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LEI 5631, DE 22 DE AGOSTO DE 2008 P. 9283/06 Institui o Plano Diretor Participativo do Município de Bauru. O PREFEITO MUNICIPAL DE BAURU, nos termos do art. 51 da Lei Orgânica do Município de Bauru faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei: TITULO I - OBJETO DA LEI E ÂMBITO DE APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS, DA FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE E DOS INSTRUMENTOS DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO. CAPÍTULO I - OBJETO DA LEI E ÂMBITO DE APLICAÇÃO CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS CAPÍTULO III - DA FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE TÍTULO II CAPÍTULO I - DO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO TÍTULO III CAPÍTULO I - DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO SEÇÃO I - Do Macrozoneamento SEÇÃO II - Do Parcelamento do Solo SEÇÃO III - Do Uso e Ocupação do Solo Urbano SEÇÃO IV - Do Uso e Ocupação do Solo Rural CAPÍTULO II - DAS ÁREAS ESPECIAIS CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA SEÇÃO I - Do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórias SEÇÃO II - Do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Progressivo no Tempo SEÇÃO III - Da Desapropriação com Pagamento em Títulos da Dívida Pública SEÇÃO IV - Da outorga onerosa do direito de construir e da alteração do uso do solo SEÇÃO V - Da transferência do direito de construir SEÇÃO VI - Da concessão de uso especial SEÇÃO VII - Das operações urbanas consorciadas SEÇÃO VIII - Do direito de preempção SEÇÃO IX - Do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV TÍTULO IV - DAS DIRETRIZES ESPECÍFICAS DOS SETORES DE PLANEJAMENTO URBANO E RURAL CÁPÍTULO I – DOS SETORES URBANOS CAPÍTULO II – DOS SETORES RURAIS 1

Plano Diretor Bauru

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  • LEI 5631, DE 22 DE AGOSTO DE 2008 P. 9283/06 Institui o Plano Diretor Participativo do Municpio de Bauru. O PREFEITO MUNICIPAL DE BAURU, nos termos do art. 51 da Lei Orgnica do Municpio de Bauru faz saber que a Cmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte lei: TITULO I - OBJETO DA LEI E MBITO DE APLICAO DOS PRINCPIOS, DA FUNO SCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE E DOS INSTRUMENTOS DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICPIO. CAPTULO I - OBJETO DA LEI E MBITO DE APLICAO

    CAPTULO II - DOS PRINCPIOS CAPTULO III - DA FUNO SCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE TTULO II CAPTULO I - DO TERRITRIO DO MUNICPIO TTULO III CAPTULO I - DO ORDENAMENTO DO TERRITRIO SEO I - Do Macrozoneamento SEO II - Do Parcelamento do Solo SEO III - Do Uso e Ocupao do Solo Urbano SEO IV - Do Uso e Ocupao do Solo Rural CAPTULO II - DAS REAS ESPECIAIS CAPTULO III - DOS INSTRUMENTOS DA POLTICA URBANA SEO I - Do Parcelamento, Edificao e Utilizao Compulsrias SEO II - Do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Progressivo no Tempo SEO III - Da Desapropriao com Pagamento em Ttulos da Dvida Pblica SEO IV - Da outorga onerosa do direito de construir e da alterao do uso do solo SEO V - Da transferncia do direito de construir SEO VI - Da concesso de uso especial SEO VII - Das operaes urbanas consorciadas SEO VIII - Do direito de preempo SEO IX - Do Estudo de Impacto de Vizinhana EIV TTULO IV - DAS DIRETRIZES ESPECFICAS DOS SETORES DE PLANEJAMENTO URBANO E RURAL CPTULO I DOS SETORES URBANOS CAPTULO II DOS SETORES RURAIS

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  • TTULO V - DAS POLTICAS SETORIAIS E SUSTENTVEIS URBANA E RURAL CAPTULO I - DO MEIO AMBIENTE, DO ABASTECIMENTO DE GUA E ESGOTAMENTO SANITRIO SEO I - Das Diretrizes Gerais Urbanas SEO II - Das Diretrizes Gerais Rurais CAPTULO II - DO ABASTECIMENTO DE GUA SEO I - Abastecimento de gua e do Esgotamento Sanitrio SEO II - Do Esgotamento Sanitrio SEO III - Da Drenagem SEO IV - Dos Resduos Slidos SEO V - Das Eroses TTULO VI - DAS POLTICAS SETORIAIS URBANA E RURAL CAPTULO I DO SISTEMA VIRIO, DA MOBILIDADE, DO TRANSPORTE, DO CONSELHO MUNICIPAL SEO I - Da Mobilidade, Transporte e Conselho SEO II - Do Sistema Virio Urbano e Rural TTULO VII - DAS POLTICAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL CAPTULO I DAS POLTICAS REGIONAIS CAPTULO II - DO DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL SUSTENTVEL SEO I - Do Desenvolvimento Econmico Social SEO II - Dos Setores Econmicos SEO III - Das Diretrizes Gerais do Desenvolvimento Rural Sustentvel SEO IV - Do Abastecimento e Segurana Alimentar TTULO VIII - DOS INSTRUMENTOS DE DESENVOLVIMENTO DO MUNICPIO CAPTULO I DOS INSTRUMENTOS EM GERAL TTULO IX - DOS DIREITOS SOCIAIS URBANOS E RURAIS CAPITULO I DAS POLTICAS SOCIAIS SEO I - Da Sade SEO II - Da Educao SEO III - Da Assistncia Social SEO IV - Do Esporte e Lazer SEO V - Do Turismo SEO VI - Da Cultura TTULO X - DA GESTO DA POLTICA URBANA E RURAL CAPTULO I DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTO SEO I - Do Conselho do Municpio de Bauru

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  • SEO II - Do Sistema de Informaes Municipais SEO III - Do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento de Bauru SEO IV - Dos Instrumentos de Democratizao da Gesto SEO V - Da Conferncia Municipal da Cidade SEO VI - Das Assemblias Territoriais SEO VII - Da mobilizao popular CAPTULO II - DAS ESTRATGIAS DE IMPLANTAO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DO MUNICPIO DE BAURU TTULO XI - DAS DISPOSIES TRANSITRIAS TTULO XII - DAS DISPOSIES FINAIS ANEXO II RELAO DE IMVEIS TOMBADOS PELO CODEPAC ANEXO III METAS FSICAS E PROPOSTAS DAS POLTICAS SOCIAIS

    TITULO I

    OBJETO DA LEI E MBITO DE APLICAO DOS PRINCPIOS,

    DA FUNO SCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE E DOS INSTRUMENTOS DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICPIO

    CAPTULO I

    OBJETO DA LEI E MBITO DE APLICAO

    Art. 1- Fica institudo no Municpio de Bauru o Plano Diretor Participativo, conforme artigos 182 e 183 da Constituio Federal e de acordo com o estabelecido pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal n.o 10.257 de 2001.

    Pargrafo nico - Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Plano Diretor Participativo do Municpio de

    Bauru, estabelece normas de ordem pblica e interesse social, que regulam o uso da propriedade em todo o territrio do Municpio, em prol do bem coletivo, da segurana, do bem-estar dos cidados e do equilbrio ambiental.

    Art. 2- O presente Plano Diretor Participativo estabelece diretrizes gerais aplicveis em todo o

    territrio do Municpio, bem como instrumentos da poltica urbana, estabelece a funo scio-ambiental da propriedade, alm de: I - delimitar as reas urbanas onde poder ser aplicado o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, considerando a existncia de infra-estrutura e de demanda para utilizao, nos termos do artigo 5 do Estatuto da Cidade; II - definir o direito de preempo conferido ao Poder Pblico municipal, nos termos dos artigos 25 a 27 do Estatuto da Cidade; III - estabelecer a outorga onerosa do direito de construir, nos termos dos artigos 28 a 31 do Estatuto da Cidade; IV- delimitar reas para aplicao de operaes urbanas consorciadas, nos termos dos artigos 32 a 34 do Estatuto da Cidade; V - delimitar reas para a transferncia do direito de construir, autorizando o proprietrio de imvel urbano, privado ou pblico, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura

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  • pblica, o direito de construir previsto neste Plano Diretor ou em legislao urbanstica dele decorrente, nos termos do artigo 35 do Estatuto da Cidade.

    CAPTULO II DOS PRINCPIOS

    Art. 3 - A poltica urbana e rural do Municpio atender os seguintes objetivos e princpios:

    I - garantido o direito de propriedade, essas devero atender sua funo social, buscando assim o necessrio equilbrio entre os interesses pblicos e privados, suprindo as necessidades de todo cidado quanto qualidade de vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas; II - gesto democrtica por meio da participao da populao, associaes representativas dos vrios segmentos da comunidade, conselhos municipais, entre eles o Conselho do Municpio, nas decises de interesse pblico, desde a formulao, execuo e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano e rural; III - justa distribuio dos benefcios e dos nus decorrentes do processo de urbanizao, garantindo que todos os cidados tenham acesso aos servios, equipamentos urbanos e a toda e qualquer melhoria realizada pelo poder pblico, equilibrando assim os investimentos por toda rea do Municpio; IV - recuperao da valorizao imobiliria gerada pelos investimentos pblicos em infra-estrutura social e fsica, combatendo a reteno imobiliria especulativa e incentivando a ocupao dos vazios urbanos; V - adequao dos instrumentos de poltica econmica, tributria e financeira dos gastos pblicos ao desenvolvimento do Municpio, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar, subordinando-se estes a esta Lei e legislaes decorrentes; VI - cooperao entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanizao e desenvolvimento, em atendimento ao interesse social; VII - adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle do parcelamento, uso e da ocupao do solo, assim como o controle da expanso do permetro urbano objetivando uma cidade compacta que favorea a sustentabilidade, social, cultural, poltica, econmica, ambiental e institucional; VIII - ordenamento e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilizao inadequada dos imveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatveis e inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificao ou o uso excessivo ou inadequado em relao infra-estrutura urbana; d) a instalao de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como plos geradores de trfego, sem a previso da infra-estrutura correspondente; e) a reteno especulativa de imvel urbano, que resulte na sua sub utilizao ou no utilizao; f) a deteriorao de reas urbanizadas; g) a poluio e a degradao ambiental, inclusive pelos rgos pblicos. IX - adoo de padres de produo e consumo de bens e de servios compatveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econmica visando uma sociedade mais justa, a preservao, utilizao racional e adequada dos recursos naturais renovveis e no renovveis e a gesto e aplicao mais eficiente dos recursos para suprir as necessidades da sociedade; X - proteo, preservao e recuperao do patrimnio ambiental, natural ou artificial, do patrimnio cultural, histrico e paisagstico para a garantia da convivncia entre o homem e o meio ambiente e a manuteno da histria; XI - integrao e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais para o pleno desenvolvimento econmico e social do Municpio; XII - regularizao fundiria e urbanizao das reas ocupadas por populao de baixa renda, criando normas especiais de urbanizao, de uso, ocupao do solo e de edificao e fixando normas ambientais pertinentes, em atendimento as necessidades dessa populao;

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  • XIII - O planejamento do Municpio deve ser entendido como um processo permanente e dinmico, com viso sistmica, transdisciplinar e construdo a partir da participao popular para sua sustentao e adequao s demandas locais; XIV - instituio da poltica regional de planejamento, fortalecendo as aes conjuntas com Municpios vizinhos, buscando solues conjuntas a problemas comuns, programas de preservao do meio ambiente, sustentabilidade econmica e social da regio e fortalecimento poltico; XV - reorientar o desenvolvimento econmico do municpio respeitando suas tradies e vocaes, buscando a melhoria do IDH (ndice de Desenvolvimento Humano); XVI - promoo e incentivo ao turismo como fator de desenvolvimento econmico e social; XVII Implementao de uma poltica eficiente de mobilidade urbana.

    CAPTULO III

    DA FUNO SCIO-AMBIENTAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE

    Art. 4- A funo scio-ambiental da cidade corresponde ao direito cidade para todos e todas, o que compreende o direito a terra urbanizada, moradia, ao meio ambiente conservado, infra-estrutura e servios pblicos, ao transporte coletivo, mobilidade urbana e acessibilidade ao trabalho, cultura e ao lazer.

    Art. 5 - A propriedade atende sua funo scio-ambiental quando atende, simultaneamente, os seguintes requisitos: I - o atendimento das necessidades dos cidados quanto qualidade de vida, justia social, o acesso universal aos direitos sociais e ao desenvolvimento econmico; II - a compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura, equipamentos e servios pblicos disponveis; III - a compatibilidade do uso da propriedade com a preservao da qualidade do meio ambiente urbano e natural; IV - a compatibilidade do uso da propriedade com a segurana, bem estar e sade de seus usurios e vizinhos.

    Art. 6. A funo scio-ambiental da propriedade urbana, elemento constitutivo do direito de propriedade, dever subordinar-se s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas nesse Plano.

    TITULO II CAPTULO I

    DO TERRITRIO DO MUNICPIO

    Art.7 - O territrio do Municpio, constitudo de Zona Urbana e Zona Rural, ser dividido em 21 (vinte e um) Setores de Planejamento, unidades territoriais adotadas para elaborao deste Plano Diretor e referendados na 2 Conferncia da Cidade do Municpio de Bauru cujas divisas so os limites das bacias hidrogrficas, com ajustes em funo do sistema virio, rodovias e ferrovias, conforme Mapa 03: Setores de Planejamento, em anexo.

    1 - Caber ao Poder Pblico Municipal proceder no prazo mximo de 120 (cento e vinte) dias a

    partir da publicao desta lei, a descrio do permetro urbano, conforme Mapa 03: Setores de Planejamento, em anexo.

    2 - Os Setores de Planejamento devero ser encaminhados aos rgos pblicos nos trs nveis

    de governo, solicitando que os mesmos dem observncia s novas unidades de planejamento.

    Art.8 - Os Setores de Planejamento constituem unidades fsicas para o desenvolvimento das

    polticas municipais, atravs de Planos Urbansticos Setoriais que envolvam as reas sociais, ambientais, obras e servios, inclusive para efeito de realizao do Oramento Participativo.

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  • Pargrafo nico. As informaes produzidas pelas diversas secretarias e rgos municipais devero se adequar aos Setores de Planejamento, formando assim um consistente banco de dados que possibilite o adequado planejamento.

    Art.9 - Os Planos Urbansticos Setoriais se desenvolvero a partir do que preceitua este Plano e o

    material produzido nas reunies realizadas com a comunidade para elaborao desta Lei. Art.10 - Os Planos Urbansticos Setoriais sero elaborados de forma participativa e devero conter

    no mnimo aes, prazos, metas e oramentos. Art.11- Os Setores de Planejamento Rural SPR so compostos por reas com utilizao

    predominantemente rural, localizados fora das reas definidas em lei como permetro urbano, exceo feita ao Distrito de Tibiri, Patrimnio do Rio Verde, alguns loteamentos urbanos isolados, destinados ao uso residencial ou de chcaras de recreio, definidos ou no como zona urbana, porm inseridos na zona rural. Ficam denominados por letras, de A a I, conforme Mapa 03: Setores de Planejamento, em anexo: I - SPRA Bacia do Crrego CampoNovo; II - SPRB Bacia do mdio Rio Batalha; III - SPRC Bacia do baixo Rio Batalha; IV - SPRD Bacia do gua Parada de Cima e Crrego Barra Grande; V - SPRE Bacia do gua Parada de Baixo; VI - SPRF Bacia do alto Ribeiro gua Parada; VII - SPRG Bacia do mdio Ribeiro gua Parada: Crrego Pau dAlho e Crrego

    So Bento; VIII - SPRH Bacia do mdio Ribeiro gua Parada: Crrego Rio Verde e Crrego

    da Figueira; IX - SPRI Bacia do baixo Ribeiro gua Parada: Crrego Boa Vista.

    Art.12 - Os Setores de Planejamento Urbano SPU so compostos por reas urbanizadas ou

    destinadas urbanizao, constitudos predominantemente pelo conjunto das reas definidas como zona urbana ou por zona rural localizada nas cabeceiras da bacia hidrogrfica. Ficam denominadas por nmeros, de 1 (um) a 12 (doze), conforme Mapa 03: Setores de Planejamento, em anexo: I - SPU1 Centro; II - SPU2 Bacia do Crrego gua da Ressaca; III - SPU3 Bacia do Crrego gua da Forquilha; IV - SPU4 Bacia do Crrego gua do Sobrado; V - SPU5 Bacia do Crrego da Grama; VI - SPU6 Bacia do Crrego gua do Castelo; VII - SPU7 Bacia do Crrego do Pau dAlho; VIII-SPU8 Bacia do Crrego Barreirinho; IX - SPU9 Bacia do Crrego Vargem Limpa; X - SPU10 Bacia do Ribeiro Vargem Limpa; XI - SPU11 Bacia do Crrego gua Comprida; XII - SPU12 Bacia do Crrego das Flores / Avenida Naes Unidas.

    Art 13- A alterao de permetro urbano dever ser precedida por projeto de lei de iniciativa do

    Poder Executivo, do Poder Legislativo, ou de iniciativa popular, sempre mediante justificativa de sua utilizao e do interesse pblico.

    TTULO III

    CAPTULO I DO ORDENAMENTO DO TERRITRIO

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  • SEO I Do Macrozoneamento

    Art.14 -As normas do Macrozoneamento so regras fundamentais de ordenao do territrio municipal, de

    modo a atender os princpios constitucionais da poltica urbana quanto funo social da cidade e a da propriedade.

    Art.15 - O Macrozoneamento objetiva permitir:

    I - a identificao e a explorao dos potenciais do Municpio; II - a preservao do patrimnio natural, histrico, cultural e paisagstico; III - a conteno da expanso da rea urbana que acarrete degradao scio

    ambiental; IV - a minimizao dos custos de implantao, manuteno, assim como otimizao

    da infraestrutura urbana e dos servios pblicos essenciais; V - o cumprimento das funes sociais da cidade e da propriedade urbana; VI - a instalao dos mltiplos usos e convivncia entre os diferentes grupos sociais.

    Art.16- Os critrios considerados pelo Macrozoneamento para dividir o territrio do Municpio so:

    I - a infraestrutura instalada; II - as caractersticas de uso e de ocupao do solo; III - as caractersticas do meio ambiente natural e construdo.

    Art.17 - Para efeito de ordenamento do territrio, o Municpio fica dividido em:

    I - Macrozona rural; II - Macrozona urbana.

    Pargrafo nico - Os limites das Macrozonas encontramse identificados no Mapa 06: Macrozoneamento e

    reas Especiais. Art.18 - A Macrozona Rural subdividese em:

    I - Zona Rural; II - Zona Periurbana 1; III - Zona Periurbana 2; IV - Zona Periurbana 3; V - Zona Periurbana 4.

    Art.19 - A Zona rural caracterizada por propriedades destinadas s atividades agropecurias. So

    diretrizes para o desenvolvimento sustentvel: I - elaborao de um diagnstico agroambiental baseado em levantamentos dos

    recursos naturais com levantamento das reas de conflito, identificando onde o uso existente incompatvel com o uso indicado;

    II - desenvolvimento de programas para adequao das reas de conflito; III - desenvolvimento de programas que incentivem o uso diversificado e

    sustentabilidade dos pequenos produtores. Art.20 - A Zona Periurbana 1 contgua a Macrozona urbana e caracterizada por apresentar

    processos de converso de uso da terra e reestruturao fundiria, constituda predominantemente, por propriedades rurais de pequeno e mdio porte, com desenvolvimento de agricultura familiar e atividades de recreao e lazer, com grande vulnerabilidade ambiental , cujas diretrizes so: I - desenvolvimento de programas e aes relacionadas ao controle do uso da gua e

    destinao de efluentes e resduos slidos; II - preservao das matas de cerrado existentes; III - fortalecimento das atividades e usos existentes, de acordo com legislao em

    vigor;

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  • IV - incentivo s atividades agroecolgicas, tal como agricultura orgnica e turismo ecolgico;

    V - apoio, por meio de orientao, aos proprietrios rurais, para a regularizao fundiria;

    VI proteo da qualidade e quantidade de guas superficiais que compe o manancial;

    VII controle de poluio atmosfrica. Art.21 - A Zona Periurbana 2 contgua a Macrozona urbana e caracterizada por apresentar

    processos de converso de uso da terra e reestruturao fundiria, est localizada em rea de risco geolgico prximo a manancial de abastecimento de gua do municpio, sendo caracterizada, predominantemente, por propriedades rurais de pequeno e mdio porte, com desenvolvimento de agricultura familiar e atividades de recreao e lazer, cujas diretrizes so: I desenvolvimento de programas e aes relacionadas ao controle do uso da gua e

    destinao de efluentes e resduos slidos; II controle do uso e manejo do solo; III fortalecimento das atividades e usos existentes; IV incentivo a atividades agroecolgicas; V proteo e a recuperao da qualidade e quantidade de guas superficiais que

    compe o manancial de abastecimento pblico atravs de programas de restaurao das reas de preservao permanente;

    VI recuperao das reas erodidas; VII controle de poluio atmosfrica.

    Art.22- A Zona Periurbana 3 contgua a Macrozona urbana caracterizada pela presena

    predominante de mdias propriedades de uso agropecurio, apresenta vulnerabilidade ambiental por abrigar a maior parte das nascentes do Crrego gua Parada, cujas diretrizes so: I - desenvolvimento de programas e aes relacionadas ao controle do uso da gua e

    destinao de efluentes e resduos slidos; II - fortalecimento das atividades e usos existentes; III- incentivo a atividades agroecolgicas; IV recuperao das reas erodidas; V - proteo da qualidade e quantidade de guas superficiais que compe o

    manancial; VI - controle de poluio atmosfrica.

    Art.23- A Zona Periurbana 4 contgua a Macrozona urbana e caracterizada por apresentar processos de converso de uso da terra e reestruturao fundiria, por propriedades com atividade agropecuria, presena de populao residente ligada s atividades urbanas, grande presso urbana, presena de fragmentos de vegetao nativa, cujas diretrizes so: I - desenvolvimento de programas e aes relacionadas ao controle do uso da gua e

    destinao de efluentes e resduos slidos; II - preservao das matas existentes, de acordo com legislao em vigor; III - controle do uso e manejo do solo; IV - fortalecimento das atividades e usos existentes; V - incentivo a atividades agroecolgicas; VI - apoio, por meio de orientao, para a regularizao fundiria. VII - controle de poluio atmosfrica.

    Art.24 - A Macrozona Urbana abrange todas as reas urbanas do Municpio e dividese em: I - Zona Central; II - Zona Consolidada; III - Zona em Consolidao; IV - Zona no Consolidada;

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  • V - Zona de Adensamento Controlado; VI - Zona de Interesse de Expanso; VII - Zona de Expanso Controlada; VIII - Zona Exclusivamente Residencial; IX - Zona de Parcelamento Proibido; X - Zona de Indstria, Comrcio e Servio; XI - Zona de Interesse Histricocultural; XII - reas de Interesse Ambiental; XIII- Ncleos Urbanos Isolados.

    Art.25 - A Zona Central caracterizada por predominncia de atividades de comrcio e servios, infraestrutura completa, ampla rede de equipamentos sociais e servios pblicos, grande oferta de empregos, presena de inmeros imveis tombados e de interesse histrico, mas passa por processo de esvaziamento residencial, existncia de imveis no utilizados e subutilizados, reas degradadas ao longo da orla ferroviria, segmentao do sistema virio pela ferrovia e imagem negativa perante a populao.

    1 - So diretrizes para desenvolvimento equilibrado da Zona Central:

    I - requalificao das reas pblicas; II - melhoria do sistema virio, da iluminao, da arborizao e do mobilirio urbano; III - incentivos moradia e comrcio noturno; IV - incentivos recuperao e valorizao de prdios tombados e de interesse

    histricocultural; V - incentivo ocupao dos imveis ao longo da orla ferroviria; VI - incentivo instalao de servios pblicos; VII - utilizao de operao urbana consorciada ou consrcio municipal; VIII - utilizao da transferncia do direito de construir.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento C.A. para a Zona Central ser:

    I - C.A. Bsico 2,5 (dois e meio); II - C.A. Mximo: 5,0 (cinco) mediante Outorga Onerosa, exceto para

    empreendimentos habitacionais, queles que desenvolvam atividades noturnas, hotis ou similares e os previstos no artigo 95, 4, deste Plano Diretor.

    3 - A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.26 - A Zona Consolidada caracterizada por rea razoavelmente servida de infraestrutura e

    equipamentos sociais, de uso misto com comrcio local diversificado, acessibilidade dificultada pelas barreiras dos crregos, ferrovias e rodovias e carncia de reas pblicas para recreao e lazer, com poucos vazios urbanos.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona Consolidada:

    I - melhoria das ligaes virias interbairros; II - controle do uso e ocupao do solo; III - manuteno das caractersticas de uso mistos compatibilizados com o uso

    residencial; IV - urbanizao das reas pblicas e implementao dos Parques Lineares de fundo

    de vale; V - utilizao de operao urbana consorciada ou consrcio municipal; VI - utilizao da transferncia do direito de construir.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento C. A. para a Zona Consolidada ser: I - C.A. Bsico: 2,5 (dois e meio);

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  • II - C.A. Mximo: 3,5 (trs e meio) mediante Outorga Onerosa, exceto para empreendimentos habitacionais e os previstos no artigo 95, 4, deste Plano Diretor.

    3 - A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.27 - A Zona em Consolidao caracterizada pela acessibilidade deficitria, baixa densidade de

    ocupao, deficincia de infraestrutura, em especial sistema de drenagem e pavimentao, carncia de equipamentos sociais, baixo investimento da iniciativa privada, presena de processos erosivos avanados e crregos assoreados, predominncia de habitaes populares, autoconstruo, concentrao de populao de baixa renda e ocupaes irregulares.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona em Consolidao:

    I - investimento no sistema virio de acesso aos bairros; II - prioridade nos investimentos em infraestrutura e equipamentos pblicos; III - promover a descentralizao das atividades urbanas, disseminando bens e

    servios a fim de incentivar a instalao de atividades de comrcio e servios capazes de assegurar maior autonomia aos bairros, sua vitalidade econmica e gerao de emprego e renda;

    IV - urbanizao e qualificao dos espaos pblicos destinados s atividades de lazer e recreao;

    V - conteno dos processos erosivos; VI - controle da permeabilidade; VII - implantao de programas habitacionais de interesse social e regularizao

    fundiria; VIII - utilizao de operao urbana consorciada ou consrcio municipal; IX - utilizao da transferncia do direito de construir.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento C. A. para a Zona em Consolidao ser:

    I C.A. Bsico: 2,5 (dois e meio); II - C.A. Mximo: 3,0 (trs) mediante Outorga Onerosa, exceto para

    empreendimentos habitacionais, geradores de emprego e renda, a critrio e os previstos no artigo 95, 4, deste Plano Diretor.

    3 - A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.28 - A Zona no Consolidada caracterizada por loteamentos sem infraestrutura, baixa

    densidade de ocupao, dificuldade de implantao das redes bsicas de saneamento em funo da localizao, distante da malha urbana consolidada, portanto sem interesse na ocupao imediata.

    1 - So diretrizes para a Zona no Consolidada:

    I - investimentos em urbanizao restrita s reas j ocupadas; II - polticas sociais de atendimento populao residente, facilitando o acesso aos

    equipamentos pblicos, mesmo que fora da zona; III - programas habitacionais de interesse social.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona no consolidada ser:

    I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 3,0 (trs) mediante Outorga Onerosa.

    3 - A Outorga Onerosa poder ser utilizada at o limite da capacidade de adensamento, em

    funo da infraestrutura existente.

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  • Art.29 - A Zona de Adensamento Controlado caracterizada por ocupao diversificada, grande

    oferta de emprego, populao de mdia/alta renda, alto investimento da iniciativa privada, existncia de reas pblicas urbanizadas, ocorrncia de verticalizao no concentrada, boa infraestrutura instalada, porm apresentando deficincia no sistema de drenagem e limitaes naturais no abastecimento de gua.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Adensamento Controlado:

    I - manuteno da caracterstica de verticalizao, com distanciamento adequado dos edifcios para garantia da insolao, ventilao e qualidade da paisagem;

    II - controle de adensamento e permeabilidade; III - implantao do reservatrio de guas pluviais no Parque Vitria Rgia.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Adensamento Controlado ser: I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 3,5 (trs e meio), mediante Outorga Onerosa, exceto para

    empreendimentos previstos no artigo 95, 4, deste Plano Diretor. 3 - A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.30 - A Zona de Interesse de Expanso tem caractersticas semelhantes Zona em Consolidao,

    porm inmeros vazios urbanos com interesse na urbanizao por ser um potencial vetor de desenvolvimento em virtude da futura implantao da Avenida Naes Unidas Norte.

    1 -. So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Interesse de Expanso:

    I - implantao da Avenida Naes Unidas Norte como vetor de desenvolvimento da regio e do municpio;

    II - implantao do Parque do Castelo com atividade de recreao e lazer, conteno de guas pluviais, e servios pblicos;

    III - incentivos implantao de empreendimentos privados geradores de emprego e renda ao longo da Avenida Naes Unidas Norte;

    IV - incentivos na implantao de servios pblicos estaduais e federais; V - utilizao de Operao Urbana Consorciada, Consrcio Municipal e

    Transferncia do Direito de Construir. 2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Interesse de Expanso ser:

    I - C.A. Bsico: 2,5 (dois e meio); II - C.A. Mximo: 4,0 (quatro) mediante Outorga Onerosa, exceto para

    empreendimentos habitacionais, os previstos no artigo 95, 4, deste Plano Diretor e empreendimentos geradores de emprego e renda, e outros a critrio do Conselho do Municpio.

    3 - A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.31 - A Zona de Expanso Controlada caracterizada por grandes glebas vazias, loteamentos com

    baixa densidade, populao predominantemente de baixa renda, pequenas reas de ocupao irregular, difcil acesso, falta de infraestrutura, dificuldade de abastecimento de gua e problemas de drenagem.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Expanso Controlada:

    I - controle de adensamento e permeabilidade; II - implantao das barragens de conteno de guas pluviais; III - melhoria da infraestrutura e equipamentos sociais nas reas ocupadas; IV - programas habitacionais de interesse social e regularizao fundiria;

    11

  • V - liberao de novos empreendimentos condicionados melhoria das condies de acessibilidades.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Expanso Controlada ser:

    I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 1,5 (um e meio).

    Art.32 - A Zona Exclusivamente Residencial caracterizada por loteamentos fechados e

    condomnios exclusivamente residenciais, com infraestrutura completa tendo como diretriz a manuteno das caractersticas existentes.

    Pargrafo nico - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona Exclusivamente Residencial ser:

    I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 1,5 (um e meio).

    Art.33 - A Zona de Parcelamento Proibido caracterizada por glebas situadas nas margens do

    Crrego da Ressaca, encravadas entre a Avenida Jos Vicente Aiello e leito ferrovirio. 1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Parcelamento Proibido:

    I - proibio ao parcelamento urbano; II - controle do adensamento e da permeabilidade; III - recuperao da mata ciliar.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Parcelamento Proibido ser:

    I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 1,5 (um e meio); III - no ser admitida a Outorga Onerosa nem a Transferncia do Direito de

    Construir. 3 - As reas localizadas nessa zona podero ser destinadas como rea verde e rea institucional. Art.34- A Zona de Indstria, Comrcio e Servio caracterizada por faixas localizadas ao longo das

    rodovias e ferrovias, incluindo os distritos industriais, destinadas instalao de indstrias, comrcio, servio e uso institucional, infraestrutura deficitria, falta de acessibilidade.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Indstria, Comrcio e

    Servio: I - melhoria de infraestrutura e acessibilidade; II - incentivos implantao de empresas; III - elaborao de diagnstico para desenvolvimento de plano estratgico da logstica

    de transporte em funo das caractersticas da zona otimizando o uso do EADI, aeroporto, sistema rodovirio e ferrovirio.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Indstria, Comrcio e Servio ser:

    I - C.A. Bsico: 3,0 (trs); II - C.A. Mximo: 3,0 (trs).

    Art.35- A Zona de Interesse Histricocultural caracterizada pela existncia de prdios de

    significativo interesse histricocultural, com grande potencial turstico. 1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado da Zona de Interesse Histricocultural:

    I - programas de preservao, recuperao e manuteno do patrimnio histricocultural;

    II - interveno na rea e prdios do ptio ferrovirio e programa de revitalizao do entorno, com possibilidade da utilizao de operao urbana consorciada;

    III - fomento das atividades tursticas.

    12

  • 2 - O Coeficiente de Aproveitamento para a Zona de Interesse Histrico-cultural ser:

    I - C.A.Bsico: 1,5 ( um e meio) II - C.A. Mximo: para a Zona: 3,0 (trs) mediante Outorga Onerosa, exceto para

    empreendimentos habitacionais, relacionados ao setor turstico e os previstos no artigo 95 , 4, deste Plano Diretor.

    3 -. A Outorga Onerosa e a Transferncia do Direito de Construir podero ser utilizadas at o

    limite da capacidade de adensamento, em funo da infraestrutura existente. Art.36- reas de Interesse Ambiental caracterizada por ocorrncias ambientais isoladas, tais como

    remanescentes de vegetao, fundos de vale e paisagens naturais notveis, reas de proteo de mananciais, ocupaes irregulares, processos erosivos.

    Pargrafo nico - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado das reas de Interesse

    Ambiental: I - programas de preservao e recuperao ambiental; II - programas especficos para remoo das favelas situadas em APP e reas de

    risco; III - desenvolvimento dos projetos e implantao dos parques lineares de fundo de

    vale, com atividades de recreao e lazer, e servios pblicos, podendo ser utilizada a operao urbana consorciada;

    IV - implantao das barragens de conteno de guas pluviais; V - rigorosa fiscalizao inibindo a ocupao e degradao das reas; VI - desenvolvimento de aes especficas com relao ocupao irregular visando

    preservao. Art.37- Ncleos Urbanos Isolados, constitudos pelo Distrito de Tibiri e Patrimnio do Rio Verde,

    com problemas fundirios e ocupaes irregulares, potencial turstico e forte ligao com atividades rurais.

    1 - So diretrizes para o desenvolvimento equilibrado dos Ncleos Urbanos Isolados:

    I - programas de regularizao fundiria; II - desenvolvimento do potencial turstico; III - requalificao dos espaos pblicos; IV - controle da expanso urbana.

    2 - O Coeficiente de Aproveitamento para os Ncleos Urbanos Isolados:

    I - C.A. Bsico: 1,5 (um e meio); II - C.A. Mximo: 1,5 (um e meio).

    SEO II

    Do Parcelamento do Solo Art.38- O parcelamento do solo para fins urbanos e chcaras de recreio, assim como a regularizao

    urbanstica e fundiria, ficam proibidos: I - nas reas destinadas instalao de barragens para fins de drenagem urbana; II - nas unidades de conservao e nos fundos de vale; III - na faixa situada entre a Av. Jos Vicente Aiello e leito ferrovirio, a montante do

    Cemitrio Jardim do Ip; IV - em reas sujeitas inundao ou em reas de risco; V - em reas contaminadas e poludas at que a mesma tenha sido removida ou

    controlada, mediante apresentao de laudos e anlises. Pargrafo nico - O Municpio manter cadastro atualizado de reas contaminadas.

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  • Art.39- Todos os parcelamentos do solo com rea superior a 100 hectares dependero de prvia aprovao de Estudo Prvio de Impacto Ambiental, conforme exigncia estabelecida pelo CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, em sua Resoluo 01/1986.

    Art.40- Ser constitudo, por ato do Executivo, um Grupo de Anlise de Empreendimentos GAE

    responsvel pela anlise, elaborao e expedio das diretrizes ambientais e urbansticas e pr aprovao de projetos de parcelamento do solo e plos geradores de trfego, composto por representantes da Secretaria Municipal de Obras, Secretaria Municipal de Planejamento, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Departamento de gua e Esgoto DAE e Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural EMDURB, no prazo de 90(noventa) dias, a contar da publicao desta lei.

    1 - O GAE poder convidar outras secretarias municipais ou outros rgos para contribuir nas

    diretrizes, em especial quando se tratar de empreendimento de interesse social.

    2 - O GAE poder encaminhar os processos que achar necessrio para referendo do COMDEMA ou do Conselho de Gestor das APAS, desde que aprovado pela maioria dos seus membros.

    3 - O GAE ter at sessenta dias para dar as diretrizes bsicas sobre os empreendimentos e

    aps apresentado o projeto, ter sessenta dias para aprovar ou rejeitar o projeto, sendo que em caso de rejeio o motivo dever ser especificado.

    Art.41- Do total da rea a ser urbanizada, alm daquela destinada a sistema virio, devese destinar

    o mnimo de 15% (quinze por cento) para reas pblicas, sendo 10% (dez por cento) para rea verde e/ou sistema de lazer, 5% (cinco por cento) para uso institucional.

    Art.42- As reas pblicas destinadas a sistema de lazer podero constituir reas para a prtica de

    esporte e recreao, praas e macios arbreos, em conformidade com o estabelecido nas diretrizes.

    Pargrafo nico - A implantao de bacias de conteno de guas pluviais podero ser instaladas em reas destinadas a sistema de lazer, desde que compatveis os usos.

    Art.43- As reas pblicas exigidas no processo de parcelamento podero ser parcialmente

    transferidas ou compensadas, dependendo das caractersticas do local e do empreendimento, comprovado atravs de laudo tcnico, mediante: I - implantao de equipamentos pblicos de uso coletivo; II - transferncia da destinao com doao de rea em regies que apresentem

    dficit de atendimento; III - compensao em recursos financeiros destinados ao Fundo Municipal de

    Habitao FMH ou Fundo Municipal do Meio Ambiente FMA. 1 - A proposta de transferncia, compensao, assim como o valor a ser destinado depender de

    aprovao dos Conselhos correspondentes. 2 - Para efeito da avaliao do valor do imvel destinado ao loteamento, devero ser

    consideradas como executadas as obras de infraestrutura exigidas para o empreendimento. Art.44- VETADO. Art.45- A Prefeitura dever fiscalizar todas as etapas de implantao das obras de infraestrutura

    para emisso do laudo de concluso necessrio liberao da garantia real dada por poca da aprovao do empreendimento.

    14

  • Pargrafo nico - O servio de fiscalizao poder ser terceirizado para empresa especializada ou profissional habilitado que dever respeitar o cronograma aprovado e comunicar Prefeitura todas as etapas das obras.

    Art.46- O lanamento do IPTU dos lotes somente darse dois anos aps o registro do

    empreendimento no Cartrio de Registro de Imveis e Anexos de Bauru So Paulo ou conforme cronograma de execuo de obras aprovado pela Prefeitura.

    1 - O lanamento do IPTU dos lotes comercializados farse aps a alienao dos mesmos, e a

    entrega dos lotes. 2 - Dever ser elaborada legislao de benefcio fiscal, no prazo de 1 (um) ano a contar da

    aprovao da presente lei, para reas com estacionamento, para glebas ocupadas por vegetao nativa e ainda para os loteamentos sem infraestrutura e que no exista interesse pblico imediato para sua implementao e imveis tombados pelo patrimnio histrico.

    Art.47- Os empreendimentos destinados a Loteamento Fechado de acesso regulamentado e

    Condomnios Horizontais devero respeitar, ainda, os seguintes requisitos: I - distncia mnima entre os empreendimentos que dever ser avaliada e

    dimensionada por ocasio da aprovao dos mesmos; II - no interromper a continuidade das vias existentes ou projetadas; III - reservar faixa de no mnimo 2,00m (dois metros), alm da faixa de calada, para

    jardim de tal modo que a presena do muro seja atenuada e, quando for o caso, a faixa de ciclovia, conforme Plano Ciclovirio a ser desenvolvido, nos casos em que faa divisa com via pblica.

    IV - A construo do muro dever preservar a esttica urbana.

    Art.48- Os loteamentos destinados a chcaras de recreio devero respeitar os seguintes requisitos: I - lote mnimo de 2.500 ( dois mil e quinhentos)m II - do total da rea a ser urbanizada, alm daquela destinada a sistema virio, deve

    se destinar o mnimo de 10% (dez por cento) para sistema de lazer, 5% (cinco por cento) para usos institucionais;

    III - obras de infra-estrutura mnimas de gua e esgoto de acordo com as diretrizes do DAE, sistema de drenagem (guias, sarjetas e galerias, entre outras), energia eltrica (domiciliar e pblica) e pavimentao.

    1 - As vias essencialmente locais podero ser dispensadas da pavimentao asfltica, desde que

    implantado sistema de drenagem e tratamento das pistas de rolamento e caladas que garantam condies de mobilidade e segurana aos veculos e pedestres.

    2 - De acordo com a localizao e caractersticas do empreendimento podero ser adotadas as

    alternativas de transferncia ou compensao das reas pblicas dispostas no artigo 43 desta Lei.

    3 - Sero consideradas chcaras de recreio aquelas que possuem rea menor que um mdulo

    rural. Art.49- Ficam permitidas a instalao de indstrias, comrcios, servios e uso institucional nas

    Zonas ZICS localizadas em uma faixa de 500 metros ao longo das rodovias que cortam o Municpio, excetuando-se nas reas de expanso urbanas residenciais, condicionadas a aprovao do plano de parcelamento do solo (desmembramento ou loteamento) que ir verificar as condies de acesso, abastecimento de gua, disposio dos resduos, projetos de terraplenagem.

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  • Pargrafo nico - A faixa de que trata esse artigo ser regulamentada em lei especfica, no prazo de 01 (um) ano a contar da aprovao da presente lei, que constar onde ser obrigatrio a realizao do Estudo do Impacto de Vizinhana (EIV).

    Art.50- Os parcelamentos de solo (desmembramento ou loteamento) destinados indstria,

    comrcio, servios e uso institucional, quando localizados nas Zonas Industriais de Comrcio e Servios, ZICS, ao longo das rodovias, devero respeitar os seguintes requisitos: I - condio de acesso; II - lote mnimo de 1.000 (mil) m; III - condio de abastecimento de gua; IV - disposio adequada dos resduos; V - dispensa de rea pblica, somente rea de lazer e rea verde, exceto se a gleba,

    objeto de parcelamento for superior a 100 (cem) hectares ou mais de 100 (cem) lotes, ou a critrio do Conselho do Municpio.

    VI fica concedido somente ao loteador a iseno de pagamento do IPTU por um prazo de dez anos, a contar do recebimento do empreendimento por parte do Poder Pblico, para empreendimentos destinados exclusivamente atividades industriais, comerciais e de servios.

    Pargrafo nico - A faixa de 500 m (quinhentos metros) definida ao longo das rodovias poder ser ampliada

    mediante comprovao da necessidade, aprovada pelo Conselho Gestor da APA, em especial nas proximidades do Aeroporto Estadual Bauru Arealva.

    Art.51- Dever ser constitudo Grupo de Trabalho encarregado de fazer levantamentos dos

    loteamentos irregulares e buscar soluo para sua regularizao, em conjunto com o proprietrio do empreendimento ou, na sua falta, com os adquirentes de lotes, no prazo de 06 (seis) meses a contar da aprovao desta lei.

    Art.52- O instrumento da outorga onerosa poder ser utilizado para compensao de reas e servios

    em parcelamentos do solo implantados irregularmente, desde que aprovado pelos Conselhos competentes.

    Art.53- As diretrizes de parcelamento do solo vigoraro pelo prazo mximo de 2 (dois) anos,

    contados a partir da expedio da mesma, sendo que decorrido esse prazo, no ser permitida a ratificao e novas diretrizes devero ser solicitadas.

    SEO III

    Do Uso e Ocupao do Solo Urbano

    Art.54- A reviso da legislao de uso e ocupao do solo ser feita em conformidade com o disposto na presente Lei, em especial as diretrizes especficas dos Setores de Planejamento Urbano, no prazo mximo de 1 ano a contar da sua aprovao.

    Art.55- So diretrizes gerais de uso do solo

    I - fixar apenas as restries essenciais, garantindo a descentralizao das atividades econmicas, atravs da criao de novos plos de desenvolvimento e fortalecimento dos centros de bairro;

    II - estimular a caracterstica de uso misto com vistas a uma ocupao equilibrada que reduza as distncias de deslocamento na cidade, exceto nas reas definidas como estritamente residenciais;

    III - distribuio das atividades produtivas no tecido urbano em conformidade com o grau de incmodo, porte, natureza, impacto ambiental e adequao rea habitacional, podendo situarse no interior dos bairros, ao longo dos eixos principais de circulao, nos Minidistritos, nos Distritos Industriais ou nas Zonas de Indstria, Comrcio, Servio ZICS;

    16

  • IV - adotar medidas de proteo do entorno do Aeroporto Internacional em atendimento s normas de segurana, zoneamento de rudo, com proibio expressa de parcelamento para fins habitacionais.

    Art.56- A ZICS destinada instalao de indstrias, comrcio, servio e uso institucional, exceto

    s atividades potencialmente causadoras de poluio ou degradao ambiental sem o devido licenciamento ambiental e autorizao do Conselho Gestor das APA, quando localizadas em APA.

    Art.57 - A aprovao de qualquer projeto acima de dois pavimentos dever ser analisada pelo DAE

    para verificao de capacidade de reservao e presso disponvel para abastecimento. Art.58 - Ficam proibidos edifcios verticais multifamiliares ou comerciais,

    I - nos loteamentos Jardim Estoril, Jardim Estoril II, Jardim Estoril IV, Jardim Estoril V e Jardim Dona Sarah; II - nas reas definidas pelas quadras cadastradas como 2-532, 533, 534, 535, 536, 537,

    549, 550, 551, 552, 553, 554, 557, 558, 559, 560, 561, 562, 565, 566, 567, 568, 569, 570, 297, 298, 300, 301, 302, 303, 304, 305, 306;

    III - na rea definida pelas quadras cadastradas como 2-649, 266, 267, 251, 268, 269, 270, 271, 272, 687, 275, 276, 277, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 287, 288, 289, 290, 291, 532, 487, 488, 489, 501, 502, 503, 515, 516, 517;

    IV- nos loteamentos Samambaia Parque Residencial, Parque Residencial Paineiras, Residencial Villagio I, II, III, Spazio Verde, Residencial Tivoli I e II, Jardim Imperial, Chcaras Cardoso e Panorama Parque, Residencial Lago Sul, Jardim Shangri-l, Jardim do Sul, Residencial Quinta Ranieri, Ilhas de Capri, Bosque da Sade, Residencial Via Verde, Condomnio Residencial Primavera, Residencial Pinheiros, Saupe, Residencial Tavano, Residencial Odete, Jardim Colonial (fechado), Residencial Campo Novo, Residencial Santana Ceclia e Residencial Jardim Estoril V.

    Art.59 - Ficam proibidos edifcios verticais multifamiliares ou comerciais, acima do coeficiente

    bsico de 1,5 (um e meio): I - na rea definida pelas quadras cadastradas como 2-574, 575, 576, 578, 580, 581, 582,

    583, 584, 585, 586, 589 (parte da Vila Aviao e Jardim Europa); II - na rea definida pelas quadras cadastradas como 2-735, 736, 737, 738, 739, 740,

    741, 464, 465, 466, 467, 468, 469, 470, 478, 479, 480, 481, 482, 483, 484, 485, 486, 490, 491, 492, 493, 494, 495, 496, 497, 498, 499, 500 (parte do Jardim Europa);

    III- Vila Zillo e Setor 2, quadras: 639, 640, 641, 642, 643, 644, 645, 646, 264, 262, 263, 694, 695.

    IV - Fica proibida a construo de edifcios verticais num raio de cem metros de distncia de condomnios horizontais.

    Art.60- A elaborao de nova legislao de zoneamento dever considerar as alteraes ocorridas

    at a aprovao da mesma e reas e loteamentos especificados nos artigos 58 e 59, atravs de processo participativo conforme estabelecido no artigo 2, inciso II as Lei Federal 10 257/2001.

    Art.61 - Para garantir condies de salubridade, tais como insolao e ventilao, de abastecimento e

    qualidade da paisagem, legislao especfica poder regulamentar o nmero mximo de edifcios verticais por quadra, no prazo de 1 (um) ano.

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  • Art.62 - Para minimizar os impactos da urbanizao na drenagem urbana, legislao especfica dever regulamentar Taxa de Impermeabilizao, em especial para edificaes de grande porte, e estmulo implantao de obras de conteno de guas pluviais e reuso de gua, atravs da diminuio ou iseno da outorga onerosa.

    SEO IV

    Do Uso e Ocupao do Solo Rural

    Art.63 - O parcelamento do solo na zona rural para fins de stios de recreio depender de aprovao na Prefeitura Municipal atendendo as seguintes condies: I - mdulo mnimo de 2 (dois)ha; II - reas de declive menor que 12% (doze por cento); III - execuo pelo loteador do sistema de abastecimento de gua comunitrio, o

    tratamento de efluentes, e eletrificao rural; IV - execuo pelo loteador das obras e servios de perenizao das estradas atravs

    de drenagem das guas pluviais para fora do leito carrovel, acumulandoas em terraos ou bacias de captao nas reas marginais, abaulamento do leito carrovel, cascalhamento e outras obras que se fizerem necessrias.

    Art.64 - A interveno nas reas urbanas existentes (guas Virtuosas, Vale do Igap e Chcaras

    Bauruenses, entre outras) inseridas na zona rural, ser feita atravs de projetos especficos de infra-estrutura e regularizao fundiria:

    CAPTULO II

    DAS REAS ESPECIAIS Art.65 - reas especiais so aquelas que exigem regime urbanstico especfico, condicionado as suas

    peculiaridades no que se refere s caractersticas de localizao, forma de ocupao do solo e valores ambientais.

    Pargrafo nico - VETADO. Art.66 - Ficam criadas as seguintes ARIE reas de Relevante Interesse Ecolgico, unidades de

    conservao de uso sustentvel, na forma do artigo 16 da Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000, destinadas a manter e conectar os ecossistemas naturais, onde ser vedado o desmatamento, conforme Mapa 05: reas de Interesse Ambiental, em anexo.

    Art.67 - Nas ARIE o Poder Pblico poder exercer o direito de preempo e autorizar a transferncia

    do direito de construir. Art.68- O Poder Pblico poder receber ARIE como reserva legal, inclusive na forma de

    condomnio, rea verde ou sistema de lazer resultante de projetos de parcelamentos de solo, mesmo que localizados em outra bacia hidrogrfica, e ainda reconheclas como RPPN Reserva Particular do Patrimnio Natural.

    Art.69- As ARIE podero ser transferidas para o Poder Pblico atravs da dao em pagamento. Art.70- As ARIE, quando transferidas ao Poder Pblico, devero ser recategorizadas como unidades

    de conservao de proteo integral, conforme art. 8.o

    da Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000.

    Art.71- Devero ser reservadas reas destinadas a formar corredores ecolgicos entre fragmentos de

    vegetao nativa e que sero submetidos a regime especial de conservao.

    18

  • Art.72- As reas de Proteo Ambiental criadas pela Lei 4.126, de 12 de setembro de 1996, e na forma de suas regulamentaes e alteraes ficam mantidas, conforme Mapa 05: reas de Interesse Ambiental,em anexo, devendo o Poder Pblico conservlas de forma a promover a utilizao sustentvel do solo dentro de seus limites, atravs de seus Planos de Manejo, Zoneamentos e do funcionamento adequado do Conselho Gestor, ser regulamentada no prazo de um ano, atravs de Lei, a utilizao das reas das APAS.

    Art.73- O artigo 4.

    o das Leis Municipais 4.704, de 18 de julho de 2001 e 4.296, de 07 de abril de

    1998, passa a ter a seguinte redao: Art. 4 - Na APA, dentro dos princpios constitucionais que regem o direito de propriedade,

    no sero permitidos: I o parcelamento para fins residenciais; II o desmatamento de vegetao em estgio mdio e avanado de

    regenerao; III o exerccio de atividades potencialmente causadoras de poluio ou

    degradao ambiental sem o devido licenciamento ambiental e autorizao do Conselho Gestor, que sempre estaro condicionados s disposies do Plano de Manejo e do zoneamento da unidade de conservao; (NR)

    Art.74- Ficam definidos os seguintes parques naturais, unidades de conservao de proteo integral

    conforme SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao, parques lineares de fundo de vale e reas verdes a serem implementados, conforme Mapa 05: reas de Interesse Ambiental,em anexo.

    Art.75- No prazo mximo de 2 (dois) anos da entrada em vigor desta Lei dever ser elaborado o

    Plano Diretor de Parques e reas Verdes, integrados aos Planos Urbansticos Setoriais, capaz de orientar a urbanizao e a manuteno adequada das reas verdes e sistemas de lazer do municpio, bem como a criao de novos espaos, a ser coordenado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

    Art.76- Fica criada e dever ser regulamentada no prazo de 02 ( dois) anos, a contar da aprovao

    da presente lei: I - uma rea de Proteo de Mananciais montante da captao de gua do Rio

    Batalha, sobreposta a APA Rio Batalha, com a finalidade de conservar a qualidade de gua fornecida para Bauru, conforme Mapa 05: reas de Interesse Ambiental, em anexo.

    II - uma rea de Proteo de Mananciais na nascente do crrego da Vargem Limpa. Pargrafo nico - A qualquer momento, por ato do Poder Pblico, outras reas de interesse podero ser

    declaradas como reas de Proteo de Mananciais. Art.77- Na bacia de contribuio do Crrego gua Parada, o uso e ocupao do solo ser

    regulamentado pelo Poder Pblico, tendo em vista a instalao de futura captao de gua superficial.

    Art.78- Fica criado uma rea de proteo de mananciais montante da futura captao de gua do

    Crrego gua Parada, com a finalidade de preservar a qualidade futura de gua potvel a ser fornecida para a populao de Bauru sendo seus critrios e restries regulamentados no prazo mximo de 2 (dois) anos , contados a partir da publicao desta Lei.

    Art.79 - Os instrumentos urbansticos abaixo relacionados podero ser utilizados nas reas definidas

    como unidades de conservao conforme SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservao, em especial nas RIE e Parques Naturais, nos Parques urbanos e demais reas verdes, reas reservadas s represas de conteno de guas pluviais e reas de alagamento/represamento:

    19

  • I - Transferncia do Direito de Construir; II - Direito de Preempo; III - Outorga onerosa; IV - Operaes urbanas consorciadas.

    Art.80- Todas as reas de proteo ambiental, reas verdes, parques que no possuam infra

    estrutura devero a curto prazo serem identificadas com placas informativas e a mdio prazo protegidas por cercas.

    Art.81- Ficam estabelecidas as seguintes Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS, conforme

    Mapa 07: Zonas Especiais de Interesse Social, destinadas regularizao fundiria, implementao de conjuntos habitacionais e, quando couber, a concesso especial para fins de moradia, onde aplicamse os instrumentos urbansticos previstos nesta Lei e no Estatuto das Cidades : I - ZEIS 1 reas de propriedade particular ocupadas por populao de baixa renda,

    abrangendo favelas, em que existe interesse pblico, a produo e a manuteno de habitaes de interesse social, incluindo equipamento sociais e de gerao de renda: a - Jardim Nicia: gleba cadastrada na Prefeitura Municipal como 031396

    01 (parte), confrontando com a Avenida Antenor de Almeida, com o loteamento denominado Residencial Saupe, com o loteamento denominado Jardim Nicia e pelos fundos com parte desta mesma gleba;

    b - Ferradura: gleba correspondente ao loteamento Ferradura, cadastrada na Prefeitura Municipal como 03100801, confrontando pela frente com a Rua Jorge Schneyder Filho, quarteires 4 ao 8, lado mpar, de um lado com a Avenida Santa Beatriz da Silva, de outro lado com a Rua 1, e nos fundos com terras de propriedade de Martins Machado e rea do Bispado de Bauru;

    c - Vila Santa Filomena: uma rea de terras, na Vila Santa Filomena, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 0470901 04, confrontando pela frente com a Rua Celina Vigue Loureiro, quarteiro 1, lado mpar;

    d - Vila Zillo: uma rea de terras identificada como quadras B e C, do loteamento denominado Vila Zillo, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 02262 e 639;

    e - rea anexa ao Ilha de Capri: rea no loteada, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 02983, confrontando pela frente com a Avenida Affonso Jos Aiello, de um lado com a Rua Luiz Tentor, de outro lado com a Faixa de Preservao Permanente, e nos fundos com a rua Ubirajara Empke;

    f - Vila Santista/Comendador Jos da Silva Martha: gleba anexa a Vila Santista, rua Felix Sanches, quarteiro 1,2 e 3, lado impar;

    g - Comendador Jos da Silva Martha: quarteiro 17, 18 e 19, lado par; h - Gleba, no Distrito de Tibiri, registrada sob matrcula N. 75.911 no 2.

    Oficial de Registro de Imveis de Bauru. i - Patrimnio do Rio Verde.

    II - ZEIS 2 glebas ou lotes subutilizados, adequadas a urbanizao, onde existe interesse pblico em promover a produo e a manuteno de habitaes de interesse social, incluindo equipamento sociais e de gerao de renda: a - Jardim Ivone, lotes desapropriados para fins de construo de habitao de

    interesse social, b - Pousada da Esperana: um terreno cadastrado na Prefeitura Municipal de

    Bauru como 04351501, identificado como parte do lote 01, da quadra 58, do loteamento denominado Parque Residencial Pousada da Esperana;

    20

  • c - rea anexa ao Parque Sta Ceclia: uma gleba de terras, anexa ao Parque Santa Ceclia, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 04166801;

    d - Glebas situadas na rua So Sebastio quarteiro 10 a 14, lado par; e - Gleba anexa a Vila Industrial e Jd. Nova Esperana: gleba cadastrada

    como 457701; f - Lotes Parque Val de Palmas: uma rea de terras, compreendida pelas

    quadras 18, 19, 20, 26, 27, 28, 31 e 32 do Parque Val de Palmas, cadastrada como 041772, 1773, 1776, 1777, 1778, 1784, 1785 e 1786;

    g - Gleba anexa a Vila Industrial: uma gleba de terras, anexa a Vila Industrial, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 0512101 e 02;

    h - Parque Jandaia: uma rea de terras compreendida pelas quadras C, D, E e F, do Parque Jandaia, cadastradas como 05595, 1166, 1167 e 1168;

    i - Vila So Joo do Ipiranga: reas cadastradas como 53451 a 20; 53162, 3 e 4, 53101, 2 e 3;

    j - Vila Ipiranga: rea cadastrada como 531811, 12 e 13; 530614 e 15; k - Jardim Gerson Frana: uma rea identificada como quadra 9, do

    loteamento denominado Jardim Gerson Frana, cadastrada na Prefeitura Municipal como 04738, confrontando pela frente com a rua Darwin de Jesus Bordin, quart. 3, lado mpar, de um lado com a Rua Santa Terezinha, de outro lado com a linha frrea da FEPASA (FERROBAN), e nos fundos com a Rua Dona Marieta Frana.

    l - Gleba anexa ao Bauru H, cadastrada como 55925; m - Gleba lindeira Vila Santa Filomena, cadastrada como 4529; n - Ncleo Eurico Gaspar Dutra: quadra cadastrada como 51308; o - Gleba identificada como Triagem, cadastrada como 3-617-17 e 18,

    podendo ter destinao alterada se for atividade considerada de interesse pblico e/ou gerao de emprego e renda.

    p - Ser considerada como ZEIS a rea localizada no setor 4, quadra 1091, lote 135 Parque Santa Edwiges, destinada a construo de equipamentos sociais de esporte, lazer e cultura.

    III - ZEIS 3 glebas ou terrenos pblicos ocupados por favelas, reas verdes ou institucionais, onde existe interesse pblico em promover a recuperao urbanstica, a regularizao fundiria, a produo e a manuteno de habitaes de interesse social, incluindo equipamentos pblicos, comrcio e servio local, inclusive minidistritos, sendo que neste caso as mesmas devero ser desafetadas e compensadas com outras reas: a - Alto Jaragu: parte alta da rea destinada a Praa no loteamento

    denominado Parque Jaragu, cadastrado na Prefeitura Municipal de Bauru como 0452801, na altura do quarteiro 19 e 20 da rua Arnaldo Rodrigues de Menezes;

    b - Vila Santa Filomena: uma rea de terras, na Vila Santa Filomena, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 0470905, confrontando pela frente com a Rua Celina Vigue Loureiro, quarteiro 2, lado mpar;

    c - Jardim Marise: rea destinada praa do loteamento denominado Jardim Marise, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 0470301;

    d - Jardim Vitria: uma rea de terras, destinada a Praa no loteamento denominado Jardim Vitria, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 0592101;

    e - Vila So Joo do Ipiranga: rea destinada praa cadastrada como 5634; f - Parque Santa Terezinha: uma rea de terras destinada praa, no

    loteamento denominado Parque Santa Terezinha, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 03347819 e 20 e parte do lote 17;

    g - Vila Aimors: rea destinada a rea verde pelo loteamento Vila Aimors, cadastrado como 33469;

    21

  • h - Geisel/Jardim Olmpico: uma rea identificada como Praa no Jardim Olmpico e Praa 19, no Ncleo Residencial Presidente Ernesto Geisel, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 03747;

    i - Gleba Jardim Europa: uma gleba de terras, anexa ao Parque Jardim Europa, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 02932, que consta pertencer a Fazenda do Estado.

    j Pousada da Esperana: parte da rea cadastrada como 43510. k - Jardim Marise: uma gleba de terra anexa ao Jardim Marise, encravada

    entre as quadras 700, 702, 704 do setor 4 e linha frrea, l - Jardim Gerson Frana: uma gleba de terras, anexa ao Jardim Gerson

    Frana, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 4-681, localizada na Rua Darwim de Jesus Bordini, quarteiro 3.

    Art.82- As favelas abaixo relacionadas devero ser removidas por estarem em reas de risco,

    destinadas rea verde, rea de preservao permanente ou rea de previso de inundao por represa de conteno de guas pluviais: a - Jardim Flrida: rea verde do loteamento Jardim Flrida, cadastrada na Prefeitura

    como 4886; b - Jardim Ivone: rea verde do J. Ivone, cadastrada na Prefeitura como 43052; c - Maria Clia: rea destinada rea verde do J. Maria Clia, cadastrada na Prefeitura

    como 41429, e parte das glebas anexas, cadastradas como 4977 e 978, localizadas na rea de preservao permanente do Crrego Palmital;

    d - Parque Jaragu: uma rea destinada a Praa no loteamento denominado Parque Jaragu, cadastrado na Prefeitura Municipal de Bauru como 0452801, que tendo incio na Avenida Pinheiro Machado, segue ao longo do Crrego gua da Lagoa, em sua margem esquerda, at o quarteiro 11 da rua Jesu Contijo;

    e - Parque Real: uma rea destinada a Praa no loteamento denominado Parque Real, cadastrada na Prefeitura Municipal de Bauru como 05306801 e 05306401;

    f - Vila So Manuel: gleba de terra localizada na Av. Daniel Pacfico, quarteiro 5, lado impar, entre o Crrego gua da Grama e linha frrea;

    g - Jardim Andorfato: rea verde do Jardim Andorfato cadastrada como 41625; h - Parque das Naes: rea identificada como rea verde do Parque das Naes,

    cadastrada como 23000 e 3001 e parte das glebas cadastradas como 2932 e 935, situadas entre Crrego da Ressaca e linha frrea;

    i - Jardim Yolanda: rea verde do Jardim Yolanda, cadastrada como 2926 e 928. Pargrafo nico - As famlias moradoras dessas favelas devero ser enquadradas em programas implantados

    nas ZEIS2, prioritariamente, considerando a proximidade com o local de moradia, para manuteno do vnculo social, e a existncia de equipamentos sociais e de gerao de renda.

    Art.83 - A legislao de parcelamento do solo dever prever regras especficas para os planos

    habitacionais a serem implantados, pelo poder pblico ou iniciativa privada nas reas de ZEIS, tais como lote mnimo e mximo, largura de rua, porcentagem de rea pblica e melhoramentos mnimos a serem implantados, ouvido o Conselho Municipal de Habitao.

    Art.84 - Os programas de remoo de favelas localizadas em reas de Preservao Permanente

    devero ser priorizados e, aps a desocupao estas reas devero receber tratamento adequado e sofrer fiscalizao rigorosa para que no sejam novamente ocupadas.

    Art.85 - Para a execuo dos objetivos dessa lei, o Executivo dever garantir assessoria tcnica,

    social e jurdica gratuita populao de baixa renda, conforme estabelecido no artigo 4, inciso V, alnea r da Lei 10 257/2001-Estatuto das Cidades.

    22

  • Art.86 - Sero criadas reas de Interesse Histrico, Cultural e Esportivo, destinadas preservao, recuperao e manuteno do patrimnio histrico e cultural, podendo se configurar como equipamentos diversos, devido ao seu significado como valor cultural, material e imaterial e por prticas culturais e tradio.

    Pargrafo nico - Ficam enquadrados nesta categoria o entorno do ptio ferrovirio e Vila Aimors da

    Sociedade Enas Carvalho de Aguiar, hangares e torre do Aeroclube, identificado no Mapa 06: Macrozoneamento e reas Especiais; o Parque Vitria Rgia, rea do Sambdromo, Estdio do Noroeste e os imveis tombados pelo CODEPAC (Anexo II)

    Art.87 - Sero criadas reas de revitalizao no Setor de Planejamento Urbano 1 Regio Central de

    forma a valorizar os seus atributos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida para seus habitantes e usurios.

    Pargrafo nico - Devero ser criados programas de incentivo, atravs de legislao especfica, para a realizao das aes de revitalizao previstas neste artigo.

    Art.88 - A rea de entorno do Aeroporto Estadual Bauru Arealva ter restrio de uso conforme

    diretrizes de legislao federal pertinente e Lei Municipal 4908/2002, referente Zona de Aproximao e Zoneamento de Rudo, conforme Mapa 06: Macrozoneamento e reas Especiais,em anexo.

    Art.89 - So tambm consideradas reas Especiais os equipamentos pblicos de ensino, sade,

    transporte, segurana, saneamento, preservao ambiental, onde as condies de ocupao so especiais, tais como: IPA Instituto Penal Agrcola, P1, P2, Aterro Sanitrio e rea de expanso, Estao Ecolgica Sebastio Aleixo da Silva, ETE Estao de Tratamento de Esgotos, rea da futura captao e futura ETA (previso), Parque Ecolgico Municipal Tenri/Jardim Botnico e Zo Bauru, identificadas no Mapa 06: Macrozoneamento e reas Especiais,em anexo.

    Art.90 - So tambm consideradas reas de Proteo Especial ou patrimnio histrico e cultural as

    reas naturais e imveis tombados pelo Conselho de Defesa do patrimnio histrico, artstico, arqueolgico e turstico do Estado de So Paulo (CONDEPHAAT) e Conselho de Defesa do Patrimnio Cultural de Bauru (CODEPAC).

    CAPTULO III

    DOS INSTRUMENTOS DA POLTICA URBANA

    SEO I Do Parcelamento, Edificao e Utilizao Compulsrias

    Art.91 - O parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios do solo urbano no edificado,

    subutilizado ou no utilizado podero ser aplicados em toda a zona urbana do Municpio de Bauru, em especial nas reas definidas por este Plano, observadas as legislaes especficas, prazos e condies abaixo.

    1 - O parcelamento e edificao compulsrios no podero incidir sobre reas de preservao

    permanente, reas cobertas com vegetao nativa, unidades de conservao, em especial nas reas de Relevante Interesse Ecolgico ARIE, reas de restrio ocupao urbana e sobre terrenos at duzentos e cinqenta metros quadrados, cujos proprietrios no tenham mais outro imvel urbano no municpio de Bauru.

    2 - A edificao ou utilizao compulsria poder ser exigida quando as edificaes estiverem

    em runas ou tenham sido objeto de demolio, abandono, desabamento ou incndio, ou que de outra forma no cumpram a funo social da propriedade urbana.

    3 - Os prazos a que se referem o caput deste artigo sero:

    23

  • I - de 01 (um) ano, a partir da notificao, para que seja protocolado o projeto no rgo municipal competente;

    II - de 02 (dois) anos, a partir da aprovao do projeto, para iniciar as obras do empreendimento e 05 (cinco) anos, para a concluso.

    4 - As reas em que incidir este instrumento esto dispostas em Mapa 01: Instrumentos

    Urbansticos 1, em anexo, e relacionadas nas diretrizes dos Setores de Planejamento, e novas reas sero includas por lei especfica.

    Art.92 - O parcelamento, edificao ou utilizao compulsria do solo urbano poder incidir sobre

    outras reas no listadas por este Plano Diretor, atravs de Lei especfica, desde que deliberado pelo Conselho do Municpio.

    SEO II

    Do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Progressivo no Tempo

    Art.93 - Em caso de descumprimento das obrigaes decorrentes da incidncia de parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, ou de qualquer de suas condies ou prazos, o Municpio proceder aplicao do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.

    1 - O Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) poder ser progressivo

    no tempo de forma a assegurar a funo scioambiental da propriedade, nos termos do art. 156, 1, da Constituio Federal de 1988, nos vazios urbanos e em ZEIS Zonas de Especial Interesse Social criadas para fins de implantao de programas ou projetos habitacionais de baixa renda, desde que sejam reas onde incide o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios.

    2 - O valor da alquota a ser aplicado a cada ano ser multiplicado de 1,5 (um e meio), sucessivamente, no excedendo duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alquota mxima de quinze por cento sobre o valor venal do imvel.

    3 - Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar no esteja atendida em cinco anos, o

    Municpio manter a cobrana pela alquota mxima, at que se cumpra a referida obrigao, garantida a prerrogativa do Municpio proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica, na forma da lei.

    4 - vedada a concesso de redues, isenes ou de anistia relativas tributao progressiva

    de que trata este artigo. 5 - As reas em que incidir este instrumento esto dispostas em Mapa 01: Instrumentos

    Urbansticos 1, em anexo, e relacionadas nas diretrizes dos Setores de Planejamento.

    SEO III Da Desapropriao com Pagamento em Ttulos da Dvida Pblica

    Art.94 - Decorridos cinco anos de cobrana do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial

    Urbana IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica.

    1 - Os ttulos da dvida pblica tero prvia aprovao pelo Senado Federal e sero resgatados

    no prazo de at dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais de seis por cento ao ano.

    24

  • 2 - O valor real da indenizao refletir o valor da base de clculo do Imposto sobre a propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU, descontado o montante incorporado em funo de obras realizadas pelo Poder Pblico na rea onde o mesmo se localiza, no podendo computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatrios.

    3 - Os ttulos de que trata este artigo no tero poder liberatrio para pagamento de tributos. 4 - O Municpio proceder ao adequado aproveitamento do imvel no prazo mximo de cinco

    anos, contado a partir da sua incorporao ao patrimnio pblico. 5 - O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico ou por

    meio de alienao ou concesso a terceiros, na forma da Lei. 6 - As reas em que incidir este instrumento esto dispostas em Mapa 01: Instrumentos

    Urbansticos 1, em anexo, e relacionadas nas diretrizes dos Setores de Planejamento.

    SEO IV Da outorga onerosa do direito de construir e da alterao do uso do solo

    Art.95 - O direito de construir ser oneroso em toda a zona urbana do Municpio de Bauru, sempre

    que o Coeficiente de Aproveitamento do terreno for superior ao Coeficiente de Aproveitamento Bsico estabelecido nos artigos 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 35, respeitados os limites mximos dos parmetros urbansticos estabelecidos para as Macrozonas.

    1 - Coeficiente de Aproveitamento de uma edificao a relao entre a rea total edificada e a

    rea do terreno, descontado, para efeito de clculo as reas de subsolo e marquise, podendo ser: a - Bsico: que resulta do potencial construtivos gratuitos inerentes aos lotes e glebas

    urbanos; b - Mximo: o ndice mximo permitido e estar sujeito a contrapartida atravs da

    Outorga Onerosa, conforme as diretrizes estabelecidas para a Macrozona. 2 - As diretrizes das Macrozonas Urbanas podero prever iseno da outorga onerosa do direito

    de construir quando houver interesse no adensamento e infraestrutura necessria para tal ampliao.

    3 - Ser permitido o acrscimo do Coeficiente Mximo em Operaes Urbanas Consorciadas

    aprovadas em legislao especfica. 4 - Esto isentas da outorga onerosa do direito de construir as edificaes residenciais

    individuais, hospitais, escolas e empreendimentos habitacionais de interesse social destinados populao de baixa renda classificada de acordo com legislao especfica.

    Art.96 - Poder haver outorga onerosa em razo da alterao do uso do solo, desde que definida por

    lei especfica. Art.97 - A forma de clculo da cobrana da outorga onerosa do direito de construir e da alterao do

    uso do solo ser definida em legislao especfica no prazo de 01 ( um) ano a partir da publicao desta lei.

    Art.98- * Na regulamentao da outorga onerosa ou no vinda de empreendimentos novos, dever ser

    aplicada 50% no mnimo em infra-estrutura em bairros que ainda no possuem esse tipo de benfeitoria, sempre com parecer prvio das Secretarias de Obras e Planejamento.

    Art.99- As reas em que incidir este instrumento esto dispostas em Mapa 06: Macrozoneamento

    e reas Especiais, em anexo, e relacionadas nas diretrizes das Macrozonas.

    25

  • SEO V Da transferncia do direito de construir

    Art.100- O proprietrio de imvel urbano, privado ou pblico, poder exercer em outro local o direito

    de construir, ou alienlo, mediante escritura pblica, quando o respectivo imvel for considerado necessrio para fins de: I - implantao de equipamentos urbanos e comunitrios; II - preservao, quando o imvel for considerado de interesse ambiental, arqueolgico,

    cultural, histrico, paisagstico ou social, em especial s unidades de conservao, inclusive nos imveis lindeiros a edifcios tombados pelo CODEPAC, onde houver restrio para a construo;

    III - servir a programas de regularizao fundiria, urbanizao de reas ocupadas por populao de baixa renda e habitao de interesse social, em especial as Zonas de Especial Interesse Social ZEIS.

    1 - A mesma faculdade prevista neste artigo poder ser concedida ao proprietrio que doar ao

    Poder Pblico seu imvel, ou parte dele, para os fins previstos nos incisos I a III do caput deste artigo.

    2 - A aplicao do instrumento previsto no caput deste artigo fica condicionada apresentao

    de Estudo de Impacto de Vizinhana EIV . 3 - A transferncia do direito de construir ser estabelecida por lei municipal especfica no

    prazo de 01 (um) ano a contar da publicao desta lei, que conter: I - definio das reas onde poder ser efetuada a transferncia do direito de

    construir, respeitando as diretrizes das Macrozonas, do respectivo potencial de construo a ser transferido e da finalidade a ser dada aos imveis;

    II - definio das reas de recepo do potencial adicional de construo e de todos os ndices urbansticos, respeitadas as diretrizes das Macrozonas.

    4 - vedada a aplicao da transferncia do direito de construir nas reas de risco e nas reas

    de preservao permanente e outras consideradas non aedificandi nos termos da legislao pertinente.

    5 - Ser permitido o acrscimo do Coeficiente Mximo nos locais onde for autorizada a

    transferncia do direito de construir. 6 - No ser permitida a transferncia do direito de construir acima da capacidade da infra

    estrutura local ou que gere impactos no sistema virio, degradao ambiental e da qualidade de vida da populao local.

    7 - As reas em que incidir este instrumento esto relacionadas nas diretrizes das Macrozonas

    e dos Setores de Planejamento.

    SEO VI Da concesso de uso especial

    Art.101- Aquele que, at 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e

    sem oposio, at duzentos e cinqenta metros quadrados de imvel pblico situado em rea urbana, utilizandoo para sua moradia ou de sua famlia, tem o direito concesso de uso especial para fins de moradia em relao ao bem objeto da posse, desde que no seja proprietrio ou concessionrio, a qualquer ttulo, de outro imvel urbano ou rural.

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  • 1 - A concesso de uso especial para fins de moradia ser conferida ao homem ou mulher, ou

    a ambos, preferencialmente mulher, independentemente do estado civil. 2 - O direito de que trata este artigo no ser reconhecido ao mesmo concessionrio mais de

    uma vez. 3 - Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legtimo continua, de pleno direito, na posse de seu

    antecessor, desde que j resida no imvel por ocasio da abertura da sucesso. Art.102- Nos imveis de que trata o artigo 101, com mais de 250m (duzentos e cinqenta metros

    quadrados), que, at 30 de junho de 2001, estavam ocupados por populao de baixa renda para sua moradia, por 05 (cinco anos), ininterruptamente e sem oposio, onde no for possvel identificar os terrenos ocupados por possuidor, concesso de uso especial para fins de moradia ser conferida de forma coletiva, desde que os possuidores no sejam proprietrios ou concessionrios, a qualquer ttulo, de outro imvel urbano ou rural.

    1 - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse

    de seu antecessor, contanto que ambas sejam contnuas. 2 - Na concesso de uso especial de que trata este artigo, ser atribuda igual frao ideal de

    terreno a cada possuidor, independentemente da dimenso do terreno que cada um ocupe, salvo hiptese de acordo escrito entre os ocupantes, estabelecendo fraes ideais diferenciadas.

    3 - A frao ideal atribuda a cada possuidor no poder ser superior a duzentos e cinqenta

    metros quadrados. Art.103- No caso de a ocupao acarretar risco vida ou sade dos ocupantes, o Poder Pblico

    garantir ao possuidor o exerccio do direito de que tratam os artigos 101 e 102 em outro local.

    Art.104- facultado ao Poder Pblico assegurar o exerccio do direito de que tratam os artigos 101 e

    102 em outro local na hiptese de ocupao de imvel: I - de uso comum do povo; II - destinado a projeto de urbanizao; III - de interesse da defesa nacional, da preservao ambiental e da proteo dos

    ecossistemas naturais; IV - reservado construo de represas de conteno de guas pluviais e obras

    congneres; V - situado em vias de circulao existentes ou projetadas. Art.105- O ttulo de concesso de uso especial para fins de moradia ser obtido pela via

    administrativa perante o rgo competente da Administrao Pblica. 1 - A Administrao Pblica ter o prazo mximo de doze meses para decidir o pedido, contado

    da data de seu protocolo. 2 - Na hiptese de bem imvel da Unio ou dos Estados, o interessado dever instruir o

    requerimento de concesso de uso especial para fins de moradia com certido expedida pelo Poder Pblico Municipal, que ateste a localizao do imvel em rea urbana e a sua destinao para moradia do ocupante ou de sua famlia.

    Art.106- O direito de concesso de uso especial para fins de moradia transfervel por ato inter vivos

    ou causa mortis.

    27

  • Art.107- O direito concesso de uso especial para fins de moradia extinguese no caso de: I - o concessionrio dar ao imvel destinao diversa da moradia para si ou para sua

    famlia; II - o concessionrio adquirir a propriedade ou a concesso de uso de outro imvel

    urbano ou rural. Pargrafo nico - A extino de que trata este artigo ser averbada no cartrio de registro de imveis, por

    meio de declarao do Poder Pblico concedente. Art.108- facultado ao Poder Pblico municipal dar autorizao de uso quele que, at 30 de junho

    de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, at duzentos e cinqenta metros quadrados de imvel pblico situado em rea urbana, utilizandoo para fins comerciais.

    SEO VII Das operaes urbanas consorciadas

    Art.109 - Considerase operao urbana consorciada o conjunto de intervenes e medidas

    coordenadas pelo Poder Pblico municipal, com a participao dos proprietrios, moradores, usurios permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcanar em uma rea transformaes urbansticas estruturais, melhorias sociais e a valorizao ambiental.

    1 - Podero ser previstas nas operaes urbanas consorciadas, entre outras medidas:

    I - a modificao de ndices e caractersticas de parcelamento, uso e ocupao do solo e subsolo, bem como alteraes dos ndices urbansticos, considerado o impacto ambiental delas decorrentes;

    II - a regularizao de construes, reformas ou ampliaes executadas em desacordo com a legislao vigente.

    2 - As operaes urbanas consorciadas, aps a elaborao de Estudo de Impacto de Vizinhana

    EIV e aprovao do respectivo Relatrio de Impacto de Vizinhana RIV, sero aprovadas, por lei municipal especfica, que delimitar a rea para aplicao e estabelecer o plano da operao, contendo, no mnimo: I - definio da rea a ser atingida; II - programa bsico de ocupao da rea, com as medidas previstas nos incisos I e II

    do 1 deste artigo que sero includas, definindose o potencial adicional de construo que a rea poder receber e os gabaritos mximos que devero ser respeitados;

    III - programa de atendimento econmico e social para a populao diretamente afetada pela operao;

    IV - finalidades da operao; V - estudo prvio de impacto de vizinhana e respectivo relatrio com parecer

    conclusivo; VI - contrapartida a ser exigida dos proprietrios, usurios permanentes e investidores

    privados em funo da utilizao das medidas previstas nos incisos I ou II do 1o deste artigo;

    VII - forma de controle da operao, obrigatoriamente compartilhado com representao da sociedade civil.

    3 - Os recursos obtidos pelo Poder Pblico municipal na forma do inciso VI, deste artigo, sero

    aplicados exclusivamente na prpria operao urbana consorciada.

    28

  • 4 - A partir da aprovao da lei especfica de que trata o caput, so nulas as licenas e autorizaes a cargo do Poder Pblico Municipal expedidas em desacordo com o plano de operao urbana consorciada.

    5 - As reas em que incidir este instrumento esto dispostas no Mapa 02: Instrumentos

    Urbansticos 2, em anexo, e relacionadas nas diretrizes dos Setores de Planejamento. Art.110 - A lei especfica que aprovar a operao urbana consorciada poder prever a emisso pelo

    Municpio de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construo, que sero alienados em leilo ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessrias prpria operao.

    1 - Os certificados de potencial adicional de construo sero livremente negociados, mas

    conversveis em direito de construir unicamente na rea objeto da operao. 2 - Apresentado pedido de licena para construir, o certificado de potencial adicional ser

    utilizado no pagamento da rea de construo que supere os padres estabelecidos pela legislao de uso e ocupao do solo, at o limite fixado pela lei especfica que aprovar a operao urbana consorciada.

    SEO VIII

    Do direito de preempo

    Art.111 - O direito de preempo confere ao Poder Pblico Municipal preferncia para aquisio de imvel urbano objeto de alienao onerosa entre particulares, que poder ser exercido sempre que o Poder Pblico necessitar de reas para: I - regularizao fundiria; II - execuo de programas e projetos habitacionais de interesse social; III - constituio de reserva fundiria; IV - ordenamento e direcionamento da expanso urbana; V - implantao de equipamentos urbanos e comunitrios; VI - criao de espaos pblicos de lazer e reas verdes; VII - criao de unidades de conservao ou proteo de outras reas de interesse

    ambiental; VIII - proteo de reas de interesse histrico, cultural, paisagstico ou arqueolgico; IX - execuo de obras de sistema virio, saneamento e drenagem.

    1 - O direito de preempo ter prazo de vigncia de 5 (cinco) anos, renovvel a partir de 01

    (um) ano aps o decurso do prazo inicial de vigncia, a partir da publicao desta Lei. 2 - O direito de preempo fica assegurado durante o prazo de vigncia fixado na forma do

    1, deste artigo, independentemente do nmero de alienaes referentes ao mesmo imvel. 3 - O proprietrio dever notificar sua inteno de alienar o imvel, para que o Municpio, no

    prazo mximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em comprlo. 4 - notificao mencionada no 3 ser anexada proposta de compra assinada por terceiro

    interessado na aquisio do imvel, da qual constar preo, condies de pagamento e prazo de validade.

    5 - O Municpio far publicar, em rgo oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de

    grande circulao, edital de aviso da notificao recebida nos termos do 3 e da inteno de aquisio do imvel nas condies da proposta apresentada.

    6 - Transcorrido o prazo mencionado no 3, sem manifestao, fica o proprietrio autorizado

    a realizar a alienao para terceiros, nas condies da proposta apresentada.

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  • 7 - Concretizada a venda a terceiro, o proprietrio fica obrigado a apresentar ao Municpio, no

    prazo de 30 (trinta) dias, cpia do instrumento pblico de alienao do imvel. 8 - A alienao processada em condies diversas da proposta apresentada nula de pleno

    direito. 9 - Ocorrida hiptese prevista no 8, deste artigo, o Municpio poder adquirir o imvel pelo

    valor da base de clculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior quele.

    10 - As reas em que incidir este instrumento esto dispostas no Mapa 02: Instrumentos

    Urbansticos 2, em anexo, e relacionadas nas diretrizes dos Setores de Planejamento.

    SEO IX Do Estudo de Impacto de Vizinhana EIV

    Art.112 - Nos termos do art. 36, do Estatuto da Cidade, o Municpio poder exigir a elaborao de

    Estudo de Impacto de Vizinhana EIV e de seu respectivo Relatrio de Impacto de Vizinhana RIV, a que se dar devida publicidade, para plos geradores de trfego ou atividades capazes de causar significativos transtornos relativos poluio sonora, do ar, visual, de iluminao e ventilao definidos em legislao especfica.

    1 - O Poder Pblico, nos empreendimentos por ele promovido, obrigase a elaborar o EIV e o

    RIV e envilos ao Conselho do Municpio, promovidas as devidas audincias. 2 - Lei Municipal definir os empreendimentos e atividades que dependero de elaborao do

    Estudo de Impacto de Vizinhana EIV e do Relatrio de Impacto de Vizinhana RIV para obter as licenas ou autorizaes de construo, ampliao ou funcionamento.

    3 - Fica estipulado o prazo mximo de 180 (cento e oitenta) dias aps a publicao do Plano

    Diretor para encaminhamento Cmara Municipal do Projeto de Lei, citado no pargrafo anterior.

    Art.113- A partir da anlise do Estudo do Impacto de Vizinhana EIV o Poder Pblico dever

    exigir medidas mitigadoras, medidas compensatrias e a implementao de infraestrutura e de equipamentos pblicos, assim como a alterao de sistema virio, como condio para a sua aprovao.

    Art.114 - A elaborao do Estudo do Impacto de Vizinhana EIV no substitui a elaborao e a

    aprovao de Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislao ambiental.

    Art.115 - Independentemente dos empreendimentos e atividades a serem relacionados em Lei

    Municipal citada no artigo anterior, sero considerados empreendimentos que exigiro Estudo do Impacto de Vizinhana EIV: I - Aterros Sanitrios e Usinas de Reciclagem de Resduos Slidos; II - Cem