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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado Página | 29 ferroviários e rodoviários (Revogadas as disposições que tratam de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n° 358/05)” RESOLUÇÃO CONAMA nº 6, de 19 de setembro de 1991:Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e Aeroportos, ressalvados os casos previstos em lei e acordos internacionais” RESOLUÇÃO CONAMA Nº 23, de 12 de dezembro de 1996:"Estabelece critérios para importação/exportação de resíduos sólidos, estabelecendo ainda a classificação desses resíduos." RESOLUÇÃO CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001: Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999: "Obriga as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades fabricadas e/ou importadas.” RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais” RESOLUÇÃO CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002:“Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.” RESOLUÇÃO CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.” RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005: Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.” RESOLUÇÃO CONAMA nº 401, de 4 de novembro de 2008:Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) · quantidades fabricadas e/ou importadas.” RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002: “Estabelece diretrizes, critérios

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ferroviários e rodoviários (Revogadas as disposições que tratam de resíduos

sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n° 358/05)”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 6, de 19 de setembro de 1991:“Desobriga a

incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos

provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e Aeroportos, ressalvados

os casos previstos em lei e acordos internacionais”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 23, de 12 de dezembro de 1996:"Estabelece

critérios para importação/exportação de resíduos sólidos, estabelecendo ainda

a classificação desses resíduos."

RESOLUÇÃO CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001: “Estabelece o

código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na

identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas

informativas para a coleta seletiva.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999: "Obriga as

empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos a coletar e dar

destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no

território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às

quantidades fabricadas e/ou importadas.”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002: “Estabelece

diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção

civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos

ambientais”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002:“Dispõe sobre

procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento

térmico de resíduos.”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005: “Dispõe sobre o

tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras

providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005: “Dispõe sobre o

recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou

contaminado.”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 401, de 4 de novembro de 2008:“Estabelece os

limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

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comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu

gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009: “Dispõe sobre

a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua

destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.”

4.5 Resoluções da ANVISA RDC N.º 02, de 08 de janeiro de 2003 : “Regulamento Técnico para

Fiscalização e Controle Sanitário em Aeroportos e Aeronaves”.

RDC N.º 306, de 07 de dezembro de 2004: “Dispõe sobre o Regulamento

Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.”

RDC N.º 56, de 06 de agosto de 2008:“Dispõe sobre o Regulamento Técnico

de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de

Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.”

RDC N.º 345, de 16 de dezembro de 2002: “Dispõe sobre o Regulamento

Técnico para a Autorização de Funcionamento de empresas interessadas em

prestar serviços de interesse da saúde pública em veículos terrestres que

operem transportes coletivos internacional de passageiros, embarcações,

aeronaves, terminais aquaviários, portos organizados, Aeroportos, postos de

fronteira e recintos alfandegados.”

RDC Nº 346, de 16 de dezembro de 2002:“Aprova o Regulamento Técnico

para a Autorização de Funcionamento e Autorização Especial de

Funcionamento de Empresas interessadas em operar a atividade de armazenar

mercadorias sob vigilância sanitária em Terminais Aquaviários, Portos

Organizados, Aeroportos, Postos de Fronteira e Recintos Alfandegados.”

4.6 Outras resoluções aplicáveis RESOLUÇÃO ANAC Nº 116 de 20 de outubro de 2009: “Dispõe sobre os

serviços auxiliares ao transporte aéreo.”

PORTARIA ANP Nº 125, de 30 de julho de 1999: “Regulamenta a atividade

de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou

contaminado.”

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4.7 Normas técnicas e instruções normativas NBR 8.843 de 30 de agosto de 1996: Aeroportos – Gerenciamento de Resíduos

Sólidos.

NBR 10.004 de 30 de novembro de 2004: Resíduos Sólidos – Classificação.

NBR 13.221 de 31 de julho de 2005: Transporte terrestre de resíduos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA do MAPA Nº 36, de 10 de novembro de 2006 -

Dispõe sobre a aprovação do Manual de Procedimentos Operacionais da

Vigilância Agropecuária Internacional, a ser utilizado pelos Fiscais Federais

Agropecuários na inspeção e fiscalização do trânsito internacional de animais,

vegetais, seus produtos e subprodutos, derivados e partes, resíduos de valor

econômico e insumos agropecuários, nos Portos Organizados, Aeroportos

Internacionais, Postos de Fronteira e Aduanas Especiais.

INSTRUÇÃO NORMATIVA DO IBAMA Nº 31, de 03 de dezembro de

2009 – Registro no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa

Ambiental e de atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de

Recursos ambientais.

INSTRUÇÃO NORMATIVA DO IBAMA Nº 06, de 15 de março de 2013 –

Regulamenta o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente

Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP e revoga os arts.

2º, 7º, 8º, 9º, 11, 12, 14, 17 e 18, e os ANEXOS II e III, todos da Instrução

Normativa nº 31, de 3 de dezembro de 2009; Revoga a Instrução Normativa nº

10, de 6 de outubro de 2010, a Instrução Normativa nº 7, de 7 de julho de 2011 e

o Anexo II da Instrução Normativa nº 8, de 3 de setembro de 2012.

NORMA DA INFRAERO (NI) 14.06 (EGA) de 2000 – Elaboração e

implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

5 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Os resíduos sólidos são classificados na Tabela abaixo, de acordo com a

Legislação incidente. Os RS estão agrupados de acordo com suas características.

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Tabela 5: Classificação de RS em função da Legislação e características.

Classificação dos resíduos

de acordo com a legislação e

características

Infectantes Químicos Radioativos Comuns Perfucortantes

Resolução CONAMA

Nº05/1993 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo A

Resolução CONAMA

Nº358/2005

Grupo A

(A1, A2,

A4)

Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E

ABNT NBR 8.843/1996 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo A

ABNT NBR 10.004/2004 Classe I Classe I - Classe II

A e II B Classe I

Lei Federal Nº 12.305/2010 Classe II A Classe II A -

Classe I

alíneas

"b" e "j"

Classe II A e

Classe I alínea

"g"

RDC ANVISA Nº 56/2008 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E

RDC ANVISA Nº306/2004 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E

No que se refere ao gerenciamento dos resíduos sólidos deste PGRS, será

adotada a classificação da RDC ANVISA Nº 56/2008.

6 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

O diagnóstico da situação envolve todas as etapas de gerenciamento dos resíduos

sólidos, desde a sua geração até a disposição final. Todavia, conforme a Lei Federal Nº

12.305/2010, Art 9o, na gestão dos RS devem ser priorizadas medidas como a não

geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

É importante ressaltar que as etapas de geração, identificação e quantificação do

resíduo gerado no SBSL são primordiais para as demais etapas de gerenciamento.

6.1 Geração e identificação de RS A geração dos resíduos sólidos no SBSL decorre das atividades exercidas nas

suas instalações. A Tabela abaixo apresenta, de maneira sucinta, os resíduos gerados por

cada área no Aeroporto.

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Tabela 6: Geração e identificação dos resíduos gerados nas dependências do SBSL, de

acordo com a Legislação adotada neste PGRS.

Área de

Geração

Atividade/

Definição Resíduo gerado

Classificação

de acordo com

a RDC Nº

56/2008

A B C D E

TPS Administração

Lâmpadas fluorescentes, resíduos

recicláveis, cartuchos de tinta e

tonners, pilhas.

x

x

TPS Praça de

Alimentação

Lâmpadas fluorescentes, resíduos

recicláveis, resíduos orgânicos, rejeitos x

x

TPS Concessionários

Lâmpadas fluorescentes, resíduos

recicláveis, resíduos orgânicos,

cartuchos de tinta e tonners,

embalagens de produtos químicos

provenientes do lava-jato a seco.

x

x

TPS Banheiros e

fraldários Rejeitos

x

Raio-X Inspeção de

bagagem Perfurocortantes, metais, inseticidas

x

x x

Posto de

Atendimento

Pré-

Hospitalar

(PAPH)

Atendimento

médico

Perfurocortantes, resíduos infectantes,

farmacêuticos, lâmpadas fluorescentes,

papel toalha das camas, embalagens de

materiais, resíduos orgânicos.

x x x x

Manutenção

Manutenção de

máquinas,

veículos,

elevadores,

escadas

Lâmpadas fluorescentes, baterias,

pilhas, embalagens de tinta e solventes,

embalagens de óleo lubrificante, óleo

usado e contaminado, baterias de rádio-

comunicação, pneus, resíduos

recicláveis, rejeitos.

x

x

SCI Seção Contra

Incêndio

Lâmpadas fluorescentes, embalagens

de óleo lubrificante, resíduos

recicláveis, rejeitos, resíduos orgânicos

x

x

TECA

Terminal de

Cargas Nacional

e Internacional

Cargas perigosas, resíduos

zoossanitários e fitossanitários,

lâmpadas fluorescentes, resíduos

recicláveis, cargas em perdimento pela

Receita Federal.

x x

x

ESATAs

Empresas

Auxiliares no

transporte aéreo

Lâmpadas fluorescentes, resíduos

orgânicos, resíduos recicláveis. x

x

Empresas

Aéreas Transporte aéreo

Resíduos infectantes, recicláveis,

rejeitos, lâmpadas fluorescentes,

cartuchos de tinta e tonners, resíduos

orgânicos de importância zoossanitária

e fitossanitária, resíduos líquidos dos

banheiros de aeronaves, resíduos

provenientes de áreas administrativas.

x x

x

Locadora de

veículos

Locadora de

veículos

Lâmpadas fluorescentes, resíduos

orgânicos, resíduos recicláveis, x x

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resíduos contaminados com óleo.

Arruamento

público dos

hangares

Instalação de

Órgãos Públicos

e

concessionários

Resíduos recicláveis, resíduos

provenientes de áreas administrativas,

resíduos de varrição e podas, rejeitos,

resíduos orgânicos e recicláveis.

x

PAA

Parque de

Abastecimento

da Aeronave

Recicláveis, elementos filtrantes,

mangueiras, trapos de oficina, mantas

absorventes, latas de tinta, luvas, botas

e uniformes, óleo usado, orgânico,

rejeitos, resíduo de querosene.

x

x

Cooperativas

de táxi

Transporte de

pessoas Resíduos orgânicos e recicláveis.

x

6.2 Quantificação dos RS gerados

A tabela a seguir consolida a quantidade de resíduos dos grupos A, B e D

gerados no aeroporto anualmente (referência 2016).

Tabela 7: Quantitativo de Resíduos Sólidos SBSL.

Quantitativo de Resíduos Sólidos

Resíduos infectantes – Grupo A 9m³/mês

Resíduos perigosos – Grupo B (químicos) 1,5 m³/mês

Resíduos perigosos – Grupo B (lâmpadas) 100 unidades/mês

Resíduos perigosos – Grupo B (Baterias) 40 unidades/ano

Resíduos perigosos – Grupo D (pneus) 28 unidades/ano

Resíduos comuns – Grupo D 300m³/mês

6.3 Áreas de resíduos

O aeroporto possui uma central de resíduos (CRS) de 250m² dividido em

resíduos comuns e infectantes. Possui grade de proteção para animais. O piso é de

qorodur (cimento liso). Possui um portão para o lado terra e outro para o lado ar, que

possui fechadura para acesso somente de pessoas autorizadas. A área é provida de

contentores de 1000 litros para resíduos comuns e bombonas de 200 litros para os

resíduos infectantes e perigosos. As paredes são revestidas com material cerâmico

(azulejo). A área possui drenagem por canaletas interligadas a rede de esgoto sanitário.

Foram disponibilizados contentores de 1000 litros para resíduos comuns

próximo ao TPS para armazenamento temporário dos resíduos gerados naquele local.

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6.4 Equipamentos envolvidos

Tabela 8: Descrição dos recipientes de armazenamento temporário, com capacidade,

quantidade e a localização.

Grupo

do

Resíduo

Tipo de

recipiente Capacidade Quantidade Localização

A Bombona 200L 8 CRS

A Decarpack 1L 01 PAPH

B Bombona 200L 10 Hangares e

oficinas

D Contentor 1000L 14 CRS

D Contentor 1000L 06 Área temporária

TPS

D Contentor 200L 25 Todo aeroporto

B Caixas de

madeira 80 unidades 20

Depósito da

manutenção

7 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O correto gerenciamento dos resíduos sólidos gerados envolve etapas de:

Geração/Segregação;

Acondicionamento/Identificação;

Coleta e transporte;

Armazenamento temporário;

Coleta e transporte externo;

Tratamento e disposição final.

Salientamos que as Empresas que prestam serviço de segregação, coleta,

acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de

resíduos sólidos resultante de aeronaves, Aeroportos e recintos alfandegados, devem

dispor de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), de acordo com a RDC

ANVISA Nº 345/02.

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7.1 Resíduos Grupo A

São resíduos que apresentam risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao

meio ambiente, devido à presença de agentes biológicos, consideradas suas

características de virulência, patogenicidade ou concentração.

7.1.1 Geração/Segregação

Os resíduos sólidos do grupo A são provenientes de:

Posto de Atendimento Pré-Hospitalar (PAPH): aqueles resíduos que entraram

em contato com sangue e secreções, decorrentes do serviço de atendimento médico.

Destaca-se: seringas, algodão com sangue, gazes, papel toalha das camas, entre outros.

Terminal de cargas: são resíduos provenientes das cargas em perdimento.

Destaca-se: alimentos vencidos.

A bordo de aeronaves: Resíduos provenientes dos procedimentos de limpeza e

desinfecção dos sanitários das aeronaves, incluindo os resíduos coletados durante este

procedimento. Também são considerados aqueles provenientes de áreas afetadas por

doenças transmissíveis ou por outros agravos de interesse de saúde pública que possam

ser veiculados pro resíduos sólidos, e de alguma ocorrência (óbito)/anormalidade de

saúde, representando, desta forma, risco sanitário. Destaca-se: papel higiênico, fraldas,

entre outros.

Resíduos de animais mortos na pista: São resíduos provenientes de colisões

com aeronaves e/ou atropelamentos. Destaca-se: sangue, restos de animais, tecidos,

carcaças, vísceras, entre outros.

Importante salientar que os resíduos do Grupo A deverão ser segregados dos

demais resíduos, não podendo ser misturados com resíduos do Grupo D. Quando

misturados, todos serão considerados do Grupo A.

7.1.2 Acondicionamento/Identificação

Os resíduos serão acondicionados em sacos plásticos, de cor branca leitosa,

impermeável e resistente a ruptura. Os sacos acondicionadores deverão ser lacrados ao

atingirem 2/3 da capacidade de preenchimento ou pelo menos 1 (uma) vez ao dia. Deve-

se eliminar o excesso de ar do saco, de maneira segura, de forma a evitar inalação do ar

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pelo profissional ou provocar fluxo para o ambiente externo. É proibido o esvaziamento

e reaproveitamento do saco. Quanto à identificação, os sacos deverão conter

nomenclatura e simbologia de “Substância Infectante”, conforme Figura a seguir.

Figura 1: Exemplo de saco acondicionador com identificação de “Substância

Infectante”

Os recipientes de acondicionamento devem ser impermeáveis, de material

lavável, resistentes à punctura, à ruptura, e devem permanecer tampados. Os recipientes

deverão conter nomenclatura e simbologia de “Substância Infectante”.

7.1.3 Coleta, transporte e armazenamento interno

A coleta dos resíduos a bordo de aeronaves deverá ser realizada através de carros

coletores móveis de Empresas de Serviços Auxiliares no Transporte Aéreo ou Empresas

Aéreas, as quais, após coletar os RS, deverão armazenar os mesmos no local de

acondicionamento dos resíduos infectantes do carro transportador. Os carros coletores

móveis deverão estar identificados, com simbologia e nomenclatura de “Substância

Infectante”.

As ESATAs ou Empresas Aéreas deverão realizar o transporte desses resíduos

para a Central de Resíduos Sólidos, através de carro específico, dispondo os sacos nas

bombonas plásticas disponibilizadas na Central. Não será permitida a disposição dos

sacos no piso, mesmo que de forma temporária.

7.1.4 Armazenamento temporário

Os resíduos deverão ser armazenados nas bombonas plásticas disponibilizadas

pela Empresa Contratada. Os resíduos provenientes dos sanitários das aeronaves,

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incluindo os resíduos coletados durante os procedimentos de limpeza e desinfecção

também devem ser armazenados nestas bombonas.

No aeroporto há necessidade de armazenamento de materiais resultantes de

colisões (animais ou restos de animais), os quais serão destinados como resíduos Grupo

A. Estes materiais são encaminhados para a Central de Resíduos Sólidos e dispostos em

bombonas para infectantes.

7.1.5 Coleta e Transporte

As bombonas plásticas deverão ser coletadas na central de resíduos pela

Empresa Contratada e o transporte também deverá ser realizado pela mesma Empresa.

A coleta e transporte dos sacos e recipientes acondicionadores será realizada de

forma a evitar rompimento dos mesmos.

O transporte dos resíduos pela Empresa Contratada será realizado através de

caminhão tipo baú.

7.1.6 Tratamento e disposição final

Os resíduos serão incinerados ou autoclavados por empresa contratada e os

resíduos provenientes deste tratamento deverão ser encaminhadas para o aterro

sanitário. Neste caso, o aterro de destino será o aterro Titara Central de Gerenciamento

Ambiental, no município de Rosário, há 45Km de São Luis, e 52Km do aeroporto.

O transporte dos resíduos ao aterro deverá ser realizado através de caminhão tipo

baú, hermeticamente fechado e vedado, apropriado para transporte de produtos

perigosos de carga fracionada, através de bombonas de polietileno de alta densidade.

7.2 Resíduos Grupo B São resíduos que contém substâncias químicas, podendo apresentar risco à saúde

pública ou ao meio ambiente.

7.2.1 Geração

Os resíduos sólidos do Grupo B são provenientes de:

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Manutenção: são aqueles gerados nas oficinas, principalmente na elétrica e

mecânica. Destaca-se: trapos, resíduos de embalagens de óleo lubrificante, tintas e

solventes, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, entre outros.

Terminal de passageiros: são aqueles por manutenção de utilidades do

aeroporto. Destaca-se: Lâmpadas fluorescentes, pilhas, entre outros.

Terminal de cargas: são aqueles gerados por cargas em perdimento pela

Receita Federal e retidos pela ANVISA. Destaca-se: medicamentos vencidos, material

para exame laboratorial vencido, preservativo masculino, entre outros.

Oficinas de ESATAs: São resíduos provenientes da manutenção de

equipamentos de rampa e manutenção das aeronaves. Destaca-se: embalagens de óleos

lubrificantes, trapos, bucha, entre outros.

Canais de inspeção: São resíduos provenientes da inspeção de bagagens.

Destaca-se: perfumes, inseticidas, spray para cabelos, entre outros.

7.2.2 Acondicionamento/Identificação Os resíduos da manutenção deverão permanecer acondicionados nas bombonas

plásticas, contendo sacos plásticos, disponibilizadas próximas às oficinas

correspondentes aos locais de geração.

As lâmpadas fluorescentes inservíveis deverão ser acondicionadas em caixotes

de madeira, de maneira segura e segregada dos demais resíduos.

As embalagens e materiais contendo óleo lubrificante serão acondicionadas

diretamente nas bombonas plásticas disponibilizadas pela Empresa Contratada.

No Terminal de Cargas, as cargas em perdimento deverão permanecer em

recipientes próprios acondicionados de acordo com a sua especificação, por exemplo

em: isopor, caixas de papelão, câmara frigorífica.

Nos hangares, os resíduos deverão ser acondicionados nas bombonas plásticas

disponibilizadas pela Empresa Contratada.

Os resíduos provenientes dos canais de inspeção deverão ser acondicionados em

recipientes de material resistente a impactos.

Importante ressaltar que os recipientes de acondicionamento deverão ter

capacidade compatível com o volume de resíduo gerado.

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7.2.3 Armazenamento temporário

Os resíduos deverão ser armazenados em locais seguros impedindo o acesso de

pessoas não autorizadas e compatíveis com suas características. As lâmpadas, pilhas e

baterias são armazenadas no depósito da Manutenção, de forma a ter o controle da

quantidade e armazenamento. O óleo e resíduos contaminados com óleo, graxas e

solventes são armazenados em bombona na área da oficina de manutenção até que seja

destinado.

Os resíduos do canal de inspeção são acumulados no recipiente próximo a

inspeção de onde é coletado para transporte externo.

Outros resíduos grupo B terão sua condição avaliada e armazenados nas

condições requeridas de segurança.

Figura 2: Contentor para armazenamento de lâmpadas e demais resíduos perigosos.

Figura 3: Contentor para armazenamento de óleo.

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7.2.4 Coleta e Transporte

Os resíduos do Grupo B são transportados de acordo com suas características.

Lâmpadas são transportadas em caminhões baú e são tratados em empresa licenciada

para esta finalidade.

Os demais resíduos são transportados em bombonas e veículos apropriados até o

destino final.

7.2.5 Tratamento e disposição final

As lâmpadas são destinadas através de processo de dispensa de licitação sempre

que há uma quantidade mínima atrativa para os prestadores de serviço de destinação.

O óleo usado é coletado e destinado pela empresa que fornece o óleo novo,

praticando a logística reversa.

As estopas contaminadas, pilhas e baterias, entre outros, são destinados à

incineração.

7.3 Resíduos Grupo C São os rejeitos radioativos.

7.3.1 Gerenciamento Os resíduos sólidos do Grupo C devem ser gerenciados, conforme os critérios e

requisitos estabelecidos e definidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear -

CNEN.

Em caso de ocorrência de algum evento relacionado a esse tipo de resíduo, a

autoridade sanitária deverá, após o isolamento físico da área, comunicar imediatamente

à representação da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, no seu âmbito de

atuação.

Contatos: [email protected]

Telefone: (81) 3797-8012.

http://www.crcn.gov.br/ptbr/rejeitos.php

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7.4 Resíduos Grupo D São os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiativo à

saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

7.4.1 Geração Os resíduos sólidos do Grupo D são provenientes de:

TPS: São resíduos provenientes da administração, banheiros do Terminal, Praça

de alimentação, Órgão Públicos, concessionários. Destaca-se: recicláveis, rejeitos,

orgânicos, entre outros.

Manutenção: são os resíduos provenientes da administração, banheiros,

oficinas. Destaca-se: recicláveis, rejeitos, orgânicos, entre outros.

Vias de serviço: São resíduos provenientes do “Lado Ar”, os quais também

podem ser incluídos os resíduos dos coletores de “F.O.D”.

Terminal de Cargas: São resíduos provenientes da administração do Terminal

e das cargas em perdimento pela Receita Federal e retidas pela ANVISA. Destaca-se:

recicláveis, orgânicos, materiais em perdimento, entre outros.

Escritórios: São resíduos provenientes da administração de concessionários.

Destaca-se: recicláveis, orgânicos, rejeitos, entre outros.

Arruamento: São resíduos provenientes das podas das árvores e serviços de

varrição. Destaca-se: rejeitos e orgânicos.

A bordo de aeronaves: São resíduos provenientes da alimentação ofertada a

bordo, exceto quando tiver outra previsão pelos demais órgãos de fiscalização. Destaca-

se: copos plásticos, latas de refrigerante, guardanapos, entre outros.

7.4.2 Acondicionamento/identificação

Os resíduos deverão ser acondicionados em sacos plásticos, de material

resistente a ruptura e vazamento, respeitando o limite de capacidade. Para o correto

acondicionamento, deverão ser preenchidos somente 2/3 do volume do saco. O saco

deve ser fechado de maneira a impedir o contato externo. E poderão ser reaproveitados

quando o saco não for utilizado para acondicionamento de resíduos orgânicos.