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Art. 666.Art. 666. Os bens penhorados serão preferencialmente depositados:

I -I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o Estado-Membro da União possua mais de metade do capital social integralizado; ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro, as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito;II -II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;III -III - em mãos de depositário particular, os demais bens.

§ 1§ 1oo Com a expressa anuência do exeqüente ou nos casos de difícil remoção, os bens poderão ser depositados em poder do executado.

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Art. 667.Art. 667. Não se procede à segunda penhora, salvo se:

I - a primeira for anulada;

II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do credor;

III - o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por estarem penhorados, arrestados ou onerados.

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Art. 668.Art. 668. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias após intimado da penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exeqüente e será menos onerosa para ele devedor (Art. 17, incisos IV e VI, e Art. 620).

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Art. 670.Art. 670. O juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:

I - sujeitos a deterioração ou depreciação;

II - houver manifesta vantagem.

Parágrafo único. Quando uma das partes requerer a alienação antecipada dos bens penhorados, o juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir.

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Art. 652.Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.

§ 1º Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.

Art. 680.Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça, ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.

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Art. 652-A.Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (Art. 20, § 4º).

Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será a verba honorária será reduzida pela metadereduzida pela metade..

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Art. 600.Art. 600. Considera-se atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que:

I -I - frauda a execução;

II -II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III -III - resiste injustificadamente às ordens judiciais; IV -IV - intimado, não indica ao juiz, em 5 (cinco) dias, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores.

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Art. 601.Art. 601. Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa fixada pelo juiz, em montante não superior a 20%não superior a 20% (vinte por cento) do valor atualizado do débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução.

Parágrafo único.Parágrafo único. O juiz relevará a pena, se o devedor se comprometer a não mais praticar qualquer dos atos definidos no artigo antecedente e der fiador idôneo, que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários advocatícios.

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Art. 683.Art. 683. É admitida nova avaliação quando:

I -I - qualquer das partes argüir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;

II -II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor do bem; ou

III -III - houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (Art. 668, parágrafo único, inciso V).

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Art. 685.Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária:

I -I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que bastem à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exeqüente e acessórios;

II -II - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito.

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Art. 656.Art. 656. A parte poderá requerer a substituição da penhora:

I -I - se não obedecer à ordem legal (Art. 655);II -II - se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento;III -III - se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados;IV -IV - se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame;V -V - se incidir sobre bens de baixa liquidez;VI -VI - se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ouVII -VII - se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações a que se referem os incisos I a IV do parágrafo único do art. 668 desta Lei.

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Não tendo o executado pago o seu débito ou, ainda, requerido o parcelamento da dívida, e havendo bens penhorados, na execução definitiva surgem duas situações distintas:

1ª)1ª) Se a penhora recaiu sobre dinheiro, passa-se imediatamente ao pagamento do débito, liberando-se o numerário para o credor e extinguindo-se a execução;

2ª)2ª) Se, ao contrário, a penhora recaiu sobre bens de outra natureza, o juiz deverá proceder com a expropriaçãoexpropriação.

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A expropriaçãoexpropriação é o ponto culminante em que o bem deixa de pertencer ao executado e passa a se constituir numa das formas de satisfação da obrigação do crédito do exeqüente (ou converte-se em dinheiro para a entrega ao exeqüente ou é entregue o próprio bem ao exeqüente – na conhecida adjudicação).

Art. 647.Art. 647. A expropriação consiste:

I -I - na adjudicação em favor do exeqüente ou das pessoas indicadas no § 2º do Art. 685-A desta Lei;

II -II - na alienação por iniciativa particular;

III -III - na alienação em hasta pública;

IV -IV - no usufruto de bem móvel ou imóvel.

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ADJUDICAÇÃOADJUDICAÇÃORealiza-se pela transferência do próprio bem penhorado ao credor, para extinção de seu direito, pressupondo, sempre, a iniciativa do exequente, posto que não pode ser compelido, contra a sua vontade, a receber coisa diversa para solução de seu crédito.

O juiz deverá abrir o procedimento de expropriação abrindo oportunidade para que o exeqüente requeira a “adjudicação” dos bens penhorados, oferecendo preço não inferior ao da avaliação.

Art. 685-A.Art. 685-A. É lícito ao exeqüente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados.

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Se o valor do crédito executado for inferior ao dos bens, o credor adjudicante depositará de imediato a diferença, ficando esta à disposição do executado; se, ao contrário, for superior, a execução prosseguirá pelo saldo remanescente.

Com a nova redação dada ao artigo 647 do CPC, a entrega do bem ao exeqüente passa a ser a primeira opção (inciso I) pois, de fato, é a mais rápida e menos custosa.

Antes a adjudicação só era possível após tentar-se a alienação pública comum, situação na qual consumia muito tempo e dinheiro.

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Com a nova redação a alienação em hasta pública, antes a preferida e a primeira da lista, agora passou para a terceira posição na ordem de preferência (inc. III do Art. 647 do CPC).

A preferência pela adjudicação em primeiro lugar, pela alienação particular do bem em segundo e a colocação da alienação em hasta pública em terceiro, também pode ser conferida na redação do "caput" do artigo 686.

Art. 686.Art. 686. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta pública...

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Além do exequente, a adjudicação poderá ser feita à outras pessoas como o cônjuge, descendentes e ascendentes do executado:

Art. 685-A.Art. 685-A. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados.(...)§ 2º -§ 2º - Idêntico direito pode ser exercido pelo credor com garantia real, pelos credores concorrentes que hajam penhorado o mesmo bem, pelo cônjuge, pelos descendentes ou ascendentes do executado.

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No caso da adjudicação ser feita para cônjuge, descendentes ou ascendentes, para o credor terá o efeito de alienação dos bens a terceiros com a respectiva entrega do dinheiro (preço). A única diferença é que se houver outros ofertantes com o mesmo preço, a preferência é garantida ao cônjuge, descendentes e ascendentes. Esse direito trata-se de uma chance última para que a família conserve os bens que lhes pertençam.

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Outra situação também prevista no artigo 685-A refere-se ao caso em que o bem penhorado é quota social de propriedade do executado. Para este caso, a adjudicação transformaria o exequente em sócio, tal e qual o executado.

Art. 685-A.Art. 685-A. É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer lhe sejam adjudicados os bens penhorados.(...)§ 4º§ 4º No caso de penhora de quota, procedida por exequente alheio à sociedade, esta será intimada, assegurando preferência aos sócios.

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Em geral, as regras societárias e a maioria dos contratos sociais determinam que haja a preferência, na aquisição, em igualdade de condições, para os demais sócios. Esta regra foi expressamente repetida no § 4º, ou seja, na hipótese de adjudicação das quotas sociais ao exeqüente, antes será necessário a verificação se os sócios remanescentes não desejam adquirir as quotas.Se estes desejarem adquiri-las, não haverá adjudicação, mas verdadeira alienação das quotas e a conversão destas em dinheiro e a posterior entrega deste ao exeqüente.

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A alienação por iniciativa particularA alienação por iniciativa particularÉ possível que a alienação em hasta pública não seja suficiente para que o credor receba seu crédito e, também, é possível que não interesse ao credor receber o bem diretamente em adjudicação. A alienação por iniciativa do particular é a opção dada ao exequente, caso não queira a adjudicação direta dos bens. A alienação por iniciativa de particular poderá ser feita diretamente pelo exeqüente como por um corretor credenciado perante a autoridade judiciária:

Art. 685-C.Art. 685-C. Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor credenciado perante a autoridade judiciária.

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O credenciamento não foi detalhado pela lei, mas pelo sentido das reformas poderá ser tanto o Corretor de Imóveis – este devidamente registrado no Conselho Regional respectivo – como o Corretor de Bens Móveis, agora como uma nova espécie de ocupação, ainda de formatação e funcionamento indefinidos.Pela exigência de que o profissional corretor esteja no exercício da profissão por não menos de 5 anos (Art. 685-C, § 3º, parte final) a tal nova ocupação poderá se acomodar, além dos corretores de imóveis, a outros profissionais do comércio.

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HASTA PÚBLICA -HASTA PÚBLICA - termo que tem origem no Direito Romano, no qual o leiloeiro deveria ir para o centro de uma praça e fincar uma hasta (lança) no solo para dar início ao leilão.

O CPC aponta três espécies de hasta pública:

• PRAÇA -PRAÇA - quando se trata de venda de bem imóvel;• LEILÃO -LEILÃO - quando se trata de venda de bens móveis;• PREGÃO DA BOLSA DE VALORES -PREGÃO DA BOLSA DE VALORES - quando a penhora recair sobre títulos cuja alienação é de competência de corretores da bolsa de valores. Segundo o artigo 686, § 2º do CPC, “a praça realizar-se-á no átrio do edifício do Fórum; o leilão, onde estiverem os bens, ou no lugar designado pelo Juiz.”

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Segundo José Carlos Barbosa Moreira, diferem a praça e o leilão em que:

1.1. aquela se realizará no átrio do edifício do fórum; este, onde estiverem os bens, no lugar designado pelo juiz (art.686, § 2º);2.2. ao contrário do que sucede na primeira, são obrigatoriamente apregoados os bens, no segundo, por leiloeiro público, da escolha do credor (Art.706), correndo-lhe certas obrigações e responsabilidade peculiares, como a de receber e depositar, dentro em 24 horas, à ordem do juízo, o produto da alienação, e a de prestar contas, ao órgão judicial, nas 48 horas subseqüentes ao depósito (Art.705, nº V e VI);3.3. as despesas com a praça são todas carregadas ao devedor, ao passo que, no leilão, é ao arrematante que incumbe pagar a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz para o leiloeiro (art.705, nº IV).

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ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA ALIENAÇÃO EM HASTA PÚBLICA Art. 686.Art. 686. Não requerida a adjudicação e não realizada a alienação particular do bem penhorado, será expedido o edital de hasta públicaedital de hasta pública, que conterá:

I -I - a descrição do bem penhorado, com suas características e, tratando-se de imóvel, a situação e divisas, com remissão à matrícula e aos registros;II -II - o valor do bem; III -III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e ação, os autos do processo, em que foram penhorados; IV -IV - o dia e a hora de realização da praça, se bem imóvel, ou o local, dia e hora de realização do leilão, se bem móvel; V -V - menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a serem arrematados; VI -VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância da avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (art. 692).

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Os atos preparatórios para a alienação em hasta pública são: publicação de editais e intimação de pessoas interessadas.

O edital é de suma importância para a arrematação, vez que dá publicidade à oferta pública do bem, e estabelece as condições e os ônus em que será feita a alienação judicial do bem penhorado.

É também nesta fase preparatória que o exeqüente deve providenciar - sob pena de nulidade - a intimação de todas as pessoas que possam ter interesse na alienação do bem penhorado, tais como eventuais credores pignoratícios, hipotecários, anticréticos, usufrutuários, senhorio direto, consortes, etc.

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Além da alienação em hasta pública deixar de ser a forma preferencial, também outras mudanças ocorreram com o objetivo de simplificar a publicação dos editais, bem como baratear o custo de suas publicações. Com a redação do artigo 686 do CPC, a exigência da publicação dos editais, foi dispensada para os casos em que o valor dos bens não exceda a 60 vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação (Art. 686, § 3º).

§ 3º -§ 3º - Quando o valor dos bens penhorados não exceder 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo vigente na data da avaliação, será dispensada a publicação de editais; nesse caso, o preço da arrematação não será inferior ao da avaliação.

Além da dispensa de que fala o § 3º do art. 686, no artigo 687 reconheceu-se que o juiz tem à disposição a possibilidade de alterar a forma e a freqüência da publicidade (Art. 687, § 2º) quando incompatíveis com o valor dos bens ou as condições da comarca.

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Art. 687.Art. 687. O edital será afixado no local do costume e publicado, em resumo, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla circulação local.

§ 1º.§ 1º. A publicação do edital será feita no órgão oficial, quando o credor for beneficiário da justiça gratuita.

§ 2º.§ 2º. Atendendo ao valor dos bens e às condições da comarca, o juiz poderá alterar a forma e a freqüência da publicidade na imprensa, mandar divulgar avisos em emissora local e adotar outras providências tendentes a mais ampla publicidade da alienação, inclusive recorrendo a meios eletrônicos de divulgação.

§ 3º.§ 3º. Os editais de praça serão divulgados pela imprensa preferencialmente na seção ou local reservado à publicidade de negócios imobiliários.

§ 4º.§ 4º. O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a mais de uma execução.

§ 5º.§ 5º. O executado terá ciência do dia, hora e local da alienação judicial por intermédio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por meio de mandado, carta registrada, edital ou outro meio idôneo.

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A intimação do executado sempre foi condição necessária ao exercício do contraditório e à validade da alienação em hasta pública. Aqui o legislador também inovou e autorizou que a sua ciência possa ser dada com a intimação de seu advogado, por carta registrada, mandado, edital ou por qualquer outro meio idôneo (abrindo-se a possibilidade para o uso da comunicação eletrônica), desobrigando-se da antiga intimação pessoal (Art. 687, §5º).            

A alienação em hasta pública também poderá ser substituída pela alienação por meio eletrônico, a pedido do exeqüente, conforme lhe faculta o artigo 689-A:

Art. 689-A.Art. 689-A. O procedimento previsto nos arts. 686 a 689 poderá ser substituído, a requerimento do exeqüente, por alienação realizada por meio da rede mundial de computadores, com uso de páginas virtuais criadas pelos Tribunais ou por entidades públicas ou privadas em convênio com eles firmado.

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Na primeira hasta os lanços não podem ser inferiores ao valor da avaliação constante do edital; já na segunda o bem será alienado pelo maior lanço (Art. 686, VI), desde que não represente PREÇO VILPREÇO VIL (Art. 692). Mas o que é preço vil?Mas o que é preço vil?A doutrina e a jurisprudência não chegaram a uma conclusão até hoje, sendo que desta forma a parte que se sentir prejudicada deverá levantar o debate face ao caso concreto, tomando como parâmetro o valor lançado a título de avaliação pelo perito oficial, ou o valor de mercado do bem.

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Houve quem defendesse, por exemplo, que se fixasse um limite de 60% sobre o valor da avaliação como sendo o valor mínimo permitido para alienação do bem. Contudo, tal orientação não tem sido adotada pacificamente.

O STJ, por exemplo, tem firmado entendimento que não é preço vil (para efeitos de arrematação) aquele que corresponda a pelo menos 50%50% (cinquenta por cento) do valor de avaliação.

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ARREMATAÇÃO. PREÇO VIL. 1. Considera-se preço vil se a arrematação ocorrer por menos da metade da avaliação. 2. Caracteriza-se a vileza quando a alienação judicial ocorre por apenas 33,3% do valor do bem. 3. Recurso especial provido. Unânime.

(STJSTJ - 2ª TURMA - REsp nº 938778/SP - Recurso Especial nº 2007/0075355-7 - Relator: Min. Castro Meira - j. em 26/06/2007 - DJ 08.08.2007 p. 372)

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O arrematante deve pagar o lanço de imediato, à vista, ou no prazo de 15 (quinze) dias, mediante caução (Art. 690).

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A POSSIBILIDADE DO PAGAMENTOA POSSIBILIDADE DO PAGAMENTOPARCELADO PARA A AQUISIÇÃO DE PARCELADO PARA A AQUISIÇÃO DE

BENS ARREMATADOS JUDICIALMENTEBENS ARREMATADOS JUDICIALMENTE

As regras para a arrematação (pagamento do preço do bem alienado judicialmente) também foram simplificadas e incorporou-se a possibilidade do pagamento parcelado para o caso de bens imóveis, quando, mediante a autorização do juiz, o proponente apresentará proposta escrita com valor não inferior à avaliação, sendo o primeiro pagamento à vista não inferior a 30% do valor do bem.

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A garantia do pagamento é dada com a hipoteca do próprio imóvel arrematado, observando-se que a lei não traz o número máximo ou mínimo de parcelas, situação na qual esta apreciação é dada ao prudente arbítrio do juiz e na falta de qualquer outra oferta mais vantajosa

Art. 690.Art. 690. A arrematação far-se-á mediante o pagamento imediato do preço pelo arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução.

§ 1º§ 1º Tratando-se de bem imóvel, quem estiver interessado em adquiri-lo em prestações poderá apresentar por escrito sua proposta, nunca inferior à avaliação, com oferta de pelo menos 30% (trinta por cento) à vista, sendo o restante garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel.

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O auto de arrematação será lavrado de imediato, nele mencionadas as condições pelas quais foi alienado o bem. Entretanto, a entrega do bem móvel, ou a expedição da carta de arrematação do bem imóvel, será realizada depois de efetuado o depósito ou prestadas as garantias pelo arrematante.A arrematação não se suspende com a pendência de julgamento dos embargos do executado e, considerando-se perfeita, acabada e irretratável, desde que o auto seja assinado pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro:

Art. 694.Art. 694. Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado.

E se os embargos forem julgados procedentes?E se os embargos forem julgados procedentes?

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§ 2º§ 2º No caso de procedência dos embargos, o executado terá direito a haver do exeqüente o valor por este recebido como produto da arrematação; caso inferior ao valor do bem, haverá do exeqüente também a diferença.

O devedor pode oferecer Embargos à Arrematação ou à Adjudicação, observando-se as normas e os procedimentos previstos para os Embargos à Execução:

Art. 746.Art. 746. É lícito ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da adjudicação, alienação ou arrematação, oferecer embargos fundados em nulidade da execução, ou em causa extintiva da obrigação, desde que superveniente à penhora, aplicando-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.

Oportuno relembrar que o direito do executado de remir a execução deve ser exercido antes que os bens sejam adjudicados ou alienados:

Art. 651.Art. 651. Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.

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Art. 708.Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á:I -I - pela entrega do dinheiro;II -II - pela adjudicação dos bens penhorados;III -III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa.

Art. 709.Art. 709. O juiz autorizará que o credor levante, até a satisfação integral de seu crédito, o dinheiro depositado para segurar o juízo ou o produto dos bens alienados quando:

I -I - a execução for movida só a benefício do credor singular, a quem, por força da penhora, cabe o direito de preferência sobre os bens penhorados e alienados;II -II - não houver sobre os bens alienados qualquer outro privilégio ou preferência, instituído anteriormente à penhora.

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USUFRUTO DE BEM IMÓVEL OU DE EMPRESAUSUFRUTO DE BEM IMÓVEL OU DE EMPRESA

Como já destacamos anteriormente, a execução deve se dar da forma menos gravosa ao executado (art. 620), e dentro deste espírito pode o Juiz, mediante pedido ou concordância do credor, estabelecer que o pagamento seja feito por meio do “usufruto “usufruto forçado”forçado”, que implica no estabelecimento temporário de direito real sobre o bem penhorado em favor do exeqüente, com escopo de que este possa receber seu crédito por meio das rendas que vier a auferir.

É o que dispõem os artigos 716 a 724 do CPC.

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Ou seja:Ou seja: quando a penhora recair sobre o imóvel ou empresa (estabelecimentos comerciais, industriais e agrícolas), prevê o CPC a possibilidade de substituir a alienação forçada pela instituição de usufruto em favor do credor, que durará até que os rendimentos auferidos sejam suficientes para resgatar o principal, juros, custas e honorários advocatícios.

Tratando-se de um direito real, de origem judicial, a sua eficácia é erga omnes, de maneira que após publicada a decisão que o institui, é oponível tanto ao devedor como a terceiros. Em caso de imóvel, além da publicação da decisão haverá também a inscrição da carta de usufruto no Registro Imobiliário.

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Na decisão que instituir o usufruto, o juiz deverá nomear, se necessário, um administrador, que será investido nos poderes que concernem ao usufrutuário, podendo a nomeação recair no credor e até no próprio devedor, desde que haja acordo entre os interessados, ou em terceiro. Decretado o usufruto, o Juiz nomeará perito para avaliar os frutos e rendimentos do bem e calcular o tempo necessário para o pagamento da dívida.O usufruto forçado não torna o imóvel inalienável ou impenhorável, de modo que outros credores poderão vir a expropriá-lo, promovendo sua alienação judicial, ficando, porém, ressalvado o direito do usufrutuário durante o prazo de duração do usufruto, sendo lícito ao arrematante, por outro lado, resgatar o imóvel, pagando ao credor o saldo a que tiver direito, obtendo assim, a extinção do usufruto.