Plano Diretor Guarulhos

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    1/24

    LEI N 6.055, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.

    Autor: Prefeito Municipal.

    INSTITUI O PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO,ECONMICO E SOCIAL DO MUNICPIO DE GUARULHOS E DOUTRAS PROVIDNCIAS.

    A Cmara Municipal de Guarulhos aprova e eu promulgo a seguinte Lei:

    TTULO IDA FINALIDADE DO PLANO DIRETOR

    CAPTULO NICODOS CONCEITOS E DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO

    Art. 1 Esta Lei aprova o Plano Diretor do Municpio de Guarulhos nele estabelecendo as diretrizes enormas para o seu desenvolvimento, orientando os agentes pblicos e privados que atuam na construo e gestoda cidade, com o propsito de melhorar a qualidade de vida de seus moradores e usurios, promover o progressourbano, econmico e social para todos, pautando-se pelos princpios, normas e instrumentos da Constituio

    Federal, da Constituio Estadual, do Estatuto das Cidades e da Lei Orgnica do Municpio.Art. 2 Este Plano Diretor ser balizado em sete eixos estratgicos integrados entre si:I - Eixo 1: Garantir as funes sociais da cidade e da propriedade, visando assegurar, de modo cada

    vez mais universal, aos que vivem ou atuam no Municpio, os benefcios e os direitos trazidos pelo progressohumano, propiciando-lhes qualidade urbana, ambiental e social em todas as regies e locais de moradia;

    II - Eixo 2: Ampliar as oportunidades para os segmentos da populao ora excluda do acesso aoemprego, renda, ao conhecimento, ao adequado atendimento de sade, de segurana, de servios e ambientespblicos de qualidade, infra-estrutura urbana completa, moradia adequada e regularizada, ao lazer, participao nas decises das instituies pblicas de poder, reduzindo assim as desigualdades sociais e regionais;

    III - Eixo 3: Potencializar e ampliar as atividades econmicas no Municpio com ateno ao meioambiente saudvel, reforando a forte e tradicional presena da indstria na cidade com medidas que adesenvolvam; ampliando a atividade e inovando em outros diferentes setores da economia; implementandoprojetos para o desenvolvimento do entorno do aeroporto internacional e das atividades que com ele serelacionam; fomentando iniciativas das micro e pequenas empresas, das pessoas individualmente, e dascooperativas populares, com base na economia solidria; apoiando o desenvolvimento das atividades econmicasnas diferentes regies do Municpio; promovendo para estes fins articulaes entre os agentes pblicos, privados eda sociedade civil;

    IV - Eixo 4: Aprimorar a utilizao adequada dos espaos e edificaes particulares, bem como doslocais e equipamentos de uso pblico, e elevar a capacidade de mobilidade das pessoas no ambiente urbano, commelhor fluidez e acessibilidade interna ao Municpio, s rodovias, aos outros municpios da regio metropolitana,atravs de rede adequada de vias pblicas e de meios de transporte acessveis do ponto de vista material eeconmico, buscando sempre preservar ou recuperar o meio ambiente;

    V - Eixo 5: Expandir os recursos financeiros disponveis para que o poder municipal possa cumpriramplamente suas finalidades, atravs do crescimento da atividade econmica, da plena utilizao dos instrumentos

    de captao de recursos previstos constitucionalmente e de leis infra-institucionais como o Estatuto da Cidade, daampliao da base arrecadatria, da recuperao de crditos pblicos, do aprimoramento da aplicao dosrecursos arrecadados e da conteno de gastos redutveis, da obteno otimizada de recursos de outros nveis degoverno ou de instituies de apoio, da regularizao e utilizao da capacidade de obter emprstimos emcondies vantajosas junto a instituies financeiras de fomento nacionais e internacionais e parcerias pblicas ouprivadas;

    VI - Eixo 6: Aprimorar as instituies pblicas locais conforme os princpios, direitos e deveresconstitucionais da democracia, da moralidade, da eficincia, da transparncia, aperfeioando a participaodemocrtica dos habitantes da cidade na sua gesto e controle, individualmente ou atravs das associaesrepresentativas dos vrios segmentos da comunidade;

    VII - Eixo 7: Promover a articulao, cooperao, consorciao e gesto conjunta dos municpios daregio metropolitana ou de interesse de municpios mais prximos, integrando-se nestes objetivos com as

    instituies do governo estadual, do governo federal e a sociedade civil.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 1Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    2/24

    TTULO IIDAS DIRETRIZES GERAIS DA POLTICA URBANA

    CAPTULO IDA FUNO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE

    Art. 3A cidade cumpre suas funes sociais na medida em que promove e garante os direitos decidadania, neles includos:

    I - a moradia adequada;

    II - os servios pblicos como gua, rede de esgotos, eletricidade e iluminao;III - o atendimento a sade, educao, transportes e demais benefcios e garantias da sociedade em

    seu estgio atual.

    Art. 4A propriedade, para que cumpra sua funo social, deve:I - respeitar e garantir os objetivos sociais da cidade;II - ser utilizada e aproveitada para atividades ou usos caracterizados como promotores da funo

    social da cidade;III - respeitar os limites e ndices urbansticos estabelecidos pelas normas legais;IV - ter aproveitamento, uso e ocupao compatveis com a manuteno ou melhoria da qualidade do

    meio ambiente, em especial dos mananciais, dos cursos dgua, das reas arborizadas, das reservas florestais edas reas de convvio e lazer;

    V - respeitar o direito de vizinhana;VI - respeitar o direito mobilidade urbana;VII - preservar os patrimnios cultural, histrico e paisagstico.

    Art. 5 Para o cumprimento das funes sociais da cidade e da propriedade no Municpio deGuarulhos, o Poder Pblico Municipal, o Estado, a Unio, as pessoas que nela habitam ou a utilizam, as entidadesno-governamentais e as empresas privadas devero cumprir suas obrigaes e exercer seus direitos, colaborandoentre si para este objetivo.

    Art. 6 O Poder Pblico Municipal, para melhor contribuir para o desenvolvimento da funo social dacidade, dever promover a valorizao de seus profissionais em todas as suas reas de atuao.

    CAPTULO II

    DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLTICA URBANA

    Art. 7 A poltica urbana tem por objetivo ordenar e garantir o desenvolvimento das funes sociaisda cidade e da propriedade urbana, devendo estimular as aes locais articuladas entre as instituies pblicasmunicipais, estaduais e federais e os diversos rgos em cada uma delas, complementando suas aes edesenvolvendo nas pessoas a conscincia do papel decisivo que cada um tem individualmente na preservao desua integridade fsica e mental, no seu prprio progresso, na promoo de seus direitos e dos direitos de seussemelhantes, buscando em comum:

    I - prover a alocao adequada de infra-estrutura urbana, espaos, equipamentos e servios pblicosem todas as regies da cidade, para os habitantes e para as atividades econmicas em geral, respeitando as reasde preservao ambiental ou rural permitindo um meio ambiente adequado;

    II - propiciar a recuperao e melhoria das condies de moradia, implementando-se as medidasnecessrias para a regularizao urbanstica, administrativa e fundiria;

    III - apresentar programas de reabilitao ou de remoo de cidados residentes em reas precriase de risco para reas adequadas, objetivando viabilizar habitao de interesse social nas reas passveis de uso eque estejam ociosas;

    IV - preservar, recuperar e aproveitar adequadamente:a) o meio ambiente natural e construdo;b) o patrimnio cultural, histrico, artstico e paisagstico;c) as reas de interesse ambiental, localizadas no permetro de proteo aos mananciais.

    V - criar reas especiais sujeitas a regimes urbansticos especficos;VI - universalizar o acesso aos servios de educao, cultura, esportes, sade, lazer e assistncia

    social;VII - reduzir a violncia e assegurar o direito de mobilidade das pessoas.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 2Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    3/24

    CAPTULO IIIDOS INSTRUMENTOS DE POLTICA URBANA DO PODER PBLICO MUNICIPAL

    Art. 8 Para que a cidade e a propriedade cumpram a sua funo social, o Poder Pblico Municipaldispor, alm do Plano Diretor, de outros instrumentos de planejamento, tais como:

    I - zoneamento municipal;II - legislao de parcelamento, uso e ocupao do solo;III - edificaes e posturas;IV - plano plurianual;

    V - lei de diretrizes oramentrias;VI - lei oramentria;VII - leis especficas ou complementares ao plano diretor;VIII - planos e programas setoriais;IX - programas e projetos especiais de urbanizao.

    Art. 9 Para financiar o cumprimento de suas atribuies voltadas ao bem comum, o Poder PblicoMunicipal utilizar-se- de instrumentos fiscais e financeiros a ele atribudos ou facultados pela legislao, taiscomo:

    I - os tributos municipais diversos;II - o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana;

    III - as taxas e tarifas pblicas especficas;IV - a contribuio de melhoria;V - a outorga onerosa do direito de construir;VI - as transferncias voluntrias da Unio e do Estado;VII - os recursos provenientes de parcerias com o setor privado;VIII - os recursos geridos por operaes urbanas consorciadas;IX - os financiamentos de bancos e instituies financeiras nacionais e internacionais;X - os recursos voluntrios de entes governamentais ou no-governamentais;XI - os fundos de desenvolvimento urbano.

    Art. 10. O Poder Pblico Municipal est autorizado, para cumprir sua funo, a utilizar-se deinstrumentos jurdicos e administrativos, tais como:

    I - o parcelamento, a edificao ou a utilizao compulsrios do solo;II - a desapropriao por interesse social, necessidade ou utilidade pblica;III - a servido administrativa;IV - o tombamento;

    V - a transferncia do direito de construir;VI - o direito de preferncia para aquisio de imveis ou preempo;VII - a outorga onerosa do direito de construir e de alterao de uso;VIII - as operaes urbanas consorciadas interligadas;IX - os consrcios imobilirios;X - a concesso de direito real de uso;XI - a concesso de uso especial para fins de moradia;XII - os contratos de concesso dos servios pblicos urbanos;XIII - os contratos de gesto com concessionrios pblicos municipais de servios urbanos;XIV - os convnios e acordos tcnicos, operacionais e de cooperao institucional.

    Art. 11. Os instrumentos de poltica urbana sero implementados quando no dependerem delegislao especfica ou j autorizados em lei.

    Pargrafo nico. Havendo necessidade de legislao complementar ou especfica, o Poder Pblico,por sua iniciativa, promover as normas legais cabveis e expedir os atos regulamentadores.

    TTULO IIIDO ZONEAMENTO, USO E OCUPAO DO SOLO

    CAPTULO IDAS DIRETRIZES GERAIS

    Art. 12.A ordenao e o controle do uso do solo devem buscar:

    I - a garantia de utilizao adequada de imveis urbanos;II - a proximidade de usos compatveis ou convenientes, evitando desconforto em face do interesseda coletividade;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 3Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    4/24

    III - o adensamento compatvel infra-estrutura urbana e aos equipamentos urbanos e comunitriosexistentes ou previstos;

    IV - o aproveitamento do solo urbano edificvel;V - a preservao de reas urbanizadas e no urbanizadas, evitando a especulao imobiliria, bem

    como a ocorrncia de desastres naturais e prejuzos qualidade de vida.

    Art. 13. O macrozoneamento e o zoneamento devem:

    I - discriminar e delimitar as reas urbanas e rurais, com vista localizao da populao e dasatividades;II - designar as unidades de conservao ambiental, paisagstica e cultural e outras reas protegidas

    por lei, distinguindo as de preservao permanentes das temporrias e suas condies de uso;III - estabelecer restrio utilizao de reas de riscos geolgicos;IV - estimular a preservao de reas de explorao agrcola e pecuria;

    V - regulamentar as construes, condicionando-as, nos casos de grandes e mdios empreendimentos existncia ou programao de equipamentos urbanos e comunitrios necessrios;

    VI - estabelecer compensao de imvel considerado como de interesse do patrimnio cultural,histrico, arqueolgico, artstico ou paisagstico;

    VII - definir os critrios para autorizar a implantao de equipamentos urbanos ou comunitrios eestabelecer sua forma de gesto;

    VIII - definir o tipo de uso, percentual de ocupao e ndice de aproveitamento dos terrenos nasdiversas reas.

    Art. 14. Para aprovao pelos rgos competentes do Poder Pblico nas atividades modificadoras domeio ambiente, assim definidas em legislao especfica, e destacadas pela legislao federal, estadual oumunicipal, em funo de suas conseqncias ambientais, podero ser exigidos:

    I - Estudo de Impacto Ambiental - EIA;II - Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA;III - Estudo Prvio de Impacto de Vizinhana - EPIV.

    CAPTULO IIDO MACROZONEAMENTO

    Art. 15. O macrozoneamento delimita as grandes zonas ou as macrozonas, cada qual comcaractersticas prprias, servindo de subsdio para estabelecer o Zoneamento do Municpio.

    Art. 16. O macrozoneamento divide o territrio do Municpio de Guarulhos, considerando:I - a infra-estrutura instalada;II - as caractersticas da ocupao urbana e rural;III - a cobertura vegetal;IV - a inteno de implementao de aes de planejamento;

    V - a identificao e explorao dos potenciais de cada regio.

    Art. 17. No macrozoneamento as aes tm como objetivos:I - o ordenamento territorial do Municpio, de forma a permitir o cumprimento das funes sociais da

    cidade e da propriedade urbana;

    II - a criao de instrumentos urbansticos visando induzir ou inibir atividades e qualificar ourequalificar a regio;

    III - a preservao do patrimnio natural, histrico, arqueolgico e paisagstico;IV - a conteno do avano da rea urbana em reas que venham prejudicar a qualidade ambiental

    da cidade;V - a minimizao dos custos para implantar e manter a infra-estrutura urbana e servios pblicos

    essenciais;VI - a otimizao da infra-estrutura, servios e seus custos;VII - a instalao de mltiplos usos;VIII - a boa convivncia em sociedade.

    Art. 18. O macrozoneamento divide o territrio do Municpio em cinco macrozonas, a saber:

    I - Macrozona de Urbanizao Consolidada - MUC;II - Macrozona de Urbanizao em Desenvolvimento - MUD;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 4Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    5/24

    III - Macrozona de Dinamizao Econmica e Urbana - MDEU;IV - Macrozona de Uso Rural - Urbano - MUR-U;

    V - Macrozona de Proteo Ambiental - MPA.

    SEO IDA MACROZONA DE URBANIZAO CONSOLIDADA

    Art. 19.A Macrozona de Urbanizao Consolidada caracteriza-se por reas dotadas de mdia ou boa

    infra-estrutura urbana com alta incidncia de usos habitacionais, comrcio e prestao de servios que requeiramuma qualificao urbanstica, tm maior potencialidade para atrair investimentos imobilirios e produtivos etendncia estabilidade ou at ao esvaziamento populacional.

    Art. 20. Na Macrozona de Urbanizao Consolidada, as aes tm como objetivos:I - estimular a ocupao com a promoo imobiliria, o adensamento populacional e as oportunidades

    para habitao de interesse social;II - otimizar e ampliar a rede de infra-estrutura urbana e a prestao dos servios pblicos;III - melhorar a relao entre a oferta de emprego e moradia;IV - atrair novos empreendimentos econmicos;

    V - promover a regularizao fundiria e urbanstica em geral com especial destaque aos locais depopulao de baixa renda.

    SEO IIDA MACROZONA DE URBANIZAO EM DESENVOLVIMENTO

    Art. 21. A Macrozona de Urbanizao em Desenvolvimento composta de reas que requeirammelhorias urbanas significativas em vista de:

    I - necessidade de infra-estrutura bsica;II - deficincia de equipamentos sociais, culturais, de comrcio e de servios;III - grande incidncia de loteamentos clandestinos e/ou irregulares e favelas.

    Art. 22. Na Macrozona de Urbanizao em Desenvolvimento, as aes tm como objetivos:I - complementar e qualificar a rede de infra-estrutura urbana;II - incentivar a construo de habitao de interesse social;

    III - melhorar o acesso ao transporte coletivo;IV - promover a regularizao urbanstica e fundiria das ocupaes de baixa renda;V - implantar equipamentos pblicos e comunitrios.

    SEO IIIDA MACROZONA DE DINAMIZAO ECONMICA E URBANA

    Art. 23. A Macrozona de Dinamizao Econmica e Urbana composta por reas de usopredominantemente industrial, comercial e de servios, com potencialidade de atrair novos investimentosimobilirios e produtivos, nas quais h moradias com alta incidncia de terrenos vazios e subutilizados ou reas decirculao e preservao ocupadas, possuindo infra-estrutura deficiente e sob forte influncia do aeroportointernacional.

    Art. 24. Na Macrozona de Dinamizao Econmica e Urbana, as aes tm como objetivos:I - incrementar as atividades produtivas;II - viabilizar a permanncia e o aumento da gerao de empregos;III - possibilitar acesso moradia adequada;IV - melhorar a qualidade do espao pblico;

    V - complementar a infra-estrutura urbana e a prestao de servios pblicos;VI - promover a regularizao urbanstica e fundiria das moradias;VII - melhorar a acessibilidade.

    SEO IVDA MACROZONA DE USO RURAL-URBANO

    Art. 25. A Macrozona de Uso Rural-Urbano composta por reas com caractersticas rurais,existncia de ncleos urbanos, baixa densidade populacional, rede precria de infra-estrutura epredominantemente ocupadas por habitaes de populao de baixa renda ou reas com caractersticas ruraisincrustadas em regies urbanas.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 5Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    6/24

    Art. 26. Na Macrozona de Uso Rural-Urbano, as aes tm como objetivo principal estimular epreservar a explorao econmica por meio da agricultura, inclusive familiar, agroindstria, minerao, turismo elazer compatveis com a preservao ambiental e com o uso residencial e qualificar os assentamentos habitacionaisexistentes, dotando-os de rede de infra-estrutura urbana.

    SEO VDA MACROZONA DE PROTEO AMBIENTAL

    Art. 27. A Macrozona de Proteo Ambiental composta por reas localizadas predominantementeao norte do Municpio, com relevo acidentado, integrantes da Serra da Cantareira, abrangendo reservas florestais,biolgicas, de proteo e recuperao dos mananciais e rurais, compreendendo ao sul tambm a APA - rea deProteo Ambiental e PET - Parque Ecolgico do Tiet.

    Art. 28. Na Macrozona de Proteo Ambiental, as aes tm como objetivos:I - preservar os recursos naturais e a biodiversidade;II - fomentar as atividades de pesquisas, eco-turismo e educao ambiental;III - proteger e recuperar a vegetao nativa e dos mananciais;IV - garantir a presena do verde e de espaos vazios na construo da paisagem;

    V - possibilitar atividades rurais compatveis com a proteo ambiental.

    CAPTULO IIIDAS ZONAS ESPECIAIS

    Art. 29.As zonas especiais compreendem as reas que exigem tratamento diferenciado na definiode parmetros reguladores de uso e ocupao do solo, a serem definidas em leis especficas, englobadas ouseparadamente, em face dinmica do desenvolvimento da cidade e classificam-se em:

    I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;II - Zonas Aeroporturias - ZA;III - Zonas Industriais - ZI;IV - Zonas de Comrcio e de Servios - ZCS;

    V - Zonas de Preservao do Patrimnio - ZPP;VI - Zonas de Proteo Ambiental - ZPA. 1 Outras zonas especiais podero ser criadas no Municpio aps a realizao de estudos que

    comprovem a sua necessidade, e, conseqentemente, o interesse pblico. 2 Os estudos mencionados no pargrafo anterior devero ser submetidos apreciao eaprovao do Poder Executivo Municipal.

    Art. 30. As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS compem-se de reas onde necessriopromover a regularizao urbanstica e fundiria de assentamentos habitacionais com populao de baixa rendaexistentes e consolidados, bem como de reas livres que possibilitem o desenvolvimento de programashabitacionais de interesse social.

    Art. 31.As reas definidas como Zonas Especiais de Interesse Social classificam-se em:I - ZEIS-A: assentamentos habitacionais consolidados, surgidos espontaneamente e ocupados sem

    ttulo de propriedade por populao de baixa renda, carentes de infra-estrutura urbana;II - ZEIS-L: reas de loteamentos irregulares ou clandestinos consolidados;III - ZEIS-G: reas livres ou glebas de terra no utilizadas, no edificadas ou subutilizadas, adequadas

    implantao de programas habitacionais de interesse social.

    Art. 32. As Zonas Aeroporturias - ZA compreendem as reas do Aeroporto Internacional deGuarulhos e de seu entorno, que requerem tratamento diferenciado quanto sua ocupao e instalao de usos,visando conteno da densidade populacional, o bem estar dos habitantes da cidade na convivncia com oaeroporto e a compatibilizao com a legislao federal.

    Art. 33.As Zonas Industriais - ZI caracterizam-se por uso predominantemente industrial em especialcom indstria de mdio e grande porte ou indstrias de base e correlatas, por indstrias de impacto ambientalsignificativo, tendo como objetivo potencializar o uso industrial, exercendo tambm o controle ambiental.

    Art. 34. As Zonas Comerciais e de Servios - ZCS so reas j consolidadas ou de interesseurbanstico a consolidar, como centros comerciais e de prestao de servios, situadas no centro principal ou noscentros de bairros.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 6Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    7/24

    Art. 35. As Zonas de Preservao do Patrimnio - ZPP compreendem reas com significativo valorhistrico, cultural, artstico, arquitetnico ou paisagstico, destinadas preservao da memria e identidade doMunicpio.

    Art. 36. As Zonas de Proteo Ambiental - ZPA so reas pblicas ou privadas onde h interesseambiental, paisagstico ou recreativo, necessrias preservao do meio ambiente, minimizao dos impactos

    causados pela urbanizao, nas quais o Municpio poder instituir unidades de conservao, mecanismos ouincentivos para o uso e ocupao do solo, visando a sua preservao ou recuperao das condies ambientaisbenficas.

    TTULO IVDA EXPANSO URBANA, DO USO E PARCELAMENTO DO SOLO

    E DOS INSTRUMENTOS URBANSTICOS

    Art. 37. Sero considerados como espaos naturais de desenvolvimento da cidade os terrenos noedificados, no utilizados ou subutilizados situados dentro do permetro urbano, especialmente aqueles localizadosna Macrozona de Urbanizao Consolidada; na Macrozona de Urbanizao em Desenvolvimento e na Macrozona deDinamizao Econmica e Urbana, com o objetivo de promover a racional utilizao da terra urbana e do seuaproveitamento em densidades populacionais adequadas e condizentes com a infra-estrutura instalada.

    Art. 38.A incorporao de novas reas ao permetro urbano do Municpio depender da realizao deestudos que comprovem a impossibilidade de expanso dentro de seu permetro atual ou a convenincia de suaexpanso para alm dele, considerando, no mnimo:

    I - a capacidade de expanso das redes de infra-estrutura e saneamento, da coleta e destinao delixo e resduos em geral;

    II - os impactos da expanso urbana sobre o sistema de drenagem natural das guas e o meioambiente adequado;

    III - a expanso, integrao e regularidade dos transportes coletivos.Pargrafo nico. Os estudos mencionados no caput devero ser submetidos apreciao e

    aprovao do Poder Executivo Municipal.

    Art. 39. Nos casos de grandes empreendimentos habitacionais, industriais ou comerciais, a licenapara construir ser concedida, se for verificada a existncia de infra-estrutura, equipamentos urbanos ecomunitrios suficientes na regio do empreendimento, ou se o empreendedor se comprometer a realiz-lossimultaneamente s obras do empreendimento, por si ou em acordo com o Poder Pblico.

    Art. 40. Em todo o territrio do Municpio de Guarulhos podero ser permitidos os usos residencial,no-residencial, misto ou rural, de acordo com o grau de incomodidade definido, desde que, atendidas asrestries e os requisitos previstos na legislao municipal.

    Art. 41. O uso do solo fica classificado em:I - Residencial - R: o uso destinado moradia unifamiliar e multifamiliar;II - No-Residencial - NR: o uso destinado ao exerccio de atividades institucionais, religiosas,

    comerciais, industriais e de prestao de servios;

    III - Misto - M: aquele constitudo de mais de um uso dentro de uma mesma rea;IV - Rural - RU: aquele que envolve atividades caractersticas do meio rural, tais como agricultura ecriao de animais, atividades extrativistas e aquelas compatveis com esses usos, abrangendo a agroindstria e aminerao.

    Art. 42. O parcelamento do solo far-se- de acordo com as legislaes federal, estadual e municipal. 1O Municpio de Guarulhos dispor de legislao especfica que definir critrios e diretrizes para

    autorizao de parcelamento do solo, nas figuras dos loteamentos e desmembramentos para fins urbanos,garantindo as reas destinadas ao sistema virio, instalao de equipamentos comunitrios e urbanos, aosespaos livres de uso pblico e reas de lazer, fixadas atravs de Diretrizes Urbansticas.

    2Para os conjuntos habitacionais e condomnios a eles assemelhados e outros empreendimentossimilares, a reserva de rea pblica, atender legislao especfica.

    3A legislao especfica fixar critrios de reserva de rea pblica, bem como, critrios para a suaeventual dispensa.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 7Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    8/24

    4As reas pblicas destinadas aos usos institucionais e de lazer, no podero ter suas finalidadesalteradas, exceto em casos especiais aprovados em lei especfica.

    5O parcelamento do solo nas Macrozonas de Proteo Ambiental e de Uso Rural-Urbano serobjeto de tratamento especial, regido por normas prprias regidas por lei especfica.

    6 O parcelamento do solo nas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS e nas outras zonasespeciais ser regido por normas prprias a serem definidas em lei especfica.

    7As obras de infra-estrutura mnimas a serem implantadas pelo empreendedor sero definidas em

    lei especfica.

    Art. 43. O parcelamento do solo para fins urbanos, na Macrozona de Proteo Ambiental, deveratender as legislaes especficas federais, estaduais e municipais.

    Art. 44. Nos projetos de parcelamento e nos projetos virios, a malha viria do Municpio dever serplanejada e executada, conforme segue:

    I - evitando macro-eixos que separem regies ou criem diferenas regionais que prejudiquem oplanejamento racional dos espaos urbanos;

    II - priorizando os corredores de transportes coletivos e de escoamento de cargas e produtos;III - possibilitando a implantao de vias de ligao intermunicipal;IV - devendo, todo e qualquer empreendimento que venha a gerar um grande fluxo de pessoas ou

    trfego de veculos, ser precedido de diretrizes que levem em conta o sistema virio local existente.Art. 45. As normas municipais de uso do solo urbano tero em vista o aproveitamento racional do

    estoque local de terrenos edificveis, promovendo:I - o parcelamento e o remembramento de terrenos no corretamente aproveitados;II - o desmembramento de lotes;III - a melhoria das condies de vivncia urbana, principalmente dos assentamentos residenciais com

    carncia de infra-estrutura e servios pblicos;IV - a urbanizao prioritria dos terrenos no utilizados ou subutilizados no interior do permetro

    urbano.

    Art. 46. Quando a propriedade no cumprir a sua funo social de acordo com as normasconstitucionais, o Estatuto da Cidade e demais regras pertinentes, ser passvel sucessivamente, atravs daatuao do Poder Pblico Municipal, de parcelamento, edificao, ou utilizao compulsria, aplicao do ImpostoSobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana progressivo no tempo, a desapropriao com pagamento emttulos da dvida pblica e outras medidas compulsrias, para ampliar a oferta de imveis na Cidade, promover ouso e a ocupao legal de imveis em situao de abandono e otimizar os resultados dos investimentos pblicosrealizados.

    1Ficam sujeitos aplicao dos instrumentos citados no caputdeste artigo, as propriedades queno cumprirem sua funo social, localizadas em todas as Macrozonas, considerando a existncia da infra-estruturaimplantada e a demanda para utilizao.

    2Para fins de aplicao do disposto neste artigo, o Poder Pblico Municipal definir atravs de leiespecfica a rea e o aproveitamento mnimo da propriedade e outros parmetros.

    3A localizao das Macrozonas est definida no Mapa PD-01, anexo. 4A descrio tcnica dos permetros das Macrozonas ser definida por decreto do Executivo, no

    prazo mximo de 180 dias. 5 Sero definidas em lei especfica, as reas no interior das macrozonas, onde incidiro osinstrumentos de que trata este artigo.

    Art. 47. O proprietrio de rea atingida pelas obrigaes de que trata o artigo anterior, poder optarpor consrcio imobilirio, em que o proprietrio transfere ao Poder Pblico o seu imvel como forma de viabilizar oaproveitamento dele e, aps a realizao das obras, recebe como pagamento, unidades imobilirias devidamenteurbanizadas ou edificadas.

    Art. 48. O Poder Pblico Municipal, desde que haja autorizao legislativa, poder transferir seuimvel a particular para que este, em consrcio imobilirio, realize empreendimento habitacional de interessesocial, repassando ao Poder Pblico como pagamento pelo imvel, unidades habitacionais devidamente

    urbanizadas ou edificadas quando do trmino das obras, desde que assegurado o necessrio uso institucional oude lazer previstos no projeto urbano.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 8Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    9/24

    Art. 49. O Poder Pblico Municipal, observando o disposto nos artigos 25 a 35 do Estatuto da Cidade- Lei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001, poder ainda:

    I - exercer o direito de preferncia nos termos da lei especfica, para aquisio de imvel objeto dealienao onerosa entre particulares - direito de preempo, mediante prvia comunicao ao Conselho deDesenvolvimento Urbano, no prazo mximo de 05 (cinco) dias;

    II - conceder a outorga onerosa do direito de construir, autorizando construo que exceda o

    coeficiente de aproveitamento bsico do terreno para edificao ou permitindo a alterao do uso do solo,mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficirio, no caso de operaes urbanas consorciadas;III - coordenar, em todas as Macrozonas, intervenes e medidas contando com a participao dos

    proprietrios, moradores, usurios permanentes e investidores privados em operaes urbanas consorciadas, coma finalidade de preservao, recuperao ou transformao de reas urbanas, para as quais podero ser previstas,entre outras medidas:

    a) a modificao de ndices e de caractersticas de parcelamento, uso e ocupao do solo;b) alteraes das normas de construir, considerado o impacto ambiental delas decorrente;c) a regularizao de construes, reformas ou ampliaes executadas em desacordo com a

    legislao, desde que nova legislao o permita;d) a emisso, pelo Municpio, de certificados de potencial adicional de construo na rea objeto da

    operao, a serem alienados em leilo ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessrias prpria

    operao. IV - autorizar o proprietrio de imvel localizado em qualquer Macrozona a exercer em outro local, oualienar mediante escritura pblica, o direito de construir, quando o referido imvel for considerado necessrio parafins de:

    a) implantao de equipamentos urbanos e comunitrios;b) preservao que seja de interesse histrico, ambiental, paisagstico, social, cultural ou servir a

    programas de regularizao fundiria;c) urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda e habitao de interesse social;d) doao ao Poder Pblico Municipal para os fins previstos nas alneas a a c deste inciso. 1Sero definidos na Lei de Zoneamento os coeficientes de aproveitamento bsico e mximo para

    atendimento ao disposto no inciso II deste artigo. 2 O disposto nos incisos II, III e IV deste artigo aplica-se a todas as Macrozonas, exceto a

    Macrozona de Proteo Ambiental - MPA.

    Art. 50. Os empreendimentos que causam grande impacto urbanstico e ambiental estarocondicionados elaborao e aprovao do Estudo de Impacto Ambiental, Relatrio de Impacto Ambiental eEstudo Prvio de Impacto de Vizinhana, conforme o estabelecido na legislao pertinente.

    Art. 51. O uso e ocupao do solo e os instrumentos urbansticos previstos neste ttulo deveroobservar parmetros urbansticos e normas a serem definidos em lei.

    Art. 52. A aprovao de projetos de mudana de uso do solo e alterao de ndices deaproveitamento, dever ser precedida de prvio estudo a ser submetido apreciao e aprovao dos rgosmunicipais competentes.

    Pargrafo nico. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano dever ser ouvido sobre os

    projetos de que trata o caputdeste artigo, no prazo mximo de 05 (cinco) dias.TTULO V

    DO MEIO AMBIENTECAPTULO I

    DAS DIRETRIZES GERAIS

    Art. 53. Para que a cidade e a propriedade cumpram sua funo social dever de todos preservar,usar adequadamente e recuperar o meio ambiente, em especial a vegetao, os mananciais superficiais esubterrneos, cursos e reservatrios de gua, o relevo e o solo, a paisagem, o ambiente urbano construdo,limitando a poluio do ar, visual e sonora, evitando a destinao inadequada do lixo e de outros resduos slidos,de poluentes lquidos e gasosos.

    Art. 54. O Poder Pblico Municipal atuando em conjunto com outros poderes institucionais, com ainiciativa privada e com a sociedade civil, envidar esforos para, progressivamente, alcanar os seguintesobjetivos:

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 9Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    10/24

    I - preservar e permitir por meio de aes, que se renovem os mananciais superficiais e subterrneos,cursos e reservatrios superficiais ou subterrneos de gua, regulamentando o uso racional e adequado dasguas;

    II - universalizar o acesso gua potvel e ao esgotamento sanitrio, ao mesmo tempo em que sedesenvolvem medidas pblicas e privadas para o tratamento e disposio final das guas servidas;

    III - complementar ou recuperar o sistema de drenagem das guas nas reas urbanizadas, de modo aminimizar a formao e agravamento de reas inundveis e de escorregamento;

    IV - evitar as mudanas nocivas ao relevo, preservar a vegetao, o solo e a harmonia natural, conteros riscos de escorregamento;V - implantar reas verdes de forma equilibrada e homognea nas diversas regies da cidade,

    incentivando o seu uso para o lazer;VI - recuperar e manter a esttica urbana em geral, os passeios e logradouros pblicos;VII - eliminar os depsitos clandestinos de lixo, entulho, lodo e terra contaminada, facilitando

    alternativas de deposio adequada, incentivando a coleta seletiva, a reciclagem e a reduo do volumedepositado;

    VIII - elaborar, aprovar e implantar Programa de Fiscalizao Ambiental Preventiva e outrosinstrumentos legais referentes ao Meio Ambiente;

    IX - promover a educao ambiental, aprimorar a legislao, intensificar as aes de controle e afiscalizao;

    X - O Poder Executivo, a partir desta lei, ser responsabilizado quando permitir a ocupao ou nopromover a desocupao de invases em reas pblicas municipais destinadas a lazer e nas de uso institucional.

    CAPTULO IIDA GUA, DOS ESGOTOS E DA DRENAGEM

    Art. 55. Para contribuir com o desenvolvimento da produo e conservao dos recursos hdricosnecessrios ao atendimento da populao e das atividades econmicas, o Municpio buscar:

    I - promover a recuperao e o aproveitamento de novos mananciais em seu territrio, bem como aadoo de instrumentos para a sustentao econmica da sua produo;

    II - regulamentar a adoo de instalaes para o reuso de esgoto e aproveitamento de gua de chuvapara fins no potveis, especialmente nas edificaes de mdio e grande porte e nas atividades de grandeconsumo de gua;

    III - desenvolver instrumentos para compensao de proprietrios de reas adequadamentepreservadas na regio de mananciais;

    IV - aprimorar a gesto integrada de todos os rgos pblicos que cuidem dos recursos hdricos.

    Art. 56. Para assegurar, a todo habitante do Municpio, oferta domiciliar de gua com qualidade paraconsumo residencial e para outros usos, sero buscadas entre outras medidas:

    I - ampliar a produo de gua disponvel e o sistema de distribuio;II - reduzir as perdas fsicas da rede de abastecimento;III - racionalizar a cobrana pelo uso da gua;IV - criar instrumentos de desestmulo aos grandes consumidores quanto ao consumo inadequado ou

    desnecessrio de gua potvel.

    Art. 57. O Poder Pblico Municipal dever estabelecer metas progressivas em conjunto com o Estado,

    a Unio e o setor privado, para:I - ampliao e melhoria da qualidade da rede coletora de esgotos e a implantao do seu

    tratamento;II - instituio de exigncias de controle na gerao de poluentes para grandes e mdios

    empreendimentos.

    Art. 58. Para assegurar as condies equilibradas de escoamento do sistema de drenagem, o PoderPblico Municipal juntamente com o Estado, a Unio e a participao da sociedade, deve definir como aes eprocedimentos:

    I - utilizao de um Plano Diretor de Manejo de guas Pluviais como instrumento de gesto, avaliadoe atualizado periodicamente;

    II - o Plano Diretor de Manejo de guas Pluviais, deve compreender sobretudo, a preveno e

    combate a enchentes e eroso, a melhora no controle das guas pluviais, estudos de ecossistema aqutico eestudos de benefcios e custos;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 10Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    11/24

    III - anlise integrada, tendo a bacia hidrogrfica como unidade bsica de planejamento e gesto dosrecursos hdricos, dos aspectos ambientais e do desenvolvimento urbano;

    IV - implantao de medidas:a) preventivas, aplicadas s bacias hidrogrficas ainda no ocupadas, no urbanizadas ou para novos

    empreendimentos e projetos, destinadas a evitar a formao de reas passveis de enchentes;b) corretivas, aplicadas s bacias hidrogrficas que apresentem inundaes geradas por impactos

    decorrentes da urbanizao;

    c) de convivncia, destinadas a amenizar os efeitos das enchentes durante os seus eventos crticos.Pargrafo nico.Sero adotadas, para elaborao do Plano Diretor de Manejo de guas Pluviais,dentre outras, as seguintes aes:

    I - conter a ocupao das margens de cursos dgua, tomando medidas para progressivamenteliber-las e recuper-las;

    II - estimular a utilizao de usos compatveis nas vrzeas e cabeceiras de drenagem;III - evitar e controlar a impermeabilizao excessiva do solo;IV - implantar piscines para reteno temporria das guas pluviais;

    V - regulamentar os sistemas de deteno de guas pluviais privados e pblicos, com objetivo decontrolar os lanamentos, reduzindo a sobrecarga no sistema de drenagem urbana;

    VI - executar obras no sistema de drenagem para melhorar o escoamento e eliminar os pontos dealagamento;

    VII - estimular mecanismos para a realimentao das guas subterrneas;VIII - estudar a construo de reservatrios para a sedimentao dos slidos totais em suspenso(STS) das guas pluviais, para diminuir a carga poluidora que chega aos cursos dgua.

    CAPTULO IIIDO SOLO E DAS REAS VERDES

    Art. 59. dever de todos e do Poder Pblico Municipal: preservar, conservar, recuperar e controlar osolo nas reas de interesse urbano, ambiental, paisagstico, cientfico, histrico, de lazer e em tudo aquilo quegaranta a integridade das pessoas, das suas habitaes, dos seus locais de atividade econmica e da suamobilidade.

    Art. 60. So objetivos do Municpio no que diz respeito s reas verdes:I - manter adequada conservao das reas existentes;II - ampliar o nmero de reas;III - garantir o acesso da populao a elas, quando compatvel com a sua manuteno;IV - implant-las em cabeceiras de drenagem e fundo de vale;

    V - recuperar em vista da importncia paisagstico-ambiental as que tenham sofrido processo dedegradao;

    VI - buscar a efetiva implantao de reas verdes previstas em loteamentos, conjuntos habitacionais eoutros empreendimentos;

    VII - estabelecer parceria entre os setores pblico e privado;VIII - criar mecanismos legais de incentivo ao setor privado para implantao e manuteno dessas

    reas;IX - assegurar usos compatveis com a preservao e proteo no sistema de reas verdes do

    Municpio.

    CAPTULO IVDA GESTO DO LIXO E DE OUTROS RESDUOS

    Art. 61. Cabe ao Municpio, com a estruturao do Sistema de Gesto Integrada dos ResduosSlidos, estabelecer os procedimentos, compreendendo o planejamento e controle da gerao, acondicionamento,transporte, tratamento, reciclagem, reaproveitamento e destinao final dos diversos tipos de resduos, atravs dasseguintes medidas:

    I - buscar a equidade na prestao dos servios regulares de coleta de lixo;II - inibir a disposio inadequada de lixo e de quaisquer resduos;III - minimizar a quantidade dos resduos gerados fomentando a reciclagem, entre outros, do plstico,

    do metal, do vidro, do papel, da madeira e dos resduos da construo civil, incentivando o seu reuso;IV - fomentar a busca de alternativas para reduzir o grau de nocividade dos resduos;

    V - introduzir a gesto diferenciada para os resduos domiciliares, hospitalares, industriais e inertes;VI - promover e buscar a recuperao de reas pblicas e privadas, degradadas ou contaminadas por

    resduos slidos;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 11Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    12/24

    VII - implantar e estimular programas de coleta seletiva e de reciclagem de resduos como fator degerao de emprego e renda para catadores organizados;

    VIII - adotar prticas que incrementem os servios de limpeza urbana, visando diminuio do lixodifuso.

    Art. 62. O Poder Pblico em conjunto com outros nveis de governo e o setor privado, buscar:I - desenvolver o estimulo pesquisa, ao desenvolvimento e implementao de novas tcnicas de

    gesto e tecnologias de minimizao, coleta, tratamento, reaproveitamento e disposio final dos resduos slidos;II - aprimorar a legislao para garantir a responsabilidade civil por danos ambientais causados;III - estimular a responsabilidade ps-consumo dos produtos e servios ofertados, tais como pneus,

    baterias, lmpadas fluorescentes e outros;IV - estimular a implantao de unidades de tratamento e destinao de resduos industriais;

    V - institucionalizar a relao entre o Poder Pblico e as organizaes sociais, facilitando parcerias,financiamentos e gesto compartilhada dos resduos slidos, promovendo a organizao de grupos, cooperativas epequenas empresas de coleta e reciclagem;

    VI - fortalecer mecanismos de cooperao com os municpios da regio metropolitana na busca desoluo conjunta para o tratamento e destinao dos resduos slidos;

    VII - instalar mobilirio urbano adequado para o lixo em logradouros pblicos;VIII - regulamentar o sistema de caambas em logradouros pblicos.

    TTULO VIDA MOBILIDADE URBANA, DO SISTEMA VIRIO,

    DA CIRCULAO E DO TRANSPORTE

    Art. 63. O sistema virio municipal e o sistema de transporte pblico municipal devero buscar agarantia de ampliao da mobilidade, de acesso e de bem-estar dos cidados ao se mover no Municpio e paraoutros municpios, sendo entendidos esses objetivos como ampliao da cidadania e dos instrumentos de inclusosocial.

    1 O sistema virio municipal formado pelo conjunto de vias pblicas, rurais e urbanas, tais como:ruas, avenidas, vielas, estradas, caminhos, passagens, caladas, passeios e outros logradouros.

    2 O sistema de transporte pblico municipal compreende o transporte coletivo de pessoas,constitudo por nibus, lotao, txi, veculos de transporte escolar e por fretamento e terminais modais eintermodais.

    3 O sistema de transporte pblico metropolitano constitudo por nibus, metr e tremmetropolitanos e aeronaves de alcance estadual, interestadual, internacional, que devem, no que couber, searticular com o sistema municipal.

    4 O planejado sistema de transporte pblico sobre trilhos, o trem de superfcie para o aeroportointernacional e para a cidade de Guarulhos, dever estar concatenado lgica e dinmica do transportemunicipal modal e intermodal.

    Art. 64. O Municpio buscar:I - garantir melhores condies de mobilidade urbana para todos os cidados, com especial ateno

    s pessoas portadoras de necessidades especiais e idosos;II - considerar o pedestre como agente prioritrio do sistema, garantindo sua segurana na circulao

    em geral, passeios pblicos com qualidade e proteo nos pontos de nibus;

    III - melhor comunicao e acessibilidade entre as diversas regies da cidade, procurando diminuir asdesigualdades regionais;IV - melhorar a infra-estrutura e mobilirio urbano, a acessibilidade nas reas de maior trfego e a

    fluidez do trnsito;V - pavimentar as ruas ainda em terra, priorizando aquelas pelas quais trafegam os veculos de

    transporte coletivo, as que tm acessibilidade mais difcil e as de interligao dos bairros;VI - priorizar o transporte coletivo em relao ao individual, sobretudo nos principais corredores e na

    ligao entre bairros, regies e cidades limtrofes;VII - priorizar no sistema virio as vias pelas quais transitam os transportes pblicos e de cargas ou

    que tm acessibilidade mais difcil;VIII - qualificar a mobilidade na rea central e no centro de bairros;IX - incentivar solues para o adequado estacionamento de veculos;

    X - articular os variados modos de transporte coletivo presentes no Municpio, possibilitando aintegrao fsica e tarifria para otimizar a rede e as condies para os usurios do sistema;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 12Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    13/24

    XI - promover esforos para implantao de transporte coletivo gratuito para pessoas portadoras denecessidades especiais, quando em tratamento permanente;

    XII - utilizar o subsolo das vias pblicas para a implantao de redes de infra-estrutura de modo agarantir a segurana populao e economia dos recursos pblicos.

    Art. 65. As vias estruturais, independentes das suas caractersticas fsicas, sero redimensionadas,hierarquizadas e classificadas de forma a atender a dinmica de desenvolvimento do Municpio.

    Art. 66. O Municpio garantir a melhoria dos acessos da cidade, propugnando, quando se fizernecessria junto s instituies dos governos estadual e federal e s concessionrias a realizao das obrasindispensveis concretizao desse objetivo.

    Art. 67. O Municpio buscar junto ao Governo Estadual a qualificao das estradas estaduais na suapavimentao, sinalizao e proteo das faixas destinadas ao alargamento da via.

    TTULO VIIDO DESENVOLVIMENTO ECONMICO E DA GERAO DE EMPREGO E RENDA

    Art. 68. O desenvolvimento econmico no Municpio deve ter por metas:I - ampliar a gerao de emprego e renda;

    II - criar mecanismos e incentivos que favoream a permanncia e o crescimento de empresas noMunicpio;III - estimular o surgimento de novas empresas e empreendimentos;IV - criar para a economia das empresas condies favorveis sua dinamizao e modernizao;

    V - favorecer e apoiar a formao de redes de cooperao produtiva e alianas estratgicas, visando odesenvolvimento da economia local e a melhoria da condio competitiva das empresas instaladas;

    VI - fomentar as iniciativas de divulgao, de intercmbio e de atratividade, visando trazerinvestimentos pblicos ou privados;

    VII - criar condies favorveis instalao de reas industriais alfandegadas, parques e distritos dealta tecnologia, especialmente estimulados pela presena do aeroporto internacional;

    VIII - incentivar o desenvolvimento da economia solidria e apoiar a formao de cooperativaspopulares de servios e produo;

    IX - incentivar incubadoras e a atividade de artesanato, bem como os empreendimentos detrabalhadores autnomos;

    X - apoiar amplamente o micro e o pequeno empreendedor;XI - promover os setores emergentes;XII - viabilizar o tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas.

    Art. 69. Para atingir as finalidades dispostas no artigo anterior, so necessrias, entre outrasmedidas:

    I - melhorar a infraestrutura urbana e rural e os servios pblicos, sempre que possvel em parceriacom a iniciativa privada;

    II - fomentar em larga escala o microcrdito, as microfinanas e o crdito cooperativo, em articulaocom os bancos comerciais, agncias pblicas de financiamento, cooperativas populares e as unies ou centrais decooperativas e outras organizaes da sociedade civil do Municpio;

    III - desenvolver parcerias com as organizaes da sociedade civil;IV - colaborar para que as atividades econmicas ocorram de forma descentralizada e em diversos

    plos empresariais no territrio;V - identificar os vazios nos arranjos produtivos e no necessrio apoio tcnico e gerencial para definir

    as aes positivas;VI - definir e aproveitar as potencialidades da cidade em face da existncia do aeroporto,

    implementando planos e projetos para o desenvolvimento nessas reas e nas diferentes regies do Municpio;VII - criar projeto urbanstico global para os plos industriais e de logstica, de modo a atender os

    aspectos de infra-estrutura, iluminao pblica e transporte, melhorando a esttica urbana e a qualidade de vidados trabalhadores e dos cidados em geral;

    VIII - criar projeto de melhoria de estradas, iluminao pblica, transporte e equipamentoscomunitrios adequados s reas rurais do Municpio.

    Pargrafo nico. Para os efeitos deste artigo sero institudos:I - Programa de Compra Governamental e o Programa de Empreendedorismo junto s instituies deensino mdio e superior;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 13Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    14/24

    II - Programa de Apoio Permanente ao Empreendedor em parceria com outras instituies, comoincentivo s micro e pequena empresas;

    III - Programa de Apoio Exportao;IV - Programa de Agilizao do Processo de Abertura de Novas Empresas;

    V - Programa Habitacional Pr-Expanso Econmica.

    Art. 70. O Poder Pblico Municipal por si ou em parceria com outros nveis de governo, com

    organizaes no governamentais e com a iniciativa privada, contribuir para:I - qualificar e requalificar a mo-de-obra;II - fortalecer e apoiar iniciativas de qualificao dos recursos humanos;III - dar mais acesso populao, inclusive as pessoas portadoras de necessidades especiais, ao

    ensino tcnico profissionalizante, reforando e promovendo a criao ou adaptao das instituies de ensino aesta finalidade, em cooperao ativa com escolas de ensino fundamental, mdio, universidades e faculdades daregio.

    Art. 71. Devem ser estimulados os processos de coordenao entre empresas locais nos setores commaior representatividade e dinamismo do Municpio, com vista a:

    I - constituir arranjos produtivos locais, articulando-se para isso medidas de cunho administrativo, detecnologia e de crdito em condies favorveis;

    II - incentivar as relaes comerciais e de associao de empresas locais com o exterior, sobretudocom pases do Mercosul;III - desenvolver aes de cooperao com outras cidades no pas e no exterior;IV - desenvolver programas de parcerias com entes pblicos e/ou privados, com base na legislao

    federal e em instrumentos legais aprovados pelo Municpio;V - planejar e apoiar o desenvolvimento do ensino e da pesquisa tecnolgica aplicada, alm da

    prestao de servios tecnolgicos.

    Art. 72. Constituem prioridade entre os grandes empreendimentos pblicos e/ou privados,amplamente vinculados ao desenvolvimento econmico, a serem desenvolvidos na cidade na vigncia deste PlanoDiretor:

    I - a infraestrutura completa da Cidade Satlite Industrial de Cumbica;II - o metr de superfcie ou trem metropolitano ligando So Paulo a Guarulhos e ao aeroporto

    internacional;III - a instalao de uma rodoviria que abrigue linhas interestaduais e entre cidades;IV - a expanso do Aeroporto com as medidas urbansticas e ambientais necessrias preservao

    dos interesses da cidade e de seus habitantes;V - o prosseguimento da Marginal do Baquirivu-Guau;VI - o prosseguimento da revitalizao do Centro da cidade e dos centros de bairro;VII - a concluso dos acessos cidade e das transposies nas Rodovias Presidente Dutra, Ferno

    Dias e Ayrton Senna;VIII - a participao nos estudos, definio de traado e das medidas de implantao do Rodoanel

    Metropolitano interligado s rodovias e ao aeroporto internacional;IX - a ligao da cidade de Guarulhos a So Paulo e ao ABC atravs da via Jacu-Pssego;X - outros empreendimentos de origem privada de importncia econmica, mediante critrios de

    avaliao institudos pelo Poder Pblico Municipal e pelo Conselho de Desenvolvimento Econmico.

    Art. 73. O Poder Pblico, em conjunto com a iniciativa privada, inclusive as micro e pequenasempresas e com outras instituies governamentais e a comunidade, promover o desenvolvimento do turismo,com nfase nos segmentos de turismo de negcios e de eventos, turismo ecolgico e rural, respondendo soportunidades geradas pelo aeroporto internacional e pela infra-estrutura de acesso regional.

    Art. 74. Os incentivos fiscais permitidos em lei, concedidos pelo Poder Pblico Municipal, estarosempre vinculados gerao de empregos ou tributos.

    Art. 75. Os programas locais de apoio aos desempregados devero ser ampliados, aperfeioados oucriados pelo poder pblico municipal, estadual ou federal ou em parceria com organizaes no-governamentais e

    o setor privado.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 14Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    15/24

    Art. 76. O Poder Pblico Municipal em colaborao com os outros rgos pblicos e organizaesno-governamentais e privadas, coletar e processar informaes disponveis, viabilizando pesquisas scio-econmicas que constituam banco de dados universal e de qualidade, referente economia do Municpio e aomundo do trabalho e suas oportunidades, criando para este fim, um rgo especializado.

    Art. 77. O Conselho de Desenvolvimento Econmico o frum consultivo para definir polticas eprojetos prioritrios de desenvolvimento econmico e de gerao de emprego e renda, com a participao do

    Executivo Municipal, de empresas pblicas, de concessionrias de servio pblico, de agncias dedesenvolvimento, de associaes e sindicatos empresariais e de profissionais liberais, de centrais sindicais esindicatos de trabalhadores, de representantes de conselhos econmicos especficos e de outros setores da vidaeconmica.

    TTULO VIIIDO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    CAPTULO IDA HABITAO

    Art. 78. So objetivos do Municpio em habitao:I - assegurar o direito moradia adequada para a populao em geral como direito social, tendo a

    colaborao dos movimentos e organizaes de moradia;II - promover o uso habitacional nas reas consolidadas e dotadas de infra-estrutura, utilizando, entre

    outros recursos, os instrumentos constantes do Estatuto da Cidade;III - promover a qualidade urbanstica e rural, habitacional e a regularizao fundiria, atravs de

    melhorias urbanas e socioeconmicas, especialmente em bairros e assentamentos de populao de baixa renda;IV - criar condies para a participao da iniciativa privada na produo de empreendimentos

    habitacionais, com prioridade s habitaes de interesse social nos espaos vazios da cidade, aptos para aconstruo de unidades habitacionais;

    V - articular as iniciativas para habitao de interesse social, com as outras iniciativas sociais, visandoampliar a incluso das famlias mais pobres;

    VI - coibir ocupaes e assentamentos habitacionais inadequados, criando alternativas habitacionaisem locais apropriados e combatendo a especulao imobiliria;

    VII - buscar, favorecer, dar acessibilidade captao de recursos financeiros, institucionais, tcnicos eadministrativos destinados a investimentos habitacionais, com especial destaque aos de interesse dos excludos;

    VIII - simplificar as normas e procedimentos de aprovao de projetos, de forma a estimularinvestimentos no Municpio.

    Pargrafo nico. Entende-se por moradia adequada, aquela que possua construo slida earejada, redes de gua, esgoto, instalaes sanitrias, drenagem, energia eltrica, iluminao pblica, coleta delixo, ruas pavimentadas, servio de transporte coletivo e acesso aos equipamentos sociais bsicos de educao,sade, segurana, cultura, lazer, comrcio e servios locais.

    Art. 79. Os projetos habitacionais devem considerar as caractersticas da populao local, suasformas de organizao, condies fsicas e econmicas, os riscos da moradia atual, a recuperao da qualidadeambiental, a preservao das reas de mananciais, a desocupao e preservao das reas de risco e dos espaosdestinados a bens de uso comum da populao, o estmulo s alternativas de associao ou cooperao entremoradores para a efetivao de programas habitacionais, a promoo de assessoria tcnica, jurdica, ambiental e

    urbanstica s famlias de baixa renda, a promoo de programa de educao urbana, a reserva de parcela dasunidades habitacionais para o atendimento aos idosos e aos portadores de necessidades especiais.Pargrafo nico. O Poder Pblico Municipal, poder firmar convnios com entidades da sociedade

    civil para a realizao dos objetivos constantes no caputdeste artigo.

    Art. 80. A produo de ncleos habitacionais e a implantao de loteamentos devem ser planejadosconjuntamente com nveis adequados de acessibilidade aos servios de infra-estrutura bsica, passveis de seremprovidos no tempo necessrio.

    Pargrafo nico. O atendimento da populao removida por risco, desadensamento ou urbanizao,dever se dar prioritariamente nas regies prximas, garantindo a participao dos moradores no processo dereassentamento.

    Art. 81. Para atender aos objetivos de facilitar o acesso habitao adequada para a populao debaixa renda, sero criados programas, entre outros:

    I - loteamentos de interesse social;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 15Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    16/24

    II - conjuntos residenciais de interesse social;III - conjuntos habitacionais de interesse social;IV - mutiro habitacional de interesse social;

    V - reurbanizao de favelas, que garantir no mnimo condies adequadas de salubridade eacessibilidade;

    VI - financiamento para aquisio de lote;VII - financiamento de material de construo.

    Art. 82. O Poder Pblico elaborar um Plano Diretor de Habitao em harmonia com os instrumentosde poltica urbana e de planejamento adotados nesta Lei e, alm disso:

    I - delimitar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;II - implantar sistema de informaes sobre as demandas habitacionais e sobre as reas ocupadas

    irregularmente;III - revisar os parmetros gerais dos loteamentos habitacionais nas macrozonas;IV - estabelecer acordos de cooperao tcnica entre os rgos envolvidos.

    CAPTULO IIDA SADE

    Art. 83. O Poder Pblico Municipal, em estreita colaborao com o Estado e a Unio, com entidades

    no governamentais e religiosas e com entidades privadas de sade, dedicar-se- universalizao, integralizaoe a promoo da sade no Municpio, visando enfrentar os determinantes sociais, tnicos, etrios, de gnero econdies ambientais, contribuindo para que Guarulhos se torne uma cidade mais saudvel; promovendo aconvergncia de esforos dos diferentes setores para o desenvolvimento de polticas integrais e integradas, queofeream respostas para as necessidades apresentadas, considerando-se que a sade resultante de umacondio social e reflete o modo e a qualidade de vida da populao.

    Art. 84. O atendimento sade no Municpio ser regido por objetivos que contemplem a promooda sade, a preveno de doenas e o atendimento que se caracterizar por:

    I - elevao do padro de qualidade e eficincia dos servios prestados populao;II - ampliao do acesso aos servios de sade, aumentando o nmero dos locais de atendimento e

    de suas instalaes;III - desenvolvimento do atendimento familiar atravs da generalizao do Programa de Sade da

    Famlia;IV - estabelecimento do equilbrio regional na oferta de equipamentos e servios de sade;

    V - melhoramento da assistncia municipal de urgncia existente e implantao de novas unidades deatendimento emergencial em regies menos assistidas;

    VI - ampliao e melhoramento da assistncia especializada maternidade, infncia e terceiraidade;

    VII - aprimoramento da sade coletiva, atravs da vigilncia em sade, especialmente na prevenos epidemias das doenas infecto-contagiosas, doenas transmitidas por animais e por alimentos, na vigilncia dosprodutos e servios ofertados populao que possam trazer riscos a sua sade;

    VIII - ampliao do atendimento especfico preveno, tratamento e cura das doenas e agravosprprios da etnia, de gnero e daquelas originadas do trabalho;

    IX - tratamento local para os casos de cncer;

    X - desenvolvimento de programas de incentivo atividade mdica na periferia e de preveno dasade bucal.

    Art. 85. Para atingir esses objetivos ser essencial:I - aumento da oferta de leitos hospitalares;II - reduo da mdia de permanncia hospitalar, com ateno maior ao atendimento e internao

    domiciliar;III - aumento do nmero de consultas mdicas;IV - aumento da oferta de exames laboratoriais, com ampliao e modernizao contnua dos

    laboratrios de anlises clnicas;V - cadastramento do Carto SUS de todos os habitantes do Municpio;VI - ampliao da cobertura vacinal;

    VII - aprimorar a deteco precoce das doenas passveis de provocar epidemias, atualizando sempreque necessrio o sistema de informao, de investigao e de diagnstico clnico e laboratorial;VIII - ampliao significativa do apoio e atendimento aos dependentes qumicos;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 16Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    17/24

    IX - fortalecimento do banco de leite humano;X - garantia do acesso ao parto humanizado;XI - atendimento local especializado de exames de pacientes vtimas de crimes sexuais;XII - implantar unidades de sade especializadas no atendimento de cuidados dirios para crianas

    em risco e para pessoas portadoras de doenas crnicas;XIII - ampliar as unidades de sade especializadas para o atendimento das pessoas portadoras de

    deficincia;

    XIV - instituir o tratamento local para casos de cncer.Art. 86. A participao dos usurios na elaborao das diretrizes, planos, na gesto e no controle

    social, ser garantida principalmente atravs do Conselho Municipal de Sade, dos Conselhos de Regio, dosConselhos de Unidade de Sade e outras formas consagradas ou inovadoras.

    CAPTULO IIIDA EDUCAO

    Art. 87. A educao municipal ser executada, mantida e desenvolvida atendendo ao preceitoconstitucional de aplicao de, no mnimo, vinte e cinco por cento do oramento municipal, objetivando:

    I - o direito de todos educao;II - a igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;

    III - a gratuidade do ensino pblico;IV - a pluralidade de idias e de concepes pedaggicas;V - o respeito liberdade e tolerncia;VI - a livre iniciativa na oferta do ensino;VII - a garantia do padro de qualidade;VIII - a valorizao da experincia humana;IX - a vinculao entre a educao, o trabalho e as prticas sociais;X - a gesto democrtica do ensino pblico.

    Art. 88. O Sistema Municipal de Educao, norteado pelos princpios da Lei de Diretrizes e Bases daEducao Nacional, desenvolver-se-, em especial, buscando:

    I - a democratizao do acesso;II - a democratizao das condies de permanncia;

    III - a democratizao da gesto escolar;IV - a qualidade da educao.

    Art. 89. O Poder Pblico Municipal, em colaborao com outros nveis do governo e entidades,adotar programas de expanso do atendimento a todas as crianas na educao infantil at 6 anos, no ensinofundamental da 1 a 4 srie e atendimento progressivo na educao de jovens e adultos.

    Art. 90.A educao infantil at os seis anos de responsabilidade prioritria do Municpio, devendo oPoder Pblico promover com a colaborao da sociedade:

    I - a universalizao progressiva do atendimento das crianas de at trs anos de idade, nas crechesou entidades equivalentes;

    II - a universalizao progressiva do atendimento das crianas de quatro a seis anos de idade nas pr-escolas;

    III - ampliar o atendimento na educao especial, que visa assegurar o direito educao infantil efundamental a todas as crianas com deficincias por meio da incluso dos alunos em classes regulares e, se istono for possvel em funo das necessidades dos educandos, em classes especiais e escolas especializadas.

    Art. 91. O ensino fundamental de responsabilidade compartilhada com o Estado at a 4 srie, com adistribuio proporcional de responsabilidades conforme a populao a ser atendida e os recursos financeirosdisponveis em cada uma das esferas do Poder Pblico, deve garantir a oferta para todas as crianas a partir dos 6anos, contando com a colaborao das organizaes no-governamentais e da iniciativa privada.

    Art. 92.A educao de jovens e adultos busca assegurar o direito educao fundamental a todosque a ela no tiveram acesso na idade prpria, e, para tanto, o Poder Pblico Municipal em colaborao com oEstado, a Unio, entidades e movimentos da sociedade civil desenvolver programas de alfabetizao de jovens e

    adultos, visando a erradicao do analfabetismo no Municpio no perodo de vigncia deste plano, devendocombinar-se os cursos bsicos de formao profissional, com os programas de desenvolvimento econmico e sociale os programas de gerao de trabalho e renda.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 17Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    18/24

    Art. 93.A educao municipal adotar programas que:I - garantam as condies necessrias para permanncia de todos alunos na escola, em especial, com

    o aumento progressivo do tempo de permanncia para as crianas das menores faixas de idade na educaoinfantil;

    II - assegurem para todas as crianas o programa de alimentao escolar com a melhor qualidadenutritiva e a orientao de hbitos alimentares saudveis;

    III - ampliem a oferta do transporte escolar gratuito da rede municipal para todas as crianas com

    necessidades especiais, para as crianas que residem mais distantes das escolas, para as de menor idade e defamlias de menor renda;IV - ampliem o programa de acesso aos livros, para as crianas da educao infantil, e, em parceria

    com o Governo Federal, garantam os livros didticos para os alunos da educao fundamental;V - ampliem o programa de material escolar e de garantia do uniforme escolar para os alunos das

    escolas municipais;VI - ofeream reforo escolar para crianas com distrbios de aprendizagem.

    Art. 94.A comunidade escolar dever ter participao e acompanhamento nas decises, atravs deorganismos prprios e eventos adequados, promovendo aes que visem o fortalecimento dos conselhos escolares,das associaes de pais e mestres e outras formas de participao de pais e mes dos educandos.

    Pargrafo nico. Para os efeitos do disposto acima, compreende-se como integrantes da

    comunidade escolar, as crianas, os jovens e os adultos diretamente beneficiados, o professorado, a equipe escolare os funcionrios de escola, a Secretaria da Educao, as mes, os pais e os responsveis.

    Art. 95. Em todo o sistema municipal de ensino ser contnua a dedicao e o investimento namelhoria de sua qualidade:

    I - ampliando para todas as escolas os programas de arte na educao, especialmente, a msica, ocoral, o teatro e as artes plsticas;

    II - promovendo o ensino de lnguas estrangeiras, a educao ambiental e a informtica;III - cuidando para que os prdios escolares, suas instalaes e equipamentos sejam mantidos em

    condies fsicas adequadas, propiciando ambientes de ensino e aprendizagem com espaos amplos, arejados ebonitos.

    Art. 96. O Poder Pblico Municipal far esforos visando mobilizar recursos dos Governos Estadual eFederal e outros rgos pblicos e privados, para a ampliao do acesso ao ensino de nvel mdio e superior,promovendo programas de empreendedorismo.

    1 Ser dada nfase no ensino superior:I - formao de professores;II - formao de mdicos para a Rede Municipal de Sade;III - instalao de um campus de Universidade Pblica;IV - criao de um Centro de Educao Superior de Cincias da Aeronutica, em parceria com

    entidades governamentais, no governamentais e do setor privado. 2 No ensino mdio ser dada nfase criao de cursos relacionados vocao econmica de

    Guarulhos como cidade industrial, aeroporturia, comercial, turstica, de servios e de grande demanda naconstruo civil.

    Art. 97. A educao atuar de forma integrada s demais reas sociais e de servios pblicos,visando:I - a melhoria da qualidade de vida da populao e a realizao de programas educativos voltados a

    todos;II - a integrao de esforos na rea da infncia para a implantao de uma rede de atendimento s

    crianas e as suas famlias, junto com os setores da sade, da assistncia social e jurdica, do desenvolvimentocultural e esportivo e em colaborao com os conselhos municipais e entidades da sociedade civil;

    III - o desenvolvimento de programas de atendimento juventude, integrados, principalmente, comas reas do trabalho, da cultura, de esportes, de meio ambiente, da habitao e da preveno da violncia contraa criana e a mulher;

    IV - incentivar a Educao Ambiental, essencial para a conservao dos recursos hdricos, por meio dotreinamento de profissionais da rea de educao, para uma ampla abordagem do tema gua nas escolas,

    parques, associaes de bairros e outras entidades, atingindo as crianas, os jovens e os adultos.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 18Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    19/24

    CAPTULO IVDA ASSISTNCIA SOCIAL

    Art. 98. A assistncia social um direito assegurado s crianas, aos adolescentes, aos idosos, sfamlias carentes, aos portadores de necessidades especiais, s vtimas de discriminao tnica, econmica,religiosa, sexual e de gnero, conforme disposto na Constituio Federal, no Estatuto da Criana e do Adolescente,na Lei Orgnica do Municpio e nesta Lei.

    Pargrafo nico.As aes de proteo, amparo, habilitao e reabilitao e de gerao de renda,devero ser prestadas pelo Poder Pblico Municipal com o apoio das instituies pblicas estaduais e federais, dosetor privado, de organizaes no governamentais e da sociedade civil.

    Art. 99. As aes de que trata o artigo anterior devero ser priorizadas com os seguintesatendimentos:

    I - criana e ao adolescente em situao de risco pessoal, familiar, social ou em situao de rua, emcasas apropriadas ou por outros programas;

    II - s mulheres em situao de pobreza ou de risco, em especial s gestantes, chefes de famlia ouvtimas de violncia, atravs de casas de apoio mulher ou outras instituies;

    III - aos que tm fome, garantindo o direito alimentao e nutrio, atravs de parcerias eintegrao com programas estaduais, nacionais e internacionais, como banco de alimentos, restaurantespopulares, cestas bsicas e outras formas emergenciais;

    IV - ao idoso atravs de centros de convivncia, de atividades de lazer, de apoio sade, de abrigos ede incentivo a sua permanncia na famlia;V - aos portadores de necessidades especiais, atravs da integrao social e o encaminhamento s

    redes de sade, educao, cultura, esporte e lazer;VI - comunidade negra em defesa de sua plena cidadania e contra a discriminao, utilizando-se do

    mapa de incluso e excluso social como instrumento de planejamento e gesto;VII - comunidade em geral com a criao de centros comunitrios;VIII - s famlias, atravs de programas de planejamento familiar;IX - s pessoas e famlias em situao de rua e migrantes sem recursos, acolhimento temporrio em

    albergues com orientao e apoio;X - s pessoas e grupos sociais comprovadamente carentes, assistncia judiciria gratuita;XI - s famlias comprovadamente carentes gratuidade no servio funerrio.

    Art. 100. O Poder Pblico Municipal em conjunto com rgos pblicos estaduais e federais, setoresda sociedade empresarial e civil, tomar medidas emergenciais de proteo populao vitimada por calamidadepblica e outras situaes de risco.

    Pargrafo nico. Para atendimento s vtimas de que trata o caputdeste artigo, a administraopblica poder locar imveis atravs de procedimento especial previsto em lei.

    Art 101. Nas aes sociais deve ser, na medida do possvel, aplicado o princpio da descentralizaodo atendimento de modo a facilitar o acesso aos servios.

    Art. 102.A otimizao da assistncia social e a gesto democrtica dos conselhos no Municpio serefetivada atravs da parceria entre o Poder Pblico Municipal, os governos estadual e federal e as instituiesassistenciais nos diversos nveis e formas, objetivando a elaborao de um cadastro nico dos excludos e dasfamlias migrantes, atravs da organizao de um banco de dados contendo a extenso, a natureza e ascaractersticas da excluso social.

    Pargrafo nico.As medidas referidas no caputdeste artigo visam combater o processo de exclusosocial.

    CAPTULO VDA CULTURA, DO ESPORTE E DO LAZER

    Art. 103. O Poder Pblico Municipal, em estreita colaborao com os outros nveis de governo, comos artistas e entidades culturais incluindo o terceiro setor, com os meios de divulgao e com outras parcerias,buscar:

    I - a ampla difuso da cultura em todas as suas formas de expresso, com nfase quelas depreferncia local, nas diferentes regies do Municpio, atingindo todas as faixas etrias, como forma desociabilizao e gerao de emprego;

    II - o incentivo aos artistas locais visando seu aperfeioamento e valorizao, atravs do Fundo deCultura;

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 19Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    20/24

    III - promover a vinda de artistas e de obras de arte de reconhecido valor, de outras cidades quecompem nosso Estado, dos outros estados da Federao e do exterior, estimulando a participao de todos ossegmentos da populao;

    IV - preservar a autenticidade das manifestaes scio-culturais;V - promover a formao de profissionais, visando maior desenvolvimento da produo cultural na

    Cidade;VI - organizar eventos, atividades culturais e festejos que expressem as diferentes culturas

    formadoras de nossa Cidade;VII - o incentivo cultura popular brasileira;VIII - possibilitar a edio de livros e similares, gravaes de msicas, produo de artes plsticas,

    montagem de espetculos e outros;IX - promover e consolidar a Orquestra Jovem Municipal e outras instituies musicais da Cidade.

    Art. 104. O Poder Pblico Municipal dever preservar, revigorar e ampliar o nmero de unidades,espaos e equipamentos para formao cultural, tais como:

    I - escolas municipais de arte que contemplem as diversas linguagens artsticas;II - teatros e centros culturais;III - bibliotecas providas e modernizadas;

    IV - praas e outros locais adequados realizao de eventos e festividades, buscando a

    universalizao do direito produo e fruio do produto cultural e sua difuso na mdia. Art. 105. O Poder Pblico Municipal garantir a preservao, atualizao, ampliao e divulgao da

    documentao e dos acervos que constituem a memria e o patrimnio cultural da Cidade, bem como daspaisagens naturais, construes notveis e stios arqueolgicos.

    Pargrafo nico. As aes de que trata o caput deste artigo sero efetivadas por intermdio doMuseu Histrico Municipal e atravs do Museu da Aeronutica mediante convnio com outras instituies eempresas privadas.

    Art. 106.As atividades de lazer e formao ligadas cultura e ao esporte exigem aes conjuntascom outras reas, tais como educao, turismo e meio ambiente, que permitam operar e otimizar oaproveitamento dos complexos culturais, esportivos, educacionais e de lazer existentes, ao mesmo tempo em quenovos complexos culturais e poliesportivos devem ser disseminados por outras regies da cidade.

    Art. 107.A conservao dos parques, praas, reas verdes, ruas de lazer, o acesso aos parques ebosques estaduais ou federais e a implantao de novos parques em todas as grandes regies da cidade, sometas essenciais para garantir acessibilidade da populao ao lazer saudvel e seguro.

    Art. 108. O Poder Pblico Municipal, de modo integrado em suas diferentes reas, em colaboraocom outros nveis de governo, associaes no-governamentais, clubes esportivos, empresas privadas eproprietrios de terras, dever, prioritariamente, ampliar as oportunidades de acesso massivo prtica esportivaatravs de atividades recreativas, de lazer, educativa e de incluso social, para condicionamento fsico,manuteno da sade, corretiva ou teraputica ou ainda, de formao e desenvolvimento de talentos esportivosnas diversas regies do Municpio, principalmente para a adolescncia e a juventude, ampliando em especial asoportunidades para as mulheres e portadores de necessidades especiais e de modo adequado a todas as idades,

    subsidiados por um Fundo Municipal de Esportes e atravs da implantao e manuteno de campos, quadras,ginsios e estdios poliesportivos, pistas de skate, piscinas e da realizao de eventos de carter recreativo ecompetitivo.

    Art. 109. parte essencial do desenvolvimento do esporte no Municpio a promoo, em parceriapblica e/ou privada, do esporte de competio em suas diversas modalidades, em especial naquelas depreferncia local, para isso, incentivando e possibilitando a participao em jogos estudantis, regionais, estaduais,nacionais e internacionais.

    CAPTULO VIDA SEGURANA PBLICA

    Art. 110. Na medida em que se amplia aos entes municipais a atribuio constitucional de segurana

    pblica, o Poder Pblico Municipal, subsidiariamente ao Poder Pblico Estadual e ao Federal, contribuir com ocuidado da segurana das pessoas, em especial:

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 20Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    21/24

    I - adotando uma ao institucional integrada das reas pblicas e dos diversos nveis de governopara a preveno da violncia;

    II - aprimorando o trabalho municipal em assuntos de segurana pblica;III - ampliando a Guarda Civil Municipal em efetivo, equipamentos e instalaes nas diversas regies

    do Municpio, dando-lhe preparo e formao contnuas para uma ao de segurana com respeito integral aosdireitos de cidadania e aperfeioando sua ao na segurana da comunidade escolar e dos bairros;

    IV - atuando na fiscalizao do trnsito e no apoio aos diversos rgos municipais responsveis pelo

    meio ambiente, posturas e outras atribuies do poder de polcia local;V - modernizando o monitoramento e controle de espaos pblicos de grande movimento e reasindustriais e de logstica;

    VI - atuando contra a violncia intrafamiliar, em especial a violncia de que so vtimas as mulheres,as crianas e os idosos;

    VII - protegendo as pessoas dos riscos naturais e carncias urbansticas;VIII - aprimorando e equipando melhor a Defesa Civil, estimulando a presena voluntria de pessoas

    e grupos;IX - cuidando de expandir a rede de hidrantes visando combater incndios.

    CAPTULO VIIDOS SERVIOS CEMITERIAIS E FUNERRIOS

    Art. 111. Cabe ao Poder Pblico Municipal em colaborao com outras instituies, regulamentar aconcesso ou permisso dos servios a particulares ou instituies beneficentes e sua localizao, respeitando asnormas de proteo ambiental apropriadas, e garantir o acesso de todos a servios de qualidade, conservando eexpandindo os atuais equipamentos funerrios e cemiteriais.

    TTULO IXDA ARTICULAO METROPOLITANA

    Art. 112. O Municpio de Guarulhos, atravs de suas instituies governamentais e sociais, buscar:I - articular novas formas de ao regional, em especial da Regio Metropolitana de So Paulo,

    centrado na busca ativa de consensos e convergncias, respeitando a autonomia dos entes federados;II - participar em projetos para a progressiva regionalizao de aes urbansticas, econmicas e

    sociais;

    III - implementar um sistema de planejamento regional conjunto, possibilitando a coordenao deprocessos de integrao e de financiamento comum;IV - estabelecer constante interlocuo com o Governo Estadual e o Governo Federal.

    Art. 113. Para o desenvolvimento da insero regional e metropolitana, o Municpio de Guarulhos,respeitando as competncias respectivas dos municpios e do Estado como entes federados, consagradas naConstituio da Repblica, dever ainda:

    I - privilegiar na ao regional as formas flexveis de cooperao e consorciao entre municpios;II - contribuir, com base no elevado potencial do Municpio para a revitalizao do desenvolvimento

    econmico da Regio Metropolitana de So Paulo;III - auxiliar na articulao entre os municpios, o Estado e a Unio, para a otimizao de resultados

    nos diversos servios pblicos e nas aes sociais, promovendo em comum a funo social da cidade e dapropriedade;

    IV - ter no gerenciamento de bacias hidrogrficas e do saneamento ambiental, um dos eixos deregionalizao de aes envolvendo a gesto conjunta de recursos hdricos compartilhados;

    V - contribuir para viabilizar importantes eixos rodovirios metropolitanos, entre eles, a ligao deGuarulhos com a cidade de So Paulo e a regio do ABC, a ligao com outros municpios vizinhos e os acessos Rodovia Ferno Dias e ao Rodoanel;

    VI - participar ativamente das medidas para possibilitar a ligao sobre trilhos de So Paulo aGuarulhos e ao aeroporto internacional.

    Art. 114. O Poder Pblico Municipal dever ainda:I - promover e participar de forma flexvel e no institucionalizada de insero, tais como fruns

    metropolitanos, redes ou mecanismos de intercmbio entre cidades e projetos especficos de interesse comum;II - contribuir no sentido de uma reviso da legislao relativa s reas metropolitanas em vista da

    concepo de novas formas institucionais;III - participar de redes nacionais e internacionais de cidades com vista ao desenvolvimento urbano,econmico, social e ao exerccio da solidariedade entre suas populaes.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 21Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    22/24

    Art. 115. O Municpio participar ativamente nos rgos colegiados de gesto metropolitana e debacias hidrogrficas e buscar:

    I - aprimorar a ao integrada com a Sabesp e outras instituies afins do Estado ou de municpios daRegio Metropolitana;

    II - estabelecer convnio com o Estado, a Unio e outros municpios para facilitar o acesso ao ParqueEcolgico do Tiet, ao Parque da Serra da Cantareira e ao Parque da Base Area em Cumbica.

    TTULO XDO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTO DO PLANO DIRETOR

    CAPTULO IDOS PLANOS DIRETORES ESPECFICOS E OUTRAS MEDIDAS

    Art. 116. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Econmico e Social do Municpio de Guarulhos parte integrante de um processo contnuo de planejamento, em que esto assegurados os objetivos e asdiretrizes definidas nesta Lei e a participao popular na sua implementao ou reviso.

    Art. 117. O Municpio dever elaborar e dar o encaminhamento devido para os:I - Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano e Rural (uso, ocupao, parcelamento do solo,

    sistema virio, transporte pblico, transporte de cargas);II - Planos Diretores de Saneamento e Meio Ambiente (abastecimento de gua, coleta e tratamento

    de esgotos, resduos slidos, manejo de guas pluviais, reas verdes e arborizao);

    III - Planos Diretores de Infra-Estrutura (pavimentao, drenagem, iluminao pblica, gs, fibratica, utilizao do subsolo);

    IV - Planos Diretores de Desenvolvimento Econmico (indstria, comrcio, servios, turismo, entornodo aeroporto, economia solidria);

    V - Planos Diretores de Desenvolvimento Social (habitao, educao, sade, segurana, assistnciasocial, cultura, esportes, lazer);

    VI - Planos Diretores Regionais;VII - Plano Estratgico de Desenvolvimento Integrado que contenha as estratgias, aes, programas

    e projetos de todas as reas;VIII - Leis especficas de Zoneamento, Uso, Ocupao e Parcelamento do Solo;IX - Leis especficas reguladoras dos instrumentos urbansticos, fiscais, financeiros, jurdicos e

    administrativos.

    Pargrafo nico. Os Planos acima referidos, em sua elaborao e implantao devem procurarintegrar-se com o planejamento dos governos estadual, federal e dos municpios das Bacias Hidrogrficas do AltoTiet e do Vale do Paraba, intensificando o uso de instrumentos legais e de fiscalizao, estabelecendo indicadoresde qualidade dos servios, que incorporem pesquisa peridica de opinio pblica, atuando em conjunto com osoutros poderes institucionais, contando com a colaborao de todos os habitantes e usurios e dos conselhossetoriais, com ampla participao democrtica da populao e de suas entidades.

    Art. 118. Para assegurar a implantao do processo contnuo, dinmico e flexvel de planejamento egesto das Polticas Pblicas, fica criado o Sistema Municipal de Gesto do Planejamento, que tem como objetivos:

    I - articular polticas, estratgias, aes e investimentos pblicos;II - instaurar um processo permanente e sistematizado de detalhamento, atualizao, reviso e

    monitoramento das diretrizes, instrumentos e normas previstas no Plano Diretor;III - atuar no acompanhamento dos instrumentos de aplicao e dos programas e projetos aprovados;IV - incorporar a comunidade na definio e gesto das polticas pblicas atravs de um sistema

    democrtico de participao.

    Art. 119. O Sistema Municipal de Gesto do Planejamento um procedimento interativo dos diversosrgos e setores da Administrao Municipal, devendo:

    I - elaborar, desenvolver e compatibilizar planos e programas que envolvam a participao conjuntade rgos, empresas e autarquias da administrao municipal e de outros nveis de governo;

    II - desenvolver, analisar, reestruturar, compatibilizar e revisar periodicamente as diretrizesestabelecidas na Lei Orgnica Municipal, no Plano Diretor e demais leis vigentes mediante a proposio de leis,decretos e normas, visando a constante atualizao e adequao dos instrumentos legais de apoio AdministraoPblica do Municpio de Guarulhos;

    III - criar canais de participao da sociedade na gesto municipal.

    Fonte: Diviso Tcnica do Departamento de Assuntos Legislativos Prefeitura de Guarulhos 22Lei n 6.055, de 30/12/2004.

  • 7/25/2019 Plano Diretor Guarulhos

    23/24

    Art. 120. O Sistema Municipal de Gesto do Planejamento integrado por rgos da administraodireta e indireta, conselhos e fundos municipais, pelo plano estratgico de desenvolvimento, planos setoriais eplanos regionais de ao, pelos sistemas cartogrfico e de informaes municipais, e pelos instrumentos dedesenvolvimento previstos nesta Lei.

    Art. 121. Entre outros rgos criados e regulamentados por legislao especfica, so rgos deplanejamento e gesto do Sistema Municipal de Gesto e Planejamento:

    I - Conselho Municipal do Oramento Participativo;II - Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano;III - Conselho Municipal de Desenvolvimento Econmico;IV - Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural;

    V - Conselho Municipal de Turismo;VI - Conselho Municipal de Habitao;VII - Conselho Municipal do Meio Ambiente;VIII - Conselho Municipal da Sade;IX - Conselho Municipal de Educao;X - Conselho Municipal de Segurana;XI - Conselho Municipal de Esportes;XII - Conselho Municipal de Cultura;XIII - Conselho Municipal da Criana e do Adolescente;XIV - Conselho Municipal de Assistncia Social;XV - Conselhos Tutelares da Criana e do Adolescente;XVI - Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficincia;XVII - Conselho Municipal da Comunidade Negra;XVIII - Conselho Municipal da Juventude;XIX - Conselho Municipal do Idoso;XX - Conselho Municipal da Mulher;XXI - Conselho Municipal de Combate aos Entorpecentes;XXII - Conselho Municipal de Recursos Hdricos;XXIII - Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;XXIV - Fundo para o Progresso de Guarulhos;XXV - Fundo Municipal de Habitao;

    XXVI - Fundo Social de Solidariedade;XXVII - Fundo Municipal de Assistncia Social;XXVIII - Fundo Municipal de R