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1 GRUPO DE TRABALHO (Decreto nº 35.349, de 16/04/2014 e Portaria Conjunta SEPLAN/SEF nº 07, de 13/05/2014) PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE ......2018/03/09  · (Decreto nº 35.349, de 16/04/2014 e Portaria Conjunta SEPLAN/SEF nº 07, de 13/05/2014) PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES

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    GRUPO DE TRABALHO (Decreto nº 35.349, de 16/04/2014 e Portaria Conjunta SEPLAN/SEF nº 07, de 13/05/2014)

    PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE

    AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO

    PATRIMÔNIO

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    Governador do Distrito Federal RODRIGO ROLLEMBERG Vice-Governador do Distrito Federal RENATO SANTANA Membros do Comitê Gestor Secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão

    LEANY BARREIRO DE SOUSA LEMOS Secretário de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização

    ANTONIO PAULO VOGEL Secretário de Estado de Fazenda LEONARDO MAURICIO COLOMBINI LIMA Secretário Chefe da Casa Civil da Governadoria do Distrito Federal

    SÉRGIO SAMPAIO CONTREIRAS DE ALMEIDA

    Departamento de Estradas de Rodagem – DER/DF HENRIQUE LUDUVICE (Diretor Geral)

    Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil - NOVACAP RICARDO MATIAS DE PAULA (Diretor-Presidente) Contribuíram para a elaboração deste Trabalho: - RAIMUNDO NONATO DOS SANTOS E SILVA – Secretaria de Estado de Planejamento,

    Orçamento e Gestão (Coordenador do Grupo de Trabalho); - MARCO AURÉLIO TEIXEIRA – Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão; - ERASMO SILVA – Secretaria de Estado de Fazenda; - MARCO FABRICIO DE JESUS SOUSA – Secretaria de Estado de Fazenda; - ALFREDO ALVES GAMA – Secretaria de Estado de Fazenda; - BELINDA MOREIRA DE OLIVEIRA SANTOS - Secretaria de Estado de Gestão Administrativa

    e Desburocratização; Contribuição de Especialistas: Engenheiro: - FRANCISCO CORREA RABELLO – Secretaria de Estado de Fazenda; Arquitetos: - ANDRÉ LARA CAMPUS GUIMARÃES – Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e

    Desburocratização; - MARCO ANTÔNIO T. T. DE MENEZES - Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e

    Desburocratização; - MARCELO SOUZA MAIA – Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e

    Desburocratização.

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    ÍNDICE

    PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO 05

    1 – INTRODUÇÃO 06

    2 - DA ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS QUANTO À MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO, SEGUNDO O RELATÓRIO DE AUDITORIA

    06

    2.1 Causas 06 2.2 Efeitos 08 2.3 Resultados Esperados 08 3 - O PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO

    PATRIMÔNIO

    08

    3.1. Plano de Conservação Integrada 09 3.2. As ações de Conservação do Patrimônio e sua Abrangência 09 3.3. Estrutura do Plano 10 3.4. Fluxo das verificações que derivam as ações de conservação do patrimônio 10

    4 - MARCO REGULATÓRIO 13 5 - CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CONSERVAÇÃO DO

    PATRIMÔNIO 14

    6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 7 - Norma Geral do Plano de Implementação de Ação da Conservação do Patrimônio

    (Decreto) 16

    - CAPÍTULO I - Das Diretrizes Gerais do Plano 16

    - CAPITULO II - Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC 21

    - CAPÍTULO III - Plano de Inspeção Predial – PIP 25

    - CAPÍTULO IV - Considerações Finais 29

    8 - A N E X O S 30 - Anexo I – Ficha Cadastral de Imóvel 31 - Anexo II - Procedimentos de Checagem dos Componentes, de acordo com as

    Periodicidades Especificadas 39

    - Anexo III – Plano de Ação 44 - Anexo IV - Check-List Predial 47 - Anexo V - Relatório Simplificado de Inspeção Periódica 50 - Anexo VI - Manual de Operação, Uso e Manutenção de Imóvel Edificado 51

    1. Objetivo 51

    2. Execução dos Serviços 51

    2.1 Arquitetura e Elementos de Urbanismo 51

    2.1.1 Arquitetura 51

    2.1.2 Interiores e Comunicação Visual 52

    2.1.3 Paisagismo 52

    2.1.4 Pavimentação 54

    2.2 Fundações e Estruturas 54

    2.2.1 Estruturas Metálicas 54

    2.2.2 Estruturas de Concreto 55

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    2.2.3 Estruturas de Madeira 56

    2.2.4 Fundações 58

    2.2.5 Contenção de Maciços de Terra 58

    2.3 Instalações Hidráulicas e Sanitárias 59

    2.3.1 Água Fria 59

    2.3.2 Água Quente 60

    2.3.3 Esgotos Sanitários 61

    2.3.4 Águas Pluviais 62

    2.3.5 Disposição de Resíduos Sólidos 62

    2.4 Instalações Elétricas e Eletrônicas 63

    2.4.1 Instalações Elétricas 63

    2.4.2 Instalações Eletrônicas 66

    2.5 Instalações de Prevenção e Combate a Incêndio 70

    2.6 Instalações Mecânicas e de Utilidades 73

    2.6.1 Elevadores 73

    2.6.2 Escadas Rolantes 74

    2.6.3 Ar Condicionado Central 74

    2.6.4 Ventilação Mecânica 82

    2.6.5 Compactador de Resíduos Sólidos 85

    2.6.6 Gás Combustível 85

    2.6.7 Oxigênio 86

    2.6.8 Ar Comprimido 86

    2.6.9 Vácuo 87

    2.6.10 Vapor 87

    3. Periodicidade 88

    4. Fiscalização 89

    5. Medição e Recebimento 91

    9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 93

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    PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO GT – Conservação do Patrimônio Coordenação dos Trabalhos: RAIMUNDO NONATO DOS SANTOS E SILVA Coordenador de Estudos da Subsecretaria de Orçamento Público da Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento – COEST/SUOP/SEPLAG/GDF. Resumo Este Plano tem por objetivo dar efetividade ao que dispõe o art. 45 da Lei Complementar nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, com o intuito de disciplinar a priorização da alocação dos recursos para as atividades de manutenção do patrimônio, assim como a conservação de rodovias e obras de artes especiais. O foco precípuo destas diretrizes incide diretamente em atividades que visem preservar ou recuperar as condições ambientais adequadas ao uso previsto para as edificações. Para tanto, são consideradas todas as ações e gastos realizados para prevenir ou corrigir perda de desempenho ou para atualizá-las às necessidades dos seus usuários. Contudo, não podem ser considerados serviços realizados para alterar o uso das edificações, assim como aqueles que visem tão somente manter as edificações limpas e vigiadas. Trata-se, por fim, do entendimento do Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF, quanto à manutenção do patrimônio descrita na ABNT NBR nº 5674:1999, fins de cumprimento do art. 45 da Lei Fiscal, ou seja, envolve apenas os bens públicos edificados e/ou ações de conservação de rodovias e obras de artes especiais, estas últimas sob a responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal – DER/DF e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP, de acordo com a sua competência e jurisdição. As causas que deram origem ao presente trabalho decorreram de verificações do Tribunal de Contas do Distrito Federal quanto à falta de ações voltadas especificamente para as atividades de gestão dos bens públicos do Distrito Federal, de forma articulada, centralizada e sistematizada, que visem à preservação ou recuperação das condições físicas originais do patrimônio público. Além disso, de acordo com as visitas efetuadas a 13 órgãos, o TCDF constatou a falta de controle de próprios, de articulação e de priorização de custos de forma centralizada, em nome do Chefe do Poder Executivo do Distrito Federal. Assim sendo, o Plano que ora se apresenta, na forma orientada por aquela Corte de Contas, está consubstanciado na elaboração de Manual de Operação, Uso e Manutenção do Patrimônio; no sistema de cadastro de imóveis, contendo diversas informações técnicas sobre o imóvel ou o conjunto deles, dentre as quais o registro de serviços de manutenção e de reclamações e solicitações de seus usuários; estabelecimento de planos setoriais, capazes de prever ações de manutenção, orçamento e planejamento de rotina, além das normas para disciplinar inspeção periódica nos bens abrangidos por este Plano, cuja centralização fica a cargo do Comitê Gestor, com a coordenação da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização - SEGAD, tem por finalidade engajar todos os órgãos do Governo do Distrito Federal no sentido de orientar a correta obrigatoriedade de aplicação de recursos em manutenção do patrimônio, possibilitando o acompanhamento direto do Governador, por intermédio da Governança – DF, visando, sobretudo, assegurar a preservação da capacidade física instalada em detrimento de novos projetos. Palavras-chave: Plano de Implementação de Ações de Conservação do Patrimônio.

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    1 - INTRODUÇÃO

    O Plano de Implementação de Ações de Conservação do Patrimônio que ora se apresenta tem por finalidade dar condições para o desenvolvimento de atividades de manutenção do patrimônio relacionadas a edificações e, também, a rodovias e obras de artes especiais (que trata-se de pontes, viadutos e passarelas), de sorte a permitir o acompanhamento, inspeções e avaliações permanentes, haja vista que se pressupõe que essas construções devem atender as necessidades e segurança de seus usuários por muitos anos. Não existe prazo delimitado, pois a sua durabilidade está diretamente relacionada às ações de prevenção contra influências externas e ambientais.

    Para tanto, é preciso pensar que esse tempo pode ser abreviado, caso as influências

    ambientais ou depredações não sejam coibidas com medidas planejadas e programadas, de acordo com as verificações ao longo dos tempos, com auxílio imediato de profissionais habilitados ou agentes qualificados capazes de relatar eventuais anomalias e auxiliar na condução das atividades a serem desenvolvidas.

    Pretende-se com este plano apresentar uma nova ferramenta para auxiliar na gestão

    do Patrimônio Público do Distrito Federal, sobretudo em face das observações apontadas pelo Tribunal de Contas, quando da visita a 13 órgãos públicos, onde restou evidente a ausência de iniciativa de gestão do patrimônio de forma centralizada, articulada e sistematizada, que permita, obter dados e informações detalhadas sobre os diversos bens públicos sob a sua responsabilidade, por meio de implementação de sistema automatizado

    O que se tem notado de todo este cenário é que as ações voltadas para a

    conservação do patrimônio se misturam as demais atividades de serviços gerais, muitas vezes em detrimento dos serviços de manutenção do patrimônio, como já pacificado o entendimento à luz da ABNT NBR 5674:1999.

    É com esse intuito que este plano subsidiará as diretrizes e orientações para os

    procedimentos relacionados à gestão do patrimônio, com programações de curto, médio e longo prazo, procurando evitar as ações reativas e emergenciais, ou mesmo a irrecuperação das instalações físicas, a ponto de as análises ensejarem a necessidade de reconstrução, o que é uma prática lesiva à fazenda e ao interesse público.

    2 – DA ANÁLISE DAS OBSERVAÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS QUANTO À

    MANUTENÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO, SEGUNDO O RELATÓRIO DE AUDITORIA 2.1 Causas

    As ações de conservação do patrimônio público foram objeto de diversas reclamações junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal, a ponto de serem eleitas pelo Conselheiro Inácio Magalhães Filho como tema para subsidiar a análise das ações do Governo e a emissão do Relatório Analítico e Parecer Prévio do Tribunal de Contas, relativos às contas referentes ao exercício de 2011.

    Diante dessas circunstâncias, o Tribunal de Contas realizou diversas diligências, in

    loco, a fim de conhecer de perto os problemas nas edificações públicas, pontes, viadutos,

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    monumentos, etc., constatando situações bastante expressivas em termos de descaso ou de falta de priorização de ações na preservação dos bens públicos existentes em detrimento de novos projetos.

    Esse fato ensejou o Relatório de Auditoria, realizado em 2011, com o título “Avaliação

    da Destinação de Recursos para Obras em Andamento e os Procedimentos Afetos às Atividades de Manutenção dos Bens Públicos”, cujo objetivo precípuo é fazer com que o chefe do Poder Executivo adote providências urgentes com a finalidade de implementar ações para a conservação do patrimônio instalado, de forma a poder cumprir o disposto no art. 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (LC nº 101/2000). Alerta, ainda, que as construções são feitas prevendo longevidade, mas que, por influências ambientais, necessariamente precisam de gestões de Governo, de forma preventiva ou restauradora, mantendo-se as condições originais e sua efetiva capacidade de utilização pelos usuários, conforme se conclui do trecho extraído do Relatório de Auditoria, em análise, conforme descrito a seguir:

    7. Considerar as edificações como produtos descartáveis, substituindo-as por outras

    novas quando seu desempenho é afetado, atenta contra o princípio da

    economicidade, além de ser inaceitável sob a perspectiva da sustentabilidade, haja

    vista o elevado impacto ambiental e social envolvidos nos processos construtivos.

    Isto reforça a imperiosidade das ações de manutenção das edificações existentes, e

    mesmo das novas edificações construídas, para que sejam mantidas em condições

    adequadas de forma a atender as exigências dos seus usuários.

    8. A omissão do poder público relativamente a essas atividades implica a diminuição

    da vida útil das edificações. Tal fato causa transtornos aos cidadãos e custo

    adicional em serviços de recuperação ou construção dessas edificações, além do

    custo social da utilização desses bens em níveis de desempenhos inferiores ao mínimo

    recomendável para o uso saudável, higiênico ou seguro, os quais são de difícil

    mensuração e impactam diretamente na qualidade de vida da população.

    Diante desse cenário, dois aspectos merecem destaque nesta análise. Primeiro, a

    quantidade de ações relacionadas e que acompanham os Projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que são enumeras e não permitem a verificação do quantum está sendo efetivamente aplicado em serviços de manutenção de edificações públicas. Segundo, não se verifica nos órgãos responsáveis pelos próprios do Distrito Federal a existência de procedimentos sistematizados, uniformes e amplamente disseminados no GDF quanto a atividades de manutenção de bens públicos edificados, semelhantes às orientações constantes da ABNT NBR 5674:1999.

    Ademais, aquela Corte de Contas chama a atenção para a necessidade de

    transformar as inspeções e avaliações dos bens públicos, uma prática de rotina, planejada e programada segundo o grau de deterioração, de forma a evitar ações meramente reativas e de urgência.

    Da mesma forma que o Tribunal de Contas, este Grupo de Trabalho realizou visitas a

    seis órgãos, onde pode concluir o tamanho da dificuldade vivida por técnicos de Controle Externo, com a falta de respostas plausíveis sobre os prédios e próprios sob a sua administração do Distrito Federal, dada à ausência de controle efetivo e de normas e manuais que definam, de maneira ampla, a competência, prazos e responsabilidades de cada instituição envolvida nesse processo de Conservação do Patrimônio Público.

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    Diante do entendimento de que a conservação do patrimônio, para fins do disposto no art. 45 da LRF, é a descrição da ABNT NBR 5674:1999, o conceito de Conservação do Patrimônio Público constante do item 3.1.4. Precedência na Alocação dos Recursos do Manual de Planejamento e Orçamento – MPO precisa ser ajustado a essa nova concepção, dada a sua abrangência, se levado a efeito o conceito de bem público de que trata o Código Civil.

    2.2. Efeitos

    Aponta como os principais efeitos dessa ausência de ação governamental a perda antecipada de funcionalidade das edificações e aumento de risco aos usuários, além da lesão aos cofres públicos, em face do elevado custo de reparação e correção decorrente do grau de deterioração das edificações e suas partes constituintes.

    2.3. Resultados Esperados

    Com a implementação efetiva do Plano de Conservação do Patrimônio, o Tribunal de Contas espera que o Governo do Distrito Federal tenha informações, a qualquer tempo, sobre as condições atuais dos bens públicos constantes de seu patrimônio, a quantidade, o estado de conservação, as ações e os recursos necessários aos serviços de manutenção desses bens, de sorte a poder atender às necessidades de seus usuários e, também, cumprir os termos do art. 45 da LRF. 3 - O PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

    A implementação do Plano de Conservação do Patrimônio, que ora se apresenta, visa dar efetividade às ações voltadas à manutenção dos imóveis pertencentes ao patrimônio do Distrito Federal ou sob sua guarda, com o objetivo de dar condições para a gestão, registro e controle, assim como as ações de manutenção do patrimônio, de forma integrada, articulada, centralizada e sistematizada, permitindo, desta forma, desenvolver atividades que visem preservar ou recuperar a capacidade física instalada dos imóveis edificados e suas partes constituintes. Insere-se neste contexto as atividades de conservação de rodovias e obras de artes especiais, vislumbrando sempre a funcionalidade, a longevidade e a segurança de seus usuários.

    Além disso, as ações devem ser realizadas de forma planejada e programada, de curto,

    médio e longo prazos, a fim de reduzir as ações corretivas, reativas, momentâneas e não planejadas, estabelecendo competências, atribuições e responsabilidades aos órgãos que detêm a guarda, a administração e manutenção de bens públicos do Distrito Federal, bem como àqueles que irão coordenar e priorizar a aplicação dos recursos, dada a retração da arrecadação de receitas e em contrapartida manutenção do nível elevado das despesas.

    Atualmente, a gestão do sistema de bens públicos do Distrito Federal está a cargo da

    Secretaria de Fazenda, mediante o Sistema Geral de Patrimônio – SISGEPAT, que tem entre as suas principais funções o registro cartorial e o controle sob a ótica material, não permitindo informações qualitativas, a exemplo das relacionadas ao estado de conservação das edificações, a funcionalidade ou sobre a necessidade de intervenções para recuperação ou reconstrução das instalações existentes.

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    Por essa razão, é oportuno expressar a necessidade de desenvolver um sistema

    automatizado de gestão de patrimônio, integrado às bases do SISGEPAT, de forma a permitir a ampliação de captação e disponibilização de informações qualitativas, inclusive prevendo o controle de gastos comuns como água, energia elétrica, a situação ocupacional por usuários internos e externos, além do georreferenciamento, para facilitar a rápida localização do bem público.

    É evidente que essas orientações devem ser direcionadas não só para as instalações

    existentes, mas, também, para as novas obras, cujos procedimentos devem observar a continuidade a partir do monitoramento do uso, bem como do desgaste e falência natural dos seus componentes construtivos, caso inexistam ações preventivas e restauradoras. Por esta razão é fundamental a ação periódica de inspeção e manutenção, bem como as estimativas dos custos consequentes, visando o planejamento dos serviços de manutenção, atacando, sobretudo, as causas dos problemas encontrados. A antevisão do comportamento esperado auxilia, sobremaneira, a redução de intervenções reativas, corretivas e não planejadas, bem como a aplicação de recursos financeiros desnecessária, em face da ausência de ações de conservação do patrimônio instalado.

    Num primeiro momento, é sabido que o custo será elevado, em face do engajamento

    dos diversos órgãos nessa empreitada. Posteriormente, a tendência é a redução natural dos custos em decorrência da redução de influências externas, especialmente as ambientais. 3.1. Plano de Conservação Integrada

    As atividades a serem desenvolvidas no Plano deverá estar compatível com outros sistemas, a exemplo do SISGEPAT e o Sistema Integrado de Gestão Governamental – SIGGO. Este último por se tratar da contabilização dos recursos orçamentários e financeiros.

    Portanto, além de dados e informações relativos às edificações, rodovias e obras de

    artes especiais existentes e em pleno uso, o sistema permitirá o levantamento dos custos das ações, de acordo com o levantamento das intervenções necessárias.

    3.2. As ações de Conservação do Patrimônio e sua Abrangência

    O Plano de Ação de Conservação do Patrimônio abrange todos os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional do Distrito Federal, com exceção dos órgãos mantidos exclusivamente com recursos da União, por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, na forma do art. 21, XIV, da Constituição Federal, cuja execução orçamentária e financeira é realizada no âmbito do SIAFI União. Não integra, portanto, o Sistema Integrado de Orçamento Público do Distrito Federal - SIOP/SIGGo.

    O Plano considera, portanto, tão somente a manutenção de edificações, rodovias e

    obras de artes especiais, defensas metálicas, sinalização viária e dispositivos de mobilidade urbana, incluindo todos os serviços realizados para prevenir ou corrigir a perda de desempenho, ou para atualizá-las às necessidades de seus usuários, possibilitando o atendendo do disposto no art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

  • 10

    Não serão considerado como gasto em conservação do patrimônio os serviços

    realizados para alterar o uso das edificações, bem como aqueles que visem tão somente às ações de limpeza, conservação, vigilância e brigada. Na organização das atividades de conservação do patrimônio, deve estar prevista a estrutura material, financeira e de recursos humanos capaz de atender os diferentes tipos de manutenção: rotineira, planejada e não planejada (as de urgência). 3.3. Estrutura do Plano

    Plano, segundo orientação do Tribunal de Contas, está consubstanciado em:

    Orientações e diretrizes gerais; Plano Setorial, com denominação: Plano de Manutenção e Controle Predial –

    PMAC, contendo dentre outras orientações, a ficha cadastral e encaminhamento de pleitos ao Comitê Gestor da Conservação do Patrimônio. Nesta ficha, constarão informações do tipo: dados cartoriais, situação atual dos bens edificados, as causas das deteriorações, os registros de reclamações e solicitações de seus usuários, além de custos de execução de ações de gestão;

    Plano de Inspeção Predial – PIP; Manual de Operação, Uso e Manutenção do Patrimônio; Centralização das atividades de conservação do patrimônio, ficando a cargo da

    Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização – SEGAD por ter a coordenação do Comitê Gestor da Conservação do Patrimônio, em conjunto com a Governança – DF.

    Fixação da Subsecretaria de Próprios – SUPRÓPRIOS/SEGAD - como o órgão interlocutor, que, em nome da SEGAD, operacionalizará os trabalhos de articulação com os demais órgãos no sentido de possibilitar a sistematização das informações pertinentes à conservação do patrimônio, inclusive com a responsabilidade de coordenar o processo de implantação de um sistema próprio para a gestão de imóveis, edificados ou não, sem prejuízo do SISGEPAT e o SIGGO.

    3.4. Fluxo das verificações que derivam as ações de conservação do patrimônio

    Para ilustrar melhor o entendimento das ações a serem implementadas, o fluxograma a seguir representa, em linhas gerais, o escopo das atividades que se pretende serem alcançadas com o Plano, partindo, por exemplo, das atividades de manutenção das instalações físicas de uma escola com 10 salas para o ensino fundamental.

    Nota-se que o desenrolar do fluxo das ações passa pelo cadastramento, pelas

    atividades de deliberação setorial, consumo de água, luz, telefonia, custo mensal, inspeções periódicas, cujo diagnóstico conclua pela análise crítica, regular ou irrecuperável, ensejando o direcionamento da decisão para: manutenção ou o desenvolvimento de um novo projeto de investimentos, que pode ser construção, reforma, revitalização, que seguramente irá primar pela

  • 11

    reconfiguração das instalações originais, o que deixa a ação fora do universo conservação do patrimônio público.

    Evidentemente, essas atividades serão desenvolvidas normalmente, porém deixam o

    status de obrigatoriedade, à luz do art. 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, e passam a compor ação discricionária do Estado, ou seja, não há obrigação constitucional ou legal para que ocorra e, sim, o desejo político de seu governante. Observem, inclusive, o fluxo do processo de construção do Plano de Conservação do Patrimônio, logo em seguida:

  • 12

  • 13

    4 - MARCO REGULATÓRIO

    Para dar efetividades às ações pretendidas com este trabalho, a SEPLAG, SEGAD e SEF, em conjunto, submeterão ao Governador do Distrito Federal uma minuta de Decreto contendo o Plano de forma consolidada, em forma de normativo, cuja contextualização encontra-se adiante neste trabalho, será efetivado após manifestação do Tribunal de Contas em relação ao projeto que se apresenta, momento em que poderão haver novas orientações visando melhorar a consistência das diretrizes já delineadas.

    Excepcionalmente, e visando a dar início efetivo a esse processo, dado que a

    elaboração da Proposta Orçamentária do Governo do Distrito Federal para o exercício de 2016 encontra-se em pleno curso, cuja entrega do Projeto de Lei Orçamentária deverá ocorrer até o próximo dia 15 de setembro de 2015, é tempestiva a publicação de ato normativo, ainda que em caráter precário, para fins de engajamento dos diversos órgãos à nova concepção de ações de conservação do patrimônio, cujos recursos deverão ser assegurado especificamente para as atividades de manutenção voltadas para as instalações físicas existentes.

    Para tanto, foram cadastradas no SIGGO e farão parte do Plano Plurianual e da Lei

    Orçamentária Anual as ações a seguir relacionadas, as quais já acompanharam a Mensagem do Governador que encaminhou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2016 à Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15 de maio de 2015, quais sejam:

    2316 - Conservação de Obras de Arte Especiais - Pontes, Passarelas e Viadutos

    2396 - Conservação das Estruturas Físicas de Edificações Públicas

    4195 - Conservação de Rodovias

    Diferentemente do cenário que se desenvolveu até este exercício de 2015, o rol de

    ações utilizadas até então, num total de 60, não permite a identificação exata das aplicações em serviços de Manutenção do Patrimônio. São muito abrangentes e envolvem, inclusive, obras que modificam as estruturas originais, custeiam serviços de vigilância e limpeza, em face do entendimento de que seriam todas as atividades utilizadas para preservar os bens públicos, indiscriminadamente, na forma do que preceituam os arts. 98 a 103 do Código Civil, tais como: lago, mar, praças vias calçadas, etc.

    Diante disso, este rol foi reduzido para apenas essas três ações, com foco

    exclusivamente nas atividades de manutenção do patrimônio, segundo as normas da ABNT NBR 5674:1999, orientada pelo Tribunal de Contas como sendo a base para o atendimento do disposto no art. 45 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

    Portanto, os efeitos do Decreto estão abrangidos apenas por essas três ações, de

    modo a facilitar o acompanhamento dos órgãos de controle e a evidenciação das mesmas no Sistema de Acompanhamento Governamental – SAG, dado que a atual estrutura de ações não permite aferir com precisão a aplicação de recursos nas estruturas físicas originais, por conta da diversidade encontrada, que envolve as mais diversas atividades, como: reforma, reconstrução, revitalização, recuperação, além de material de consumo, permanente, serviços

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    de vigilância, brigada, limpeza e conservação, dentre outros, os quais fogem a concepção levada a efeito pelo TCDF para fins de manutenção do patrimônio público do Distrito Federal. 5 – CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CONSERVAÇÃO DO

    PATRIMÔNIO

    O desenrolar das tarefas pertinentes ao sistema de conservação do patrimônio se desenvolverá da seguinte forma:

    Cronograma para implementação das atividades do Plano de Implementação

    Recomendação do TCDF Ação prevista ou

    providências adotadas Etapas

    Previstas

    Prazo

    P/ implem

    en-tação

    Atual estágio da implemen-

    tação

    Responsável

    Centralização do planejamento dessas atividades para a consolidação dos planos setoriais e o estabelecimento de prioridades;

    Com a nova estrutura do GDF, e com os atos constantes deste Plano, será formalizada a criação do Comitê Gestor, que será o órgão articulador e centralizador das ações.

    Aguarda publicação do Decreto.

    Imediatamente a sua conclusão e aprovação.

    Instrução de Processo para encaminhamento à Casa Civil.

    SUBPRÓPRIOS e SUTIC/SEGAD

    Estabelecimento das diretrizes e orientações gerais;

    Todo esse material já está pronto.

    Validação pelo Comitê Gestor, ou enquanto não criado pela Governança - DF

    Até 15 dias para a validação pelo Comitê Gestor e 60 dias após a decisão do Tribunal de Contas para o deslanche das atividades

    Estão prontos. Aguarda aprovação do Tribunal de Contas.

    Comitê Gestor de Manutenção do Patrimônio

    Plano setorial, que é o Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC, conterá: a Ficha de Cadastro de Imóvel; os registros de manutenção realizada, de reclamações e solicitações de seus usuários, ficha de planejamento de ações a serem submetidas ao Comitê Gestor;

    Plano de Inspeção Predial - PIP

    Manual de Operação, Uso e Manutenção das Edificações.

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    6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

    É importante ressaltar, neste contexto, que o reflexo deste Plano nas ações de manutenção desenvolvidas pelos diversos órgãos detentores de próprios sob a sua administração será bastante positivo, haja vista que as dificuldades encontradas pelos técnicos do Tribunal de Contas, confirmadas, também, nas visitas dos componentes do Grupo de Trabalho.

    A confecção das diretrizes gerais para as atividades de manutenção do patrimônio

    edificado, rodovias e obras de artes especiais, independentemente da divulgação do Plano, que ora se apresenta, já está delineada em Decreto do Governador, nos seus aspectos gerais, de modo que os detentores de próprios minimamente possam trabalhar a composição de suas despesas de forma padronizada e focada nas condições físicas originais do patrimônio público.

    E certo que o Governo do Distrito Federal possui grande quantidade de imóveis, num

    total de 6.045, incorporados e não incorporados, dos quais apenas 2.839 estão edificados, conforme registro no SISGEPAT. Para controlar e gerir esta massa é preciso, além de uma estrutura administrativa adequada, ter, também, um sistema de Gestão de Imóveis que possa atender, a qualquer tempo, com fidedignidade e segurança, as diversas consultas de seus usuários, nas mais diversas formas de apresentação, permitindo, assim, o acompanhamento, inclusive, pela autoridade governamental, com vistas a auxiliar o processo decisório.

    Não é de mais ressaltar que se vislumbra neste contexto uma oportunidade de

    melhoria de processos de gestão do patrimônio, que, atualmente, oferece apenas dados e informações cartoriais e dimensões de cada empreendimento, edificado ou não.

    A sistematização automatizada do Plano, por parte do Governo do Distrito Federal,

    será desenvolvida tendo por base o Módulo de Gestão de Imóveis, constante do Sistema Integrado de Materiais e Serviços – SIAD, pertencente ao Estado de Minas Gerais, que já

    Ano normativo precário para imediata efetivação de ações de conservação do patrimônio.

    Encaminhado a AJL/SEPLAG, com vistas a Casa Civil, na forma do Decreto nº 36.384/2015.

    Assessoramento jurídico, Gabinete do Governador, orientações aos Setoriais

    Imediatamente após a publicação do Decreto

    Não há normativo

    Grupo de Estudos (Decreto nº 36.349/2014).

    Implantação de sistema automatizado para a gestão de bens públicos e atividades de conservação do Patrimônio.

    Realização pela SUTIC/SEGAD, de acordo com as orientações e fluxograma apresentado e aprovado pelo Comitê Gestor.

    Desenho e Ficha Cadastral de Imóveis já repassada para a SUTIC/SEGAD

    Dois anos a partir da autorização do TCDF.

    Entendimentos iniciais, decorrente de reuniões técnicas sobre o assunto.

    SUPRÓPRIOSE e SUTIC/SEGAD

    Previsão de estrutura material, financeira e de recursos humanos suficientes para desenvolver as manutenções rotineira, planejada e não planejada;

    Ação a ser integrada ao Plano Setorial – PMaC.

    A iniciar com o Plano.

    Imediatamente com a elaboração do PMaC

    Cada órgão responsável por seus próprios

  • 16

    existe e está em pleno funcionamento e atende perfeitamente a forma de trabalho que se pretende realizar no âmbito do Distrito Federal.

    Portanto, até que o presente Plano tenha o processo de efetivação devidamente

    deflagrado, as ações dessa natureza, a constar da Proposta de Orçamento para o exercício de 2016, terá por base a publicação de Decreto nestes próximos dias, com orientações mínimas, seguindo as diretrizes constantes deste Plano, que está dividido por módulo, na seguinte ordem: diretrizes gerais, Plano Setorial, Plano de Inspeção Predial e o Manual de Operação, Uso e Manutenção do Patrimônio. Apresenta-se, ainda, formulários com questionamentos diversos para fins de direcionamento dos trabalhos desenvolvidos pelos órgãos detentores de bens públicos que se enquadrem nestas considerações.

    DECRETO Nº , DE DE JULHO DE 2015.

    Institui o Plano de Conservação do Patrimônio do Distrito Federal e dá outras providências.

    O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o

    art. 100, VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, consoante o disposto no Decreto nº 35.349, de 16 de abril de 2014, e no art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, DECRETA:

    CAPÍTULO I

    Das Diretrizes Gerais do Plano Art. 1º Fica instituído, no âmbito do Distrito Federal, o Plano de Conservação do

    Patrimônio, com o objetivo de estabelecer diretrizes e orientações para as atividades que envolvam procedimentos relacionados à conservação ou recuperação da capacidade funcional das edificações em uso pelo Governo do Distrito Federal - GDF, cria o Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC, o Plano de Inspeção Predial – PIP e o Manual de Operação, Uso e Manutenção do Patrimônio, que serão regulamentados por ato conjunto das Secretarias de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização e Secretaria de Estado de Fazenda.

    Art. 2º As disposições deste Decreto abrangem os imóveis em uso pelo Governo do

    Distrito Federal – GDF, na condição de proprietário, locatário, preposto ou responsável; os órgãos integrantes da administração direta, autárquica e fundacional do Distrito Federal; as atividades de manutenção de edificações públicas ou privadas sob a responsabilidade do Distrito Federal, bem como as ações de conservação de rodovias e obras de artes especiais.

    Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos órgãos vinculados à área de segurança pública, mantidos integralmente com recursos da União, por meio do Fundo

    7 - Norma Geral do Plano de Implementação de

    Ação da Conservação do Patrimônio (módulo geral)

  • 17

    Constitucional do Distrito Federal – FCDF, na forma do art. 21, XIV, da Constituição Federal, cuja execução orçamentária e financeira ocorra no âmbito do sistema SIAFI - União.

    Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - conservação do patrimônio: as atividades que visem preservar ou recuperar as

    condições ambientais adequadas ao uso previsto para as edificações. Incluem todos os serviços realizados para prevenir ou corrigir a perda de desempenho, ou para atualizá-las às necessidades dos seus usuários. Não incluem os serviços realizados para alterar o uso das edificações, bem como aqueles que visem tão somente manter as edificações limpas e vigiadas (ABNT NBR 5674:1999);

    II - administrador responsável: o agente público, represente do GDF, responsável pelo controle patrimonial de sua unidade orgânica;

    III - capacidade funcional: manutenção das instalações originais da edificação, necessária ao atendimento de seus usuários;

    IV - edificação: estrutura constituída pelo conjunto de elementos, inclusive suas instalações e equipamentos, definidos e integrados em conformidade com os princípios e técnicas de engenharia e de arquitetura, disponibilizada para uso público;

    V - manutenção: conjunto de atividades a serem realizadas para conservar e ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes;

    VI – serviço de manutenção: intervenção efetiva sobre a edificação e suas partes constituintes, com a finalidade de conservar ou recuperar a sua capacidade funcional, inclusive manutenção de elevadores e ar condicionado central;

    VII – sistema de manutenção: conjunto de procedimentos organizados para gerenciar os serviços de manutenção de edificações.

    VIII - Plano de Manutenção e Controle Predial - PMaC: orientações específicas, detalhadas de acordo com os métodos de trabalho, cronograma e realização dos serviços de manutenção preventiva e corretiva das estruturas físicas das edificações;

    IX - órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de fiscalização de segurança predial e de obras do Distrito Federal, em conjunto com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA e com o Conselho de Arquitetura - CAU.

    Parágrafo único. O disposto do inciso I deste artigo é estendido às atividades de conservação de rodovias e obras de artes especiais.

    Art. 4º São objetivos do Plano de Conservação do Patrimônio: I - propor e acompanhar a implementação das políticas governamentais que envolvam

    imóveis edificados, de propriedade ou sob a responsabilidade do Distrito Federal; II - fomentar, articular e desenvolver a integração entre os diversos órgãos

    governamentais e as entidades quanto ao cadastro dos imóveis em uso pelo GDF; III - garantir a observância dos padrões de segurança e qualidade das estruturas

    edificadas, de forma a reduzir a possibilidade de acidentes ou mitigar as suas consequências; IV - regulamentar as ações de segurança e qualidade a serem adotadas quando da plena

    capacidade funcional da edificação; V - promover o monitoramento e acompanhamento das ações de segurança e qualidade

    empregadas pelos responsáveis pelas edificações sob a sua supervisão; VI - criar condições para que se amplie o padrão referencial de manutenção das

    edificações, com base na fiscalização, orientação e correção das ações de segurança e qualidade; VII - estabelecer conformidades de natureza técnica que permitam a avaliação da

    edificação aos parâmetros estabelecidos pelo órgão fiscalizador;

  • 18

    VIII - fomentar a cultura de segurança e qualidade no uso da capacidade funcional das edificações, bem como o controle da qualidade do ar interno, acessibilidade e uso racional do imóvel;

    IX - garantir a transparência e o acesso às informações relativas à legislação, projetos e manutenção relacionados aos imóveis em uso pelo GDF;

    X - implantar e manter disponível no imóvel um Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC;

    XI - promover a capacitação dos responsáveis pela execução e controle dos imóveis sob a sua supervisão, tendo o suporte técnico e a articulação realizados pela Subsecretaria de Próprios da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização – SEGAD;

    XII - instituir a inspeção obrigatória e periódica das edificações e instalações em uso pelo GDF, visando às condições de estabilidade, segurança, salubridade, manutenção e adequação das instalações das edificações.

    Art. 5º Fica criado o Comitê Gestor de Manutenção do Patrimônio do Distrito Federal,

    coordenado pela Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização - SEGAD, composto por representantes titulares e suplentes dos seguintes órgãos e entidades:

    I – Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização; II - Secretaria de Estado da Casa Civil da Governadoria do Distrito Federal;

    III - Secretaria de Estado de Fazenda; IV – Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão; V – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal – DER/DF; VI – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP. § 1º A participação dos representantes do Comitê Gestor não será remunerada,

    constituindo-se em relevante prestação de serviço público. § 2º O Comitê Gestor estabelecerá a sua organização e funcionamento por intermédio de

    seu Regimento Interno, que deverá ser elaborado no prazo de 90 (noventa) dias da data da publicação deste Decreto.

    § 3º Compete ao Comitê Gestor: I - monitorar o funcionamento do Plano de que trata este Decreto; II - interagir com o Setor de Informação Corporativa ou outro que o substituir; III - acompanhar os registros de dados na Ficha de Cadastro de Imóvel; IV - propor penalidades pelo descumprimento desta norma; V - auditar os dados registrados; VI – coordenar e supervisionar as unidades orçamentárias responsáveis pelos imóveis

    sob a sua responsabilidade; VII – promover a capacitação dos responsáveis pelas edificações públicas ou privadas

    sob a responsabilidade do Governo do Distrito Federal – GDF; VIII – acompanhar as atividades relativas à conservação de rodovias e obras de artes

    especiais, bem como as determinações do Tribunal de Contas relativas a matéria, de forma a garantir as condições necessárias para a sua efetivação.

    IX – receber dos órgãos, que detêm a guarda e a responsabilidade pelo bem público edificado ou viário, os relatórios e documentos utilizados como base para a programação orçamentária relativa às atividades de conservação do patrimônio público, e, após análise e consolidação das informações, submetê-los à Governança-DF, acompanhados de Nota Técnica, com o objetivo de auxiliar os trabalhos de priorização das propostas, segundo as possibilidades orçamentárias.

  • 19

    § 4º Caberá à Governança-DF, de posse do relatório consolidado, apresentado pelo Comitê Gestor, proceder à verificação da documentação à luz das prioridades de Governo, estabelecer o quantum deverá ser programado para o exercício, encaminhando cópia para a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em data por ela especificada, para fins de alocação dos recursos programados e aprovados para as atividades de conservação do patrimônio na Proposta Orçamentária do Governo do Distrito Federal para o exercício em referência.

    Art. 6º O Cadastro de Imóveis do Distrito Federal – CADIMDF, de que trata o art. 1º,

    objetiva mapear todos os bens públicos, edificados ou não, de propriedade do Distrito Federal ou sob a sua responsabilidade, disponibilizando, a qualquer tempo, informações sobre as condições atuais de manutenção, de serviços via web, de registros cartoriais, além de gerar os relatórios necessários para subsidiar o planejamento das ações de manutenção periódica e inspeções obrigatórias, para assegurar as condições mínimas das instalações físicas das edificações.

    § 1º O CADIMDF objetiva ainda: I - cadastrar equipamentos e sistemas prediais tais como: ar condicionado, caixas

    d’água, geradores, quadros elétricos, torneiras, tomadas, pias, dentre outros; II - monitorar os equipamentos e sistemas prediais cadastrados, controlando o consumo

    de energia ativa e reativa, de água corrente e voltagem por fase de alimentação, com disponibilização dos dados em forma de tabelas e gráficos;

    III - gerenciar planos de manutenção preventiva de equipamentos e sistemas prediais com emissão programada e automatizada de listas de verificação e medição (check lists);

    IV - permitir a criação de um banco de conhecimento de rotinas de manutenção; V - permitir o cadastramento de ordens de serviços através da intranet pelos próprios

    usuários; VI - permitir a disponibilização histórica dos indicativos de qualidade de atendimento,

    inclusive em forma de gráfico; VII - permitir que os usuários efetuem lançamento, acompanhamento e consultas sobre

    a situação dos seus imóveis, por meio da plataforma WEB; VIII - emitir relatório, a qualquer tempo, com atualização mensal, de acordo com os

    parâmetros cadastrados, permitindo informações sobre a manutenção preventiva, corretiva e sobre atendimento, monitoramento, acompanhamento, além de demonstração gráfica;

    IX – permitir o acompanhamento de todos os custos inerentes aos elementos das edificações em uso pelo GDF.

    § 2º Será instituído um módulo no Sistema de Gestão de Imóveis específico para o CADIMDF, que será administrado pelo Comitê Gestor de que trata este Decreto.

    Art. 7º Os órgãos e entidades do Distrito Federal deverão cadastrar os imóveis sob a sua administração, de propriedade ou de responsabilidade do GDF, no CADIMDF, por meio do módulo próprio constante do sistema informatizado para essa finalidade.

    Art. 8º Fica criado o Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC, com o objetivo de estabelecer regras específicas para as atividades de manutenção do patrimônio, os procedimentos de vistoria técnica, verificação visual e realização ou fiscalização de manutenção das edificações.

    Art. 9º O Plano de Manutenção e Controle Predial - PMaC compreende as seguintes

    diretrizes:

  • 20

    I - identificação do responsável pela edificação; II – disponibilização de dados técnicos referentes à implantação da edificação, inclusive

    nos casos de construção após a publicação deste Decreto; III - manual de procedimentos para a manutenção e/ou recuperação da edificação; IV - anotação de responsabilidade técnica dos Conselhos de Fiscalização Profissional, nos

    termos da Lei nº 6.496/1977 e da Lei nº 12.378/2010; V - revisões periódicas de segurança predial. Parágrafo único. A periodicidade de atualização, o conteúdo mínimo e o nível de

    detalhamento dos planos de manutenção predial deverão ser estabelecidos pelos órgãos fiscalizadores.

    Art. 10. Fica criado o Laudo de Inspeção Predial - LIP, por meio do qual o profissional

    habilitado relata as suas observações e emite o diagnóstico. Parágrafo único. O LIP será elaborado por profissional competente, registrado no

    Conselho Regional de Engenharia Agronomia - CREA ou no Conselho Regional de Arquitetura - CAU.

    Art. 11. No caso de indisponibilidade de profissionais do quadro permanente do Distrito

    Federal, essas atividades poderão ser realizadas por meio de terceirização de mão de obra, mediante contrato ou co545nvênio.

    Art. 12. As edificações em uso pelo GDF que, na data do início da vigência deste

    Decreto, tiverem mais de 5 (cinco) anos de construção, terão 12 (doze) meses de prazo para elaboração de seu primeiro LIP;

    Art. 13. Os administradores responsáveis pelo patrimônio a cargo de sua Unidade

    Orgânica deverão designar um técnico capacitado, com a atribuição de implantar e manter disponível no imóvel o seu respectivo Plano de Manutenção e Controle Predial - PMaC.

    § 1º O PMaC deve conter a identificação do estabelecimento, a descrição das atividades a serem desenvolvidas, a periodicidade, as recomendações a serem adotadas em situações de não conformidades, para garantia de segurança das instalações e da edificação.

    § 2º Os administradores de que trata o caput deste artigo deverão encaminhar à SEGAD a indicação dos seus respectivos responsáveis capacitado, habilitado e/ou o inspetor competente, no prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da publicação deste Decreto, os quais serão designados mediante Portaria da SEGAD, como órgão coordenador do Comitê Gestor de Manutenção do Patrimônio.

    Art. 14. O Administrador responsável pela edificação se obriga a: I - prover os recursos necessários para a garantia do PMaC; II - organizar e manter em bom estado de conservação as informações e a

    documentação referentes ao projeto, à construção, à operação, à manutenção, à segurança e, quando for necessário, à desativação da edificação;

    III - informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa comprometer a segurança da edificação;

    IV - manter o Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC atualizado; V - permitir o acesso irrestrito aos órgãos de fiscalização e demais órgãos integrantes do

    Poder Executivo, bem como a sua documentação;

  • 21

    VI - realizar revisões periódicas de segurança, nos termos deste Decreto e da legislação de segurança e medicina do trabalho;

    VII - providenciar a elaboração do LIP, observados os prazos estipulados na legislação especifica;

    VIII - providenciar as ações corretivas apontadas no LIP, antes da próxima inspeção, ou em prazo inferior, quando houver estrita necessidade.

    Art. 15. Caberá ao órgão responsável pela fiscalização e controle das inspeções: I - definir conteúdo adicional do LIP, sua operacionalização e os procedimentos para seu

    registro; II - exigir do Administrador responsável pela edificação o cumprimento das

    recomendações contidas nos planos de manutenção predial e o cadastramento e atualização das informações relativas à edificação;

    III - articular-se com outros órgãos envolvidos na fiscalização de edificações, como CREA, CAU, DRT, Vigilância Sanitária, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, etc.

    Art. 16. As despesas decorrentes da execução deste Decreto correrão a conta de

    dotações orçamentárias consignadas ao órgão responsável pela (s) edificação (ões). Art. 17. O descumprimento do disposto neste Decreto e nos demais atos

    complementares a este Plano sujeita o agente que lhe der causa às sanções da legislação pertinente.

    Art. 18. Serão regulamentadas, em ato conjunto pelo Comitê Gestor de Manutenção do

    Patrimônio, as bases técnicas, legais, orçamentária e financeira, bem como as ferramentas auxiliares PMaC, PIP, LIP, CADIMDF e Manual de Operação, Uso e Manutenção Predial – MOUP, de forma a consolidar a padronização dos procedimentos concernentes à conservação do patrimônio público do Distrito Federal, conforme as diretrizes e modelos anexos a este Decreto.

    CAPITULO II

    Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC Art. 19. Ficam estabelecidos, de forma específica, os procedimentos de manutenção

    preventiva, corretiva, de assistência técnica das edificações e respectivas instalações e equipamentos, de propriedade ou sob a responsabilidade do Distrito Federal, nos termos deste Decreto.

    § 1º O disposto no caput aplica-se aos imóveis edificados, em uso pelo Governo do Distrito Federal – GDF, na condição de proprietário, locatário, preposto ou responsável.

    § 2º Estende-se às atividades de conservação de rodovias e obras de artes especiais os procedimentos análogos de que trata o caput deste artigo.

    Art. 20. São objetivos do PMaC: I - organizar e manter os ativos patrimoniais, tais como: estrutura predial, elevadores,

    sistemas hidrossanitários, equipamentos de ar condicionado, redes elétricas, prediais, no-breaks, grupos-geradores, sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, telhados, impermeabilizações, infraestrutura interna e externa, acabamentos visando a conservação predial e arquitetônica e outros componentes acessórios implícitos e necessários ao perfeito, completo e contínuo funcionamento das instalações;

  • 22

    II - viabilizar o tratamento necessário e suficiente à boa conservação dos imóveis de propriedade ou sob a responsabilidade do GDF;

    III - padronizar os procedimentos que visem minimizar o risco potencial à saúde dos ocupantes;

    IV - orientar o acompanhamento de implementação das medidas levantadas em inspeção;

    V - estabelecer a obrigatoriedade dos serviços de manutenção preventiva e corretiva das edificações e suas instalações e equipamentos, incluindo pequenos reparos de novos circuitos elétricos, pintura, serralheria, marcenaria, soldagem, esquadrias, divisórias, vidraçaria, gesso, com equipe residente ou volante, bem assim os serviços de controle das condições de funcionalidade das edificações, visando a prevenção de riscos à saúde de seus ocupantes.

    Art. 21. Para os efeitos do Plano Setorial (PMaC), entende-se por: I - Administrador Responsável: o Servidor, Empregado ou o Comissionado responsável

    pela administração dos bens públicos, edificados ou não, de sua Unidade Orgânica, em uso pelo GDF, na situação de proprietário, locatário, preposto ou responsável;

    II - ambientes climatizados: ambientes submetidos ao processo de climatização; III - auditoria técnica: atestamento técnico de conformidade de um fato, condição ou

    direito relativo a um objeto; IV - climatização: conjunto de processos empregados para se obter, por meio de

    equipamentos em recintos fechados, condições específicas de conforto e boa qualidade do ar, adequadas ao bem-estar dos ocupantes;

    V - inspeção: análise técnica de fato ou condição da edificação; VI - laudo: peça na qual o profissional habilitado relata o que observou e apresenta suas

    conclusões; VII - manutenção: atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as

    características de desempenho das edificações; VIII - manutenção preventiva: procedimentos destinados a prevenir a ocorrência

    de quebras e defeitos dos equipamentos, bem como manter as instalações prediais, estruturas das edificações, esquadrias, pisos, revestimentos, pavimentação, calçadas, mobiliários, de acordo com os manuais e normas técnicas específicas;

    IX - manutenção corretiva: procedimentos destinados a recolocar os equipamentos, instalações prediais, estruturas das edificações, esquadrias, pisos, revestimentos, calçadas, bem como manter o mobiliário em perfeito estado de uso e ocupação, compreendendo, inclusive, substituição de peças, componentes e materiais de mesma espécie ou similar, com os ajustes e recuperação de partes dos bens, de forma que voltem às suas condições originais, de acordo com normas técnicas específicas e projeto do fabricante;

    X - modernização: atividade que visa atribuir novo padrão de qualidade ao imóvel inicialmente construído e projetado, fixando um novo patamar de qualidade e desempenho para a edificação e seus sistemas;

    XI - Plano de Manutenção e Controle Predial - PMaC: execução das atividades descritas no plano de manutenção, observando o uso adequado de procedimentos, registro e controle;

    XII - controle: acompanhamento e averiguação se as atividades efetivas estão sendo direcionadas para o atingimento do objetivo planejado;

    XIII - profissional capacitado: pessoa que tenha recebido capacitação (curso ou treinamento) e trabalhe sob a supervisão de um profissional habilitado;

    XIV - profissional habilitado: profissional devidamente registrado na entidade de classe (exemplo: SINTEC, CREA,CAU);

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    XV - reforma: atividade corretiva da edificação, antes de se atingir o nível de qualidade mínimo aceitável, ou seja, quando há perda significativa de performance e/ou desempenho, podendo interferir na segurança do usuário, por meio de um projeto especifico, com estudo preliminar, projetos de engenharia e arquitetura, caderno de especificações e orçamento detalhado;

    XVI - vida útil: é definida pelos arquitetos ainda na fase de concepção dos projetos, momento em que são estimados o tempo de uso e as condições de segurança, saúde e higiene, em conjunto com os contratantes e usuários, cuja finalidade é nortear todos os sistemas, elementos e componentes, que serão especificados no projeto e prazo de garantia;

    XVII - vistoria: constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos, sem a indagação das causas que o motivam.

    Art. 22. O Administrador Responsável pelas edificações deve manter profissionais

    capacitados, tendo como atribuição principal verificar periodicamente as condições da capacidade física instalada sob a sua responsabilidade, mantendo sempre atualizada a ficha de cadastro do imóvel, em planilha ou por meio de sistema automatizado, para fins de auxiliar o planejamento anualizado das atividades de manutenção do patrimônio.

    Art. 23. O Administrador, de que trata o artigo anterior, deve providenciar

    imediatamente após a publicação deste Decreto a elaboração do Plano de Manutenção e Controle Predial – PMaC sobre as edificações sob a sua responsabilidade, de modo a dar conformidade às ações de manutenção do patrimônio, de forma padronizada articulada e planejada, segundo as diretrizes gerais constantes deste Plano.

    Parágrafo único. O PMaC, de que trata o caput, deve conter a identificação do estabelecimento, a descrição das atividades e periodicidade de desenvolvimento, as recomendações a serem adotadas em situações de não-conformidade, visando garantir a segurança das edificações e de suas partes constituintes, conforme especificações contidas no Anexo I deste Decreto.

    Art. 24. Compete ainda aos administradores responsáveis por edificação: I - garantir a aplicação do PMaC na execução contínua dos diversos serviços; II - manter o registro da execução dos procedimentos estabelecidos no PMaC disponível

    a qualquer tempo e interessado; III - divulgar os procedimentos e resultados das atividades de manutenção e controle

    aos ocupantes; IV - elaborar o planejamento anual de ações de manutenção do patrimônio, em estreita

    relação com as diretrizes do Plano de Implementação de Ações de Conservação do Patrimônio, destacando a programação das medidas de manutenção e a repercussão orçamentária e financeira para o exercício de referência e os dois seguintes, com o objetivo de submetê-lo ao Comitê Gestor de Manutenção do Patrimônio até o dia 24 de abril de cada ano, visando a composição do relatório de ações de conservação do patrimônio que acompanhará a Mensagem do Governador que encaminhar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLDO ao Poder Legislativo, conforme dispõe o art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), dando subsídio ainda para o estabelecimento dos tetos orçamentários para o exercício, cuja alocação terá prioridade em relação as demais despesas.

    Art. 25. São diretrizes específicas do PMaC:

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    I - execução de serviços inerentes às oficinas de alvenaria, refrigeração, bombeiro hidráulico, marcenaria/carpintaria, pintura, serralharia, tapeçaria e vidraçaria deverá ser feita de acordo com as necessidades registradas nas "Ordens de Serviço - OS", exceto nos casos de comprovada emergência ou por recomendação do Executor, devendo a "OS" ser registrada posteriormente;

    II - impermeabilização de lajes e coberturas utilizando-se de manta asfáltica em monocamada de 4 mm, APP, estruturada com tecido de poliéster, acabamento PP (polietileno/polietileno), revestida de alumínio, estruturada com poliéster;

    III - serviços de bombeiro hidráulico nas redes de água, esgoto e de incêndio através de recuperação, adequação, modificação, inclusive bombas e equipamentos de irrigação, de recalque, de elevação e pneumáticos, hidrantes completos, mangueiras, quadros de detecção, central de alarme, alarme sonoro, extintores de incêndio, válvulas, equipamentos de medição, detectores, tubos, sprinklers, conexões e sinalização;

    IV - instalação de estações de trabalho (rede estabilizada), novos circuitos, tomadas de uso geral e específico, ar condicionado, impressoras e aparelhos de fax, equipamentos elétricos, interruptores simples ou three-way, luminárias reatores, quadros elétricos, iluminação de emergência, protetores de surto e bancos de capacitores, calhas, dutos e caneletas;

    V - instalação de rede de telefonia, tomadas, cabos diversos, de equipamentos de telecomunicações, cabeamento CCI 2/4/6 pares do DG mais próximo até a sala através da eletrocalha existente, instalar condulete seal-tube até a divisória e caneleta em PVC e até a tomada telefônica padrão Telebrás; novos circuitos lógicos, fibra ótica e certificação de cabeamento lógico, fusão nos cabos de fibra óptica com conectores modulares RJ-45, qualquer categoria, macho e fêmea; RJ-11, identificação dos cabos nas duas extremidades e no rack, utilizando etiqueta;

    VI - serviços de marcenaria e carpintaria na recuperação, adaptação, modificação e confecção de divisórias, móveis, molduras, portas, portais, esquadrias, estrutura de telhado, praticáveis, arquibancadas, tablados, forro de madeira, cabos de ferramentas, confeccionados em compensado, madeira maciça, aglomerado, MDF, incluindo acabamentos com vernizes, poliéster, laca, laminados, fórmica, pátina, laqueado, seladora e demais serviços inerentes;

    VII - serviços de pintura, recuperação, adaptação, modificação e confecção de paredes diversas, estruturas de concreto, meio-fio, tetos, portas, esquadrias, brises, móveis e equipamentos em geral, molduras, placas, letreiros, incluindo emassamento de paredes, tetos, portas e outros serviços necessários ao perfeito acabamento de pinturas, inclusive eletrostática e demais serviços inerentes, depois de as partes danificadas serem devidamente recuperadas;

    VIII - serviços de serralheria na manutenção, recuperação, adaptação, modificação, confecção de móvel, containers, ralos, grelhas, molduras, suportes, portas, portais, esquadrias, estruturas de telhado, estruturas metálicas em geral, praticáveis, arquibancadas, forro metálico, forro de PVC, estrutura de forro de gesso, alambrados, cabos de ferramentas, etc., confeccionados em alumínio, ferro fundido, chapas diversas, tubos diversos, policarbonato, telas, fechaduras, dobradiças e ferragens em geral, molas de piso, molas aéreas, puxadores, brise-soleil e demais serviços inerentes;

    IX - serviços de tapeçaria relacionados à manutenção, revitalização, recuperação, adaptação, modificação e confecção de móvel, praticáveis, arquibancadas, toldos, tapetes, carpetes, cadeiras, sofás, passadeiras, guarda-sol, guarda-chuva, tendas, colchões, persianas, cortinas;

    X - serviços de vidraçaria relacionados à manutenção, recuperação, substituição, adaptação, modificação e confecção de esquadrias, quadros, molduras, espelhos, box, portas,

  • 25

    tampos de mesas, móveis em geral, bem como manutenção, recuperação, aplicação e remoção de películas de proteção solar, blindagem, dentre outros;

    XI - serviços de paisagismo ou jardinagem sobre terreno natural ou sobre laje, retirando mato e plantas daninhas, eliminando as raízes, correção do solo, regularização, drenagem, manta de impermeabilização anti-raiz em toda superfície interna, terra vegetal, livre de todos os materiais nocivos, isentas de plantas daninhas, adubação, plantio de arbusto alto e de grama;

    XII - serviços de refrigeração relacionados a conserto e instalação de aparelhos de ar condicionado de janela, splits e central;

    XIII - instalação de aterramento e Sistema de Proteção contra Descarga Atmosférica – SPDA;

    XIV - sinalização interna.

    Art. 26. Os órgãos integrantes do Comitê Gestor cumprirão e farão cumprir os termos deste Decreto, mediante a realização de inspeções periódicas e de outras ações pertinentes e fundamentais para o alcance do objetivo do Plano de Conservação do Patrimônio.

    CAPÍTULO III Plano de Inspeção Predial - PIP

    Art. 27. Fica instituído o Plano de Inspeção Predial – PIP, na forma deste Decreto, que

    deverá disciplinar a inspeção periódica e obrigatória nos bens públicos de propriedade do Distrito Federal ou privado sob a sua responsabilidade, mediante atividades de vistoria técnica, verificação visual e fiscalização das edificações e instalações prediais em uso pelo Governo do Distrito Federal – GDF.

    Parágrafo único. A inspeção de que trata o caput deste artigo deverá verificar as condições de estabilidade, segurança, salubridade, manutenção e adequação das instalações e equipamentos das edificações, especialmente em relação aos requisitos de segurança a que se referem às normas da ABNT, à Portaria nº 3523/GAB-MS e a resoluções afins da ANVISA e do Ministério do Trabalho, consideradas as alterações supervenientes.

    Art. 28. Para os efeitos do Plano de Inspeção Predial - PIP, entende-se por: I - administrador responsável: Servidor do Distrito Federal, responsável pelos registros

    patrimoniais relativos à edificação predial de sua unidade orgânica, em uso pelo Governo do Distrito Federal, quando em situação de proprietário, locatário, preposto ou responsável;

    II - ambientes climatizados: ambientes submetidos ao processo de climatização; III - atribuições profissionais: inspeções prediais realizadas exclusivamente por

    profissionais, engenheiros e arquitetos, devidamente registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU e, dentro das respectivas atribuições, segundo resoluções do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, ter especialidade ou experiência comprovada ou treinamento, mediante cursos específicos, tais como: Inspeção Predial, Engenharia Diagnóstica, Perícias em Edificações, dentre outros;

    IV - auditoria técnica: o atesto técnico de conformidade de um fato, condição ou direito relativo a um objeto;

    V - climatização: processo empregado para se obter, por meio de equipamentos em recintos fechados, condições específicas de conforto e boa qualidade do ar, adequado ao bem-estar de seus usuários;

  • 26

    VI - Comitê Gestor de Conservação do Patrimônio: grupo técnico intersetorial, responsável pelas diretrizes gerais, decisões, orientações, acompanhamento e controle e prestação de contas das ações de governo relacionadas à manutenção do patrimônio público do Distrito Federal;

    VII - edificação: conjunto formado por qualquer obra de engenharia da construção, concluída e entregue para uso, com seus elementos complementares, como: sistemas de ar-condicionado, geradores de energia, elevadores, escada rolante, subestação elétrica, caldeiras, instalações elétricas, monta-cargas, transformadores, dentre outros;

    VIII - inspeção predial: análise isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção de fato ou condições da edificação;

    IX - laudo: instrumento por meio da qual o profissional habilitado relata suas observações e suas conclusões técnico-especializadas sobre o objeto da análise;

    X - lista de verificação: conjunto de tópicos a serem fundamentalmente vistoriados, considerando-se um número mínimo de itens a ser abordado em uma inspeção;

    XI - manutenção: atividades técnicas e administrativas destinadas a preservar as características de desempenho técnico das edificações, garantindo as condições originais previstas para uso de seus usuários;

    XII - vistoria: constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivam.

    § 1º Quando houver perda significativa da capacidade física instalada, que vulnerabilize a segurança de seus usuários, será necessária a adoção de medidas para correção urgente das falhas detectadas, mediante a elaboração de estudos técnicos, com a utilização de projetos de engenharia e arquitetura, caderno de especificações e orçamento detalhado.

    § 2º A inspeção tem por objetivo é efetuar o diagnóstico da edificação por meio de vistoria especializada, utilizando-se de laudo técnico, para emitir parecer acerca das condições de uso e de manutenção predial, com avaliação do grau de risco à segurança dos usuários, determinando ações básicas subsequentes.

    Art. 29. Os administradores responsáveis pelo patrimônio de sua Unidade Orgânica, na

    condição de proprietário, locatário ou preposto, deverão disponibilizar pelo menos um inspetor habilitado para planejar e proceder, periodicamente, a vistorias nas edificações.

    § 1º O inspetor habilitado deve ser um profissional de nível superior, devidamente registrado no ministério da educação, e ser associado ao conselho regional correspondente.

    § 2º As inspeções prediais possuem características multidisciplinares, consoante à complexidade dos subsistemas construtivos a serem inspecionados, cuja comprovação deve ser anexada ao laudo por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ou do Registro de Responsabilidade Técnica - RRT.

    Art. 30. Constituem objeto de inspeção predial: a estrutura, muro de arrimo, drenagem

    do terreno, fundações visíveis, instalações de gás, hidrossanitária, elétrica, sistema de proteção de descargas atmosféricas – SPDA, impermeabilização, revestimento, sistema de automação, elevadores, equipamentos de prevenção e combate a incêndio, potabilidade da água, acessibilidade, níveis de ruído e de iluminação, reboco, pintura, revestimento, pisos, forro, telhados, coberturas, pátio de estacionamento, rede de energia e de dados, racks, termografia, ar condicionado, qualidade do ar interno, gerador, no-break, dentre outros.

  • 27

    Art. 31. A inspeção predial baseia-se na análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, diante das condições técnicas, uso, operação e manutenção da edificação, bem como da natureza da exposição ambiental.

    Parágrafo único. A análise do risco consiste na classificação das anomalias e falhas identificadas nos diversos componentes de uma edificação, quanto ao seu grau e fatores de risco, relacionados à manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento de vida útil e perda de desempenho.

    Art. 32. O planejamento da inspeção da edificação deverá observar o tipo de edificação,

    características construtivas, qualidade da documentação entregue ao inspetor e o nível de inspeção.

    Art. 33. A metodologia de inspeção deve conter no escopo mínimo: I - determinação do nível e do tipo de inspeção; II - exame da documentação; III - inspeção dos tópicos da listagem de verificação; IV - classificação do grau de urgência; V - indicação das recomendações; VI - classificação do escopo de conservação. Parágrafo único. Por ser uma técnica multidisciplinar, deve ser realizada por profissional

    especializado, circunstanciado por ART, no CREA, ou RRT, no CAU. Art. 34. A classificação quanto ao grau de urgência de uma anomalia deve ser

    fundamentada, considerando os limites e os níveis da inspeção predial realizados. § 1º no surgimento de trincas e fissuras, o inspetor deverá identificar as causas de seu

    surgimento com diagnóstico minucioso, analisando carregamento excessivo, uso indevido do compartimento, concentração de cargas e ensaios de laboratório, revisão de projetos e aplicação de instrumentação de acompanhamento.

    § 2º o laudo técnico deverá ser emitido por Engenheiro/Arquiteto devidamente habilitado para esse fim.

    Art. 35. De acordo com o nível de risco e suas consequências, aferidos pelo inspetor, a

    inspeção predial deverá classificar o impacto sobre os usuários, meio ambiente e o patrimônio de e indicar medidas corretivas e preventivas, que darão subsídios à elaboração de um plano de manutenção ou à obra de reforma, observados os seguintes níveis:

    6. Crítico-Impacto Irrecuperável: aquele que provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas, patrimônio e meio ambiente, perda excessiva de desempenho e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo, comprometimento sensível de vida útil e desvalorização acentuada;

    7. Regular - Impacto Parcialmente Recuperável: aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis;

    8. Mínimo - Impacto Recuperável: aquele causado por pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.

  • 28

    Art. 36. As inspeções deverão ser registradas em Laudos de Inspeção Predial - LIP, a ser elaborado nos termos deste Decreto, devendo conter os seguintes elementos:

    I - indicação do estado geral da edificação inspecionada, com descrição detalhada do estado de suas instalações elétricas, hidráulicas e mecânicas;

    II - indicação dos pontos que necessitam de reforma, restauração, manutenção ou substituição;

    III - fotografias ilustrativas das irregularidades encontradas e/ou ilustrações gráficas representativas delas;

    IV - orientações gerais sobre as medidas saneadoras necessárias, inclusive, com indicação da respectiva metodologia;

    V - estabelecimento dos prazos máximos para a conclusão das medidas saneadoras. § 1º Novo Laudo (LIP) deverá ser elaborado toda vez que forem promovidas ampliações

    ou modificações na edificação, bem como quando ocorrer modificação relativa a seu tipo de uso e ocupação.

    § 2º O Laudo (LIP), de que trata o caput, deverá ser assinado por engenheiro ou arquiteto, devidamente habilitado e inscrito regularmente no seu órgão de classe, em conformidade com sua atribuição.

    § 3º O profissional a que se refere o artigo anterior deverá concluir sua avaliação de risco, de forma objetiva, classificando a situação das instalações da edificação inspecionada, como: satisfatória, regular ou crítica, de acordo com os critérios definidos no art. 35 deste Decreto.

    § 4º Quando o LIP classificar a situação das instalações inspecionadas, como regular ou crítica, o Administrador Responsável pela edificação terá os prazos de 120 (cento e vinte) e 30 (trinta) dias, respectivamente, para adotar as medidas saneadoras e executar as manutenções devidas.

    § 5º No caso de o Laudo de Inspeção classificar a situação encontrada como em estado crítico, na forma do art. 35, o Administrador Responsável pela edificação deve protocolizar o LIP no órgão público encarregado de fiscalização da segurança das edificações, de propriedade ou em uso pelo GDF, em prazo não superior a 30 (trinta) dias, acompanhado de Termo de Compromisso de solução dos problemas identificados.

    § 6º Caberá ao Comitê Gestor de que trata o art. 28, VI, fiscalizar o cumprimento do compromisso assumido e fazer representar-se junto aos órgãos competentes, visando interditar o edifício, em caso de descumprimento da ordem legal.

    Art. 37. O LIP será elaborado por profissional competente, registrado no Conselho

    Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), a quem competirá:

    I – preenchê-lo em conformidade com as orientações estabelecidas deste Decreto, observadas as resoluções técnicas aplicáveis à matéria, facultando o apontamento de recomendações adicionais, se o profissional julgar necessárias;

    II – providenciar a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. Parágrafo único. A prestação de informações falsas ou a omissão deliberada de

    informações, no LIP, será objeto de sanção na forma lei, o que não exclui quem lhe der causa da incidência das demais penalidades civis e criminais em caso de acidentes decorrentes de dolo, imprudência ou má-fé no preenchimento do LIP.

    Art. 38. As edificações em uso pelo GDF, que, na data do início da vigência deste

    Decreto, já tenham mais de 05 (cinco) anos de construção, terão até 12 (doze) meses de prazo

  • 29

    para elaboração de seu primeiro Laudo Técnico de Inspeção Predial, ou a qualquer tempo em caso de sinistros.

    Art. 39. A periodicidade das inspeções nas edificações será determinada em função de

    seu tempo de construção e obedecerá a parâmetros mínimos a cada cinco anos, contados a partir do décimo ano de sua conclusão.

    § 1º O Comitê Gestor estabelecerá os casos em que a periodicidade das inspeções poderá ser ampliada ou reduzida.

    § 2º A idade do imóvel é contada a partir da data da expedição da carta de habite-se ou da imissão de posse.

    Art. 40. A partir da primeira inspeção obrigatória, depois de decorridos 10 (dez) anos de

    construção, as demais inspeções deverão ser realizadas anualmente, quando se tratar dos seguintes tipos de edificações:

    I - oficinas e depósitos, com área construída superior a 1.500 M², e que tenham mais de 3 (três) pavimentos, com material depositado, manipulado ou comercializado, considerado perigoso ou inflamável, nos termos deste Decreto;

    II - postos de abastecimento de veículos automotores; III - hospitais e prontos-socorros; IV - locais abertos ao público, em geral, com mais de 3.000 M² de área construída ou

    com lotação superior a 300 (trezentas) pessoas; V - restaurantes e similares com lotação superior a 600 (seiscentas) pessoas; VI - locais destinados a eventos geradores de público em locais cobertos e fechados com

    capacidade de lotação superior a 700 (setecentas) pessoas. Art. 41. Caberá, ainda, ao Administrador Responsável pela edificação: I - providenciar a elaboração do LIP, observados os prazos estipulados neste Decreto; II - providenciar as ações corretivas apontadas no LIP, antes da próxima inspeção, ou

    em prazo inferior, quando justificado por razões de segurança e assim estipulado no Laudo de Inspeção.

    Art. 42. Consideram-se infrações às disposições deste Decreto, dentre outras: I - a não realização da inspeção predial e de suas instalações na periodicidade e nos

    termos fixados neste Decreto; II - a não apresentação do Laudo Técnico de Inspeção Predial (LIP) quando solicitado

    pelo Comitê Gestor; III - o não saneamento, no todo ou em parte, das irregularidades constatadas no LIP.

    CAPÍTULO IV

    Considerações Finais Art. 43. Para auxiliar a captação dos dados e informações detalhadas sobre cada parte

    do empreendimento, o profissional habilitado, a repercussão orçamentária e financeira, a apresentação do plano de ação individual ou coletivo, o manual de operação, uso e manutenção do patrimônio, os interessados abrangidos por este Decreto devem recorrer aos anexos I a VI, constantes de Decreto, para fins de cadastramentos de dados, controle e fonte de consulta, para subsidiar o planejamento, a programação e desenvolvimento das ações de conservação do patrimônio.

  • 30

    Art. 44. Até que o sistema informatizado de Gestão da Manutenção do Patrimônio do

    Distrito Federal esteja devidamente homologado, os órgãos detentores de bens públicos edificados, bem como aqueles responsáveis pela conservação de rodovias e obras de artes especiais, deve recorrer, no que couber, ao preenchimento dos anexos de que trata o artigo anterior, de modo a que os procedimentos relativos à manutenção do patrimônio sejam realizados de forma padronizada, coordenada, articulada e, especialmente, planejada, num horizonte temporal que perpasse o exercício de referência.

    Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 46. Revogam-se as disposições em contrário.

  • 31

    8 - A N E X O S

    Anexo I – Ficha Cadastral de Imóvel; Anexo II - Procedimentos de Checagem dos Componentes, de

    acordo com as Periodicidades Especificadas; Anexo III – Plano de Ação; Anexo IV - Check-List Predial; Anexo V - Relatório Simplificado de Inspeção Periódica; Anexo VI - Manual de Operação, Uso e Manutenção de Imóvel

    Edificado.

  • 32

    ANEXO I

    FICHA CADASTRAL DE IMÓVEL - CADIMDF Data: / /

    IDENTIFICAÇÃO

    TEI:

    Orgão responsável:

    Denominação do imóvel:

    Região Administrativa:

    Endereço do imóvel:

    Coordenadas: Latitude: Longitude:

    Situação do imóvel: Próprio Cedido Locado

    Matrícula do imóvel:

    Proprietário do imóvel:

    Observações:

    DOCUMENTAÇÃO ADMINISTRATIVA DO IMÓVEL

    Inscrição no IPTU / TLP:

    Habite-se: Sim Não

    Não é obrigatório

    Alvará de construção: Sim Não

    Aprovação do CBMDF: Sim Não

    Alvará de funcionamento: Sim Não

    Licença ambiental: Sim Não

    Seguro contra incêndio: Sim Não

    Observações:

    CERTIFICADOS

    Manutenção predial: Sim Não

    Não é obrigatório

    Manut. do sistema de

    segurança: Sim Não

    Treinamento de Brigada de

    Incêndio: Sim Não

    Coleta seletiva / Destinação de

    resíduos: Sim Não

    Programa de Controle Médico

    de Saúde Ocupacional Sim Não

    Observações:

  • 33

    DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DO IMÓVEL - PROJETOS

    Arquitetura: Sim Não

    Estruturas: Sim Não

    Instalações elétricas: Sim Não

    Instalações hidrossanitárias: Sim Não

    Instalações de telefone: Sim Não

    Instalações de rede lógica: Sim Não

    SPDA: Sim Não

    Prevenção e combate a

    incêndio: Sim Não

    Ar Condicionado - sistemas: Sim Não

    Plantas as built: Sim Não

    Observações:

    CARACTERÍSTICAS DO IMÓVEL

    Idade do Imóvel:

    Característica de uso do

    Imóvel: (Qualificação do estado físico do imóvel)

    Área do lote:

    Área construída:

    Número de Projeções:

    Número de Pavimentos:

    Tipologia construtiva:

    Número de Elevadores:

    Medidor de energia (Kwhr): relógio nº ref. 1: ref. 2:

    Medidor de água: relógio nº ref. 1: ref. 2:

    Usuários do imóvel: Permanentes: Visitantes:

    Registros das reclamações e

    solicitações de seus usuários

    Horário efetivo de uso: matutino vespertino noturno

    Órgão faz manutenção

    predial? sim não

    Observações:

    ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

    VERIFICAR QUANTIDADE UNIDADE MATERIAL

    / TIPO

    PROVIDÊNCIAS

    I - inspeção

  • 34

    C - correção

    M – modernização

    1. CERCAMENTO DO LOTE

    Alambrado m²

    Grade m²

    Muro m²

    Arame farpado ML

    Portões m²

    Portões eletrônicos Un.

    2. NO TOPO DA EDIFICAÇÃO

    Caixas d’água Un.

    Barrilete Un.

    Antena Coletiva Un.

    Impermeabilização da laje m²

    Proteção mecânica da laje m²

    Telhas m²

    Pára-raios SPDA Un.

    Sala de Máqs / Elevador Un.

    Fissuras, trincas... ML

    3. EM CADA ANDAR

    Ar condicionado de janela Un.

    Banheiros m²

    Divisórias m²

    Escadarias

    Esquadrias m²

    Estrutura

    Extintores Un.

    Fiação elétrica ML

    Fissuras, trincas... ML

    Forro m²

    Iluminação Un.

    Interfones Un.

  • 35

    Lixeiras Un.

    Luz de emergência Un.

    Mangueiras de incêndio Un.

    Mictorios Un.

    Minuterias Un.

    Pias Un.

    Pintura m²

    Piso m²

    Portas Un.

    Portas corta-fogo Un.

    Quadro geral de entrada de

    energia Un.

    Quadro de distribuição de

    energia Un.

    Rede Lógica

    Rejuntes m²

    Splits Un.

    Telefonia

    Tubulações hidraulicas ML

    Vasos sanitarios Un.

    4. TÉRREO / SUBSOLO / ÁREAS EXTERNAS

    Geradores Un.

    Banheiros m²

    Bombas d’água-recalques

    esgoto Un.

    Calçamentos/ Passeios m²

    Central / Interfone Un.

    CFTV Un.

    Cozinha m²

    Elétrica / instalações ML