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Jornal dos Seguros n.º 655/Ano XIII Edição de 28/04/2014 Página Praça da República, 93-s/301 4050-497 Porto – Portugal Tel.: 351-222003000 / Fax: +351-223322519 www.aprose.pt - aprose@aprose.pt 1976 – 2014 38 ANOS ao serviço da mediação de seguros clipping semanal de notícias sobre seguros www.aprose.pt Entrevista - Teresa Mira Godinho, CEO da Allianz Portugal ''OS ACIDENTES DE TRABALHO SÃO O GRANDE PROBLEMA DOS SEGUROS" Para Teresa Mira Godinho, é a questão mais difícil nos seguros em Portugal porque é linha muito complexa com uma legislação extremamente pesada, que tem tido alterações sucessivas Se tudo correr como indiciam os primeiros meses, o ano de 2014 já será de recuperação nos ramos não vida, onde se incluem os seguros de acidentes de trabalho. É a previsão de Teresa Mira Godinho, CEO da seguradora Allianz Portu- gal, em que o BPI tem 35% tendo, por sua vez, o Grupo Allianz 8% do BPI. Para Teresa Mira Godinho é uma situação muito comum nas seguradoras que estão nos primeiros lugares do ranking. A gestora diz que é uma relação com 20 anos, que é "próxima, benéfica, madura e que se tem vindo a desenvolver". Qual foi o impacto da crise na indústria seguradora em Portugal? De uma forma geral, e tendo em conta que está enquadrada na indústria financeira que foi bastante afectada pela crise, as seguradoras, não só em Portugal mas em termos internacionais, resistiram bastante bem a esta crise. Porque têm um sistema de regulação diferente e são, em termos de provisões, mais controladas e mais conservadoras do que era a banca até esta crise. O que fez com que os níveis de risco fossem diferentes. Em Portugal resistimos e até agora não tivemos, na indústria seguradora, nenhum caso nem se prevê que venha a acontecer como sucedeu na banca. Mas esta crise também nos fez pensar na necessidade de capitalização, de termos maiores níveis de solvência e carteiras de activos mais diversificadas. As crises também servem para pensarmos e ajustarmos a forma de gerir e estar nos mer- cados. Hoje os níveis de solvência das seguradoras são muito superiores aos de há três ou quatro anos, a liquidez passou a ser uma preocupação muito maior. Não só pelas exigências dos reguladores, mas porque tivemos de agir e mudar, e passamos a ter outros factores em consideração na nossa gestão. A regulação em Portugal funciona bem? Funciona e tem uma relação próxima, mas exigente com as seguradoras. A actividade seguradora é urna actividade curiosa porque vende promessas. Prometemos que no dia em que precisar, e espera nunca vir a precisar, nós temos a responsabilidade de estar presentes. Existe uma regulação muito apertada, com um conjunto de relatórios e de avaliações que se têm de se fazer regularmen- te, e somos objecto de auditorias que a entidade de supervisão faz. O que garante, não só em Portugal como em termos internacionais, que existem relações próximas e abertas entre os players do mercado e as entidades de supervisão e que estas entidades acompanham de perto o trabalho das seguradoras, intervêm quando é necessário e chamam à pedra quem necessite de ser chamado. Quais são os principais problemas dos seguros em Portugal? A questão mais difícil que temos hoje em Portugal são os acidentes de trabalho. É uma linha de negócio muito própria e que existe em muito poucos países na Europa. É uma linha muito complexa com uma legislação extremamente pesada, que tem tido alterações sucessivas. Os seguros são a única actividade económica com o ciclo de produção invertido, porque primeiro recebe-se e só depois se produz. Quando se fixa um preço, normalmente anual, faz-se com base numa estimativa porque não se sabe quantos sinistros haverá e qual a sua gravidade. Tudo é feito com base num quadro legal sob o qual se fixa o preço. Se mudam o quadro legal com efeitos retroactivos não há forma de fazer acerto de preço. Nas outras linhas, de uma forma geral, a duração do sinistro e a sua máxima amplitude esgota-se num período limitado de tempo. No caso dos acidentes de trabalho, um sinistro que ocorra hoje poderá ter de ser pago durante quarenta ou cin- quenta anos. Se ao fim de 20 anos mudam a legislação não há forma de fazer o acerto porque se fez o preço com base num determinado enquadramento. Depois também se podia aliviar a burocracia associada a esta área, que é muito pesada. É uma das linhas mais reguladas e tem de ter uma ligação muito grande aos tribunais de trabalho, mas tem ainda uma grande carga administrativa que, dadas as novas tecnologias e o desenvolvimento que houve, se poderia aliviar. Trabalhar uma linha de muito longo prazo num mundo que muda cada vez depressa é um desafio. Ainda se sente o impacto da nova lei? É uma questão complexa. A nova lei veio fazer com que houvesse uma deterioração geral de resultados nesta activida- de. Houve um acréscimo das nossas responsabilidades tanto no presente como algumas do passado, que passaram a ser alteráveis. No ano passado já houve uma reação do mercado que se acentuou com as renovações este ano. Por isso con- seguimos algum reequilíbrio desta linha de negócio. Hoje os números são menos negativos, mas é mais por ajustamento de preço do que pelo aumento da massa segurável, porque esta ainda não se sente a crescer de uma forma significativa. 2014 poderá ser mais positivo para os seguros não vida Quais são as suas perspectivas para o sector em 2014? Para a economia o ano de 2013 já foi de recuperação, mas nos seguros não vida ainda não houve inversão da tendência. Desde que se inicia a recuperação económica e até que exista, de facto, um número líquido maior de empresas e de trabalhadores, demora algum tempo até se sentir na massa segurável. O ano de 2014, a confirmar-se a tendência econó- mica, já será menos negativo, e os primeiros meses indicam isso mesmo. Ainda estamos negativos em alguns casos,

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''OS ACIDENTES DE TRABALHO SÃO O GRANDE PROBLEMA DOS SEGUROS" Para Teresa Mira Godinho, é a questão mais difícil nos seguros em Portugal porque é linha muito complexa com uma legislação extremamente pesada, que tem tido alterações sucessivas Se tudo correr como indiciam os primeiros meses, o ano de 2014 já será de recuperação nos ramos não vida, onde se incluem os seguros de acidentes de trabalho. É a previsão de Teresa Mira Godinho, CEO da seguradora Allianz Portu-gal, em que o BPI tem 35% tendo, por sua vez, o Grupo Allianz 8% do BPI. Para Teresa Mira Godinho é uma situação muito comum nas seguradoras que estão nos primeiros lugares do ranking. A gestora diz que é uma relação com 20 anos, que é "próxima, benéfica, madura e que se tem vindo a desenvolver". Qual foi o impacto da crise na indústria seguradora em Portugal? De uma forma geral, e tendo em conta que está enquadrada na indústria financeira que foi bastante afectada pela crise, as seguradoras, não só em Portugal mas em termos internacionais, resistiram bastante bem a esta crise. Porque têm um sistema de regulação diferente e são, em termos de provisões, mais controladas e mais conservadoras do que era a banca até esta crise. O que fez com que os níveis de risco fossem diferentes. Em Portugal resistimos e até agora não tivemos, na indústria seguradora, nenhum caso nem se prevê que venha a acontecer como sucedeu na banca. Mas esta crise também nos fez pensar na necessidade de capitalização, de termos maiores níveis de solvência e carteiras de activos mais diversificadas. As crises também servem para pensarmos e ajustarmos a forma de gerir e estar nos mer-cados. Hoje os níveis de solvência das seguradoras são muito superiores aos de há três ou quatro anos, a liquidez passou a ser uma preocupação muito maior. Não só pelas exigências dos reguladores, mas porque tivemos de agir e mudar, e passamos a ter outros factores em consideração na nossa gestão. A regulação em Portugal funciona bem? Funciona e tem uma relação próxima, mas exigente com as seguradoras. A actividade seguradora é urna actividade curiosa porque vende promessas. Prometemos que no dia em que precisar, e espera nunca vir a precisar, nós temos a responsabilidade de estar presentes. Existe uma regulação muito apertada, com um conjunto de relatórios e de avaliações que se têm de se fazer regularmen-te, e somos objecto de auditorias que a entidade de supervisão faz. O que garante, não só em Portugal como em termos internacionais, que existem relações próximas e abertas entre os players do mercado e as entidades de supervisão e que estas entidades acompanham de perto o trabalho das seguradoras, intervêm quando é necessário e chamam à pedra quem necessite de ser chamado. Quais são os principais problemas dos seguros em Portugal? A questão mais difícil que temos hoje em Portugal são os acidentes de trabalho. É uma linha de negócio muito própria e que existe em muito poucos países na Europa. É uma linha muito complexa com uma legislação extremamente pesada, que tem tido alterações sucessivas. Os seguros são a única actividade económica com o ciclo de produção invertido, porque primeiro recebe-se e só depois se produz. Quando se fixa um preço, normalmente anual, faz-se com base numa estimativa porque não se sabe quantos sinistros haverá e qual a sua gravidade. Tudo é feito com base num quadro legal sob o qual se fixa o preço. Se mudam o quadro legal com efeitos retroactivos não há forma de fazer acerto de preço. Nas outras linhas, de uma forma geral, a duração do sinistro e a sua máxima amplitude esgota-se num período limitado de tempo. No caso dos acidentes de trabalho, um sinistro que ocorra hoje poderá ter de ser pago durante quarenta ou cin-quenta anos. Se ao fim de 20 anos mudam a legislação não há forma de fazer o acerto porque se fez o preço com base num determinado enquadramento. Depois também se podia aliviar a burocracia associada a esta área, que é muito pesada. É uma das linhas mais reguladas e tem de ter uma ligação muito grande aos tribunais de trabalho, mas tem ainda uma grande carga administrativa que, dadas as novas tecnologias e o desenvolvimento que houve, se poderia aliviar. Trabalhar uma linha de muito longo prazo num mundo que muda cada vez depressa é um desafio. Ainda se sente o impacto da nova lei? É uma questão complexa. A nova lei veio fazer com que houvesse uma deterioração geral de resultados nesta activida-de. Houve um acréscimo das nossas responsabilidades tanto no presente como algumas do passado, que passaram a ser alteráveis. No ano passado já houve uma reação do mercado que se acentuou com as renovações este ano. Por isso con-seguimos algum reequilíbrio desta linha de negócio. Hoje os números são menos negativos, mas é mais por ajustamento de preço do que pelo aumento da massa segurável, porque esta ainda não se sente a crescer de uma forma significativa. 2014 poderá ser mais positivo para os seguros não vida Quais são as suas perspectivas para o sector em 2014? Para a economia o ano de 2013 já foi de recuperação, mas nos seguros não vida ainda não houve inversão da tendência. Desde que se inicia a recuperação económica e até que exista, de facto, um número líquido maior de empresas e de trabalhadores, demora algum tempo até se sentir na massa segurável. O ano de 2014, a confirmar-se a tendência econó-mica, já será menos negativo, e os primeiros meses indicam isso mesmo. Ainda estamos negativos em alguns casos,

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mas menos negativos do que em 2013. Se não houve alterações, tudo indica que já poderá aparecer um resultado positi-vo no final do ano. Ainda não será um ano de crescimento, mas pelo menos estancamos a perda. Temos atravessado a crise com algum conforto. Mantivemos a nosso quadro de colaboradores, não fizemos qualquer despedimento. Conseguimos crescer tanto no ramo vida como no ramo não vida, ao contrário de outros anos. E manti-vemos os nossos níveis de rentabilidade. Trabalhamos com níveis de rentabilidade exigentes e conseguimos mantê-los ao longo da crise e cumprimos os nossos objectivos. Obviamente estes não são iguais numa época de crise ou quando há perspectivas de crescimento. Qual o impacto das tecnologias no negócio segurador? Terá sobretudo influência no back-office com aumentos de eficácia ou terá também junto dos clientes e dos canais de distribuição, por exemplo? Temos aquilo a que se chama as companhias directas que representam 2 ou 3% do mercado. De uma forma geral, todos vendemos através de intermediários quer sejam agentes, corretores ou bancos. A nossa primeira aposta foi dotar os intermediários com essas tecnologias para fornecerem um melhor serviço ao cliente porque são eles a nossa cara junto do cliente. A relação de confiança é com o intermediário não com as diferentes companhias de seguro. Nós não somos uma companhia de seguro directo, assumimo-lo clara e abertamente e de uma forma transparente. Mas os nossos intermediários têm ferramentas tecnológicas digitais e muitos já têm os seus sites de internet Allianz. O clien-te já pode consultar o seu extracto e fazer algumas alterações num ambiente a que chamamos e-cliente, mas sempre num cenário em que o intermediário está presente. Uma companhia pode ser multicanal sem ser directa. Porque uma pessoa pode querer fazer o seguro online e quando tem o sinistro ter o apoio do intermediário, que conhece e com quem se relaciona. Numa companhia directa tudo é feito online e por call-center. O intermediário continua a ser relevante e temos de lhe dar ferramentas para ser multicanal. Como é que se consegue fazer do seguro um produto simples e facilmente compreensível? Nós não podemos deixar de vender um contrato porque temos de obedecer a condições legais e a uma legislação aperta-da e obrigatória e até há casos em que as apólices são uniformes. Não posso mudar o contrato, mas posso tentar explicar de uma forma percetível, fácil e simples o que a pessoa tem direito com aquela apólice. Fez-se uma evolução muito grande e hoje as pessoas têm uma noção maior e mais concreta do que podem obter de um produto de seguro do que tinham há 20 anos. Para isto também contribuiu a profissionalização da rede de mediação, que é mais qualificada e explica melhor às pessoas o que elas estão a comprar. E é isso que temos de fazer, ter documentos, vídeos - usa-se o youtube como manual de instruções! - que não substituem a relação contratual, mas que expliquem o que a pessoa tem direito. Mas há aspectos em que é difícil as expectativas não ficarem frustradas. Mas são só as expectativas das pessoas ou são as seguradoras que não se explicam? Em Portugal os seguros de saúde têm crescido com a crise e prevê-se que continuem a crescer. Temos um Serviço Nacional de Saúde para o qual todos pagam e do qual todos podem usufruir. Mas há quem tenha os seguros de saúde como complemento ou até alternativa ao SNS. Nós, seguradoras, sabemos que maioria da população não tem disponibilidade para pagar o seguro de saúde como alter-nativa ao SNS, pois estaríamos a falar de valores tão elevados que não venderíamos mais do que uma apólice por mês. O seguro de saúde como complemento cobre, no dia-a-dia a consulta, o exame, o médico, mas a apólice tem limites de capitais e exclusões. Mas isto gera uma frustração porque, às vezes, quando a pessoa precisa mais, o seguro não vai funcionar porque, por exemplo, o capital da hospitalização é só de 25 mil ou 50 mil, mas a pessoa tem um problema complicado e precisava de 100 mil ou 200 mil. Jornal de Negócios 21/04/2014

ISP ALERTA PARA RISCOS DE CONTÁGIO ENTRE BANCOS E SEGU-RADORAS Investimento - A exposição das seguradoras aos sete maiores grupos financeiros nacionais é de 10,8 mil milhões de euros. As estreitas relações existentes entre bancos e seguradoras em Portugal, e a consequente exposição das carteiras de investimento aos próprios grupos são um dos actuais riscos do sector segurador. No relatório sobre os riscos do sector segurador e fundos de pensões de 2014, ontem publicado, o Instituto de Seguros de Portugal (ISP) identifica "as fortes relações intragrupo que se verificam entre alguns dos principais operadores do mercado segurador e os maiores bancos nacionais" como um dos riscos actuais que o sector enfrenta. O supervisor recorda que tal resulta "da forma como o sistema financeiro português se encontra estruturado", com vári-os bancos nacionais a deterem seguradoras, mas sublinha o facto de "estas exposições poderem funcionar como canais de contágio, potenciando a propagação dos riscos entre sectores". No final do ano passado, informa o ISP, a exposição directa, em termos contabilísticos, das seguradoras aos sete maio-res grupos financeiros nacionais - BCP, CGD, BES, BPI, Montepio Gerai, Banif e Crédito Agrícola - atingiu os 10,8 mil milhões de euros, valor que representa 22,2% do total de activos afectos. Por exposição directa entenda-se acções, depósitos, dívida privada e derivados. É nos depósitos das instituições de crédito que esta concentração das carteiras de

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investimento das seguradoras em activos do seu próprio grupo se faz sobretudo sentir, acrescenta o relatório, seguida da dívida privada (obrigações). A entidade liderada por José Almaça destaca o caso do grupo MillenniumBCP - Ageas, exposto ao grupo BCP. Segue-se as companhias pertencentes ao grupo Espírito Santo ao próprio BES. No relatório, o ISP admite que muitas vezes "as elevadas exposições intragrupo" resultam "pelo menos em parte" do papel que o sector segurador possui como "fonte de liquidez e de financiamento" do sector bancário, mas a verdade é que "é crucial manter um grau adequado de diversificação da carteira de investimentos quer ao nível de emitentes, quer do sector de actividade". Mais ainda, diz o relatório que há que "evitar estratégias baseadas no aproveitamento de arbitragens regulamentares que prejudiquem a transparência e a condução da supervisão". À exposição das carteiras de investimento no sector bancário nacional, o ISP junta a concentração de seguradoras e fundos de pensões em dívida pública nacional. "As empresas de seguros apresentam uma exposição directa a obrigações do tesouro e a activos dos sete maiores grupos financeiros nacionais em valor acumulado de quase 42% do total de activos representativos", sublinha. Significa isto que o peso da dívida portuguesa é semelhante ao dos bancos nas cartei-ras de investimento, sendo em termos relativos bastante mais relevante na carteira das seguradoras do que nos fundos de pensões. "Desde o eclodir da crise financeira tem-se vindo a assistir a um reforço do investimento em dívida soberana nacional", lembra o documento. Quanto aos restantes riscos enumerados, o contexto macroeconómico continua a ser um dos pontos identificados pelo ISP, que constitui também a principal preocupação das companhias de seguros e sociedades gestoras de fundos de pen-sões inquiridas pelo ISP. Aliás, do primeiro para o segundo semestre a "envolvente macroeconómica" ganhou ainda mais importância. O ISP considera que este continua a ser, juntamente com os riscos de mercado, um dos mais impor-tantes desafios do sector, ainda que reconheça que existem "sinais positivos, embora ténues, de recuperação" nas eco-nomias da zona euro, incluindo Portugal. RISCOS PARA O SECTOR • Conjuntura económica • Condições de acesso ao crédito do País e dos privados • Níveis de concentração em dívida pública nacional e activos do próprio grupo económico • Redução da produção, pressões competitivas e resultados técnicos negativos nos acidentes de trabalho, dentro do ramo Não Vida Diário Económico 08/04/2014 Empresas de excelência para trabalhar em Portugal

AON - ELEVAR OS NÍVEIS DE ENERGIA E MOTIVAÇÃO Este é o terceiro ano em que a Aon é distinguida no «Prémio Excelência no Trabalho», o que «para além de ser motivo de orgulho é também um sinal de que as políticas implementadas nos últimos anos têm sido percecionadas de forma positiva pela equipa», acredita Pedro Penalva, administrador delegado da corretora de seguros. Ressalvando que são vários os aspetos relevantes para o sucesso, enfatiza que «um dos fatores cruciais e transversais a todas as políticas é, sem qualquer dúvida, o esforço para envolver todos os colaboradores, tanto nas decisões da empresa, por exemplo atra-vés da criação de comités e processos de partilha de ideias, como nos resultados do negócio, através de uma cultura de meritocracia transversal a todas as unidades». Pedro Penalva lembra que «o sucesso das políticas e das medidas implementadas não se mede nem pelo custo, nem pelo esforço, e muito menos por uma análise cega ao que a concorrência ou o mercado está a fazer. Cada empresa é única e a Aon tem feito um esforço significativo na auscultação dos seus colaboradores e no alinhamento de eventuais preocupa-ções ou áreas de maior valorização com as estratégias de recursos humanos e de negócio», salienta, destacando que neste processo contam com apoio da Aon Hewitt, que anualmente realiza um estudo detalhado sobre os níveis de 'enga-gement' dos 65 mil colaboradores da empresa espalhados pelo mundo. Como «exemplo claro de que as pessoas estão no centro da organização e da sua importância para o sucesso global do negócio», o administrador delegado chama a atenção para o facto de sido a Aon Hewitt a criadora do termo 'engage-ment', já há algumas décadas. «Damos também particular importância ao reconhecimento por mérito, à celebração dos momentos positivos, à proteção social dos nossos colaboradores e das suas famílias, em áreas como o risco, a saúde e a reforma, e também à partilha de momentos extraprofissionais entre colegas, através por exemplo do Clube de Padel Aon ou de outras atividades desportivas e sociais financiadas e promovidas pela empresa.» Reiterando que «as pessoas são as peças fundamentais que dão corpo à organização», Pedro Penalva faz notar que «os processos são continuamente melhorados e que tudo é feito para assegurar que existem as competências e as práticas adequadas para realizar um trabalho de excelência». No fundo, «O desafio de todos os dias é elevar os níveis de energia e motivação numa área em que são exigidos muitos procedimentos, com algumas situações a acautelar, pois a gestão de riscos e de pessoas é por natureza muito meticulosa», realça. E partilha o lema que traduz o ADN da Aon: «Ou estamos a ajudar os nossos clien-tes, ou estamos a ajudar os nossos colegas a ajudar os nossos clientes.» Estabeleceram até uma parceria com o

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Manchester United, «para reforçar o espírito 'united' e a forma com as equipas se entreajudam para atingir um objetivo comum». Com uma taxa de retenção de clientes superior a 97%, o responsável não tem a mínima dúvida de que as suas pessoas conhecem e estão preparadas para lidar com todos os desafios e complexidades de uma área tão exigente como aquela em que atuam, e isso só é possível com um bom ambiente de trabalho. Na opinião de Pedro Penalva, o atual contexto veio «reforçar ainda mais a importância de as organizações estarem aten-tas e definirem prioridades claras para o seu investimento em todas as áreas relacionadas com pessoas». Ou seja, «é essencial assegurar que os níveis de motivação continuem elevados, e essa tem sido uma das grandes preocupações, reconhecida na distinção do escritório da Aon em Portugal com o nível de 'engagement' mais elevado da região EMEA [Europe, Middle East, Africa]». Human 01/04/2014 António Belo, CEO da Mapfre Portugal

OS DESAFIOS DOS SEGUROS Para António Belo, as seguradoras tal como acontece com o restante sector financeiro, enfrentam "a necessidade de constante adaptação e capacidade de antecipar a mudança que a evolução rápida do mercado exige" Quais são os principais desafios para a indústria Seguradora? As seguradoras estão a viver uma completa transformação do paradigma que tínhamos no nosso negócio. O foco da nossa atuação tem de deixar de estar no produto e passa a estar no cliente. Existe hoje uma necessidade permanente de adaptação a um consumidor que muda constantemente de hábitos, vonta-des, necessidades, humores, etc. No sector dos serviços este cliente relaciona-se com o ato de compra de forma cada vez mais complexa, multifacetada, difícil de prever e de satisfazer. Neste sentido, estamos cada vez mais perante o consumidor híbrido que escapa facilmente a qualquer tentativa de seg-mentação e definição de "targets" como até aqui se fazia. A realidade sociofamiliar está a mudar rapidamente, colocan-do em crise o conceito de família tradicional na base da composição das sociedades modernas. Esta nova realidade do consumo tem implicações talvez ainda maiores na distribuição e no processo de compra de um produto como o de segu-ros. Como é que isso se traduz na abordagem ao cliente? Esta complexidade exige uma focalização e o tratamento quase único de cada cliente através de uma relação e um pro-cesso de fidelização exigente e continuo. Temos de ser capazes de trabalhar as perceções, a qualidade de serviço e a flexibilidade da oferta. Mas isto tem de ser materializado em verdadeiras vantagens para a proposta de valor que entregamos. Por outro lado, pensamos que os modelos de distribuição que temos no mercado segurador também estão a sentir a evolução e o impacto da revolução digital e da dimensão tecnológica atuais. Devemos fazer esse processo em conjunto com os nossos distribuidores e acreditamos que esta nova realidade pode alterar e tornar mais eficientes os processos de abordagem aos clientes, venda e ciclo de vida do cliente, com evidentes vantagens para todos. Um outro importante desafio prende-se com a gestão técnica e de risco que fazemos. As alterações climáticas são evi-dentes e obrigam a reformular o enquadramento técnico não só do seguro direto como do resseguro. Também temos de dar resposta à "compliance" e às normas dos reguladores. Na Europa, estamos em pleno processo de evolução para o Solvência II, em que as exigências de capital e de gestão vão ser diferentes e maiores. Por fim, temos os desafios na área financeira. Em mercados financeiros com taxas de juros baixas, as nossas carteiras de investimentos geram rentabilidades que ficam aquém das necessidades de compensação de menores performances do negócio técnico. Como é que as organizações estão a responder a estes desafios e o que é que tem de fazer para se adaptarem às evoluções constantes? O setor segurador tem respondido sempre bem às solicitações e desafios com que se depara. Neste sentido, podemos até dizer que o faz de forma diferenciadora e com uma consistência muito interessante. Vejamos o caso da recente crise que abalou o setor financeiro a nível mundial. Foi dada uma resposta de resistência e solidez que ajudou a capitalizar e a sedimentar uma imagem de confiança que já temos junto dos clientes e da sociedade em geral. Temos agora que conseguir "reinventar" o negócio com o referido decisivo foco no cliente, procurando uma contínua racionalização, eficiência e simplificação de processos que nos permita continuar a encontrar oportunidades, num con-texto de mercado particular e cada vez mais difícil. Monitorizar cada vez melhor a evolução do mercado, necessidade e expectativas dos clientes é também decisivo. Por outro lado, as exigências de capital, de que também já falamos, obrigam a uma exploração técnica e a uma gestão por parte das seguradoras cada vez mais exigente, que implica permanentes ajustamentos face aos cenários e conjunturas que vamos enfrentando. Jornal de Negócios 09/04/2014

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MAPFRE QUER TRIPLICAR REDE EM 5 ANOS A seguradora espanhola tem em curso um plano de crescimento para duplicar a quota de mercado de 2,5% para 5% A Mapfre tem em curso um plano de crescimento até 2019 que passa por triplicar a sua rede no mercado português. Para o administrador-delegado da Mapfre em Portugal, "este é o momento para oferecer uma manifestação inequívoca não só de confiança no potencial do mercado em Portugal como na competência dos mediadores de seguros". António Belo lembra que a companhia está há quase 30 anos no mercado e quer continuar a crescer de forma orgânica. "Somos a única seguradora internacional que não cresceu por aquisição e vamos continuar a fazê-lo". Desta vez apostando no recrutamento de profissionais liberais que se comprometam com a seguradora em exclusividade e "provando que o sistema funciona". O figurino do plano não é inovador mas tem características diferenciadoras. Com 18 agências pró-prias, a Mapfre tem 40 balcões de agentes exclusivos e vai mais do que triplicar este número até 2019, para as 150. O recrutamento que já está a ser feito visa ter uma presença mais vincada em todo o território português, incluindo as ilhas. Para isso é oferecida ao "franchisado" uma remuneração mais comissões nos primeiros cinco anos, a loja (sem qualquer renda cobrada) e os meios tecnológicos necessários ao negócio. Em troca exige-se exclusividade e vendas. Investimento entre €30 milhões e €40 milhões O investimento deverá potenciar o crescimento do negócio, nomeadamente entre as pequenas e médias empresas e o sector da saúde, diz o administrador-delegado da Mapfre. Para isso, serão investidos nos novos balcões e plataformas tecnológicas a instalar aos mesmos "entre €30 milhões a €40 milhões". Deste pacote faz parte também a verba para o investimento publicitário, até agora "pouco usado pela companhia", diz. O objetivo é também atingir os 500 mil clientes. Hoje a companhia tem cerca de 300 mil e a aposta é reforçar o segmen-to das microempresas (menos de cinco trabalhadores) e pequenas e médias empresas que em Portugal representam uma fatia importante do negócio para as seguradoras. António Belo refere mesmo que este segmento está ainda mal explora-do. A Mapfre pretende não só vender seguros mas também prestar assessoria às pequenas e médias empresas. "No mer-cado espanhol temos uma solução chamada 360 graus que assegura a oferta de um pacote de serviços e produtos feitos à medida", adianta António Belo. Em Espanha, onde a Mapfre é líder de mercado, "esta solução tem funcionado muito bem. Prestamos serviços, fazemos aconselhamento e no final garantimos uma oferta direcionada". Ou seja, um mix entre assessoria empresarial e venda de seguros, o que segundo o administrador-delegado da Mapfre em Portugal não existe. "Não há companhias de seguro a fazê-lo em Portugal e aproveitando as sinergias com Espanha penso que o modelo vai ter sucesso". Entrar na saúde Uma das outras apostas da Mapfre nos próximos cinco anos será feita nos seguros de saúde e previdência. Uma das campanhas publicitárias será já no início de maio. "Com a redução que se tem evidenciado na prestação do Estado Soci-al é previsível que sejam os privados a dar resposta às necessidades dos consumidores", diz António Belo, para explicar a aposta na parceria que fez com a Médis. Para já, refere, a Mapfre não terá uma oferta diferenciadora na saúde mas prepara terreno para, quando o assunto estiver mais maduro, entrar nos seguros de saúde vitalícios. A conjugação dos novos desafios, considera António Belo, só será possível se "houver um posicionamento amigável entre os diversos canais para chegar ao mercado". Por isso é tão importante a aposta no digital, nos brokers, no canal telefone e nos bal-cões de forma integrada. "Temos de estar onde o cliente quiser, numa aposta multicanal e reforçando a rede em todo o território", remata. RESULTADOS • Com presença em 47 países, a seguradora espanhola Mapfre está em Portugal quase há 30 anos e "nunca registou prejuízos", refere António Belo. "Em Portugal, apesar das adversidades que se vão verificando, temos tido sempre a capacidade de resiliência para apresentarmos resultados positivos, diz. Em 2013, a Mapfre teve um lucro de €684,3 milhões. O volume de negócios ascendeu a €147,5 milhões. E, em termos globais (ramos Vida e Não Vida), cresceu 3%. "Temos sido prudentes na hora de selecionar os riscos", o que explica os resultados. • O novo programa de crescimento assente na triplicação da rede através de agentes exclusivos não deixa de fora o reforço das vendas através de outras plataformas, como os 'brokers', mediadores e rede própria Expresso 18/04/2014

ISP DÁ AVAL À COMPRA DA CAIXA SEGUROS PELOS CHINESES DA FOSUN Seguros - O Instituto de Seguros de Portugal revelou a sua "não oposição" à venda de 80% do maior grupo segurador nacional. O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) já deu o seu aval à compra de 80% da Caixa Seguros pelo grupo chinês Fosun. Num comunicado, a entidade liderada por José Almaça anuncia a decisão de não oposição a este negócio depois dos

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requerimentos apresentados, que davam conta da intenção de o grupo chinês Fosun "adquirir, através da LongRun Por-tugal, pelo menos 80% do capital social e dos direitos de voto da Fidelidade - Companhia de Seguros, da Multicare - Seguros de Saúde, e da Cares - Companhia de Seguros, à Caixa Seguros e Saúde". O ISP justifica a aceitação do negócio com "o compromisso dos adquirentes em manter a estabilidade da gestão das empresas de seguros que passarão a controlar e o compromisso de manutenção de um rácio de cobertura da margem de solvência adequado aos vários níveis exigidos ao grupo". Mas nesse processo, o organismo liderado por José Almaça salienta que também consultou as autoridades de supervisão de seguros de Hong Kong e da República Popular da Chi-na, entidades que supervisionam empresas de seguros e de resseguras detidas pelo grupo Fosun. Com o aval do regulador do sector segurador nacional fica assim concluída mais uma das fases previstas no processo de passagem definitiva da maioria do capital da Fidelidade para as mãos dos chineses da Fosun. Depois de o Governo ter escolhido, em Janeiro, a proposta da Fosun International Limited e da privatização do negócio de seguros da Caixa Geral de Depósitos (CGD), formalizada a 7 de Fevereiro último, o ISP dispunha de 90 dias para se pronunciar sobre a operação. É esperado que a privatização seja concretizada de forma definitiva até final deste semestre. Após a concretização da operação, a LongRun Portugal, a Millennium Gain Limited e a Fosun Financial Holdings Limited, devido ao estatuto de sociedades gestoras de participações no sector segurador, passarão a estar sujeitas à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal, ficando obrigadas ao registo dos respectivos órgãos de administração e fiscalização, determina ainda o ISP no seu comunicado. De recordar que com a compra de 80% da Fidelidade, da Multicare e da Cares pelo grupo chinês, o Estado português totalizou um encaixe de mil milhões de euros, num negócio no qual está em causa o controlo de perto de um terço do mercado segurador nacional. Em Fevereiro, o presidente executivo do Grupo Caixa, José de Matos, disse que o dinheiro arrecadado teria como destino a recapitalização do banco estatal. Diário Económico 21/04/2014

INDEMNIZAÇÕES EM PORTUGAL SÃO “MISERÁVEIS” Acidentes. Ser indemnizado é processo moroso e complicado. Muitos aceitam baixas propostas das seguradoras e poucos recorrem a tribunal As vítimas de acidente de viação têm pela frente um processo moroso e complicado para receber a devida indemniza-ção. O recurso aos tribunais custa dinheiro, é lento e pode demorar anos até uma decisão, daí que muitos sinistrados aceitem as propostas, muitas vezes baixas, das seguradoras. Por isso, segundo advogados especializados na área, as vítimas do acidente que a 29 de março resultou em três mortos e dois feridos, todos portugueses, numa estrada espanhola perto da fronteira de Quintanilha, Bragança, podem beneficiar em pedir o julgamento do seu caso em Espanha. As indemnizações são significativamente mais altas e a resolução é mais rápida. Por outro lado, a reclamação por via penal não tem custos, enquanto em Portugal existem as taxas judiciais, a não ser que haja apoio judiciário. "As seguradoras pagam indemnizações miseráveis" em Portugal. Embora estejam obrigadas a fazer uma proposta razo-ável e existam tabelas definidas por lei que propõem as indemnizações em função dos relatórios clínicos, "são sempre muito baixas porque não têm em conta uma série de fatores, como os danos morais, por exemplo", diz ao DN a advoga-da Teresa Peixoto, responsável pelo site Acidente de Viação. Além disso, acrescenta, apesar de ser possível negociar, dificilmente será conseguido sem apoio de um advogado, e a alternativa do tribunal tem custos e é demorada; "Há propostas ridículas das seguradoras, mas sabem que as pessoas não têm conhecimento e condições financeiras para recorrer a tribunal e acabam por aceitar." Nos tribunais não é aplicada a portaria que define os danos e respectiva compensação, por isso as indemnizações cos-tumam ser mais altas, "mas não há muitos casos que vão para tribunal". Na negociação extrajudicial reitera, são mais baixas, "não há comparação com o que acontece em Espanha. Há seguradoras que atuam cá e lá de forma totalmente diferente." "Portugal tem um sistema legal muito clássico, com numerosos ajustamentos que provocam uma lentidão exasperante", diz por sua vez lgnacio González, causídico espanhol especialista em reclamação de indemnizações por acidente. Além disso, "há uma diferença de mentalidade abismal" de ambas as partes, diz. "Há muita desinformação dos cidadãos e poucos advogados especializados e é impressionante como esta situação não evoluiu na última década", diz. Ignacio González afirma que as vítimas do acidente perto de Quintanilha teriam vantagens se fossem indemnizados em Espanha. Em casos similares, as indemnizações atribuídas partem dos 150 mil euros para os familiares das vítimas mortais e podem alcançar valores na ordem de um milhão de euros para os casos que implicam feridos com danos per-manentes muito graves. Em Portugal, dificilmente chegariam a esses valores. "O benefício é principalmente económico. De um modo geral, uma indemnização é avaliada em dinheiro, portanto, deve ser reclamada onde é mais alta", diz, acrescentando que o processo, além de ter resolução mais rápida, não importa custos para o lesado. Diário de Noticias 07/04/2014

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Angola

50% DO MERCADO DE SEGUROS ESTÁ BLINDADO, DIZ A NOSSA SEGUROS A rentabilidade das seguradoras angolanas é preocupante, sobretudo quando se olha para o regime do "call seguro", devido ao facto de o mercado estar blindado, afirma o CEO da Nossa Seguros, Carlos Duarte. Afirma o gestor, citado pelo O País, que "se abrissem o sistema de 'call seguro' para que todos nós pudéssemos competir em função dos serviços que podemos oferecer a história era diferente. Mas também acho que as autoridades estão aten-tas e penso que vão fazer o seu trabalho, é o que nós esperamos". Sobre a rentabilidade do negócio do seguro em Angola, o presidente da Nossa Seguros, após referir que a rentabilidade do setor se mede em termos de capitais próprios, frisou que o ROE caiu de 18% para 12%. "Está mais ou menos em linha com aquilo que são os serviços financeiros. A atividade de rentabilidade dos bancos também caiu substancialmente", adiantando que se colocam novos desafios ao setor, como "o aumento da concorrência ou a entrada de novos players no mercado com a degradação das margens técnicas - porque a sinistralidade está a aumentar e porque as pessoas conhecem mais seguros, são mais informadas sobre os seus direitos, eles vão ser mais exacerbados no recurso com os instrumentos que têm para forçar as seguradoras a assumirem as suas responsabilida-des". Oje 17/04/2014 Legislação - Proposta fala em coberturas de 15 a 50 mil euros

DANÇA QUER UM SEGURO Grupo de trabalho do PS pressiona Governo para proteger os bailarinos O PS retomou um projeto de lei que se arrasta há 20 anos, e há mais de 12 meses que o documento aguarda uma posição do Governo. Em causa está um "seguro suplementar, à semelhança do que têm os desportistas, para todos os bailarinos profissio-nais”, explica ao CM Inês de Medeiros, coordenadora do grupo de trabalho. A deputada socialista diz que "o parecer do Governo é fundamental para a aprovação". O projeto propõe" a obrigatoriedade de celebração de um seguro especial de acidentes pessoais por parte das entidades empregadoras ou organizadoras de eventos culturais" O seguro pretende cobrir riscos de acidentes pessoais inerentes à atividade, como ensaios e deslocações, dentro e fora do País, bem como um capital por invalidez. Quanto a coberturas, a proposta é de 15 mil euros para assistência hospitalar e ambulatória; e 50 mil para invalidez permanente/parcial. "Esta é uma matéria muito importante. Falamos de uma profissão de desgaste rápido e sem apoios. Há bailarinos que vivem em situações precárias, sobretudo os que tiveram de colocar próteses na cabeça do fémur (como eu) e que para-ram de dançar”, conta ao CM Benedito Fonseca, durante 30 anos bailarino da Gulbenkian, onde é coreógrafo. "Muitos bailarinos vivem da ajuda dos pais, ou dos cônjuges”, revela ainda. Filipa Castro, bailarina na Companhia Nacional de Bailado, diz que tem um seguro, mas que este "já não é satisfatório”, porque "as necessidades dos bailarinos estão ao nível das dos atletas de alta competição" e requerem "diagnósticos e tratamentos específicos”. Correio da Manhã 15/04/2014 Carlos Coutinho, administrador da Multicare

«ESTAMOS JUNTO DAS PESSOAS PARA AJUDÁ-LAS NAS COMPONEN-TES DE RISCO» Em entrevista à PAÍS €CONÓMICO, Carlos Coutinho, administrador da Multicare afirma que esta empresa do grupo Fidelidade está junto das pessoas para as ajudar nas componentes de risco. «O problema coloca-se quando surgem patologias mais complicadas, que muitas vezes não encontram a resposta mais adequada e atempada no Serviço Nacional de Saúde, e para as quais as pessoas já não terão capacidade para assegurar nos serviços pri-vados. É neste momento que queremos estar ao lado dos nossos clientes e apoiá-los», sublinha. É verdade que a componente de risco é um dos grandes enfoques da Multicare paro 2014. É esta preocupação que diferencia o Multicare da concorrência? Nos últimos anos tem-se verificado uma tendência para valorizar a componente de consumo do seguro de saúde, isto é, as coberturas de ambulatório e estomatologia, principalmente, porque sabem que as vão utilizar efetivamente. No entan-to, estas coberturas servem para fazer face às situações normais para o dia-a-dia: as consultas de rotina, uma ou outra situação mais aguda Mas de alguma forma, as pessoas até terão, com maior ou menor dificuldade, capacidade para fazer face a estas situações.

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O problema coloca-se quando surgem patologias mais complicadas, que muitas vezes não encontram a resposta mais adequada e atempada no Serviço Nacional de Saúde, e para as quais as pessoas já não terão capacidade para assegurar nos serviços privados. É nestes momentos que queremos estar ao lado dos nossos clientes e apoiá-los até ao fim. Por isso nos preocupamos em lhes oferecer produtos que sejam efetivamente soluções para as suas dificuldades. E foi exa-tamente por isso que aumentámos recentemente os capitais da cobertura de internamento nos nossos planos de saúde. É bom que os clientes reflitam também sobre estas questões e façam as suas opções. A Multicare tem produtos que respondem perfeitamente a estas questões, até para quem tem menor capacidade financeira, como o Plano Activo - com um capital de internamento de 50.000€ e acesso à rede nas coberturas de Ambulatório e Estomatologia - ou o Plano Simplecare Plus - com um capital de Internamento de 75.000€ e um pacote de 8 consultas anuais. A Multicare é o Nº 1, a maior Rede de Saúde privada em Portugal. A conquista deste estatuto representa para a Multicare um acréscimo de responsabilidade e uma maior obrigação de estar atenta à evolução global deste mer-cado? A Multicare assume-se como n.º 1 em Seguros de Saúde, não só por ser a maior rede privada de prestadores de saúde, mas ser líder com a maior cota de mercado (32,7%), com mais de 700.000 clientes. Naturalmente, estes números e o facto de sermos líderes conferem-nos uma responsabilidade acrescida. Responsabilidade para com os nossos clientes, que depositam a sua confiança em nós e não podemos de forma nenhuma defraudá-la, e perante o mercado, acompa-nhando as inovações e tendências. Por isso, temos renovado a nossa oferta com produtos que se adaptam às necessida-des dos clientes e atuais restrições do mercado, aumentámos os capitais dos planos de saúde, para que respondam cabalmente em situações de maior complexidade e que permitam incorporar os custos acrescidos das inovações em medicina. 2013 foi um ano de consolidação e crescimento para a Multicare. Levando em consideração os dados de Agosto de 2013, a Multicare cresceu 6,2% (no número de pessoas seguradas) e 2,7% (no volume de prémios) em relação ao período homólogo de 2012. Com o 1º trimestre de 2014 a fechar, os indicadores de que dispõem fazem prever a consolidação ou até a melhoria desse crescimento paro este ano? Se, por um lado, algumas alterações no sistema nacional de saúde que configuram oportunidades para o negócio dos seguros de saúde, a verdade é que a disponibilidade financeira das famílias, e também das empresas, está muito reduzi-da. É verdade que se nota um grande esforço por parte dos clientes em manter ou contratar seguros de saúde que garan-tam a assistência que temem não poder encontrar no Serviço Nacional de Saúde e outros Subsistemas. Sobretudo 2012 e 2013 foram, de facto, anos bastante positivos. Para 2014, mantemos também uma boa expectativa. Multicare privilegia o rigor A Multicare é a primeira seguradora de Saúde certificada, e pelo terceiro ano consecutivo a auditoria do orga-nismo certificador (Bureau Veritas) decorreu sem identificação de "Não Conformidades". Isto significa que a Multicare privilegia o rigor e que procura ajustar-se cada vez mais as exigências e necessidades dos seus clientes? A Política de Qualidade da Multicare tem como grande máxima a Satisfação do Cliente. É para esse objetivo que toda a equipa da Multicare trabalha diariamente, quer na busca das soluções mais adequadas às necessidades dos clientes, quer na oferta de serviços de excelência, obedecendo a rigorosos níveis de serviço. A Multicare obteve a Certificação de Qualidade em 2011 e desde então tem sido auditada anualmente com grande sucesso. Em janeiro deste ano obtivemos, como referiu a recertificação, mais uma vez sem identificação de não con-formidades. Este resultado só foi possível devido ao envolvimento de todos os colaboradores e interiorização da política de qualidade, orientada para o cliente. Que significado tem hoje em dia a obtenção de um seguro de saúde? Os portugueses já estão hoje mais familiari-zados com este produto? O nível de informação dos clientes ê hoje muito maior do que há uns anos atrás, quando surgiram os seguros de doença. Estão, de facto, muito mais familiarizados com estes produtos. Por outro lado, a evolução do sistema nacional de saúde, nomeadamente, as restrições e debilidades de que sofre atualmente o serviço nacional de saúde, criaram nas pessoas a necessidade de procurar alternativas que lhes garantam maior segurança na assistência clínica, principalmente em situa-ções de maior complexidade. As pessoas reconhecem e valorizam cada vez mais o seguro de saúde. Também por isso as empresas procuram proporcionar aos colaboradores este benefício, ainda mais valorizado numa altura em que os cola-boradores têm menos disponibilidade financeira para aderir a um seguro individualmente. Acreditamos que estes fatores têm contribuído definitivamente para o crescimento do mercado. O que é que distingue a oferta da Multicare? As pessoas mais idosas fazem parte das preocupações da Multica-re? A oferta da Multicare distingue-se por ser muito abrangente, com respostas adequadas a vários tipos de exigências, desde os produtos mais completos com capitais dos mais elevados do mercado, até aos cartões de acesso à rede. Em 2012 lançámos também uma gama de produtos, Simplecare, que se caracteriza por ser constituída por um pacote de oito consultas em que o cliente paga apenas 15€ por cada consulta, no Simplecare Base. O Simplecare Plus inclui adicio-nalmente a cobertura de internamento com um capital de 75.000€. Este produtos têm tido enorme sucesso, pois garan-tem as principais necessidades de assistência por um preço muito acessível. Outros fatores que distinguem a oferta Mul-

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ticare são o acesso à maior rede de prestadores privados de saúde, os maiores descontos por agregado familiar, o acesso a uma Rede de Parcerias que oferece condições vantajosas na aquisição de bens e serviços na área da saúde e bem-estar, a qualidade do serviço prestado, um serviço de apoio ao cliente disponível em horário alargado. Naturalmente, as pes-soas mais idosas são também uma preocupação para nós. Por isso, desde 2009 que disponibilizamos os cartões de aces-so à rede, sem idade limite de adesão nem de permanência. Muito concretamente, o cartão Activcare Vital foi especial-mente desenhado a pensar nos clientes sénior, com uma cobertura de Assistência Domiciliária, para além da cobertura de Ambulatório e Estomatologia. Também em 2013 lançámos um conjunto de soluções "sem idade limite de permanência', para os clientes que estão connosco há mais tempo e aderiram a um plano de saúde Multicare até aos 65 anos de idade. Estas soluções são propos-tas, caso a caso, de acordo com as necessidades do cliente. Alguns dos planos em comercialização preveem já esta con-tinuidade para além dos 70 anos de idade. Medicina Preventiva A prevenção é uma aposta forte da Multicare, até porque acredita que ela é o caminho para uma sociedade mais saudável e para a redução de custos com a medicina curativa. Todos os planos com a marca Multicare incluem a cobertura de medicina preventiva? Todos os planos de saúde atualmente em comercialização incluem a cobertura de Medicina Preventiva. Esta cobertura garante a oferta de um check-up, de 2 em 2 anos, a todas as pessoas seguras da apólice com idade igual ou superior a 16 anos. Garante ainda a oferta de um rastreio auditivo e visual às crianças com 5 e 10 anos, isto é, antes de iniciarem a escolaridade obrigatória e no início do 2° ciclo do ensino básico. Porque as necessidades não são iguais para todos os clientes, no Plano Total, estes check-ups são diferenciados, de acordo com o sexo e idade dos clientes (mais ou menos de 55 anos). A Multicare é uma Seguradora fértil na apresentação de soluções cada vez mais inovadoras. Gostaríamos - par exemplo - que apontasse as razões para uma opção ao cartão Activcare e enumerasse as suas vantagens. A principal característica e vantagem dos cartões Activcare é que permite o acesso à rede de prestadores a preços con-vencionados, e com um preço anual muito acessível. O cliente paga os serviços que efetivamente utiliza, diretamente ao prestador. Estes cartões não têm idade limite de adesão nem de permanência, não tem limite de capital nem de número de utilizações. Permitem igualmente o acesso à Rede de Parcerias, com vantagens adicionais na aquisição de bens e serviços. Enquanto empresa líder de mercado, qual é a resposta da Multicare na área das medicinas alternativas? Como é que está a funcionar a rede de parcerias da Multicare? Como líder de mercado e, sempre na procurar de soluções inovadoras, a Multicare não podia deixar de oferecer uma resposta também nesta área, com cada vez maior procura. Assim, dispões de um Plano de Medicinas Integradas que, para além de um capital de 50.000€ na cobertura de internamento, inclui ainda as coberturas de Terapêuticas Não Con-vencionais, Ambulatório e Estomatologia. Estas coberturas funcionam em regime de acesso à rede. A cobertura de Terapêuticas Não Convencionais está também incluída no Plano Total e pode ser incluída em algumas soluções do Plano Personalizado, que o cliente constrói á medida das suas necessidades. Esta cobertura assenta numa rede específica de Terapêuticas Não Convencionais. A Rede de Parcerias é constituída por um conjunto de prestadores de bens e servi-ços relacionados com a saúde e bem-estar, como serviços óticos, termas, ginásios e health clubs, assistência sénior, cessação tabágica, parafarmácias, etc. Todos os Cliente Multicare têm acesso à Rede de Parcerias, que lhes oferece condições vantajosas na aquisição destes bens e serviços. Quais são os grandes objectivos da Multicare para 2014? Naturalmente, temos sempre como objetivo o crescimento, não só em volume de negócio, mas também em quota de mercado. Queremos também manter a nossa taxa de sinistralidade, o que nos permite o equilíbrio de preços dos nossos produtos. Outro grande objetivo é o apoio à expansão da atividade internacional, nomeadamente, em Angola. A Univer-sal, em Angola, iniciou em 2013 a comercialização de seguros de saúde em que os clientes podem utilizar uma rede de prestadores locais e, simultaneamente, têm acesso à rede de prestadores em Portugal. A Multicare tem apoiado esta atividade através da construção da rede de prestadores, desenvolvimento informático, gestão de sinistros, etc. Há objetivos permanentes e naturais, como o da melhoria continua e melhoria das competências técnicas e comporta-mentais, que contribuem de forma muita direta para o aumento do índice de satisfação dos nossos clientes. País Económico 01/04/2014

SEGURO DA CASA. SAIBA AS COBERTURAS QUE DEVE CONTRATAR As características do imóvel, incluindo o tipo de construção e localização, podem influenciar a avaliação do risco por parte da seguradora e, consequentemente, o preço do seguro a pagar. Já a avaliação dos bens para determi-nar o capital seguro é da responsabilidade do cliente Incêndio, explosão, tempestade, inundação. Estas e muitas outras ocorrências poderão atingir a sua casa, causando danos muito elevados. Contratar um seguro para o seu imóvel com as coberturas essenciais - já que há muitas que

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excluem garantias importantes - é uma das soluções para evitar desagradáveis surpresas. A média dos preços praticados pelas seguradoras ronda os 213 euros segundo contas da Associação de Defesa do Consumidor (Deco) mas é possível poupar mais de cem euros se aderir a determinados protocolos feitos pela entidade. Fazer uma ronda pela oferta existente é essencial para conseguir o melhor preço e a melhor cobertura. O seguro de incêndio é obrigatório por lei para quem vive em condomínio, mas, por mais alguns euros, pode contratar um multirris-cos habitação que apresenta garantias mais alargadas. "Este tipo de pacote além dos danos decorrentes de chamas, cobre inundações, tempestades, roubo e sismos, entre outros", alerta a Deco. Além disso, pode segurar apenas as paredes do imóvel, o seu conteúdo ou ambos. Se é proprietário da habitação onde reside, interessa-lhe contratar a cobertura conjunta de paredes e recheio. No entanto, seja tiver seguro, pode sempre comparar as várias coberturas e preços para ver qual é a melhor solução, Em muitos casos, os seguros contratados nos bancos, associados ao crédito a habitação, fazem parte das condições para baixar o spread e, por isso mesmo, raramente compensa alterá-los. Mas se está na condição de inquilino, a protecção das paredes cabe ao proprietário, pelo que apenas terá de preocupar-se com o conteúdo do imóvel. "Pode ter interesse em contratar uma cobertura para os bens do senhorio para garantir; por exemplo, o pagamento de danos nas louças sanitárias, em móveis da cozinha ou noutros, se arrendar uma casa mobilada", diz, a associação. COBERTURAS Todas as seguradoras dispõem de pacotes de coberturas predefinidos. No entanto, o consumidor pode escolher a solução que mais lhe convém, podendo acrescentar (e pagar) coberturas avulso. Não se esqueça que os pacotes-base variam muito de uma seguradora para a outra. A verdade é que, a par de garantias úteis, como a de incêndio, incluem outras de interesse reduzido. "Muitas cobrem queda de aeronaves, que não tem grande serventia para a maioria dos consumidores. Por outro lado, há riscos importantes que não fazem parte da base, como é o caso dos fenómenos sísmicos", acrescenta a Deco. Todavia, esta cobertura pode ser contratada mediante o pagamento de um prémio adicional - conte com um preço mais alto em Lisboa porque é uma zona de maior risco. AVALIAÇÃO A avaliação dos bens para determinar o capital seguro é da responsabilidade do cliente. Por isso mesmo, a associação lembra que "é importante faze-lo correctamente". A explicação é simples: se indicar um valor inferior ao real, em caso de sinistro, a seguradora paga apenas uma parte dos prejuízos (regra proporcional). Por exemplo, se o recheio da casa vale 50 mil euros, mas, para poupar no prémio, declara apenas 25 mil (50% do valor real), a seguradora só lhe pagara metade dos prejuízos. Mas também não ganha nada em sobreavaliar os bens: em caso de sinistro recebe apenas o valor real. "Grande parte dos consumidores não tem conhecimentos para avaliar os bens, pelo que esta responsabilidade deveria recair sobre a segu-radora", adianta a entidade. Como pode calcular o valor do recheio? O capital seguro do imóvel deve corresponder ao custo de reconstrução, incluindo as partes comuns (telhado, escadas, garagens, etc.), no caso dos prédios constituídos em propriedade horizontal. "Para determiná-lo, lerá de saber a área do imóvel. Estas medidas encontram-se no título constitutivo ou no contrato de compra e venda, que também indica a per-milagem das zonas comuns. Multiplique a área total pelo valor de reconstrução por metro quadrado do seu concelho e acrescente 20% ou 30% ao valor apurado, se fez obras ou tem acabamentos superiores à média". Se na avaliação de bens indicar um valor inferior ao real, a seguradora paga apenas uma parte dos prejuízos Se o recheio da casa vale 50 mil euros, mas para poupar, declara apenas 25 mil, em caso de sinistro, a seguradora só paga metade dos prejuízos. Também não compensa sobrevalorizar porque só recebe o valor real Já para avaliar o recheio deve fazer uma lista de todos os objectos que possui incluindo, louças, roupa e calçado - e verifique quanto lhe custariam agora. Todavia, as peças de arte, as antiguidades, os aparelhos de som e de imagem. As joias e os casacos de pele, entre outros, são considerados objectos especiais, dado o seu elevado custo. "Para ser justa-mente indemnizado em caso de sinistro, estes objectos devem se discriminados e valorizados individualmente na apóli-ce. Caso contrário, a maioria paga-lhe, no máximo, 1500 euros por cada um", refere. A companhia actualiza o valor do seguro anualmente, com base nos índices do Instituto de Seguros de Portugal. Mas o ideal é rever o valor do recheio ao fim de quatro ou cinco anos e, ao mesmo tempo, comunicar as obras realizadas. As companhias calculam o valor multiplicando as suas tarifas pelo valor dos bens. Isso significa que a importância a pagar pode aumentar ou diminuir em função do tipo de habitação, do estado de conservação do edifício e idade. O isolamento do imóvel e o lucro de não estar habitado mais de 60 dias por ano, na maioria das seguradoras, implica um agravamento do prémio. Já a permanência de um porteiro a entrada, nalguns casos, é sinónimo de redução no preço. "A existência de extintores, sistemas de detecção de incêndio, alarmes ou portas blindadas, por norma, traduz-se num desconto na cobertura de recheio", revela a associação, acrescentando ainda que os "mediadores, por vezes, concedem descontos significativos, pelo que podem ser uma boa opção", conclui. SEGURO, VEJA AS VÁRIAS COBERTURAS • Incêndio, raio ou explosão prejuízos causados por incêndio, queda de raio ou explosão e danos ocorridos durante um salvamento

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• Danos por água: danos decorrentes da ruptura e entupimento de canalizações. Pode incluir pesquisa de avarias, mas exclui infiltração de água e humidade • Fenómenos sísmicos: estragos provocados por sismos, vulcões ou maremotos, desde que o edifício não se encontrasse danificado. Em regra, as seguradoras impõem uma franquia mínima de 5% • Aluimento de terras: prejuízos devidos a aluimentos, deslizamentos e derrocadas, excepto se houver defeitos prévios na construção • Demolição e remoção de escombros: despesas com a demolição e remoção de escombros na sequência de um dos sinistros previstos na apólice • Tempestades: estragos provocados por ventos superiores a 100 km/hora. Exclui danos em persianas, marquises, veda-ções ou portões, excepto se o edifício ficar destruído • Furto ou roubo: furto ou roubo de elementos do imóvel ou do seu conteúdo. Pode incluir dinheiro, até certo limite (no máximo, 125 mil euros) • Inundações: danos provocados por chuvas fortes, rebentamento de diques e barragens e transbordamento de rios. Para a cobertura ser activada, a chuva tem de atingir 10 milímetros em 10 minutos • Privação temporária da habitação: transporte dos objectos não destruídos por um acidente coberto pelo seguro e alo-jamento do segurado e família em hotel ou casa arrendada • Responsabilidade civil: danos involuntariamente causados a terceiros, excluindo os sofridos pelo segurado e família I 07/04/2014

AÇOREANA SEGUROS APOSTA NA PREVENÇÃO PARA REDUZIR RIS-COS Açoreana Seguros está a desenvolver uma formação a empresas de topo nacional relativamente à gestão de riscos O ditado diz que "prevenir é o melhor remédio". A ideia transmitida pela sabedoria popular está a ser implementada pela Açoreana Seguros, que está a promover durante esta semana o I Campus Açoreana com o objetivo de dar formação em gestão de risco a representantes de 18 empresas de grande dimensão na economia nacional e regional. Carlos Bettencourt, diretor-geral da Açoreana Seguros para os Açores refere ser fundamental a aposta na gestão do risco, porque é uma forma de reduzir a possibilidade de acontecer acidentes nos colaboradores das empresas e, conse-quentemente, diminuir a necessidade de direcionar recursos financeiros para tratamentos ou indemnizações. Para premiar as empresas que apostam na gestão de riscos a Açoreana Seguros lançou os Prémios Açoreana Risk Management. O prémio pretende reconhecer e premiar as empresas e respetivos gestores que promovam uma Gestão de Risco adequada à atividade que desenvolvem, apostando na minimização de danos. A ação de formação nos Açores, desenvolvida pela Açoreana Seguros, é pioneira a nível nacional e conta com a parceria do Instituto de Segurança e Qualidade, que funciona como uma entidade externa e certificadora. ''É uma ação pioneira a nível nacional. As empresas envolvidas nunca fizeram uma ação desta natureza e estamos muito satisfeitos porque todos ganhamos com estas iniciativas. Para as empresas esta é uma oportunidade de partilharem expe-riências e conhecerem novas técnicas na gestão do risco", salientou o diretor geral da Açoreana Seguros para os Açores. A formação contemplou uma visita à Central Termoelétrica do Caldeirão e à Central Geotérmica do Pico Vermelho, onde conhecerem as técnicas de segurança utilizadas pela EDA. "Fui uma experiência única a visita à Central Geotér-mica, porque não existe outra estrutura como aquela a nível nacional. Foi uma oportunidade para conhecerem as medi-das de prevenção em vigor para se minimizar os riscos', frisou Carlos Bettencourt. Na opinião do diretor geral da Açoreana Seguros as empresas apostam na gestão de risco "como um investimento para o futuro”, acrescentando que garante a segurança das pessoas, das empresas e da economia. Os representantes das empresas vão hoje conhecer o Centro de Formação da SATA, em Santa Maria, podendo assistir às técnicas de emergência e segurança a bordo e a um exercício de sobrevivência na água. A comitiva vai ainda assistir a urna palestra sobre Gestão de Risco. Açoriano Oriental 05/04/2014

CESCE VAI DISPONIBILIZAR FUNDO DE INVESTIMENTO PARA EMPRESAS A Cesce, uma das operadoras de seguros de crédito a atuar no mercado nacional vai disponibilizar aos seus cli-entes em Portugal acesso ao novo fundo de investimento criado pelo grupo em Espanha, para contornar as difi-culdades de financiamento tradicional com que se deparam algumas empresas, revelou Nuno Francisco, diretor geral da companhia. Com o novo Fundo de Apoio a Empresas, que irá arrancar este ano, a seguradora espera, sobretudo, aumentar o nível de fidelização dos atuais clientes. A Cesce Portugal registou uma subida da carteira de prémios em 2013, de 7.4%. Qual foi, de facto, o valor atin-gido?

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Em 2013, atingimos, pela primeira vez, o valor de dez milhões de euros em prémios. É a primeira vez, na história da empresa em Portugal, que o atingimos, e logo no ano em que fazíamos dez anos de atividade. Este crescimento ocorre em cima do crescimento já registado em 2012 - aí tivemos um crescimento maior, mas esse foi influenciado por um ajustamento dos preços no mercado, porque no ano anterior houve uma grande sinistralidade e revede se corrigir os preços. Em 2013, o crescimento foi acima do mercado, que praticamente não cresceu. Isso permitiu-nos crescer também em quota de mercado. Não é, de todo, a nossa estratégia estar a competir por quota de mercado, mas, mesmo assim, nos últimos três anos, ganhámos cerca de 10 pontos de quota de mercado ao segundo classificado. Nós somos o terceiro maior operador do setor, em termos de quota de mercado. Qual é a vossa quota de mercado atualmente? A nossa quota de mercado está perto dos 15%, hoje em dia. Gostaríamos de crescer um pouco mais, até próximo dos 20% de quota - que é, de alguma forma, a nossa expectativa noutros países onde também não somos líderes. Foi um ano positivo, quer em termos de crescimento de prémios, como também em termos de resultados. Era importan-te para nós, e conseguimos, em 2013, ter uma boa rentabilidade e uma carreira sustentada de clientes. Tivemos resulta-dos positivos, bastante significativos, a rondar o milhão de euros e isso é importante não só localmente, mas também em termos do grupo, pois Portugal é mais uma operação a somar resultados. Mas tinham tido prejuízos no ano anterior? Vínhamos de um ano com resultados negativos, sim. A sinistralidade em 2012 tinha sido muito elevada e não foi possí-vel efetuar durante o ano um ajuste pelo lado das receitas, por isso, tínhamos tido um ano com perdas. Além disso, é também importante destacar que a Cesce internamente passou por um período de algumas alterações estruturais, que visavam preparar a empresa e preparar a área comercial para a introdução de novos produtos. Isso já nos permitiu incrementar os resultados e claramente, vai-nos permitir no futuro, ter uma operação rentável, equilibrada e saudável, e para tal foi necessário fazer também um trabalho de base, que foi aquele que fizemos em 2013. Desta forma estaremos preparados para manter uma operação equilibrada a médio-longo prazo em Portugal Soluções à medida das necessidades dos clientes Que novas soluções de seguros apresentaram ao mercado? Durante o ano de 2013, já fizemos algumas alterações ao nível das soluções a oferecer aos nossos clientes, nomeada-mente com a redução do prazo de indemnização, ou seja, se um dos nossos clientes apresentar uma situação de não pagamento por parte de um dos seus devedores, a Cesce efetua-lhe o pagamento de uma parte dessas vendas no prazo de 60 dias, quando em Portugal o prazo utilizado pelos nossos concorrentes é três vezes superior - 180 dias. Esta altera-ção introduzida pela Cesce é de grande importância tendo em conta que perante uma situação deste género que pode ter um impacto duro na tesouraria de qualquer empresa, receber a indemnização num espaço curto de tempo é altamente vantajoso. Num momento em que existe uma escassez de crédito no mercado, as empresas quando têm um problema querem receber no dia a seguir e esperar seis meses pode representar um problema de tesouraria. Ao reduzir de imediato estes prazos, beneficiamos as empresas. E poderão, por outro lado, aumentar a carteira de coberturas? E podem aumentar a carreira de coberturas. Isto é para os novos contratos? Aplicámos esta alteração (redução do prazo de indemnização) a todos os clientes da Cesce e é algo que está a ser bem recebida pelos clientes, até porque não tem qualquer acréscimo de preço. É possível efetuar esta inovação, porque a situação do grupo Cesce é actualmente muito saudável. A empresa tem vindo a fazer um grande esforço de diversificação de produtos e serviços para chegar a mais clientes Entre os novos produtos e serviços que lançaram recentemente, está também a possibilidade de monitorização da sua carteira de clientes… Sim, lançámos há muito pouco tempo uma solução única no mercado, o "Risk Management" e que funciona dentro da nossa solução global que designamos de "Cesce Master Ouro". Este serviço em concreto, que temos disponível para os nossos clientes desde final de 2013, será claramente um dos nossos principais focos comerciais em 2014 e é uma solu-ção em que disponibilizamos às empresas todo o nosso sistema de análise de risco e de tratamento de informação, per-mitindo aos nossos clientes ter em sua casa, através de um acesso online, uma informação profissional e atualizada diariamente sobre o risco de toda a sua carreira de clientes. Diria que no fundo, permite ter uma espécie de monitoriza-ção do risco de crédito sem ter um seguro de crédito. Por outro lado, os clientes podem complementar este serviço de vigilância dos seus devedores com coberturas à medida – solução "Pay per Cover", o que contraria o princípio da globa-lidade que vigora neste setor. Nos seguros de crédito, existiu sempre o princípio da globalidade da carteira - as empresas têm de nos ceder todos os seus clientes para fazermos a cobertura de todas as vendas a crédito. Mas o que temos verifi-cado é que isto já não responde às necessidades da maior parte das empresas, que prefere cobrir só as vendas para uma franja de clientes, onde pensam que terão maior risco. Até lançarmos o "Pay per Cover" nenhuma seguradora disponibi-lizava esta solução, o que fazia com que muitos clientes desistissem de seguros. No fundo, é vender informação…

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É oferecer todo o nosso know-how para que as empresas efetuem uma melhor gestão dos seus riscos comerciais, caben-do depois à empresa a decisão de quando e de que devedores pretende transferir o risco para a Cesce. Com este investimento em soluções inovadoras queremos sair das soluções tradicionais das seguradoras de crédito e alargar o nosso campo de atuação. Se há uma empresa que tem uma necessidade que não passa por uma cobertura, que-remos ter uma solução para essa empresa e damos-lhe só a monitorização dos riscos. Se há uma empresa que sente necessidade de ter uma cobertura pontual, nós temos uma solução para isso. Se, por outro lado, há uma empresa que quer uma cobertura total do mercado de exportação, nós temos também uma solução para esse caso. Trata-se de ter um portfólio alargado de soluções, uma vez que o mercado de seguros de crédito em Portugal é muito reduzido - mercado de 2.300 utilizadores e que vale cerca de 66 milhões de euros de prémios - e queremos alargar este mercado. Queremos chegar, com estas soluções, a empresas que nunca utilizaram seguros de crédito. No fundo, é adotar um papel de consul-tor e não tanto de seguradora, queremos ajudar as empresas a analisar os riscos dos seus clientes a quem vende a crédito e com isso ajudar a tomar as melhores decisões. Mas isso aumenta muito o prémio a pagar? A questão central nestas soluções não é o preço a pagar, mas sim, o valor que estas soluções têm para uma empresa que necessita de tornar decisões sobre se vende a crédito ou não, se inicia uma atividade exportadora para um novo mercado ou não. O custo destas soluções é sempre indexado ao nível de risco a assumir, mas é claramente vantajoso para as empresas face às soluções tradicionais, onde o que pagam em prémios não corresponde ao risco assumido e logo acon-tece que ao primeiro problema percebem que o seguro de crédito tradicional não serve as suas necessidades. E como está a situação dos seguros de crédito, o marcado ainda é muito limitado, como dizia? É, de facto, um mercado muito reduzido. Creio que existe, historicamente, um problema cultural dos nossos empresári-os em relação ao seguro de crédito, e mesmo em relação aos seguros em geral, que são mais vistos numa óptica do custo e não do benefício futuro. É verdade que entretanto e depois do elevado número de insolvências dos últimos dois anos, a sinistralidade tem vindo a baixar e com isso também a perceção de que o risco de crédito está a melhorar o que não é efetivamente verdade. A vossa carteira ainda está muito concentrada no mercado interno? Ainda é maioritariamente no mercado interno, embora a tendência seja, como noutros países, de aumentar o mercado externo - continuamos a ter uma presença forte nos países para onde tradicionalmente exportamos: França, Espanha, Alemanha. Nota-se que o crescimento para estes países é menor do que para regiões como a América do Sul, Europa de Leste, Angola, Moçambique, China, mas o mercado interno continua a ser maioritário no nosso grau de coberturas. E o mercado espanhol, como está a reagir? O mercado espanhol está, também, tal como Portugal, num patamar bastante baixo em termos de sinistralidade global. Espanha tem um mercado de seguros de crédito muito mais maduro e maior do que Portugal, mas o que vem aconte-cendo é também uma contração do mercado interno, sem esquecer que houve processos de insolvência de empresas espanholas de renome internacional, como a Pescanova ou a Fagor, que, de alguma forma, afetam a confiança de muitas empresas e fornecedores. Mas como está a situação da indústria em Espanha? E do comércio e serviços? O comércio e serviços estão pior, como referi pela contração do mercado interno, mas a área industrial está a melhorar, nota-se uma retorna das grandes indústrias, nomeadamente as que estão mais ligadas ao setor automóvel... Empresa avança para concessão de crédito às PME Uma vez que o vosso setor funciona como um barómetro do estado da economia, como perspetivam a evolução da economia portuguesa para, por exemplo, o próximo semestre? Existem muitas variáveis que não conseguimos dominar, mas creio que é notório que há uma tendência positiva e sinais de crescimento e de melhoria da situação económico-financeira do país, mas, naturalmente, que vai demorar algum tempo até passarmos dos sinais positivos para a economia real. Do nosso ponto de vista, preocupa-nos ainda o fraco acesso ao crédito por parte das PME, nota-se que as grandes empresas já acedem a linhas de financiamento dos bancos e a custos mais razoáveis do que antes, mas as PME - que são a maioria do nosso tecido empresarial - ainda não têm este acesso e constatamos isso nas muitas reuniões que temos com clientes e potenciais clientes. Esta limitação no acesso ao crédito também vai limitar as estratégias de expansão e internacionalização das empresas e sobre este assunto, a Cesce tem vindo a tentar uma aproximação às soluções de financiamento para os nossos clientes - nomeadamente em Espanha -, complementando, assim, a oferta entre seguros e a atividade bancária, pois estamos cer-tos que seria importante criar soluções que facilitassem o acesso dos nossos clientes ao financiamento. Isso vai funcionar também em Portugal? Começamos em Espanha e é nossa intenção replicar este sistema também para Portugal a curto prazo. É mais uma amostra do grau de inovação actual do Grupo Cesce e que claramente nos distingue dos nossos concorrentes, queremos que a Cesce seja reconhecida como um parceiro das empresas para acederem ao crédito junto dos bancos - se eu tiver um cliente que acede facilmente ao crédito pode também desenvolver o seu negócio, vender mais e contratar outras soluções. Neste âmbito, fizemos alguns acordos com bancos em Espanha, e através da emissão de certificados de segu-

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ro, os bancos são constituídos beneficiários e podem abrir linhas de crédito de curto prazo aos nossos clientes. Em para-lelo, avançamos também para uma outra solução em termos de financiamento, que foi a criação de um fundo de inves-timento, o Fundo de Apoio a Empresas, através do qual os clientes da Cesce têm acesso direto a linhas de financiamento num sistema muito flexível e rápido (transferência dos fundos em seis dias) através da cessão dos créditos ao referido fundo. É um sistema muito semelhante ao factoring, com uma dotação de capital bastante interessante, e ao qual vão poder aceder também as empresas portuguesas, faltando apenas acertar alguns aspetos operacionais, mas temos a expec-tativa de que durante este ano seja possível implementar este instrumento também em Portugal, até porque as taxas de juro praticadas atualmente pelo fundo parece-me muito competitivas para a maioria das PME (4,75%). Desta forma, poderemos chegar a um conjunto mais alargado de potenciais clientes que estão fora do âmbito do seguro de crédito tradicional. Actualidade 01/04/2014 Empresas de excelência para trabalhar em Portugal

ZURICH - CULTURA DE PROXIMIDADE Distinções/ «Prémio Excelência no Trabalho», Heidrick & Struggles/ «Económico» / ISCTE Business School: 9º lugar na categoria de grandes empresas e vencedora do prémio sectorial A estratégia da Zurich assenta em três pilares, que se traduzem no «quem somos», «o que fazemos» e ''como o faze-mos», e António Bico, 'chief executive officer' (CEO) da seguradora em Portugal, acredita que os colaboradores sabem de que forma as suas ações diárias contribuem para o cumprimento dessa estratégia e desses objetivos. «À medida que a organização vai crescendo, e adaptando-se às necessidades do mercado e do negócio, temos de encontrar ferramentas e momentos para garantir que não perdermos o nosso foco e o envolvimento com as pessoas. São elas que marcam a diferença e é com elas que se caminha e se estabelecem melas. Promovemos por isso uma cultura de proximidade e fortemente relacional», faz notar. Relativamente a iniciativas con-cretas, e considerando «a elevada taxa de participação e envolvimento», o CEO destaca o «Global Employee Engage-ment Survey», através do qual os colaboradores têm a possibilidade de dar a sua opinião sobre as políticas da empresa e, em conjunto com as equipas de liderança, participar na construção do futuro da Zurich. Refere ainda as práticas de formação locais e internacionais, que «continuam a ser uma das prioridades estratégicas da empresa e que recolhem, cada vez mais, retorno bastante positivo por parte de todos os colaboradores; e cada colaborador tem ainda um plano de desenvolvimento individual, que é revisto anualmente em função da avaliação de desempenho e de competências efetu-ada entre si e a chefia», explica. «Existem também outros projetos, que surgem da iniciativa dos próprios colaboradores e cujo sucesso advém da sua motivação, como o clube de voluntariado 'Missão Azul' ou o laboratório interno de ideias, denominado LabZ.» São também fomentados projetos de criação de novas ideias e de acolhimento e acompanhamento de novos colaborado-res. «Naturalmente, o acesso a um diversificado conjunto de compensações e benefícios é bastante valorizado pelos nossos colaboradores, mas também a área de formação e desenvolvimento local e global teve uma clara evolução desde 2008, ano em que foi criado e implementado o conceito 'Zurich Academy'», acrescenta António Bico. Mais... «Traba-lhamos como uma companhia global, beneficiando das vantagens de pertencermos a um grupo internacional presente em mais de 170 países, como por exemplo a mobilidade internacional dos recursos humanos. Os contributos da organi-zação, na sua diversidade de experiências e culturas, tem-nos apoiado na definição das melhores práticas e a adaptá-las ao nosso ambiente e à nossa cultura», reconhece, realçando o orgulho de Portugal ser um dos principais países a contri-buir para a geração de boas práticas. O CEO está convicto de que «O reconhecimento, a delegação de responsabilidades, os desafios que são lançados, as relações interpessoais e a capacidade de escutar são fatores fundamentais para as organizações reterem o talento, a par das condições de trabalho, do espírito colaborativo e da possibilidade de progressão». Admitindo que as recompensas monetárias são fundamentais, António Bico defende que «é pela missão, pela forma como honram os seus compromis-sos e como envolvem os colaboradores» que as empresas se distinguem. Human 01/04/2014

SEGURO DE COLHEITAS FICA MAIS UNIVERSAL, DIZ O MINISTÉRIO A portaria n.º 65/2014 de 12 de março traduziu para o papel as informações que vinham sendo avançadas relativamente à reforma do Sistema Integrado de Proteção Contra as Aleatoriedades Climáticas. Já chegou tarde, dirão os agricultores, conforme noticiámos na última edição da Voz do Campo, onde manifestavam descontentamento por o ano agrícola estar a avançar e não haver dados concretos sobre a forma como poderiam segurar as culturas. De acordo com a informação avançada pelo Ministério da Agricultura e do Mar, publicada no site do IFAP, com o novo regime pretende-se que o seguro de colheitas chegue a todas as produções existentes no território continental, assegu-rando-se, simultaneamente, a sua sustentabilidade financeira. Assim, serão disponibilizados dois tipos de produtos: um seguro horizontal que abrange todas as culturas no território continental, e seguros especiais dirigidos especificamente a

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determinadas produções e regiões. Em 2014 vigoram seguros especiais dirigidos às Pomoídeas no Interior Norte e à cultura do Tomate para Indústria. Este regime vai vigorar para os contratos de seguro celebrados a partir de 1/1/2014. De referir ainda que, em Comunicado o Gabinete do Secretário de Estado da Agricultura fez ainda saber que este novo Sistema de Seguros de Colheitas é mais universal pois será conjugado com o PDR, isto é, os agricultores que façam seguros terão prioridade e majorações nos apoios às medidas do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020. Para 2015 está prevista a criação de mais apólices específicas e de uma maior universalidade. Voz do Campo 01/04/2014 Carlos Matos morreu ao ajudar colega a transportar vigas na estrada, em Celeirós. Seguradora obrigada a pagar só 10 500€

FAMÍLIA, DE OPERÁRIO ESMAGADO RECLAMA 320 MIL EUROS Há cinco anos que a família de Carlos Matos exige, no tribunal, ser indemnizada pela sua morte, foi esmagado por uma viga, quando estava a trabalhar numa serralharia. Reclama 320 mil euros. Carlos Barbosa Matos, de 33 anos, morreu, em agosto de 2009, esmagado por uma viga que se soltou de uma empilha-dora, em plena estrada, quando estava a trabalhar na Serralharia Cunha, na freguesia de Celeirós, em Braga. A família pede, agora, uma indemnização de 320 mil euros à companhia de seguros. Acidente de trabalho ou acidente rodoviário? Esta é questão em discussão, no Tribunal Cível de Braga, sobre o sinistro que vitimou um trabalhador da serralharia de Celeirós na manhã de 5 de agosto de 2009. Carlos Matos estava a ajudar o condutor de uma empilhadora da firma a transportar três vigas metálicas, a maior com 14 metros de comprimento, do estaleiro para a fábrica, de um lado para o outro da estrada. As vigas ocupavam quase toda a via, pelo que um veículo acabou por embater contra elas, tendo-as soltado. Uma das vigas atingiu-o numa perna, derrubando-o, enquanto outra lhe caiu em cima, esmagando-lhe o crânio. Deixa mulher e um filho O caso foi julgado no Tribunal de Trabalho, que obrigou a companhia de seguros a pagar sete mil euros à mulher e 3500 ao filho - "uma ninharia", na opinião do advogado da família, João Luís Meneses. O inquérito-crime que se seguiu foi arquivado pelo Ministério Público. A família não se conformou com a verba recebida a título de indemnização por acidente de trabalho e recorreu ao Tri-bunal Cível. Na ação, a viúva defende que se tratou, também, de um acidente de viação, já que o empilhador estava na via pública e o Código de Estrada determina a proibição do transporte de objetos com tamanho superior ao do veículo, como suce-deu. Acrescenta que as vigas se soltaram porque um carro bateu na empilhadora na estrada. Ou seja, sustenta, foi "aci-dente de viação" com direito a indemnização por perda de vida, dano à viúva e ao filho e dano não patrimonial, pelo sofrimento causado ao morto. O advogado da companhia de seguros Allianz, Moniz da Cunha, argumentou no julgamento que se trata de um caso de acidente de trabalho, já julgado no respetivo Tribunal. Diz ainda que a vítima teve, também, culpa, já que estava a aju-dar o condutor do empilhador a entrar com as vigas na fábrica. O tribunal vai agora decidir de que tipo de acidente se tratou. Jornal de Notícias 20/04/2014

FITCH DÁ MELHOR NOTA A SEGUROS DO BCP “RATING” - A agência financeira Fitch reviu em alta a perspetiva do grupo segurador Millennium bcp-Ageas (joint-venture entre o Millennium BCP e a gigante seguradora Ageas), de negativa para positiva. No entanto, manteve o rating de BBB-, ou seja, um nível acima de ser considerado lixo. Diário de Noticias 17/04/2014

AÇOREANA LANÇA SAMS + SAÚDE A Açoreana Seguros lançou o seguro SAMS + Saúde, que resulta do primeiro protocolo estabelecido entre o subsistema privado SAMS e uma seguradora. Com seis possibilidades de subscrição - quatro planos de saúde e duas modalidades de cartão SAMS + Saúde - este seguro de saúde garante, de acordo com a seguradora do BANIF, benefícios no acesso aos serviços da rede SAMS "a custos controlados e com ampla cobertura, com assistência em Portugal e no estrangei-ro". Vida Económica 17/04/2014

ALLIANZ PORTUGAL VOLTA A APOIAR UNICEF A Allianz Portugal e o Comité Português para a Unicef voltaram a unir esforços no apoio às crianças com dificuldades de acesso à educação, num gesto de compromisso conjunto no combate à exclusão escolar e social. A seguradora não

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revela o valor anual, mas adianta que, desde 1990, ano em que se iniciou a parceria, já doou cerca de um milhão de euros. Vida Económica 17/04/2014

INSOLVÊNCIAS ATINGEM MÁXIMOS DE SETE ANOS Os processos de insolvência atingiram 4882, nos três primeiros meses, mais 0,5% do que em período homólogo do ano passado, de acordo com a seguradora Crédito y Caución. Apesar de ser alcançado um novo máximo, a boa notícia é que se começa a notar uma tendência de estabilização. A empresa espanhola acredita que ainda está para se fazer notar o impacto da melhoria da economia na contenção dos processos de insolvência. O contexto está bastante melhor do que há um ano atrás. Ainda assim, não deixa de levantar preocupações o nível de incumprimento e de falências por parte das empresas. O setor dos serviços representou 48% dos processos, no primeiro trimestre, seguindo-se a construção (com 13%), com a Crédito y Caución a chamar a atenção para a necessidade de proteção das transações comerciais entre as empresas. Vida Económica 17/04/2014

LUSITANIA SEGUROS COM NOVA LOJA NA AMORA A Lusitania, seguradora do grupo Montepio, inaugurou, na terça-feira (dia 15) mais uma loja, desta vez na Amora (Sei-xal). A nova loja Lusitania - Agente Honoris Mediação Seguros - está a cargo da mediadora Clara Santos. "Esta nova abertura reflete a aposta que a Lusitania Seguros tem vindo a fazer no sentido de assegurar a sua presença, imagem e qualidade de prestação de serviços, com cariz de abrangência nacional", disse o diretor de canal agentes sul, Rafael Jorge. Vida Económica 17/04/2014

IDEALMED VISITA DE SEGURADORA ALEMÃ PARCERIA - Volker Roettsches, director do Departamento de Estratégia e Contratualização Hospitalar na DAK-Gesundheit visitou a Idealmed que, em Maio, fará parte da rede da DAK-Gesundheit Com mais de 6,2 milhões de membros, a DAK-Gesundheit é a terceira maior empresa de seguros de saúde da Alemanha. Possui cerca de 12.000 funcionários, oferece os mesmos serviços em 800 escritórios e disponibiliza serviços médicos nas melhores unidades de saúde europeias. «A DAK-Gesundheit decidiu celebrar acordos com prestadores de serviços seleccionados em áreas turísticas, para garantir que os nossos membros recebam assistência rápida e eficaz quando passam por uma situação de emergência médica durante as férias. A nossa primazia vai para os principais destinos de férias dos alemães, como Por-tugal e Espanha, entre outros» afirmou Volker Roettsches. O acordo permitirá tratamentos de pacientes alemães, em Portugal, numa unidade de referência como é o caso da Ide-almed. Na visita, Volker Roettsches comprovou a qualidade das instalações e recursos humanos da Idealmed. Diário de Coimbra 16/04/2014

AÇOREANA SEGUROS AGILIZA NEGÓCIO Com o objectivo de melhorar o nível de serviço que presta aos clientes e de reforçar a ligação dos seus já quase 5000 agentes espalhados por todo o país, a Açoreana Seguros adoptou a Plataforma de Cotação de Risco (PCR), que será transversal a todos os seus processos de negócio. Esta nova solução vai permitir às áreas comerciais e aos agentes da seguradora submeterem pedidos de cotação, tendo em conta os riscos ou montantes envolvidos e a consequente necessi-dade de avaliação do risco. Implementada pela Novabase, a plataforma vai possibilitar também o acesso online a agentes e corretores. Vai ainda disponibilizar ferramentas de gestão às diversas áreas de negócio da empresa para que possam configurar e gerir produ-tos, regras e processos da sua responsabilidade, permitindo melhorar a qualidade de serviço, reduzir o time-to-market e reforçar o compromisso com os clientes. Semana Informática 16/04/2014

LUSITANIA NUMA OUTRA LINHA DE BI O projecto de renovação tecnológica envolveu um investimento de 350 mil euros e o retorno deverá ser obtido ao fim de 23 meses Com alguns problemas de desempenho e utilização, muito esforço de manutenção e muitos erros aplicacionais a amea-çar o negócio, a companhia de seguros Lusitania decidiu substituir a solução do business intelligence (BI) Hyperion Reporting da Oracle por outra ferramenta de suporte à decisão. «Estudámos seis soluções lideres de mercado», assume Alexandre Ramos, director do Departamento de Organização e Tecnologias de Informação da Lusitania. No processo de

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selecção, a Gstep destacou-se como parceiro e as capacidades de business intelligence in-memory da solução Oracle Exalytis superaram as dos concorrentes. A implementação do projecto teve a duração de dois meses, contou com uma equipa composta por dois consultores da Gstep e quatro consultores da Lusitania (dois de BI analysts e dois de DBA) e teve como principal objectivo a migração de todo o sistema de business intelligence da solução anterior para a nova. Carlos Cardoso, CEO da Gstep, explica que, em virtude da existência de uma solução de BI com o respectivo data warehouse, a nova arquitectura teve de ser implementada sem afectar os sistemas de produção. «Realizaram-se traba-lhos conjuntos entre a Gstep, a Oracle e a Lusitania, de modo a reduzir o tempo de implementação e ao mesmo tempo a optimizar a nova arquitectura (Exadata e Exalytics)», justifica o responsável. A implementação envolveu a passagem de know-how da equipa da Gstep para a equipa da Lusitania, seguida da realização de trabalhos conjuntos, o que permitiu «uma implementação mais rápida e uma passagem de know-how mais eficiente», sublinha Carlos Cardoso. Para poten-ciar a utilização da solução internamente, o responsável diz ainda que foram realizadas diversas formações com os utili-zadores. De acordo com dados fornecidos por ambas as empresas, a aceitação da comunidade de utilizadores foi bastante eleva-da, com mais de mil acessos médios diários, a que correspondeu um aumento de 45%. PRINCIPAIS DESAFIOS DO PROJECTO • A primeira implementação de uma tecnologia nova; • Dotar os utilizadores de uma plataforma de análise ad hoc • Disponibilizar todas as funcionalidades existente noutra plataforma de BI; • Melhoria substancial da performance do processo de actualização da informação e de consulta. A Lusitânia assume também que os tempos de resposta foram melhorados, sendo actualmente de três segundos, o que corresponde a uma melhoria de 70%, assim como foi afinado o processamento nocturno, registando um aumento de mais 50% na velocidade de execução. O CIO da Lusitania disse ao Semana que o investimento neste projecto rondou os 350 mil euros e que o retorno deverá ser alcançado ao fim de 23 meses. Através deste projecto, a Lusitana admite que conseguiu reduzir a janela de proces-samento nocturno de todas as soluções de BI, aumentar a performance e a usabilidade da ferramenta de suporte à deci-são, aumentar a externalização para os utilizadores-chave do sistema de exploração ad-hoc de dados informacionais, acabar com explorações casuísticas via MS Access e eliminar os problemas de desenvolvimento registados com a ante-rior ferramenta. As áreas comerciais, técnicas e de planeamento ou controlo são, de acordo com Alexandre Ramos, as grandes beneficiadas pela mudança. Com esta fase concluída, a Gstep prepara-se para dar seguimento ao projecto, através do suporte e do acompanhamento nas áreas de exploração de dados e de business inteligence. A expansão da solução para otimização do processo de planeamento e orçamentação e a implementação de BSC estão entre os próximos passos referidos por Carlos Cardoso. Semana Informática 16/04/2014 Correram mundo as imagens de destruição provocada pelo terramoto registado no Haiti em 2010

A SUA CASA ESTÁ PROTEGIDA CONTRA FENÓMENOS SÍSMICOS? Há muito que os portugueses sabem que a probabilidade de o país sofrer um abalo sísmico é elevada, mas nem por isso subscrevem em massa a cobertura de fenómenos sísmicos no âmbito do seguro para a sua habitação. E em caso de sinistro, Portugal continua sem dispor de um Fundo Sísmico O SEGURO da sua casa protege-a em caso de ocorrência de terramoto? A pergunta pode parecer-lhe algo desproposita-da, mas não é. Provavelmente, será um dos muitos portugueses que não tem a sua casa protegida contra fenómenos sísmicos e é bem possível que nem sequer tenha pensado muito nisso quando subscreveu uma apólice multirriscos habi-tação, deixando a sua casa protegida contra várias ocorrências. A cobertura contra incêndios é legalmente obrigatória em Portugal, mas grande parte dos proprietários de um imóvel manifestam-se preocupados com a exposição do seu lar a outros riscos, onde se destacam, geralmente, as inundações, os incidentes elétricos e os roubos. E subscrevem, por isso, coberturas adicionais para ampliar a proteção daquele que é, em muitos casos, o bem mais valioso do património con-quistado ao longo de uma vida. No interior da habitação, móveis, eletrodomésticos, obras de arte, jóias e equipamentos eletrónicos merecem também uma preocupação acrescida, que se traduz já na subscrição de coberturas próprias de recheio de habitação, garantindo o pagamento de indemnizações em caso de dano sofrido nesse património. Mas... e se um abalo sísmico deitar tudo por terra? Mais de 8 mil pessoas terão sido afetadas por um sismo de grau 8.3 na escala de Richter registado na primeira noite deste mês no norte do Chile. O terramoto provocou ondas de 1,8 metros de altura e chegou a ser emitido um alerta de tsunami. Os abalos sísmicos sucedem-se um pouco por todo o mundo e há países que são violentamente sacudidos mais do que uma vez na mesma década. Na memória de muitos estão ainda as dramáticas imagens chegadas do Haiti, em 2010, quando milhares de pessoas perderam a vida na sequência de um terramoto de dimensões avassaladoras. Portugal

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conta na sua história com o incomparável terramoto de 1755, que destruiu grande parte da capital, mas desde então os abalos sísmicos sentidos não provocaram danos consideráveis. Mas Portugal sabe que duas falhas sísmicas atravessam o seu território, uma na região da Grande Lisboa, outra no Algarve, deixando o país exposto a um elevado grau de risco de ocorrência de terramoto. Grande parte dos portugueses sabe disso. Mas nem todos pensam em proteger as suas casas contra esse risco. E nem a crise dos últimos anos consegue explicar tal realidade. Precisamente pela presença das falhas sísmicas nas regiões da Grande Lisboa e do Algarve, a subscrição da cobertura de fenómenos sísmicos é mais cara nessas zonas do país. Geralmente, o prémio referente à cobertura de fenómenos sísmi-cos é calculado numa percentagem sobre o valor do capital seguro, que varia, então, consoante a zona do país em que o imóvel está construído e ainda o seu ano de construção. Dependendo da política comercial da companhia, o capital seguro pode ser escolhido pelo próprio cliente, sem qualquer restrição, ou ser previamente balizado pela companhia, que pode dispor de algumas opções fechadas de subscrição. De uma forma ou de outra, tipicamente o preço a pagar pela subscrição da cobertura de fenómenos sísmicos será tanto mais elevado quanto mais alto for o capital seguro na apólice, ou seja, se pagar um prémio mais elevado receberá uma indemnização também mais elevada em caso de sinistro. Para quem tem a sua habitação coberta por um seguro de condomínio, pode optar, com a concordância dos restantes condóminos, por incluir esta cobertura na apólice do condomínio, o que permite incluir todas as frações na abrangência da cobertura e partilhar o custo do prémio do seguro. "Caso a garantia faça parte da apólice de condomínio, o cliente não tem necessidade de a contratar individualmente para a sua fração", explica Hélder Castro, da Direção de Designa e Gestão de Produtos da Liberty. "No entanto, a apólice de condomínio não garante o recheio das frações, daí a importân-cia de incluir fenómenos sísmicos na apólice de recheio, pois só assim terá a totalidade dos bens garantidos em caso de sinistro", acrescenta Hélder Castro. Portugal continua, entretanto, sem dispor de um Fundo Sísmico, que socorra eventuais vítimas de terramoto com apoio para a reconstrução das suas casas. O projeto tem sido desde há muito reclamado por operadores da indústria segurado-ra, conhecedores do impacto que eventos desta natureza tiveram nas contas de outras seguradoras em países afetados por abalos sísmicos. O governo liderado por José Sócrates chegou a avançar com um projeto que não colheu, no entan-to, o apoio da Associação Portuguesa de Seguradores, por discordar da forma prevista para a gestão desse fundo. A própria associação que representa os operadores chegou a desenhar um projeto alternativo, que submeteu a aprecia-ção governamental. Mas a queda abrupta do governo socialista, que viria a ditar a intervenção do Fundo Monetário Internacional e a chegada da Troika a Portugal, remeteu os projetos para a gaveta e, desde então, não se conheceram novos desenvolvimentos. Volta a ficar, então, adiado um projeto que os especialistas consideram urgente para permitir, pelo menos durante alguns anos, uma capitalização suficiente para fazer face a eventuais danos avultados provocados por abalo sísmico. Oje 16/04/2014 Campanha

AXA PROMOVE CARTÃO NA INTERNET "CADA vez mais o seu cartão de descontos" é o mote da campanha digital que a AXA Portugal lançou este mês em mais de uma centena de sites para promover o seu Cartão Clube AXA. A campanha destaca as principais áreas de des-contos que o cartão concede aos seus titulares, procurando beneficiar os clientes da seguradora, que assim aposta na fidelização da sua carteira. O Cartão Clube AXA é disponibilizado em Portugal pela seguradora francesa desde 2009, dá acesso a descontos diretos e exclusivos em mais de 100 parceiros de 12 áreas de atividade e já foi atribuído a mais de 600 mil clientes da companhia. Oje 16/04/2014 Assistência

EUROP ASSISTANCE E AÇOREANA REFORÇAM PARCERIA A EUROP Assistance renovou a parceria que tinha com a Açoreana Seguros para o triénio 2014-2017, reforçando o leque de serviços de assistência disponibilizado à seguradora. O acordo é válido até 2017 e adiciona aos produtos de assistência já prestados aos clientes Açoreana - assistência automóvel, assistência em viagem, assistência ao domicílio e proteção jurídica - as novas coberturas de seguros de saúde e acidentes pessoais para o segmento jovem e o reforço das coberturas do seguro de acidentes de trabalho. "Esta parceria vem reiterar a nossa estratégia em criar serviços diferenciadores assentes na inovação, respondendo assim às necessidades do mercado", garante Maurício Oliveira, administrador da Açoreana Seguros. Em comunicado a Europ Assistance assume que "a renovação do acordo denota a qualidade do serviço prestado e a capacidade da Europ Assis-tance em dar a melhor resposta a todas as solicitações de assistência, independentemente da sua complexidade". Oje 16/04/2014

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LIBERTY, ZURICH E LUSITANIA INAUGURAM ESPAÇOS REDE COMERCIAL A Liberty e a Zurich abriram este mês novos espaços comerciais na região transmontana, refor-çando a presença das respetivas marcas no nordeste do país. Vila Real foi a cidade escolhida pela Liberty Seguros para a abertura da nova loja, gerida por Fernando Ricardo. Já a Zurich abriu o seu novo espaço de atendimento ao cliente em Bragança, ampliando para 19 pontos de contacto inaugurados de norte a sul do país no espaço de um ano. No sul do país, a Lusitania abriu ontem uma nova loja na Amora, concelho do Seixal, que ficará a cargo da mediadora Clara San-tos. Oje 16/04/2014 Há 40 anos foi assim...

O 25 DE ABRIL E AS MUDANÇAS NOS SEGUROS No 40.º aniversário da revolução de 25 de abril de 1974, Ruy de Carvalho, o primeiro presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, e Luís Redondo Lopes, o primeiro presidente do Instituto Nacional de Seguros, recordam os principais momentos vividos pelo setor no tempo da revolução e o seu impacto na evolução das companhias e do próprio mercado segurador A Império, a Tranquilidade e a Mundial figuravam, no início de 1974, no Top 3 do mercado segurador nacional. Um mercado vasto com mais de 80 companhias e algum grau de dispersão comercial, mas onde se destacavam os principais grupos económicos portugueses de então. O Grupo CUF detinha a Império - uma das poucas companhias nascidas no período salazarista - que mantinha a par com a Sagres e a Universal. O grupo Champalimaud contava igualmente com três companhias na sua carteira - a Mundial, a Confiança e a Continental de resseguras. O Grupo Pinto Magalhães, por seu turno, detinha a Mutualidade, a Soberana e a Aliança Madeirense. As múltiplas presenças de companhias no seio dos principais grupos económicos portugueses revelavam alguma resistência à fusão de marcas. Mas havia explicação. "Naquela altura, era muito difícil obter autorização para abrir uma companhia de seguros; por isso, o alvará era algo valioso", recorda Ruy de Carvalho. "À medida que cada grupo comprava mais uma companhia, mantinha-a em carteira, preservando esse alvará", explica aquele que viria a ser o primeiro presidente da Associação Portuguesa de Seguradores. Todos os bancos estavam, de uma forma geral, presentes no setor segurador. "Não em bancasseguros, como hoje, mas detendo companhias, de forma tradicional", lembra Redondo Lopes, enumerando alguns exemplos. "O grupo Espírito Santo tinha a Tranquilidade, o grupo Borges e Irmão tinha a Atlas, o Banco Nacional Ultramarino tinha a Fidelidade... ". Portugal contava, então, com mais de duas dezenas de companhias de capital exclusivamente português, mais perto de uma dezena de companhias de capital português e estrangeiro, com sede em Portugal, a que se juntavam mais de 40 agências de companhias estrangeiras. A banca não vendia seguros... oficialmente. Os seguros eram vendidos através de mediadores e corretores. "E depois havia uma outra figura de agentes, muito pouco profissionais, que angariavam clientes e muitas vezes nem sequer sabi-am preencher uma proposta", relata Redondo Lopes. Apesar de regulamentados, os preços não eram tabelados. Por isso, cada companhia fazia os seus tarifários. Mas conta Redondo Lopes que "havia umas zonas cinzentas nas tarifas e alguns técnicos conseguiam explorar isso muito bem". E Ruy de Carvalho lembra mesmo a prática comum na época de "ins-crever o próprio segurado como agente para que ele beneficiasse no seu contrato do desconto concedido a mediadores". O SEGURO AUTOMÓVEL OBRIGATÓRIO Ruy de Carvalho estava há 19 anos na companhia Garantia, no Porto, quando se deu a revolução de Abril. Era diretor da companhia, que tinha sede na Invicta. Já Redondo Lopes, tinha entrado em setembro de 1973 para a Mundial, onde era responsável pelos sinistros graves do ramo automóvel. No Porto e em Lisboa, ambos assistem ao início daquele que viria a ser um período de grande agitação e instabilidade no setor. "Ninguém sabia o que ia acontecer", diz Ruy de Car-valho. "Depois do 25 de abril o primeiro governo provisório surge em maio, o segundo em julho e o terceiro em setem-bro. Toda esta instabilidade tinha impacto em todos os setores e numa atividade de médio e longo prazo, como os segu-ros, é o pior que pode acontecer", sublinha. Com o terceiro governo provisório em exercício, no final de 1974, é criado um grupo de trabalho para estudar a intro-dução do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, que era ainda, por essa altura, um seguro facultativo, embora de procura considerável. "Era tudo tão confuso que nem sei onde funcionou esse grupo", diz Ruy de Carvalho. Lembra-se, no entanto, que pouco antes da revolução o Grémio de Seguradores - a então associação patronal do setor - havia concluído um estudo sobre o seguro automóvel obrigatório, que não chegou a ser implementado. "Presumo que por essa razão tenha sido chamado um elemento do Grémio a participar nesse grupo de trabalho, mas também não che-gou a avançar-se com o seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel". Os governos sucediam-se, os grupos de trabalho também e os projetos que se queriam estruturais revelavam-se quase sempre temporários e, não raras vezes, inacabados. A mudança surge de imediato, ainda no final de 1974, com Melo Antunes a liderar um Programa de Política Económica e Social. "É criado um grupo de trabalho, onde participam Melo Antunes, Maria de Lurdes Pintassilgo, Rui Vilar, Vítor Constâncio e Silva Lopes. Mas este programa estava envenena-

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do desde o início porque o primeiro-ministro, Vasco Gonçalves, que tinha criado o grupo, fez sérias reservas o facto de ter sido escolhido Melo Antunes para o coordenar", aponta Ruy de Carvalho. Abrangendo todos os setores de atividade, o programa traçou para o setor segurador três objetivos concretos: avaliar a capacidade de financiamento do setor; saber como era feita a fiscalização dos seguros e conhecer as bases técnicas da atividade. Para cada um destes objetivos foi criado um grupo de trabalho, tendo Ruy de Carvalho participado no grupo de avaliou a capacidade de financiamento do setor. "Não sei onde param os estudos, não tenho cópias de nada, mas lembro-me de termos chegado à conclusão de que o setor era viável", confirma. De seguida, nova constatação: "Perdeu-se algum tempo a fazer tudo isto e foi bastante inútil, porque depois vieram as nacionalizações". Ainda assim, ficam para a história as medidas preconizadas na versão final do plano traçado para o setor segurador: reforçar a fiscalização dos seguros: rever as bases técnicas e regras de caucionamento (que respondiam pelas responsa-bilidades assumidas pelas companhias); estabelecer um novo plano de contas para a atividade seguradora; inclusão dos acidentes de trabalho na Segurança Social; e regulamentação da mediação de seguros. Sublinha agora Ruy de Carvalho que "em nenhum sítio daquele plano se fez qualquer alusão, sugestão ou proposta de nacionalização". Mas foi o que aconteceu. AS NACIONALIZAÇÕES "Com ou sem 25 de abril, o mercado teria que se racionalizar", avança Redondo Lopes, para explicar que as mudanças no setor iriam sempre acontecer, ainda que a revolução não tivesse ocorrido. "Havia companhias que não poderiam sobreviver muito mais tempo sozinhas e os grandes grupos económicos estavam já a preparar as fusões das suas com-panhias quando se deu a revolução". A lei previa um capital social mínimo de 20 mil contos e nem todas conseguiam cumprir esse requisito, perspetivando-se já a sua aquisição por parte de operadores de maior dimensão. "Por essa altura, tínhamos companhias com administrações muito profissionais, outras nem tanto. E algumas gestões eram mais moder-nas, outras mais conservadoras. Havia de tudo. Já os investimentos eram muito pouco diversificados. Geralmente, não iam além de prédios, títulos do Tesouro (porque eram obrigatórios) e ouro nos cofres dos bancos. O mercado de ações era muito limitado e com grande oscilação", relata Redondo Lopes. O golpe de 11 de março de 1975 viria a ditar, então, grandes mudanças na economia nacional. A 13 de março é naciona-lizada a banca e a 15 de março o setor segurador. As companhias estrangeiras permanecem intocáveis. "Nacionalizou-se o capital detido por portugueses, ou seja, nacionalizaram-se as ações das companhias que eram detidas pelos portugue-ses - em algumas companhias, isso correspondia à totalidade da empresa", constata Ruy de Carvalho. As administrações cessaram; logo, cessaram funções todos aqueles que desempenhavam funções de administradores executivos. "Na épo-ca, os conselhos de administração não funcionavam como atualmente. Os primeiros responsáveis executivos, que traba-lhavam todos os dias na companhia, eram os seus administradores. Com as nacionalizações, num fim-de-semana saíram do setor mais de 100 responsáveis de primeira linha. Calcule-se as consequências", evoca o então diretor da Garantia. Estas administrações cessantes foram rapidamente substituídas por comissões administrativas provisórias (CAP), a quem foi entregue a gestão das companhias nacionalizadas. Conta Redondo Lopes que "o Governo pediu aos sindicatos que nomeassem, para cada companhia, três, quatro ou cinco pessoas que formassem a CAP. Geralmente eram escolhi-das pessoas que estavam nessa companhia para formar a respetiva CAP, mas houve casos em que vieram pessoas de outras companhias. Houve casos pacíficos e outros não. E houve casos de saneamentos de quadros. Alguns vieram a ser resolvidos mais tarde, no Instituto Nacional de Seguros, com reintegrações". LIBERDADE? A 7 de abril de 1975, o Governo nomeia tuna Comissão de Coordenação e Reestruturação da Indústria Seguradora (CCRIS), que apresentou vários projetos de reestruturação do setor. Alguns revelavam-se bastante radicais, prevendo, por exemplo, acabar com grande parte das companhias existentes, com o intuito de formar companhias especializadas. Assim nasceu um projeto para a criação da Segat, especializada em seguros de acidentes de trabalho, outro para a cria-ção da Segauto, especializada no ramo automóvel, entre outras. "Era um modelo que vigorava nos países da cortina de ferro e aqui deu lugar a mais momentos de grande perturbação no setor", recorda Ruy de Carvalho. Uma das primeiras decisões da CCRIS foi proibir as transferências de apólices de uma companhia para outra, o que obrigava cada cliente a permanecer fiel à companhia que havia contratado. "E era a época da liberdade!", ironiza Ruy de Carvalho. "Queria evitar-se que os seguros saíssem das companhias nacionalizadas para as estrangeiras", explica então. Clientes novos, por seu turno, também não apareciam. "A atividade económica estava praticamente parada", lembra Redondo Lopes. "Não havia um tostão de investimento. Só víamos empresas a fechar", conta. "E discutia-se tudo. Esta-vam sempre a acontecer plenários para discutir alguma coisa", acrescenta. "Em Lisboa faziam-se muitos plenários no auditório do antigo Banco Borges, nos Restauradores, com todos os membros das CAP e com os delegados sindicais. Por cada cabeça, um voto. E ali discutia-se tudo", relata Redondo Lopes. Ainda assim, o antigo responsável da Mundial garante que a atividade seguradora continuou a funcionar sem grandes perturbações. "Os sinistros continuavam a ser regularizados, as indemnizações continuavam a ser pagas. E este acabou por nem ser um setor muito afetado por paralisações", ressalva Redondo Lopes. "Mas toda a sociedade portuguesa vivia numa interrogação. Nós deitávamo-nos sem saber como ia estar o país quando acordássemos".

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Jornal dos Seguros n.º 655/Ano XIII Edição de 28/04/2014

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A 21 de junho de 1975, é decretada a extinção do Grémio dos Seguradores e coube à recém-criada CCRIS gerir a liqui-dação do Grémio, que interinamente assumiu a designação de Secretariado dos Seguros. Mas a própria CCRIS não sobreviveria muito mais tempo, sendo o seu último relatório datado de dezembro desse mesmo ano. Diz Redondo Lopes que "a CCRIS fica ferida de morte com o 25 de novembro, que veio clarificar a situação política em Portugal". O INSTITUTO NACIONAL DE SEGUROS A 13 de janeiro de 1976 é então nomeada a comissão instaladora do Instituto Nacional de Seguros (INS), consagrada no decreto-lei nº. 11- B/76. Assumir a coordenação técnica de toda a atividade seguradora, bem como a definição de planos de evolução estrutural do setor eram os objetivos traçados para essa comissão instaladora. Portugal conhecia nessa épo-ca o VI Governo Provisório, liderado por Pinheiro de Azevedo. A pasta das Finanças era conduzida por Salgado Zenha, que entregara a secretaria de Estado do Tesouro a Artur Santos Silva e a sub-secretaria de Estado dos Seguros a Firmino Rocha. "Foi, aliás, a única ocasião em que tivemos um sub-secretário de Estado dos Seguros", sublinha Redondo Lopes. O Instituto Nacional de Seguros nascia também para assegurar serviços inter-seguradoras que já existiam antes do 25 de Abril, mas que, com a extinção do grémio, haviam transitado provisoriamente para a CCRIS e agora encontravam-se órfãos. "Era preciso tratar do certificado internacional de seguro automóvel, de questões ligadas à câmara de arbitragem de sinistros automóvel, do acordo agrícola inter-campanhias, do "pool" atómico, entre outros", exemplifica Redondo Lopes. Por essa altura, preparava-se a transição das CAP nas companhias para os futuros conselhos de gestão, que iriam ser nomeados para conduzir os destinos das respetivas companhias em mandatos de três anos. LEGISLAR EM PROL DOS SEGURADOS A comissão instaladora do INS conclui os estatutos em apenas seis meses e o Conselho Diretivo do INS toma posse em julho de 1976. Luís Redondo Lopes foi escolhido para presidente. Ruy de Carvalho assumiu a vice-presidência. Todas as semanas eram realizadas reuniões com os conselhos de gestão das companhias nacionalizadas, que representa-vam, afinal, 80% do mercado português de seguros. "Tínhamos o poder de emitir normas que as companhias eram obri-gadas a cumprir", explica o histórico presidente do instituto, "mas não tínhamos poder de inspeção". Uma das primeiras medidas tomadas pela equipa do INS foi a de voltar a autorizar a transferência de seguros. "Levou tempo", constata Ruy de Carvalho. ''A liberdade total só foi conseguida alguns anos depois", aponta. Muitos projetos de legislação do setor deixaram de ser apresentados pela Inspeção Geral de Seguros e acabaram por nascer no seio do INS. "Tínhamos a nosso favor o facto de sermos todos antigos diretores de companhias. Conhecíamos bem o setor e tentá-vamos repor alguma ordem, acalmar os ânimos e entrar numa gestão mais alheia da política", esclarece Ruy de Carva-lho. Por isso, muitos conselhos de gestão acabaram por pedir, espontaneamente, o apoio do INS para a resolução de dificuldades internas. "Podíamos ter tido a veleidade de tomar decisões de caráter político e nunca o fizemos'', refere Ruy de Carvalho. "E, sempre que mudava o Governo, colocávamos de imediato os nossos lugares à disposição", acres-centa Redondo Lopes. Tiveram ainda os membros do instituto de se bater contra ideias a que se recusaram a dar seguimento. Conta Redondo Lopes que, no III Governo Constitucional, liderado por Nobre da Costa, Manuela Morgado quis tirar o negócio do ramo vida a todas as companhias e criar uma única companhia do ramo vida. "Com toda a lealdade informámos esse Gover-no, que estava de saída, que logo que tomasse posse novo secretário de Estado pediríamos a revogação desse despacho. E assim foi", confirma Redondo Lopes. O despacho seria, então, revogado por António de Almeida, já no IV Governo Constitucional. Terminado o primeiro mandato de três anos, Redondo Lopes deixa o INS, no ano de 1979. Ruy de Carvalho acabaria por manter-se por lá até 1982, tendo participado nos projetos de integração da inspeção numa nova instituição, à qual eram retiradas todas as competências que normalmente eram desempenhadas por uma associação patronal. "O Governo não podia obrigar as empresas a criar uma associação patronal, mas podia dizer que o instituto deixava de exercer aque-las funções. As companhias nacionalizadas, por seu turno, entenderam que, efetivamente, fazia falta uma associação", recorda Ruy de Carvalho, que, quando foi convidado para assumir a presidência da futura Associação Portuguesa de Seguros, estava prestes a regressar à Garantia. ''Assistia--me a vantagem de não vir diretamente de companhia nenhuma. Passara seis anos no instituto, pelo que me mantinha neutro", destaca. Olhando para o passado, Redondo Lopes não hesita em considerar que "houve uma evolução notável neste setor por grande mérito das pessoas que trabalham nos seguros". O histórico presidente do INS considera que se "fez muito a favor dos segurados e dos terceiros". A evolução é inegável", afirma. "Houve uma grande evolução nos produtos. E observe-se bem o ritmo de regularização de sinistros que temos hoje. É notável!" Uma escolha diferente na CAP da Mundial Nacionalizadas as ações de companhias de seguros detidas por portugueses, foram os sindicatos encarregues de nomear, para cada companhia, os membros de uma comissão administrativa provisória (CAP). Na Mundial, a comissão sindical da empresa não partilhava a mesma linha de orientação política do sindicato do setor, tendo, por isso, decidido telefonar a todos os trabalhadores da empresa, ao final da tarde, convocando-os para um plenário no dia seguinte. O átrio da Mundial encheu-se na manhã seguinte para uma sessão algo agitada e atabalhoada. Os nomes eram lançados em voz

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alta, em iniciativas espontâneas, e as votações feitas de braço no ar. Assim foram escolhidos quatro nomes, que dias depois vieram confirmados em Diário de Governo O seguro popular de vida da Império Prémios, apólices, produtos, tudo era apertadamente regulamentado pela Inspeção Geral de Seguros, órgão sob a tutela do ministério das Finanças. Nenhuma companhia podia ousar lançar um produto novo no mercado sem a prévia autori-zação desse órgão de supervisão. E assim os portefólios de produtos não divergiam muito de companhia para compa-nhia. Fez, por isso, grande sucesso um seguro diferente de todos os outros, lançado nesses tempos pela Império. "Cha-mava-se seguro popular de vida e foi muito inovador na época", recorda Ruy de Carvalho. "Normalmente, num seguro de vida, segura-se o capital e calcula-se o prémio com base na idade da pessoa segura. Servindo-se dos mesmos elemen-tos, a Império fez o contrário. Todas as pessoas pagavam 50 escudos por mês e o capital seguro variava em função da idade, pelo que os mais novos seguravam um capital maior. Para além disso, cada pessoa podia comprar várias apólices. Foi um enorme sucesso. As pessoas acumularam-se em longas filas no Chiado para subscreverem aquele seguro", recorda Ruy de Carvalho. No entanto, rapidamente a companhia percebeu que a cobrança mensal de seguros saía muito cara. Aos poucos, a cobrança mensal foi passando a cobrança anual e o seguro acabou por regressar ao formato tradicional. Oje 16/04/2014 Estudo

PORTUGUESES POUCO CONFIANTES NAS SUAS FINANÇAS A SEGURADORA Genworth concluiu que apenas 10% dos portugueses demonstra estar confiante numa evolução positiva da sua situação financeira nos próximos 12 meses. O Índice Genworth, estudo que a seguradora publica anual-mente, volta este ano a colocar Portugal no penúltimo lugar do ranking de confiança financeira dos consumidores de 20 países, onde apenas a Grécia ocupa posição mais pessimista. Em Portugal, pelo menos 41 % dos portugueses está con-vencido de que a sua situação financeira vai piorar nos próximos 12 meses. Entre as questões financeiras que mais preocupam os portugueses destacam-se a possibilidade de agravamento do custo de vida (52%), a eventualidade de uma quebra repentina do salário (38%) e a instabilidade do mercado de emprego (30%). Pelo menos 21% dos portugueses inquiridos neste estudo assume também estar preocupado com a insuficiência das suas poupanças, tendo em conta o impacto que tal pode ter no sustento imediato das famílias. Na sequência destes resultados, Nuno Pestana Rosa, diretor-geral da Genworth Lifestyle Protection em Portugal, lembra a importância dos seguros de proteção de pagamento, que a empresa comercializa e que "são concebidos para proteger as pessoas da incerteza financeira, possibilitando que as famílias cumpram os seus compromissos financeiros em caso de mudança repentina da sua situação económica". Nuno Pestana Rosa acrescenta ainda que, "num contexto de elevada vulnerabilidade financeira resultante da difícil conjuntura macroeconómica que atravessamos, o seguro pode ter um papel decisivo na proteção das famílias se forem afetadas pelo desemprego ou outra situação que condicione o rendi-mento familiar". Oje 16/04/2014 Seguro automóvel

TRANQUILIDADE AUTO TEM NOVAS COBERTURAS A TRANQUILIDADE reformulou a sua oferta de seguro automóvel e aposta agora num produto "mais abrangente, com preços mais competitivos e assistência reforçada", avança a seguradora do grupo Espírito Santo. A disponibilização de uma cobertura "Light" é uma das principais novidades do Tranquilidade Auto, permitindo aos clientes particulares da seguradora aceder a uma apólice de seguro automóvel a preços mais acessíveis, cumprindo os requisitos legalmente obrigatórios num seguro de responsabilidade civil e incluindo ainda a garantia de assistência. Além disso, a Tranquilidade passou a disponibilizar novos pacotes multi assistência, que incluem assistência em via-gem, viatura de substituição de categoria equivalente (em caso de avaria, incêndio, atos de vandalismo e da natureza) e proteção jurídica, podendo ser adicionadas as opções de viatura de substituição em caso de imobilização, acidentes ou roubo. Inédita no mercado português é ainda a cobertura de proteção de animais de estimação, que a Tranquilidade incluiu também no seu seguro automóvel. Esta cobertura garante o pagamento de eventuais despesas de tratamento de animal de estimação em caso de acidente, até ao limite de 500 euros. Oje 16/04/2014