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www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu Co-funded by: European Union PI no setor de TIC Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é um conceito em constante evolução que, em termos gerais, refere-se a todos os dispositivos, componen- tes de rede, aplicações e sistemas que combinados permitem que pessoas e organizações (empresas, instituições públicas ou governos) interajam no mun- do digital (Fonte: TechTarget). As TIC e suas aplicações tornaram nossa vida cotidiana de cabeça para baixo e parece que essa revolução acaba de começar. Fazer o upload de arquivos para a nuvem, fazer compras on-line, ter videoconferências em tempo real em reuniões de negócios ou jogar com displays acoplados na cabeça são apenas alguns exemplos de como as TIC impactam em nossas vidas. Devido ao alto nível de desigualdade de renda nos países latino-americanos, a implementação das TIC tem sido gradual e não é nem homogênea nem generalizada. Em 2015, a taxa única de penetração de assinantes móveis (ou seja, um indivíduo que pode representar várias conexões móveis - cartões SIM) foi de 65% para a América Latina e o Caribe, enquanto a média foi de 84% para a Europa e América do Norte. A este respeito, espera-se que o número de assinantes na América Latina e no Caribe aumente até 78% até 2020 (Fonte: 2016 GSM Association). No entanto, no que se refere à adoção de tecnologias digitais em certos cam- pos, como o comércio eletrônico, esses países melhoraram significativamente em comparação com outras regiões emergentes. Na verdade, a América Latina é agora uma das regiões de crescimento mais rápido para o comércio eletrôni- co, atrás da Ásia-Pacífico. Espera-se que as vendas no varejo on-line na região atinjam 76 bilhões de euros no final de 2019. O Brasil e o México são os maio- res mercados da região, representando 42% e 12,3% das vendas de comércio eletrônico da região, respectivamente (Fonte: Business Insider). Assim, o mercado das TIC na América Latina apresenta um potencial promis- sor de crescimento e inovação e um ambiente favorável para as PME da UE, que podem enfrentar o desafio de expandir seus negócios ou criar um novo em qualquer um dos subsetores das TIC, como saúde eletrônica, streaming de mídia, Internet para consumidores (redes sociais e aplicativos...), soſtware corporativo como serviço ou soluções financeiras e de pagamento eletrônico, entre outros. 3 4 5 Setor de Tecnologias da Informação e Comunicação na América Latina Por que a PI é importante no setor de TIC? Como se beneficiar dos DPI no setor de TIC? A. Patentes B. Modelos de Utilidade C. Copyright D. Marcas E. Segredos de Negócio Glossário Links relacionados e informações adicionais 1 2 Setor de Tecnologias da Informação e Comunicação na América Latina 1.

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www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu

Co-funded by:

European Union

PI no setor de TIC

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é um conceito em constante evolução que, em termos gerais, refere-se a todos os dispositivos, componen-tes de rede, aplicações e sistemas que combinados permitem que pessoas e organizações (empresas, instituições públicas ou governos) interajam no mun-do digital (Fonte: TechTarget).

As TIC e suas aplicações tornaram nossa vida cotidiana de cabeça para baixo e parece que essa revolução acaba de começar. Fazer o upload de arquivos para a nuvem, fazer compras on-line, ter videoconferências em tempo real em reuniões de negócios ou jogar com displays acoplados na cabeça são apenas alguns exemplos de como as TIC impactam em nossas vidas.

Devido ao alto nível de desigualdade de renda nos países latino-americanos, a implementação das TIC tem sido gradual e não é nem homogênea nem generalizada. Em 2015, a taxa única de penetração de assinantes móveis (ou seja, um indivíduo que pode representar várias conexões móveis - cartões SIM) foi de 65% para a América Latina e o Caribe, enquanto a média foi de 84% para a Europa e América do Norte. A este respeito, espera-se que o número de assinantes na América Latina e no Caribe aumente até 78% até 2020 (Fonte: 2016 GSM Association).

No entanto, no que se refere à adoção de tecnologias digitais em certos cam-pos, como o comércio eletrônico, esses países melhoraram significativamente em comparação com outras regiões emergentes. Na verdade, a América Latina é agora uma das regiões de crescimento mais rápido para o comércio eletrôni-co, atrás da Ásia-Pacífico. Espera-se que as vendas no varejo on-line na região atinjam 76 bilhões de euros no final de 2019. O Brasil e o México são os maio-res mercados da região, representando 42% e 12,3% das vendas de comércio eletrônico da região, respectivamente (Fonte: Business Insider).

Assim, o mercado das TIC na América Latina apresenta um potencial promis-sor de crescimento e inovação e um ambiente favorável para as PME da UE, que podem enfrentar o desafio de expandir seus negócios ou criar um novo em qualquer um dos subsetores das TIC, como saúde eletrônica, streaming de mídia, Internet para consumidores (redes sociais e aplicativos...), software corporativo como serviço ou soluções financeiras e de pagamento eletrônico, entre outros.

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Setor de Tecnologias da Informação e Comunicação na América Latina

Por que a PI é importante no setor de TIC?

Como se beneficiar dos DPI no setor de TIC?A. PatentesB. Modelos de UtilidadeC. Copyright D. MarcasE. Segredos de Negócio

Glossário

Links relacionados e informações adicionais

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Dado o curto ciclo de vida da maioria dos produtos, a inovação e a reputação forte desempenham um papel fundamental no sucesso de qualquer negócio neste setor. Portanto, não é surpreendente que as empresas envolvidas neste setor promovam seus produtos e serviços combinando planos de marketing estratégico, diferencia-ção de produtos, redução constante de custos e gerenciamento de PI, entre outros.

Assim, a melhor maneira de garantir uma exploração segura envol-ve o uso e proteção de Marcas, Patentes, Modelos de Utilidade ou Desenhos Industriais, entre outros DPIs.

Também se deve notar que esta indústria dependente de PI cha-mou a atenção de falsificadores. A América Latina ainda tem grandes problemas em relação às vendas de produtos falsificados, como smartphones, carregadores, tocadores de música ou consoles de videogames. De acordo com o estudo da OCDE de 2017 sobre “Comércio de produtos falsificados de TIC”, baseado nos dados co-letados das apreensões aduaneiras em todo o mundo, o valor do comércio global de produtos falsificados de TIC foi estimado em 127 bilhões de Euros a partir de 2013.

Por este motivo, uma vez que os DPIs são concedidos, você deve ter uma estratégia proativa de execução. Certifique-se de monitorar os mercados nacionais para garantir que seus direitos não estejam sendo violados e estejam prontos para tomar ações legais.

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2. Por que a PI é importante no setor das TIC?

Qualquer PME da UE deve ter em mente que os produtos de TIC são intensivos em conhecimento e muitas vezes requerem a com-binação de diferentes tecnologias para operar. Basta pensar no setor móvel: os smartphones permitem fazer chamadas, tirar fotos, acessar a Internet, ouvir música ou fazer pagamentos sem contato. Essas atividades geralmente envolvem a implementação de dife-rentes tecnologias e trabalhos criativos no mesmo produto. Todos esses elementos, componentes da sua criação, provavelmente exigirão diferentes direitos de propriedade intelectual para garantir uma proteção total e adequada do seu produto.

Por exemplo, uma PME da UE que inicia um novo smartphone pode proteger suas características especiais da seguinte maneira:

• Tecnologiasdesenvolvidas(porexemplo,novosmateriaisfle-xíveis para fabricação de tela ou tecnologias de download de dados): essas invenções podem ser protegidas através de Pa-tentes, Modelos de Utilidade ou Segredos Comerciais.

• Novovisualdotelefone:anovaaparênciaexternadotelefonepode ser protegida pelo Desenho Industrial.

• Logotiposdaempresa:qualquersinaldistintivocapazdeidenti-ficar a origem do negócio do produto pode ser registrado como marca. O toque da Nokia e o Nokia Connecting People são exemplos de registros de marcas não tradicionais.

• Embalagemespecial:a forma,ascombinaçõesdecores,atextura e os desenhos incluídos na caixa do produto podem ser protegidos por marcas ou designs.

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3. Como se beneficiar dos DPIs no setor de TIC

A. Patentes

novos dispositivos sem fio para carregar smartphones ou produ-tos que permitem interoperabilidade entre produtos e plataformas podem constituir novas soluções para um problema técnico e, portanto, podem ser protegidos por meio de patentes.

Uma patente é um conjunto de direitos exclusivos concedidos pelo estado por um período de tempo limitado sobre uma invenção, que pode ser um produto ou um processo. As patentes são direi-tos territoriais; portanto, é necessário solicitar registro de país em país.

devemos salientar que as indústrias de tIC utilizam os dPI de for-ma intensiva. A este respeito, as indústrias de fabricação de tIC estão acima da média no registro de patentes, marcas e projetos, enquanto as marcas e os direitos autorais são mais utilizados nas indústrias de serviços de tIC (Fonte: ePo e IHIM 2013).

Um estudo recente realizado pela oMPI mostrou que, entre 2005 e 2014, os depósitos de patentes globais cresceram 9% nas co-municações digitais, 6,4% em relação à tecnologia de informática e 9,6% nos métodos de tI para gerenciamento. Além disso, em 2016, esta tendência parece ser confirmada, sendo os dois pri-meiros campos dentro dos 5 principais campos do PCt atualmen-

te, pedidos de patente (Fonte: WIPo).

Patentes em TIC: o que você precisa saber?

em termos gerais, uma patente será concedida, desde que a in-venção reivindicada atenda aos seguintes requisitos:

a) Novidade: as invenções são consideradas novas se não es-tiverem incluídas no estado da arte. o estado da arte com-preende tudo o que foi disponibilizado ao público através de uma descrição escrita ou oral, por uso ou comercialização ou por qualquer outro meio antes da data de depósito do pedido de patente ou, quando apropriado, a data de prioridade reco-nhecida.

b) Passo inventivo: uma invenção deve ser considerada como envolvendo um passo inventivo quando não for considerado obviamente derivado do estado da técnica por um especialista no campo.

c) Aplicabilidade industrial: Uma invenção deve ser considerada como aplicável industrialmente quando seu objeto possa ser produzido ou usado em qualquer tipo de indústria. Indústria geralmente é amplamente compreendida - qualquer atividade produtiva, incluindo serviços.

Levando em consideração a complexidade tecnológica e os altos níveis de concentração de tecnologias - já faz parte do estado da arte - em certos campos do setor, a fundamental elaboração de um bom pedido de patente. Uma redação adequada, precedida por uma busca aprofundada, permitirá que você tenha um direito robusto de tomar ações judiciais contra terceiros que utilizem essa tecnologia sem sua autorização. também permitiria que você avaliasse se seu aplicativo cumpre os requisitos de paten-teabilidade (isto é, a etapa inventiva).

se você está considerando expandir seu negócio para a América Latina e você já apresentou um pedido de patente na europa, você deve ter em mente os seguintes aspectos:

1.- Patentes são direitos territoriais. Assim, você precisa regis-trar suas invenções em todos os países onde planeja operar para ter um direito exclusivo.

o PCt permite que você solicite o registro simultaneamente em cada país membro (152 até junho de 2017) com um único pedido. Benefícios:

− tempo: você receberia até 30/31 meses a partir da data do pedido para decidir se você solicita proteção de pat-ente para suas invenções em países latino-americanos ou não, sem o risco de comprometer a novidade da sua patente. enquanto isso, você pode encontrar parceiros, recursos financeiros e fazer melhorias na estrutura do negócio.

− Procedimentos: a primeira parte do processo ocorre perante a oMPI e a segunda perante cada escritório na-cional designado, o que simplifica o processo. Ao solicitar corretamente o seu pedido de PCt, você assegura que nenhum dos escritórios nacionais rejeite seu pedido dev-ido a deficiências formais.

− Idioma: você pode solicitar sua patente em alemão, ára-be, coreano, chinês, espanhol, inglês, francês, japonês e russo. dependendo do escritório receptor, você pode ser solicitado a fornecer uma tradução para o idioma do es-critório receptor.

de um modo geral, quanto mais países você pretende cobrir com sua patente, mais interessante é a aplicação do pedido PCt; no entanto, embora o Brasil, a Colômbia, o Chile e o México sejam membros do PCt, nem todos os países são (Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Venezuela não rati-ficaram o tratado).

SISTEMAS INTERNACIONAIS DE REGISTO DA OMPI: PCT

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2.- Em termos gerais, os países latino-americanos adotam um sistema “quem pede primeiro”. Embora muitas legislações, como a brasileira, incluam certas exceções a este princípio (por exemplo, direitos do usuário anterior), todos os países latino-americanos fornecem proteção de patente a que deu entrada no pedido pri-meiro.

3.- Em contraste com a Europa, a regulação local dos países ge-ralmente oferece um período de carência quando se trata do registro de Patentes. Em particular, o Brasil, a Colômbia, o Chile e o México fornecem um período de 12 meses em que certas di-vulgações da invenção (por meio de comercialização, publicidade, publicação, etc.) não serão levadas em consideração ao avaliar a novidade e a inventividade de sua aplicação.

Embora o alcance e os requisitos do período de carência possam variar de um Escritório de Patentes para outro, é necessário evi-dência de divulgação em todos eles.

4.- As empresas estrangeiras sem domicílio no país geralmente são obrigadas a nomear um representante legal local em cada país latino-americano.

5.- Em termos gerais, a proteção de patente dura 20 anos con-tados a partir da data de depósito do pedido. Geralmente, leva de 2 a 3 anos para obter uma patente concedida na Colômbia, no Chile ou no México, enquanto no Brasil, a carteira de pedidos do INPI amplia o prazo de concessão para uma média de 10 anos. Leia os nossos guias “Como acelerar a sua patente no Brasil” ou “Factsheet PI do Brasil” para mais informações sobre este assunto.

6.- Mesmo que você descarte a proteção da patente, é aconse-lhável realizar uma análise da Liberdade de Operação (FTO) para ter certeza de que não infringirá os direitos de outras partes.

Licenciamento de patentes no setor de TIC

Nos últimos anos, redes de comunicação, mídia, conteúdo, servi-ços e dispositivos estão passando por um processo de convergên-cia digital. Dispositivos, plataforma e serviços precisam se conec-tar de forma a permitir o fluxo adequado de dados e informações entre eles. Imprimir seus documentos em uma impressora WIFI, exibir um filme do seu telefone em uma tela de TV sem cabos ou ouvir música em seu telefone através dos alto-falantes do carro são apenas exemplos de como a interoperabilidade se torna parte de nossas vidas diárias.

Um dos principais desafios de alcançar o grau de interoperabili-dade requerido é moldar, entre outros aspectos, a forma como as empresas estão fazendo negócios. Nesse sentido, deve-se notar que as empresas neste campo não conseguem alcançar indivi-dualmente o nível de interoperabilidade necessário para atender às necessidades em evolução dos consumidores. Por esta razão, as empresas precisam trocar PI mesmo quando isso significa co-laborar com concorrentes diretos.

Neste contexto, as PME da UE envolvidas neste setor que desejam aumentar a sua liberdade de operar e proteger a sua tecnologia em relação aos outros podem utilizar qualquer uma das seguintes opções:

• Licenciamento unilateral: consistindo em um acordo em que o titular da patente (licenciante) permite que o licenciado use uma invenção em troca de uma compensação (que poderia consistir no pagamento de um montante único e em royalties contínuos com base nas receitas de uso da invenção).

No contrato de licença, as partes devem especificar o escopo e os detalhes da licença, como, por exemplo, o preço e o mé-todo de pagamento, a duração, o alcance territorial, a exclusi-vidade, as responsabilidades, as violações do contrato, etc.

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concorrência. Os participantes também devem prestar atenção às cláusulas incluídas no acordo. Na Europa, se não forem compatíveis com os termos FrAND (Justo, razoável e Não Discriminatório), é provável que não sejam admitidos pools de patentes.

• Licenças cruzadas: são alianças estratégicas pelas quais as empresas concedem uma licença (uma para a outra) para a exploração de invenções de valor aproximadamente igual. As partes também podem conceder compensações financeiras em caso de valor desigual das patentes trocadas. Como as op-ções mencionadas acima, as “licenças cruzadas” são bastante comuns no setor de TIC, uma vez que são usadas pelas em-presas como um meio para desfrutar de mais liberdade para projetar produtos abrangidos por outras patentes, evitando litígios.

Além de determinados consórcios e alianças latino-americanos que as PME da UE podem encontrar ao realizar uma due diligence (ver Glossário) ou explorar suas opções tecnológicas e de merca-do na região, as empresas também podem encontrar consórcios da UE ou internacionais que se expandiram para esta região. Este poderia ser o caso da GSM Association (também conhecida como GSMA), que é um organismo comercial que representa os inte-resses das operadoras móveis em todo o mundo. A GSMA Latin America fornece tecnologias padrão nesta região, que foi imple-mentada por empresas como a Movistar.

Se você tiver alguma dúvida específica relacionada à licença, convidamos você a entrar em contato com nossa linha de atendi-mento. É grátis, rápido e confidencial

B. Modelos de utilidade

Também conhecido como “Patente Menor”, os modelos de utilida-de são um tipo de DPI usado para proteger invenções menores, como adaptações ou melhorias de produtos existentes. Mesmo que este tipo de proteção não seja oferecido em todos os países, está disponível no Brasil, Colômbia, Chile e México e é usado com frequência. Dado que muitos dos produtos dentro do setor de TIC tendem a ter um ciclo de vida curto, os modelos de utilidade podem ser a opção adequada para proteção de características extras de funcionalidade. No entanto, esteja ciente de que os pro-cessos são excluídos deste formulário de proteção.

Estas são as principais vantagens de registar modelos de utilida-de quando comparados com patentes: • Menos requisitos: Embora a novidade e a aplicabilidade in-

dustrial sejam idênticas às Patentes, o requisito da etapa in-ventiva pode ser menos rigoroso ou mesmo não necessário.

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Leve em consideração que, no contexto do direito europeu da concorrência, as empresas europeias se beneficiarão de uma isenção por categoria para acordos de transferência de tec-nologia no cumprimento de certas condições. Para saber mais sobre os acordos de licença nesta região, não hesite em ler nossos guias sobre Licenciamento na América Latina ou P&D e transferência de tecnologia no Chile.

• Patentes essenciais padrão: para fazer o melhor uso da maioria dos produtos e serviços TIC, as empresas são encora-jadas a lançar dispositivos capazes de conectar e compartilhar dados entre si, independentemente do fabricante, sistema operacional ou outros detalhes técnicos. Neste contexto, os padrões são cruciais para a adoção de novas tecnologias.

Simplificando, Patentes Essenciais Padrão é a tecnologia abrangente necessária para implementar um padrão de tec-nologia. Por exemplo, redes 4G (LTE) e WiFi, que dependem de múltiplas tecnologias patenteadas para funcionar.

De acordo com a European Digital SME Alliance, a padroni-zação é uma forma de tornar a tecnologia acessível a todos a um preço justo. Quando as regras derivadas dos princípios da OMC para a padronização (transparência, abertura, impar-cialidade, consenso, eficiência, relevância e consistência) são atendidas, as PME têm uma ótima oportunidade para inovar e acessar novos mercados. A referida Aliança fornece exemplos de como as PME da UE, como a Telit e a u-Blox, obtiveram um excelente sucesso comercial graças à tecnologia desenvolvida pelos padrões.

• Bancos de patentes: consistem em um consórcio de pelo me-nos duas empresas que concordam em licenciar suas patentes gratuitamente ou a uma taxa de royalties pré-determinada, uma para outra ou para terceiros. O acordo entre os detento-res de patentes é particularmente relevante para tecnologias sobrepostas ou interconectadas, como na indústria sem fio.

No setor de TIC, muitas patentes exigem para sua exploração a tecnologia reivindicada em outras patentes. Por esta razão, os titulares de patente e licenciados encontram nos pools de patentes uma maneira de reduzir os custos de transação (fornece um sistema de balcão único, que reduz negociações e custos relacionados), evita litigios, bloqueia o bloqueio de patentes e melhora a eficiência na produção de produtos e serviços.

No entanto, tenha em mente que os pools de patentes trazem preocupações com o direito da concorrência. As preocupações surgirão quando as patentes envolvidas não forem com-plementares, mas substitutas. reunir patentes substituíveis significa remover um concorrente do mercado, prejudicando a

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PATENTEABILIDADE DE SOFTWARE: INVENÇÕES IMPLE-MENTADAS POR COMPUTADOR

Não é possível patentear software como tal no Brasil, Colômbia, Chile ou México. No entanto, as invenções que envolvem a utilização de dispositivos (isto é, hardware), onde as características da invenção reivindicada são real-izadas por meio de um software, podem ser patenteadas, são as chamadas “invenções implementadas pelo com-putador”, desde que a invenção atenda aos requisitos de patenteabilidade estabelecidos pela legislação nacional pertinente.

Se você quiser saber mais sobre as invenções implemen-tadas pelo computador, não se esqueça de verificar nosso guia sobre Proteção de Software no Brasil ou entre em contato com a nossa Linha de Apoio. É grátis, rápido e con-fidencial.

• Concessão simples e mais rápida: na maioria dos países da América Latina, os Escritórios de Patentes não realizam um exame substancial. Assim, o processo de registro é relativa-mente mais simples e rápido.

• Duração: o prazo de proteção para modelos de utilidade é menor do que para patentes, embora varie entre os países. Na maioria dos países da região, como Colômbia, Chile e México, os modelos de utilidade são fornecidos com 10 anos de prote-ção, enquanto o Brasil concede mais 5 anos.

• Dinheiro: uma vez que os procedimentos são comparativa-mente simples e mais rápidos do que nas Patentes, o investi-mento financeiro tende a ser significativamente menor.

C. Direito Autoral

Trabalhos artísticos, literários e científicos estão cobertos pela proteção de direitos autorais. Sua empresa pode usar os direitos autorais para proteger brochuras originais, sites e conteúdo de redes sociais, desenhos, videogames, vídeos, bancos de dados e software, o que é particularmente importante para o setor de TIC.

Em termos gerais, as legislações latino-americanas fornecem pro-teção de direitos autorais a criações originais que foram expres-sas por qualquer meio (mera ideias não são protegidas).

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O principal requisito para proteção de direitos autorais é a originalidade do trabalho. Uma vez que os países lati-no-americanos não compartilham um conceito comum de “originalidade”, sua avaliação deve ser realizada caso a caso. Entre em contato com nossa linha de ajuda rápida e confidencial para saber mais os requisitos de originalidade em um determinado país.

REQUISITO DE ORIGINALIDADE

O direito de autor é um direito territorial. No entanto, a maioria dos países latino-americanos são membros da Convenção de Ber-na. Por isso, as PME da UE podem se beneficiar automaticamente da proteção de direitos autorais após a criação do trabalho em qualquer um desses territórios. No entanto, é altamente recomen-dável registrar suas obras criativas nos Escritórios de Propriedade Intelectual dos países em que você opera, uma vez que fornece prova de autoria e isso irá ajudá-lo em caso de futuras infrações.

Não esqueça de ler nosso Factsheet do Brasil, Colômbia, Chile e México, ou entre em contato com a nossa Linha de Ajuda para obter informações específicas sobre a duração, requisitos e as instituições responsáveis pelo registro.

TERMOS DE DIREITOS AUTORAIS * (direitos econômicos)

Brasil Colômbia Chile México

Trabalhos de direitos autorais em geral

Vida do autor + 70 anos após sua morte

Vida do autor + 80 anos após sua morte

Vida do autor + 70 anos após sua morte

Vida do autor + 100 anos após sua morte

Software 50 anos a partir da sua criação ou publicação

Vida do autor + 80 anos após sua criação ou publicação

70 anos a partir da sua publicação

Vida do autor + 100 anos após sua morte

* Estes termos podem variar dependendo do tipo de trabalho (por exemplo, obras audiovisuais, obras anônimas ou trabalhos coletivos, entre outros) e seu autor/proprietário (se é pessoa física ou jurídica).

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USANDO COPYLEFT PARA EXPLORAR SEUS TRABALHOS

Copyleft é, em termos gerais, um esquema de licenciamen-to de direitos autorais digno de menção por sua relevân-cia no setor de serviços de TIC. Embora algumas vezes o Copyleft seja confundido com o software de código aberto (consulte o Glossário), ele se refere a um tipo de licença que visa impedir que as obras vinculadas por ele de caírem por padrão na proteção “Todos os direitos reservados”. Este sistema permite que o autor determine quais os direitos que ele/ela quer manter exclusivamente e quais são licen-ciados em aberto.

Se você quiser ter informações mais detalhadas sobre as vantagens de usar o Copyleft na América Latina, não perca nossos guias sobre o Copyleft na América Latina (I): Intro-dução e Copyleft na América Latina (II): Indústrias criativas.

As PME da UE podem adotar, quando apropriado, medidas de pro-teção tecnológica (MPT) e gerenciamento de direitos digitais (GDD) para obter proteção sobre seus produtos. Esses sistemas podem ser bastante eficazes para previnir ou evitar a pirataria.

Considerando que GDD refere-se a uma limitação destinada a prevenir cópias, transmissão, uso ou acesso não autorizado a conteúdos digitais sob direitos autorais, os MPT são referidos às limitações incorporadas em dispositivos eletrônicos, a fim de res-tringir o acesso ou o uso de obras protegidas por direitos autorais por terceiros não autorizados.

Por exemplo, uma medida eficaz para proteger seu trabalho com direitos autorais pode ser um software de segurança do computa-dor. No caso de essa medida ser contornada ou pirateada, o infra-tor pode sofrer consequências legais por tal violação dos direitos de propriedade intelectual.

Na área de direitos autorais, um dos players mais ativos na prevenção da pirataria é “Alianza” (Alianza contra Pirateria de Televisión Paga). “Alianza” é um grupo de provedores de conteú-do, transmissores de televisão por assinatura e provedores de tecnologia que visam combater a pirataria FTA (Free to Air) em toda a América Latina. A Alianza reúne a maioria dos principais players da indústria de televisão por assinatura e cria um quadro para uma colaboração mais ampla na indústria na luta contra a pirataria de Free to Air (FTA). Graças a uma colaboração frutuosa entre “Alianza” e as autoridades oficiais, um número considerável de produtos piratas foram apreendidos e, em alguns casos, des-truídos.

Na América Latina, não existe um quadro jurídico comum, como o “Digital Millennium Copyright Act” ou a “Diretriz europeia da socie-dade da informação (direitos autorais)” de 2001 (2001/29 / CE), e, em particular, o Mercado Único Digital Europeu (DSM). O DSM visa

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facilitar o comércio on-line transfronteiriço e reduzir as barreiras regulamentares e os custos comerciais reais que segmentam os mercados on-line, por exemplo, reduzindo os custos de entrega de encomendas, abrindo acesso transfronteiriço ao conteúdo de mídia protegido por direitos autorais, etc. . (Fonte: União Europeia, 2016)

Além disso, na América Latina, as receitas geradas pelo comércio eletrônico (plataformas on-line) estão aumentando. De acordo com um relatório recente do Banco de Desenvolvimento da Améri-ca Latina, as leis de direitos autorais na maioria dos países latino-americanos ainda não foram totalmente adaptadas ao ambiente online. Portanto, a execução dos direitos territoriais e exclusivos depende fortemente do direito dos contratos, das disposições das leis de direitos autorais off-line e, principalmente, das medidas tecnológicas de bloqueio geográfico. A falta de regulamentação específica para a execução dos direitos autorais no ambiente on-line pode ser a razão pela qual o bloqueio geográfico ainda não é um problema para os detentores de direitos, consumidores ou governos. Não é surpresa que o bloqueio geográfico seja uma prática amplamente adotada na região. As principais plataformas on-line que oferecem conteúdo de vídeo na América Latina, como Netflix, Google e Crackle (Sony) estão usando o bloqueio geográ-fico para impor direitos de exclusividade negociados nas licenças com os proprietários de conteúdo. D. Marcas

Uma marca bem desenhada não só confere prestígio, mas também pode ser a porta de entrada para novos mercados. No entanto, você deve estar ciente de que a proteção de marca é concedida em uma base territorial. Isso significa que antes de comercializar seus produtos e serviços no exterior, você deve re-gistrar seus sinais distintivos nos países de seu interesse.

7,1% das Marcas registradas solicitadas em 2015 no mundo abrangeram a classe 9 - instrumentos científicos, fotográficos, de medição, equipamentos de gravação, computadores e software - enquanto 4,8% abrangeram a classe 42 - serviços científicos e tecnológicos, design e desenvolvimento de hardware e software informáticos - (Fonte: WIPO).

Uma busca prévia de marca é a melhor maneira de evitar oposições de terceiros, bem como evitar a violação de di-reitos de terceiros. Leve em consideração quaisquer sinais idênticos e similares registrados para proteger produtos idênticos ou similares, nomeadamente bens e serviços nas classes 9, 35, 38, 41 e 42 da Classificação de Nice.

BUSCA DE MARCA

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A Marca concede ao titular do direito o direito exclusivo de usar o nome e o logotipo registrados, bem como evitar qualquer uso não autorizado por parte de terceiros (incluindo o uso de sinais semelhantes que possam confundir). O registro, juntamente com estratégias de marketing adequadas, pode fornecer ao titular do DPI não apenas a melhor chance de diferenciar seus produtos e serviços de seus competidores (melhorando seu posicionamento de marketing), mas também para ajudar o detentor na implemen-tação de novos modelos comerciais em potencial, como o franchi-sing.

Como regra geral, os países latino-americanos adotam o sistema “quem deu entrada no pedido primeiro”. Assim, os direitos exclusivos são concedidos à parte que fez o pedido primeiro. No entanto, muitas leis na região fornecem um certo grau de proteção para marcas não registradas notoria-mente conhecidas, de acordo com a Convenção de Paris e o Acordo TrIPS. Além disso, outras exceções foram introduzi-das a nível nacional:

• OBrasilofereceum“direitopreferencial”paraobterreg-istro para a pessoa que, de boa fé na data de prioridade ou de aplicação, usa uma marca idêntica ou similar neste país há pelo menos 6 meses para distinguir ou certificar um produto ou serviço idêntico ou similar.

• Aleichilenaprevêque,emdeterminadascircunstâncias,o uso de uma marca não registrada no Chile confere ao seu proprietário o direito de se opor aos pedidos de reg-istro da marca.

• A legislaçãomexicanaestabelecequeousodeumamarca não registrada no México permitirá que seu pro-prietário se beneficie de certas ações contra marcas comerciais idênticas ou similares.

Para obter aconselhamento sob medida para o seu caso es-pecífico, não hesite em entrar em contato com nossa Central de Atendimento. É grátis, rápido e confidencial.

Primeiro a dar entrada no pedido - exceções sobre marcas

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Para obter dicas práticas e dados factuais sobre registro de mar-cas, consulte nossos guias sobre registro de marcas registradas no Brasil e no Chile, como realizar uma busca de marca no Brasil e no Chile e nosso Factsheet de PI na Colômbia and México.

REGISTRO INTERNACIONAL DE MARCAS REGISTRADA

O México e a Colômbia são partes no Protocolo de Madri (Sistema de Madrid), que oferece ao proprietário de uma marca registrada a possibilidade de proteger a Marca em vários países, dando entrada em um único pedido inter-nacional. Em contrapartida, se você quiser registrar seus sinais distintivos no Brasil e no Chile, preencher um pedido nacional é a única maneira de obter proteção.

Se você está disposto a internacionalizar seu negócio de TIC para a América Latina, considere os seguintes aspectos:

a) De um modo geral, o devido registro do DPI oferece a oportu-nidade de explorar e executar plenamente seus direitos contra terceiros em caso de infração (por exemplo, falsificação). Além disso, deve ser levado em conta que a proteção de marca é relativamente barata (ou seja, o registro em uma única classe equivale a cerca de € 120- € 230).

b) Os procedimentos de registro podem variar dependendo do país e se oposições ou outros recursos estiverem envolvidos. No entanto, geralmente leva entre 5 a 8 meses no Chile, na Colômbia e no México, e cerca de 2 ou 3 anos no Brasil.

c) A proteção dura 10 anos a partir da data de concessão do registro no Brasil, no Chile ou na Colômbia. Em contrapartida, no México, o período de 10 anos é contado a partir da data do depósito. Em qualquer caso, as marcas registradas podem ser renovadas indefinidamente por períodos iguais, mediante o pagamento da taxa de renovação.

d) registro defensivo: alguns países não imporão a obrigação de usar a Marca depois do seu registro (por exemplo, Chile); por-tanto, é possível registrar sua marca apenas para fins defen-sivos. Por outro lado, na Colômbia e no México (máximo de 3 anos de não uso) e no Brasil (máximo de 5 anos de não uso), e uma marca registrada não utilizada pode ser cancelada.

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Os pedidos de má fé são pedidos de marcas registradas cu-jos proprietários - também conhecidos como trolls de marca registrada - se registram para revendê-los aos seus legíti-mos proprietários e/ou prejudicar sua reputação. Embora ex-istam meios legais para lutar contra essas práticas, eles são mais caros do que registrar seu pedido no devido tempo.

PEDIDOS DE MÁ FÉ

E. Segredos comerciais

Além dos direitos de propriedade intelectual registrados, existem outras formas de proteger seus ativos intangíveis, como, por exemplo, Segredos comerciais. Qualquer informação comercial valiosa, que oferece à sua empresa uma vantagem competitiva, desde que permaneça confidencial, pode beneficiar deste meio de proteção.

Este mecanismo de proteção é particularmente útil para proteger essas invenções que não são patenteáveis (ou seja, não atende aos requisitos mínimos ou o assunto não é elegível para prote-ção). Nesse sentido, protótipos, processos de fabricação, código fonte de software ou algoritmos - e.g. O algoritmo do Google - pode ser protegido por meio de Segredos Comerciais.

As principais vantagens dos Segredos Comerciais são que seu prazo não é limitado no tempo, na medida em que a informação confidencial não é divulgada. Além disso, os Segredos Comerciais não requerem registro e são executáveis em qualquer parte do mundo onde são infringidos.

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De um modo geral, os requisitos para sua proteção são:

1) A informação deve sempre ser secreta, o que significa que não deve ser conhecida genericamente ou facilmente acessí-vel para pessoas que não as PME.

2) A informação deve ter valor comercial - ou, pelo menos, valor comercial potencial - para as PME devido ao seu sigilo. Este valor comercial pode ser qualquer economia, benefício ou vantagem de custo econômico, financeiro ou comercial que a informação secreta forneça à PME sobre seus concorrentes. O Brasil, no entanto, não requer um valor comercial para prote-ger a informação por meio do Segredo Comercial.

3) A informação deve ter sido “razoavelmente protegida” pela PME. Por exemplo, se o Segmento Comercial estiver relacio-nado a um processo de produção, esse processo deve ser realizado longe dos olhos do pessoal de fora da empresa. Da mesma forma, é altamente recomendável assinar um Acordo de Não Divulgação (NDA - ver Glossário) com qualquer pessoa a quem toda ou parte das informações secretas sejam forne-cidas (incluindo funcionários, potenciais parceiros de negócios, etc.), além de tomar mais medidas técnicas e de organização para restringir o acesso à informação.

Na América Latina, a proteção de Segredo Comercial é regida pela concorrência desleal, pelo crime ou lei contratual. Se você precisa se aprofundar na proteção de Segredos Comerciais, leia nosso Factsheet sobre Segredos Comerciais no Chile, Segredos Comerciais na Argentina e Segredos Comerciais no Brasil ou entre em contato com nossos especialistas através da nossa Linha de Apoio. Eles ficarão muito satisfeitos em apoiá-lo em espanhol, in-glês, alemão, francês ou português.

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4. Glossário

Acordo de não divulgação (NDA): os NDAs são contratos cujo ob-jetivo é manter a confidencialidade de certas informações secretas compartilhadas entre duas partes, também é possível introduzir cláusulas de não divulgação dentro do contrato de seus funcioná-rios. Em ambos os casos, podem ser estabelecidas cláusulas de penalidade para casos de falha na obrigação de confidencialidade.

Fonte aberta: em termos gerais, a fonte aberta refere-se a qual-quer trabalho cujo criador concedeu livremente a possibilidade de usar, modificar, reter e redistribuir o trabalho sem a necessidade de autorização.

Copyleft: é um conjunto de fortes licenças abertas aplicáveis a di-ferentes trabalhos criativos vinculados por direitos autorais, o que permite ao autor determinar quais direitos ele/ela quer manter exclusivamente e quais são licenciados.

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5. Links de interesse e informações adicionais

Saiba mais sobre os Direitos de Propriedade Intelectual na Améri-ca Latina, visite o site do Latin America IPr SME: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu

Informação adicional

Links de interesse

Escritório Brasileiro de Propriedade Industrial (INPI): www.inpi.gov.br

Escritório Mexicano de Propriedade Industrial (IMPI): www.gob.mx/impi

Escritório Colombiano de Propriedade Industrial (SIC): www.sic.gov.co/propiedad-Industrial

Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO): http://www.wipo.int/portal/en/index.html

A economia móvel América Latina e Caribe 2016: https://www.gsmaintelligence.com/research/?file=77bf8c5810d64e78a-1c6a49453ade6ba&download

Comércio de produtos falsificados de TIC: http://www.oecd.org/gov/risk/trade-in-counterfeit-ict-goods-9789264270848-en.htm

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relatório de Propriedade Intelectual e Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC): http://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/bitstream/JrC97541/jrc97541.pdf

Indicadores mundiais de propriedade intelectual 2016: http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/en/wipo_pub_941_2016.pdf

relatório Europeu B2C E-COMMErCE 2016: https://www.ecommer-ce-europe.eu/app/uploads/2016/07/European-B2C-E-commerce-report-2016-Light-Version-FINAL.pdf

Factsheets

Licenciamento na América Latina: http://www.latinamerica-ipr-hel-pdesk.eu/content/licensing-latin-america-0

P&D e transferência de tecnologia no Chile: http://www.latinameri-ca-ipr-helpdesk.eu/content/rd-and-technology-transfer-chile

Como acelerar sua patente no Brasil: http://latinamerica-ipr-help-desk.eu/content/how-accelerate-your-patent-brazil

Proteção de Software no Brasil: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/software-protection-brazil

Copyleft na América Latina (I): Introdução: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/copyleft-latinamericai-introduction

Copyleft na América Latina (II): Indústrias criativas: www.latina-merica-ipr-helpdesk.eu/content/copyleft-latinamericaii-creative-in-dustries

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Como realizar uma busca de marca registrada no Brasil: www.lati-namerica-ipr-helpdesk.eu/content/how-conduct-tm-search-brazil

Como realizar uma busca de marca registrada no Chile: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/how-conduct-trademark-search-chile

Guia de registro de marca registrada no Brasil: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/guide-trademark-registration-brazil

Guia de registro de marca registrada no Chile: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/guide-trademark-registration-chile

Segredos comerciais no Chile: http://www.latinamerica-ipr-help-desk.eu/content/trade-secrets-chile

Segredos comerciais no Brasil: http://www.latinamerica-ipr-help-desk.eu/content/trade-secrets-brazil-0

Factsheeet por país

PI no Brasil: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/brazil-ip-country-factsheet

PI na Colômbia: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/colom-bia-ip-country-factsheet

PI no Chile: http://www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/chile-ip-country-factsheet

PI no México: www.latinamerica-ipr-helpdesk.eu/content/mexico-ip-factsheet

Versão: junho de 2017. Todos os requisitos do presente do-cumento estão atualizados para a Lei vigente nesta data. Os

valores são expressos em Euros e podem variar de acordo com a taxa de câmbio e/ou modificações posteriores do

regulamento vigente.

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SOBRE O LATIN AMERICA IPR SME HELPDESK:O Latin America IPR SME Helpdesk oferece gratuitamente apoio inicial sobre PI e Direitos de PI, no sentido de auxiliar o processo de internacion-alização das PMEs Europeias (PMEs Europeias e PMEs dos países Associados) já estabelecidas na América Latina ou que trabalhem com entidades dessa região, assim como dos potenciais interessados em estabelecer atividades e empreendimentos comerciais e de I&D nesses países.

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