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Pierre Bourdieu. Denguin, França, 01 de agosto de 1930 – Paris, França, 23 de janeiro de 2002.

Pierre Bourdieu. Denguin, França, 01 de agosto de 1930 ...professor.ufop.br/.../bourdieu_espaco_social_e_espaco_simbolico.pdf · ... (assim podemos falar de um habitus masculino

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PierreBourdieu.Denguin,França,01deagostode1930–Paris,França,23dejaneirode2002.

PierreBourdieuEspaçosocialeespaçosimbólico

Metodologiadetrabalhoinves@ga@voeteóricodoautor:

Asnoçõesdeespaçosocial,deespaçosimbólicooudeclassesocialnãosão,nunca,examinadasemsimesmaseporsimesmas;sãou@lizadasepostasàprovaemumapesquisa inseparavelmente teórica e empírica que, a propósito de um objeto bemsituadonoespaçoenotempomobilizaumapluralidadedemétodosquan@ta@vosequalita@vos, estaPs@cos e etnográficos, macrossociológicos e microssociológicos deobservaçãoedeavaliação.

Nãopodemoscapturaralógicamaisprofundadomundosocialanãosersubmergindonapar@cularidadedeumarealidadeempírica,historicamentesituadaedatadas,paraconstruí-la,porém,como“casopar@culardopossível”,istoé,comoumafiguraemumuniversodeconfiguraçõespossíveis.

Concretamente, isso quer dizer que uma analise do espaço social é a da historiacomparada, que se interessapelopresente, ouada antropologia compara@va, que seinteressaporumadeterminadaregiãocultural,ecujoobje@voéapanharoinvariante,aestrutura,navarianteobservada.

0pesquisador,aomesmotempomaismodestoemaisambiciosodoqueocuriosopelosexo@smos, obje@va apreender estruturas e mecanismos que, ainda que por razõesdiferentes, escapam tanto ao olhar na@vo quanta ao olhar estrangeiro, tais como osprincípiosdeconstruçãodoespaçosocialouosmecanismosdereproduçãodesseespaçoequeeleachaquepoderepresentaremummodeloquetemapretensãodevalidadeuniversal.

Oqueéumateoriacien6fica?

Diferentedateoriateórica–discursoprofé@coouprogramá@coquetememsimesmooseuprópriofimequenasceevivedadefrontaçãocomoutrasteorias-,ateoriacienPficaapresenta-secomoumprogramadepercepçãoedeaçãosóreveladonotrabalhoempíricoemqueserealiza.

Tomarverdadeiramenteopar@doda ciênciaéoptar, asce@camente,pordedicarmais tempoemais esforços apor emaçãoos conhecimentos teóricos adquiridos inves@ndo-os empesquisasnovas,emvezdeosacondicionar,decertomodo,paraavenda,metendo-osnumembrulhodemetadiscurso, des@nadomenos a controlar o pensamento do que a mostrar e valorizar a suaprópria importânciaouadelere@rardiretamenteosbene\cios fazendo-ocircularnas inúmerasocasiõesqueaidadedojatoedocolóquioofereceaonarcisismodopesquisador.

Conceitosqueoautormobilizaemsuapesquisa

I.Habitus

Habituséumanoçãofilosóficaan@ga,originárianopensamentodeAristótelesenaEscolás@camedieval,quefoirecuperadaeretrabalhadadepoisdosanos1960pelosociólogo Pierre Bourdieu para forjar uma teoria disposicional da ação capaz dereintroduzirnaantropologiaestruturalistaacapacidadeinven@vadosagentes,semcom isso retroceder ao intelectualismo Cartesiano que enviesa as abordagenssubje@vistas da conduta social, do behaviorismo ao interacionismo simbólicopassandopelateoriadaaçãoracional

Conceito delineado para transcender a oposição entre obje@vismo e subje@vismo: ohabituséumanoçãomediadoraqueajudaarompercomadualidadedesensocomumentreindivíduoesociedadeaocaptar“ainteriorizaçãodaexterioridadeeaexteriorizaçãodainterioridade”,ouseja,omodocomoasociedadesetornadepositadanaspessoassoba forma de disposições duráveis, ou capacidades treinadas e propensões estruturadasparapensar,sen@reagirdemodosdeterminados,queentãoasguiamnassuasrespostascria@vasaosconstrangimentosesolicitaçõesdoseumeiosocialexistente.

Disposiçãodesignaatendência,rela@vamenteestávelnotempo,queumapessoaapresentadesecomportardedeterminadamaneiraemdeterminadassituações.

Disposiçõessãoestruturascogni@vasdosindivíduosqueorientamoumesmodeterminamsuasaçõesemumdeterminadocontexto.

Cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da atenção, associação,memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. É o conjunto dos processos mentais usados nopensamentonaclassificação,reconhecimentoecompreensãoparaojulgamentoatravésdoraciocínioparaoaprendizadodedeterminadossistemasesoluçõesdeproblemas.Deumamaneiramaissimples,podemosdizerquecogniçãoéaformacomoocérebropercebe,aprende,recordaepensasobretodainformaçãocaptadaatravésdoscincosen@dos.

Bourdieu propõe que a prá@ca não é nem o precipitado mecânico de ditamesestruturais nemo resultadodaperseguição intencional deobje@vospelos indivíduosmasantes“oprodutodeumarelaçãodialé@caentreasituaçãoeohabitus,entendidocomo um sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas asexperiênciaspassadas,funcionaem cadamomentocomoumamatrizdepercepções,apreciações e ações e torna possível cumprir tarefas infinitamente diferenciadas,graçasàtransferênciaanalógicadeesquemas”adquiridosnumaprá@caanterior

Habitus: história individual e grupal sedimentada no corpo, estrutura social tornadaestruturamental.

Designaumacompetênciaprá@ca,adquiridanaeparaaação,queoperasoboníveldaconsciência

Contra o estruturalismo, então, a teoria do habitus reconhece que os agentes fazema@vamenteomundosocialatravésdoenvolvimentodeinstrumentosincorporadosdeconstrução cogni@va; mas também afirma, contra o constru@vismo, que estesinstrumentosforamtambémelesprópriosfeitospelomundosocial.

O habitus fornece ao mesmo tempo um princípio de sociação e de individuação:sociação porque as nossas categorias de juízo e de ação, vindas da sociedade, sãopar@lhadasportodosaquelesqueforamsubme@dosacondiçõesecondicionamentossociais similares (assim podemos falar de um habitus masculino, de um habitusnacional, deumhabitusburguês, etc.); individuaçãoporque cadapessoa, ao terumatrajetória e uma localização únicas no mundo, internaliza uma combinaçãoincomparáveldeesquemas.

Porque é simultaneamente estruturado (por meios sociais passados) e estruturante (deações e representações presentes), o habitus opera como o “princípio não escolhido detodas as escolhas” guiando ações que assumem o carácter sistemá@co de estratégiasmesmo que não sejam o resultado de intenção estratégica e sejam obje@vamente“orquestradassemseremoprodutodaa@vidadeorganizadoradeummaestro”

Quatroincompreensõesrecorrentessobreoconceito:

Primeiro,ohabitusnuncaéaréplicadeumaúnicaestruturasocial,namedidaemqueéum conjunto dinâmico de disposições sobrepostas em camadas que grava, armazena eprolongaainfluênciadosdiversosambientessucessivamenteencontradosnavidadeumapessoa.

Emsegundolugar,ohabitusnãoénecessariamentecoerenteeunificadomasrevelagrausvariados de integração e tensão dependendo da compa@bilidade e do carácter dassituações sociais que o produziram ao longo do tempo: universos irregulares tendem aproduzirsistemasdedisposiçõesdivididosentresi,quegeramlinhasdeaçãoirregulareseporvezesincoerentes.

Terceiro,oconceitonãoestámenospreparadoparaanalisaracriseeamudançadoqueestápara analisar a coesão e a perpetuação. Tal acontece porque o habitus não estánecessariamentedeacordocomomundosocialemqueevolui.Bourdieuavisa-nosdequedeveremos “evitar universalizar inconscientemente omodelo da relação quase circular daquase-perfeitareproduçãoqueéapenascompletamenteválidonocasoemqueascondiçõesdeproduçãodohabitussãoidên@casouhomólogasdassuascondiçõesdefuncionamento”.

Ofatodeohabituspoder“falhar”edeter“momentoscrí@cosdeperplexidadeediscrepância”quandoéincapazdegerarprá@casconformesaomeiocons@tuiumdosprincipaisimpulsionadoresdemudançaeconómicaeinovaçãosocial.

Quarto, o habitus não é ummecanismo autossuficiente para a geração da ação: operacomoumamolaquenecessitadeumga@lhoexternoenãopodeportantoserconsideradoisoladamentedosmundossociaispar@culares,ou“campos”,no interiordosquaisevolui.Umaanálisecompletadaprá@carequerumatriplaelucidaçãodagéneseeestruturasociaisdohabitusedocampoedasdinâmicasdasua“confrontaçãodialé@ca”

ParaBourdieuanoçãoé,emprimeirolugareacimadetudo,ummodoestenográficode designar uma postura de inves@gação, ao apontar um caminho para escavar ascategorias implícitas através das quais as pessoasmontam con@nuadamente o seumundo vivido, que tem informado pesquisas empíricas em torno da cons@tuiçãosocialdeagentescompetentesnumagamavariadadequadrosins@tucionais.

Estudosdemonstramqueaconvocaçãoeempregodosesquemascogni@vosemo@vacionaisque compõem o habitus é acessível à observaçãometódica. Em úl@ma análise, a prova dopudimteóricodohabitusdeveconsis@rnocomê-loempiricamente.

II.Campo

A noção de campo serviu, para Bourdieu, primeiro para indicar uma direção àpesquisa,definidanega@vamentecomorecusaàalterna@vadainterpretaçãointernaeda explicação externa, perante a qual se achavam colocadas todas as ciências dasobrasculturais,ciênciasreligiosas,históriadaarteouhistórialiterária:

Bourdieu ultrapassa a oposição entre um formalismo nascido da teorização de uma arte quechegaraaumaltograudeautonomiaeumreducionismoempenhadoemrelacionardiretamenteasformasarPs@cascomformassociais.

Exemplo:estudosdareligião,mastambémaeducação.

ModelodeDukheim

ModelodeNorbertElias

ModelodeWeber

ModelodeMarx

Bourdieu

Emumprimeiromomento,asociologiaapresenta-secomoumatopologiasocial.Topologia:Namatemá@ca,éoestudodasnoçõesdeproximidade(limite,vizinhança,etc).Natopografia,éadescriçãodetalhadadeumlocal.

Pode-serepresentaromundosocialemformadeumespaço(comváriasdimensões)construídonabasedeprincípiosdediferenciaçãooudedistribuiçãocons@tuídospeloconjunto de propriedades que atuam no universo social considerado, quer dizer,apropriadasaconferir,aodetentordelas,forçaoupodernesseuniverso.

Osagentesegruposdeagentessãoassimdefinidospelassuasposiçõesrela@vasnesteespaço.

Cadaumdelesestáacantoadonumaposiçãoounumaclasseprecisadeposiçõesvizinhas,querdizer,numaregiãodeterminadadoespaço,enãosepodeocuparrealmenteduasregiõesopostasdoespaço.

Namedidaemqueaspropriedades@dasemconsideraçãoparaseconstruiresteespaçosão propriedades atuantes, ele pode ser descrito também como campo de forças, querdizer, como um conjunto de relações de forças obje@vas impostas a todos que entremnessecampoe irreduPveisàs intençõesdosagentes individuaisoumesmoàs interaçõesdiretasentreosagentes.

Oquesãoessaspropriedadesatuantes?

Essaspropriedadesatuantes,levadasemconsideraçãocomoprincípiosdeconstruçãodoespaçosocial,sãoasdiferentesespéciesdecapitalqueocorremnosdiferentescampos.

O capital pode exis@r no estado obje@vado, em formas de propriedades materiais (dinheiro, bens,diplomas,etc.)ouemestadoincorporado,nocasodocapitalculturalepodemserjuridicamentegaran@do.

O capital representa um poder sobre um campo, num dadomomento, e, mais precisamente, sobre oprodutoacumuladodotrabalhopassado(empar@cularsobreoconjuntodosinstrumentosdeprodução),logosobreosmecanismosquecontribuemparaasseguraraproduçãodeumacategoriadebense,destemodo,sobreoconjuntodosrendimentosedeganhos.

Asespéciesdecapital,comoostrunfosemumjogo,sãoospoderesquedefinemasprobabilidades de ganho num campo determinado – a cada campo ou subcampocorrespondeumaespéciedecapitalpar@cular,queocorrecomopoderoucomocoisaemjogonestecampo.

Asposiçõesdeumdeterminadoagentenoespaçosocialpodeassimserdefinidapelaposiçãoqueeleocupanosdiferentescampos,querdizer,nadistribuiçãodospoderesqueatuamemcadaumdeles,sejaocapitaleconômico,ocapitalculturaleocapitalsocialetambémocapitalsimbólico,geralmentechamadopresPgio,reputação,fama,etc.,queéaformapercebidaereconhecidacomolegí@madasdiferentesespéciesdecapital.

Pode-se, assim, construir um modelo de campo social no seu conjunto que permitepensaraposiçãodecadaagenteemtodososespaçosdejogopossíveis.

Pode-se descrever o campo social como um espaçomul@dimensional de posições talque qualquer posição atual pode ser definida em função de um sistemamul@dimensional de coordenadas cujos valores correspondem aos valores dasdiferentes variáveis per@nentes: os agentes distribuem-se assim nele, na primeiradimensão,segundoovolumeglobaldocapitalquepossueme,nasegundadimensão,segundoacomposiçãodoseucapital–segundoopesorela@vodasdiferentesespéciesnoconjuntodesuasposses.

Bourdieuobservaqueadinâmicadocampomodifica-seaolongodotempo.Aformadequesereveste,emcadamomentoeemcadacamposocial,oconjuntodasdistribuiçõesdasdiferentesespéciesdecapital–incorporadooumaterializado-,comoinstrumentosde apropriaçãodoprodutoobje@vadodo trabalho social acumulado, defineo estadodasrelaçõesdeforça–ins@tucionalizadasemestatutossociaisduradouros,socialmentereconhecidosoujuridicamentegaran@dos-,entreagentesobje@vamentedefinidospelasuaposiçãonestasrelações.Estaposiçãodeterminaospoderesatuaisoupotenciaisnosdiferentes campos e as probabilidades de acesso aos ganhos específicos que elesocasionam.

Emcertosuniversossociais,aosprincípiosdedivisãoque,comoovolumeeaestruturado capital, determinam a estrutura do espaço social somam-se princípios de divisãorela@vamenteindependentesdaspropriedadeseconômicasouculturais,comoafiliaçãoétnicaoureligiosa.

Adistribuiçãodosagentesaparecenestecasocomooprodutoda interseçãodedoisespaçosquesão parcialmente independentes, podendo uma etnia situada em posição inferior no espaço dasetniasocuparposiçõesemtodososcampos,aindaosmaisaltos,mascomtaxasderepresentaçãoinferioresàsdeumaetniasituadanumaposiçãosuperior.Cadaetniapodeassimsercaracterizadapelaposiçãosocialdeseusmembros,pelataxadedispersãodessasposiçõese,enfim,peloseugraude integração social, apesar da dispersão, podendo a solidariedade ~étnica produzir o efeito deassegurarumaformademobilidadecole@va.

Oconhecimentodaposiçãoocupadanesteespaçocomportaumainformaçãosobreaspropriedadesintrínsecas(condição)erelacionais(posição)dosagentes.

Isso se vêpar@cularmentebemno casodosocupantesdasposições intermediáriasoumédias que, alémdos valoresmédios oumedianos das suas propriedades, devemumcertonúmerodassuascaracterís@casmaisPpicasaofatodeestaremsituadosentreosdoispolosdocampo,nopontoneutrodoespaço,edeoscilarementreasduasposiçõesextremas.

Classesnopapel

Combasenoconhecimentodoespaçodasposições,podemosrecortarclassesnosen@dológicodotermo.

Classe:En@dadelógicaquesa@sfazacertosaxiomas,equesepoderepresentarintui@vamentecomoumacoleçãodeobjetos.

Querdizer,conjuntosdeagentesqueocupamposiçõessemelhanteseque,colocadosemcondiçõessemelhantesesujeitosacondicionamentossemelhantes,têm,comtodaprobabilidade,a@tudeseinteressessemelhantes,logo,prá@casetomadasdeposiçãosemelhantes.

Essaclassenopapeltemaexistênciateóricaqueéadasteorias:enquantoprodutodeuma classificação explica@va, perfeitamente semelhante às dos zoólogos ou dosbotânicos, ela permite explicar e prever as prá@cas e as propriedades das coisasclassificadas–e,entreoutras,asdacondutaemumareuniãoemgrupo.

Não é realmente uma classe, uma classe atual, no sen@do de grupo e de grupomobilizado para a luta; poder-se-ia dizer, em rigor, uma classe provável, enquantoconjuntodeagentesqueoporámenosobstáculosobje@vosdoquequalqueroutroàsaçõesdemobilizaçãodoquequalqueroutroconjuntodeagentes.

Bourdieu alerta contra o rela@vismo nominalista – que anula as diferenças sociais aoreduzi-lasapurosartefatosteóricos.

Aocontrário,existeumespaçoobjeHvoquedeterminacompaHbilidadeseincompaHbilidades,proximidadesedistâncias.

Bourdieualertacontraareificaçãodosconceitos(ourealismodainteligência):

As classes que podemos recortar no espaço social (por exemplo, por exigências daanáliseestaPs@ca,queéoúnicomeioderevelaraestruturasocial)nãoexistemcomogrupos reais embora expliquem a probabilidade de se cons@tuírem em gruposprá@cos,famílias,clubes,associaçõesemesmo“movimentos”sindicaisoupolí@cos.

Oqueexisteéumespaçoderelações oqualétãorealquantoumespaçogeográfico,noqualasmudançasdelugarsepagamemtrabalho,emesforçose,sobretudoemtempo(irdebaixoparacimaéguindar-se,subiretrazerasmarcasouoses@gmasdoesforço).

Tambémas distâncias semedemnele em tempo (de ascensão ou de reconversão, porexemplo).

E a probabilidade da mobilização em movimentos organizados, dotados de umaparelho e de porta-voz (precisamente aquilo que leva a falar de “classe”) seráinversamenteproporcionalaoafastamentonesseespaço.

Omundosocialpodeserditoeconstruídodediferentesmodos:elepodeserpra@camentepercebido,dito,construído,segundodiferentesprincípiosdevisãoedivisão–porexemplo,asdivisõesétnicas- ,dando-sepor entendidoqueos reagrupamentosna estruturadoespaço social construídonabasedadistribuição do capital apresentammaiores probabilidades de serem estáveis e duradouras e que asoutras formas de reagrupamento estarão sempre ameaçadas pelas cisões e oposições ligadas àsdistânciasnoespaçosocial.