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- GUIA DO EMPRESÁRIO -

PRO-LABORE E CONTRIBUIÇÃO AO INSS

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Prezado Cliente, Reunimos neste documento as dúvidas mais freqüentes dos novos empresários com relação ao pró-labore e contribuição ao INSS. Leia as dúvidas mais freqüentes e caso a sua dúvida não seja respondida por este documento, por favor, entre em contato conosco para maiores esclarecimentos. Algumas destas respostas foram retiradas do site da previdência social onde você poderá encontrar outras respostas que não estão neste documento como os benefícios de contribuir, calcular e emitir a GPS, calcular a sua aposentadoria entre outros serviços: http://www.mps.gov.br

CONSIDERAÇÕES: - Todo empresário quer pagar o mínimo de tributos possível. Isto é louvável e estamos aqui justamente para ajudá-los com este intuito, naturalmente dentro da lei. - No caso da previdência social, entendemos não ser uma economia muito inteligente, pois a aposentadoria é quem vai sustentar os nossos últimos anos de vida. E como este benefício é calculado sobre o valor da contribuição receberá de volta como aposentadoria o mesmo valor pago, ou seja, se contribui sobre um salário mínimo se aposentará com o mesmo valor. - Por outro lado, todos nós, no dia a dia, estamos sujeitos a imprevistos desagradáveis como, por exemplo, um acidente pessoal, ou outras situações. Neste caso se ficarmos impossibilitados de trabalhar devemos recorrer à Previdência Social e solicitar o benefício da Pensão provisória ou definitiva. Esta pensão também será o mesmo valor pago, ou seja, se contribui sobre um salário mínimo a pensão será no mesmo valor. - Recomendamos também verificar junto aos Bancos a possibilidade e as vantagens de se ter uma previdência privada, complementar à previdência social e um seguro profissional. - Para todos os efeitos, este guia foi redigido em janeiro de 2008 e qualquer alteração na legislação após esta data pode não estar contemplada dentro deste contexto.

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1 - SOBRE A INSCRIÇÃO: 1-a) O que é inscrição? Inscrição é a formalização do cadastro na Previdência Social por meio da apresentação de documentos para a comprovação de dados pessoais e outras informações necessárias à caracterização profissional do trabalhador. Para ter direito aos benefícios da Previdência Social é necessário que o cidadão faça a inscrição e contribua em dia. Esse serviço permite que o contribuinte, que não possui PIS/PASEP ou NIT, faça sua própria inscrição junto à Previdência Social, a Seguradora do Trabalhador Brasileiro, e seja um segurado. IMPORTANTE: jamais revele o número do seu benefício a terceiros; 1-b) Como se tornar um segurado? Os trabalhadores contribuintes individuais (autônomos, empresários, etc), facultativos (estudantes, donas de casa), empregados domésticos e segurados especiais podem fazer a sua inscrição pelo:

• Central de Atendimento - 135 • PREVNet - no endereço eletrônico: www.previdenciasocial.gov.br • Rede de atendimento da Previdência Social (Agências, PREVCidade,

PREVMóvel e PREVBarco).

Os cidadãos que não puderem contribuir para a Seguridade Social e que sejam comprovadamente carentes deverão comprovar também a condição de deficiente ou idoso, para terem direito ao Benefício Assistencial (LOAS).

1-c) Quem pode se inscrever? Todo trabalhador com carteira assinada é automaticamente filiado à Previdência Social. Quem trabalha por conta própria precisa se inscrever e contribuir mensalmente para ter acesso aos benefícios previdenciários. São segurados da Previdência Social os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais e os trabalhadores rurais. Até mesmo quem não tem renda própria, como as donas-de-casa e os estudantes, pode se inscrever na Previdência Social. Para se filiar é preciso ter mais de 16 anos. O trabalhador que se filia à Previdência Social é chamado de segurado. 1-d) Quais os documentos necessários? - Carteira de Identidade, ou Certidão de nascimento/casamento, ou - Carteira de Trabalho e Previdência Social (obrigatório para Empregado

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Doméstico). - CPF, obrigatório.

2 - DÚVIDAS MAIS FREQUENTES: 2-a) O que é pró-labore? Pró-labore é uma expressão latina que significa "pelo trabalho"; remuneração do trabalho realizado por sócio, gerente ou profissional. Tem recolhimento de 11% para o INSS. Resumindo, pró-labore é basicamente o salário dos sócios de uma empresa. Os sócios de uma empresa podem retirar o dinheiro de duas formas: via pró-labore ou retirada de lucro. Sobre a retirada de lucro não incide nenhum tributo, vai direto para a conta dos sócios e sobre este dinheiro não incide imposto de renda pessoa física. Sobre o pró-labore, além da contribuição ao INSS, incide imposto de renda pessoa física e esta sujeita a tabela progressiva do IRPF. 2-b) Como calcular a contribuição? O contribuinte individual (autônomos, empresários e equiparados) deve recolher à Previdência Social uma alíquota de 20% do salário recebido no mês. Em caso de prestação de serviços à empresa, a alíquota será de 11%, repassada pela empresa empregadora ao INSS. É importante ressaltar que devem ser respeitados o piso (um salário mínimo) e o teto salarial (R$ 2.894,28) da Previdência Social. Os contribuintes facultativos (donas-de-casa, estudantes, desempregados) poderão contribuir à Previdência Social com alíquota de 20% entre o piso e o teto salarial. 2-c) O que é GPS? A GPS é a Guia da Previdência Social e deve ser paga todo dia 10 (dez) do mês subseqüente a retirada do pró-labore. Por exemplo: se você fez retirada de pró-labore em janeiro deverá pagar a GPS no dia 10 de fevereiro. 2-d) Quando posso começar a retirar pró-labore e contribuir para o INSS?

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No momento em que a empresa estiver totalmente aberta, com a devida inscrição na prefeitura, cadastrada na Conectividade Social-FGTS e inscrição dos sócios na Previdência, os sócios passarão a contribuir como empresário / empregador. O recolhimento será através de GPS, pago pela sua empresa, e os valores poderão ser estipulados pelos sócios entre R$ 41,80 e R$ 318,37, ou seja, com uma alíquota de 11% calculado sobre uma base de cálculo entre R$ 380,00 (um salário mínimo vigente) e R$ 2.894,28. Verifique sempre qual é o salário mínimo vigente antes de pagar. Quando aumenta o salário mínimo aumenta também o valor da contribuição. Este documento foi elaborado em janeiro de 2008 quando o salário mínimo vigente era de R$ 380,00. Outro exemplo, se o valor base de contribuição for de R$ 1.500,00 a sua contribuição será de R$ 165,00, ou seja, pode ser escolhido qualquer valor até o limite de R$ 2.894,28 Abaixo uma tabela de alíquotas e valores máximos permitidos para recolher na GPS:

Tabela de Contribuição da Previdência Social

Tipo de Salário de Contribuição Alíquota Limite (R$) * Empresários (contribuição sobre o pró-labore) 11% (desconto na fonte) R$ 318,37 Autônomos (recebimentos de pessoas físicas) 20% R$ 578,86 Autônomos (recebimentos de pessoas jurídicas) 11% (desconto na fonte) R$ 318,37

Contribuintes Individuais e Facultativos (Decreto 6042/2007) 11% R$ 41,80

Desconto na fonte: o empresário ou autônomo deve constar na GFIP. * Limite para pagamento do salário máximo de contribuição: R$ 2.894,28

Dependendo do valor do seu pró-labore estará sujeito a tabela progressiva do imposto de renda pessoa física, conforme abaixo:

Tabela do Imposto de Renda (janeiro/2008) Rendimento Alíquota (%) Dedução até R$ 1.372,81 Isento - de R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 15,00 R$ 205,92 acima de R$ 2.743,26 27,50 R$ 548,82

Dedução por dependente: R$ 137,99

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2-e) Quanto tempo a minha empresa precisa contribuir para ter direito a aposentadoria? Não existe tempo de contribuição para empresa. Agora, para vocês, como empresários, continuam o mesmo tempo de contribuição, ou seja, 35 anos de trabalho para os homens e 30 para as mulheres no caso de aposentadoria integral, ou o prazo definido pela legislação conforme início da contribuição. Para mais informação sobre aposentadoria por invalidez ou por idade consulte as duvidas mais freqüentes do web-site da previdência. Como a legislação esta em constante alteração não convém colocarmos aqui todas as regras da previdência (http://www.mps.gov.br) 2-f) Tenho uma empresa e não faço retirada de pró-labore, ainda estou no primeiro ano de atividade, gostaria de saber se ele é obrigado a ter o pró-labore? Ou se é obrigado a contribuir com o INSS? Se retirar pró-labore é obrigado a contribuir para o INSS. Quanto à obrigatoriedade de pró-labore, não há. Você pode apenas retirar participação nos lucros sobre a qual não incide INSS. Mas para isto deve demonstrar que teve lucro. Se houver retirado de lucros fictícios, será considerado pró-labore. Caso receba pró-labore deve declarar em GFIP. A falta de declaração de pró-labore em GFIP é considerado crime de sonegação previdenciária. A GFIP é uma declaração mensal que entregamos ao INSS, você não precisa se preocupar, pois é um trabalho nosso. Retirando ou não pró-labore mensalmente entregamos a GFIP da sua empresa. Portanto é fundamental que nos informe o quanto cada sócio retirou de pró-labore mensalmente para que possamos fazer o correto preenchimento da GFIP. No momento em que encerra o período contábil no nosso sistema Web existem campos para fornecer a retirada de pró-labore. 2-g) Qual é a lei que fundamenta a opção por retirada de pró-labore. Consultei minha advogada e ela disse que é obrigado recolher pró-labore? O fundamento legal para o não recolhimento é justamente a ausência de fundamento legal obrigando a pessoa a retirar pró-labore. Como ninguém é obrigado a fazer nada sem lei que o obrigue, ele não é obrigado a retirar pró-labore se lei não o obriga a tal. No, entretanto a lei o obriga a recolher contribuição previdenciária sobre o pró-labore retirado. A lei não precisa dizer tudo. E ninguém vai entender nada mesmo, lendo apenas uma lei. A lei faz parte de um ordenamento jurídico de base constitucional. O que não está explicado numa lei pode estar explicado em outra ou na própria Constituição. E o princípio é este: ninguém é obrigado a fazer algo ou deixar de fazer algo, sem lei que o obrigue. O seu contrato social pode estipular um valor de pró-labore a ser pago mensalmente para cada sócio, neste caso, será obrigado a retirar. No contrato

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social do Planeta Contábil deixamos isso como opcional, isto é, você recolherá se assim decidir, mês a mês. 2-h) No fechamento mensal, no sistema de vocês na Web, informei que não retirei pró-labore mas paguei a GPS. Corro algum risco de pagar multa? Não somente irá pagar multa como corre o risco de ser preso. Omissão de fatos geradores e remunerações em GFIP é considerado crime de sonegação fiscal conforme artigo 337 A do Código Penal com penas cominadas de 2 a 5 anos de reclusão. Você pode sofrer um processo penal. As multas são o de menos. Entre em contato imediatamente com o nosso escritório para efetuarmos correção na GFIP. Muitos pequenos empresários não se dão conta da responsabilidade que é manter a contabilidade em dia e em perfeito estado, com todos os registros dos fatos geradores devidamente contabilizado. Criamos um sistema Web justamente para facilitar a vida dos nossos clientes, deixando mais tempo para que se preocupem com o seu negócio. Nosso sistema envia diariamente e-mail gentilmente solicitando que nos forneça os dados para efetuarmos o fechamento contábil do período. Ser sócio de uma empresa exige muita responsabilidade. 2-i) Não retiro pró-labore e, portanto não pago INSS. Posso transferir para a minha conta corrente pessoa física imediatamente após faturar o meu cliente? Não, não pode. A distribuição de lucro ocorre somente no encerramento do período, isso é, no mês subseqüente ao faturamento. Se você emitiu uma nota fiscal em janeiro então somente poderá tirar o dinheiro da sua conta pessoa jurídica e transferir para a física a partir de fevereiro, depois de apurar o resultado do mês de janeiro. A distribuição de lucros implica que você só pode distribuí-los se provar lucro apurado conforme normas contábeis. Lucro distribuído sem haver lucro pode ser pró-labore disfarçado. E a Receita tem como descobrir se há pró-labore indireto. E provado que há pró-labore disfarçado ela faz o lançamento de qualquer forma. E aí cabe impugnar, mas não é tão fácil assim e vai gastar dinheiro com um bom advogado. Portanto cuidado com a transferência de dinheiro para conta pessoa física e mais cuidado ainda em não ter uma conta jurídica e depositar os cheques do seu cliente na conta física diretamente. Mesmo sendo difícil a fiscalização disso é passível de ocorrer. Também não se deve fazer distribuição de pró-labore de outras formas como a empresa pagando cartão de crédito do sócio, pagando empregada doméstica do sócio, etc. Isto se chama pró-labore indireto ou disfarçado e se descoberto pela Receita pode criar problemas. 2-j) Como vocês definem o quanto vou retirar de pró-labore? O dono da empresa é você. Você é que decide quando e como vai receber pró-labore (e quando pode fazer retirada) ou não. Ninguém mais. E quando o fizerem devem nos informar quais sócios e o quanto fizeram. Nosso sistema Web permite

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estas informações no fechamento do período. Se você fizer o fechamento do período após o dia 10 então deverá preencher e pagar a GPS por conta própria. Informando para nós a retirada de pró-labore após o dia 10 nosso sistema enviará para você a guia preenchida, mas já estará vencida. Esta guia deverá ser paga somente via débito em conta e o seu banco deve lhe fornecer esta opção. Empresas somente podem pagar via débito em conta de acordo com a portaria MPAS 375 de 24 de janeiro de 2001 (http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/66/MPAS/2001/375.htm) Veja no item 4 (como preencher os campos da GPS Empresa) mais detalhes sobre o correto preenchimento da GPS no seu Internet bank ou caixa eletrônico. 2-l) Possuo uma empresa sociedade limitada e não possuo funcionários. Minha empresa é cadastrada no Simples Nacional. Sou obrigado a pagar INSS e PIS ? Você não mas sua empresa sim, pagará a parte patronal do INSS e PIS de forma simplificada segundo o que dispõe a lei complementar 123, de 2006. Quanto à contribuição para sua aposentadoria vale o que pagar sobre a retirada de pró-labore. Somente com retirada de pró-labore você deve contribuir. O pró-labore deve ser declarado em GFIP. Esta contribuição é que confere direito a sua aposentadoria. A declaração simplificada com INSS, PIS e outros tributos numa única guia denominada DAS que não lhe dará direito a aposentadoria.

3 - DÚVIDAS MENOS FREQUENTES: 3-a) É possível complementar a contribuição como segurado facultativo? Não. A lei previdenciária só permite que se contribua como facultativo se não se for contribuinte obrigatório, o que o empresário que recebe pró-labore é. 3-b) Se abrir mão do Pró Labore é facultado contribuir como segurado facultativo? Neste caso, sim. Enquanto não receber pró-labore não será considerado contribuinte obrigatório e poderá contribuir como facultativo. Lembrando que a fiscalização hoje da receita procurará verificar pró-labore indireto, em casos em que despesas do empresário são pagas com recursos da empresa tal como pagamento de cartões de crédito, aquisição de veículos e outros produtos, etc. 3-c) Pago o meu INSS sobre o "pró-labore' e também pago o INSS da correspondente da empresa sobre o meu pró-labore. Em razão disso eu não pago um valor muito alto do meu INSS, pois isso implicaria no INSS

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da empresa que aumentaria e eu teria que pagar. Eu posso abaixar o meu pró-labore e com isso pagar menos INSS meu e da empresa e com a diferença que eu já pago, poderia recolher o INSS por fora como autônomo etc? Quais as possibilidades? Se você recebe pró-labore não pode contribuir como segurado facultativo. Quanto a autônomo você tem de provar atividade de autônomo. A partir da lei 10666, de abril de 2003, não basta ao contribuinte individual pagar como autônomo. Ele tem de comprovar além de atividade que o enquadre como autônomo sua remuneração. Pagando o INSS por fora como autônomo, sem exercer atividade de autônomo pode implicar que o INSS considere você como segurado facultativo, o que é proibido para quem detém qualidade de segurado obrigatório como empresário com pró-labore. Sendo proibido é indevida a contribuição "por fora". A conseqüência é que não terá qualquer reflexo no cálculo de sua aposentadoria. Você terá cinco anos após o pagamento indevido para solicitar restituição ou compensar com valores devidos ao INSS. Passado este prazo de cinco anos, você não poderá mais compensar ou solicitar restituição. Operou-se a prescrição da pretensão a restituição. Além de você perder as parcelas pagas indevidamente, não terá qualquer vantagem na aposentadoria. Então a única possibilidade é você arrumar uma segunda atividade de autônomo. Fora isto é arriscar. A lei 10666 veio justamente com este propósito. Evitar que o empresário usasse um salário base alto para fins de aposentadoria, a parte em que contribui, e que a empresa pagasse contribuição sobre um pró-labore baixo. 3-d) De quem é a competência para julgar o não pagamento de pró-labore a determinado sócio? Com a emenda constitucional 45 da reforma do judiciário a Justiça do Trabalho é competente para julgar quaisquer relação de trabalho. Não só relação de trabalho de empregados. Ocorre que no caso o pró-labore de sócios decorre de cláusula de constituição de sociedade entre pessoas conforme preceituado no Código Civil. Então não é a primeira vista uma relação de trabalho, mas sim societária. Logo, em princípio, a Justiça do Trabalho não é a competente para julgar ação. Mas sim a Justiça Estadual. 3-e) Recebo como participação nos lucros desde o segundo semestre de 2007, mas não fiz nenhum recolhimento. É possível (e conveniente para mim) fazer os recolhimentos atrasados? O segurado facultativo não pode pagar atrasados. Se os pagar serão desconsiderados para fins de aposentadoria. Aí é pedir restituição ou perder se prescrito o direito a restituição. Como facultativo você só pode recolher a partir de

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agora. Entre em contato com o 135 do INSS, explique a situação e veja se consegue cadastramento como facultativo para começar a contribuir a partir de agora. É possível você ser cadastrado como contribuinte individual nos meses em que você receber pró-labore. Nos meses que você não recebe nada contribua como se fora facultativo. No momento de solicitar benefício estes meses em que você contribuiu como contribuinte individual sem ter pró-labore devem ter acerto cadastral para facultativo. Por ser uma situação muito específica, sugerimos que esclareça tudo isto pelo telefone 135. A ligação é gratuita. 3-f) Na GFIP foi declarado o pró-labore e recolhido INSS, tudo certo, mas foi declarado no IRPF um valor de pró-labore a maior do que informado na GFIP; O que fazer? Retificar a GFIP e recolher o INSS atrasado ou é melhor retificar a declaração IRPF? Depende de qual das fontes está com a informação correta. Se o IRPF está correto retifica-se a GFIP e recolhe-se a diferença ao INSS. Se a GFIP está correta, faz-se o contrário. Retifica-se o IRPF e recolhe-se a diferença. 3-g) Minha empresa presta serviço para a Prefeitura e já tem o INSS retido por 11%. Nessa retenção conta como tempo para os sócios? Não, é apenas antecipação de valores devida e a previdência social desde que ele tenha pró-labore. Se não tiver não conta nada. Ao pagar as contribuições devidas sobre a folha de pagamento do mês pode-se compensar o valor retido. E se houver sobra após compensação máxima pode-se solicitar restituição à Receita Federal do Brasil. 3-h) Tenho uma empresa de prestação de serviços, contratado por tempo indeterminado por outra PJ por um valor fixo mensal. Ou seja, sempre observo lucro (valor fixo - impostos). Pergunta: Preciso fazer retirada em forma de pró-labore ou posso simplesmente dividir os lucros? A divisão de lucros entre os sócios pode ser feita mensalmente? Preciso manter um livro-caixa para estas transações? Com relação a sua primeira pergunta, você somente retira pró-labore se quiser ou se o seu contrato social exigir, fora isso é opcional. Não conhecemos lei que proíba a distribuição de lucro mensal. A distribuição do faturamento deste mês somente pode ser distribuída no próximo mês depois de apurado todas as receitas e despesas. Com relação ao livro caixa, se for optante pelo Lucro Presumido ou Simples Nacional, sim, é obrigatório manter o livro caixa. Já se for optante pelo lucro real tem de fazer livro Diário. 3-i) Sou aposentado por invalidez e queria saber se posso abrir firma e retirar pró-labore?

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Pode abrir a firma como quotista, não pode ser administrador e nem retirar pró-labore. Pró-labore é a remuneração do empresário por serviços prestados na empresa. Só pode receber participação nos lucros. Se não houver lucros não pode retirar pró-labore. Se declarar na GFIP que retira pró-labore o INSS vai descobrir pois aparecerá no sistema CNISA do INSS. O INSS faz batimento das informações do CNISA com o banco de dados de aposentadoria por invalidez. Vai descobrir que a pessoa inválida está trabalhando e recebendo remuneração e poderá dizer adeus ao benefício por aposentadoria por invalidez.

4 – Como Preencher os Campos da GPS Empresa

Opção de recolhimento por meio de débito em conta (GPS eletrônica): Esta opção de recolhimento que deverá ser utilizada pelas empresas, e facultativamente pelos demais contribuintes, os campos relativos a Valor de Outras Entidades e Atualização Monetária/Multa e Juros que até o momento ainda não estão disponíveis para a geração da GPS em código de barras, poderão ser preenchidos, possibilitando as empresas a quitarem os seus débitos para com a Previdência na sua totalidade.

Orientações para preenchimento da GPS e GPS em código de barras:

• CAMPO 1 - Nome do contribuinte, Fone e Endereço

Dados para identificação do contribuinte, no caso, da sua empresa. Lembre-se que é a sua empresa que recolhe o INSS e não você. Este campo é opcional mas recomendamos preencher.

• CAMPO 3 - Código de pagamento

Relação de Códigos de Pagamento

Código Descrição 1007 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - NIT/PIS/PASEP 1104 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral NIT/PIS/PASEP 1120 Contribuinte Individual - Recolhimento Mensal - Com dedução de 45 % (Lei nº

9.876/99) - NIT/PIS/PASEP 1147 Contribuinte Individual - Recolhimento Trimestral - Com dedução de 45 % (Lei nº

9.876/99) - NIT/PIS/PASEP

1163 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) – Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento Mensal – NIT/PIS/PASEP

1180 Contribuinte Individual (autônomo que não presta serviço à empresa) – Opção:

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Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento Trimestral– NIT/PIS/PASEP

1201 GRC Trabalhador Pessoa Física (Contribuinte Individual, Facultativo, Empregado Doméstico, Segurado Especial) – DEBCAD (Preenchimento exclusivo pela Previdência Social)

1406 Facultativo Mensal -NIT/PIS/PASEP 1457 Facultativo Trimestral -NIT/PIS/PASEP

1473 Facultativo – Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento Mensal – NIT/PIS/PASEP

1490 Facultativo – Opção: Aposentadoria apenas por idade (art. 80 da LC 123 de 14/12/2006) – Recolhimento Trimestral – NIT/PIS/PASEP

1503 Segurado Especial Mensal -NIT/PIS/PASEP 1554 Segurado Especial Trimestral -NIT/PIS/PASEP 1600 Empregado Doméstico Mensal -NIT/PIS/PASEP 1651 Empregado Doméstico Trimestral -NIT/PIS/PASEP – (que recebe até um salário

mínimo) 1708 Reclamatória Trabalhista - NIT/PIS/PASEP 2003 Empresas Optantes pelo Simples CNPJ/MF 2011 Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre aquisição de produto

rural do Produtor Rural Pessoa Física 2020 Empresas Optantes pelo Simples - CNPJ - Recolhimento sobre contratação de

Transportador Rodoviário Autônomo 2100 Empresas em Geral CNPJ/MF 2119 Empresas em Geral CNPJ/MF – Recolhimento exclusivo para Outras Entidades ou

Fundos (SESC, SESI, SENAI, etc.) 2127 Cooperativa de trabalho – CNPJ – Contribuição descontada do cooperado – Lei

10.666/2003 2208 Empresas em Geral CEI 2305 Filantrópicas com Isenção – CNPJ 2321 Filantrópicas com Isenção – CEI 2402 Órgãos do Poder Público – CNPJ 2429 Órgãos do Poder Público – CEI 2437 Órgãos do Poder Público - CNPJ – Recolhimento sobre Aquisição de Produto Rural

do Produtor Rural Pessoa Física. 2500 Receita Bruta de Espetáculos Desportivos – CNPJ 2607 Comercialização da Produção Rural – CNPJ 2631 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço – CNPJ 2640 Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço – CNPJ – Uso

Exclusivo do Órgão do Poder Público – Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço).

2658 Contribuição Retida sobre a NF/Fatura da Empresa Prestadora de Serviço – CEI 2682 Contribuição Retida sobre NF/Fatura da Prestadora de Serviço – CEI (Uso Exclusivo

do Órgão do Poder Público – Administração Direta, Autarquia e Fundação Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal (contratante do serviço)).

2704 Comercialização da Produção Rural – CEI 2801 Reclamatória Trabalhista – CEI

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2909 Reclamatória Trabalhista – CNPJ

• CAMPO 4 - Competência

Informação no formato MM/AAAA da competência objeto do recolhimento.

• CAMPO 5 - Identificador Número do CNPJ / CEI / NIT / PIS / PASEP do contribuinte. Informe o número do CNPJ.

• CAMPO 6 - Valor do INSS - Valor devido ao INSS pelo contribuinte, já considerados: - os valores de eventuais compensações; e

• CAMPO 9 - Valor de Outras Entidades Valor a ser preenchido por empresas obrigadas a recolherem para as Outras Entidades. Opção não disponível para GPS em código de barras.

• CAMPO 10 - Atualização Monetária, Multa e Juros Valor devido a título de atualização monetária e acréscimos legais, quando for o caso, sobre recolhimentos em atraso. Opção não disponível para GPS em código de barras.

• CAMPO 11 - Total - Valor total a recolher ao INSS.

Orientação para o preenchimento da GPS Eletrônica O recolhimento das contribuições previdenciárias poderá ser efetuado por intermédio da GPS Eletrônica, através de débito em conta, comandado por meio da rede Internet ou por aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos. O próprio contribuinte fará a digitação dos campos obrigatórios, sendo gerado comprovante de recolhimento com layout estabelecido pelos bancos. Orientações gerais a serem observadas para qualquer modalidade de pagamento das contribuições previdenciárias.

Prazos (Atualizado pela MP 351/2007)

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Os prazos para recolhimento das contribuições previdenciárias em GPS são:

No dia 10 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente, quando não houver expediente bancário, para as contribuições devidas pelas empresas, à exceção dos códigos de reclamatória trabalhista (2801 / 2810 / 2909 / 2917) e da receita bruta dos espetáculos desportivos (2500). O pagamento referente à contribuição dos cooperados arrecadadas pela cooperativa de trabalho (código 2127), tem com seu vencimento dia 15.; No dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subseqüente, quando não houver expediente bancário, para as contribuições devidas pelos demais contribuintes; Até o dia 20 de dezembro, antecipando-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, quando não houver expediente bancário, para as contribuições incidentes sobre o 13º salário.

EXEMPLO: Abaixo colocamos como exemplo uma tela de pagamento da GPS do Banco Itaú (Itaú Bankline) – outros bancos deverão ter uma tela semelhante para pagamento:

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No campo 01 informe os dados da sua empresa. No campo 03 informe 2003 se estiver no Simples Nacional ou 2100 se estiver no Lucro Presumido. No campo 04 informe o mês e o ano da retirada do pro-labore, isto é, se fez a retirada em janeiro de 2008 o pagamento vence no dia 10/02/2008 – informe neste campo 01 para o mês e 2008 para o ano. No campo 05 informe o CNPJ da sua empresa. No campo 06 informe o valor do INSS que é 11% da soma de toda retirada de pró-labore, de todos os sócios. Caso tenha multa e juros informe no campo 10 o valor. E finalmente no campo 11 informe a soma dos campos 06, 09 e 10.

CONTRIBUIÇÕES: Prof. Odair Ferreira da Silva – Contador chefe do Planeta Contábil® e professor de ciências contábeis na Universidade de Guarulhos. Formado em Ciências Contábeis pela PUC-SP em 1986 possui experiência comprovada em gestão e coordenação de departamento pessoal e fiscal. Odair possui expertise em contabilidade industrial, comercial e de serviços, imposto de renda, contabilidade gerencial e de custos, ativo fixo e legislação societária. Ricardo A. Harari – Responsável pela área de tecnologia da informação do Planeta Contábil®. Formado em engenharia mecânica pela UNESP, pós graduado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas, técnico contábil e atualmente cursando MBA no instituto Franklin Covey. Ricardo também é desenvolvedor certificado pela Sun Microsystem e trabalhou em diversas corporações do segmento financeiro, processamento de cartão de crédito, na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, telecom, industria automobilística entre outros.