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PLANO DE
CONTINGÊNCIA
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1. Enquadramento da situação
Na atual situação relacionada com o COVID-19, as Autoridades de Saúde Nacionais
determinam, a elaboração de planos de contingência que minimizem o risco de
contágio e permitam o bom funcionamento das atividades essenciais.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) emitiu um conjunto de orientações, das quais se
destacam a ORIENTAÇÃO 006/2020 de 26/02/2020, 011/2020 de 17/03/2020,
014/2020 de 21/03/2020, 023/2020 de 08/05/2020 e 030/2020 de 29/05/2020 a serem
atualizadas pela DGS de acordo com a evolução da situação.
Este documento, em cumprimento do disposto no Despacho n.º 2836-A/2020, de
02/03/2020, designado por plano de contingência, define um conjunto de
orientações que permite a preparação e adequação da resposta da empresa,
centrando-se nas questões operacionais a acautelar, de forma a proteger a saúde
dos trabalhadores e clientes, assegurando a continuidade da sua atividade.
À Autoridade de Saúde compete intervir em situações de grave risco para a Saúde
Pública, procedendo à vigilância da saúde dos cidadãos e do nível sanitário dos
serviços e estabelecimentos, determinando, quando necessário, medidas corretivas,
incluindo a interrupção ou suspensão de atividades ou serviços e o encerramento.
(Decreto-Lei n.º 135/2013, de 4 de outubro).
2. Explicitação do que é o Coronavírus – COVID-19
Os coronavírus são um grupo de vírus conhecidos desde meados de 1960. A maioria
das pessoas infeta-se com os coronavírus comuns ao longo da vida. Eles são uma
causa comum de infeções respiratórias brandas e moderadas de curta duração. Entre
os coronavírus encontra-se também o novo vírus designado de COVID-19 pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), cuja infeção provoca sintomas semelhantes a
uma gripe comum ou, em casos mais graves, a uma pneumonia. A COVID-19 é uma
doença infeciosa emergente, identificada pela primeira vez na cidade Chinesa de
Wuhan, cujos casos iniciais datam de dezembro de 2019.
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O Comité de Emergência da OMS decretou Emergência de Saúde Pública de Âmbito
Internacional, no âmbito do Regulamento Sanitário Internacional. De acordo com o
Centro Europeu de Prevenção de Controlo das Doenças (ECDC), o impacto potencial
do Corona Vírus COVID-19 é elevado, sendo provável a propagação continuada e
global do vírus.
A transmissão ocorre pessoa a pessoa, por contacto direto ou indireto através de
gotículas. Após contacto com o vírus, a maioria das pessoas desenvolvem doença
ligeira, sendo a probabilidade de complicações graves mais comum em pessoas de
grupos etários mais velhos e na presença de outras doenças crónicas.
2.1 Principais sintomas
Os sintomas são semelhantes a uma gripe, como por exemplo:
Febre;
Tosse;
Falta de ar (dificuldade respiratória);
Cansaço.
2.2 Transmissão, tempo de incubação e formas de manifestação
Considera-se que o COVID-19 pode transmitir-se:
Por gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 micra);
Pelo contacto direto com secreções infeciosas;
Por aerossóis em procedimentos terapêuticos que os produzem (inferiores a
1 mícron).
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A transmissão de pessoa para pessoa foi confirmada e julga-se que esta ocorre
durante uma exposição próxima a pessoa com COVID-19, através da
disseminação de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infetada
tosse, espirra ou fala, as quais podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou
olhos de pessoas que estão próximas e ainda através do contacto das mãos com
uma superfície ou objeto com o novo coronavírus e, em seguida, o contacto com
as mucosas oral, nasal ou ocular (boca, nariz ou olhos).
O período de incubação (até ao aparecimento de sintomas) situa-se entre 2 a
12 dias, segundo as últimas informações publicadas pelas Autoridades de
Saúde. Como medida de precaução, a vigilância ativa dos contactos próximos
decorre durante 14 dias desde a data da última exposição a caso confirmado.
As medidas preventivas no âmbito do COVID-19 têm em conta as vias de
transmissão direta (via aérea e por contacto) e as vias de transmissão indireta
(superfícies/objetos contaminados).
As formas de manifestação deverão ser analisadas, tendo em conta critérios
clínicos e epidemiológicos disponibilizados à data no ECDC (Centro Europeu de
Prevenção de Doenças Transmissíveis).
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3. Procedimentos preventivos
3.1 Regresso de deslocações ao estrangeiro
Não tendo sido decretada pela DGS, até ao presente momento, qualquer
restrição a deslocações ao estrangeiro, recomenda-se a devida ponderação
relativamente à conveniência dessas deslocações, principalmente para países
ou zonas em que a propagação do vírus se mostra mais ativa, identificados pelas
Autoridades de Saúde.
Os trabalhadores e demais acompanhantes que tenham regressado ou que tenham
estado em contacto próximo e direto com quem tenha regressado de país ou zona de
risco para a infeção pelo COVID-19, identificados pela DGS, devem, nos 14 dias
subsequentes, monitorizar o seu estado de saúde, medindo a temperatura corporal
duas vezes ao dia, registando os valores e estar atentos a tosse ou a dificuldades
respiratórias. Devem ainda evitar cumprimentos sociais com contacto físico.
Quaisquer alterações ao estado de saúde devem ser comunicadas de imediato à
linha SNS 24 (808 24 24 24) que analisará o risco em concreto e dará as devidas
recomendações/orientações.
3.2 Medidas de prevenção diária
▪ Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem
durante pelo menos 20 segundos;
▪ Reforçar a lavagem das mãos antes e após as refeições, após o uso
da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas;
▪ Usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar;
▪ Deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida;
▪ Tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as
mãos;
▪ Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou
contaminadas com secreções respiratórias.
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3.3. Medidas de higiene do ambiente empresarial
▪ Arejamento dos espaços;
▪ Higienização e limpeza dos revestimentos, equipamentos, objetos e superfícies
mais manuseados: corrimões, maçanetas de portas, balcões, torneiras…
▪ Colocação/reforço de suportes com solução anticética de base alcoólica em
locais estratégicos: entrada do parque, refeitório, snack bar, instalações
sanitárias, área de isolamento, casas das máquinas, escritório e gabinetes,
bilheteira...
3.4. Medidas de vigilância
▪ Reforço na atenção a sintomas nos trabalhadores: febre (38ºC), tosse,
dificuldade respiratória.
▪ Aplicação destas medidas nos casos de trabalhadores que fizeram
viagens a outros países.
4. Operacionalização do Plano de Contingência
4.1. Identificação dos efeitos que a infeção de trabalhadores pode
causar no serviço ou entidade.
Trabalhadores
Medidas de Isolamento
A colocação de um trabalhador numa área de “isolamento” visa impedir que outros
trabalhadores possam ser expostos e infetados. Tem como principal objetivo
evitar a propagação da doença transmissível na empresa e na comunidade.
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A área de “isolamento”, numa empresa tem como finalidade evitar ou restringir
o contacto direto dos trabalhadores com o trabalhador doente (com sinais,
sintomas e ligação epidemiológica compatíveis com a definição de caso
suspeito) e permitir um distanciamento social deste, relativamente aos
restantes trabalhadores.
A área de “isolamento” deve ter ventilação natural, ou sistema de ventilação
mecânica, e possuir revestimentos lisos e laváveis (ex. não deve possuir
tapetes, alcatifa ou cortinados). Esta área deverá estar equipada com:
telefone; cadeira ou marquesa (para descanso e conforto do trabalhador,
enquanto aguarda a validação de caso e o eventual transporte pelo INEM); kit
com água e alguns alimentos não perecíveis; contentor de resíduos (com
abertura não manual e saco de plástico); solução antisséptica de base
alcoólica, toalhetes de papel; máscara(s) cirúrgica(s); luvas descartáveis;
termómetro. Nesta área, ou próxima desta, deve existir uma instalação
sanitária devidamente equipada, nomeadamente com doseador de sabão e
toalhetes de papel, para a utilização exclusiva do Trabalhador com
Sintomas/Caso Suspeito. A empresa deverá estabelecer o(s) circuito(s) a
privilegiar quando um Trabalhador com sintomas se dirige para a área de
“isolamento”. Na deslocação do Trabalhador com sintomas, devem ser
evitados os locais de maior aglomeração de pessoas/trabalhadores nas
instalações.
4.2. Cadeia de Comando e Controlo
A cadeia de comando e controlo define a liderança e coordenação em situação
de infeção do Coronavírus - COVID-19. Ela tem autoridade para tomar
decisões e atuar em conformidade a todos os níveis de intervenção. A
Coordenação global do plano é presidida pelos Diretores da empresa
devidamente apoiada por uma Equipa operativa em articulação com as
Autoridades de Saúde Locais.
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4.2.1. Equipa operativa
Nome
Função na empresa
Função no plano contingência
Diamantino Ribeiro
Diretor Geral
Coordenador
Elisabete Santos
Diretora Comercial
Coordenador
Amanda Gonçalves
Tec. Relações Publicas
Equipa operativa
André Remígio
Supervisor do Parque
Equipa operativa
Tiago Menino
Responsável Snack Bar
Equipa operativa
João Martins
Responsável de Manutenção
Equipa operativa
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4.3 Preparação para fazer face a possível caso de infeção por COVID-19
4.3.1 Sala de “isolamento”, Localização e Material
A sala de isolamento fica localizada ao lado da enfermaria.
Pode ser facilmente arejada abrindo porta e janela.
Na sala, há um dispensador de substância de álcool, máscaras, luvas, marquesa,
água potável, um termómetro, um balde do lixo com um saco de plástico. Tem
acesso a instalações sanitárias privadas.
Os responsáveis pelo encaminhamento, serão os elementos da equipa
operativa.
4.3.2 Aquisição de equipamentos e produtos
A empresa procederá à aquisição/reforço dos equipamentos e produtos
considerados necessários para a higiene pessoal, limpeza e desinfeção de
superfícies, material e equipamentos, em particular de acordo com a
orientação número 006/2020 da DGS de 26/02/2020.
4.3.3 Identificar os profissionais de saúde e os seus contactos
➢ Linha SNS 24 - 808 24 24 24
➢ Centro de Saúde da Nazaré – 262 569 124
➢ Bombeiros Voluntários da Nazaré– 262 561 300
➢ Unidade de Saúde Pública – 262 569 120
➢ Hospital de Alcobaça – 262 590 400
➢ Hospital de Leiria – 244 817 000
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4.3.4 Informar e formar o staff. Reunir com toda a Equipa Operativa.
Enviar o Plano de Contingência e os cartazes da DGS a todos os
elementos da empresa via email.
Promover a realização de sessões de esclarecimento
Disponibilizar no site da empresa o Plano de Contingência, bem como um
link para a DGS – página do COVID-19.
Facultar informações e esclarecimento a todos os funcionários.
Distribuir pela empresa cartazes alusivos ao COVID-19, nomeadamente na
entrada, casas das máquinas, instalações sanitárias, escritórios e gabinetes,
restaurantes e quiosques, reservas e receção, área de isolamento e bilheteira.
4.3.5 Diligências a efetuar na presença de suspeitos de infeção por COVID-
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A colocação numa área de “isolamento” visa impedir que outros possam ser expostos
e infetados. Tem como principal objetivo evitar a propagação da doença
transmissível no serviço e na comunidade.
5. Procedimentos num caso suspeito
De acordo com a DGS, define-se como caso suspeito quem apresente como critérios
clínicos infeção respiratória aguda (febre, tosse, dificuldade respiratória), associados
a critérios epidemiológicos.
Quem apresente critérios compatíveis com a definição de caso suspeito ou com sinais
e sintomas de COVID-19, informa a direção da empresa (preferencialmente por via
telefónica) e, caso se encontre na empresa, dirige-se para a área de “isolamento”,
definida no plano de contingência. Já na área de “isolamento” contacta a linha SNS 24
(808 24 24 24).
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Nas situações necessárias o responsável acompanha o trabalhador até à área de
“isolamento”. Quem acompanha/presta assistência ao Trabalhador com sintomas, deve
colocar, momentos antes de se iniciar esta assistência, uma máscara cirúrgica e
luvas descartáveis, para além do cumprimento das precauções básicas de controlo
de infeção quanto à higiene das mãos, após contacto com o Trabalhador doente.
O profissional de saúde do SNS 24 questiona o doente (ou acompanhante) quanto a
sinais, sintomas e ligação epidemiológica compatíveis com um caso suspeito de
COVID-19. Após avaliação, o SNS 24 informa o seguinte:
Se não se tratar de caso suspeito de COVID-19: define os
procedimentos adequados à situação clínica;
Se se tratar de caso suspeito de COVID-19: o SNS 24 contacta a
Linha de Apoio ao Médico (LAM), da DGS, para validação da suspeição.
(Anexo IV)
5.1. Desta validação o resultado poderá ser:
Caso Suspeito Não Validado: este fica encerrado para COVID-19. O
SNS24 define os procedimentos habituais e adequados à situação clínica do
trabalhador.
Caso Suspeito Validado: a DGS ativa o Instituto Nacional de Emergência
Médica (INEM) e Autoridade de Saúde Regional, iniciando-se a investigação
epidemiológica e a gestão de contactos. O diretor informa de imediato o
Delegado Regional de Saúde da respetiva área de circunscrição sobre a
existência do caso suspeito validado.
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6. Procedimentos perante um caso suspeito validado
O trabalhador doente deverá permanecer na área de “isolamento” (com máscara
cirúrgica, desde que a sua condição clínica o permita), até à chegada da equipa do
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), ativada pela DGS, que assegura
o transporte para o Hospital de referência, onde serão colhidas as amostras
biológicas para testes laboratoriais.
O acesso de outras pessoas à área de “isolamento” fica proibido (exceto aos
colaboradores designados para prestar assistência);
A Administração colabora com a autoridade de Saúde Local na identificação dos
contactos próximos do doente;
A Administração informa a empresa prestadora de serviços externos de saúde no
trabalho ou o médico do trabalho responsável;
A Administração informa os restantes colaboradores da existência de um caso
suspeito validado, a aguardar resultados de testes laboratoriais.
A DGS informa a Autoridade de Saúde Regional dos resultados laboratoriais, que
por sua vez informa a Autoridade de Saúde Local. A Autoridade de Saúde Local
informa dos resultados dos testes laboratoriais e:
Se o caso for não confirmado: este fica encerrado para COVID-19, sendo
aplicados os procedimentos habituais de limpeza e desinfeção. Nesta situação são
desativadas as medidas do plano de contingência;
Se o caso for confirmado: a área de “isolamento” deve ficar interditada até à
validação da descontaminação (limpeza e desinfeção) pela Autoridade de Saúde
Local. Esta interdição só poderá ser levantada pela Autoridade de Saúde.
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6.1. Na situação de caso confirmado:
A empresa deve:
▪ Providenciar a limpeza e desinfeção (descontaminação) da área de
▪ “isolamento”;
▪ Reforçar a limpeza e desinfeção, principalmente nas superfícies
frequentemente manuseadas e mais utilizadas pelo doente confirmado,
com maior probabilidade de estarem contaminadas;
▪ Dar especial atenção à limpeza e desinfeção do local onde se
encontrava o doente confirmado (incluindo materiais e equipamentos
utilizados por este);
▪ Armazenar os resíduos do caso confirmado em saco de plástico (com
espessura de 50 ou 70 mícras) que, após ser fechado (ex. com
abraçadeira), deve ser segregado e enviado para operador licenciado
para a gestão de resíduos hospitalares com risco biológico.
7. Vigilância de contactos próximos
Considera-se “contacto próximo” quem não apresenta sintomas no momento, mas que
teve ou pode ter tido contacto próximo com um caso confirmado de COVID-19.
O contacto próximo com caso confirmado de COVID-19 pode ser de:
7.1. “Alto risco de exposição”
Quem partilhou os mesmos espaços (sala, gabinete, secção, zona até 2
metros) do caso;
Quem esteve face-a-face com o caso confirmado ou em espaço fechado com
o mesmo;
Quem partilhou com o caso confirmado loiça (pratos, copos, talheres),
toalhas ou outros objetos ou equipamentos que possam estar contaminados
com expetoração, sangue, gotículas respiratórias.
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7.2. “Baixo risco de exposição”
Quem teve contacto esporádico (momentâneo) com o caso confirmado (ex.
em movimento/circulação durante o qual houve exposição a
gotículas/secreções respiratórias através de conversa face-a-face superior a
15 minutos, tosse ou espirro);
Quem prestou assistência ao caso confirmado, desde que tenha seguido as
medidas de prevenção (ex. utilização adequada de meios de contenção
respiratória; etiqueta respiratória; higiene das mãos).
Perante um Caso Confirmado por COVID-19, além do referido anteriormente,
deverão ser ativados os procedimentos de vigilância ativa dos contactos
próximos, relativamente ao início de sintomatologia. Para efeitos de gestão
dos contactos a Autoridade de Saúde Local, em estreita articulação com o
empregador e o médico do trabalho, deve:
Identificar, listar e classificar os contactos próximos (incluindo os casuais);
Proceder ao necessário acompanhamento dos contactos (telefonar
diariamente, informar, aconselhar e referenciar, se necessário).
Como medida de precaução, a vigilância ativa dos contactos próximos
decorre durante 14 dias desde a data da última exposição a caso confirmado.
(Anexo IV)
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8. Reforço ao nível das práticas de limpeza num caso de COVID-19 confirmado
No que diz respeito à higiene das instalações e pessoal, é necessário reforçar as
seguintes medidas:
Desinfetar as maçanetas das portas;
Limpar os tampos das mesas do refeitório entre o período da manhã e da
tarde;
Todas as zonas comuns, devem ser alvo de várias limpezas e desinfeções durante
o dia;
As mãos devem ser lavadas/desinfetadas várias vezes ao dia.
Independentemente destas medidas de higiene extraordinárias, estão a ser
implementadas diariamente ações de higienização e limpeza de espaços comuns.
Todo o staff será alertado para a importância de se reforçarem medidas de
higiene individuais preventivas, como a higienização das mãos.
9. Recomendações Evitar ir para o local de trabalho com febre.
Informar a empresa no caso de terem tido contacto com pessoas infetadas e
quando fizeram viagens para locais para áreas de transmissão comunitária ativa do
novo Coronavírus.
10. Medidas gerais para atendimento ao público
Assegurar que todas as pessoas que trabalham e frequentam o mesmo estão
sensibilizadas para o cumprimento das regras de etiqueta respiratória, da lavagem
correta das mãos (anexo I), assim como as outras medidas de higienização e
controlo ambiental.
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• Estabelecer medidas que assegurem distância entre pessoas nas instalações,
nomeadamente:
- Garantir que o local destinado à espera dos utilizadores comporte apenas 1/3
da sua capacidade normal;
- Garantir que o atendimento em balcão se faz com a distância apropriada (pelo
menos 1 metro, idealmente 2) garantindo sinalização devida – nomeadamente
através de marcas no chão;
- Garantir que o atendimento em balcão se faz através de barreiras físicas que
limitem a proximidade entre os colaboradores e os utentes (ex.: colocação de
barreira de acrílico que limite a exposição);
- Considerar a possibilidade de estabelecer, no interior dos estabelecimentos,
algumas barreiras físicas que limitem a proximidade entre os colaboradores e os
utentes (ex.: colocação de “obstáculos” que evitem uma aproximação excessiva
entre indivíduos);
- No caso de ser necessário proceder à entrega direta de materiais ou produtos,
o responsável pela entrega deverá evitar, no limite das suas possibilidades, o
contacto direto com o utente ou com quaisquer objetos pessoais do mesmo.
• Rever os protocolos de limpeza e intensificar as rotinas de higienização,
incluindo:
- Desinfetar pelo menos uma vez por dia, e com recurso a agentes adequados,
todas as zonas (ex.: zonas de atendimento, balcões, áreas de espera, teclados do
computador, casas de banho, telefones, corrimãos, puxadores, etc.).
- Desinfetar todas as horas, e com recurso a agentes adequados, os
equipamentos críticos (tais como terminais multibancos)
• Colocar solução antisséptica de base alcoólica - SABA – e incentivar o seu uso
(através, por exemplo, de pósteres).
11. Limpeza e desinfeção de superfícies em estabelecimentos de
atendimento ao público
Todas as superfícies podem ser veículos de contágio, mas o risco deste contágio
varia consoante a frequência de manipulação, de toque ou de utilização. As
superfícies com maior risco de transmissão são as de toque frequente, ou seja, as
superfícies manipuladas ou tocadas, por muitas pessoas, e com muita frequência
ao longo do dia. São exemplos destas superfícies: maçanetas de portas,
interruptores de luz, telefones, tablets e teclados de computadores principalmente
quando usados por várias pessoas, botões de elevadores,
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torneiras de lavatórios, manípulos de autoclismos, mesas, bancadas, cadeiras,
corrimãos, brinquedos em salas de diversão para crianças em espaços públicos,
dinheiro, entre outros.
Algumas áreas de maior risco para a transmissão entre pessoas incluem:
• Áreas de restauração onde as pessoas comem (nomeadamente em grandes
superfícies e restaurantes) ou outros (mesas, tabuleiros, bancadas, cadeiras)
podem aumentar o risco para as pessoas que as frequentam, se não forem
desinfetadas frequentemente e entre clientes;
• Áreas de confeção de alimentos, são críticos para evitar contaminação dos
mesmos. Por isso, existem regras muito rigorosas de limpeza e desinfeção destas
áreas;
• Instalações sanitárias públicas.
Medidas gerais:
▪ Estabelecer um plano de higienização;
▪ Este plano deve estar afixado em local visível;
▪ Deve existir um sistema de registo da limpeza com identificação das
pessoas responsáveis e a frequência com que é realizada;
▪ Nesta fase, a frequência de limpeza deve será aumentada;
▪ Os profissionais de limpeza devem conhecer bem os produtos a utilizar
(detergentes e desinfetantes), as precauções a ter com o seu
manuseamento, diluição e aplicação em condições de segurança, como se
proteger durante os procedimentos de limpeza dos espaços e como garantir
uma boa ventilação dos mesmos durante a limpeza e desinfeção.
▪ Toda a comunidade, nomeadamente os cidadãos, as famílias e os
profissionais nos seus locais de trabalho, devem preocupar-se em manter
a limpeza de rotina das superfícies, sobretudo aquelas onde todos tocam
frequentemente.
Técnicas de limpeza:
Assegurar-se que a limpeza segue a seguinte técnica:
• A limpeza deve ser sempre húmida - não usar aspiradores a seco em zonas
públicas, salvo se forem aspiradores com tanque de água que recolhe a sujidade
na água; este depósito deve ser despejado e lavado entre cada uma das áreas a
aspirar;
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• Deve ser realizada sempre no sentido de cima para baixo e, das áreas mais
limpas, para as mais sujas:
I Paredes e teto (se aplicável)
II. Superfícies acima do chão (bancadas, mesas, cadeiras, corrimãos,
outros);
III. Equipamentos existentes nas áreas;
IV. Instalações sanitárias;
V. Chão – é o último a limpar.
Materiais de limpeza
Assegurar-se que:
• Devem existir materiais de limpeza distintos (de uso exclusivo) de acordo com o
nível de risco das áreas a limpar;
• Os panos de limpeza devem ser, preferencialmente, de uso único e descartáveis
(usar e deitar fora), diferenciados por um código de cores, para cada uma das
áreas, de acordo com o nível de risco. São exemplos:
- Bancadas, mesas, cadeiras, de restaurantes e de gabinetes, entre outros:
azul;
- Mesas de refeição e áreas de preparação de alimentos: verde;
- Casas de banho: pano só para limpar o lavatório: amarelo; pano para as
sanitas (exterior): vermelho;
- A parte interior da sanita não precisa de pano. Deve ser esfregada com o
próprio piaçaba e com detergente de base desinfetante;
• O balde e esfregona para o chão são habitualmente reutilizáveis, pelo que se
deve garantir uma limpeza e desinfeção destes equipamentos no final de cada
utilização. O balde e esfregona devem ser diferentes, para as áreas atrás referidas.
Por exemplo: o balde e esfregona usados nas casas de banho, não devem ser
usados nas áreas de alimentação, ou em outros espaços públicos.
Frequência de limpeza
Assegurar-se que:
• A limpeza de superfícies de toque frequente pode ser realizada com detergente
de base desinfetante, para conseguir um procedimento mais rápido, isto é, um
produto que contém na sua composição, detergente e desinfetante em simultâneo
(2 em 1), compatíveis. Podem ter várias apresentações: líquida, gel, espuma ou
spray. Não usar produtos em spray nas áreas de exposição e venda de alimentos
já confecionados;
• A frequência de limpeza das superfícies de toque frequente deve ser no mínimo
6 vezes ao dia, mas pode ser necessário aumentar essa frequência;
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• Nas áreas de restauração/cafés, esta limpeza rápida deve ser feita quando sai
um cliente e entra outro para a mesma mesa. Os puxadores de portas devem ser
limpos com mais frequência (cerca de 1 vez por hora);
• Chão: lavar com água quente e detergente comum, seguido da desinfeção com
solução de lixívia diluída em água. A frequência de limpeza deve ser no mínimo 2
vezes ao dia;
• Instalações sanitárias (casas de banho): lavar preferencialmente com produto
que contenha na composição detergente e desinfetante porque é de mais fácil
aplicação e desinfeção. A frequência de limpeza do chão deve ser no mínimo, 3
vezes ao dia;
• Os espaços onde podem estar crianças a brincar, devem ser limpos mais vezes
durante o dia.
Produtos de limpeza e desinfeção
Assegurar-se que:
• De forma a serem tomadas as medidas necessárias para proteger a saúde e o
ambiente e garantir a segurança nos locais de trabalho, é necessário ter no
estabelecimento as fichas de dados de segurança dos produtos (vulgarmente
designadas por fichas técnicas) que constam no plano de higienização;
• Devem ser cumpridas as indicações do fabricante e instruções nos rótulos dos
produtos e nas fichas de segurança;
• Os produtos químicos devem estar devidamente rotulados, fechados e
conservados nas suas embalagens de origem, de modo a evitar o risco de
contaminação de alimentos, por exemplo;
• Os produtos químicos devem ser armazenados fora das áreas onde são
manuseados os alimentos, em local fechado e devidamente identificado e fora do
alcance de crianças ou pessoas com necessidades especiais;
• Os detergentes a usar são os comuns ou de uso doméstico;
• Os desinfetantes mais utilizados são: a vulgar lixívia (hipoclorito de sódio) com
pelo menos 5% de cloro livre na forma original e o álcool a 70%;
• Podem ser ainda utilizados produtos de desinfeção rápida sob a forma de
toalhetes humedecidos no desinfetante e fornecidos em dispensador próprio
(facilitando tirar 1 a 1 sem os contaminar). Estes são produtos que juntam
habitualmente na sua composição, detergente e desinfetante compatíveis.
Estes toalhetes são para usar numa superfície e não devem ser reutilizados em
várias superfícies, porque favorece a disseminação dos agentes contaminantes.
Usar um toalhete para cada superfície e descartar para o caixote do lixo.
Não secar a superfície depois de usar o toalhete desinfetante, porque é necessário
que a superfície fique molhada durante uns minutos até secar ao ar, para ser
eficaz;
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• Existem no mercado, pastilhas de Dicloroisocianurato de sódio (com efeito
semelhante à lixívia) mas de preparação mais rápida, não necessitando de
grandes espaços para armazenar. Os utilizadores devem seguir as instruções do
fabricante (rótulos) para o seu uso em segurança; estas pastilhas devem ser
preparadas só na altura da utilização, para manter a sua eficácia;
• As partes metálicas das superfícies ou as que não são compatíveis com a lixívia,
devem ser desinfetadas com álcool a 70% ou outro produto compatível, para evitar
a corrosão ou danificação;
• Ao aplicar lixívia ou outro produto semelhante, abrir as janelas para arejar e
renovar o ar, ajudando também a secar mais rapidamente as superfícies.
Uso de equipamentos de proteção individual pelos funcionários de limpeza
Assegurar-se que:
• Os funcionários que limpam as áreas de alimentação não são os mesmos que
limpam as casas de banho;
• Nesta fase de possível disseminação do vírus, aconselha-se a que os
profissionais de limpeza usem:
- Bata impermeável, embora possa também ser usado um avental impermeável
por cima da farda (não usar a roupa que traz de casa);
- Uma máscara comum bem ajustada à face - a máscara deve ser mudada
sempre que estiver húmida (mínimo de 4-6 horas);
- Luvas resistentes aos desinfetantes (de usar e deitar fora);
- Utilizar uma farda limpa todos os dias e um calçado próprio só para as
limpezas; a farda deve ser lavada nos locais de trabalho e preferencialmente em
máquina com ciclo de lavagem e desinfeção pelo calor - não deve ser levada para
casa, para ser lavada pelos funcionários;
- Na desinfeção de áreas de isolamento e/ou em grandes espaços (cinemas,
restaurantes, centros comerciais, cantinas, escolas, entre outros) onde se supõe
que possam ter ocorrido casos de COVID-19 ou eventual disseminação, pode
recorrer-se ao método de desinfeção por vapor de peróxido de hidrogénio, através
da aquisição de uma máquina e produto próprio. Esta desinfeção é feita depois da
limpeza prévia e só pode ser realizada com a área vazia (sem ninguém presente).
Cumprir as instruções do fabricante/fornecedor para a utilização deste
desinfetante em segurança.
Limpeza e desinfeção das superfícies de áreas comuns
Na limpeza e desinfeção das superfícies de áreas comuns deve seguir as
seguintes indicações:
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• Preparar a solução de lixívia (hipoclorito de sódio) com concentração original de
5% ou mais de cloro livre. A lixívia deve ser diluída na altura de utilizar. A solução
diluída deve ser a 0,1%, na proporção de 1 parte de lixívia para 99 partes iguais
de água.
• Lavar primeiro as superfícies com água e detergente.
• Em seguida, espalhar uniformemente a solução de lixívia nas superfícies.
• Deixar atuar a lixívia nas superfícies durante pelo menos 10 minutos – ler as
instruções do fabricante/fornecedor. Essa etapa é fundamental.
• De seguida enxaguar as superfícies só com água quente.
• Deixar secar ao ar.
Instalações sanitárias
• Utilizar panos diferentes para os lavatórios e as áreas à volta destes e para o
exterior das sanitas.
• Seguir a sequência:
- Iniciar a limpeza pelos lavatórios (1.º as torneiras e só depois o lavatório) e
superfícies à volta destes;
- Limpar os trocadores de fraldas;
- Limpar as sanitas;
- Limpar o chão.
• Limpeza da sanita:
Parte interior:
- Limpar o interior da sanita apenas com o piaçaba:
- Se houver urina ou fezes, descarregar primeiro o autoclismo;
- Não deitar lixívia ou produto com amoníaco sobre a urina, porque provoca
uma reação gasosa nociva para a saúde;
- Aplicar o produto detergente com base desinfetante; deixar atuar durante
pelo menos 5 minutos;
- Esfregar bem por dentro com o piaçaba;
- Puxar o autoclismo com o piaçaba ainda dentro da sanita para que este
também fique limpo;
- Volte a puxar a água.
Parte exterior:
- Espalhar o detergente/desinfetante na parte de cima da sanita e sobre os
tampos;
- Esfregar com o pano: primeiro os tampos e só depois, a parte exterior da
sanita (em cima e nos lados);
- Passar com pano só com água;
22
- Deixar secar ao ar;
- Limpar e desinfetar bem o botão do autoclismo. Pode desinfetar também
com álcool a 70º-80º.
• No final da limpeza, deve voltar a passar um pano humedecido em desinfetante
em todas as torneiras.
• Não esquecer de limpar frequentemente as maçanetas das portas das casas de
banho.
Fraldário em casas de banho públicas
• As superfícies devem ter uma capa plástica coberta intacta (sem rasgões ou
fendas);
• O profissional de limpeza que limpa o fraldário deve:
- Limpar e desinfetar primeiro a cobertura plástica dos dois lados – lavar e
desinfetar o colchão no sentido de cima para baixo e deixar secar ao ar na posição
horizontal;
- De seguida, lavar e desinfetar o tampo do móvel e as partes laterais e da frente
do fraldário; passar depois com pano só com álcool a 70% porque tem uma ação
mais rápida ou deixe secar ao ar. Pode também fazer uma limpeza e desinfeção
deste espaço com toalhetes humedecidos em desinfetante compatível;
- Siga as instruções dos rótulos dos produtos utilizados sobre: diluições, regras
de segurança na utilização, entre outras.
Áreas de preparação e confeção de alimentos
• Os materiais de limpeza são específicos para estas áreas e seguem as regras
definidas pela legislação em vigor;
• Deve haver panos diferentes de limpeza para as bancadas e utensílios destas;
as mesas, cadeiras e outro mobiliário; material específico para o chão;
• Os produtos a utilizar (detergentes e desinfetantes devem ser produtos que não
contaminem eventualmente os alimentos);
• Não borrifar com desinfetante em spray nas áreas onde há alimentos em
confeção ou em exposição
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Limpeza e desinfeção de superfícies que contenham sangue ou outros
produtos orgânicos
Na limpeza e desinfeção das superfícies de áreas que contenham sangue ou
outros produtos orgânicos (vómito, urina, fezes), deve seguir as seguintes
indicações:
• Utilizando luvas resistentes, avental impermeável e óculos de proteção, absorver
o mais possível o derrame com papel absorvente para não espalhar os líquidos;
• Aplicar de seguida a solução de lixívia na diluição de 1 parte de lixívia em 9 partes
iguais de água;
• Deixar atuar durante pelo menos 10 minutos; tapar a zona afetada com toalhetes
para que as pessoas não pisem e colocar o dispositivo de alerta para zona em
limpeza de manutenção;
• Lavar a área suja com água e detergente comum; enxaguar só com água e deixar
secar ao ar
12. Procedimentos em estabelecimentos de restauração e bebidas
Os estabelecimentos de restauração e bebidas, pelas suas características, podem
ser locais de transmissão da infeção por SARS-CoV-2, quer por contacto direto
e/ou indireto. Por isso, medidas adicionais devem ser tomadas para assegurar a
minimização da transmissão da doença nestes contextos.
Medidas a Adotar:
1. Os estabelecimentos devem assegurar que todas as pessoas que neles
trabalham e que o frequentam estão sensibilizadas para o cumprimento das
regras, da lavagem correta das mãos, da etiqueta respiratória, assim como as
outras medidas de higiene pessoal e ambiental. Salienta-se ainda a importância
de:
a. Fornecer a todos os colaboradores o Plano de Contingência e garantir que
estão aptos para colocar em prática todas as medidas preconizadas, informando-
os especialmente sobre como reconhecer e atuar perante um cliente ou
colaborador com suspeita de COVID-19;
b. Reduzir a capacidade máxima do estabelecimento (interior, incluindo balcão,
e esplanada), por forma a assegurar o distanciamento físico recomendado (2
metros) entre as pessoas nas instalações e garantir o cumprimento da legislação
em vigor. A capacidade máxima de pessoas/serviço do estabelecimento deve
estar afixada em documento próprio, visível para o público;
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c. Privilegiar a utilização de espaços destinados aos clientes em áreas
exteriores, como as esplanadas (sempre que possível) e serviço take-away;
d. Dispor, sempre que possível, as cadeiras e as mesas por forma a garantir
uma distância de, pelo menos, 2 metros entre as pessoas
I. A disposição dos lugares em diagonal pode facilitar a manutenção da
distância de segurança;
II. Os coabitantes podem sentar-se frente a frente ou lado a lado a uma
distância inferior a 2 metros.
e. Impedir que os clientes modifiquem a orientação das mesas e das cadeiras,
permitindo que os colaboradores o façam;
f. Nos pedidos/pagamentos ao balcão, no caso de poder formar-se uma fila de
espera, os clientes devem ser incentivados a manter uma distância de, pelo
menos, 2 metros o que pode ser conseguido através da sinalização do local onde
devem permanecer à espera da sua vez;
g. A fila de espera no espaço exterior ao estabelecimento deve garantir as
condições de distanciamento, segurança;
h. A circulação das pessoas para as instalações sanitárias, que devem ocorrer
em circuitos onde seja possível manter a distância adequada entre as pessoas
que circulam e as que estão sentadas nas mesas;
i. Disponibilizar dispensadores de solução à base de álcool localizados perto da
entrada do estabelecimento e noutros locais convenientes, associados a uma
informação incentivadora e explicativa;
j. Garantir que as instalações sanitárias dos clientes e dos colaboradores
possibilitam a lavagem das mãos com água e sabão e a secagem das mãos com
toalhas de papel de uso único.
k. Sempre que possível os lavatórios devem estar acessíveis sem necessidade
de manipular portas;
l. Garantir uma adequada limpeza e desinfeção das superfícies, de acordo com
a Orientação 014/2020 “Limpeza e desinfeção de superfícies em estabelecimentos
de atendimento ao público ou similares”, da DGS. Os protocolos de limpeza e
desinfeção devem ser reforçados, incluindo:
I. Desinfetar pelo menos seis vezes por dia, e com recurso a detergentes
adequados, todas as zonas de contato frequente (por exemplo, maçanetas de
portas, torneiras de lavatórios, mesas, bancadas, cadeiras, etc.);
II. Desinfetar após cada utilização, com recurso a detergentes adequados,
os equipamentos críticos (tais como terminais de pagamento automático e
ementas individuais);
III. Higienizar pelo menos três vezes por dia as instalações sanitárias com
produto que contenha na composição detergente e desinfetante (2 em 1);
m. Retirar os motivos decorativos nas mesas;
25
n. Assegurar uma boa ventilação e renovação frequente de ar nas áreas do
restaurante, por exemplo através da abertura de portas e janelas. Em caso de
utilização de ar condicionado, esta deve ser feita em modo de extração e nunca
em modo de recirculação do ar. O equipamento deve ser alvo de uma manutenção
adequada (desinfeção por método certificado).
o. Garantir o cumprimento das medidas previstas no HACCP.
Colaboradores
1. Os colaboradores de estabelecimentos de restauração e bebidas devem:
a. Conhecer as medidas que constam do Plano de Contingência e saber
como agir perante um caso suspeito de COVID-19; Orientação nº 023/2020 de
08/05/2020;
b. Cumprir as recomendações de segurança e reportar à empresa ou às
entidades competentes situações de incumprimento das medidas implementadas
que podem condicionar perigo para a Saúde Pública;
c. Cumprir as medidas de higiene das mãos e etiqueta respiratória
recomendadas pela Direção-Geral da Saúde;
d. Higienizar as mãos entre cada cliente;
e. Utilizar corretamente uma máscara, durante todo o período de trabalho
num espaço com múltiplas pessoas, respeitando as condições de higiene e de
segurança durante a sua colocação, utilização e remoção. Contemplar a
necessidade de substituição da máscara, adotando as boas práticas de utilização.
O uso de máscara não substitui outras medidas de prevenção, como o
distanciamento físico recomendado, que devem ser mantidas;
f. Garantir que a disposição das mesas e das cadeiras no estabelecimento
permitem uma distância de, pelo menos, 2 metros entre todas as pessoas;
g. Manter, sempre que possível, uma distância de 2 metros dos clientes e
dos outros colaboradores;
h. Relativamente ao uso de luvas descartáveis, o colaborador deve saber:
I. O uso de luvas para preparar e manusear alimentos não substitui a
adequada e frequente higienização das mãos;
II. Os colaboradores não devem entrar em contato com alimentos
expostos e prontos para comer com as próprias mãos e devem usar utensílios
adequados, como guardanapos, espátulas, pinças, luvas de uso único ou
equipamentos de distribuição;
III. Não devem passar com as luvas de uma área suja para uma área
limpa. Antes que essa passagem aconteça as luvas devem ser substituídas;
IV. O mesmo par de luvas pode ser utilizado apenas para uma tarefa
e deve ser substituído se danificado ou se o colaborador interromper a tarefa. Se
um colaborador estiver a executar uma mesma tarefa continuadamente, as luvas
devem ser substituídas a cada quatro horas ou sempre que necessário.
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Clientes
1. Por forma a contribuir para a limitação da transmissão da COVID-19, todos os
clientes devem assegurar as seguintes medidas:
a. Higienizar as mãos com solução à base de álcool ou com água e sabão à
entrada e à saída do estabelecimento (antes da refeição deve ser privilegiada a
lavagem das mãos com água e sabão);
b. Respeitar a distância entre pessoas de, pelo menos, 2 metros (exceto
coabitantes);
c. Cumprir medidas de etiqueta respiratória;
d. Considerar a utilização de máscara nos serviços take-away que estão
instalados dentro dos estabelecimentos, utilizando-a sempre de forma adequada
de acordo com as recomendações da DGS;
e. Evitar tocar em superfícies e objetos desnecessários;
f. Dar preferência ao pagamento através de meio que não implique contato
físico entre o colaborador e o cliente (por exemplo, terminal de pagamento
automático contactless);
2. Se apresentar sinais ou sintomas de COVID-19 não deve frequentar espaços
públicos.
13. Medidas gerais para Piscinas e similares
1. Antes da reabertura, quando os sistemas são reativados será efetuada uma
revisão da avaliação de risco e do regime de controlo, cumprindo a legislação
aplicável, adotando medidas para minimizar o risco de infeções em resultados da
formação de biofilmes dentro das piscinas, tubagens e acessórios.
2. A limpeza e desinfeção das piscinas serão realizadas com os procedimentos
habituais, devendo-se substituir a água e proceder à cloragem (ou outro tipo de
desinfeção química).
3. Será efetuada 4 vezes ao dia procedimentos para que a água seja
testada/analisada regularmente quanto à química correta e desinfeção adequada,
e verificar se a instalação está isenta de riscos físico-químicos e microbiológicos,
e monitorizar a conformidade desses parâmetros.
4. Todos os nossos responsáveis técnicos irão manter registos atualizados dos
resultados e testes de qualidade da água. Desta forma, iremos reforçar os
mecanismos de desinfeção do circuito de água das piscinas.
5. Obrigatoriedade de higienização das mãos na entrada do cais das piscinas.
6. Recomendaremos aos utilizadores o uso de óculos de natação dentro da
mesma e área circundante, de modo a evitar tocar com as mãos nos olhos.
7. Asseguraremos a limpeza e higienização dos equipamentos utilizados.
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8. O jacuzzi irá permanecer encerrado até indicação contrária.
14. Elaboração e divulgação do plano
Este Plano, desde a fase inicial, foi elaborado de acordo com as diretrizes
emanadas pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
15. Bibliografia
Orientação n.º 006/2020 de 26/02/2020 da DGS
Orientação n.º 011/2020 de 17/03/2020 da DGS
Orientação n.º 014/2020 de 21/03/2020 da DGS
Orientação n.º 023/2020 de 08/05/2020 da DGS
Orientação n.º 030/2020 de 29/05/2020 da DGS
Este plano é suscetível de atualizações e adaptações para melhor responder
às situações que se venham a colocar.
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ANEXO I – PASSOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
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ANEXO II – FLUXOGRAMA DE ATUAÇÃO
- Lavar frequentemente as mãos, com água
e sabão, esfregando-as bem durante pelo
menos 20 segundos;
- Reforçar a lavagem das mãos antes e após
as refeições, após o uso da casa de banho e
sempre que as mãos estejam sujas;
- Usar lenços de papel (de utilização única)
para se assoar;
- Deitar os lenços usados num caixote do
lixo e lavar as mãos de seguida;
- Tossir ou espirrar para o braço com o
cotovelo fletido, e não para as mãos;
- Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca
com as mãos sujas ou contaminadas com
secreções respiratórias.
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ANEXO III – FLUXOGRAMA DE SITUAÇÃO DE TRABALHADOR COM SINTOMAS DE COVID-19 NUMA EMPRESA
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ANEXO IV – FLUXOGRAMA DE MONITORIZAÇÃO DOS
CONTATOS PRÓXIMOS (TRABALHADORES ASSINTOMÁTICOS)
DE UM CASO CONFIRMADO DE COVID-19
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ANEXO V – CARTAZ INFORMATIVO SOBRE MEDIDAS DE
ETIQUETA RESPIRATÓRIA
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ANEXO VI – CARTAZ CORRETA UTILIZAÇÃO DA MÁSCARA
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ANEXO VII – PASSOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COM ALCOOL GEL