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PIPR em Construção PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DO RECIFE ANO I | Nº 01 Como será o novo templo // Dificuldades e lutas // Conheça a equipe de construção Nossa história e nossos pastores // Entrevista com Alnira Borges // E muito mais.

PIPR em Construção

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Publicação cristã destinada ao acompanhamento das obras de construção do Novo Templo da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife.

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PIPR em ConstruçãoPRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DO RECIFE ANO I | Nº 01

Como será o novo templo // Dificuldades e lutas // Conheça a equipe de construçãoNossa história e nossos pastores // Entrevista com Alnira Borges // E muito mais.

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Iniciando os trabalhos

editorial

Deus tem planos especiais para as nossas vidas, cada vez mais tenho

a certeza desse fato.

Quando em 1956, com apenas oito anos, assisti a cisão da nossa Igreja e perdemos a nossa igrejinha na Rua da Concórdia, como outros membros fiéis a IPB, começamos a sonhar com um novo templo.

Os anos se passaram. Foram muitos os caminhos trilhados. Rua Velha, Rua da Palma, Rua Joaquim Nabuco, Rua das Creoulas.

Eu não esperava que tomaria parte

nessa empreitada para a realidade da construção do nosso templo, como Editora da Revista PIPR EM CONSTRUÇÃO.

Como uma peça de um quebra-cabeças que só faz sentido em união umas com as outras, vamos nos juntar e contribuir, cada um dentro de suas possibilidades, para vermos concluídos os trabalhos que são para a honra e glória do nosso Senhor!

Deus nos ajude.

Gloria Maria SantiagoEditora

PIPR EM CONSTRUÇÃOAno I - # 01

03 de maio de 2015

Publicação cristã destinada ao acompanhamento das obras de construção

do Novo Templo da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife.

Jornalista responsávelGloria Maria de Sousa Santiago

DRT/PE- 1140

Diagramação e eDiçãoLeo Rodrigues

proJeto gráficoJônathas Souza

revisãoCândida Ramos

tiragem1.000 exemplares

anúncios, sugestões e comentá[email protected]

EQUIPE MINISTERIAL

Rev. Claudio AlbuquerquePastor Efetivo

Rev. Iclayber AlvesPastor Auxiliar

Rev. Lutero RochaPastor Auxiliar

SumárioPASTORAL

O início de uma bela história

MATÉRIA

Nossa história e nossos pastores

ARTIGO

Dificuldades e LutasFOTOS

Como será o novo templo

ARTIGO

Alnira Borges de Amorim

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No dia 11 de agosto de 2015 a Primeira Igreja Presbiteriana

do Recife estará comemorando seus 137 anos de organização. Essa jornada teve início com a chegada do missionário norte americano John Rockwell Smith à capital pernambucana, em 15 de janeiro de 1873. A viagem dos Estados Unidos da América até Recife durou 33 dias. O Rev. John Rockwell Smith (1846-1918) era um jovem de 27 anos cheio de expectativas de pregar o evangelho

em uma região praticamente não alcançada pela verdade salvadora.

O Rev. John Rockwell Smith nasceu em Lexington, Kentucky, EUA, em 1846. Graduou-se pelo Union Theological Seminary, na Virginia, aos 25 anos. Ele era um pastor de forte convicção calvinista, como os primeiros missionários que trouxeram a semente da Palavra de Deus para ser semeada em terras brasileiras. Seu desejo em pregar a Palavra ficou

evidenciado quando ainda no navio que o trouxera, pregou para toda tripulação e passageiros, inclusive para um grupo de pessoas resgatadas do navio “Eire”, que naufragara a 60 milhas da costa.

O Rev. Smith, ao chegar a Recife, fixou residência na Rua Imperial, 31, no lº andar. Algum tempo após a sua chegada, Smith escreveu à Missão dando notícias do seu trabalho: “A boa obra continua. Desde minha última

O início de uma bela história

pastoral

Rev. Cláudio Henrique Albuquerque

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carta, descobri um fato interessante. O trabalho aqui já se iniciara. Algumas semanas depois, uma carta do irmão Lane me informou de um colportor da Sociedade Bíblica Britânica nesta cidade [...]. É um senhor de idade; seu nome é Manoel José da Silva Viana. É um português que viveu no Rio de Janeiro durante quase 20 anos, e é Diácono, ali, na Igreja do Dr. Kalley. O Sr. Viana visitou esta cidade (Recife) três vezes. A primeira, em 1869, quando ficou seis meses e não alcançou qualquer resultado. A segunda visita durou nove meses e, nessa ocasião, reuniu de 10 a 20 pessoas à sua volta. Voltou agora, pela terceira vez, chegando aqui em novembro último, e trouxe sua família consigo, pretendendo ficar. Reuniu um pequeno grupo de aproximadamente trinta pessoas...”.

O catolicismo romano, na época, era a religião oficial. Não havia ainda a separação entre o Estado e a Igreja, o que viria acontecer após a Proclamação da República, em 1889, e com a Carta Constitucional de 1891. O jovem pastor Smith foi por muitas vezes vaiado, insultado e ameaçado pelos católicos. Alguns meses após sua chegada, Smith visitou o Presidente da Província no suntuoso Palácio do Campo das Princesas. Para a entrevista usou um intérprete, pois ainda não falava o português fluentemente. O Presidente da Província lhe autorizou a pregar o evangelho, mas, em caráter particular, dentro de um imóvel residencial e não em um templo. Ele poderia ensinar inglês, vender ou distribuir Bíblias e livros religiosos. Tudo segundo o regulamento do Conselho de Instrução Pública, não transgredindo as leis do Império.

O reverendo pregou seu primeiro sermão no dia 10 de agosto de 1873, para um auditório de 10 adultos, incluindo o missionário Boyle, que estava de passagem para o sul do país, e mais três crianças. O local da reunião foi uma casa situada no bairro de Santo Antônio, nas imediações da Rua Nova. Desde então, Smith passou a pregar nas manhãs dos domingos, fazia visitas durante a semana e aprendia português com um

jovem professor. Em setembro, Smith passou a pregar também nas quintas-feiras já com um português melhor e mais compreensível. Escreveu uma longa carta à Missão, dizendo: “Pude pregar todas as manhãs de domingo e também me comprometi, [...] com outro culto nas noites de quinta-feira. Nestes cultos, leio uma passagem da Escritura e faço alguns comentários [...]. Estou lendo a Epístola aos Romanos, agora, com o intuito de chamar a atenção para dois fatos: o do pecado e o da justificação pela fé e pela graça, com suas consequências. O número de presentes não tem sido tão bom ultimamente como no início. A frequência é geralmente 12 ou 13 pessoas, homens na maioria, vindos do rebanho do Sr. Viana. A maioria não vem com regularidade. Mas devido ao fato de alguns terem vindo muitas vezes, espero que se tornem ouvintes do Evangelho com disposição; e que sendo visitados em suas casas possam, pela bênção de Deus, ser induzidos a se tornarem frequentadores do culto. Dr. Kalley, do Rio de Janeiro, esteve na cidade durante o mês que passou. Batizou, no dia 19, 12 pessoas do pequeno rebanho recolhido pelo Sr. Viana.”

O Rev. Smith fez muitos amigos de todas as camadas sociais e pregava em vários pontos da cidade e na Rua do Imperador, 71. As portas ficavam agora abertas. Tornou-se um professor de inglês muito respeitado. No entanto, quando estavam reunidos para cultuar, ele e os primeiros convertidos eram vaiados e insultados pelos católicos. Esses, instigados pelos padres, diziam: “Vamos apedrejá-los!”, vamos jogá-los no rio para irem nadando até o Palácio e se queixarem ao Presidente da Província. Esse americano barbudo precisa aprender a respeitar!”

Em 1878, o Rev. Smith e os 12 primeiros convertidos, animados pe-los resultados alcançados, resolveram organizar a igreja. Para isso, fizeram dezenas de reuniões, discutiram muito e pediram a orientação do Se-nhor. Um dos convertidos, Belmiro de Araújo César, que em 1887 viria a ser ordenado pastor, dizia sempre: “A igreja deve ser organizada imedia-

tamente... Adiante irmãos! Deus nos ajudará!” Foi, então, que no dia 11 de Agosto de 1878, exatos 5 anos após o início do trabalho, o Rev. Rockwell Smith e seus 12 companheiros reu-niram-se, em assembleia, e fundaram a Igreja Presbiteriana de Pernambu-co, na Rua do Imperador, nº 71, 1º andar.

Naquele importante momento, o Rev. Smith declarou: “Meus irmãos, a assembleia aqui reunida acaba de aprovar a fundação, por unanimidade, da IGREJA PRESBITERIANA DE PERNAMBUCO, sob a bênção de Deus, nosso Pai e Criador. Esta data será lembrada através dos anos que virão, pois esta igreja que agora nasce, nesse clima de tensão e de restrições à divulgação da Palavra, tem uma missão a cumprir na história do evangelismo deste país. Olhando para o futuro, vejo que daqui sairão os homens que, pela Graça de Deus, levarão o Evangelho aos confins deste Estado e do País e até a outras partes do mundo! Declaro fundada a IGREJA PRESBITERIANA DE PERNAMBUCO.”

Os membros fundadores presentes àquela assembléia foram os seguintes irmãos: Francisco Joaquim Pereira Pinto; Joaquim da Costa Wanderley; José Inácio de Araújo Pereira; Emile Fiaux; Belmiro de Araújo César; João Batista de Lima; Christiano Eugênio Peixoto; José Francisco Primênio da Silva; Amélia Rufino da Silva Pontes; Francisca Alves de Albuquerque; Domerinda Pereira de Araújo e Irinéia Maria dos Prazeres.

Um dos fundadores, Belmiro Cé-sar, tomou a palavra, dizendo: “Meus irmãos! Um com Deus é a maioria. E nós somos 13! O Senhor há de nos guiar, de nos proteger, de nos guar-dar. Proponho que elejamos por acla-mação nosso primeiro Pastor, o Rev. JOHN ROCKWELL SMITH, que há cinco anos vem realizando este extraordinário trabalho em nossa cidade”. Eleito o pastor, houve tam-bém a eleição de dois presbíteros e dois diáconos. Naquela assembleia também foi aprovado um plano de evangelização com abertura de três pontos de pregação, um na Travessa

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do Príncipe, outro na Rua Imperial e outro em Areias.

Assim, foi instalada a Igreja Presbiteriana de Pernambuco, que mais tarde tomaria o nome de Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. Ela foi organizada com o desafio de cumprir uma missão, mesmo em meio às adversidades, perseguições e provações. O trabalho do Rev. Smith frutificou. Três dos seus convertidos se tornaram ministros do evangelho (Belmiro de Araújo César, João Batista de Lima e José Francisco Primênio da Silva). Por não haver seminário na época, todo preparo teológico era dado pelo missionário plantador. O Rev. Rockwell Smith ensinou aos candidatos todas as matérias necessárias à formação teológica e pastoral. Aqueles primeiros ministros se mostraram posteriormente com excelente preparo teológico e em cultura geral.

Os pioneiros enfrentaram muitas perseguições, como a movida pelo frade capuchinho Frei Celestino, inclusive através da imprensa. Em resposta a um folheto anônimo difamatório, Rockwell Smith escreveu o folheto “Resposta contra Resposta”. A imprensa escrita se tornou uma valiosa ferramenta na defesa da fé e na evangelização. Através dela aconteceu a conversão

de Juventino Marinho, em 1895. Ele era um menino de Goiana, que mais tarde veio a ser ordenado pastor em 1889. O Rev. Juventino Marinho se tornou um baluarte na implantação do protestantismo na região.

O Rev. John Rockwell Smith permaneceu no Recife até 1892. Durante esse período, ele organizou cinco igrejas no Nordeste, fundou o Jornal “Salvação de Graça”, e organizou o Presbitério de Pernambuco. Casou-se aos 34 anos com uma jovem do Alabama radicada em Santa Bárbara do Oeste, São Paulo, Susan Carolina Porter Smith, com a qual teve quatro filhos e uma filha. Dos filhos, três seguiram a carreira ministerial e o outro foi médico; a filha casou-se com um missionário. O primogênito, James Porter Smith, nascido no Recife em 1882, foi ordenado ao ministério sagrado em Sorocaba, em 1910. Em 1892, a missão, atendendo ao Sínodo da IPB, transferiu o Rev. Rockwell Smith para Nova Friburgo, RJ, a fim de dedicar-se à formação de pastores. Dirigiu o Seminário Presbiteriano do Sul, que depois foi transferido para São Paulo e por fim, Campinas. Em sua tarefa de educação teológica, Rockwell Smith preparou mais de 50 ministros da Palavra. Ele faleceu em 1918, em solo brasileiro, terra que Deus preparara para que a semente do evangelho germinasse e

produzisse muitos frutos.

São passados todos esses anos desde que o pastor Rockwell Smith iniciou este trabalho, e com os doze primeiros membros fundou esta Igreja e a instalou na Rua do Imperador, n° 71. Foram anos de lutas pregando o evangelho do Senhor e Salvador Jesus Cristo. Estamos hoje aqui, pela providência de Deus, porque um dia Ele nos chamou e redimiu, usando os meios que Ele mesmo decretou. O Senhor usou John Rockwell Smith e aquele pequeno grupo de gente simples para dizer que Jesus é o único caminho que nos conduz ao Pai.

Que Deus nos conceda a graça de continuarmos essa caminhada ex-pandindo o reino e sendo frutíferos, plantando novas igrejas e fazendo verdadeiros e produtivos discípulos para o nosso amado Senhor Jesus Cristo. Que Deus derrame sua gra-ça abundante sobre a PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DO RECIFE, para vivermos e propagar-mos este evangelho da graça sobe-rana de Deus, provado pelos nossos antepassados. Obrigado, Senhor!

Ao Deus soberano, Senhor da história, seja dada toda honra e glória pelos séculos dos séculos!

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Dificuldades e lutasartigo

Presb. Josimar Henrique da Silva

Após seis anos, a Comissão Especial para confecção e aprovação do projeto de construção do novo Templo da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife vem apresentar seu relatório final.

Conforme Ata 822 da reunião do Conselho da PIPR, em 25 de agosto de 2008, presidida pelo seu vice-presidente, Presb. Manacés Lyra, esta Comissão foi constituída com essa finalidade: “O Conselho recebe e aprova o Projeto, já apresentado à igreja por ocasião dos festejos comemorativos dos 130 anos da PIPR. Registra-se o agradecimento do Conselho em nome de toda a igreja ao irmão Presbítero Guerra. Resolve-se nomear uma comissão para tratar do assunto, formada pelos presbíteros Josimar Henrique, Eudes Horst, Rildo Teixeira Leitão, Washington Moura de Amorim Júnior e Fernando Guerra, objetivando a construção do novo templo.”

A partir desses atos, a Comissão colocou-se à disposição do Presb. Fernando Guerra, membro deste Conselho, que de forma graciosa, e por ser um dos arquitetos mais conceituados de nossa cidade, exercendo suas atividades em escritório de sua propriedade, e sendo também professor da Escola de Arquitetura da UFPE, não mediu esforços para execução e acompanhamento dos trâmites do projeto arquitetônico do Templo da PIPR.

Muitos entraves se sobrepujaram durante a análise do projeto. Durante seis anos e um mês, nosso prezado irmão Presbítero Fernando Guerra refez, pelo menos em três ocasiões, todo o projeto, tendo que atender, inclusive, a exigências descabidas e fora de normas legais, feitas pelos órgãos administrativos da Prefeitura Municipal do Recife-PE. Nesse período, a Prefeitura da cidade do Recife era administrada, há pelo menos dez anos, por um partido político que, em seu cerne, é contrário àqueles que confessam o Senhor Jesus como Senhor e Salvador.

Razão pela qual nosso projeto foi tão vilipendiado durante todo esse período pelos técnicos da Prefeitura.

Em razão da demora para análise do referido projeto (dois anos), em 2010 foi formada uma Comissão com os presbíteros Josimar Henrique da Silva, Eudes Horst, e pelo Rev. Cláudio Albuquerque, pastor efetivo da PIPR, que foi recebida pelo Secretário de Planejamento da Prefeitura do Recife, Dr. Almir Scwartz, a quem estavam subordinados os órgãos responsáveis

pelos trâmites de análise do projeto. Nessa reunião, nos acompanhou o Dr. Eduardo Araújo (responsável pelo agendamento). Trata-se de um cidadão de renome na cidade, ex-parlamentar e com trânsito nesse ambiente. Mesmo que tenhamos tido uma acolhida civilizada, a ação do referido secretário foi absolutamente inútil, não tendo o projeto recebido nenhuma atenção do referido secretário, pelas razões expostas acima, e por tratar-se de um membro ativo do referido partido político.

Essas ações não abalavam nosso ânimo, tampouco o ânimo do Presbítero e Arquiteto Fernando Guerra, que, sem receber nenhuma remuneração da Igreja, por decisão sua, não mediu esforços para continuar visitando os diversos órgãos, pelos quais o projeto tinha que tramitar. No final de 2013 o Presbítero Josimar Henrique, teve um contato com o novo Prefeito do Recife, Geraldo Júlio, facilitado pelo nosso irmão

Urbano Vitalino Neto. No primeiro semestre de 2014, uma nova Comissão foi formada para visitar, desta vez, o novo Prefeito da Cidade, agora de outro partido político. A Comissão formada pelo Presbítero Josimar Henrique da Silva e pelo o Rev. Cláudio Albuquerque, mediada pelo vereador Raul Jungmann, foi recebida pelo prefeito Geraldo Júlio. Este, com seus assessores, nos foi apresentado pelo vereador Raul Jungmann, que, na ocasião, fez um relato dos anos de peregrinação para a análise do projeto.

“ Este projeto também é um legado para nossos

antepassados, alguns deles que já não estão em

nosso meio.”

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O Prefeito Geraldo Júlio foi muito solícito ao ouvir toda nossa descrição, tendo nos dado a oportunidade para falarmos sobre a igreja, nosso pioneirismo na cidade do Recife há quase 140 anos. De imediato mandou chamar seu secretário, Dr. João Braga, que, nessa oportunidade, ocupava o cargo de secretário municipal, comandando a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano. O resultado desse encontro foi proveitoso. Compromissos foram assumidos de ambas as partes. O Prefeito Geraldo Júlio nos surpreendeu ao final da reunião, dizendo que aquele encontro teria um preço. Nos disse que não nos deixaria sair de seu gabinete, antes do Rev. Cláudio Albuquerque orar por sua vida, e por sua gestão. Aquele foi um momento especial. Fizemos um semicírculo, e o Rev. Cláudio orou, agradeceu aquele momento e suplicou a bênção do Deus Eterno sobre o Prefeito, sua equipe e sobre a cidade do Recife.

A partir daquela reunião, o vereador Raul Jungman manteve um plantão permanente de cobrança nos órgãos de análise, o que veio culminar com a aprovação do projeto no dia 11 de setembro de 2014. O Presbítero-arquiteto Fernando Guerra, de tão emocionado, quando recebeu a documentação final com a aprovação, ligou de imediato para o Presbítero Josimar Henrique e compartilhou sua alegria pelos resultados finais da aprovação. A Deus toda Glória.

A aprovação desse projeto, para o surgimento do templo e instalações da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, é um marco de alegria, de persistência, de regozijo. Passados 58 anos de uma longa caminhada, sem um local apropriado e definitivo para adoração ao nosso Deus, em virtude da cisão ocorrida em meados de 1956, quando uma grande parte

dos membros da Igreja, naquela ocasião saiu da IPB, formando outra denominação, e levou consigo todos os bens, deixando os que permaneceram fiéis ao Presbitério de Pernambuco e à IPB sem nada.

Essa igreja, representada por essa Comissão, que cumpriu a missão recebida de aprovar o projeto de construção do novo templo, é o grupo remanescente daqueles irmãos amados e queridos, que durante esses 58 anos sonhou em ter um local apropriado para o louvor do nosso Deus Eterno. Nosso Deus, Senhor da Igreja, nos contempla, agora, com a oportunidade de erguer um santuário, onde o Seu Nome Excelso será engrandecido; onde a honra será dada ao Filho do Pai Eterno, nosso Senhor Jesus Cristo; onde o Espírito Santo receberá a honra que lhe é devida, em um local construído para essas finalidades.

Este projeto também é um legado para nossos antepassados, alguns deles que já não estão em nosso meio, e que foram fiéis a esses ideais, mantendo-se fiéis aos seus princípios, mesmo quando foram enxotados, esses queridos se mantiveram fiéis, caminhando e chorando, de lugar para lugar, trazendo com suas feridas e lágrimas a insígnia da Primeira

Igreja Presbiteriana do Recife. Mas, agora, o Senhor nos presenteou com um belo e amplo terreno, com algumas edificações, onde improvisamos um Templo que hoje nos acolhe e onde será erguido, para a glória do Poderoso Deus, o novo tempo e as instalações da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. Pela memória desses queridos é que nos alegramos, e nos regozijamos com a aprovação do projeto de construção do Tempo da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife.

Aos membros da Comissão Especial, formada pelos Presbíteros Josimar Henrique da Silva, Eudes Horst, Rildo Teixeira Leitão, Washington Moura de Amorim Júnior e Fernando Alves Guerra, nosso reconhecimento e agradecimento. Ao presbítero e arquiteto Fernando Guerra, uma palavra especial, pela dedicação na elaboração do projeto e empenho nessa caminhada para sua aprovação. Ao amado Presbítero Manacés Lyra, em disponibilidade, aquele que presidiu a reunião onde foi designada esta Comissão; aos Pastores da Igreja, à própria Igreja, que sempre nos apoiou, um agradecimento especial.

Soli Deo Gloria. Presbítero Josimar Henrique da Silva, Relator.

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Viveu-se um momento de grande alegria e de muita fé, quando em 09 de agosto de 2009, foi feito o lançamento da pedra fundamental para início da construção do novo templo.

Um culto especial com a presença do ex-pastor da igreja, Rev. Jader Borges Filho e já com o novo pastor, Rev. Claudio Henrique Albuquerque. Os sonhos começavam a se tornar realidade.

Toda congregação reunida, cantou de júbilo.

O lançamento da pedra fundamental

artigo

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A Comissão de Construção é formada por oito membros, escolhidos pelo Conselho da Igreja. São eles:

Josimar Henrique da Silva é o presidente da comissão, formado em Mercadologia pela Sociedade Recifense de Estudos de Ciências Humanas, Diretor Presidente do Grupo Hebron, Conselheiro do Grupo Farma Brasil, Presidente do Sínodo de Pernambuco e Presbítero da PIPR. Casado com Giseli

Henrique, tem três filhos e nove netos.

Fernando Luiz Alves Guerra é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE. Mestre em Planejamento e Gestão Organizacional pela Universidade de Madrid, MBA em Construção Sustentável - Universidade Paulista, Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo e

Professor da UFPE. Atua na área de Desenvolvimento do Design Corporativo, atendendo todo processo estratégico, localização e desenvolvimento do formato - layout, design de Mobiliário, Comunicação Visual interna e externa, e Material de Ponto de Venda, e também Diretor Presidente da FGuerra Design Arquitetura e Design Ltda. Autor do Projeto de Construção da Nova Igreja, e Presbítero da PIPR, casado com Sara e pai de 3 filhos.

A equipe da construçãoartigo

Da esquerda para direita : Josimar Júnior, Fernando Guerra, Josimar Henrique, Vinícius Lara, Edson Santos, Dário de Andrade e Renata Monteiro.

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Renata Monteiro Escobar é formada em Ciências Contábeis pela UFPE, Bacharel em Direito pela UNICAP, pós-graduada em Direito Trabalhista pelo IBET, pós-graduada em Direito Processual Tributário pela UFPE e professora

de cursos de extensão do Departamento de Ciências Contábeis da UFPE. Casada com Gustavo, tem 2 filhos.

Edson Santos é graduado em Administração de Empresas pela UPE, graduado em Ciências Contábeis (UFPE) com Pós-graduação em Administração Financeira. É casado com Lídia, tem 3

filhas, é presbítero e tesoureiro da PIPR.

Vinícius Lara, 39 anos, é graduado em Administração de empresas com ênfase em Gestão de Negócios pela FEAD - Centro de Graduação Empreendedora de Minas Gerais. Diretor fundador do Grupo Escan, composto

de empresas de locação de máquinas e equipamentos para construção, geração de energia e transportes.

Dario de Andrade Coelho Gueiros é graduado em Engenharia Elétrica pela UFPE, fez especialização em Manutenção e Operação de Sistemas na UFMG e Pós-graduado em Sistemas Elétricos de Controle da UFSC. Consultor na

área de Negócios de engenharia, trabalha na ONS - Operador Nacional de Sistema na área de contratos e relações com os Agentes. É coordenador do Ministério de Missões e presbítero da Igreja. Casado com Miriam tem 3 filhos e 2 netos.

Josimar Henrique da Silva Junior é Presidente Executivo da Hebron Farmacêutica, com 18 anos de experiência na área de Vendas, Finanças, Marketing e Operações. Graduado em Economia com MBA e Mestrado em Finanças na Universidade

de Boston. Líder com especialização em coordenar, desenvolver e motivar equipes para atingir seus objetivos. Casado com Fernanda e pai de quatro filhos, é membro atuante na PIPR.

A comissão conta ainda com a participação do Engenheiro Washington Amorim Junior.

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Como será o novo templo

capa

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Vista aérea do templo e do jardim de entrada principal.

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Vista aérea de outro ângulo.

Vista da Rua das Creoulas.

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Vista da Rua das Creoulas de outro ângulo.

Vista da Rua das Creoulas com foco na entrada principal do templo.

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Vista aérea com o casarão tombado pelo patrimônio histórico e entrada principal.

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Visão interna do templo.

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Visão interna do templo.

Visão interna do templo.

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Visão interna do mezanino.

Visão interna da platéia.

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Contribua com a construção do novo templo. Deposite sua oferta na conta da construção:

Banco ItaúAgência: 1247Conta Corrente: 54370-3

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Foram concluídos os trabalhos de sondagens geotécnicas necessárias ao cálculo das fundações da futura igreja. Com as sondagens, ficam conhecidos os solos que suportarão as cargas transmitidas pelos pilares da igreja.

Graças a Deus,

o subsolo da PIPR permite adotar estacas em profundidade da ordem de 15 metros (há vários locais em Recife onde são necessários 50 metros ou mais, o que encarece sobremaneira a construção), o que já consideramos uma grande bênção.

Concluída a primeira parte da construção

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Nossa história e nossos pastores

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No dia 11 de agosto de 2015 a Primeira Igreja Presbiteriana

do Recife estará comemorando seus 137 anos de organização. Essa jornada teve início com a chegada do missionário norte americano à capital pernambucana no Nordeste brasileiro. O Rev. John Rockwell Smith aportou na cidade do Recife em 15 de janeiro de 1873.

A fundação do trabalho deu-se seis meses após sua chegada quando, no dia 10 de agosto de 1873, houve o primeiro culto. A Primeira Igreja Presbiteriana do Recife foi organi-zada cinco anos depois de sua fun-dação, no dia 11 de agosto de 1878,

com o nome de Igreja Pres-biteriana de Pernambuco. Em 1906 mudou o nome para Igreja Presbiteriana do Recife, e a partir de 1956, to-mou o nome pela qual hoje é conhecida, Primeira Igreja Presbiteriana do Recife.

Passaram-se quase 137 anos desde sua organização em Igreja. Desde a sua fundação, o Senhor vem usando essa valorosa igreja como mãe de outras tantas que surgiram ao longo desses 141 anos de existência abençoada. Agradecemos a Deus por sua infinita misericórdia em usar sua igreja para cumprir seus eternos propósitos.

Alguém já falou que não se deve esperar de um povo aquilo que seus líderes não foram. Se quisermos conhecer os valores que forjaram a Primeira Igreja Presbiteriana do

Recife, devemos conhecer um pouco da vida daqueles que Deus, o Senhor da Igreja, colocou para cuidar dela e levá-la a desejar ser igreja gloriosa, sem mácula, a noiva do cordeiro adornada para o grande dia do encontro com o Seu noivo e Senhor.

Relembramos, com gratidão, dos pastores que foram usados por Deus para a fundação, edificação e fortalecimento da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. A história da ação desses pastores pode ser dividida em dois períodos. O primeiro período (1878 – 1956), quando ainda tinha o nome de Igreja Presbiteriana do Recife, foi caracterizado pela fundação, consolidação e, um difícil momento, a cisão. O segundo período (1956 até os dias atuais), quando tomou o nome de Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, foi marcado pelo soerguimento, fortalecimento e maturidade.

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Rev. John Rockwell Smith

Somos gratos a Deus pela vida do Rev. John Rockwell Smith (1846-1918). Ele foi o pioneiro do presbiterianismo no Nordeste do Brasil. Foi o missionário fundador, organizador e primeiro pastor efetivo da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. Ele trouxe a luz do evangelho para a nossa região. Ainda jovem, solteiro e recém ordenado, voluntariou-se a vir ao Brasil para desbravar com o evangelho a vasta região Nordeste. Durante cinco anos e meio estabeleceu as bases para a organização da Primeira Igreja. Após tê-la organizado, ele a pastoreou por mais 14 anos (1878-1892), até que foi transferido pelo recém formado Sínodo da IPB para o Rio de Janeiro, a fim de dirigir o Seminário do Sínodo. Semeou na Primeira Igreja a visão de ser uma igreja plantadora de outras igrejas. A partir da PIPR foram sendo organizadas várias outras igrejas em Pernambuco e em todo o Nordeste. A IP Goiana (21/11/1880), IP da Paraíba (21/12/1884), IP Pão de Açúcar (AL) (18/08/1887) e IP de Maceió (AL) (11/09/1887). Para tanto, foi um discipulador e preparador de pastores. Dos 12 primeiros membros fundadores da PIPR, 3 foram preparados pelo Rev. Smith para assumirem esses trabalhos. Sua esposa, Susan Carolina Porter, também com um espírito consagrado, foi de grande ajuda em seu ministério. Ela organizou a primeira sociedade de senhoras da IPB, no dia 11/11/1884, que mais tarde tomaria o nome de Sociedade Auxiliadora Feminina.

Dr. George William Butler

Agradecemos pela breve passagem do missionário Dr. George William Butler. Ele foi o segundo pastor efetivo da PIPR. Dr. Butler ficou a frente de nossa igreja por apenas um ano (1893). Saiu atendendo ao desafio de plantar igrejas no agreste de Pernambuco. Fez de Garanhuns um polo de evangelização para a região do agreste pernambucano. Garanhuns ficou conhecida como a Antioquia pernambucana. Antes disso, ele atuou por duas vezes como auxiliar do Rev. John Rockwell Smith, ajudando no fortalecimento da Igreja em Recife. Logo que chegou ao Brasil, permaneceu em Recife por dois anos, na PIPR, ao lado do Rev. Rockwell Smith, enquanto aprendia a língua portuguesa. Depois, disso foi enviado como pioneiro para o Maranhão, onde fundou e organizou a Igreja Presbiteriana em São Luis. O Dr. Butler foi também o pioneiro da educação teológica no Nordeste brasileiro ao idealizar uma escola de formação de pastores iniciada em 1899, hoje o Seminário Presbiteriano do Norte. Sua esposa, Mary Rena Humphrey Butler, foi incansável ao lado do Dr. Butler, diante das perseguições sofridas para plantar igrejas no Nordeste brasileiro. O Rev. George Butler, por sua dedicação ao povo da região, e por sua longanimidade na comunicação do evangelho, ficou conhecido não como um missionário gringo, mas como o “médico amado”. O Dr. Butler faleceu em 27 de maio de 1919 na cidade de Canhotinho, onde não só foi pastor, como construiu uma escola e um hospital para cuidar do povo da região. No dia de seu sepultamento, todo o comércio da cidade fechou as portas espontaneamente, e até os sinos da igreja católica tocaram em homenagem ao honrado pastor protestante e “médico amado”.

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Rev. Juventino Marinho da Silva

O Rev. Juventino Marinho da Silva (1860-1959) foi o terceiro pastor da PIPR. Ele pastoreou a PIPR por 16 anos (1894-1909). Juventino Marinho aceitou a fé

reformada aos 18 anos, no trabalho estabelecido em Goiana (PE) pelo Rev. Rockwell Smith. Mais tarde, foi ordenado ao ministério da Palavra em 26 de setembro de 1889, tornando-se um baluarte na implantação do protestantismo na região. Quando seminarista trabalhou na implantação da Igreja em Maceió (AL), ajudando na sua organização (11/09/1887). Pastoreou a igreja em João Pessoa. Depois veio para o Recife trabalhar na implantação da Igreja Presbiteriana em Areias. Pastoreou a Igreja de Pão de Açúcar (AL). O Rev. Juventino Marinho foi um eficiente e incansável pastor no alcance de vários bairros da cidade do Recife, germe para várias igrejas posteriormente organizadas. Ele também foi um defensor da fé evangélica na imprensa escrita contra os ataques desferidos pelo frei Celestino de Pedávoli. Foi também redator responsável pelo periódico Norte Evangélico por longo tempo. Sua esposa, Elisa Amorim Fialho, foi uma verdadeira auxiliadora no trabalho do Senhor. Seu quinto filho, Josibias Fialho Marinho, tornou-se um pastor e escritor. O Rev. Juventino Marinho faleceu aos 99 anos em ditosa velhice.

Rev. Raimundo Bezerra de Lima

O quarto pastor da PIPR foi o Rev. Raimundo Bezerra de Lima. Ele só ficou por um ano (1910) como pastor de nossa igreja. Seu ministério foi de transição para a vinda de um novo e definitivo pastor para a igreja.

Rev. Antonio Almeida

O quinto pastor de nossa igreja foi o Rev. Antonio Almeida. Ele desenvolveu um ministé-rio profícuo durante de-zoito anos (1911-1930). Houve uma interrupção

de dois anos (1920-1921) por motivo de estudos nos Esta-dos Unidos. O Dr. Antonio Almeida retornou e reassumiu o pastorado efetivo da PIPR, de 1922 até 1930. O Rev. Antonio Almeida, além de pastor da PIPR, atuou na do-cência e direção do Seminário Presbiteriano do Norte por longos anos.

Rev. William Calvin Porter

No período de estudos do Dr. Almeida, o Rev. William Calvin Porter (cunhado do Rev. Rockwell Smith) assumiu o pastorado efetivo da PIPR interinamente (1920-21) até o retorno do Dr. Antonio Almeida.

O Rev. William Calvin Porter, portanto, foi o sexto pastor efetivo da PIPR. Ele foi um baluarte no Rio Grande do Norte, pastoreando a IP de Natal.

Rev. Jerônimo Gueiros

Após a saída do Dr. Antonio Almeida, o Rev. Jerônimo Gueiros (1880-1953) assumiu por um ano o pastorado efetivo da PIPR (1931) tornando-se o seu sétimo pastor efetivo. Seu pastorado foi de transição. Ele preparou a igreja para receber um pastor

permanente no pastorado efetivo. Fundou e pastoreou a Igreja Presbiteriana da Boa Vista. Foi um exímio orador, catedrático, escritor e figura de grande vulto na academia Pernambucana de Letras.

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Rev. Israel Furtado Gueiros

O oitavo pastor da Igreja foi o Rev. Israel Furtado Gueiros, sobrinho do Rev. Jerônimo Gueiros. O Rev. Israel Gueiros pastoreou a PIPR durante 24 anos (1932-1956) até a cisão ocorrida na

Igreja do Recife. Isso não só deu origem à Igreja Presbiteriana (Fundamentalista) do Recife, hoje localizada no Cais José Mariano, mas a outra denominação, a Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil (IPFB).

A cisão ocorrida em 1956

Dois fatores contribuíram para esse triste acontecimento. Primeiro, a relação do Rev. Israel

Gueiros com o fundamentalismo Norte americano do Dr. Carl McIntire. Segundo, a influência do modernismo teológico no Seminário do Norte, onde era docente. Isso gerou forte conflito no meio presbiteriano em Pernambuco. O Rev. Israel esteve envolvido diretamente nesses conflitos com professores missionários americanos. As discussões acirradas ultrapassaram o ambiente acadêmico-teológico e colocaram-no em conflito com o Presbitério de Pernambuco. Em consequência, o Rev. Israel Gueiros enfrentou um processo disciplinar por desacato e insubordinação. Inconformado, o Rev. Israel não acatou a decisão do Presbitério, resultando em sua exoneração do ministério pastoral.

O embate afetou diretamente a vida da Igreja do

Recife. A paz, harmonia e comunhão da igreja foram profundamente afetadas. Parte da igreja apoiou o pastor, outra parte discordou de sua conduta em todo o problema. A igreja estava numa encruzilhada. O Rev. Israel estava agora fora da denominação. Mais de 80% dos membros, entre os da sede e congregações, saíram da IPB, formando uma nova denominação, a Igreja Presbiteriana Fundamentalista. As congregações foram organizadas em igrejas. Aqueles que não concordaram em sair foram postos para fora, perdendo tudo o que havia construído até então. Os que saíram da IPB se tornaram a IP (Fundamentalista) do Recife, conhecida também como a Igreja do Cais José Mariano. Esta nova denominação teve um ápice de crescimento, seguido de uma grave crise e declínio, terminando por retornar à IPB quatro décadas depois.

Após a cisão ocorrida em 1956, os poucos membros que permaneceram na IPB deram suas vidas e esforços para reconstruir a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife. Após terem perdido todo o seu patrimônio num processo muito penoso, esses poucos membros reconstruíram com muito trabalho, perseverança, oração e lágrimas a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife.

Rev. Abelardo Paes Barreto

Alguns pastores foram fundamentais na reconstrução da PIPR. Dentre esses pastores, destacamos o Rev. Abelardo Paes Barreto, primeiro pastor após a cisão e nono pastor em sua história. Na época, como presidente do Presbitério de Pernambuco, ele assumiu o pastorado efetivo interinamente após a traumática cisão. Foram dois anos e meio de pastoreio (meados de 1956 até o final de 1958). Nesse período, ele animou os irmãos e deu estabilidade à igreja.

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Rev. Benedito Carvalho de Matos

O décimo pastor da PIPR, nessa nova fase, foi o saudoso Rev. Benedito Carvalho de Matos. Certamente, foi no longo e estável

ministério do Rev. Benedito Matos (1959-1986) que a PIPR foi fortalecida e solidificada novamente. Por vinte e oito anos o Rev. Benedito Matos pastoreou a PIPR com dedicação, paciência e tranquilidade. Sua característica conciliadora deu à igreja uma boa estabilidade. Não foi por acaso que o Rev. Benedito Matos foi homenageado com o título de Pastor Emérito da PIPR.

Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes

Após a emerência do Rev. Benedito Matos, o décimo primeiro pastor que atuou no pastorado efetivo da igreja foi o Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Na época, um jovem pastor,

pregador comprometido com a exposição do texto sagrado, recém chegado de seu mestrado na África do Sul. Ele pastoreou a PIPR em dois mandatos. O primeiro de quatro anos (1987-1990). O Rev. Augustus Nicodemus deu um novo impulso e crescimento à igreja. Deixou o pastorado da PIPR para dedicar-se aos estudos de doutorado nos Estados Unidos e Holanda. Durante o ano de 1991, com a vacância no pastorado, os presbíteros da PIPR assumiram o comando da igreja com a ajuda do Rev. Benedito Matos, dando os atos pastorais até a vinda de um novo pastor efetivo. O Rev. Augustus Nicodemus pastoreou a PÌPR em outro momento.

O segundo mandato do Rev. Augustus se deu após o pastorado do Rev. Lutero Rocha, e foi curto e transitório, apenas dois anos (2002-2003). Apesar de haver planos de sua permanência por mais tempo, seu pastorado foi interrompido por sua nomeação à chancelaria da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Hoje, ele é pastor da Igreja Presbiteriana Central de Goiânia.

Rev. Lutero Teixeira da Rocha

O décimo segundo pastor a cuidar do rebanho da PIPR foi o Rev. Lutero Teixeira da Rocha. Ele pastoreou a PIPR por dez anos (1992-2001). Foi um pregador comprometido com a Palavra e um

pastor amoroso com o rebanho. Por essa razão o Rev. Lutero é muito querido e tratado com carinho por todos. Desde o início de 2014, nosso Deus nos deu o privilégio de ter o pastor Lutero de volta a participar no pastoreio de nossa igreja. Após o pastorado do Rev. Lutero, o Rev. Augustus Nicodemus, como citado anteriormente, teve uma curta passagem de dois anos no pastorado da PIPR.

Rev. Robério Odair Basílio

Durante o ano de 2004 a igreja ficou sob os cuidados do Rev. Robério Odair Basílio, que na época era pastor auxiliar. Ele assumiu interinamente

o pastorado efetivo da Igreja, designado pelo Presbitério de Pernambuco, até que ela estivesse pronta para a eleição de um novo pastor. Ele, então, se tornou o décimo terceiro pastor efetivo da PIPR. Atualmente, o Rev. Robério pastoreia a Igreja Presbiteriana em Feira de Santana (BA).

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Rev. Jader Borges Filho

Em 2005 aconteceu a eleição do Rev. Jader Borges Filho para o pastorado efetivo da PIPR. Ele foi o décimo quarto pastor da Primeira Igreja. Seu pastorado foi curto, apenas três anos (2005-2007). Com sua saída, a igreja passou o ano de 2008 sem pastor efetivo. Nesse período, o Conselho da PIPR assumiu o comando da igreja, auxiliado pelos pastores auxiliares: Rev. Edmilson Assis Marinho e Rev. Josimar Gonzaga. Atualmente, o Rev. Jáder Borges pastoreia a Igreja Presbiteriana em São José dos Campos, SP.

Rev. Cláudio Henrique Albuquerque

Em 2009, após regressar ao Brasil dos estudos de doutorado nos Estados Unidos, o

Rev. Cláudio Albuquerque, atual pastor de nossa igreja, assumiu o pastorado da PIPR, tornando-se o décimo quinto pastor efetivo de sua história. O Rev. Cláudio Albuquerque já havia feito parte anteriormente do corpo de pastores da PIPR em duas ocasiões. Primeiro como pastor auxiliar (1988-1991), no início de seu ministério pastoral, na época do primeiro mandato do Rev. Augustus Nicodemus. Depois, no segundo período do pastorado do Rev. Augustus, como colaborador (2002-2003), enquanto ensinava no SPN e dedicava-se aos estudos de mestrado no Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Hoje, após ser eleito para um segundo mandato, o Rev. Cláudio Albuquerque conta com uma equipe de pastores que o auxiliam: o Rev. Iclayber de Freitas Alves, o Rev.

Lutero Teixeira da Rocha, o Rev. Edelson de Moraes Lacerda (evangelista na CP Torre) e o Rev. Arthur Braga de Paula (missionário plantador na CP Nazaré da Mata), além dos missionários plantadores: Márcio Almeida (CP Itamaracá), Jaidson Araújo (CP Aliança), Alcimar Cavalcante (CP Vicência) e Edilton Carvalho (CP Itambé).

Neste momento significativo, quando comemoramos 141 anos de caminhada (fundação) e 137 anos de organização, a Primeira Igreja Presbiteriana do Recife agradece a Deus pela vida de todos esses ministros que se deram pelo trabalho do Senhor a frente de sua Igreja. Nossa oração é que o Senhor da Igreja derrame suas ricas bênçãos sobre os familiares desses valorosos servos do Deus altíssimo que já partiram para o Senhor, e continue a abençoar ricamente àqueles que estão labutando em outros campos. E que Ele nos conceda a Graça de continuarmos sendo uma igreja forte e comprometida para fazer conhecido e engrandecido Seu Nome entre os povos.

Ao Deus Triuno, soberano Senhor, seja dada toda honra e glória pelos séculos dos séculos!

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Alnira Borges de Amorim

artigo

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Nesse primeiro número da nossa revista, tivemos oportunidade de conversar com a Irmã Alnira

Borges de Amorim (94 anos), a membro mais antiga de nossa igreja.

Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, Alnira veio para Recife completar os seus estudos no Colégio Presbiteriano Agnes Erskine.

As alunas internas frequentavam a Igreja Presbiteriana do Recife, mas como seu pai era muito amigo do Rev. Jeronimo Gueiros, Alnira assistia aos cultos na Igreja da Boa Vista.

NaMoro

Mas Deus tinha muitos planos para a jovem Alnira. Moça bonita, olhos azuis, conhece então o Jovem Washington Amorim, membro da Igreja do Recife e então resolve pedir autorização ao pai para mudar de igreja, apesar do futuro marido ser um rapaz pobre, porém honrado e de grande fé. E o amor falou mais alto.

casaMeNto

Depois de quatro anos de namoro, Alnira e Washington se casaram e tiveram dois filhos, Bayard e Washington Jr. Continuaram na igreja, ele já como presbítero, professor da Universidade Federal. Ela, como mãe, esposa e muito ativa na igreja. Foi Relatora de Departamento, Presidente da SAF e Presidente da Federação.

Sempre integrados na igreja, a família participou de viagens missionárias, tardes de evangelismo, auxílio aos necessitados e sempre ativos em todos os ministérios.

Em 1956, com a cisão da igreja, ficou na companhia da parte fiel à Igreja Presbiteriana, de onde é membro até hoje.

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Pai nosso que estás no céu, queremos em tudo santificar o teu nome, fazendo sempre a tua vontade, obedecendo

à tua Palavra.Buscamos neste dia a tua face em favor da nossa petição.Queremos encontrar um lugar de repouso para as nossas

almas, em adoração ao teu nome.Um altar para os nossos sacrifícios de louvor, de gratidão

e de adoração.Bem sabemos que se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Os inimigos do

SENHOR procuraram impedir isso.Por isso, Pai, venha ao nosso encontro a tua maravilhosa

graça.Encontre os nossos anseios as tuas misericórdias.

Torna possível, ó Pai, a construção de tua casa de oração neste lugar.

Torna este lugar um lugar de bênção para todos os teus filhos;

Pois assim como nos diz a tua Palavra – ali o SENHOR ordena a sua bênção para sempre.

Pai misericordioso, justo e bom, torna possível, nesta geração, a completa realização dessa grandiosa

construção, para a habitação do teu nome.Move o coração e a alma do teu povo, para trazer com alegria os recursos da provisão do teu amor, para o

louvor da tua glória.Nossa oração esteja diante do SENHOR, todos os dias

que o SENHOR nos dá nesta terra.Até que venhas em nosso socorro contra todos os

inimigos da nossa fé.É em nome do SENHOR JESUS, o autor e consumador

da nossa fé, que te pedimos.Amém.

Grupo de oração diáriaPRIMEIRA ORAÇÃO PELA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO DA PIPR

oração

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A Comissão de Construção da nossa Igreja decidiu pela criação desta Revista. Ela tratará do andamento das obras da Construção. Cada membro da Igreja receberá dois exemplares e deverá dar uma oferta de qualquer valor, para ser usada nos trabalhos da Construção. A Publicidade veiculada cobrirá as despesas da edição e serviços gráficos.

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