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PLANO DE
RECUPERAÇÃO JUDICIAL Consoante a Lei 11.101/2005 e Lei Complementar 147/2014
Ultra Flex Colchões Ind. Brasileira Ltda PROCESSO N° 201600597461
9ª VARA CÍVEL - COMARCA DE GOIÂNIA (GO)
Juiz Dr. Sandro Cassio de Melo Fagundes
Junho de 2016
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Sumário
1. Nota de abertura....................................................................................................... 04
1.1. Da tempestividade.................................................................................................... 04 2. Aspectos organizacionais da Recuperanda................................................................. 05
2.1. Definição da atividade empresarial.......................................................................... 05 2.2. Quadro societário..................................................................................................... 05 2.3. Mercado...................................................................................................................
2.3.1. Principais produtos e serviços............................................................................. 2.3.2. Clientes............................................................................................................... 2.3.3. Principais fornecedores..................................................................................... 2.3.4. Principais concorrentes....................................................................................... 2.3.5. Parâmetros de comercialização no cenário recuperacional...............................
2.3.5.1. Força de Vendas............................................................................................ 2.3.5.2. Política de compras...................................................................................... 2.3.5.3. Política de vendas......................................................................................... 2.3.5.4. Estratégias de marketing.............................................................................. 2.3.5.5. Vantagens Competitivas...............................................................................
05 05 06 07 08 09 09 10 10 11 11
2.4. Análise econômica do setor..................................................................................... 12 2.4.1. As funções básicas de um colchão – Visão Geral................................................ 12 2.4.2. Potencial de Consumo de Colchões no Brasil.................................................... 13 2.4.3. Tamanho do Mercado Global............................................................................. 13 2.4.4. O Novo Consumidor de Colchão......................................................................... 14 2.4.5. EUA - O Maior Mercado Mundial de Colchões.................................................. 2.4.6. Mudanças na Legislação.................................................................................... 2.4.7. Setor moveleiro fecha 2015 em baixa............................................................... 2.4.8. Características Gerais do Setor Moveleiro.......................................................
14 14 15 15
2.4.8.1. Processo Produtivo..................................................................................... 2.4.8.2. Principais Países Produtores Mundiais de Móveis...................................... 2.4.8.3. Produção da Cadeia Moveleira Brasileira..................................................... 2.4.8.4. Evolução do Emprego e do Número de Empresas no Setor Moveleiro no Brasil........................................................................................................................... 2.4.8.5. Grandes números do Setor – Referência 2013...........................................
16 16 16 17 17
2.4.9. Gráficos e tabelas do Setor de Colchões/Móveis................................................. 18 3. Plano de recuperação judicial.................................................................................... 22
3.1. Os motivos da crise................................................................................................... 22 3.2. Primeira relação de credores................................................................................... 23
3.2.1. Dívidas extraconcursais....................................................................................... 24 3.3. Plano de reestruturação operacional....................................................................... 25 3.4. Plano de reestruturação financeira.......................................................................... 26
3.4.1. Proposta de pagamento aos credores sujeitos à recuperação judicial e aderentes......................................................................................................................
26
3.4.1.1. Concessão de prazos e condições especiais de pagamento das obrigações vencidas e vincendas..................................................................................................
27
3.4.1.2. Equalização de encargos financeiros............................................................. 27 3.4.1.3. Novação de dívidas com substituição das garantias.................................... 29 3.4.1.4. Venda de ativos para recomposição do capital de giro............................................................................................................................
30
3.5. Cenário falimentar.................................................................................................... 30 4. Laudo econômico-financeiro e demonstração da viabilidade econômica (art. 53, II e III, LRF)...........................................................................................................................
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4.1. Premissas.................................................................................................................. 31 5. Considerações finais................................................................................................... 32 6. Conclusão.................................................................................................................. 34 DOC. 01 Laudo econômico-financeiro............................................................................ 35 DOC. 02 Laudo de avaliação dos bens e ativos (art. 53 LRF)............................................ 43
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1. Nota de abertura
ULTRA FLEX COLCHÕES INDÚSTRIA BRASILEIRA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
regularmente inscrita no CNPJ/MF sob o nº 00.770.676/0001-64, denominada doravante
RECUPERANDA, pelos motivos ulteriormente apresentados neste Plano de Recuperação Judicial,
que passa a ser ora designado apenas como PLANO, requereu a proteção legal da Recuperação
Judicial em 22/02/2016, data determinante para composição da relação de credores1, e teve seu
processamento deferido pelo Exmo. Dr. Juiz de Direito da 9ª Vara Cível da Comarca de Goiânia GO,
Dr. Sandro Cassio de Melo Fernandes, processo n° 201600597461, conforme decisão publicada no
DJe-GO ano IX, edição 2008, seção II, de 14 de abril de 2016.
Nos termos do artigo 53 da Lei 11.101/2005 – Lei de Recuperação de Empresas e Falências,
doravante denominada LRF, a RECUPERANDA apresenta seu PLANO com medidas de caráter
administrativo, operacional, econômico-financeiro e jurídico, necessárias à superação da situação
de crise econômico-financeira.
Convergindo para uma distribuição equilibrada do ônus da recuperação judicial, estão aqui
pormenorizados os meios de recuperação a serem empregados, as condições para pagamento dos
credores e as devidas demonstrações de viabilidade econômico-financeira.
Atendendo ao disposto no inciso III do art. 53 da LRF, anexamos, por fim, o laudo de avaliação dos
bens e ativos da RECUPERANDA (Doc. 02).
1.1. Da tempestividade
Art. 53, Lei 11.101/2005. “O Plano de recuperação será apresentado
pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias
da publicação da decisão que deferir o processamento da
recuperação judicial, sob pena de convolação em falência”. (grifo
nosso)
Data da publicação da decisão do processamento = 14/04/2016
Data final para apresentação do PLANO = 13/06/2016 (critério dias corridos)
O Novo Código de Processo Civil, Lei 13.105/2015, vigente a partir de 18 de março de 2016, ou seja,
anterior a decisão de processamento da presente recuperação judicial, estabelece em seu art. 219
que “na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os
dias úteis”, aplicável para prazos processuais por força do parágrafo único do referido artigo. 1 LRF art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não
vencidos.
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Se computados apenas os dias úteis, a data final para apresentação do PLANO seria 13/07/20162.
Há divergência sobre a natureza jurídica do PLANO (material ou processual), não tendo sido a
matéria ainda confrontada por nossos tribunais, por causa disso optamos conservadoramente por
considerar o critério de dias corridos, resguardado o direito de apresentar eventuais revisões,
através de aditivo ao PLANO, até a data da Assembleia de Credores, conforme inteligência do §3º,
do art. 56 da LRF.
2. Aspectos organizacionais da Recuperanda
2.1. Definição da atividade empresarial
Indústria e comércio atacadista e varejista, fabricação de camas de madeira, importação e
exportação de colchões, travesseiros, flocos, espumas e afins; fabricação de laminados planos e
tubulares de material plástico; móveis em geral: de metal, madeira, produtos sintéticos e afins;
venda de embalagens plásticas; reparação e manutenção de artigos mobiliários, objetos e
equipamentos pessoais e domésticos3.
2.2. Quadro societário
SÓCIO PARTICIPAÇÃO
Luciene Ludovico de Faria 83,33%
Paulo de Faria Neto 16,67%
2.3. Mercado
2.3.1. Principais produtos e serviços
A empresa tem como principal atividade a industrialização e comercialização atacadista e varejista
de colchões, móveis de madeira e laminados em espuma. A partir do pedido de recuperação
judicial, a RECUPERANDA continuará atuando com o mesmo mix de produtos ofertados
atualmente.
O mix ofertado pela empresa possui um expressivo número de produto. Os mesmos estão
estruturados em 03 (três) linhas, conforme apresentados a seguir. As variações dentro das
respectivas linhas compõem um mix de atualmente 400 (quatrocentos) ítens, os quais se
diferenciam basicamente por quesitos de dimensões e espessura.
2 Feriado nos dias 21/04, 24 e 26/05, além de ponto facultativo no dia 27/05.
3 Objeto social registrado no contrato de constituição da empresa.
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Para melhor interpretação e exame deste Plano, realizamos uma análise denominada “Curva ABC”
com base histórica de produção e comercialização, para identificarmos com maior precisão quais
são os preços médios dos principais produtos comercializados.
Sendo assim, as três linhas de produtos são:
a) Linha Alta: Esta linha representa atualmente 50% do faturamento da empresa e está
estruturada por duas subclasses de produtos acabados.
a. Conjunto de molas (colchão e cama);
b. Colchão de molas;
b) Linha Baixa: Esta linha representa 30% do faturamento da empresa e é composta por
colchões de espuma, também classificado como produtos acabados.
c) Espuma industrial: Esta linha representa 20% do faturamento da empresa e é composta por
espumas industriais, as quais são direcionadas a produção de colchões. Neste caso
específico, a empresa produz e comercializa este produto, como categoria matéria prima
para outras indústrias de colchões de menor porte.
Ressalta-se ainda que o período de utilização, denominado de vida últil, de um colchão pode variar
em média de 04 a 05 anos.
2.3.2. Clientes
Os principais clientes da Ultraflex são formados por pessoas jurídicas, os quais representam atualmente 100% do faturamento da empresa. A carteira de clientes está estruturada por empresas de diversos portes, ou seja, empresas de pequeno, médio e grande porte. Vale a pena ressaltar que não se registra vendas diretas ao consumidor final (pessoa física que faz a aquisição do produto). A empresa comercializa a outras empresas, que, por sua vez, fazem a venda direta. No que tange ao consumidor final, que também é cliente da Ultraflex, uma vez que o mesmo tem o livre arbítrio em escolher entre uma determinada marca ou outra em sua loja de preferência, os mesmos são principalmente compostos pelas classes sociais A, B e C. Os principais segmentos compostos pela carteira de clientes da Ultraflex são: Revendedores / lojistas individuais / Lojas Especializadas; Redes de lojas de móveis em geral; Magazines e, entre outros; A empresa atua em diversos estados da federação. Atualmente os estados atendidos são: Goiás – Goiânia e interiores com maior potencial econômico;
Distrito Federal; Minas Gerais – Uberlândia, Uberaba e Araguari (Triângulo Mineiro); Tocantins – Palmas, Porto Nacional e Gurupi;
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Mato Grosso – Cuiabá, Barra do Garça e outras adjacentes. É importante registrar que o fator “clientes” também foi um das razões que contribuíram para o desencadeamento dos problemas financeiros da RECUPERANDA. Em outubro do ano de 2014 a empresa perdeu seu então principal cliente, a rede de lojas Novo Mundo, que optou pela estratégia de produção própria terceirizada. Essa rede foi cliente da RECUPERANDA por 12 (doze) anos e chegou a representar, em determinados períodos, 70% do faturamento total da empresa. A perda dessa expressiva compra por parte do grupo Novo Mundo representou uma queda média de R$ 1.000.000,00 no faturamento mensal da RECUPERANDA. Considerando que os custos fixos não se reduzem na mesma velocidade, este fato foi o início das dificuldades financeiras da RECUPERANDA.
2.3.3. Principais fornecedores
O segmento em questão apresenta poucos fornecedores, em sua maioria indústrias multinacionais
ou grandes distribuidoras importadoras.
A empresa adota política de compras denominada “fornecedores preferenciais”, onde se forma
parcerias para obtenção de melhores condições negociais, tais como: preços, prazos e tempo de
entrega, entre outros.
Atualmente os principais fornecedores são:
a) Covestro Indústria – Produtos Químicos – São Paulo
b) Univar Brasil – Produtos Químicos – São Paulo
c) Log Express Transportes – Logística – Goiás
d) Textil América – Tecidos – São Paulo
e) Madereira Tobias – Madeira – Goiás
O Poder Judiciário tem considerado válidos os planos de recuperação judicial que preveem
benefícios aos credores que auxiliarem na reabilitação das empresas. As vantagens aos "credores
estratégicos" são concedidas nos casos de continuidade no fornecimento de mercadorias e
concessão de novas linhas de crédito.
Apesar de serem comuns nas recuperações, as subdivisões de credores não estão previstas
expressamente na Lei de Recuperação Judicial e Falência (nº 11.101, de 2005). Os Tribunais de
Justiça (TJs), em diversos casos, já reconheceram que os benefícios dados a credores estratégicos
auxiliam na preservação da companhia em recuperação.
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V O T O Nº 9882 RECUPERAÇÃO JUDICIAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO A
CREDORES ESTRATÉGICOS E PARCEIROS. Possibilidade. Credores que
permanecem como fornecedores das recuperandas. Garantia
constitucional da igualdade substancial. Princípios da preservação
da empresa e de sua função social. Efetivação. Artigo 47 da Lei nº
11.101/05. Precedente. Recurso não provido, neste ponto.
SUSPENSÃO DE AÇÕES
(TJ-SP - AI: 00148163620138260000 SP 0014816-
36.2013.8.26.0000, Relator: Tasso Duarte de Melo, Data de
Julgamento: 04/11/2013, 2ª Câmara Reservada de Direito
Empresarial, Data de Publicação: 11/12/2013).
A instituição de vantagens aos "credores estratégicos" é benéfica às empresas, porque, muitas
vezes, após a aprovação da recuperação judicial, muitos fornecedores deixam de vender
mercadorias e sem matéria prima não tem geração de caixa para pagamento do rol de credores.
A RECUPERANDA não descarta a possibilidade de construir, junto com seus fornecedores
estratégicos, nova alternativa de pagamento a ser apresentada, se efetivada, através de aditivo ao
PLANO nos termos legais.
2.3.4. Principais concorrentes
O segmento de colchões é expressivamente competitivo, principalmente em razão do quantitativo
número de empresas atuantes neste ramo. Os concorrentes se apresentam nos mais diversos
critérios de competitividade, se diferenciando entre portes, localizações, padrão de qualidade em
seus produtos, processos, preços, entre outros.
Os principais concorrentes da Ultraflex são, em sua maioria, indústrias de médio e grande porte,
situadas no estado de Goiás e outros estados. Os mesmos possuem processos produtivos similares
e conseguem alcançar padrões de qualidades também similares. As principais distinções estão
principalmente nas estratégias de comercialização e distribuição. Os principais concorrentes são:
a) ORTOBOM
b) PLUMATEX
c) CASTOR
d) BIFLEX
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Mesmo a Utraflex concorrendo diretamente com marcas já consolidadas no mercado, é de suma
importância ressaltar a existência de concorrência com marcas denominadas “entrantes” e/ou de
menores portes. Nesses casos, em sua maioria, os preços são abaixo da média de mercado, porém
com produtos inferiores. Assim, a concorrência é principalmente frente aos públicos oriundos das
classes sociais C e D. Como a empresa em questão também atua junto ao público C, é correto
considerá-los como concorrentes.
É importante registrar que o fator concorrência também foi um dos fatores que contribuíram para o
desencadeamento de problemas financeiros da empresa em questão, levando a mesma à
recuperação. No ano de 2013, o IMETRO exigiu a certificação de colchões de espuma e,
posteriormente para camas box. Esta certificação gerou um maior custo de produção e, as
empresas do setor que seguiram as devidas certificações não conseguiram repassar tais valores ao
preço de venda, pois uma significativa parcela da concorrência não atendeu ou aderiu às
certificações – o que consequentemente gerou uma concorrência desleal, pois produziam e
vendiam com custo abaixo daquele do mercado legal.
2.3.5. Parâmetros de comercialização no cenário recuperacional
A Argumento Assessoria considerou o histórico da RECUPERANDA como “target” para o processo
de “turnaround”, porém a realidade de uma empresa em recuperação judicial é adverso, com
desconfiança do mercado e restrição de crédito.
Soma-se a esta realidade, comum a todo processo recuperacional, um cenário de crise econômica
sem precedentes no Brasil, razão pela qual todos os parâmetros econômicos e financeiros foram
fundamentados na realidade observada no ano de 2016.
2.3.5.1. Força de Vendas
A RECUPERANDA utiliza as seguintes estratégias comerciais, afim de, de atingir seu mercado alvo. São eles:
a) Televendas – Esta força de vendas atua como um suporte direto dos representantes
comerciais às empresas. O mesmo abrange agendamentos, pré-venda e pós-venda. Esta
estrutura é composta por funcionários celetistas devidamente registrados na empresa, que
recebem além de um salário fixo, comissão de 1,25% sobre vendas.
b) Representantes Comerciais – São estruturados como empresas terceirizadas, ou seja, cada
representante possui sua própria empresa para a devida prestação de serviços em questão.
Esta força de vendas atua diretamente na realização de vendas junto às suas respectivas
carteiras de clientes. Eles recebem a título de remuneração 5,0% de comissão sobre as
vendas e estão estruturados por região de abrangência. Atualmente a empresa possui uma
equipe de 10 representantes;
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c) Promotores de venda – Esta força de vendas atua diretamente e presencialmente junto aos
clientes da Ultraflex, contribuindo no apoio de vendas, orientação técnica e na promoção de
novos produtos. Essa força de vendas é de extrema importância, uma vez que permite a
empresa em questão estar em contato direto com o consumidor final. Essa estrutura
também é composta por funcionários celetistas devidamente registrados na empresa.
2.3.5.2. Política de compras
Compras a vista = 100% e compras a prazo = 0%.
Com a seguinte distribuição geográfica:
a) Goiás: 10 %
b) Outros estados: 90 %, sendo 10% em MG, 5% na BA e 75% em SP.
2.3.5.3. Política de vendas
Vendas a vista = 5% e vendas a prazo = 95%. Prazo Médio de 150 dias.
Recebimento:
a) Dinheiro ou cheque a vista: 5,0%
b) Cheque pré-datado: 7,5%
c) Faturamento: 60,5%
d) Cartão de Crédito: 27,0%
Com a seguinte distribuição geográfica:
a) Goiás: 60 %
b) Outros estados: 40 %
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A RECUPERANDA atua com uma política de vendas de 97% a prazo, tendo ainda um prazo médio de
recebimento de 60 dias, em função do parcelamento concedido aos seus clientes. Essa concessão
de prazos é uma pratica de mercado adotada por todos os fabricantes (concorrentes), onde neste
caso a empresa se obriga a manter as mesmas condições para se posicionar de forma competitiva
em seu segmento.
É importante ressaltar que a necessidade de compras estruturadas em 100% a vista, em função de
melhores condições negociais e, principalmente, pela situação do processo de recuperação judicial,
bem como das vendas em 97% a prazo com recebimento médio em até 60 dias, gera uma
expressiva necessidade de capital de giro para a viabilidade da operação. Esse montante, o qual
será demonstrado a seguir nas planilhas financeiras, passa a ser um dos fatores essenciais para
viabilizar a recuperação da empresa em questão. Sendo assim, a necessidade de capital de giro para
recuperação da empresa será criteriosamente apresentada e seguida neste plano.
2.3.5.4. Estratégias de marketing
As principais estratégias de marketing utilizadas pela empresa estão estruturadas basicamente em
4 (quatro) pilares:
a) Produtos: Expressivo mix de produtos, com alto padrão de qualidade, que visam garantir a
satisfação de seus clientes, por meio de durabilidade, segurança e conforto.
b) Preço: A empresa realiza constantemente pesquisas de mercado frente a sua concorrência,
procurando oferecer produtos com preços competitivos e equivalentes ao que o mercado
pratica.
c) Promoção: A empresa realiza campanhas de vendas junto aos lojistas, envolvendo
diretamente os vendedores das respectivas lojas e consumidores, a fim de premiar o
desempenho de vendas bem como o consumo de produtos da marca. São propostos
premiações, tais como: motocicletas, geladeiras, fogões, fornos, entre outros
eletrodomésticos. Estas campanhas promocionais chegam a incrementar em até 30% o
volume de vendas dos produtos da Ultraflex em determinados lojistas. A empresa utiliza
ainda como ferramenta de apoio promocional a confecção de catálogos com o mix de
produtos da empresa, bem como site.
d) Pontos de Venda: A empresa possui diversos clientes situados em localizações estratégicas,
com excelente visibilidade e expressivo fluxo de consumidores. Esta estratégia possibilita
melhor visibilidade da marca em questão.
2.3.5.5. Vantagens Competitivas
A empresa apresenta as seguintes vantagens competitivas frente aos concorrentes:
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a) Única indústria da região Centro Oeste a ser certificada pelo programa de qualidade ISO
9001;
b) Certificação IMETRO, atestando qualidade superior aos padrões dos demais produtos de sua
concorrência;
c) Modelo operacional que acompanha o estoque junto aos clientes, otimizando o ciclo de
produção, uma vez que, consegue monitorar o ponto de pedido de seus clientes, tendo
assim uma reposição rápida e eficiente;
d) Empresa é beneficiária do programa FOMENTAR. Trata-se de um incentivo fiscal em ICMS
que reduz em 73% o pagamento desse imposto, aumentando assim a competitividade da
empresa. A empresa possui atualmente um crédito de 40 milhões que poderão ser
utilizados até o ano de 2040.
2.4. Análise econômica do setor
2.4.1. As funções básicas de um colchão – Visão Geral
Um colchão em sua forma mais simples é um sistema de sono com diferentes partes que trabalham em conjunto para cumprir duas funções principais: proporcionar conforto e fornecer apoio em todas as diferentes posições de dormir. Todo o resto é secundário.
Para maior conforto, o colchão precisa estar de acordo com o corpo, com o tipo físico. O colchão deve acomodar o corpo de forma a suportar o peso sobre a superfície dele sem pressionar nenhum ponto, sendo este o papel da parte de cima do colchão, que é chamada de camada de conforto. Um colchão pode incluir uma ou mais camadas na sua superfície.
Para proporcionar o suporte adequado para a estrutura corporal, que é principalmente o alinhamento da coluna vertebral, existem as camadas de suporte, partes inferiores do colchão. Pode haver uma ou mais camadas de suporte e, juntas, elas compõem o núcleo do colchão.
Em certos tipos de estrutura de colchão pode haver uma camada do meio que contribui tanto para o alívio de pressão, quanto para o alinhamento da coluna vertebral. Essa camada é conhecida como camada de transição.
As camadas intermediárias de um colchão desempenham um papel duplo e podem ajudar em graus diferentes para alívio de pressão e conforto e para o alinhamento da coluna vertebral e suporte, dependendo da construção do colchão.
Os diferentes tipos de pessoas precisam de diferentes combinações de camadas e materiais que funcionam em conjunto de maneiras diferentes para dar-lhe o suficiente de ambos para atender às suas próprias necessidades únicas de peso corporal e de perfil.
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2.4.2. Potencial de Consumo de Colchões no Brasil
De acordo com estudo do Gold Map e Intelligence Group, o potencial de consumo de colchões no Brasil é de quase R$ 5 bilhões. “A estimativa é de que a cada cinco anos uma família compra um colchão novo, o que significa que o prazo médio para troca de colchão ainda é próximo de dez anos, o dobro do recomendado. Portanto, há muito espaço para venda de colchões nos próximos anos, principalmente no Nordeste”, diz Ari Bruno Lorandi, do Intelligence Group. Além de movimentar o mercado, a compra de um novo colchão pode significar melhor qualidade de vida para o consumidor, já que é dormindo que passamos parte da nossa vida. As opções são entre os colchões ortopédicos, de espuma e de mola. Os colchões ortopédicos oferecem condições específicas, ideais para quem sofre de algum tipo de problema na coluna, entretanto, segundo os técnicos, todo colchão deve se adequar ao corpo da pessoa de forma correta. Para escolher colchões de espuma e ortopédicos (que também são feitos desse material, embora tenham características específicas), é preciso analisar o modelo de acordo com a densidade ideal para o cada biótipo.
2.4.3. Tamanho do Mercado Global
O estudo Global Industry Analysts divulgou em 2015 os resultados de seu relatório global e abrangente projetando que o mercado global de colchões atingirá 37,9 bilhões dólares em 2020. Eles atribuem este crescimento excepcional à aquisição de casa própria, enorme demanda reprimida de clientes premium, e o aumento de oportunidades de nichos de mercado.
Nos últimos anos, a indústria de colchões andou entre um mercado em crescimento sem brilho, previsível e lento e um mercado agressivo, dinâmico e lucrativo, com parcerias de marcas consagradas, inovação e alto estilo. O mercado tem experimentado numerosas inovações de produtos, resultando em uma grande variedade de opções para os consumidores. Há opções para todos, desde produtos genéricos até produtos especializados de alto preço, camas de luxo e produtos econômicos.
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2.4.4. O Novo Consumidor de Colchão
Por muito tempo se constatou que a troca de um colchão em uma residência, demorava mais de 10 anos. Observando os novos hábitos dos consumidores e as novas tecnologias envolvidas na fabricação, acredita-se que a tendência é que esse tempo seja reduzido. “Não se pode esquecer, entretanto, que um colchão nunca será visto como um item de rápida reposição, devendo o ciclo se manter longo, ainda próximo dos sete ou oito anos. Cabe às empresas trabalharem os valores de benefícios e tecnologias de maneira que estes sejam realmente percebidos pelo consumidor, que passa a entender a necessidade da troca antes mesmo da perda completa do produto”. Na cabeça de muitos brasileiros, este item ainda é visto como “segunda necessidade” ou “reposição do que não serve mais”, o que dificulta o ciclo e fluxo.
Colchões com valor agregado cada vez maior são tendência para os próximos anos. Os indivíduos tendem a mostrar sua personalidade por meio de suas aquisições, seja no setor de moda, de casa e até mesmo alimentar. “Em um mundo de isolamentos, causados pela tecnologia e pelas redes sociais, o compartilhamento e a necessidade de autoafirmação e de identificação imediata de personalidade, regem as relações de consumo e os bens que são consumidos”, finaliza.
2.4.5. EUA - O Maior Mercado Mundial de Colchões
Os EUA continuam sendo o maior mercado de colchões em todo o mundo e a Ásia-Pacífico é a região com o mais rápido crescimento do mercado regional. O crescimento do mercado Ásia-Pacífico será especialmente impulsionado pela rápida expansão na construção de unidades residenciais em nações em desenvolvimento, como China e Índia, aumentando o poder de compra entre as pessoas, e de grandes mercados regionais relativamente inexplorados.
Os principais fabricantes de colchões nos Estados Unidos são: Conforto Solutions, Inc Kingsdown, Relyon Limited, Sealy Corporation, Simmons Bedding Company, Serta Internacional, Primavera Air International, Select Comfort Corporation, e Tempur-Pedic.
Outrubro/2015- IEMI
2.4.6. Mudanças na Legislação
Desde o início de 2014, fabricantes e importadores de colchões e colchonetes de espuma flexível de poliuretano só podem vender seus produtos se estiverem de acordo com a Portaria Inmetro nº 79/2011, que estabelece os requisitos técnicos para a produção dos colchões. Por sua vez, as lojas tiveram até 7 de fevereiro de 2015 para esvaziar seus estoques de itens que não tenham as especificações determinadas – sua venda esta proibida após esta data.
Para se ajustarem às novas regras, as empresas do setor precisaram adaptar seus produtos, nos últimos anos, às especificações analisadas pelo Inmetro (NBR 13578 e NBR 13579):
http://anuariodecolchoes.com.br/eua-e-o-maior-mercado-mundial-de-colchoes
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1) Identificação (uso de etiqueta costurada com informações sobre nome do fabricante, marca, dimensões do colchão, densidade nominal, suporte de carga da espuma, data de fabricação, composição do tecido de revestimento e prazo de garantia);
2) Dimensões (comprimento, largura e espessura);
3) Densidade (quantidade de matéria-prima utilizada para produzir 1 m3 de espuma);
4) Força de indentação (suporte de carga) e fator de conforto;
5) Deformação permanente à compressão;
6) Resistência mecânica (tensão de ruptura, alongamento e resistência ao rasgo);
7) Fadiga dinâmica (perda de espessura e perda de suporte).
“O impacto da norma de certificação dos colchões no mercado foi grande, porque quem fábrica precisou se adaptar. No caso de alguns produtores de colchão que já tinham laboratórios de testes disponíveis, foi mais fácil implementar o que o Inmetro estipula. Já outros produtores encontraram mais dificuldade, porque precisaram investir recursos em equipamentos de testes e na certificação”, explica Rogério Baixo, químico de Desenvolvimento da Dow.
2.4.7. Setor moveleiro fecha 2015 em baixa
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria de bens de capital teve baixa de 23,6% em comparação a 2014, chegando aos 79,2 pontos, índice mais baixo desde 2006. Responsável pela produção de máquinas e equipamentos, este setor da indústria serve como um termômetro da economia, indicando níveis de investimento em outros setores. Para o diretor do Instituto de Estudos de Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Prado, “2015 foi um ano difícil para o setor moveleiro, com cortes no crédito, queda de 7% na indústria em relação a 2014. Mais uma expectativa de aumento do desemprego até abril de 2016”. Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de desemprego aumentou 8,9% no terceiro trimestre de 2015 e o último trimestre do ano também não começou muito bem, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, pequenas empresas perderam cerca de 49,7 mil empregos em outubro. De acordo com Marcelo Prado, “as previsões para 2016 são as piores desde que o IEME começou a estudar o setor”.
2.4.8.
A ind stria de móveis, a qual o segmento de colchões é participe, caracteriza-se pela reunião de diversos processos de produção, envolvendo diferentes matérias-primas e uma diversidade de produtos finais, pode ser segmentada principalmente em função dos materiais com que os móveis são confeccionados (madeira, metal e outros), assim como de acordo com os usos a que são destinados (em especial, móveis para residência e para escritório). Além disso, devido a aspectos técnicos e mercadológicos, as empresas, em geral, são especializadas em um ou dois tipos de móveis, como, por exemplo, de cozinha e banheiro, estofados, entre outros.
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O setor, que se caracteriza pela predominância de pequenas e médias empresas que atuam em um mercado muito segmentado, possui grande demanda em mão-de-obra, que apresenta baixo valor adicionado (por unidade de mão-de-obra) em comparação com outros setores.
A demanda por móveis é muito segmentada e varia positivamente com o nível de renda da população e o comportamento de alguns setores da economia, particularmente a construção civil. A elevada elasticidade-renda da demanda torna o setor muito sensível s variações con unturais da economia, sendo um dos primeiros a sofrer os efeitos de uma recessão. O gasto com móveis em geral situa-se na faixa de 1 a 2 da renda disponível das famílias (depois dos impostos). Outros fatores que influenciam a demanda por móveis são as mudanças no estilo de vida da população, os aspectos culturais, o ciclo de reposição, o investimento em marketing (em geral muito baixo nessa ind stria), entre outros.
2.4.8.1. Processo Produtivo
Como o processo produtivo não é contínuo, a modernização, muitas vezes, pode ocorrer apenas em determinadas etapas da produção. Em algumas fábricas, portanto, é possível que máquinas modernas coexistam com máquinas obsoletas.
Além da tecnologia, os demais fatores de competitividade da ind stria de móveis relacionam-se com novas matérias-primas, design, especialização da produção, estratégias comerciais e de distribuição, entre outros. A dinâmica das inovações se refere, principalmente, ao produto, através do aprimoramento do design e da utilização de novos materiais. A qualidade do produto final é ulgada de acordo com as seguintes variáveis material, design e durabilidade, entre outras.
2.4.8.2. Principais Países Produtores Mundiais de Móveis
Em 2013, a produção mundial de móveis apresentou alta de 3,7% em relação a 2012. A Ásia teve destaque e, somada à gigante China, é responsável por mais de 54,4% da produção mundial e 46% das exportações. A União Europeia, com seus 28 países-membros, obteve uma menor parcela no segmento, ocupando a segunda posição, com 23,4% da produção mundial. Na terceira posição está a América do Norte, como produtora e consumidora, alavancada pelos Estados Unidos, que, separadamente, são o segundo maior produtor e consumidor de móveis, com 10% e 17,3%, respectivamente. O Brasil detém 3,7% da produção mundial, mas detém uma parcela pouco significativa das importações (0,5%) e exportações globais (0,4%).
2.4.8.3. Produção da Cadeia Moveleira Brasileira
“A ind stria de móveis no Brasil exerce um papel com destacada relevância na cadeia produtiva da madeira. Tem no suprimento de uma enorme rede de varejistas especializados e lojas de departamento nos produtos ofertados pelo segmento, uma de suas principais fontes de receita”,
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afirma Marcelo Villin Prado, diretor do IEMI.
A indústria nacional de móveis produziu 476,2 milhões de peças acabadas em 2013, o que representa um aumento de 3,4% na comparação com 2012. No período de 2009 a 2013, o crescimento foi de 28,7%, representando alta média de 6,5% ao ano. A produção de colchões alcançou 35,5 milhões de peças em 2013, um crescimento levemente maior (5,6%). Porém, entre 2009 e 2013, houve expansão de 24,1%.
Os móveis para dormitórios somaram 34,6% do total de móveis produzidos em 2013; para escritórios, 17,5%; para cozinhas, 11,9%; os estofados, 10,7%; os de sala de jantar, 10,6%; e os de sala de estar 5,0%. Outros móveis somaram 9,7% do total da produção.
2.4.8.4. Evolução do Emprego e do Número de Empresas no Setor Moveleiro no Brasil
“De acordo com os dados apresentados no relatório, verifica-se a importância do setor produtor de móveis e colchões quando comparado aos indicadores da indústria de transformação no Brasil, tanto pela relevância do valor de sua produção, quanto por sua capacidade de gerar empregos e divisas para o País”, ressalta Prado.
Em 2013, o setor de móveis e colchões produziu cerca de R$ 42,9 bilhões, o equivalente a 1,9% do valor total da receita líquida da indústria de transformação nacional.
Os empregos diretos e indiretos gerados pelo setor produtor de móveis e colchões somaram 328,6 mil postos de trabalho em 2013, o equivalente a 3,3% do total de trabalhadores alocados na produção industrial nesse ano, demonstrando que é um segmento de forte impacto social.
2.4.8.5. Grandes números do Setor – Referência 2013
A cadeia produtiva de móveis e colchões no Brasil, em 2013, era composta por:
328,6 mil empregos
18,7 mil indústrias
511,8 milhões de peças produzidas
R$ 42,9 bilhões em valores de produção
US$ 686,4 milhões exportados
US$ 744,4 milhões importados
R$ 1,4 bilhão investido
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2.4.9. Gráficos e tabelas do Setor de Colchões / Móveis
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3. Plano de recuperação judicial
3.1. Os motivos da crise (petição inicial do processo)
O ser humano ao atingir a idade de 60 anos terá passado, em média, 20 anos de sua vida deitado
em um colchão, aproximadamente um terço de sua vida. A Recuperanda, indústria de colchões
genuinamente goiana, de olho nessa necessidade básica do homem, iniciou suas atividades
industriais em agosto de 1995.
Competindo com qualidade e preço em um mercado de gigantes, hoje comercializa seus produtos
tanto para o Estado de Goiás como para Estados vizinhos, contando com vasta linha de produtos -
colchões de espuma flexível e viscoelástica, colchões de mola, camas box (solteiro, casal, bi-camas),
laminado (espuma destinada a fabricação de estofados) e colchonetes.
Atualmente, a requerente tem por objeto social as atividades de: indústria e comércio atacadista e
varejista; fabricação de camas de madeira; importação e exportação de colchões, travesseiros,
flocos, espumas e afins; fabricação de laminados planos e tubulares de material plástico; móveis em
geral, de metal, madeira, produtos sintéticos e afins; venda de embalagens plásticas; reparação e
manutenção de artigos mobiliários, objetos e equipamentos pessoais e domésticos.
A empresa conta com 130 (cento e trinta) colaboradores e se orgulha de sua responsabilidade
social como fonte geradora de empregos e renda, proporcionando acima de tudo um ambiente de
trabalho saudável e seguro.
Os desafios são grandes, o investimento em melhorias tecnológicas é uma constante, e a
concentração da matéria prima em poucos fornecedores, em sua maioria multinacionais, com
rígidas políticas de venda e preços atrelados ao dólar, uma dura realidade.
Mesmo com uma trajetória de sucesso, a Recuperanda viu a crise aos seus pés a partir do ano de
2015, com redução em suas vendas em 40% e aumento da inadimplência a patamares nunca antes
visto, com concomitante elevação de seus custos fixos, em especial os gastos com energia (elevação
de 50,8% no ano), transporte (elevação de 19% no ano) e custos variáveis, em face da forte
desvalorização cambial iniciada ano passado (o dólar acumulou, até setembro de 2015, alta de 52%
sobre o real – fonte: BACEN).
Ajustes operacionais foram realizados por consultores contratados, em especial a política de
estoque e produção, a cobrança dos créditos vencidos foi intensificada, dívidas bancárias foram
alongadas, porém a soma de tantos fatores adversos em curto espaço de tempo suplantaram as
iniciativas de reestruturação.
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Com seu fluxo de caixa comprometido, mas ainda na tentativa de buscar uma solução com suas
próprias forças, empréstimos com elevadas taxas de juros foram contraídos, o que apenas acelerou
o colapso financeiro.
A situação descrita ganha contornos de gravidade quando a inserimos no contexto de crise
vivenciado por nosso País.
Sobre o futuro não há otimismo. A expectativa é de que o crescimento do País sofra redução
também neste ano, sendo que a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de que o PIB
tenha queda de 1,5%. Os sinais dessa desaceleração se refletem nos índices de desemprego do País,
que segundo dados do IBGE subiu 8,1% no trimestre encerrado em maio, a mais alta da série
histórica iniciada em 2012, tudo isto em meio a um cenário de inflação elevada – que chegou a
8,89% no mês de junho.
O momento de turbulência econômica, financeira e política, enfrentado pelo país, sobretudo nos
dois últimos anos, vem fazendo com que a Recuperanda, assim como milhares e milhares de
empresas brasileiras, enfrente dificuldades para o regular desenvolvimento dos negócios sociais.
Frente a este cenário, alternativa não restou senão buscar a proteção da Recuperação Judicial, de
forma a convergir para uma distribuição equilibrada do ônus da crise financeira que assola nosso
país.
3.2. Primeira relação de credores
A relação de credores encontra-se assim dividida:
Classe I Credores Trabalhistas Total de R$ 81.983,31
Classe II Credores com Garantia Real Total de R$ 0,00
Classe III Credores Quirografários Total de R$ 24.139.004,46
Classe IV Credores ME e EPP Total de R$ 737.432,46
TOTAL GERAL R$ 24.958.420,23
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Classe I 0,3%
Classe III 96,7%
Classe IV 3,0%
Gráfico Qualitativo
Representatividade do volume de crédito de cada classe perante o total das dívidas sujeitas a RJ
Gráfico Quantitativo
Representatividade da quantidade de credores de cada classe perante o total
Esse quadro pode ser alterado com a apresentação da segunda relação de credores elaborada pelo
Administrador Judicial ou, ainda, após julgadas possíveis impugnações ou habilitações retardatárias
na publicação do Quadro Geral de Credores, como dita a LRF.
Classe I 52%
Classe III 32%
Classe IV 16%
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Sobrevindo qualquer novo credor sujeito aos efeitos da Recuperação Judicial ou mesmo ocorrendo
acréscimos aos valores ora listados por decisão judicial ou na hipótese de credores aderentes4,
todos serão acomodados no fluxo de caixa projetado, mantidas as condições de pagamento
estabelecidas, aprovadas nos termos do art. 58 da LRF ou em Assembleia Geral de Credores e
homologadas pelo juízo do processo.
3.3. Plano de reestruturação operacional
Conciliantemente a este PLANO, medidas de ajustes severas foram, estão e serão tomadas pela
RECUPERANDA, em especial:
a) Corte de custos fixos tais como energia, água, telefone, material de escritório e limpeza,
mão de obra, entre outros, com redução estimada em 20% (vinte por cento);
b) Adequação da equipe de produção a nova realidade de vendas no cenário de crise
econômica do país;
c) Redução do nível de estoque, buscando maior eficiência na gestão no trabalho com estoque
mínimo, e adequação para um mix menor de produtos, gerando assim redução na
necessidade de capital de giro;
d) Revisão dos custos de produção e mix de produtos;
e) Adição de PET na formulação da espuma para conseguir redução de cerca de 6% (seis por
cento) de custo nos blocos;
f) Reavaliação e redução dos riscos dos planos de negócios, identificando prioritariamente as
linhas de maior rentabilidade;
g) Alteração nas políticas de crédito e cobrança, para maior atuação na redução da
inadimplência e recuperação de crédito;
h) Aumento de vendas através da contratação de executivo de mercado e alteração da
estrutura comercial – foco em abertura de novos clientes e atuação geográfica;
i) Renegociação de custo de transporte com parceiros atuais para adequação a valores de
concorrentes, bem como contratação de novos parceiros;
j) Restabelecimento de recursos retidos e/ou usados para amortização de dívida pelos bancos,
reduzindo a necessidade de desconto de títulos e consequente redução das despesas
financeiras; e
k) Desenvolvimento de plano de contingência para futuras situações de redução da margem
bruta.
4 Credor aderente, para os efeitos legais deste PLANO, são aqueles não sujeitos legalmente aos efeitos da RJ, porém por
livre iniciativa e mediante prévia formalização junto ao Administrador Judicial, adere aos termos aqui estabelecidos.
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3.4. Plano de reestruturação financeira
3.4.1 Proposta de pagamento aos credores sujeitos à recuperação judicial e
aderentes
O PLANO tem como escopo:
a) Preservar a RECUPERANDA como unidade econômica geradora de empregos, tributos e
riqueza, assegurando assim o exercício de sua função social;
b) Superar sua atual situação econômica e financeira, recuperando-se com isso o valor da
empresa e de seus ativos; e
c) Atender aos interesses de seus credores indicando as fontes dos recursos e o cronograma
de pagamento, sem riscos adicionais às relações originalmente estabelecidas antes do
pedido de recuperação judicial.
Após análise da situação econômica e financeira no cenário de retomada, com os devidos ajustes
operacionais realizados ou em andamento, considerando as possibilidades trazidas pelo artigo 50
da Lei 11.101/2005, a RECUPERANDA se utilizará dos seguintes meios de recuperação:
1. Concessão de prazos e condições especiais de pagamento das obrigações vencidas e
vincendas;
2. Equalização de encargos financeiros;
3. Novação de dívidas, com substituição de garantias; e
4. Venda de ativos para recomposição do capital de giro.
3.4.1.1. Concessão de prazos e condições especiais de pagamento das obrigações
vencidas e vincendas
CLASSE I
Aos credores inscritos na Classe I, o pagamento ocorrerá em até 12 (doze) meses, considerado
como “mês um” os 30 dias posteriores à data de publicação da decisão de homologação do Plano
de Recuperação Judicial.
No que tange aos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores
ao pedido de recuperação judicial, esses serão pagos no prazo de 30 (trinta) dias contados da
publicação no Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás da decisão da
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homologação do Plano de Recuperação, observando assim plenamente o disposto no art. 54 da Lei
11.101/2005.
Art. 54, Lei 11.101/2005. “O plano de recuperação judicial não
poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos
créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de
acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de
recuperação judicial”.
Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior
a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco)
salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza
estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao
pedido de recuperação judicial.” (grifo nosso).
Eventuais credores posteriormente habilitados estarão sujeitos às condições de prazo aqui
estabelecidas.
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Aos credores inscritos na Classe III é disponibilizada a seguinte forma de pagamento: O valor
atualizado, nos termos do item 3.4.1.2., pago em 222 (duzentas e vinte e duas) parcelas mensais,
após aplicado deságio de 55% (cinquenta e cinco por cento), vencendo-se a primeira no 19º
(décimo nono) mês posterior à data de trânsito em julgado da decisão de homologação do Plano de
Recuperação Judicial.
Eventuais credores posteriormente habilitados estarão sujeitos às condições de prazo aqui
estabelecidas.
C L A S S E I V
Aos credores inscritos na Classe IV é disponibilizada a seguinte forma de pagamento: O valor
atualizado, nos termos do item 3.4.1.2., pago em 48 (quarenta e oito) parcelas mensais, vencendo-
se a primeira no 13º (décimo terceiro) mês posterior à data de trânsito em julgado da decisão de
homologação do Plano de Recuperação Judicial.
Eventuais credores posteriormente habilitados estarão sujeitos às condições de prazo aqui
estabelecidas.
3.4.1.2. Equalização de encargos financeiros
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Em face da necessidade de equalização dos encargos financeiros, todas as dívidas sujeitas ao
presente Plano de Recuperação ou mesmo em caso de eventual crédito aderente ou
posteriormente habilitado, estarão sujeitas a seguinte política de encargos financeiros:
Credores Classe I, III e IV:
I. Juros: Os valores sofrerão reajuste a partir da data de publicação da decisão
de homologação do PLANO pelo índice INPC/IBGE, observado a redução
proporcionada pela aplicação de bônus de adimplência abaixo explicitado.
II. Inadimplemento: Até 30 (trinta) dias de atraso incidirá multa diária de
0,015% (quinze milésimos por cento) sobre o valor não pago. Acima deste
prazo a não liquidação da obrigação caracterizará o não cumprimento do
presente PLANO, ensejando todas as consequências previstas na LRF.
Bônus de adimplência:
Sobre os encargos financeiros será concedido bônus de adimplência de 15% (quinze por cento),
inclusive durante a carência, desde que as prestações da dívida (principal e/ou encargos
financeiros) sejam pagas integralmente até a data do respectivo vencimento, calculado pelo
sistema price. O atraso de qualquer das parcelas não invalida a aplicação do bônus no mês
seguinte, deixando de ser aplicado apenas no mês em que tenha ocorrido o atraso.
Eventuais credores posteriormente habilitados estarão sujeitos às condições de equalização de
encargos financeiros aqui estabelecidas.
Valores disponibilizados, por classe, para pagamento conforme fluxo de caixa apurado (já
considerada aplicação do juro)
CLASSE VALORES EM R$
I R$ 88.577,82
III R$ 22.249.889,64
IV R$ 646.927,40
Valores a serem desembolsados anualmente com pagamento de dívidas
ANO VALOR
Primeiro Ano R$ 1.005.029,33
Segundo Ano R$ 1.154.694,42
Terceiro ao quinto ano R$ 1.283.107,87
Sexto ao último ano R$ 1.131,756,60
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O ônus da recuperação foi de tal forma equilibrado entre as partes, que mesmo propondo desconto
na dívida, ao longo do período do alongamento a RECUPERANDA estará pagando, a título de juros,
R$ 11.510.038,68 (considerando a taxa INPC 9,82% aa e aplicado bônus de adimplência).
3.4.1.3. Novação de dívidas com substituição das garantias
Este PLANO, consoante a Lei 11.101/2005, implica em novação objetiva e real dos créditos
concursais, obrigando a RECUPERANDA e todos os Credores a ele sujeitos, bem como os seus
respectivos cessionários e sucessores a qualquer título.
Sua aprovação pelos credores, na forma da lei, e sua posterior homologação pelo juízo competente,
implica na automática, irretratável e irrevogável liberação e desoneração de todos os coobrigados,
garantidores solidários e subsidiários, inclusive de obrigações de natureza trabalhista, por qualquer
responsabilidade derivada de garantia fidejussória de qualquer espécie, inclusive, mas não
somente, por força de aval e fiança, que haja sido outorgada a credores para assegurar o
pagamento de obrigações da RECUPERANDA.
Os credores, por consequência, não poderão ajuizar ou prosseguir com ações ou execuções judiciais
contra a RECUPERANDA e/ou seus coobrigados e/ou garantidores em geral, tais como, mas não se
limitando a, avalistas e fiadores, relativas e sujeitas ao presente processo de recuperação judicial
enquanto o PLANO estiver sendo cumprindo. Todas as ações e execuções judiciais em curso contra
a RECUPERANDA e seus garantidores, relativas aos créditos anteriores ao seu pedido de
recuperação judicial, serão extintas.
Todos os credores concursais, por sua vez, com a novação ficam desde já obrigados, sob pena de
responderem civilmente por prejuízos à RECUPERANDA, a cancelarem os protestos por ventura
efetuados, pelo fato de não mais existir dívida mercantil ou de serviços não pagos, enquanto o
PLANO estiver sendo cumprido. A manutenção dos protestos, além de colidir com a novação
decorrente da aprovação do PLANO, causa indevida restrição ao crédito da RECUPERANDA.
Os pagamentos efetuados na forma prevista no presente PLANO implicam em quitação plena,
irrevogável e irretratável de todos os créditos nele contemplados, aí se incluindo não só o valor
principal, mas juros, correção monetária, penalidades e indenizações. Efetivada a quitação, esses
credores não mais poderão reclamá-los contra a RECUPERANDA.
3.4.1.4. Venda de ativos para recomposição do capital de giro
A aprovação deste PLANO autoriza a RECUPERANDA a proceder à alienação ou permuta de ativos
permanentes móveis contabilizados, individualmente, por até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
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reais) e relacionados no DOC 02, para recomposição de seu fluxo de caixa, atendendo o disposto no
art. 66, da LRF.
Art. 66 Lei 11.101/2005. “Após a distribuição do pedido de
recuperação judicial, o devedor não poderá alienar ou onerar bens
ou direitos de seu ativo permanente, salvo evidente utilidade
reconhecida pelo juiz, depois de ouvido o Comitê, com exceção
daqueles previamente relacionados no plano de recuperação
judicial.” (grifo nosso)
A venda de bens móveis até o valor acima estabelecido, corriqueiro no meio empresarial,
principalmente no que se refere à renovação de frota após quitação das operações de leasing e/ou
Finame, vem atender importante demanda operacional da RECUPERANDA, que poderia colocar em
risco o bom desenvolvimento de suas atividades se dependesse sempre de prévia autorização do
juízo do processo para tais movimentações.
Durante o período em Recuperação Judicial, toda e qualquer venda de ativo será previamente
comunicada ao Sr. Administrador Judicial, que poderá acompanhar todo o processo de alienação e
internalização dos respectivos recursos financeiros.
3.5. Cenário falimentar
Art. 73, Lei 11.101/2005. “O juiz decretará a falência durante o
processo de recuperação judicial:”
I. Por deliberação da assembleia geral de credores, na forma do
art. 42 desta Lei;
II. (...)
III. Quando houver sido rejeitado o plano de recuperação, nos
termos do parágrafo 4º do art. 56 desta Lei;
IV. (...)
Uma vez decretada a falência da RECUPERANDA, ela será desativada e seus proprietários afastados
de suas atividades, salvo se o juiz pronunciar-se quanto à continuação provisória das atividades da
empresa sob a gestão do administrador judicial (art. 99, inciso XI, LRF).
Independente de sua continuidade operacional, no entanto, o pagamento das dívidas existentes,
após realização do ativo, ocorrerá na seguinte ordem conforme disposto na Lei 11.101/2005:
1º. Despesas indispensáveis à administração da falência, inclusive na hipótese de continuação
provisória da operação (art. 150);
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2º. Créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores à
decretação da falência, até o limite de cinco salários mínimos por trabalhador (art. 151);
3º. Restituições dos bens de terceiros em posse da empresa e créditos extraconcursais (arts. 84,
85 e 149). Lembrando que são créditos extraconcursais as remunerações devidas ao
administrador judicial e seus auxiliares, créditos derivados da legislação do trabalho ou
decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da
falência, quantias fornecidas a Recuperanda pelos credores, despesas com arrecadação,
administração, realização do ativo e distribuição de seu produto e custas judiciais;
4º. Créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários mínimos por credor e
os decorrentes de acidentes de trabalho;
5º. Créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
6º. Créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição,
excetuadas as multas tributárias;
7º. Créditos com privilégio especial previsto no art. 964, da Lei 10.406 e 965, bem como os
previstos no parágrafo único do art. 67 da Lei 11.101; e
8º. Créditos quirografários.
Os ativos permanentes da RECUPERANDA, compostos exclusivamente por máquinas industriais,
foram avaliados em R$ 2.885.606,36 (Doc. 02), em maio de 2016. Desta forma, considerando as
prioridades estabelecidas pela LRF, fica claro que a convolação da recuperação em falência traz
consigo toda uma carga de efeitos negativos a todos os envolvidos, em especial aos credores
quirografários.
Falamos de dívidas que não serão pagas, novos negócios que não serão concretizados, impostos
que não serão recolhidos, consumidores desatendidos e trabalhadores desempregados.
4. Laudo econômico-financeiro e demonstração da viabilidade econômica (art. 53, II
e III, LRF)
O Laudo técnico integrado ao presente Plano de Recuperação Judicial da RECUPERANDA (Doc. 01),
demonstra sua viabilidade econômica e financeira, promovendo a preservação de sua função social
e o estímulo à atividade econômica.
4.1 Premissas
As premissas assumidas na elaboração deste PLANO, fundamentadas nos documentos e
informações fornecidos pela RECUPERANDA, são apresentadas como fatos certos, seguros e reais
devidamente fundamentados no dia a dia operacional da empresa e na legislação pertinente.
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O PLANO foi elaborado levando em consideração que a forma de pagamento aos credores está
diretamente relacionada à disponibilidade de recursos projetada ano a ano. Assim sendo, projetou-
se o resultado financeiro da empresa e respectivo fluxo de caixa para os próximos anos, com a
identificação dos volumes disponíveis de recursos para liquidação da dívida da Empresa.
Apresenta-se nas planilhas anexas (Doc. 01):
1. Demonstração do fluxo de caixa sem a Recuperação Judicial;
2. Histórico de receitas;
3. Projeção de receitas;
4. Projeção de custos fixos e variáveis;
5. Necessidade de capital de giro; e
6. Projeção de fluxo de caixa e capacidade de pagamento com a devida indicação de
geração de recursos necessários à quitação de todos os débitos da empresa.
Os pilares básicos da projeção de Fluxo de Caixa são os seguintes:
I. Para o ano I foi considerada a tendência de faturamento observada em 2016, face à
crise econômica brasileira, projetamos redução de mais 9% (nove por cento) da
receita total em relação à média histórica (últimos 3 anos). Projetada a retomada de
3% ao ano a partir do ano II, estabilizando no ano VI.
II. Margem antes do financeiro estabilizada em 7,15%.
III. As projeções de custos variáveis e fixos são fundamentadas a partir da média
histórica das empresas, considerando os ajustes operacionais realizados nos últimos
meses.
IV. Ao longo de todo o período pro etado foi condição “sine qua non” que os saldos
acumulados finais de caixa fossem positivos, confirmando a capacidade de
recuperação da empresa e pagamento de suas obrigações dentro das hipóteses
apresentadas no PLANO de forma líquida e certa.
V. Considerada reserva para contingências anuais de menos de 2% (dois por cento),
direcionando o máximo de recursos para o pagamento de dívidas.
5. Considerações finais
Para todos os efeitos legais, considera-se como data da homologação judicial do presente Plano a
correspondente à publicação no diário oficial da decisão judicial proferida, pelo juízo da
recuperação, que conceder a recuperação judicial.
O Plano, uma vez homologado, vincula a RECUPERANDA e todos os seus credores, bem como os
seus respectivos cessionários e sucessores a qualquer título.
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Todos os protestos cambiais de débito sujeito à recuperação judicial deverão ser baixados pelos
credores, na medida em que sua manutenção, além de colidir com a novação decorrente da
aprovação do plano judicial, causa indevida restrição ao crédito da RECUPERANDA. Os credores
deverão adotar tal providência no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados da decisão que
conceder a recuperação judicial, sob pena de, em não o fazendo, autorizar que a RECUPERANDA o
faça, as suas expensas, compensando os valores a tanto necessários com quaisquer valores devidos
aos credores.
Caso qualquer pagamento ou ato estiver programado, de acordo com o PLANO, para ser efetivado
ou realizado em dia não útil, tais como sábados, domingos, feriados ou datas em que não haja
expediente bancário na Comarca onde tramitam os autos da recuperação judicial, fica
automaticamente prorrogado para o próximo dia útil o prazo para o pagamento ou prática do ato
respectivo.
Os pagamentos efetuados na forma prevista no presente Plano implicam em quitação plena,
irrevogável e irretratável de todos os créditos nele contemplados, aí se incluindo não só o valor do
principal, mas juros, correção monetária, penalidades e indenizações. Efetivada a quitação, esses
credores não mais poderão reclamá-los contra a RECUPERANDA.
O Plano poderá ser alterado a qualquer tempo após sua homologação judicial e antes de seu
integral cumprimento, por iniciativa da RECUPERANDA e mediante a convocação de Assembleia
Geral de Credores. Tais alterações dependerão da aprovação da RECUPERANDA e da maioria dos
créditos presentes na Assembleia Geral de Credores, mediante a obtenção do quórum, segundo art.
45 c/c o art.58, caput e § 1º, da Lei 11.101/2005.
Os credores poderão ceder seus créditos a outros credores ou a terceiros, à expressa aceitação
pelos cessionários de que o crédito cedido está sujeito às condições do presente Plano, estando a
cessão condicionada, contudo, à notificação de sua ocorrência à RECUPERANDA e ao Juízo da
Recuperação Judicial.
Este Plano será considerado como descumprido na hipótese de o atraso no pagamento de
quaisquer parcelas previstas não ser sanado no prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação da
RECUPERANDA pelo respectivo credor.
Decorridos dois anos da homologação judicial do presente Plano sem que haja o descumprimento
de quaisquer disposições vencidas até então ou, antecipadamente, desde que a RECUPERANDA
antecipe os compromissos previstos para este período, caso venha a ocorrer cenário econômico
mais otimista do que o projetado, poderá a RECUPERANDA requerer ao juízo o encerramento do
processo de recuperação judicial.
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O juízo da Recuperação judicial será o foro competente para dirimir toda e qualquer controvérsia
ou disputa oriunda deste Plano, até o encerramento do processo de Recuperação Judicial.
Posteriormente será, para dirimir toda e qualquer controvérsia ou disputa oriunda deste PLANO, o
da Comarca de Goiânia - GO.
6. Conclusão
A Argumento Assessoria e Projetos Ltda., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11.347.265/0001-87 e
CRA/GO 01450-PJ, contratada para elaboração do presente Plano de Recuperação Judicial,
alicerçada na análise setorial realizada, nos documentos, informações e premissas fornecidas pela
RECUPERANDA, mantidas as projeções econômicas e financeiras, certifica que a aprovação do
PLANO representa a continuidade corporativa da empresa através da superação da crise financeira,
retomada da rentabilidade e equalização de seu fluxo de caixa, garantindo ainda a manutenção dos
empregos e o pagamento dos credores sem riscos adicionais às relações originalmente
estabelecidas antes do pedido de recuperação judicial. O valor da empresa em funcionamento,
assim, não só é superior ao que seria obtido em caso de liquidação, como apenas sua continuidade
atende aos múltiplos interesses envolvidos.
Goiânia (GO), 13 de junho de 2016
Ultra Flex Colchões Indústria Brasileira Ltda.
Argumento Assessoria e Projetos Ltda.
CRA/GO 01450-PJ
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DOC 01 Laudo econômico-financeiro 1. Demonstração do fluxo de caixa sem a Recuperação Judicial:
2. Histórico de receitas:
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3. Projeção de receitas:
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4. Projeção de custos fixos e variáveis:
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5. Necessidade de Capital de Giro:
6. Projeção de fluxo de caixa e capacidade de pagamento com a devida indicação de geração de recursos necessários à quitação de todos os débitos da empresa:
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DOC 02 Laudo de avaliação dos bens e ativos (art. 53 LRF)
Considerando que os ativos permanentes da RECUPERANDA são compostos apenas por máquinas e
equipamentos industriais, os procedimentos técnicos empregados no presente laudo, avaliação
de mercado realizado por empresas revendedoras dos bens avaliados e tabela fipe para os veículos,
estão de acordo com os critérios estabelecidos pelas normas de avaliação. Assim, o presente
laudo apresenta os bens que estão relacionados no ativo permanente da RECUPERANDA, valorados
com base nos preços que o mercado atribui a equipamentos similares, em especificação técnica e
tempo de uso (marcado em amarelo). Demais itens considerados de baixo valor foram mantidos os
preços originais de aquisição.
Descrição do bem Aquisição Valor original
Código Conta Patrimonial
1 BATEDOR INDUSTRIAL MODELO CF 17000 19/10/2007 200.000,00 8 BATEDOR
3 SCANNER SANJET HP 11/02/2009 335,00 2 IMPRESSORAS E SCANNERS
4 MAQUINA MULTIAGULHAS MUTINGA 26/05/2010 215.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
5 SCANNER 07/01/2011 873,30 2 IMPRESSORAS E SCANNERS
6 IMPRESSORA LASERJET HP 04/04/2008 595,00 2 IMPRESSORAS E SCANNERS
7 MAQ. GRAMP PN NR2000 03/02/2009 1.777,05 1 MAQUINAS DE COSTURA
8 MAQUINA CORTAR TECIDOS ACOLCHOADOS MUTING 26/05/2010 18.355,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
9 SCANNER COMPEX CPX - Z6082 07/01/2011 2.453,05 2 IMPRESSORAS E SCANNERS
10 MAQUINA MULTIAGULHAS MUTINGA LOOPER 02/04/2008 260.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
11 BATEDOR IND P BLOCOS CILINDRICOS MOD CF27 04/06/2010 100.000,00 8 BATEDOR
12 COMPUTADOR 11/01/2011 3.352,00 15 COMPUTADORES
13 MAQUINA COSTURA INDUSTRIAL 02/05/2008 1.857,10 1 MAQUINAS DE COSTURA
14 ESTABILIZADOR KTR 10000 AT 23/06/2010 5.100,00 15 COMPUTADORES
15 CALCULADORA SHARP EL 2630P 3 220V 18/02/2011 436,00 15 COMPUTADORES
16 CLIMATIZADOR FOG 3 CINZA 220V ROTO C SUPO 11/07/2008 3.080,00 9 CLIMATIZADOR
17 GRAMPEADOR MEIA LUA BG 320 C-LW 16/08/2010 2.467,50 5 GRAMPEADOR
18 COMPRESSOR DE AR 60 CPM 425 LT MSWV-FORT 07/02/2011 8.400,00 11 COMPRESSOR
19 MAQUINA MONOAGULHA CNC MOD MT DIMENSAO MA 07/08/2008 95.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
20 COMPUTADOR 15/09/2010 1.370,00 15 COMPUTADORES
21 BEBEDOR IBBL INOX BAG - 040 14/02/2011 2.516,00 16 BEBEDOR
22 BEBEDOURO GFN 2000 220V BR 13/08/2008 777,40 16 BEBEDOR
23 TRANSFORMADOR COMPLETO 27/09/2010 1.204,00 10 TRANSFORMADORES
24 MÁQUINAS MULTIAGULHAS MUTINGA 14/02/2011 215.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
25 BEBEDOURO GFN 2000 220V 27/08/2008 777,40 16 BEBEDOR
26 MESA PARA APOIO CABEÇOTE 10/09/2010 17.000,00 4 MESA APOIO
27 MESA PARA APOIO CABEÇOTE 07/02/2011 8.500,00 4 MESA APOIO
28 GRAMPEADOR PN NR 2000 / GS 21/10/2008 1.590,75 5 GRAMPEADOR
29 MAQUINA DE COSTURA INDUSTRIAL 10/09/2010 8.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
30 MAQUINA COSTURA INDUSTRIAL HOLDEN WP - 33 04/02/2011 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
31 MOINHO GRANULADOR PARA PLASTICO MODELO 17/12/2008 12.739,00 17 MOINHO
32 CALCULADORA ELGIN - MB 7123 N° SERIE 9006 19/10/2010 358,00 15 COMPUTADORES
33 VENTILADOR POWER 10 24/08/2009 15.040,00 18 VENTILADOR
34 SCANNER HP G 2710 18/10/2010 780,00 2 IMPRESSORAS E SCANNERS
35 CALCULADORA SHARP 220V 15/09/2009 738,00 15 COMPUTADORES
36 MAQUINA AUTOMATICA PARA BORDAR 17/10/2010 28.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
37 IMPRESSORA HP MULTIFUNCIONAL C4480 06/11/2009 370,65 1 MAQUINAS DE COSTURA
38 MOVEIS GAVETEIRO E MESAS 11/10/2010 1.231,84 4 MESA APOIO
39 BEBEDOURO GFN 200 220V BR IBBL 02/12/2009 507,00 16 BEBEDOR
40 RESERVATORIO HORIZONTAL 200 LTS 06/07/2011 1.200,00 12 RESERVATORIO HORIZONTAL
41 PISTOLA MOD. 25 101620000 P/ TANQUE 07/07/2011 1.156,00 13 PISTOLA TANQUE
42 CADEIRA FELL GIR 05/07/2011 1.416,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
43 2 COMPUTADORES NF.3407 20/07/2011 2.580,00 15 COMPUTADORES
44 PROCESSADOR DUAL CORE E5700 3.0 GHZ 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
45 MEMORIA 4 GIGA DDR3 1333 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
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46 HARD DISK 500 GIGA SATA II 26/08/2011 0,00 15 COMPUTADORES
47 GRAVADORA DVD SATA 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
48 GABINETE PRETO 4 BAIAS 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
49 TECLADO MULTI MIDIA PRETO/PRATA 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
50 MOUSE OPTICO USB/PS2 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
51 CAIXA DE SOM SPSEAKER FLAT 3 RMS 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
52 MONITOR LED 18.5 POL SA300 SAMSUNG 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
53 MB GIGABYTE GA-G41MT-S2 20/07/2011 0,00 15 COMPUTADORES
54 NO-BREAK 2.2 SMS BI POWER VISION 02BAT 29/07/2011 8.180,00 15 COMPUTADORES
55 BATERIA 45 AH START AJAX 29/07/2011 1.500,00 15 COMPUTADORES
56 CABO P/ CONEXÃO EXTERNA NO-BREAK 29/07/2011 210,00 15 COMPUTADORES
59 GRAMPEADOR PNEUMATICO PRATIKO 3001 PCW/80 09/06/2011 510,00 5 GRAMPEADOR
60 AR CONDICIONADO SPLIT 24000 BTUS 220V 10/06/2011 3.312,00 9 CLIMATIZADOR
61 FILTRO AQUALAR BR/BR AP200F 17/06/2011 155,00 16 BEBEDOR
62 BEBEDOURO PRESS. IBBL INOX BAG-40 17/06/2011 615,00 16 BEBEDOR
63 CADEIRA FELL GIR PR/CR 16/06/2011 3.068,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
64 CADEIRA FELL SKIN PR/CR 16/06/2011 1.332,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
65 ARQUIVO TECA ITALIA 16/06/2011 568,59 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
66 ARMARIO BALCAO COM CHAVE TECA ITALIA 16/06/2011 478,84 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
67 MESA ANGULAR C/PE METALICO TECA ITALIA 16/06/2011 1.276,86 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
68 MESA DE REUNIÕES 2.20 MT CARVALHO FRANCES 16/06/2011 325,87 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
69 CALCULADORA SHARP EL-2630P 3 220V 02/08/2011 436,00 15 COMPUTADORES
70 MAQUINA PREENCHER CHEQUES 13/05/2011 1.220,00 15 COMPUTADORES
71 SELADORA - MESA APOIO CAB 13/05/2010 11.800,00 6 SELADORA
72 MAQUINA COSTURA INDUSTRIAL 13/05/2010 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
73 MAQUINA DE COSTURA 30/06/2010 1.400,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
74 CLIMATIZADOR 29/07/2010 990,00 9 CLIMATIZADOR
75 VENTILADOR SOLAST CLIMATIZADOR 29/07/2010 990,00 7 VENTILADOR
76 MAQUINA DE COSTURA 04/10/2010 5.200,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
77 MAQUINA COSTURA 26/10/2010 12.500,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
78 MAQUINA COSTURA 26/11/2010 1.900,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
79 MAQUINA FILIGR. 22/12/2010 14.500,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
80 MAQUINA CORTAR 29/09/2009 920,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
81 MAQUINA COSTURA 17/07/2009 4.950,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
82 SELADORA 14/04/2009 3.300,00 6 SELADORA
83 MAQUINA DE GRAMPEAR 06/02/2009 1.491,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
84 MAQUINA C COMP 08/09/2008 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
85 MESA APOIO 08/09/2008 7.200,00 4 MESA APOIO
86 MAQUINA C COMP 27/05/2008 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
87 MESA APOIO 27/05/2008 7.200,00 4 MESA APOIO
88 MAQUINA C IND 28/02/2008 3.100,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
89 MESA DE APOIO 18/02/2008 7.200,00 4 MESA APOIO
90 MAQUINA C IND. 18/02/2008 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
91 MESA DE APOIO 13/12/2007 7.200,00 4 MESA APOIO
92 MAQUINA DE COSTURA 13/12/2007 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
93 MESA DE APOIO 23/11/2007 7.200,00 4 MESA APOIO
94 MAQUINA DE COSTURA 23/11/2007 4.000,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
95 VENTILADOR POWER 10 MONOFASICO 220V 16/08/2011 4.020,00 7 VENTILADOR
96 VENTILADOR P/ CLIMAT. V 70CM 150W PAREDE 220V 16/08/2011 880,00 7 VENTILADOR
97 KIT CLIMATIZADOR DELTA BRISA 220V PRETO 16/08/2011 3.450,00 9 CLIMATIZADOR
98 LEITOR HONEYWELL ECLIPSE USB BLACK MK-5145 LASER 22/08/2011 748,80 15 COMPUTADORES
99 MONITOR LED 18.5 POL. S19A300M 30/08/2011 399,00 15 COMPUTADORES
100 TECLADO MULTI MIDIA PRETO/PRATA 30/08/2011 25,00 15 COMPUTADORES
101 MOUSE OPTICO USB/PS2 30/08/2011 15,00 15 COMPUTADORES
102 FREEZER HORIZ H210 201L BC 220V 01/09/2011 860,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
105 SWITCH 24 PORTAS RACK INTELBRAS 05/10/2011 870,00 15 COMPUTADORES
106 REGUA RACK 06 TOMADAS 05/10/2011 60,00 15 COMPUTADORES
107 CABO P/ CONEXAO EXTERNA NO-BREAK 05/10/2011 75,00 15 COMPUTADORES
108 AR CONDICIONADO SPLIT 220 V 04/10/2011 645,90 7 VENTILADOR
109 VENTILADOR P/ CLIMAT. 3 V 70CM 150W PAREDE 220 V 01/10/2011 970,00 7 VENTILADOR
110 KIT CLIMATIZADOR DELTA BRISA 220 V PRETO 01/10/2011 1.410,00 9 CLIMATIZADOR
111 PROCESSADOR I3-2100 3.1 GHZ 3M 1155 07/10/2011 325,00 15 COMPUTADORES
112 MEMORIA 4 GIGA DDR3 1333 07/10/2011 95,00 15 COMPUTADORES
113 HARD DISK 500 GIGA SATA II 07/10/2011 120,00 15 COMPUTADORES
114 GRAVADORA DVD SATA 07/10/2011 55,00 15 COMPUTADORES
115 GABINETE PRETO 4 BAIAS 07/10/2011 75,00 15 COMPUTADORES
116 TECLADO PADRAO ABNT II USB/PS2 07/10/2011 20,00 15 COMPUTADORES
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117 MOUSE OPTICO USB/PS2 07/10/2011 15,00 15 COMPUTADORES
118 MONITOR LED 19P S19A300M 07/10/2011 365,00 15 COMPUTADORES
119 MB GIGABYTE GA-H67MA-UD2H 1155 07/10/2011 360,00 15 COMPUTADORES
120 LAVADORA BWC10A CLEAN 10KG BC 220V 25/10/2011 1.039,50 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
121 SERVIDOR POWEREDGE T410 01/11/2011 7.529,69 15 COMPUTADORES
122 SERVIDOR POWEREDGE T410 C/ UNIDADE DE BACKUP 01/11/2011 10.529,44 15 COMPUTADORES
123 MESA PARA APOIO DE CABEÇOTE 01/11/2011 8.900,00 4 MESA APOIO
124 MAQUINA DE COSTURA INDUSTRIAL HOLDEN WP-335G 01/11/2011 3.600,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
125 NO-BREAK CM SOLUTION S1 3,00KVA 1F1N 220V 60HZ 11/11/2011 6.316,00 15 COMPUTADORES
126 PROCESSADOR I3-2100 3.1 GHZ 3M 1155 08/11/2011 345,00 15 COMPUTADORES
127 MB PCWARE IPMH61R1 LGA 1155 08/11/2011 225,00 15 COMPUTADORES
128 GRAVADORA DVD SATA 08/11/2011 55,00 15 COMPUTADORES
129 GABINETE PRETO 4 BAIAS 08/11/2011 75,00 15 COMPUTADORES
130 HARD DISK 500 GIGA SATA II 08/11/2011 139,00 15 COMPUTADORES
131 MEMORIA DDR3 2 GIGA KINGSTON 08/11/2011 80,00 15 COMPUTADORES
132 PROCESSADOR I-3 2100 3.1 GHZ 3M 1155 14/11/2011 345,00 15 COMPUTADORES
133 MEMORIA 4 GIGA DDR3 KINGSTON 14/11/2011 80,00 15 COMPUTADORES
134 HARD DISK 500 GIGA SATA II 14/11/2011 187,00 15 COMPUTADORES
135 GRAVADORA DVD SATA 14/11/2011 60,00 15 COMPUTADORES
136 GABINETE PRETO 4 BAIAS 14/11/2011 75,00 15 COMPUTADORES
137 TECLADO MULTI MIDIA PRETO/PRATA 14/11/2011 25,00 15 COMPUTADORES
138 MOUSE OPTICO USB/PS2 14/11/2011 15,00 15 COMPUTADORES
139 MONITOR LED 19P S19A300M 14/11/2011 365,00 15 COMPUTADORES
140 MB INTEL DH61CR 1155 14/11/2011 408,00 15 COMPUTADORES
142 SISTEMA COMUTADOR POWERCONECT 24 PORTAS GBE MANAGED SWITCH
18/11/2011 1.614,55 15 COMPUTADORES
143 TV LCD 32 TCL32C30B USB/SD DTV 08/12/2011 820,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
144 CALCULADORA SHARP EL-2630P 220V 15/12/2011 1.440,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
145 HD DISK 500 GIGA SATA II 22/12/2011 5.850,00 15 COMPUTADORES
146 MAQUINA DE COSTURA INDUSTRIAL HOLDEN WP-335G 04/01/2012 3.600,00 1 MAQUINAS DE COSTURA
147 MESA PARA FECHAMENTO DE COLCHÕES ZIMAQ ZMQ-2007 04/01/2012 8.900,00 4 MESA APOIO
148 MOINHO GRANULADOR MODELO S.500 40CV COMPLETO DE
DIRECIONADOR
26/01/2012 46.000,00 17 MOINHO
149 BEBEDOURO REFRIGERADO COLORMAQ 220V 13/02/2012 334,00 16 BEBEDOR
150 BEBEDOURO REFRIGERADO COLORMAQ 220V 10/02/2012 334,00 16 BEBEDOR
151 SWITCH HPN PROCURVE V1410 2410/100 Mbps 2G J9664A - HPN 16/02/2012 1.080,00 15 COMPUTADORES
152 ARMARIO 4 GAVETAS MDF CINZA 07/03/2012 450,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
153 ARMARIO ALTO MDF CINZA 1,75X0,75X0,35 07/03/2012 760,00 19 MOVEIS DO ESCRITORIO
154 NOTEBOOK AUREX IS1558 CI3 4/500GB W7 01/03/2012 1.869,90 15 COMPUTADORES
155 NOTEBOOK AUREX IS1558 CI3 4/500GB W7 01/03/2012 1.869,90 15 COMPUTADORES
156 GAB. WISECASE ATX 4 BAIAS MOD 401 03/04/2012 106,50 15 COMPUTADORES
157 HD SEAGATE SATA 500GB 7200RPM 03/04/2012 429,60 15 COMPUTADORES
158 MON SAMSUNG 18.5 LED WIDESCREEN S19A300M 03/04/2012 926,10 15 COMPUTADORES
159 TEC DUEX USB PRETO DX-41SU 03/04/2012 75,00 15 COMPUTADORES
160 MOUSE DUEX USB EMBORRACHADO PRETO 03/04/2012 40,00 15 COMPUTADORES
161 PROC. INTEL DUAL CORE E5700 3.0GHZ-775/800MHZ/2MB BOX 03/04/2012 318,20 15 COMPUTADORES
162 PLACA MAE INTEL DDR3 S/V/R DG41WV 03/04/2012 306,00 15 COMPUTADORES
163 MEM KINGSTON DDR3 4GB 1333MHZ 03/04/2012 154,40 15 COMPUTADORES
164 GAB. VAIP VP2111BS USB/ AUDIO FONTE 200W REAL PRETO/PRATA 01/04/2012 46,90 15 COMPUTADORES
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