiçosTécnicos LtdaALTIPLANO Serviços emAltura e Treinamentos LtdaASP Serviços Industriais LtdaAraújo Engª e Integridade emEquipamentos LtdaArctest Serviços Tec. Insp. eManut. Indl. LtdaArmenio End. Inspeção de Soldas Ltda.Arotec S/A Indústria e ComércioAss. Bras. Tecnologia paraConstrução e MineraçãoSOBRATEMAAwi service LTDAAços F. Sacchelli LtdaBRITO E KERCHE Inspeções e Serviços Ltda MEBelov Engenharia LtdaBently do Brasil Ltda.Bruke Do Brasil LtdaC.I.C Certificação em Equipamentos Industriais e Cabos LtdaCARVALHO & CARVALHOEngenharia LTA - EPPCBC Indústrias Pesadas S/ACETI Treinamentos e ServiçosEmpresariais Ltda MECG. GEO Sensoriamento Remoto e Topografia Ltda - EPPCIA - Centro Nacional de Tecnologia e Com. LtdaCONSINSP - Insp. Equips. eManut. Indl. LtdaCarestream do Brasil Com. e Serv. de Prod. Med. LtdaCarlos Alberto Arruda SallesMarques & Cia LtdaCentro de Pesquisa de EnergiaElétrica - CEPELCieme Engenharia Eireli

Concremat - Engenharia eTecnologia S/AConcremat - Engenharia eTecnologia S/AConfab Industrial S/ACooperativa dos Insp. Equip. Autônomos do Estado Bahia LtdaCyberiaDiagnostic Imagind Automação LtdaEND Oliveira Fiscalização Técnica em Montagem Ltda - EPPEND-Check Consult. e Serv. Espec.de Peças e Equip. LtdaENDI - Ensaios Não Destrutivos, Inspeção e Soldagem Ltda - MEEngisa Insp. e Pesquisa Aplicada à Indústria LtdaExtendeFASC - Serviços em Segurança do Trabalho LTDAFMC Technologies do Brasil LtdaFlir Systems Brasil Com. deCâmeras Infravermelhas LtdaFugro Brasil Serviços Submarinos e Levantamentos LtdaFurnas Centrais Elétricas S/AGerman Engenharia e Serviços de Manutenção LtdaGuided Ultrasonics LtdaHCG Equipamentos LtdaHelling GmbHINSPETEC - Inspeções TécnicasIRM Services LtdaISQ Brasil - Instituto de Soldadura e Qualidade LtdaIT - Elétrica Comercial eServiços- EIRELI - EPPÍntegra Coop. de Trabalho Profis. de Engª Integ. Equip. LtdaInoservice Serviços de Inspeção LtdaInspek Serviços Técnicos Ltda - MEInstrumental Inst. de Medição LtdaIntermetro Serviços Especiais Ltda

Intertek Industry Services Brasil Ltda.JBS Inspeção e Ensaios LtdaK2 do Brasil Serviços LtdaKroma Produtos Fotográficos eRepresentação LtdaKubika Comercial LtdaLenco - Centro de ControleTecnológico LtdaLifting Assitência Técnica Elétrica e Comercial LTDALloyds Register do Brasil LtdaLottici & Lottici Ltda MeLuiz Fernandes Prolungatti - MEM2M do Brasil - Serviços eRepresentação em END LtdaMagnafluxMETRÔ SP - Cia do Metropolitano de São PauloMKS Serviços Especiais deEngenharia LtdaMORIZA CRISTINA MERENDA EPPMaex Engenharia LtdaMattos & Grimaldi Rio Comercio e RepresentaçãoMaxim Comércio e Consultoria Industrial LtdaMegasteam Instrumentação &Mecânica LtdaMeta Servicos De Engenharia Ltda - EppMetal-Chek do Brasil Indústria e Comércio LtdaMetaltec Não Destrutivos LtdaNDT do BrasilNR Treinamentos Ltda. EPPNovarum Sky Tecnologia Ltda. - MENuclebrás Equipamentos Pesados S/A - NUCLEPNúcleo Serviços de Inspeção de Equipamentos LtdaO.S Inspeções e Reparos emEquipamentos Industriais Ltda - EPP

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Oceânica Engenharia eConsultoria LtdaOlympus Scientific Solutions Americas CorpPANAMERICAN TECHNOLOGY GROUP S.A.PRO-ENGENHARIAPetróleo Brasileiro S/A -PETROBRASPhotonita Ltda - EppPhysical Acoustics SouthAmerica Ltda - PASAPoliendPolimeter Comércio eRepresentações LtdaPolotest Consultoria, Controle de Qualidade e Serviços LtdaPolyteste InspeçõesProaqt EmpreendimentosTecnológicosQualitec Engenharia daQualidade LtdaQualitech Inspeção, Reparo e Manutenção Ltda.Qualy End Inspeções LtdaR.R.V.M. Comércio e Assessoria Técnica Ltda

Rufino Teles EngenhariaSALT SERVICOS TECNICOS ESPECIALIZADOS LTDA - EPPSANTEC - Tecnologia de Solda-gemSENAT Group do Brasil -Serviços Marítimos e Terrestres Ltda.SGS do Brasil LtdaSISTAC - Sistemas de Acesso LtdaSKE Inspeção e Consultoria LtdaSafety Engenharia e Treinamen-tos LTDASaipem do Brasil Serviços de PetróleoSanesi Engenharia eSaneamento LtdaServ-End Indústria e Comércio LtdaServiço Nacional deAprendizagem Industrial -SENAIServiços Marítimos Continental S/ASiemens Ltda

| SÓCIOS PATROCINADORES |

Starnort Comércio e ServiçosTécnicos LtdaSystem Asses., Insp. e Controle da Qualidade LtdaT&D Inspeções e Consultorias LtdaTask - PolygonTech-Insp Treinamentos e Serviços LtdaTechnotest Serviços de Inspeções Técnicas LtdaTecnomedição Sistemas de Medição LtdaTrac Oil And Gas LTDA.Tracerco do Brasil Diagnósticos de Processos Industriais LtdaVTECH CONSULTING LTDAVallourec Soluções Tubulares do Brasil S.AVallourec Soluções Tubulares do Brasil S/A.Victória Qualidade Industrial LtdaVillar Manutenção de Máquinas LtdaVillares Metals S/AVoith Hydro LtdaXD4SOLUTIONS EIRELE-ME

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14 revista abendi no 82dezembro de 2017

s ó c i o s

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14 revista abendi no 82dezembro de 2017

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15tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

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16 revista abendi no 82dezembro de 2017

UMA GRANDE MARCA E A ALTA TECNOLOGIA UNEM SUAS FORÇAS NO BRASIL

formam uma grande parceria em 2018. Com esta parceria a Metal-Chek con-

tinua com sua estratégia de ampliar seu portfólio em soluções em NDT e a M2M amplia sua rede comercial para atender e acompanhar seus clientes com maior eficiência.

Na parceria, a sede da Metalscan continua como estrutura apoio para calibração, workshop, treinamento e su-porte para os sistemas de Phased Array.

“M2M estava procurando uma parce-

ria para expandir e se focar no merca-do, neste sentido Metal-Chek, empresa de referência em END desde muitos anos foi o parceiro perfeito” diz Ma-thieu Bouhelier consultor técnico M2M no Brasil.

Os produtos foco dessa relação se-rão o GEKKO(64:64) e o MANTIS (16:64), equipamentos de Phased-Array com de-sign para inspeção em campo que com-bina técnicas padrão (PAUT,PE,TOFD) e de ponta como o TFM em tempo real.

M etal-Chek do Brasil, empre- sa 100% nacional, fabricante de Líquido Penetrante (LP)

e Partícula Magnética (PM), há 35 anos no mercado fornecendo produtos de qualidade e comprometida em desen-volver a melhor solução para o clien-te. E a M2M, empresa francesa, criada em 2003, fabricante e desenvolvedora da mais alta tecnologia de sistemas de Ultrassom Phased Array focada em ino-vação, unem as suas forças no Brasil e

s ó c i o s p a t r o c i n a d o r e s

a

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18 revista abendi no 82dezembro de 2017

t r e i n a m e n t o s

PÓS-GRADUAÇÃO DA ABENDI:UM DIFERENCIAL NA ÁREA DE END&INSPEÇÃO

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A caba de ser formada a primei-ra turma de Pós-graduação em Engenharia de Inspeção

Não Destrutiva em Equipamentos e

1. Como está a experiência, no Rio de Janeiro, do 1º curso de Pós-graduação em Engenharia de Inspeção Não Des-trutiva em Equipamentos e Estruturas da Abendi?

A experiência está muito positiva. Es-tamos no segundo módulo do curso, que teve início no dia 12 de agosto. Já terminamos o primeiro módulo que tra-tou dos Ensaios Não Destrutivos Con-vencionais. A turma é composta, em sua maioria, de profissionais do mercado, além de alguns Inspetores de END. São representantes de alguns segmentos, como Nuclear, Naval e Energia.

Tivemos uma surpresa muito positiva nesta primeira turma, porque, como sa-bemos, o mercado volta a aquecer aos

poucos e os participantes viram nesta pós-graduação uma oportunidade de capacitação diferenciada, onde conse-guem conhecer outros segmentos, e emergentes como eólico e o de novas energias. Destacaram, também, que poderiam se preparar melhor para o mercado que vem aquecendo e a turma se formou em um tempo relativamente curto. Foi muito boa a resposta do mer-cado para este curso.

2. Por que vale a pena investir nessa pós?

Vejo que é uma oportunidade de am-pliar os conhecimentos no campo de novos segmentos que vêm surgindo. Este curso oferece a oportunidade de

conhecerem os Ensaios Não Destruti-vos aplicados a outros nichos que não somente o Petróleo e Gás. Esta, em par-ticular, foi a motivação mais citada pelos participantes.

Em sua maioria, os profissionais não têm a possibilidade de transitar entre muitos segmentos e, sem dúvida, este curso oferece a oportunidade.

3. Fale um pouco sobre o conteúdo programático.

O curso começou no sábado, dia 12 de agosto, onde tivemos a nossa aula inaugural. A partir de então, demos iní-cio à primeira turma de Pós Graduação em “Engenharia de Inspeção Não Des-trutiva em Equipamentos Estruturas”,

“Tivemos uma surpresa muito positiva nesta primeira turma, porque, como sabemos,o mercado volta a aqueceraos poucos e os participantesviram nesta pós-graduaçãouma oportunidade decapacitação diferenciada,onde conseguem conheceroutros segmentos, eemergentes como eólico eo de novas energias.”

Estruturas da Abendi. As aulas, com início previsto para o dia 17 de março de 2018, são quinzenais e acontecem aos sábados. Na entrevista abaixo,

com o coordenador do curso, Marce-lo Pereira, você saberá detalhes sobre esse novo desafio profissional. Acom-panhe:

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20 revista abendi no 82dezembro de 2017

Marcelo Pereira (ao centro) com a turma de pós-graduação do Rio de Janeiro

aqui no Rio. Está programada para ser quinzenal, das 08:30 às 18:00h, facilitan-do em muito o deslocamento e frequ-ência dos alunos.

O curso tem como objetivo capacitar os estudantes de Inspeção Não Destrutiva de Estruturas e Equipamentos, para que possam atuar num campo de extrema competitividade e com uma grande ne-cessidade de constante atualização tec- nológica. Os segmentos de refino, offshore energia eólica, ponte e viadu- tos são inspecionados para que possam ter a sua integridade garantida. Neste contexto, é de fundamental importân- cia a capacitação profissional, para que possam ter conhecimentos das tecno- logias, suas normas e critérios.

A pós-graduação está estruturada em 7 Módulos: 1o - Ensaios Não Destrutivos

Convencionais, 2o - Ensaios Não Destru-tivos Não Convencionais, 3o - Inspeção de Equipamentos Onshore I, 4o - Inspe- ção de Equipamentos Onshore II, 5o - Ins- peção Não Destrutiva em Equipamentos da Indústria de Energia Renováveis, 6o

- Inspeção Não Destrutiva de Equipamen-tos Offshore, 7o - Inspeção Não Destruti-va de Estruturas Offshore, 8o - Inspeção Não Destrutiva de Pontes, Viadutos e na Construção Civil, 9o - Gestão, Normas, Qua lificação e Certificação de Pessoas e Pro-dutos na Inspeção Não Destrutiva e o 10o - Metodologia da Pesquisa.

4. Em relação à turma de São Paulo, quais são as expectativas ?

As expectativas são muito boas. Es-peramos que a turma de São Paulo tenha início em março de 2018, e que

tenhamos a mesma resposta positi-va, junto ao mercado, que tivemos na turma do Rio de Janeiro. Exata-mente porque é uma oportunidade que os profissionais terão em conhe-cer outros segmentos, dentre os que estão sendo apontados como seg- mentos fortes para a retomada da eco-nomia.

5. Na sua opinião, qual o ponto mais relevante em relação ao curso?

Este curso possui uma questão im-portante a se destacar, além da experi-ência da Abendi na organização e estru-turação de cursos, este, em particular, foi pensado a partir dos eventos que a Abendi. Os módulos que o compõem representam as áreas de conhecimento que os congressos e eventos vêm sen-

t r e i n a m e n t o s

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Aproveite esta oportunidade e façajá a sua inscrição, ainda temos vagas: [email protected].

do realizados. Assim, a Abendi concretizou as demandas de conhecimento existentes, em uma pós-graduação, fazendo uma grade intimamente ligada ao mercado.

Este curso pode também ser um embrião para novas pós, pois as áreas de conhecimento de cada módulo, podem perfei-tamente transformarem-se em novos cursos.

A Abendi buscou a Univer-sidade Católica de Petrópolis como parceira e, tendo deman- da, os mesmos podem ser rea-lizados em qualquer outro es-tado. a

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e v e n t o s

N o Conaend&IEV 2018 você tem essa chance ao apresentar um tra- balho técnico, num dos principais eventos do país, na área de END&Inspeção. Invista em você mesmo, defendendo suas ideias, e

some esforços ajudando a inovar o cenário industrial brasileiro. Inscreva-se já! A chamada vai até 28 de fevereiro de 2018. Vale destacar que, a partir desta edição, o congresso permite submissão de sinopses e artigos em inglês ou por-tuguês. Acesse e confira o regulamento: www.conaend.org.br. Veja como vale a pena, conheça os benefícios:

• Além de dividir a sua experiência com um público qualificado, você terá o seu trabalho técnico publicado na mais conceituada publicação do segmento, a Revista Abendi;

• Todos os trabalhos selecionados ficam disponíveis no acervo do evento;• A apresentação também soma pontos para fins de recertificação, pelo sis-

tema de crédito estruturado.

22 revista abendi no 82dezembro de 2017

SE APENAS ESTAR NA HORA E NO LUGAR CERTOS JÁ CRIA UMA OPORTUNIDADE, IMAGINE SER O CENTRO DAS ATENÇÕES NESSE MOMENTO!

Inovação será o foco do evento.Atualize-se quanto à programação:

Temário • Análise de Falha • Análise de Tensão Teórica e Experi-mental• Aplicações de RPAS (Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas) em Inspeção• Aplicações específicas de redes neu- rais na interpretação de dados de inspeção.• Automação dos END • Avaliação de Integridade • Confiabilidade dos END • Confiabilidade dos Equipamentos • Contribuição dos END na Proteção e Conservação do Meio Ambiente • Custo versus Benefício da Inovação na Inspeção e na Aplicação dos END • END na Indústria 4.0 e Internet das Coisas • END no Controle da Qualidade de Produtos

• Fundamentos e Tecnologias dos END• Gerenciamento da Inspeção• Informática em END • Inspeção de Dutos e Tubulações • Inspeção de Estruturas de Concreto • Inspeção e Caracterização de Mate- riais de Construção Civil.• Inspeção em Materiais Compósitos • Inspeção em Estruturas Metálicas • Inspeção baseada em risco• Inspeção Não Intrusiva • Inspeção Subaquática • Integridade e Extensão de Vida de Equipamentos • Novas Tecnologias e Aplicações para Inspeção por END • Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação dos END • Treinamento, Qualificação e Certifica-ção de Pessoas

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23tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

23tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

De 27 a 29 de agosto em São Paulo

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24 revista abendi no 82dezembro de 2017

e v e n t o s

N a terceira edição do Campeona-to de END e Inspeção, os profis-

sionais certificados terão mais chances de participação. Pela primeira vez, será incluída a etapa regional, que será rea-lizada em São Paulo, Salvador e no Rio de Janeiro, as cidades líderes em nú-mero de certificados. As fases prelimi-nares acontecem em junho e julho, nas instalações dos patrocinadores da dis-puta ou parceiros da Abendi. Já a final, ocorre paralelamente ao Conaend&IEV, nos dias 28 e 29 de agosto, no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital. Até o momento, serão premiados os melho-res inspetores nos seguintes métodos: Partículas Magnéticas e Ultrassom.

NOVIDADE NA COMPETIÇÃOInício

O Campeonato de END e Inspeção estreou em 2014, com o nome Olimpí-ada de END e Inspeção, quando teve 99 inscrições e 20 finalistas. A competição envolveu uma disputa prática entre os profissionais certificados pelo SNQC em Ultrassom N2 (US), realizada para-lelamente ao Conaend, durante dois dias. Em 2016, as provas foram amplia-das com a inclusão de mais um méto-do: Partículas Magnéticas (PM). Voltado aos profissionais do SNQC, o concurso representa uma ótima oportunidade de exposição da marca e de relaciona-mento.

Entre nessa disputa você também! A sua empresa pode patrocinar provas de outros métodos. Mande uma proposta à organização do evento: [email protected]

Confirmadoo método de Partículas Magnéticas patrocinado pela Metal-Chek.

Os vencedores da competição receberão premiações em dinheiro.

Participe! www.abendieventos.org.br/campeonato/

“O ConaEND&IEV se tradicionali-zou e, sem dúvida alguma, nós po-demos dizer que esse é o evento de maior amplitude no segmento, na América Latina. O nosso encontro proporciona aos participantes, repre-sentantes de empresas, instituições em geral e pessoas físicas, a troca de ideias, experiências e intercâm-bio técnico. Tudo isso, dividido em sessões técnicas, mesas-redondas, painéis de debates, apresentações de trabalhos técnicos e feira de expo-sições de produtos e serviços. Além disso, destacam-se, nesta edição de 2018, as sessões paralelas que fare-mos em nosso congresso, que abran-gem outras aplicações de Ensaios Não Destrutivos e diferentes setores industriais, como análise de falhas, materiais compósitos, construção civil, energias renováveis, indústria 4.0, inspeção não intrusiva, metro-ferroviário, termografia, tubulações em dutos e drones. Faça parte desse momento único, quando o conheci-mento e a inovação transformam a inspeção! Até lá...

João Conte, diretor-executivo da Abendi

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25tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

EVENTO DATA LOCAL

Fórum de Análise de Falhas de 2018 23 de março de 2018 Rio de Janeiro/RJ

CONAEND & IEV 27 a 29 de agosto de 2018 São Paulo/SP

Encontro NDT AEROSPACE (ASNT) 27 de agosto de 2018 São Paulo/SP

Campeonato de END e Inspeção 28 e 29 de agosto de 2018 São Paulo/SP

4º Encontro Anual Abendi sobre Certificação 28 e 29 de agosto de 2018 São Paulo/SPde Competências Pessoais e Atmosferas Explosivas

13º Encontro Regional de END e Inspeção 17 e 18 de outubro de 2018 Salvador/BA

8° Encontro de Profissionais Certificados Nível 3 30 de novembro de 2018 Guarujá/SP

CONFIANTE NA RETOMADA DO CRESCIMENTO, ABENDI JÁ TEM A AGENDA DE EVENTOS DE 2018

O diretor executivo da Abendi, João Conte, deu as boas vindas aos participantes

ENCONTRO DE PROFISSIONAIS N3 FOI UM SUCESSO

C om 50 pessoas, aproximada-mente, o 7° Encontro de Pro-

fissionais Certificados N3, discutiu, entre outros assuntos, mercado de trabalho, normalização e tecnologia. Um dos palestrantes, o gerente do Bureau de Certificação da associa-ção, João Rufino Teles Filho, se con-centrou no seguinte tema: ‘’Defasa-gem Tecnológica dos END no Brasil’’, quando destacou, entre outros itens, o cenário econômico do país e as restrições de importação. ‘’Trans-formação Digital: Internet das Coisas na prática’’ foi a apresentação do ge-rente do time de desenvolvimento de negócios de parceiros da Micro-soft, Alessandro Bueno. “Pelo menos 73% das empresas se dizem ativas em IoT’’, ressaltou. De forma geral, participam do evento consultores e representantes das empresas GE, In-termetro, M2M do Brasil e Pasa. a

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c e r t i f i c a ç ã o

LISTA DE PROFISSIONAIS CERTIFICADOS PELA ABENDIAs informações completas de cada profissional certificado nos meses de outubro e novembro de 2017 estão disponíveis no site da Abendi, em consultas/profissionais certificados.

Profissionais certificados - Nível1

Afonso Pereira de OliveiraAdenilton Cardoso da SilvaJoão Paulo Costa CruzRegys Rabello MarquesWagner de Souza SantosJose Marcelo de OliveiraCharles Vinicius de CarvalhoDiogo de Almeida Moraes SoaresMarcos Aurelio da Costa Fado JuniorFabricio Silva Ulrick MedeirosRonaldo Balbino da SilvaEduardo Pistana LimaLuciano de Jesus AlvesAntonio Carlos D’Antona LimaIgor Meichenitsch LoubackRafael da Silveira Mendonça SáGuilherme Boechat Batista Bastos de OliveiraLenilson CorreaMarcelo Britto LisboaMárcio Nicio Gomes CavalcanteEduardo Fernandes CastroSimei Rodrigues da SilvaMatheus Jacinto de OliveiraDaniel Bento de LiraLuciano de Paula NascimentoRicardo Adão GasparUelvis Padilha dos SantosMarcos Roberto Souza Gemin

Profissionais certificados - Nível2

Edson Carlos da Silva

Luiz Sérgio PucciRenato dos Santos SouzaCarlos Augusto de Sousa CardosoJuliano GuareziJosé Eduardo Braga JúniorJosé Matos PereiraFabiano Fernandes CamposTiago Machado SilveiraBreno Guerra CrescêncioRicardo Bianchi AguiarWashington Silveira de SouzaDaniel Vieira dos SantosJeferson Loures de OliveiraWindsor Flóvis DelbonFabiano SolderaGelson André Barbosa Sant AnaMario Jorge Lourenço dos SantosBruce Alex Silva de JesusIvanildo Ramos ParenteAlejandro Bianchi Barreiro PineiroJoão Carlos PatrícioLuiz Fernando Galvão Nogueira de CastroJailton Santos Gomes JúniorRoberto Macedo LameiraBruno da Costa LimaBruno Manilson Almeida Estevam SilvaLuis Antonio da Silva AraujoRafael Jose SilvaArnaldo Santana ReinaldoThiago Oliveira PimentelAntonio Claret Winter de AlmeidaJoel Souza SantosDaniel Augusto Garcia

Alex Augusto Azevedo da LuzRodrigo Muniz SouzaRamon Lucas Freitas LeiteMarloes de Mendonça MagalhãesAdam Andrade de AraújoThiago Torres SernagliaCleiton Rufino LopesThalles Santos de CarvalhoHugo Mayworm PintoSidinei da Silva AlvesOsmar VicenteAnderson da Silva SalgadoCesar PaivaDaniel Henrique TozziAndré Luiz SoaresEvandro Rogério Guerreiro

Profissionais certificados - Nível3

Alexandre de Arruda MascarenhasSimone Previatelli Santana Paulo

Outras modalidades

Valdecir Pedro da Silva Junior Inpetor de FabricaçãoRobson Aparecido Coimbra Inpetor de FabricaçãoLuiz Américo da Silva Brazil - RACCassia Aparecida PertinhezCampos - RACRilton Cesar NascimentoAlbuquerque - Atmosfera Explosiva

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c e r t i f i c a ç ã o

M anter a empregabilidade do profissional certificado sem-pre esteve entre as priorida-

des da Abendi. Relacionada a diversos setores industriais, a área metrológica é um caminho para atingir esse objetivo. Por isso, a associação vem investindo no segmento e, atualmente, existe uma Co-missão de Estudo de Qualificação de Me-trologista de Calibração (CE-99:023.001), trabalhando no desenvolvimento de uma norma ABNT (NBR), focada na sis-temática da certificação, definindo os critérios de avaliação dos candidatos. Participam das discussões representan-tes das empresas e instituições: Aferitec, Almont, ECIL, Engecal, Gero, IFM, IPT,

Atestar a confiabilidade do trabalho oferecido é a melhor forma de se manter empregado

CERTIFICAÇÃO DE METROLOGISTAS É UMA DAS APOSTAS DA ABENDI

Labelo PUC/RS, Laftec, Metro Quality, Pharma, Remesp, Senai-SP, SJS Servi-ços, TEX, Toledo Brasil, Zurich, Aller- gisa / Feinmess, Calibratec, Ceime, Está- tica Inspeção, Grupo Investiga, Hexa-gon, Incqs / Fiocruz, Instruqual, Medi-ção Contagem e Work Out. Com início em maio deste ano, as atividades de-vem ser finalizadas em 2018.

Entre as instituições empenhadas nes- se desafio, está a Rede Metrológica do Estado de São Paulo (Remesp). Uma as- sociação com quase 20 anos de existên-cia, formada por empresários, profis- sionais liberais, acadêmicos e pesquisa-dores. Entrevistamos o vice-presiden- te da entidade, Oswaldo Rossi Júnior,

para saber como está o andamento dos trabalhos. Acompanhe a seguir:

1. Como vice-presidente da Remesp, como é avaliada a importância desse trabalho?

Na REMESP atuo como Vice-Presidente. Verificamos que na área de metrolo-

gia, no Brasil, apesar de se contar com a existência de uma quantidade bas-tante grande de laboratórios de testes, ensaios e de calibração, não existem en-tidades que promovam, em amplo es-pectro, treinamentos específicos sobre as bases teóricas, cientificas e técnicas sobre medições e suas diversas grande-zas e mecanismos. O Inmetro é uma

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29tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

a

Participe você, também, das discussões! Envie um email e faça parte desse grupo: [email protected].

Profissional, já acessou sua página hoje?A Abendi está, constantemente, com as atenções volta-das aos profissionais de END, sobretudo em momentos como esse, de retração econômica com forte impacto na empregabilidade. Por isso, criamos uma página em nosso site para demonstrar, entre outras informações, as ações que estamos tomando na intenção de reverter esse quadro. Acesse, diariamente, o link abaixo:

http://abendici.org.br/profissionais/comunicados.php

das poucas instituições que executam treinamentos neste sentido.

Normalmente, os técnicos que traba- lham nos laboratórios são treinados pelas próprias empresas que os contra-tam, isto, para tarefas específicas, sem lhes dar uma visão mais abrangente so-bre os processos e bases metrológicas. Assim, de forma geral, o corpo técnico, hoje disponível nas empresas, é capaz de executar bem tarefas pontuais e es-pecíficas de seu trabalho. Não são ge-neralistas em seus conhecimentos. A formação dos mesmos é extremamente heterogênea, sem uma base comum que os identifique em suas atividades de metrologia. A profissão do metrolo-gista, uma vez que não é regulamen-tada ou devidamente organizada, gera esta heterogenidade. Assim, o trabalho que ora estamos realizando na ABENDI tem como foco a organização e regu-lamentação, em beneficio dos próprios profissionais.

2. Como está o mercado de trabalho no segmento?

O mercado cresce em função de de-mandas geradas pela necessidade de confiabilidade das calibrações, além de a certificação de produtos que, atu-

almente, experimenta um alto cresci-mento, o que exige uma mão de obra bastante qualificada. Além do mais, o programa estratégico do Inmetro para 2018/2022 prevê a entrada do país em metrologias mais avançadas, como na-notecnologias, medições nucleares, medições quânticas, medições em laser, o que requer profissionais altamente es-pecializados. Não tenho dúvidas sobre o crescimento da necessidade destes profissionais pelo mercado. Deverão, no entanto, estar preparados para estas tarefas.

3. A certificação será um bom dife-rencial para os profissionais, por quê?

Como falei anteriormente, a profissão de metrologista não está regulamenta-da. Estes profissionais não formam um corpo homogêneo, considerando um conjunto consolidado de conhecimen-tos e habilidades. A certificação preten-de criar esta homogeneidade. Irá permi-tir a correlação das funções em diversos níveis, desde o profissional entrante na área, o executor habilitado, responsável direto pelos serviços, e o supervisor ou gerente técnico. Estas atividades nos traçam um perfil diferente de conheci-mentos e habilidades para cada um dos

níveis de trabalho que apresentamos no âmbito de uma estrutura natural de laboratório. A certificação será uma forma de organizar as atividades por competência, dentro do ambiente labo-ral, designando a cada elemento suas necessidades de conhecimentos e de desempenho no trabalho.

4. Faça qualquer comentário que

considerar importante.A qualificação e posterior certificação

dos profissionais atenderão ao dia a dia das empresas de uma forma bastante objetiva. Permitirão a capacitação para multitarefas técnicas, melhorando mui-to e flexibilizando o desempenho ope-racional, além de a produtividade dos laboratórios. Isto facilitará, também, o atendimento dos requisitos do Inme-tro quanto ao “signatário autorizado”, podendo ampliar sua atuação. O pro-cesso de certificação homogeneizará treinamentos e requisitos mínimos de conhecimento e experiência para cada categoria de profissional.

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30 revista abendi no 82dezembro de 2017

c a p ac a p a

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31tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

S em dúvida alguma, a pes-quisa e o desenvolvimento sempre formaram a combi-nação perfeita. Entretanto,

nos últimos anos, essas duas ativida- des ganharam um reforço ainda maior: a inovação, formando a sigla PD&I. Desde então, esse conceito vem repaginando a história com facilida-des que impactam em todas as esfe-ras da vida. Podemos destacar, entre as transformações, os exames médi-cos cada vez mais precisos, alimen-tos alterados geneticamente, veí- culos de transporte velozes e menos poluentes, além de as ferramentas de trabalho que tornam o home office uma realidade. Na área de END&Ins- peção não é diferente. Todos os anos, surgem novos métodos e equipamen-tos ultraeficientes, pensados com único objetivo: prever e evitar as fa-lhas operacionais.

O Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras) é um dos provedores dessas inovações. Criado em 1955, surgiu com o no- me de Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisas de Petróleo (CENAP), que ti- nha como missão a capacitação téc- nica e a substituição de profissio-nais estrangeiros por brasileiros.

O Brasil possui importantes centros de pesquisas com

notoriedade em diferentes segmentos industriais

Alexandra Alves

Com o crescimento das atividades voltadas à pesquisa e ao desenvolvi- mento, foi criado em 1963, o Cen-tro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), a partir de iniciativas de pioneiros como Le-opoldo Américo Miguez de Mello, diretor da Petrobras na época, e Antônio Seabra Moggi, primeiro su-perintendente do Cenpes. Segundo a assessoria de imprensa da em- presa, ‘’esses profissionais compreen-deram que o crescimento sustentável da companhia e da indústria nacional de energia estaria atrelado ao domí-nio tecnológico e a geração de conhe-cimento.’’

Em 1973, o Cenpes inaugurou suas instalações na Cidade Universitária, no Campus da Ilha do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ). Na época, a Petrobras começava as atividades offshore e o centro, que inicialmente tinha como foco maior o refino, passou a investir em pesquisas voltadas aos temas re-lacionados à exploração e produção de petróleo. Em 2010, o local ampliou a estrutura e, atualmente, conta com 308 mil metros quadrados de área to-tal, 227 laboratórios e, pelo menos, oito mil equipamentos.

A PARCERIA QUE MOVE O MUNDO...

31tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

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c a p a

Nas fotos acima: Com 200 colaboradores, atualmente, o Lamef tem 60 anos de existência

Os estudos realizados ali contribuem com o avanço de tecnologias da Petro-bras no setor de offshore, permitindo a produção de campos de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, além de o desenvolvimento da extração de óleo e gás no pré-sal. Os trabalhos rende- ram, à Petrobras, três prêmios da Offshore Technology Conference em 1992, 2001 e 2015.

De forma geral, as pesquisa do Cenpes são definidas em consonância com o planejamento estratégico da empresa. Atualmente, o local mantém parcerias com, pelo menos, cem instituições de ciência e tecnologia e empresas, nacio-nais e internacionais, voltadas ao de-senvolvimento de projetos de PD&I. No segmento de Ensaios Não Destrutivos, por exemplo, existem, hoje, projetos de PD&I nas áreas de Pintura e Revestimen-tos e Materiais Não Metálicos. Confira, a seguir, os projetos em andamento:

• Mecanização e automação de inspe-ção com o uso de robótica;

• Desenvolvimento de técnicas de ins-peção de ligas metálicas nobres e mate-riais não metálicos;

• Estudos de probabilidade de detec-ção de técnicas de END;

• Validação e desenvolvimento de no-vas tecnologias de Inspeção;

• Automatização de laudos de inspeção;• PIGs;• Desenvolvimento de técnicas de ins-

peção de equipamentos submarinos;• Desenvolvimento de técnicas e de

equipamentos para limpeza e inspeção de risers;

• Desenvolvimento de técnicas e de equipamentos para monitoramento re-moto de chapas de tanques de armaze-namento;

• Monitoramento de defeitos por emissão acústica e redes neurais;

• Desenvolvimento de tomógrafo com- putadorizado de campo para inspeção.

De acordo com a assessoria de im-prensa, o mercado futuro precisará de

profissionais com formação em proces-samento de sinais, robótica e automa-ção. Eles também devem ser qualifica-dos para operar novos processos, como as inspeções visuais de equipamentos e instalações submarinas por ROV (veícu-lo submarino operado remotamente), superfícies por drones e inspeções de classe de navios por ROV. O que se es-pera do país, acrescenta a assessoria, é uma atitude mais firme, no sentido de proporcionar qualidade técnica neces-

sária e competitividade aos profissio-nais. Neste cenário, o poder público, as instituições e associações devem criar processos de Qualificação e Certificação de pessoas frente às novas tecnologias, formando mão de obra em sintonia com as melhores práticas internacionais.

Lamef/UFRGS

Outra instituição com boa parte das atividades voltada ao setor produtivo, é o

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Laboratório de Metalurgia Física (LAMEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Esta é uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova-ção Industrial para desenvolvimento de tecnologia nas áreas de inspeção, mo-nitoramento e avaliação de integridade estrutural de dutos. O laboratório tem 60 anos de existência e 200 colaboradores. Possui uma carteira de projetos focada, entre outros segmentos, nas áreas Militar, Ferroviária, Aeroespacial, Metalmecânica e de Petróleo e Gás. ‘’Nossos estudos que mais se destacam são as de tecnologia e equipamentos submarinos, sistemas de monitoramento de integridade estrutu-ral, desempenho de materiais metálicos e compósitos em ambientes agressivos e de ensaios mecânicos sob demanda’’, exemplifica o professor Thomas Clarke, Ph.D. em Engenharia Mecânica, com ênfa-se em ENDs e monitoramento de integri-dade estrutural por ondas guiadas ultras-sônicas, um dos pesquisadores do Lamef.

De acordo com Clarke, as solicitações de projetos surgem de parceiros antigos do laboratório. ‘’A equipe multidiscipli-nar, e extremamente qualificada do La-mef, garante que novos desafios possam ser abordados com uma metodologia de trabalho e disciplina técnica já consolida-das. Hoje em dia, o laboratório não traba-lha em temas que não sejam de possível aplicação direta na indústria. ’’

Na área de END e Inspeção, são rea-lizados estudos sobre os seguintes te-mas: ondas guiadas acústicas, emissão acústica, métodos eletromagnéticos, fi- bras ópticas, RFID e, principalmente, sis- temas híbridos, que mesclam essas tec- nologias. Além disso, o local desenvolve sensores, eletrônica e softwares espe-ciais e específicos com foco em siste-mas de monitoramento de estruturas offshore e submarinas. “Tudo isso é feito a partir da combinação de conhecimen-tos teóricos e práticos, que envolvem simulação computacional numérica e analítica, e validação experimental com

O Cepel se destaca como provedor de softwares e sistemas computacionais

equipamentos de ponta’’, destaca.Os investimentos financeiros do labo-

ratório são custeados em 50% pela Em-prapii. Já o restante vem da iniciativa pri-vada e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O Cepel , fundado em 1974 pela Ele-trobras, e as subsidiárias Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul, realiza estudos em sistemas e equipamentos elétricos, visando a concepção e o fornecimento de soluções tecnológicas direcionadas à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no Brasil. O objetivo é apoiar a expan-são e operação elétrica, além da ges-tão de ativos, projetos, manutenção e diagnóstico de equipamentos, além de avaliar os impactos no meio ambiente dos empreendimentos de geração, em tempo real. Atualmente, o Cepel é con-siderado o maior provedor de softwares e sistemas computacionais ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

‘’Em parceria com as empresas Ele-trobras, diversas instituições de ensino e pesquisa, no Brasil e no exterior, em-presas e indústrias, o Centro desenvolve projetos de PD&I, realiza serviços tec- nológicos, dispõe de laboratórios para

diagnósticos, realiza ensaios em equipa- mentos, e apoia, tecnicamente, o Minis-tério de Minas Energia (MME) e entidades setoriais’’, explica a doutora em Engenha-ria Metalurgia e de Materiais na Coppe/UFRJ, com pós-doutorado no Instituto Técnico de Lisboa, Heloisa Cunha Furta-do, pesquisadora do Cepel há 35 anos.

A estrutura do Cepel compreende, ho- je, 34 laboratórios para pesquisa experi-mental e ensaios normatizados e espe-ciais, dos quais 24 estão localizados na Unidade Fundão, na cidade universitá-ria do Rio de Janeiro. Os demais ficam a 40 quilômetros dali, em Adrianópolis, com instalações para as seguintes áre-as: Ensaios Não Destrutivos, alta tensão, alta corrente, alta potência, medição e calibração, materiais, análise química, eficiência energética, supercondutivi-dade, células a combustível, de monito-ramento e de diagnóstico, de computa-ção intensiva, de supervisão e controle.

Quanto à disponibilidade de profis-sionais capacitados para operar novas tecnologias, Heloísa afirma que faltam especialistas em réplicas metalográfi-cas, operação de microscópios eletrô-nicos de varredura ou transmissão e também inspetores de equipamentos qualificados.

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A seguir, está o andamento de alguns projetos do Cepel, descritos, na íntegra:

Ensaios de fluência em amostras reduzidas Início: 2016 Final: 2019 Coordenador: Heloisa Cunha Furtado Situação: Em andamento Financiador: Eletronorte

Descrição: A fluência é o principal meca-nismo de degradação em materiais que operam em altas temperaturas, em uni-dades de geração termelétricas e nucle-ares. Assim, para o cálculo da vida rema-nescente e extensão de vida útil destas unidades, é fundamental a obtenção de dados de fluência dos materiais presentes em campo. Existem formas indiretas de avaliar a vida em fluência dos materiais em operação, através de ensaios não destrutivos, como, por exemplo, réplicas metalográficas. No entanto, estas técnicas são conserva-doras, pois dependem de interpolações e associações que exigem um alto co-eficiente de segurança. A forma mais precisa para calcular a vida remanes-cente de materiais já em operação, por longos anos, é através de ensaios de fluência no material retirado de campo. Todavia, esta técnica é destrutiva, sen-do viável apenas em tubos de pequeno diâmetro e de baixo custo de reposição. Estes, entretanto, não definem a vida de uma unidade geradora, mas, sim, os componentes de grande porte, como coletores e partes de turbinas. Nestes casos, a retirada de material para en-saios de fluência convencional é invi-ável, uma vez que resulta na destrui-ção do equipamento. Para eles, estão sendo desenvolvidos ensaios de fluên-cia em amostras reduzidas, onde uma pequena amostra é sacada do compo- nente a ser avaliado, de forma a não comprometer a seção resistente do mes- mo. Esta pequena amostra é, então, submetida a um ensaio de fluência es-pecífico para amostras reduzidas, onde

buscam-se associar os resultados com aqueles obtidos nos ensaios conven-cionais. Como a obtenção de amostras reduzidas não implica na retirada do componente de serviço, este passa ser classificado como um ensaio não des-trutivo. O projeto visa capacitar o Ce-pel para este tipo de ensaio, bem como para retirada das amostras. Visa, tam-bém, comparar os resultados dos en-saios de fluência em amostras reduzi-das com as amostras convencionais, de forma a verificar a real aplicabilidade do método.

Inspeção e monitoramento de aerogeradores Início: 2017 Final: 2020 Coordenador: Carlos Frederico Trotta Matt Situação: Em andamento Financiador: Chesf

Descrição: Em 2015, o Cepel desenvol-veu, em conjunto com a Eletrosul, um estudo de análise de falhas em aeroge-radores do Complexo Eólico de Cerro Chato. Este estudo alertou ao Cepel uma série de problemas apresenta-dos pelos aerogeradores durante sua operação, até então pouco relatados na literatura e na mídia em geral. De-poimentos de outros agentes do setor elétrico apontaram o crescimento de problemas em aerogeradores, o que torna necessário o domínio de técni-cas específicas de inspeção. Em março de 2017, a equipe do Cepel envolvida com esse tema realizou duas visitas técnicas: uma ao Parque Eólico de Casa Nova, associado à CHESF, e outra ao Complexo Eólico Hermenegildo, asso-ciado à Eletrosul. No Parque de Casa Nova, testou-se a inspeção termográfi-ca utilizando drones para pás de aero-geradores e no Parque Eólico Hermene-gildo utilizou-se um drone para exame visual com câmera de grande resolu-ção. Em ambos, os experimentos os resultados foram bastante positivos. O

projeto tem, então, como objetivo: es-tabelecer metodologias e critérios para inspeção visual termográfica de campo em aerogeradores; desenvolver técnica para monitoramento em tempo real de vibração e deformação nas pás e na torre de aerogeradores; desenvolver um modelo computacional para análise de esforços mecânicos nas pás e na tor-re de aerogeradores.

Revestimentos para caldeiras de geração termelétricas Início: 2017 Final: 2020 Coordenador: Bruno Reis Cardoso Natureza: Pesquisa. Financiador: Eletrobras

Descrição: A geração de energia no se- tor elétrico brasileiro é predominan-temente proveniente da geração hi-dráulica, porém, cerca de 30% da capacidade instalada corresponde a geração termelétrica. O ambiente em que foram formados os carvões bra-sileiros determinou suas característi-cas e possíveis aplicações nos dias de hoje, além de resultar em um mineral com alto teor de cinzas, sílica, enxofre e ferro, disseminados na forma de piri-ta. O baixo poder calorífico dos carvões brasileiros requer um volume de carvão elevado para a obtenção das condições adequadas de temperatura na caldeira. Do ponto de vista de materiais, con-siderando o alto percentual de cinzas presentes no carvão brasileiro, as par-tes metálicas do interior da caldeira sofrem desgaste acentuado em função da composição das cinzas. Este proces-so de ataque às superfícies metálicas, potencialmente, é capaz de reduzir a espessura dos tubos e aumentar a fre-quência de ocorrência de perfurações, causando a indisponibilidade da unida-de. O procedimento de reparo dos tu-bos internos das caldeiras é trabalhoso e acarreta longos tempos de paralisa-ção da unidade. A indisponibilidade da caldeira acarreta perdas substanciais

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Descrição: Há mais de quinze anos a equipe de materiais do CEPEL vem de-senvolvendo tecnologias para avalia-ção de integridade estrutural em usinas termelétricas. Neste mesmo período, o grupo de mecânica evoluiu no domínio das tecnologias para monitoração e diagnóstico em geradores de usinas hi- dráulicas. As estimativas de danos acu-mulados e vida residual têm se torna-do de grande importância nos últimos anos, a partir da necessidade de se as-segurar a operação com baixo risco e se reduzir as paradas para inspeção e manutenção e os custos de extensão da vida das plantas industriais. A inte-ração com representantes das empre-sas do setor elétrico evidenciou a ne-cessidade, por parte destas empresas, de um sistema de monitoração voltado para as usinas termelétricas. Assim, foi proposto um projeto visando dar o pri-meiro passo nesta direção, onde foi ins-talado um sistema de monitoração on--line de temperatura e pressão em uma caldeira. Os dados monitorados por dois anos alimentaram um banco de dados associado a uma rotina especial-mente desenvolvida pelo Cepel, para o cálculo da vida remanescente de com-ponentes de caldeiras. O produto final deste projeto foi um software capaz de monitorar a calcular a vida residual de componentes de caldeiras. O passo natural para evolução deste projeto é um sistema de monitoração semelhan-te ao do projeto anterior, mas onde o foco não é mais a caldeira (componen-te estático), mas a turbina. A turbina, por ser um componente dinâmico, se comporta de forma muito mais comple-xa, tornando-se um novo desafio para o grupo multidisciplinar. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de um software para cálculo da vida rema-nescente de turbinas a vapor, levando em conta a degradação simultânea por fluência e fadiga, a partir do monitora-mento on-line de grandezas estáticas e dinâmicas.

às geradoras por lucros cessantes. Na impossibilidade de modificar o projeto da caldeira, uma forma de minimizar as ocorrências causadas pelo desgaste dos tubos é a investigação de revesti-mentos que protejam os tubos contra a erosão, aumentando sua vida útil nas regiões críticas da caldeira. Dentro des-te contexto, o objetivo deste projeto é desenvolver e caracterizar revestimen-tos feitos a partir de ligas metálicas para as tubulações de aço, submetidas ao impacto de partículas de sílica em caldeiras utilizadas em termelétricas que utilizam carvão mineral brasileiro.

Metodologia para previsão de vida em unidades de geração termelétrica Início: 2017 Final: 2020 Coordenador: Heloisa Cunha Furtado Situação: Em andamento Financiador: Eletrobras

Descrição: A eficiência das usinas de ge-ração termelétricas pode ser melhorada através do aumento da temperatura e da pressão máxima de funcionamento suportada por seus componentes, con-duzindo à economia de combustível e redução na taxa de danos causados ao meio ambiente. Materiais para apli-cações em operação em altas tempe-raturas e pressões por longos tempos devem conter boa resistência à fluên-cia e à oxidação. Para esta finalidade, são frequentemente utilizados os aços ferríticos, em especial os que contêm Cr e Mo, pois além de possuírem as pro- priedades necessárias para este propósi- to, também apresentam alta resistência à corrosão, alta tenacidade, boa soldabi- lidade e baixa expansão térmica. O fe-nômeno de fluência é o principal meca-nismo de falha em materiais submeti-dos a altas temperaturas e pressões em aplicações que envolvem vapor e gera- ção de energia, limitando a vida do com- ponente em serviço. Consequentemen-te, avaliar a dependência da tempera-

tura com as propriedades mecânicas e comportamento de fluência torna-se es-sencial. Isto é especialmente importante para os aços de alta resistência, como o aço 2,25Cr-1Mo, objeto do presente estu-do, que é amplamente utilizado, devido à sua boa resistência à fluência, em refina-rias de óleo, indústrias químicas, e em es-tações de geração de energia elétrica, em componentes como tubulações, trocado-res de calor, válvulas de pressão e supera-quecedores. Alguns destes componentes são projetados para permanecer em ope-ração sob condições de fluência por mais de cem mil horas. Dessa forma, existe a necessidade da utilização de técnicas de extrapolação que permitam estimar sua resistência em longo prazo e seu tempo de ruptura com base em testes de curta duração. Entretanto, essas avaliações e previsões baseadas na extrapolação de dados dependem de métodos precisos de quantificação da extensão do dano sofri-do devido às condições de operação. Me-todologias para extrapolação de dados de fluência como a de Larson-Miller, Man- son-Haferd, Orr-Sherby-Dorn, Manson--Brown, Minimum-Commitment- Metho- de Penny são utilizadas. Contudo, é ne- cessário verificar a coesão entre as pre- visões de vida remanescente para cada caso. Além disso, devido à evolução mi- croestrutural, ocorrida nos açosCr-Mo, torna-se de grande relevância o estudo da microestrutura envelhecida para a determinação do grau de degradação so-frida, a partir dos carbonetos existentes, constituindo-se meio de análise da vida útil do material realizada através de inspeções dos equipamentos de uma usina.Turbodiag - Avaliação de Integridade de turbinas de geração termelétricas a partir da monitoração e modelagem matemática Início: 2010Final: 2018Coordenador: Heloisa Cunha FurtadoNatureza: Pesquisa. Financiador: Eletrobras, Chesf, Eletronor-te, Eletrosul

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Com 350 mil metros quadrados de área construída, o Parque Tecnológico da UFRJ é composto por 72 instituições

O Parque Tecnológico da UFRJ promove a integração das empresas, startups da Incubadora de Empresas da Coppe com unidades/grupos de pesquisa da universidade

UFRJ

O meio acadêmico é, de forma ge-ral, uma incubadora de novas ideias. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é um exemplo que possui um Parque Tecnológico voltado a transfor-mar conhecimentos em produtos e ser-viços inovadores à sociedade. Inaugura-do em 2003, é formado por centros de pesquisa de empresas, laboratórios da UFRJ e espaços para desenvolvimento do empreendedorismo e integração. Com 350 mil metros quadrados de área construída, está localizado dentro da Ilha da Cidade Universitária, abrigando 72 instituições.

Em geral, são centros de pesquisa de 16 empresas de grande porte, nacio-nais e multinacionais, nove pequenas e médias, 28 startups da Incubadora de Empresas da Coppe, nove startups do programa CrowdRio e outros nove labo-ratórios da UFRJ. Das 16 grandes com-panhias, duas delas – a GE e a L´Oréal – estão localizadas na Ilha de Bom Jesus, também na Cidade Universitária. Está em fase de construção o Centro de Re-ferência Nacional em Farmoquímica, do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). O Parque con-ta, ainda, com áreas para eventos e locais para projetos de empreendedorismo de alunos e docentes. Atualmente, o Parque abriga o Hub UFRJ, um laboratório em rede para projetos experimentais da uni-versidade. Além de ceder estrutura física, o Parque auxilia o Hub, e demais ativida-des voltadas ao empreendedorismo, por meio de gestão e integração com públi-cos de interesse.

A função do Parque Tecnológico é promover a integração das empresas, startups da Incubadora de Empresas da Coppe, com unidades/grupos de pesquisa da UFRJ. A instituição tam-bém acompanha a gestão das peque-nas e médias empresas, estimulando o relacionamento entre as organizações

e públicos de interesse. “Nossa atuação visa auxiliar a ampliação do networking das companhias e estimular o empreen-dedorismo da liderança de negócios e captação de recursos’’, ressalta o diretor executivo do parque, José Carlos Pinto.

Segundo ele, o parque vem investindo em duas frentes de trabalho: atração de empresas de diversos setores da economia e a expansão das atividades para outros países. ‘’Para isso, estamos firmando par-

cerias com outros ambientes de inovação nacionais e internacionais. Entre elas a rea- lizada com o Parque Científico e Tecnoló- gico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc) e o Por- to Digital, em Recife (PE), para intercâm-bio de organizações residentes; e a firma- da com o TusPark (Tsinghua University Science Park) da Universidade de Tinsin-ghua, China, que permitirá ao Parque uma base física permanente naquele país’’. a

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DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO DE INSPEÇÃO POR ULTRASSOM PARA A CLASSIFICAÇÃO DE POSTES E CRUZETAS

I. INTRODUÇÃO

O Grupo CPFL Energia, holding atu- ante nos segmentos de geração, comer- cialização e distribuição de energia elé- trica e de serviços agregados, possui cer- ca de 1,5 milhões de postes de madeira instalados nas redes de suas 9 distribui- doras de energia. Atualmente há uma ten- dência de substituição dos postes de ma- deira pelos de concreto, porém o que se verifica é que grande quantidade des- tes postes está sendo trocada prematu- ramente devido à subjetividade do méto- do utilizado para a avaliação das condições de resistência dos postes instalados.

Estas substituições acarretam custos desnecessários, que podem ser posterga- dos com o uso de uma tecnologia que pos- sibilite uma inspeção mais precisa dos pos- tes. Da mesma forma, a não substituição incorreta dos postes também compromete a segurança, mantendo em campo postes que possuam resistência mecânica abaixo de um limite mínimo aceitável, podendo incorrer em custos pontuais relevantes re- lacionados a prejuízos causados por aciden- tes com a queda imprevista dos postes.

Assim, o objetivo do Projeto de Pesquisa que gerou este trabalho, denominado “LP3007 - Equipamento de ultrassom para inspeção e Classificação de postes e de cruzetas” (PD-00063-3007/2014) foi avaliar a adequação do uso da ferramenta de ultrassom para a inspeção e classificação desses postes e, em decorrência dos re- sultados, propor uma ferramenta para ins- peção que viabilize a operação de inspe- ção das equipes de campo e permita o aumento da precisão na avaliação dos postes. O projeto encontra-se em anda- mento pela proponente CPFL Paulista e as cooperadas CPFL Leste Paulista e CPFL Piratininga, e tem como entidade executo- ra a Agricef Soluções Tecnológicas para Agricultura.

Suzie H. HerreraDomingos G. CerriGuilherme R. GrayFelipeM. Silva

Resumo

Os projetos de P&D “PD121 Inspeção de materiais e estruturas da rede por meio de ultrassom” e “PD133 Gestão Global - Classificação e monitoramento de postes das linhas aéreas” permitiram a proposição de um método de inspeção de postes de madeira e classificação de cruzetas e postes de concreto armado utilizando-se ultrassom. Essa classificação e inspeção baseia-se em faixas de velocidade de propagação de ondas de ultrassom no corpo dos postes, as quais são correlacionadas às suas características de rigidez e resistência mecânica, obtidas extensivamente por meio de ensaios, laboratoriais e de campo, para postes em diferentes estágios de degradação. Como sequência desse Projeto, na fase de Lote Pioneiro desenvolve-se um equipamento de ultrassom dedicado à inspeção em campo, o qual contém embarcadas as faixas de classificação e permite ao operador a tomada de decisão sobre a permanência ou retirada do poste de madeira da rede.

Palavras-chave – Concreto, Inspeção, Madeira, Postes, Ultrassom

II. DESENVOLVIMENTO

A. Correlação Ultrassom x Qualidade do Poste

Para o desenvolvimento da pesquisa fo- ram utilizados os conceitos e fundamentos da propagação de ondas e sua relação com as propriedades elásticas dos mate- riais envolvidos – madeira e concreto. Nesta etapa, estudaram-se os parâmetros relacionados à propagação das ondas nestes materiais (velocidade, atenuação e frequência), os quais foram adotados nas etapas posteriores da pesquisa (Figura 1).

Para se obter estas correlações entre os parâmetros do feixe ultrassônico e as características dos materiais, foram feitos inúmeros ensaios laboratoriais e de cam- po para postes em diferentes estágios de degradação, comparando-se os valores obtidos nos ensaios realizados de acordo com as normas brasileiras [1,2].

De posse dos parâmetros de propaga- ção das ondas desenvolveu-se o software para a análise, condicionamento e mani- pulação do sinal, que incluiu a amplifica- ção, derivadas, filtros, análise espectral, máximos e mínimos, análises estatísticas, gráficos e armazenamento de curvas.

Dessa forma foi possível configurar o sistema para que desempenhasse todas as funções desejadas no protótipo, tanto como o condicionamento e manipulação do sinal, mas também as funções de inter- face com o usuário.

Para construção do protótipo foram montadas as placas de circuito impresso e desenvolvidos filtros para eliminação de ruídos, de forma que o sistema realizasse as avaliações dentro da faixa de frequência de interesse.

Posteriormente, foi desenvolvida a fon- te de alimentação de todo o sistema, par- te fundamental e crítica para o bom de- sempenho do equipamento para mate- riais comprovadamente atenuantes,

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como é o caso da madeira e do concreto. Por sua vez, a fonte de alimentação elé- trica é uma parte muito importante do aparelho, porque uma fonte muito pesa- da compromete a usabilidade do equipa- mento e deve ser capaz de suportar ao menos uma jornada de trabalho sem a necessidade de recarregamento. A pri- meira fonte adotada não tinha um desem- penho satisfatório. Depois chegou-se a uma fonte que suportava um dia inteiro, porém era do tipo recarregável em toma- da. Ao final, conseguiu-se adaptar o apa- relho para utilizar como fonte um conjunto de pilhas comuns, o que permitiu uma grande autonomia ao equipamento, pois é bastante simples carregar pilhas de reser- va caso a fonte se esgote no meio do serviço.

O protótipo do equipamento de ultras- som foi então testado, primeiramente em laboratório, onde foi ensaiada uma grande quantidade de postes de madeira em diferentes estados de degradação. Pa- ra estes testes, tomou-se o cuidado de coletar postes de diferentes locais do es- tado de São Paulo, para verificar se isto teria impacto sobre estas avaliações (Ta- bela I). Assim, foram ensaiados postes de locais quentes e frios, secos e úmidos e com problema de salinidade (litoral). Os ensaios apontaram que o local onde o poste estava instalado não influenciava na correlação entre as características do ultrassom e o estado do poste.

Também foi testada uma grande quan- tidade de protótipos de postes de concre- to, com diferentes resistências, diâmetros e quantidade de armadura, simulando os postes tubulares mais usuais, conforme detalhes de fabricação vistos na Figura 2. Nesta análise percebeu-se que os postes novos de concreto tipicamente apresen- tam boa resistência inicial. No entanto, problemas no processo de fabricação (re- lacionados às qualidades ou quantidades da areia, brita, cimento, água, armadura, método de batimento da massa, etc.) e de transporte comprometem a durabilidade dos mesmos, ou seja, uma análise inicial dará bom resultado, mas o poste pode se deteriorar rapidamente, principalmente se a armadura ficar exposta devido a trin- cas no concreto.

Figura 1 - Análises das características de ondas ultrassônicas em madeirasob diversas condições, onde: (a) Posicionamento dos transdutores no

corpo do poste sob avaliação e; (b)Análise da propagação de ondas ultrassônicas no material

a) b)

Tabela I - Quantidade de postes inspecionados por local

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s e ç ã o t é c n i c a

Após os ensaios não-destrutivos (ultras- som), utilizando o protótipo, os postes foram submetidos a ensaios de flexão utilizando esquema estático simulando o engastamento da base e a solicitação de esforços horizontais próximos do to- po, considerando as especificações da ASTM D1036 (D1036-99 Standard Test Methods of Static Tests of Wood Poles) e da NBR 6231/1980 - Postes de Madeira – Resistência à Flexão, como pode ser visto na Figura 3.

Com a realização dos ensaios simulando as condições de esforços mecânicos apli- cados ao poste quando em uso na rede de distribuição de energia, conforme vis- to na Figura 3, a avaliação estatística e a aplicação de análise de regressão aos resul- tados permitiram a obtenção das faixas de velocidade de propagação de ondas de ultrassom associadas às faixas de re- sistência inicial mínimas de postes de madeira e de concreto. Para a adoção da resistência inicial mínima foram utilizados princípios estatísticos e normativos, além de projetos semelhantes desenvolvidos em outros países.

B. Desenvolvimento do EquipamentoOs primeiros protótipos do equipamen-

to pediam como dado de entrada o diâmetro do poste, para que pudesse calcular a velocidade do feixe ultrassônico usando o tempo de propagação. No entan- to, somente a velocidade era apresentada na tela. Numa versão posterior, as faixas de classificação e de inspeção foram in- corporadas ao software embarcado no equipamento, permitindo que o processo de inspeção e classificação fosse feito de forma direta, por meio de um visor indi- cando a condição do poste, sem a necessi- dade de interpretações do operador ou ainda interpretações posteriores de espe- cialistas. Na Figura 4 pode ser visto esse protótipo já com as faixas de classificação embarcadas.

Portanto, o principal benefício auferido na aplicação do Ultrassom Inteligente ao processo foi a maior eficiência na inspeção de postes de madeira, em comparação com o tradicional método do martelo até então utilizado pelas equipes de campo.

Figura 2 – Formas para criação dos protótipos de concreto, onde: (a) Formastubulares para a concretagem e fabricação de seção de poste circular;

(b) Seção de armadura de aço utilizada na fabricação de postes de concretoarmado e; (c) Formas tubulares e armadura de aço em disposição para

preenchimento da massa de concreto

b)

a)

c)

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41tecnologia preservando a vidawww.abendi.org.br

Para comparar os métodos de inspeção, foram avaliados postes de madeira da rede da CPFL Paulista (Figura 5). O método do martelo condenou um determinado número de postes que passaram também pela avaliação do Ultrassom. Como resul- tado, 46% dos postes avaliados poderiam permanecer na rede. Entretanto, confor- me os resultados avaliados com o equipa- mento de ultrassom, alguns destes apre- sentavam uma resistência residual muito próxima do limite mínimo e, portanto, su- geriu-se que os mesmos também fossem retirados. Desta forma, o percentual de pos- tes que permaneceram de fato na rede utilizando o Ultrassom Inteligente foi de 38%.

Todos os postes da comparação, inclu- sive os considerados bons, foram retirados e ensaiados. Os resultados indicaram uma precisão muito maior do ultrassom em relação ao método do martelo na deter- minação da resistência residual dos postes. Também mostrou que o método de ava- liação por ultrassom não recomendou a permanência de nenhum poste com resistência residual baixa, embora tenha indicado a retirada de alguns postes em bom estado (ou seja, tendeu a ser con- servativo, em prol da segurança).

O gráfico da Figura 6 apresenta, de forma comparativa, o diagnóstico realizado por cada processo de medição e a situação real dos postes.

A maior exatidão na inspeção de postes de madeira e concreto reflete diretamente na redução dos custos de manutenção pela postergação de investimentos e maior segurança na rede de distribuição. Considerando-se um cenário conservador na redução de trocas prematuras de pos- tes, os ganhos com postergação de inves- timentos podem chegar à ordem de 30%.

Após os testes de laboratório e de campo com o protótipo uma nova versão do equi- pamento, mais compacta, foi testada. Essa versão denominada SIP-700 (Figura 7) viabilizava a utilização para avaliações em campo, pois dispunha de uma bateria interna com autonomia de até seis horas dependendo das condições de utilização.

Figura 3 - Ensaios de rompimento, segundo a NBR 6231, simulando oengastamento do poste em condições de campo, onde: (a) Flexão observa-

da quando da aplicação de carga ao poste de madeira e; (b) Flexão observa-da quando da aplicação de carga ao poste de concreto

a) b)

Figura 4 - Equipamento de Ultrass-som dedicado à inspeção e clas-

sificação de postes de concreto e madeira Figura 5 - Ensaios comparativos dos

métodos de avaliação de postes demadeira (Martelo vs. Ultrassom)

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C. Desenvolvimento do suporte integradoNo entanto, apesar dos avanços na

precisão das avaliações dos postes e no ganho de autonomia para utilização em campo, o equipamento ainda possuía deficiências relacionadas à sua operabili- dade, uma vez que o posicionamento in- correto dos cabeçotes (transdutores de ultrassom) durante as medições de classifi- cação gerava distorções nas classificações dos postes. Além disso, era necessário medir a circunferência do poste com uma fita métrica e calcular o diâmetro para for- necer ao equipamento.

Desta forma iniciou-se o desenvolvi- mento de um suporte mecânico para os transdutores de ultrassom capaz de corri- gir o mal posicionamento dos mesmos durante a medição diminuindo as possi- bilidades de distorção da leitura e facili- tando a operação do equipamento. Tam- bém foi pensada uma forma do suporte medir o diâmetro do poste e informar automaticamente ao aparelho.

Assim, levantou-se um escopo com os requisitos de operabilidade do equipa- mento para atender às exigências ergonô- micas e de produtividade operacional e formulou-se uma proposta conceitual (Figura 8) para avaliação crítica dos téc- nicos de campo.

Figura 6 - Comparação do número de postes em cada condição diagnosticado pelos métodos do martelo e ultrassom em relação à

condição real.

Figura 7 - Versão compacta do equi-pamento de ultrassom com maior

autonomia de operação.

Figura 8 - Proposta conceitual do su-porte mecânico de alinhamento dos

transdutores para otimização das me-dições, usinado em alumínio e peças

plásticas

Figura 9 - Última versão do protóti-po para inspeção por ultrassom de

postes de madeira em campo, onde: (a) Vista do protótipo completo,

integrado ao conjunto eletrônico e; (b) Detalhe do display e tclado de

operação do equipamento

Construiu-se um protótipo do conceito proposto e testouse a estrutura do suporte para verificar a correspondência com as exigências estruturais e ergonômicas da operação de inspeção dos postes. O con- ceito proposto demonstrou-se eficiente para manter o alinhamento dos transdu- tores de onda de ultrassom (emissor e re- ceptor). No entanto, verificouse ainda a necessidade de otimização da estrutura para se atingir os requisitos de ergonomia e operabilidade sem prejudicar a produ-

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tividade atual do método utilizado pelos técnicos de campo (martelo).

Também, foram implementadas otimi- zações na eletrônica do equipamento de ultrassom que possibilitou o uso de ba- terias (descartáveis ou recarregáveis) como fonte de alimentação do equipamento, além de uma sensível otimização de tamanho do circuito interno que diminui também o peso total do equipamento (Figura 9).

O projeto de otimização do suporte dos transdutores foi finalizado, já considerando as atualizações operacionais sugeridas ao longo do processo de validação da primeira versão. A figura 10 mostra o equipamento em uso.

D. Processo de medição de um posteAs medições devem ser feitas em pelo

menos 3 alturas diferentes a partir da base do poste, sendo que para cada altura devem ser realizadas duas medições, com o equipamento posicionado de forma a se obter feixes ultrassônicos, perpendiculares entre si, conforme a Figura 11. Esse procedimento de medições perpendiculares evita que eventuais rachaduras, paralelas ao feixe de ondas ultrassônicas, não sejam detectadas na análise.

Para cada leitura o aparelho apresenta o estado de conservação do ponto avaliado, em uma escala de 4 níveis de acordo com as seguintes classificações: ótimo, bom, atenção ou retirar. Conforme o conjunto dos resultados das leituras é feito o diagnóstico do estado do poste, de acordo com os seguintes critérios:

• Se 3 ou mais leituras tiverem como resposta a opção retirar,

o poste deve ser retirado;• Se 2 leituras em uma mesma altura (0

ou 20 ou 40cm) tiverem como resposta a opção retirar, o poste deveser retirado;

• Qualquer outra combinação o poste pode ser mantido na rede.

No entanto, se a aparência externa do poste for rugosa conforme Figura 12, pode ocasionar uma classificação deretirar, devi- do ao mau contato do transdutor com a superfície do poste. Assim, uma camada superficial da “casca” deve ser removida

Figura 10 – Equipamento em uso pela equipe de inspeção em campo

Figura 11 – Processo de avaliação do poste, onde: (a) Medição inicial e; (b) Medição perpendicular ao posicionamento inicial do equipamento, para

uma mesma altura de análise

e uma nova leitura deve ser realizada. Se mesmo após a retirada superficial da “casca” permanecer a classificação de retirar essa nova leitura deve ser considerada como verdadeira.

E. Classificação de Cruzetas e Postes de Concreto

Além da utilização na avaliação da resistência residual de postes instalados, o equipamento permite a classificação de cruzetas de madeira e postes de concreto novos.

Neste caso, como ainda não foram instalados, a medição do ultrassom pode

ser feita no sentido longitudinal. Assim, o suporte não é necessário e a informação do comprimento da peça deve ser manual.

A Figura 13 mostra a posição de medição de uma cruzeta de madeira e de um poste de concreto.

F. Situação AtualAtualmente estão sendo construídos

quinze aparelhos para serem utilizados nas inspeções das empresas do grupo CPFL Energia.

A área de Suprimentos terá a possibili- dade de classificar os postes de concreto e as cruzetas de madeira com o novo

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equipamento. Assim existe a possibilidade de negociar os valores dos materiais que estão sendo adquiridos.

III. CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos até o momento é possível concluir que o uso da tecnologia de inspeção via ultrassom é suficientemente sensível para detectar problemas de deterioração dos materiais (madeira e concreto) e, como consequência, estabelecer faixas de resistência residual que permitam a tomada de decisão sobre a permanência ou retirada do poste da rede, além da classificação de novos postes e cruzetas.

Aliado à capacidade de inspeção e à classificação dos postes por meio de ondas de ultrassom, verificou-se que a disponibilidade de uma ferramenta de auxílio (suporte mecânico) para inspeção de postes pode viabilizar o uso do equipamento de forma a atender a demanda de serviços de inspeção na escala atual da concessionária de distribuição de energia, sem a adição de custos relevantes de capacitação ou substituição de mão de obra para a operação dos equipamentos.

Também, observou-se que é possível diminuir de forma relevante os custos nas operações de substituições e classificações

dos postes devido à maior precisão do método frente ao método utilizado atualmente pela Concessionária.

Figura 12 – (a) Aparência rugosa da superfície do poste; (b)Camada superficial de casca retirada, para melhor acopla-

mento do transdutor

Figura 13 – Medição de velocidade de ultras-som no sentido longitudinal,

para classificação de: (a) Cruzetas de madeira e; (b) Postes de concreto.

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS[1] ABNT Postes de Madeira – Resistência à Flexão. NBR 6231/1980.[2] ABNT Postes de Concreto Armado para Redes de Distribuição. NBR8451/1998.[3] CPFL Paulista. Cruzetas de Madeira Preservada e não Preservada para Redes Aéreas de Distribuição de Energia.[4] Documento 2893/2007.[5] ABNT Forças de Vento. NBR 6123/1998.[6] ABNT Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira. NBR 7190/1997.[7] ABNT Projeto de Estruturas de Concreto. NBR 6118/2004.[8] Benoit, Yann. “Vieillissement et fiabilité des parcs de poteaux bois des réseaux de lignes aériennes: l’intérêt du contrôle non destructif.”. Tese de Doutorado, École Polytechnique Fédérale de Lausanne, 2004.[9] Union des Centrales Suisses d’életricité (UCS). “Statistiques despoteaux bois”. Relatório Técnico, 1994.a

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POTENCIAIS APLICAÇÕES DA TÉCNICA DE MICROTOMOGRAFIACOMPUTADORIZADA NA INDÚSTRIA

1. INTRODUÇÃO

A caracterização de microestruturas em materiais é normalmente um exercício de perda e ganho, já que em muitos casos são necessários ensaios que destroem a amostra de estudo, devido à disponibili- dade dos instrumentos para a caracteriza- ção (técnicas de micro usinagem). Em outros casos, pode-se obter uma imagem da microestrutura física detalhada, mas que está limitada a regiões muito próxima da superfície não caracterizando a amostra como um todo (microscopia óptica) (1). Para contornar estas limitações, a técnica de microtomografia computadorizada (microCT) apresenta-se como uma das mais avançadas tecnologias de análise não destrutiva, proporcionando o imagea- mento de estruturas internas em duas e três dimensões (2D e 3D) para diferentes materiais e em alta resolução (2).

A microCT tem suas raízes na tomografia computadorizada (TC) no entanto, algu-

Sinopse

A técnica de microtomografia computadorizada (microCT) é uma valiosa ferramenta que proporciona análises morfológicas e topológicas de estruturas internas, para diferentes materiais permitindo visualizações em 3 dimensões, sendo uma técnica não-invasiva, não destrutiva. A microCT vem sendo, sobretudo, desenvolvida para inspeções de pequenas estruturas e apresenta o mesmo princípio da tomografia computadorizada. No entanto, algumas adaptações foram feitas para permitir uma melhora significativa na sua resolução. Atualmente, muitos estudos, voltados para aplicações industriais, utilizando a microCT como ferramenta vem sendo desenvolvido, tais como: estudo de polímeros, materiais compósitos, resina epóxi concreto, pasta para cimentação, análise de cordões de solda, entre outros. Dentre os resultados obtidos até o momento, podem ser citados: análises de volume e distribuição de espessura de poros e fibras de aço em amostras de concreto; falta de aderência e descontinuidades nas paredes de tubos compósitos; identificação e distribuição espacial de fissuras presentes em pastas para cimentação de poços de petróleo. Para todas essas aplicações a técnica de microCT apresentou seu potencial mostrando-se apropriada para a caracterização desses diferentes materiais permitindo avaliações quantitativas e qualitativas de maneira confiável e precisa.

Alessandra Silveira Machado1

Alessandra de Castro Machado2

Atila de Paiva Teles3

Olga Maria Oliveira de Araujo4

Thais Maria Pires dos Santos5

Inaya Lima6

Ricardo Tadeu Lopes7

1 Pós-Doutoranda, Engenharia Nuclear – UFRJ2 Doutora, Engenharia Nuclear– UFRJ 3 Doutorando, Engenharia Nuclear– UFRJ 4 Doutoranda, Engenharia Nuclear– UFRJ5 Mestranda, Engenharia Nuclear– UFRJ6 Professora/Doutora, Engenharia Nuclear– UFRJ7 Professor/Doutor, Engenharia Nuclear– UFRJ

Copyright 2016, ABENDI, PROMAI.

Trabalho apresentado durante o XXXIV – Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção. 19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integri-dad y Extensión de Vida de Equipos Industriales. As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

mas adaptações foram feitas para permitir uma melhora significativa na sua resolução. O princípio físico da microCT está baseado na atenuação de raios X que ao interagir com a amostra são modulados de acordo com as características físicas da mesma (número atômico, densidade e espessura) gerando uma série de projeções com o objeto girando em um único eixo com passos rotacionais constantes (no caso dos equipamentos industriais). Em uma segunda etapa, utilizando algoritmos matemáticos, esta série de projeções são reconstruídas produzindo uma série de fatias em 2D que podem ser vistas nos eixos axial, coronal, sagital, e como modelos em 3D. Nestas imagens digitais reconstruída cada pixel ou voxel representará a absorção de raios X naquele determinado ponto (1 e 3). A Figura 1 apresenta um esquema deste pro- cesso.

Atualmente, muitos estudos, voltados para aplicações industriais, utilizando

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Figura 1 - Esquema mostrando os processos aquisição e reconstrução de microCT, onde uma série de projeções é adquirida utilizando algoritmos matemáticos esta série de projeções são reconstruídas produzindo um mapa 3D

que é normalmente apresentada como uma série de imagens de fatias em 2D.

a microCT como ferramenta vem sendo desenvolvido pelo Laboratório de Instrumentação Nuclear (LIN) na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dentre os materiais estudados, podem ser citados: polímeros, materiais compósitos, resina epóxi, concreto, pasta para cimentação, cordões de solda, entre outros. Estes estudos estão voltados tantos para análises qualitativas (visualização das estruturas internas) quanto para a obtenção de dados quantitativos.

Os resultados obtidos até o momento vêm mostrando o potencial da microCT em estudos voltados para a industria e consolidando esta como uma técnica de suma importância na inspeção e caracterização de materiais.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

A seguir serão apresentados três estu-

dos de aplicação da técnica de microCT voltados para industria. Três diferentes tipos de materiais foram analisados: con- creto, pasta de cimento e material com- pósito.

Estes estudos foram realizados utilizan- do o microtomógrafo de alta energia fabricado pela Skyscan/Bruker modelo 1173. Este sistema utiliza geometria de feixe de raios X em forma de cone para aquisição das imagens e durante essa eta- pa o objeto pode rotacionar 180º ou 360º com passos fixos. A cada passo uma imagem transmitida é adquirida por um detector flat panel, sendo salvas como arquivos 16 bits TIF. A tabela 1 mostra os parâmetros escolhidos no processo de escaneamento para cada estudo. Após o processo de aquisição, as projeções foram reconstruídas utilizando o programa Nrecon®SkyScan - versão 1.6.4.1 e Insta- Recon - versão 1.3.5.0 cujo algoritmo é

baseado nos trabalhos de Feldkamp (4). O programa de reconstrução permite a escolha de vários parâmetros de modo a criar uma imagem de qualidade mais apurada. A Figura 2 apresenta um esque- ma evidenciando o organograma de esca- neamento, reconstrução e visualização da amostra utilizada no estudo 1 e a Ta- bela 1 os parâmetros escolhidos para o escaneamento nos 3 estudos.

Estudo 1: Os efeitos da inserção de fibras de aço em concretos têm sido amplamente estudados com o objetivo de investigar possíveis modificações nas propriedades mecânicas, tais como, o aumento da re- sistência à tração, ductilidade, rigidez, tenacidade (capacidade de absorção de energia), e durabilidade. Uma das conse- quências imediatas dessa adição é a mi- tigação do comportamento frágil do concreto, de forma que o material passe a ter novas exigências de qualidade (6).

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Consequentemente, é de grande impor- tância o conhecimento espacial da distri- buição de toda estrutura interna desses materiais. O objetivo desse estudo foi a investigação da distribuição espacial das fibras de aço em uma amostra de concreto, e também quantificar a porosidade desta mesma amostra (5). A amostra utilizada foi um plugue cilíndrico de concreto re- forçado com fibras de aço de dimensões iguais a 38,3 ± 0,25 mm de altura e 37,5 ± 0,25 mm de diâmetro, apresentada na Figura 3.

Estudo 2: Em um poço de petróleo, com a finalidade de fornecer suporte mecânico e promover a vedação hidráulica das diversas zonas permeáveis, o espaço anular entre o tubo de aço e a parede do poço é preenchido com pasta de cimento. No cenário de exploração de petróleo na camada pré sal, estas pastas estão submetidas a um ambiente de alta

Figura 2 - Exemplo das imagens obtidas em cada etapa do processo de microtomografia, (A) fotografia da amostra, (B) projeção obtida na etapa de aquisição, (C) fatia obtida na etapa de reconstrução, (D) visualização 2D das seções

coronal, transaxial e sagital e (E) visualização 3D (5).

pressão e temperatura, devido à grande profundidade dos poços. Para simular em laboratório o comportamento do material cimentício em sua condição de serviço, as pastas são curadas em câmaras especiais que reproduzem alta pressão e temperatura. Porém, após a cura, para se caracterizar as pastas quanto as suas propriedades físicas e mecânicas é necessário despressurizar a câmara, podendo surgir microfissuras na pasta durante este processo. Neste estudo, a técnica de microCT foi utilizada para avaliar as microfissuras pasta cimentícia, assim como a presença de poros, quando diferentes taxas de despressurização fo- ram empregadas (7). Para isso foram anali- sadas duas amostras: a amostra DR (des- presurização rápida) e a amostra DL (des- presurização lenta).

As duas amostras representam plugues cilíndricos de pasta de cimento com 94,00

Tabela 1 - Parâmetros de escanemaneto para os quatro estudos

Figura 3 - Fotografia da amostra de concreto analisada (5).

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± 0,25 mm de altura e 50,00 ± 0,25 mm de diâmetro, porém foi estudado apenas a porção superior de cada uma delas, correspondendo a 40,00 ± 0,25 mm de altura. A porção de uma das amostra ensaiada está apresentada na Figura 4.

Estudo 3: Os materiais compósitos são formados por uma estrutura de reforço inserida em uma matriz, onde o produto final apresenta uma combinação de propriedades dos seus constituintes. O reforço geralmente é feito por fibras, que apresentam alta resistência à tração e a matriz une as fibras de forma a permitir que as tensões sejam transferidas para a fibra, resultando num material reforçado. Os compósitos poliméricos são os mais usados em uma ampla diversidade de

aplicações dos compósitos, devido as suas propriedades à temperatura ambiente, da sua facilidade de fabricação e de seu custo. Eles estão sendo empregados ca- da vez mais em substituição aos materiais tradicionais, cujas características individu- ais não atendem às crescentes exigências de melhor desempenho, segurança, eco- nomia e durabilidade. Os materiais com- pósitos vêm sendo testados e tem apre- sentado desempenho superior ao de es- truturas metálicas convencionais (8).

Neste contexto, este estudo teve por objetivo mostrar as possibilidades e o po- tencial da técnica de microCT para ava- liação desse tipo de material. Para isto foram feitas análises qualitativas visando mostrar o desgaste em um tubo compó- sito após ser exposto a diferentes subs- tâncias.

Um tubo compósito (polímeros reforça- dos com fibra de vidro) foi cortado em 4 pedaços quadrados de aproximadamente 20,00 x 20,00 ± 0,25 mm. Uma destas amostras foi ensaiada logo após o cor- te (original) e as outras três foram mer- gulhados em diferentes substâncias (aguá do mar, óleo e líquido básico), on- de ficaram por seis meses. Após este tempo, estas foram microtomografadas e analisadas qualitativamente. As amostras são apresentadas na Figura 5.

3. RESULTADOS

Estudo 1: Os resultados de microCT

encontrados estão apresentados na Tabe- la 2. Eles evidenciam que a amostra de concreto reforçado com fibras de aço es- tudada pode ser considerada de alta qualidade, pois de acordo com Mindess (09, 10), possui um percentual de fi- bras de aço acima do recomendado pa- ra concretos de alta resistência (1,32%), garantindo um aumento de desem- penho de suas propriedades me- cânicas. Além disso, outro parâmetro que indica a qualidade dessa amostra é a porosidade total, que no caso deste estudo foi igual a 1,5%. Esse valor pode ser considerado baixo e influencia di- retamente no aumento da durabilidade do concreto, pois de acordo com Pêssoa (11) são considerados concretos de exce- lente qualidade àqueles que possuem porosidade em torno de 1%.

A Figura 6 ilustra a distribuição 3D das fibras de aço dentro do volume de interes- se estudado, a partir da visualização dos modelos tridimensionais das fases da amostra. Na figura é possível verificar a não uniformidade desta distribuição, pois esta apresenta um comporta- mento aleatório, o que pode resul- tar em uma diminuição da eficiên- cia das fibras no que diz respeito à contenção do avanço de fissuras no concreto de alta resistência. Esse com- portamento de distribuição não unifor- me pode sugerir um problema na ade- rência da fibra-matriz através do efei- to de ancoragem.

Figura 4 - Fotografia mostrando a região de uma das amostras de pasta

de cimento ensaiadas no estudo 2.

Figura 5 - Amostras cortadas do tubo compósito (A) original, (B) mergulhada em água do mar por seis meses, (C) mer-gulhada em óleo por seis meses, (D) mergulhada em líquido básico por seis meses.

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Tabela 2 - Resultados da microCT para amostra de concreto do estudo 1.

Figura 6 - Modelos 3D das diferentes fases do concreto reforçado: (A) poros, (B) matriz + poros + fibras de aço e (C) fibras de aço (5).

Estudo 2: A partir das imagens re- construídas (Figura 7) da amostra DR (des- pressurizada rapidamente) foi possível visualizar os poros e também a presença de fissuras, destacadas em vermelho. Por inspeção visual das fatias reconstruídas verificou-se que as fissuras estavam presentes em maior quantidade em regiões mais próximas à borda da amostra. Após o processamento de imagem, com- binando a morfologia e a intensidade de nível de cinza, foram distinguidos os espaços vazios em fissuras e poros. A Figura 8 apresenta uma faixa de 4,8 mm de altura do topo da amostra DR destacando os poros e fissuras quantificados. Nesta figura foi possível observar a distribuição espacial dos espaços vazios no interior da amostra. Enquanto os poros estão presentes em toda a porção estudada da amostra, as fissuras estão mais próximas à borda.

Figura 7 - Fatias reconstruídas do topo da amostra DR (7).

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No caso da amostra DL (despressurizada lentamente) a Figura 9 apresenta as fatias reconstruídas do topo dessa amostra. Nesta amostra, não foram verificadas fissuras por meio da inspeção visual das fatias reconstruídas. Entretanto, verificou-se a presença de algum material nos poros. A mudança na morfologia dos poros se deu devido à precipitação de produtos hidratados neste espaço provavelmente durante o lento processo de despressurização. A Figura 10 apresenta uma faixa de 4,8 mm do topo da amostra que foi despressurizada lentamente após a classificação dos espaços vazios em fissuras e poros. Nesse caso, de despressurização lenta, só foram detectados poros. A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos pela quantificação do espaço vazio da amostra 1 e da amostra 2. No caso da amostra 2, apenas o espaço poroso do topo foi quantificado, pois foi verificado na amostra 1 que esta região possuía mais fissuras.

Figura 8 - Espaço vazio de uma faixa de 4,8 mm de altura da amostra DR (7).

Tabela 3 - Caracterização do espaço vazio das amostras do estudo 4.

Quanto à presença de trincas ou fissu- ras, as amostras despressurizadas rapi- damente apresentaram fissuras, diferen- tes da amostra despressurizadas lenta- mente, onde não foi quantificado volume no espaço vazio referente às fissuras. No entanto, deve-se considerar que devido ao tamanho de pixel ajustado para a aqui- sição das imagens, assim como para os poros, o ensaio detectou apenas fissuras com largura maiores que 15 μm.

Estudo 3: Analisando as imagens foi possível avaliar as estruturas das amostras e foi observado alguns poros e falta de

adesão entre as camadas da amostra ori- ginal, como mostra a Figura 11. Esta falta de adesão entre as camadas aumenta bas- tante na amostra que ficou mergulhada em líquido básico, o que não ocorreu com as outras duas amostras. A amostra que ficou mergulhada em líquido básico também foi a que sofreu maior degrada- ção na sua estrutura, na maioria das vezes começando nas bordas e propagando para o interior da amostra (Figuras 12 e 13).

A amostra mergulhada em água do mar apresentou certa quantidade de sal depositada em sua superfície, mas que não se

propagou para o interior da amostra. Este sal pode ser observado como pontos brancos das Figuras 14 e 15. Esta amostra também apresentou algumas falhas estruturais como poros e delaminações (Figura 14).

A amostra depositada em óleo foi a que apresentou a menor mudança estru- tural em comparação a original. Porém, por ter ficado impregnada de óleo o escaneamento ficou prejudicado, pois o óleo no interior da amostra ocasionou artefatos nas imagens fazendo com que elas perdessem a nitidez, como pode ser observado nas Figuras 16 e 17.

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Figura 9 - Fatias reconstruídas do topo da amostra DL (7).

Figura 10 - Espaço vazio de uma faixa de 4,8 mm de altura da amostra DL (7).

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Figura 11 - Resultados qualitativos da amostra original, (A) corte axial onde as setas amarelas indicam poros e a seta vermelha indica delaminações e (B) modelos 3D mostrando a estrutura interna.

Figura 12 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em líquido básico, (A) corte sagital (B) corte axial, (C) corte coronal, onde as setas vermelhas indicam os locais de degradação estrutural da amostra.

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Figura 13 - Modelos 3D mostrando a estrutura interna da amostra mergulhada em líquido básico.

Figura 14 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em água do mar, (A) corte coronal (B) corte axial, (C) corte sagital, onde a seta amarela indica um poro, as setas vermelhas indicam os locais de degradação estrutural

da amostra e a seta verde o sal depositado em sua superfície.

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s e ç ã o t é c n i c a

Figura 15 - Modelos 3D representando a estrutura interna da amostra mergulhada em água do mar e os pontos mais claros mostram o sal depositado na superfície.

Figura 16 - Resultados qualitativos da amostra mergulhada em óleo, (A) corte sagital (B) corte axial, (C) corte coronal, é perceptível a falta de nitidez devido a presença de óleo. A seta amarela indica um poro, a seta vermelha

indica um pequeno local de degradação estrutural da amostra.

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4. CONCLUSÃO

Para os três estudos a microtomografia computadorizada de alta resolução mos- trou-se uma técnica adequada para a caracterização dos materiais avaliados.

Para o estudo 1 foi possível avaliar quan- titativamente e qualitativamente o volu- me e distribuição de espessura de poros e fibras de aço, além da distribuição espa- cial dessas fibras ao longo da amostra de concreto.

Para o estudo 2 os resultados obtidos claramente a adequação da microtomo- grafia como técnica não invasiva para a investigação do espaço poroso, poros e fissuras, em escala tridimensional de pas- tas de cimento. A partir dos resultados obtidos por microCT foi possível concluir que a rápida despressurização das amos- tras de cimento provocou microfissuras com mais de 15 μm de largura. Por outro lado, quando as amostras foram despres- surizadas em um período de 45 min, não foram verificadas fissuras, considerando a escala analisada. Nesse caso, foi possível detectar apenas mudanças na morfologia dos poros.

Para o estudo 3 resultados expuseram a técnica de microCT como uma ferramenta adequada e capaz de auxiliar e agregar informações na caracterização de mate- riais compósitos, mostrando em três di- mensões as estruturas que os compõem.

Os resultados evidenciam a crescente gama de aplicação da técnica de microCT e suas potenciais utilizações na indústria.

AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer a Petrobras, CNPq, CAPES e FAPERJ pelo apoio financeiro para desenvolver os estudos. Agradecer também ao Programas de Engenharia Civil e ao Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da UFRJ pela parceria.

Figura 17 - Modelos 3D mostrando a estrutura interna da amostra mergulhada em óleo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Landis E. N. e Denis T. Keane D. T., “X-ray Microtomography”, Materials Characterization, 61 - 1305-1316 (Set) 2010.

(2) Mayo S., et. al., Chen F. e Evans R., “Micron-scale 3D imaging of wood and plant microstructure using high-resolution X-ray phase-contrast microtomography”, Journal of Structural Biology 171 82-188 (Abr) 2010.

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(4) Feldkamp L.A., et al., “Practical cone beam algorithm”, J Opt Soc Am A, 1 612-619 1984.

(5) Machado A. C., et al., “Investigação 3D da distribuição de fibras de aço em concreto reforçado por microtomografia de raios X”, Revista Ibracom de Estruturas e Materiais, 8 714-720 (Out) 2015.

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(7) Rocha C. A., et al., “Microtomografia computadorizada para avaliação de microfissuras em pastas para cimentação de poços de petróleo”, Anais do 57º Congresso Brasileiro de Concreto, (Out) 2015.

(8) Oliveira D. F., “Desenvolvimento de sistema de inspeção por técnicas radiográficas na análise de perda de adesão em dutos compósitos”, Tese (doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (Dez) 2010.

(9) Mindess S., “Fibre Reinforced Concrete - Myth and Reality. Advances in Cement and Concrete”, Book Conference Proceedings, Durham, New Hampshire, 217-222 1994.

(10) Mindess, S., Yong J. F., Darwin, D. “Concrete”. New Jersey: Prentice Hall, 2 ed. cap 22 2002.

(11) Pessôa, J. R. C., “Microtomografia com raios X e processamento de imagem na obtenção da porosidade do concreto”, Tese (doutorado) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo, 2011.

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c a l e n d á r i o

FEVEREIRO DATA REALIZAÇÃOSOLDAGEM PARA ENGENHEIROS E INSPETORES DE EQUIPAMENTOS - NOTURNO 19 a 2/3 ABENDINOVO - ONDAS GUIADAS PARA DUTOS 20 a 22 ABENDINOVO - WORKSHOP PARA INSTRUTOR DE END E INSPEÇÃO 20 ABENDILÍQUIDO PENETRANTE N3 26/2 a 2/3 ABENDIRBI - INSPEÇÃO BASEADA EM RISCOS 26/2 a 2/3 ABENDIAtenção: Em janeiro não há grade de treinamentos na Abendi

UNIDADE BAHIA JANEIRO DATALÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 15/1 a 3/2ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 20/1 a 17/2

FEVEREIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 26/2 a 7/3CONTROLE DIMENSIONAL N2 - CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO 26/3 a 9/5

UNIDADE SANTOS JANEIRO DATALÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 15/1 a 3/2

FEVEREIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 19/2 a 28/2

UNIDADE SÃO PAULO JANEIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 15/1 a 19/1ULTRASSOM NÍVEL 1 CHAPA LAMINADA 15/1 a 24/1ENSAIO VISUAL NÍVEL 2 15/1 a 24/1ULTRASSOM NÍVEL 2 15/1 a 05/2LÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 20/1 a 24/3PARTÍCULAS MAGNÉTICAS NÍVEL 2 22/1 a 05/2LÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 22/1 a 10/2

FEVREIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 05/2 a 15/2 ULTRASSOM NÍVEL 1 CHAPA LAMINADA 05/2 a 21/2 ULTRASSOM NÍVEL 2 05/2 a 07/3 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 10/2 a 10/3 LÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 19/2 a 2/3 PARTÍCULAS MAGNÉTICAS NÍVEL 2 19/2 a 10/3 CONTROLE DIMENSIONAL N2 - CALDEIRARIA E TUBULAÇÃO 26/2 a 23/3 ULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 05/3 a 09/3

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UNIDADE TAUBATÉ JANEIRO DATAULTRASSOM MEDIÇÃO DE ESPESSURA 22/1 a 31/1LÍQUIDO PENETRANTE NÍVEL 2 22/1 a 10/2

FEVEREIRO DATAULTRASSOM NÍVEL 2 19/2 a 20/3ENSAIO VISUAL NÍVEL 2 26/3 a 12/4

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