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VOLUME 2: NÚMERO 4 MZN 125/US$5.30 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2019 Pesquisadores prevêem El Niño em 2020 Áustria oferece apoio à reconstrução 7 Os preparativos da 37ª edição de Macfrut em pista 10 As rações complementares da Tonisity reduzem a mortalidade pré-desmame 12

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1 www.moz-agri.com MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019

VOLUME 2: NÚMERO 4 MZN 125/US$5.30 OUTUBRO / NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2019

Pesquisadores prevêem El Niño em 2020

Áustria oferece apoio à reconstrução 7

Os preparativos da 37ª edição de Macfrut em pista 10

As rações complementares da Tonisity reduzem a mortalidade pré-desmame 12

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Conteúdo Comentário editorial

Como está a nossa prontidão de gestão de desastres? : ...........................4

Resumos de notícias : ...........................5 História principal

Pesquisadores prevêem El Niño em 2020 : ...........................6

Notícias gerais

Áustria oferece apoio à reconstrução : ...........................7Exportações de atum da Beira a serem retomadas : ...........................8 Redes mosquiteiras destrutivas para o ecossistema costeiro : ...........................9

Notícias internacionais

Os preparativos da 37ª edição de Macfrut em pista : ...........................10

Empresas e Mercados

As rações complementares da Tonisity reduzem a mortalidade pré-desmame : ...........................11

Visão e análise

As rações complementares da Tonisity reduzem a mortalidade pré-desmame : ...........................12

PublisherMTI Moçambique Limitada

EditorAndrew [email protected]

Editorial Contributors:More Love Mafu

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Tel: +258 84 119 4017 / +258 84 445 5339Fax: +258 82 423 8542

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4 MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019 www.moz-agri.com

Como está a nossa prontidão de gestão de desastres?

m senso de triunfo reina no território dos pesquisadores após a notícia de que um El Niño está previsto para atingir as costas do país em 2020.

Por muito tempo essa catástrofe apanhou moradores e autoridades desprevenidos, deixando por trás um rastro de miséria.

Lembre-se que El Niño traz seca severa e está associado à insegurança alimentar, inundações, chuvas e os aumentos de temperatura devido ao El Niño estão cau-sando uma ampla gama de problemas

UAndrew Maramwidze (Editor)

de saúde, incluindo surtos de doenças, desnutrição, estresse térmico e doenças respiratórias.

No entanto, graças ao modelo futurista de pesquisa, há 80% de possibilidades do El Niño ocorrer no final do próximo ano.

Os cientistas têm verificado a precisão do modelo por algum tempo e as indicações são de que o modelo previu corretamente o início do El Niño que começou em 2014 e terminou em 2016 e o evento mais re-cente em 2018, bem como ausências em outros anos.

Embora não esteja ainda claro que tipo de impacto o previsto El Niño de 2020 poderia ter, o padrão climático periódico está lentamente a tornar-se a norma ao invés da exceção, evocando memórias dolorosas de vidas e meios de subsistên-cia destruídos.

Atingindo a cada dois a sete anos, e com duração de até 12 meses, o fenômeno altera os padrões de precipitação em todo o mundo, deixando algumas áreas encharcadas.

As avaliações em áreas propensas a im-pactos severos de um El Niño devem

começar com seriedade e possíveis soluções devem ser criadas, já que restam poucas semanas antes do final do ano.

Este apelo não é apenas às autoridades, mas também às várias partes interessa-das. A nossa preparação não deve ser limitada a andar em volta com chapéu na mão a pedir ajuda após o desastre. Pelo contrário, uma rápida implementação de assistência deve ser testemunhada.

As capacidades crescentes dos investi-gadores são algo que vale celebrar e só o podemos fazer se estivermos preparados para qualquer catástrofe.

Ao entrarmos no novo ano, deixemos que todas as partes interessadas reflitam so-bre os desafios de um El Niño iminente.

Lembre-se de compartilhar seus co-mentários, opiniões e cartas em [email protected]

Aproveite a leitura!

Comentário editorial

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5 www.moz-agri.com MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019

Agricultura atenua o PIB

O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que o PIB do país desacelerou para 2¼ por cento (ano a ano) no segundo trimestre de 2019, afetado por um fraco desempenho na ag-ricultura. O desenvolvimento é atribuído aos ciclones tropicais Idai e Kenneth.

“As perspectivas para 2020 são de uma forte recuperação da atividade econômica e baixa inflação. Prevê-se que o cresci-mento do PIB real atinja 5,5% em 2020, dos 2,1% projetados para 2019, apoiado pelos esforços de reconstrução pós-ci-clones, uma recuperação na agricultura e estímulo econômico a partir de uma flexibilização gradual das condições monetárias e da compensação dos pagamentos domésticos em atraso aos fornecedores.

“A construção e outras atividades também devem ser impul-sionadas por investimentos nos megaprojetos de gás natural liquefeito (GNL). Prevê-se que a inflação permaneça baixa, au-mentando ligeiramente para 5% no final de 2020, de 3% no final de 2019 ”, disse o consultor principal do FMI Ricardo Velloso após recente visita a Maputo.

A missão recebeu com satisfação o diagnóstico abrangente das autoridades sobre os desafios de governança e corrupção em Moçambique, publicado em Agosto e apoiado pela assistência técnica do FMI. Incentivou o governo a implementar as refor-mas de acordo com o roteiro descrito no relatório.

Crianças sofrem as consequências das adversidades

Espera-se que as crianças sofram mais uma vez que o mundo prevê a crise alimentar nos próximos seis meses na região da SADC.

“A World Vision está vendo muitas crianças a abandonarem as escolas nas comunidades em que trabalha, particularmente em áreas rurais onde as crianças são obrigadas a buscar água, trabalhar por dinheiro ou ajudar cuidar do gado”, disse o Dire-tor-Gerente da World Vision Australia, Claire Rogers.

De acordo com relatórios da Food Agency (Agência Alimentar) que trabalham na região, um recorde de 45 milhões de pes-soas em 16 países da África Austral sofrerá escassez de alimen-tos nos próximos seis meses e são os jovens que enfrentam o maior risco. A World Vision está a responder à emergência da fome em sete países - Angola, Zâmbia, Zimbabwe, Eswatini, Lesotho, Malawi e Moçambique.

Castanha de caju de Nampula supera metas

A província de Nampula prevê exceder a colheita projetada du-rante a safra de 2019/2020.

“A produção esperada excede a campanha anterior em 3.000 toneladas”, disse Júlio Langa, delegado provincial do Instituto Nacional do Caju, acrescentando que a província planea pro-duzir 73.000 toneladas de castanha de caju nesta temporada.No ano passado, a província foi responsável por quase metade da produção agrícola do país, colhendo 142.000 toneladas. ”

O cultivo de cajueiros foi introduzido em Moçambique no sécu-lo XX nos então distritos de Nampula, Gaza e Inhambane, uma vez que ofereciam condições adequadas para o seu cultivo, pelo que ainda há uma elevada densidade de cajueiros nestas

regiões.

Durante a campanha de comercialização da castanha de caju de 2018/2019, que começou em Outubro de 2018 e terminou em Fevereiro de 2019, a província de Nampula produziu 70.069 toneladas que foram vendidas a um preço médio de 43,15 met-icais (cerca de 61 centavos ao dólar americano) por quilograma.

A província de Nampula planea manter seu status como o maior produtor nacional da castanha de caju durante a temporada agrícola 2019/2020, que já está em andamento.

Primeiro-Ministro atrai investidores para o setor agrícola

O Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosario convidou po-tenciais investidores na África do Sul para familiarizarem-se com o portfólio local de projetos de desenvolvimento e deci-direm sobre o investimento. Ele citou projetos na agricultura e agroindústria como a produção de açúcar orgânico, a indústria têxtil e instalações portuárias.

O Primeiro-Ministro disse que o governo quer diversificar a economia para garantir que o investimento em gás natural não prejudique o desenvolvimento de outros setores vitais como a agricultura.

Produção reduzida de milho retarda o comércio com a SADC

O comércio entre Moçambique e alguns dos seus países viz-inhos na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) é menor como resultado da produção reduzida do milho no país.

De acordo com o relatório especial da Organização Mundial de Alimentos e Agricultura (FAO), Programa Mundial de Alimentos (PMA), Missão de Avaliação da Segurança Alimentar e das Cul-turas (CFSAM) a Moçambique, a produção estimada de cereais para 2019 é de cerca de 2,8 milhões de toneladas, cerca de 16% menor do que no ano passado.

O declínio na produção é principalmente devido a uma queda acentuada na produção do milho. Entretanto a Rede de Siste-mas de Alerta Antecipado contra a Fome (FEWS NET) afirmou que as provisões das regiões sul e central estavam abaixo da média, resultando em aumentos normalmente elevados de preços.

Províncias de Sofala e Inhambane a obterem ajuda

Mais de 1,6 milhões de pessoas nas partes central e sul do país estão atualmente a necessitar de assistência devido aos efeitos devastadores da seca em curso e eventos climáticos cada vez mais severos.

Isso incitou a CARE a distribuir sementes resistentes à seca e ferramentas, além de oferecer treinamento básico em práticas agrícolas aprimoradas para combater os efeitos da crise climáti-ca, em vários distritos das províncias de Sofala e Inhambane.

A CARE é uma organização humanitária líder no combate à po-breza global e começou a trabalhar com as comunidades locais em 1984, oferecendo assistência humanitária de emergência e em larga escala.

Resumos de notícias

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6 MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019 www.moz-agri.com

Pesquisadores prevêem El Niño em 2020 previsão do tempo por pesquisadores de uma Universi- dade da Alemanha - Justus Li-ebig University Giessen - previu que um El Niño irá novamente fustigar em 2020.

Usando um modelo futurista, as últimas previsões do Instituto apontam a 80% de chance de El Nino ocorrer no final de 2020.

“Os métodos convencionais são incapaz-es de fazer uma previsão confiável de ‘El Niño’ com mais de seis meses de ante-cedência. Com o nosso método, pratica-mente dobramos o tempo de alerta an-terior.

“O método usa um algoritmo que ba-seia-se na análise das ligações entre a mudança das temperaturas do ar em uma rede de coordenadas em toda a região do Pacífico”, disse o físico Armin Bunde da Justus Liebig University Giessen.

O’El Niño’ é caracterizado por um aquecimento anormal das águas superfi-

A ciais do Oceano Pacífico equatorial. Isso tem impactos no clima em todo o mundo e, no sul da África, está associado à seca.

Atingindo a cada dois a sete anos, e com duração de até 12 meses, o fenômeno altera os padrões de precipitação em todo o mundo, deixando algumas áreas encharcadas.

No entanto, a equipe de pesquisadores, cujo novo método foi testado desde 2013, supostamente não tem certeza do impacto do El Niño previsto em climas sazonais - o que significa que eles ainda estão incertos se será fraco, moderado ou forte.

Relatórios afirmam que a equipe ago-ra está adaptando o algoritmo para ser capaz de prever o tempo e a força do El Niño.

Publicado pela primeira vez na revista científica ‘Proceedings of the National Academy of Sciences’ há seis anos, es-pera-se que o novo modelo de previsão

ajude as autoridades governamentais a prepararem-se melhor para os impactos do El Niño.

Os cientistas têm verificado a sua pre-cisão desde então. Eles dizem que o modelo previu corretamente o início do El Niño que começou em 2014 e termi-nou em 2016 e o evento mais recente em 2018, bem como ausências em outros anos.

“O próximo’El Niño’ esperado, devido ao pico no final de 2020, pode levar a el-evação da temperatura média anual glob-al a um novo recorde em 2021”, disseram os pesquisadores.

Embora ainda não esteja claro que tipo de impacto o previsto El Niño de 2020 poderia ter sobre Moçambique, o padrão climático periódico está lentamente a tornar-se a norma, ao invés da exceção, evocando memórias dolorosas de vidas e meios de subsistência destruídas.

História principal

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Áustria oferece apoio à reconstrução Áustria alargou um apoio sustentável à reconstrução para aliviar a crise humanitária local.

«Há muitos anos que Moçambique tem sido um país prioritário para a cooperação austríaca para o desen-volvimento. Na sequência da ajuda hu-manitária de emergência de 1,25 milhões de Euros na primavera de 2019, o foco dos nossos esforços está agora no apo-io sustentável à reconstrução», afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros aus-tríaco, Alexander Schallenberg.

O apoio vem depois que centenas de mil-hares de pessoas perderam seus meios de subsistência devido a ciclones tropic-ais que atingiram a nação duas vezes em rápida sucessão no primeiro semestre de 2019.

As tempestades causaram danos consid-eráveis à agricultura e agora os cidadãos estão ameaçados por uma escassez agu-da de alimentos.

“A ajuda humanitária deve continuar a ser fornecida, especialmente em regiões que há muito estão isoladas do mundo

A exterior. Através do nosso apoio, também estamos a dar uma contribuição urgente-mente necessária para evitar uma fome catastrófica iminente”, disse Schallen-berg.

O pagamento aprovado de mais 500.000 Euros do Fundo de Catástrofes Estrangei-ras será recentemente disponibilizado ao Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

De acordo com a OCHA, cerca de 2,2

milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais.

A OCHA também coloca mais de 1,8 mil-hão de pessoas como ainda dependentes de ajuda humanitária urgente. As regiões afetadas estão atualmente em transição entre a reparação dos danos e iniciar a reconstrução.

A OCHA é responsável pela coordenação da ajuda humanitária para garantir que seja tratada da forma mais eficaz pos-sível.

Notícias gerais

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Exportações de atum da Beira a serem retomadas s exportações de atum captura- do no banco de Sofala devem começar após a abertura do porto de pesca da Beira, renovado pela China.

Financiado no valor de US $120 milhões por meio de um empréstimo da China, a Doca- 1 do porto de pesca da Beira foi inaugurada recentemente.

Carlos Calenga, o diretor da empresa de gestão do Porto da Beira, disse que as operações serão retomadas. “A doca de pesca começou a operar novamente, as

A exportações de atum capturado no ban-co do Sofala, que são atualmente envia-dos por estrada para a África do Sul e também por mar para os Estados Unidos da América, Japão, Espanha e Portugal irão recomeçar”, disse ele.

O porto de pesca da Beira foi destruído pelo ciclone Eline, que atingiu a capital da província de Sofala em Fevereiro de 2000, e sua reconstrução começou em 2016, com o contrato concedido à China Harbour Engineering Company (CHEC).

A doca tem 377 metros de comprimento,

em comparação com 188 metros ante-riormente, o que permite que 16 navios industriais sejam atracados simultanea-mente, contra oito antes.

Em adição, seis câmaras frigoríficas, uma fábrica de gelo com capacidade de 60 toneladas por dia, uma sala de processa-mento de peixes com capacidade de 50 toneladas por dia e uma capacidade de movimentação de 700.000 toneladas por ano, entre outras melhorias, transforma-ram a infraestrutura em a maior e a mais moderna instalação do gênero no país.

Notícias gerais

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Redes mosquiteiras destrutivas para o ecossistema costeiro osquiteiros projetados princi- palmente para ajudar a deter a transmissão da malária estão encontrando um novo uso para a pesca.

No entanto, os pesquisadores afirmam que isso pode ter consequências destru-tivas para a segurança alimentar e para os ecossistemas costeiros - estudos aler-taram que a pesca com redes mosquitei-ras provavelmente prejudicará a indústria da pesca, porque afeta o ecossistema costeiro.

De acordo com uma investigação realiza-da em 10 locais na parte norte do país por Benjamin Jones da Universidade de Esto-colmo na Suécia e Richard Unsworth da Universidade de Swansea no Reino Uni-do, concluiu que as redes são extrema-mente eficazes.

M A pesquisa indica que uma única tirada pode trazer quase metade da captura média diária por peso de uma rede tradi-cional e colher tudo em seu caminho, acrescentando que dezenas de espécies estavam sendo capturadas - e muitas são juvenis.

“Alguns não eram maiores do que a minha unha. Isso pode ser um problema, tanto para as pessoas quanto para o ecossiste-ma local de ervas marinhas”, diz Jones.

“Remover tantos juvenis significa que pode haver menos peixe para capturar no futuro. E o prado de ervas marinhas, que unem os sedimentos ao longo da costa juntos e são um importante sumidouro de carbono, dependem dos peixes para se manterem saudáveis. Retire muitos peix-es e eles poderão entrar em colapso”, diz

ele.A pesquisa também indica o status social das pessoas que ocupam as ten-das, o que é um apelo ao governo para ajudar as comunidades e ao mesmo tem-po salvar a indústria.

“Para muitos, as redes são a sua única opção de fornecer comida para suas famílias. “As pessoas que usam as redes são as mais pobres da sociedade”, diz Jones.“Eles usam as redes que poderiam salvá-los da malária porque não têm mais nada”, acrescentou.

O uso de redes mosquiteiras para pescar é ilegal em muitos países, mas a ameaça de imprisionamento e multas pouco fez para conter a prática.

Notícias gerais

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Os preparativos da 37ª edição de Macfrut em pista 37ª edição da Feira Internacion- al de Frutas e Legumes - Macfrut 2020 - olha para o futu-ro: novos mercados e novas tendências de consumo.

Apenas oito meses antes da Feira apre-sentar muitas novidades, está tudo a postos para os organizadores.

A mais recente adição à feira é a Spices & Herbs Global Expo, um novo pavilhão in-teiramente dedicado ao mundo das espe-ciarias e ervas medicinais e aromáticas.

O evento, o primeiro do gênero na Euro-pa, visa esse setor muito dinâmico como um ponto de encontro global para produ-tores, técnicos, pesquisadores, comerci-antes e processadores.

O Ismea - Instituto de Serviços para o Mercado Agrícola e Alimentar apresen-tará esse importante tema na feira, apre-sentando um observatório Global de especiarias e ervas oficinais, reunindo inúmeros dados que até o momento não foram analisados de maneira a fornecer uma visão abrangente do setor.

Isso será feito pela primeira vez na Eu-ropa, com Macfrut liderando o caminho.

A Olhar para além das fronteiras nacionais sempre foi um dos pontos principais da Macfrut. O parceiro internacional desta edição é a Ásia ; especificamente “Frutas e Especiarias ao longo da rota de Mar-co Polo”, com destaque para os merca-dos asiáticos emergentes, onde frutas, legumes e especiarias estão a tornar-se cada vez mais procuradas.

A Sardenha, em vez disso, será a região parceira da Macfrut 2020. O setor de frutas e legumes desempenha um papel crucial na Sardenha, aumentando o valor total da produção agrícola.

Batatas e legumes são responsáveis por 86 por cento da produção, com as prin-cipais culturas sendo tomates e alcachof-ras, 23 por cento da produção nacional.Os tomates são cultivados nas estufas e no ar livre para o consumo fresco antes de serem processados em polpa e to-mates descascados.

As vantagens competitivas desta in-dústria também dependem do fato de que os produtos de frutas e vegetais são cultivados em diferentes épocas do ano (mais cedo ou mais tarde) em compara-ção com outras regiões italianas e que os produtos de qualidade são altamente

valorizados. Como eventos paralelos, o evento internacional dedicado aos bio-estimulantes será realizado novamente, bem como uma sessão de foco em fru-tas exóticas com a terceira edição do Congresso de Frutas Tropicais, desta vez dedicada a abacates, e as três áreas dinâmicas: Acqua Campus, um campo de teste para inovações em irrigação, Mac-frut Field Solution, um campo de teste com tecnologia de ponta para os setores de hortaliças e frutas, e a Greenhouse Technology Village, a Vila de Inovação em horticultura com efeito de estufa.

Outras novidades incluem o Concurso Internacional de Tomate, o Campeonato Mundial do Tomate com a participação de participantes da indústria, produtores e empresas de sementes, e o Simpósio Internacional de Morango, que terminará na Feira do Comércio em 6 de Maio.

Como todos os anos, este Macfrut de Outono será extensivamente promovido em todo o mundo com uma excursão composta por 28 missões internacionais em vários continentes, não só na Ásia, mas também na América do Sul, Europa e África.

Notícias internacionais

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11 www.moz-agri.com MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019

As rações complementares da Tonisity reduzem a mortalidade pré-desmame Tonisity International tem o praz- er de anunciar o lançamento do Programa Tonisity Total. Con-siderando que a maioria dos produtos alimentam os porcos, este programa foi projetado para alimentar o intestino dos leitões em diferentes estágios do ciclo de vida da produção; no estábulo de parição, no desmame e para suínos desmamados ou engordados.

O Programa Tonisity Total ajuda a mel-horar o desempenho da saúde intestinal de suínos desde o segundo dia até ao fim.

O programa consiste de dois produtos principais: Tonisity Px ™ e Tonisity PxW ™ WeanBetter. O Tonisity Px é o primeiro alimento isotônico complementar para porcos, que pode ser usado desde o Se-gundo dia da vida e que provê proteínas, aminoácidos essenciais e nutrientes para leitões recém-nascidos, resultando em maior capacidade de sobrevivência e ganho de peso.

Os testes de produção realizados global-

A mente mostraram uma redução da mor-talidade pré-desmame em 20 a 30%, em média, o que significa que um ou dois leitões extras podem ser desmamados por porca por ano. Além disso, o Tonisity Px reduz o estresse e facilita uma tran-sição mais rápida a alimentos sólidos.

O Tonisity PxW WeanBetter é uma solução nova e concentrada, projetada para ser administrada a porcos em idade de desmame através de linhas de água comuns. É uma solução de acompan-hamento para porcos desmamados que estavam originalmente no Tonisity Px na fase de parto. A fórmula palatável atrai porcos aos canais para consumirem mais água após o desmame.

O perfil do sabor evoca uma resposta de memória em porcos que estavam ante-riormente na fórmula inicial do Tonisity Px. Ao melhorar a ingestão de água, isso poderá melhorar a ingestão de alimentos. Ajuda a impulsionar o crescimento com efeitos positivos até o mercado.

“O Programa Tonisity Total está mostran-do excelentes resultados ao longo do ci-clo de vida da produção desses porcos.

“Realizamos testes em vários países do mundo, mostrando redução da mortal-idade pré-desmame, aumento em gan-ho de peso pré e pós-desmame, porcos com mais peso por ninhada e, mais im-portante, melhorias claras no retorno do investimento”, disse o Diretor-gerente da Tonisity, Mathieu Cortyl.

A Tonisity foi pioneira em tecnologias dis-ruptivas que usam uma solução isotôni-ca, para fornecer ingredientes-chave que nutrem as células ao longo do intestino delgado.

Os benefícios ao longo da vida para os porcos podem ser melhorados abordan-do a saúde intestinal desde a primeira se-mana de vida. Também foi demonstrado que o Programa Tonisity Total oferece os maiores retornos quando usado em todos os porcos, não apenas nos pequenos.

Empresas e Mercados

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12 MozAgric | Outubro - Dezembro de 2019 www.moz-agri.com

A SADC deve tomar medidas contra o trabalho infantil nas plantações de tabaco Por SIFELANI TSIKO lobi anti-tabaco está ficando agressivo e vicioso e os países da SADC precisam de tomar medidas urgentes para combater o tra-balho infantil e outros abusos de direitos nas plantações de tabaco espalhadas pe-las principais partes produtoras de taba-co da região.

Como região, temos de nos reunir para salvar a indústria do tabaco, que é uma importante fonte de receitas para a maio-ria dos países que incluem o Zimbábwe, Maláwi, Moçambique, a Tanzânia e a Zâmbia.

Um relatório intitulado ‘Bitter Harvest’, da Human Rights Watch (HRW), escalou o lobi anti-tabaco alegando que crianças tão jovens como de 11 anos trabalhavam em fazendas de tabaco no Zimbábwe, muitas vezes em condições perigosas, para ganhar dinheiro de pagar propi-nas ou complementar o rendimento da família.

O relatório ainda constatou que os tra-balhadores foram expostos à nicotina e pesticidas tóxicos e sofrem sintomas consistentes com envenenamento, como náuseas e vômitos.

As alegações, reais ou imaginadas, pre-cisam ser investigadas para que os gov-ernos da SADC possam agir sobre elas para minimizar os danos que vêm com tais alegações contra a indústria do tab-aco.

Há alguns meses atrás, uma coligação de cinco países da África Austral reu-niu-se no Malawi para discutir formas de abordar o crescente “lobby” global an-ti-tabaco, que está a impor regulamentos mais rigorosos e pesados impostos sobre a folha dourada, uma importante fonte de rendimentos das exportações para os países .

Os países que se autodenominam - T5 - um agrupamento de partes interessa-das da indústria do tabaco do Malawi, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zim-bábwe reuniram-se na capital do Malawi, Lilongwe, para compartilhar experiências e explorar estratégias para salvar esta indústria estratégica que está cada vez mais ameaçada. Esta coligação tem de intensificar as campanhas para esclare-cer o mundo sobre os seus sistemas de produção de tabaco, a fim de minimizar

O o impacto da má publicidade proveniente dos fortes grupos de pressão anti-taba-co.

Se esta coligação não falar com uma voz mais forte, a indústria do tabaco da SADC entrará em colapso e lançará milhões na pobreza.

A HRW contratou alguns pesquisadores para investigar o abuso de crianças em fazendas de tabaco no Zimbábwe.

O relatório é bastante condenatório e capta as opiniões das crianças tão jov-ens de apenas 12 anos. Todos sabemos que o grupo de pressão anti-tabaco está bem oleado e pode divulgar informações que poderão ter sérias ramificações para a sobrevivência da indústria do tabaco.

Recentemente, o governo dos EUA sus-pendeu todas as importações de tabaco do Malawi por alegações de trabalho in-fantil.

De acordo com relatos da mídia, a proi-bição seguiu a notícia de que advogados de direitos humanos estão movendo um processo contra a British American To-bacco (BAT) em um tribunal superior de Londres por alegações de trabalho infan-til nas plantações de tabaco do Malawi.Os advogados estão agindo por quase 2 000 requerentes - crianças e seus pais - e esperam que até mais 15 000 juntem-se ao caso.

“As Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) emitiu na sexta-feira uma ordem de retenção na fonte sobre o Ta-baco proveniente do Malawi, o que sig-nifica que os embarques que chegam aos Estados Unidos serão detidos no porto de entrada”, informou uma publicação britânica.

“Os importadores terão que provar que o tabaco não é produzido com mão de obra proibida pelas leis dos EUA para libertar a remessa”.

As grandes empresas de tabaco têm ago-ra de provar que o seu tabaco não inclui o tabaco do Malawi, que foi produzido com mão-de-obra proibida pelas leis dos EUA.Os grupos de pressão sobre os direitos humanos e os anti-tabaco sentem forte-mente que esta acção do CBP obrigará as empresas a lidar com alegações de trabalho infantil no terreno no Malawi

e em toda a região da SADC. O Zimba-bwe e a maioria dos outros países não estão imunes às sanções do CBP se não tomarem as devidas medidas.

A coligação dos T-5 tem de pressionar to-das as grandes empresas de tabaco a fi-nanciar programas que reduzam os casos de trabalho infantil na região.

Os seus programas de sustentabilidade devem ser visíveis e proeminentes para demonstrar o compromisso da região em combater o trabalho infantil.

Tudo está a trabalhar contra a coligação T-5 e a Organização Internacional do Tra-balho das Nações Unidas (OIT) afirma que o trabalho infantil no tabaco está a aumentar, não a reduzir.

Os governos e os sindicatos devem visar melhorar a qualidade da vida dos agricul-tores e apoiar a educação dos seus filhos.A maioria dos países da coaligação T5 estão cada vez mais encontrando dificul-dades para combater a campanha an-ti-lobi que está pedindo a imposição de regulamentos mais rigorosos e impostos pesados sobre suas indústrias do tabaco - que são uma importante fonte de moe-da estrangeira e grande empregador.

Os regulamentos anti-tabaco estão a ap-ertar o cerco ao tabagismo em locais pú-blicos, a comunicação e a exibição nos pontos de venda, os avisos gráficos de saúde e embalagens simples, entre out-ras restrições.

A indústria do tabaco é uma teia com-plexa com vários interesses concorrentes de empresas multinacionais africanas e globais. As multinacionais continuam a ganhar bilhões pelo tabaco produzido por países africanos. É uma grande fonte de rendimento para os países da SADC.

Os países T-5 devem melhorar os direitos laborais agrícolas e o bem-estar, a saúde e a segurança das crianças nos seus es-tados-membros.

As operações de folhas (de tabaco) tam-bém devem esforçar-se para participar ativamente de todos os sistemas sus-tentáveis de produção do tabaco que atendam aos padrões da OIT que cobrem os salários do trabalho infantil e dos tra-balhadores rurais.

Visão e análise

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