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PETRÓLEO Marco do Pré-Sal garante futuro das próximas gerações O presidente Luiz Iná- cio Lula da Silva apre- sentou ao País, no dia 31 de agosto, o novo marco regulatório do Pré-Sal. Com a iniciativa, o go- verno dá um grande pas- so para restaurar o papel do Estado e retomar para o povo brasileiro uma ri- queza de fundamental importância para a cons- trução do futuro do País e de suas próximas ge- rações. Além de reforçar o papel da Petrobras na exploração da mais im- portante reserva petrolí- fera descoberta no mun- do nos últimos anos, está sendo criado um fundo soberano, cujos rendi- mentos deverão ser des- tinados para a área soci- al, ciência e tecnologia, educação, cultura e meio ambiente. Veja nas pági- nas 2 (Editorial), 6 e 7 a importância do Pré-Sal para o futuro das próxi- mas gerações do país. O presidente Lula anuncia o marco regulatório do Pré-Sal, que cria condições para que as suas riquezas sejam apropriadas pelo povo brasileiro Formiga debate habitação popular O Senge-MG, em parceria com a Prefeitura e Câmara Municipal de Formiga, realizou mais um se- minário sobre habitação popular de interesse social. O diferencial deste evento foi o debate sobre a importância das instituições de ensino superior para a efetiva im- plantação da lei federal 11.888. Mais informações na página 5. Negociações coletivas são prioridade O Senge-MG está envolvido em mais de uma dezena de negocia- ções com sindicatos patronais e empresas, visando a renovação das convenções e acordos coletivos de trabalho, além de questões pontu- ais como o não cumprimento de acordos e do Salário Mínimo Profis- sional. Veja nas páginas 8, 9, 10 e 11 como andam estas negociações. Fator previdenciário pode ser extinto Centrais sindicais e governo federal fecharam acordo sobre o projeto em tramitação no Congres- so que propõe o fim do fator previ- denciário. Caso os parlamentares o acatem, o fator deverá ser subs- tituído por uma nova fórmula. Veja na página 3 os malefícios do fator previdenciário e o que pode mu- dar com a nova regra.

PETRÓLEO Marco do Pré-Sal garante futuro das próximas … · de agosto, o novo marco regulatório do Pré-Sal. Com a iniciativa, o go-verno dá um grande pas-so para restaurar

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PETRÓLEO

Marco do Pré-Sal garantefuturo das próximas gerações

O presidente Luiz Iná-

cio Lula da Silva apre-

sentou ao País, no dia 31

de agosto, o novo marco

regulatório do Pré-Sal.

Com a iniciativa, o go-

verno dá um grande pas-

so para restaurar o papel

do Estado e retomar para

o povo brasileiro uma ri-

queza de fundamental

importância para a cons-

trução do futuro do País

e de suas próximas ge-

rações. Além de reforçar

o papel da Petrobras na

exploração da mais im-

portante reserva petrolí-

fera descoberta no mun-

do nos últimos anos, está

sendo criado um fundo

soberano, cujos rendi-

mentos deverão ser des-

tinados para a área soci-

al, ciência e tecnologia,

educação, cultura e meio

ambiente. Veja nas pági-

nas 2 (Editorial), 6 e 7 a

importância do Pré-Sal

para o futuro das próxi-

mas gerações do país.

O presidente Lula anuncia o marco regulatório do Pré-Sal, que cria condiçõespara que as suas riquezas sejam apropriadas pelo povo brasileiro

Formiga debatehabitação popular

O Senge-MG, em parceria coma Prefeitura e Câmara Municipalde Formiga, realizou mais um se-minário sobre habitação popularde interesse social. O diferencialdeste evento foi o debate sobre aimportância das instituições deensino superior para a efetiva im-plantação da lei federal 11.888.Mais informações na página 5.

Negociações coletivassão prioridade

O Senge-MG está envolvido emmais de uma dezena de negocia-ções com sindicatos patronais eempresas, visando a renovação dasconvenções e acordos coletivos detrabalho, além de questões pontu-ais como o não cumprimento deacordos e do Salário Mínimo Profis-sional. Veja nas páginas 8, 9, 10 e 11como andam estas negociações.

Fator previdenciáriopode ser extinto

Centrais sindicais e governofederal fecharam acordo sobre oprojeto em tramitação no Congres-so que propõe o fim do fator previ-denciário. Caso os parlamentareso acatem, o fator deverá ser subs-tituído por uma nova fórmula. Vejana página 3 os malefícios do fatorprevidenciário e o que pode mu-dar com a nova regra.

Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 2

Passaporte para o futuro

GESTÃO 2007/2010 - DIRETORIA EXECUTIVA - Pre-sidente: Nilo Sérgio Gomes; Vice-presidente: Vicente dePaulo Alves Lopes Trindade; 2º Vice-presidente: RubensMartins Moreira; Secretário Geral: Raul Otávio da SilvaPereira; 1º Secretário: Eustáquio Pires dos Santos; 1º Te-soureiro: Anivaldo Matias de Sousa; 2º Tesoureiro: Sá-vio Nunes Bonifácio. DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS -Negociações Coletivas: Augusto César Santiago e SilvaPirassinunga (licenciado); Ciência, Tecnologia e MeioAmbiente: Nara Julio Ribeiro; Promoções Culturais:Fernando Augusto Vilaça Gomes; Relações Inter-Sindi-cais: Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Saúde e Segurançado Trabalhador: Arnaldo Alves de Oliveira; AssuntosJurídicos: Paulo César Rodrigues; Assuntos Comunitá-rios: Laurete Martins Alcântara Sato; Imprensa e Infor-mação: David Fiúza Fialho; Estudos Sócio-Econômi-cos: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho; Interiorização: PauloHenrique Francisco dos Santos; Aposentados: Waldyr Pau-

lino Ribeiro Lima. DIRETORIAS REGIONAIS - Direto-ria Regional Centro: Júnia Márcia Bueno Neves, AlfredoMarques Dyniz, Rosemary Antonia Lopes Faraco, Daniel Mein-berg Shimidt de Andrade, Clóvis Scherner, Clóvis Geraldo Bar-roso, Hamilton Silva, Anderson Rodrigues, Pedro Carlos GarciaCosta, Antônio Lombardo, Débora Maria Moreira de Faria.Diretoria Regional Norte Nordeste: Aliomar VelosoAssis, Rômulo Buldrini Filogônio, Jessé Joel de Lima, AntônioCarlos Sousa, Aloísio Pereira da Cunha, Guilherme Augusto Gui-marães Oliveira. Diretoria Regional Zona da Mata:João Vieira de Queiroz Neto, Eduardo Barbosa Monteiro deCastro, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Francisco AntônioNascimento, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, SilvioRogério Fernandes. Diretoria Regional Triângulo: Is-mael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio Marcos Belo.Diretoria Regional Vale do Aço: Ildon José Pinto, An-tônio Azevedo, José Couto Filho, Antônio Germano Macedo.Diretoria Regional Campos das Vertentes: Domin-

gos Palmeira Neto, Wilson Antônio Siqueira, Nélson HenriqueNunes de Souza. Diretoria Regional Sul: Antônio Iates-ta, Fernando de Barros Magalhães, Paulo Roberto Mandello,Nélson Benedito Franco, Nélson Gonçalves Filho, Arnaldo Re-zende de Assis, João Batista Lopes Júnior, Eberth Antônio Pi-antino, Júlio César Lima. CONSELHO FISCAL: Luiz Antô-nio Fazza, Vânia Barbosa Vieira, Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos Pereira

Edição: Miguel Ângelo Teixeira – Redação: FabyanaAssunção, Luiza Nunes de Lima e Miguel Ângelo TeixeiraArte final: Viveiros Edições: (8872-6080) Impressão:Bigráfica

Sindicato de Engenheirosno Estado de Minas Gerais

Rua Espírito Santo, 1.701Bairro Lourdes - CEP 30160-031Belo Horizonte-MGTel.: (31) 3271.7355Fax: (31) 3226.9769e-mail: [email protected]: www.sengemg.org.br

PREVIDÊNCIA PRIVADA

Gerdau Previdência realiza eleições

O marco regulatório para aexploração do Pré-Sal, apresen-tado ao País pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, repre-senta a reafirmação de que opetróleo existente em nossosubsolo é um patrimônio daNação, uma riqueza do povobrasileiro e que deve ser usadona garantia de um futuro aindamelhor para o nosso País.

Ao mudar o regime de explo-ração das concessões para apartilha, em que a União pas-sa a ser proprietária de parte dopetróleo extraído, e criar um fun-do soberano, formado com osrecursos de sua parte, para aaplicação na área social e emespecial na educação, o gover-

Entre os dias 24 e 28 deagosto foram realizadas elei-ções para o Conselho Delibe-rativo e o Conselho Fiscal daGerdau Previdência, plano deprevidência complementar dosfuncionários da Gerdau. Forameleitos o engenheiro AyrtonHélio Mangualde e Sérgio deSousa Marques como efetivospara o Conselho Deliberativo eMarcos Cardoso Koscak e Pau-lo Alberto Gomes Filho parasuplentes. Para o ConselhoFiscal foram eleitos Jorge Mo-reira Carneiro Filho como efe-tivo e Rone Pires Vasconcelospara suplente.

O Senge-MG, consciente daimportância de se ter pelo me-nos um representante dos in-teresses dos ativos e assistidosda Fundação Aços, que foi in-

no restabelece a sua plena so-berania sobre esta importantee estratégica fonte energética,bem como sinaliza que os seusdividendos serão aplicados naconstrução do futuro de suaspróximas gerações.

Por outro lado, a valorizaçãoda presença da Petrobras nes-te processo, com a exigência desua presença em todos os con-sórcios que se formarem paraa exploração das reservas e asua capitalização, representa oreconhecimento do País à ca-pacidade desta empresa e deseus profissionais, detentoresda mais avançada tecnologiapara prospecção e produção depetróleo em águas profundas.

Mas, muitos desafios terão deser vencidos até que os resulta-dos do Pré-Sal se materializem.Precisamos investir ainda maisem inovação tecnológica, napesquisa e na formação de pro-fissionais especializados paraque as dificuldades de produçãona área do Pré-Sal sejam venci-das. E a sociedade deve estaratenta à aplicação dos recursos,pois, nem sempre, riqueza natu-ral abundante representa bene-fícios para a população. A máaplicação das verbas e a corrup-ção são aliadas quase sempreinseparáveis.

Há também a questão domeio ambiente. A produção euso do petróleo agravam ain-

da mais o efeito estufa. Usaro Pré-Sal como um segurogarantia para uma nova erade predominância de energi-as renováveis e não poluen-tes é fundamental para o bemestar das nossas próximasgerações.

Pensando em todos estesaspectos, a direção do Senge-MG conclama a todos a inici-arem um profundo debate so-bre a questão energética mun-dial, sobre o leque de alterna-tivas que permita superar umcolapso anunciado da econo-mia mundial, que contrapõe aescassez de petróleo com anecessidade de fontes limpasde energia.

corporada pela Gerdau Previ-dência e possui o maior patri-mônio do grupo (R$1,5 bilhão),entrou nesta eleição fazendouma aliança com a Associa-ção dos Aposentados, Assis-tidos e Pensionistas da Aços(AAA), de Ouro Branco. As en-tidades apoiaram o candidatoCelso Reis de Paula para oConselho Deliberativo e JorgeMoreira Carneiro Filho para oConselho Fiscal.

O Senge-MG considera queos objetivos foram alcançados,uma vez que todos os candida-tos eleitos são de Ouro Bran-co. O próximo passo do Sindi-cato e da AAA é a formação dogrupo que, juntamente com osconselheiros eleitos, irá acom-panhar e fiscalizar a GerdauPrevidência.

As al ternat ivas técnicaspara solução de problemas doplano da Copasa foram discu-tidas em uma reunião realiza-da, no dia 16 de julho, entre aPreviminas e o Grupo Comple-mentação, formado pela Aco-previ, DEAPES, Sindágua, Sen-ge-MG e Saemg. Além disso,foram apresentadas as princi-pais causas do déficit nos últi-mos exercícios e os estudosatuariais conduzidos, num to-tal de 12 opções de estratégi-as previdenciais, que mostrama necessidade de aporte finan-ceiro que variam entre 48 a511 milhões.

O saldamento ainda não foi

um consenso entre as partesna reunião. Também foi levan-tada a necessidade de fecha-mento do plano para novasadesões. Ficou acordado quenão haverá reajuste em 2009,o plano será fechado para no-vos participantes, será criadotambém um plano modalida-de CD, com seguro para novosempregados e os que saíramdo plano antigo. Grupo Com-plementação se reúne periodi-camente com o objetivo deapresentar e discutir propos-tas para o Plano de Previdên-cia da Copasa, caminhandopara a construção efetiva donovo plano.

Alternativas para a Copasa

Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 3

Acordo pode por fimao fator previdenciário

Centrais sindicais e governo fe-deral fecharam acordo, no dia 25de agosto, sobre o projeto em tra-mitação no Congresso que propõeo fim do fator previdenciário e oveto a PLC 18, que trata de reajus-te dos benefícios. Caso os parla-mentares acatem o acordo, o fatordeverá ser substituído pela fórmu-la 85/95, em que idade e tempo decontribuição devem somar 95 anospara homem e 85, para mulheres.O seguro-desemprego poderá sercontabilizado para se chegar aotempo de contribuição necessárioà aposentadoria.

O reajuste dos aposentados epensionistas do INSS que ganhamacima do salário mínimo será, nospróximos dois anos, calculado apartir da correção da inflação mais50% do índice de crescimento doPIB de dois anos anteriores. As-sim, o reajuste que será concedi-do em janeiro de 2010 deverá fi-car em torno de 6,2%, ou seja, ainflação mais 50% do PIB de 2008.

Entidades ligadas aos aposen-tados não participaram da reuniãopor não concordarem com a pro-posta das centrais sindicais. De

acordo com o presidente da Fe-deração de Aposentados de Mi-nas Gerais, Robson de Souza Bit-tencourt, foi feita uma enqueteentre os aposentados e 98% sãofavoráveis à manutenção dos pro-jetos na Câmara dos Deputados.As federações de aposentadosdepositam sua esperança agorano Congresso. Eles querem a apro-vação do PL-0001/03, que prevê oreajuste dos benefícios no mesmopatamar do aplicado ao saláriomínimo. “Acredito que é possívelconseguir esta aprovação na Câ-mara”, completa Bittencourt.

Audiência PúblicaMobilização é a palavra de or-

dem nas entidades que represen-tam os aposentados. No dia 10 deagosto, foi realizada uma audiênciapública na Assembleia Legislativade Minas Gerais (ALMG) para dis-cutir o fim do fator previdenciário eo reajuste dos benefícios do INSS.A audiência contou com a presen-ça do senador Paulo Paim, autor doprojeto de lei 296/03 que modificaa forma de calcular os benefícios daPrevidência Social e revoga a lei

O envelhecimento da popula-ção e o aumento da expectativade vida são fenômenos mundiais.Fruto do desenvolvimento tecno-lógico, do avanço da medicina edos benefícios do mundo moder-no, como saneamento básico eágua potável, a maior expectativade vida vem mexendo com os pla-nos de previdência. Várias medi-das foram tomadas no Brasil aolongo dos anos e o resultado:cada dia mais os aposentadosperdem seu poder de compra coma defasagem dos benefícios.

Quem se aposenta hoje, segueo cálculo do fator previdenciário,criado em 1999, no governo Fernan-do Henrique. O objetivo é forçar otrabalhador a adiar a sua aposenta-doria, usando o artifício da reduçãodo valor do benefício previdenciá-rio, no momento de sua concessão,de forma inversamente proporcio-nal à idade de aposentadoria dosegurado. Ou seja, quanto menor aidade, maior o redutor e menor o

aumento do custo de vida. Nossaexpectativa de vida aumentou, secontinuar deste jeito, daqui a 20anos não estarei recebendo nada”,diz o engenheiro aposentado, Cláu-dio Berentein.

De acordo com o especialistaLásaro Cunha, de 1991 até hoje, oaposentado que ganhava 10 salári-os mínimos já perdeu 5,14 salários,ou seja, recebe menos da metade.Segundo o estudo do professor, asperdas do aposentado ultrapassamo valor do benefício atual.

Planejamentoevita surpresasPara Cunha, o grande proble-

ma do brasileiro é não se progra-

que institui o fator previdenciário. Odiretor do Departamento de Apo-sentados do Senge-MG, WaldyrPaulino Lima, representou o Sindi-cato na audiência.

Na opinião de Paulo Paim, a lutapelos aposentados é uma luta porjustiça. “Se todos os partidos apro-varam o fim do fator previdenciáriono Senado por unanimidade, então

eu peço que, por coerência, apro-vem também, por unanimidade, oprojeto na Câmara dos Deputados”,disse. Paim destacou ainda a im-portância da mobilização da popu-lação para pressionar os parlamen-tares. “Vocês são fundamentais parapressionar cada deputado e sena-dor. Não percam a esperança. Lu-tem”, exclamou.

valor do benefício. “O fator previ-denciário faz uma adequação dovalor à expectativa de sobrevidacalculada pelo IBGE”, explica o pro-fessor de direito previdenciário daPUC Minas, Lásaro Cândido Cunha.

Não é de hoje que os aposenta-dos sofrem com medidas do gover-no em relação aos benefícios. AConstituição de 1988 atrelou a apo-sentadoria ao salário mínimo e, em1991, no governo Collor, foi nova-mente desvinculada. Nos últimosanos, o salário mínimo vem crescen-do acima da inflação e os aposen-tados vêm sofrendo sucessivas per-das. “O reajuste não acompanha o

mar para a aposentadoria. “Nin-guém sabe o que tem que fazerpara se ajustar à legislação e con-tribuir de forma a garantir o teto”,diz. O ideal é procurar um especi-alista e planejar sua aposentado-ria. “Quando se planeja bem aaposentadoria, dá até para usar ocálculo do fator previdenciário aseu favor e neutralizá-lo”, avisa oprofessor. “É preciso estudar cadacaso, não existe regra geral paraa aposentadoria”, complementa.

O brasileiro só pensa na apo-sentadoria quando está faltandopoucos anos e acaba não se infor-mando. Lásaro acredita no plane-jamento previdenciário para termais tranqüilidade. “As vezes évantajoso trabalhar mais um ano”,diz. “Fazemos o planejamento pre-videnciário individualizado, anali-sando o histórico das contribuiçõesprevidenciárias dos seguradospara elaboração de simulaçõesdos prováveis valores das aposen-tadorias, de forma a encontrar omelhor momento e a melhor formapara se aposentar”, finaliza.

Benefícios em declínio

O diretor do Senge Waldir Paulino, o senador Paulo Paim (PT)e o presidente da FAP-MG, Robson Bittencourt

Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 4

Campanha Ficha Limpaquer moralização na política

O Senge-MG, Sindágua, Sindi-cato dos Jornalistas, Sintel, Sindá-gua e a ONG Mãos Limpas se uni-ram para realizar um mutirão para acampanha Voto não tem preço, temconseqüência – Ficha Limpa. Nosdias 2, 3 e 4 de setembro, as entida-des estiveram na Praça 7, na capi-tal mineira, recolhendo assinaturaspara encaminhar ao Congresso Na-cional o projeto de lei de iniciativapopular sobre a vida pregressa doscandidatos. A meta é atingir 1,3 mi-lhão de assinaturas.

De acordo com diretor do Sen-ge-MG, Anivaldo Matias, responsá-vel pela organização do mutirão,esta luta é importantíssima. “É fun-ção do Sindicato estar engajadonesta campanha e lutar pela mora-lização da nossa política. O Senge-MG abraçou esta bandeira”, afirmaAnivaldo. O presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes, esteve naPraça 7 e convocou a população aassinar o manifesto contra a corrup-ção eleitoral.

A colocação da banca de assi-naturas no Centro da capital deuoportunidade a mais pessoas se jun-tarem a esta campanha, mostran-do sua indignação com a corrup-ção brasileira assinando o abaixo-assinado. “Eu já havia assinado,mas acho que aqui na Praça 7 per-mite que outras pessoas conheçamesta campanha e assinem”, diz aaposentada Dulce Oliveira. Estacampanha busca moralizar a nossapolítica, fazendo com que somenteconcorra aos cargos públicos quemestá com a ficha limpa.

A campanha, lançada em abrilde 2008 durante a Assembleia

Geral da Conferência Nacionaldos Bispos (CNBB), é desenvolvi-da pelo Movimento de Combateà Corrupção Eleitoral (MCCE) econta com o apoio de cerca de50 entidades. A campanha FichaLimpa pretende alterar a lei com-plementar n° 67/90, conhecidacomo lei da Inelegibilidade, paraimpedir a candidatura de conde-nados a partir da 1ª instância, ouno caso de quem possui foro pri-

A partir da segunda quinzena desetembro deve entrar em atividade,em Belo Horizonte, a Cooperativa deTrabalho dos Profissionais de Enge-nharia (Copenge). Iniciativa do enge-nheiro Clóvis Geraldo Barroso, a coo-perativa vai ter como finalidade auxili-ar os profissionais ligados ao sistemaConfea/Crea na busca por oportuni-dades de trabalho. “Vamos montar acooperativa e começar a captar servi-ços. Os profissionais que estejam de-sempregados ou com dificuldadespara encontrar trabalho já estão con-vidados para fazerem parte da coo-perativa”, afirma Clóvis Barroso. Umaassembleia, da qual participaram os20 membros fundadores da coopera-tiva, foi realizada no dia 31 de julho enela foi eleito o Conselho Administrati-vo da Copenge. O engenheiro Hamil-ton Silva foi escolhido presidente, Al-fredo Marques Diniz foi eleito diretoradministrativo-financeiro e Clóvis Bar-roso foi nomeado diretor técnico.

Regulamentadas pela Lei 5.764de 1971, as cooperativas são socie-dades de natureza civil, com forma ju-

rídica própria, não sujeita à falência,constituídas para prestar serviços aosassociados. “Uma cooperativa é umgrupo de profissionais que se reúnempara poder montar uma ‘empresa’. Odiferencial é que, em uma cooperati-va, quando tem, divide e quando falta,completa. Existe uma legislação es-pecífica que proporciona diferenciaiscompetitivos às cooperativas em rela-ção às empresas atualmente consti-tuídas. Do ponto de vista tributário, a

vilegiado e que tenham proces-sos em andamento ou que te-nham renunciado para fugir dacassação. Caso seja aprovada,cerca de um terço do CongressoNacional não poderá concorrernas próximas eleições. O balan-ço do mutirão é positivo. “No pri-meiro dia recolhemos cerca demil assinaturas, acreditamos quea contabilização final chegará amais de 3 mil”, analisa Anivaldo.

BH terá nova cooperativa de engenheiroscooperativa é isenta, por isso o preçopelo trabalho dela fica mais competi-tivo”, avalia Alfredo Diniz.

O grande benefício para o profissi-onal que se torna um cooperado é depoder contar com a comodidade deter uma estrutura que faz a captaçãodo trabalho no mercado. “Os enge-nheiros e demais profissionais do sis-tema Confea/Crea que participaremda Copenge não vão precisar ir atrásdo serviço. A cooperativa vai fazer esse

trabalho e vai passar o serviço para oprofissional apto a executá-lo”, afirmao presidente Hamilton Silva. No entan-to, Clóvis Barroso lembra que o pro-cesso não ocorre de um dia para ooutro. “Não adianta pensar que o en-genheiro se torna um cooperado hojee amanhã já tem trabalho. Não é as-sim. Primeiro temos que conseguircaptar os serviços para só depois dis-tribuí-los entre os profissionais”, avisa.

Podem fazer parte da Copengeengenheiros, técnicos e demais pro-fissionais que participam ativamen-te do sistema Confea/Crea. Para setornar um cooperado é preciso ad-quirir 100 cotas de R$3,00, o que to-taliza uma integralização deR$300,00. Para a manutenção dacooperativa será descontado umpercentual simbólico (a ser definido)da remuneração recebida por umserviço, indicado pela Copenge,prestado pelo cooperado. Os inte-ressados devem entrar em contatocom Hamilton Silva (31 – 3223-3195),Clóvis Barroso (31 – 3481-2025) ouAlfredo Diniz (31 – 3271-7355).

Os engenheiros Clóvis Barroso, Hamilton Silva eAlfredo Diniz compõem a direção da nova cooperativa

O diretor do Senge-MG AnivaldoMatias coordena o mutirão

A adesão da população à campanha tem sido bastante auspiciosa

Evento em Formiga destaca o papeldas instituições de ensino superior

Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 5

O Senge-MG, em parceria coma Prefeitura Municipal de Formiga, aSecretaria Municipal de Desenvolvi-mento Humano e a Câmara Munici-pal de Formiga, realizou, no dia 29de agosto, o seminário sobre habi-tação popular de interesse social nacidade de Formiga. O evento acon-teceu no Centro Universitário de For-miga (Unifor) e teve por objetivo dis-cutir a lei federal nº 11.888 e o pro-grama Minha Casa, Minha Vida.

Este foi o quarto seminário pro-movido pelo Senge, tendo comotema principal a habitação de inte-resse social. O diferencial desteevento foi o debate sobre a impor-tância das instituições de ensino su-perior para a efetiva implantaçãodesta lei, com palestra específicadedicada ao assunto, ministradapelo professor Leyser Rodrigues Oli-veira, da Unifor.

A primeira palestra teve comotema a Lei 11.888 – Pelo Direito àMoradia Digna. O presidente doSenge-MG, Nilo Sérgio Gomes, de-fendeu a importância da lei, que as-segura assistência técnica gratuitade engenheiros e arquitetos à popu-lação de baixa renda para a cons-trução e reforma de moradias de in-teresse social, bem como os benefí-cios trazidos para os profissionais deengenharia e arquitetura. No entan-to, ele ressaltou que é preciso fazervaler esta lei. “Para ser conquistada,é preciso união dos profissionais deengenharia, dos movimentos sociaise do poder público”, disse.

Nilo Sérgio apontou, ainda, a ne-cessidade das prefeituras regula-mentarem a lei federal nos municípi-os. Ele acredita que a implantaçãoda lei vai diminuir a taxa de desem-prego entre os recém-formados e

que vai estimular o treinamento, umavez que a capacitação está previstana lei. O presidente da Federaçãode Moradores de Minas Gerais, Jú-lio César de Souza, falou sobre asdificuldades da luta e afirmou que,até hoje, o que acontece são açõespaliativas em vilas e favelas.

Ministrada pelo chefe do depar-tamento de Engenharia Ambientalda Unifor, professor Leyser Rodri-gues Oliveira, a palestra sobre opapel das instituições de ensinosuperior de interesse social ressal-tou os desafios dos profissionais deengenharia para a construção demoradias dignas e do papel da fa-culdade na formação destes profis-sionais. “Estamos dispostos a asses-sorar a Prefeitura e construtoras nes-te processo”, finalizou Leyser.

O Programa Minha Casa, MinhaVida foi explicado pelo gerente daCaixa de Formiga, Marcelo Lobato.O programa do governo federal visadiminuir o déficit habitacional no paíse atende, principalmente, as famíliasde baixa renda, entre 0 e 6 saláriosmínimos. Ele explicou também que aparcela mínima do financiamento dacasa é de R$ 50 reais, sendo que opagamento mensal equivale a 10%da renda do beneficiado. E o prazode pagamento é de 10 anos.

Os participantes do semináriotiveram a oportunidade de tirar suasdúvidas. Cerca de 200 pessoas,entre alunos da Unifor, profissionaise moradores da cidade estiverampresentes no evento. As questõeslevantadas no debate giraram emtorno de recursos, quem tem direitoa participar do programa, como equem vai pagar o engenheiro, alémde formas alternativas de constru-ção de forma a baratear o custo.

O professor Leyser Rodrigues Oliveira dá as boas vindasaos participantes do seminário em nome da Unifor

O presidente do Senge, Nilo Sérgio Gomes, ao lado do presidente da Federaçãode Moradores de Minas Gerais, Júlio César de Souza, defende a Lei 11.888

O público presente levantou questões importantes sobrea implantação da lei da Engenharia e Arquitetura Públicas

Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 6

Exploração do Pré-Sal temnovo marco regulatório

Até a metade do século XIX,não havia ainda a ideia da perfu-ração de poços petrolíferos. Asprimeiras tentativas acontece-ram nos Estados Unidos, comEdwin L. Drake, que lutou com di-versas dif iculdades técnicas,chegando mesmo a ser cogno-minado de “Drake, o Louco”.Após meses de perfuração, Drakeencontra o petróleo, em 27 deagosto de 1859 na Pensilvânia.Tem-se início a Era do Petróleo,energético de alto valor calorífi-co que viabilizou energia baratae abundante para o aceleradodesenvolvimento dos países,hoje ditos, de primeiro mundo.

Muitos acreditam que o marcoinicial do fim desta era ocorreu pro-vavelmente quando os EstadosUnidos invadiram o Iraque em 20de Março de 2003, caracterizan-do uma nova era na política do pe-tróleo com o constante uso da for-ça militar para ganhar o controledos fornecimentos disponíveis. O

O presidente Luiz Inácio Lula daSilva apresentou ao País, no dia 31de agosto, o novo marco regulatóriodo Pré-Sal. Composto por quatroprojetos de lei enviados ao Congres-so Nacional, o marco proposto res-taura o papel do Estado e reforça apresença da Petrobras na explora-ção da reserva petrolífera, conside-rada uma das maiores descobertasdos últimos tempos no mundo. OSenge-MG participou deste momen-to histórico, com a presença do seupresidente Nilo Sérgio Gomes, con-vidado pelo governo federal para acerimônia de lançamento.

O primeiro projeto muda o siste-ma de exploração para o regime departilha, onde o óleo extraído é divi-dido entre o governo e a empresaprivada responsável pela explora-ção. Atualmente, o governo adota osistema de concessão, pelo qual aempresa privada paga royalties so-bre o petróleo extraído. O objetivo,segundo o governo, é “assegurarpara a Nação a maior parcela doóleo e do gás, apropriando para opovo brasileiro parcela significativada valorização do petróleo”.

O segundo projeto de lei trata da

criação de uma empresa estatal, aPetro-Sal para administrar a explo-ração no Pré-Sal. Segundo o gover-no, será uma empresa enxuta, comfuncionários contratados pela CLT(Consolidações das Leis Trabalhis-tas). A empresa representará o go-verno nos consórcios formados paraa exploração do petróleo.

O terceiro projeto trata da cria-ção de um fundo social para onde

serão destinados os recursos dogoverno obtidos no Pré-Sal. Apenasos rendimentos do fundo deverãoser utilizados e serão destinadospara a área social, ciência e tecno-logia, educação, cultura e meioambiente.

O quarto projeto trata da capitali-zação da Petrobras. A União transfe-rirá direitos de exploração de umaquantidade fixa de barris de petróleo

O presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes, na cerimôniade lançamento do marco regulatório do Pré-Sal

para a Petrobras em troca de paga-mento em dinheiro ou títulos públi-cos. A operação terá um limite de 5bilhões de barris, que podem signifi-car um aporte de capital em torno deR$ 50 bilhões, o que reforçará a pre-sença do Estado na empresa.

Pré-SalO Pré-Sal é uma área de cerca

de 800 quilômetros de extensão e149 mil km², que vai do litoral doEspírito Santo até Santa Catarina.O petróleo está localizado abaixoda camada de sal, a mais de 7 milmetros de profundidade. As primei-ras descobertas foram feitas em2005. Hoje, as reservas brasileirasconhecidas no Pré-Sal variam de 10bilhões a 14 bilhões de barris, volu-me semelhante ao total de reservasdescobertas no Brasil ao longo dosúltimos anos. As perspectivas sãode que a área contenha uma dasmaiores reservas do mundo, quepodem atingir a 100 bilhões de bar-ris. Um acréscimo importante nomomento em que a produção mun-dial dá sinais de que está entrandoem seu pico e que o seu declínioestá próximo.

Mundo vive o início do fim de uma Erapetróleo, entre todas as matérias-primas comerciais, é consideradocomo um material estratégico,algo vital para a sobrevivência eco-nômica de uma nação, justifican-do o uso da força para assegurar

sua disponibilidade.Que os países estejam prepa-

rados para ir à guerra pelo pe-tróleo não é um fenômeno pro-priamente novo. Conseguir pe-tróleo estrangeiro foi um fato sig-

nificativo na Segunda GuerraMundial e na Guerra do Golfo de1991. As bases americanas noEgito, Omã, Turquia, Arábia Sau-dita e o apoio incondicional dosEUA a Israel fazem parte da geo-política americana para garantiro seu acesso ao petróleo do Ori-ente Médio.

A crise do petróleo, que já ocor-reu em cinco fases, teve início em1973 e marcou o fim da era docombustível barato e abundante.O embargo imposto pelos árabesaos Estados Unidos e as redu-ções da produção e da exporta-ção fizeram com que o preço dobarril de petróleo passasse deUS$ 3 para US$ 12, entre outubrode 1973 e dezembro de 1974. Afigura 01 apresenta a evolução dopreço do petróleo, desde 1861,em vários momentos da históriamundial, deixando claro o aumen-to do preço deste produto a par-tir do início da década de 70 atéos dias de hoje.

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Reservas, produção e consumo:uma combinação explosiva

As reservas disponíveis no mun-do estão concentradas no OrienteMédio (60%), Europa/Eurásia (11%),África (10%) e América do Sul e Cen-tral (10%), América do Norte (5,6%)e Ásia (3,4%). As descobertas doPré-Sal no Brasil podem levar aAmérica Central e América do Sulpara a segunda posição com reser-vas estimadas em 175 bilhões debarris. (Veja a Figura 02)

A produção mundial do Petró-leo gira em torno de 82 milhões debarris/dia. O Oriente Médio é res-ponsável pela produção de 26,2milhões de barris/dia. Depois vêma Europa e Eurásia com 17,5 mi-lhões de barris/dia. A América doNorte produz 13,1 milhões, África10,2 milhões, Ásia do Pacífico 7,9milhões e América Central e Sul 6,9milhões de barris/dia. Esta produ-ção apresenta pequeno cresci-mento desde 2004, apesar de gran-des esforços dos maiores produto-res mundiais em aumentar a suacapacidade de explorar o ouro ne-

gro. A Figura 03 apresenta um ba-lanço mundial da produção e doconsumo do petróleo onde pode-mos observar a grande dependên-cia da América do Norte (EstadosUnidos e Canadá) e da Ásia do Pa-cífico (Japão e China) em relaçãoà exportação deste produto.

Analisando os dados de consu-mo e produção de petróleo durante22 anos, observamos que tirando osanos de 1979 a 1985, onde houveuma grande retração no consumo dopetróleo fruto das crises no mundotodo e principalmente nos EstadosUnidos, sempre houve um equilíbrioentre a produção e o consumo.

Verificamos também um esforçomuito grande dos Estados Unidose da Europa em reduzir a sua de-pendência do consumo de petró-leo levando o mundo a uma médiaponderada no consumo mundialigual a 2% de 1986 até 2004. Poroutro lado, a produção mundial, de1986 até 2004, esteve estabilizadaem um crescimento também de 2%

ao ano, o que representa algo emtorno de 1.700.000 barris por dia.

Este equilíbrio entre consumo eprodução do petróleo inviabiliza aospaíses desenvolvidos a manutençãode estoques de médio e longo pra-zo deste energético fundamentalpara o desenvolvimento de suas eco-nomias, obrigando estes países auma constante intervenção políticae até militar nos países produtores.Mas o grande problema hoje, é quea partir de 2005 o crescimento mé-dio da produção foi de 0,5% e o cres-cimento do consumo mundial foi daordem de 0,9%. Implicando em umdéficit diário de aproximadamente400.000 de barris de petróleo (150milhões de barris por ano).

Outro dado importante que sedeve considerar é que os países doOriente Médio – Arábia Saudita, Irã,Iraque, Kuwait e Emirados Árabes –

controlam 60% das reservas prova-das do mundo relativas a 2008. Nes-ta região o crescimento de novasreservas está estagnado desde oinicio da década 90. A produção depetróleo desta região em 2008 foide 9,56 bilhões de barris, dos quaisforam exportados algo em torno de7,21 bilhões de barris. Em 2008 só oconsumo dos Estados Unidos foi de7,09 bilhões de barris.

A instabilidade política destaregião e a sua importância para ageopolítica mundial a tornam umcomponente explosivo e imprevisí-vel. As bases militares dos EstadosUnidos na Arábia Saudita, a grandepresença da frota naval americanana região e as intervenções milita-res dos Estados Unidos e seus alia-dos são uma tentativa de garantir oacesso dos países ocidentais a es-tas reservas.

O relatório analisado da BP Sta-tistical Review of World Energy June2009 mostra que a relação Reser-va/Produção nos levaria ainda a 40anos de fartura utilizando os hidro-carbonetos derivados do petróleocomo propulsores de nossa econo-mia baseada no uso intensivo deenergia. Mas esta não é uma reali-dade viável, pois não podemos crerque vamos extrair 29 bilhões debarris de petróleo por ano, até que,de repente, lá por volta de 2045, al-guém diz: o reservatório está vazio.

Os cientistas, baseados na teo-ria de Hubbert, apresentam outra re-alidade: o declínio não é instantâ-neo, ele começa antes, um poucodepois que a metade do óleo já foiretirada. Portanto, considerando que60% da produção mundial de petró-leo é gasta na produção de eletrici-dade, 30% no transporte e os 10%restantes na produção de fertilizan-tes, pesticidas e outros produtos es-senciais para o nosso modelo eco-nômico de crescimento, podemosvislumbrar um cenário preocupantepara o mundo quando os donos dopoder assumirem oficialmente quea produção de petróleo já não aten-de o consumo mundial. Alguns acre-ditam que este momento já passou,

é uma realidade desde 2004 a 2006.Por outro lado, cresce a preocu-

pação com o meio ambiente. O re-latório do Painel Intergovernamen-tal para as Alterações do Clima(IPCC) publicado no ano passadonão deixa nenhuma dúvida da ne-cessidade de rápida substituiçãodeste combustível altamente polu-ente. No melhor cenário é precisoque os países industrializados redu-zam a suas emissões de gases quecontribuem para o efeito estufa(GEE) em 80% até 2050 com umperíodo intermediário de adapta-ção com reduções entre 25 e 40%até 2020, comparando com as emis-sões de 1999.

Estados Unidos e União Euro-péia já planejam programas radi-cais de mudanças nas fontes deenergia e na racionalização de seuuso. O Brasil possui uma matrizenergética onde 44% da energiaprimária se origina de fontes reno-váveis, com disponibilidade deenergia hidráulica, solar, eólica eos biocombustíveis e a biomassaque, alavancados por uma políticaenergética socialmente justa, po-derão nos levar a uma posição dedestaque diante de uma provávelcrise energética.

Preocupação ambientalvislumbra nova era

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Confea investe navalorização profissional

Definir ações para implemen-tação de uma política permanen-te de valorização profissional noSistema Confea/Creas e Mútuapara apoiar o desenvolvimentodas potencialidades dos profissi-onais, promovendo o fortaleci-mento e sustentabilidade de suasentidades. Este é o objetivo prin-cipal do Projeto Especial Valori-zação Profissional, do Confea, quepropõe a realização de seminári-os regionais sobre o tema, orga-nizados pelas Federações Sindi-cais de Engenheiros, com a par-ticipação das outras entidadesestaduais do Sistema e dos Cre-as estaduais. “Este projeto é umademanda dos profissionais doSistema Confea/Creas e Mútuaque estão vendo sua importânciaser degradada ao correr dos tem-pos. Por isso, pretende dar visibi-lidade à importância do profissi-

O Salário Mínimo Profissionaldos engenheiros e engenheiras éuma conquista da categoria desde1966, quando foi sancionada a Lei4.950-A. No entanto, uma das prin-cipais lutas do Sindicato continuasendo pelo cumprimento desta lei.Em agosto, o Sindicato de Enge-nheiros recebeu denúncia do nãocumprimento do SMP na MGS,empresa pública da AdministraçãoIndireta do Estado de Minas Gerais.O Sindicato enviou correspondên-cia à empresa, solicitando esclare-cimentos sobre a situação. A MGSrespondeu que vai regularizar a si-tuação de acordo com a Lei 4.950-A já na folha de setembro e vai fazero acerto retroativo à 1º de fevereirode 2009, data em que o piso salari-al da categoria sofreu alteração.

O Senge-MG também envioucorrespondência para a Secretariade Estado de Planejamento e Ges-tão (Seplag), questionando o valorda remuneração do cargo de Ges-tor Governamental Nível III Grau A,para o qual o edital do concursopediu profissionais formados, entreoutras, em Engenharia de Seguran-ça do Trabalho. Para uma jornadade trabalho de 30 horas semanais,

onal, fazendo com que seu valorseja reconhecido pela sociedade.Aliás, esta é a palavra chave: re-conhecimento”, afirma o coorde-nador do projeto, Vicente Trinda-

de, também vice-presidente doSenge-MG.

Os seminários regionais estãosendo realizados de julho a outu-bro de 2009 e têm como objetivosa definição das ações a serem to-madas pelos Estados, a determi-nação de três ações a serem ado-tadas em nível nacional pela coor-denação do projeto e a instalaçãode Fóruns Estaduais de Valoriza-ção Profissional. De acordo comTrindade, as ações devem se con-centrar no reconhecimento dosprofissionais. “A luta pelo SalárioMínimo Profissional, a isonomiaentre salários na AdministraçãoPública, a divulgação e implanta-ção nos municípios da Lei 11.888da Assistência Técnica Pública eGratuita e o fortalecimento das en-tidades do Sistema Confea/Crease Mútua são exemplos que visameste reconhecimento”, diz.

Defesa do mínimoprofissional é prioridade

Vicente Trindade, vice-presidentedo Senge-MG, coordena o projeto

em nível nacional

As propostas de ações que fo-rem retiradas dos seminários regi-onais serão encaminhadas para acoordenação nacional do projetoe serão apresentadas durante o 1ºFórum Nacional de ValorizaçãoProfissional, que vai acontecer na66ª Semana Oficial da Engenharia,da Arquitetura e da Agronomia(Soeaa), entre os dias 02 e 05 dedezembro, em Manaus (AM). Naocasião, as propostas serão vota-das e, se aprovadas, vão comporas políticas permanentes de Valo-rização Profissional do SistemaConfea/Creas e Mútua. “A ideia dacriação de um Fórum de Valoriza-ção Profissional é para que as dis-cussões e as ações tenham conti-nuidade, e a sociedade - razãomaior da existência do Sistema -seja beneficiada e dê o devido va-lor aos serviços dos profissionais”,completa Vicente Trindade.

está sendo oferecido R$ 1.116,30,quando a lei 4.950-A/66 estipulaque para esta jornada seja pago,aos profissionais da engenharia,R$2.790,00 (6 salários mínimos). ASecretaria respondeu que não temobrigação de cumprir o salário mí-nimo profissional, já que consideraque cada ente federativo é autôno-mo em relação aos demais e, porisso, pode estabelecer suas própri-as leis estatutárias, como aconteceem Minas Gerais.

E, ainda por causa do descum-primento do SMP, o Senge-MG en-viou correspondência para o Crea-MG e para a Superintendência Re-gional do Trabalho e Emprego de Mi-nas Gerais solicitando a fiscalizaçãoda empresa de telefonia celular Cla-ro. O Sindicato recebeu a denúnciaem março deste ano e entrou emcontato diversas vezes com a em-presa, pedindo esclarecimentos so-bre o não pagamento do piso salari-al aos engenheiros, mas não obteveresposta. Foi realizada, inclusive,uma manifestação na porta da em-presa denunciando a situação, mastambém não teve efeito. A única al-ternativa foi solicitar a fiscalização daempresa pelos órgãos competentes.

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Assembleias definem pautade reivindicações na Cemig

O processo de negociações sa-lariais com a Cemig começa emsetembro, com a realização de qua-tro assembleias nos dias 09 (Ipatin-ga), 10 (Divinópolis), 15 (Uberlân-dia) e 22 (Belo Horizonte). O objeti-vo destas assembleias será o dedefinir e aprovar a pauta de reivin-dicações dos trabalhadores da em-presa. O presidente do Senge-MG,Nilo Sérgio Gomes, prevê negocia-ções difíceis e aposta na união e par-ticipação da categoria. “A cada anoa empresa tem endurecido nas ne-gociações e este ano não deve serdiferente. Temos de nos unir e mo-bilizar toda a categoria para alcan-çarmos os nossos objetivos.”

Embora a data-base seja em 1ºde novembro, a mobilização dosengenheiros da Cemig começouainda no primeiro semestre. O Sen-ge-MG realizou, durante todo o mêsde junho, reuniões setoriais paradiscutir com os profissionais da ca-

Insistir nas reivindicações sobreas quais a Fiemg não se manifes-tou. Esta foi a estratégia das entida-des sindicais que negociam a Con-venção Coletiva de Trabalho dosmetalúrgicos, na segunda rodadade negociações com o sindicatopatronal, no dia 03 de setembro. Foidada atenção especial às reivindi-cações de redução de jornada detrabalho, salário de ingresso, cum-primento do salário mínimo profis-sional dos engenheiros, unificaçãoda mesa de negociações com ossindicatos representados pela Fe-metal e saúde e segurança no tra-balho. Uma nova reunião para dis-cutir as reivindicações de saúde esegurança no trabalho foi agenda-

tegoria questões ligadas ao Planode Cargos e Remunerações (PCR)e recolher sugestões para compora pauta de reivindicações. Foramrealizadas reuniões em Ipatinga,Uberlândia, Cidade Industrial, Mon-tes Claros e Belo Horizonte.

O Sindicato se reuniu no dia 06de agosto com o setor de RH daCemig para apresentar as deman-das dos trabalhadores. Nessa reu-nião, o Senge-MG cobrou a implan-tação do líder funcional e do coor-denador técnico, anunciados noano passado. Além disso, reivindi-cou a revisão das faixas salariais daengenharia, principalmente no Sê-nior 1 e Sênior 2; que se deixe deconsiderar como função delimitadaas funções do PNU referentes àMáster I e II; uma nova avaliação dapontuação de todos os cargos doPNU; a reavaliação da tabela sala-rial do PCR; o aproveitamento ime-diato dos engenheiros aprovados

Engenheiros e engenheiras da Cemig exigem maisrapidez no atendimento às demandas do PCR

Fiemg apresenta sua primeira contraproposta

O Senge-MG realizou assem-bleias em Belo Horizonte, Mariana,Itabira e Santa Luzia, entre os dias10 e 13 de agosto, com os enge-nheiros da Vale para a definição dapauta de reivindicações dos enge-nheiros e engenheiras da empresa.Limitar as viagens aos dias de tra-balho, com exceção para casos deemergência, transparência no pla-no de ascensão funcional e a ado-ção de uma compensação financei-ra quando a empresa demitir umempregado que esteja a dois anos

de se aposentar estão entre as rei-vindicações.

Além disso, os engenheiros pe-dem a revisão dos critérios de avali-ação de desempenho, a definiçãode critérios justos e transparentespara estímulo da formação continu-ada e carreira em plano de evolu-ção funcional acordado e negocia-do. A pauta específica dos enge-nheiros está sendo encaminhada àVale para ser agregada às demaisdemandas econômicas e sociaisdos trabalhadores da empresa.

Sindicato encaminha pautados engenheiros da Vale

em concurso interno; a incorpora-ção da rubrica do Salário MínimoProfissional no salário base; o adici-onal de periculosidade; e inclusãoda classe funcional Júnior no pro-cesso de Gestão Sucessória.

No dia 12 de agosto, o Sindica-

to organizou uma manifestação naporta da sede da empresa para pro-testar contra a lentidão no atendi-mento das demandas do PCR. Amanifestação contou com amplaadesão dos engenheiros e enge-nheiras que trabalham na empresa.

da para o dia 08 de setembro.Fazem parte da contraproposta

do sindicato patronal o acréscimode 60% para até 20 horas extras pormês, acréscimo de 65% para ashoras extras superiores a 20 horasmensais até o limite de 40 horas eacréscimo de 85% quando as ho-ras extras ultrapassarem 40 horasmensais. Além disso, oferecem acorreção dos valores máximos doabono de férias, a garantia de em-prego ou de salário, a critério dasempresas, para os empregados queestiverem a pelo menos cinco anosna empresa e a um período máxi-mo de 18 meses de aquisição dodireito à aposentadoria integral e acorreção do valor da creche.

A contraproposta da Fiemg tam-bém altera a vigência da Conven-ção Coletiva para 21 meses, con-tando de 1º de outubro de 2009 a30 de junho de 2011, exceto para acláusula Aumento Salarial, Saláriode Ingresso e Desconto Negocial,que devem vigorar por nove meses,a contar de 1º de outubro de 2009 a30 de junho de 2010. Novas roda-das de negociação estão marcadaspara o mês de setembro.

A pauta específica de reivindi-cações dos engenheiros, técnicos

industriais e administradores dosetor metalúrgico foi aprovada naassembleia realizada no dia 23 dejulho e incluída na pauta unificada.Os trabalhadores reivindicam a ga-rantia de emprego ou salário, como compromisso por parte das em-presas de não demitirem sem justacausa durante a vigência da con-venção coletiva, e pedem o cum-primento da lei 4.950-A/66, que es-tipula o piso salarial dos engenhei-ros em 8,5 salários mínimos parauma jornada de 8 horas diárias.

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Salários insustentáveis, que nãocondizem com a realidade de mer-cado, e o fim da progressão verticallevaram os engenheiros e arquite-tos da Prefeitura de Contagem aprocurarem o Sindicato para auxili-ar nas negociações salariais e nacriação de um Plano de Cargos,Carreiras e Vencimentos (PCCV).Em 2006, a administração munici-pal acabou com a progressão verti-cal, que possibilitava aos profissio-nais subirem de nível dentro da Pre-feitura, e nivelou os salários. Hoje, opiso salarial de entrada dos concur-sados é de R$1.602,00, para umajornada de trabalho de 40 horas se-manais, valor que fica muito abaixodo piso salarial dos engenheiros e

Engenheiros lutam pormelhores salários em Contagem

Engenheiros e arquitetos daPrefeitura de Contagem se

mobilizam pela valorização desuas carreiras no município

arquitetos (8,5 salários mínimos),regulamentado pela Lei 4950-A/66.

A entrada oficial do Senge nasnegociações aconteceu no dia 25de agosto, com a realização deassembleia para a aprovação dapauta de reivindicações dos ser-vidores, que pedem o pagamen-to do piso salarial de 8,5 saláriosmínimos para os engenheiros earquitetos. Além disso, os traba-lhadores reivindicam o retorno daprogressão vertical, a participa-ção na elaboração do PCCV, im-plantação do plano de saúde,pagamento de horas-extras e au-xílio-alimentação de forma a co-brir as despesas com refeição,tendo como parâmetro os preços

Em decisão arbitrária, a Copasaanunciou, em agosto, a incorpora-ção de metade da Gratificação deDesempenho Institucional (GDI) aosalário base dos empregados. Paraos engenheiros, que recebem umacomplementação para que a remu-neração chegue ao piso salarial dacategoria, tal incorporação resultouem uma perda de cerca de R$500,00. O Senge-MG, preocupadocom o prejuízo dos engenheiros eengenheiras, já realizou duas as-sembleias (dias 20 e 31/08) paradiscutir o tema e levantar propos-tas para evitar as perdas.

Os trabalhadores reivindicarama criação de uma tabela de cargose salários específica para os enge-nheiros da Copasa, tendo como sa-lário inicial o piso da categoria. Tam-bém ficou acertada a realização deuma manifestação no dia 14 de se-tembro, na porta da empresa. Alémdisso, Senge-MG, Sindágua e Sae-mg vão entrar com denúncia no Mi-nistério Público do Trabalho e Mi-nistério Público Estadual. As entida-des também marcarão uma reuniãocom o presidente do Conselho deAdministração da Copasa, visandoabrir negociação com a empresa.

Incorporação de gratificaçãogera perdas na Copasa

Assembleia debate perdas com incorporação da GDIe reivindica tabela de cargos e salários específica

Sindicato aciona MinistérioPúblico contra Sudecap

A campanha salarial da Sude-cap teve início em abril, quando foirealizada assembleia e aprovada apauta de reivindicações. No entan-to, pouco se avançou neste perío-do. Logo em seguida, todos foramsurpreendidos pelo Decreto 13.614da Prefeitura de Belo Horizonte, queautoriza a supressão de cargos con-siderados desnecessários na Supe-rintendência e a demissão daque-les que os ocuparem.

O Senge-MG está lutando con-tra a implantação desse decretoe, caso seja implementado, quesejam apresentados critérios jus-tos e transparentes para a imple-mentação. Duas audiências demediação já foram realizadas noMinistério Público do Trabalho(MPT). Na última, ocorrida no dia20 de agosto, ficou acertado quea Sudecap enviará ao MPT um es-tudo contendo os gastos da Su-perintendência e a demonstração

clara da necessidade de cortes eonde deverão ocorrer. Uma novaaudiência está marcada para odia 9 de novembro.

Em 31 de agosto, a PBH definiu,por meio da portaria nº15/2009, al-guns critérios para a extinção doscargos públicos considerados des-necessários. Segundo a portaria,deverá ser aberto Processo Admi-nistrativo Disciplinar para apurarquais empregos públicos poderãoser declarados desnecessários,sem que isso acarrete prejuízo àcontinuidade dos serviços presta-dos pela Sudecap. Além disso, aportaria determina que se notifi-quem, entre os ocupantes dos pos-tos de trabalho que forem avaliadoscomo desnecessários, os servidorespúblicos que possuam menoresperspectivas de longevidade nacontinuidade da prestação de ser-viços para a Sudecap, para que semanifestem em quinze dias.

praticados pelos restaurantes daregião. Na ocasião, foi eleita umacomissão para participar do tra-balho das entidades sindicais.

A campanha salarial dos en-genheiros e engenheiras da cons-trução civil e pesada será inicia-da na segunda quinzena de se-tembro. O pontapé inicial serádado com a realização das as-sembleias com os trabalhadoresdos dois setores para definição

Construção civil e pesada definem pleitosda pauta de reivindicações. Comdata-base em 1º de novembro, oSenge-MG busca antecipar asnegociações com os sindicatospatronais (Sinduscon-MG e Sice-pot-MG) para garantir que a Con-venção Coletiva seja fechadadentro da data-base.

Trabalhadores da Urbel aceitamcontraproposta da empresa

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As negociações entre os sindi-catos que representam os servido-res da Urbel e a empresa chega-ram ao fim. Em assembleia realiza-da no dia 25 de agosto, os trabalha-dores aprovaram a contrapropostada empresa, que ofereceu um rea-juste salarial retroativo a 1º de maiode 6,73% e a manutenção das cláu-sulas do Acordo Coletivo anterior. Asdemais cláusulas econômicas, noentanto, não serão reajustadas. Du-rante a assembleia foi proposta umaagenda de duas reuniões, em 2009,para discutir algumas cláusulas so-ciais, como licença-maternidade epaternidade, horário flexível, condi-ções de trabalho, entre outras.

A aprovação da proposta da Ur-

As negociações entre as entida-des sindicais que representam ostrabalhadores e o Sinaenco, sindica-to patronal que representa as em-presas de engenharia consultiva,continuam em andamento. O pro-cesso de negociação está compli-cado este ano. Os trabalhadores járejeitaram três propostas apresenta-das pelo Sinaenco. Na primeira, o re-ajuste oferecido foi de 2%, na segun-da 5% e a última oferta foi de 6% dereajuste salarial retroativo a maio e omesmo percentual de reajuste paraas demais cláusulas econômicas apartir do fechamento da ConvençãoColetiva. Os trabalhadores não acei-tam perder benefícios e considera-ram o reajuste insatisfatório. Assim,levaram ao Sinaenco uma nova con-traproposta, reivindicando 6% de re-ajuste salarial retroativo a maio, mais1% de aumento em novembro e amanutenção das cláusulas da Con-venção anterior. O sindicato patro-nal rejeitou tal proposta.

Foi fechada, no dia 16 de julho, aConvenção Coletiva de Trabalho(CCT) 2009/2010 dos trabalhadoresdas empresas de Construção Civilde Juiz de Fora (MG). O reajuste sa-larial aprovado pelos trabalhadoresfoi de 7%, retroativo a abril de 2009.A pauta de reivindicações, entregueno dia 31 de março, pedia um rea-juste correspondente ao INPC(5,83%) mais 10% de reposição deperdas e 2% de produtividade. Alémdisso, pedia a extensão da licença-maternidade em 60 dias, o paga-mento pela empresa de, pelo me-

O Acordo Coletivo de Trabalho(ACT) 2009/2010 dos empregadosde Furnas foi fechado em agosto. Acontraproposta da empresa foi apro-vada pelos engenheiros e engenhei-ras, em assembleia realizada no dia05 de agosto, em São José da Barra(MG). O Acordo prevê a realização

bel colocou fim a um processo con-turbado de negociações, onde pre-valeceu a postura conservadora daatual administração. A Prefeitura deBelo Horizonte demorou em abrir odiálogo com as entidades sindicaisque representam os trabalhadoresda empresa e as negociações só co-meçaram no dia 08 de julho, com arealização de uma reunião, em quea PBH ofereceu o reajuste de 6,73%apenas para o salário. A propostada Urbel foi inicialmente rejeitadapelos trabalhadores, em assem-bleia no dia 03 de agosto. Na oca-sião, os servidores fizeram uma con-traproposta, pedindo, também, oreajuste das demais cláusulas eco-nômicas.

Funcionários da Urbel aprovam a contrapropostada empresa que garante reajuste de 6,73%

No dia 27 de agosto, foi reali-zada uma reunião na qual o Sina-enco se mostrou disposto a nego-ciar e aceitou o pagamento deacréscimo de 100% nas horas ex-tras a partir da 32ª hora e não apartir da 42ª como haviam propos-to anteriormente. Atualmente oacréscimo de 100% vale a partirda 21ª hora. Quanto à cláusuladécima quarta de complementa-ção de auxílio-previdenciário, osindicato patronal não abremão de ret i rar o parágrafo2°, que trata do adiantamento dopagamento integral do funcioná-rio, de forma que assim que o mes-mo receber do INSS deverá res-sarcir o valor à empresa,mas aceitou manter o restanteda cláusula. Não houve avançona negociação do reajuste salari-al. Uma nova assembleia dos tra-balhadores será realizada no dia8 de setembro, quando será avali-ada esta contraproposta.

Impasse nas negociaçõescom o Sinaenco

nos, parte do valor do plano de saú-de dos profissionais e manutençãodas cláusulas das Convenções Co-letivas anteriores.

Na nova CCT, há uma recomen-dação para que as empresas do se-tor coloquem à disposição de seusempregados, extensivo aos familia-res, planos básicos de assistênciamédico-hospitalar de reconhecidacapacidade e qualidade de atendi-mento, que garanta tratamentoodontológico em caso de acidente.A reivindicação de extensão da licen-ça-maternidade não foi atendida.

Acordo com o Sinduscon/JFgarante reajuste de 7%

Fechado o ACT com Furnas

O Senge-MG solicitou à Conso-minas, empresa do setor de consul-toria, esclarecimentos sobre o nãopagamento do Salário Mínimo Profis-sional, o não fornecimento do ticket-alimentação e sobre o fato de que osprofissionais da categoria não conta-rem com plano de saúde e seguro devida, questões asseguradas pelaConvenção Coletiva que rege as re-lações de trabalho no setor. Este en-caminhamento foi tirado na assem-bleia realizada no dia 27 de julho comos trabalhadores da empresa.

Em resposta ao Sindicato, aempresa alegou que seguia as con-venções acordadas com o Sintappi

Acordo específico pode restaurardireitos na Consominas

e desconhecia as convenções co-letivas firmadas com o Sinaenco eque regem as relações de trabalhono setor. A empresa alegou, ainda,dificuldades financeiras por ter mui-tos contratos com a PBH e com aPrefeitura de Contagem que nãoestariam sendo reajustados.

O Sindicato propôs à empresaum Acordo Coletivo de Trabalhoespecífico estipulando uma escalade pagamento dos reajustes salari-ais pendentes e das diferenças re-lativas ao salário mínimo profissio-nal dos engenheiros, além de ou-tras questões não cumpridas nasconvenções da categoria.

de reuniões quadrimestrais entrerepresentantes da empresa e dasentidades sindicais para o acompa-nhamento do ACT. Os encontrosserão realizados em Campinas (ou-tubro de 2009), Usina de Furnas (ja-neiro de 2010) e Rio de Janeiro (abrilde 2010).

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