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Plano de Remoção das Placas de Fibrocimento Degradadas Monitorização dos materiais com partículas de amianto

Plano de Remoção das Placas de Fibrocimento Degradadas · (fibrocimento), de forma a mante-lo em boas condições, evitando e/ou retardando, tanto quanto possível a sua degradação

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Plano de Remoção das Placas de

Fibrocimento Degradadas

Monitorização dos materiais com partículas de amianto

Enquadramento Legal

23 de junho de 2005 – Publicado o diploma que transpõe para

a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 1999/77/CE, da Comissão

Europeia, de 26 de junho, que limita a colocação no mercado e da

utilização de algumas substâncias e preparações perigosas.

DL nº 101/2005, 23 junho

“a utilização de produtos que contenham fibras de

amianto”(…) “e que já se encontrem instaladas e/ou em serviço

à data de entrada em vigor do presente diploma continua a ser

autorizada até à data da sua destruição ou fim de vida útil.”.

(ponto 16.2 do art.º 2.º)

9 fevereiro de 2011, Publicado o diploma que estabelece procedimentos e objectivos com vista à remoção de produtos que contêm fibras de amianto ainda presentes em edifícios, instalações e equipamentos públicos.

Lei nº 101/2005, 23 junho

“compete ao Governo estabelecer e regulamentar a aplicação de um plano calendarizado quanto à monitorização regular a efetuar e às ações corretivas a aplicar, incluindo a remoção dos materiais que contêm fibras de amianto presente nos edifícios, instalações e equipamentos públicos que integram a listagem referida no artigo anterior, bem como a sua substituição, quando for caso disso, por outros materiais não nocivos à saúde pública e ao ambiente.“

(ponto 1 do artigo 5º, sublinhado nosso)

“….o plano calendarizado, referido no número anterior, estabelece a hierarquia e as prioridades das ações corretivas a promover, incluindo a remoção das fibras de amianto em edifícios, instalações e equipamentos públicos, de acordo com o estado de conservação dos materiais."

(ponto 2 do artigo 5º, sublinhado nosso)

Especificidades técnicas

“[…] só são perigosas se estiverem muito

degradadas ou se estiverem acessíveis à

agressão direta, o que pode levar a que

se partam e haja uma libertação de

fibras, como o amianto, que podem ser

prejudiciais se forem inaladas. Contudo,

o fibrocimento é um material de muito

baixo risco. Só tem 10 a 20% de amianto

e tem um aglutinador muito forte, o

cimento, que liga as fibras. Não é com

facilidade que elas se desagregam e,

mesmo quando se libertam, é em

concentrações muito baixas”

Dra. Maria do Carmo Proença, Responsável pela Unidade de Ar e

Saúde Ocupacional do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo

Jorge,

Jornal de Noticias, 02.03.2014, pg.8

“[…]é ainda importante realçar

que os materiais que contêm

amianto e estão em bom estado

de conservação não libertam

fibras.”

Faculdade de Farmácia, Porto

www.ff.up.pt

“[…] Consoante a legislação nacional, os

materiais com amianto que estejam em

bom estado (ou seja, bem conservados,

confinados ou encapsulados

[fibrocimento]) podem ficar onde estão,

desde que haja um controlo e uma

gestão eficaz dos mesmos […].”

“[…] Como é óbvio, se o material não

estiver em boas condições, não puder

ser reparado com facilidade, por de fácil

acesso apresentar danos generalizados

e não for possível selá-lo nem confina-lo,

o material deve ser removido, […]”

ACT, Guia de Boas Práticas para prevenir ou minimizar os riscos

decorrentes do amianto em trabalhos que envolvam ou possam

envolver amianto, pp35 e 36

“[…] relativamente à exposição

em edifícios, a nível mundial têm

sido efectuados vários estudos

sendo dada principal importância

à conservação de material ou

eventual enclausuramento, em

detrimento da remoção […]”

“[…] nos edifícios onde há

material contendo amianto em

bom estado de conservação não

se justifica a sua remoção. […]”

ARS – Centro, Exposição a materiais contendo amianto

- Orientações Técnicas, pp3

“[…] O fibrocimento é um material que inclui amianto na sua composição. No entanto estão fortemente aglutinados pelo cimento, sendo a probabilidade de se libertarem deste tipo de material muito baixa, quase nula. A haver alguma libertação de fibras de amianto, ela acontecerá ocasionalmente, e apenas se o fibrocimento se encontrar degradado e/ou for sujeito a agressão direta. Deste facto resulta que o fibrocimento seja considerado como um material de risco muito reduzido. […]” “Recomenda-se: • Que apenas seja mantida vigilância do material que contem amianto

(fibrocimento), de forma a mante-lo em boas condições, evitando e/ou retardando, tanto quanto possível a sua degradação

• Que nos casos em que a degradação seja evidente ou o material se encontre acessível a agressão direta e frequente, seja ponderado o seu revestimento ou remoção […]”

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Departamento de Saúde Ambiental,

“Informação sobre risco de exposição a fibras de amianto em suspensão no ar provenientes de placas de fibrocimento aplicadas na construção de edifícios”

Estudo do MEC - 2010

Em 2010, promovido pela então Direção Regional de Educação

do Algarve, foi elaborado um estudo em 8 escolas do Algarve, sobre a qualidade do ar nas escolas.

O estudo em causa, realizado pelo Laboratório de Controlo de

Fibras (LCF), da empresa SAGIES – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, S.A., concluiu que a concentração de fibras totais respiráveis nas escolas analisadas se situa em valores muito inferiores ao Valor Limite de Exposição, fixado pela legislação em vigor.

Conclusões do estudo: i. “[…] as concentrações são muito inferiores ao valor limite de

exposição fixado pela Lei nacional”. ii. “[…] a ínfima concentração obtida era de esperar porque, no

fibrocimento, as fibras de amianto estão de tal modo agarradas ao cimento que é enorme a dificuldade de se libertarem para a atmosfera mesmo que o fibrocimento tenha dezenas de anos.”

iii. “[…] as concentrações obtidas foram, ainda inferiores ao valor limite de exposição adotado pelo Reino Unido, Alemanha, Suíça e mesmo Luxemburgo, que é o menor do mundo (0,01fibra/cm

3).”

iv. “[…] se, entretanto, alguma placa de fibrocimento se partir, é necessário substitui-la.”

Neste momento encontra-se em procedimento concursal e em fase de

adjudicação, através da DGEstE, a realização de um novo estudo

científico a efetuar, por amostragem, em escolas representativas de

todo o país, referente à análise da qualidade do ar em relação às

partículas em suspensão.

Procedimentos

• Estão a ser avaliadas, pela DGEstE, todas as escolas do País. Essa avaliação identifica o grau de prioridade de intervenção no sentido de se desenvolverem os procedimentos necessários após o final do ano letivo.

• As escolas já intervencionadas, com remoção das placas de fibrocimento degradadas, resultam da sua identificação como prioritárias nessa avaliação que está a ser concluída pelos serviços da DGEstE.

• Uma vez detetadas situações de deterioração do Fibrocimento,

optou-se por agir de imediato, abrindo os procedimentos que levassem à contratualização de empresas com reconhecida competência para o efeito e que procederiam à remoção das placas das zonas degradadas e à sua substituição, após aprovação pela ACT do seu plano de trabalhos específico.

• Esse trabalho foi efetuado, de acordo com a legislação em vigor, mantendo as restantes coberturas sob vigilância e monitorização.

Escolas Intervencionadas

• O processo de remoção das placas de fibrocimento degradadas, nas escolas do MEC, teve início com a sua apresentação pública em 1 de Março de 2013.

• Desde então, foram já realizadas intervenções em 147 escolas,

sendo que duas ainda se encontram em curso. • Este processo está em desenvolvimento, tendo durante as férias

da Páscoa sido iniciados procedimentos em 11 escolas, tendo sido finalizadas, nesse período, 2 dessas intervenções.

147 escolas intervencionadas sendo que duas ainda se encontram em curso.

11 escolas com procedimentos iniciados nas férias da páscoa, tendo sido finalizadas 2

dessas intervenções.

2013

2014

Escolas intervencionadas:

Plano de Intervenções

2014-2015

• O MEC prevê intervir durante o presente ano em cerca de 150 escolas de norte a sul do país, após a conclusão do 3º período letivo, dado que nas escolas do MEC não se efetuam intervenções durante o período de aulas.