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PLANO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA FEBRE AMARELA NO ESTADO DE GOIÁS Goiânia, maio de 2007

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PLANO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA FEBRE AMARELA NO

ESTADO DE GOIÁS

Goiânia, maio de 2007

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO

II. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

1. Situação da febre amarela no estado de Goiás

2. Cenário epidemiológico atual

3. Cobertura vacinal no estado e municípios

III. ESTRATÉGIAS

1. Organização de trabalho de forma integrada

2. Vigilância epidemiológica

3. Vigilância epizoótica

4. Vigilância entomológica do Aedes aegypti

5. Vigilância sanitária

5.1. Federal

5.2. Estadual

6. Vigilância ambiental

7. Imunização

8. Laboratório

8.1. diagnóstico

8.2 . vigilância entomológica

9. Assistência

9.1. Equipes de Saúde da Família

9.2. Atenção Básica

9.3. Rede de Assistência Secundária e Terciária

10. Assistência Farmacêutica

11. Mobilização social

12. Divulgação

13. Fluxos de Informações

14. Parcerias

IV. RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

V. CRONOGRAMA

VI. ANEXOS

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I . INTRODUÇÃO

Goiás tem sido reconhecido como um dos mais importantes eixos

econômicos do País, além de ser considerado um pólo de turismo crescente

nos últimos anos pela sua potencialidade, diversidade, riqueza, beleza natural

(águas quentes, cavernas regiões de lagos, rios, grutas, cachoeiras e reservas

ecológicas), as cidades históricas e locais de lazer que atraem muitos visitantes

de todo território brasileiro. A famosa “Chapada dos Veadeiros” recebe em

média 12 mil visitantes por ano e foi palco da epidemia de febre amarela

silvestre em 1999/2000. Tem sido ainda alvo de evidência na agenda turística a

tradicional temporada de praias, entre maio e agosto, quando Goiás recebe a

visita de mais de 150 mil pessoas (Goiastur). No ano de 2000, o estado

arrecadou mais de R$ 350 milhões com a indústria do turismo. Em 2006,

foram mais de dois milhões de turistas1.

O estado é cortado pela quarta maior rodovia do Brasil, Rodovia

Transbrasiliana (BR 153), que liga o norte ao sul do País, com inicio em

Marabá - PA e término em Aceguá - RS. Em suas margens está assentada a

maior parte da população brasileira e apresenta intenso movimento de pessoas

e de transporte terrestre. Destacam-se os caminhoneiros, outro grupo que pode

ser considerado de risco.

A agropecuária goiana se destaca como grande geradora de

negócios, com atividades nas lavouras tanto temporárias como permanentes,

com grande fluxo de pessoas para o plantio e coleta da produção de grãos,

principalmente a soja. O estado encontra-se entre os cincos maiores

produtores de soja nos últimos anos, destacando-se, os municípios de Rio

Verde (5º) e Jataí (10º). Na produção de milho, Goiás participa do crescimento

do País junto com os municípios dos estados da região sul. Destacam-se os

municípios de Jataí, como o segundo dos 20 maiores produtores de milho do

estado ou país (2003), Chapadão do Céu (4º), Rio Verde (15º) e Cristalina

(20º).

A localização geográfica, as características sócio-econômicas e a

manutenção do vírus amarílico entre os hospedeiros naturais, tornam Goiás um

estado importante para a epidemiologia da febre amarela no país.

1 http://www.goiasbrasil.tur.br/agetur/upload/downloads/arquivo0512061165317686.pdf

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No início do século 20, quase toda a totalidade do território brasileiro era

área de risco de. Em 1942, a modalidade urbana da doença foi considerada

erradicada, porém a ocorrência de casos de febre amarela silvestre e de

epizootias tem sido uma realidade em algumas áreas do território nacional nos

últimos anos, o que preocupa as autoridades sanitárias pela presença do

Aedes aegypti no nosso meio e a possibilidade de reintrodução da febre

amarela urbana.

A ocorrência em ciclos a cada 05 a 07 anos, com os últimos registros de

casos confirmados em 2000 e a situação epidemiológica atual colocou Goiás

em estado de alerta, tornando imperativa a elaboração de um plano de trabalho

sistematizado - plano de contingência.

O objetivo principal do Plano é orientar as ações e atividades

necessárias para interromper a transmissão e a circulação do vírus e evitar a

disseminação da febre amarela em todo Estado, por meio de intensificação da

vacinação principalmente na zona rural, mobilização social, capacitação em

diagnóstico clínico para os profissionais de saúde para detecção precoce de

casos suspeitos, visando a diminuição da letalidade, assim como a precocidade

de coleta de material para o diagnóstico laboratorial.

O presente plano de contingência é uma abordagem integral das

principais questões e medidas que devem ser adotadas de acordo com o

cenário epidemiológico, envolvendo técnicos dos três níveis do SUS, nas áreas

de vigilância (epidemiológica, ambiental, sanitária e imunizações), laboratórios

(diagnóstico e entomologia) e atenção básica à saúde, como também a

vigilância de portos, aeroportos e fronteiras, a área de informação e

comunicação, entre outras. Além do envolvimento dos vários setores da saúde

deverão participar outros segmentos da sociedade, tais como os empresários

da agroindústria e do turismo responsáveis pelo intenso fluxo de pessoas para

o desenvolvimento dessas atividades no estado.

O envolvimento com outros parceiros da sociedade civil, como os

empresários da produção agropecuária, será grande importância para o

alcance das estratégias propostas nesse plano.

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II. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS

A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no

máximo 12 dias) e de gravidade variável, cujo agente etiológico é um Arbovírus

do gênero Flavivírus. Têm início súbito, com sintomas gerais como febre,

calafrios, dor de cabeça, dor lombar, dores musculares generalizadas,

prostração, náuseas e vômitos. A forma grave caracteriza-se clinicamente por

manifestações de insuficiência hepática e renal. Em muitos casos, evolui para

óbito em aproximadamente uma semana (Brasil, 2002).

Possui dois ciclos epidemiológicos distintos: silvestre e urbano. A febre

amarela silvestre (FAS) tem como principal reservatório do vírus os primatas

não humanos (macacos), sendo o homem um hospedeiro acidental. Ocorre

ciclicamente, com epizootias (epidemias entre animais) a cada 05 a 07 anos.

Os seres humanos que entram nas áreas de matas para ecoturismo ou

exercerem atividades produtivas podem contaminar-se com o vírus através de

picadas de mosquitos dos gêneros Haemagogus spp e Sabethes spp.

(FUNASA, 2000).

Na febre amarela urbana (FAU) o homem é o único reservatório de

importância epidemiológica e o mosquito da espécie Aedes aegypti é o

principal transmissor (Brasil, 2000).

Com o desaparecimento da modalidade urbana da doença e a

manutenção de casos humanos de febre amarela silvestre, estudos

epidemiológicos anteriores à década de 70 tornaram possível à delimitação de

quatro áreas epidemiologicamente distintas no País (Figura 1).

• Enzoótica ou endêmica: corresponde à área onde o vírus amarílico circula

entre os hospedeiros naturais (principalmente macacos, marsupiais e

outros), há a presença de vetores silvestres e o homem é infectado de

forma acidental.

• Epizoótica ou de transição: corresponde à área onde no início do século

havia intensa circulação do vírus amarílico entre os hospedeiros naturais.

No entanto, com o crescente processo de desmatamento, acredita-se que o

nicho ecológico tenha sido alterado e nos últimos 30 anos ha circulação

viral

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• Indene: corresponde à área onde não há circulação do vírus amarílico.

Abrange os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

• Área de risco potencial: onde há maior risco para circulação do vírus,

contígua à área de transição e com ecossistemas semelhantes (Brasil,

1998).

1. Situação da febre amarela no estado de Goiás

O Estado de Goiás encontra-se na região endêmica brasileira para

Febre Amarela Silvestre (FAS), pela manutenção do vírus amarílico entre os

hospedeiros naturais. Em 1999, foram registrados 12 casos de FAS, com 05

óbitos e letalidade de 41,66%, sendo que 33,3% dos casos residiam em

Brasília - DF. Estas pessoas se infectaram enquanto realizavam atividade de

ecoturismo. Em 2000, registrou-se 54 casos de FAS, destes 66,96% residiam

no Estado e 33,04% em outras unidades federadas, com 24 óbitos (letalidade

de 44,44%). A serie histórica (figura 2) mostra a ocorrência de casos de febre

Indene 8 e parcialmente 7 109.660.162 hab.

parcialmente 7 22.347.837 hab. Transição parcialmente 7 4.777.348 hab. Indene de risco potencial

Estados População

12 29.327.171 hab. Endêmica

Áreas de risco

Figura 1 – Área de risco para Febre Amarela Silvestre. Brasil, 2006

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amarela silvestre com ciclos evidentes de cinco a sete anos, tornando-se

importante a discussão no momento atual, independente da ocorrência dos

casos recém confirmados.

Uma das características da FAS durante as epidemias registradas em

Goiás é a concentração dos casos em uma mesma área geográfica, formando

um “corredor”, quase sempre com início na região norte e dispersando para

outras regiões, ao longo do curso dos rios.

A partir de 2001, não foram registrados casos confirmados de febre

amarela em humanos no estado de Goiás, mas foram detectadas epizootias

(figura 3).

A presença de macacos mortos e/ou doentes é indicativa de que o vírus

da Febre Amarela pode estar presente no local onde foram encontrados.

Ondas de epizootias (transmissão intensa de um agente patogênico entre os

animais hospedeiros naturais) podem provocar o surgimento de casos na

população humana.

A identificação de uma epizootia e/ou o isolamento de vírus da febre

amarela em mosquitos são eventos com impacto epidemiológico similar ao da

detecção de um caso humano.

103

212

113

12211

19

21

52

0

20

40

60

80

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120

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Fonte: SINAN/DEVEP/SVS/MS

Figura 2 - Casos confirmados de Febre Amarela, Goiás, 1973-2007

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2000 2004

Figura 3 - Municípios com ocorrência de epizootia, Goiás, 2000 e 2004

2. Cenário epidemiológico atual

GOIÁS ESTÁ EM ALERTA!

Na primeira quinzena de abril foram registrados dois casos

confirmados pelo exame laboratorial Mac Elisa de Febre Amarela, no município

de Jataí, localizado na região sudoeste do estado. O primeiro caso, 23 anos,

sexo masculino, trabalhava na zona rural, era procedente do Rio Grande do

Sul, residia há 4 anos em Jataí e não era vacinado (SIC). O segundo, 55

anos, sexo masculino, residente em Jataí e também sem história vacinal. Os

dois casos evoluíram para óbito.

A região de residência dos dois casos é caracterizada por presença

de matas e rios, porém bastante desmatada pela utilização para lavoura,

utilizando como mão de obra, pessoas originadas de região não endêmica do

Brasil e portanto sem rotina de vacinação contra Febre Amarela.

Até 26 de dezembro, 30 municípios do estado (figura 4) haviam

notificado casos de epizootias. Em dois macacos capturados em Aparecida de

Goiânia e em um macaco capturado em Goiânia o exame realizado deu

resultado positivo para o vírus da Febre Amarela.

O registro de casos em humanos, a ocorrência da última epidemia em

1999/2000 (tendência cíclica), as coberturas vacinais e a homogeneidade

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(percentual de municípios que atingiram cobertura vacinal de 100%) estão

abaixo do ideal e registram-se altos índices de infestação pelo Aedes aegypti

em vários municípios. O que coloca em risco de reurbanização da Febre

Amarela.

2.1 . Potenciais fatores de risco para a reurbanização da febre amarela no

Goiás

• expansão territorial da infestação do Aedes aegypti ;

• áreas com Aedes aegypti superpostas a áreas de circulação do vírus

amarílico;

• áreas urbanas infestadas por Aedes aegypti próximas de áreas

endêmicas para febre amarela silvestre;

• intenso processo migratório rural-urbano, levando à possibilidade de

importação do vírus amarílico dos ambientes silvestres para os urbanos.

3. Cobertura vacinal no estado e municípios

Fonte: GVE/SPAIS/SES-GO Até 27 de dez embro

Figura 4 - Municípios com ocorrência de epizootia. Goiás, 2007

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Desde 1937 o Brasil utiliza a vacina contra a febre amarela após o

desenvolvimento da cepa 17, por Theiler e Smith nos laboratórios da Fundação

Rockefeller. A produção da vacina pelo Instituto Bio-Manguinhos no país

permitiu o seu uso em maior escala em surtos desta década e posteriormente,

foi utilizada em programas de vacinação em vários estados brasileiros, com

grande sucesso. A partir de então, a vacina passou a ser aplicada nas áreas de

riscos para a febre amarela, de forma sistemática.

Em abril de 1991, com a criação da Fundação Nacional de Saúde (FNS),

a execução das atividades de vacinação passou a ser de responsabilidade do

Programa Nacional de Imunizações (PNI). As estratégias para a

operacionalização passaram a ser estabelecidas em conjunto com a Gerência

Técnica de Febre amarela e Dengue, levando em consideração a situação

epidemiólogica da febre amarela. Sendo que em 1994, introduziu a vacina

contra a febre amarela no calendário básico de menores de 1 das áreas

endêmicas e de transição.

As ações de prevenção e controle da febre amarela são fundamentadas

principalmente na vacinação. É o único meio de prevenir a ocorrência de casos

em humanos é por meio da vacina. Este imunobiológico é aplicado em dose

única com reforço a cada 10 anos. Sua eficácia e segurança têm sido

demonstradas ao longo dos anos e pode ser encontrada em todas as salas de

vacina da rede pública de saúde. Deve ser administrada a partir dos 9 (nove)

meses de idade na rotina dos serviços como consta no calendário de vacinação

da criança, do adolescente, do adulto e do idoso.

O único meio de prevenir a ocorrência de casos em humanos é por meio

da vacina, cuja meta de vacinação é atingir 100% da população em todos os

municípios das regiões endêmicas, de transição e de risco potencial para a

doença. A vacina é administrada com esquema de dose única com reforço a

cada 10 anos. É um imunobiológico eficaz e seguro e pode ser encontrada em

todas as salas de vacina da rede pública de saúde, para as pessoas a partir de

9 meses de idade

Ressalta-se que ações de vacinação devem ser iniciadas no momento da

identificação de casos suspeitos, ou epizootia e/ou o isolamento de vírus de

febre amarela em mosquito, independente de confirmação laboratorial.

Portanto nessas situações deverá ser realizada a vacinação seletiva de

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bloqueio da população a partir de 6 meses de idade, residente nas áreas

adjacentes, sem confirmação de vacinação previa.

A meta de vacinação é atingir 100% da população não vacinada em

todos os municípios das regiões endêmicas, de transição e de risco potencial

para a doença. Com a ocorrência de epizootias em 28 municípios do estado a

Secretaria Estadual da Saúde reforça a recomendação para a busca ativa de

pessoas nunca vacinadas contra febre amarela ou vacinadas a mais de 10

anos. Chama-se atenção especial para vacinação dos viajantes, turistas e

migrantes de outros estados, principalmente áreas indenes - sem circulação

viral (RS, SC, PR, SP, RJ, ES, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, e PI), pelo menos

10 dias antes da viagem. Recomenda ainda o porte dos comprovantes vacinais

(cartão de vacina) junto à documentação pessoal, para evitar a revacinação

desnecessária.

A cobertura vacinal em menores de um ano, no período de 1996 a 2007,

dados até novembro, demonstram que variou de 21,5% a mais de 100% e

65,8% dos municípios alcançaram a cobertura ideal preconizada (100%).

Apesar de não ser o mais vulnerável para FAS, o alcance de coberturas

elevadas neste grupo etário garante a não ocorrência de casos em crianças e

possibilita a formação de uma coorte de futuros adultos imunizados,

considerando que uma dose da vacina induz proteção duradoura (Monath,

2003). Desta maneira, os municípios que não alcançaram coberturas

adequadas nessa faixa etária, devem se esforçar para consegui-las.

O cenário de ocorrência de epizootias em primatas não humanos exige

um estado de alerta máximo para a tomada das medidas de prevenção e

controle da febre amarela, principalmente a intensificação vacinal nos

municípios que apresentaram o evento.

III – ESTRATÉGIAS

1. Organização de trabalho de forma integrada

Diante desta situação, a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, por

meio da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (SIPAIS)

vêm adotando medidas com o objetivo de evitar a disseminação de casos de

febre amarela silvestre em outros municípios e ocorrência de epidemia:

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• Criação de um GT responsável pela execução deste plano e pela

organização do fluxo de informações.

• Sensibilização imediata através de seminário para profissionais médicos e

enfermeiros sobre VE, diagnóstico e tratamento de casos de FA;

• Intensificação de Vacinação contra FA em todos os municípios do Estado:

vacinar, de forma seletiva, 100% da população, com estratégia de

vacinação casa a casa na zona rural, assentamentos, escolas rurais, área

indígena e acampamento dos sem terra;

• Realização de busca ativa das pessoas nunca vacinadas ou vacinadas há

mais de 10 (dez) anos contra Febre Amarela;

• Monitoramento e notificação imediata de epizootias através de parcerias

com órgãos da comunidade rural, AMMA,IBAMA, centro de zoonoses e ESF

• Realização de busca ativa a fim de identificar casos suspeitos, procedendo

com coleta de sorologia;

• Informação periódica da situação epidemiológica para o Ministério da

Saúde;

• Divulgação da situação epidemiológica e da necessidade da vacinação para

gestores e população em geral;

• Envio de informe técnico para todas as Regionais de Saúde

quinzenalmente;

• Discussão do Plano de Contingência para enfrentamento dos casos de

Febre Amarela Silvestre do Estado de Goiás, nas reuniões dos Comitês de

Gestores Regionais;

• Promoção de ações de controle do Aedes aegypti com o objetivo de evitar a

reintrodução da Febre Amarela Urbana (FAU);

• Reunião para apresentação do Plano com o Secretário Estadual de Saúde,

Superintendente da SPAIS e todos os secretários de saúde dos municípios

de risco de FA ou ocorrência de epizootia.

Durante o período de realização desse Plano serão adotadas

estratégias de acordo com os seguintes componentes:

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2. Vigilância Epidemiológica

2.1. Objetivos

• Reduzir a incidência da febre amarela silvestre e impedir a transmissão

urbana mediante a detecção precoce da circulação viral e adoção das

medidas de controle pertinentes.

• A doença é de notificação e investigação obrigatória, cuja finalidade é

identificar a área de transmissão e confirmar se o caso é de FAU ou

FAS, visando definir as populações sob risco para prevenir a ocorrência

de novos casos.

2.2. Ações

• Sensibilizar imediata através de seminário para profissionais médicos e

enfermeiros sobre as ações de vigilância epidemiológico (VE), diagnóstico e

tratamento de casos de FA;

• Capacitar em diagnóstico e tratamento de FA para profissionais médicos;

• Capacitação em Vigilância Epidemiológica, análise da qualidade de dados e

indicadores epidemiológicos da FA para NVE e ARS;

• Intensificar da Vigilância Sindrômica dos casos febris íctero-hemorrágicas

agudas;

• Organizar junto ao IEC de ações de educação e saúde utilizando os meios

de comunicação em massa e palestras na comunidade;

• Realizar busca ativa de casos suspeitos;

• Divulgar e orientação sobre diagnóstico diferencial, clínico e laboratorial

para os hospitais, CRM, associações e sociedades de classe sobre FA

(HDT e LACEN).

3. Vigilância epizoótica

• Coletar de material biológico em PNH conforme normas (anexo 1);

• Capacitação de técnicos para realização de colheita em Primatas Não

Humanos (PNH);

• Divulgação da ocorrência de epizootia para conhecimento da população;

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• Monitoramento e notificação imediata de epizootias através de parcerias

com órgãos da comunidade rural, AMMA, IBAMA, centro de zoonoses e

Equipes de Saúde da Família.

4. Vigilância entomológica do Aedes aegypti

• Adequar imediatamente o número de agentes de campo e supervisores,

conforme recomendação do MS, principalmente nos municípios com

ocorrência de epizootias e/ou casos de FA;

• Realizar ações estratégicas (manejo ambiental, intensificação do tratamento

focal, bloqueio de casos suspeitos) de acordo com análise

entomoepidemiológica dos indicadores (IIP, depósitos predominantes,

notificação de casos) e particularidades intrínsecas da localidade, área,

município;

• Realizar análise sistemática dos indicadores entomoepidemiológicos

semanalmente, com tomada de decisão em conformidade com os

resultados obtidos;

• Utilizar equipamentos de pulverização espacial (equipamentos leve e

pesado), em conformidade com as recomendações técnicas do

MS/SVS/SES – GO, em 100% nas localidades próximas à mortandade de

macacos;

• Intensificar vigilância na zona urbana nos pontos estratégicos (PEs) e nas

proximidades das áreas de ocorrência de epizootia em ação integrada com

Vigilância Sanitária e Ministério Público;

• Criar estratégias de recuperação de pendência e/ou recusas independente

do percentual permitido (10%) pelo MS;

• Sistematizar visitas semanais ou quinzenais nas localidades e proximidades

da área de ocorrência de epizootias, considerando a duração do ciclo

evolutivo do vetor da dengue;

• Reativar os Comitês Municipais de Mobilização Social contra a Dengue com

reuniões periódicas e chamamento dos segmentos representativos da

sociedade;

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• Realizar o Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti

(LIRAa) no início de cada ciclo de trabalho operacional de campo nos

municípios acima de 100 mil habitantes.

5. Vigilância Sanitária

5.1. Vigilância Federal - portos, aeroportos, fronteiras e recintos

alfandegados

• Distribuir entre a comunidade portuária, aeroportuária e alfandegada, em

unidades sob a jurisdição da CVSPAF/GO folhetos e boletins informativos

(online) sobre a febre amarela e a necessidade de imunização imediata;

• Operacionalizar ação conjunta com a Prefeitura de São Simão, região

recebe grande número de caminhoneiros vindos de todo o país e até de

países do Mercosul, visando disseminar informações e orientar a

comunidade portuária de São Simão, os tripulantes e outros profissionais de

embarcações que ali aportam, sobre a necessidade de imunização anti-

amarílica;

• Intensificar ações de controle sanitário (imunização) dirigidas a passageiros

e tripulação de vôos intermunicipais, táxis-aéreos e postos aeroportuários

sujeitos ao controle sanitário pela Anvisa (Aeroporto Santa Genoveva e

Aeroporto de Caldas Novas);

• Intensificar as ações de educação continuada entre a comunidade

aeroportuária nos aeroportos sujeitos ao controle sanitário pela Anvisa;

• Intensificar as ações de controle sanitário (imunização) na EADI/Anápolis,

dirigidas principalmente a caminhoneiros.

• Orientar sobre importância do cartão vacinal a todo turista que adentrar ao

estado por aeroporto ou rodovias estaduais ou federais.

5.2. Vigilância Estadual

• Vigilância de portos e fronteiras internas ao Estado e vigilância em

rodoviárias e estações ferroviárias em conjunto com as VISAS Municípios e

VISAS Regionais;

• Divulgação de informações e material educativo repassados pela Vigilância

Epidemiológica através do Projeto EDUCANVISA;

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6. Vigilância Ambiental

7. Imunização

7.1. Objetivo geral:

• Prevenir contra a febre amarela silvestre, manter a erradicação dos casos

urbanos e interromper a cadeia de transmissão e propagação da doença.

7.2. Objetivos específicos:

• Contribuir para a detecção oportunamente da circulação viral orientando as

medidas de prevenção e controle;

• Planejar e operacionalizar ações de vacinação;

• Fortalecer ações de comunicação, educação em saúde e mobilização social

na perspectiva da adoção das medidas de prevenção e controle da doença;

• Monitorar possíveis eventos adversos pós-vacinal.

7.3. Critérios de escolha para desenvolver ações de vacinação

• Vacinação seletiva (pessoas nunca vacinadas ou vacinadas a mais de dez

anos) em todo o estado de Goiás.

7.3.1. Municípios com presença de epizootia

• Vacinação de residentes e viajantes, a partir de 6 meses de idade;

• Equipe mínima por posto de vacinação: 2 triadores, 2 auxiliar ou técnico de

enfermagem,1 enfermeiro;

• Recomendado 1 enfermeiro para cada 5 equipes;

• Período para operacionalização deve ser de acordo com a situação

epidemiológica exigida.

7.3.2. Municípios com ausência de epizootia

• Vacinação de residentes e viajantes, a partir de 9 meses de idade;

• Manter as ações de vigilância ativa, vacinação de rotina, avaliação de

cobertura vacinal e busca de pessoas não vacinadas ou que necessitam

receber o reforço vacinal após 10 anos.

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Tabela 1 - Municípios com ocorrência de epizootia, população residente, número de postos de vacinação existentes e necessários. Goiás, 2007.

Municípios População Número de postos de vacinação existentes

Número de postos de vacinação necessários

Jataí 86.352 11 22 São Miguel do Passa Quatro 4.046 1 4 Silvânia 19.478 6 10 Doverlândia 7.150 1 7 Paraúna 11.685 1 11 Faina 6.920 1 6 Piranhas 11.844 2 12 Fazenda Nova 7.034 2 7 Novo Brasil 3.657 1 3 Goiás 26.556 6 26 Heitoraí 3.806 1 3 Montes Claros 7.601 4 7 Vianópolis 13.200 5 13 Divinópolis 5.298 1 5 Palestina de Goiás 3.418 1 3 Aparecida de Goiânia 470.733 25 - Bela Vista de Goiás 22.469 8 22 Inhumas 48.601 8 48 Goiânia 1.239.651 74 100 Castelândia 4.540 1 4 Itapuranga 25.251 1 25 Abadia de Goiás 6.767 1 7 Gameleira de Goiás 2.848 1 3 Hidrolândia 15.495 5 15 Gianira 25.362 9 20 Bazabrantes 3.146 2 3 Caldazinha 3.644 1 3 Anápolis 324.157 42 50 Senador Canedo 77.949 17 20 Jussara 19.284 1 10 Anicuns 17.835 2 10 Leopoldo de Bulhões 8.017 1 8 Piracanjuba 24.355 1 20 Acreúna 21.878 4 20 Total 2.580.027 248 527

Fonte: SES/GO

7.4. Estratégias de ação

O planejamento é básico para o desenvolvimento de qualquer ação ou

serviço, permitindo à sistematização e a coordenação do processo de trabalho,

a racionalização dos recursos disponíveis, a definição de estratégias e

avaliação e a avaliação dos serviços, com a conseqüente tomada de decisões e

redefinição de rumos, caso necessário.

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O Programa de Imunizações em todas as instâncias estimula estratégias

diferenciadas para a obtenção de cobertura vacinal que proporcione a

prevenção e controle da febre amarela silvestre e manutenção da erradicação

da febre amarela urbana. Para tanto recomenda a vacinação em postos fixos e

móveis. É considerando a situação epidemiologia do estado de Goiás, com

áreas que vêm apresentando ocorrência de epizootias, ocorrência de casos

humanos esporádicos, presença de vetor tanto em área silvestre como urbana,

circulação viral, alterações ecológicas, intensificação de atividades humanas no

habitat onde se desenvolve o ciclo de transmissão para a doença, estabelece-

se as seguintes estratégias e metas:

• Formar comitê ou grupo técnico, mediante Portaria Estadual, para discutir

e estabelecer condutas relacionadas a eventos adversos pós-vacinação

temporalmente associados à administração da vacina contra febre

amarela;

• Realizar supervisão na Rede de Frio do estado e regionais objetivando

avaliar as condições físicas e a sua capacidade operacional de resposta

em situações de emergência epidemiológica;

• Planejar e operacionalizar as atividades de vacinação pelas instâncias

envolvidas (Ministério da Saúde, Estado, Municípios e parceiros),

avaliando a possibilidade de contra partida das partes para a execução

das ações (no município);

• Aquisição de insumos para a vacinação;

• Estabelecer estratégias de vacinação de casa a casa na zona rural e

ribeirinha, a fim de evitar bolsões de suscetíveis;

• Estabelecer ações de mobilização e sensibilização junto aos pais ou

responsáveis para aceitação da vacina e adesão à vacinação a partir dos

6 meses de idade dos filhos;

• Estabelecer estratégias de vacinação seletiva a partir de 6 (seis) meses

de idade, nas salas de vacinação dos municípios;

• Estimular o uso e porte do cartão de vacina pela população adolescente

e adulta;

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• Realizar monitoramento rápido de cobertura vacinal e busca ativa de

pessoas com sintomas da doença, ação conjunta com as Estratégias de

Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e o da Saúde da Família (ESF);

• avaliar sistematicamente a cobertura vacinal estabelecendo fluxo de

informação semanal de doses aplicadas com a regional e SES, buscado

a obtenção de 100% do índice;

• Implantar de protocolo de Eventos Adversos Graves associados

temporalmente a vacina contra febre amarela;

• Investigar e acompanhar sistematicamente os eventos adversos

temporalmente associados à vacina a vacina;

• Vacinar de grupos específicos, nunca vacinados ou vacinados a mais de

10 anos, mais expostos à doença, tais como: bóias-frias, pessoas

assentadas ou que moram em acampamentos dos sem terra,

caminhoneiros e população indígena e turistas provenientes de áreas

indenes ou de transição, dentre outros identificados com estas

características;

• Realizar seminário de sensibilização para a adoção de medidas de

prevenção e controle, com a participação dos gestores municipais,

coordenadores dos Núcleos de Vigilância dos municípios de risco,

representantes das agências turísticas e supervisores de Vigilância em

Saúde das administrações Regionais e outros parceiros;

• Promover informação e gestão de imunobiológico com qualidade,

estabelecendo fluxo e alimentação da regional e SES semanalmente;

• Realizar capacitação ou atualização de pessoas envolvidas com o

sistema de informação e vacinação emergencial;

• Remanejar ou contratar equipes de Enfermeiros e Auxiliares de

Enfermagem em caráter de urgência para reforçar as equipes locais;

• Garantir recursos financeiros para o pagamento de ajuda de custo e

diárias de pessoal de nível médio e superior, bem como viaturas e

combustível para transporte de equipes, vacinas e insumos;

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• Preparar informes técnicos e notas técnicas que possam ser utilizadas

durante a situação emergencial, objetivando a disseminação de

informações aos profissionais envolvidos nas ações de imunizações;

• Avaliar as salas de vacinação e procedimentos na execução da técnica

de aplicação;

• Implementar ações especificas voltadas para a vacinação de viajantes

que se deslocam para os municípios com a presença de epizootias

(divulgação constantes nos relises relacionada a vacinação contra febre

amarela; produção de banner orientando a vacinação contra a febre

amarela aos viajantes);

• Realizar capacitação rápida de recursos humanos (médicos, enfermeiros

e auxiliares de enfermagem) em sala de vacina, rede de frio e eventos

adversos pós-vacinação.

7.5. Avaliação

Será realizada por meio de supervisão, assessoria técnica, bem como

monitoramento semanal do número de doses aplicadas da vacina contra Febre

amarela, utilizando os dados do SI-PNI pelos técnicos das (instâncias municipal,

regional, estadual).

A verificação dos resultados deve ser uma constante, sendo necessário

definir informações, indicadores e instrumentos que permitirão as diversas

instâncias avaliar não somente a efetividade do trabalho, mas também, a

eficiência, a progressividade, a relevância e outros aspectos relacionados à

qualidade do serviço ofertado à população e também a necessidade da adoção

de novas estratégias.

Pelos antecedentes expostos, sugere-se para que as ações possam ser

efetivas frente a situação epidemiológica, esforços devem ser realizados para a

obtenção de cobertura vacinal de 100% em todos os municípios do estado.

Aliada à logística do plano de prevenção e controle da febre amarela. Para

tanto, deve-se considerar a necessidade de fortalecimento da estrutura

existente, dos serviços de imunizações públicos, além do trabalho conjunto inter

e intra-setorial bem como a capacidade de organizar a resposta à pandemia de

forma ágil e efetiva.

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8. Laboratório

8.1. Diagnóstico Laboratório

É amplamente reconhecido a importância do diagnóstico laboratorial da

febre amarela na detecção precoce da circulação do vírus tanto em primatas

não humanos e outros animais quanto em populações humanas, o que deve

desencadear medidas de prevenção e controle como por exemplo a vacinação

e o combate ao vetor. Deve-se ainda, salientar a importância dos inquéritos

soroepidemiológicos na detecção de casos assintomáticos ou

oligosssintomáticos para melhor conhecimento da situação das infecções virais

em áreas onde são detectados os casos clínicos.

Inquéritos entomológicos e inquéritos sorológicos na população de

macacos ou ainda macacos sentinelas podem ser usados também para

detectar circulação recente do vírus em áreas endêmicas.

Um dos maiores desafios, no tocante à realização de exames

diagnósticos da febre amarela, refere-se a rapidez com que este deve ser

realizado objetivando uma melhor resposta da vigilância epidemiológica.

O diagnóstico laboratorial da febre amarela pode ser realizado por meio

de isolamento viral (diagnóstico virológico), detecção de antígenos e genomas

virais e métodos sorológicos.

8.1.1. Diagnóstico sorológico

Existem vários testes empregados no diagnóstico sorológico de febre

amarela, sendo os mais freqüentemente utilizados:

• Reação imunoenzimática de captura de IgM (MAC - ELISA);

• Inibição da Hemaglutinação (IH);

• Teste de Neutralização (N);

• Fixação de Complemento (FC).

O Mac-Elisa é o método sorológico de escolha para o diagnóstico de

infecção recente em amostras coletadas a partir 5º dia de doença (quando

inicia-se a produção de anticorpos IgM) devendo ser considerado presuntivo

em regiões onde houver a circulação de outros flavivírus. Baseia-se na

detecção de anticorpos da classe IgM contra o vírus da febre amarela em uma

única amostra de soro. A duração dos anticorpos IgM é desconhecida e parece

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ser bastante variável. Se o MAC-ELISA for negativo para outros flavivírus (ex:

dengue, Ilhéus, encefalite St. Louis, etc.) o resultado é altamente indicativo de

febre amarela, principalmente na presença de clínica e epidemiologia

compatíveis. Em casos duvidosos, deve-se levar em conta outros resultados de

laboratório.

São utilizados ainda, outros métodos laboratoriais para a detecção de

anticorpos anti-febre amarela como o teste de inibição da hemaglutinação,

teste de fixação do complemento e o teste de neutralização por redução de

placas.

O teste de inibição da hemaglutinação(IH) é um teste sensível, de fácil

execução e requer equipamentos simples, porém a necessidade de amostras

pareadas de soro com intervalo de sete ou mais dias (fase aguda e fase

convalescente) e a baixa especificidade deste método limitam o seu uso. É

ideal para inquéritos sorológicos, uma vez que os anticorpos IH persistem por

um longo período de tempo e são usualmente detectados em casos de

resposta primária, a partir da primeira semana da doença. Em casos de

resposta secundária, altos títulos de anticorpos IH podem ser precocemente

detectados (2 a 3 dias após o início da febre). Às vezes podem ocorrer reações

cruzadas com outros flavivírus, dificultando a interpretação. A IH não é boa

para avaliar resposta à vacina e é freqüentemente negativa em pessoas que

demonstram soroconversão pelo teste de neutralização. Considera-se positivo

quando há soroconversão, representada pelo aumento de pelo menos 4 vezes

os títulos de anticorpos em relação à primeira amostra.

Podemos citar ainda o teste de soneutralização e o teste de

fixação de complemento. O teste de soroneutralização é o método mais

específico mas, por ser laborioso, pela necessidade de profissionais altamente

treinados e o alto custo não é utilizado na rotina dos laboratórios de saúde

pública.

8.1.2. Diagnóstico virológico

Faz-se pelas técnicas de isolamento do vírus da febre amarela e/ou

detecção de antígenos virais e/ou ácido nucleico viral.

8.1.2.1. Isolamento do vírus

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A técnica de isolamento viral é realizada em amostras de sangue ou

derivados do paciente ou animal inoculadas em camundongos recém-

nascidos, mosquitos adultos ou larvas e em células de vertebrados, sendo mais

utilizadas células de mosquitos Aedes albopictus (C6/36). A identificação do

vírus é feita através do teste de Imunofluorescência Indireta. Para isolar o vírus

do sangue ou do soro, a amostra deve ser coletada nos primeiros 5 dias após o

início da febre (fase de viremia).

8.1.2.2. Detecção de Antígenos Virais e/ou Ácido Nucléico Viral

Não são utilizados na rotina. Podem ser detectados antígenos ou ácido

nucléico viral no sangue e tecidos humanos, de macacos e mosquitos,

mediante os seguintes métodos:

• Imunofluorescência: a detecção de antígenos virais em tecidos

criopreservados pode ser feita pela técnica de imunofluorescência direta ou

indireta;

• Imunohistoquímica: na mesma amostra de tecidos usada para diagnóstico

histopatológico pode-se fazer a detecção de antígenos virais em tecidos

fixados em formalina, utilizando anticorpo marcado com uma enzima

(fosfatase alcalina ou peroxidase);

• Hibridização “in situ”: é possível detectar os genomas virais específicos

usando sondas radiativas (radioisótopos) ou não radiativas (enzimas),

inclusive em materiais conservados por muitos anos;

• Reação em Cadeia da Polimerase (PCR): permite a detecção de

quantidades reduzidas de ácido nucleico viral presente nos espécimes, pela

amplificação do c-DNA obtido a partir do RNA viral.

8.1.3. Diagnóstico Histopatológico

O diagnóstico histopatológico da febre amarela grave é realizado a partir

de espécimes obtidos “post-mortem”. As lesões anátomo-patológicas podem

ser encontradas no fígado, rins, baço, coração e linfonodos. As maiores

alterações encontram-se no fígado e rins.

8.1.4. Diagnóstico laboratorial inespecífico

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Nas formas leves e moderadas, que apresentam quadro clínico benigno

e autolimitado, não há alterações laboratoriais importantes.

Nas formas graves podem ser encontradas as seguintes alterações:

• Leucograma: na fase inicial da doença observa-se discreta leucocitose com

neutrofilia e intenso desvio à esquerda com eosinopenia. A partir do 3º ou 4º

dia o quadro hematológico altera-se para leucopenia com linfocitose,

permanecendo o desvio à esquerda e a eosinopenia;

• Bioquímica: transaminases bastante aumentadas (em geral acima de 1.000

UI), sendo que o aumento maior se faz às custas da TGP, refletindo a

intensa necrose do tecido hepático causada pelo vírus amarílico. Aumento

das bilirrubinas, com predomínio da bilirrubina direta, podendo alcançar 20

mg% ou mais. Aumento do colesterol e da fosfatase alcalina. Níveis de

uréia e creatinina muito elevados, podendo alcançar até 5 ou 6 vezes os

valores normais ou até mais altos.

• Urina: caracteristicamente observa-se proteinúria, hematúria e cilindrúria.

Nos casos graves ocorre oligúria com baixa densidade, em conseqüência

de dano tubular renal.

• Coagulograma: nos casos graves há aumento do tempo de protrombina,

tempo de tromboplastina parcial e tempo de coagulação. Diminuição dos

fatores de coagulação sintetizados pelo fígado (II, V, VII, IX e X). Nos casos

de coagulação intravascular disseminada há diminuição do fator VIII e

fibrinogênio, além de trombocitopenia.

Observação: Os níveis séricos das transaminases, juntamente com os da

uréia e creatinina, são importantes indicadores laboratoriais da gravidade da

doença. Por outro lado, os níveis das bilirrubinas direta e indireta, colesterol e

fosfatase alcalina, embora constantemente elevados, não guardam correlação

com a evolução clínica da doença, não se prestando, portanto, para indicação

prognóstica.

8.1.5. Normas para coleta, rotulagem e conservação de material 8.1.5.1. Coleta

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A confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais depende dos

cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e transporte das

amostras.

O sangue deve ser coletado de acordo com as normas preconizadas, na

quantidade mínima de 5 ml. Recomenda-se a separação do soro antes de

enviá-lo ao laboratório para evitar hemólise. Nos casos de óbito, o sangue

deverá ser puncionado diretamente do coração. O soro assim obtido deve ser

decantado ou aspirado com pipeta Pasteur e congelado imediatamente, a -20º

C (se for para sorologia) ou a -70º C (se for para isolamento viral).

Para manter uma efetiva vigilância da febre amarela é necessário que

sejam coletadas amostras “post-mortem” de tecidos humanos e de macacos e

remetidas ao laboratório para confirmação diagnóstica. Os tecidos a serem

coletados durante a necrópsia são: fígado, rins, coração, baço, linfonodos e

cérebro. Obter fragmentos cilíndricos com diâmetro superior a 0,2 cm e

extensão superior a 2,0cm. A coleta deve ser feita o mais cedo possível após a

morte, preferencialmente dentro das primeiras 8 horas. Passadas 12 ou mais

horas torna-se mais difícil a realização do diagnóstico. As possibilidades de

êxito são menores após 24 horas, mesmo assim, recomenda-se que a amostra

seja enviada ao laboratório.

Duas amostras de cada tecido de pelo menos 1cm3 devem ser obtidas e

colocadas em frascos estéreis com tampa rosca, sendo uma congelada a -70º

C (para isolamento viral) e a outra, maior, fixada em formalina, à temperatura

ambiente (para estudos histopatológicos e/ou detecção de antígenos virais).

8.1.5.2. Rotulagem

O frasco com a amostra deverá ser identificado usando uma etiqueta

escrita a lápis ou caneta que possua tinta resistente aos meios de conservação

(nitrogênio, frio, etc.), deve constar no rótulo o nome completo do paciente, por

extenso e sem abreviaturas, a data da coleta, a natureza da amostra (sangue

ou tipo de tecido),se 1ª ou 2ª coleta (somente para coleta de sangue) e

natureza do exame.

A amostra deverá ser enviada com uma cópia da Ficha de Investigação

Epidemiológica de Febre Amarela devidamente preenchida.

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8.1.5.3. Conservação e Transporte das Amostras

Os soros obtidos para realização de testes sorológicos podem ficar em

temperatura ambiente por 6 horas e conservados a -20º C (no freezer) até o

momento do transporte ou da realização dos testes. Os tubos de soros deverão

ser enviados ao laboratório devidamente identificados, envolvidos em plástico,

em tubos de polipropileno ou tubos criogênicos (para ioslamento viral) e

colocados em caixa de isopor contendo gelo seco ou gelo reciclável (placas,

gelox, etc.)

Os soros destinados a isolamento viral podem ficar a 4º C, no máximo

por 6 horas. Após esse período devem ser congelados no freezer a -70º C ou

no nitrogênio líquido. Para o transporte deste material é aconselhável usar um

botijão criobiológico contendo nitrogênio líquido. Os tubos deverão ser de

plástico, previamente esterilizados, com tampa rosca, devidamente rotulados,

lacrados com fita durex, envolvidos por gaze ou saco plástico, antes de serem

colocados no nitrogênio. Na falta de nitrogênio líquido poderão ser

transportados em gelo seco (CO2).

Amostras de tecidos obtidos “post-mortem” para isolamento viral devem

ser mantidas a -70º C e transportadas no nitrogênio líquido ou em gelo seco.

Amostras fixadas no formol devem ser mantidas e transportadas à

temperatura ambiente. As amostras de tecidos para estudos histopatológicos e

imuno-histoquímicos devem ser transportadas à temperatura ambiente,

devendo chegar ao laboratório até 24 horas após a coleta.

8.2. Vigilância Entomológica

O Estado de Goiás está dentro da área enzoótica e epizoótica e já tem

identificadas duas espécies de mosquitos do gênero Haemagogus (Ha.

janthinomys e Ha. leucocelaenus) e outras espécies do gênero de Sabethes, o

principal vetor e outros vetores potenciais do vírus da febre amarela.

O período de pesquisa deve ser no mínimo de 15 dias podendo ser

extendido devido ao aparecimento de outros casos suspeitos ou confirmados,

de outros prováveis LPIs ou da continuação da epizootia. É importante a

participação da entomologia junto com a equipe de vigilância de epizootias

para otimizar as pesquisas entomológicas.

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Na situação atual de circulação viral de Febre Amarela confirmada em

Goiás (casos humanos e mosquito confirmado em Jataí e primatas não

humanos confirmados em Aparecida de Goiânia e Goiânia) e ante a grande

quantidade de municípios com epizootias Segue algumas ações recomendadas

a serem desenvolvidas pela Equipe de Entomologia ou com a sua participação:

• Supervisionar os municípios com registro de epizootias seguindo critérios

estabelecidos: IIP, extensão e local de ocorrência;

• Capacitar técnicos do município visando a descentralização e cooperação

das ações de vigilância entomológica no Estado de Goiás;

• Intensificar as ações de manejo e controle do dengue (orientação à

população; manejo ambiental - retirada de inservíveis e destruição de

criadouros; ações de levantamento de índice; tratamento focal, peri-focal e

UBV quando pertinentes) quando existir a suspeita de que os casos

estiveram no período de viremia em área urbana e rural com presença de

Aedes aegypti e Ae. albopictus ou quando a epizootia ocorrer dentro do

perímetro urbano, periurbano ou rural,;

• Isolar casos suspeitos em períodos de viremia (telagem) evitando o acesso

de mosquitos transmissores;

• Implantar estudos eco-epidemiológicos específicos sobre vetores silvestres

da febre amarela (Haemagogus e Sabethes) e de Aedes albopictus nos

LPIs e nos locais de epizootias de primatas não humanos em meio rurais e

silvestres (determinado pela investigação epidemiológica), utilizando

pesquisas de adultos em vários estratos da mata (solo e copa) durante o

dia, utilizando os diversos recursos entomológicos (plataforma, rapel, coleta

ativa parado, em movimento, aspiradores, etc) e também realizar coletas do

estágio larval. O material coletado será armazenado em nitrogênio líquido.

• Poderá ser instalado ovitrampas para a coleta de ovos de vetores da Febre

Amarela, em solo e copa;

• Estabelecer um monitoramento entomológico da região no período propício

nos LPIs e em locais de epizootias anteriores e recentes;

• Capacitar técnicos do município visando a descentralização e cooperação

das ações de vigilância entomológica no Estado de Goiás;

• Enviar relatório à SES, SVS e SMS das atividades desenvolvidas;

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• Encaminhar material coletado para o laboratório de referência (LACEN e

Instituto Evandro Chagas) para identificação e isolamento viral;

• Divulgar resultados dos exames laboratoriais para os órgãos competentes

(SES, SVS, SMS);

9. Assistência

9.1.Estratégia Saúde da Família

9.2. Atenção Básica

9.3. Rede de Assistência Secundária e Terciária

9.4. Referência para casos graves e eventos adversos

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Solicitar exames laboratoriais

Sorologia para FA Transaminase Fosfatase Alcalina Bilirrubina Hemograma

Fluxograma de Atendimento a pessoa suspeita de Febre Amarela

SIM

NÃO

Se enquadra na definição de caso suspeito?1

Negativa

Descartar caso para FA

Positiva

Sem alteração da bioquímica

Com alteração da bioquímica

Descartar

Notificar o caso a Secretaria Municipal de Saúde

Caso suspeito I • Quadro febril agudo (até 7 dias) • Icterícia e/ou manifestações

hemorrágicas • Não vacinado/ estado vacinal ignorado

Caso suspeito II • Quadro febril agudo (até 7 dias) • Residente ou que esteve em área com

transmissão viral (casos humanos, epizoostias ou isolamento viral em mosquitos) nos últimos 15 dias.

• Não vacinado / estado vacinal ignorado.

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1 Caso suspeito: Local de epizootias, Febre de origem desconhecida, Não ter vacinado nos últimos dez (10) anos para FA, Local de moradia com presença de bosques e/ou matas, Presença de macacos.

10. Assistência Farmacêutica

11. Mobilização social

• As atividades de vacinação devem contar com a participação em conjunto

com as Equipes de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e o da Saúde

da Família (ESF) e agentes das endemias.

• Deverão ser realizadas atividades juntas com as equipes de educação em

saúde dos quatro Núcleos de Apoio as Endemias (NACEs), especialmente,

para a região de Jataí para reforçar as ações em febre amarela.

• Reativação do comitê de controle da dengue: reunião dia 3 de janeiro;

• Estabelecer estratégias educativas;

• Estabelecer parcerias.

12. Divulgação

• Mídia Televisiva

• Rádio

• Banner

• Folder

• Cartazes.

13. Fluxos de informações

14. Parcerias

• Intrainstitucional: VISA, LACEN e outras gerências da SPAIS

• VISAPAF (ANVISA)

• Sindicatos e cooperativas rurais;

• Sociedade civil;

• Secretaria de Turismo e IBAMA;

Tratar na Unidade Encaminhar para a Unidade Hospitalar Regional de

Referência

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• Polícia Rodoviária Federal e AGETOP;

• Secretarias Municipais do Meio Ambiente

• Secretaria Estadual e Municipal de Educação: promover aulas, exposições

e outras atividades visando divulgar informações sobre a FA e a

necessidade de imunização, principalmente, voltadas para os adolescentes.

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IV. RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS (INSUMOS)

O quadro abaixo demonstra detalhamento das ações e sua correlação com os custos financeiros para a operacionalização do plano.

Quadro 1. Especificações dos recursos necessários para implementação do plano de enfrentamento da febre amarela silvestre. Goiás, 2007

ESPECIFICAÇÃO DOS

RECURSOS MATERIAIS

QUANTIDADE RECURSOS

FINANCEIROS

Capacitação em VE, análise da

qualidade de dados e

indicadores epidemiológicos da

FA

01 (55

profissionais)

01(50

profissionais)

Item Especificação Quant. Valor Unit. Valor Total R$1 Seringas 3ml, acopladas com agulhas

13x4,5 dec/mm 800.000 0,20 160.000,00

2 Seringas 5ml, acopladas com agulhas 25x8 dec/mm

300.000 0,15 45.000,00

3 Coletores de perfuro cortante 20 litros 400.000 2,63 1.052.000,005 Caixa termicas tipo poliuretano ou

poliestireno expandido de 7 litros (ex.: 10 69,90 699,00

6 Caixa termicas tipo poliuretano ou poliestireno expandido de 21 litros (ex.: isopor, isonor)

246 129,90 31.955,40

6 Sabão líquido galão de 5 litros 5.000 35,00 175.000,007 Reprodução de cartões de vacina criança 1.000.000 0,95 950.000,00

8 Reprodução de cartões de vacina adulto 2.000.000 0,10 200.000,0011 lanche capacitação 100 8,00 800,0012 Pastas 100 25,00 2.500,0013 Cartazes 10.000.00 0,75 7500,0014 Folders 20.000.00 0,25 5.000,0017 Diárias para supervisores e assessores

técnicos 20 60,00 1.200,00

18 Diárias para nível médio 30 60,00 1.800,0017 Vacina contra Febre Amarela 1,01 0,0019 Material administrativo - 60.000,00

TOTAL

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Realização de Seminário

abordando aspectos

epidemiológicos sobre Febre

Amarela

02

Intensificação da Vigilância

Sindrômica dos casos íctero-

hemorrágicos;

Contínua

Intensificação do monitoramento

de epizootias.

Contínua

Supervisão nos municípios com

registro de epizootias

De acordo com a

necessidade

Confecção e distribuição de

material educativo sobre

epizootias

Diárias para técnicos

contínuo

Combustível contínuo

Insumos contínuo

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V – CRONOGRAMA

Atividades Data da

execução

Responsável Resultados Observações

Realização de Seminário abordando aspectos

clínicos/epidemiológicos sobre Febre Amarela;

Maio/2007

Janeiro/2008

GVE/GAE Já realizado em

maio/2007

Capacitação de técnicos em VE; diagnóstico e tratamento

para médicos e enfermeiros das regionais de saúde de

Rio Verde, Jataí e Iporá

Setembro/2007 GVE Já realizada

Capacitação em Vigilância de epizootia e coleta de

material biológico para NACE e municípios com epizootia

Outubro

Novembro/2007

GVE Já realizada

Capacitação em Vigilância Epidemiológica, análise da

qualidade de dados e indicadores epidemiológicos da FA;

Junho/2007

Março/2008

GVE/GAE Já realizado em

junho/2007

Capacitação em Vigilância de epizootia e coleta de

material biológico para outros municípios

Fevereiro/2008 GVE/GAE

Reunião para sensibilização dos gestores sobre situação

da FA

Dezembro/2007 GVE Já realizada

Reunião com Vigilância Epidemiológica e Epizoótica,

Centro de Zoonoses, IBAMA e AMMA para organização

do fluxo de informação e encaminhamento de material de

PNH

Dezembro/2007 GVE Já realizada

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Reunião com IBAMA e AMMA para discussão sobre

epizootia em Goiânia

Dezembro/2007

Intensificação da Vigilância Sindrômica dos casos íctero-

hemorrágicos;

Contínua VE-SMS/SES

Intensificação do monitoramento de epizootias; Maio e contínuo GVE

Supervisão nos municípios com registro de epizootias Maio e dezembro

Intensificação da vacinação Abril a dezembro

2007; 2008

GVE

Intensificação do manejo ambiental e medidas de controle de Aedes aegypti nos locais por onde estiveram os casos

contínuo Núcleo de Controle de Vetores/SMS

Pesquisa entomológica nos LPIs dos casos e nos locais de epizootias

maio e junho Entomologia Lacen

Encaminhamento dos mosquitos para isolamento viral no IEC/MS

contínuo Entomologia Lacen

Avaliações parciais quinzenais

Avaliação final Agosto/2008

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VI – ANEXOS

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SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

ANEXO 1 - Normas para Colheita, Rotulagem, Conservação e Transporte

de Material Colhido em Macacos Mortos para Diagnóstico da Febre

Amarela.

1- Se for encontrado animal doente, comunicar a Secretaria Municipal de Saúde

(SMS) e não manusear ou capturar o animal.

2- Não se deve colher material em animal vivo.

3- A colheita deve ser feita por Médico Veterinário, o mais cedo possível, após a

morte, preferencialmente dentro das primeiras 8 horas.

4- A colheita deve ser realizada no próprio local onde foi encontrado o animal morto.

5- Utilizar EPI: luvas, máscara e óculos.

6- Os tecidos a serem colhidos são: fígado, baço, rim, coração, linfonodo e cérebro.

7- Em cada órgão, colher 2 fragmentos de 0,5 cm X 2 cm e acondicionar

individualmente em frascos estéreis com tampa rosca.

a. Uma amostra será congelada a -70° C (botijão de nitrogênio) para isolamento

viral. Não usar frascos de vidro porque quebram no botijão.

b. Outra amostra será acondicionada em formol a 10% em temperatura ambiente

para exame histopatológico e detecção de antígenos virais.

8- Cada amostra deve ser etiquetada com informações básicas: FA – Macaco,

município,

data e órgão colhido.

9- Preencher a FICHA DE INFORMAÇÃO DE EPIZOOTIAS E FICHA DE

INVESTIGAÇÃO DE FEBRE AMARELA e enviar juntamente com o material para o

LACEN – GOIÂNIA.

10- Após a colheita, enterrar o corpo do animal junto com o material descartável

utilizado, com exceção de material perfuro cortante (agulha, lâmina de bisturi e outros).

Fontes: Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005 Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 1999. Site do Ministério da Saúde, 2007: www.saude.gov.br/svs

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Fontes: Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005 Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 1999. Site do Ministério da Saúde, 2007: www.saude.gov.br/svs

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Fontes: Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005 Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 1999. Site do Ministério da Saúde, 2007: www.saude.gov.br/svs

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SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

ANEXO 4 - NOTA TÉCNICA SOBRE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO

CONTRA FEBRE AMARELA

O único meio de prevenir a ocorrência de casos em humanos é por meio da

vacina, cuja meta de vacinação é atingir 100% da população em todos os municípios

das regiões endêmicas, de transição e de risco potencial para a doença.

A vacina contra febre amarela é altamente imunogênica (confere imunidade em

95% a 99% dos vacinados), bem tolerada e raramente associada com eventos

adversos graves. A vacina é recomendada a partir dos 9 meses de idade para

residentes ou visitantes de áreas endêmicas, áreas de transição e áreas de risco

potencial definidas nos calendários básicos de vacinação. A revacinação é indicada a

cada 10 anos. Além do uso na rotina de imunizações em unidades básicas de saúde e

em unidades da Vigilância Sanitária, a vacina tem sido usada em campanhas de

imunização em massa para conter surtos epidêmicos.

As taxas acima baseadas em notificações espontâneas que provavelmente

distorcem a freqüência de ocorrência de eventos adversos, ora subestimando ora

superestimando. Em campanhas de imunização em massa a freqüência de notificações

de EAPV associadas à vacina contra febre amarela tem sido maior do que na rotina,

particularmente em áreas onde a vacina não era realizada anteriormente. Inúmeros

relatos ao PNI e ao produtor da vacina contra febre amarela têm revelado que eventos

adversos podem ser decorrentes de problemas técnicos, tais como superdosagem e

vacinação de crianças com menos de seis meses de idade, que podem expor os

vacinados a um risco maior de eventos adversos.

Composição

A vacina contra a febre amarela é constituída de vírus vivos atenuados,

derivados da linhagem 17D, cultivados em ovos embrionados de galinha. No Brasil,

utiliza-se a vacina produzida na Fundação Oswaldo Cruz - Bio-Manguinhos, cuja

composição inclui vírus vivos atenuados da subcepa 17DD, sacarose, glutamato,

sorbitol, gelatina bovina, eritromicina e kanamicina.

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Precauções e contra-indicações gerais

Contra-indicações:

• A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de 6

meses de idade;

• imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias,

AIDS e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo

tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2mg/kg/dia por mais de 2

semanas, radioterapia etc.);

• Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a ser analisada

para cada caso na vigência de surtos;

• Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou a

outras substâncias presentes na vacina (ver composição) constituem contra-

indicação para a vacina contra febre amarela.

Precaução

• Nos casos de doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar

a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina

as manifestações da doença.

• Indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de médio e alto risco para Febre

Amarela, devem ter sua vacinação avaliada levando-se em conta sua contagem

de CD4.

Eventos adversos (Quadro 1)

1. Manifestações locais

A vacina contra a febre amarela é administrada pela via subcutânea e a

manifestação mais freqüentemente referida é a dor no local de aplicação

(aproximadamente 4% em adultos, e um pouco menos em crianças pequenas), de

curta duração (primeiro e segundo dias depois da aplicação), autolimitada e de

intensidade leve ou moderada.

1.1. Notificação e investigação

Notificar e investigar os casos com abscessos ou outras reações locais muito

intensas tais como edema e/ou vermelhidão extensos, linfadenopatia, limitação de

movimentos acentuada e duradoura do membro em que foi injetada da vacina. Notificar

também freqüência aumentada (“surtos”) de reações locais, e promover a investigação

de associação com erros de técnica ou com lote vacinal.

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Nos casos de desvios importantes nas técnicas de aplicação, por exemplo, aplicação

intramuscular, superdosagem etc., providenciar o acompanhamento médico do

vacinado para detecção precoce de eventos adversos e pronta intervenção.

1.2. Conduta

a) Tratamento sintomático ou específico segundo indicação do caso.

b) Não há contra-indicação para doses subseqüentes.

2. Manifestações sistêmicas

2.1. Manifestações Gerais

Manifestações sistêmicas têm sido relatadas com freqüência variável

dependendo do tipo de observação. Em adultos primovacinados acompanhados

ativamente nos 30 primeiros dias após vacinação, e comparados com grupo placebo, a

freqüência de qualquer sinal ou sintoma atribuível à vacina foi de 6%, correspondendo

a aproximadamente 30% dos eventos em vacinados. Sendo assim, a maior parte dos

eventos adversos em vacinados não foram causados pela vacina. Em indivíduos re-

vacinados, a freqüência de eventos adversos atribuíveis à vacina foi inferior a 1%. A

freqüência atribuível à vacina, de eventos adversos que levaram a busca por

atendimento médico ou a interrupção das atividades de trabalho e lazer foi de

aproximadamente 3%. Não é possível distinguir, a não ser em situações raras e

especiais, os sinais e sintomas causados pela vacina e aqueles causados por outros

problemas coincidentes.

Febre, cefaléia e mialgia têm sido os eventos mais freqüentemente relatados

após a vacinação contra febre amarela, mas constituem também sintomas de diversas

doenças freqüentes na população. A combinação dos três sintomas foi atribuível à

vacina contra febre amarela em aproximadamente 4% dos primovacinados. Os

sintomas tiveram início nos primeiros dias após a vacinação durando de 1 a 3 dias na

maior parte dos casos. Nos re-vacinados, menos de 2% das pessoas relataram esta

combinação de sintomas atribuível à vacina.

Alguns estudos publicados registraram aumento limitado e reversível de

enzimas hepáticas nas duas primeiras semanas de vacinação, sem manifestações

clínicas. Dados de estudo controlado com placebo não confirmaram a hipótese de que

a vacina induz formas leves de dano hepático.

2.1.1. Notificação e investigação

Estes eventos sistêmicos não graves devem ser notificados e investigados se

detectados acima do percentual esperado (“surto”). Nos casos de desvios importantes

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nas técnicas de aplicação, como superdosagem por erro de diluição, providenciar o

acompanhamento do vacinado para detecção de possíveis eventos adversos.

2.1.2. Conduta

a) Medicamentos sintomáticos e observação.

b) Não há contra-indicação para doses subseqüentes.

2.3. Reações de hipersensibilidade

Foram relatados raros casos de erupção cutânea, urticária, asma e reações

anafiláticas, inclusive com choque, surgindo após a aplicação da vacina contra a febre

amarela. A taxa de incidência por milhão de doses aplicadas no SI-EAPV, no período

2001-2003 foi de 1,9 reações (hipersensibilidade de todos os tipos) e 0,2 choque

anafilático. Em estudos de pós-comercialização a taxa de reações de hipersensibilidade

foi de 7,7 por milhão de vacinados. Embora, ocorrendo geralmente em pessoas com

história de alergia a proteínas do ovo, outros componentes também podem deflagrar

reações de hipersensibilidade.

A vacina contra a febre amarela é cultivada em ovos embrionados de galinha e o seu

uso na rotina dos centros de saúde está contra-indicado em pessoas com história de

reação anafilática (reação de hipersensibilidade imediata), que ocorre habitualmente na

primeira hora após a exposição ao alérgeno (ingestão de ovo), constituída de uma ou

mais das seguintes manifestações: urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios,

hipotensão e, eventualmente, choque.

História de hipersensibilidade a ovo de galinha e seus derivados pode constituir

indicação de aplicação da vacina nos Centros de Referência de Imunobiológicos

Especiais (CRIE) ou hospitais ou serviços de emergência com recursos materiais e

humanos para lidar com reações de hipersensibilidade, considerando situações de

risco elevado de febre amarela.

2.3.1. Notificação e investigação

Notificar e investigar todos os casos.

2.3.2. Conduta

a) Tratamento sintomático (V. Anexo 1).

b) Há contra-indicação para doses subseqüentes.

2.4. Manifestações neurológicas

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O mais grave dos eventos adversos neurotrópicos associados à vacina contra febre

amarela é a encefalite, caracterizada por febre e manifestações neurológicas variadas

(meningismo, convulsão, paresia) associadas a alterações liquóricas e iniciadas 7 a 21

dias após a vacinação. Os casos habitualmente evoluem para cura sem seqüelas e a

incidência parece ser maior no sexo masculino. Casos de encefalite após aplicação da

vacina contra febre amarela da subcepa de vírus 17D eram registrados em lactentes,

principalmente na África, com freqüência de até 4 por mil até a década de 1950 quando

não haviam restrições à idade de vacinação. Mais recentemente, a frequência estimada

de encefalite pós-vacinal durante campanhas vacinais foi de 5,8 por milhão no Quênia,

enquanto na Costa do Marfim não foram observados casos após 2,6 milhão de doses

em indivíduos com mais de 9 meses de idade. Nos EUA, a frequência de eventos

neurotrópicos (encefalite, síndrome de Guillain-Barré e doença auto-imune com

envolvimento de sistema nervoso central ou periférico) baseado em dados de vigilância

passiva no período de 1990 e 2002 foi estimada em 4 por milhão de doses distribuídas.

Nos Estados Unidos, onde somente a subcepa 17D é utilizada e a idade mínima de

vacinação é de 9 meses, mais de 34 milhões de pessoas já foram vacinadas, e

somente dois casos de encefalite foram associados à vacina contra a febre amarela.

No Brasil, onde se preconiza a vacinação a partir de nove meses de idade, apenas 1

caso de encefalite foi notificado ao SI-EAPV no triênio 2001-2003 (22,8 milhões de

doses aplicadas). Quatro casos de meningite asséptica também foram notificados no

mesmo período, e surtos da doença foram temporalmente associados a campanhas de

vacinação em massa, mas a investigação não demonstrou associação causal.

Há também relatos de outras manifestações neurológicas, como síndrome de Guillain-

Barré, ataxia, paralisia de Bell e mononeurite, sem evidências de associação causal.

2.4.1. Notificação e investigação

Notificar e investigar todos os casos. As notificações podem chegar através do sistema

de vigilância das meningites, devendo ser investigados caso haja associação temporal

com vacinação contra febre amarela.

2.4.2. Conduta

a) Tratamento especializado da meningoencefalite.

b) A investigação clínica e laboratorial nesses casos é imperiosa e fundamental para

elucidação do diagnóstico etiológico.

c) Há contra-indicação para doses subseqüentes.

2.5. Doença Viscerotrópica Aguda (DVA)

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Nos últimos seis anos uma nova, rara e grave complicação tem sido descrita

envolvendo vacinas contra febre amarela de diferentes fabricantes e cepas. O quadro

clínico se assemelha a febre amarela selvagem com início na primeira semana após a

vacinação, de febre, astenia, icterícia, oligúria, instabilidade cardiovascular, hemorragia

e necrose hepática (na autópsia). Já foram relatados 19 casos (11 óbitos) em vários

países, sendo 7 (5 óbitos) no Brasil. Todos os casos ocorreram após a primeira dose

da vacina. Em quatro dos óbitos ocorridos no Brasil os dados clínicos e anatomo-

patológicos indicaram tratar-se de infecção pelo vírus vacinal. Como não houve

alteração do genoma viral a conclusão foi de que a complicação resultou de

susceptibilidade individual. As estimativas de risco aproximadas colocam como pior

cenário a freqüência de 1 óbito para 450.000 doses aplicadas.

2.5.1. Notificação e investigação

Notificar imediatamente ao setor de vigilância epidemiológica do município e/ou do

Estado, por telefone, fax e correio eletrônico. Investigar todos os casos suspeitos:

indivíduos com pelo menos dois dos seguintes eventos clínicos, nos primeiros 15 dias

após a vacinação contra febre amarela: febre, hipotensão ou choque, icterícia e/ou

hemorragia. A Secretaria de Vigilância em Saúde deve ser prontamente notificada para

providenciar coleta de sangue ou outros espécimes para análises laboratoriais

especiais (ver protocolo de investigação, anexo 2).

2.5.2. Conduta

a) Trata-se de emergência médica a ser tratada em unidades de terapia intensiva.

b) A investigação clínica e laboratorial nesses casos é imperiosa e fundamental para

elucidação do diagnóstico etiológico já que o quadro clínico tem múltiplas causas.

c) Há contra-indicação para doses subseqüentes.

2.6 Outros eventos adversos

Diversos eventos adversos associados temporalmente à vacinação têm sido relatados,

muitos dos quais sem plausibilidade biológica, tais como, leucemia, esclerose múltipla e

neurite óptica.

Informamos que todos os casos de eventos adversos pós-vacinação contra

febre amarela deverão ser notificados e investigados na Ficha de Investigação de

Eventos Adversos Pós-Vacinação (em anexo) e aqueles com maior gravidade deverão

ser comunicados por telefone à coordenação estadual de imunização – (62) 3201-4547,

3201-4543 e fax 3201-4545.

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Solicitamos que esta informação seja repassada aos profissionais de saúde de

todos os municípios jurisdicionados à sua Regional.

Contamos com seu apoio neste momento epidemiológico de alto risco para a

saúde da população.

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Quadro 2. Eventos adversos pós vacina contra a Febre Amarela

EVENTO ADVERSO

DESCRIÇÃO

TEMPO ENTRE VACINAÇÃO E EAPV FREQÜÊNCIA CONDUTA OBSERVAÇÃO

Dor, eritema, induração Dor leve, por 1-2 dias 1-2 dias ~4% Notificar abscessos, lesões extensas ou com limitação de movimentos, e casos não graves muito freqüentes; não contra-indica revacinação

Febre, mialgia e cefaléia Sintomas leves por 1-2 dias

A partir do 3º dia <4% (menor em

revacinados)

Notificar/investigar aglomerados de casos; não contra-indica revacinação

Buscar casos em não vacinados

Sinais/sintomas de hipersensibilidade não graves

São reações alérgicas cuja sintomatologia não predispõe ao potencial risco de fatalidade, ou seja, não há sinais de insuficiência respiratória e/ou colapso circulatório que podem levar ao óbito.

-

-

Anti-histamínicos via oral no caso de urticária ou exantema pruriginoso.

Corticoesteróides, na dependência da intensidade e tipo das manifestações alérgicas.

Revacinação indicada, mas estas devem ser realizadas em ambiente hospitalar com precauções.

Sinais/sintomas de hipersensibilidade

urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão, choque

Menos de 2 horas 2 por milhão Ver anexo do Manual de eventos adversos pós-vacinação

Revacinação contra indicada,

Encefalite Febre, meningismo, convulsões, torpor

7-21 dias 1 em 22 milhões

Notificar e investigar também outras síndromes neurológicas graves; diagnóstico diferencial

Revacinação contra indicada

Visceralização Sindrome íctero-hemorrágica

Primeiros 10 dias < 1 para 450.000 doses

Notificação imediata e coleta urgente de espécimes.

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SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE

ANEXO 5 - PROTOCOLO DA GESTANTE

Mulheres grávidas que receberam a vacina devem ser advertidas que não há risco para

elas mesmas e há baixo risco para o feto. Estas mulheres têm que ser observadas até o

parto e se ocorrer alguma anormalidade, uma amostra do sangue do cordão umbilical deve

ser obtida para teste IgM, para determinar se ocorreu alguma infecção congênita. A resposta

imunológica para febre amarela durante a gestação está prejudicada, e revacinação é

indicada após o parto. Se a vacinação durante a gravidez é necessária porque há um alto

risco de exposição, é recomendável que se faça dosagens dos anticorpos de neutralização

até 14 dias depois da inoculação. Se a paciente estiver soronegativo a revacinação deve ser

considerada (Monath e Celtron – Prevenção da Febre amarela em viajantes para os

trópicos).

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ANEXO 6 - PROCEDIMENTOS PARA ENCAMINHAMENTO DAS AMOSTRAS PARA DIAGNÓSTICO DE FEBRE AMARELA EM HUMANOS E PRIMATAS NÃO HUMANOS PARA O LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DR. GIOVANNI CYSNEIROS - LACEN/GO HUMANOS

SUSPEITA CLÍNICA

EXAME MATERIAL FORMA DE COLETA ACONDICIONAMENTO TRANSPORTE OBS.

Sorologia

Soro Coletar o sangue sem anticoagulante até 7 dias após o início dos sintomas. Separar no mínimo 1 ml do soro para sorologia

Tubo plástico estéril com tampa de rosca devidamente identificado e conservado em freezer a –20ºC

Colocar a amostra em saco plástico individualizado dentro de outro saco plástico. Transportar em caixa térmica com gelo comum ou reciclável

Acompanha ficha com dados do paciente.

Sangue/soro

Coletar o sangue sem anticoagulante entre 1 e 7 dias (ideal 3-5) após o início dos sintomas. Reservar 1 ml de sangue ou separar 1 ml de soro para isolamento viral

Tubo resistente a temperatura ultrabaixa (CRIOTUBO) capacidade de 2 ml com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identificado. Conservar em freezer a –70ºC

Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identificada no botijão de nitrogênio líquido

Acompanha ficha com dados do paciente. No caso de óbito puncionar o sangue direto do coração

Isolamento Viral

Vísceras Coletar fragmentos pequenos (1 mm3) do fígado, baço, pulmão, e cérebro até 24 horas após o óbito

Frasco plástico estéril com tampa de rosca resistente a temperatura ultrabaixa. Capacidade 15ml Conservar em freezer a –70ºC

Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identificada no botijão de nitrogênio líquido

Colocar o fragmento de cérebro em frascos separados dos demais fragmentos. Material enviado ao Instituto Evandro Chagas Belém-PA para diagnóstico

PCR

Soro Coletar o sangue sem anticoagulante entre 1 e 7 dias (ideal 3-5) após o início dos sintomas. Separar no mínimo 1 ml de soro para PCR

Tubo resistente a temperatura ultra baixa (CRIOTUBO) capacidade de 2 ml com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identificado. Conservar em freezer a –70ºC

Colocar em saco plástico individualizado dentro de uma canaleta identificada no botijão de nitrogênio líquido

Acompanha ficha com dados do paciente.

DENGUE E FEBRE

AMARELA

Histopatológico Imunohistoquímica

Vísceras. Coletar fragmentos pequenos

(1 a 2 mm3 ) do fígado, baço, pulmão, e cérebro até 24 horas após o óbito

Colocar os fragmentos de víscerasem frasco estéril com tampa de rosca contendo formalina tamponada.

Colocar os frascos em caixa térmica sem Gelo. Conservar em temperatura ambiente

Usar formalina tamponada a 10%, com volume 10 vezes maior que o volume dos fragmentos. Material enviado ao Instituto Evandro Chagas Belém-PA para diagnóstico

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SUSPEITA CLÍNICA

EXAME MATERIAL FORMA DE COLETA ACONDICIONAMENTO TRANSPORTE OBS.

Sorologia

Soro

Coletar o sangue sem anticoagulante e separar o

soro. A 1ª amostra coletar no atendimento médico, a 2ª

coletar nos primeiros dias de internação e 3ª amostra , 2 a 3 semanas após o inicio dos

sintomas.

Tubo plático estéril com tampa de rosca e conservado a -20ºC

Colocar a amostra em saco plástico individualizado dentro de outro saco plástico. Transportar em caixa térmica com gelo comum ou reciclável

Acompanha ficha com dados do paciente.

Imunohistoquímica

Vísceras

Coletar fragmento (1 a 2 cm2) de pulmão, baço, rim,

linfonodo, coração, pâncreas, glândula pituitarária, cérebro

e fígado

Colocar os fragmentos de víscerasem frasco estéril com tampa de rosca contendo formalina tamponada.

Colocar os frascos em caixa térmica sem gelo. Conservar em temperatura ambient e

Usar formol a 10%, com volume 10 vezes maior que o volume dos fragmentos. Material enviado ao Instituto Adolfo Lutz São Paulo para diagnóstico

HANTAVÍRUS

PCR

Soro/Sangue total

Material deverá ser coletado até o 7º dia, a partir do inicio

dos sintomas.

Tubo resistente a temperatura ultra baixa (CRIOTUBO) capacidade de 2 ml com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identificado. Conservar em freezer a –70ºC

Tubos oriogênicos resistente a temperaturas ultra baixas em gelo seco ou nitogênio líquido

Acompanha ficha com dados do paciente. Frascos ou tubos devidamente identificados

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PRIMATA NÃO HUMANO – PNH**

SUSPEITA CLÍNICA

EXAME MATERIAL FORMA DE COLETA ACONDICIONAMENTO* TRANSPORTE OBS.

Sangue/Soro

Coletar o sangue sem anticoagulante. Colher de 2 a 6 ml em animais vivos até 3kg e em animais com peso acima de 6kg colher 6 a 10 ml. Em animais mortos colher 6 a 10 ml por punção cardíaca.

Tubo resistente a temperatura ultrabaixa (CRIOTUBO) capacidade de 2 ml com tampa de rosca e anel de vedação, devidamente identificado. Utilizar três tubos e colocar de 0,5 a 1 ml de sangue ou soro em cada um. Conservar em freezer a –70ºC

Colocar em saco plástico individualizado dentro do canister identificado no botijão de nitrogênio líquido

Acompanha ficha de epizootia com dados do PNH. O tempo máximo para a colheita não deve ultrapassar 6 horas da morte do animal. O diagnóstico será realizado no LACEN/GO e Evandro Chagas – IEC Belém-PA.

Isolamento Viral e PCR

Vísceras

Coletar fragmentos pequenos (0,5 cm de espessura x 2 cm de comprimento) do fígado, baço, pulmão, linfonodos e cérebro até 24 horas após o óbito

Frasco plástico estéril com tampa de rosca resistente a temperatura ultrabaixa. Capacidade 15ml Conservar em freezer a –70ºC

Colocar em saco plástico individualizado dentro do canister identificado no botijão de nitrogênio líquido

Acompanha ficha de epizootia com dados do PNH.Colocar o fragmento de cérebro em frascos separados dos demais fragmentos. Material será enviado ao IEC para diagnóstico.

DENGUE E FEBRE

AMARELA

Histopatológico Imunohistoquímica

Vísceras.

Coletar fragmentos pequenos (1 a 2 mm3 ) do fígado, baço, pulmão, e cérebro até 24 horas após o óbito

Colocar os fragmentos de vísceras em frasco estéril com tampa de rosca contendo formalina tamponada.

Colocar os frascos em caixa térmica sem Gelo. Conservar em temperatura ambiente

Acompanha ficha de epizootia com dados do PNH. Usar formalina tamponada a 10%, com volume 10 vezes maior que o volume dos fragmentos. Material será enviado ao IEC para diagnóstico.

* Os tubos contendo materiais para análise (sangue/soro e vísceras) de PNH deverão estar devidamente identificados, utilizando-se etiquetas, fita crepe ou esparadrapo, com as informações necessárias, tais como local de captura, município, espécie ou nome comum do animal, sexo, data da coleta, tipo de material coletado. ** Segundo o preconizado no Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos, SVS/MS, 2005.

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Contatos • Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (SPAIS) Ø Gerência de Apoio Estratégico

Lusia Amaral do Couto Educação em Saúde [email protected] Ø Gerência de Vigilância Epidemiológica

Magna Maria de Carvalho Fone: 3201 4538 [email protected] Ø Subgerência de Vigilância Epidemiológica

Robélia Pondé Amorim de Almeida Fone: 32014539 [email protected] Ø Coordenação Estadual de Imunizações

Clécia Di Lourdes Vecci Menezes Fone: 3201 4543 imunizaçã[email protected] Ø Área Técnica das Doenças Virais

Gedselma Madalena Borges Lima Ivaneusa Gomes de Ávila Maciel Fone: 32014541 [email protected] Ø Coordenação Estadual de Controle de Vetores

Jamilton de Freitas Pimenta Fone: 32014515/32014514 Ø Consultor Estadual do Programa Nacional de Controle da Dengue

Vanderley José Fernandes Fone: 32014541 Ø Coordenação de Doenças Parasitárias (epizootia)

Edison José de Almeida Fone: 32014514 [email protected] Ø Gerência de Gestão de Atenção Básica

Marisa de Sousa e Silva Fone: 32014520

• Laboratório de Saúde Pública (LACEN) Ø Diretora Geral

Maria Bárbara Helou Rodrigues Fone: 32013888 Ø Entomologia

Marcelo Santalucia Fone: 32013888

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• Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA- Goiânia)

Fone: 161

• Sindicato Rural de Jataí Dr. Mozarth Morais Fone: (64) 3631-2223 (64) 3631-4461

• Agência Rural

Fone: 3201-8776

• Secretaria Estadual de Agricultura Fone: 3201-3935

• Superintendência de Desenvolvimento Rural de Goiás

Fone: 3201-8907

• Superintendente: Juscelino Borges Carneiro Gabinete: 3201-8947

• Presidente da COMIGO (Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano),

Antônio Chavaglia.

• COSEMS Rodrigo Lacerda Endereço: Rua SC-1 nº. 299 Parque Santa Cruz/Goiânia-GO E-mail: [email protected] Fone: 3201-3808

• Associação Goiana dos Municípios Joaquim Alves de Castro Neves Avenida T-1 nº. 2050 Setor Bueno/Goiânia-GO E-mail: [email protected]

Elaboração: maio de 2007-12-27 Revisão e Atualização: dezembro de 2007