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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental PLANO DE AÇÃO DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS NO ESTADO DA BAHIA Salvador,Ba Julho 2013 Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental Av. Antonio Carlos Magalhães, s/nº Iguatemi – Centro de Atenção a Saúde Prof. Dr. José Maria de Magalhães Netto Cep.: 41.820-000 - Salvador – Bahia – Brasil. Tel.: (71) 3270-5775 Fax: 3270-5776 /5777 | [email protected]

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PLANO DE AÇÃO DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO À SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A AGROTÓXICOS NO ESTADO DA

BAHIA

Salvador,Ba

Julho 2013

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Jorge José Santos Pereira Solla

Secretário da Saúde do Estado da Bahia

Alcina Marta de Souza Andrade

Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde

Ita Cácia Aguiar Cunha

Diretora de Vigilância Sanitária e Ambiental

Letícia Coelho da Costa Nobre

Diretora de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador

Andréa Helena Ferraro Argolo

Coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental

Alexandre José Jacobina Ribeiro de Brito

Coordenador de Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho

Gisélia Santana

Superintendente de Atenção Integral à Saúde

Daniel Rebouças

Diretor do Centro de Informações Anti-Veneno

Equipe técnica:Aline Souza de Oliveira – Médica Veterinária - CIAVE/DGRP/SAISArmando José Coelho Farias – Eng. Agrônomo - Sanitarista – COVIAM/DIVISA/SUVISAAnameire de Jesus Martins – Engenheira Agrônoma – COVAP/DIVAST/SUVISAEricka Helena Sampaio Martins – Biomédica – Sanitarista – COVIAM/DIVISA/SUVISAMaria Conceição Teles da Mota – Sanitarista – COVAP/DIVAST/SUVISAJacira Cancio – Engenheira Sanitarista – COVAP/DIVAST/SUVISAJacquele Pena – Farmacêutica – CLAVISA/LACEN/ SUVISAJuscelino Nery – Toxicologista – CIAVE/DGRP/SAISRuy Muricy de Abreu – Eng,. Agrônomo – COVIAM/DIVISA/ SUVISA

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Apresentação

Em dezembro/2012, através da Portaria nº 2938, de 20/12/2012, o Ministério da Saúde

autorizou o repasse do incentivo, Fundo a Fundo, de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais)

para o fortalecimento da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos,

destinado aos Estados e Distrito Federal.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) detalhou na Nota Técnica (NT) nº

29/2012, as responsabilidades das gestões municipal e estadual para tratar do tema e

estabeleceu que a adesão dos estados deverá ser pactuada e homologada nas Comissões

Intergestores Bipartite (CIB) e encaminhada ao Departamento de Vigilância em Saúde

Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST), da Secretaria de Vigilância em Saúde (DVS),

do Ministério da Saúde.

A Ntnº 29/12 apresenta um quadro elaborado pelo MS que, com base no indicador

composto das informações sobre o consumo de agrotóxicos dos estados, área plantada,

população exposta, incidência de intoxicações registradas no SINAN e a presença dos

produtos em água para consumo humano, coloca o Estado do Bahia no primeiro bloco de

prioridades para recebimento do incentivo e estabelece o ano de 2013 para o repasse, no

primeiro ano visa apoiar o fortalecimento das competências estaduais e, o segundo, visa

apoiar os municípios prioritários na implementação da Proposta de Vigilância em Saúde da

População Exposta a Agrotóxicos, conforme pactuação na Bipartite.

A situação de emergência fitossanitária decretada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento em 05 de março de 2013, na região Oeste da Bahia demonstrou a

necessidade imediata de fortalecimento do SUS na região para responder ao iminente risco

de exposição da população ao agrotóxico Benzoato de Emamectina.

Considerando que para o SUS atender a população, proteger a saúde, prevenir os agravos

decorrentes da exposição aos agrotóxicos na saúde humana e minimizar os impactos

decorrentes da sua utilização faz-se necessário trabalhar de forma integrada com práticas

articuladas entre as esferas de gestão.

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SUMÁRIO

1. Introdução

2. Justificativa

3. Objetivos

4. Diretrizes Gerais para o Plano de Vigilância e Atenção

5. Estratégias

6. Linhas de ação

7. Critérios para escolha dos municípios prioritários

7.1 Critérios Gerais

7.2 Critérios para a seleção de Municípios em 2013

7.3 Municípios prioritários que atenderam aos critérios de seleção em 2013

8. Alocação / Aplicação dos recursos (Portaria nº 2938/2012)

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1. Introdução

A Bahia está localizada na região Nordeste do país, sua extensão territorial é de

564.733,177 km², cuja densidade demográfica é de 24,82 (hab/km²), segundo estimativas

do IBGE a população em 2013 é de 15.044.137 habitantes, espalhados nos seus 417

municípios. Faz fronteira com oito estados a saber: Goiás, Tocantins, Piauí, Pernambuco,

Alagoas, Sergipe, Espirito Santo e Minas Gerais; possui 27 Territórios de Identidade,

constituídos a partir da especificidade de cada região apresentados no mapa 01 a seguir.

Mapa 01 - Mapa dos Territórios de Identidade da Bahia, SEPLAN, 2013.

O mapa 02 apresenta as macro e microrregiões de saúde, as micro coincidem em quase

100% com os territórios Identidade e com a organização territorial das 31 Diretorias

Regionais de Saúde.

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Mapa 02 – Regiões de saúde do Estado da Bahia, SESAB, 2013.

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No Brasil na safra 2011 foram utilizados cerca de 853 milhões de litros (produtos formulados

de agrotóxicos, sobretudo, herbicidas, fungicidas e inseticidas, o que representa uma média

de 12 litros /ha e exposição média ambiental/ocupacional/alimentar de 4,5 litros de

agrotóxicos por habitantes (IBGE, 2012, Sindicato das Indústrias de Agrotóxicos, apud

EMBRAPA, 2013).

A Bahia situa-se entre os sete maiores estados consumidores de agrotóxicos (6,5%) do

consumo total, o que representou na citada safra 2011 o montante de 55, 64 milhões de

litros pulverizados nas lavouras baianas. O modelo de produção agrícola adotado baseado

no cultivo de monoculturas como: algodão, milho e soja sobretudo no Oeste Baiano é

responsável pela maior fatia desse consumo. Somente a cultura da soja responde por 40%

do consumo entre herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas dentre outros. Em seguida

está o milho com 15%; a cana-de-açúcar e o algodão com 10% ; depois os citrus com 7%; o

café com 3%; sendo que as demais culturas: trigo, arroz, feijão, pastagens, batata, tomate,

cebola, cacau, banana se distribuem na média de consumo dos agrotóxicos (OPUS. CIT

2013)

As principais produções vegetais na Bahia são: na região sudoeste o café, hortaliças e

flores; na região sul o cacau, guaraná, pimenta e cravo; na região leste os citros, fumo, a

mandioca, mamão e cana-de-açúcar; na região nordeste a laranja e o coco; na região norte

uva, cana-de-açúcar, melão, manga e olerículas; na região centro-norte feijão, hortaliças e

verduras; na região oeste o algodão, a soja e o milho; na região extremo sul mamão e

eucaliptos. Observa-se o expressivo aumento da produção da soja e do milho entre os anos

de 1970 a 2006, a soja aumentou aproximadamente 9000%, partindo de 19 toneladas em

1970 para 1.715.195 toneladas em 2006, já o milho houve incremento de 508%, saltando de

341toneladas em 1970 para 1.732.358 em 2006. Pode-se observar também neste mesmo

período a cana-de-açúcar foi a cultura de maior volume de produção, alcançando uma

média de 1.498.881,83 toneladas nos anos, perdendo apenas para a mandioca que é

produzida em todo o estado IBGE, 2006.

Os principais estabelecimentos agropecuários que mais ocupam pessoas na Bahia são

respectivamente a pecuária com 41,5 %, a lavoura temporária 34,8% e a lavoura

permanente 17,7% o que nos permite inferir que há vínculos precários nessas atividades e Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental

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que a agroindústria utiliza maior tecnologia, empregando o menor número de pessoas.

Pode-se ainda predizer que grande parte dos 34,8% das pessoas ocupadas na lavoura

temporária possivelmente refere-se a colheita da cana-de-açúcar, cuja produção é em larga

escala na Bahia.

Existem aproximadamente 62 pontos de venda de agrotóxico no Estado espalhados em

todas as regiões e concentrados nas grande cidades. Quanto ao recolhimento das

embalagens, este se concentra nas regiões e municípios onde há maior consumo como

mostra o mapa 03 a seguir.: Região oeste em Formosa do Rio Preto, Barreiras e Bom

Jesus da Lapa; na região Sudoeste em Vitória da Conquista e Guanambi; na região Extremo

Sul em Teixeira de Freitas; na região Sul em Ilhéus; na região Leste em Conceição do

Jacuípe; na região Norte em Sobradinho, Sento Sé, Casa Nova e Remanso e na região

Centro Norte em Irecê.

Mapa 03. Distribuição das principais culturas, dos postos de vendas e de recolhimento de embalagens de agrotóxicos na

Bahia. DIVISA, 2011

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O censo agropecuário de 2006 aponta a existência de acentuada desigualdade quanto aos

níveis de concentração de terras semelhante ou superior ao índice nacional nas regiões

oeste e norte do estado, onde se concentram as agroindústrias. Este mesmo Censo mostra

que o extremo Oeste Baiano concentra a maioria dos produtores que receberam orientações

técnicas (IBGE, 2006). Essas informações sugerem que as orientações técnicas acontecem

principalmente para os grandes produtores, enquanto o pequeno produtor recebe pouca ou

nenhuma orientação, o que ocasiona aumento do risco de exposição dos trabalhadores e

população geral aos agrotóxicos.

A Bahia apresenta grande diversidade na estrutura agrária e agrícola tanto no que diz

respeito às características das propriedades rurais tipos de culturas, meios de produção,

relações de trabalho, processos e meios de trabalho quanto na diversidade nas condições

sócio sanitárias agrárias. Estes elementos são importantes na avaliação dos impactos

ambientais e à saúde dos trabalhadores e população rural, principalmente quanto à

exposição aos agrotóxicos.

O agrotóxico além do campo está presente também nos alimentos nas mesas de

praticamente todos os brasileiros do campo ou da cidade. Na Bahia o Programa de Análise

de Resíduo de Agrotóxicos (PARA), no período entre 2005 a 2011, monitorou 20 culturas:

alface, abacaxi, arroz, banana, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, fubá,

laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho, tomate, uva; e

constatou a presença de resíduos de agrotóxicos de diversos grupos químicos. Nas culturas

de maçã e tomate todos os ingredientes ativos pertenciam ao grupo químico de

organofosforados enquanto na cultura do tomate todos ingredientes ativos organofosforados

eram não autorizados (NA). Já o pimentão apresentou uma variedade de ingredientes ativos

(IA) pertencentes a grande número de grupos químicos (DIVISA, 2012).

Houve predominância na utilização de agrotóxicos não autorizados para as culturas

monitoradas, apesar de permitido para outras culturas e os seus resíduos detectados

estavam acima dos limites máximos permitidos, principalmente, nas culturas de cenoura,

mamão, pimentão e uva. Observou-se também a presença do agrotóxico ilegal e clandestino

MIREX, na cultura de mamão. Além disso, detectou-se agrotóxicos que tiveram o registro

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banido do Brasil e que ainda são utilizados nas culturas de tomate – MONOCROTOFÓS,

cenoura – TRICLORFOM, e morango – PARATIONA-ETÍLICA (DIVISA, 2012)

A figura 01 apresenta os grupos químicos dos agrotóxicos com uso irregular identificado nas

amostras dos alimentos coletados na Bahia no período de 2005 a 2011.

Figura 01 - Grupos químicos com uso irregular identificados em amostras insatisfatórias, do PARA na Bahia

durante os anos de 2005 a 2011.

No estudo do monitoramento de agrotóxico em água para consumo humano realizado pelo

Ministério da Saúde com dados do Sistema de Informação da Qualidade da Água para

Consumo Humano, alimentado pelas equipes de 887 municípios das diversas regiões da

Federação, com dados de controle, ou seja, dados fornecidos pelas empresas prestadoras

de serviços de água para consumo humano, no Brasil em 2011, verificou-se 53.592 análises.

Do total de municípios apenas 44 eram do Nordeste e destes 24 da Bahia, sendo que

apenas em Brumado - Ba, apresentou análise fora do padrão de potabilidade para

agrotóxicos. Este estudo revelou que 80,5% (N = 43.135) apresentaram resultados abaixo

do limite de detecção; em 19,5% (N=10.456) foram detectados; e em apenas 4,87% (N=509)

apresentaram valores acima do máximo estabelecido. Concluiu-se que apenas 0,94% das

53.592 análises estavam fora do padrão de potabilidade. Esses dados foram corroborados

pelas análises realizadas no SISAGUA, com os dados de 2012, em que se observou neste Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental

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período que 153 municípios alimentaram o sistema com dados de agrotóxicos fornecidos

pela prestadora. Nenhuma amostra apresentou-se fora do padrão de potabilidade, inclusive

para agrotóxico. As figuras a seguir mostram a distribuição do municípios por região que

alimentaram o SISAGUA com dados de controle de agrotóxico (Figura 02) e (Figura 03)

apresentam o número de amostras realizadas no ano pelos 153 municípios. Pode-se

observar que um número expressivo de municípios, apenas alimentou com uma amostra,

quando deveria ser pelo menos duas conforme a Portaria 2914 de 2012.

Figura 02 Número de municípios por região do estado que alimentaram o SISAGUA com informações de agrotóxico, dados

de controle, 2012

Quanto a identificação de Agrotóxicos em água a rede de laboratórios de Qualidade da Água

para Consumo Humano, coordenada pelo Laboratório Central de Saúde Pública – Gonçalo

Moniz (LACEN) realiza apenas análises fisico-químicas e microbiológicas. O LACEN realiza

ensaios para alguns dos demais parâmetros definidos na Portaria 2914/11, entretanto as

amostras de pesquisa de agrotóxicos em água e alimentos são encaminhadas para os

laboratório de referência em outros estados.

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.Figura 03 - Número de municípios que apresentaram zero, uma, duas ou três coletas de água para pesquisa de

agrotóxicos, realizadas pela empresa fornecedora de água potável para consumo humano na Bahia, 2012.

Segundo dados do SINAN, em 2012, foram notificados casos envolvendo inseticida,

herbicida, carrapaticida, raticida e fungicida na Bahia. Baseado nessa fonte, os números de

ocorrência e utilização do agrotóxico dissipa-se pelo estado. Além da capital, que conta com

862 casos, outros municípios diferenciados notificaram também a utilização e a ocorrência

do agrotóxico. Os números mais expressivos são Lauro de Freitas, na região metropolitana

de Salvador, com um total de 258 casos e Juazeiro, no norte do estado, com um total de

249 casos. Esses municípios ainda são acompanhados de outros que são relevantes no

contexto da produção baiana: Jequié (150 casos) e Itabuna (146 casos). Há números menos

expressivos, no entanto consideráveis, em relação à notificação, são eles: Paulo Afonso (89

casos), Rodelas (87 casos), Abaré (81 casos) e Cruz das Almas (78 casos).

Quanto aos dados do SINAN, que compreendem o intervalo dos anos 2009 a 2012, em

relação à intoxicação por agrotóxico por município de ocorrência e ano da notificação, Feira

de Santana apresentou um total de 90 casos, sendo que, no ano de 2012, liderou o ranking

com 46 casos. Em seguida, Juazeiro tem destaque com um quantitativo de 78 casos, sendo

que, em 2009 e 2011, atingiu 20 e 27 casos, respectivamente sendo menor apenas em Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental

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relação à capital, que registrou 52 casos, nos quatro anos. Os municípios de Guanambi

(32 casos), Teixeira de Freitas (25 casos), Abaré (21 casos), Gandu (20 casos), Jaborandi

(18 casos) e Luís Eduardo Magalhães (17 casos) completam a lista dos casos de

intoxicação. Ressalva-se para a cidade de Marcionílio Souza, que teve nos quatro anos 19

casos de intoxicação, no entanto todos eles no ano de 2011.

Em relação às mortes ocorridas no Brasil, notificadas por estado, causadas por agrotóxico

de uso agrícola, no intervalo de 1999 a 2009, os dados do SINITOX / Ministério da Saúde

demonstram que os maiores números de casos de suicídio estão situados no Ceará e em

Pernambuco, seguidos de perto pelo estado de Goiás. São expressivos, também os casos

ocorridos no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Bahia.

No estado a Rede de Saúde do Trabalhador (RENAST) é composta por um Centro Estudos

da Saúde do Trabalhador da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador

(DIVAST) e mais 14 Centros Regionais de Saúde do Trabalhador (CEREST) nos seguintes

municípios: Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Salvador, Vitória da Conquista,

Coité, Itaberaba, Jacobina, Barreiras, Juazeiro, Itabuna, Teixeira de Freitas, Camaçari,

Jequié, Alagoinhas, que buscam dentre outras ações captar os casos de intoxicação por

agrotóxicos e atender a saúde dos mesmos. Além dessa Rede, o estado possui um Centro

de Informação Anti-Veneno (CIAVE) que atua dentro de uma Unidade Hospitalar de

Referencia em Urgência e Emergência da rede estadual 24 horas por dia atendendo a todo

o estado pelo 0800.

As ações de vigilância da saúde ambiental são coordenadas no nível estadual central pela

Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental e no nível regional por 31 Diretorias Regionais

de Saúde que atuam de forma compartilhada com os municípios. Nestes, as ações são

desenvolvidas por equipes de vigilância sanitária municipais, na grande maioria dos

municípios, excetuando-se os de grande porte que possuem equipes exclusivas para o

desenvolvimento dessas ações.

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2. Justificativa

A situação da exposição humana a agrotóxicos representa um problema de saúde pública,

para o qual o setor saúde vem buscando definir e implementar ações voltadas para atenção

integral à saúde das populações expostas a agrotóxicos. As intervenções sobre o problema

são, em alguns aspectos, reconhecidas como de difícil implantação por transcender o setor

saúde, devido ao seu caráter interinstitucional (M.S./S.V.S,2012).

O uso indiscriminado e abusivo dos diversos tipos e misturas de agrotóxicos, aliado à

gravidade das intoxicações provenientes da exposição aos agrotóxicos tem elevado os

custos do Sistema Único de Saúde (SUS) para atender a população, proteger a saúde,

prevenir os agravos decorrentes da exposição aos agrotóxicos na saúde humana e

minimizar os impactos decorrentes da sua utilização.

O estado da Bahia, por sua vez, é um dos maiores consumidores de Agrotóxicos no Brasil, o

que o colocou entre os dez primeiros estados prioritários na Portaria nº 2.938/2012, do

Ministério da Saúde. Diante dos problemas socioambientais advindos do uso dos

agrotóxicos, o Ministério Público Federal do Trabalho teve a motivação para a implantação

do Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FBCA) em 2012.

O SUS apresenta fragilidade em sua rede para identificar, notificar e monitorar os casos de

intoxicação por agrotóxicos, o que impera a necessidade de articular e integrar as diferentes

ações desenvolvidas pelo setor saúde nas diversas esferas, bem como interagir com os

demais setores afins: agricultura, meio ambiente, industria e comércio, educação e

organizações da sociedade civil, dentre outros.

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3. Objetivos

1. Conhecer a utilização de agrotóxicos e situação de saúde das populações

potencialmente expostas a esses produtos no Estado da Bahia, identificando as localidades

mais atingidas, os principais agrotóxicos aplicados, as circunstâncias das ocorrências de

intoxicações por municípios, principais atividades agropecuárias (culturas, sazonalidade,

periodicidade);

2. Implantar, coordenar e executar as ações de vigilância em saúde de populações

expostas a agrotóxicos;

3. Acompanhar a implantação das ações, realizando as possíveis adequações e ajustes

necessários;

4. Possibilitar a implantação do Plano nos municípios prioritários do Estado da Bahia;

5. Fortalecer a utilização dos SIS como ferramenta de notificação e investigação nos

serviços de saúde do SUS e nos serviços privados;

6. Apoiar a participação da sociedade civil organizada, organizações não

governamentais, movimentos sociais e comunidades no desenvolvimento das ações;

7. Disponibilizar informações relacionadas aos agrotóxicos às populações

potencialmente expostas a estes produtos.

4. Diretrizes Gerais para o Plano de Vigilância e Atenção

a) Realizar o diagnóstico da situação de saúde relacionada a populações expostas a

agrotóxicos para definir regiões e municípios prioritários;

b) Implantar a Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos articulada com

a Rede de Atenção a Saúde em especial Saúde da Família / Atenção Básica e Urgência /

Emergência;

c) Monitorar e avaliar a implantação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a

Agrotóxicos nas regiões e municípios prioritários;

d) Apoiar e assessorar tecnicamente os municípios na implantação / implementação da

Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos;

e) Desenvolver estratégia de qualificação das informações dos SIS relacionadas a

Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos;

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f) Fortalecer a participação e o controle social na implantação / implementação das ações

de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos;

g) Desenvolver estratégias de comunicação em saúde e divulgação de informações;

h) Realizar educação permanente em Vigilância em Saúde de Populações Expostas a

Agrotóxicos.

5. Estratégias

I. Articulação intrassetorial para obtenção das informações e dados relacionados à

situação de saúde das populações potencialmente expostas a agrotóxicos;

II. Articulação intersetorial para obtenção das informações e dados da utilização de

agrotóxicos e de populações potencialmente expostas;

III. Analisar os dados e informações de saúde oriundos do SUS/BA e de outros setores

afins;

IV. Articular com a Rede de Atenção a Saúde afim de estabelecer metas e critérios para

implantação em conjunto com a Vigilância em Saúde, fortalecendo parceria entre as

Diretorias Regionais de Saúde (DIRES), Centro Regional de Saúde do Trabalhador

(CEREST), Vigilância em Saúde (VISAU) e Estratégia de Saúde da Família/Atenção Básica

(ESF/AB);

V. Estabelecer instrumentos, mecanismos e procedimentos para acompanhamento das

ações implementadas pelo Plano;

VI. Pactuar com os municípios prioritários a sua inclusão na implantação do Plano;

VII. Estabelecer as parcerias com as unidades da Sesab e SMS, definindo

responsabilidades, para acompanhamento das informações dos SIS, inclusive no que tange

ao fluxo das notificações e capacitações requeridas;

VIII. Promover a participação dos representantes de trabalhadores e da comunidade nas

ações de vigilância em Saúde;

IX. Elaborar material áudio-visual e impresso para públicos específicos;

X. Elaborar proposta de capacitação de forma articulada e conjunta entre os diversos

atores envolvidos

XI. Envolver o gestor visando a identificação dos profissionais de saúde e formação da

equipe de referência para capacitação;

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6. Linhas de ação

3. Capacitação de profissionais de vigilância e atenção à saúde para o desenvolvimento

de ações relacionadas aos agrotóxicos

4. Comunicação nas diferentes mídias: eletrônica, impressa e áudio visual ( alertas,

jornais, folder, spots, radiodifusão e rádio locais, internet, cartazes, CD/DVD, livretos,

carros de som, livro dentre outros)

5. Estruturação de serviços da SESAB como: aquisição de material permanente,

equipamentos e material de consumo (laboratório e serviços de assistência)

6. Apoio aos municípios no desenvolvimento de ações como

a) Ex:Contratação de empresa para transporte de amostra de alimentos

b) Passagens, diárias, combustível para o desenvolvimento das atividades de apoio aos

municípios prioritários

c) Custeio de laboratório para pesquisa de agrotóxicos em alimentos

7. Critérios para escolha dos municípios prioritários

7.1 Critérios Gerais

a) Municípios com área em situação de emergência fitossanitária

b) Municípios que foram identificados por meio de denuncia à SESAB

c) Municípios que mais notificam intoxicação exógena no SINAN e/ou ocorrência de óbitos

no SIM

d) Regiões em que existe elevado consumo de diversos agrotóxicos e número expressivo

de população potencialmente exposta

e) Municípios com equipes de Saúde da Família /Atenção Básica e de vigilância

f) Municípios com equipes atuando na vigilância de populações expostas a agrotóxicos

g) Municípios identificados no Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos

7.2 Critérios para a seleção de Municípios em 2013:

a) Municípios com área em situação de emergência fitossanitária ou

b) Municípios que foram identificados por meio de denuncia até junho de 2013.

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7.3 Municípios prioritários que atenderam aos critérios de seleção em 2013:

1. 25ª Dires - Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Riachão das Neves,

Formosa do Rio Preto, Baianópolis (critério A)

2. 26ª Dires - Correntina, Cocos, Jaborandi (critério A)

3. 15ª Dires – Canudos e Sento Sé (critério B)

4. 4ª Dires – Santo Antônio de Jesus (critério B)

8. Alocação / Aplicação dos recursos (Portaria nº 2938/2012)

O recurso financeiro disponibilizado pelo Ministério da Saúde, no total de R$ 900.000,00,

será utilizado para apoiar o fortalecimento das competências estaduais e apoio institucional

aos municípios prioritários na implementação da Proposta de Vigilância em Saúde da

População Exposta a Agrotóxicos em seu território.

Os municípios prioritários deverão apresentar em seus planos anuais de saúde as ações

de vigilância e atenção à saúde da população exposta ao agrotóxico no seu território, bem

como desenvolver as atividades previstas na CIB 84/11 e demais legislações pertinentes da

atenção à saúde.

A SESAB constituirá grupo de trabalho com a representação do Conselho Estadual dos

Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS-BA) para alterações e

complementação do Plano de Ação de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações

Expostas a Agrotóxicos no Estado da Bahia.

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9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico, Resultados do monitoramento de agro-tóxico em água para consumo humano (controle), Brasil, 2011.vol. 44, 2013. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codConteudo=11319&codModuloArea=783&chamada=boletim-epidemi-ologico-_-volume-44-_-no-9-_-2013.

________ Modelo de Vigilância de Populações Expostas a Agrotóxicos. Disponível em: http://pi-sast.saude.gov.br:8080/pisast/saude-ambiental/vigipeq/exposicao-humana-a-substancias-quimicas-pri-oritarias/agrotoxico/Modelo%20Vig%20Pop%20Agrotox_01%2010%2012%20.pdf/view?searchterm=MODELO+DE+VIGIL%C3%82NCIA

________ Portaria n. 2914 de 12 de dezembro de 2011.

________ Portaria n. 2938 de 20 de dezembro de 2012.

________ Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) - 2013. Disponível em: http://www.suvisa.ba.gov.br/informacao_saude/sinan.

________ Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas – 2013. Disponível em: http://www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home

Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) – Nota Técnica n. 29/2012. Disponível em: http://www.conass.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2149:nt-n-2912-incen-tivo-financeiro-para-implementacao-do-modelo-de-vigilancia-em-saude-e-populacoes-expostas-a-agro-toxicos-&catid=5:notas-tecnicas&Itemid=16.

Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (DIVISA). Relatório de Estágio, 2011.

________. Relatório Anual do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, 2012.

________. Relatório do Sistema de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISAGUA,Salvador 2013.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Censo Agropecuário 2006: Brasil Grandes Regiões e Unidades da Federação, Rio de janeiro, 777p, 2006.

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Risco Potencial das Pragas de Milho e Sorgo no Brasil/Ivan Cruz et al. Documentos, n.150, julho, 2013.

Secretaria de Planejamento do Estado da Bahia (SEPLAN). Território Identidade – 2013. Disponível em: http://www.seplan.ba.gov.br/territorios-de-identidade/mapa.

Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB). Plano Diretor de Regionalização - 2013. Disponí-vel em: http://www1.saude.ba.gov.br/mapa_bahia/.

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ANEXO I

Plano Operativo

I. Realizar o diagnóstico da situação de saúde de populações expostas a agrotóxicos para definir regiões e municípios prioritários

OBJETIVO: Conhecer a utilização de agrotóxicos e situação de saúde das populações potencialmente expostas a esses produtos no Estado da Bahia, identificando as localidades mais atingidas, os principais agrotóxicos aplicados, as circunstâncias das ocorrências de intoxicações por municípios, principais atividades agropecuárias (culturas, sazonalidade, periodicidade)

ESTRATÉGIA 1: Articulação intrassetorial para obtenção das informações e dados relacionados à situação de saúde das populações potencialmente expostas a agrotóxicos

Ação Atividades Responsável Parceiros

7.1. Atualizar o perfil demográfico e socioeconômico

7.1.1. Levantar dados atualizados sobre população potencialmente expostas (IBGE, RAIS, DATASUS)

7.1.2. Estimar a população exposta aos agrotóxicos nas regiões e municípios prioritários

1.1.1.DIS

1.1.2.DIVISA

SMS

1. 2. Elaborar o perfil epidemiológico

1. 2.1. Levantar dados atualizados (SIM, SINAN, SIH) (coeficientes de morbidade e de mortalidade...)1.2.2. Elaborar perfil de morbi-mortalidade1.2.3. Identificar os agrotóxicos mais frequentemente relacionados às intoxicações e óbitos

1.2.1.DIVEP eDIS

1.2.3. CIAVE

SMS E SAIS

XI.3. Elaborar Mapa da Saúde de forma articulada e integrada com as diversas Diretorias envolvidas

XI.3.1. Levantar informações sobre as redes de vigilância e atenção à saúde

XI.3.2. Identificar os municípios e regiões que mais utilizam agrotóxicos, considerando a cultura, período, sazonalidade e número de intoxicações

1.3.1. DIVISA

1.3.2. DIVAST DIVISA

CIAVECOPEDICON

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XI.3.3. Mapear áreas de riscoXI.3.4. Realizar oficinas com as diretorias da

SESAB e municípios prioritários para elaboração do Mapa da Saúde

1.3.3.DIVEP

1.3.4.DIVISA

1.3.3. Todas as diretorias

ESTRATÉGIA 2: Articulação intersetorial para obtenção das informações e dados da utilização de agrotóxicos e de populações potencialmente expostas

Ação Atividades Responsável Parceiros

2.1. Elaborar Mapa da agropecuária

2.1.1. Levantar dados como: cultura, agrotóxicos utilizados e época de aplicação junto aos setores afins

2.1. 2 Articular com a ADAB e EBDA com o objetivo de identificar por município as principais atividades agrícolas, sazonalidade, periodicidade de uso e os principais agrotóxicos utilizados

2.1. 3 Levantar dados secundários como pesquisa em sites do IBAMA, M. da Agricultura, IBGE; coletar dados de principais agrotóxicos e seus princípios ativos

2.1.1, 2.1.2, 2.1.3 DIVISA e DIVAST

EBDA, ADAB, MAPA, CREA/BA, DIVAST

2. 2. Elaborar o Mapa da Cadeia produtiva

2. 2.1. Levantar dados como: região que produz, o que produz, onde são embalados, armazenados, distribuídos e comercializados, assim como o tipo de agrotóxico utilizado

2. 2. 2. Conhecer onde são recolhidos os vasilhames de agrotóxicos e quem são os órgãos que os recolhem

DIVISA E DIVAST EBDA, EBAL, ADAB, MAPA, CREA/BA, COVIAM

2.3. Elaborar Mapa hidrográfico

2.3.1. Levantar dados e informações sobre as bacias hidrográficas do estado da Bahia

DIVAST E DIVISA INEMA, Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH)

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ESTRATÉGIA 3: Analisar os dados e informações de saúde oriundos do SUS/BA e de outros setores afins Ação Atividades Responsável Parceiros

6.1. Avaliar e dimensionar os efeitos à saúde com o uso de agrotóxicos

6.1.1. Subsidiar o planejamento e a organização dos serviços de saúde de acordo com o comportamento epidemiológico da doença ou agravo relacionado à exposição humana a agrotóxicos

DIVEP, DIVISA, DIVAST,

LACEN E CIAVE

DABSAIS – DGC (Coordenação

de minorias)

3. 2. Realizar a análise de situação de saúde da população exposta aos agrotóxicos

3. 2.1. Elaborar o texto da análise da situação de saúde

DIVEP, DIVISA, DIVAST,LACEN,

CIAVE e DIS

DABSAIS – DGC (Coordenação

de minorias)

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II. Implantar a Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos articulada com a Rede de Atenção à Saúde, em especial Saúde da Família, Atenção Básica, Saúde de População Rural e Urgência / Emergência

OBJETIVO: Implantar, coordenar e executar as ações de vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos. ESTRATÉGIA 1: Articular com a Rede de Atenção a Saúde afim de estabelecer metas e critérios para implantação em conjunto com a

Vigilância em Saúde, fortalecendo parceria entre as Diretorias Regionais de Saúde (DIRES), Centro Regional de Saúde do Trabalhador (CEREST), Vigilância em Saúde (VISAU) e Estratégia de Saúde da Família/Atenção Básica (ESF/AB)

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1. Programar as ações e estabelecer no plano de saúde metas e prioridades para o acompanhamento

1.1.1. Definir metas e atividades, estabelecendo prazo e responsabilidade para o acompanhamento das ações

1.1.2. Apoiar os municípios na elaboração do Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

1.1.3. Realizar eventos entre as Diretorias Regionais de Saúde (DIRES), Centro Regional de Saúde do Trabalhador (CEREST), Vigilância em Saúde (VISAU) e Estratégia de Saúde da Família/Atenção Básica (ESF/AB) para subsidiar a realização de investigações e intervenções em ambientes e processos de trabalho de forma integrada

1.1.1. e 1.1.2 DIS, DIVEP, DIVISA, DIVAST, CIAVE, LACEN

1.1.2 IDEM ANTERIOR1.1.3 IDEM 1.1.1

1.1.4 DIVISA

DAB, DGC

1. 2. Elaborar instrumentos e indicadores para acompanhamento e avaliação da implementação das ações de vigilância da saúde de populações expostas a agrotóxicos

1.2.1.Realizar Oficinas de Trabalho para definição de instrumentos e indicadores para monitoramento

1.2.2. Acompanhar os municípios prioritários para monitoramento das ações de vigilância da saúde de populações expostas a agrotóxicos

1.2.1 e 1.2.2 DIVISA, DIVAST, DIVEP

DISCIAVELACEN

1.3. Elaborar e implantar protocolos/instrumentos para o acompanhamento da saúde de populações expostas a agrotóxicos

1.3.1. Elaborar e implantar protocolos/instrumentos para o acompanhamento da saúde de populações expostas a agrotóxicos

DIVAST, DIVISA, CIAVE,LACEN

DISDIVEP

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1.4. Articular com o Laboratório de referência do Ministério da Saúde para realizar as análises das substâncias descritas na portaria MS nº 2914/2011.

1.4.1. Identificar laboratórios, definir o cronograma de coleta das amostras e envio ao Laboratório de Referência

LACEN DIVISA, DIVEP, DIVASTCIAVE

1.5. Definir o plano de amostragem de água para pesquisa de resíduo de agrotóxicos na saída da estação de tratamento ou entrada do sistema de distribuição

1.5.1.60 amostras por ano, analisar os agrotóxicos previsto na portaria nº 2.914/11 semestralmente, nos municípios prioritários1ª Etapa - (25ª Dires) Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Riachão das Neves, Formosa do Rio Preto, Baianópolis (critério A); (26ª Dires) Correntina, Cocos, Jaborandi (critério A);(15ª Dires) Canudos e Sento Sé (critério B);( 4ª Dires)– Santo Antônio de Jesus (critério B)2ª etapa – Juazeiro,Sento Sé,Canudos,Jaguaquara;

DIVISA LACEN,

1.6. Elaborar e desenvolver o Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos.

1.6.1.Usar o diagnóstico para elaboração do PARA Bahia;1.6.2.Definir Laboratório de Referência;1.6.3.Definir municípios parceiros para execução das ações do Programa;1.6.4.Discussão e encaminhamento dos laudos recebidos;1.6.5.Compartilhar informações do SISGAP com agricultura (SEAGRI) de forma a melhorar os dados de rastreabilidade

DIVISA LACEN

1.7.Definir produtos que serão acompanhados nos municípios

1.7.1.Identificar o princípio ativo dos agrotóxicos que serão acompanhados nos municípios.

DIVISA

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III. Monitorar e avaliar a implantação da Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos nas regiões e municípios prioritários

OBJETIVO: Acompanhar a implantação das ações, realizando as possíveis adequações e ajustes necessários ESTRATEGIA 1: Estabelecer instrumentos, mecanismos e procedimentos para acompanhamento das ações implementadas pelo Plano

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1.Aplicar os instrumentos e indicadores para acompanhamento e avaliação da implementação das ações de vigilância e atenção à saúde de populações expostas a agrotóxicos

1.1.1.Acompanhar os municípios para monitoramento das ações de vigilância de Populações expostas a agrotóxicos.

DIVEPDIVASTDIVISA

DISCIAVELACEN

1. 2. Acompanhar a implementação dos instrumentos para o acompanhamento da saúde de populações expostas a agrotóxicos

1..2.1. Apoiar os municípios no desenvolvimento de protocolos de atenção integral à saúde e inquérito de morbi-mortalidade.

DIVISA, DIVAST, DIVEP,

DISCIAVELACEN

1.3.Coordenar, assessorar, supervisionar, articular, a execução do conjunto de ações intra e intersetorial para a prevenção das doenças e agravos decorrentes da exposição humana aos agrotóxicos.

1.3.1. Acompanhar a execução das ações de prevenção das doenças e agravos decorrentes da exposição humana aos agrotóxicos

DIVISA, DIVAST,LACEN,CIAVE

DISDIVEP

1.4.Avaliar a Qualidade da água de consumo humano e de alimentos quanto à presença de agrotóxicos

1.4.1 Realizar o monitoramento da qualidade de alimentos e da água para consumo humano para pesquisa de resíduos de agrotóxicos na rede de distribuição;

DIVISA e LACEN EMBASA e SAAE e SAA

1.5. Monitorar a Qualidade da água e de alimento

1.5.1 Realizar monitoramento da coleta de alimentos e água para consumo

DIVISA LACEN

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quanto á presença de agrotóxicos

humano.

1.6. Investigar surtos e eventos inusitados relacionados à exposição a agrotóxicos

1.6.1 Investigar surtos relacionados exposição a agrotóxicos1.6.2 Acompanhar e avaliar as estratégias de controle das situações de alerta relacionados à saúde de populações expostas a agrotóxicos

DIVEP (CIEVS)DIVISA, DIVASTLACENCIAVE

1.7.Apresentar no relatório de gestão as ações executadas e os resultados alcançados

1.7.1.Descrever no relatório de gestão as principais ações executadas.

DIVEP, DIVISA, DIVAST, LACEN,

DIS, CIAVE

1.8. Identificar, nas microrregiões, unidade de referência para o atendimento aos agravos provocadas por agrotóxicos;

DGRP CIAVEDIVISADIVAST

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IV. Apoiar e assessorar tecnicamente os municípios na implantação/implementação da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

OBJETIVO: Possibilitar a implantação do Plano nos municípios prioritários do Estado da Bahia ESTRATÉGIA 1: Pactuar com os municípios prioritários a sua inclusão na implantação do Plano

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1.Orientar as regionais de saúde e os municípios para a organização da vigilância de populações expostas a agrotóxicos

1.1.1 Programar ações integradas com as regionais de saúde com vista a implementação das ações de vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos

1.1.2 Realizar treinamento dos técnicos das regionais ( curso agrotóxico, VIGIAGUA, VIGISSOLO)

DIVISA, DIVEP, DIVAST, LACEN, DIS,

CIAVE

1.1.2 DIVISA

1.2.Dar apoio matricial e institucional para os municípios prioritários

1.2.1 Apoiar a inserção das ações nos planos municipais de saúde, atendendo às especificações locais 1.2.2 Articular com as Comissões Intergestores Regionais (CIR), CMS, Conselho Estadual de Saúde a inserção das ações de vigilância ... agrotóxico nos planos municipais\estadual de saúde

DIVISA, DIVEP, DIVAST, LACEN, DIS,

CIAVE

DAB

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V. Desenvolver estratégia de qualificação das informações dos SIS relacionadas à Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Agrotóxicos

OBJETIVO: Fortalecer a utilização dos SIS como ferramenta de notificação e investigação nos serviços de saúde do SUS e nos serviços privados

ESTRATÉGIA 1: Estabelecer as parcerias com as unidades da Sesab e SMS, definindo responsabilidades, para acompanhamento das informações dos SIS, inclusive no que tange ao fluxo das notificações e capacitações requeridas

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1. Analisar a consistência do banco de dados das notificações de Intoxicações Exógenas por Agrotóxicos nos SIS

1.1.1.Realizar consistência de dados dos sistemas de informação SINAN e SINITOX.

DIVEPDIS

CIAVE

LACENDIVASTDIVISA

1. 2. Realizar análise e interpretação dos dados de notificação para o monitoramento dos eventos referentes à exposição humana a agrotóxicos

1. 2.1. Realizar analise de dados e informações considerando os sistemas de informação SINAN e SINITOX

DISCIAVEDIVEPDIVAST

DIVISALACEN

1.3. Notificar, investigar e acompanhar as intoxicações exógenas, observando o encerramento oportuno e adoções de medidas de controle adequadas no SINAN

1.3.1. Acompanhar e avaliar sistematicamente o funcionamento do fluxo de notificação do SINAN

1.3.2. Investigar e acompanhar as intoxicações exógenas, bem como a completitude e inconsistências no preenchimento das fichas de Notificação

DIS

DIVEP, DIVAST

Ciave, unidades da rede de atenção a saúde, Dires, SMS,

Cerest

1.4. Detectar e notificar a ocorrência de surtos de intoxicações exógenas por agrotóxicos

1.4.1.Orientar os profissionais de saúde quanto a identificação e notificação em casos de surtos de intoxicações exógenas por agrotóxicos

DIVEP CIAVE

1.5. Alimentar os Sistemas de 1.5.1.Orientar os profissionais dos DIVISA LACEN

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Informação: da Vigilância da Qualidade da água para Consumo Humano (SISÁGUA) e o de Solo Contaminado (SISSOLO)

municípios prioritários para desenvolvimento das ações no VIGIÁGUA e VIGISOLO com alimentação dos sistemas ( SISÁGUA e SISSOLO)

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VI. Fortalecer a participação e o controle social na implantação / implementação das ações de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

OBJETIVO: Apoiar a participação da sociedade civil organizada, organizações não governamentais, movimentos sociais e comunidades no desenvolvimento das ações ESTRATÉGIA 1: Promover a participação dos representantes de trabalhadores e da comunidade nas ações de vigilância em Saúde

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1.Promover articulação com os grupos sociais:(Conselhos municipais, Conselhos de Território Identidade, Comissões Intergestores Regionais, Colegiado de Atenção Básica Municipais, Organizações Sociais e Sindicatos de Trabalhadores Rurais, DIRES e SMS para realização da capacitação dos conselheiros municipais)

1.1.1. Articular com os Conselhos municipais, DIRES e SMS para viabilizar a realização da capacitação dos conselheiros municipais

1.1.2. Realizar reuniões regionais com os atores envolvidos para discutir dos resultados do monitoramento para os devidos encaminhamentos com os grupos sociais e demais representantes do poder público.

1.1.1. DIVISA, DAB,

DIVAST

1.1.2. DIVAST, DAB, DIVISA

DIRES,SMS

CES, DGETS,

Conselhos municipais, Conselhos de Território Identidade,

Comissões Intergestores Regionais, Colegiado de Atenção Básica Municipais, Organizações

Sociais e Sindicatos de Trabalhadores Rurais,

1.2. Capacitar grupos sociais sobre os impactos dos agrotóxicos e a exposição das populações a esses produtos

1.2.1. Realizar a capacitação de grupos sociais sobre os perigos do uso indevido e abusivo dos agrotóxicos

1.2.1.DIVISA, DIVAST, CIAVE

DIRES,SMS

CES, DGETS, DAB

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VII. Desenvolver estratégias de comunicação em saúde e divulgação de informações

OBJETIVO: Disponibilizar informações relacionadas aos agrotóxicos às populações potencialmente expostas a estes produtos.ESTRATÉGIA 1: Elaborar material áudio-visual e impresso para públicos específicos

Ação Atividades Responsável Parceiros Recurso Financeiro

1. Divulgação dos indicadores para o monitoramento dos eventos referentes à exposição humana a agrotóxicos

Elaborar boletimDivulgar nos meios de comunicação da SESAB

DIS DIVISA, DIVAST, CIAVE, DAB,

DIVEP, LACEN

1.2 Executar as atividades relativas à comunicação de risco à saúde decorrente de exposição e intoxicação por agrotóxicos

1.2.1 Elaborar plano de comunicação de risco à saúde decorrente de exposição e intoxicação por agrotóxicos

DIVISADIVEP

(CEVESP)

CIAVEDIVASTLACEN

DISDAB

1.3. Realização de comunicação de risco para populações expostas a agrotóxicos

1.3.1 Elaborar e divulgar os alertas através dos meios de comunicação escrita( jornal,boletins, informes) ou falada (rádio, televisão)

DIVEP (CEVESP)

DIVISA

LACEN, CIAVE

DIVAST

Empresas de radiodifusão

Pública, comunitária,

outros

1.4.Divulgar para a população informações sobre os riscos da exposição a agrotóxicos

1.4.1.Elaborar, divulgar e distribuir material impresso para a população sobre temas de interesse da vigilância de populações expostas a agrotóxicos

1.4.2. Divulgar material áudio-visual para a população sobre temas de interesse da vigilância de populações expostas a agrotóxicos

1.4.1 e 1.4.2 DIVAST

CIAVEDIVISALACEN

DISDAB

1.5. Divulgar para os técnicos da área da saúde informações sobre exposição a agrotóxicos

1.5.1. Elaborar, divulgar e distribuir materiais informativos sobre temas de interesse da vigilância de populações expostas a agrotóxicos

DIVISA CIAVELACEN

DISDAB

DIVAST

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VIII. Realizar educação permanente em Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos

OBJETIVO: Ter profissionais capacitados para executar as ações que integram o Plano ESTRATÉGIA 1: Elaborar proposta de capacitação de forma articulada e conjunta entre os diversos atores envolvidos ESTRATÉGIA 2: Envolver o gestor visando a identificação dos profissionais de saúde e formação da equipe de referência para capacitação

Ação Atividades Responsável Parceiros

1.1. Promover a capacitação / atualização dos técnicos da SESAB em Toxicologia, com ênfase em agrotóxicos

8. Capacitar / atualizar os técnicos da SESAB em Toxicologia, com ênfase em agrotóxicos

CIAVE DIS, DIVAST, DIVISA, DIVEP, LACEN, DAB, DGRP, DGETS,

DIRES

1.2. Capacitar/atualizar os trabalhadores das SMS em Toxicologia, com ênfase em agrotóxico

1.2.1. Capacitar os profissionais das unidades de referência para o atendimento aos agravos provocados por agrotóxicos;

1.2.2. Capacitar os trabalhadores das SMS em Noções Básicas de Toxicologia - com ênfase em agrotóxico e em “implicações do uso de agrotóxicos em saúde pública”

1.2.1 DGRP, DIVAST

1.2.2. DGRP,

DIVEP, LACEN, DAB, DGETS, DIRESSMS

CIAVECOSEMS

1.3. Capacitar os técnicos do sistema de VISAU e Atenção a Saúde (níveis estadual e municipal) para utilização dos sistemas de informação relacionados ao Agrotóxico (SINAN, SINITOX, SIM, SIA, SIH, SISÁGUA, SISSOLO)

1. 3.1. Capacitar os profissionais de Saúde em geral para o preenchimento da Ficha de Intoxicação Exógena e discutir o fluxo da notificação

1.3.2. Capacitar os profissionais da Vigilância da Saúde para a utilização dos Sistemas: SISAGUA e SISSOLO

1.3.3 Capacitar os técnicos de Vigilância Epidemiológica para o acompanhamento e análise de consistência dos dados e informações

1.3.1DIVEP

1.3.2. DIVISA

1.3.3. DIS e DIVEP

1.3.1CIAVEDVAST,

DIS, DIRES, SMS

1.3.2.LACEN, DIRES, SMS

1.3.3 SMS, DIRES

DGRP, DAB

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inseridos nos SIS (SIM E SINAN)

1.3.4 Capacitar os técnicos do CIAVE e da Rede de Atenção (unidades de referencia) na utilização do SINITOX

1.3.5 Capacitar técnicos da VISAU na utilização do SIA, SIH

1.3.4. CIAVE

1.3.5. DICON

1.4 Capacitar os profissionais das Vigilâncias Sanitárias municipais para realizar as ações do VIGIPEQ, VIGIAGUA e coleta de alimentos;

1.4.1 Capacitar os profissionais da Vigilância da Saúde para realizar as ações do VIGIPEQ, VIGIAGUA e coleta de alimentos

1.3.1 DIVISA,

LACEN

DIRES, SMS, UNIVERSIDADES

1.5 Capacitar os profissionais de Saúde (atenção básica e rede hospitalar) dos municípios para atendimento da população exposta a agrotóxicos.

1.2.3. Capacitar os profissionais de saúde (atenção básica e rede hospitalar) dos municípios em relação ao diagnóstico e tratamento das intoxicações decorrentes da exposição aos agrotóxicos

DGRP (CIAVE)

DAB, DIRES, DGRP, SMS, UNIVERSIDADES