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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO

ESTADO DE MATO GROSSO

DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL

SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 6 RELATÓRIO DA SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA PENITENCIÁRI O..................... 7

1 – DADOS GERAIS............................................................................................................ 8 CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 39 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 41 2. METODOLOGIA ....................................................................................................... 41 3. METAS DO PLANO DIRETOR ............................................................................... 41

META 01 – PATRONATOS.......................................................................................... 42 META 02 – CONSELHOS DE COMUNIDADE ......................................................... 43 META 03 – OUVIDORIA .............................................................................................. 44 META 04 – CORREGEDORIA .................................................................................... 46 META 05 – CONSELHOS DISCIPLINARES ............................................................ 47 META 06 – COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO .................................... 48 META 07 – ESTATUTO E REGIMENTO .................................................................. 50 META 08 – ASSISTÊNCIA JURÍDICA ...................................................................... 52 META 09 – DEFENSORIA PÚBLICA ........................................................................ 53 META 10 – PENAS ALTERNATIVAS ........................................................................ 56 META 11 – AGENTES, TÉCNICOS E PESSOAL ADMINISTRATIV O ............... 57 META 12 – QUADRO FUNCIONAL .......................................................................... 58 META 13 – ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ......................... 60 META 14 – ASSISTÊNCIA À SAÚDE ........................................................................ 61 META 15 – EDUCAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO ............................................ 62 META 16 – BIBLIOTECAS .......................................................................................... 64 META 17 – ASSISTÊNCIA LABORAL ...................................................................... 65 META 18 – ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA DO PRESO ............................................... 68 META 19 – INFORMATIZAÇÃO – INFOPEN ......................................................... 70 META 20 – AMPLIAÇÃO DO NÚMERO DE VAGAS ............................................. 71 META 21 – APARELHAMENTO E REAPARELHAMENTO ................................ 73 META 22 – MULHER PRESA E EGRESSA.............................................................. 74

DECLARAÇÃO DA SECRETÁRIA SOBRE O PLANO DIRETOR .............................. 76 ANEXOS .................................................................................................................................. 88

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO BLAIRO BORGES MAGGI

SECRETÁRIO DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA DIÓGENES GOMES CURADO FILHO

SECRETÁRIA ADJUNTA DE JUSTIÇA NEIDE APARECIDA DE MENDONÇA GOMES

APOIO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO:

COMISSÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO PRONASCI/DEPE N/MJ Carla Cristiane Tomm Aléssio Aldenucci Júnior COLABORAÇÃO (SAJU): Riad Omar Farah – Técnico em Desenvolvimento Econômico Flávio Henrique Cordeiro Piedade – Assistente Jurídico META 01 Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 02 Dr. Mário Kona – Juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá Fabiano Fratta – Assessor de Gabinete do Núcleo Sistêmico META 03 Dra. Neide Mendonça – Secretária Adjunta de Justiça META 04 Dra. Neide Mendonça – Secretária Adjunta de Justiça Silas Tadeu Caldeira – Presidente da Comissão Permanente de Procedimentos Administrativos Disciplinares META 05 José Carlos de Freitas – Diretor da Unidade Pascoal Ramos

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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META 06 Mara Lúcia Martins Magri – Técnica do Sistema Prisional META 07 Riad Omar Farah – Técnico em Desenvolvimento Econômico META 08 Dra. Neide Mendonça – Secretária Adjunta de Justiça Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 09 Dr. Marcos Rondon Silva – Defensor Público do Estado de Mato Grosso META 10 Dr. Mário Kona – Juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá Fabiano Fratta – Assessor de Gabinete do Núcleo Sistêmico META 11 Dra. Neide Mendonça – Secretária Adjunta de Justiça Riad Omar Farah – Técnico em Desenvolvimento Econômico META 12 Dra. Neide Mendonça – Secretária Adjunta de Justiça Riad Omar Farah – Técnico em Desenvolvimento Econômico META 13 Rowayne Soares Ramos – Coordenador de Ensino Penitenciário Valdir Rozeno – Líder de Programa de Capacitação Continuada Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 14 Lenir Peres – Técnico do Sistema Prisional – Gerente de Saúde Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 15 Rowayne Soares Ramos – Coordenador de Ensino Penitenciário Valdir Rozeno – Líder de Programa de Capacitação Continuada Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 16 Rowayne Soares Ramos – Coordenador de Ensino Penitenciário Valdir Rozeno – Líder de Programa de Capacitação Continuada Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 17 Mara Lúcia Martins Magri – Técnica do Sistema Prisional Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 18 Mara Lúcia Martins Magri – Técnica do Sistema Prisional Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance META 19 Altair Vicente Camilo Júnior – Gerente de Inteligência Prisional META 20 Waldir Santos Moreira – Engenheiro Civil do quadro da Sejusp META 21 Altair Vicente Camilo Júnior – Gerente de Inteligência Prisional META 22 Mara Lúcia Martins Magri – Técnica do Sistema Prisional Rowayne Soares Ramos – Coordenador de Ensino Penitenciário Valdir Rozeno – Líder de Programa de Capacitação Continuada Lenice Silva dos Santos – Presidente da Fundação Nova Chance Mônica Rodrigues de Sousa – Diretora Executiva da Fundação Nova Chance

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APRESENTAÇÃO

Qualquer medida que vise aprimorar uma situação prescinde, inicialmente, de informações que conduzam a um conhecer da realidade que se pretende alterar.

Por esta razão, o Plano Diretor do Sistema Penitenciário é composto por um relatório inicial, elaborado pela Comissão de Monitoramento e Avaliação Pronasci-Depen, que traça um diagnóstico da situação atual da Execução Penal no Estado de Mato Grosso. Em seguida foram definidas as ações necessárias ao alcance das metas que possibilitarão adequar a realidade do estado às diretrizes estabelecidas na Lei de Execução Penal e nas Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

Sabemos que as soluções não serão imediatas, e que parte das medidas previstas demandarão tempo para serem concluídas. Apesar disso, é importante ressaltar que o objetivo principal na elaboração do Plano Diretor do Sistema Penitenciário é demonstrar que o estado está comprometido com o aprimoramento da situação carcerária, no que se refere tanto à segurança quanto ao tratamento penitenciário.

Comissão de Monitoramento e Avaliação Pronasci/Depen/MJ

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RELATÓRIO DA SITUAÇÃO ATUAL

DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

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1 – DADOS GERAIS

• No Estado do Mato Grosso, o órgão responsável pela administração prisional é a

Secretaria Adjunta de Justiça - Saju, vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, conforme Decreto n° 897, de 21 de novembro de 2007 (ANEXO I).

• A estrutura da Secretaria segue o organograma seguinte:

• O Estado possui 62 estabelecimentos, fracionados da seguinte maneira:

Estabelecimentos Penais Masculino Feminino Total

Penitenciária 5 1 6

Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 1 - 1

Centro de Observação Criminológica e Triagem - - -

Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1* - 1

Totais 7 1 8 Fonte: Saju.

*Não existe hospital, mas sim uma unidade de saúde mental, a qual atende sentenciados em medida de segurança (dentro do Complexo da Penitenciária Pascoal Ramos). Tem uma unidade diferenciada para tratamento e medida de segurança.

Secretaria Adjunta de Justiça

Sup. de Gestão de Cadeias

Sup. de Gestão de Penitenciárias

Diretores das Cadeias Públicas

Diretores de Penitenciárias Gerência de Escolta

Sub-Diretor da Penitenciária

Ger de Apoio Administrativo e Penal

Gerente de Manutenção

Geremcia de anexo da penitenciária

Gerência de Saúde Gerência de Infra-estrutura Gerência de Inteligência Prisional

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74%

13%

0%

13%

P enitenc iá ria

C o lô nia A grico la

C entro de Observação

H o spita is de C ustó dia

• No Estado de Mato Grosso existem 54 Cadeias Públicas, as quais integram o Sistema Penitenciário, custodiadas pelos servidores penitenciários, com guarda externa da Polícia Militar.

• Existem 2 Casas de Albergado no Estado, uma localizada em Cuiabá e outra localizada em Várzea Grande.

o As Casas de Albergado são compostas pelos Diretores, Psicólogos, Assistentes Sociais e Agentes Prisionais.

o Os presos, em regime aberto, trabalham durante o dia e pernoitam nas instituições. Vale ressaltar que, nas unidades, existem presos cumprindo pena no regime semi-aberto, em virtude da Colônia Penal estar interditada.

o A Casa do Albergado de Cuiabá tem capacidade para 60 presos, e atende atualmente 31 presos e egressos.

o A Casa de Albergado de Várzea Grande tem capacidade para 60 presos, e atende atualmente 5 presos e egressos.

• A distribuição das unidades penais demonstra-se de acordo com o mapa:

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• Não existem unidades terceirizadas no Estado do Mato Grosso.

• A Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, o Centro de Ressocialização de Cuiabá e a Casa do Albergado utilizam o método Associação de Proteção aos Condenados – Apac.

• A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública tem a seguinte estrutura organizacional (Decreto nº 897, de 21 de novembro de 2007):

o Nível de Decisão Colegiada: � Conselho Estadual de Segurança – CES � Conselho Penitenciário do Estado – CONPEN � Conselho Estadual Antidrogas – CONEAD/MT � Conselho Diretor do Fundo Estadual de Segurança Pública –

CONFESP � Conselho Diretor do Fundo Estadual Penitenciário – FUNPEN

o Nível de Direção Superior:

� Gabinete do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública

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� Gabinete do Secretário Adjunto de Segurança Pública � Gabinete do Secretário Adjunto de Justiça � Gabinete do Secretário Adjunto de Assuntos Estratégicos

o Nível de Apoio Estratégico e Especializado:

� Ouvidoria de Policia � Corregedoria Geral Integrada

o Nível de Assessoramento Superior:

� Gabinete de Direção � Unidade de Assessoria

o Nível de Execução Programática:

� Superintendência de Gestão de Cadeias � Superintendência de Gestão de Penitenciárias

� Gerência de Escolta � Gerência de Saúde � Gerência de Infra-estrutura � Gerência de Inteligência Prisional

o Nível de Administração Regionalizada:

� Diretoria da Penitenciária Pascoal Ramos � Subdiretoria da Penitenciária Pascoal Ramos � Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária

Pascoal Ramos � Gerência de Manutenção da Penitenciária Pascoal Ramos

� Diretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá:

� Subdiretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá � Gerência de Apoio Administrativo e Penal do Centro de

Ressocialização de Cuiabá � Gerência de Manutenção do Centro de Ressocialização de

Cuiabá

� Diretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”: � Subdiretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do

Couto May” � Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária

Feminina “Ana Maria do Couto May” � Diretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras:

� Subdiretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras � Diretoria da Unidade Prisional Casa do Albergado � Diretoria da Penitenciária de Rondonópolis:

� Subdiretoria da Penitenciária de Rondonópolis

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� Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Rondonópolis

� Gerência de Manutenção da Penitenciária de Rondonópolis

� Diretoria da Penitenciária de Sinop: � Subdiretoria da Penitenciária de Sinop � Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária

de Sinop � Gerência de Manutenção da Penitenciária de Sinop � Gerência do Anexo à Penitenciária de Sinop

� Diretoria da Penitenciária de Água Boa:

� Subdiretoria da Penitenciária de Água Boa � Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária

de Água Boa � Gerência de Manutenção da Penitenciária de Água Boa � Gerência do Anexo à Penitenciária de Água Boa

� Cadeias Públicas III:

� Diretoria da Cadeia Pública de Cáceres � Diretoria da Cadeia Pública de Rondonópolis � Diretoria da Cadeia Pública de Várzea Grande � Diretoria da Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis � Diretoria da Cadeia Pública de Barra do Bugres � Diretoria da Cadeia Pública de Barra do Garças � Diretoria da Cadeia Pública de Tangará da Serra

� Cadeias Públicas II:

� Diretoria da Cadeia Pública de Alta Floresta � Diretoria da Cadeia Pública de Aripuanã � Diretoria da Cadeia Pública de Canarana � Diretoria da Cadeia Pública de Colíder � Diretoria da Cadeia Pública de Comodoro � Diretoria da Cadeia Pública de Diamantino � Diretoria da Cadeia Pública de Jaciara � Diretoria da Cadeia Pública de Juína � Diretoria da Cadeia Pública de Lucas do Rio Verde � Diretoria da Cadeia Pública de Mirassol D’Oeste � Diretoria da Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo � Diretoria da Cadeia Pública de Primavera do Leste � Diretoria da Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte � Diretoria da Cadeia Pública de Santo Antônio do Leverger � Diretoria da Cadeia Pública de Sorriso � Diretoria da Cadeia Pública de São Felix do Araguaia � Diretoria da Cadeia Pública de Vila Bela da Santíssima

Trindade � Diretoria da Cadeia Pública de Vila Rica

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� Cadeias Públicas I:

� Diretoria da Cadeia Pública de Alto Araguaia � Diretoria da Cadeia Pública de Alto Garças � Diretoria da Cadeia Pública de Araputanga � Diretoria da Cadeia Pública de Arenápolis � Diretoria da Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães � Diretoria da Cadeia Pública de Colniza � Diretoria da Cadeia Pública de Dom Aquino � Diretoria da Cadeia Pública de Guiratinga � Diretoria da Cadeia Pública de Itiquira � Diretoria da Cadeia Pública de Jauru � Diretoria da Cadeia Pública de Juara � Diretoria da Cadeia Pública de Juscimeira � Diretoria da Cadeia Pública de Nobres � Diretoria da Cadeia Pública de Nortelândia � Diretoria da Cadeia Pública de Nova Mutum � Diretoria da Cadeia Pública de Nova Xavantina � Diretoria da Cadeia Pública de Paranatinga � Diretoria da Cadeia Pública de Pedra Preta � Diretoria da Cadeia Pública de Poconé � Diretoria da Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos � Diretoria da Cadeia Pública de Poxoréo � Diretoria da Cadeia Pública de Rio Branco � Diretoria da Cadeia Pública de Rosário Oeste � Diretoria da Cadeia Pública de São José do Rio Claro � Diretoria da Cadeia Pública de São José dos Quatro Marcos � Diretoria da Cadeia Pública de Vera

• Segundo dados fornecidos pela Saju, em janeiro de 2008, a população carcerária é a seguinte:

Regime Masculino Feminino Total Fechado 2.602 146 2.748 Semi-aberto 1.185 214 1.399 Provisório 4.662 344 5.006 Medida de Segurança - Internação 46 1 47 Total 8495 705 9.200

Fonte: Gerência de Inteligência - Saju

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

14

30%

15%

54%

1%

Fechado

Semi-Aberto

Provisório

Medida de Segurança

• O Estado de Mato Grosso possui 114 homens e 1 mulher no regime aberto.

• O total da população carcerária no Estado de Mato Grosso, em janeiro de 2008, era de 9.315 presos.

• Não há presos em carceragens da Polícia Civil.

• No Sistema Penitenciário do Estado, atualmente, existem 103 presos estrangeiros oriundos dos seguintes países:

Nacionalidade Masculino

Feminino Total

Argentina 1 1 Bolívia 54 38 92 Colômbia 3 3 Itália 3 3 Paraguai 1 1 2 Peru 1 1 Portugal 1 1 Total 64 39 103

Fonte: Saju

• A Saju oficia o Ministério das Relações Exteriores quando do recebimento de presos de outras nacionalidades, a fim de que este Órgão noticie essa situação aos Consulados e Embaixadas.

• Segundo informações da Saju, nenhum Consulado ou Embaixada realiza assistência ou visitas aos presos estrangeiros.

• No Mato Grosso, há 17 presos, todos brasileiros, portadores de deficiências físicas, sendo:

Tipo de Deficiência Masculino Feminino Total Física 6 - 6 Auditiva - - - Visual - - - Mental 10 1 11

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Múltipla (duas ou mais) - - - Total 17

• O número de óbitos no Sistema Penitenciário do Estado, registrado no ano de 2006 e 2007 foi o seguinte:

2006 Tipo de Óbito Masculino Feminino Total Natural 8 - 8 Criminal 2 - 2 Suicídio - - - Acidental - - - Total 10

2007 Tipo de Óbito Masculino Feminino Total Natural 2 0 2 Criminal 1 0 1 Suicídio 0 0 0 Acidental 0 0 0 Total 3

• O número de fugas do Sistema Penitenciário registrado no ano de 2006 e 2007 é o seguinte:

2006 Regime Masculino Feminino Total Fechado 129 1 130 Semi-aberto 46 - 46 Aberto - - Provisório - - Medida de Segurança - Internação - - Total 176

2007

Regime Masculino Feminino Total Fechado 207 11 218 Semi-aberto - - - Aberto - - - Provisório - - - Medida de Segurança - Internação - - - Total 218

• Segundo dados da Saju, em dezembro de 2007, o Estado contava com 3.189 presos nos estabelecimentos penais e cadeias públicas na faixa etária de 18 a 24 anos, sendo:

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

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a. Masculino: 2937

b. Feminino: 252

• Presos custodiados nas Delegacias:

a. Masculino: 0

b. Feminino: 0

População Masculina do Sistema Penitenciário

35%

65%

Entre 18 e 24 anosOutras faixas

População Feminina do Sistema Penitenciário

36%

64%

Entre 18 e 24 anosOutras faixas

• No Estado do Mato Grosso não existem estabelecimentos penais específicos para abrigar os presos em Regime Disciplinar Diferenciado, porém, o Raio 5, da Penitenciária do Pascoal Ramos, foi destinado para o cumprimento desse regime.

• Com relação às visitas sociais e íntimas:

I. Freqüência de realização das visitas sociais:

o 2 vezes por semana.

II. Número máximo de visitantes por preso:

o 2 visitantes, não sendo computados nesse número as crianças.

III. Tempo de duração:

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

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o 3 horas no período matutino e 3 horas no período vespertino.

IV. Visita íntima:

o Ocorrem em todas as unidades penais do Estado simultaneamente com as visitas sociais, que realizam-se uma vez por semana.

o A Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva – Água Boa, a Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira – (Ferrugem) – Sinop e a Penitenciária Pascoal Ramos (somente no Raio 5) possuem estruturas próprias para a realização das visitas íntimas.

o Nas demais unidades as visitas íntimas ocorrem na própria cela.

• O custo de manutenção mensal de cada preso no Estado é, em média, de R$ 1.300,00.

• O custo de abertura de uma vaga no Sistema Penitenciário do Mato Grosso é, em média 13.000,00.

• O Decreto n° 7896, de 19 de julho de 2008 criou o Serviço de Inteligência Penitenciária.

• Existe grupo de gerenciamento de crises atuante no Estado composto por um Coronel, um Major, um Capitão, um Tenente da Polícia Militar, um Delegado e um Investigador de Polícia.

• Em casos de rebeliões, motins ou situações adversas, existe, apenas na Penitenciária Pascoal Ramos, grupo especializado da Policia Militar para a realizar a intervenção. A regra é de que nessas ocasiões a Secretaria acione as autoridades locais e a força policial para contenção do evento e, ato contínuo, informe o fato às Superintendências.

• Os diretores de estabelecimentos penais são escolhidos através de indicação, devendo ser servidores de carreira na área de administração, direito, psicologia, serviço social ou educação.

• Nenhum estabelecimento penal do Estado dispõe de armas e equipamentos com tecnologias menos-letais.

• O Estado já tem instituído um Conselho Penitenciário, composto por 7 Conselheiros, nomeados pela capacidade técnica, experiência e idoneidade; 1 Presidente e 1 Vice Presidente. As reuniões acontecem todas as quartas-feiras e têm como objetivo a colaboração com os órgãos encarregados de formulação da política penitenciária e da execução das atividades do Sistema Penitenciário, bem como a inspeção dos estabelecimentos prisionais do Estado, para assegurar condições carcerárias compatíveis com a dignidade humana.

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• O Conselho Penitenciário avalia, dentro de sua real possibilidade estrutural, visitas às unidades prisionais do Estado, formulando relatórios, e, conforme a situação, formulando críticas necessárias para o aperfeiçoamento do Sistema Penitenciário de Mato Grosso.

• O Estado disponibiliza o atendimento específico para a saúde dos servidores do Sistema Penitenciário, através do Centro de Atendimento de Saúde da Segurança Pública (Casseg).

• No mês de maio entrará em funcionamento o Espaço de Atendimento Médico Ambulatorial. Contará com a equipe médica da Policia Militar, formada por 15 médicos (cirurgião, cardiologista, pediatras, clínico geral, anestesistas, ginecologista obstetra, cirurgiões pediátrico e ortopedistas), 1 farmacêutico, 5 psicólogos, 1 fonoaudiólogo e 17 técnicos de enfermagem, 4 enfermeiros padrão e 12 auxiliares de enfermagem. As consultas serão feitas de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas e serão marcadas através de teleconsulta, abrangendo os servidores civis e militares do Sistema.

• O Fundo Penitenciário do Estado foi extinto através da Lei complementar n° 296, de 28 de dezembro de 2007 (ANEXO II).

• As unidades recebem regularmente assistência religiosa da Assembléia de Deus, Igreja Batista, Igreja Católica, Igreja Quadrangular, Igreja Presbiteriana, entre outros.

• O Estado não oferece nenhuma atividade de esporte e/ou lazer para os presos do Sistema Penitenciário. Entretanto, é permitido futebol aos presos durante o horário de banho de sol.

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2 – SITUAÇÃO ATUAL COM RELAÇÃO ÀS METAS DO PDSP

META 01 – PATRONATOS (ou outro órgão ou atividade de assistência ao egresso)

• Não existem Patronatos no Estado do Mato Grosso.

• A Casa do Albergado de Cuiabá atende 119 egressos, e a Casa de Albergado de Várzea Grande, atende 54 egressos, através de uma equipe técnica, que desenvolve o trabalho no sentido de que os egressos sejam recolocados no mercado de trabalho.

• Atualmente existe o convênio nº 91/07, do Depen, que visa a capacitação de presos e egressos do Sistema.

• A reintegração dos apenados à sociedade figura entre as ações que estão sendo priorizadas, e um exemplo prático dessa nova postura é a criação pelo governo do Estado da Fundação Nova Chance, através da Lei Complementar n° 291, de 26 de dezembro de 2007 (ANEXO III). Esta tem como foco de ação proporcionar educação, trabalho, elevação da auto-estima, desenvolvimento de campanhas de reinserção social, assistência aos egressos e às famílias, entre outros importantes benefícios.

META 02 – CONSELHOS DE COMUNIDADE

• No Estado do Mato Grosso, existem 32 Conselhos de Comunidade, sendo que apenas 8 estão atuando.

• Os Conselhos são compostos pelo Juiz Corregedor, Advogado, Psicólogo, Assistente Social, Membros da Comunidade e Diretor da Unidade.

• Os Conselhos de Comunidade apresentam relatório mensal ao Juiz da Execução.

• A comunidade tem participação ativa nos Conselhos de Comunidade.

• Há previsão de implantação de outros Conselhos de Comunidade.

META 03 – OUVIDORIA

• Não há no Estado uma Ouvidoria do Sistema Penitenciário, com independência e mandato próprio.

• Foi encaminhado um Projeto ao Depen, propondo a criação da Ouvidoria do Sistema Prisional.

• Existe a Ouvidoria de Polícia, no quadro da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública, a qual não possui atribuição de atender e nem desempenha qualquer atividade para o Sistema Penitenciário.

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META 04 – CORREGEDORIA

• Não há Corregedoria ligada ao órgão responsável pela Administração Penitenciária do Estado.

• Existe a Corregedoria Geral Integrada, no quadro da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública, porém, nunca foi implementada.

• Existem as Corregedorias da Policia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, através de leis próprias, subordinadas às diretorias desses órgãos da seguranca pública.

• Haveria necessidade de se criar através de Lei Complementar Estadual uma Corregedoria Geral Integrada subordinada ao Secretário de Estado da Justica e Seguranca Publica, com independência e mandato proprio.

• Existem 2 comissões permanentes designadas por Portaria do Secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, composta de 6 pessoas cada, servidores estáveis dos órgãos de segurança pública, competente para instaurar procedimentos administrativos disciplinares e procedimentos administrativos (pagamento por indenização, contratos, etc) dos servidores do sistema prisional e funcionários da Sejusp que não estão afetos à Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.

• O recebimento das denúncias se dá através dos diretores de unidades, superintendentes, população, ligações anônimas, entre outras.

• As apurações de quebra de deveres funcionais estão previstas na Lei Complementar nº 04, de 1990 (ANEXO IV), Estatuto do Servidor Público Estadual e Lei Complementar nº 207, de 2004 (ANEXO V) e Código Disciplinar que prevê o rito processual para as apurações.

META 05 – CONSELHOS DISCIPLINARES

• As Penitenciárias de Água Boa, Sinop, Rondonópolis, Pascoal Ramos e Centro de Ressocialização de Cuiabá contam com Conselhos Disciplinares instituídos e em funcionamento, conforme as Portarias n° 021 de 30 de agosto de 2006; nº 11, de 04 de abril de 2006 (ANEXO VI), n° 14, de 28 abril de 2006 (ANEXO VII) e n° 003, de 07 de maio de 2003 (ANEXO VIII).

• Os Conselhos são compostos pelo Diretor da Unidade, Gerente de Educação (relator), Chefe de Disciplina, Gerente de Serviço Social e Gerente de Psicologia.

• As faltas disciplinares são apuradas com base no Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais de Mato Grosso.

• Nos estabelecimentos penais que não dispõem de Conselhos Disciplinares, a apuração de faltas disciplinares é realizada pela Polícia Civil.

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META 06 – COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO

• Os Estabelecimentos Penais do Estado contam com Comissões Técnicas de Classificação, regularmente constituídas, porém não realizam a individualização da pena, atuando, simplesmente na elaboração de exames criminológicos, quando solicitados pelo Juiz.

• A Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, localizada em Água Boa, instituiu pela Portaria no 010, de 04 de abril de 2006, a CTC. A Penitenciária Regional Major Eldo Sá Corrêa, localizada em Rondonópolis, instituiu a CTC pela Portaria no 013, de 28 de abril de 2006.

• São realizadas reuniões das CTCs apenas para deliberar sobre exames criminológicos.

META 07 – ESTATUTO E REGIMENTO

• Não há Estatuto do Sistema Penitenciário no Mato Grosso e nem Regimento Interno da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.

• Existe o Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estado criado pelo Decreto n° 5.683, de 13 de dezembro de 2002, e pela Lei n° 8.260, de 20 de janeiro de 2004 (ANEXO IX).

• Algumas unidades penais realizam suas regulamentações através de Portarias internas.

• Há Projeto de Lei tramitando na Secretaria de Administração para a alteração do Plano de Cargos e Carreira dos Servidores do Sistema Prisional do Estado.

META 08 – ASSISTÊNCIA JURÍDICA

• Na Penitenciária de Água Boa e na Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira – Sinop é prestada assistência jurídica aos presos, por 2 advogados contratados (1 de cada unidade) e além de estagiários oriundos da Faculdade Univag, que trabalham 40 horas semanais. Entretanto, esses advogados tem por competência prestar assessoria à Direção da Unidade e não sendo prioridade o atendimento aos presos.

• Na Cadeia Pública de Várzea Grande existe uma parceria com a Faculdade Univag – Universidade de Várzea Grande.

• A Assistência Jurídica se dá através do acompanhamento processual e a promoção da defesa dos presos nos procedimentos disciplinares.

• O número de servidores é praticamente inexistente, visto que os 2 advogados lotados nas unidades penais não tem por prioridade o atendimento aos presos.

META 09 – DEFENSORIA PÚBLICA

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• Existe Defensoria Pública no Estado do Mato Grosso, criada pela Lei nº 146, de 29 de dezembro de 2003 (ANEXO X).

• Em 2007, foi firmado um convênio com o DEPEN para a Implantação do Programa de Assistência ao Segregado na Penitenciária Pascoal Ramos e na Cadeia Pública de Várzea Grande. Os recursos foram liberados em janeiro de 2008.

• A Defensoria pretende implantar esse programa em todos os estabelecimentos penais, pois através dele poderá ter um levantamento adequado da real situação dos internos em todas as unidades. Esse programa propiciará o conhecimento de várias outras informações, tais como o período que o interno extrapolou um determinado regime, qual o custo que isso acarretou aos cofres públicos, etc. Através dele, será construída uma base de dados confiável, exemplo do que ocorreu na Cadeia Pública de Várzea Grande, onde dos 110 internos cadastrados, verificou-se que 46 deles já poderiam ter progredido para um regime mais benéfico.

• A partir de 25 de março de 2008 o PAS – Programa de Assistência ao Segregado será também implantado na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto Maya.

• Em função dos bons resultados obtidos na Cadeia Pública de Várzea Grande, os próprios presos têm solicitado o atendimento pela Defensoria.

• Apenas 4 estabelecimentos penais são atendidos por Defensores Públicos, são eles: Cadeia Pública de Várzea Grande, Penitenciária do Pascoal Ramos, Centro de Ressocialização de Cuiabá e Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May – Cuiabá. Nessas unidades a periodicidade de atendimento por parte da Defensoria é semanal.

• A Defensoria não tem propiciado pleno atendimento jurídico na área de execução penal aos presos (principalmente aos do interior) devido à quantidade insuficiente de defensores.

• Segundo estimativas da Defensoria, a Casa do Albergado de Cuiabá, em breve, estará sendo atendida por um defensor, principalmente para prestar assistência aos presos do regime semi-aberto uma vez por semana.

• Atualmente, 5 Defensores atuam nos estabelecimentos penais do Estado. Existem 160 cargos disponíveis e estão preenchidos efetivamente 118. As 160 vagas foram criadas por Lei Complementar e estão sendo preenchidas gradativamente.

• Para o ano de 2008, não existe previsão de realização de concurso público, haja vista que não há apontamento sob essa rubrica no orçamento do Estado. Consta, porém, no Plano Plurianual do Estado a ampliação do quadro da Defensoria.

META 10 – PENAS ALTERNATIVAS

• Não há no Estado do Mato Grosso implantada Central de Penas e Medidas Alternativas.

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• Há um Projeto de Implantação da Central de Execuções de Penas e Medidas Alternativas – CEAPA em Cuiabá – MT, o qual encontra-se no DEPEN, para análise e aprovação.

• A Saju, apesar de seguidas tentativas de contato com o órgão responsável, não logrou êxito em obter informações a respeito da aplicação de Penas e Medidas Alternativas no Estado.

• Em relação ao Estado:

o Número total de municípios: 141

o Número total de comarcas: 79

META 11 – AGENTES, TÉCNICOS E PESSOAL ADMINISTRATIV O

• A Lei nº 8.260, de 28 de dezembro de 2004, criou a Carreira dos Profissionais do Sistema Prisional e Sócioeducativo do Estado.

• Os cargos previstos são os de: Técnico do Sistema Prisional e Sócioeducativo, Agente Prisional e Agente Orientador, Assistente do Sistema Prisional e Sócioeducativo e Auxiliar do Sistema Prisional e Sócioeducativo.

Cargo Carga Horária Salário Inicial

Técnico do Sistema Prisional e Sócioeducativo

40 horas semanais

R$ 2.521,69

Técnico do Sistema Prisional e Sócioeducativo

30 horas semanais

R$ 1.891,27

Agente Prisional do Sistema Prisional 24x72 R$1.250,00

Agente orientador do Sistema Sócioeducativo R$1.146,23

Assistente do Sistema Prisional e Sócioeducativo

40 horas semanais

R$ 871,13

Assistente do Sistema Prisional e Sócioeducativo

30 horas semanais

R$ 797,76

Auxiliar do Sistema Prisional e Sócioeducativo

40 horas semanais

R$ 745,05

Auxiliar do Sistema Prisional e Sócioeducativo

30 horas semanais

R$ 558,20

• A guarda externa dos estabelecimentos penais é realizada pela Polícia Militar.

• A escolta de presos é realizada por Policiais Militares e Agentes Prisionais.

META 12 – QUADRO FUNCIONAL

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• No Mato Grosso, atuam 1.492 agentes penitenciários, sendo 1.123 efetivos e 369 contratados.

• A Lei nº 8.260, de 28 de dezembro de 2004, criou 1.289 cargos de agentes penitenciários, estando todos providos.

• Estabelecendo como proporção ideal 1 agente para cada 5 presos, o déficit de agentes no Sistema é de 371.

• Foi realizada uma solicitação à Secretária de Administração, através do processo n° 545027/2007, de 30 de novembro de 2007, para a ampliação do número de vagas de agentes penitenciários.

• Os agentes penitenciários não possuem porte de arma.

META 13 – ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

• O Estado possui Escola de Administração Penitenciária, com sede própria, onde são desenvolvidos projetos voltados para a formação, qualificação e valorização dos servidores que trabalham no Sistema.

• O curso de formação de Agentes Penitenciários, tem a carga horária de 180 horas, e oferece a seguinte grade curricular:

Módulo Ementa Carga Horária

Noções de Direitos Humanos e Cidadania

Abordagem da evolução histórica dos direitos humanos e a sua apropriação na atualidade, dicutindo-se as concepções acerca da cidadania e as ações que têm sido executadas em sua promoção.

10h/a

Sociologia da Criminalidade

Contextualização histórica das idéias acerca da violência, crime e pena; o papel das instituições na internalização dos mecanismos de controle social; grupos de referência, conceitos de desvio e sub-cultura; construção de uma personalidade desviante; rotulação, afirmação da identidade e autocontrole.

8h/a

Toxicomania Abordagem das classificações das toxicomanias, as reações do usuário, as manifestações durante a abstinência e os diversos tratamentos possíveis.

6h/a

Primeiros Socorros e Combate a Incêndios

Abordagem do suporte básico de vítimas, estado de choque, hemorragias, ferimentos, fraturas, imobilizações e transporte de vítimas (primeiros socorros); Técnicas de prevenção e extinção de incêndios bem como a correta manipulação dos instrumentos para controle e combate a focos de incêndio, enfatizando as especificidades das unidade prisionais (combate a incêndios).

16h/a

Gerenciamento Instrução sobre a atuação em situações de confronto 16h/a

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e Mediação de Conflitos

corporal e condução do reeducando nos moldes da lei, buscando minimizar as possibilidades de lesões entre os envolvidos (fundamentos de segurança e contenção); Abordar os conceitos de crise e conflitos, as providências a serem tomadas em casos de quebra de ordem pública e as competências das unidades prisionais e da polícia militar em cada caso (fundamentos da intervenção psicossocial e educativa); O comportamento adequado quando for tomado como refém, as táticas de negociação, e a importância do uso da comunicação verbal e psicológica sem o uso da força física, além da importância do trabalho em equipe (mediação de conflitos).

Desenvolvimento pessoal e profissional do Agente

Abordagem dos aspectos da cultura em ambiente organizacional, missão coletiva, a moral e a ética na promoção e proteção de valores universalmente desejáveis, autoridade e autoritarismo, autonomia e responsabilidade (sociedade contemporânea e indústria cultural); Desenvolvimento de técnicas de conservação e expressividade verbal e não verbal, a discussão sobre códigos e ruídos de comunicação (conversação e desenvoltura social).

8h/a

Ética institucional e socioeducativa

Discutir aspectos da cultura em ambiente organizacional, missão coletiva, a moral e a ética na promoção e proteção de valores universalmente desejáveis, autoridade e autoritarismo, autonomia e responsabilidade (ética na prática socioeducativa e institucional e comunidade educativa).

8h/a

Integração Multilateral

Sugere uma dinâmica de apresentação da equipe do Modelo de Gestão do Sistema Prisional, discute expectativas em relação ao atendimento público em geral e trabalha a relação interpessoal e integração de equipes dentro da Secretaria Adjunta de Justiça e nas Unidades Prisionais. As dinâmicas devem ser propostas no decorrer da aplicabilidade da disciplina.

8h/a

Diretrizes Gerais da SAJU e das Unidades Prisionais

Tem como objetivo apresentar a estrutura organizacional da SAJU, as diretrizes operacionais de todo o sistema, inclusive das unidades prisionais. Informações básicas do Sistema Infopen e noções de inteligência penitenciária. Cumprimento de metas e normas administrativas do Sistema Prisional.

12h/a

Normas de Funcionamento das Unidades Prisionais

Visa orientar quanto às normativas de funcionamento de toda a unidade prisional, estabelecendo critérios disciplinares para funcionários e o público em geral. Abordagem sobre o processo de chegada do reeducando na unidade prisional, que compreende a admissão, realizada

6h/a

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pela equipe de segurança e entrevista inicial, realizada pela equipe técnica.

Atividades diárias das Unidades Prisionais

Disciplina sugestiva que visa trabalhar no sentido de conciliar teoria e prática do planejamento das atividades internas e externas e intervenções educativas, a fim de estruturar a rotina dos reeducandos e propor encaminhamentos dos casos.

8h/a

Proposta Pedagógica das Unidade Prisionais

A disciplina sugerida dará orientações para a elaboração de projetos sócio-político-pedagógico, que tem como objetivo nortear o atendimento em toda sua dimensão social e pedagógica. Serão apresentadas, ainda, as diretrizes nacionais da educação básica.

12h/a

Medidas do Serviço de Assistência Social

Orientações e encaminhamentos para o desligamento de reeducandos do Sistema Prisional e medidas de inclusão social de acordo com o processo de ressocialização.

12h/a

Estratégias para Situações Emergenciais

Simulações de situações críticas e tumultos internos, em que serão abordadas estratégias de mediação de resoluções e conflitos.

8h/a

Total 180h/a

META 14 – ASSISTÊNCIA À SAÚDE

• Os 7 estabelecimentos penais (6 penitenciárias e a colônia agrícola) estão cadastrados no CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.

• Nos demais estabelecimentos, a assistência à saúde é prestada de forma ambulatorial.

• A rede hospitalar do Estado disponibiliza leitos para os casos de internação e atendimento aos apenados, quando necessário.

• Alguns exames, como por exemplo o papanicolau são realizados na própria penitenciária; exames mais complexos são realizados pelo SUS – Rede Pública de Saúde.

• As gestantes das cadeias públicas (condenadas ou não) a partir do 5º mês de gestação são transferidas para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto Maya.

• A vacinação nos estabelecimentos penais é deficitária. No ano de 2007, a vacina influenza foi oferecida somente para a população carcerária da capital, de Rondonópolis e de Sinop. Nas demais unidades não foram disponibilizadas vacinas.

• Apesar do surto de Febre Amarela ocorrido no ano de 2008, a SES – Secretaria Estadual de Saúde - não disponibilizou vacinas em número suficiente para os

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presos, nem mesmo para todos os presos custodiados na Colônia Penal (destinadas apenas 50 doses).

• A promoção à saúde dos presos em todo o Estado, é realizada por equipes técnicas, disponibilizadas dentro dos estabelecimentos penais, da seguinte forma:

Profissionais Quant. Disponível Quantidade ideal* Médico Clínico 9 18 Médico Psiquiatra - - Odontólogo 11 18 Auxiliar de Consultório Dentário

4 18

Enfermeiro 7 18 Auxiliar de Enfermagem 39 36 Nutricionista 1 18 Farmacêutico 4 18 Psicólogo 15 18 Assistente Social 15 36

* Números de profissionais de acordo com a Portaria Interministerial nº1.777, de 09 de setembro de 2003.

META 15 – EDUCAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO

• 10 estabelecimentos prisionais possuem salas de aula e cursos profissionalizantes para a população encarcerada, todas salas adaptadas, nas seguintes unidades: Centro de Ressocialização de Cuiabá, Unidade Regional Prisional Pascoal Ramos, Unidade Regional Prisional Feminino Ana Maria Do Couto Maya, Unidade Regional Prisional Major Eldo Correa de Sá, Cadeia Pública de Rondonópolis, Unidade Regional Prisional Água Boa, Unidade Regional Prisional de Sinop, Cadeia Pública de Mirasol D´Oeste, Cadeia Pública de Cárceres e Cadeia Pública de Várzea Grande.

• São atendidos 1.112 presos na alfabetização, 506 no ensino fundamental, 321 no ensino médio e 70 no ensino profissionalizante.

• A Secretaria possui convênio firmado com a Escola de Governo para a formação de servidores; com a Seduc, para a cessão de professores e remuneração e qualificação desses profissionais; com o Sesi, através do Projeto Brasil Alfabetizado; com o Senai, para Educação do Trabalhor, pelo qual são ministrados cursos profissionalizantes, nas áreas de marcenaria, alimentos (confeitaria, padaria, etc), inclusão digital, refrigeração, mecânica e relacionados a artes plásticas e visuais.

• Em novembro de 2007, foi realizado o I Seminário Educando para a Liberdade no Estado do Mato Grosso, tendo a participação de autoridades estaduais, de servidores e de alguns outros estados da federação, com objetivo de organizar a política pública da educação no Sistema Prisional, gerando um relatório em 3 eixos: administrativo-político, pedagógico e formação e valorização dos servidores, nos

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quais foram traçadas ações a serem desenvolvidas no ano de 2007 e 2008 pelos órgãos responsáveis do Estado pela educação nos estabelecimentos penais.

• Projetos nas áreas de educação e de profissionalização:

o Educar para a Liberdade – convênio firmado com o Depen e a Universidade Federal de Mato Grosso, que visa a formação em educação e direitos humanos destinada para os presos que já concluíram o ensino médio juntamente com os servidores penitenciários. A previsão de início é para agosto de 2008. Serão 50 presos e 200 servidores beneficiados com esse projeto.

o Projeto Letração – convênio firmado com a Seduc, visa erradir o analfabetismo no Sistema Penitenciário, tem duração de 4 a 5 meses, já foram implantados em 10 estabelecimentos e visa implementar em mais 15 unidades no ano de 2008. Tem carga horária de 120 horas aula.

o Proeja – convênio firmado com a Seduc, iniciou no ano de 2008, visa ministrar aulas de ensino médio e profissionalização, implantado nas seguintes unidades: Centro de Ressocialização de Cuiabá, Cadeia Pública de Várzea Grande e Unidade Regional Prisional de Sinop. Aproximadamente 100 presos estão incluídos no Proeja. Há previsão de ampliar o Programa para mais 200 presos.

o Educação do Trabalhador – parceria firmada com o Senai, pelo qual 75 presos do Centro de Ressocialização de Cuiabá estão envolvidos em cursos profissionalizantes ministrados nas áreas de marcenaria, alimentos (confeitaria, padaria, etc), inclusão digital, refrigeração, mecânica e relacionados a artes plásticas e visuais. Para 2009, há previsão de ampliação do número de beneficiados para mais 100 vagas.

o Por um Brasil Alfabetizado – parceria firmada com o Sesi, visa a alfabetização de 400 presos em 2008, implantado no Centro de Ressocialização de Cuiabá, Unidade Regional Prisional Pascoal Ramos, Unidade Regional Prisional Ana Maria Maya, Unidade Regional Prisional Eldo Sá Correa, Cadeia Pública de Rondonópolis, Unidade Regional Prisional de Sinop e Unidade Regional Prisional de Água Boa.

o EJA 1° Seguimento (1ª a 4ª série) – convênios com as Secretarias Municipais de Educação – SME, em 2007 foram implementados em Cuiabá, Sinop e Água Boa, abrangeu 200 presos. Em 2008, foi ampliado os convênios com as SME das cidades de Várzea Grande, Rondonópolis, Cárceres e Mirasol. Fica sob a responsabilidade das SME a cessão de professores e o fornecimento de material didático para os presos e a Saju fica responsável pelo atendimento, reestruturação do espaço físico e agentes para articular administrativamente a realização das aulas nas unidades. Em 2008 serão beneficiados 490 presos.

o Ensino Superior à Distância – em parceria com a Educação a Distância Continuada - Eadcon, ministra aulas por tele-ensino, sendo que a Saju fornece a estrutura física e a Eadcom fornece os equipamentos, pagamento

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de monitores e manutenção das salas de aula. Atualmente 25 presos estão incluídos em curso superior. São ofertados cursos de Tecnólogo em Direito, Análise de Sistemas, Serviço Social, Aministração de Empresas e Pedagogia. Foram construídas 2 salas de aula no Centro de Ressocialização de Cuiabá, no qual são ofertados cursos superiores para os presos, servidores e para a comunidade em geral, através do pagamento de mensalidade variando de R$ 120,00 a R$ 170,00. Há biblioteca e laboratório de informática montada pela Eadcon.

• Ações estão sendo articuladas para a implantação do Ensino Superior à Distância, em 2009, com a Ulbra – Universidade Luterana do Brasil, com Eadcon e com a Uniorca – Instituto de Ensino à Distância, na Unidade Regional Prisional Major Eldo Sá Correa, em Rondonópolis, na Unidade Regional Prisional Pascoal Ramos, na Unidade Regional Prisional de Sinop e na Unidade Regional Prisional de Água Boa.

• A Saju, a Unesco e o Ministério das Relações Exteriores firmaram convênio para realizar estudo em todo o Sistema Penitenciário do Estado para traçar o perfil exato dos presos e dos servidores, visando uma política pública de processo de reinserção social. A conclusão desse trabalho está previsto para o dia 19 de maio de 2008.

• Existem as seguintes oficinas de trabalho instaladas e em funcionamento:

o Marcenaria;

o Refrigeração;

o Inclusão digital;

o Confecção de bonecas;

o Padaria;

o Confeitaria;

o Sapataria;

o Artesanato;

o Artes-plásticas;

o Confecção de bolas e

o Tapeçaria. • 22 unidades possuem possibilidade de implantação e construção de espaços para

salas de aula, são eles: o Centro de Ressocialização de Cuiabá – CRC;

o UPR do Pascoal Ramos;

o URPMESC-Rondonópolis;

o URPAna Maria do Couto May;

o Cadeia Pública de Juina;

o Cadeia Pública de Mirassol D’Oeste;

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30

14%

12%

39%

15%

1%0%

10%8%

1%

A nalfabeto

A lfabet izado

Ensino F und. Inco mp.

Ensino F und. C o mp.

Ensino M édio Inco mp.

Ensino M édio C o mp.

Ensino Superio r Inco mp.

Ensino Superio r C o mp.

A cima de Superio r

o Cadeia Pública de Várzea Grande;

o Casa do Albergado de Cuiabá;

o Colônia Agrícola das Palmeiras;

o Cadeia Pública de Rondonópolis;

o Casa do Albergado de Várzea Grande;

o Cadeia Pública de Canarana;

o Cadeia Pública de Nortelândia;

o Cadeia Pública de Barra do Bugres;

o Cadeia Pública de Tangará da Serra;

o Cadeia Pública de Sorriso;

o Cadeia Pública de Lucas do Rio Verde;

o Cadeia Pública de Alta Floresta;

o Cadeia Pública de Juara;

o Cadeia Pública de Barra do Garças;

o Cadeia Pública de Primavera do Leste e

o Cadeia Pública de Campo Novo dos Parecis.

• A quantidade de presos por grau de instrução, segundo dados da Saju é a seguinte:

Escolaridade Masculino Feminino Total Analfabeto 1.072 53 1.125 Alfabetizado 1.038 157 1.195 Ensino Fundamental Incompleto 3.395 205 3.600 Ensino Fundamental Completo 1.326 117 1.443 Ensino Médio Incompleto 1.019 87 1.106 Ensino Médio Completo 668 76 774 Ensino Superior Incompleto 42 18 60 Ensino Superior Completo 40 1 41 Ensino acima de Superior Completo - - - Total 9.344

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META 16 – BIBLIOTECAS

• Segundo dados da Saju, 4 estabelecimentos penais possuem biblioteca, sendo 1 espaço adequado e 3 áreas adaptadas precariamente.

• Todos os livros foram doados através de campanhas, por instituições de ensino superior, na área do direito, educação, psicologia e saúde.

• O acervo é composto por livros de literatura, paradidáticos, revistas periódicas, jornais de circulação local e nacional e livros diversos.

• Existem campanhas regulares de incentivo à doação de livros.

• Existem projetos de criação de espaços literários em estabelecimentos penais desprovidos de bibliotecas.

• A Saju, a Unesco e o Ministério das Relações Exteriores firmaram convênio para realizar o perfil dos personagens do Sistema Penitenciário e também prevê a instituição de uma biblioteca itinerante em 2008, para servir os estabelecimentos penais que não possuem, sendo composta por acervo de livros didáticos, científicos e literários, além de computadores para acesso a bibliotecas virtuais e espaço dedicado para leitura e palestra.

META 17 – ASSISTÊNCIA LABORAL

• Quantidade de estabelecimentos penais no Estado que oferecem estruturas laborais de caráter educativo e produtivo:

Estabelecimentos penais Masculino Feminino Total Penitenciária 5 1 6 Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 1 - 1 Centro de Observação Criminológica e Triagem - - - Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 1 - 1 Total 8

• Quantidade de presos, de acordo com o regime prisional, que exercem atividade

laboral:

Regime Masculino Feminino Total Fechado 601 76 677 Semi-aberto - - - Provisório - - - Medida de Segurança - Internação 27 - 27 Total 704

OBS: Está computado junto com o regime fechado os presos provisórios que realizam atividade laboral.

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

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• A Saju não possui controle sobre a quantidade de presos nos regimes semi-aberto e aberto e presos provisórios que estão desenvolvendo atividades laborais.

• 1.534 presos exercem laborterapia, tanto em regime fechado, semi-aberto e medida de segurança.

• Quantidade de presos incluídos em programas de laborterapia, em janeiro de 2008:

Masculino Feminino Total Empresa privada 75 15 90 Administração direta - - - Administração indireta - - -

Trabalho Externo

Outros - - - Artesanato 935 106 1041 Apoio ao Estabelecimento Penal

331 17 348

Atividade Rural 27 0 27

Trabalho Interno

Outros 288 64 352 Total 1656 202 1858

• A remuneração percebida por cada preso no desenvolvimento de trabalho interno é o equivalente a ¾ do salário mínimo vigente. O trabalho externo geralmente é pago 1 salário mínimo para cada preso.

• Projeto Pintando a Liberdade – convênio firmado com o Ministério do Esporte para a confecção de bolas e redes na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, beneficiando cerca de 400 presos em 2007. Em 2008, há previsão de renovação do convênio para a mesma quantidade de presos.

• Projeto Reintegração do Egresso na Comunidade de Origem, desenvolvido para os presos do regime aberto que estão lotados na Casa do Albergado, pelo qual promovem-se cursos profissionalizantes em diversas áreas, como hotelaria, mecânica, soldador e marcenaria, entre outros. Contempla 160 presos.

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Trabalho de marcenaria e confecção de bolas realizado pelos presos da Penitenciária Pascoal Ramos.

• A Saju firma parcerias com as Prefeituras Municipais, outras Secretarias e empresas privadas para gerar postos de trabalho para os presos do regime fechado e semi-aberto, pelo qual executam atividades de varredor de rua, serviços gerais, limpeza, pintura, consertos, entre outras.

• Ações estão sendo articuladas para renovar o convênio com os Correios, pelo qual os presos do regime semi-aberto e aberto são empregados no setor de cargas.

• Há remição dos dias trabalhados, na proporção de 3 dias de trabalho para cada dia remido da pena. Há também no Estado a remição pelo estudo.

• A fiscalização dos trabalhos desenvolvidos apenas é realizado quando há necessidade, não ocorrendo de forma regular.

• São realizadas exposições esporádicas e comercialização dos produtos fabricados pelos presos na sede da Saju, em shoppings, feiras municipais, entre outros.

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Exposição das bonecas confeccionadas pelas presas da Penitenciária Ana Maria Couto May, no Shopping Três Américas, em Cuiabá.

META 18 – ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA DO PRESO

• Nenhum projeto é realizado, especificamente, de assistência à família dos presos.

• Os profissionais de Serviço Social, lotados nos estabelecimentos penais do Estado, prestam assistência à família dos presos nos dias das visitas sociais, realizando atendimentos, orientação social às famílias, com instrução para encaminhamento de auxílio-reclusão, documentação civil, entre outros.

• Nas cadeias públicas do interior do Estado não é prestado assistência às famílias dos presos, em vista de não haver equipe técnica lotada nesses estabelecimentos.

• Os atendimentos são realizados semanalmente, de acordo com a necessidade, nos dias de visita.

• Esporadicamente são promovidos eventos nas unidades penais do Estado para promover atendimento social às famílias dos presos, bem como acionam outros órgãos para que participem, dando contribuições, tais como: Instituto de Identificação Civil, Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania e Secretaria de Educação, Secretaria de Cultura, entre outros.

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META 19 – INFORMATIZAÇÃO – INFOPEN

• O índice de inconsistência no mês de setembro foi de 0,00%.

• A média de preenchimento (outubro, novembro e dezembro) foi de 99,84%.

• Nenhuma das unidades penais tem terminais de computadores que podem ser utilizados para registro de dados no Infopen.

• Recentemente foi recebido doação pelo Depen/MJ, de 128 terminais de computadores para serem instalados nas unidades penais do Estado, a fim de servirem ao lançamento dos dados no Infopen Gestão e Infopen Estatística. A Saju está aguardando a entrega oficial dos equipamentos e assinatura do convênio para implementar a instalação das máquinas.

• A inserção de dados no Infopen é realizada de forma centralizada na Gerência de Inteligência Prisional pelo Gestor do Infopen Estatística que reúne os formulários mensalmente de todos as unidades prisionais do Estado e após correção é inserido os dados no sistema.

• O Infopen Gestão está em fase de implantação, realizando o processo de interoperabilidade dos sistemas.

META 20 – AMPLIAÇÃO DO NÚMERO DE VAGAS

• No interior, a situação do Sistema Prisional se encontra distante da ideal. O que atualmente existe são prisões antigas e improvisadas, sem equipamentos de segurança adequados e sem servidores capacitados, na maioria dos casos.

• Quanto ao Estado, para o ano de 2.008, planeja-se a implantação de 2 unidades prisionais; uma de jovens adultos em Várzea Grande e outra na cidade de Peixoto de Azevedo com 256 vagas.

• Para o ano de 2.008, está prevista a ampliação de Rondonópolis (Mata Grande) e ampliação com reformulação no presídio Pascoal Ramos.

• No ano de 2.007 não foi feita nenhuma construção ou ampliação de vulto; apenas recuperação de vagas. Em Sinop aproximadamente 80 vagas; Água Boa, 160 vagas e em Mata Grande foram recuperadas aproximadamente 110 vagas.

• A capacidade de vagas (em dezembro de 2007) no Sistema Penitenciário do Estado era de:

Regime Masculino Feminino Total Fechado 1993 180 2173 Semi-aberto 120 00 120 Provisório 2.340 00 2340 Medida de Segurança - Internação 22 00 22 Total 4.475 180 4655

• O déficit de vagas é o seguinte:

Regime Masculino Feminino Total

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Fechado 609 00 609 Semi-aberto 1.025 17 1.042 Provisório 2.322 344 2.666 Medida de Segurança - Internação 24 01 25 Total 3.980 362 4.342

• Existem 120 vagas disponíveis para o cumprimento do regime aberto masculino.

• Existe um cronograma de investimentos para construção, ampliação ou reforma de estabelecimentos penais, visando à elevação do número de vagas.

META 21 – APARELHAMENTO E REAPARELHAMENTO

• O número e o tipo de equipamentos utilizados pelas unidades penais é o seguinte:

o Detectores de metais portáteis: 0;

o Portais de detecção de metais: 4;

o Aparelhos de Raio-x: 2;

o Veículos para transporte de presos: 9 viaturas com capacidade para 10 reeducandos, e 23 viaturas palio adventure capacidade para 2 reeducandos.

o Equipamentos de apoio à Inteligência Penitenciária: 01 máquina fotográfica, 01 celular funcional, 01 veículo Fiat/Uno descaracterizado.

o Outros: 2 banquetas de inspeção íntima.

• No ano de 2007 não foi realizado investimento na aquisição de armamentos nem de equipamentos.

• Na área de saúde, foram feitos projetos para aparelhamento da unidade de saúde das Penitenciárias de Sinop e Água Boa.

• Na área de escolta foi realizado projeto de aquisição de viaturas tipo camburão com capacidade de 8 a 10 reeducandos, portal e detector de metal portátil, lavanderia, viatura ambulância.

META 22 – MULHER PRESA E EGRESSA

• Quantidade de estabelecimentos penais existentes no Estado exclusivos para mulheres:

Tipo de Estabelecimento Quantidade

Penitenciária 1

Colônia Agrícola, Industrial ou Similar -

Casa do Albergado -

Centro de Observação Criminológica e Triagem -

Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico -

Cadeia Pública -

Total 1

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• A Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, projetada para a custódia de presas para o cumprimento do regime fechado, entretanto possui presas de todos os regimes, inclusive provisórias.

• A Penitenciária Feminina de Manaus tem capacidade para custodiar 180 mulheres, e atualmente se encontra com 204 presas. Dessas 49 são condenadas a cumprimento em regime fechado.

• Existem alas adaptadas para mulheres em Cadeias Públicas, destinando 45 celas para esse gênero, com capacidade para abrigar 246 presas.

• Projeto Pupituti – parceira entre a Saju e a Empresa Pupituti, implantado na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, pelo qual 15 presas foram capacitadas para confeccionarem bonecas. São remuneradas com 50% do valor auferido com a venda dos produtos. Há encomendas da Arábia Saudita, Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal, além dos estados de Goiás, Distrito Federal e São Paulo. Em 2008, há previsão de ampliação para 25 postos de trabalho.

• Projeto Educação e Saúde para a Mulher - a Saju firmou parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, para que sejam ministradas palestras na Penitenciária Ana Maria do Couto May, nas áreas de sexualidade, saúde mental, direitos da mulher, violência doméstica e boas maneiras, vida e saúde. Desde 2007 mais de 200 mulheres foram contempladas pelo Projeto.

• Projeto Mc Dia Feliz, parceria firmada com o McDonald´s pelo qual no dia da criança, os filhos das presas são recebidos na Penitenciária Ana Maria do Couto May para passar o dia com suas mães, e o McDonald´s fornece decoração e alimentação para as mães e crianças.

• Projeto “Se Menina” – firmando com Secretaria Municipal de Cultura e a Saju, visa trabalhar a cultura, a história, a arte, o auto-conhecimento pelo qual beneficia 30 presas. Em dezembro de 2007, 10 presas que integravam o Grupo de Dança Cururu e Siriri, saíram em liberdade e continuam realizando apresentações, gerando empregabilidade e renda para as mesmas.

• Projeto Ampliação das Oficinas Produtivas na Penitenciária Ana Maria do Couto May, visa implantar novas oficinas de trabalho e implementar melhorias nas existentes, tais como, fraldas e absorventes, costura, salgados, estética (salão de beleza). Beneficia atualmente 92 presas.

• A Saju firmou convênio com a Rede Cemat, empresa concessionária de energia elétrica, no qual 20 presas participaram até setembro de 2007, na confecção de uniformes para os eletricitários e as terceirizadas. O curso de capacitação foi ministrado pela Setec – Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania do Estado de Mato Grosso. As máquinas de costura foram doadas para a Penitenciária Ana Maria do Couto May. Estão sendo desenvolvidas ações para a renovação desse convênio.

• Não existem presas custodiadas em delegacias da Polícia Civil.

• Apenas a Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, possui creche e berçário com 5 berços e 1 cama e capacidade de abrigar 20 crianças. Durante o dia,

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as crianças permanecem na creche e berçário e passam a noite com as mães em celas separadas das demais.

Fábrica de uniformes instalada na Penitenciária Ana Maria Couto May.

• Atualmente, exitem 6 gestantes na Penitenciária Ana Maria do Couto May e na creche estão sendo atendidas 10 crianças.

• As gestantes das Cadeias Públicas (independente se condenadas ou não), a partir do quinto mês de gestação são transferidas para a Penitenciária Ana Maria do Couto May.

• As crianças ficam com as mães, nas unidades penais, até os 2 anos de idade.

• A Penitenciária Feminina de Cuiabá oferece cursos de costura, culinária, cabeleireira, manicura e pedicura, salgados, fábrica de bonecas, etc.

• Para as mulheres da penitenciária feminina freqüentemente são oferecidas palestras de prevenção sobre câncer de mama, colo de útero, DSTs; assim como são realizados exames de papanicolau. As palestras são realizadas pela própria equipe da penitenciária e equipe de saúde.

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CONCLUSÃO

As exposições apresentadas neste relatório representam uma análise realística da situação atual do Sistema Penitenciário de Mato Grosso, com dados, informações e projetos das boas práticas executadas e a serem desempenhadas pela administração do Sistema. As informações contidas tiveram por base as 22 metas estabelecidas como diretrizes para a elaboração do Plano Diretor do Sistema Penitenciário. Temos conhecimento de todas as dificuldades que cercam as questões relativas à Execução Penal no Brasil, mas antes de criarmos qualquer juízo, que tenha por objetivo depreciar as práticas existentes, preferimos pensar que a partir deste momento estamos ajudando a construir um novo marco para o Sistema Penal. O caminho é longo e seu percurso é cercado de dificuldades, porém as pretensões são revestidas de propósitos dignos e os efeitos almejados vão muito além da questão prisional, alcançando inclusive a tão almejada redução da criminalidade.

Um agradecimento especial a todos aqueles que colaboraram com as informações do presente, buscando aprimorar o futuro do Sistema Penitenciário do Estado.

Cuiabá/MT, 20 de março de 2008.

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1. INTRODUÇÃO

O Plano Diretor do Sistema Penitenciário contém o conjunto de ações a ser implementado pelos estados, por um determinado período, visando o cumprimento dos dispositivos contidos na Lei nº 7.210/84 – Lei de Execução Penal, bem como o fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal locais.

O Ministério da Justiça, por meio do Departamento Penitenciário Nacional, irá monitorar e avaliar o cumprimento das ações definidas, bem como a viabilidade dos prazos. Este acompanhamento será realizado pela Comissão de Monitoramento e Avaliação do Departamento Penitenciário Nacional.

2. METODOLOGIA

Os itens abaixo apresentam, de forma sintética, a abordagem que foi adotada pelo Estado, na elaboração dos parâmetros do PDSP:

• META – Representa uma iniciativa que contribui para o cumprimento efetivo dos dispositivos da Lei de Execução Penal e para o fortalecimento institucional dos órgãos de execução penal. Será pré-definido pela União.

• SITUAÇÃO ATUAL – Traduz a situação atual pela qual passa o Estado em relação ao tema que o alcance da meta pretende interferir de forma positiva.

• AÇÃO – Significa “o que fazer”. Este parâmetro deverá expressar o(s) mecanismo(s) que o Estado irá utilizar para alcançar a meta estabelecida.

• ETAPAS DA AÇÃO – Significa “como fazer”. Este parâmetro deverá expressar de que forma o Estado irá implementar a ação que possibilitará alcançar a meta estabelecida.

• PRAZO DE IMPLEMENTAÇÃO DAS ETAPAS DA AÇÃO – Significa “quando” fazer. Este parâmetro delimita o prazo que o Estado levará na implementação de cada etapa da ação eleita para alcançar a meta estabelecida. Deverão ser evidenciadas as datas de início e conclusão de cada etapa da ação.

3. METAS DO PLANO DIRETOR

A seguir, apresentamos as metas definidas para o Plano Diretor do Sistema Penitenciário do Estado do Amazonas, e suas respectivas ações visando à implementação, segundo o compromisso temporal estabelecido:

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META 01 – PATRONATOS

CRIAÇÃO DE PATRONATOS OU ÓRGÃOS EQUIVALENTES EM QUANTIDADE E DISPOSIÇÃO GEOGRÁFICA SUFICIENTE AO ATENDIMENTO DE TODA A POPULAÇÃO EGRESSA DO SISTEMA.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, PORÉM INSUFICIENTE _______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS: A reintegração dos apenados à sociedade figura entre as ações que estão sendo priorizadas, e um exemplo prático dessa nova postura é a criação pelo governo do Estado da Fundação Nova Chance, através da lei Complementar n° 291, de 26 de dezembro de 2007. Esta tem como foco de ação proporcionar educação, trabalho, elevação da auto-estima, desenvolvimento de campanhas de reinserção social, assistência aos egressos e às famílias, entre outros importantes benefícios.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Mapear unidades prisionais do Estado, quanto as atividades atinentes à Fundação.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Mapeamento das unidades prisionais do Estado, quanto as atividades atinentes à Fundação.

Abril/2008 Setembro/2008

AÇÃO Nº 02 Reestruturar áreas de trabalho, profissionalização, educação, saúde, convívio familiar, cultura, esporte e demais que oportunizem melhores condições de vida aos homens, mulheres e adolescentes privados de liberdade, egressos e familiares dos mesmos.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Levantamento das áreas possíveis.

Outubro/2008 Dezembro/2008

2ª ETAPA Reestruturamento dessas áreas.

Janeiro/2009 Janeiro/2011

AÇÃO Nº 03 Construção das seguintes unidades: Hospital Penitenciário com a inclusão de unidades para tratamento de dependentes químicos e saúde mental, Penitenciária Industrial, Pensionato para os egressos, Fábricas aos egressos, e a implementação de programas voltados ao tratamento de dependência química e saúde mental aos adolescentes em conflito com a lei.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração dos projetos.

Janeiro/2009 Dezembro/2009

2ª ETAPA Execução dos projetos.

Janeiro/2010 Julho/2011

OBSERVAÇÕES: Esta ação somente será possível com o envio de recursos federais e parcerias com a iniciativa privada e demais envolvidos nas causas sociais e econômicas.

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META 02 – CONSELHOS DE COMUNIDADE

FOMENTO À CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CONSELHOS DE COMUNIDADE EM TODAS AS COMARCAS DOS ESTADOS E CIRCUNSCRIÇÕES JUDICIÁRIAS DO MATO GROSSO QUE TENHAM SOB JURISDIÇÃO UM ESTABELECIMENTO PENAL, ATENDENDO ASSIM SUAS FUNÇÕES EDUCATIVA, ASSISTENCIAL E INTEGRATIVA;

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONA,MENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS ______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

A Lei de Execução Penal – LEP disponibiliza instrumentos para a promoção das mudanças necessárias, e a criação dos Conselhos da Comunidade é uma delas. A LEP dispõe que em cada comarca seja constituído um Conselho que represente a comunidade no acompanhamento dos indivíduos em situação de aprisionamento, desde o início do cumprimento da pena até o reingresso ao convívio social.Existem no Estado 32 Conselhos, sendo que apenas 8 se encontram em funcionamento.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Incentivar o funcionamento de todos os Conselhos de Comunidade instalados.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Contactar todos os Conselhos para realização de reunião visando as sanar as dificuldades encontradas para o pleno funcionamento.

Março/2008 Outubro/2008

2ª ETAPA Articulação política junto aos Juízes das Comarcas e respectivos prefeitos.

Março/2008 Outubro/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 03 – OUVIDORIA

CRIAÇÃO DE OUVIDORIA COM INDEPENDÊNCIA E MANDATO PRÓPRIO, ESTABELECENDO UM CANAL DE COMUNICAÇÃO ENTRE A SOCIEDADE E OS ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS PELA ADMINISTRAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

PROJETO DEFINIDO, A SER IMPLANTADO A CURTO PRAZO. _______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Foi encaminhado um Projeto ao DEPEN para criação da Ouvidoria do Sistema Prisional, que estamos respondendo pré análise para adequações finais.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META AÇÃO Nº 01 Criar a Ouvidoria do Sistema Penitenciário, subordinada à Secretaria Adjunta de Justiça.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração de minuta do Projeto de Lei.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Projeto à Secretaria de Administração, para analisar o impacto financeiro.

Junho/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Encaminhamento da minuta de Projeto de Lei à Casa Civil para aprovação.

Agosto/2008 Setembro/2008

AÇÃO Nº 02 Projeto de Implantação da Ouvidoria.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Envio ao autor do Projeto para adequações.

Março/2008 Março/2008

2ª ETAPA Encaminhamento do projeto ao Depen para análise e aprovação.

Abril/2008 Abril/2008

AÇÃO Nº 03 Criar a Ouvidoria e o cargo de Ouvidor na estrutura organizacional da Saju.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Formar grupo de servidores para elaborar minuta de Regimento Interno da Saju.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Encaminhar minuta do Regimento Interno para a Secretária Adjunta de Justiça, a fim

Junho/2008 Julho/2008

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de analisar e aprovar. 3ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Estatuto para a Casa Civil, para aprovação e publicação.

Agosto/2008 Setembro/2008

AÇÃO Nº 04 Criação de espaço físico próprio e adequado para o desempenho das atividades da Ouvidoria.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Adequação de novo prédio onde funcionará a Secretaria adjunta de Justiça para funcionamento da Ouvidoria.

Março/2008

Agosto/2008

AÇÃO Nº 05 Aquisição de mobiliário e equipamentos para a Ouvidoria.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realizar licitação de mobiliário e equipamentos para a Ouvidoria.

Agosto/2008

Dezembro/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 04 – CORREGEDORIA

CRIAÇÃO DE CORREGEDORIA LIGADA AO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA NO ESTADO;

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

NÃO IMPLANTADA, E COM PROJETO EM DEFINIÇÃO.

______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Não há Corregedoria ligada ao órgão responsável pela Administração Penitenciária do Estado. Existe a Corregedoria Geral Integrada, no quadro da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública, porém,nunca foi implementada. Existem as Corregedorias da Policia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, através de leis próprias, subordinadas às diretorias desses órgãos da seguranca pública. Haveria necessidade de se criar através de Lei Complementar Estadual uma Corregedoria Geral Integrada subordinada ao Secretário de Estado da Justica e Seguranca Publica, com independência e mandato próprio.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Criar, através de lei, a Corregedoria-Geral Integrada, subordinada ao Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração de minuta do Projeto de Lei.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Projeto à Secretaria de Administração, para análise do impacto financeiro.

Junho/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Encaminhamento da minuta de Projeto de Lei à Casa Civil para aprovação.

Agosto/2008 Setembro/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 05 – CONSELHOS DISCIPLINARES

IMPLANTAÇÃO DE CONSELHOS DISCIPLINARES NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS, GARANTINDO-SE A OBSERVÂNCIA DA LEGALIDADE NA APURAÇÃO DE FALTAS E NA CORRETA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES AOS INTERNOS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS. _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS: o Regimento Interno Padrão precisa ser revisto, a fim de acrescentar alguns atos infracionais comuns praticados pelos presos que ainda não estão previstos como passíveis de sanção disciplinar. Há conselhos disciplinares formados em 4 estabelecimentos penais, os quais não aplicam de forma uniforme as penas disciplinares. Há a necessidade de funcionário qualificado com conhecimento na área de Direito para conduzir os procedimentos instaurados a fim de que sejam atendidos todos os atos processuais previstos. A Penitenciária de Água Boa, Major PM Zuzi Alves da Silva, instituiu pela Portaria no 011, de 04 de abril de 2006, o Conselho Disciplinar. A Penitenciária Regional de Rondonópolis Major Eldo Sá Corrêa, instituiu pela Portaria no 014, de 28 de abril de 2006, o Conselho Disciplinar. A Penitenciária Pascoal Ramos instituiu pela Portaria no 021, de 30 de agosto de 2006, o Conselho Disciplinar.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01

Acrescentar alguns atos previstos já passíveis de sanção disciplinar é que ainda não estão incluídos no Regimento Interno Padrão, como por exemplo, o caso de aparelhos celulares. Levar a pratica as determinações contidas no Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estado é que ainda não estão sendo aplicadas de forma padronizada pelos Conselhos Disciplinares.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Publicação de Portaria reforçando os procedimentos já referidos.

*

OBSERVAÇÕES: * A conclusão independe de ações do referido órgão.

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META 06 – COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO

CRIAÇÃO DE COMISSÕES TÉCNICAS DE CLASSIFICAÇÃO, EM CADA ESTABELECIMENTO PENAL, VISANDO A INDIVIDUALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DA PENA.

SITUAÇÃO EM: 20/032008

PROJETO DEFINIDO, A SER IMPLANTADO A MÉDIO PRAZO _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Constatou-se a inexistência de CTC’s regularmente constituídas e atuantes no desenvolvimento de programas individualizadores de pena, mas existe a equipe técnica nas Unidades que realizam os exames criminológicos por ordem judicial. A Penitenciária de Água Boa, Major PM Zuzi Alves da Silva, institui a CTC pela Portaria no 010, de 04 de abril de 2006. A Penitenciária Regional de Rondonópolis Major Eldo Sá Corrêa, instituiu a CTC pela Portaria no 013, de 28 de abril de 2006.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META AÇÃO Nº 01 Revisão do Regimento Interno dos Estabelecimentos Prisionais do Estado de Mato Grosso para que se faça a inclusão das Comissões Técnicas de Classificação em cada Unidade Prisional.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaborar minuta de alteração do Regimento Interno para incluir as Comissões Técnicas de Classificação.

Março/2008

Dezembro/2008

2ª ETAPA Encaminhamento para a Secretaria Adjunta de Justiça para análise e aprovação.

Janeiro/2009

Março/2009

3ª ETAPA Encaminhar para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública para análise e providências.

Abril/2009 Junho/2009

4ª ETAPA Encaminhar para a Casa Civil para publicação no Diário Oficial do Estado.

Julho/2009 Dezembro/2009

AÇÃO Nº 02 Capacitação dos servidores que irão compor as Comissões Técnicas de Classificação nos Estabelecimentos Penais.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaborar Projeto de capacitação dos servidores envolvidos nas CTCs, através da Escola Penitenciaria.

Janeiro/2009 Fevereiro/2009

2ª ETAPA Execucão do Projeto.

Agosto/2009 Dezembro/2009

AÇÃO Nº 03

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Formação das Comissões Técnicas de Classificação pelos estabelecimentos Penais que ainda não possuem.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Ofício estabelecendo prazo para formação das CTC’s pelos estabelecimentos.

Agosto/2009 Setembro/2009

2ª ETAPA Portarias dos Diretores de estabelecimentos penais para formação das CTC’s.

Outubro/2009 Dezembro/2009

3ª ETAPA Identificar as unidades impossibilitadas de criar as CTC’s.

Outubro/2009 Dezembro/2009

AÇÃO Nº 04 Proposta da criação de uma Comissão Itinerante para suprir as possíveis carências existentes nas Cadeias Públicas.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Portaria da SAJU criando a Comissão Itinerante. Janeiro/2010 Maio/2010

OBSERVAÇÕES: Atualmente ha carência de profissionais nas áreas de psicologia, psiquiatria e servico social, o que será provido através de concurso publico que está previsto para ocorrer em 2009, conforme cronograma da meta 12.

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META 07 – ESTATUTO E REGIMENTO

ELABORAÇÃO DE ESTATUTO E REGIMENTO, COM AS NORMAS LOCAIS APLICÁVEIS À CUSTÓDIA E AO TRATAMENTO PENITENCIÁRIO. SITUAÇÃO EM 20/03/2008

PROJETO DEFINIDO, A SER IMPLANTADA A LONGO PRAZO. _______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Há um Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estado, criado pela Lei 8.260, de 20 de janeiro de 2004 e Decreto n° 5683, de 13 de dezembro de 2002.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Elaborar a alteração da estrutura organizacional da Secretaria Adjunta de Justiça.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração de minuta do Projeto de Lei.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Projeto à Secretaria de Administração, para analisar o impacto financeiro.

Junho/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Encaminhamento da minuta de Projeto de Lei à Casa Civil para aprovação.

Agosto/2008 Setembro/2008

AÇÃO Nº 02 Adequação do Regimento Interno (Decreto no 8.342, de 29 de novembro de 2006), conforme as alterações da estrutura organizacional.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração de minuta de Decreto para alteração do Regimento Interno.

Outubro/2008 Outubro/2008

2ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Projeto à Secretaria de Administração, para analisar o impácto financeiro.

Novembro/2008 Novembro/2008

3ª ETAPA Encaminhamento da minuta de Projeto de Lei à Casa Civil para aprovação.

Dezembro/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 03 Criar o Estatuto do Sistema Penitenciário.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Formar grupo de servidores para elaborar

Abril/2009 Agosto/2009

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minuta de Estatuto da Saju. 2ª ETAPA Encaminhar minuta do Estatuto para a Secretária Adjunta de Justiça.

Setembro/2009 Outubro/2009

3ª ETAPA Encaminhamento da minuta do Estatuto para a Casa Civil, para aprovação e publicação.

Novembro/2009 *

AÇÃO Nº 04

Criar os Regimentos Internos dos Estabelecimentos Penais do Estado, através de Portaria do Diretor das Unidades.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaborar minuta de Regimento Interno, de acordo com as peculiaridades do regime de cumprimento da pena.

Setembro/2009

Março/2010

2ª ETAPA Análise e aprovação dos Regimentos Internos por Portaria do Diretor da Unidade Penal e publicação.

Abril/2010 Maio/2010

OBSERVAÇÕES:

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META 08 – ASSISTÊNCIA JURÍDICA

CRIAÇÃO OU AMPLIAÇÃO, EM CADA ESTABELECIMENTO PENAL, DE SETORES RESPONSÁVEIS PELA PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA JURÍDICA AOS ENCARCERADOS.

SITUAÇÃO EM: 20/03/2008

ATINGIDA, PORÉM INSUFICIENTE

_______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Das 5 Penitenciárias do Estado, apenas 2 oferecem assistência jurídica, acompanhando processos e auxiliando o Diretor nos procedimentos disciplinares dos reeducandos. Foi encaminhado à Secretaria de Administração, através do processo n° 545027/2007, de 30/11/2007, a solicitação de realização de concurso para Agente Prisional, Técnico do Sistema Prisional (Advogado, Administrador, Economista, Contador, Assistente Social, Psicóloga, Médico, Dentista, Enfermeira, Psiquiatra, Pedagogo) e Assistente do Sistema Prisional.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Aumentar o número de Técnicos do Sistema Prisional, através da contratação de 10 advogados por concurso público para atuarem na assistência jurídica aos presos, dentro das unidades penais do Estado.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Análise do Impácto Financeiro pela Secretaria de Administração.

Agosto/2008 Novembro/2008

2ª ETAPA Publicação no edital de abertura do Concurso Público.

Abril/2009 Agosto/2009

3ª ETAPA Realização do Concurso Público.

Outubro/2009 Dezembro/2009

4ª ETAPA Convocação dos aprovados.

Março/2010 Maio/2010

AÇÃO Nº 02 Criar, através da Fundação Nova Chance, o Núcleo de Assistência e Acompanhamento de encarcerados e egressos. Composto de representantes dos seguintes órgãos: OAB, Ministério Público, Defensoria Pública, Corregedoria, Responsável da Secretaria Adjunta de Justiça e Junta Técnica de Acompanhamento.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Contato com as instituições a serem membros do NAACEE.

Maio/2008 Julho/2008

2ª ETAPA Criação e implantação dos NAACEE

Agosto/2008 Agosto/2009

OBSERVAÇÕES:

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META 09 – DEFENSORIA PÚBLICA

FOMENTO À AMPLIAÇÃO DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS VISANDO PROPICIAR O PLENO ATENDIMENTO JURÍDICO NA ÁREA DE EXECUÇÃO PENAL AOS PRESOS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS

COMENTÁRIOS:

A Defensoria Pública de Mato Grosso foi criada pela Lei Complementar Estadual 07, de 28.12.1990. Contudo, foi efetivamente instalada apenas em fevereiro de 1999, após a realização do primeiro concurso público para o cargo de Defensor Público, que ocorreu em 1998. À época do concurso foram previstas 95 vagas. A instalação ocorreu em 24 de fevereiro de 1999, com a posse de 24 Defensores. Hoje a Defensoria de MT conta com 118 Defensores. Atualmente regula a organização da Defensoria de MT a Lei Complementar Estadual 146, de 29.12.2003. Com a LCE 146 foram previstos 160 cargos, dos quais 118 estão preenchidos. A Defensoria Pública está presente em 57 das 83 Comarcas atualmente existentes em MT. O Sistema Prisional de MT é composto de 05 Penitenciárias, 01 Colônia Agrícola/Industrial e 54 Cadeias Públicas. Destes estabelecimentos penais apenas 03 contam atualmente com atendimentos semanais pela Defensoria Pública. São os seguintes: Penitenciária do Pascoal Ramos, Centro de Ressocialização de Cuiabá e Cadeia Pública de Várzea Grande. A partir de 25.03.08 a Penitenciária Feminina ( Ana Maria do Couto May) contará com atendimentos semanais por parte da Defensoria Pública. Nas unidades prisionais mencionadas acima, que contam com atendimento regular, a Defensoria Pública implantou o Programa de Assistência ao Segregado. Para detalhes acerca do programa, consultar informações remetidas pela Defensoria de MT a Comissão de Monitoramento. Este programa é Gerenciado pelo NEEP – Núcleo Estadual de Execução Penal, do qual fazem parte atualmente 05 Defensores, todos cumulando outras funções, diante da falta de Defensores para todas as demandas da instituição. As demais unidades prisionais recebem visitas dos Defensores, mas de maneira não regular. Vale dizer, não há um atendimento rotineiro implantado, isto em razão do número insuficiente de Defensores. Mato Grosso conta com 257 membros do Poder Judiciário, 173 membros do Ministério Público e 118 membros da Defensoria Pública. Os orçamentos para 2008, respectivamente, são de R$ 427.862.698,00, R$ 153.585.363,00 e R$ 30.903.516,00. Não há previsão orçamentária em 2008 para a realização de novo concurso.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Possibilitar atuação exclusiva de 20 Defensores Públicos no Núcleo Estadual de Execução Penal.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realização de novo concurso público. Janeiro/2009 Julho/2009

2ª ETAPA Treinamento de 15 Defensores Públicos para atuação exclusiva em execução penal.

Agosto/2009 Setembro/2009

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AÇÃO Nº 02 Ampliar o PAS – Programa de Assistência ao Segregado – para as Penitenciárias de Mata Grande (Rondonópolis), Água Boa (Água Boa) e Ferrugem (Sinop) e para as Cadeias Públicas de Rondonópolis, Cáceres e Água Boa.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aviamento da Estrutura de acordo com a metodologia PAS.

Março/2009 Maio/2009

2ª ETAPA Treinamento dos Defensores envolvidos.

Junho/2009 Agosto/2009

3ª ETAPA Implantação do PAS nas unidades prisionais citadas.

Setembro/2009 Dezembro/2009

AÇÃO Nº 03 Implantar o PLD – Programa Linha Direta (atendimento semanal por um Defensor ) nas Casas do Albergado de Cuiabá e Várzea Grande ( estas unidades são destinadas ao cumprimento das penas em regime semi-aberto).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aviar estrutura dentro da unidade prisional.

Abril/2008 Maio/2008

AÇÃO Nº 04 Ampliar a Base de Produção do PAS através de Convênio com o DEPEN.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aviar Estrutura.

Maio/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Selecionar e contratar estagiários.

Maio/2008 Junho/2008

AÇÃO Nº 05 Inserir as Defensorias Criminais de Cuiabá e Várzea Grande no PAS DIGITAL, unificando as áreas de atuação destas Defensorias com o Núcleo Estadual de Execução Penal.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realizar os ajustes necessários no programa PAS – DIGITAL.

Abril/2008 Maio/2008

2ª ETAPA Oferecer treinamento aos Defensores envolvidos.

Maio/2008

AÇÃO Nº 06 Ampliar o número de Defensores que realizam visitas regulares/semanais às unidades prisionais: Pascoal Ramos (05), Centro de Ressocialização de Cuiabá (04), Cadeia Pública de Várzea Grande (03).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Oferecer Treinamento aos Defensores envolvidos.

Maio/2008 Maio/2008

2ª ETAPA Iniciar novos atendimentos.

Junho/2008

AÇÃO Nº 07 Criar o Portal Defensoria Criminal, com ambiente interativo que permita a troca de experiências,

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documentos e discussões on-line. ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO

1ª ETAPA Elaborar Projeto.

Junho/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Contratar empresa.

Julho/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Disponibilizar Portal.

Agosto/2008 Agosto/2008

AÇÃO Nº 08 Instalar o PAS no Presídio Feminino de Cuiabá ( Ana Maria do Couto May).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aviar estrutura no interior da unidade prisional e iniciar atendimentos.

Março/2008 Março/2008

AÇÃO Nº 09 Instituir o Programa Blitz Cidadã – Acompanhamento em tempo real da lavratura de flagrantes em Delegacias de Polícia de Cuiabá, sem prévio aviso, prevenindo a lesão a direitos humanos.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaborar Projeto

Junho/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Selecionar Defensores Voluntários

Julho/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Iniciar visitas

Agosto/2008 Agosto/2008

OBSERVAÇÕES: Esta meta foi preenchida pelo responsável pela Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso, órgão ao qual caberá o cumprimento dessa meta.

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META 10 – PENAS ALTERNATIVAS

FOMENTO À APLICAÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS À PRISÃO, COLABORANDO PARA A DIMINUIÇÃO DA SUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS, AMENIZANDO A REINCIDÊNCIA CRIMINAL, BEM COMO IMPEDINDO A ENTRADA DE CIDADÃOS QUE COMETERAM CRIMES LEVES NO CÁRCERE.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

PROJETO DEFINIDO, A SER IMPLANTADO A CURTO PRAZO.

COMENTÁRIOS:

Há um Projeto de Implantação da Central de Execuções de Penas e Medidas Alternativas – CEAPA em Cuiabá – MT, o qual encontra-se no DEPEN, para análise e aprovação.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Implementar melhorias na Central de Execuções de Penas e Medidas Alternativas – CEAPA.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aguardando o recebimento de Nota Técnica pelo Depen sobre o Projeto apresentado pela Sejusp.

Março/2008

2ª ETAPA Adequações no Projeto.

Abril /2008 Abril /2008

3ª ETAPA Análise para a formalização do convênio pelo Depen.

Maio/2008 Maio/2008

4ª ETAPA Readequações para a formalização do convênio e encaminhamento dos documentos ao Depen.

Junho/2008 Junho/2008

5ª ETAPA Aprovação ou não do Projeto para execução em 2008, com a possível assinatura do convênio pelo Depen.

Julho/2008 Agosto/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 11 – AGENTES, TÉCNICOS E PESSOAL ADMINISTRATIV O

CRIAÇÃO E INSTITUIÇÃO DE CARREIRAS PRÓPRIAS DE AGENTES PENITENCIÁRIOS, TÉCNICOS E PESSOAL ADMINISTRATIVO, BEM COMO A ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CARREIRA.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS.

COMENTÁRIOS:

A Lei n° 8260, de 28 de dezembro de 200, criou a Carreira dos Profissionais do Sistema Prisional e Socioeducativo do Estado, mas necessita de algumas modificações.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Alteração da Lei de Plano de Carreira dos Servidores Penitenciários.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Análise do Projeto de Lei para alteração da Lei no 8.260, de 28 de dezembro de 2004, pela Gerência de Modernização da Secretária de Administração.

Fevereiro/2008 Julho/2008

2ª ETAPA Encaminhar ao Governador para apreciação e posterior envio a Assembléia Legislativa para votação.

Agosto/2008 Agosto/2009

OBSERVAÇÕES:

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META 12 – QUADRO FUNCIONAL

AMPLIAÇÃO DO QUADRO FUNCIONAL, ATRAVÉS DE CONCURSOS PÚBLICOS E CONTRATAÇÕES, EM QUANTITATIVO ADEQUADO AO BOM FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS

COMENTÁRIOS:

Dos 1492 agentes prisionais, 369 agentes são contratados por um ano podendo ser renovado por mais um ano, e 1.123 agentes efetivos. Foi feita uma solicitação à Secretária de Administração Penitenciária, através do processo n° 5450027/2007, de 30/11/2007, para que seja aberto concurso público para suprir o déficit atual de agentes.Há um proporção de 1 agente prisional para cada 6,24 presos.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Aumentar o número de Técnicos do Sistema Prisional, através de concurso público, para atuarem nas unidades penais e na área administrativa da Saju.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Análise do impacto financeiro pela Secretaria de Administração.

Agosto/2008 Novembro/2008

2ª ETAPA Publicação no edital de abertura do Concurso Público.

Abril/2009 Agosto/2009

3ª ETAPA Realização do Concurso Público.

Outubro/2009 Dezembro/2009

4ª ETAPA Convocação dos aprovados.

Março/2010 Maio/2010

AÇÃO Nº 02 Realizar levantamento da situação atual dos Assistentes e Agentes Prisionais do Sistema Prisional para que atuem na atividade fim.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Levantamento da situação atual dos cargos de assistente e agentes prisionais do sistema penitenciário, e verificar sua lotação.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Remanejamento desses servidores que estão fora para atuarem nas unidades penais.

Julho/2008 Agosto/2008

3ª ETAPA Levantamento da carência de assistentes e

Agosto/2008 Maio/2009

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agentes prisionais, a fim de suprir a eventual demanda por solicitação de concurso público. 4ª ETAPA Realização do concurso.

Agosto/2009 Março/2010

OBSERVAÇÕES:

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META 13 – ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

CRIAÇÃO DE ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA PARA A FORMAÇÃO DOS OPERADORES DA EXECUÇÃO PENAL.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

O Processo de implantação da Escola Penitenciária do Estado está em fase de inauguração (espaço físico). Logo a parte de documentação de reconhecimento da EAP está em estudo pela SAD e Escola de Governo e demais órgãos competentes. Foi criado pelo decreto nº 898 de 21 de novembro de 2007 para dar prosseguimento nas ações pegagógicas e finalísticas com os servidores do sistema prisional, a coordenadoria de ensino penitenciário.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Mudança para o espaço próprio da Escola Penitenciária já existente.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Inauguração da sede.

Abril/2008

2ª ETAPA Implementação e reestruturação da sede.

Abril/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 02 Formação e qualificação dos servidores do sistema prisional.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Treinamento para Docentes da Escola

Maio/2008 Outubro/2008

2ª ETAPA Cursos de formação aos diretores e agentes prisionais.

Junho/2008

Novembro/2008

AÇÃO Nº 03 Composição da equipe técnica da Escola.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Seleção de profissionais e contratação de psicólogos, arte-educadores, pedagogos, sociólogos, advogados e assistentes sociais.

Junho/2008 Setembro/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 14 – ASSISTÊNCIA À SAÚDE

ADESÃO A PROJETOS OU CONVÊNIOS VISANDO A PLENA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS ENCARCERADOS: PLANO NACIONAL DE SAÚDE NO SISTEMA PENITENCIÁRIO.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

O Plano está em funcionamento desde o ano de 2004. Estaremos realizando novas alterações neste ano de 2008.Dificuldades do Plano: falta definir a responsabilidade da distribuição de medicamentos para as Penitenciárias.

AÇÕES PARA O ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Resolução da distribuição de medicamentos.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realização da primeira reunião com Secretaria de Estado e Municipal de Saúde.

Março/2008 Julho/2008

2ª ETAPA Encaminhamento das necessidades de medicamentos dos Estabelecimentos Prisionais a Secretaria de Estado de Saúde.

Março/2008 Julho/2008

3ª ETAPA Realização de outras reuniões para definição da ação nº 01.

Abril/2008 Julho/2008

AÇÃO Nº 02 Atualizações do Plano Nacional de Saúde.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realização da primeira reunião com Secretaria de Estado e Municipal de Saúde.

Maio/2008 Outubro/2008

2ª ETAPA Encaminhamento das necessidades de atendimentos referente à saúde dos Estabelecimentos Prisionais a Secretaria de Estado e Município de Saúde.

Agosto/2008 Outubro/2008

3ª ETAPA Aprovação das alterações pelo Conselho Estadual de Saúde.

Setembro/2008 Outubro/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 15 – EDUCAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO

ADESÃO A PROJETOS DE INSTRUÇÃO ESCOLAR, ALFABETIZAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: PROEJA – BRASIL ALFABETIZADO.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS ______________________________________________________________________________ COMENTÁRIOS:

A Seduc – Secretaria de Educação é conveniente da Sejusp e para este ano de 2008 abriram além das 800 vagas de EJA do 2º segmento ofereceram mais 2.000 vagas em todo o Estado para essa modalidade. A Sejusp está em fase de celebração de convênio com SecretariasMmunicipais de Educação para a oferta da EJA do 1º segmento. Os cursos profissionalizantes estão em fase de celebração e encaminhamentos de projetos aos órgãos do Depen, SETECS, Senai e Sesi. No Estado existem ações educacionais da alfabetização ao ensino médio ofertadas em 8 unidades prisionais, com expectativa de expansão dos convênios com Secretarias Municipais e Estaduais de Educação para atingir mais 13 unidades prisionais. Com a criação da Fundação Nova Chance novos projetos serão desenvolvidos em conjunto com a rede de parceiros visando melhorias na educação e profissionalização.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Início das atividades educacionais nos estabelecimentos penais.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Capacitação e acompanhamento pedagógico semanalmente.

Julho/2008 Novembro/2008

2ª ETAPA Celebração de convênio e encaminhamento da minuta para assinaturas.

Maio/2008 Junho/2008

AÇÃO Nº 02 Estruturação dos recursos humanos para suporte técnico e pedagógico das escolas.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Seleção e contratação.

Maio/2008

Julho/2008

AÇÃO Nº 03 Cursos Profissionalizantes aos homens e mulheres em privação de liberdade.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Seleção e triagem dos alunos.

Agosto/2008

Agosto/2009

AÇÃO Nº 04 Realização de Cursos Profissionalizantes aos homens, mulheres em privação de liberdade,

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intramuros e extramuros, pela Fundação Nova Chance. ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO

1ª ETAPA Seleção e aplicação dos cursos.

Maio/2008

Dezembro/2011

OBSERVAÇÕES:

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META 16 – BIBLIOTECAS

CRIAÇÃO DE ESPAÇOS LITERÁRIOS E FORMAÇÃO DE ACERVO PARA DISPONIBILIZAÇÃO AOS INTERNOS EM TODOS OS ESTABELECIMENTOS PENAIS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

PROJETO DEFINIDO, A SER IMPLANTADO A CURTO PRAZO _______________________________________________________________________________ COMENTÁRIOS:

A maioria das unidades prisionais não possuem biblioteca. Existe um espaço literário adequado apenas no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May e no Centro de Ressocialização de Cuiabá, que possuem um considerável acervo literário. Há intenção por parte do Estado de implementar projetos e criar bibliotecas nas 12 unidades prisionais que tem em funcionamento o ensino de jovens e adultos (da alfabetização ao ensino médio).

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Criar estrutura para implantar bibliotecas nos estabelecimentos que ainda não possuem.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Levantamento dos espaços disponíveis.

Abril/2008 Junho/2008

2ª ETAPA Implantação de uma biblioteca para os Presídios de Major Eldo de Sá Correa (Rondonópolis), Pascoal Ramos (Cuiabá) e Ferrugem (Sinop).

Maio/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 02 Ampliação do acervo literários das unidades penais.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Campanha Estadual para aquisição de livros para as bibliotecas através de doações.

Maio/2008 Agosto/2008

AÇÃO Nº 03 Estruturar os espaços literários já existentes.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Acompanhamento dos processos de aquisição e estruturação.

Maio/2008 Julho/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 17 – ASSISTÊNCIA LABORAL

IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURAS LABORAIS NOS ESTABELECIMENTOS PENAIS DE CARÁTER EDUCATIVO E PRODUTIVO, BEM COMO A ADESÃO A PROJETOS VISANDO SUA QUALIFICAÇÃO E INSERÇÃO NO MUNDO DO TRABALHO: ESCOLA DE FÁBRICA, PINTANDO A LIBERDADE.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS. _______________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Atualmente as penitenciárias possuem estrutura para atividade laboral, e as cadeias públicas não, porém mesmo assim os presos exercem atividades internas e externas nas cadeias com autorização judicial. Foi também criado este ano a Fundação Nova Chance que terá seu trabalho baseado em dois eixos – educação e trabalho, pretendendo desta forma aprimorar o atendimento assistencial e profissionalizante aos reeducandos do regime fechado e semi-aberto do Mato Grosso e num outro contexto os adolescentes que cumprem medida sócio-educativa. Atividades desenvolvidas nas Penitenciárias do Estado: - Penitenciária Major Eldo Sá Correa – Rondonópolis: possui a Fábrica do Pintando a Liberdade, com novo Convênio a ser firmado, Horta, Marcenaria, Padaria e cozinha; - Centro de Ressocialização de Cuiabá – Possui fábrica de calçado, fábrica de vassoura, fábrica de bola, reciclagem de papel e plástico, etc; - Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto “May”: Oficina de costura, Fábrica de bonecas, cozinha, salão de beleza, fábrica de salgado, etc; - Penitenciária Pascoal Ramos: possui uma estrutura onde hoje está a cozinha industrial da empresa privada que fornece alimentação ao sistema penitenciário e socioeducativo da grande capital; - Penitenciária Osvaldo Florentino L. Ferreira – Sinop: Cozinha, lavanderia, artesanato, etc; - Colônia Penal Agrícola de Palmeiras: possui plantação de milho e mandioca, criação de gado, horta, etc.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01

Projeto de Ampliação das Oficinas Produtivas na Penitenciária Ana Maria do Couto “May” foi aprovado pelo DEPEN e está em fase de execução.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Seleção de público alvo para o projeto. Novembro/2008

2ª ETAPA Aquisição de material permanente e de consumo.

Janeiro/2008

Julho/2008

3ª ETAPA Oficina de salgados. Oficina de fraldas

Junho/2008 Outubro/2008

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Oficinas de Tratamento de Beleza. Oficina de Costura. 4ª ETAPA Fortalecimento de parcerias com empresas nos ramos das oficinas, bem como instituições do Estado e Privadas, para a manutenção e aprimoramento dos conhecimentos técnicos às reeducandas.

Julho/2008 Outurbro/2008

5 ª ETAPA Relatório de Monitoramento.

Outubro/2008 Outubro/2008

AÇÃO Nº 02 Reintegração do egresso em sua comunidade de origem do Estado de Mato Grosso, aprovado pelo Depen, está em fase de execução.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Curso de mecânica industrial.

Novembro/2008 Dezembro/2008

2ª ETAPA Curso de soldador.

Janeiro/2009 Fevereiro/2009

3ª ETAPA Curso de mecânica de automóvel.

Março/2009 Março/2009

4ª ETAPA Relatório de Prestação de Contas Final.

Março/2009 Março/2009

AÇÃO Nº 03 Projetos de Pesquisa para levantamento situacional dos servidores do Sistema Prisional; Aparelhamento e Adequação da sala múltiplo uso para formação e capacitação de servidores na Penitenciária Feminina; Reintegração Social via ampliação de Campos de Trabalho na Colônia Penal Agrícola de Palmeiras do Estado de Mato Grosso; Aparelhamento da Unidade de Saúde Mental II Medida de Segurança; Aprendizagem do servidor penitenciário em Administração penitenciária; É preciso educar para ressocializar; Projeto de redução da população carcerária de Mato Grosso; Educar para a liberdade.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Aguardando análise para possível aprovação pelo Depen.

Março/2008 -

AÇÃO Nº 04 Desenvolver novas parcerias com entidades do Estado, públicas e privadas para desenvolvimento de laborterapia.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Formar parcerias e adquirir recursos para abastecimento de matéria-prima para oficinas.

Março/08 -

AÇÃO Nº 05 Desenvolver parceria com a Corregedoria Geral de Justiça do Mato Grosso, para implantar o uso de tornezeleira eletrônica nos presos do regime semi-aberto.

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ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Reunião para definir parceria entre a Saju e a Corregedoria Geral de Justiça.

Março/2008 Março/2008

2ª ETAPA Regulamentação do uso das tornozeleiras eletrônicas.

Abril/2008 Maio/2008

3ª ETAPA Implantação do uso das tornozeleiras eletrônicas pelos presos do regime semi-aberto.

Maio/2008 Julho/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 18 – ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA DO PRESO

ADESÃO OU DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS FOCADOS NA ORIENTAÇÃO, AMPARO E ASSISTÊNCIA ÀS FAMÍLIAS DOS PRESOS, COLABORANDO PARA A COMPREENSÃO DA IMPORTÂNCIA DO PAPEL FAMILIAR NO PROCESSO DE REINSERÇÃO SOCIAL.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, PORÉM INSUFICIENTE _____________________________________________________________________________ COMENTÁRIOS:

O Serviço Social em algumas unidades já atua na orientação aos familiares, podemos citar o Centro de Ressocialização de Cuiabá, onde as assistentes mantêm plantão nos dias de visita para atendimento, bem como fazem atendimento domiciliar quando necessário. Na Penitenciária Feminina do Estado também fazem a mesma forma de atendimento.

Nas unidades penais, o serviço social realiza atendimentos a familiares de presos; porém, essa assistência não é focada exclusivamente na orientação e apoio a eles, como foi mostrado acima e se restringe aos visitantes do preso. A Saju não desenvolve projetos de assistência à família do preso até momento. Com a criação da Fundação Nova Chance que está em fase de implantação até abril/2008, serão desenvolvidos vários projetos de amparo aos familiares, sendo uma das prerrogativas da Lei Complementar que instituiu a fundação.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Construção do Plano de Ação do serviço social através do Manual do Serviço Social.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Formação de grupo com as assistentes sociais para construção do Plano de Ação e conclusão do Manual do Serviço Social.

Março/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 02 Humanização e aprimoramento do processo de revista nas unidades prisionais do Estado– implantação de equipamentos correcionais de segurança eletrônica, visando melhorar o atendimentos aos familiares dos presos, melhorar as condições de trabalho dos agentes prisionais e impedir a entrada de objetos não permitidos.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Encaminhamento de Projeto ao Depen referente ao Sistema de Inspeção de Raio X, Detector de Metal Pórtico, e Manual.

Abril/2008 Abril/2009

AÇÃO Nº 03 Formar parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho, Cidadania, Emprego e Assistência

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Social para implementar ações junto às famílias dos presos na inserção nos programas do Governo Federal, através dos Centro de Referência da Assistência Social – CRAS.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Reunião com a Secretaria de Estado de Trabalho, Cidadania, Emprego e Assistência Social buscando iteração das ações entre as Secretarias de Estado e Municípios.

Abril/2008 Maio/2008

2ª ETAPA Mobilização das famílias para efetuarem o cadastramento nos CRAS.

Junho/2008 Dezembro/2008

3ª ETAPA Manutenção da parceria para a mobilização e cadastramento das famílias juntos aos CRAS.

Janeiro/2009 Permanente

AÇÃO Nº 04 Mapeamento dos familiares, suas necessidades e anseios, pela Fundação Nova Chance.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Mapeamento dos familiares, suas necessidades e anseios, pela Fundação Nova Chance.

Maio/2008 Setembro/2008

AÇÃO Nº 05 Elaboração de plano de ação junto as famílias dos reeducandos e adolescentes, incluindo mecanismos de geração de renda.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração de plano de ação junto as famílias dos reeducandos e adolescentes, incluindo mecanismos de geração de renda.

Setembro/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 06 Implantação do plano de ação.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Implantação do plano de ação.

Janeiro/2009 Dezembro/2011

OBSERVAÇÕES: Faz-se necessária a contratação de mais assistentes sociais, para desenvolvimento pleno das ações.

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META 19 – INFORMATIZAÇÃO – INFOPEN

IMPLANTAÇÃO DE TERMINAIS DE COMPUTADOR EM TODOS OS ESTABELECIMENTOS PENAIS, VINCULADOS À ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES PENITENCIÁRIAS – INFOPEN.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS _______________________________________________________________________________ COMENTÁRIOS:

A inclusão de dados no sistema InfoPen Estatística está sendo feita de forma centralizada na Saju. Nem todos os estabelecimentos penais possuem terminais interligados com acesso à Rede Mundial de Computadores, mas estão em fase de execução para instalação de internet nos estabelecimentos penais.

AÇÃO Nº 01 Instalação de internet.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Adesão ao registro de preço.

Março/2008 Março/2008

2ª ETAPA Instalação do link de internet em todos os estabelecimentos penais.

Abril/2008 Julho/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 20 – AMPLIAÇÃO DO NÚMERO DE VAGAS

ELABORAÇÃO DE PROJETO VISANDO À CONSTRUÇÃO, AMPLIAÇÃO OU REFORMA DE ESTABELECIMENTOS PENAIS, OCASIONANDO POR CONSEQÜÊNCIA A ELEVAÇÃO DO NÚMERO DE VAGAS DISPONÍVEIS AOS ENCARCERADOS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

EM EXECUÇÃO. _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

O Estado de Mato Grosso possui atualmente 9.315 detentos e disponibiliza 4.655 vagas distribuídas em 6 penitenciárias e 54 cadeias públicas. No relatório do PPA, o cronograma de investimentos prevê a instalação de 01 módulo de aço ou shulter e reforma em alguns estabelecimentos, que proporcionará a ampliação do número de vagas.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Construção de Penitenciária Masculina com capacidade para 421 vagas para jovens na faixa etária dos 18 aos 24 anos, na Cidade de Várzea Grande, que esta localizada na grande Cuiabá ( Capital).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração/finalização do projeto básico, que será disponibilizado pelo Depen, com terreno disponibilizado pelo Estado de Mato Grosso.

Abril/2008 Julho/2008

2ª ETAPA Convênio com Depen, se o mesmo deliberar a obra será licitada pelo Estado.

Abril/2008 Julho/2008

AÇÃO Nº 02 Construção de Ppenitenciária Masculina com capacidade de 256 vagas no interior do Estado (Peixoto de Azevedo).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração/finalização do projeto básico.

Março/2008 Março/2008

2ª ETAPA Apresentação ao Depen visando aprovação do projeto e convênio.

Março/2008 Abril/2008

AÇÃO Nº 03 Construção de 03 CDPs, nas Cidades de Juína, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra, com capacidade de 152 vagas para cada unidade.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO

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1ª ETAPA Obras conveniada junto ao DEPEN, através dos convênios.

Dezembro/2008

2ª ETAPA Obras licitadas.

Março/2008 Dezembro/2008

AÇÃO Nº 04 Ampliação da Penitenciária do Pascoal Ramos em Cuiabá – MT, com abertura de 300 vagas, no sistema de aluguel com os custos totalmente absorvidos pelo Governo do Estado de Mato Grosso.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração/finalização do projeto básico.

Abril/2008

2ª ETAPA Implantação.

Maio/2008 Agosto/2008

AÇÃO Nº 05 Ampliação da Penitenciária de Mata Grande em Rondonópolis – MT, com abertura de 312 vagas, no sistema de aluguel com os custos totalmente absorvidos pelo Governo do Estado de Mato Grosso.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração / finalização do projeto básico.

Abril/2008

2ª ETAPA Implantação.

Maio/2008 Agosto/2008

OBSERVAÇÕES:

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META 21 – APARELHAMENTO E REAPARELHAMENTO

ELABORAÇÃO DE PROJETO VISANDO O APARELHAMENTO E REAPARELHAMENTO DAS ESTRUTURAS DE SERVIÇOS ESSENCIAIS DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS: AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS PARA TRANSPORTE DE PRESOS - AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE APOIO À ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA PENITENCIÁRIA, RESPEITADAS AS RESTRIÇÕES LEGAIS - DENTRE OUTROS.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, EM FUNCIONAMENTO, MAS FORA DOS PADRÕES DESEJÁVEIS _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

Há no Estado um reduzido número de equipamentos, havendo carência de aparelhar e reaparelhar as unidades. Cita-se alguns projetos: convênio n°100/2007- Depen, implantação de Sistema de Segurança através de Detector de Metal portátil; convênio n° 104/2007-Depen, implantação de lavanderias nas maiores unidades do Estado; convênio n° 105/2007-Depen, implantação de Sistema de Segurança através de Detector de Metal portal nas unidades; convênio 106/2007-Depen, Aquisição de Veículos tipo ambulância; convênio 056/2007 e 057/2007- Depen, Aparelhamento das Unidades de Saúde da Penitenciárias Major PM Zuzi Alves Silva e Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira; convênio n° 088/2007-Depen, Projeto de Aquisição Veículo Tipo Camburão, objetivando atender as requisições judiciais, administrativa, para execução de simples remoção de reeducandos.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Executar os convênios acima descritos em parceria com o Depen.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Realizar processo licitatório dos convênios para a contemplação de empresa, para dar início a aquisição dos aparelhamentos e reaparelhamentos.

Janeiro/2009

2ª ETAPA Disponibilizar aos estabelecimentos os aparelhamentos e reaparelhamentos adquiridos.

Janeiro/2009

OBSERVAÇÕES: Termo devidamente assinado e publicado, aguardando recurso para ser creditado na conta.

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META 22 – MULHER PRESA E EGRESSA

ADESÃO A PROJETOS DIRECIONADOS À GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES, PARA MULHERES ENCARCERADAS E EGRESSAS, DE REINTEGRAÇÃO À SOCIEDADE, AO MERCADO DE TRABALHO E AO CONVÍVIO FAMILIAR.

SITUAÇÃO EM 20/03/2008

ATINGIDA, PORÉM INSUFICIENTE _____________________________________________________________________________

COMENTÁRIOS:

A Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May é a única do Estado, onde se realiza a reintegração à sociedade, ao mercado de trabalho e ao convívio familiar das mulheres, através de oficina de corte, costura, confecções de boneca, salgados, escola, curso de cabeleireiro e artesanato. Existe creche/berçário com 5 cômodos, 10 berços e 1 cama, com capacidade para 20 crianças. A Fundação Nova Chance expandirá as ações hoje desenvolvidas com a comercialização efetiva dos produtos fabricados pelas reeducandas e instituirá políticas para as egressas.

AÇÕES PARA ALCANCE DA META

AÇÃO Nº 01 Proporcionar educação básica e profissionalizante para 100 mulheres em privação de liberdade.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA matrícula em convênio com a SEDUC e SENAI

Maio/2008 Agosto/2009

2ª ETAPA Levantamento e acompanhamento das mulheres em privação de liberdade (apenadas e egressas)

Setembro/2009 Janeiro/2010

AÇÃO Nº 02 Educação de Jovens Adultos do 1º segmento para 100 reeducandas (Convênio com a Secretaria Municipal de Ensino).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Triagem das alunas e matrículas

Março/2008 Fevereiro/2009

AÇÃO Nº 03 Ampliar 25 vagas no Projeto Pupi-tuti (confecção de bonecas para o exterior).

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Projeto Educação Saúde da Mulher (100 reeducandas). Conv. Secretaria Municipal de Saúde.

Maio/2008 Maio/2009

AÇÃO Nº 04 A Fundação Nova Chance em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Publica regulamentará as atividades já desenvolvidas nas unidades.

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ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Regulamentação.

Abril/2008 Maio/2008

2ª ETAPA Adequar as atividades desenvolvidas ao regulamento.

Maio/2008 Agosto/2008

AÇÃO Nº 05 Elaboração de Projeto para atendimento especifico para atendimento de presas e egressas que sofreram violências em todos os âmbitos.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Projeto Piloto na Unidade Ana Maria do Couto “May”.

Junho/2008 Agosto/2008

2ª ETAPA Estender a atendimento as demais unidades.

Janeiro/2009 Dezembro/2011

AÇÃO Nº 06 Criação de linhas de produção industrial, utilizando os espaços nas unidades, através de projetos a serem apresentados.

ETAPAS DA AÇÃO INÍCIO CONCLUSÃO 1ª ETAPA Elaboração dos Projetos.

Maio/2008 Agosto/2008

2ª ETAPA Busca de recursos e parceiros e execução dos projetos.

Setembro/2008 Dezembro/2011

OBSERVAÇÕES:

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DECLARAÇÃO DA SECRETÁRIA SOBRE O PLANO DIRETOR

A Secretária Adjunta de Justiça – SAJU, por reconhecer a grande importância da parceria deste Estado com o Governo Federal através do Programa Nacional de Segurança com Cidadania – PRONASCI, assina o presente Plano Diretor em demonstração de compromisso com as metas estabelecidas.

Cuiabár/MT, 20 de março de 2008.

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ANEXOS

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ANEXO I

DECRETO Nº 897, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2007.

Dispõe sobre a estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, a redistribuição de cargos de Direção e Assessoramento e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 66,

incisos III e V, da Constituição Estadual,

D E C R E T A:

Art. 1º À Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP compete supervisionar, coordenar e controlar o Sistema Penitenciário, supervisionar, coordenar e controlar o Sistema Socioeducativo para reabilitação de menores, coordenar e executar a Política Estadual de Preservação da Ordem Pública e Segurança no Estado, a apuração das infrações penais, no que couber ao Estado, bem como supervisionar o Sistema de Perícias e Identificações, supervisionar e coordenar o Sistema de Prevenção e Combate a Incêndios, de Busca e Salvamento, controlar, registrar e fiscalizar o fabrico, comércio, transporte e uso de armas, munições, explosivos, combustíveis e inflamáveis, auxílio e ação complementar às autoridades da justiça e da segurança nacional; exercendo a segurança de trânsito e controle e fiscalização nas rodovias estaduais.

Art. 2º Fica aprovada a estrutura organizacional da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP de acordo com o que dispõem as Leis Complementares nº 13 e 14, de 16 de janeiro de 1992, Lei nº 6.027, de 03 de julho de 1992, Lei Complementar n° 37, de 17 de novembro de 1995, Lei nº 6.779, de 25 de junho de 1996, Lei nº 7.011, de 03 de junho de 1998, Lei nº 7.286, de 23 de maio de 2000, Lei n° 7.322, de 15 de setembro de 2000, Lei n° 7.295, de 14 de julho de 2000, Lei nº 7.350, de 13 de dezembro de 2000, Lei Complementar nº 78, de 13 de dezembro de 2000, Lei Complementar nº 93, de 27 de novembro de 2001, Lei nº 7.296, de 14 de julho de 2000, Lei nº 7.557, de 10 de dezembro de 2001, Lei nº 7.684, de 14 de junho de 2002, Lei nº 7.706, de 09 de julho de 2002, Lei nº 7.885, de 06 de janeiro de 2003, Lei nº 7.928, de 11 de julho de 2003, Lei Complementar n° 210, de 12 de maio de 2005, Lei n° 8.332, de 09 de junho de 2005, Lei Complementar n° 266, de 29 de dezembro de 2006 e a Lei Complementar nº 280, de 11 de setembro de 2007.

Art. 3º A estrutura organizacional básica e setorial da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP compreende as seguintes unidades administrativas:

I – NÍVEL DE DECISÃO COLEGIADA 1 – Conselho Estadual de Segurança – CES 2 – Conselho Penitenciário do Estado – CONPEN 3 – Conselho Estadual Antidrogas – CONEAD/MT 4 – Conselho Diretor do Fundo Estadual de Segurança Pública – CONFESP 5 – Conselho Diretor do Fundo Estadual Penitenciário – FUNPEN

II – NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR 1 – Gabinete do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública 2 – Gabinete do Secretário Adjunto de Segurança Pública 3 – Gabinete do Secretário Adjunto de Justiça 4 – Gabinete do Secretário Adjunto de Assuntos Estratégicos

III – NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZADO 1 – Ouvidoria de Policia 2 – Corregedoria Geral Integrada

IV – NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR 1 – Gabinete de Direção 2 – Unidade de Assessoria

V – NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 1 – Gabinete de Gestão Integrada

1.1 – Coordenadoria das Áreas Temáticas do Gabinete 2 – Coordenadoria Antidrogas

2.1 – Gerência de Estatísticas e Informações 2.2 – Gerência de Apoio Técnico e Contencioso 2.3 – Gerência de Prevenção Primária e Municipalização

3 – Coordenadoria do Grupo Especial de Segurança de Fronteira 4 – Coordenadoria do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública

4.1 – Gerência de Apoio Técnico 5 – Coordenadoria do Centro Integrado de Operações Aéreas

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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6 – Coordenadoria de Polícia Comunitária 6.1 – Gerência de Apoio Técnico 6.2 – Gerência de Integração Comunitária

7 – Superintendência de Segurança Estratégica 7.1 – Coordenadoria de Inteligência

7.1.1 – Gerência de Contra-inteligência 7.1.2 – Gerência de Inteligência

7.2 – Coordenadoria de Tecnologia Estratégica 7.2.1 – Gerência de Administração de Rede Crítica

7.3 – Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal 8 – Superintendência do Sistema Socioeducativo

8.1 – Gerência Técnica 8.2 – Gerência de Atendimento em Meio Aberto 8.3 – Diretoria do Centro Socioeducativo – Pólo Cuiabá

8.3.1 – Gerência da Unidade de Internação Provisória Masculina 8.3.2 – Gerência da Unidade de Internação Masculina 8.3.3 – Gerência da Unidade de Internação Provisória e Internação Feminina 8.3.4 – Gerência de Serviços Social e de Saúde 8.3.5 – Gerência de Educação e Formação Profissional

9 – Superintendência de Gestão de Cadeias 10 – Superintendência de Gestão de Penitenciárias

10.1 – Gerência de Escolta 10.2 – Gerência de Saúde 10.3 – Gerência de Infra-estrutura 10.4 – Gerência de Inteligência Prisional

11 – Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC 11.1 – Coordenadoria do Interior 11.2 – Coordenadoria de Criminalística

11.2.1 – Gerência de Perícias Externas 11.2.2 – Gerência de Perícias Internas

11.3 – Coordenadoria de Medicina Legal 11.3.1 – Gerência de Perícias em Vivos 11.3.2 – Gerência de Perícias em Mortos

11.4 – Coordenadoria de Identificação 11.4.1 – Gerência de Informação Civil e Criminal 11.4.2 – Gerência de Identificação Civil e Criminal 11.4.3 – Gerência de Processamento e Documentação

11.5 – Coordenadoria de Laboratório Forense 11.5.1 – Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico 11.5.2 – Gerência de Biologia Molecular

VI – NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO REGIONALIZADA 1 – Diretoria da Penitenciária Pascoal Ramos

1.1 – Subdiretoria da Penitenciária Pascoal Ramos 1.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária Pascoal Ramos 1.3 – Gerência de Manutenção da Penitenciária Pascoal Ramos

2 – Diretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá 2.1 – Subdiretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá 2.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal do Centro de Ressocialização de Cuiabá 2.3 – Gerência de Manutenção do Centro de Ressocialização de Cuiabá

3 – Diretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May” 3.1 – Subdiretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May” 3.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”

4 – Diretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras 4.1 – Subdiretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras

5 – Diretoria da Unidade Prisional Casa do Albergado 6 – Diretoria da Penitenciária de Rondonópolis

6.1 – Subdiretoria da Penitenciária de Rondonópolis 6.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Rondonópolis 6.3 – Gerência de Manutenção da Penitenciária de Rondonópolis

7 – Diretoria da Penitenciária de Sinop

7.1 – Subdiretoria da Penitenciária de Sinop

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

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7.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Sinop 7.3 – Gerência de Manutenção da Penitenciária de Sinop 7.4 – Gerência do Anexo à Penitenciária de Sinop

8 – Diretoria da Penitenciária de Água Boa 8.1 – Subdiretoria da Penitenciária de Água Boa 8.2 – Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Água Boa 8.3 – Gerência de Manutenção da Penitenciária de Água Boa 8.4 – Gerência do Anexo à Penitenciária de Água Boa

9 – Cadeias Públicas III 9.1 – Diretoria da Cadeia Pública de Cáceres 9.2 – Diretoria da Cadeia Pública de Rondonópolis 9.3 – Diretoria da Cadeia Pública de Várzea Grande 9.4 – Diretoria da Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis 9.5 – Diretoria da Cadeia Pública de Barra do Bugres 9.6 – Diretoria da Cadeia Pública de Barra do Garças 9.7 – Diretoria da Cadeia Pública de Tangará da Serra

10 – Cadeias Públicas II 10.1 – Diretoria da Cadeia Pública de Alta Floresta 10.2 – Diretoria da Cadeia Pública de Aripuanã 10.3 – Diretoria da Cadeia Pública de Canarana 10.4 – Diretoria da Cadeia Pública de Colíder 10.5 – Diretoria da Cadeia Pública de Comodoro 10.6 – Diretoria da Cadeia Pública de Diamantino 10.7 – Diretoria da Cadeia Pública de Jaciara 10.8 – Diretoria da Cadeia Pública de Juína 10.9 – Diretoria da Cadeia Pública de Lucas do Rio Verde 10.10 – Diretoria da Cadeia Pública de Mirassol D’Oeste 10.11 – Diretoria da Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo 10.12 – Diretoria da Cadeia Pública de Primavera do Leste 10.13 – Diretoria da Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte 10.14 – Diretoria da Cadeia Pública de Santo Antônio do Leverger 10.15 – Diretoria da Cadeia Pública de Sorriso 10.16 – Diretoria da Cadeia Pública de São Felix do Araguaia 10.17 – Diretoria da Cadeia Pública de Vila Bela da Santíssima Trindade 10.18 – Diretoria da Cadeia Pública de Vila Rica

11 – Cadeias Públicas I 11.1 – Diretoria da Cadeia Pública de Alto Araguaia 11.2 – Diretoria da Cadeia Pública de Alto Garças 11.3 – Diretoria da Cadeia Pública de Araputanga 11.4 – Diretoria da Cadeia Pública de Arenápolis 11.5 – Diretoria da Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães 11.6 – Diretoria da Cadeia Pública de Colniza 11.7 – Diretoria da Cadeia Pública de Dom Aquino 11.8 – Diretoria da Cadeia Pública de Guiratinga 11.9 – Diretoria da Cadeia Pública de Itiquira 11.10 – Diretoria da Cadeia Pública de Jauru 11.11 – Diretoria da Cadeia Pública de Juara 11.12 – Diretoria da Cadeia Pública de Juscimeira 11.13 – Diretoria da Cadeia Pública de Nobres 11.14 – Diretoria da Cadeia Pública de Nortelândia 11.15 – Diretoria da Cadeia Pública de Nova Mutum 11.16 – Diretoria da Cadeia Pública de Nova Xavantina 11.17 – Diretoria da Cadeia Pública de Paranatinga 11.18 – Diretoria da Cadeia Pública de Pedra Preta 11.19 – Diretoria da Cadeia Pública de Poconé 11.20 – Diretoria da Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos 11.21 – Diretoria da Cadeia Pública de Poxoréo 11.22 – Diretoria da Cadeia Pública de Rio Branco 11.23 – Diretoria da Cadeia Pública de Rosário Oeste 11.24 – Diretoria da Cadeia Pública de São José do Rio Claro 11.25 – Diretoria da Cadeia Pública de São José dos Quatro Marcos 11.26 – Diretoria da Cadeia Pública de Vera

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

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12 – Coordenadoria Regional da POLITEC de Rondonópolis 12.1 – Gerência de Criminalística 12.2 – Gerência de Medicina Legal 12.3 – Gerência de Identificação

13 – Coordenadoria Regional da POLITEC de Cáceres 13.1 – Gerência de Criminalística 13.2 – Gerência de Medicina Legal 13.3 – Gerência de Identificação

14 – Coordenadoria Regional da POLITEC de Barra do Garças 14.1 – Gerência de Criminalística 14.2 – Gerência de Medicina Legal 14.3 – Gerência de Identificação

15 – Coordenadoria Regional da POLITEC de Sinop 15.1 – Gerência de Criminalística 15.2 – Gerência de Medicina Legal 15.3 – Gerência de Identificação

16 – Coordenadoria Regional da POLITEC de Tangará da Serra 16.1 – Gerência de Criminalística 16.2 – Gerência de Medicina Legal 16.3 – Gerência de Identificação

17 – Gerência Regional da POLITEC de Água Boa 18 – Gerência Regional da POLITEC de Alta Floresta 19 – Gerência Regional da POLITEC de Diamantino 20 – Gerência Regional da POLITEC de Juína 21 – Gerência Regional da POLITEC de Juara 22 – Gerência Regional da POLITEC de Primavera do Leste 23 – Gerência Regional da POLITEC de Peixoto de Azevedo 24 – Gerência Regional da POLITEC de Pontes e Lacerda 25 – Gerência Regional da POLITEC de São Félix do Araguaia 26 – Gerência Regional da POLITEC de Sorriso 27 – Gerência Regional da POLITEC de Alto Araguaia

VII – NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO DESCONCENTRADA 1 – Polícia Militar – PM 2 – Polícia Judiciária Civil – PJC 3 – Corpo de Bombeiros Militar – CBM Art. 4º Os cargos em comissão e funções de confiança de Direção, Chefia e Assessoramento integrantes da

lotação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP são os dispostos no Anexo I deste Decreto, com a denominação e quantificação ali previstas, estabelecidas com base nas leis que deram origem aos referidos cargos ora remanejados e/ou transformados sem aumento de despesas, com base nos termos da Lei Complementar nº 266, de 29 de dezembro de 2006

Art. 5º Incumbe ao Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública editar o Regimento Interno da Secretaria, estabelecendo a competência e o funcionamento de suas unidades, bem com o as atribuições dos servidores nela lotados, a ser aprovado pelo Governador do Estado.

Art. 6º O ato de nomeação dos cargos em comissão deverá fazer referência expressa à unidade administrativa onde será lotado o ocupante do cargo.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor a partir de 05 de outubro de 2007. Art. 8º Revoga-se o Decreto nº 268, de 18 de maio de 2007.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 21 de novembro de 2007.

ANEXO I

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QUANTIDADE UNIDADE SIMB.

CARGO FUNÇÃO

NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR

1. Gabinete do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública

- Secretário DGA-1 1 ----

2. Gabinete do Secretário Adjunto de Segurança Pública

- Secretário Adjunto DGA-2 1 ----

3. Gabinete do Secretário Adjunto de Justiça

- Secretário Adjunto DGA-2 1 ----

4. Gabinete do Secretário Adjunto de Assuntos Estratégicos

- Secretário Adjunto DGA-2 1 ----

NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZADO

1. Ouvidoria de Polícia

- Ouvidor de Polícia DGA-3 1 ----

2. Corregedoria Geral Integrada

- Corregedor Geral DGA-9 1 ----

NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

1. Gabinete de Direção

- Chefe de Gabinete DGA-4 1 ----

2. Unidade de Assessoria

- Assessor Técnico II DGA-5 13 ----

- Assessor Técnico III DGA-6 2 ----

- Assistente Técnico I DGA-8 9 ----

- Assistente Técnico II DGA-9 1 ----

- Assistente de Gabinete DGA-10 12 ----

NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA

1. Gabinete de Gestão Integrada

1.1 Coordenadoria das Áreas Temáticas do Gabinete

- Coordenador DGA-6 1 ----

2 Coordenadoria Antidrogas

- Coordenador DGA-6 1 ----

2.1 Gerência de Estatísticas e Informações

- Gerente III DGA-9 1 ----

2.2 Gerência de Apoio Técnico e Contencioso

- Gerente III DGA-9 1 ----

2.3 Gerência de Prevenção Primária e Municipalização

- Gerente III DGA-9 1 ----

3. Coordenadoria do Grupo Especial de Segurança de Fronteira

- Coordenador DGA-6 1 ----

4. Coordenadoria do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública

- Coordenador DGA-6 1 ----

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

83

4.1 Gerência de Apoio Técnico

- Gerente III DGA-9 1 ----

5. Coordenadoria do Centro Integrado de Operações Aéreas

- Coordenador DGA-6 1 ----

6. Coordenadoria de Polícia Comunitária

- Coordenador DGA-6 1 ----

6.1 Gerência de Apoio Técnico

- Gerente III DGA-9 1 ----

6.2 Gerência de Integração Comunitária

- Gerente III DGA-9 1 ----

7. Superintendência de Segurança Estratégica

- Superintendente DGA-4 1 ----

7.1 Coordenadoria de Inteligência

- Coordenador DGA-6 1 ----

7.1.1 Gerência de Contra-Inteligência

- Gerente III DGA-9 1 ----

7.1.2 Gerência de Inteligência

- Gerente III DGA-9 1 ----

7.2 Coordenadoria de Tecnologia Estratégica

- Coordenador DGA-6 1 ----

7.2.1 Gerência de Administração de Rede Crítica

- Gerente III DGA-9 1 ----

7.3 Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal

- Coordenador DGA-6 1 ----

8. Superintendência do Sistema Socioeducativo

- Superintendente DGA-4 1 ----

8.1 Gerência Técnica

- Gerente III DGA-9 1 ----

8.2 Gerência de Atendimento em Meio Aberto

- Gerente II DGA-8 1 ----

8.3 Diretoria do Centro Socioeducativo – Pólo Cuiabá

- Diretor DGA-5 1 ----

8.3.1 Gerência da Unidade de Internação Provisória Masculina

- Gerente I DGA-7 1 ----

8.3.2 Gerência da Unidade de Internação Masculina

- Gerente I DGA-7 1 ----

8.3.3 Gerência da Unidade de Internação Provisória e Internação Feminina

- Gerente II DGA-8 1 ----

8.3.4 Gerência de Serviços Social e de Saúde

- Gerente III DGA-9 1 ----

8.3.5 Gerência de Educação e Formação Profissional

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84

- Gerente III DGA-9 1 ----

9. Superintendência de Gestão de Cadeias

- Superintendente DGA-4 1 ----

10. Superintendência de Gestão de Penitenciárias

- Superintendente DGA-4 1 ----

10.1 Gerência de Escolta

- Gerente II DGA-8 1 ----

10.2 Gerência de Saúde

- Gerente II DGA-8 1 ----

10.3 Gerência de Infra-Estrutura

- Gerente II DGA-8 1 ----

10.4 Gerência de Inteligência Prisional

- Gerente II DGA-8 1 ----

11. Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC

- Superintendente DGA-4 1 ----

11.1 Coordenadoria do Interior

- Coordenador DGA-6 1 ----

11.2 Coordenadoria de Criminalística

- Coordenador DGA-6 1 ----

11.2.1 Gerência de Perícias Externas

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.2.2 Gerência de Perícias Internas

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.3 Coordenadoria de Medicina Legal

- Coordenadoria DGA-6 1 ----

11.3.1 Gerência de Perícias em Vivos

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.3.2 Gerência de Perícias em Mortos

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.4 Coordenadoria de Identificação

- Coordenador DGA-6 1 ----

11.4.1 Gerência de Informação Civil e Criminal

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.4.2 Gerência de Identificação Civil e Criminal

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.4.3 Gerência de Processamento e Documentação

- Gerente III DGA-9 1 ----

11.5 Coordenadoria de Laboratório Forense

- Coordenador DGA-6 1 ----

11.5.1 Gerência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

- Gerente III DGA-9 1 ----

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

85

11.5.2 Gerência de Biologia Molecular

- Gerente III DGA-9 1 ----

NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO REGIONALIZADA

1. Diretoria da Penitenciária Pascoal Ramos

- Diretor DGA-5 1 ----

1.1 Subdiretoria da Penitenciária Pascoal Ramos

- Subdiretor DGA-7 1 ----

1.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária Pascoal Ramos

- Gerente II DGA-8 1 ----

1.3 Gerência de Manutenção da Penitenciária Pascoal Ramos

- Gerente II DGA-8 1 ----

2. Diretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá

- Diretor DGA-5 1 ----

2.1 Subdiretoria do Centro de Ressocialização de Cuiabá

- Subdiretor DGA-7 1 ----

2.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal do Centro de Ressocialização de Cuiabá

- Gerente II DGA-8 1 ----

2.3 Gerência de Manutenção do Centro de Ressocialização de Cuiabá

- Gerente II DGA-8 1 ----

3. Diretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”

- Diretor DGA-6 1 ----

3.1 Subdiretoria da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”

- Subdiretor DGA-7 1 ----

3.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”

- Gerente II DGA-8 1 ----

4. Diretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras

- Diretor DGA-6 1 ----

4.1 Subdiretoria da Colônia Penal Agrícola de Palmeiras

- Subdiretor DGA-7 1 ----

5. Diretoria da Unidade Prisional Casa do Albergado

- Diretor DGA-6 1 ----

6. Diretoria da Penitenciária de Rondonópolis

- Diretor DGA-5 1 ----

6.1 Subdiretoria da Penitenciária de Rondonópolis

- Subdiretor DGA-7 1 ----

6.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Rondonópolis

- Gerente II DGA-8 1 ----

6.3 Gerência de Manutenção da Penitenciária de Rondonópolis

- Gerente II DGA-8 1 ----

7. Diretoria da Penitenciária de Sinop

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

86

- Diretor DGA-5 1 ----

7.1 Subdiretoria da Penitenciária de Sinop

- Subdiretor DGA-7 1 ----

7.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Sinop

- Gerente II DGA-8 1 ----

7.3 Gerência de Manutenção da Penitenciária de Sinop

- Gerente II DGA-8 1 ----

7.4 Gerência do Anexo à Penitenciária de Sinop

- Gerente II DGA-8 1 ----

8. Diretoria da Penitenciária de Água Boa

- Diretor DGA-5 1 ----

8.1 Subdiretoria da Penitenciária de Água Boa

- Subdiretor DGA-7 1 ----

8.2 Gerência de Apoio Administrativo e Penal da Penitenciária de Água Boa

- Gerente II DGA-8 1 ----

8.3 Gerência de Manutenção da Penitenciária de Água Boa

- Gerente II DGA-8 1 ----

8.4 Gerência do Anexo à Penitenciária de Água Boa

- Gerente II DGA-8 1 ----

9. Cadeias Públicas III

- Diretor DGA-6 7 ----

10. Cadeias Públicas II

- Diretor DGA-7 18 ----

11. Cadeias Públicas I

- Diretor DGA-8 26 ----

12. Coordenadoria Regional da POLITEC

- Coordenador DGA-6 5 ----

12.1 Gerência de Criminalística da POLITEC

- Gerente III DGA-9 5 ----

12.2 Gerência de Medicina Legal da POLITEC

- Gerente III DGA-9 5 ----

12.3 Gerência de Identificação da POLITEC

- Gerente III DGA-9 5 ----

13. Gerência Regional da POLITEC

- Gerente III DGA-9 11 ----

FUNÇÃO DE CONFIANÇA

1. Assistente de Direção DGA-10 ---- 15

2. Assistente de Direção (POLITEC) DGA-10 ---- 12

3. Líder de Equipe de Execução Programática do Sistema Socioeducativo

DGA-10 ---- 12

4. Líder de Equipe de Disciplina de Administração Regionalizada

DGA-10 ---- 6

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87

5. Líder de Equipe de Segurança de Administração Regionalizada

DGA-10 ---- 24

6. Líder de Equipe de Disciplina e Segurança de Administração Regionalizada

DGA-10 ---- 8

TOTAL 280

ANEXO II

DIRETOR DE CADEIA III (DGA-6) LOTAÇÃO/CAPACIDADE: MAIS QUE 100

Barra do Bugres Rondonópolis

Barra do Garças Tangará da Serra

Cáceres Várzea Grande

Campo Novo do Parecis

DIRETOR DE CADEIA II (DGA-7) LOTAÇÃO/CAPACIDADE: 50 A 99

Aripuanã Mirassol D´Oeste

Alta Floresta Peixoto de Azevedo

Canarana Primavera do Leste

Colíder Porto Alegre do Norte

Comodoro Santo Antônio do Leverger

Diamantino Sorriso

Jaciara São Félix do Araguaia

Juína Vila Bela da Santíssima Trindade

Lucas do Rio Verde Vila Rica

DIRETOR DE CADEIA I (DGA-8) LOTAÇÃO/CAPACIDADE: MENOR OU IGUAL A 49

Alto Araguaia Nortelândia

Alto Garças Nova Mutum

Araputanga Nova Xavantina

Arenápolis Paranatinga

Chapada dos Guimarães Pedra Preta

Colniza Poconé

Dom Aquino Porto dos Gaúchos

Guiratinga Poxoréo

Itiquira Rio Branco

Jauru Rosário Oeste

Juara São José do Rio Claro

Juscimeira São José dos Quatro Marcos

Nobres Vera

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ANEXO II

LEICOMPLEMENTAR Nº 296, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2007 - D.O. 28.12.07. Autor: Poder Executivo

Consolida a legislação de Fundos da Segurança Pública e institui o Fundo Estadual de Segurança Pública (FESP, extingue o Fundo Penitenciário de Mato Grosso) e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que dispõe o Art. 45 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei complementar consolida a legislação de Fundos Estaduais da Segurança Pública (FREBOM e FESP) e institui o Fundo Estadual de Segurança Pública (FESP), vinculado ao Gabinete do Secretário, no âmbito da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) e extingue o Fundo Penitenciário de Mato Grosso.

§ 1º Constituem a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso as unidades administrativas previstas em decreto, bem como a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a Polícia Militar (PM), o Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e a Polícia Judiciária Civil (PJC).

§ 2º O FESP passa a incorporar as receitas de recursos destinados ao Fundo de Reequipamento do Corpo de Bombeiros (FREBOM) e do Fundo Penitenciário, constituindo-se num fundo comum que proverá os recursos para todas as unidades componentes da Secretaria de Justiça e Segurança Pública citadas no parágrafo anterior.

CAPÍTULO II DO FUNDO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (FESP)

Seção I Objetivos do FESP

Art. 2º O Fundo Estadual de Segurança Pública tem o objetivo de prover recursos para cobrir despesas correntes e de capital com a manutenção, o aperfeiçoamento e a ampliação dos programas estaduais na área de Justiça e Segurança Pública.

§ 1º Estão compreendidas no objetivo estabelecido no caput as seguintes atividades: I – programas e projetos especiais de combate à criminalidade e a prevenção e

combate a incêndio e pânico; II – manutenção e reequipamento das unidades administrativas que compõe a

Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública; III – implantação de ações e programas psico-pedagógicos, motivacionais e de

capacitação relacionados com o aprimoramento dos recursos humanos das áreas finalísticas e das áreas instrumentais; IV – programas de esclarecimento, campanhas educativas, e pesquisas de opinião

pública, acerca das atividades desenvolvidas pelos órgãos da Pasta; V – participação de representantes em eventos realizados no Brasil ou no exterior que

versem sobre temas de interesse da SEJUSP e naqueles em que o Estado tenha de se fazer representar; VI – participação de servidores civis e militares em cursos, congressos, eventos de

intercâmbio, especialização e aperfeiçoamento das respectivas qualificações profissionais; VII – custos de sua própria gestão; VIII – demais atividades inerentes as finalidades institucionais e estratégicas da

Secretaria de Justiça e Segurança Pública e do Estado. § 2º Excluem-se das finalidades descritas neste artigo as despesas com pessoal.

Seção II Dos Recursos do FESP

Art. 3º Constituem recursos do FESP: I – valor mínimo de 40% (quarenta por cento) até o limite de 44% (quarenta e quatro

por cento) da Receita de Serviços relativos ao trânsito, inerentes às atividades do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) no exercício financeiro;

II – os advindos de valores inerentes aos créditos outorgados às concessionárias de Energia e destinados ao FESP a ser estabelecido em decreto regulamentador desta lei complementar.

III – 60% (sessenta por cento) dos recursos inerentes às multas decorrentes de infrações às normas de trânsito aplicadas pelo DETRAN;

IV – os advindos da arrecadação das taxas previstas na Lei 4.547, de 27 de dezembro

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

89

de 1982, realizada pelas instituições mencionadas no §1° do Art.1º desta lei complementar; V- recursos provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB); VI – os consignados na Lei Orçamentária Anual e nos seus créditos adicionais,

inclusive os da Fonte 100; VII – as doações, auxílios justificáveis e subvenções de entidades públicas ou

privadas; VIII – os juros de seus depósitos ou aplicação financeira; IX – o resultado da alienação de material ou equipamentos inservíveis; X – os provenientes de convênios, contratos ou ajustes firmados com o Estado de

Mato Grosso, por intermédio dos órgãos mencionados no § 1º do Art. 1º desta lei complementar; XI – as multas contratuais aplicadas no âmbito administrativo da Secretaria de Justiça

e Segurança Pública; XII – recursos inerentes às multas de infrações à legislação contra incêndio e pânico; XIII – os transferidos por entidades públicas ou privadas atribuídos aos órgãos

mencionados no §1° do Art. 1º desta lei complementar; XIV – ressarcimentos de qualquer natureza relacionados com os órgãos mencionados

no § 1º do Art. 1º desta lei complementar; XV – quaisquer outras receitas que lhe possam ser incorporadas.

§ 1º Os recursos financeiros a que se refere este artigo serão creditados e movimentados por meio de conta especial no Banco do Brasil ou outra entidade financeira oficial, sob a denominação Fundo Estadual de Segurança Pública (FESP), e seu saldo financeiro positivo, apurado em balanço anual, será transferido, automaticamente, para o exercício seguinte, a crédito do próprio Fundo.

§ 2º Os recursos mencionados no presente artigo serão repassados até o 5° dia útil do mês subseqüente.

Art. 4º A utilização dos recursos do FESP, pelas unidades administrativas e instituições mencionadas no §1° do Art.1º desta lei complementar, fica condicionada a elaboração de plano de aplicação devidamente aprovado pelo Conselho Diretor de que trata o Art. 6º.

Art. 5º Os bens adquiridos com recursos do FESP serão transferidos ao órgão demandante, por meio de Termo de Transferência.

Seção III Da Gestão do FESP

Art. 6º O FESP será administrado por um Conselho Diretor, formado pelos seguintes membros natos:

I – Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública; II – Secretário Executivo do Núcleo de Segurança; III – Comandante-Geral da Polícia Militar; IV - Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar; V – Diretor-Geral da Polícia Judiciária Civil; VI – Secretários Adjuntos; VII – Superintendente da Politec.

§ 1º O Conselho Diretor do FESP será presidido pelo Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública e, no seu impedimento, pelo seu substituto legal.

§ 2º Cabe ao Presidente do Conselho Diretor a função de ordenador de despesa. § 3º As atribuições dos demais membros do Conselho Diretor serão disciplinadas por

Decreto Governamental regulamentador. CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta lei complementar, no prazo de 90 (noventa) dias, a

contar da publicação e no prazo de 6 (seis) meses especificará os parâmetros de avaliação de desempenho dos programas, projetos e ações que compõem o fundo, nos termos do Art. 47 da Lei n° 8.704, de 23 de agosto de 2007, através de decreto regulamentador.

Art. 8º O prazo de vigência do fundo será indeterminado. Art. 9º Fica o Poder Executivo autorizado a adotar medidas necessárias à adequação orçamentária

para o exercício de 2008. Art. 10 O inciso I do Art. 4° da Lei n° 6.976, de 30 de dezembro de 1997, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 4° (...)

I – investimentos em segurança pública através do Fundo Estadual de Segurança Pública – FESP, vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, no valor mínimo de 40% (quarenta por cento) até o limite de 44% (quarenta e quatro por cento) da Receita de Serviços relativos ao trânsito e de 60% (sessenta por cento) da Receita de Multas por infração às Normas de Trânsito;”

Art. 11 Fica suprimido o inciso II do Art. 4° da Lei 6.976/97.

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Art. 12 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos retroativos a partir de 6 de janeiro de 2003 com relação ao disposto no Art. 3º, incisos VII, VIII e XIII.

Art. 13 Revogam-se as disposições em contrário, em especial as Leis Complementares nº 88, de 13 de julho de 2001 e nº 120, de 06 de janeiro de 2003, Leis nº 7.370, de 21 de dezembro de 2000 e nº 7.884, de 06 de janeiro de 2003 e respectivos Decretos Regulamentadores nº 2.247, de 29 de dezembro de 2000; nº 2.940, de 23 de abril de 2004; nº 34, de 28 de janeiro de 2003; nº 36, de 06 de fevereiro de 2007 e nº 587, 26 de maio de 2003.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 28 de dezembro de 2007.

BLAIRO BORGES MAGGI Governador do Estado

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ANEXO III LEICOMPLEMENTAR Nº 291, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2007 - D.O. 26.12.07.

Autor: Poder Executivo Autoriza o Poder Executivo a instituir entidade denominada “Fundação Nova Chance” visando o Atendimento Assistencial e Profissionalizante do Presidiário no Estado de Mato Grosso.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que

dispõe o Art. 45 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Fundação denominada “Nova Chance” visando o atendimento assistencial e profissionalizante do presidiário no Estado de Mato Grosso, a qual se regerá por esta lei complementar e por seus estatutos aprovados por decreto estadual.

Art. 2º A Fundação terá prazo de duração indeterminado, sede e foro na Capital do Estado e adquirirá personalidade jurídica a partir da inscrição do seu ato institutivo no registro competente, com o qual serão apresentados os estatutos e o respectivo decreto de aprovação.

Parágrafo único O Estado de Mato Grosso será representado pela Procuradoria-Geral do Estado nos atos extra-judiciais de sua instituição.

Art. 3º A Fundação, pessoa jurídica dotada de autonomia técnica, administrativa e financeira, é vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso.

CAPÍTULO II Dos Objetivos

Art. 4º A Fundação terá por objetivo contribuir para a recuperação social, psicossomática e familiar dos presidiários e para a melhoria de suas condições de vida, através da elevação do nível de sanidade física, social, moral e familiar, bem como profissionalizar e oferecer oportunidade de trabalho remunerado ao presidiário e egresso do sistema prisional mato-grossense, propondo-se, para tanto, a:

I - organizar os condenados e egressos do sistema prisional para a promoção assistencial e crescimento social, moral, familiar e técnico, através da instrução e prática profissionalizante;

II - promover o crescimento cultural dos condenados e egressos do sistema prisional; III - incentivar o bom convívio social e pela agregação comunitária; IV - estabelecer contratos, convênios e parcerias com pessoas jurídicas de direito publico

e/ou privado, visando implementar os objetivos da Fundação; V - ofertar instrução profissional, conforme escolha pessoal do condenado, na área

produtiva industrial, comercial e de serviços, notadamente na construção civil; VI - ofertar labor sócio-educativo aos presidiários, como complemento ao

aperfeiçoamento da instrução profissional; VII - prestar serviços, a título oneroso ou gratuito; VIII - prestar assistência social e à saúde dos presidiários, bem como orientação jurídica; IX - promover o lazer, o esporte e o convívio social e familiar entre os presidiários,

egressos e a comunidade; X - concorrer para a melhoria do rendimento do trabalho executado pelos presidiários; XI - colaborar com órgãos, departamentos, secretarias de Estado e coordenadorias dos

estabelecimentos penitenciários e com outras entidades, na solução de problemas relativos a assistência social, médica e material ao presidiário;

XII - concorrer para o aperfeiçoamento das técnicas de trabalho, visando a melhoria qualitativa e quantitativa na produção dos presídios, bem como de sua comercialização;

XIII - promover estudos e pesquisas relacionadas com seus objetivos e sugerir aos poderes públicos competentes as medidas necessárias ou convenientes para atingir suas finalidades;

XIV - desenvolver outras atividades afins e correlatas. Art. 5º A Fundação atuará diretamente ou por intermédio de instituições públicas ou privadas,

nacionais, estrangeiras ou internacionais, mediante convênios, contratos, parcerias públicas e/ou privadas, cooperações técnicas ou financeiras e concessão de auxílios.

CAPÍTULO III Do Patrimônio

Art. 6º O patrimônio da Fundação será constituído: I - pela dotação inicial de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), provenientes do Tesouro

Estadual;

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II - pelos bens e direitos que lhe sejam doados por entidades públicas ou privadas, ou por pessoas físicas;

III - pelos bens que vier a adquirir, a qualquer título; IV - pelos rendimentos de suas atividades. Parágrafo único No caso de extinção da Fundação, seus bens e direitos passarão a

integrar o patrimônio do Estado de Mato Grosso. CAPÍTULO IV

Dos recursos Art. 7º A Fundação contará com os recursos provenientes de:

I - dotação consignada anualmente no orçamento do Estado; II - doações, contribuições em dinheiro, valores, bens móveis e imóveis, legados, auxílios

e contribuições de entidades públicas ou privadas e de pessoas físicas; III - rendas de seus bens patrimoniais, de serviços e outras de natureza eventual; IV - outros recursos e rendimentos decorrentes de contratos, parcerias públicas e/ou

privadas, cooperações técnicas ou financeiras, concessão de auxílios e demais transações; V - recursos confiscados ou provenientes de alienação dos bens perdidos em favor do

Estado; VI - 3% (três por cento) do montante arrecadados dos concursos prognósticos, sorteios e

loterias, no âmbito do governo do Estado, nos termos da legislação; VII - rendimentos de qualquer natureza, auferidos como remuneração, decorrentes de

aplicação de seus recursos. Parágrafo único A Fundação poderá receber doações, legados, auxílios e contribuições

para a constituição de fundos específicos. Art. 8º Os bens, direitos e recursos da Fundação serão utilizados exclusivamente para a

consecução de seus fins. CAPÍTULO V

Da organização e administração Seção I

Disposições Gerais Art. 9º São órgãos da Fundação o Conselho Curador e a Presidência.

Parágrafo único O Conselho Curador é o órgão superior de deliberação e a Presidência, o órgão executivo.

Seção II Do Conselho Curador

Art. 10 O Conselho Curador será composto de 15 (quinze) membros, a saber: I - Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, que é seu Presidente nato; II - Secretario de Estado Adjunto de Justiça; III - Representantes das seguintes Secretarias de Estado:

a) Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social; b) Educação; c) Fazenda; d) Planejamento e Coordenação Geral; e) Saúde; f) Indústria, Comércio, Minas e Energia;

IV - Representante da Procuradoria-Geral do Estado; V - 4 (quatro) membros indicados por outras instituições, escolhidas pelo Governador do

Estado, dentre elas: organizações sociais, federações, entidades de classe, e seguimentos afim; VI - 2 (dois) membros de livre escolha do Governador do Estado. § 1º Os membros a que se refere o inciso III deste artigo, serão designados pelo

Governador do Estado. § 2º É vedada a acumulação da função de Curador com qualquer outra de natureza técnica

ou administrativa da fundação. § 3º A função de Membro do Conselho Curador não será remunerada.

Seção III Da Presidência

Subseção I Dos órgãos da Presidência

Art. 11 A Presidência da Fundação, órgão executivo, será integrada por uma Diretoria Executiva, com:

I - Assessorias; II - Auditoria Interna.

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Subseção II Do Presidente da Fundação

Art. 12 O Presidente da Fundação será livremente escolhido pelo Governador do Estado. Parágrafo único O cargo de Presidente da Fundação é de provimento em comissão,

ressaltando o relevante trabalho que será prestado ao Estado de Mato Grosso. Subseção III

Da Diretoria Executiva Art. 13 O cargo de Diretor Executivo é de provimento em cargo de comissão, nomeado pelo

Governador, escolhido dentre pessoas com nível superior. Parágrafo único A Diretoria Executiva está diretamente subordinada à Presidência.

Subseção IV Da Auditoria Interna

Art. 14 À Auditoria Interna, como unidade da estrutura básica da Fundação, será diretamente subordinada ao Diretor Executivo, cabendo:

I - efetuar controle e avaliação de resultados; II - reunir e elaborar documentos e informações; III - executar tarefas relacionadas com seu campo de atividades, determinadas pelo Diretor

Executivo. Subseção VI

Disposições Gerais Art. 15 Os mandatos do Presidente, do Diretor Executivo e dos membros do Conselho Curador, a

que se refere o Art. 10, desta lei complementar, será de 4 (quatro) anos, renovável por uma só vez. Seção IV

Do Pessoal Art. 16 O regime jurídico do pessoal da Fundação será o estatutário.

§ 1º Os servidores serão investidos nos cargos mediante processo apropriado, na forma prevista em lei.

§ 2º Quando prestarem serviço, eventual ou permanente, no interior dos estabelecimentos penais ou em órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, os servidores da fundação ficarão subordinados hierarquicamente à autoridade imediata superior do local e estarão obrigados à observância de todas as normas relativas à segurança e à disciplina vigentes.

Art. 17 Poderão ser postos à disposição da Fundação funcionários ou servidores da Administração

direta e indireta do Estado, abrangendo o Executivo, Legislativo e Judiciário, com ou sem prejuízo dos vencimentos, salários e/ou subsídios de seus cargos ou funções, nos termos da legislação específica.

CAPÍTULO VI Das Disposições Finais

Art. 18 Os estatutos da Fundação serão elaborados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, aprovados e modificados através de Decreto, que disciplinarão basicamente os seguintes aspectos:

I - em relação a seus fins: a) a formação e desenvolvimento profissional do preso; b) a comercialização dos produtos elaborados pelo preso; c) a promoção da melhoria do nível de saúde, de cultura e moral do preso.

II - em relação a seus meios: a) seus recursos; b) o sistema de administração dos recursos.

III - em relação à avaliação de desempenho: a) o controle de resultados; b) o controle de legitimidade; c) o sistema contábil e de apuração de custo

Art. 19 É concedida isenção de tributos estaduais que incidam sobre bens ou serviços da Fundação, gozando esta das mesmas prerrogativas da Fazenda Estadual, relativamente aos atos judiciais e extrajudiciais que praticar.

Art. 20 Ficam dispensadas de licitação as compras que os órgãos da Administração, direta ou indireta, vierem a fazer à Fundação desde que referentes a artigos produzidos pelos trabalhadores presos, sempre que não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.

Art. 21 Os artigos produzidos obrigatoriamente ostentarão um selo ou etiqueta de procedência, na forma e modo disciplinado através dos estatutos;

Art. 22 Para atender à despesa de que trata o inciso I do Art. 6º desta lei complementar, fica o Poder Executivo autorizado a abrir no Orçamento Geral do Estado, à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Publica, crédito especial até o limite de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), no exercício de 2007.

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Art. 23 Fica o Poder Executivo autorizado a transferir e/ou destinar, para a Fundação, recursos de suas dotações orçamentárias.

Art. 24 Ficam criados, no quadro de pessoal da “Fundação Nova Chance”, os cargos de provimento em comissão, relacionadas no Anexo único desta lei complementar.

Art. 25 Aos servidores cedidos à Fundação pelos órgãos ou entidades da Administração Estadual, ficam assegurados todos os direitos e vantagens a que fariam jus no órgão de origem, inclusive promoção, salvo disposição contrária prevista em legislação específica.

Art. 26 O Governo do Estado deverá realizar as providências necessárias à instituição da Fundação, no prazo de 120 (cento e vinte) dias.

Art. 27 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 26 de dezembro de 2007.

BLAIRO BORGES MAGGI

Governador do Estado

ANEXO ÚNICO

CARGO COMISSIONADO QUANT. NÍVEL VALOR R$

Presidente 01 DGA-2 7.500,00

Diretor Executivo 01 DAG-3 4.500,00

Assessor Técnico III 01 DGA-6 2.200,00

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ANEXO IV

LEI COMPLEMENTAR N° 04, DE 15 DE OUTUBRO DE 1990 - D.O. 15.10.90. Autor: Poder Executivo

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado decreta e eu sanciono a seguinte lei complementar: TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Esta lei complementar institui o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Estaduais criadas e mantidas pelo Poder Público.

Art. 2° Para os efeitos desta lei complementar, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3° Cargo Público integrante da carreira é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que deve ser cometido a um servidor.

Parágrafo único Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei complementar, com denominação própria e remuneração paga pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4° Os cargos de provimento efetivo da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações criadas e mantidas pelo Poder Público, serão organizados e providos em carreiras.

Art. 5° As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem assim a natureza e complexidade das atribuições a serem exercidas e manterão correlação com as finalidades dos órgãos ou entidades a que devam atender.

§ 1° Classe é a divisão básica da carreira, que agrupa os cargos da mesma denominação, segundo o nível de atribuições e responsabilidades, inclusive aquelas das funções de direção, chefia, assessoramento e assistência.

§ 2° As classes serão desdobradas em padrões, aos quais correspondem a remuneração do cargo. § 3° As carreiras compreendem classes de cargos do mesmo grupo profissional, reunidas em

segmentos distintos, escalonados nos níveis básico, auxiliar, médio e superior. Art. 6° Quadro é o conjunto de carreira e em comissão, integrantes das estruturas dos órgãos da

Administração Direta, das Autarquias e das Fundações criadas e mantidas pelo Poder Público. Art. 7° É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO II DO PROVIMENTO, PROGRESSÃO, VACÂNCIA, PROMOÇÃO, ASCENSÃO, ACESSO,

REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO Seção I

Disposições Gerais Art. 8° São requisitos básicos para o ingresso no serviço público:

I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima prevista em lei; VI - a boa saúde física e mental.

§ 1° As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

§ 2° Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para as quais deverá ser reservado um mínimo de 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso, observando-se o disposto na Lei Estadual n° 4.902, de 09.10.85.

Art. 9° O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do dirigente superior da autarquia ou da fundação pública.

Art. 10 A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 11 São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

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II - ascensão; III - transferência; IV - readaptação; V - reversão; VI - aproveitamento; VII - reintegração; VIII - recondução.

Seção II Da Nomeação

Art. 12 A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreiras; II - em comissão, para os cargos de confiança, de livre exoneração, respeitando o que

dispõe o Artigo 7° da Lei n° 5.601, de 09.05.90. Parágrafo único A designação por acesso, para a função de direção, chefia,

assessoramento e assistência, recairá, exclusivamente, em servidor de carreira, satisfeitos os requisitos de que trata o Artigo 13, parágrafo único.

Art. 13 A nomeação para cargo de carreira depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante progressão, promoção, ascensão e acesso serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na administração pública estadual e seus regulamentos.

Seção III

Do Concurso Público Art. 14 O concurso será de caráter eliminatório e classificatório, compreendendo, provas ou

provas e títulos. Parágrafo único A publicação do resultado do concurso deverá ser efetivada no prazo máximo

de 30 (trinta) dias após a realização do mesmo. Art. 15 O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogada uma única

vez, por igual período. § 1° O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em

edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal diário de grande circulação. § 2° Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso

anterior com prazo de validade ainda não expirado. Seção IV

Da Posse e do Exercício Art. 16 Posse é a investidura no cargo público mediante a aceitação expressa das atribuições,

deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.

§ 1° A posse ocorrerá no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado.

§ 2° Em se tratando de servidor em licença, ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 3° A posse poderá dar-se mediante procuração específica. § 4° Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação, acesso e ascensão. § 5° No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores

que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. § 6° Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no

§1°. § 7° O ato de provimento ocorrerá no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a publicação do

resultado do concurso para as vagas imediatamente disponíveis conforme o estabelecido no edital de concurso. Art. 17 A posse em cargo público dependerá de comprovada aptidão física e mental para o

exercício do cargo, mediante inspeção médica oficial. Parágrafo único Será empossado em cargo público aquele que for julgado apto física e

mentalmente pela assistência médica pública do Estado, excetuando-se os casos previstos no § 2° do Artigo 8° desta lei complementar.

Art. 18 Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. § 1° É de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da

posse. § 2° Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto

no parágrafo anterior.

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§ 3° A autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Art. 19 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

Parágrafo único Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os

elementos necessários ao assentamento individual. Art. 20 A promoção ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado no novo

posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o servidor. Art. 21 O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, quando licenciado,

que deva prestar serviços em outra localidade, terá 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício, incluído nesse tempo o necessário ao deslocamento para a nova sede.

Parágrafo único Na hipótese do servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.

Art. 22 O ocupante de cargo de provimento efetivo, integrante do sistema de carreira, fica sujeito a 30 (trinta) horas semanais de trabalho.

Art. 23 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V - responsabilidade; VI - idoneidade moral. § 1° 04 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será,

obrigatoriamente, submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei e o regulamento do plano de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a VI.

§ 2° Se, no curso do estágio probatório, for apurada, em processo regular, a inaptidão para exercício do cargo, será exonerado.

§ 3° No curso do processo a que se refere o parágrafo anterior, e desde a sua instauração, será assegurado ao servidor ampla defesa que poderá ser exercitada pessoalmente ou por intermédio de procurador habilitado, conferindo-se-lhe, ainda, o prazo de 10 (dez) dias, para juntada de documentos e apresentação de defesa escrita.

§ 4° Para a avaliação prevista neste artigo, deverá ser constituída uma comissão paritária no órgão ou entidade composta por 06 (seis) membros.

§ 5° Não constituem provas suficientes e eficazes as certidões ou portarias desacompanhadas dos documentos de atos administrativos para avaliar negativamente a aptidão e capacidade do servidor no desempenho do cargo, sobretudo nos fatores a que refere os incisos I, II, III, IV, V e VI deste artigo.

Seção V Da Estabilidade

Art. 24 O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 02 (dois) anos de efetivo exercício.

Art. 25 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Seção VI Da Transferência

Art. 26 Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo de carreira para outro de igual denominação, classe e remuneração, pertencente a quadro de pessoal diverso e na mesma localidade.

Art. 27 Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de outro órgão ou entidade.

Parágrafo único A transferência far-se-á a pedido do servidor, atendendo a conveniência do serviço público.

Art. 28 São requisitos essenciais da transferência: I - interesse comprovado do serviço; II - existência de vaga; III - contar, o servidor, com 02 (dois) anos de efetivo exercício no cargo. Parágrafo único Nos casos de transferência não se aplicam os incisos deste artigo para

cônjuge ou companheiro (a). Art. 29 As transferências não poderão exceder de 1/3 (um terço) das vagas de cada classe.

Seção VII

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Da Readaptação Art. 30 Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades

compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. § 1° Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado, nos termos

da lei vigente. § 2° A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições afins, respeitada a

habilitação exigida. § 3° Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou redução de

remuneração do servidor. Seção VIII

Da Reversão Art. 31 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez. quando, por junta

médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria. Art. 32 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação, com

remuneração integral. Parágrafo único Encontrando-se provido este cargo, o servidor exercerá suas atribuições como

excedente, até a ocorrência de vaga. Art. 33 Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Art. 34 A reversão far-se-á a pedido.

Seção IX Da Reintegração

Art. 35 Reintegração é a investidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por ocasião administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1° Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ocupará outro cargo equivalente ao anterior com todas as vantagens.

§ 2° O cargo a que se refere o artigo somente poderá ser preenchido em caráter precário até o julgamento final.

Seção X Da Recondução

Art. 36 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado

em outro, observado o disposto no Artigo 40. Seção XI

Da Disponibilidade e do Aproveitamento Art. 37 Aproveitamento é o retorno do servidor em disponibilidade ao exercício do cargo público. Art. 38 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em

disponibilidade, com remuneração integral. Art. 39 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento

obrigatório em cargo de atribuições e remunerações compatíveis com o anteriormente ocupado. Parágrafo único O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato

aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos da administração pública, na localidade em que trabalhava anteriormente ou em outra com a concordância do servidor.

Art. 40 O aproveitamento do servidor que se encontra em disponibilidade há mais de 12 (doze) meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.

§ 1° Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de aproveitamento.

§ 2° Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado, na forma da legislação em vigor.

Art. 41 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Art. 42 Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público

CAPÍTULO II DA VACÂNCIA

Art. 43 A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - ascensão;

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IV - acesso; V - transferência; VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - posse em outro cargo inacumulável; IX - falecimento.

Art. 44 A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. Parágrafo único A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; II - quando por decorrência do prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão

por abandono de cargo; III - quando, tendo tomado posse, não entrar no exercício no prazo estabelecido.

Art. 45 A exoneração de cargo em comissão dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente, salvo os cargos ocupados por servidores do plano de

carreira através de eleições; II - a pedido do próprio servidor; III - em conformidade com o que dispõe a Lei n° 5.601, de 09.05.90. Parágrafo único Os cargos em comissão ocupados por servidores do quadro de carreiras

eleitos conforme Artigo 134 da Constituição Estadual, só poderão ser exonerados a pedido ou quando comprovadamente através de processo administrativo, agir contra os interesses do Estado e da categoria que o elegeu.

CAPÍTULO III DA PROGRESSÃO, PROMOÇÃO, ASCENSÃO E ACESSO

Art. 46 Progressão é a passagem do servidor de uma referência para a imediatamente superior, dentro da mesma classe e da categoria funcional a que pertence, obedecidos os critérios especificados para a avaliação de desempenho e tempo de efetiva permanência na carreira.

Art. 47 Ascensão é a passagem do servidor de um nível para outro sendo posicionado na primeira classe e em referência ou padrão de vencimento imediatamente superior àquele em que se encontrava, na mesma carreira.

Art. 48 Promoção é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente superior do respectivo grupo de carreira que pertence, obedecidos os critérios de avaliação, desempenho e qualificação funcional.

Art. 49 Acesso é a investidura do servidor na função de direção, chefia, assessoramento e assistência, segundo os critérios estabelecidos em lei.

Art. 50 Os critérios para aplicação deste capítulo serão definidos ao instituir o plano de carreira. Parágrafo único Fica assegurada a participação dos servidores na elaboração do plano de

carreira e seus critérios. CAPÍTULO IV

DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO Seção I

Da Remoção Art. 51 Remoção é o deslocamento do servidor a pedido, observada a lotação existente em cada

órgão, no âmbito do mesmo quadro com a sua mudança de sede e só poderá ser feita: I - de uma para outra repartição da mesma Secretaria de Estado; II - de um para outro órgão da mesma repartição. Parágrafo único A remoção a pedido para outra localidade, por motivo de saúde do

servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, fica condicionada à comprovação por junta médica e à existência de vaga.

Art. 52 O ato que remover o servidor estudante de uma para outra cidade ficará suspenso se, na nova sede, não existir estabelecimento congênere oficial, reconhecido ou equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado, devendo permanecer no exercício do cargo.

§ 1° Efetivar-se-á a remoção se o servidor concluir o curso, deixar de cursá-lo ou for reprovado durante 02 (dois) anos consecutivos.

§ 2° Semestralmente, o interessado deverá apresentar prova de sua freqüência regular do curso que estiver matriculado perante a repartição a que esteja subordinado.

Seção II Da Redistribuição

Art. 53 Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para o quadro de pessoal do mesmo órgão ou entidade, cujos planos de carreira e remuneração sejam idênticos, observado sempre o

interesse da administração, ficando vedada a redistribuição para outra localidade, exceto quando houver interesse do servidor.

§ 1° A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.

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§ 2° Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade com remuneração integral, até seu aproveitamento na forma do Artigo 40.

CAPÍTULO V DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 54 Os servidores investidos em função de direção ou chefia e os ocupantes de cargos em comissão terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pela autoridade competente.

§ 1° O substituto assumirá automaticamente o exercício do cargo ou função de direção ou chefia nos afastamentos ou impedimentos regulamentares do titular.

§ 2° (VETADO) Art. 55 O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas

organizadas em nível de assessoria. TÍTULO III

DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPÍTULO I

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Art. 56 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado

em lei. Art. 57 Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias,

permanentes ou temporárias, previstas nas Constituições Federal e Estadual, em acordos coletivos ou em convenções de trabalho que venham a ser celebrados.

Art. 58 A remuneração total do servidor será composta exclusivamente do vencimento base, de uma única verba de representação e do adicional por tempo de serviço.

Parágrafo único O adicional por tempo de serviço concedido aos ocupantes dos cargos de carreira de provimento efetivo e aos empregados públicos como única vantagem pessoal, não será considerado para efeito deste artigo.

Art. 59 Ao servidor nomeado para o exercício de cargo em comissão, é facultado optar entre o vencimento de seu cargo efetivo e do cargo em comissão, acrescido da verba única de representação.

Parágrafo único O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no Artigo 119, § 1°.

Art. 60 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

Art. 61 É assegurada a isonomia de vencimento para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho.

Art. 62 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Secretários de Estado, por membros da Assembléia Legislativa e membros do Tribunal de Justiça.

Parágrafo único Excluem-se do teto de remuneração, o adicional por tempo de serviço e as vantagens previstas no Artigo 82, I a VIII.

Art. 63 A relação entre a menor e a maior remuneração atribuída aos cargos de carreira não poderá ser superior a 08 (oito) vezes.

Art. 64 O servidor perderá: I - vencimento ou remuneração do dia que não comparecer ao serviço, salvo motivo legal ou

moléstia comprovada; II - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração do dia, quando comparecer ao serviço com

atraso máximo de uma hora, ou quando se retirar antecipadamente; III - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração durante o afastamento por motivo de

prisão preventiva, pronúncia por crime comum, denúncia por crime funcional, condenação recorrível por crime inafiançável ou processo no qual haja pronúncia, com direito à diferença, se absolvida;

IV - 2/3 (dois terços) do vencimento ou da remuneração durante o período de afastamento em virtude da condenação por sentença definitiva, cuja pena não resulte em demissão .

Art. 65 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

§ 1° Mediante autorização do servidor poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, ou seja, instituições de previdências, associações, sindicatos, pecúlio, seguros e os demais na forma definida em regulamento instituído pelas associações e sindicatos dos servidores.

§ 2° Sob pena de responsabilidade a autoridade que determinar o desconto em folha de pagamento para instituições de previdência ou associações, deverá efetivar o repasse do desconto, no prazo máximo dos 05 (cinco) primeiros dias úteis do mês subseqüente.

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Art. 66 As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima parte da remuneração ou provento.

§ 1° Independente do parcelamento previsto neste artigo, o recebimento de quantias indevidas poderá implicar processo disciplinar para apuração de responsabilidades e aplicação das penalidades cabíveis.

§ 2° Nos casos de comprovada má fé e abandono de cargo, a reposição deverá ser feita de

uma só vez, sem prejuízo das penalidades cabíveis, inclusive no que se refere a inscrição na dívida ativa. Art. 67 O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado ou que tiver a sua

aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo. Parágrafo único A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na

dívida ativa. Art. 68 O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro

ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial. Art. 69 O pagamento da remuneração dos servidores públicos dar-se-á até o dia 10 (dez) do

mês seguinte ao que se refere. § 1° O não-pagamento até a data prevista neste artigo importará na correção do seu valor,

aplicando-se os índices federais de correção diária, a partir do dia seguinte ao do vencimento até a data do efetivo pagamento.

§ 2° O montante da correção será pago juntamente com o vencimento do mês subseqüente, corrigido o seu total até o último dia do mês, pelos mesmos índices do parágrafo anterior.

CAPÍTULO II DAS VANTAGENS

Art. 70 Além do vencimento poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações e adicionais.

Parágrafo único A indenização não se incorpora ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

Art. 71 As vantagens não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção I Das Indenizações

Art. 72 Constituem indenizações ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias.

Art. 73 Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

Subseção I Da Ajuda de Custo

Art. 74 A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente.

§ 1° Correm por conta da administração as despesas com transporte do servidor e de sua família, bem como de um empregado doméstico, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

§ 2° À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e

transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 06 (seis) meses, contado do óbito. Art. 75 A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do cargo do servidor, conforme

se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 02 (dois) meses. Art. 76 Não será concedida a ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou

reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 77 Será concedida ajuda de custo àquele que, sendo servidor do Estado, for

nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio, inclusive quando do retorno ao domicílio de origem. Parágrafo único No afastamento previsto no Artigo 121, I, a ajuda de custo será paga

pelo órgão cessionário, quando cabível. Art. 78 O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente,

não se apresentar na nova sede no prazo determinado no Artigo 21. Parágrafo único Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de

exoneração de ofício, ou de retorno por motivo de doença comprovada. Subseção II Das Diárias

Art. 79 O servidor que, a serviço, se afastar da sede, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território mato-grossense e de outras unidades da Federação, fará jus a passagens e diárias para cobrir as despesas de pousada, alimentação, locomoção urbana e rural.

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Parágrafo único A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.

Art. 80 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.

Parágrafo único Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.

Subseção III Da Indenização de Transporte

Art. 81 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização do meio próprio de locomoção para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme regulamento.

Subseção IV Das Gratificações e Adicionais

Art. 82 Além da remuneração e das indenizações previstas nesta lei complementar, poderão ser deferidas aos servidores as seguintes gratificações adicionais:

I - gratificação natalina; II - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; III - adicional pela prestação de serviço extraordinário; IV - adicional noturno; V - adicional de férias; VI - adicional por tempo de serviço; VII - (VETADO) VIII - (VETADO)

Subseção V Da Gratificação Natalina

Art. 83 A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) de remuneração a que o servidor fizer jus ao mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.

Parágrafo único A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 84 A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano. Parágrafo único Juntamente com a remuneração de junho será paga, como adiantamento da

gratificação natalina, metade da remuneração ou provento recebido no mês, se requerido até 31 de janeiro do ano corrente.

Art. 85 O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

Subseção VI Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 86 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 2% (dois por cento), por ano de serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento-base até o limite máximo de 50% (cinqüenta por cento).

Parágrafo único O servidor fará jus ao adicional no mês que completar o anuênio, a partir de um ano, conforme inciso I do § 3° do Artigo 139 da Constituição Estadual.

Subseção VII Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Penosidade

Art. 87 Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional no termos da legislação pertinente.

§ 1° O servidor que fizer jus a mais de um adicional será concedido o pagamento, de acordo com a legislação pertinente.

§ 2° O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão.

Art. 88 Caberá à Administração Estadual exercer permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não perigoso.

Art. 89 Na concessão dos adicionais de penosidade, insalubridade e de periculosidade serão observadas as situações especificadas na legislação pertinente aplicável ao servidor público.

Art. 90 O adicional de penosidade será devido ao servidor em exercício em zonas de fronteira ou em localidades, cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

Art. 91 Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas devem ser mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizantes não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.

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Parágrafo único Os servidores a que se refere este artigo devem ser submetidos a exame médico oficial.

Subseção VIII Do Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 92 O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 93 Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção IX Do Adicional Noturno

Art. 94 O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor hora acrescido de mais 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora com 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Parágrafo único Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no Artigo 93.

Subseção X Do Adicional de Férias

Art. 95 Independente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional de 1/3 (um terço) da remuneração correspondente ao período de férias.

Parágrafo único No caso do servidor exercer função de direção, chefia, assessoramento ou assistência ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Art. 96 O servidor em regime de acumulação lícita perceberá o adicional de férias calculado sobre a remuneração do cargo em que for gozar as férias.

Art. 97 O servidor fará jus, anualmente, a 30 (trinta) dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas até o máximo de dois períodos, mediante comprovada necessidade do serviço, exceto o que dispuser em lei. complementar.

§ 1° Para o período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. § 2° É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. § 3° Fica proibida a contagem, em dobro, de férias não gozadas, para fins de aposentadoria e

promoção por antigüidade, acumuladas por mais de 02 (dois) períodos. § 4° Para gozo das férias previstas neste artigo, deverá ser observada a escala a ser organizada

pela repartição. Art. 98 Quando em gozo de férias, o servidor terá direito a receber, adiantadamente, 01 (um) mês

de vencimento. Art. 99 O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 02 (dois) dias antes do início do

respectivo período, observando-se o disposto no § 1° deste artigo. § 1° É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das férias em abono pecuniário, desde que

o requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência do seu início. § 2° No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor do adicional de férias, previsto no

Artigo 82, V. Art. 100 O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas

gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.

Art. 101 É proibida a transferência e remoção do servidor quando em gozo de férias. Art. 102 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública,

comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público definidos em lei, devendo o período interrompido ser gozado imediatamente, após a cessação do motivo da interrupção.

CAPÍTULO III DAS LICENÇAS

Seção I Disposições Gerais

Art. 103 Conceder-se-á, ao servidor, licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para serviço militar; IV - para atividade política; V - prêmio por assiduidade; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para qualificação profissional.

§ 1º A licença, prevista no inciso I, será precedida de exame por médico da junta médica oficial.

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§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV e VII deste artigo.

§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo, ressalvada a hipótese no Artigo 105 e seus parágrafos.

Art. 104 A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

Seção II Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 105 Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompanhamento social.

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até um 01 (um) ano, com 2/3 (dois terços) do vencimento ou remuneração, excedendo esse prazo, até 02 (dois) anos.

Seção III Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 106 Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar o cônjuge ou companheiro

que for deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1° A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. § 2° Na hipótese do deslocamento de que trata este artigo, o servidor poderá ser lotado,

provisoriamente, em repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou Fundacional, desde que para exercício de atividade compatível com o seu cargo com remuneração do órgão de origem.

Seção lV Da Licença para o Serviço Militar

Art. 107 Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único Concluído o serviço militar o servidor terá 30 (trinta) dias, com remuneração, para reassumir o exercício do cargo.

Seção V Da Licença para a Atividade Política

Art. 108 O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a justiça eleitoral.

§ 1° O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha sua função e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, assistência, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a justiça eleitoral, até o décimo quinto dia seguinte ao do pleito.

§ 2° A partir do registro da candidatura e até o décimo quinto dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença como se em exercício estivesse, com o vencimento de que trata o Artigo 57.

Seção VI Da Licença-Prêmio por Assiduidade

Art. 109 Após cada qüinqüênio ininterrupto de efetivo exercício no serviço público estadual, o servidor fará jus a 03 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo, sendo permitida sua conversão em espécie parcial ou total, por opção do servidor.

§ 1° Para fins da licença-prêmio de que trata este artigo, será considerado o tempo de serviço desde seu ingresso no serviço público estadual.

§ 2° É facultado ao servidor fracionar a licença de que trata este artigo em até 03 (três) parcelas, desde que defina previamente os meses para gozo da licença.

§ 3° Vencido o período aquisitivo da licença-prêmio, o servidor poderá apresentar requerimento com a opção pelo gozo, pela conversão parcial ou total em espécie ou contagem de tempo em dobro para fins de aposentadoria.

§ 4° Ocorrendo a opção pela conversão em espécie, a autorização para pagamento deverá observar a disponibilidade orçamentaria do órgão de lotação do servidor, devendo, no caso de indisponibilidade, constituir prioridades para a imediata reformulação orçamentária no mesmo exercício.

Art. 110 Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de:

a) licença por motivo de doença em pessoa da família, sem remuneração; b) licença para tratar de interesses particulares;

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c) condenação a pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; d) afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um mês para cada três faltas.

Art. 111 O número de servidor em gozo simultâneo de licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.

Art. 112 Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o tempo de licença-prêmio não gozado.

Art. 113 Para possibilitar o controle das concessões da licença, o órgão de lotação deverá proceder anualmente à escala dos servidores, a fim de atender o disposto no Artigo 109, § 4°, e garantir os recursos orçamentários e financeiros necessários ao pagamento, no caso de opção em espécie.

Seção VII Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 114 A pedido e sem prejuízo do serviço será concedida, ao servidor estável, licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração, podendo esta licença ser interrompida a qualquer momento por interesse do servidor.

§ 1° A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no Interesse do serviço público.

§ 2° Não se concederá nova licença antes de decorridos 02 (dois) anos do término da anterior.

§ 3° Não se concederá licença a servidor nomeado, removido, redistribuído ou transferido, antes de completar 02 (dois) anos de exercício.

§ 4° O requerente aguardará, em exercício no cargo, a publicação no Diário Oficial, do ato decisório sobre a licença solicitada.

Seção VIII Da Licença para o Desempenho do Mandato Classista

Art. 115 É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho do mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito estadual, sindicato representativo da categoria e entidade fiscalizadora da profissão, nos termos do Artigo 133 da Constituição Estadual.

Parágrafo único A licença terá duração igual a do mandato, podendo ser prorrogado no caso da reeleição.

Seção IX Da Licença para Qualificação Profissional

Art. 116 A licença para qualificação profissional dar-se-á com prévia autorização do Governador do Estado e consiste no afastamento do servidor de suas funções, sem prejuízo dos seus vencimentos, assegurada a sua efetividade para todos os efeitos de carreira e será concedida para freqüência de curso de formação, treinamento, aperfeiçoamento e especialização profissional ou em nível de pós-graduação e estágio, no país ou no exterior, se de interesse do Estado.

Art. 117 Para concessão da licença de que trata o artigo anterior, terão preferências os servidores que satisfaçam os seguintes requisitos:

I - residência em localidade onde não existam unidades universitárias ou faculdades isoladas;

II - experiência no máximo de 05 (cinco) anos de Magistério Público Estadual e o servidor com 05 (cinco) anos de efetivo exercício no Estado;

III - curso correlacionado com a área de atuação. Art. 118 Realizando-se o curso na mesma localidade da lotação do serviço ou em outra de

fácil acesso, em lugar da licença será concedida simples dispensa do expediente pelo tempo necessário à freqüência regular do curso.

Parágrafo único A dispensa de que trata o artigo deverá ser obrigatoriamente comprovado mediante freqüência regular do curso.

CAPÍTULO IV DOS AFASTAMENTOS

Seção I Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

Art. 119 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão de confiança; II - em casos previstos em leis específicas.

§ 1° Na hipótese do inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária.

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§ 2° Mediante autorização do Governador do Estado, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Pública Estadual, que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

Seção II Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 120 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar

pela sua remuneração; III - investido no mandato de vereador:

a) havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b) não havendo compatibilidade de horários, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

c) não poderá exercer cargo em comissão ou de confiança na administração pública, de livre exoneração.

§ 1° No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse.

§ 2° O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa onde exerce o mandato.

Seção III Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Art. 121 O servidor não poderá ausentar-se do Estado ou País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Governador do Estado, ou Presidente dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário.

§ 1° A ausência não excederá de 04 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2° Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual a do afastamento, ressalvada a hipótese do ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Art. 122 O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com direito a opção pela remuneração.

Art. 123 O afastamento para estudo ou missão oficial no exterior obedecerá ao disposto em legislação específica.

CAPÍTULO V DAS CONCESSÕES

Art. 124 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 01 (um) dia para doação de sangue; II - por 02 (dois) dias para se listar como eleitor III - por 08 (oito) dias consecutivos em razão de:

a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,

menor sob guarda ou tutela, irmãos e avós. Art. 125 Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovado a

incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Parágrafo único Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horários na

repartição, respeitada a duração semanal do trabalho. Art. 126 Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração, é assegurada, na

localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independente de vaga, na forma e condições estabelecidas na legislação específica.

Parágrafo único O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos ou enteados do servidor, que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob a sua guarda, com autorização judicial.

CAPÍTULO VI DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 127 É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado ao Estado de Mato Grosso, inclusive o das Forças Armadas.

Art. 128 A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Parágrafo único Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados, arredondando-se para 1 (um) ano quando excederem deste número, para efeito de aposentadoria.

Art. 129 Além das ausências ao serviço previstas no Artigo 125, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

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I - férias; II - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgãos ou entidade dos Poderes da

União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do

território nacional, por nomeação do Presidente da República, Governo Estadual e Municipal; IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído; V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,

exceto para promoção por merecimento; VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento; VIII - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até 02 (dois) anos; c) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; d) prêmio por assiduidade; e) por convocação para serviço militar; f) qualificação profissional; g) licença para acompanhar cônjuge ou companheiro; h) licença para tratamento de saúde em pessoa da família; i) para o desempenho de mandato classista;

IX - deslocamento para a nova sede de que trata o Artigo 21; X - participação em competição desportiva estadual e nacional ou convocação para

integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica. Art. 130 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I - o tempo de serviço público federal, estadual e municipal, mediante comprovação do serviço

prestado e de recolhimento da previdência social; II - a licença para atividade política, no caso do Artigo 108, § 2º ; III - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou

distrital, anterior ao ingresso no serviço público estadual; IV - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social, e após decorridos

05 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público; V - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; VI - (VETADO) § 1° O tempo de serviço a que se refere o inciso I deste artigo não poderá ser contado em dobro

ou com quaisquer outros acréscimos, salvo se houver norma correspondente na legislação estadual. § 2° O tempo em que o servidor esteve aposentado ou em disponibilidade será apenas

contado para nova aposentadoria ou disponibilidade. § 3° Será contado, em dobro, o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em

operações de guerra. § 4° É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente

em mais de um cargo ou função em órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

CAPÍTULO VII DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 131 É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou de interesse legítimo.

Art. 132 O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado através daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 133 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

Parágrafo único O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 05 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 134 Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. § 1° O recurso será dirigido a autoridade imediatamente superior a que tiver expedido o

ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. § 2° O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver

imediatamente subordinado o requerente. Art. 135 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta)

dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão decorrida.

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Art. 136 O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. Parágrafo único Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou de recurso, os

efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. Art. 137 O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco anos), quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações do trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando o outro prazo foi fixado em lei.

Parágrafo único O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da ciência, pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 138 O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. Parágrafo único Interrompida a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no

dia em que cessar a interrupção. Art. 139 A prescrição é de ordem publica, não podendo ser relevada pela administração. Art. 140 Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento na

repartição ao servidor ou a procurador por ele constituído. Art. 141 A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de

ilegalidade. Art. 142 São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo.

TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I DOS DEVERES

Art. 143 São deveres do funcionário: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da fazenda pública;. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência

em razão do cargo; VII - zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder. Parágrafo único A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via

hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representado direito de defesa.

CAPITULO II DAS PROIBIÇÕES

Art. 144 Ao servidor público é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto

da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de

serviço; V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos

do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do Poder Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado;

VI - cometer à pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuições que sejam sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

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VIII - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio, e, nessa qualidade, transacionar com o Estado;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão do Estado estrangeiro, sem licença do Governador do Estado;

XlV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoa ou recursos materiais em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em

situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo

ou função e com o horário de trabalho. CAPITULO III

DA ACUMULAÇÃO Art. 145 Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de

cargos públicos. § 1° A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,

fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, dos Estados e dos Municípios. § 2° A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da

compatibilidade de horários. Art. 146 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão nem ser remunerado

pela participação em órgão de deliberação coletiva. Art. 147 O servidor vinculado ao regime desta lei complementar, que acumular licitamente dois

cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, recebendo a remuneração do cargo em comissão, facultando-lhe a opção pela remuneração.

Parágrafo único O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se houver compatibilidade de horários.

CAPITULO IV DAS RESPONSABILIDADES

Art. 148 O servidor responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 149 A responsabilidade civil decorre do ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1° A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no Artigo 66, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2° Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda estadual, em ação regressiva.

§ 3° A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 150 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade.

Art. 151 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou função.

Art. 152 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se sendo independentes entre si.

Art. 153 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

CAPITULO V DAS PENALIDADES

Art. 154 São penalidades disciplinares: I - repreensão; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão.

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Art. 155 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Art. 156 A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do Artigo 143, I a IX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 157 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com repreensão e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1° Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2° Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 158 As penalidades de repreensão e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 01 (um) ano e 03 (três) meses de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. Art. 159 A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria

ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiro público; IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos ou funções públicas após constatação em processo

disciplinar; XIII - transgressão do Artigo 144, X a XVII.

Art. 160 Verificada em processo disciplinar acumulação proibida, e provada a boa fé, o servidor optará por um dos cargos.

§ 1° Provada a má fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.

§ 2° Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos ou função exercido em outro órgão ou entidade, a demissão lhe será comunicada.

Art. 161 Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 162 A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único Ocorrida a exoneração de que trata o Artigo 45, o ato será convertido em destituição de cargo em comissão prevista neste artigo.

Art. 163 A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII e X do Artigo 144, implica indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 164 A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do Artigo 144, X, XII e XIII, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos.

Parágrafo único Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do Artigo 159, I, IV, VIII, X e XI.

Art. 165 Configura o abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 166 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.

Art. 167 O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 168 As penalidades disciplinares serão aplicadas:

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I - pelo Governador do Estado, pelos Presidentes do Poder Legislativo e dos Tribunais Estaduais, pelo Procurador-Geral da Justiça e pelo dirigente superior de autarquia e fundação, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão ou entidade;

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso I, quando se trata de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III - pelo chefe da repartição e outra autoridade, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de repreensão ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante do cargo efetivo.

Art. 169 A ação disciplinar prescreverá: I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou

disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 02 (dois) anos, quanto à repreensão e suspensão.

§ 1° O prazo de prescrição começa da data em que o fato ou transgressão se tornou conhecido.

§ 2° Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

§ 3° A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4° Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar a interrupção.

§ 5° Decorrido o prazo legal para o disposto no § 3º, sem a conclusão e o julgamento, recomeçará a correr o curso da prescrição.

TITULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 170 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 171 As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

Parágrafo único Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.

Art. 172 Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo II - aplicação de penalidade de repressão ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar.

Art. 173 Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias de demissão ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração do processo disciplinar.

CAPITULO II DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 174 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPITULO III DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 175 O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

Parágrafo único Para aplicação das penas previstas no Artigo 170, ensejará a instauração do processo de que trata este artigo.

Art. 176 (VETADO) Art. 177 A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,

assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. Art. 178 O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituirá a comissão; II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento.

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Art. 179 O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

§ 1° Decorrido, sem que seja apresentado o relatório conclusivo, a autoridade competente deverá determinar a apuração da responsabilidade dos membros da comissão.

§ 2° Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.

§ 3° As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

Seção I Do Inquérito

Art. 180 O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 181 Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como pela informativa da instrução.

Parágrafo único Na hipótese do relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 182 Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 183 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo em qualquer fase, pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar-se e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

§ 1° O Presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2° Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

Art. 184 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquirição.

Art. 185 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1° As testemunhas serão inquiridas separadamente. § 2° Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á a

acareação entre os depoentes. Art. 186 Concluída a inquirição das testemunhas a comissão promoverá o interrogatório do

acusado, observados os procedimentos previstos nos Artigos 184 e 185. § 1° No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre

que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. § 2° O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das

testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do Presidente da comissão.

Art. 187 Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único O incidente de sanidade mental será processado em auto partado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.

Art. 188 Tipificada a infração disciplinar será formulada a indicação do servidor com a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.

§ 1° O indiciado será citado por mandado expedido pelo Presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

§ 2° Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. § 3° O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas

indispensáveis. § 4° No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para

defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação.

Art. 189 O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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Art. 190 Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 191 Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.

§ 1° A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2° Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.

Art. 192 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1° O relatório será conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade do servidor. § 2° O processo disciplinar, com o relatório da comissão, indicará o dispositivo legal ou

regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. Art. 193 O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que

determinou a sua instauração, para julgamento. Seção II

Do Julgamento Art. 194 No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade

julgadora proferirá a sua decisão. § 1° Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do

processo, este será encaminhado à autoridade competente que decidirá em igual prazo. § 2° Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá a

autoridade competente para a imposição da pena mais grave. § 3° Se a penalidade prevista for a de demissão, o julgamento caberá às autoridades de que

trata o inciso I do Artigo 169. Art. 195 O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos

autos. Parágrafo único Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a

autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o funcionário de responsabilidade.

Art. 196 Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para a instauração de novo processo.

§ 1° O julgamento fora do prazo legal implica nulidade do processo. § 2° A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o Artigo 169, § 2°, será

responsabilizada na forma do Capítulo V do Título V desta lei complementar. Art. 197 Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do

fato nos assentamentos individuais do servidor. Art. 198 Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao

Ministério Público para instauração da ação penal, ficando translado na repartição. Art. 199 O servidor que responde processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, do

cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade acaso aplicada. Parágrafo único Ocorrida a exoneração de que trata o Artigo 44, parágrafo único, I, o ato

será convertido em demissão, se for o caso. Art. 200 Serão assegurados transporte e diárias; I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de

testemunha, denunciado ou indiciado; II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos

trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos. Seção III

Da Revisão do Processo Art. 201 O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido, ou de ofício,

quando se aduzirem fatos novos ou circunstanciais suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1° Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa poderá requerer a revisão do processo.

§ 2° No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

Art. 202 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

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Art. 203 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 204 O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente, que se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição da comissão na forma prevista no Artigo 176 desta lei complementar.

Art. 205 A revisão correrá em apenso ao processo originário. Parágrafo único Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de

provas e inquirição das testemunhas que arrolar. Art. 206 A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos,

prorrogáveis por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. Art. 207 Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e

procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. Art. 208 O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade nos termos do Artigo 154

desta lei complementar. Parágrafo único O prazo para julgamento será até 60 (sessenta) dias, contados do

recebimento do processo no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. Art. 209 Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,

restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão que será convertida em exoneração.

Parágrafo único Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. TITULO VI

DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 210 O Estado manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família submetido ao

Regime Jurídico Único. Art. 211 O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e

sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam as seguintes finalidades: I- garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em

serviço, inatividade, falecimento e reclusão; II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; III - assistência à saúde. Parágrafo único Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em

regulamento, observadas as disposições desta lei complementar. Art. 212 Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreende:

I - quanto ao servidor: a) aposentadoria; b) auxílio natalidade; c) salário família; d) licença à gestante, à adotante e licença paternidade; e) licença por acidente em serviço; f) licença para tratamento de saúde;

II - quanto ao dependente: a) pensão vitalícia e temporária; b) pecúlio; c) auxílio funeral; d) auxílio reclusão.

§ 1° As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observando-se o disposto nos Artigos 213 e 248, desta lei complementar.

§ 2° O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou ma fé implicará na devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

CAPÍTULO II DOS BENEFÍCIOS

Seção I Da Aposentadoria

Art. 213 O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em

serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcional nos demais casos;

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II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviços;

III - voluntariamente: a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com

proventos integrais; b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e

25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais; c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com

proventos proporcionais a esse tempo; d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher,

com proventos proporcionais ao tempo de serviço. § 1° Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I

deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, expondiloartrose anquilorante, nefropatia grave, estado avançado do mal de Paget, osteíte deformante, síndrome da imunodeficiência adquirida, Aids; no caso de magistério, surdez permanente, anomalia da fala e outros que a lei indicar com base na medicina especializada.

§ 2° Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no Artigo 90, a aposentadoria de que trata o inciso III, “a”, “b” e “c”, observará o disposto em lei específica.

Art. 214 A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 215 A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1° A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2° Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

§ 3° O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação de licença.

Art. 216 O provento de aposentadoria será calculado com observância do disposto no Artigo 57, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade.

Parágrafo único São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade, inclusive, quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 217 O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias especificadas no Artigo 213, § 1º, passará a perceber provento integral.

Art. 218 Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade nem ao valor do vencimento mínimo do respectivo plano de carreira.

Art. 219 O servidor que contar tempo de serviço para aposentadoria com provento integral, será aposentado:

I - com a remuneração da classe imediatamente superior, correspondente àquela em que se encontra posicionado, quando prestado menos de 15 (quinze) anos de efetivo exercício no Estado de Mato Grosso;

II - com provento aumentado em 20% (vinte por cento), quando ocupante da última classe e referência da respectiva carreira, se prestado mais de 15 (quinze) anos de efetivo exercício no Estado de Mato Grosso;

III - com remuneração da última classe e referência, quando prestados mais de 10 (dez) anos de serviço efetivo ao Estado de Mato Grosso.

Art. 220 O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistência ou cargo em comissão, por período de 05 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) anos interpolados poderá se aposentar com a gratificação da função ou remuneração do cargo em comissão, de maior valor, desde que exercido por um período mínimo de 02 (dois) anos.

Parágrafo único Quando o exercício da função ou cargo em comissão de maior valor não corresponde ao período de 02 (dois) anos, será incorporada a gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissão imediatamente inferior dentre os exercidos.

Art. 221 Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido adiantamento recebido.

Art. 222 Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n° 5.315, de 12.09.67, será concedida a aposentadoria com proventos integrais, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

Seção II Do Auxílio Natalidade

Art. 223 O auxílio natalidade é devido à servidora, por motivo de nascimento de filho, em valor equivalente a um vencimento mínimo do plano de carreira do órgão ou entidade, inclusive no caso de natimorto.

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§ 1° Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 100% (cem por cento). § 2° O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro, servidor público, quando a

parturiente não for servidora. Seção III

Do Salário Família Art. 224 O salário família, definido na legislação específica, é devido ao servidor ativo ou ao

inativo, por dependente econômico. Parágrafo único Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do

salário família: I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de

idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade; II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na

companhia e às expensas do servidor ou do inativo; III - a mãe e o pai sem economia própria.

Art. 225 Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário do salário família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 226 Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário família será pago a um deles, quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo único Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 227 O salário família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para previdência social.

Art. 228 O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário família.

Seção IV Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 229 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 230 Para licença até 15 (quinze) dias, a inspeção será feita pelo médico assistente do órgão da previdência estadual, se por prazo superior, por junta médica oficial.

§ 1° Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2° Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado passado por médico particular.

§ 3° No caso do parágrafo anterior, o atestado só produzirá efeitos depois da homologação pelo setor médico do respectivo órgão ou entidade.

§ 4° No caso de não ser homologada a licença, o servidor será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo considerado, como de faltas justificadas, os dias em que deixou de comparecer ao serviço por esse motivo, ficando, no caso, caracterizada a responsabilidade do médico atestante.

§ 5° Será facultado à administração, em caso de dúvida razoável, exigir inspeção, por junta médica oficial.

Art. 231 Findo o prazo da licença, se necessário, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

Art. 232 O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou quaisquer das doenças especificadas no Artigo 213, § 1°.

Art. 233 O servidor que apresente indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido à inspeção médica.

Art. 234 Será punido disciplinarmente o servidor que se recusar à inspeção médica, cessando os efeitos da pena logo que se verifique a inspeção.

Seção V Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença Paternidade

Art. 235 Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1° A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês da gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2° No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. § 3° No caso de natimorto, decorridos 40 (quarenta) dias do evento, a servidora será

submetida a exame médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício. § 4° No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá direito

a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

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Art. 236 Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá licença à licença paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos.

Art. 237 Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de 1/2 (meia) hora.

Art. 238 À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de até 01 (um) ano de idade serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada, para ajustamento do adotado ao novo lar.

§ 1° No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 01 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

§ 2° Decorrido o prazo da licença, a servidora deverá apresentar ao órgão competente certidão judicial, atestando a permanência da adoção ou da guarda no período correspondente, sob pena de incorrer nas sanções previstas no Artigo 154, I e III.

Seção VI Da Licença por Acidente em Serviço

Art. 239 Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. Art. 240 Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se

relacione mediata ou imediatamente com as atribuições do cargo exercido. Parágrafo único Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;

II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. Art. 241 O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser

tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos, dentro ou fora do Estado. Parágrafo único O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de

exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública. Art. 242 A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as

circunstâncias o exigirem. Art. 243 Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor

correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no Artigo 62 desta lei complementar.

Art. 244 As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias. § 1° A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se

extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários. § 2° A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter

por motivo de morte, cessação da invalidez ou maioridade do beneficiário. § 3° Aplica-se, para efeito deste artigo, os benefícios previstos na alínea “a” do Artigo 140

da Constituição Estadual. Art. 245 São beneficiários das pensões:

I - vitalícia: a) cônjuge; b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de

pensão; c) o companheiro ou companheira designada que comprove união estável como

entidade familiar; d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos, e pessoa portadora de deficiência,

que viva sob a dependência econômica do servidor. II - temporária:

a) os filhos, ou enteados, até 24 (vinte e quatro) anos de idade, se estudante de curso superior ou se inválidos, enquanto durar a invalidez;

b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade; c) o irmão órfão de pai e sem padrasto, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido,

enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor; d) a pessoa designada que vivia na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e

um) anos ou se inválida, enquanto durar a invalidez. § 1° A concessão da pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” a “c” do

inciso I deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”. § 2° A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b”

do inciso II deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”. Art. 246 A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem

beneficiários da pensão temporária.

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§ 1° Decorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

§ 2° Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

§ 3° Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 247 A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos.

Parágrafo único Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiários ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida.

Art. 248 Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do servidor.

Art. 249 Será concedida pensão provisória por morte do servidor nos seguintes casos: I - declaração de ausência pela autoridade judiciária competente; II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não

caracterizado como em serviço; III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de

segurança. Parágrafo único A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária

conforme o caso, decorridos 05 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

Art. 250 Acarreta perda de qualidade de beneficiário: I - o seu falecimento; II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão do

cônjuge; III - a cessação da invalidez em se tratando de beneficiário inválido; IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de

idade, exceto o previsto na alínea “a” do inciso II do Artigo 245; V - a acumulação de pensão na forma do Artigo 249; VI - a renúncia expressa.

Art. 251 Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá: I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão

temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia; II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão

vitalícia. Art. 252 As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos

reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do Artigo 214. Art. 253 Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de 02 (duas)

pensões. Seção VIII

Do Pecúlio Especial Art. 254 Aos beneficiários do servidor falecido, ativo ou inativo, será pago um pecúlio especial

correspondente a 03 (três) vezes o valor total da remuneração ou provento. § 1° O pecúlio será concedido obedecida a seguinte ordem de preferência:

I - ao cônjuge ou companheiro sobrevivente; II - aos filhos e aos enteados, menores de 21 (vinte e um) anos; III - aos indicados por livre nomeação do servidor; IV - aos herdeiros, na forma da lei civil.

§ 2° A declaração para beneficiários será feita ou alterada a qualquer tempo, nela se mencionando o critério de divisão do pecúlio, no caso de mais de um beneficiário.

Art. 255 No caso de morte presumida, o pecúlio somente será pago decorridos 60 (sessenta) dias contados da declaração de ausência ou do desaparecimento do servidor.

Parágrafo único Reaparecendo o servidor, o pecúlio será por este restituído, mediante desconto em folha de pagamento à razão de 10% (dez por cento) da remuneração ou dos proventos mensais.

Art. 256 O direito ao pecúlio caducará decorridos 05 (cinco) anos contados: I - do óbito do servidor; II - da data da declaração de ausência ou do dia do desaparecimento do servidor.

Seção IX Do Auxílio Funeral

Art. 257 O auxílio funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou do aposentado, em valor equivalente a 03 (três) meses de remuneração ou proventos.

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§ 1° No caso de acumulação legal de cargos no Estado, o auxílio será pago tomando-se por base a soma de ambas as remunerações.

§ 2° O auxílio será devido também, ao servidor, por morte do cônjuge, companheiro ou dependente econômico.

§ 3° O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.

Art. 258 Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, observado o disposto no artigo anterior.

Art. 259 Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta dos recursos do Estado, Autarquia ou Fundação Pública, criadas e mantidas pelo Poder Público Estadual.

Seção X Do Auxílio Reclusão

Art. 260 À família do servidor ativo é devido o auxílio reclusão, nos seguintes valores: I - 2/3 (dois terços) da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em flagrante ou

preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; II - metade da remuneração, durante o afastamento em virtude de condenação, por

sentença definitiva, à pena que não determine perda do cargo. § 1° Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da

remuneração, desde que absolvido. § 2° O pagamento do auxílio reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o

servidor for posto em liberdade, ainda que condicional. CAPITULO III

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Art. 261 A assistência à saúde do servidor e de sua família compreende assistência médica,

hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada pelo Sistema Único de Saúde ou diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servi dor, ou ainda, mediante convênio, na forma estabelecida em regulamento.

CAPITULO IV DO CUSTEIO

Art. 262 O Plano de Seguridade Social do servidor será custeado com o produto de arrecadação de contribuições sociais obrigatórias dos servidores dos três Poderes do Estado, das Autarquias e das Fundações e das Fundações Públicas, criadas e mantidas pelo Poder Público Estadual.

§ 1° A contribuição do servidor, diferenciada em função da remuneração mensal, bem como dos órgãos e entidades, será fixada em lei.

§ 2° O custeio da aposentadoria é de responsabilidade integral do tesouro do Estado. TITULO VII

CAPITULO ÚNICO DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Art. 263 Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pessoal por tempo determinado.

Art. 264 Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público as contratações que visem a:

I - combater surtos epidêmicos; II - fazer recenseamento; III - atender a situações de calamidade pública; IV - substituir professor ou admitir professor visitante, inclusive estrangeiro, conforme lei

específica do magistério; V - permitir a execução de serviço, por profissional de notória especialização, inclusive

estrangeiro, nas áreas de pesquisas científica e tecnológica; VI - atender a outras situações de urgência que vieram a ser definidas em lei. § 1° As contratações de que trata este artigo terão dotação específica e não poderão

ultrapassar o prazo de 06 (seis) meses, exceto nas hipóteses dos incisos II e IV, cujo prazo máximo será de 12 (doze) meses, e inciso V, cujo prazo máximo será de 24 (vinte e quatro) meses, prazos estes que serão improrrogáveis.

§ 2° O recrutamento será feito mediante processos seletivos simplificados, sujeito a ampla

divulgação em jornal de grande circulação, e observará os critérios definidos em regulamento, exceto na hipótese prevista nos incisos III e IV deste artigo, quando se tratar de situação emergencial.

Art. 265 É vedado o desvio de função de pessoa contratada, na forma deste Título, bem como sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da autoridade contratante.

Art. 266 Nas contratações por tempo determinado serão observados os padrões de vencimento dos planos de carreira do órgão ou entidade contratante, exceto na hipótese do inciso V do Artigo 264, quando serão observados os valores do mercado de trabalho.

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TITULO VIII CAPITULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 267 O dia do servidor público será comemorado a vinte e oito de outubro. Art. 268 Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os

seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira: I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento da

produtividade e a redução dos custos operacionais; e II - concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecorações e elogio. Art. 269 Os prazos previstos nesta lei complementar serão contados em dias corridos, excluindo-

se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 270 Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 271 É vedado exigir atestado de ideologia como condição para posse ou exercício de cargo ou função pública.

Parágrafo único Será responsabilizada administrativa e criminalmente a autoridade que infringir o disposto neste artigo.

Art. 272 São assegurados ao servidor público os direitos de associação profissional ou sindical e o de greve.

§ 1° O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei. § 2° Asseguram-se aos servidores os direitos de celebrarem acordos ou convenções

coletivas de trabalho. Art. 273 É vedado ao servidor servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo

grau, salvo em função de confiança ou livre escolha, não podendo ultrapassar de 02 (dois) o seu número. Art. 274 Consideram-se da família do servidor, além de cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que

vivam às suas expensas e constem de seu assentamento individual. Parágrafo único Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, que comprove

união estável como entidade familiar. Art. 275 Para os fins desta lei complementar, considera-se sede o município onde a repartição

estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente. Art. 276 Aos servidores regidos pelas leis especiais, de que trata o parágrafo único do Artigo 45

da Constituição Estadual, com exceção do inciso VII e Artigo 79, serão aplicadas, subsidiariamente, as disposições deste Estatuto.

Art. 277 Quando da fixação das condições para realização de concurso público de provas ou de provas e títulos, deverá ser observado que a inscrição de ocupantes de cargo público independerá do limite de idade.

Parágrafo único Ao estipular o limite de vagas, deverão ser reservados 50% (cinqüenta por cento) do quantitativo fixado, para fins de ascensão funcional.

Art. 278 As Polícias Militar e Civil do Estado serão regidas por estatuto próprio. Art. 279 A investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso público de

provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei, de livre nomeação e exoneração, conforme Artigo 12 desta lei complementar.

TITULO IX CAPITULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS Art. 280 Ficam submetidos ao regime jurídico desta lei complementar, os servidores dos Poderes

do Estado da Administração Direta, das Autarquias e Fundações criadas e mantidas pelo Estado de Mato Grosso, regidos pelo Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado, de que trata a Lei n° 1.638, de 28 de outubro de 1961, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1º de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, conforme o disposto nesta lei complementar.

§ 1° A submissão de que trata este artigo fica condicionada ao que dispõe a lei que instituir o Regime Jurídico Único.

§ 2° Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime estatutário ficam transformados em cargos, na data da publicação desta lei complementar.

§ 3° Os contratos individuais de trabalho se extinguem automaticamente pela transformação dos empregos ou funções, ficando assegurados aos respectivos ocupantes a continuidade da contagem de tempo de serviço para fins de férias, gratificação natalina, anuênio, aposentadoria e disponibilidade, e ao pessoal optante nos termos da Lei n° 5.107, de 13 de setembro de 1966, o levantamento do FGTS.

§ 4° O regime jurídico desta lei complementar é extensivo aos serventuários da justiça, remunerados com recursos do Estado, no que couber.

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§ 5° Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo.

§ 6° (VETADO) § 7° Assegura-se aos servidores contratados sob o regime jurídico celetista que não

desejarem ser submetidos ao regime jurídico estatutário o direito de, alternativamente: I - ter o contrato de trabalho rescindido, garantido-lhe a indenização pecuniária

integral de todos os direitos adquiridos na vigência do regime celetista, inclusive os previstos nos §§ 3° e 6° deste artigo; II - obter remanejamento para empresas públicas ou de economia mista do Estado,

desde que haja manifestação favorável da administração do órgão de origem e da empresa de destino do servidor. Art. 281 (VETADO)

Seção Única Dos Direitos Inerentes aos Planos de Carreira aos quais se Encontram Vinculados os Empregos

Art. 282 A licença especial, disciplinada pelo Artigo 120 da Lei n° 1.638/61, ou por outro diploma legal, fica transformada em licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos Artigos 109 a 113 desta lei complementar.

Art. 283 Até a data de vigência da lei de que trata o Artigo 262, § 1°, os servidores abrangidos por esta lei complementar contribuirão na forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor do Estado, conforme regulamento próprio.

Art. 284 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente.

Art. 285 Revogam-se as Leis n° 1.638, de 28 de outubro de 1961; n° 5.083, de 03 de dezembro de 1986; e n° 968, de 04 de novembro de 1957, Decreto n° 511, de 25 de março de 1968, Lei n° 5.063, de 20 de novembro de 1986, e Decreto n° 2.245, de 02 de dezembro de 1986.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 15 de outubro de 1990.

EDISON FREITAS DE OLIVEIRA Governador do Estado

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ANEXO V

LEI COMPLEMENTAR Nº 207, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2004 - D.O. 29.12.04.

D.O. 18.03.05.

Institui o Código Disciplinar do Servidor Público Civil do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que

dispõe o art. 45 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei complementar: CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta lei complementar institui o Código Disciplinar do Servidor Público Civil do Estado

de Mato Grosso. Art. 2º O servidor público civil, detentor de emprego público, cargo efetivo ou em comissão, que

infringir deveres elementares ou violar condutas vedadas, previstas no Estatuto do Servidor Público, estará sujeito a procedimentos administrativos disciplinares previstos nesta lei complementar.

CAPÍTULO II DAS PENALIDADES

Art. 3º São penalidades disciplinares: I - repreensão; II - suspensão:

a) de 01 (um) a 30 (trinta) dias e, b) de 31 (trinta e um) a 90 (noventa) dias;

III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo efetivo ou em comissão.

Art. 4º Quando do julgamento pela autoridade competente, em havendo conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Parágrafo único O servidor punido com suspensão, em seu direito de recorrer em sua defesa ou de interesse legítimo, pode pleitear a conversão em multa.

Art. 5º A suspensão terá o seu início de imediato ou em até 02 (dois) meses da ciência do servidor, de acordo com a conveniência da Administração.

Art. 6º Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 7º A destituição de cargo em comissão, exercido por não ocupante de cargo efetivo, será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão de 31 (trinta e um) a 90 (noventa) dias ou demissão.

Art. 8º Configura abandono de cargo a ausência, sem causa justificada, do servidor ao serviço, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

Art. 9º Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta) dias, intercaladamente, durante o período de 12 (doze) meses.

Parágrafo único Para o fim do disposto no caput, a cada final de mês as unidades de recursos humanos deverão efetuar a somatória de faltas dos servidores nos últimos 12 (doze) meses.

CAPÍTULO III DAS REGRAS PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 10 A natureza, a gravidade, os motivos determinantes e a repercussão da infração, os danos por ela causados, o comportamento e os antecedentes funcionais do servidor, a intensidade do dolo ou grau de culpa devem ser considerados para a dosagem da sanção administrativa.

Art. 11 São circunstâncias que atenuam a pena: I - haver o transgressor procurado diminuir as conseqüências da falta, ou haver antes da

aplicação da pena reparado o dano; II - haver o transgressor confessado espontaneamente a falta perante a autoridade

sindicante ou processante, de modo a facilitar a apuração daquela. III - a boa conduta funcional; e IV - relevantes serviços prestados.

Art. 12 São circunstâncias que agravam a pena: I - reincidência; II - coação, instigação ou determinação para que outro servidor, subordinado ou não,

pratique infração ou dela participe;

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III - impedir ou dificultar, de qualquer maneira, a apuração de falta funcional cometida; IV - concurso de dois ou mais agentes na prática de infrações.

CAPÍTULO IV DAS RESPONSABILIDADES

Art. 13 O servidor responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 14 A responsabilidade civil decorre do ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

Art. 15 A indenização de prejuízo causado ao erário será liquidada em parcelas limitadas ao máximo de 30% (trinta por cento) da remuneração ou provento do servidor, desde que consentido pelo mesmo.

Art. 16 Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda estadual, em ação regressiva.

Art. 17 A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 18 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou função.

Art. 19 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se sendo independentes entre si.

Art. 20 A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

CAPÍTULO V DA INSTRUÇÃO SUMÁRIA

Art. 21 A Instrução Sumária é a fase formal e interna, de rito sumário, que antecede a Sindicância Administrativa ou Processo Administrativo Disciplinar, quando houver, em tese, indícios de infringência legal ou regulamentar em denúncia, processo administrativo ou auto de constatação, nos casos de autoria e materialidade certas ou incertas.

Art. 22 A Instrução Sumária será iniciada por determinação das autoridades competentes, a saber: o Governador do Estado, Secretário de Estado, Superintendentes, Presidente de Entidades, Diretores de Entidades e Órgãos Desconcentrados.

Art. 23 A autoridade designada ou comissão deve concluir o procedimento no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, podendo ser renovado por igual período, iniciando-a através de despacho do servidor designado.

Parágrafo único Os documentos produzidos no procedimento de instrução passam a ter validade legal, devendo obrigatoriamente, serem acostado aos autos de sindicância administrativa ou processo administrativo disciplinar.

Art. 24 Finalizada a instrução, havendo ou não enquadramento previsto em lei, o servidor designado para a apuração dos fatos fará fundamentado relatório o qual apontará os fatos e tipificações, sugerindo ou não a instauração de sindicância administrativa ou processo administrativo disciplinar ou recomendando o arquivamento em Instrução Sumária, a qual será autuada para controle.

Art. 25 Em sendo recomendado o arquivamento, a Instrução Sumária deverá ser encaminhada ao superior que determinou sua instauração, o qual poderá concordar com o arquivamento ou justificar decisão contrária, hipótese em que será designado outro servidor para nova apuração.

Parágrafo único Acatado o arquivamento pela autoridade competente será dada ciência ao servidor denunciante e denunciado.

Art. 26 Havendo, em tese, materialidade e tipificação administrativa será elaborada, de imediato, portaria de instauração da Sindicância Administrativa para apurar os fatos atribuídos ao servidor, nos termos desta lei complementar.

CAPÍTULO VI SINDICÂNCIA ADMINISTRATIVA

Art. 27 A autoridade competente que determinar a instauração de Sindicância Administrativa deverá indicar, para presidi-la, sempre que possível servidor estável com formação profissional igual ou superior ao sindicado.

Parágrafo único Poderá ser determinado um único servidor ou comissão processante. Art. 28 A autoridade competente para determinar a instauração de sindicância administrativa se

convencida da existência de irregularidade funcional e de indícios de quem seja o autor, poderá em despacho fundamentado do seu convencimento remanejar o sindicado para exercer as atribuições de seu cargo em unidade diversa daquela em que se deu o fato investigado.

Art. 29 O servidor designado ou o Presidente da Comissão de Sindicância consignará, por meio de despachos interlocutórios, as diligências necessárias à elucidação dos fatos, estabelecendo um nexo causal entre o objeto da apuração e as medidas adotadas.

Art. 30 Serão carreadas para os autos todas as provas possíveis e necessárias ao esclarecimento do fato atribuído e ensejador do procedimento administrativo, juntando-se documentos e oitivando pessoas, que de alguma forma possam contribuir para a elucidação dos fatos.

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Art. 31 O servidor designado ou o Presidente da Comissão Processante deverá garantir, no texto da portaria inaugural, a referência à necessidade de cumprimento do art. 5°, LV, da Constituição da República Federativa do Brasil, e do art. 10, X, da Constituição Estadual, que tratam do princípio da ampla defesa.

Art. 32 Durante a instrução do procedimento administrativo, não existe impedimento para que o servidor mencionado, em preliminar, seja oitivado sobre os fatos em apuração.

Art. 33 As testemunhas prestarão depoimento oral, sendo que, na redação do termo, a autoridade sindicante cingir-se-á às expressões usadas por elas, tentando reproduzir fielmente o que foi dito.

Art. 34 A inquirição de testemunhas que estejam em localidade diversa daquela onde se processa a Sindicância Administrativa, deverá ser feita por meio de pergunta prévia e objetivamente formulada, por via precatória ou ofício circunstanciado, remetido pelo meio mais rápido de comunicação, devendo o relatório de inquirição ser devolvido o mais rápido possível, para que se possam cumprir os prazos estabelecidos em lei.

Art. 35 É permitida a qualquer tempo, vista dos autos do procedimento administrativo disciplinar para facilitar o trabalho dos defensores.

Art. 36 Sendo a Sindicância Administrativa um instrumento para sustentáculo à instauração de processo administrativo disciplinar ou para aplicação de faltas de menor gravidade, punida com repreensão ou com suspensão de até 30 (trinta) dias, infere-se que as provas em desfavor do sindicado deverão ser aceitas a qualquer tempo antes da elaboração do despacho de acusação (libelo acusatório), vez que, representam meios importantes à apuração do fato atribuído e à definição dos possíveis autores.

Art. 37 O pedido de juntada de documento será feito pelo interessado, mediante requerimento dirigido à autoridade sindicante.

Art. 38 Deferido o requerimento pela autoridade sindicante, o documento será juntado aos autos, o qual não poderá ser retirado antes de findo e arquivado o processo de sindicância.

Art. 39 O desentranhamento de documentos integrantes dos autos poderá ser concedido a qualquer tempo para novas investigações de fatos não relacionados à apuração, e neste caso, os documentos serão encaminhados à autoridade competente, mantendo-se no processo cópias autênticas dos documentos desentranhados.

Art. 40 Nos casos em que os autos de sindicância administrativa passem a instruir o Processo Administrativo Disciplinar, a solicitação de documentos a serem desentranhados, a pedido das partes, somente poderá ser concedida após a conclusão do referido processo.

Art. 41 Em qualquer fase, pode o dirigente do órgão ou entidade requerer às autoridades designadas cópias de instrução sumária ou de sindicância administrativa, para conhecimento e demais providências.

Art. 42 A Sindicância Administrativa será instaurada por meio de portaria da autoridade designada, nos seguintes casos:

I - como preliminar de processo administrativo disciplinar. II - quando não for obrigatório o processo administrativo disciplinar e a aplicação da

penalidade resultar em pena de repreensão ou suspensão em até 30 (trinta) dias. Parágrafo único Considera-se autoridade competente para designar apuração e posterior

julgamento da sindicância que possa culminar com penalidades de repreensão ou suspensão até 30 (trinta) dias, os Secretários de Estado, os Superintendentes, os Diretores de Entidades e Órgãos desconcentrados.

Art. 43 O sindicado será notificado para seu interrogatório, no mínimo com 03 (três) dias de antecedência, com cópia da portaria instauradora e do despacho de indiciação.

Art. 44 Se no curso da sindicância administrativa, em qualquer hipótese, surgirem indícios de prática de crime, a autoridade sindicante encaminhara cópia dos autos à autoridade que determinou a instauração, para conhecimento e providências de encaminhamento à autoridade policial, sem prejuízo da continuidade da apuração no âmbito administrativo.

Art. 45 A autoridade competente para determinar a instauração de sindicância administrativa deverá observar a hierarquia, em toda sua plenitude, para designar o presidente do feito, podendo ser designados os servidores do Jurídico, das comissões processantes, das Coordenadorias, das Gerências e servidores de cargo igual ou superior ao sindicado.

Art. 46 As autoridades competentes para designar, em se tratando de designação de servidores de outros órgãos ou unidades, deverão ter o consentimento prévio do responsável pelos mesmos.

Art. 47 A Sindicância Administrativa será registrada em livro próprio das unidades que tenham competência para a apuração.

Art. 48 A Sindicância Administrativa deve obrigatoriamente ser observado os direitos de ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, devendo ser dado publicidade.

Art. 49 Compete à autoridade sindicante designada, comunicar o início do feito aos setores do Jurídico e de Recursos Humanos, fornecendo-lhes o nome do sindicado, sua individualização funcional, sua lotação, o número do feito e a data da autuação.

Art. 50 A Sindicância será concluída no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da portaria inaugural.

Parágrafo único A Sindicância Administrativa poderá ser prorrogada por iguais e sucessivos períodos, não podendo exceder a 120 (cento e vinte) dias.

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Art. 51 Instruído o procedimento e colhidos os elementos necessários à comprovação dos fatos e da autoria, a autoridade sindicante:

I - formalizará despacho de indiciação (libelo acusatório), devendo pormenorizar e fundamentar o motivo da apuração, individualizando ou reiterando a acusação, apontando os fatos irregulares, os dispositivos legais violados, e, em tese, e atribuídos ao servidor;

II - deverá consignar no despacho de indiciação o nome do denunciante, se houver, e das testemunhas que serão inquiridas, podendo o defensor do sindicado reperguntar, cumprindo os ditames de ampla defesa;

III - obrigatoriamente, deverá anexar cópia da ficha funcional do servidor, no qual deverá ser grifado e registrado o que consta em favor e desfavor do mesmo, para quando do relatório conclusivo ser parâmetro para dosagem da pena;

IV - notificará o sindicado e defensor com cópia da portaria instauradora e do despacho de indiciação, com antecedência mínima de 03 (três) dias, do local, dia e hora designados para seu interrogatório, bem como, dará ciência das testemunhas arroladas pela autoridade sindicante;

V - a autoridade sindicante poderá arrolar até 05 (cinco) testemunhas, e a defesa, igual número.

Art. 52 A inquirição de testemunha que esteja em localidade diversa daquela onde se processa a sindicância poderá ocorrer por carta precatória ou ofício circunstanciado, remetido pelo meio mais rápido de comunicação, expediente do qual constará pergunta prévia e objetivamente formulada, devendo a diligência ser cumprida com urgência e restituída à origem o mais rápido possível, devendo ser dada ciência ao acusado e defensor, do dia, hora e local em que a testemunha será oitivada.

Art. 53 Considerar-se-á revel o sindicado que, regularmente notificado, não se apresentar ao seu interrogatório.

§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos da Sindicância. § 2º Para a defesa do indiciado revel, a autoridade sindicante designará um servidor como

defensor dativo, de cargo de nível igual ou superior ao do sindicado, sempre que possível bacharel em Direito. Art. 54 Procedido ao interrogatório do sindicado, inicia-se o prazo de 03 (três) dias para

requerimento ou oferecimento de produção de provas de seu interesse, que serão deferidas, se pertinentes. Art. 55 O denunciante, se existir, prestará declarações no interregno da notificação do despacho

de indiciação e a data fixada para o interrogatório do sindicado. Art. 56 A declaração do denunciante deverá ser lida ao sindicado, antes de seu interrogatório,

devendo ser consignado no termo, a leitura. Art. 57 Havendo dois ou mais sindicados o prazo será contado em dobro. Art. 58 A autoridade sindicante poderá, indeferir diligências consideradas procrastinadoras ou

desnecessárias à apuração do fato atribuído ao servidor, devendo neste caso fundamentar o despacho de indeferimento, dando ciência imediata ao acusado e a seu defensor.

Art. 59 Quando o sindicado e defensor devidamente notificados para a produção de provas, não as oferecer no prazo regimental, deverá a autoridade sindicante consignar, em despacho, o fato e, após, determinar a notificação dos mesmos para as alegações finais;

Art. 60 O sindicado e seu defensor poderão ter vista dos autos, na repartição ou fora dela, mediante extração de cópias às expensas do requerente.

Art. 61 Concluída a produção de prova, o sindicado será intimado para, dentro de 03 (três) dias, oferecer defesa escrita (alegações finais).

Parágrafo único Na hipótese de não-oferecimento de defesa escrita, a autoridade sindicante nomeará, para representar o sindicado, um servidor que seja, preferencialmente, bacharel em direito, concedendo-lhe novo prazo de 03 (três) dias.

Art. 62 Findo o prazo de defesa, a autoridade sindicante emitirá relatório conclusivo, em que examinará todos os elementos colhidos na sindicância.

Parágrafo único O relatório conclusivo deverá: I - sugerir a sanção cabível e encaminhar à autoridade julgadora, nos casos de

repreensão e suspensão em até 30 (trinta) dias; II - sugerir o arquivamento dos autos, quando não forem colhidos elementos

fáticos suficientes para caracterização das faltas atribuídas no despacho de indiciação ou para definição de autoria; III - sugerir a absolvição do sindicado quando inexistir o fato ou, em existindo,

não constituir proibição prevista em lei; não ter sido o sindicado o autor da infração; ou não houver inexigibilidade de conduta diversa;

IV - sugerir a instauração de processo administrativo disciplinar quando previr que a pena possa ser superior a 30 (trinta) dias ou que seja caso de demissão, destituição de cargo comissionado ou cassação de aposentadoria.

Art. 63 Na fase de apreciação e decisão (relatório conclusivo), resultando provas a favor do sindicado, pode a autoridade sindicante excluir enquadramentos, de forma parcial ou na íntegra, daqueles sugeridos no despacho de indiciação.

Parágrafo único É vedado acrescentar novo enquadramento em fase de relatório final.

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Art. 64 Concluída a Sindicância Administrativa, os autos serão encaminhados ao setor jurídico do órgão ou entidade para análise e parecer quanto a sua legalidade, devendo ser devolvida à autoridade julgadora no prazo de 03 (três) dias úteis.

Art. 65 O sindicado será notificado do julgamento no prazo de 05 (cinco) dias. Parágrafo único Na hipótese de punição, o sindicado será notificado com a cópia da

portaria punitiva, a qual será encaminhada a unidade de Recursos Humanos para anotação em ficha funcional e descontos pecuniários.

Art. 66 A portaria punitiva, assinada pela autoridade competente para o julgamento, mencionará o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 67 A Sindicância Administrativa poderá, em qualquer fase, ser avocada pelo dirigente do órgão ou entidade, mediante despacho fundamentado.

CAPÍTULO VII DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 68 O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade do servidor por infração atribuída no exercício de sua função, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontrar investido, nos casos em que se atribua ao servidor, faltas de natureza grave que possam culminar em penas de suspensão superiores a 30 (trinta) dias, demissão, destituição de cargo comissionado ou cassação de aposentadoria.

Parágrafo único Deverão ser observados no processo administrativo disciplinar os princípios do contraditório e da ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 69 São competentes para determinar a instauração de processo administrativo disciplinar e posterior julgamento: o Governador do Estado em caso de demissão, Secretários de Estado e os Presidentes de Entidades, nos casos de suspensão de 31 (trinta e um) a 90 (noventa) dias.

Art. 70 A autoridade competente para determinar a instauração de processo administrativo disciplinar, se convencida da existência de irregularidade funcional e de indícios de quem seja o autor, deverá, em despacho fundamentado, remanejar o acusado para exercer as atribuições de seu cargo em unidade diversa daquela em que se deu o fato investigado.

Art. 71 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração, podendo o afastamento ser prorrogado, somente uma vez, em até mais 60 (sessenta dias).

Parágrafo único Durante o afastamento previsto no caput o servidor deverá ser colocado à disposição da Escola de Governo ou congêneres, devendo cumprir integralmente seu horário de trabalho.

Art. 72 O processo administrativo disciplinar será realizado por Comissão Processante, Permanente ou Especial, designada por autoridade mencionada no art. 69 desta lei complementar.

Art. 73 A Comissão Processante será integrada por 03 (três) servidores estáveis, sendo o presidente o mais categorizado hierarquicamente.

§ 1º Não poderá fazer parte da Comissão Processante, o servidor que anteriormente tenha presidido sindicância ou participado das investigações que dão suporte ao Processo Administrativo.

§ 2º Não poderá fazer parte da Comissão Processante, os parentes consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive cônjuge ou qualquer subordinado hierárquico do denunciante ou do acusado, ou desafetos do acusado.

§ 3º O servidor que se encontrar na situação do § 2º deste artigo, deverá comunicar à autoridade competente o impedimento.

§ 4º O presidente da comissão designará o secretário, que será um servidor do órgão ou entidade.

§ 5º O presidente da Comissão Processante não poderá ser subordinado ao acusado. Art. 74 A Comissão Processante exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,

assegurando o sigilo necessário à elucidação dos fatos, ou exigido pelo interesse da administração. Art. 75 O processo administrativo será iniciado pelo presidente da comissão dentro do prazo

improrrogável de 10 (dez) dias, a contar da publicação da portaria que determinar sua instauração. § 1º O processo administrativo será concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da

citação do acusado, admitida sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem, mediante solicitação à autoridade que determinou sua instauração.

§ 2º A Comissão Processante comunicará o início do processo administrativo aos setores Jurídico e de Recursos Humanos.

Art. 76 A portaria vestibular, que será publicada no Diário Oficial do Estado, deverá esclarecer os motivos que a ensejaram, a qualificação individual do acusado, minuciosa atribuição dos fatos atribuídos ao acusado e os dispositivos legais, em tese, violados.

Art. 77 O presidente da Comissão Processante e seus membros elaborarão ata de instalação do processo administrativo disciplinar, a qual determinará:

I - autuação e registro; II - designação de dia e hora para audiência inicial;

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III - citação do acusado; IV - notificação do denunciante, no caso de existência; V - notificação de testemunhas; VI - a juntada de cópia da ficha funcional do servidor, na qual deverá ser grifado e

registrado o que consta em favor e desfavor do mesmo; VII - demais providências tendentes a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 78 O acusado será citado para interrogatório por uma das seguintes formas: I - pessoalmente, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias, devendo ser enviada, junto

à citação, cópia da portaria de instauração e da ata de instalação, que permita ao acusado conhecer o motivo do procedimento disciplinar e o enquadramento administrativo atribuído em seu desfavor;

II - se estiver em outro município deste Estado, pessoalmente, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ao qual serão encaminhadas, pelo correio através de carta registrada com aviso de recebimento, ou meio próprio; a citação será acompanhada de cópia da portaria de instauração e da ata de instalação, juntando-se ao processo o comprovante de sua entrega ao destinatário;

III - se estiver em lugar certo e conhecido em outro Estado, pelo correio, com as cautelas exigidas neste artigo.

§ 1º Não sendo encontrado o acusado e ignorando-se o seu paradeiro, será citado por edital, inserto três vezes seguidas, no Diário Oficial do Estado com prazo de 15 (quinze) dias para o comparecimento, a contar da data da última publicação.

§ 2º O secretário da Comissão certificará no processo as datas em que o edital foi publicado.

Art. 79 A Comissão Processante poderá arrolar até 08 (oito) testemunhas. Art. 80 Existindo denunciante, este prestará declarações no interregno entre a citação e o

interrogatório do acusado. § 1º O acusado poderá assistir à inquirição do denunciante, salvo se este alegar

constrangimento ou intimidação, porém, a proibição não se aplica ao seu defensor que poderá formular perguntas ao denunciante.

§ 2º As declarações do denunciante, se houver, serão lidas, antes do interrogatório, pelo secretário da Comissão Processante para que o denunciado possa ter conhecimento.

Art. 81 Não comparecendo o acusado regularmente citado, prosseguirá o processo à sua revelia, nomeando o presidente um defensor dativo para defendê-lo, que deverá ser servidor do órgão ou entidade, sempre que possível bacharel em Direito.

Art. 82 O acusado poderá constituir advogado para todos os atos e termos do processo. § 1º Em sendo constituído advogado, em caso de desistência deverá ser juntado aos autos

do processo, o substabelecimento. § 2º Não tendo o acusado, condições financeiras ou negando-se a constituir advogado, o

presidente da Comissão Processante nomeará um defensor, preferencialmente, bacharel em direito, servidor do órgão ou entidade.

Art. 83 Realizado o interrogatório, será o acusado e ou seu defensor notificado para defesa, podendo produzir provas, contra provas ou formular quesitos, quando se tratar de prova pericial, no prazo de 08 (oito) dias.

Parágrafo único A vista dos autos processuais será concedida na repartição, mediante requerimento da parte ou defensor, ou fora da repartição mediante cópia às expensas do requerente.

Art. 84 Ao acusado é facultado arrolar até 08 (oito) testemunhas. Art. 85 Concluído o prazo para defesa, o Presidente da Comissão Processante designará audiência

de instrução. § 1º O acusado e seu defensor serão notificados da data, dia, hora e local da audiência de

instrução, com antecedência mínima de 05 (cinco) dias, nominando as testemunhas que serão oitivadas. § 2º Serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pela comissão e em seguida as

arroladas pelo acusado. § 3º O denunciante, o acusado e as testemunhas, se necessário, poderão ser ouvidos,

reinquiridos ou acareados, em mais de uma audiência. § 4º A notificação do servidor público será comunicada ao respectivo chefe imediato, com

a indicação do dia, local e hora marcados para sua inquirição. Art. 86 A testemunha arrolada não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente,

descendente, cônjuge, ainda que separado legalmente, irmão, sogro, cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do acusado, exceto quando não for possível, de outro modo, obter-se informações dos fatos e suas circunstâncias, considerando-o como informante.

§ 1º Os parentes, nos mesmos graus, do denunciante, ficam proibidos de depor, ressalvada a exceção prevista neste artigo.

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§ 2º O servidor que se recusar a depor, sem motivo justo, será objeto de sindicância administrativa, devendo a recusa ser comunicada oficialmente à autoridade designante, que determinará sua apuração, devendo o resultado final ser comunicado ao Presidente da Comissão Processante.

§ 3º O servidor que tiver de ser ouvido fora da sede de seu exercício terá direito, exceto o acusado, a transporte e diárias na forma da lei.

§ 4º Concluído o processo administrativo disciplinar com a absolvição do acusado, poderá o mesmo requerer o ressarcimento de despesas com transporte e diárias.

§ 5º São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, a menos que, desobrigadas pela parte interessada, queiram dar seu testemunho.

Art. 87 Residindo a testemunha em município diverso da sede da Comissão Processante, sua inquirição poderá ser deprecada às unidades mais próximas do local de sua residência, devendo constar na precatória os quesitos a serem respondidos pela testemunha.

§ 1º A Comissão Processante certificar-se á a data e horário da realização da audiência de inquirição para deles cientificar, com 05 (cinco) dias de antecedência, o acusado ou seu defensor, em cumprimento ao direito de ampla defesa e do contraditório.

§ 2º A carta precatória conterá a síntese dos fatos atribuídos, indicará os esclarecimentos pretendidos e solicitará comunicação tempestiva da data da audiência.

Art. 88 A Comissão Processante, se entender conveniente, ouvirá o denunciante ou as testemunhas no respectivo município de residência.

Art. 89 As testemunhas arroladas pelo acusado deverão ser notificadas a comparecer na audiência, salvo quando o acusado, por escrito, se comprometer em apresentá-las, espontaneamente.

Parágrafo único Será notificada a testemunha que não comparecer espontaneamente e cujo depoimento for considerado imprescindível pela Comissão Processante.

Art. 90 O Presidente da Comissão Processante indeferirá pergunta considerada impertinente, formulada pelo acusado ou seu defensor, mas fará o ocorrido constar do termo.

Art. 91 Em qualquer fase do processo poderá o Presidente ordenar diligência que entender conveniente, de ofício ou a requerimento do acusado.

Parágrafo único Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o Presidente da Comissão requisitá-los-á quem de direito, observados os impedimentos de ordem legal.

Art. 92 O Presidente da Comissão, em despacho fundamentado, poderá indeferir as diligências requeridas com finalidade manifestadamente protelatória ou de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, devendo dar ciência do indeferimento ao acusado e seu defensor.

Art. 93 No curso do processo, tomando a Comissão Processante conhecimento de novas acusações em desfavor do processado, deverá de imediato dar ciência à autoridade que determinou a instauração do procedimento administrativo disciplinar.

§ 1º Quando forem atribuídos novos fatos pertinentes ao processo, deles será citado o acusado com cópia de portaria complementar, reabrindo-lhe prazo para produção de provas.

§ 2º Se os novos fatos atribuídos não tiverem ligação com o processo, será designada outra comissão para apuração do fato.

Art. 94 Encerrada a fase probatória, o acusado e seu defensor serão notificados para apresentação das alegações finais, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da ciência no respectivo mandado.

§ 1º Havendo dois ou mais acusados o prazo será, comum, de 20 (vinte) dias. § 2º Não tendo sido apresentadas as alegações finais, o Presidente da Comissão nomeara

defensor dativo, abrindo-lhe novo prazo. Art. 95 Terão forma sucinta, quanto possível, os termos interlocutórios lavrados pelo secretário,

bem como as certidões e os compromissos. Art. 96 Toda e qualquer juntada aos autos far-se-á em ordem cronológica de apresentação,

rubricada pelo secretário. Art. 97 Recebidas às alegações finais, e saneado o processo, a Comissão Processante apresentará

o seu relatório dentro de 10 (dez) dias. Art. 98 Do relatório da Comissão Processante deverá constar:

I - apreciação individualizada, em relação a cada acusado, às irregularidades que lhe foram imputadas, às provas colhidas e às razões de defesa, propondo a absolvição ou a punição cabível, mencionando as provas em que se baseou para formar sua convicção, e indicará os dispositivos legais violados e as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II - sugestão de quaisquer providências relacionadas com o feito que lhe pareçam do interesse do serviço público.

Parágrafo único Havendo divergência entre os membros da comissão processante quanto à sanção sugerida, o membro divergente apresentará relatório em separado.

Art. 99 O processo relatado será encaminhado, inicialmente, ao setor jurídico do órgão ou entidade, para exarar Parecer quanto a sua legalidade, e que, após 03 (três) dias úteis, encaminhará os autos à autoridade

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que determinou a instauração do processo para julgamento, que o fará em 20 (vinte) dias, de acordo com sua competência.

§ 1º Havendo mais de um acusado e diversidade de sanção, o julgamento caberá à autoridade competente para imposição da pena mais grave.

§ 2º Nos casos de suspensão superior a 30 (trinta) dias, a autoridade após seu julgamento, devolverá os autos à Comissão Processante para elaboração da Portaria Punitiva, de sua lavra.

§ 3º Colhido o ciente do servidor na Portaria Punitiva, esta será encaminhada ao setor de Recursos Humanos para as providências de anotações e descontos pecuniários.

Art. 100 Se a penalidade prevista for a de demissão, destituição de cargo comissionado ou cassação de aposentadoria, seu julgamento e a aplicação da sanção caberão ao Governador do Estado, amparado no parecer proferido pela autoridade designante, observada a manifestação da Procuradoria-Geral do Estado.

Parágrafo único O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo. Art. 101 A autoridade julgadora, quando o relatório da Comissão Processante contrariar as provas

dos autos, poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor da responsabilidade. Art. 102 O ato de imposição da penalidade mencionará o fundamento legal e a causa da sanção

disciplinar. Art. 103 Quando houver notícia de infração penal praticada por servidor, sem que tenha sido

instaurado inquérito policial, a autoridade designante ou o presidente da Comissão Processante, de imediato, encaminhará as peças à Delegacia de Polícia competente para os devidos fins.

Art. 104 O processo administrativo será sobrestado se o acusado for demitido por decisão proferida em outro procedimento disciplinar, retomando o seu andamento se o acusado for reintegrado ao cargo que ocupava.

Art. 105 É defeso fornecer, a qualquer meio de divulgação, nota sobre ato processual antes de seu julgamento, salvo no interesse da administração e a juízo do dirigente do órgão ou entidade.

Art. 106 O servidor que responder a processo administrativo disciplinar só poderá ser exonerado, a pedido, ou aposentado voluntariamente, após o julgamento do processo e o cumprimento da penalidade.

Parágrafo único Havendo requerimento de exoneração a pedido, este deve ser juntado nos autos para apreciação ao término do procedimento.

CAPÍTULO VIII DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DA REABILITAÇÃO

Seção I Da Extinção da Punibilidade

Art. 107 A extinção da punibilidade ocorre pela prescrição, que se dá: I - em 02 (dois) anos, nas faltas sujeitas à repreensão e suspensão até 30 dias; II - em 03 (três) anos, nas faltas sujeitas à suspensão de 31 (trinta e um) dias a noventa

dias; III - em cinco anos, nas faltas sujeitas a demissão, cassação de aposentadoria e destituição

de caro efetivo ou em comissão. § 1º O prazo de prescrição inicia-se no dia do conhecimento do fato e interrompe-se pela

instauração de sindicância ou de processo administrativo disciplinar, ou pelo sobrestamento de que trata o art. 104 desta lei complementar.

§ 2º Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr pelo prazo restante, a partir do dia em cessar a interrupção.

Seção II Da Reabilitação

Art. 108 Será considerado reabilitado o servidor punido disciplinarmente: I - com a pena de repreensão após 01 (um) ano de sua aplicação; II - com pena de suspensão em até 30 (trinta) dias, após 03 (três) anos de sua aplicação; III - com pena de suspensão de 31 (trinta e um) a 90 (noventa) dias, após 05 (cinco) anos

de sua aplicação. Parágrafo único A reabilitação será requerida pelo servidor, decorrido o lapso referido

neste artigo, a qual será analisada pelo setor Jurídico do órgão ou entidade, e em seguida encaminhada para o setor de Recursos Humanos para atualização de registro funcional.

Art. 109 Na imposição de nova penalidade disciplinar será somado a esta o prazo restante a ser cumprido, da pena anteriormente aplicada.

CAPÍTULO IX DA RECONSIDERAÇÃO, DO RECURSO E DA REVISÃO.

Art. 110 Assegura-se ao servidor o direito de recorrer em defesa do direito ou interesse legítimo. Seção I

Da Reconsideração

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Art. 111 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser o mesmo renovado.

Art. 112 O prazo para interposição do pedido de reconsideração é de 30 (trinta) dias, a contar da ciência do servidor da penalidade lhe imposta, ou da publicação do ato de demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo efetivo ou comissionado.

Parágrafo único Nos casos de processo administrativo disciplinar em que houver pedido de reconsideração ao Governador do Estado, o prazo para decisão será iniciado após apreciação pela Procuradoria-Geral do Estado, contado a partir do recebimento dos autos pela autoridade julgadora.

Art. 113 O pedido de reconsideração será decidido no prazo de 20 (vinte) dias. Seção II

Do Recurso Art. 114 Caberá recurso do indeferimento do pedido de reconsideração à autoridade superior. Art. 115 O recurso será encaminhado por intermédio da chefia a que estiver imediatamente

subordinado o requerente. Art. 116 O prazo para interposição de recurso é de 15 (quinze) dias, a contar:

I - da ciência do servidor do indeferimento do pedido de reconsideração, se houver; II - da ciência da penalidade lhe imposta, nos casos de repreensão ou suspensão; III - da publicação do ato de demissão, cassação de aposentadoria e destituição de cargo

efetivo ou comissionado. Art. 117 O recurso será recebido com efeito devolutivo.

Parágrafo único O recurso poderá ser admitido, com efeito suspensivo para evitar possíveis lesões ao direito do recorrente ou para salvaguardar interesses superiores da Administração.

Seção III Da Revisão

Art. 118 O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido, ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstanciais suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada, quando:

I - a decisão houver sido proferida contra expressa disposição legal; II - a decisão colhida for contrária à evidência nos autos; III - a decisão se fundar em depoimentos, exames periciais, vistorias e documentos falsos; IV - surgirem, após a decisão, provas de inocência do punido; V - ocorrer circunstâncias que autorizem o abrandamento da pena. Parágrafo único Os pedidos que não se fundarem nos casos enumerados neste artigo

serão indeferidos liminarmente. Art. 119 Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa

poderá requerer a revisão do processo. Art. 120 No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo

curador. Art. 121 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Art. 122 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão que

requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário. Art. 123 O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou

autoridade equivalente, que se autorizar à revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição da comissão revisora.

Art. 124 A revisão correrá em apenso ao processo originário. Parágrafo único Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de

provas e inquirição das testemunhas que arrolar. Art. 125 A comissão revisora terá até 30 (trinta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis,

uma vez, por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. Art. 126 Aplica-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos

próprios da comissão sindicante ou comissão de processo administrativo disciplinar. Art. 127 O julgamento caberá à autoridade que determinou a revisão.

Parágrafo único O prazo para julgamento será até 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, podendo a autoridade julgadora determinar diligências.

Art. 128 Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão que será convertida em exoneração.

Parágrafo único Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade. Art. 129 A revisão será processada por comissão especialmente designada pela autoridade que a

deferiu, composta de 03 (três) membros.

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Art. 130 Cabe ao Presidente da Comissão designar seu secretário. Art. 131 É vedada a participação na revisão de quem tenha atuado no procedimento disciplinar. Art. 132 Tratando-se de sindicância finalizada, a revisão será processada por autoridade

especialmente designada pela autoridade que a deferiu, observada a hierarquia. Art. 133 Recebido o pedido, o Presidente da Comissão, ou a autoridade designada para processar

a revisão, providenciará o apensamento do procedimento disciplinar e notificará o requerente para, no prazo de 08 (oito) dias, juntar as provas que tiver ou indicar as que pretenda produzir, oferecendo rol de testemunhas se for o caso.

Art. 134 Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos nesta lei complementar, não se computando o dia inicial e prorrogando-se o vencimento que cair em sábado, domingo ou feriado, para o primeiro dia útil subseqüente.

Art. 135 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 29 de dezembro de 2004.

BLAIRO BORGES MAGGI Governador do Estado

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ANEXO VI

PORTARIA Nº 011, DE 04 DE ABRIL DE 2006

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ANEXO VII

PORTARIA Nº 14, DE 28 DE ABRIL DE 2006

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ANEXO VIII

PORTARIA Nº 03, DE 07 DE MAIO DE 2003

O SECRETÁRIO ADJUNTO DO SISTEMA PRISIONAL SASP,da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública, no uso das atribuições legais e regimentais, e

CONSIDERANDO o disposto no §1° do Art. 69 do Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Penais do Estado de Mato Grosso, R ESOL VE:

Art.1° - Instituir o Conselho Disciplinar da Unidade Prisional Regional do Carumbé- UPRC. Art.2° - O Conselho será composto pelos seguintes membros: Diretora da Unidade Prisional - Sra. GLEICE

REGINA DIAS DA SILVA (Presidente), Gerente da Educação e Lazer- Prof. CLEIDE DE MIRANDA OLIVEIRA (relatora), Chefe de Disciplina - Sr CARLOS KLEBER PAES DE BARROS, Gerente do Serviço Social - LEILA DE SÁ FORTES e Gerente da Psicologia - REJANE MARI CRESTANI VARELA.

Art.3° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Art.4°- Remeta-se cópia aos membros supra citados para conhecimento e adoção de providências necessárias; Art.5°- Ciência ao Superintendente do Sistema Prisional e Adjunto de Gestão Penitenciária.

Cuiabá(MT), 07 de maio de 2003.

JOSÉ FILHO

SECRETÁRIO ADJUNTO DO SISTEMA PRISIONAL

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ANEXO IX

DECRETO Nº 8.260 DE 20 DE JANEIRO DE 2004

REGIMENTO INTERNO PADRÃO DOS ESTABELECIMENTOS PRISI ONAIS DA SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBL ICA DO

ESTADO DE MATO GROSSO

TÍTULO I

DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

Art. 1º O Sistema Prisional do Estado de Mato Grosso adota os princípios contidos nas Regras Mínimas para Tratamento dos Reclusos e Recomendações pertinentes, formuladas pela Organização das Nações Unidas -ONU- e respeita as diretrizes fixadas nas Recomendações Básicas para uma programação Prisional editadas pelo Ministério da Justiça.

Art. 2º A Coordenadoria do Sistema Penitenciário é subordinada diretamente ao Secretário Adjunto do Sistema Prisional, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso.

TÍTULO II DO OBJETO E DAS FINALIDADES DAS

UNIDADES PRISIONAIS. Art. 3º As Unidades Prisionais da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública tem por finalidade promover a execução administrativa das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança detentiva, na conformidade da legislação em vigor. Art. 4º O objeto social de execução da pena é o de promover os processos de reintegração social e ressocialização do reeducando, dentro do sistema progressivo.

Parágrafo único - O mesmo se aplicará ao preso que estiver sujeito à tutela da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, ainda que em situação jurídica provisória, respeitadas as restrições legais.

TÍTULO III DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS

Art. 5º O Sistema Prisional do Estado é constituído pelas seguintes Unidades: I- Penitenciárias; II- Colônia Agrícola, Industrial ou Similar; III- Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico; IV- Casa do Albergado; V- Centro de observação; VI- Cadeias públicas.

Art. 6º Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e aos sujeitos à prisão simples e à prisão especial.

Art. 7º Em todos os estabelecimentos prisionais observar-se-á, sempre, a separação e distinção dos presos provisórios e condenados, por sexo, antecedentes e principalmente pela estratificação por delito, para orientar a execução da pena e da medida de segurança.

Art. 8º As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado.

Parágrafo único Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas locais, observadas as normas desta Lei no que forem aplicáveis e as restrições legais ou de decisões judiciais.

Art. 9º A Cadeia Pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios. § 1º Ao preso provisório será assegurado regime especial no qual se observará: I- separação dos presos condenados; II- cela individual e coletiva; III- utilização de pertences pessoais permitidos; IV- uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento Prisional ou, na falta deste, uso

de sua própria roupa; V- oferecimento de oportunidade de trabalho; VI- visita e atendimento do seu médico ou dentista. § 2º Nos casos de prisão de natureza civil, o preso deverá permanecer em recinto separado

dos demais, aplicando-se no que couber, as normas destinadas aos presos provisórios.

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Art. 10º- O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se ao cumprimento

das medidas de segurança e ao tratamento psiquiátrico separadamente. § 1º- O preso portador de doença mental não deverá permanecer em estabelecimento

prisional além do tempo necessário à sua transferência para o devido tratamento. § 2º- Os presos ou internados que apresentarem quadro de sorologia positiva HIV, em

estado adiantado, serão tratados separadamente, a critério médico. Art. 11º- Os Estabelecimentos Agrícolas, Industriais ou Mistos destinam-se aos

condenados ao cumprimento da pena em regime semi-aberto. Art. 12º- Haverá em cada estabelecimento de regime fechado O Centro de Observação

Criminológica e de Triagem , onde deverão ser realizados os exames gerais e os exames criminológicos, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação, que proporá o tratamento adequado para cada preso ou internado.

Art. 13º- A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da pena privativa de liberdade, em regime aberto e da pena restritiva de direito consistente em limitação de fim de semana.

Art 14º- Ninguém será recolhido ou mantido em estabelecimento penal sem ordem escrita da autoridade judiciária competente, procedendo-se ao registro e às devidas comunicações.

Art. 15º- As nomeações do Coordenador do Sistema Prisional e dos Diretores das Unidades Prisionais, deverão obedecer aos critérios previstos no artigo 75 da Lei de Execução Penal.

Art. 16º- Nos estabelecimentos destinados a mulheres, os responsáveis pela segurança interna serão, obrigatoriamente, funcionárias do sexo feminino.

TÍTULO IV DO REGIME / DA INCLUSÃO / MOVIMENTAÇÃO

Capítulo I Dos Regimes Prisionais.

Art. 17º- Os regimes de execução administrativa da pena,são desenvolvidos através de : I- Unidade de Segurança Máxima; II- Unidade de Segurança Média; III- Unidade de Segurança Mínima; IV- Unidade de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Art. 18º- O regime fechado de segurança máxima de execução administrativa da pena

caracteriza-se pelas seguintes condições: I – Segurança externa, através de muralha com passadiço e guaritas de responsabilidade

da Polícia Militar e outros meios eficientes; II – Segurança interna que preserve os direitos do preso, a ordem e a disciplina; III – Acomodação do preso em cela individual ou coletiva; IV – Locais de trabalho, atividades sócio-educativas e culturais, esportes, prática

religiosa e visitas, dentro das possibilidades de cada Unidade Prisional; V- Trabalho externo, conforme previsto no art. 36 da Lei de Execução Penal (LEP). Art. 19º- O regime fechado de segurança média de execução administrativa da pena

caracteriza-se pelas seguintes condições: I- segurança externa de muros ou alambrados e guaritas sob responsabilidade da

Polícia Militar ou outros meios adequados; II-segurança interna que preserve os direitos dos presos, a segurança e a disciplina; III- acomodação em cela individual ou coletiva; IV- locais adequados para trabalho, atividades sócios-educativas e culturais, esportes,

prática religiosa e visitas; V- trabalho externo, conforme previsto em lei; VI- trabalho externo dentro dos limites da área de segurança e guarda externa da

unidade prisional. Art 20º- O regime semi-aberto de segurança mínima caracteriza-se pelas seguintes

condições: I- segurança externa e interna, exercida pelos integrantes da área Segurança e Disciplina; II- locais para:

a) trabalho interno agropecuário; b) trabalho interno industrial; c) trabalho de manutenção e conservação intra e extra-muros;

III- acomodação em alojamento ou cela individual ou coletiva; IV- trabalho externo na forma da Lei; V- locais internos e externos para atividades sócio-educativas e culturais, esportes,

prática religiosa e visita conforme dispõe a Lei.

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Art. 21º- As Unidades Prisionais destinadas ao sexo feminino, em quaisquer dos regimes de execução administrativa da pena, aplica-se o dispositivo nos artigos anteriores acrescentando-se as seguintes condições:

I- local interno e externos para os cuidados pré-natais e maternidade; II- local interno e externo para guarda de nascituro e lactante. Art. 22º- As Unidades Hospitalares de Custódia e Tratamento Psiquiátrico poderão adotar os programas gradativos de segurança máxima, média e mínima, conforme características de cada instituição, resguardadas as cautelas legais, seguindo-se, em face de sua especificidade, as normas do Regimento Interno Padrão específico destas Unidades.

SEÇÃO I Das Fases Evolutivas Internas.

Art. 23º- As fases da execução administrativa da pena serão realizadas através de estágios, respeitados os requisitos legais, a estrutura física e os recursos materiais de cada unidade prisional.

I- Primeira Fase- procedimentos de inclusão e observação pelo prazo de 30 (trinta) dias;

II- Segunda Fase- desenvolvimento do processo da execução da pena compreendendo as várias técnicas promocionais e de evolução sócio-educativas.

Art. 24- À Comissão Técnica de Classificação, caberá avaliar a terapêutica penal em relação ao preso sentenciado, propondo as promoções subseqüentes.

Art. 25- As perícias criminológicas deverão ser realizadas pelo Centro de Observação Criminológica ou pela Comissão Técnica de Classificação.

Capítulo II DA INCLUSÃO E DA MOVIMENTAÇÃO DO

PRESO Art. 26- Nenhum condenado ou preso provisório será incluído, excluído ou removido da unidade, sem ordem expressa da autoridade competente.

SEÇÃO I Da Inclusão e daTriagem

Art. 27 - Na ocasião do ingresso no Estabelecimento Prisional, o preso deverá ser conduzido ao Setor de Controle, onde será revistado, bem como seus pertences, na sua presença, tomará banho após o corte de cabelo, barba e bigode (se necessário), será fotografado e identificado, recebendo vestuário e materiais estipulados pela Unidade.

§1º - Satisfeitos os procedimentos deste artigo, será o preso apresentado no setor de Cadastro para sua qualificação pessoal e outras informações indispensáveis aos seus assentamentos (abertura de prontuário).

§2º- Após a abertura do prontuário, o preso receberá instruções a serem cumpridas, sobre as normas do estabelecimento, recebendo um exemplar dos direitos e deveres prescritos no respectivo Regimento.

§3º- Os analfabetos serão instruídos oralmente. §4º - Os pertences trazidos com os presos cuja posse não for permitida serão inventariados e colocados em depósito apropriado no Setor de Controle mediante inventário e contra recibo, sendo entregues posteriormente aos seus familiares.

§5º - Os objetos de valor e jóias serão recolhidos ao Setor de Pecúlio, bem como importâncias em dinheiro serão depositadas em conta corrente do pecúlio disponível, com preenchimento dos respectivos recibos.

§6º - O preso será submetido a exames clínicos pelo Serviço de Saúde, que fornecerá atestado sobre as condições físicas apresentadas quando de sua chegada.

§7º - Quando da impossibilidade de cumprir todas as exigências enumeradas nos parágrafos anteriores na data da inclusão, as mesmas poderão ocorrer no dia útil subseqüente.

§8º - O preso permanecerá na triagem pelo período suficiente à realização dos serviços e exames previstos no “caput” e parágrafos deste artigo, cujo prazo não poderá exceder 30 (trinta) dias, antes de ser incluído junto à população do Estabelecimento.

Art.28 - No estagio de triagem o preso não poderá receber visitas de familiares e amigos, podendo somente receber seu advogado ou Defensor Público.

Art.29- Durante o período de triagem o preso será classificado quanto ao grau de periculosidade, comportamento e antecedentes.

SEÇÃO II DA MOVIMENTAÇÃO DO PRESO

Art. 30- A movimentação do preso de uma unidade prisional para outra, dar-se-á, nas seguintes condições: I- por ordem judicial;

II- por ordem técnico-administrativa; e III - a requerimento do interessado.

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Subseção I Por Ordem Judicial

Art. 31- A remoção provisória ou definitiva do preso de uma unidade prisional para outra, por ordem judicial, dar-se-á nas seguintes circunstâncias:

I- por sentença de progressão ou regressão de regime; II- para apresentação judicial dentro e fora da Comarca; III-para tratamento psiquiátrico desde que haja indicação médica;

IV-em qualquer circunstância, mais adequada ao cumprimento da sentença, em outro Estado da Federação.

Parágrafo Único- Em qualquer das alternativas acima, a remoção deverá ser precedida de ordem escrita da Autoridade Administrativa superior competente.

Subseção II Por Ordem Técnico-Administrativa

Art. 32- À administração Superior compete, em caráter excepcional e devidamente justificada, determinar a remoção do preso, de uma a outra unidade prisional nas seguintes circunstâncias: I- por solicitação do diretor da unidade, no caso de Regime mais adequado, seja da Segurança Máxima para Média, ou vice-versa, conforme indicação da Comissão Técnica de Classificação e demais áreas de avaliação; II- no caso de doença, que exija tratamento hospitalar do preso, quando a unidade prisional não dispuser de infra-estrutura adequada, devendo a solicitação ser feita pela autoridade médica, ratificada pelo diretor da unidade;

III- por interesse da Administração, com vistas a preservação da segurança e disciplina. Parágrafo Único- A remoção de preso condenado será comunicada ao juízo das execuções penais, responsável pelo trâmite do processo e, do preso provisório ao respectivo juiz responsável pelo processo.

Subseção III A Requerimento do Interessado

Art.33- O preso, seus familiares ou seu procurador poderão requerer sua remoção para unidade prisional, do mesmo regime quando: I- conveniente, por ser na região de residência ou domicílio da família, devidamente comprovado; II- necessária a adoção de Medida Preventiva de Segurança Pessoal, e a unidade prisional não dispuser de recurso para administra-la. Art. 34- Quando o preso requerer a sua remoção, o diretor da unidade de origem deverá instruir expediente motivado à unidade prisional pretendida, constando:

I- petição assinada pelo requerente ou termo de declaração, onde justifique os motivos da pretensão;

II- qualificação e extrato da situação processual do sentenciado; III- informações detalhadas das condições de saúde, trabalho, instrução e conduta prisional; IV- manifestação do diretor da unidade prisional, sobre a conveniência ou não da

transferência. Art.35- A direção da unidade pretendida, após manifestação fundamentada, no prazo de 30

(trinta) dias, devolverá o expediente à origem para as providências cabíveis. Art. 36-A unidade prisional pretendida poderá manifestar-se por permuta do requerente,

por outro ali incluído, juntando ao expediente original, as mesmas informações mencionadas no art. 32. § 1º- Havendo concordância entre as unidades prisionais, a permuta será solicitada oficialmente à autoridade competente, pela unidade de origem, ficando o expediente nela arquivado. § 2º- Concretizada a remoção por esse meio, o preso peticionário somente poderá solicitar nova remoção após decorrido 180 (cento e oitenta) dias, no mínimo, salvo em casos excepcionais. Art. 37- Caso não haja concordância, o diretor da unidade de origem poderá submeter o pedido à apreciação superior, cientificando o requerente da decisão final.

Subseção IV Da Saída do Preso das Unidades Prisionais

Art. 38- Poderão ocorrer saídas de presos das unidades prisionais, para os seguintes fins: I- Livramento Condicional ou Liberdade Vigiada, mediante caderneta expedida pelo Conselho Penitenciário do Estado, após decisão do Juízo da Vara de Execuções Penais; II- Regime aberto mediante decisão do Juízo da Vara de Execuções Penais;

III- Regime Semi-Aberto, mediante decisão do Juízo da Vara de Execuções Penais e autorização da autoridade administrativa competente;

IV- remoção temporária ou definitiva para outra unidade prisional, mediante ordem escrita do órgão competente da Secretaria Adjunta de Justiça do Sistema Prisional;

V- apresentação para atender requisição judicial;

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VI- saídas temporárias, observadas as cautelas legais. §1º) Quando ocorrer remoção temporária de reeducandos entre as unidades prisionais,

deverá haver acompanhamento de informações referentes à disciplina, saúde, execução da pena e visitas dos mesmos, a fim de orientar procedimento na unidade de destino; §2º) no caso de remoção definitiva, além das providências da alínea anterior, far-se-á acompanhar dos prontuários penitenciários, criminológicos e de saúde, pertences e pecúlio disponível;

§3º)as demais informações, documentos pessoais e outros, seguirão oportunamente, no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Capítulo III DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS BENS, REGALIAS

E RECOMPENSAS. SEÇÃO I

DOS DIREITOS Art.39 – São direitos comuns aos presos, além dos já previstos pelo Código Penal

Brasileiro, Lei de Execução Penal e demais Leis, as instituídas neste Regimento Interno: I – atendimento pela Diretoria do Estabelecimento e/ou demais funcionários ; II – prática religiosa; III- tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico e odontológico gratuito, com os recursos

humanos e materiais da Unidade obedecendo aos seguintes princípios: a) poderão obter assistência médica da rede Municipal, Estadual e Federal, quando

esgotados ou inexistentes os recursos institucionais, de acordo com a disponibilidade dessas redes; b) aos presos é facultado contratar, através de familiares ou dependentes,

profissionais médicos e odontológicos de confiança pessoal, ou serviço, a fim de orientar e acompanhar o tratamento, segundo seus recursos, observadas as normas institucionais vigentes;

IV – freqüência às atividades desportivas, de lazer e culturais condicionadas à programação da Unidade, dentro das condições de segurança e disciplina, obedecendo-se os seguintes princípios:

a) a prática de esportes deverá ser realizada em local adequado, pelo período de 02:00 horas, uma vez por semana , sem prejuízo das atividades laborativas da Unidade;

b) leitura de jornais, revistas e demais periódicos, editados no país, em língua portuguesa, desde que não contenham incitamento à subversão da ordem ou preconceito de religião, raça ou classe social e não comprometam a moral e os bons costumes;

V – acomodação em celas ou alojamentos coletivos ou individuais, dentro das exigências legais, havendo trocas de roupas de uso pessoal, de cama, banho e material de higiene, fornecidos pela Unidade Prisional ou outros setores devidamente autorizados;

VI – solicitar por escrito, à Diretoria, a mudança de cela ou pavilhão, que poderá ser autorizada após avaliação dos motivos;

VII – comunicação através de correspondência escrita com seus familiares e outras pessoas, pelas vias regulamentares, em língua portuguesa, após análise pelo Setor próprio da Unidade, visando garantir a segurança e disciplina;

VIII – saída externa do Estabelecimento nos casos previstos pela Lei 7.210/84 em seus artigos 120, I e II, e 122 a 125 e 36 deste Regimento Interno , havendo condições de segurança e disponibilidade de recursos materiais e humanos;

IX – peticionar à Direção do Estabelecimento e demais autoridades, desde que encaminhados pelos trâmites regimentais vigentes na Unidade;

X – receber visitas de parentes e outras pessoas afins; XI – chamamento nominal; XII – assistência jurídica gratuita em matéria criminal, podendo também ser assistido por

advogado particular, observadas as normas institucionais vigentes; XIII – reabilitação das faltas disciplinares;

XIV – uso do rádio receptor e TV , na forma regulamentar, em horários estabelecidos pela Unidade Prisional; XV- Em caso de falecimento, doenças, acidentes graves ou transferência do preso para outro estabelecimento, o Diretor comunicará imediatamente ao cônjuge ou, se for o caso, a parente próximo ou a pessoa previamente indicada; XVI- O preso não será constrangido a participar ativa ou passivamente de ato de divulgação de informação aos meios de comunicação social, especialmente aqueles que não têm relação com sua prisão ou internação. XVII- O preso ou reeducando será informado, imediatamente, do falecimento ou de doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão, podendo ser permitida a visita a estes, sob custódia;

XVIII- Em caso de deslocamento do preso ou reeducando, por qualquer motivo, deve-se evitar sua exposição ao público, assim como resguarda-lo de insultos e da curiosidade geral.

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XIX- Em caso de perigo para ordem ou a segurança do estabelecimento, a autoridade competente poderá restringir a correspondência dos presos ou reeducandos, respeitados os seus direitos. XX- A restrição referida no inciso anterior cessará, imediatamente, quando restabelecida a normalidade.

SEÇÃO II DOS DEVERES DOS REEDUCANDOS

Art. 40 - São deveres dos reeducandos: I – respeito às autoridades constituídas, funcionários e companheiros presos;

II – dar ciência das informações das normas a serem observadas na Unidade Prisional, respeitando-as; III – acatar as determinações emanadas de qualquer funcionário no desempenho de suas funções; IV – manter comportamento adequado em todo o decurso da execução da pena, progressiva ou não; V – submeter-se à sanção disciplinar imposta; VI – abster-se de movimento individual ou coletivo de tentativa e consumação de fuga; VII – abster-se de liderar, participar ou favorecer, movimentos de greve e subversão da ordem e da disciplina; VIII – zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe forem destinados, direta ou indiretamente; IX – ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a que der causa, de forma culposa ou dolosa; X – zelar pela higiene pessoal e ambiental; XI – submeter-se às normas contidas neste Regimento Interno, referentes às visitas, orientando-as nesse sentido; XII – submeter-se às normas, contidas neste Regimento Interno Padrão, que disciplinam a concessão de saídas externas previstas em lei: XIII – submeter-se às normas contidas neste Regimento Interno, que disciplinam o atendimento nas áreas de:

a) saúde; b) assistência jurídica; c) psicológica; d) serviço social; e) diretoria; f) serviços administrativos em geral; g) atividades escolares, desportivas religiosas, de trabalho e de lazer; h) assistência religiosa;

XIV – devolver ao setor competente, quando de sua exclusão, os objetos fornecidos pela unidade e destinados ao uso próprio;

XV – abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros, materiais dos diversos setores da Unidade Prisional;

XVI – abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de terceiros ou do patrimônio do Estado;

XVII – abster-se da confecção e posse indevida de instrumentos capazes de ofender a integridade física de outrem, bem como daqueles que possam contribuir para ameaçar, ou obstruir a segurança das pessoas e da Unidade Prisional;

XVIII – abster-se de uso e consumo, de bebida alcoólica ou de substância que possa determinar reações adversas normais de conduta ou dependência física, psíquica ou química;

XIX – abster-se de apostar em jogos de azar de qualquer natureza; XX – abster-se de transitar ou permanecer em locais não autorizados pela Unidade.

XXI – abster-se de dificultar ou impedir a vigilância; XXII – abster-se de quaisquer práticas que possam causar transtornos ao demais presos,

bem como prejudicar o controle de segurança, organização e disciplina; XXIII – acatar a ordem de contagem da população carcerária, respondendo ao sinal

convencionado da autoridade competente para o controle da segurança e disciplina; XXIV – abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins de decoração ou proteção de

vigias, portas, janelas e paredes, que possam prejudicar o controle da vigilância; XXV – abster-se de utilizar sua cela como cozinha; XXVI – submeter-se à requisição das autoridades judiciais, policiais e administrativas; XXVII – submeter-se à requisição dos profissionais de qualquer área técnica para exames

ou entrevistas;

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XXVIII – submeter-se às condições estabelecidas para uso de aparelho de rádio e/ou aparelho de TV;

XXIX – submeter-se às condições de uso da biblioteca do estabelecimento e de livros de sua propriedade;

XXX – submeter-se às condições estabelecidas para as práticas desportivas e de lazer; XXXI – submeter-se às condições impostas para quaisquer modalidades de transferências e

remoção de ordem judicial, técnico-administrativa e a seu requerimento; XXXII – submeter-se aos controles de segurança impostos pela Polícia Militar e outras

autoridades incumbidas de efetuar a escolta externa. SEÇÃO III

Dos Bens e Valores Pessoais Art. 41- A entrada de bens de qualquer natureza obedecerá os seguintes critérios:

I- em se tratando daqueles permitidos, os mesmos deverão ser revistados e devidamente registrados em documento específico:

a) a entrada de bens perecíveis, em espécie e manufaturados, terá sua quantidade devidamente regulada;

b) os bens não perecíveis serão analisados pela unidade prisional quanto à sua necessidade, conveniência e quantidade;

II- Em se tratando de bens de consumo e patrimoniais trazidos por presos acompanhados ou não de funcionário, quando das saídas externas autorizadas, serão analisados. No caso de não se comprovar a origem será lavrado comunicado do evento, sem prejuízo de outras medidas cabíveis;

III- Quando do ingresso de bens e valores através de familiares e afins, serão depositados no setor competente, mediante inventário e contra-recibo:

a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão devolvidos no momento em que o preso seja libertado;

b) no caso de transferência do reeducando, os valores e bens serão encaminhados à unidade de destino;

c) falecendo o reeducando, os valores e bens devidamente inventariados, serão entregues aos familiares, atendidas as disposições legais pertinentes

SEÇÃO IV DAS RECOMPENSAS E DAS REGALIAS

DAS RECOMPENSAS Art. 42- As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do

preso sentenciado ou do preso provisório, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. Art. 43- São recompensas:

I -o elogio; II- a concessão de regalias.

Art. 44- Será considerado para efeito de elogio a prática de ato de excepcional relevância humanitária ou do interesse do bem comum, por portaria do diretor da unidade prisional.

DAS REGALIAS Art. 45- Constituem regalias, concedidas aos presos em geral, dentro da Unidade Prisional: I – visitas conjugais ou íntimas; II – assistir coletivamente sessões de cinema, teatro, shows e outras atividades sócio-

culturais, fora do horário normal em épocas especiais; III – assistir coletivamente sessões de jogos esportivos em épocas especiais, fora do horário

normal; IV – participar de atividades coletivas, além da escola e trabalho, em horário pré-

estabelecido de acordo com a Unidade do Sistema e Direção; V – participar em exposições de trabalho pintura e outros, que digam respeito às suas

atividades; VI – visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela direção se comprovada sua

necessidade e relevância Art. 46- Poderão ser acrescidas outras regalias de forma progressiva, acompanhando as

diversas fases e regimes de cumprimento da pena; Art. 47- O preso no regime semi-aberto, poderá ter outras regalias, a critério da direção da

unidade visando sua reintegração social; Art.48 – As regalias poderão ser suspensas ou restringidas, por cometimento de falta

disciplinar de qualquer natureza ou por ato motivado da direção da Unidade Prisional. TÍTULO V

DA DISCIPLINA E DAS FALTAS DISCIPLINARES Capítulo I

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Da Disciplina Art. 49 - A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza, sem constrangimento, sem

impor maiores restrições que as necessárias para manter a segurança e a boa organização da vida em comum, visando o retorno satisfatório do reeducando a sociedade.

Art. 50 - Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes penalidades: I – advertência verbal; II – repreensão; III – suspensão ou restrição de regalias; IV – suspensão ou restrição de direitos, observadas as condições previstas no artigo 41,

parágrafo único da Lei 7.210/84; V – isolamento em local adequado.

§ 1º - Advertência verbal é a punição de caráter educativo, aplicado às infrações de natureza leve, e se couber as de natureza média;

§ 2º - Repreensão é a sanção disciplinar, revestida de maior rigor no aspecto educativo, aplicável em casos de infração de natureza média, bem como os reincidentes de natureza leve.

Art.51 - As faltas leves e médias, aplicam-se às sanções previstas nos incisos I, II, III do artigo anterior.

Art.52 - Às faltas graves, aplicam se às sanções previstas nos incisos IV e V do artigo 48 deste Regimento Interno.

§1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da Execução. §2º - A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo

máximo de 10 (dez) dias, no interesse da disciplina e da averiguação do fato §3º - O tempo de isolamento preventivo será computado no período de cumprimento da sanção

disciplinar. Art.53 - A suspensão e restrição de regalias poderão ser aplicadas isoladas ou

cumulativamente, na prática de faltas de qualquer natureza Art.54 - Pune-se as tentativas com a sanção correspondente a falta consumada. Art. 55 - O reeducando que concorrer para o cometimento da falta disciplinar, incidirá nas

mesmas sanções cominadas ao infrator. Capítulo II

Das Faltas Disciplinares Art.56 - As faltas disciplinares segundo sua natureza classificam-se em: I – leves; II – médias; III – graves.

SEÇÃO I DAS FALTAS DISCIPLINARES DE NATUREZA LEVE

Art. 57 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve: I- atitude de acinte ou desconsideração perante funcionários ou visitas; II- emprego de linguagem desrespeitosa; III- apresentar-se de forma irreverente diante do Diretor, funcionários, visitantes

ou outras pessoas; IV – comunicar-se com o reeducando em regime de isolamento celular ou entregar

aos mesmos quaisquer objetos sem autorização; V – manusear equipamento de trabalho sem autorização ou sem conhecimento do

encarregado, mesmo a pretexto de reparos ou limpeza; VI – adentrar em cela ou alojamento alheio, sem autorização; VII- desatenção em sala de aula ou no trabalho; VIII- permutar, penhorar ou dar em garantia objetos de sua propriedade a outro preso,

reeducando ou funcionário; IX – utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de forma diversa para a qual recebeu;

X- procrastinar cumprimento de ordem ou recusar o dever de trabalho; XI-executar, sem autorização, o trabalho de outrem; XII –responder por outrem a chamadas regulamentares; XIII- ter posse de papéis, documentos, objetos ou valores não cedidos e não autorizados

pela Unidade Prisional; XIV- descuidar da higiene pessoal; XV– estar indevidamente trajado;

XVI- transitar pelo estabelecimento, manter-se em locais não permitidos ou ausentar-se dos locais de presença obrigatória, sem permissão;

XVII- proceder de forma grosseira ou discutir com outro preso; XVIII– usar material de serviço para finalidade diversa da qual foi prevista;

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XIX- sujar pisos, paredes ou danificar objetos que devam ser conservados; XX- portar ou manter na cela ou alojamento, material de jogos não permitidos; XXI – remeter correspondência, sem registro regular pelo setor competente; XXII- desobedecer aos horários regulamentares; XXIII- descumprir as prescrições médicas; XXIV- abordar autoridade ou pessoas estranhas ao estabelecimento, sem autorização; XXV- lavar ou secar roupa em local não permitidos; XXVI- fazer refeições em local e horário não permitidos; XXVII- utilizar-se de local impróprio para satisfação das necessidades fisiológicas; XXVIII- conversar através de janelas, guichê da cela ou de setor de trabalho ou em local

não apropriado; XXIX- descumprir as normas para as visitas sociais ou íntimas; XXX – mostrar displicência no cumprimento do sinal convencional de recolhimento ou

formação; SEÇÃO II DAS FALTAS DE NATUREZA MÉDIA

Art. 58 - Considera-se falta disciplinar de natureza média: I – deixar de acatar determinações superiores; II- imputar falsamente fato ofensivo à administração, a funcionário ou reeducando; III- dificultar averiguação, ocultando fato ou coisa relacionada com a falta de outrem; IV- manter na cela objetos não permitidos;

V- - portar material cuja posse seja proibida por portaria interna da direção da unidade; VI – desviar ou ocultar objetos de qualquer natureza cuja guarda lhe tenha sido confiada; VII – simular doença para eximir-se de dever legal ou regulamentar, ou para saída fora do

Presídio; VIII – induzir ou instigar alguém a prática de falta disciplinar grave, média ou leve; IX – divulgar notícia que possa perturbar a ordem ou a disciplina; X – dificultar a vigilância em qualquer dependência da Unidade Prisional; XI- abandonar o trabalho sem permissão; XII – praticar auto-lesão, como ato de rebeldia;

XIII- praticar ato libidinoso, obsceno ou gesto indecoroso; XIV-causar dano material ao estabelecimento ou à coisa alheia;

XV – provocar perturbações como ruídos e vozeirius ou vaias; XVI – perturbar a jornada de trabalho ou a realização de tarefas; XVII – perturbar o repouso noturno ou a recreação; XVIII- praticar jogo previamente não permitido; XIX- praticar atos de comércio de qualquer natureza com companheiros,

funcionários, etc..; XX – inobservar os princípios de higiene pessoal, da cela e demais dependências

da Unidade Prisional; XXI– destruir objetos de uso pessoal, fornecidos pela Unidade Prisional; XXII- abster-se de alimentos, como protesto ou rebeldia; XXIII- utilizar-se de outrem para transportar correspondência ou objeto, sem o

conhecimento da administração; XXIV- provocar intriga, discórdia entre funcionários, reeducandos ou causar

tumulto; XXV- colocar outro preso ou reeducando sob sua submissão; XXVI-utilizar material, ferramentas ou utensílios do estabelecimento em proveito

próprio ou alheio, sem autorização; XXVII- desviar material de trabalho, de estudo, de recreação e outros, para local

indevido; XXVIII- recusar-se a deixar a cela, quando determinado, mantendo-se em atitude

de rebeldia; XXIX- deixar de freqüentar, sem justificativa, as aulas do curso em que esteja

matriculado; XXX- alterar ou fazer uso indevido de documentos ou cartões de identificação

fornecidos pela administração, para transitar no interior do estabelecimento; XXXI – receber, confeccionar, portar, ter em sua guarda, consumir, apresentar-se

embriagado ou concorrer para que haja em qualquer local do estabelecimento, indevidamente: a) bebida alcoólica, drogas de qualquer espécie; b) objetos que possam ser utilizados em fugas.

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XXXII – portar ou utilizar aparelho telefônico celular, carregadores ou outros meios de comunicação não autorizados pela Unidade Prisional;

XXXIII – atrasar, sem justa causa, o retorno ao estabelecimento prisional, no caso de saída temporária;

XXXIV – deixar de submeter-se à sanção disciplinar imposta; SEÇÃO III

DAS FALTAS DE NATUREZA GRAVE Art.59 - Comete falta disciplinar de natureza grave o reeducando que: I – incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II – fugir ou tentar fugir; III – possuir indevidamente instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV – provocar dolosamente acidente de trabalho; V- descumprir no regime aberto, as condições impostas; VI – deixar de prestar obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deve

se relacionar; VII – deixar de executar o trabalho, as tarefas e as ordens recebidas; VIII – praticar fato previsto como crime doloso;

SEÇÃO IV Das Atenuantes e das Agravantes

Art.60 - São circunstâncias atenuantes na aplicação das penalidades: I – primariedade em falta disciplinar; II – natureza e circunstância do fato; III – bons antecedentes prisionais; IV – imputabilidade relativa atestada por autoridade médica competente; V – ressarcimento dos danos materiais. Art.61 - São circunstâncias agravantes, na aplicação das penalidades: I – reincidência em falta disciplinar; II – natureza e circunstância do fato; III – prática de falta disciplinar durante o prazo de reabilitação de conduta por sanção

anterior. SEÇÃO V

Das Medidas Cautelares Art.62 - O diretor da Unidade Prisional poderá determinar por ato motivado, como medida

cautelar, o isolamento do reeducando, por período não superior a 10(dez) dias, quando: I – pesem contra o preso informações, devidamente comprovadas, de que estaria preste a

cometer infração disciplinar de natureza grave; II – pesem contra o preso, informações devidamente comprovadas, de que estaria ameaçada

sua integridade física; III – a requerimento do preso, que expressará a necessidade de ser submetido a isolamento

cautelar, como medida de segurança pessoal. Parágrafo Único - Nos casos de isolamento a pedido do preso, por escrito, deverá ela

manifestar-se pela continuidade ou não. TÍTULO VI

Do Procedimento Disciplinar, da Sanção e da Reabilitação

Capítulo I Do Procedimento Disciplinar e da Sanção Disciplinar

Art . 63- Cometida a infração, o preso será conduzido ao setor de disciplina, para o registro da ocorrência, que conterá nome e matrícula dos envolvidos, local e hora da ocorrência, rol de testemunhas, a descrição minuciosa do fato e outras circunstâncias. § 1º- A ocorrência será comunicada imediatamente ao diretor da unidade prisional, para a instauração no prazo de 03 (três) dias, através de Portaria, de procedimento disciplinar e conseqüentemente sua apuração; § 2º- A apuração das faltas será feita por Comissão composta de 03 (três) membros, sendo um deles o secretário, que será nomeado pelo Diretor de cada unidade prisional, através de Portaria; §3°. O Diretor da unidade prisional indicará um dos membros da Comissão para presidi-la, em seus impedimentos; §4º- A comissão apuradora ouvirá o preso, o ofendido e testemunhas, se houver, no prazo de 05 (cinco) dias; § 5º- O preso deverá tomar conhecimento prévio da acusação e seu defensor constituído ou dativo acompanhará todos os atos da sindicância;

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§ 6º- Se o defensor constituído, devidamente cientificado do ato, deixar de comparecer, será, nomeado Defensor Público; § 7º- Ao defensor do preso será facultado a produção de provas e a inquirição de testemunhas, por intermédio do responsável pela sindicância, sendo indeferidas as indagações e diligências impertinentes ou protelatórias; § 8º- Na apuração da infração, a comissão tomará as providências necessárias, podendo convocar testemunhas e requisitar documentos; § 9º- Concluída a fase apuratória a Comissão apresentará seu relatório final e abrirá vista a defesa pelo prazo de 48 (quarenta e oito) horas, para alegações finais; §10º- Apresentadas as alegações finais os autos serão remetidos ao Conselho Disciplinar para emitir parecer, face à análise das provas produzidas, no prazo de 72 (setenta e duas) horas; § 11º- Tratando-se de faltas leves ou médias o Conselho Disciplinar remeterá os autos ao Diretor do Estabelecimento que aplicará a sanção correspondente, no prazo de 02 (dois) dias, ouvido o chefe de disciplina; § 12º- Tratando-se de falta grave a aplicação de sanção será de competência do Conselho Disciplinar, no prazo do § 9º deste artigo. Art. 64- A execução da sanção disciplinar será suspensa quando desaconselhada pela unidade de saúde do Sistema Prisional. Parágrafo único. Uma vez cessada a causa que motivou a suspensão, a execução será iniciada ou terá prosseguimento. Art. 65- O isolamento preventivo será computado na execução da sanção disciplinar. Art. 66- O reeducando poderá solicitar a reconsideração da decisão, no prazo de 05 (cinco) dias, contados de sua intimação, sem efeito suspensivo, quando surgirem novos fatos, não considerados na decisão;

Parágrafo Único- o pedido será dirigido à autoridade que aplicar a sanção disciplinar; Art. 67- Proferida a decisão final, a respeito de qualquer infração disciplinar, o diretor da

unidade prisional determinará as seguintes providências: I-ciência ao preso envolvido e ao seu defensor; II-registro em ficha disciplinar; III-encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz corregedor dos Presídios; IV- comunicação à autoridade policial competente, quando o fato constituir ilícito penal; V- arquivamento em prontuário penitenciário. Art. 68- Poderá ser requerida a revisão do procedimento disciplinar, quando: I- a decisão se fundamentar em testemunhos ou documentos comprovadamente falsos;

II- a sanção tiver sido aplicada em desacordo com as normas deste Regimento Interno. § 1º- O pedido será dirigido ao Conselho Disciplinar do Estabelecimento, que o decidirá fundamentadamente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas; § 2º- Julgada procedente a revisão, serão canceladas as sanções aplicadas, comunicando-se o Juiz da Vara de Execuções penais correspondentes.

Capítulo II Do Conselho Disciplinar

Art. 69 - O Conselho Disciplinar existente em cada Unidade Prisional , será constituído pelo diretor da Unidade e mais quarto membros, representantes da área de segurança e disciplina, educação e lazer, assistência social e psicologia, sob a presidência do primeiro, que dará o voto de desempate. § 1º- Os membros do Conselho Disciplinar serão designados por Portaria do Secretário Adjunto do Sistema Prisional, em janeiro de cada ano;

§ 2º- as decisões serão tomadas por maioria de votos. § 3º- As reuniões e decisões do Conselho Disciplinar serão registradas em livro próprio;

§ 4º - O Conselho Disciplinar poderá determinar diligências complementares, diretamente ou por intermédio da comissão de sindicância, para esclarecimento de fatos necessários à sua decisão. Art. 70- Compete ao Conselho Disciplinar:

I – opinar sobre os pedidos de conversão, progressão e regressão dos regimes; II – ratificar a classificação do(a) preso (a) em consonância com os índices preestabelecidos

nos artigos 71 e 72, deste regimento; III – preencher o boletim penitenciário, IV – apurar e emitir Parecer sobre infrações disciplinares ocorridas nas unidades prisionais; V – propor aos Diretores e Administradores das unidades prisionais o encaminhamento dos

pedidos de conversão, progressão e regressão dos regimes; VI – emitir Parecer sobre as condições pessoais do(a) preso(a) para atender ao disposto no

parágrafo único do art. 83 do Código Penal.

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VII- O Conselho Disciplinar decidirá sobre a aplicação de sanção consistente em isolamento do reeducando em local adequado, quando o estabelecimento possuir alojamento coletivo, por tempo não superior a 30 (trinta) dias;

Capítulo III Da Classificação da Conduta e da Reabilitação

Art. 71- A conduta disciplinar do preso em regime fechado classificar-se-á em : I- ótima, quando no prazo mínimo de 01 (um) ano não tiver sido cometida infração disciplinar de natureza grave ou média;

II- boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, não tiver cometido infração disciplinar de natureza grave ou média; III-regular, quando for cometida infração de natureza leve nos últimos 30 (trinta) dias, ou média, nos últimos 03 (três) meses; IV-má, quando for cometida infração de natureza grave ou reincidida falta de natureza média, durante o período de reabilitação.

Art.72- O preso em regime semi-aberto, terá a sua conduta disciplinar classificada em : I -ótima, quando não tiver cometido infração disciplinar de qualquer natureza, pelo prazo

de 06 (seis) meses; II- boa, quando não tiver cometido infração disciplinar de qualquer natureza pelo prazo de 03 (três) meses; III- regular, quando cometer infração disciplinar de natureza leve ou média, nos últimos 30 (trinta) dias;

IV- má, quando cometer infração de natureza grave ou reincidir em infração de natureza média. Art.73- Para avaliação será considerada a conduta na unidade prisional anterior, do Sistema Prisional do Estado.

Art. 74- Será rebaixado o conceito de conduta do preso que sofrer sanção disciplinar, em quaisquer regimes de cumprimento de pena.

Art. 75- O preso em regime fechado, terá os seguintes prazos para reabilitação da conduta, a partir do cumprimento da sanção disciplinar:

I- De 01 (um) mês para as faltas de natureza leve; II- De 03 (três) meses para falta de natureza média; III- De 06 (seis) meses para falta de natureza grave. Art. 76- O preso em regime semi-aberto terá os seguintes

prazos para reabilitação da conduta, a partir da data do cumprimento da sanção disciplinar: I - de 30 (trinta ) dias para falta de natureza leve;

II- 60 (sessenta) dias para falta de natureza média; Parágrafo único- a infração disciplinar de natureza grave implicará na proposta de

regressão do regime. Art. 77- O preso em regime aberto terá os prazos para reabilitação da conduta, de acordo

com o previsto no artigo anterior. Art. 78- O cometimento da falta disciplinar de qualquer natureza, durante o período de

reabilitação acarretará a imediata anulação do tempo de reabilitação até então cumprido. Parágrafo ùnico - com a prática de nova falta disciplinar, exigir-se-á novo tempo para

reabilitação que deverá ser somado ao tempo estabelecido para falta anterior. TÍTULO VII

DA ASSISTÊNCIA AO REEDUCANDO Capítulo I Da Assistência

Art. 79 – A assistência dispensada ao reeducando pelo Estabelecimento tem por objetivo a prevenção do crime e seu preparo para o retorno ao convívio social.

Art. 80 – A assistência será: I – material; II – à saúde; III – jurídica; IV – educacional; V – social; VI – religiosa.

SEÇÃO I Da Assistência Material

Art.81– A assistência material consistirá no fornecimento de alimentação suficiente, balanceada, vestuário e instalações higiênicas.

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Parágrafo Único. A Unidade Prisional disporá de instalações e serviços que visem atender às necessidades pessoais do reeducando.

SEÇÃO II Da Assistência à Saúde

Art.82 – A assistência à saúde será de caráter preventivo e curativo, compreendendo o atendimento médico, farmacêutico e odontológico, dentro do Estabelecimento ou Instituição do Sistema de Saúde Publica, quando o caso indicar sua necessidade.

Parágrafo Único- È facultado ao reeducando contratar profissional médico e odontológico de sua confiança a às suas expensas.

Art.83 – Havendo necessidade de encaminhamento do reeducando ao Sistema de Saúde Pública, a autorização será expedida pelo Diretor do Estabelecimento, comunicando-se de imediato ao Juízo da Execução Penal.

Art. 84- A assistência médica contará com farmácia, enfermaria e salas para consultas. Art. 85- O serviço de saúde prisional será auxiliado por pessoal de enfermagem. Art. 86- O preso terá asseguradas as medidas de higiene e conservação da saúde, durante

todo o tempo de seu recolhimento, bem como constantes palestras de esclarecimentos e prevenção. SEÇÃO III

Da Assistência Jurídica Art-87 – A assistência jurídica será prestada pela Defensoria Pública Estadual ou advogados

constituídos, se assim o desejar o reeducando, visando garantir a defesa do direito em relação ao processo executório das penas.

Art. 88- A assistência jurídica consiste nas seguintes tarefas: I- manter o preso informado de sua situação jurídico penal; II- requerer e acompanhar todos os benefícios penais incidentes na execução; III- manter contato com o Juízo das Execuções, Tribunais, Conselho Penitenciário e

Direção do Estabelecimento, no sentido de velar pela situação do reeducando; IV- providenciar o recebimento de qualquer benefício extrapenal a que o preso ou

reeducando tiver direito; V- providenciar para que os prazos prisionais não sejam ultrapassados, requerendo o

que for de direito; Art. 89- Todo estabelecimento penal deverá prestar serviço de Assistência Jurídica, o qual

ficará sob responsabilidade da Defensoria Pública. Parágrafo único- Serão estabelecidos convênios com as Universidades para facultar estágios

de estudantes no setor sob a supervisão da Defensoria Pública. SEÇÃO IV

Da Assistência Educacional e Qualificação Profissional

Art. 90 – A assistência educacional compreenderá a instrução escolar prioritariamente ao ensino fundamental, estendendo ao ensino médio dentro da possibilidade e a oferta da profissionalização cultural e de lazer da Unidade Prisional.

Art. 91 - Quando do ingresso a Unidade Prisional, será feita a pesquisa referente à formação escolar, na fase de triagem.

Parágrafo Único - Somente serão dispensados do ensino de primeiro grau, mediante prévia autorização da Seção de Educação, os reeducandos que preencham os seguintes requisitos:

I – apresentação do Certificado de Conclusão de escolaridade a nível de primeiro grau, segundo grau ou superior;

II – incapacidade devidamente comprovada e atestada por responsável. Art.92 – As atividades educacionais podem ser objetos de ação integrada e conveniada com

outras entidades publicas, mista e particulares, que se disponham a instalar escolas, oficinas profissionalizantes na Unidade Prisional com aprovação do Projeto pelo Sistema Prisional .

Art. 93 - O ensino educacional será feito por profissionais da educação utilizando serviço de monitores aptos e treinados, com materiais oferecidos pelo Sistema Prisional.

Art. 94 – Os presos que tiverem freqüência e aprovação de acordo com as normas estabelecidas por órgão responsável, poderão ter sua pena remida, após análise e avaliação pela Vara de Execução Penal.

Art. 95- O ensino profissionalizante poderá ser ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico, atendendo-se as características da população urbana e rural, segundo aptidões individuais e demanda do mercado.

Art. 96 – A Unidade prisional disporá de uma biblioteca para uso geral dos presos, que será provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos, e o acesso ao reeducando dar-se-á:

I – para uso na própria biblioteca; e II – para uso na própria cela.

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Art., 97 – Os livros deverão ser cadastrados utilizando-se fichas para consultas no local e nas retiradas para leitura em cela.

§ 1° - Qualquer dano ou desvio será ressarcido na forma prevista neste Regimento Interno Padrão, sem prejuízo da sanção disciplinar correspondente.

§ 2° - Durante o cumprimento de sanção disciplinar, poderão ser retirados os livros pertencentes à biblioteca, que se encontrarem na posse do infrator.

§ 3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades, o preso deverá devolver os livros sob seu poder.

SEÇÃO V Da Assistência Social

Art.98 – A assistência social tem por finalidade o amparo ao reeducando e à sua família, visando prepará-lo para o retorno a liberdade, e será exercida por profissional da área

Parágrafo único. É facultado o auxílio de entidades públicas ou privadas nas tarefas de atendimento social.

Art. 99- As tarefas da Assistência Social compreendem, entre outras: I-solucionar os problemas sociais apresentados pelo preso e por sua família;

II- obter a documentação necessária; III- auxiliar a Direção na manutenção da ordem interna, aliviando possíveis tensões pessoais ou coletivas; IV- promover visitas aos presos por amigos, familiares e representantes de entidades civis; V- criar ou fortalecer vínculos familiares e sociais; VI- incentivar o engajamento da sociedade no tratamento prisional; VII- divulgar os trabalhos dos presos.

SEÇÃO VI Da Assistência Religiosa

Art.100- A assistência religiosa, respeitada a legislação vigente e com as cautelas cabíveis, será prestada ao preso assegurada a liberdade constitucional de culto. Art. 101- Toda religião terá direito a realização de cultos em dia e hora pré-determinados pela Direção da Unidade e observado o seguinte:

I- acesso de representantes de credo religioso, sejam ministros, pastores e voluntários ligados a movimentos religiosos;

II- local adequado para celebração de culto religioso, assistência individual e acesso a livros de instrução religiosa.

Parágrafo Único. Para atuar no estabelecimento prisional o grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito e deverá ser cadastrado, sendo fornecida a respectiva carteira de acesso.

Art. 102- Nenhum religioso poderá iniciar seu trabalho sem antes ser advertido e instruído dos problemas prisionais e devidamente cientificado de que deverá desenvolve-lo em harmonia com as normas do estabelecimento.

SEÇÃO VII Da Assistência Psicológica

Art. 103- A assistência psicológica será prestada por profissionais da área, por intermédio de programas envolvendo o reeducando, a Instituição e familiares, nos processos de ressocialização e reintegração social.

TÍTULO VIII DO CONTATO EXTERNO

Capítulo I Da Correspondência Escrita

Art. 104 – A correspondência escrita entre o preso seus familiares e afins será feita pelas vias regulamentares.

Parágrafo Único – É livre a correspondência, condicionada a sua expedição e recepção, às normas de segurança e disciplina da unidade prisional.

Art. 105 – A troca de correspondência poderá ser restringida ou suspensa por ato motivado do diretor do estabelecimento.

Art. 106 – Os materiais recebidos por via postal, deverão ser vistoriados em local apropriado, na presença do preso, garantida a segurança.

Parágrafo Único- Ao Sub-Diretor da Unidade caberá a vistoria mencionada neste artigo. Capítulo II

Dos Meios de Comunicação Art.107- O reeducando poderá ter acesso à leitura e outros meios de comunicação

adquiridos à expensas próprias ou por visitas, que serão submetidos previamente a apreciação da direção da unidade prisional que avaliará a sua contribuição ao processo educacional e ressocializador.

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Art. 108 -O uso do aparelho de rádio difusão poderá ser permitido, mediante autorização por escrito expedida pela Direção da Unidade Prisional , observadas as peculiaridades de cada estabelecimento e seus respectivos regulamentos.

§ 1º- É permitido ao interessado adquirir seu aparelho, com recursos de pecúlio ou de seus visitantes.

§ 2º- O aparelho deverá ser de porte pequeno, a critério da unidade prisional, que deverá atentar para a facilitação de sua revista.

§ 3º- O aparelho de rádio será registrado em livro próprio, a cargo da Direção da Unidade, devendo constar desse registro todos os dados que possibilitem sua perfeita identificação e controle.

§ 4º- O aparelho de rádio não identificado será apreendido pela área de segurança e disciplina, que procederá às averiguações de sua origem, sem prejuízo da sanção disciplinar.

§ 5º- O portador do rádio deverá utiliza-lo em sua própria cela em volume compatível com a tranqüilidade dos demais presos, permitido o uso de fone de ouvido.

§ 6º- A Administração não se responsabilizará pelo mau uso, extravio ou desaparecimento do aparelho, nem por danos causados pelo usuário ou outro reeducando.

§ 7º- Caso haja necessidade de conserto do aparelho, o mesmo será feito com recurso próprio do preso ou de seus visitantes.

§ 8º- É proibida qualquer espécie de conserto de aparelho de rádio nas dependências internas do estabelecimento, salvo em local determinado e com a devida autorização.

Art. 109- O acesso à televisão pelo reeducando, qualquer que seja o regime de cumprimento de pena, poderá ser permitido, sob duas modalidades:

I -01 (um) aparelho coletivo de propriedade da unidade prisional; II-01 (um) aparelho de uso particular em cada cela ou alojamento. Art. 110-O aparelho de uso coletivo deverá ser franqueado aos reeducando, através de

programação institucional, nos seguintes locais: I- em sala de aula, para fins didáticos e sócio-culturais; II- em ambientes coletivos, em horários estabelecidos formalmente, sem prejuízo das atividades de trabalho, escola, esportes e outras prioridades.

Parágrafo único.O controle do aparelho e da programação compete à área de segurança e disciplina.

Art. 111- Observadas as peculiaridades de cada estabelecimento e seu respectivo regulamento, não se permitirá mais de um aparelho de televisão em cada cela, independente da quantidade de presos.

Parágrafo Único- O uso de aparelho de televisão nas celas será precedido de autorização da Secretaria Adjunta do Sistema Prisional, através de Portaria normativa.

Art.112- O uso dos meios de comunicação permitidos por este Regimento Interno poderá ser suspenso ou restringido por ato devidamente motivado, ficando seu restabelecimento a critério da direção da unidade.

Capítulo III DAS VISITAS

Art. 113- As visitas ao reeducando se caracterizam sob duas modalidades: as comuns de direito e as conjugais (chamadas visitas íntimas), como regalia. SEÇÃO I

DAS VISITAS COMUNS Art. 114 - Os reeducandos poderão receber visitas de cônjuges, companheiros, parentes ou

amigos, em dias determinados, desde que registrado no rol de visitas do Estabelecimento Prisional e devidamente autorizadas pela diretoria. Parágrafo Único -A suspensão das visitas ou as não permitidas, serão de acordo com a disciplina do reeducando.

Art. 115 - As visitas serão limitadas no número de 02 (dois) visitantes por dia de visita, a fim de proporcionar adequadas condições de revista, preservando as condições de segurança na Unidade Prisional.

Parágrafo Único- As visitas terão acesso à Unidade Prisional de forma alternada, de maneira que permaneça apenas uma no interior da unidade.

Art.116 - No registro deverá conter o nome, numero da Carteira de Identidade, endereço e grau de parentesco ou relação com o reeducando; sendo obrigatório a apresentação de documento pessoal. A não apresentação resulta no impedimento da entrada na Unidade Prisional.

Art. 117 - A entrada de menores só será permitida aos filhos do preso (a), acompanhado pelo responsável legal e na falta deste, por aquele que for designado para sua guarda e responsabilidade, determinado pela autoridade judicial competente. Devendo apresentar carteira de identidade ou certidão de nascimento.

Parágrafo Único – Menores de 18 (dezoito) anos não poderão adentrar nas Unidades Prisionais desacompanhados, ressalvado o disposto no art.132,§ único deste Regimento Interno.

Art.118 - Não será permitida a visita a pessoa que:

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I – não autorizado pela direção; II – não apresente documento compatível (documento de identidade); III – apresentar sintomas de embriagues ou conduta alterada que levem a presunção de

consumo de drogas e/ou entorpecentes; IV – estiver com gesso, curativos ou ataduras; V – chegar na Unidade Prisional no dia e hora, não estabelecido para visita; VI - homens que estiverem trajando bermuda, calções e camisetas sem mangas; VII - mulheres que estiverem trajando mini-saias, mini-blusas, roupas excessivamente

curtas, decotadas e transparentes; Art. 119 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de comunicação escrita, deverão ser entregues aos plantonistas na revisória ou ao chefe de equipe que fará o encaminhamento ao reeducando.

Art. 120 - As visitas comuns serão realizadas preferencialmente, aos sábados ou aos domingos das 08:30 horas às 11:30 horas, e de 13:30 às 16:00 horas, em período não superior a 06 (seis) horas, de acordo com o regulamento de cada Unidade Prisional.

§ 1º -O horário compreendido das 11:30 às 13:30, será reservado para almoço dos presos e da administração, não sendo permitida a permanência de visitantes no interior do estabelecimento prisional.

§ 2º– A critério do Sistema Prisional através do diretor da Unidade Prisional, poderá ser suspensa ou reduzida a visita em caso de risco iminente à segurança e disciplina. § 3º - Em caso excepcional, poderá ser autorizada visita extraordinária, por autoridade competente, que fixará sua duração. § 4° - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou enfermaria e impossibilitado de se locomover ou em tratamento psiquiátrico, poderá receber visita no próprio local, a critério da autoridade médica.

Art. 121 - Antes e depois das visitas os reeducandos poderão ser submetidos à revista. Parágrafo 1º - O visitante será revistado por policial do mesmo sexo;

Parágrafo 2º - A revista em menores, realizar-se-á na presença dos pais ou responsáveis, observando o parágrafo anterior;

Art.122 - Os valores e objetos considerados inadequados, encontrados em poder do visitante, serão guardados em local apropriado e restituídos ao término da visita.

Parágrafo Único – Caso a posse constitua delito penal serão tomados as providências legais cabíveis.

Art. 123 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes físicos, terão prioridade nos procedimentos adotados para a realização da visita. Art. 124- O visitante que estiver com maquiagem, peruca e outros complementos que possam dificultar a sua identificação ou revista, poderá ser impedido de ter acesso à unidade prisional, como medida de segurança.

Art. 125 - Roupas íntimas, agasalhos e material higiênico não oferecidos pelo Sistema Prisional, bem como, bens de consumo, perecíveis ou não, permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias regulamentares de visita, serão entregues no setor da revista, para que seja realizado um minucioso exame na presença do portador, após o que serão encaminhados ao destinatário.

Parágrafo 1º- Serão fornecidos aos portadores os recibos dos bens entregues; Parágrafo 2º- As visitas não poderão ingressar nas unidades prisionais levando

qualquer pertence (bolsa, sacola, telefone celular, bina, etc...). Art. 126- Cada preso fornecerá relação com nome de 04 (quatro) pessoas

(parentes, amigos, filhos) que serão cadastrados como seus visitantes durante 04 (quatro) meses. Parágrafo 1º- Ao final do prazo de 04 (quatro) meses a relação poderá sofrer

alterações de nomes; Parágrafo 2º- Os filhos menores não serão contados para efeito do disposto no

“caput” deste artigo. Art.127- As visitas comuns serão realizadas em local próprio, em condições dignas

e que possibilitem a vigilância pelo corpo de segurança. Art 128- O visitante, familiar ou não, poderá ter seu ingresso suspenso ou cancelado quando:

I-da visita resulte qualquer fato danoso que envolva o visitante ou o preso; II- houver aplicação de sanção disciplinar suspendendo o direito a receber visita;

III- da prática de ato tipificado como crime doloso. Art. 129- O preso que cometer falta disciplinar poderá ter restringido ou suspenso o direito a

visita por até 30 (trinta) dias. SEÇÃO II

DA VISITA ÍNTIMA Art. 130 - A visita íntima constitui uma regalia e tem por finalidade fortalecer as relações

familiares.

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Parágrafo único – Visita íntima fica restrita à autorização da direção, mediante prévio pedido do reeducando por escrito. Art.131- A visita íntima poderá ser suspensa ou restringida por falta disciplinar de qualquer natureza cometida pelo reeducando ou por atos motivados pelo companheiro que causar problemas de ordem moral ou de risco para a segurança ou disciplina. § 1º-Poderá ser abolida a qualquer tempo, na medida em que acarrete danos do ponto de vista sanitário e desvio de seus objetivos. Art. 132- A Unidade de Saúde juntamente com a de Assistência Social do Sistema Penitenciário , deverá planejar um programa preventivo para a população prisional, nos aspectos sanitário e social, respectivamente. Parágrafo único- As unidades de Saúde e a Comissão Técnica de Classificação de cada unidade prisional desenvolverão os programas propostos. Art. 133- Ao preso com conduta boa ou ótima será facultado receber para visita íntima esposa ou concubina, comprovadas as seguintes condições:

I- se esposa , comprovar-se-á com a competente Certidão de Casamento; II - se concubina, comprovar-se-á com o Registro de Nascimento dos filhos em nome de

ambos ou prova idônea a critério da direção. § único- o preso poderá receber a visita íntima do menor de 18 (dezoito) anos, quando: a) legalmente casados; b) nos demais casos, devidamente autorizados pelo juízo competente.

III-Somente será autorizado o registro de uma companheira, ficando vedadas as substituições, salvo se ocorrer separação ou divórcio, no decurso do cumprimento de pena, obedecido o prazo mínimo de 6 (seis) meses, com investigação do Serviço Social e decisão da Direção da Unidade Prisional.

Art. 134- Comprovadas as relações previstas nos artigos anteriores, para a concessão de visita íntima, deverão ainda as partes:

A) apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista de saúde, através de exames laboratoriais tanto para o preso como para a companheira;

B) submeter-se aos exames periódicos, a critério das respectivas unidades. Art. 135- A periodicidade da visita íntima obedecerá os critérios estabelecidos no

regulamento de cada unidade, respeitadas as características de cada uma. Art. 136- O controle da visita íntima, no que tange às condições de acesso, trânsito interno e segurança do reeducando e sua companheira, compete aos integrantes da área de segurança e disciplina.

Art.137 - A visita deverá submeter-se às normas de segurança do estabelecimento, respeitando os funcionários na sua execução.

TÍTULO IX DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO

Art.138 – O Estabelecimento Penal manterá o trabalho do reeducando como dever social e condição de dignidade humana, com finalidade educativa, produtiva e ressocializadora.

Parágrafo Único – Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e a higiene.

Art. 139- As modalidades de trabalho classificam-se em interno e externo. § 1º- O trabalho interno tem caráter obrigatório, procurando-se atender as aptidões e a

capacidade do reeducando. a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em consideração a habilitação, a condição

pessoal e as necessidades futuras do reeducando. b) - Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação adequada à sua idade.

c)- Os doentes ou deficientes físicos, declarados tais pelo órgão competente, terão ocupação compatível com seu estado físico.

§ 2º- A jornada de trabalho não poderá ser inferior a 06 (seis) nem superior a 08 (oito) horas, com descanso aos domingos e feriados, salvo exceções legais.

Art. 140- Conforme o disposto no artigo 126 da Lei de Execução Penal, o reeducando poderá remir parte do tempo de condenação, à razão de um dia de pena por três trabalhados.

§1º - Também se considera, para efeitos de remição, a freqüência regular aos cursos de Ensino Fundamental e Médio, se ministrado na unidade prisional, desde que regulamentado pelo Juízo da Execução Penal, bem como, a produção intelectual e produção de artesanato.

§2º - Deverá existir uma ficha de freqüência, a qual registrará os dias trabalhados , devendo ser assinada diariamente pelo preso(a) e rubricada no final do mês pela autoridade administrativa competente.

Art.141 – A designação ou transferência de trabalho será procedida pela Unidade Prisional de Produção em conjunto com o Diretor sendo ouvido o Setor de Segurança e Disciplina.

Art 142 – O trabalho do reeducando será remunerado de acordo com folha de pagamento previamente aprovada pelo Sistema Prisional, não podendo ser inferior a três quartos do salário mínimo, conforme o artigo 29 da Lei de Execução Penal.

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Art. 143- O Setor de Segurança e Disciplina informará à Unidade de Produção e comercialização sobre eventuais impedimentos da atividade do trabalho do reeducando-trabalhador e seus motivos.

Parágrafo Único- no caso de saída do reeducando da unidade prisional será comunicada imediatamente para a Unidade de Produção e Comercialização para as providências cabíveis.

Capítulo I DO TRABALHO INTERNO

Art. 144- O trabalho interno será desenvolvido através de qualquer atividade regulamentada, que tenha por objetivo o aprendizado, a formação de hábitos sadios de trabalho, o espírito de cooperação e a socialização do preso.

Art. 145- Considera-se trabalho interno aquele realizado nos limites do estabelecimento destinado a atender às necessidades peculiares da unidade. Art. 146- Será atribuído horário especial de trabalho aos reeducandos designados para os serviços de conservação, subsistência e manutenção da Unidade.

Art. 147- Compete à unidade prisional propiciar condições de aprendizado aos reeducandos sem experiência profissional na área solicitada.

Art.148- Para a prestação do trabalho interno, dar-se-á sempre preferência aos reeducandos que tenha índice superior de aproveitamento e maior tempo de cumprimento de pena.

Capítulo II DO TRABALHO EXTERNO

Art. 149- O trabalho externo, executado fora dos limites do estabelecimento, será admissível aos presos em regime fechado, obedecidas as condições legais.

Art. 150- O cometimento de falta disciplinar de natureza grave implicará na revogação imediata da autorização de trabalho externo, sem prejuízo da sanção disciplinar correspondente, apurada através de procedimento disciplinar.

Art. 151- O preso em cumprimento de pena em regime semi-aberto, poderá obter autorização para desenvolver trabalho externo, junto às empresas públicas ou privadas, observadas as seguintes condições:

I- submeter-se a observação criminológica realizada no período de 30 (trinta) dias

de sua inclusão, sem qualquer impedimento; II- Manter comportamento disciplinado, seja na unidade prisional, seja na empresa a

qual presta serviços; III- Cumprir horário, em jornada estabelecida no respectivo contra de trabalho;

IV- Apresentar à entrada, em retorno a unidade prisional, notas fiscais ou documentos hábeis de compra ou doação de bens de consumo ou patrimonial; V- Retornar à unidade prisional quando de eventual dispensa portando documento hábil do empregador; VI- Ter justificado ao empregador, mediante documento hábil, a falta por motivo de

saúde; VII- Cumprir rigorosamente o horário da jornada de trabalho estabelecidos pela

unidade prisional e a empresa. Art. 152- A unidade prisional deverá manter o controle e fiscalização através de instrumentos

próprios, junto a empresa e ao reeducando, para que o mesmo possa cumprir as exigências do artigo anterior. Capítulo III

DO PECÚLIO

Art.153 – O trabalho do(a) preso(a) será remunerado, obedecendo critérios de produtividade, não podendo ser inferior a ¾ (três quartos) do salário mínimo.

Art.154- O produto da remuneração será depositado em conta bancária, em Banco Oficial, na seguinte forma:

I- 70% para o pecúlio disponível, podendo ser movimentado para contribuição da família do preso, desde que autorizado e assinado pelo mesmo através de autorização por escrito, ou retirado juntamente com o pecúlio reserva quando da progressão para o regime aberto ou concessão do livramento condicional.

II- 10% para o pecúlio reserva, que somente será retirado pelo preso

quando da progressão para o regime aberto ou concessão do livramento condicional, a não ser que previamente justificado e autorizado pelo juiz da Vara de Execução Penal.

III- 20% para o fundo penitenciário .

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Art.155– Do pecúlio, poderá a Direção da Unidade do Sistema e quem controla junto a Coordenadoria do Sistema Prisional, fazer as deduções necessárias à indenização de danos ocasionados culposa ou dolosamente pelo reeducando em bens do Estado.

Parágrafo único - Se por ocasião de ser posto em liberdade estiver o reeducando em débito com o Estabelecimento, poderá ser retido do seu pecúlio a quantia necessária à quitação da dívida, dívidas estas provindas de destruições do patrimônio público.

Art. 156 – Toda importância em dinheiro que for apreendida indevidamente com o reeducando e cuja procedência não for esclarecida reverterá ao Estado.

Parágrafo Único – Se a origem e propriedade forem legítimas, a importância será depositada no pecúlio reserva do reeducando, sem prejuízo das sanções disciplinares previstas.

Art. 157- Na ocorrência do falecimento do reeducando, o saldo será entregue a familiares, atendidas as disposições pertinentes.

TÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 158- O abuso de poder exercido contra o reeducando será punido administrativamente, sem prejuízo da apuração da responsabilidade penal.

Art.159 – Cada unidade prisional adotará, atendendo suas peculiaridades, horário próprio para tranca e destranca das celas.

Art.160- A cada mês do ano civil os Diretores ou Administradores das unidades prisionais, encaminharão ao Secretário Adjunto do Sistema Prisional, relatório circunstanciado das atividades e funcionamento da respectiva unidade.

Art. 161 - Os funcionários da Unidade Prisional cuidarão para que sejam observados e respeitados os direitos e deveres dos reeducandos respondendo, nos termos da legislação própria, pelos resultados adversos a que derem causa, por ação ou omissão.

§ 1º - No exercício de suas funções, os funcionários não deverão compactuar com os reeducandos nem praticar atos que possam atentar contra a segurança, ordem ou disciplina, mantendo diálogo com os reeducandos dentro dos limites funcionais;

§ 2º - Os agentes prisionais levarão ao conhecimento da autoridade competente as reivindicações dos reeducandos objetivando uma solução adequada, bem como as ações ou omissões dos mesmos, que possam comprometer a boa ordem na Unidade Prisional.

Art.162 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a direção do Estabelecimento comunicará imediatamente o Juiz da Execução, a Coordenadoria do Sistema Prisional e também solicitará a presença da Polícia técnica e Delegados.

Parágrafo Único – Falecendo o reeducando, os valores e bens devidamente inventariados, serão entregues aos familiares.

Art.163- Em caso de danos ao Estabelecimento a Diretoria oferecerá a Coordenadoria do Sistema Prisional relatório circunstanciado objetivando avaliar os prejuízos e elucidar as irregularidades, encaminhando os resultados a quem de direito.

Parágrafo Único – Cabe ao reeducando ressarcir o Estado pelos danos causados, ao patrimônio físico e material da Unidade Prisional.

Art. 164- Os casos omissos serão resolvidos pelo diretor da Unidade em conjunto com a Coordenadoria do Sistema Prisional, com o conhecimento da Secretaria Adjunta do Sistema Prisional.

Art.165 - Estas normas fazem parte integrante do Regimento Interno Padrão das unidades prisionais do Estado de Mato Grosso, que entrará em vigor após a sua aprovação.

Art. 166- No prazo de 90 (noventa) dias após a publicação deste Regimento Interno, a Secretaria Adjunta do Sistema Prisional, elaborará, atendidas as peculiaridades, Regimento próprio para cada unidade prisional, respeitadas as normas contidas neste Regimento.

Art. 167- As disposições deste Regimento Interno serão de aplicação imediata.

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ANEXO X

LEI COMPLEMENTAR Nº 146, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2003 - D.O. 29.12.03.

Dispõe sobre a Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO , tendo em vista o que

dispõe o art. 45 da Constituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei complementar:

TÍTULO I DA DEFENSORIA PÚBLICA

CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei complementar regula a organização da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, as atribuições e funcionamento dos seus órgãos e dispõe sobre a carreira de seus membros.

Art. 2º A Defensoria Pública é instituição essencial à atuação jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica, judicial e extrajudicial e a defesa, em todos os graus de jurisdição, aos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, e art. 1º da Lei Complementar Federal nº 80, de 12 de janeiro de 1994.

§ 1º Considera-se juridicamente necessitado o declaradamente pobre na forma da lei. § 2º À Defensoria Pública é conferido o direito de apurar o estado de carência dos seus

assistidos. Art. 3º Compete à Defensoria Pública: I - promover extrajudicialmente conciliação entre as partes em conflito de interesses; II - patrocinar a ação penal privada e a subsidiária da pública; III - patrocinar a ação civil; IV - patrocinar defesa em ação penal; V - patrocinar defesa em ação civil; VI - atuar como curador especial, nos casos previstos em lei; VII - exercer a defesa da criança e do adolescente; VIII - atuar junto aos estabelecimentos policiais e penitenciários, visando assegurar à pessoa

pobre, sob quaisquer circunstâncias, o exercício dos direitos e garantias individuais compatíveis com a situação jurídica do patrocinado;

IX - assegurar aos seus assistidos em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral, o contraditório e a ampla defesa, com recursos e meios a ela inerentes;

X - atuar junto aos juizados especiais cíveis e criminais; XI - patrocinar os direitos e interesses do consumidor necessitado lesado.

§ 1º A defesa da criança e do adolescente caberá, especialmente, nas hipóteses previstas no § 3º do art. 227 da Constituição Federal.

§ 2º As funções institucionais da Defensoria Pública serão exercitadas mesmo que contra as pessoas jurídicas de direito público e as demais pessoas jurídicas por aquelas criadas.

Art. 4º A Defensoria Pública é instituição com autonomia funcional, e terá dotação orçamentária própria.

Art. 5º Aos membros da Defensoria Pública fica assegurado prazo em dobro e intimação pessoal no exercício das funções institucionais, em qualquer processo e grau de jurisdição, nos termos do art. 128, I, da Lei Complementar Federal nº 80/94.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA CAPÍTULO I

DOS ÓRGÃOS DA DEFENSORIA PÚBLICA Art. 6º A Defensoria Pública é composta pelos seguintes órgãos:

I - Órgãos de Administração Superior: a) Defensoria Pública-Geral do Estado; b) Subdefensoria Pública-Geral do Estado; c) Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado; d) Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado;

II - Órgãos de Atuação: a) Defensorias Públicas do Estado; b) Núcleos da Defensoria Pública do Estado;

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III - Órgãos de Execução: a) Procuradores da Defensoria Pública; b) Defensores Públicos de Entrância Especial; c) Defensores Públicos de 3ª Entrância; d) Defensores Públicos de 2ª Entrância; e) Defensores Públicos de 1ª Entrância; f) Defensores Públicos Substitutos.

CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DA DEFENSORIA PÚBLICA

Seção I Do Defensor Público-Geral e do Subdefensor Público-Geral

Art. 7º A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso tem por chefe o Defensor Público-Geral do Estado, com prerrogativas e representação de Secretário de Estado, escolhido dentre os Procuradores da Defensoria Pública, maiores de 35 (trinta e cinco) anos, indicados em lista tríplice, e nomeado pelo Governador do Estado, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

§ 1º A formação da lista tríplice dar-se-á mediante voto secreto de todos os membros da Defensoria Pública do Estado, e dela constará o nome dos candidatos mais votados.

§ 2º Integrarão a lista tríplice os três Procuradores da Defensoria Pública mais votados e, ocorrendo empate, terá preferência, sucessivamente:

I - o mais antigo na classe; II - o mais antigo na carreira; III - o de maior tempo de serviço público em geral; IV - o de mais idade.

Art. 8º A destituição do Defensor Público-Geral, por iniciativa motivada de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Superior da Defensoria Pública, deverá ser apreciada pelo Chefe do Poder Executivo que poderá decidir pela destituição.

Parágrafo único Na hipótese de vacância do cargo do Defensor Público Geral, assumirá a Chefia da Defensoria Pública o Subdefensor Público-Geral que, na qualidade de Presidente do Conselho Superior, no prazo de 10 (dez) dias, convocará novas eleições que deverão realizar-se dentro de 30 (trinta) dias da publicação do edital.

Art. 9º O Defensor Público-Geral poderá convocar para auxilia-lo, por prazo determinado, comprovada a necessidade do serviço, até dois membros estáveis da Defensoria Pública.

Art. 10 O Defensor Público-Geral é substituído em suas faltas, impedimentos, licenças e férias pelo Subdefensor Público-Geral do Estado e, na falta deste, pelo Corregedor-Geral.

Art. 11 Ao Defensor Público-Geral do Estado compete: I - dirigir a instituição, bem como superintender, coordenar e orientar as atividades dos

seus membros, promovendo atos da gestão administrativa, financeira e de pessoal; II - representar a instituição judicial e extrajudicialmente; III - velar pelo cumprimento da finalidade da instituição; IV - planejar e executar a política da assistência jurídica e judiciária em todo o Estado,

firmando, se necessário, convênios com entidades públicas ou privadas; V - encaminhar expedientes para nomeação, exoneração, aposentadoria dos membros da

Instituição, dentre outros; VI - aplicar a sanção de remoção compulsória, aos membros da instituição, após a

aprovação pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior, assegurada a ampla defesa; VII - propor ao Conselho Superior a aplicação das sanções de demissão e cassação de

aposentadoria de membros da Instituição, submetendo a conclusão da votação ao Governador do Estado, para a aplicação das penas;

VIII - efetivar a colocação em disponibilidade do membro estável, após a aprovação por voto de dois terços do Conselho Superior;

IX - expedir ordens e instruções normativas aos órgãos, agentes e servidores da instituição;

X - fiscalizar as atividades de todos os órgãos, agentes e servidores da instituição, sem prejuízo da fiscalização afeta ao Corregedor-Geral;

XI - autorizar o afastamento dos membros da instituição; XII - dirimir dúvidas e conflitos de atribuições entre órgãos da instituição; XIII - proferir decisões nas sindicâncias e procedimentos administrativos disciplinares

presididos ou não pelo Corregedor-Geral; XIV - baixar o Regimento da instituição; XV - instaurar processo disciplinar contra membros e servidores da Defensoria Pública, ao

receber representação interna ou externa, bem como por recomendação do Corregedor-Geral ou do Conselho Superior;

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XVI - abrir concursos públicos para provimento de cargo na carreira de Defensor Público, de servidores e de estagiários da instituição;

XII - determinar correições extraordinárias; XIII - presidir as sessões ordinárias do Conselho Superior e convocar e presidir as sessões

extraordinárias; XIX - declarar a ineficácia da nomeação do membro que, injustificadamente, não entrar

em efetivo exercício no prazo de l0 (dez) dias, prorrogável por mais 10 (dez); XX - declarar a vacância dos cargos de membros da Defensoria Pública e dos servidores

da Instituição; XXI - dar posse aos Defensores Públicos e lotá-los em seus respectivos órgãos de atuação; XXII - integrar, como membro nato, a presidência das Comissões de Concursos para a

carreira de Defensor Público Substituto do Estado e cargos de servidores do quadro administrativo da Instituição em todos os níveis, e de estagiários, salvo impedimento legal;

XXIII - requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias à atuação da Defensoria Pública;

XXIV - recomendar, motivadamente, a realização de exame de sanidade mental em membros da Instituição, resguardado o devido processo legal;

XXV - adir ao gabinete, no interesse do serviço, membro estável da Defensoria Pública, para o desempenho de atribuição específica;

XXVI - decidir, em grau de recurso final, sobre pedidos de assistência jurídica gratuita; XXVII - exercer outras atribuições previstas em lei ou no Regimento da Defensoria

Pública, compatíveis com a chefia da Instituição; XXVIII - promover por merecimento o membro da Defensoria Pública indicado em lista

tríplice, e efetuar a promoção por antigüidade, conforme deliberação do Conselho Superior. Parágrafo único Para desempenho de suas funções, o Defensor Público-Geral poderá

requisitar, na Capital, de órgão estadual, e no interior, de órgão municipal, transporte de qualquer natureza, para si, para qualquer membro da instituição ou para os servidores da Defensoria-Geral, à realização de serviço funcional da Defensoria.

Art. 12 Todas as decisões do Defensor Público-Geral serão motivadas e publicadas, salvo os casos de sigilo previstos em lei.

Art. 13 O Subdefensor Público-Geral do Estado será escolhido pelo Defensor Público-Geral, dentre os integrantes do quadro de Procuradores, e nomeado pelo Governador do Estado.

Art. 14 Ao Subdefensor Público-Geral, compete: I - auxiliar o Defensor Público-Geral nos assuntos de interesse da Instituição;

II - desincumbir-se das tarefas e delegações que lhe forem determinadas pelo Defensor Público-Geral.

Seção II Do Conselho Superior da Defensoria Pública

Art. 15 O Conselho Superior da Defensoria Pública é órgão consultivo, normativo e decisório. Art. 16 O Conselho Superior é integrado pelo Defensor Público-Geral, pelo Subdefensor Público-

Geral e pelo Corregedor-Geral, como membros natos, e por 04 (quatro) Procuradores da Defensoria Pública. Art. 17 Os membros do Conselho Superior serão escolhidos por voto secreto e obrigatório de

todos os membros estáveis da instituição, para mandato de 02 (dois) anos, facultada a reeleição. Parágrafo único É vedada a elegibilidade de Procuradores submetidos à aplicação de

sanções disciplinares a menos de 02 (dois) anos das inscrições dos candidatos. Art. 18 As eleições serão realizadas conforme instruções baixadas pelo Defensor Público-Geral. Art. 19 Caso haja vacância do cargo de Conselheiro, este será preenchido pelo Procurador que

houver alcançado o maior número de votos dentre os não-eleitos. Parágrafo único O Procurador da Defensoria Pública que for nomeado para a vaga de

Conselheiro que não terminou o mandato, apenas o completará. Art. 20 O Conselho Superior será presidido pelo Defensor Público-Geral e, em sua falta, pelo

Subdefensor Público-Geral. Art. 21 São atribuições do Conselho Superior:

I - exercer o poder normativo; II - recomendar ao Defensor Público-Geral a instauração de procedimento administrativo

para a apuração de irregularidades contra membros da Defensoria Pública, sem prejuízo das recomendações do Corregedor-Geral;

III - votar as proposições de aplicação de remoção compulsória, demissão e cassação de aposentadoria aos membros da Defensoria Pública, que só serão aprovadas por votos de 2/3 (dois terços) de seus membros;

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IV - opinar sobre as representações oferecidas pelo Defensor Público-Geral e pelo Corregedor-Geral, quando solicitado seu pronunciamento pelo Defensor Público-Geral;

V - recomendar ao Defensor Público-Geral a aplicação de sanções disciplinares aos membros da Instituição, sem prejuízo das recomendações do Corregedor-Geral;

VI - representar ao Defensor Público-Geral sobre qualquer assunto que interesse à organização da Defensoria Pública ou à disciplina de seus membros;

VII - decidir sobre a avaliação do estágio probatório dos membros da Instituição, submetendo sua decisão à homologação do Defensor Público-Geral;

VIII - decidir sobre a suspensão do estágio probatório dos membros da Instituição, atendendo proposição fundamentada do Corregedor-Geral;

IX - recomendar as medidas necessárias ao regular funcionamento da Defensoria Pública, a fim de assegurar o seu prestígio e a consecução de seus fins;

X - recomendar correição extraordinária; XI - opinar acerca das remoções voluntárias e das permutas dos integrantes da carreira da

Defensoria Pública; XII - regulamentar a forma pela qual será manifestada a recusa à promoção; XIII - organizar as listas anuais de promoção por antigüidade e as listas por merecimento; XIV - atualizar as listas de antigüidade dos membros da Defensoria Pública na data de

ocorrência da vaga; XV - julgar recursos atinentes à formação das listas de antigüidade e de merecimento,

interpostas pelos membros da Instituição; XVI - conhecer e julgar recursos contra decisão em processo administrativo disciplinar,

mantendo ou não a decisão imputada, por voto de dois terços de seus membros; XVII - decidir acerca da destituição do Corregedor-Geral, por voto de dois terços de seus

membros, mediante proposta do Defensor Público-Geral; XVIII - formar lista sêxtupla para a escolha do Corregedor-Geral; XIX - exercer outras atribuições compatíveis com suas funções consultivas, normativas e

decisórias, previstas ou não em lei ou no Regimento da instituição. XX - indicar ao Defensor Público-Geral, em lista tríplice, os candidatos à remoção ou

promoção por merecimento, na forma do art. 65 desta lei complementar; XXI - indicar o nome do mais antigo membro da Defensoria Pública para remoção ou

promoção por antigüidade; XXII - decidir sobre a estabilidade de membros da Defensoria Pública; XXIII - autorizar o afastamento de membro da Defensoria Pública, nos casos em que se

pretenda freqüentar curso de aperfeiçoamento e estudo, no País ou no exterior; XXIV - decidir acerca da disponibilidade de membro da Defensoria Pública, por voto de

2/3 (dois terços) do Conselho Superior, mediante proposta do Defensor Público-Geral; XXV - homologar a indicação do Corregedor-Geral Adjunto, a ser designado pelo

Defensor Público-Geral, nos termos do art. 25, § 2º, desta lei complementar; XXVI - exercer outras atribuições previstas em lei.

Art. 22 As decisões do Conselho Superior serão motivadas e publicadas, salvo os casos de sigilo previsto em lei.

Parágrafo único Nos casos não previstos nesta lei complementar, a deliberação do Conselho Superior dar-se-á por votos da maioria absoluta de seus membros.

Art. 23 O Conselho Superior da Defensoria Pública poderá ser dividido em órgãos especiais de consultas.

Seção III Da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública

Art. 24 A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública é órgão de fiscalização da atividade funcional e da conduta dos membros e dos servidores da instituição.

Art. 25 A Corregedoria-Geral da Defensoria Pública é exercida pelo Corregedor-Geral indicado dentre os Procuradores da Defensoria Pública, em lista sêxtupla formada pelo Conselho Superior e nomeado pelo Governador do Estado, para mandato de 02 (dois) anos, permitida uma recondução.

§ 1º O Corregedor-Geral será auxiliado, quando necessário, por um Corregedor-Geral Adjunto, de sua livre escolha dentre os Procuradores, homologado pelo Conselho Superior e designado pelo Defensor Público-Geral.

§ 2º O Corregedor-Geral da Defensoria Pública será substituído em suas faltas, licenças, férias e impedimentos, pelo Corregedor-Geral Adjunto e, em sua falta, pelo Procurador mais antigo;

§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destituído por proposta do Defensor Público-Geral, pelo voto de 2/3 (dois terços) do Conselho Superior, antes do término do mandato.

§ 4º No caso da destituição do Corregedor-Geral, o Conselho Superior, no prazo de 03 (três) dias, elaborará nova lista, na forma do caput deste artigo.

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Art. 26 À Corregedoria-Geral da Defensoria Pública compete: I - inspecionar, em caráter permanente, as atividades dos membros da Defensoria Pública;

II - sugerir, fundamentadamente, ao Defensor Público-Geral o afastamento de membro da Defensoria Pública que esteja sendo submetido à correição, sindicância ou processo administrativo disciplinar, quando cabível;

III - propor, fundamentadamente, ao Conselho Superior a suspensão do estágio probatório de Defensor Público Substituto;

IV - receber e analisar os relatórios circunstanciados dos membros da Defensoria Pública, proferindo parecer fundamentado, informando ou sugerindo ao Defensor Público-Geral o que for necessário;

V - recomendar ao Defensor Público-Geral a aplicação de qualquer espécie de sanção disciplinar, bem como a exoneração de Defensor Público Substituto que não esteja cumprindo com as condições do estágio probatório;

VI - receber e processar as representações contra os membros da Defensoria Pública, encaminhando-as, com parecer, ao Defensor Público-Geral;

VII - propor, fundamentadamente, ao Defensor Público-Geral instauração de procedimento administrativo disciplinar contra membros da Defensoria Pública e seus servidores;

VIII - acompanhar o estágio probatório dos Defensores Públicos Substitutos; IX - apresentar ao Defensor Público-Geral, em janeiro de cada ano, relatório das

atividades desenvolvidas no ano anterior; X - prestar ao Defensor Público-Geral e ao Conselho Superior, em caráter sigiloso, as

informações que lhe forem solicitadas sobre a atuação funcional de membro da Defensoria Pública; XI - manter prontuário, permanentemente atualizado, de cada um dos membros da

Defensoria Pública, para efeitos de promoção por merecimento; XII - elaborar o Regimento da Corregedoria-Geral, submetendo-o à apreciação do

Conselho Superior para a devida homologação; XIII - exercer outras atividades, compatíveis com suas atribuições, que lhe sejam

conferidas por lei ou pelo Regimento da instituição. Seção IV

Da Defensoria Pública do Estado Art. 27 A Defensoria Pública do Estado prestará assistência jurídica aos necessitados, em todos os

graus de jurisdição e instâncias administrativas do Estado. Parágrafo único À Defensoria Pública do Estado caberá interpor recursos aos Tribunais

Superiores, quando cabíveis. Seção V

Dos Núcleos da Defensoria Pública do Estado Art. 28 A Defensoria Pública do Estado exercerá suas funções institucionais através de Núcleos.

§ 1º Poderão ser criados Núcleos da Defensoria Pública para prestação de assistência jurídica específica, inclusive a extrajudicial e a exercida junto a complexos penitenciários e presídios, os quais serão providos por membros da instituição, regularmente lotados ou especialmente designados pelo Defensor Público-Geral.

§ 2º A criação dos Núcleos da Defensoria Pública dar-se-á através de resolução que atenderá ao interesse público e à conveniência administrativa e regulamentada pelo Regimento da Instituição.

§ 3º Os Núcleos da Defensoria Pública do Estado serão dirigidos por Defensor Público-Coordenador, designado pelo Defensor Público-Geral, dentre os integrantes da carreira, competindo-lhes, além do exercício de suas funções:

I - integrar e orientar as atividades desenvolvidas pelos Defensores Públicos que atuem em sua área de competência;

II - encaminhar ao Defensor Público-Geral a escala de férias dos membros da Defensoria Pública em atuação sob a sua coordenação;

III - remeter, mensalmente, ao Corregedor-Geral, relatório de suas atividades e dos Defensores Públicos que atuem em sua área de competência;

IV - zelar pela disciplina da realização dos serviços e fiel observância ao cumprimento do horário forense pelo Núcleo, informando à Administração Superior acerca da existência de quaisquer irregularidades que possam comprometer a qualidade e a boa condução dos trabalhos;

V - exercer as funções que forem delegadas pelo Defensor Público-Geral. Seção VI

Dos Procuradores da Defensoria Pública Art. 29 Os Procuradores da Defensoria Pública do Estado ocupam a categoria mais elevada da

carreira. Art. 30 O quadro de Procuradores da Defensoria Pública do Estado é composto por 20 (vinte)

Procuradores. Art. 31 O acesso ao cargo de Procurador ocorrerá entre os Defensores Públicos de Entrância

Especial.

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§ 1o Vagando o cargo de Procurador, os Defensores Públicos integrantes da Entrância Especial poderão concorrer ao cargo vago, por antigüidade e merecimento.

§ 2º Os critérios de antigüidade e merecimento serão os mesmos adotados para promoção dos Defensores Públicos, a que se referem os arts. 59 usque 64, desta lei complementar.

§ 3º O Defensor Público de Entrância Especial poderá inscrever-se à vaga de Procurador, observada as instruções baixadas pelo Defensor Público-Geral.

§ 4º O Defensor Público-Geral fará publicar através de edital a vacância do cargo, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 5º Cabe ao Conselho Superior analisar e decidir a escolha do Procurador.

Art. 32 Aos Procuradores da Defensoria Pública, no exercício de suas atribuições, compete: I - arrazoar, quando necessário, recursos interpostos por membros da Defensoria Pública, contra-arrazoar recursos das partes adversas, se necessário, e realizar sustentação oral ou apresentar memorial nos recursos interpostos pelos Defensores Públicos;

II - remeter relatório mensal de suas atividades à Corregedoria-Geral; III - comunicar ao Defensor Público-Geral, ao Conselho Superior e ao Corregedor-Geral,

conforme o caso, as irregularidades e deficiências observadas na atuação dos Defensores Públicos de 1ª Instância; IV - comparecer, obrigatoriamente, às seções dos órgãos judiciais junto aos quais oficiará; V - interpor recursos para tribunal de instância superior e promover a revisão criminal, se

cabíveis; VI - executar outras atribuições compatíveis com a atuação em 2ª Instância ou conferidas

em lei ou pelo Regimento Interno da instituição. Seção VII

Dos Defensores Públicos Art. 33. Aos Defensores Públicos compete:

I - atender os necessitados em horários pré-fixados; II - tentar a composição amigável das partes, antes de promover a ação cabível, sempre

que julgar conveniente; III - praticar atos inerentes à postulação e defesa dos juridicamente necessitados,

providenciando para que os feitos tenham normal tramitação e utilizando-se de todos os recursos legais; IV - propor a ação penal privada e a subsidiária da pública nos casos em que a parte for

juridicamente necessitada; V - exercer a função de curador especial de que tratam os Códigos de Processo Penal e

Processo Civil, salvo quando tal encargo a lei atribuir especificamente a outrem; VI - exercer a função de curador nos processos em que ao juiz competir a nomeação,

inclusive a de curador a lide do interditando quando a interdição for pedida pelo órgão do Ministério Público e na Comarca não houver tutor judicial;

VII - exercer a função de Defensor do vínculo matrimonial, em 1ª Instância; VIII - requerer a transferência de presos para local adequado, quando necessário; IX - requerer, com absoluta prioridade, a internação de menores abandonados ou infratores

em estabelecimentos adequados; X - diligenciar, com absoluta prioridade, as medidas necessárias ao assentamento do

registro civil de nascimento dos menores abandonados; XI - requerer o arbitramento e o recolhimento aos cofres públicos dos honorários

advocatícios, quando devidos; XII - representar ao Ministério Público, nos casos de sevícias e maus-tratos à pessoa do

assistido; XIII - defender, no processo criminal, os réus que não tenham defensor constituído,

inclusive os revéis; XIV - defender os interesses dos juridicamente necessitados contra as pessoas de Direito

Público; XV - prestar orientação jurídica aos juridicamente necessitados, inclusive no âmbito

extrajudicial; XVI - prestar orientação jurídica ao encarcerado; XVII - prestar assistência jurídica ao consumidor; XVIII - executar com presteza os serviços que lhes forem distribuídos pelo Defensor

Público-Geral e por superiores hierárquicos; XIX - apresentar relatório mensal de suas atividades; XX - supervisionar, sob a coordenação dos órgãos superiores, a ação dos estagiários que

lhes são subordinados; XXI - observar as normas obrigatórias à Defensoria Pública;

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PLANO DIRETOR DO SISTEMA PENITENCIÁRIO

DO ESTADO DE MATO GROSSO

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XXII - promover a ação civil pública em favor das associações que incluam, entre suas finalidades, a proteção ao meio ambiente ou de outros interesses difusos e coletivos, e nos demais casos definidos em lei;

XXIII - promover, com absoluta prioridade, a defesa da criança e do adolescente, assegurando-lhes os direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal e da lei.

§ 1º O Defensor Público poderá deixar de promover a ação quando verificar não ser cabível ou não oferecer probabilidades de êxito, informando ao Defensor Público-Geral as razões de seu proceder.

§ 2º Os honorários advocatícios devidos ao Defensor Público, em razão de sua atuação funcional, serão recolhidos aos cofres públicos do Estado e constituirão receita vinculada ao Fundo Especial de que trata o art. 179 desta lei complementar.

§ 3º Aos Membros da Defensoria Pública é vedada a atuação fora do respectivo Núcleo onde estiver lotado, salvo com autorização expressa do Defensor Público-Geral ou, quando por este designado.

TÍTULO III DA CARREIRA DOS DEFENSORES PÚBLICOS

CAPÍTULO I DA CARREIRA

Art. 34 A carreira de Defensor Público é organizada em classes e entrâncias, sendo constituída de cargos de provimento efetivo, providos, na classe inicial, por concurso público de provas e títulos assim estruturados:

I - Procurador da Defensoria Pública, que atuará em 2ª Instância; II - Defensor Público de Entrância Especial, com lotação nos órgãos de atuação das

Comarcas de Entrância Especial; III - Defensor Público de 3ª Entrância, com lotação nos órgãos de atuação das Comarcas

de 3ª Entrância; IV - Defensor Público de 2ª Entrância, com lotação nos órgãos de atuação das Comarcas

de 2ª Entrância; V - Defensor Público de 1ª Entrância, com lotação nos órgãos de atuação das Comarcas de

1ª Entrância; VI - Defensor Público Substituto, com designação para exercer as funções

preferencialmente nos órgãos de atuação das Comarcas de 1ª Entrância, em auxílio ou substituição ao titular, sendo a classe inicial da carreira.

§ 1º O Defensor Público Substituto efetivar-se-á, no cargo de Defensor de 1ª Entrância, quando confirmado na carreira, após cumprir o estágio probatório de três anos.

§ 2º Os Defensores Públicos Substitutos poderão ser designados excepcionalmente para exercerem as funções em Comarcas de Entrância mais elevada, por necessidade imperiosa dos serviços institucionais.

§ 3º A lotação dos Defensores Públicos Substitutos será feita quando da sua efetivação nas funções após cumprido o estágio probatório e confirmado no cargo de Defensor de 1ª Entrância.

CAPÍTULO II DO CONCURSO E DA COMISSÃO DE CONCURSO

Seção I Do Concurso

Art. 35 O concurso para ingresso na carreira de Defensor Público será promovido pela Defensoria Pública do Estado com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, e terá validade de até 02 (dois) anos, prorrogável uma vez, por igual período.

Art. 36 O Conselho Superior da Defensoria Pública, através de Resolução, definirá as normas relativas à realização do Concurso Público de Provas e Títulos, para ingresso na carreira de Defensor Público Substituto do Estado.

Art. 37 Ainda que inscrito, e até julgamento final do concurso, qualquer candidato poderá ser excluído se verificado, pela Comissão de Concurso, desatendimento de exigência legal, cabendo pedido de reconsideração ao Conselho Superior da Defensoria Pública, com efeito suspensivo.

Art. 38 O Regulamento do Concurso elaborado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública conterá as instruções e requisitos para ingresso na carreira, de conformidade com as disposições constitucionais e legais aplicáveis.

Seção II Da Comissão de Concurso

Art. 39 A Comissão de Concurso será constituída pelo Defensor Público-Geral, 03 (três) Procuradores da Defensoria Pública e 01 (um) membro representante da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 1º Além dos Membros efetivos de que trata o caput deste artigo, integrarão a Comissão de Concurso, 02 (dois) Procuradores suplentes.

§ 2º O Defensor Público-Geral oficiará à Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso, solicitando a indicação, no prazo de 15 (quinze) dias, de seu representante e respectivo suplente, para integrarem a Comissão.

§ 3º As decisões da Comissão de Concurso serão tomadas por maioria de votos.

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Art. 40 O Regimento do Conselho Superior da Defensoria Pública disporá sobre a organização e o funcionamento da Comissão de Concurso, nos termos desta lei complementar.

CAPÍTULO III DA NOMEAÇÃO, POSSE, LOTAÇÃO, EXERCÍCIO, ESTÁGIO PROBATÓRIO E TEMPO DE SERVIÇO.

Seção I Da Nomeação, Posse e Lotação.

Art. 41 A nomeação para a classe inicial da carreira de Defensor Público será feita pelo Governador do Estado, observado a ordem de classificação no concurso.

Art. 42 O Defensor Público deverá tomar posse dentro de 30 (trinta) dias, a contar da publicação do ato de nomeação no Diário Oficial do Estado, podendo o prazo ser prorrogado por igual período, havendo motivo de força maior, a critério do Defensor Público-Geral.

§ 1º Em se tratando de funcionário em licença ou em qualquer outro afastamento legal, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 2º A nomeação tornar-se-á sem efeito se a posse não se der dentro dos prazos previstos neste artigo.

§ 3º A posse será dada pelo Defensor Público-Geral, em sessão solene perante o Conselho Superior, mediante assinatura do termo de compromisso de desempenhar com retidão as funções do cargo e de cumprir as Constituições e as leis.

Art. 43 São condições indispensáveis para a posse dos Defensores Públicos Substitutos nomeados:

I - comprovar aptidão física e psíquica, através de inspeção médica do órgão de perícia oficial do Estado;

II - estar, até a data da posse, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; III - apresentar declaração de bens. Parágrafo único Em caso de candidato ocupante de cargo incompatível com o exercício

da advocacia, a comprovação de que trata o inciso II deste artigo, poderá ser feita no prazo de 60 (sessenta) dias, mediante apresentação do pedido de inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, sob pena de invalidação da posse.

Art. 44 Entende-se por lotação a específica distribuição dos membros da Defensoria Pública em seus órgãos de atuação.

§ 1º O membro da Defensoria Pública terá lotação em órgão de atuação da instituição, ao qual se vincula pela garantia da inamovibilidade, excetuando-se a situação do ocupante do cargo inicial da carreira em estágio probatório, e as demais previstas nesta lei complementar.

§ 2º Nos órgãos de atuação, os membros da Defensoria Pública regularmente lotados, ou expressamente designados, exercerão as funções como titular.

§ 3º A designação terá sempre caráter eventual e se resultar em afastamento de seu titular, com prejuízo das funções, dependerá da anuência deste.

§ 4º Os Procuradores da Defensoria Pública terão lotação nas Procuradorias Criminais e Cíveis e exercerão as suas funções nos órgãos judiciários de 2ª Instância.

§ 5o Os Procuradores que exercem suas atividades nas Procuradorias Criminais e Cíveis, a que se refere o parágrafo anterior, não poderão ser removidos das respectivas Procuradorias, salvo se a pedido ou por permuta.

§ 6º É defeso ao Defensor Público ou Procurador, exercer as suas funções, quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou na colateral, até o terceiro grau, no mesmo Núcleo da Defensoria ou Câmara, respectivamente, em 1º ou 2º Grau de jurisdição.

Seção II Do Exercício

Art. 45 O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo e seu início, a interrupção e reinício serão registrados nos assentamentos funcionais do membro da Defensoria Pública.

§ 1º No prazo de 05 (cinco) dias da posse, o Defensor Público-Geral designará o órgão de atuação junto ao qual o Defensor Público Substituto exercerá as suas funções.

§ 2º O Defensor Público-Geral, se exigir o interesse do serviço público, poderá determinar que o Defensor Público Substituto entre em exercício imediatamente após a posse.

§ 3º O membro da Defensoria Pública comprovará o ingresso em exercício junto ao órgão de atuação, mediante declaração, sob as penas da lei.

Art. 46 O membro da Defensoria Pública deverá entrar em exercício dentro de 10 (dez) dias, contados:

I - da data da posse, para o Defensor Público Substituto; II - da data da publicação do ato de promoção ou remoção, independentemente de novo

compromisso, para os demais. § 1º Não fará jus ao período de trânsito, devendo assumir incontinenti suas novas funções,

apenas interrompidas as anteriores, o Defensor Público promovido ou removido dentro da mesma Comarca.

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§ 2º Quando promovido ou removido durante o gozo de férias ou licença, o prazo para o membro da Defensoria Pública entrar em exercício contar-se-á de seu término.

§ 3º No caso de promoção, remoção ou designação, com prejuízo das suas funções, o membro da Defensoria Pública comunicará imediatamente a interrupção de suas funções anteriores e o exercício do novo cargo ou funções ao Defensor Público-Geral.

Art. 47 O Defensor Público Substituto que, sem motivo justo, deixar de entrar em exercício dentro do prazo fixado nesta lei complementar será exonerado do cargo.

Art. 48 A promoção ou a remoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento na carreira, a partir da data da publicação do ato concessivo.

Art. 49 São considerados como efetivo exercício os dias em que o membro da Defensoria Pública estiver afastado de suas funções em razão de:

I - licenças previstas no art. 88 desta lei complementar, exceto o seu inciso VII; II - férias; III - participação de cursos ou seminários de aperfeiçoamento e estudos, no país ou no

exterior, de duração máxima de 02 (dois) anos e mediante prévia autorização do Conselho Superior da Defensoria Pública;

IV - trânsito, quando removido ou promovido; V - disponibilidade remunerada; VI - exercício de outro cargo, emprego ou função de nível equivalente ou superior na

administração direta ou indireta, desde que autorizado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública; VII - designação pelo Defensor Público-Geral para:

a) realização de atividade de relevância para a instituição; b) direção de Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional da Defensoria

Pública; VIII - os demais casos previstos em lei. § 1º Não será permitido o afastamento das funções durante o estágio probatório. § 2º Não constitui acumulação e é considerado como de efetivo exercício o desempenho

de atividades em: a) organismos estatais afetos à área de atuação da Defensoria Pública; b) Centro de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional da Defensoria Pública,

reconhecido pela instituição; c) entidade sindical da Defensoria Pública; d) cargos na Administração Superior; e) participação em comissões de sindicância ou Processo Administrativo

Disciplinar, como membro ou Defensor, este atuando junto às Comissões. Seção III

Do Estágio Probatório Art. 50 A contar da data de início do exercício no cargo e pelo período de três anos, o Defensor

Público Substituto cumprirá estágio probatório, durante o qual será apurada a conveniência de sua confirmação na carreira, mediante a verificação dos seguintes requisitos:

I - disciplina; II - eficiência no desempenho das funções; III - responsabilidade; IV - produtividade; V - assiduidade; VI - idoneidade moral. § 1º Até 30 (trinta) dias anteriores ao término do estágio probatório, o Conselho Superior

deverá pronunciar-se sobre o atendimento, pelo candidato, dos requisitos fixados para a confirmação na carreira. § 2º Antes de completados os 03 (três) anos do estágio probatório, a decisão, proferida

nos termos do § 1º, poderá ser revista, se comprovada a infringência dos requisitos para a confirmação na carreira. § 3º O Defensor Público Substituto não aprovado no estágio probatório será exonerado

antes de completar 03 (três) anos de efetivo exercício. Art. 51 Findo o estágio probatório, o Conselho Superior divulgará, através de publicação no

Diário Oficial do Estado, a relação dos Defensores Públicos que obtiveram estabilidade na carreira. Seção IV

Tempo de Serviço Art. 52 A apuração do tempo de serviço na entrância como na carreira serão feitos em dias,

convertidos em anos e meses, à razão de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias por ano e 30 (trinta) dias por mês. Parágrafo único O Defensor Público-Geral, anualmente, no mês de janeiro, publicará a lista dos membros da Defensoria Pública com a respectiva antigüidade na entrância, nos termos desta lei complementar.

CAPÍTULO IV DA REMOÇÃO, PROMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO.

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Seção I Disposições Gerais

Art. 53 Os cargos da carreira da Defensoria Pública serão providos por nomeação, remoção ou promoção, conforme o estabelecido nesta lei complementar.

Parágrafo único Na mesma entrância, a remoção precederá à promoção. Art. 54 Verificada a vaga para remoção ou promoção, o Defensor Público-Geral fará publicar, no

prazo máximo de 30 (trinta) dias, edital para preenchimento do cargo, com a indicação do órgão de atuação correspondente e do critério de provimento, salvo se ainda não instalado o órgão de atuação.

Parágrafo único O Conselho Superior da Defensoria Pública, na forma do seu Regimento, apreciará e decidirá, nos termos desta lei complementar, os casos de provimento dos cargos de que trata este artigo.

Art. 55 A remoção e a promoção voluntária por antigüidade e merecimento, dependerão de prévia manifestação escrita do interessado.

Seção II Da Remoção

Art. 56 A remoção de Defensor Público, de um órgão de atuação para outro da mesma entrância, far-se-á a pedido, por permuta ou será compulsória, sendo esta última sempre por ato motivado do Defensor Público-Geral.

Art. 57 A remoção de membro da Defensoria Pública que atua em 1º ou 2º grau de jurisdição será: I - a pedido, para cargo que se ache vago; II - por permuta entre membros da Defensoria Pública, para cargo de igual entrância; III - compulsória, para igual entrância, por motivo de interesse público, mediante proposta

do Defensor Público-Geral, ouvido o Conselho Superior e assegurada ampla defesa em procedimento administrativo. § 1º A remoção a pedido far-se-á por ato do Defensor Público-Geral em processo

regularmente instaurado, pelo prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação do ato que declarou vago o órgão de atuação a ser preenchido, sendo deferido o pedido do membro da Defensoria Pública que cumprir os requisitos do art. 60 desta lei complementar.

§ 2º A remoção por permuta far-se-á por ato do Defensor Público-Geral, a pedido dos interessados, ouvido o Conselho Superior em sua primeira reunião, observando-se o disposto no art. 60 desta lei complementar.

§ 3º Somente após a apreciação dos pedidos de remoção voluntária ou por permuta, o Conselho fará a indicação dos membros da Defensoria Pública para a promoção, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 54 desta lei complementar.

§ 4º Enquanto a remoção compulsória não se efetivar por falta de vaga, o membro da Defensoria Pública ficará em disponibilidade.

Art. 58 Será permitida a remoção por permuta entre membros da Defensoria Pública do mesmo grau de jurisdição, observado, além do disposto nos artigos anteriores, o seguinte:

I - o pedido escrito e conjunto, formulado por ambos os pretendentes; II - a renovação de remoção por permuta só será permitida após o decurso de 02 (dois)

anos, quando se tratar de pedido entre membros da Defensoria Pública que atua em 1º grau de jurisdição. Seção III

Da Promoção Art. 59 O acesso na carreira far-se-á de entrância a entrância e da mais alta para Procurador da

Defensoria Pública por antigüidade e merecimento, alternadamente, sendo exigido o interstício de 02 (dois) anos de efetivo exercício na entrância inferior, podendo o mesmo ser dispensado, quando não houver candidatos com os requisitos necessários.

Parágrafo único A antigüidade será apurada na entrância e o merecimento pela atuação do membro da Defensoria Pública em toda a carreira, sendo obrigatória a promoção do membro da Defensoria Pública que figurar por 03 (três) vezes consecutivas ou 05 (cinco) alternadas em lista de merecimento.

Art. 60 Somente poderá ser indicado para promoção o membro da Defensoria Pública que: I - requerer sua inscrição no prazo de 10 (dez) dias, a contar da publicação da vaga no

Diário Oficial, devendo constar, no requerimento, relatório demonstrativo de estar com o serviço em dia; II - não tenha sofrido pena disciplinar, no período de 02 (dois) anos anterior ao pedido de inscrição respectivo.

Art. 61 A promoção por antigüidade dos Defensores Públicos regular-se-á pela data na qual se iniciou o exercício; pela posse, se o exercício iniciou-se na mesma data; pelo maior tempo de efetivo exercício na carreira; pelo maior tempo de serviço público em geral e pela idade, sucessivamente.

Parágrafo único O membro da Defensoria Pública poderá interpor recurso ao Conselho Superior sobre sua posição no quadro respectivo, dentro de 10 (dez) dias da publicação da lista no Diário Oficial.

Art. 62 Na indicação por antigüidade, o Conselho Superior somente poderá recusar o membro da Defensoria Pública mais antigo pelo voto de 2/3 (dois terços) de seus integrantes.

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Art. 63 A lista de merecimento, observado o disposto no § 3º, do art. 116, da Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública, resultará dos 03 (três) nomes mais votados pelo Conselho Superior, desde que obtida a maioria de votos, procedendo-se, para alcançá-la, a tantas votações quantas necessárias, vedado o voto de qualidade.

Parágrafo único Poderá ser indicado à promoção por merecimento um número inferior de candidatos, na impossibilidade da formação de lista tríplice, em razão da inexistência de mais de 02 (dois) Defensores Públicos na entrância.

Art. 64 Na aferição do merecimento será levado em consideração: I - a conduta do membro da Defensoria Pública na sua vida pública e particular e o

conceito de que goza na comarca, segundo as observações feitas em correições, visitas de inspeção, informações idôneas e do mais que conste dos seus assentamentos;

II - a pontualidade e a dedicação no cumprimento das obrigações funcionais, a atenção às instruções da Defensoria Pública-Geral, da Corregedoria-Geral e demais órgãos superiores, aquilatados pelos relatórios de suas atividades, pelas observações feitas nas correições e inspeções permanentes ou extraordinárias e pelas anotações constantes de seus assentamentos funcionais;

III - a eficiência do desempenho de suas funções verificada através de referências dos Procuradores em sua inspeção permanente, dos elogios insertos em julgamentos dos Tribunais, da publicação de trabalhos de sua autoria e das observações feitas em correições e visitas de inspeção;

IV - a contribuição à organização e melhoria dos serviços judiciais e correlatos na Comarca, bem como ao aperfeiçoamento da Defensoria Pública do Estado;

V - o aprimoramento de sua cultura jurídica, através de freqüência e aprovação em cursos de aperfeiçoamento mantidos ou reconhecidos pela Defensoria Pública, publicação de livros, teses, estudos, artigos e obtenção de prêmios relacionados com sua atividade funcional;

VI - a atuação em comarca que apresente peculiar dificuldade ao exercício das funções, a critério do Conselho Superior.

Art. 65 O Conselho Superior da Defensoria Pública encaminhará ao Defensor Público-Geral a lista de promoção por merecimento, comunicando-lhe a ordem dos escrutínios, o número de votos obtidos e quantas vezes os indicados entraram em listas anteriores.

Art. 66 Cabe ao Defensor Público-Geral efetivar a promoção, dentre os indicados pelo Conselho Superior, no prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento do respectivo expediente.

Art. 67 Não poderá concorrer à promoção por merecimento o membro da Defensoria Pública: I - que estiver exercendo funções estranhas à instituição; II - que estiver afastado de suas funções em razão do exercício de cargo eletivo; III - que tiver sido removido compulsoriamente, enquanto a pena aplicada não for revista

ou o apenado não for reabilitado. Seção IV

Da Substituição Art. 68 A designação para auxílio ou substituição dos membros da Defensoria Pública far-se-á

dentre os integrantes de igual entrância na carreira. Parágrafo único Excepcionalmente, os membros da Defensoria Pública poderão ser

substituídos por necessidade de serviço, por ocupante de cargo de entrância inferior ou superior. CAPÍTULO V

DOS DIREITOS E VANTAGENS Seção I

Das Garantias e Prerrogativas Art. 69 Não há qualquer relação de hierarquia ou de subordinação entre os membros da

Defensoria Pública, Magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos merecer o mesmo tratamento, baseado na consideração e respeito mútuos.

Art. 70 O membro da Defensoria Pública está sujeito ao regime jurídico especial estabelecido nesta e na Lei Complementar Federal nº 80/94, e goza das garantias da inamovibilidade e da irredutibilidade de seus subsídios, bem como de independência no exercício de suas atribuições.

Art. 71 Os membros da Defensoria Pública não estão sujeitos a ponto. Art. 72 O membro da Defensoria Pública representa a parte, exercendo a advocacia em feito

administrativo ou judicial, independentemente de instrumento de mandato, estando habilitado à prática de qualquer ato decorrente do exercício de suas funções institucionais, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes especiais.

Art. 73 O membro da Defensoria Pública, após 03 (três) anos de efetivo exercício, será considerado estável na carreira e somente poderá ser demitido em razão de processo administrativo no qual se lhe assegure a ampla defesa.

Art. 74 Os mandados de segurança contra atos do Defensor Público-Geral serão processados e julgados, originariamente, pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Art. 75 O membro da Defensoria Pública, nos crimes comuns e de responsabilidade, será processado e julgado, originariamente, pelo Tribunal de Justiça do Estado.

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Art. 76 A prisão ou detenção de membro da Defensoria Pública, em qualquer circunstância, será imediatamente comunicada ao Defensor Público-Geral, sob pena de responsabilidade de quem não a fizer, e só será efetuada em sala especial de Estado-Maior ou em prisão especial, com direito a privacidade e, após sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em dependência separada, no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena.

Art. 77 São prerrogativas do membro da Defensoria Pública, dentre outras que lhe sejam conferidas por lei, ou que forem inerentes ao seu cargo, as seguintes:

I - usar distintivos e vestes talares, privativas da Defensoria Pública; II - receber igual tratamento ao dispensado aos Magistrados e demais titulares dos cargos

das funções essenciais à justiça; III - possuir carteira de identidade funcional expedida em conformidade com o

regulamento baixado pelo Defensor Público-Geral, valendo em todo o território nacional como cédula de identidade e porte de arma, assegurando-se ainda trânsito livre, quando no exercício de suas atribuições;

IV - requisitar de qualquer autoridade pública e de seus agentes ou de entidade privada exames, certidões, perícias, vistorias, diligência, processos, documentos, informações, esclarecimentos e providências necessárias ao exercício de suas atribuições;

V - ter nos edifícios dos fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios do Estado, salas privativas, condignas e permanentes, das quais somente poderá ser removido com a prévia anuência do Defensor Público-Geral;

VI - fazer respeitar, em nome da liberdade, do direito de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu gabinete e dos seus arquivos;

VII - comunicar-se, pessoal e reservadamente, com o preso ou com o menor internado, tendo livre acesso e trânsito em qualquer dependência onde se encontrarem, em especial nos estabelecimentos penais, policiais, civis ou militares;

VIII - examinar, em qualquer repartição pública, inclusive policial ou judicial, autos de flagrante, inquérito, processo e outros, quando necessários à coleta de provas ou de informações úteis ao exercício de suas atribuições;

IX - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo ou inquérito, em dia e hora previamente ajustados com as autoridades competentes;

X - recusar-se a depor e a ser ouvido como testemunha, em processo no qual funciona ou deve funcionar, sobre fato relacionado à pessoa cujo direito esteja a defender, ou haja defendido, ainda que por ela autorizado;

XI - agir em juízo ou fora dele, na defesa de seu assistido, com dispensa de taxas, emolumentos e custas processuais, além de outras isenções previstas em lei;

XII - não ser constrangido, por qualquer modo ou forma, a agir em desconformidade com a sua consciência ético-profissional.

Parágrafo único Quando no curso de investigação policial, houver indício de prática de infração penal por membro da Defensoria Pública do Estado, a autoridade policial, civil ou militar, comunicará imediatamente o fato ao Defensor Público-Geral, que designará membro da Defensoria Pública para acompanhar a apuração de forma sigilosa.

Seção II Dos Subsídios

Art. 78 O subsídio do membro da Defensoria Pública deverá ser fixado, observando-se o disposto nos arts. 37, XI, 135, 150, II e 153, III, da Constituição Federal, em nível condizente com a relevância da função e de forma a compensar as vedações e incompatibilidades específicas que lhe são impostas e a constituir real atrativo em relação às demais carreiras jurídicas.

Art. 79 Os subsídios dos membros da Defensoria Pública serão fixados com diferença de 10% (dez por cento) de uma para outra entrância, inclusive do Defensor Público Substituto para o Defensor Público de 1ª entrância, ou da entrância mais elevada para o cargo de Procurador, conforme Anexo Único.

§ 1º O subsídio do Defensor Público-Geral do Estado será o equivalente ao de Secretário de Estado.

§ 2º O Procurador investido no cargo de Subdefensor Público do Estado e Corregedor-Geral, fará jus ao acréscimo de 5% (cinco por cento) de seu subsídio.

Seção III Das Vantagens

Art. 80 Aos subsídios dos membros componentes da Defensoria Pública poderão ser acrescidas as seguintes vantagens, nos termos desta lei complementar:

I - ajuda de custo, para despesa de transporte e mudança; II - diárias; III - gozo de férias anuais remuneradas com acréscimo de 1/3 (um terço) calculado sobre

os subsídios; IV - abono de natal com base no subsídio integral ou no valor dos proventos da

aposentadoria;

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V - licença-prêmio de 03 (três) meses, adquirida em cada período de 05 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público do Estado de Mato Grosso, a ser usufruída a critério do Defensor Público-Geral.

§ 1o A ajuda de custo, para atender as despesas de mudança e transporte, em virtude de promoção ou remoção compulsória, será de 30% (trinta por cento) sobre o subsídio do cargo efetivo.

§ 2o Na hipótese em que a remoção ou a promoção não implique mudança na sede de atuação do membro da Defensoria Pública, não será devida a ajuda de custo.

Seção IV Das Férias

Art. 81 Os membros da Defensoria Pública terão direito às férias anuais, coletivas e individuais, iguais aos membros da Magistratura e do Ministério Público.

Parágrafo único Não terão direito a férias coletivas, mas gozarão férias individuais compensatórias, no prazo máximo de 02 (dois) anos da data original, os membros da Defensoria Pública que, por resolução do Defensor Público-Geral, ficarem de plantão nas épocas indicadas, bem como os que tiverem suas férias indeferidas ou interrompidas.

Art. 82 O Defensor Público-Geral entrará em gozo de férias comunicando o fato, com uma semana de antecedência ao Conselho Superior da Defensoria Pública.

Art. 83 O Defensor Público-Geral, por portaria, organizará a escala de férias individuais, atendendo às exigências do serviço.

Art. 84 Ao entrar em gozo de férias individuais e ao reassumir o exercício do cargo, o membro da Defensoria Pública fará as devidas comunicações ao Defensor Público-Geral.

§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo deverá constar: I - relatório demonstrando que os serviços estão em dia; II - endereço onde poderá ser encontrado.

§ 2º A inobservância ao disposto nos incisos I e II do parágrafo anterior poderá importar em suspensão das férias sem prejuízo das cominações legais cabíveis.

Art. 85 Por necessidade de serviço, o Defensor Público-Geral poderá indeferir pedido de férias, bem como determinar que o membro da Defensoria Pública em gozo de férias reassuma imediatamente o exercício do seu cargo.

§ 1º O Defensor Público a que competir oficiar perante o Tribunal do Júri não poderá gozar férias no mesmo período em que houver previsão de reunião do citado Tribunal.

§ 2º O Defensor Público a que competir oficiar perante a Justiça Militar não poderá gozar férias no mesmo período em que houver previsão de julgamento pelo Conselho Permanente de Justiça.

Art. 86 O membro da Defensoria Pública, só após o primeiro ano de efetivo exercício, adquirirá direito às férias.

Art. 87 Durante as férias, serão asseguradas todas as vantagens do cargo. Seção V

Das Licenças Subseção I

Das Disposições Gerais Art. 88 Conceder-se-á licença:

I - para tratamento de saúde; II - por motivo de doença em pessoa da família; III - à gestante, à adotante e paternidade; IV - para atividade política; V - para exercício de mandato eletivo; VI - licença especial; VII - para tratar de interesse particular; VIII - para casamento; IX - por luto.

Art. 89 Ao membro da Defensoria Pública que entrar em gozo de licença aplica-se o disposto no art. 84, § 1º, II, desta lei complementar.

Art. 90 O membro da Defensoria Pública licenciado não poderá exercer qualquer função inerente ao seu cargo; nem, em relação a este, e desde que incompatível, desempenhar qualquer atividade pública ou particular.

Art. 91 As licenças do Defensor Público-Geral serão concedidas pelo Conselho Superior e as dos membros da Defensoria Pública pelo Defensor Público-Geral.

Parágrafo único A licença prevista nos incisos V, VI, VII e VIII, do art. 88, deverá ser submetida à apreciação do Conselho Superior da Defensoria Pública.

Subseção II Da Licença para Tratamento de Saúde e Doença de Pessoa da Família

Art. 92 As licenças para tratamento de saúde serão concedidas ao Defensor Público pelo Defensor Público-Geral, à vista de atestado médico.

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Parágrafo único A licença para tratamento de saúde, por tempo superior a trinta dias, dependerá de laudo passado por junta médica oficial.

Art. 93 O membro da Defensoria Pública poderá obter licença, por motivo de doença em pessoa de ascendente, descendente, cônjuge ou companheira e irmãos, mesmo que não viva às suas expensas, provando ser indispensável a sua assistência à pessoa, mediante laudo médico respectivo.

Subseção III Da Licença à Gestante, Paternidade e Adoção.

Art. 94 À gestante será concedida licença, com vencimentos integrais, pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias.

§ 1º A licença poderá ser concedida a partir do oitavo mês de gestação, salvo prescrição médica em contrário.

§ 2º No caso de parto anterior a concessão, o prazo da licença se contará desse evento. § 3º A licença de que trata este artigo será concedida à vista de atestado médico.

Art. 95 Ao membro da Defensoria Pública será concedida licença-paternidade de 05 (cinco) dias, contados da data do nascimento do filho.

Art. 96 Será concedida ao membro da Defensoria Pública adotante, a partir da concessão do termo de guarda ou da adoção, licença para afastamento em período que obedecerá a seguinte proporção em relação à idade do adotado:

I - de zero a dois anos, 120 (cento e vinte) dias; II - de mais de dois até quatro anos, 90 (noventa) dias; III - de mais de quatro até seis anos, 60 (sessenta) dias; IV - de mais de seis até doze anos, 30 (trinta) dias.

Subseção IV Da Licença para o Desempenho de Atividade Política e Exercício de Mandato Eletivo

Art. 97 Será concedida ao membro da Defensoria Pública licença para concorrer a mandato público eletivo bem como para exercê-lo, nos termos das disposições da legislação eleitoral e das normas da legislação estadual aplicável aos servidores públicos em geral.

Art. 98 O membro da Defensoria Pública eleito para exercer mandato público federal, estadual ou municipal, ficará afastado do cargo a partir da posse.

§ 1º O membro da Defensoria Pública investido no mandato de Prefeito Municipal será afastado do cargo, desde a posse, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração.

§ 2º O membro da Defensoria Pública investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

§ 3º No caso de afastamento do cargo, nas hipóteses previstas neste artigo, o membro da Defensoria Pública continuará contribuindo para o órgão da previdência e assistência do Estado, como se em exercício estivesse, contando o tempo de serviço para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por merecimento.

Subseção V Da Licença Especial

Art. 99 Ao membro da Defensoria Pública, após 05 (cinco) anos ininterruptos de serviço público, é assegurado o direito de gozar licença especial por assiduidade de 03 (três) meses, com subsídios inerentes ao cargo.

Parágrafo único A licença especial não pode ser gozada por período inferior a 30 (trinta) dias.

Subseção VI Da Licença para Tratar de Interesse Particular

Art. 100 Ao membro da Defensoria Pública que tenha completado o estágio probatório, poderá ser concedida licença para tratar de interesse particular, desde que não prejudique o serviço, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos, sem subsídio.

§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, por iniciativa do membro da Defensoria Pública ou no interesse do serviço.

§ 2º Ao membro da Defensoria Pública em gozo de licença a que se refere este artigo, aplica-se às restrições previstas em lei, descontando-se o tempo de licença para todos os efeitos.

Subseção VII Da Licença para Casamento

Art. 101 O membro da Defensoria Pública poderá afastar-se do serviço, em decorrência do casamento, pelo período de 08 (oito) dias.

Parágrafo único Ao afastar-se, o membro da Defensoria Pública comunicará ao Defensor Público-Geral a data do afastamento e o tempo de sua duração.

Subseção VIII Da Licença por Luto

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Art. 102 O membro da Defensoria Pública poderá afastar-se do serviço, por luto, em virtude de falecimento do cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmãos, sogros, noras e genros, por período de até 08 (oito) dias, aplicando-se o disposto no parágrafo único, do artigo anterior.

Seção VI Da Aposentadoria e Disponibilidade

Subseção I Da Aposentadoria

Art. 103 Os membros da Defensoria Pública serão aposentados: I - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade; II - a pedido, quando contar com o tempo de serviço exigido pela legislação em vigor; III - a pedido ou compulsoriamente, por invalidez comprovada. § 1º Na hipótese do inciso I, ao completar a idade limite para a permanência no serviço, o

Defensor Público afastar-se-á do exercício, comunicando seu afastamento ao Defensor Público-Geral do Estado, para formalização da aposentadoria.

§ 2º A aposentadoria de que trata o item III será concedida mediante comprovação da incapacidade física ou mental do membro da Defensoria Pública, e precedida de licença para tratamento de saúde, em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo se o laudo médico concluir, desde logo, pela incapacidade definitiva para o exercício do cargo.

Subseção II Da Disponibilidade

Art. 104 Em caso de extinção de cargo da carreira da Defensoria Pública do Estado, seu titular, se estável, será colocado em disponibilidade remunerada, aguardando seu aproveitamento em cargo de atribuições e remunerações compatíveis com o anteriormente ocupado.

Seção VII Da Reintegração, Reversão e Aproveitamento

Subseção I Da Reintegração

Art. 105 A reintegração, que decorrerá de decisão administrativa ou sentença judicial transitada em julgado, é o retorno do membro da Defensoria Pública ao cargo, com ressarcimento dos subsídios, com seus respectivos reajustes, deixados de perceber em razão do afastamento, inclusive a contagem do tempo de serviço.

§ 1º Achando-se provido o cargo no qual foi reintegrado o membro da Defensoria Pública, o seu ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 2º O membro da Defensoria Pública reintegrado será submetido à inspeção médica e, se considerado incapaz, será aposentado compulsoriamente com as vantagens a que teria direito se efetivada a reintegração.

Subseção II Da Reversão

Art. 106 A reversão é o reingresso na carreira da Defensoria Pública, a pedido ou de ofício, quando insubsistentes os motivos da aposentadoria.

§ 1º A reversão far-se-á em vaga preenchível por merecimento na entrância ou cargo a que pertencia o aposentado.

§ 2º Não poderá reverter ao cargo o membro da Defensoria Pública aposentado que contar mais de 60 (sessenta) anos de idade.

§ 3º Na reversão ex-officio, não será obedecido o limite estabelecido no parágrafo anterior, se a aposentadoria tiver sido concedida por motivo de incapacidade física ou mental posteriormente sanada.

§ 4º Será cassada a aposentadoria se o aposentado não comparecer à inspeção de saúde na reversão ex-officio ou não entrar em exercício no prazo legal.

Subseção III Do Aproveitamento

Art. 107 O aproveitamento é o retorno à carreira do membro da Defensoria Pública posto em disponibilidade.

§ 1º O aproveitamento será voluntário ou por determinação do Defensor Público-Geral, no caso de provimento de vaga na mesma Comarca em que o membro da Defensoria Pública estava lotado.

§ 2º Havendo mais de 01 (um) concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público em geral.

Art. 108 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o membro da Defensoria Pública não tomar posse no prazo legal, salvo no caso de doença comprovada em inspeção médica.

Parágrafo único Comprovada a incapacidade definitiva em inspeção médica, o membro da Defensoria Pública será aposentado.

CAPÍTULO VI DOS DEVERES, PROIBIÇÕES E IMPEDIMENTOS.

Seção I

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Dos Deveres e Proibições Art. 109 São deveres do membro da Defensoria Pública:

I - ter conduta irrepreensível na vida pública e particular, pugnando pelo prestígio da Justiça e velando pela dignidade de suas funções, bem como pelo respeito aos membros da Instituição, Magistrados, membros do Ministério Público e advogados;

II - comparecer diariamente, no horário normal do expediente, à sede do órgão onde funcione, exercendo os atos do seu ofício;

III - desempenhar com zelo e presteza os serviços a seu cargo e os que, na forma da lei, lhes forem atribuídos pelo Defensor Público-Geral;

IV - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários, auxiliares da justiça e aos que estiverem sob a sua subordinação direta, bem como aos seus superiores hierárquicos e aos servidores a eles vinculados;

V - zelar pela regularidade dos feitos em que funcionar e, de modo especial, pela observância dos prazos legais;

VI - observar o sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos em que atuar e, especialmente, nos que tramitam em segredo de justiça;

VII - velar pela boa administração dos bens confiados a sua guarda; VIII - representar ao Defensor Público-Geral sobre as irregularidades de que tenha

conhecimento em razão do cargo ou que ocorram nos serviços que lhe foram afetos; IX - encaminhar à Corregedoria-Geral, até o quinto dia útil do mês, relatório das

atividades desenvolvidas no mês anterior para aferição da eficiência, zelo e presteza no desempenho das suas atribuições; X - observar as normas e instruções da Defensoria Pública, assim como prestar as

informações solicitadas pelos órgãos da administração superior da instituição; XI - atender ao expediente forense e assistir aos atos judiciais, quando obrigatórios ou,

conveniente a sua presença, salvo nos casos em que tenha de proceder diligências indispensáveis ao exercício de suas atribuições, quando deverá providenciar a necessária substituição;

XII - residir na sede do Juízo na qual servir, dela só podendo se ausentar, nos dias úteis, com autorização expressa do Defensor Público-Geral;

XIII - atender com presteza à solicitação de outros membros da Defensoria Pública para acompanhar os atos judiciais ou diligências que devam se realizar na área que exerça suas atribuições.

Art. 110 Além das proibições decorrentes do exercício de cargo público, aos membros da Defensoria Pública é vedado, especialmente:

I - exercer a advocacia fora das atribuições institucionais; II - empregar em seu expediente expressões ou termo desrespeitoso à justiça e às

autoridades constituídas, bem como infringir os preceitos de ética profissional; III - afastar-se do exercício das funções da Defensoria Pública durante o período do

estágio probatório; IV - valer-se da qualidade de membro da Defensoria Pública para desempenhar atividades

estranhas às suas funções; V - aceitar cargo ou exercer funções fora dos casos autorizados em lei; VI - revelar segredo que conheça em razão de cargo ou função; VII - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como quotista ou

acionista; VIII - abandonar seu cargo ou função; IX - requerer, advogar ou praticar em juízo ou fora dele, atos que de qualquer forma

colidam com as funções inerentes ao seu cargo, ou com os preceitos éticos de sua profissão; X - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas

processuais, em razão de suas atribuições. Seção II

Dos Impedimentos e Suspeições Art. 111 Os membros da Defensoria Pública não podem participar de comissão, banca de

concurso, ou de qualquer decisão, quando o julgamento ou votação disser respeito a seu cônjuge ou companheiro, ou parente consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau.

Art. 112 Os membros da Defensoria Pública estão impedidos de servir conjuntamente com Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Defensor Público ou escrivão que sejam parentes, consangüíneos ou afins, até o terceiro grau.

Art. 113 O membro da Defensoria Pública dar-se-á por suspeito ou impedido nos casos previstos na legislação processual e, se não o fizer, poderá tal circunstância ser argüida por qualquer interessado.

Parágrafo único Quando o membro da Defensoria Pública considerar-se suspeito por questão de foro íntimo, comunicará o fato ao Defensor Público-Geral.

TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

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CAPITULO I DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL

Seção I Das Disposições Gerais

Art. 114 O membro da Defensoria Pública responde penal, civil e administrativamente pelo exercício irregular de suas funções.

Art. 115 A atividade funcional dos membros da Defensoria Pública estará sujeita à fiscalização permanente, através de inspeções e correições realizadas na forma do regulamento e desta lei complementar.

Art. 116 A responsabilidade administrativa dos membros da Defensoria Pública apurar-se-á, sempre, através de sindicância ou processo disciplinar, promovidos pelo Defensor Público-Geral.

Seção II Das Inspeções e das Correições

Art. 117 A atividade funcional dos membros da Defensoria Pública está sujeita a: I - inspeção permanente; II - correição ordinária; III - correição extraordinária.

Art. 118 A inspeção permanente será procedida pelos Procuradores da Defensoria Pública, ao examinar os autos em que devam oficiar, e pelo Corregedor-Geral, no desempenho de suas funções, quando entender conveniente e oportuno.

Parágrafo único O Corregedor-Geral, de ofício ou à vista das apreciações sobre a atuação dos membros da Instituição, enviadas pelos Procuradores da Defensoria Pública fará aos Defensores Públicos, oralmente ou por escrito, em caráter reservado, as recomendações ou observações que julgar cabíveis, dando-lhes ciência dos elogios e mandando consignar em seus assentamentos as devidas anotações.

Art. 119 A correição ordinária será efetuada, pessoalmente, pelo Corregedor-Geral, para verificar a regularidade do serviço, a eficiência e a pontualidade dos membros da Defensoria Pública no exercício de suas funções bem como o cumprimento das obrigações legais e das determinações da Defensoria Pública-Geral, da Corregedoria-Geral e do Conselho Superior da Defensoria Pública.

Art. 120 A correição extraordinária será realizada, pessoalmente, pelo Corregedor-Geral, de ofício

ou por solicitação do Defensor Público-Geral ou do Conselho Superior da Defensoria Pública. Art. 121 Qualquer pessoa poderá reclamar ao Corregedor-Geral sobre os abusos, erros ou

omissões dos membros da Defensoria Pública. Art. 122 Concluída a correição o Corregedor-Geral apresentará ao Defensor Público-Geral um

relatório circunstanciado mencionando os fatos observados, as providências adotadas e propondo, se for o caso, as de caráter disciplinar ou administrativa que excedam de suas atribuições, informando, também, a respeito dos aspectos moral, intelectual e funcional dos membros da Defensoria Pública.

Parágrafo único O relatório de correição será sempre levado ao conhecimento do Conselho Superior da Defensoria Pública.

Art. 123 Para auxiliá-lo nas correições, o Corregedor-Geral poderá requisitar outros membros da Defensoria Pública.

Art. 124 Sempre que, em correição ou visita de inspeção, o Corregedor-Geral verificar a violação dos deveres e proibições impostos aos membros da Defensoria Pública, tomará notas reservadas do que coligir examinando os autos, livros e papéis e das informações que obtiver.

Parágrafo único Quando as acusações se basearem em documentos ou na investigação a que se refere este artigo, se verificar a ocorrência de falta passível de pena disciplinar, o Corregedor-Geral recomendará a instauração de procedimento administrativo disciplinar, ao Defensor Público-Geral.

Seção III Das Infrações e Sanções Disciplinares

Art. 125 São infrações disciplinares: I - falta de cumprimento do dever funcional previsto nas leis, nos regulamentos e nas

determinações legítimas escritas ou verbalmente emanadas por superior hierárquico; II - desrespeitar as determinações dos Órgãos da Administração Superior da instituição; III - referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da administração pública,

qualquer que seja o meio empregado para esse fim; IV - acumular cargo ou função pública, ressalvadas as exceções previstas em lei; V - receber comissões, presentes ou auferir vantagem de qualquer espécie, em razão das

atribuições que exerce; VI - retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou

objeto da Instituição; VII - participar da gerência ou administração de empresa, qualquer que seja a sua

natureza, exercer comércio ou participar de sociedade comercial, salvo como acionista, cotista ou comanditário; VIII - utilizar-se do anonimato para qualquer fim;

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IX - deixar de comunicar, imediatamente, à autoridade competente as faltas ou irregularidades que haja presenciado ou de que tenha tido ciência;

X - deixar de oficiar com presteza nos processos que lhe forem encaminhados ou com vistas, retardando-os e desatendendo aos prazos legais, sem motivo que justifique;

XI - negligenciar ou descumprir a execução de qualquer ordem legítima, emanada de superior hierárquico, bem como aconselhar ou concorrer para não ser cumprida ou para que seja retardada a sua execução;

XII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento de obrigação ou dever funcional; XIII - não se apresentar, sem motivo justo, ao fim de licença, para o trato de interesses

particulares, férias ou dispensa de serviço ou ainda, depois de saber que qualquer delas foi interrompida por ordem superior;

XIV - negligenciar a guarda de objetos pertencentes à Instituição ou a outra entidade pública ou privada e que, em decorrência da função ou para o seu exercício, lhe tenham sido confiados ou estejam sob sua guarda, possibilitando que se danifiquem ou extraviem;

XV - exercer, a qualquer título, atividade pública ou privada, profissional ou liberal, estranha à Instituição, exceto os casos previstos em lei;

XVI - abandonar o exercício do cargo ou função, sem motivo justo, por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 60 (sessenta) intercalados no período de 12 (doze) meses;

XVII - revelar segredo profissional que conheça em razão do cargo ou função, ressalvados os casos previstos em lei;

XVIII - desviar, aplicar, ou utilizar indevidamente, lesionando os cofres públicos e contrariando as normas da administração pública, dinheiro ou valores sob sua responsabilidade ou concorrer, de qualquer forma, para que tal fato ocorra;

XIX - prevalecer-se abusivamente das prerrogativas da função, delas fazendo uso para tirar proveito próprio ou para terceiro, bem como causar ato lesivo à honra ou ao patrimônio de pessoa natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;

XX - conduta irregular, ainda que na vida privada, desde que incompatibilize o membro da Defensoria Pública para o exercício do cargo ou comprometa o prestígio ou o decoro da instituição;

Art. 126 São aplicáveis aos membros da Defensoria Pública as seguintes sanções disciplinares:

I - advertência; II - suspensão por até 90 (noventa) dias; III - remoção compulsória; IV - demissão; V - cassação da aposentadoria. § 1º Na aplicação das penas disciplinares, serão consideradas a natureza e a gravidade da

infração e os danos dela resultantes para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

§ 2º Serão consideradas circunstâncias agravantes a negligência reiterada para com os deveres, proibições e impedimentos funcionais, e a reincidência.

§ 3º Serão consideradas circunstâncias atenuantes a ausência de antecedentes disciplinares, a prestação de relevantes serviços prestados à Defensoria Pública, bem como ter sido cometida a infração na defesa de garantia ou prerrogativa funcional.

§ 4º Quando se tratar de falta funcional que, por sua natureza e reduzida gravidade, não demande aplicação das penas previstas neste artigo, será o membro da Defensoria Pública recomendado a abster-se da conduta praticada.

Art. 127 A pena de advertência será aplicada, por escrito, de forma reservada, nos casos de violação dos deveres e vedações funcionais, quando o fato não justificar imposição de pena mais grave, incidindo nas seguintes hipóteses:

I - negligência no exercício da função; II - desobediência às determinações e às instruções dos Órgãos da Administração

Superior; III - descumprimento injustificado de designações oriundas dos Órgãos da Administração

Superior; IV - inobservância dos deveres inerentes ao cargo, quando o fato não se enquadrar nos

incisos anteriores. Art. 128 A suspensão será aplicada em caso de reincidência em falta punida com advertência, ou

quando a infração dos deveres e vedações funcionais, pela gravidade, justificar a sua imposição. § 1º A suspensão também será aplicada nas hipóteses de prática, pelo membro da

Defensoria Pública, de infração que constitua crime contra a administração pública ou ato de improbidade administrativa, que não implique na perda da função pública.

§ 2º A suspensão acarretará a perda dos direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo, não podendo ter início durante o período de férias ou de licença.

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§ 3º Quando houver conveniência para o serviço, o Defensor Público-Geral poderá converter a suspensão em multa, no valor de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento, permanecendo o membro da Defensoria Pública no exercício de suas funções.

Art. 129 A remoção compulsória será aplicada sempre que a infração praticada, pela sua gravidade e repercussão tornar incompatível, a permanência do faltoso no órgão de atuação de sua lotação.

Art. 130 Aplicar-se-á a pena de demissão nos casos de infração aos deveres e vedações funcionais graves, tais como:

I - abandono de cargo, pela interrupção injustificada do exercício das funções por mais de 30 (trinta) dias consecutivos ou 60 (sessenta) dias intercalados durante o ano civil;

II - conduta incompatível com o exercício do cargo; III - ineficiência comprovada com caráter de habitualidade, no desempenho dos encargos

de sua competência; IV - reincidência em infração punida com suspensão ou remoção compulsória. Parágrafo único A demissão será também aplicada na hipótese de prática, pelo membro

da Defensoria Pública, de infração que constitua crime contra a administração pública ou ato de improbidade administrativa punível com a perda da função pública, na forma do disposto na lei penal.

Art. 131 A cassação da aposentadoria terá lugar se ficar comprovado que o membro da Defensoria Pública praticou, quando ainda em exercício do cargo, falta suscetível de determinar demissão.

Art. 132 Caracteriza a reincidência, para os efeitos previstos neste Capítulo, com o cometimento pelo membro da Defensoria Pública, de infração disciplinar após a aplicação de penalidade definitiva por outra infração administrativa.

Parágrafo único Na hipótese em que haja transcorrido período igual ou superior a 2 (dois) anos, contados do cumprimento da penalidade pela infração anterior, a reincidência deixa de operar os efeitos previstos neste Capítulo.

Art. 133 Deverão constar do assentamento individual do membro da Defensoria Pública as penas de advertência, suspensão, remoção compulsória, demissão e cassação de aposentadoria, vedada a publicação, exceto naqueles casos que a lei exigir.

Art. 134 Ocorrerá a prescrição: I - em 2 (dois) anos quando a falta for sujeita às penas de advertência, suspensão e

remoção compulsória; II - em 5 (cinco) anos nos demais casos. Parágrafo único Quando a infração constituir também crime contra a administração

pública, a prescrição regular-se-á pelas disposições da lei penal. Art. 135 O curso da prescrição começa a fluir da data em que for cometida a falta e interrompe-se

pela instauração do processo administrativo disciplinar. Parágrafo único O curso da prescrição suspende-se, continuando a correr no prazo

restante, enquanto não resolvida em outro processo de qualquer natureza, questão de que dependa o reconhecimento da infração.

Art. 136 São competentes para aplicar as penas disciplinares: I - o Governador do Estado, no caso de demissão e cassação da aposentadoria; II - o Defensor Público-Geral, nos demais casos.

CAPÍTULO II DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Art. 137 Nenhuma sanção será aplicada a membro da Defensoria Pública sem que lhe seja facultado o direito à ampla defesa, obedecido o devido processo legal. Seção I

Da Sindicância Art. 138 A Sindicância, sempre de caráter sigiloso, será promovida pela Corregedoria-Geral, ou

de ofício pelo Defensor Público-Geral, como preliminar do processo administrativo disciplinar, quando for necessário. Art. 139 A Sindicância será instaurada pelo Corregedor-Geral da Defensoria Pública, através de

despacho motivado, devendo estar concluída no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, salvo motivo de força maior.

Parágrafo único No despacho em que determinar abertura de Sindicância, o Corregedor-Geral poderá solicitar ao Defensor Público-Geral que designe membro da Defensoria Pública para procedê-la.

Art. 140 O Sindicante deverá colher todas as informações necessárias, ouvido o sindicado, as testemunhas e informantes, se houver, bem como proceder à juntada de quaisquer documentos capazes de esclarecer o ocorrido.

Parágrafo único As declarações do sindicado serão consideradas também como meio de defesa.

Art. 141 Encerrada a fase cognitiva, o Corregedor-Geral determinará diligências que entender cabíveis ou fará relatório conclusivo, facultando ao sindicado o prazo de 05 (cinco) dias para se pronunciar.

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Parágrafo único Encerrada a Sindicância, o Corregedor-Geral encaminhará os autos ao Defensor Público-Geral, propondo as medidas cabíveis.

Art. 142 Ao Defensor Público-Geral, no prazo de 15 (quinze) dias, entendendo suficientemente esclarecidos os fatos, caberá a adoção de uma das seguintes medidas:

I - determinar o arquivamento da Sindicância na Corregedoria-Geral, se julgar improcedente a imputação feita ao sindicado;

II - determinar a instauração de processo administrativo disciplinar, nas hipóteses de infração prevista no art.126, caput, desta lei complementar.

Art. 143 Da decisão proferida pelo Defensor Público-Geral caberá recurso ao Conselho Superior da Defensoria Pública, no prazo de 15 (quinze) dias, por uma única vez.

Seção II Do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 144 Compete ao Defensor Público-Geral a instauração de Processo Administrativo Disciplinar contra membro da Defensoria Pública, por proposição da Corregedoria-Geral ou de ofício, para a apuração das faltas previstas no art.126, caput, desta lei complementar.

Art. 145 A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar conterá exposição sucinta dos fatos imputados, sua capitulação legal e a indicação dos componentes da Comissão Processante.

Art. 146 A Comissão Processante a que se refere o artigo anterior será composta pelo Corregedor-Geral da Defensoria, que a presidirá e por mais 02 (dois) membros da Defensoria Pública de entrância igual ou superior à do indiciado, os quais, quando necessário, poderão ser dispensados do exercício de suas funções na Defensoria Pública até a entrega do relatório.

Art. 147 A Comissão Processante deverá iniciar seus trabalhos dentro de 05 (cinco) dias a contar de sua constituição, devendo concluí-los em 60 (sessenta) dias, a partir da citação do indiciado, os quais poderão ser prorrogados por igual prazo por solicitação do Corregedor-Geral, a critério do Defensor Público-Geral.

Art. 148 À Comissão Processante serão assegurados todos os meios necessários ao desempenho de suas funções.

Parágrafo único Os órgãos estaduais e municipais deverão atender com a máxima presteza as solicitações da Comissão, inclusive requisição de técnicos e peritos.

Art. 149 O presidente da Comissão Processante designará dia e hora para a audiência de interrogatório, determinando a citação do indiciado.

§ 1º A citação será feita pessoalmente, com a antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)

horas, devendo o mandado ser acompanhado de cópia da portaria inicial. § 2º Achando-se ausente do lugar em que se encontrar a Comissão Processante, o

indiciado será citado por via postal, em carta registrada com aviso de recebimento, cujo comprovante se juntará ao processo.

§ 3º Não encontrado o indiciado, e ignorado o seu paradeiro, a citação far-se-á por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias, publicada por 02 (duas) vezes no Diário Oficial do Estado.

§ 4º O prazo a que se refere o parágrafo anterior será contado da publicação do último edital, certificando o secretário da Comissão Processante a data da publicação e juntando exemplar do Diário Oficial do Estado.

Art. 150 O indiciado, ao mudar de residência, deverá comunicar à Comissão Processante o local onde poderá ser encontrado.

Art. 151 Na audiência de interrogatório, o indiciado indicará seu defensor, e, se não o quiser ou não puder fazê-lo, o Presidente da Comissão Processante solicitará ao Defensor Público-Geral que designe membro da Defensoria Pública para promover sua defesa.

§ 1º Não comparecendo o indiciado, apesar de regularmente citado, prosseguirá o processo à revelia, com a presença do defensor constituído ou nomeado na forma deste artigo.

§ 2º A qualquer tempo, a Comissão Processante poderá proceder ao interrogatório do indiciado.

§ 3º O defensor do indiciado não poderá intervir ou influir de qualquer modo no interrogatório.

Art. 152 O indiciado, ou seu defensor, no prazo de 05 (cinco) dias, contado da audiência designada para o interrogatório, poderá apresentar defesa prévia, juntar prova documental, requerer diligências e arrolar testemunhas, até o máximo de 08 (oito).

Parágrafo único Será assegurado ao indiciado o direito de participar, pessoalmente ou por seu defensor, dos atos procedimentais, podendo inclusive, requerer provas, contraditar e reinquirir testemunhas, oferecer quesitos e indicar assistentes técnicos.

Art. 153 Findo o prazo do artigo anterior, o Presidente da Comissão Processante, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, designará audiência para inquirição da vítima, se houver, e das testemunhas e informantes arrolados.

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§ 1º Se as testemunhas de defesa não forem encontradas, e o indiciado, no prazo de 03 (três) dias, não indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais termos do processo.

§ 2º No caso de mais de um indiciado, cada um deles será ouvido separadamente, podendo ser promovida acareação, sempre que divergirem em suas declarações.

Art. 154 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da Comissão Processante, devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada ao processo.

Parágrafo único Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será acompanhada de requisição ao chefe da repartição onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que se procederá à inquirição.

Art. 155 Quando a testemunha morar fora da Comarca na qual tramita o Processo Administrativo Disciplinar, poderá o Presidente da Comissão Processante solicitar a inquirição da mesma à autoridade policial competente do lugar de sua residência, expedindo-se para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, questionando-a quanto à matéria a qual deva ser ouvida, e intimando dessa providência, o indiciado.

§ 1º Ante a expedição da precatória, o Presidente da Comissão poderá solicitar ao Defensor Público-Geral o sobrestamento do Processo Administrativo Disciplinar, no prazo marcado para a precatória, que decidirá sobre o pedido em 5 (cinco) dias.

§ 2º Findo o prazo marcado na carta precatória, o Presidente da Comissão dará prosseguimento ao Processo Administrativo Disciplinar, juntando aos autos a precatória, caso seja devolvida.

Art. 156 Poderá ser concedido diárias: I - ao Defensor Público convocado para prestar depoimento, fora da sede da Comarca

onde exerce suas atividades, na condição de indiciado, informante ou testemunha; II - aos membros da Comissão Processante e ao secretário da mesma, quando obrigados a

se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos. Art. 157 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha

trazê-lo por escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a apontamentos. Art. 158 Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não poderão estar presentes, a fim de evitar-

se que uma ouça o depoimento da outra. Art. 159 A testemunha somente poderá eximir-se de depor nos casos previstos na lei penal.

§ 1º No caso de serem arrolados como testemunhas o Governador do Estado, o Vice-Governador do Estado, os Secretários de Estado, o Procurador-Geral do Estado, os Chefes das Casas Civil e Militar, bem como os Presidentes ou Diretores-Presidente das entidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta, e as autoridades federais, estaduais ou municipais de níveis hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento será colhido em dia, hora e local previamente ajustado entre o Presidente da comissão e a autoridade arrolada.

§ 2º No caso em que pessoas estranhas ao serviço público se recusarem a depor perante a

Comissão Processante, seu Presidente poderá solicitar à autoridade policial competente providências no sentido de serem elas ouvidas na polícia, encaminhando, para tanto, à autoridade policial solicitada, a matéria reduzida a itens, sobre o qual devam ser ouvidas.

Art. 160 Não sendo possível concluir a instrução na mesma audiência, o presidente marcará a continuação para outra data, intimando o indiciado e as testemunhas e informantes que devam depor.

Art. 161 Durante o processo, poderá o Presidente, ouvido os demais membros da Comissão Processante, ordenar qualquer diligência que seja requerida ou que julgue necessária ao esclarecimento do fato.

§ 1º Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do indiciado, a Comissão proporá ao Defensor Público-Geral que seja ele submetido a exame por junta médica, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra, preferencialmente do quadro do órgão de perícia oficial do Estado.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o Presidente da Comissão poderá solicitar ao Defensor Público-Geral, o sobrestamento do Processo Administrativo Disciplinar, até a conclusão da perícia.

Art. 162 A Comissão poderá conhecer de acusações novas contra o indiciado ou de denúncia contra outro membro da Defensoria Pública que não figure na portaria.

Parágrafo único Neste caso, a Comissão Processante representará ao Defensor Público-Geral, sobre a necessidade de expedir aditamento à portaria, ou que determine a instauração de Processo Administrativo Disciplinar, contra o infrator.

Art. 163 Constará dos autos a folha de serviço do indiciado. Art. 164 Encerrada a instrução, o indiciado, dentro de 03 (três) dias, terá vista dos autos para

oferecer alegações escritas, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único Havendo mais de um indiciado, os prazos de defesa serão distintos e

sucessivos. Art. 165 Decorrido o prazo estabelecido no artigo anterior, a Comissão Processante, em 15

(quinze) dias, remeterá os autos do Processo Administrativo Disciplinar ao Defensor Público-Geral, com relatório conclusivo, o qual especificará, se for o caso, as disposições legais transgredidas e as sanções aplicáveis.

Parágrafo único Se houver divergência entre os membros da Comissão Processante, no relatório deverão constar as suas razões.

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DO ESTADO DE MATO GROSSO

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Art. 166 Ao Defensor Público-Geral, quando receber o processo, caberá então uma das seguintes medidas:

I - julgar improcedente a imputação feita ao membro da Defensoria Pública, determinando o arquivamento do processo;

II - devolver o processo à Comissão para a realização de diligências que entender indispensáveis à decisão;

III - aplicar ao acusado a penalidade que entender cabível, quando de sua competência; IV - sendo a sanção cabível a de remoção compulsória, encaminhar ao Conselho Superior

prévio parecer; V - sendo a sanção cabível a de demissão ou a de cassação de aposentadoria, encaminhar o

processo ao Governador do Estado. Parágrafo único Da decisão proferida caberá recurso ao Conselho Superior no prazo de

15 (quinze) dias, por única vez. Art. 167 Ao determinar a instauração do Procedimento Administrativo Disciplinar ou no curso

deste, o Defensor Público-Geral poderá ordenar o afastamento provisório do indiciado de suas funções, com decisão fundamentada, desde que necessária à medida para a garantia de regular apuração dos fatos.

§ 1º O afastamento será determinado pelo prazo de até sessenta dias, prorrogável, no mínimo, por igual período.

§ 2º O afastamento dar-se-á sem prejuízo dos direitos e vantagens do indiciado, constituindo medida acautelatória, sem caráter de sanção.

Art. 168 Aplica-se supletivamente ao procedimento disciplinar de que cuida este Capítulo, no que couber, as normas da legislação processual penal e as da legislação aplicável aos servidores civis do Estado. Seção III

Da Revisão Art. 169 Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revisão de processo disciplinar de que tenha resultada

imposição de sanção, sempre que forem alegados vícios insanáveis no procedimento ou fatos e provas, ainda não apreciados, que possam justificar nova decisão.

§ 1º Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade imposta.

§ 2º Não será admitida a reiteração do pedido de revisão pelo mesmo motivo. Art. 170 A revisão poderá ser requerida pelo membro da Defensoria Pública punido ou, em caso

de sua morte, desaparecimento ou interdição, pelo cônjuge ou companheiro, filhos, pais ou irmãos. Art. 171 O pedido de revisão, devidamente instruído, inclusive com o rol das testemunhas, será

dirigido à autoridade que impôs a penalidade, a quem caberá decidir sobre sua admissibilidade. § 1º No caso de indeferimento liminar de parte do Defensor Público-Geral, caberá recurso

ou pedido de reconsideração ao Conselho Superior da Defensoria Pública. § 2º Na hipótese de admissão da revisão, será apensado ao pedido o processo original e o

Defensor Público-Geral constituirá a respectiva Comissão de Revisão, composta por 03 (três) membros da Defensoria Pública de entrância superior ou igual a punido, que não tenham participado do processo disciplinar, a qual, no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, apresentará relatório ao Conselho Superior da Defensoria Pública.

§ 3º O Conselho Superior da Defensoria Pública, no prazo de 30 (trinta) dias, se pronunciará, encaminhando o processo ao Defensor Público-Geral do Estado para ser proferida decisão, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 172 Julgada procedente a revisão, poderá ser cancelada ou modificada a pena imposta ou anulado o processo.

§ 1º Procedente a revisão, o requerente será ressarcido dos prejuízos que tiver sofrido e terá restabelecido todos os direitos atingidos pela sanção imposta.

§ 2º Julgada improcedente a revisão, caberá recurso ao Conselho Superior da Defensoria Pública, no prazo de 15 (quinze) dias, por uma única vez.

§ 3º Nas hipóteses de pedido de revisão de sanção imposta pelo Governador do Estado, o Defensor Público-Geral, ao receber a manifestação do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado encaminhará ao mesmo o processo para decisão.

Art. 173 O membro da Defensoria Pública, punido com a sanção de advertência, poderá requerer ao Defensor Público-Geral o cancelamento da respectiva nota em seus assentamentos, decorridos 03 (três) anos de seu cumprimento.

Parágrafo único O cancelamento será deferido se o procedimento do requerente, no triênio que anteceder ao pedido, autorizar a convicção de que não reincidirá na falta.

TÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS, GERAIS E TRANSITÓRIAS.

Art. 174 A Defensoria Pública poderá celebrar convênios com entidades de ensino superior oficial ou reconhecida, a fim de propiciar estágio profissional aos estudantes de Direito, Serviço Social e Psicologia,

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desempenhando tarefas que lhe forem cometidas em consonância com as instruções baixadas pelo Defensor Público-Geral.

§ 1º O estágio forense do acadêmico de Direito realizado nos termos deste artigo, para a sua validade como serviço de prática forense, dependerá de convênio celebrado com a Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 2º O convênio obedecerá aos termos do art. 145 e parágrafos da Lei Complementar Federal nº 80/94.

Art. 175 O quadro da Defensoria Pública do Estado é composto de Procuradores, Defensores de Entrância Especial, Defensores de 3ª Entrância, Defensores de 2ª Entrância, Defensores de 1ª Entrância e Defensores Públicos Substitutos, que constituem a carreira, e estruturado da seguinte forma:

I - 20 (vinte) cargos de Procuradores; II - 46 (quarenta e seis) cargos de Defensores de Entrância Especial; III - 35 (trinta e cinco) cargos de Defensores de 3a Entrância; IV - 24 (vinte e quatro) cargos de Defensores de 2a Entrância; V-35 (trinta e cinco) cargos de Defensores de 1a Entrância. Parágrafo único Enquanto não for preenchido os cargos de Defensores descritos neste

artigo, referente as diversas entrâncias, o Conselho Superior através de proposta do Defensor Público-Geral, poderá efetuar a promoção de Defensor Público Substituto para Entrância mais elevada, tendo em vista a excepcionalidade do quadro da Defensoria Pública, permanecendo os requisitos do artigo 50, como pressupostos para a confirmação na carreira.

Art. 176 É gratuita a publicação no Diário Oficial do Estado dos atos e editais de interesse da Defensoria Pública.

Art. 177 Os prazos previstos nesta lei complementar serão contados em dias corridos. § 1º Computar-se-ão os prazos, excluídos o dia do começo e incluído o do vencimento. § 2º Os prazos somente começam a fluir do primeiro dia útil após a publicação, a citação,

a intimação ou a notificação pessoal. Art. 178 A Defensoria Pública elaborará sua proposta orçamentária, dentro dos limites

estabelecidos na respectiva Lei de Diretrizes Orçamentárias, com liberação mensal dos seus recursos em duodécimo. Art. 179 Fica autorizada a criação do Fundo de Aperfeiçoamento Jurídicos da Defensoria Pública

do Estado - FUNADEP - que será constituído dos seguintes recursos: I - honorários de sucumbência pagos a favor da Defensoria Pública; II - recursos orçamentários; III - doações. Parágrafo único O Fundo de Aperfeiçoamento Jurídico da Defensoria Pública do Estado

- FUNADEP - será administrado pelo Defensor Público-Geral, competindo ao Conselho Superior da Defensoria Pública regulamentar a utilização dos seus recursos.

Art. 180 No prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da publicação desta lei complementar, o

Poder Executivo encaminhará projeto de lei criando os cargos necessários a atender aos serviços administrativos da Defensoria Pública.

Art. 181 Do total dos cargos de provimento efetivo para a realização do concurso público no âmbito da Defensoria Pública do Estado, 5% (cinco por cento) serão destinados a pessoas portadoras de deficiência física, contanto que esta deficiência não seja incompatível com o exercício da atividade profissional.

Parágrafo único Na hipótese de não-preenchimento de 5% (cinco por cento) das vagas por deficientes físicos, poderá a Defensoria Pública convocar pessoas não portadoras de deficiência, desde que tenham sido aprovadas no referido concurso.

Art. 182 Ficam lotados, os atuais Procuradores da Defensoria Pública, nos termos do art. 44, § 5º, desta lei complementar, nas Procuradorias Cíveis e Criminais, obedecendo-se as disposições da Resolução nº 08/2003/CSDP, de 20 de junho de 2003 e Portaria nº 37/ DPDG de 20 de junho de 2003.

Art. 183 Os Procuradores, atualmente, em razão do reduzido quadro de Defensores Públicos no Estado, exercerão, excepcionalmente, as funções de Defensores de Entrância Especial, nas respectivas Defensorias dos Núcleos em que antes se encontravam lotados.

Parágrafo único Cabe ao Defensor Geral, com a modificação no quadro da Defensoria Pública, definir o final da excepcionalidade de que trata este artigo.

Art. 184 As despesas resultantes da execução desta lei complementar correrão à conta das dotações orçamentárias próprias consignadas no orçamento.

Art. 185 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos pecuniários a partir de 1º de abril de 2004.

Art. 186 Ficam revogadas a Lei Complementar nº 89, de 23 de julho de 2001, e a Lei Complementar nº 105, de 13 de março de 2002, e demais disposições em contrário.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 29 de dezembro de 2003.

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BLAIRO BORGES MAGGI

Governador do Estado

ANEXO ÚNICO

Tabela referente aos subsídios dos Membros da Defensoria Pública do Estado:

Procurador 8.000,00 Defensor de Entrância Especial 7.200,00 Defensor de 3a Entrância 6.480,00 Defensor de 2a Entrância 5.832,68 Defensor de 1a Entrância 5.248,80 Defensor Substituto 4.723,92