53
PLANO MUNI Flá SEC ICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO VICENT ávio Travassos Regis de Albuquerque PREFEITO Divo Ribeiro de Moura Sobrinho CRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2 TE FÉRRER

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO VICENTE FÉRRERsaovicenteferrer.pe.gov.br/portal/deposito/PME.pdf · 130,5 km da capital, cujo acesso é feito pela BR-232/408 e PE-090/089

Embed Size (px)

Citation preview

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE

Flávio Travassos Regis de Albuquerque

SECRETÁRI

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO VICENTE FÉRRER

Flávio Travassos Regis de Albuquerque

PREFEITO

Divo Ribeiro de Moura Sobrinho

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2

SÃO VICENTE FÉRRER

3

SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO .............................................................................................................06

II – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ..................................................................08

1. Aspectos históricos ............................................................................................................08

2. Localização e coordenadas geográficas .............................................................................09

3. Aspectos populacionais......................................................................................................09

4. Aspectos socioeconômicos.............. ..................................................................................10

5. Aspectos culturais ..............................................................................................................12

6. Aspectos educacionais .......................................................................................................14

III – NÍVEIS DE ENSINO ........................................................................................................16

A – EDUCAÇÃO BÁSICA ....................................................................................................16 1. EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................................16 2. ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................................................19 3. ENSINO MÉDIO .......................................................................................................................25 B – EDUCAÇÃO SUPERIOR ................................................................................................28

1. EDUCAÇÃO SUPERIOR ......................................................................................................28 IV – MODALIDADES DE ENSINO...............................................................................................29 1. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) ......................................................................................29 2. EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................................................................................................30 3. EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE..................................................................................................32 4. EDUCAÇÃO DO CAMPO .....................................................................................................................33

V – FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO...................34

VI – GESTÃO DEMOCRÁTICA.......................... ...........................................................36 VII – FINANCIAMENTO ........................................... ...................................................38 VIII – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO..39 IX - METAS E ESTRATÉGIAS.........................................................................................41 1. EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................................................................41

1.1 META 1 ....................................................................................................................................41 1.1 ESTRATÉGIAS ...........................................................................................................................41

2. ENSINO FUNDAMENTAL...................................................................................................42

2.1 META 2 .................................................................................................................................42 2.1.2 ESTRATÉGIAS ........................................................................................................................43 2.2 META 3 .................................................................................................................................44

4

2.2.2 ESTRATÉGIAS ................................................................................................................................44 2.3 META 4 ........................................................................................................................................44 2.3.2 ESTRATÉGIAS ................................................................................................................................44 2.4 META 5 ........................................................................................................................................45 2.4.2. ESTRATÉGIAS ...............................................................................................................................45

3. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ............................................................45 3.1 META 6 ...............................................................................................................................45 3.1.2 ESTRATÉGIAS ...............................................................................................................................46 3.2 META 7 .........................................................................................................................................46 3.2.2 ESTRATÉGIAS ...............................................................................................................................46

4. EDUCAÇÃO ESPECIAL ............................................................................................47

4.1 META 8 .......................................................................................................................................47 4.1.2 ESTRATÉGIAS ..............................................................................................................................47

5. EDUCAÇÃO DO CAMPO ........................................................................................48 5.1 META 9 .....................................................................................................................................48 5.1.2 ESTRATÉGIAS .............................................................................................................................48

6. ENSINO MÉDIO ....................................................................................................49 6.1 META 10 ....................................................................................................................................49 6.1.2 ESTRATÉGIAS .............................................................................................................................49

7. ENSINO PROFISSIONALIZANTE ............................................................................49 7.1 META 11 .....................................................................................................................................49 7.1.2 ESTRATÉGIAS ......................................................................................................................49

8. ENSINO SUPERIOR ...............................................................................................50 8.1 META 12 ....................................................................................................................................50 8.1.2 ESTRATÉGIAS ............................................................................................................................ 50

9. FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ...................50

9.1 META 13 ...................................................................................................................................50 9.1.2 ESTRATÉGIAS .............................................................................................................................51 9.2 META 14.....................................................................................................................................51 9.2.2 ESTRATÉGIAS............................................................................................................ .................51 9.3 META 15....................................................................................................................... .............52 9.3. ESTRATÉGIAS ........................................................................................................... .................52

9.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA ...................................................................................................52

9.3 META 16 ........................................................................ .........................................................52 10.1.2 ESTRATÉGIAS ................................................................... ......................................................53

10. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO ....................................................................54 10.1 META 17 ..................................................................................................................................54 11.1.2 ESTRATÉGIAS ..........................................................................................................................54

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................55

5

EQUIPE DE ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL Henrique da Silva Félix Irinalva Lino de Albuquerque Maria Célia de Araújo ENSINO FUNDAMENTAL Maria Betânia de Oliveira Elienai Melquênia Silva Albuquerque de Andrade Maria do Carmo Borges Oliveira Maria José da Silva ENSINO MÉDIO Jacilene Cavalcante EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Auzinete Maria Ribeiro de Almeida EDUCAÇÃO ESPECIAL Maria Edjane Marques EDUCAÇÃO DO CAMPO Claudiana de Oliveria Vasconcelos EDUCAÇÃO SUPERIOR Aldenora Maranhão do Egito Guedes FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Neide Maria Pereira e Silva GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO Divo Ribeiro de Moura Sobrinho CONSULTORIA TÉCNICA: GFP -Grupo de Formação Profissional- LTDA Edilene Soares das Neves Leydejane Batista das Neves Leila Regina Siqueira de Oliveira Branco Osvaldo Pereira Filho

6

I – APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de São Vicente Férrer foi adequado, considerando o que

preconiza a Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, na perspectiva de garantir uma educação

de equidade e qualidade social para todos os munícipes para os próximos dez anos. Para

isso, foram adequadas as metas e estratégias de acordo com o PNE atual.

Este Plano é fruto de debates, análises, encontros e reflexões com toda comunidade escolar

e diversas entidades municipais, bem como com os técnicos da Secretaria de Educação,

tendo como aporte a atual conjuntura educacional do Município, as possibilidades e os

desafios para um cenário em consonância com os indicadores propostos no Plano Nacional de

Educação, sendo todo o processo pautado nos princípios da participação democrática.

A partir da homologação da Lei que aprova o Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005 de

25/06/14), foram intensificadas as ações necessárias à adequação do Plano Municipal de

Educação – PME, que já vinha sendo discutido no âmbito da Secretaria Municipal de

Educação. Houve a criação de uma comissão para definição dos passos a serem tomados,

conforme Portaria Nº 128/2014, com encontros sistemáticos para reestruturação das metas

do Plano Municipal vigente, além de encontros com representantes dos diversos segmentos

dos trabalhadores em educação, com os diferentes setores da Secretaria de Educação do

Município e com membros do Conselho Municipal de Educação.

O PME de São Vicente Férrer 2015/2025 foi organizado em três eixos: o primeiro

contextualiza o Município de São Vicente Férrer, apontando os aspectos sociais, os

indicadores demográficos e os educacionais. O segundo eixo fundamenta a caracterização

das etapas da Educação Básica no Município. O terceiro eixo é constituído com as metas e as

estratégias que configuram os desafios pactuados pela sociedade vicentina para a melhoria

do desenvolvimento da qualidade do ensino no Município.

O presente documento transcende a períodos de gestão pública, pois reflete as concepções

dos diferentes segmentos da sociedade participantes e auxilia diretamente na melhoria da

política educacional, no que se refere aos índices quantitativos e qualitativos da educação da

cidade. O planejamento das ações educativas do Município não se esgota nem se encerra

neste PME, visto que este documento passará por avaliações contínuas e, quando

necessário, as metas e as estratégias serão adequadas e redirecionadas; visando atender às

reais necessidades da população.

A execução deste PME só será possível com o apoio e empenho de todos os agentes

educativos e beneficiários do sistema educacional; porque a razão de ser do PME é articular

parceria e oferecer às crianças, aos jovens e aos adultos as reais condições para

aprendizagem e a organização do pensamento, da história e do conhecimento em suas

múltiplas dimensões.

7

O Governo Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação, apresenta o PME à

população de São Vicente Férrer que traz as reflexões e os anseios da sociedade para a

próxima década no que se refere a políticas e programas para a educação. Este documento é

um legado para uma geração que representará em melhorias concretas para o futuro de São

Vicente Férrer.

8

II – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

1. Aspectos históricos

O povoamento da região surgiu a partir da feira livre instalada à sombra de uma frondosa

árvore por Jerônimo de Albuquerque Melo, João da Silva Pessoa e José Joaquim do Espírito

Santo. Posteriormente, foi construída uma capela em homenagem a São Vicente Férrer.

Foi embaixo de uma frondosa árvore que um movimento similar a uma feirinha no antigo

povoado de Cruangy para comercializar produtos agrícolas. Em 1852, Jerônimo Mello, João

Pessôa e José dos Santos fizeram que a feira evoluísse, mas sem pretensão nenhuma

d’aquilo formar uma cidade. A área que compreendia o povoado de Cruangy pertencia à

província de Goiana, até que em 20 de maio de 1867 quando foi criada a província de

Itambé. Em 1879, com a criação da Vila e consequentemente a cidade de Timbaúba, o

arruado de São Vicente passou a fazer parte daquela cidade. Em 1909, o arruado de São

Vicente foi elevado à categoria de Vila como distrito de Timbaúba. A pequena vila era

pautada no cultivo da Cana de Açúcar e do café. São Vicente ganhou uma Indústria

beneficiária de Café, onde hoje fica o Banana Shopping. Próximo dali situava-se o engenho

Gracioso da Serra, propriedade do Sr. Pedro Pereira Guedes, engenho este que funcionou

pouco tempo depois de adquirido pelo Sr. Guedes, mas que muito contribuiu para o

desenvolvimento daquela vila. Em 1928, foi criado o Município de São Vicente com três

distritos; São Vicente (sede), Macapá (2º Distrito) e São José do Siriji que havia sido

desmembrada do município de Bom Jardim. O primeiro prefeito constitucional foi Francisco

de Mello Cavalcanti, nomeado pelo Conselho Municipal. São Vicente se resumia apenas em

quatro ruas, porém sua feira já ganhava proporções a ponto de movimentar a economia do

novo município. Dois anos depois (1930) estourou a revolução, houve complicações, mas o

Partido Liberal acabou vencendo e o seu maior representante em São Vicente era o Coronel

Henrique de Araújo que tomou posse da administração municipal naquele ano, mas foi

assassinado pelo seu próprio neto Lauro Moura, dias depois da posse, a causa da tragédia.

Conta-se que foi por causa de capim, a partir daí, em consideração a morte do Cel. Henrique

de Araújo, o interventor Carlos de Lima Cavalcanti transferiu a sede do município para o seu

segundo distrito – Macapá. (1931). O Governador Agamenon Magalhães (1938), sancionou

uma lei que passava o município de São Vicente a chamar-se Macapá e consequentemente

extinguindo o Município, ficando somente a Cidade Macapá (Macaparana) e os outros dois

distritos: São Vicente e São José do Siriji que permaneceu como 3º distrito. Ainda por

decreto, em 1938, Agamenon Magalhães trocou o nome da Vila de São Vicente para Manuel

Borba em homenagem ao filho mais ilustre nascido naquelas terras. Em 1953, recomeçou a

luta para obter a emancipação da Vila que um dia foi cidade. O movimento contou com a

colaboração de Sandoval do Egito, Manoel Caetano e Pe. João Machado e com a

colaboração de Pio Guerra que era deputado. Todos os esforços valeram à pena, porque em

29 de dezembro foi sancionada a Lei 1.818 que trocava o nome da Vila Manoel Borba e

9

sancionava a criação da cidade de São Vicente Férrer. Em 1954, ficou decidido que a cidade

ficaria com dois distritos: a Sede e São José do Siriji, pois Macapá já havia se emancipado.

2. Localização e Coordenadas Geográficas

O Município de São Vicente Férrer está localizado na mesorregião Agreste e na Microrregião

Médio Capibaribe do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Macaparana, ao sul

com Machados, a Leste com Vicência, e a Oeste com o Estado da Paraíba e Orobó. A área

municipal ocupa 119,7 km2 e representa 0.12 % do Estado de Pernambuco. A sede do

município tem uma altitude aproximada de 419 metros e coordenadas geográficas de 07

Graus 35 min. 28 seg. de latitude sul e 35 Graus 29 min. 29 seg. de longitude Oeste, distando

130,5 km da capital, cujo acesso é feito pela BR-232/408 e PE-090/089.

O Município está inserido na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por

maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. Ocupa uma área

de arco que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. O relevo é geralmente

movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Em relação à fertilidade dos

solos é bastante variada, com predominância de média para alta. A área da unidade é

recortada por rios perenes, porém de pequena vazão e o potencial de água subterrânea é

baixo. A vegetação desta unidade é formada por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica,

próprias das áreas agrestes. O clima é do tipo Tropical Chuvoso, com verão seco. A estação

chuvosa se inicia em janeiro/fevereiro com término em setembro, podendo se estender até

outubro. Nas Superfícies suaves onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos,

medianamente profundos, fortemente drenados, ácidos a moderadamente ácidos e

fertilidade natural média e ainda os Podzólicos, que são profundos, textura argilosa e

fertilidade natural média a alta. Nas Elevações, ocorrem os solos Litólicos, rasos, textura

argilosa e fertilidade natural média. Nos Vales dos rios e riachos, ocorrem os Planossolos,

medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura médio-argilosa,

moderadamente ácida, fertilidade natural alta e problemas de sais. Ocorrem ainda

afloramentos de rochas.

3. Aspectos Populacionais

A população do Município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de

0,60% ao ano, passando de 16.005 para 17.000 habitantes. Essa taxa foi inferior àquela

registrada no Estado, que ficou em 1,07% ao ano, e inferior a cifra de 1,08% ao ano da

Região Nordeste.

10

A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em

2000 representava 55,65% e em 2010 passou a representar 65,89% do total, demonstrando

um crescimento significativo de 10,24%. A estrutura demográfica também apresentou

mudanças no Município, entre 2000 a 2010 foi verificada ampliação da população idosa que,

em termos anuais, cresceu 1,8% em média. Em 2000, este grupo representava 9,7% da

população, já em 2010 detinha 11,0% do total da população municipal.

O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-1,8%

ao ano). Crianças e jovens representavam 36,5% do contingente populacional em 2000, o

que correspondia a 5.841 habitantes. Em 2010, houve uma redução deste grupo para 28,7%

da população, totalizando 4.877. Isto significa que Município está em consonância com o

país, pois há um envelhecimento natural da população, ou seja, a longevidade da população

está aumentando, em contrapartida a população jovem está reduzindo, considerando que as

famílias diminuíram o número de filhos, o que traz uma diminuição na população jovem e

uma inversão da pirâmide populacional.

Quadro 1: População residente no município por faixa etária – 2000 e 2010

ANO/IDADE 0 a 14 anos

15 a 29 anos

30 39 anos

40 a 59 anos

60 anos ou mais

Total

2000

5.841

4.470

1.846

2.290

1.558

16.005

2010

4.877

4.836

2.303

3.115

1.869

17.000

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 2000 e 2010

A população residente no Município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu crescimento

populacional (em média 1,77% ao ano), passando de 8.606 habitantes em 2000 para 10.254

em 2010. Em 2010, este grupo representava 60,3% da população do Município.

4. Aspectos Socioeconômicos

Entre 2005 a 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Município cresceu

27,0% passando de R$ 57,8 milhões para R$ 73,4 milhões. O crescimento percentual foi

inferior ao verificado no Estado, que foi de 57,1%. A participação do Município na

composição do PIB estadual diminuiu de 0,12% para 0,09 no período de 2005 a 2010.

11

Gráfico 1: Participação dos Setores Econômicos no Produto interno Bruto do Município – 2000

Fonte: IBGE

A estrutura econômica municipal tinha uma representação expressiva do Setor de Serviços,

o qual respondia por 71,7% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial,

cuja participação no PIB era de 6,6 em 2010, contra 5,5% em 2005. Variação contrária à

verificação no Estado, em que a participação industrial cresceu de 5,5% para 18,9% em 2010.

Gráfico 2: Taxa de Crescimento do PIB nominal por setor econômico no Município e no

Estado – 2005 a 2010

FONTE: IBGE

Quando analisamos os aspectos econômicos do Município, é importante levar em

consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de

atividades nas áreas de pecuária e agricultura. No caso da pecuária, dados coletados da

Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011, apontam que as 5(cinco) principais

culturas de rebanho local são as indicadas no gráfico abaixo:

43%

3%

25%

7%

22% ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

IMPOSTOS

AGROPECUÁRIA

INDÚSTRIA

SERVIÇOS

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

50

60

70

AGRICULTURA INDÚSTRIA SERVIÇOS IMPOSTOS

MUNICÍPIO

ESTADO

12

Gráfico 3: Distribuição das 5 principais culturas de rebanho do Município – 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal (PAM)

Gráfico 4: Distribuição das 5 principais culturas de Agricultura do Município segundo

condição permanente - 2011

Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal (PAM)

5. Aspectos Culturais

O Município é berço de filhos ilustres, tais como: médicos, jornalistas, advogados, padres,

dentistas, professores, cantores, artistas plásticos e outros; porém seu patrimônio mais

importante está no seu povo- trabalhador- e que representa a força produtiva de uma

cidade. Entre esse filhos destacam-se:

Maria Inês Caetano de Oliveira (Marinês) – filha do ex- cangaceiro do bando de Lampião

Manoel Caetano de Oliveira. Uma das mais importantes cantoras da música nordestina ficou

conhecida como rainha do xaxado.

José Francisco de Moura Cavalcanti- Ex- governador do estado de Pernambuco, nascido no

Engenho Cipó Branco;

Edson Régis de Carvalho – Jornalista:

Aluísio Inojosa – Escritor de obras literárias, como: História de Caixeiro Viajante, Contos

Regionais, Seu Zé da Pinguela;

15.000

10.000

4.800

850

530

GALOS, FRANGOS E PINTOS

GALINHAS

BOVINO

CAPRINO

SUÍNO

36 48 72

36.000

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

MANGA LARANJA ABACATE BANANA (CACHO)

13

Joaquim Inojosa – Escritor de obras literárias, como: a arte Moderna – 60 anos de um

Manifesto Modernista, Tentames, diário de um Estudante, A tragédia da Rosa dos Alkmim.

Este autor “importou” a vertente sulista do movimento literário modernista da semana de

arte moderna de 1922, divulgando-o em todo o norte-nordeste;

João Borba Gomes de Moura – Poeta e Criminalista, autor de obras como: Soneto dos

Pardais e outros versos e trovas;

Lourenço Tavares de Melo- Professor, Cirurgião buco-maxilo-facial do Hospital da

Restauração e escritor da obra ”Vale do Siriji”;

Alcedo Marrocos, Vicente da Cunha Cavalcanti e Marina Borges – escritores de vários

poemas alusivos ao povo vicentino com relevância aos aspectos históricos e culturais:

Jorge Gomes Borges- Fonoaudiólogo, escritor de contos, poemas e peças teatrais, integrante

do grupo teatral LIBERAT;

Edcarlos - Cantor e compositor, intérprete da música popular nordestina, com ênfase no

Frevo, Forró e Maracatu;

Maria Araújo – Poetisa;

Augusto José de Vasconcelos Camelo (Mano) – Artista plástico;

Maria Isabel Travassos de Albuquerque – Artista plástica;

Patrício Gomes – Maestro por longo tempo denominou a Banda Municipal local.

Os principais eventos de São Vicente Férrer são: a Festa da Banana, anualmente no mês de

novembro, recebendo turistas de vários Estados do Brasil; as festas religiosas de Nossa

Senhora do Rosário, no dia 02s de fevereiro, a do Padroeiro da cidade “São Vicente Férrer”,

comemorado no dia 05 de abril, e a de Nossa Senhora da Conceição no dia 08 de dezembro.

6. Aspectos Educacionais

A Educação do Município é composta pelas Redes: Estadual, Municipal e Privada. A Rede

Estadual oferece o Ensino Fundamental na Escola Estadual Professor João Barbosa de

Almeida e o Ensino Médio no sistema semi-integral na Escola de Referência em Ensino

Médio Coronel João Francisco.

A Secretaria Municipal de Educação é um órgão ligado ao Poder Executivo Municipal, tem

por finalidade planejar, executar, coordenar, controlar e avaliar as atividades pertinentes à

ação educacional da rede pública de ensino municipal. A estrutura organizacional é

composta por departamento e setores educacionais e a rede escolar oferece a Educação

Infantil (Creche e pré-escola), Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos e Ensino

Médio (em extinção), a fim de favorecer o trabalho de orientação e acompanhamento

pedagógico aos professores das áreas urbana e rural.

14

Quadro2: Matrícula Inicial por dependência administrativa de 2012 a 2014

MODALIDADES MATRÍCULA INICIAL

2012 2013 2014

ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA

ED.

INFANTIL

CRECHE 0 128 20 0 120 48 0 105 64

PRÉ- ESCOLA 0 289 40 0 287 105 0 273 126

ENSINO

FUND.

ANOS INICIAIS 232 1.499 127 167 1.444 173 63 1.472 200

ANOS

FINAIS

578 872 56 456 823 54 304 816 102

ENSINO MÉDIO 522 286 0 544 246 0 675 47 0

EJA 0 753 0 0 653 0 0 306 0

TOTAL 1.332 3.827 243 1.167 3.573 380 1.042 3.019 492

Fonte: INEP

A Secretaria Municipal de Educação tem empreendido esforços através de ações

estruturadoras para oferecer educação de qualidade social aos seus munícipes, primando

pela eficácia e eficiência, bem como elevar seus índices de desenvolvimento educacional.

Nessa direção, tem buscado a cada ano implementar ações de acompanhamento às

unidades escolares e formação continuada para os educadores da Rede Municipal, visando o

aperfeiçoamento profissional e redirecionamento das práticas docentes, focando os níveis

e as modalidades de ensino.

Quadro 3: Indicadores de Desenvolvimento Educacional Brasileiro

Fonte: Inep

O Município tem também desenvolvido ações para ampliar a escolaridade da população com

a universalização do Ensino Fundamental e o processo de universalização da Educação

Infantil, bem como oferecer Educação de Jovens e Adultos para aqueles que na idade

própria foram impossibilitados de estudar. Observa-se que de 2011 a 2013 os indicadores de

desenvolvimento do Ensino Fundamental anos iniciais tem melhorado, representando todos

Ensino

Fundamental

IDEBs Observados Metas Projetadas pelo

MEC

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2021 2023

Anos Iniciais 3,1 2,7 2,8 3,3 3,4 3,2 3,5 3,9 4,2 4,7 5,4 5,7

Anos Finais 2,4 2,1 2,2 3,2 3,2 2,5 2,7 3,0 3,4 4,3 4,7 5,0

15

os esforços que foram desencadeados para que houvesse melhoria nos indicadores

educacionais do Município. Nos anos finais, houve elevação do indicador de aprendizagem

de 2009 para 2011, mas sem crescimento para 2013. No entanto, o Município tem planejado

ações, implantado programas e projetos que irão auxiliar na elevação desses indicadores.

A – EDUCAÇÃO BÁSICA

1. EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil é a primeira etapa de formação do sujeito aprendiz,

em um ambiente propício à aprendizagem, ao ato de cuidar e de

instituições públicas ou privadas

ordenar e organizar essa oferta, bem como garantir a qualidade da formação dessas

crianças, numa perspectiva de d

emocionais, sociais, culturais e afetivos.

É necessário estabelecer propósitos de aliar família e escola, pois ambos agem sobre a

criança em diferentes formas e espaços, porém com o mesmo fim

criança. A função do lúdico, do brincar, do construir símbolos e desenvolver a linguagem

com o mundo que habita deverá constituir o motivo principal do fazer pedagógico.

Conforme determina a Constituição Federal/1988, art. 208, a E

social das crianças e suas famílias e um dever do Estado. Em consonância, a Lei nº. 9394/96

que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional

nível de ensino seja competência dos

crianças de 0 a 3 anos e em pré

Em decorrência da Lei nº. 11.274/2006, que estabelece a obrigatoriedade de matrícula das

crianças de 6 anos no Ensino Fundamental

as crianças de 0 a 5 anos completos e as com 6 anos incompletos até a data limite de 31 de

março.

Gráfico 5: Percentual da População de 4 e 5 anos que frequenta a escola

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBG

0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%

100,00%

III NÍVEIS DE ENSINO

A Educação Infantil é a primeira etapa de formação do sujeito aprendiz,

propício à aprendizagem, ao ato de cuidar e de brincar, deve

instituições públicas ou privadas e não em ambiente doméstico, cabendo ao poder público

ordenar e organizar essa oferta, bem como garantir a qualidade da formação dessas

numa perspectiva de desenvolvimento integral, envolvendo os aspectos cognitivos,

emocionais, sociais, culturais e afetivos.

É necessário estabelecer propósitos de aliar família e escola, pois ambos agem sobre a

criança em diferentes formas e espaços, porém com o mesmo fim – o desenvolvimento da

A função do lúdico, do brincar, do construir símbolos e desenvolver a linguagem

com o mundo que habita deverá constituir o motivo principal do fazer pedagógico.

Conforme determina a Constituição Federal/1988, art. 208, a Educação

ial das crianças e suas famílias e um dever do Estado. Em consonância, a Lei nº. 9394/96

que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina

competência dos Municípios, devendo ser realizada em creches para as

crianças de 0 a 3 anos e em pré-escolas para as crianças de 4 a 6 anos.

Em decorrência da Lei nº. 11.274/2006, que estabelece a obrigatoriedade de matrícula das

crianças de 6 anos no Ensino Fundamental de 9 anos, a Educação Infantil

as crianças de 0 a 5 anos completos e as com 6 anos incompletos até a data limite de 31 de

Percentual da População de 4 e 5 anos que frequenta a escola

IBGE/Pesquisa Poe Amostra de Domicilio (PNAD) – 2013.

BRASILNORDESTE

PERNAMBUCOSÃO VICENTE FERRER

BRASIL

NORDESTE

PERNAMBUCO

SÃO VICENTE FERRER

16

A Educação Infantil é a primeira etapa de formação do sujeito aprendiz, deverá ser ofertada

brincar, deve ocorrer em

, cabendo ao poder público,

ordenar e organizar essa oferta, bem como garantir a qualidade da formação dessas

lvendo os aspectos cognitivos,

É necessário estabelecer propósitos de aliar família e escola, pois ambos agem sobre a

o desenvolvimento da

A função do lúdico, do brincar, do construir símbolos e desenvolver a linguagem

com o mundo que habita deverá constituir o motivo principal do fazer pedagógico.

ducação Infantil é um direito

ial das crianças e suas famílias e um dever do Estado. Em consonância, a Lei nº. 9394/96

determina que a oferta deste

unicípios, devendo ser realizada em creches para as

Em decorrência da Lei nº. 11.274/2006, que estabelece a obrigatoriedade de matrícula das

ducação Infantil passou a atender

as crianças de 0 a 5 anos completos e as com 6 anos incompletos até a data limite de 31 de

Percentual da População de 4 e 5 anos que frequenta a escola

2013.

NORDESTE

PERNAMBUCO

SÃO VICENTE FERRER

Fonte: Município e Mesorregião

Gráfico 7: Percentual da População de 0 a 3 anos que frequenta a escola

Fonte: Estado, Região e Brasil – IBGE/Pesquisa Poe Amostra de Fonte: Município e Mesorregião

O Município reconhece a Educação Infantil como um direito da criança e

subsidiado no reconhecimento de seu impacto positivo na formação integral da c

sua capacidade de aprendizagem

esforços para atender a demanda

nível vem crescendo, conforme demonstra o quadro

Estado , bem como das médias do

Quadro 4: Matrícula da Educação Infantil por dependência administrativa de 2012 a 2014

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA CRECHE

ESTADUAL 0

MUNICIPAL 120

PRIVADA 48

TOTAL 168

Fonte: EDUCACENSO, INEP.

É importante destacar que uma política de educação para

lugar, a afirmação das creches e pré

desenvolvimento por meio da aprendizagem sistematicamente orientada por procedimentos

de ensino. Portanto, é fundamental afirmar o pape

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Populaçao de 0 a 3 anos que frequenta a escola

Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional- 2010.

Percentual da População de 0 a 3 anos que frequenta a escola

IBGE/Pesquisa Poe Amostra de Domicilio (PNAD) – 2013.Fonte: Município e Mesorregião – IBGE/Censo Populacional- 2010.

unicípio reconhece a Educação Infantil como um direito da criança e

subsidiado no reconhecimento de seu impacto positivo na formação integral da c

sua capacidade de aprendizagem. Para tanto, a gestão municipal

esforços para atender a demanda desta faixa etária. É evidente que a matrícula para este

, conforme demonstra o quadro 4, entretanto, está abaixo da média

stado , bem como das médias do Nordeste e país, como demonstram os

Matrícula da Educação Infantil por dependência administrativa de 2012 a 2014

2012 2013

CRECHE PRÉ-

ESCOLA

CRECHE PRÉ-

ESCOLA

CRECHE

0 0 0 0

120 287 105 291 105

105 50 122 64

168 392 155 413 169

É importante destacar que uma política de educação para a infância demanda, em primeiro

lugar, a afirmação das creches e pré-escolas como instituições destinadas à promoção do

desenvolvimento por meio da aprendizagem sistematicamente orientada por procedimentos

é fundamental afirmar o papel insubstituível da educação escolar na

BRASILNORDETE

PERNAMBUCOSÃO VICENTE FERRER

BRASIL

NORDETE

PERNAMBUCO

SÃO VICENTE FERRER

17

Percentual da População de 0 a 3 anos que frequenta a escola

2013.

unicípio reconhece a Educação Infantil como um direito da criança e de sua família,

subsidiado no reconhecimento de seu impacto positivo na formação integral da criança e na

municipal vem empreendendo

. É evidente que a matrícula para este

, entretanto, está abaixo da média do

ordeste e país, como demonstram os gráficos 6 e 7.

Matrícula da Educação Infantil por dependência administrativa de 2012 a 2014

2014

CRECHE PRÉ-

ESCOLA

0 0

105 273

64 126

169 399

a infância demanda, em primeiro

escolas como instituições destinadas à promoção do

desenvolvimento por meio da aprendizagem sistematicamente orientada por procedimentos

l insubstituível da educação escolar na

NORDETE

PERNAMBUCO

SÃO VICENTE FERRER

18

promoção do desenvolvimento dos indivíduos em todos os períodos de sua formação,

reconhecendo-se que é a aprendizagem que promove o desenvolvimento.

O diagnóstico da Rede Municipal de Ensino de São Vicente Férrer, apontou deficiências em

áreas críticas no funcionamento dessas instituições educacionais, no que se refere à

inadequação de espaços físicos, equipamentos, mobiliários e materiais pedagógicos, a não

incorporação da dimensão educativa nos objetivos da Educação Infantil, a separação entre

as funções de cuidar e educar, a não aplicação do currículo e/ou propostas pedagógicas, e a

precariedade no acompanhamento do trabalho pedagógico.

Outra questão pontual é que as crianças da zona rural, em comunidades menores, são

atendidas em classes multisseriadas, pois nessa faixa etária, a criança precisa de atenção

individualizada e em muitas circunstâncias requer mais cuidados dos profissionais.

Em relação à formação dos docentes que atuam na educação infantil, ver tabelas abaixo:

Quadro 5: Formação Docente atuantes na faixa etária de 0 a 3 anos de idade.

FORMAÇÃO DOCENTE NÍVEL MÉDIO NÍVEL SUPERIOR

PÓS GRADUAÇÃO –LATU SENSU

TOTAL

Rede pública Municipal 02 03 05 10

Rede Privada 05 07 02 14

TOTAL 07 10 07 24

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

Quadro 6: Formação Docente atuantes na faixa etária de 4 e 5 anos de idade.

FORMAÇÃO DOCENTE NÍVEL MÉDIO NÍVEL

SUPERIOR

PÓS GRADUAÇÃO –

LATU SENSU

TOTAL

Rede pública Municipal 04 11 10 25

Rede Privada 08 05 02 15

TOTAL 12 16 12 40

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

Percebe-se que a formação docente em Nível Médio, conta com um total de 19 professores,

em Nível Superior, com 26 e em nível de Pós-Graduação com 19 professores, sendo que em

Nível Médio, a maioria pertence à rede privada, com um total de 13 professores, enquanto a

Rede Pública Municipal com 06. Em Nível Superior, a rede privada, conta com 12

professores, e a Rede Pública com 14. E em Nível de pós-graduação a Rede Privada conta

com 04, e Rede Pública com 15. Sendo assim, a Rede Pública Municipal com a maioria de

19

seus professores com Nível Superior e Pós Graduados. E a Rede Privada com também tem

sua maioria com Nível Superior e Pós-graduado. Ambas as redes ainda contam com um

grupo de professores com formação em Nível Médio que demanda elevação de sua

formação.

2. ENSINO FUNDAMENTAL

Conforme a Constituição Federal/88 o Ensino Fundamental constitui etapa obrigatória de

escolarização, sendo o acesso a este nível de escolarização direito público subjetivo, que

pode ser exigido do Estado, pelo titular do direito.

O Ensino Fundamental primeira etapa da educação básica com a denominação Ensino que é

um diferencial da primeira etapa da educação escolar – educação infantil. O Ensino

Fundamental é organizado de acordo com as seguintes regras comuns:

• Carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuído por um mínimo de

duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames

finais, quando houver; classificação em qualquer ano ou etapa, exceto no primeiro

do ensino fundamental pode ser feita por promoção, para estudantes que cursaram,

com aproveitamento, o ano ou fase anterior na própria escola; por transferência,

para candidatos procedentes de outras escolas. Há ainda possibilidade de

reclassificação dos estudantes na própria escola por solicitação dos pais ou dos

próprios professores, e deve ser feita no primeiro bimestre ou quando transferido, a

qualquer tempo, desde que requeira.

Com a aprovação da Lei nº 11.274/06, que alterou os art. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº. 9.493/96,

dispondo sobre a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, no que concerne à

nova demanda criada, esta já se encontra atendida em São Vicente Férrer, restando

enfrentar os desafios referentes à busca da melhoria de qualidade, à ampliação da jornada

escolar e implementação da educação inclusiva nos distintos contextos escolares.

O conhecimento da realidade do Ensino Fundamental no Município, apresentado a seguir,

constitui elemento fundamental para a delimitação de metas e estratégias para o decênio

2015-2025.

Iniciando com a taxa de matrículas da faixa etária do Ensino Fundamental no período de

2012 a 2014, pode-se observar no Quadro 7 que 82% do atendimento do Ensino

Fundamental dos anos iniciais é feito pela rede municipal, este fator pode ser explicada pela

atribuição da prioridade do atendimento neste segmento, aos municípios.

No mesmo período, observa-se uma queda no número absoluto de matrículas, em

conformidade com a redução da população brasileira anunciada nas análises demográficas

do IBGE.

20

Quadro 7: Taxa de Matrícula do Ensino Fundamental – Anos Iniciais por dependência

administrativa de 2012 a 2014.

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA

2012 2013 2014

ESTADUAL 167 109 63

MUNICIPAL 1.444 1.442 1.472

PRIVADA 173 185 200

TOTAL 1.784 1.736 1.735

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Quadro 8: Taxa de Matrícula do Ensino Fundamental – Anos Finais, por dependência

administrativa de 2012 a 2014.

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA

2012 2013 2014

ESTADUAL 456 370 304

MUNICIPAL 823 785 816

PRIVADA 54 92 102

TOTAL 1.333 1.247 1.222

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Analisando a situação dos anos finais, podemos observar que, de acordo com o Quadro 8, a

matrícula inicial, no período de 2012 a 2014, concentrou-se predominantemente na Rede

Municipal, isso se deve em decorrência do processo de municipalização, atingindo em 2014,

um número de matrícula na ordem de 816 estudantes, ou seja, 67% da matrícula deste

segmento de ensino é feita pela Rede Municipal de Ensino.

Gráfico 7: Taxa de Aprovação no EF – Anos Iniciais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

0

20

40

60

80

100

120

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

21

Gráfico 8: Taxa de Aprovação no EF – Anos Finais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

No Ensino Fundamental - anos finais, a taxa de aprovação é menor que a dos anos iniciais.

Sendo a Rede Municipal a que apresenta a menor taxa de aprovação, conforme gráficos 8 e

9, quando comparada com a Rede Estadual e a Rede Privada.

Gráfico 9: Taxa de Reprovação no EF – Anos Iniciais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

0

5

10

15

20

25

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

0

20

40

60

80

100

120

2011 2012 2013

ESTADUA

MUNICIPAL

PRIVADA

22

Gráfico 10: Taxa de Reprovação no EF – Anos Finais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Conforme pode ser observado nos gráficos 10 e 11, houve redução nos índices de

reprovação, entretanto na Rede Municipal, nos anos iniciais houve um acréscimo desse

indicador de 17,4% em 2011 para 19,9% em 2012, voltando a diminuir para 19,6% em 2013.

É importante destacar que na rede privada observa-se uma manutenção dos índices de

aprovação e índices ínfimos de repetência

Gráfico 11: Taxa de Abandono no EF – Anos Iniciais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

0

5

10

15

20

25

30

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

23

Gráfico 12: Taxa de Abandono no EF – Anos Finais, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

A menor taxa de abandono nos anos iniciais ocorreu na Rede Estadual, já na Rede Privada

não ocorreu abandono. A taxa de Abandono do Ensino Fundamental dos anos finais

diminuiu na Rede Estadual, tendo aumentada na Rede Municipal, de 4,1% em 2012 para

4,9% em 2013.

Gráfico 13: Taxa de Distorção idade/série no EF – Anos Iniciais por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Gráfico 14: Taxa de Distorção idade/série no EF – Anos Finais por dependência administrativa

0

1

2

3

4

5

6

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

0

5

10

15

20

25

30

35

40

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

24

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Com relação à taxa de distorção idade/série, ocorreu uma diminuição no período de 2011 a

2012, nas escolas do Ensino Fundamental – anos iniciais de São Vicente Férrer. As menores

taxas de distorção ocorrem na Rede Privada com 3,3% em 2013. A diminuição mais

significativa ocorreu com a Rede Estadual do Ensino Fundamental- anos finais.

A taxa de distorção idade-série ressalta o impacto das taxas de reprovação, repetência e

evasão, ao longo do processo de escolarização, bem como revela dificuldades de

acesso/permanência do aluno na escola.

3. ENSINO MÉDIO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN/1996), em seu artigo 21, afirma

que o Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, ou seja, conclui uma etapa de

escolarização geral, visando à formação para a cidadania, para o mundo do trabalho e para o

prosseguimento de estudos.

Com duração mínima de três anos, esse estágio consolida e aprofunda o aprendizado do

Ensino Fundamental, além de preparar o estudante para trabalhar e exercer a cidadania.

Nesta nova etapa do ensino, é obrigatória a inclusão de uma língua estrangeira moderna,

como o inglês ou o espanhol. Desde 2008, o ensino de Filosofia e Sociologia em todas as

séries do Ensino Médio também são obrigatórios.

A Resolução CNE/CEB, de 26 de junho de 1998, trata das Diretrizes Nacionais para o Ensino

Médio e aponta três grandes princípios para sua consolidação. Sobre a Estética da

Sensibilidade, primeiro princípio, a ênfase está em se estimular a criatividade, o espírito

inventivo, a curiosidade, como também colaborar na construção de jovens capazes de

suportar as inquietações e incertezas do mundo contemporâneo. O segundo princípio, o da

Política da Igualdade, tem como premissa básica o conhecimento e o reconhecimento dos

direitos e deveres que sustentam a cidadania, buscando construir jovens cidadãos que

0

10

20

30

40

50

60

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

PRIVADA

25

possam vivenciar em seu cotidiano o acesso aos bens sociais e culturais, sendo protagonistas

de sua vida pessoal e profissional. O princípio da Ética da Identidade pretende que os jovens

possam buscar superar dicotomias e situações entre o “mundo da moral e o mundo da

matéria”, as dimensões públicas e a privada, a fim de colaborar na construção de pessoas

sensíveis e igualitárias em seu meio.

A busca por um Ensino Médio de qualidade precisa garantir o acesso, a permanência e a

aprendizagem do aluno no contexto escolar, envolvendo medidas políticas e administrativas

que possam assegurar a efetivação destes objetivos. Este caminho precisa contar com o

aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, dando

possibilidade de avanço nos estudos; também, formar para o exercício da cidadania e

mundo do trabalho, desenvolvendo competências básicas para a faixa etária em que se

encontram. Não se pode desconsiderar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, focado

em valores e atitudes, preparando o jovem para o hoje e o futuro.

Para a efetivação e sucesso de novas iniciativas para o Ensino Médio, faz-se imprescindível à

vontade política de inserir os jovens como reais cidadãos, preocupando-se para que eles não

sejam só índices a serem analisados, mas, pessoas em formação, ainda na etapa básica

proposta pelo Sistema de Ensino.

Na faixa etária em que estão os jovens no Ensino Médio, não se justifica um ensino

conteudista, sem que vejam a ligação intrínseca com suas vidas; por outro lado, não se

podem minimizar os conteúdos em nome de um ensino mais “prático”, o que acarretaria

menores condições de igualdade para a vida em sociedade.

O Ensino Médio precisa de qualidade, uma matriz com conteúdos que ofereçam significado

aos estudantes e uma metodologia em prol da aprendizagem real e significativa para os

estudantes, a fim de formar jovens para a vida em sociedade e a preparação para o mundo

do trabalho, independente da classe social em que estejam inseridos.

Ilustrando a situação atual do Ensino Médio em São Vicente Férrer, o Quadro 9 apresenta as

matrículas iniciais no período de 2011 a 2013.

Quadro 9: Taxa de Matrícula do Ensino Médio por dependência administrativa de 2012 a

2014.

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA

2011 2012 2013

ESTADUAL 522 554 606

MUNICIPAL 286 246 222

PRIVADA 0 0 0

TOTAL 808 800 828

Fonte: EDUCACENSO, INEP.

26

Considerando os dados apresentados no quadro 9, observa-se que a matrícula do Ensino

Médio é constante, ou seja, a um pequeno crescimento de 2012 para 2013, sendo de 3,5%.

Gráfico 15 : Taxa de Aprovação no Ensino Médio, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Gráfico 16: Taxa de Reprovação no Ensino Médio, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Gráfico 17: Taxa de Abandono no Ensino Médio, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

0

20

40

60

80

100

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

0

5

10

15

20

25

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

0

5

10

15

20

25

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

27

Gráfico 18: Taxa de Distorção idade/série no Ensino Médio, por dependência administrativa.

FONTE: EDUCACENSO/INEP

Observamos nos gráficos 16 a 18 que a rede privada não faz atendimento do Ensino Médio,

bem como deixam evidentes as diferenças entre os resultados das Redes Municipal e

Estadual no Ensino Médio. Cabe um destaque a taxa de reprovação da Rede Municipal,

passando de 7,8% no ano de 2011 para 20%, entretanto, volta a cair para 10% em 2013. As

taxas de abandono também têm seus percentuais maiores na Rede Municipal, tendo uma

diminuição significativa no ano de 2013. Finalizando a análise dos gráficos do bloco, pode-se

observar que a distorção idade-série alcança patamares menores na Rede Estadual.

O acesso ao EM gratuito e de qualidade deve ser garantido a todos, em especial, aos que a

ele não tiveram acesso na idade adequada e às pessoas com deficiência.

O maior desafio é garantir condições de acesso ao Ensino Médio a todos que concluíram o

Ensino Fundamental, de forma que este cumpra a finalidade de ser, efetivamente, a etapa

final da Educação Básica e contribua para que o indivíduo possa alcançar seu pleno

desenvolvimento e exercício da cidadania, além de se inserir no mundo do trabalho e dar

prosseguimento nos níveis educacionais mais elevados.

B – EDUCAÇÃO SUPERIOR

1. ENSINO SUPERIOR

O Ensino Superior no Brasil é oferecido por Universidades, Centros Universitários,

Faculdades, Institutos Superiores e Centros de Educação Tecnológica. O cidadão pode optar

por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Os cursos de

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2011 2012 2013

ESTADUAL

MUNICIPAL

28

pós-graduação são divididos entre lato sensu (especializações e MBAs) e stricto sensu

(mestrados e doutorados).

A finalidade do Ensino Superior é a formação de profissionais habilitados para atuarem nas

diferentes áreas e campos de conhecimento, bem como intervirem frente aos problemas

existentes nos distintos contextos e realidades em que se inserem.

A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), órgão do Ministério

da Educação, é a unidade responsável por garantir que a legislação educacional seja

cumprida, para garantir a qualidade dos cursos superiores do País.

Para medir a qualidade dos cursos de graduação no país, o Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) utilizam o

Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos

resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). O IGC usa como base

uma média dos conceitos de curso de graduação da instituição, ponderada a partir do

número de matrículas, mais notas de pós-graduação de cada instituição de ensino superior.

IV - MODALIDADES DE ENSINO

1. Educação de Jovens e Adultos (EJA)

No Brasil as iniciativas oficiais na área da Educação de Jovens e Adultos datam de 1870,

quando são implantadas as "escolas noturnas" para adultos. Por volta de 1930 passam a

receber a designação de "cursos populares noturnos", sendo extintos pela ditadura de

Vargas em 1935.

Com o processo de redemocratização do País, a partir de 1943 tem início um processo de

mobilização em torno da educação de adultos, intensificado com o posicionamento da

UNESCO em favor da “educação de massas" que, como destaca Beisiegel (1974), rompeu

com a orientação até então predominante que buscava constituir uma rede oficial de ensino

primário supletivo por meio do aproveitamento de recursos materiais e humanos das Redes

Estaduais e Municipais.

Em 1947, o Ministério da Educação e Saúde criou o Serviço de Educação de Adultos que, no

mesmo ano, lançou a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, que previa a

implantação de projetos educacionais voltados para o desenvolvimento comunitário de

núcleos urbanos no interior do país.

29

Pela Constituição Federal, a oferta da EJA, no nível Fundamental, é responsabilidade do

Estado e deve ser oferecida gratuitamente a todos os que a ela não tiveram acesso ou

puderam concluir na idade própria.

Nos últimos anos, constata-se a queda das taxas de analfabetismo registrada em todo país,

graças às iniciativas governamentais e não governamentais. Contudo, vários Municípios do

Estado de Pernambuco, entre eles São Vicente Férrer, ainda apresentam uma taxa de

analfabetismo relativamente alta. O Município vem desenvolvendo uma política de

erradicação do analfabetismo, através de várias parcerias para promover a oferta de

oportunidades da alfabetização e de escolarização básica aos jovens e adultos que não

tiveram acesso a esses níveis em idade própria.

O quadro 10 demonstra o quantitativo de matrículas da EJA no Município nos anos de 2012,

2013 e 2014 no tocante ao oferecimento da modalidade de ensino da Educação de Jovens e

Adultos – EJA. É importante destacar que no município só a rede pública oferta matrículas

para modalidade EJA.

Quadro 10: Matrículas na Modalidade de Jovens e Adultos

Fonte: INEP/EDUCACENSO

Analisando os dados de matrículas da EJA, identifica-se uma tendência de redução no

quantitativo real de matrículas. Mesmo assim, convém destacar que a oferta de vagas, por

sua vez, não reduziu. Esse fenômeno evidencia uma tendência de aumento da escolarização

na idade certa, somando ao aumento da taxa de expectativa de vida da população.

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA/ANO

2012

2013

2014

PRESENCIAL PRESENCIAL PRESENCIAL

FUND. MÉDIO FUND. MÉDIO FUND. MÉDIO

ESTADUAL 0 0 0 0 0 0

MUNICIPAL 653 0 569 0 306 0

PRIVADA 0 0 0 0 0 0

TOTAL 653 0 569 0 306 0

30

2. Educação Especial

Em termos educacionais, a Educação Especial no Brasil se organizou como atendimento

educacional especializado, a fim de substituir o isolamento das pessoas com deficiência que

estavam segregadas nas instituições, as quais passaram a ter formas de convívio com a

sociedade geral. Como alternativas para a segregação total foram criadas escolas especiais,

classes especiais e organizações especializadas que orientavam suas práticas através de um

atendimento clínico terapêutico. Assim, esse público de estudantes deveria ser capacitado

para conviver com o outro, ser avaliado, podendo ser ou não aceito no grupo ou na

sociedade. Desse modo, a ideia de que a pessoa com deficiência deveria usufruir todas as

oportunidades oferecidas no convívio social, só seria possível por meio de uma

reorganização na estrutura física e do rompimento com a ideologia normatizadora,

enraizada na sociedade.

Nessa perspectiva, a fim de minimizar a segregação de pessoas com deficiência do sistema

de ensino comum e favorecer o que foi denominado por Inclusão Social, a partir da década

de 1990, o movimento pela Escola Inclusiva propiciou uma gradativa reforma no sistema

educacional brasileiro, a qual continua até os dias atuais.

Os efeitos desses princípios podem ser percebidos no interior dos textos que regem a

Educação Inclusiva, inicialmente na LDBEN 9.394/96 e nas Diretrizes da Educação Especial na

Educação Básica (CNE/CEB 2001) e, mais recentemente, na Política Nacional de Educação

Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva (SEESP/MEC, 2007), no Decreto nº

6.571/2008, que dispõe sobre o atendimento educacional especializado e na Resolução

4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado

na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Conforme destaca a Lei Federal nº

10.172/2001, “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a

construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”.

Desta forma, a Educação Especial deve ocorrer em todas as instituições que ofereçam os

níveis, etapas e modalidades da educação escolar previstos na LDBEN, de modo a propiciar o

pleno desenvolvimento das potencialidades sensoriais, afetivas e intelectuais do estudante,

mediante um projeto pedagógico que contemple além das orientações comuns o

cumprimento dos 200 dias letivos/ 800 horas aula, meios para recuperação e atendimento

do estudante, avaliação e certificação, articulação com as famílias e as comunidades – um

conjunto de outros elementos que permitam definir objetivos, conteúdos e procedimentos

relativos à própria dinâmica escolar.

Conforme quadro 11, o atendimento educacional no âmbito da Educação Especial no

Município de São Vicente Férrer ainda é muito incipiente, visto que apenas 23 estudantes

foram matriculados em 2014 em classes ou escolas especiais, incluídos nas classes comuns

31

de ensino. É necessário fazer um levantamento da situação dos estudantes com deficiência,

tanto dos que estão na escola, quanto os que estão fora da escola para que haja um melhor

atendimento a essa população.

Quadro 12: Matrícula da Educação Especial de 2014

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

NÍVEIS/ MODALIDADES

CRECHE PRÉ-

ESCOLA

E. F. ANOS

INICIAIS

E. F. ANOS FINAIS

MÉDIO ED.

PROFICIONAL EJA

FUND. EJA

MÉDIO

ESTADUAL 0 0 0 0 0 0 0 0

MUNICIPAL 0 13 1 1 0 0 0 0

PRIVADA 1 2 2 2 0 0 0 0

TOTAL 1 15 3 3 0 0 1 0

Fonte: EDUCACENSO, INEP

Cabe ao atendimento educacional especializado elaborar e organizar recursos pedagógicos e

acessibilidade que eliminem as barreiras e garantam a plena participação dos estudantes,

considerando suas necessidades específicas.

3. Educação Profissionalizante

Segundo o artigo 39 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, nº.

9.394/96, a Educação Profissional é caracterizada como uma modalidade específica de

ensino, definida como: “A Educação Profissional, integrada às diferentes formas de

educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva”, o que deixa clara sua independência em relação ao ensino

regular, o reconhecimento de sua importância no contexto nacional e o propósito de

promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, definidas pelo Conselho Nacional de

Educação, a Educação Profissionalizante deve ser desenvolvida por meio de cursos e

programas de Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores (cursos básicos), Educação

Profissional Técnica de Nível Médio e Educação Profissional Tecnológica em nível de

graduação e pós-graduação.

Evidencia-se no acima exposto, que a Educação Profissionalizante estende-se dos níveis mais

elementares aos mais elevados de escolaridade, como os de aperfeiçoamento e atualização

oferecidos a graduados e pós-graduados. Neste sentido, a Educação Profissional contempla

o pressuposto de que não deva ser uma situação estanque, mas um processo permanente

32

que englobe cursos e programas que oportunizam o desenvolvimento contínuo e articulado

de estudos na perspectiva de constante qualificação e aperfeiçoamento do trabalhador. `

É necessária a oferta desta modalidade de ensino no sentido de proporcionar ao Município,

condições de crescimento ordenado e desenvolvimento sustentável.

As condições climáticas e o solo favorecem a área agrícola e a pecuária, possibilitando a

implantação de cursos técnicos voltados para as referidas áreas, além do comércio, das

pequenas indústrias de beneficiamento dos produtos tais como: banana, uva, etc.

O avanço tecnológico apresenta demanda que poderá ser suprida com a oferta de cursos de

pintura em tela, artesanato, música, cursos básicos de desenho, corte e costura, cabelereiro,

mecânica em geral, tapeçaria, secretariado. Sendo todos esses cursos oportunidades

geradoras de emprego e renda para o município, que poderá buscar parceria com

instituições de ensino, para que a partir das vocações identificadas nos setores produtivos,

qualificar e requalificar os conhecimentos dos trabalhadores.

Assim, o Município oportunizará aos seus cidadãos formação profissional, tornando-os aptos

ao novo mercado de trabalho, possibilitando o desenvolvimento sustentável que gerará

benefícios em favor de todos.

4. EDUCAÇÃO DO CAMPO

A história do meio rural tem sido marcada pela concentração da propriedade, êxodo rural,

resistência e luta pela posse da terra. Não se registrou, no entanto, políticas, no âmbito

nacional, voltadas à fixação do homem e da mulher no campo, oferecendo-lhes condições

dignas para viver.

Embora o Brasil seja um país de origem e predominância agrária, a Educação do Campo não

foi sequer citada nas referências constitucionais até 1891. Essa situação deixou como

herança um quadro de precariedade no funcionamento das escolas do campo.

A falta de condições no meio rural para a sobrevivência do homem permitiu a intensa

urbanização ocorrida nas últimas décadas. Dados divulgados pelo Censo Demográfico 2000

mostram que apenas cerca de um quinto da população do País reside no campo.

A partir da metade dos anos 70, os movimentos sociais assumem um caráter de luta pela

democratização da sociedade, garantindo importantes conquistas populares expressas na

Constituição Federal de 1988.

33

No Setor Educacional esse processo é acentuado com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional nº 9.394/96, que propõe medidas de adequação da escola à vida do campo,

questão que não estava anteriormente contemplada em sua especificidade.

A Lei 10.172/01 que cria o Plano Nacional de Educação não considerou a educação rural

como uma modalidade de ensino, mas, no parecer nº 36/01 do Conselho Nacional de

Educação – CNE/CEB, reconhece que é preciso uma atenção e atuação planejada para a

Educação do Campo, através da resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002, que discorre

sobre as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo. Tais

diretrizes, além de ser uma reivindicação histórica dos povos do campo, significa um

primeiro passo no sentido de resgatar uma dívida com este setor.

A implementação de uma política de Educação do Campo representa medidas essenciais

para transformá-la em espaço de bem estar e qualidade de vida para a sua população,

articulada e integrada às diferentes políticas de desenvolvimento sustentável, com

preservação ambiental, produção e acesso aos mercados.

Quanto ao tipo de organização das escolas do campo no País, o Censo Escolar mostrou que

64% das que oferecem o Ensino Fundamental Anos Iniciais são formadas por turmas

multisseriadas. Nessas escolas, de um lado está à precariedade na estrutura física e do

outro, a falta de condição e a sobrecarga no trabalho do professor.

O Município de São Vicente Férrer, segundo o Censo Escolar Demográfico 2000 do IBGE, a

população é de 16.005 habitantes, concentrando-se 7.098 na zona rural, o que significa uma

taxa de urbanização inferior (44,35%), à zona urbana.

Destacamos que a vocação da região é a agricultura e a pecuária, assim como, consideramos

que grande parte dos trabalhadores dos bairros da periferia urbana é oriunda da zona rural e

que a base de sua sobrevivência ainda é a atividade camponesa, portanto, numa proposta

educacional para as escolas do campo, é bastante coerente atentar para essa parcela

significativa da população, que mesmo estando geograficamente fora do campo, suas vidas

estão vinculadas a vida camponesa.

Construir uma Educação do Campo significa pensar numa escola sustentada no

enriquecimento das experiências de vida, pautada na ética da valorização humana e do

respeito à diferença. Uma escola que proporcione aos seus estudantes opção, como

cidadãos, sobre o lugar onde desejam viver.

V - FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL

34

A valorização dos profissionais da educação é um elemento essencial para a melhoria da

qualidade da educação. Esta somente pode ser obtida mediante uma política global que

incida simultaneamente sobre a formação inicial e continuada, as condições de trabalho,

salário e plano de carreira.

Se por um lado é necessário repensar a formação docente, em vista dos desafios e

demandas que a realidade nos coloca e que requerem profissionais cada vez qualificados e

continuamente atualizados, por outro a articulação entre os sistemas de ensino e as

Instituições de Ensino Superior é fundamental para atualizar, modernizar e melhorar os

cursos de formação para o magistério, em especial, as licenciaturas.

A formação inicial docente em nível superior é fundamental, embora não suficiente, para

que a "melhoria" da educação aconteça. É consensual a afirmação de que no processo de

formação do professor deve-se também levar em conta a "criação de sistemas de formação

continuada e permanente para todos os professores". (MEC, 1999, p.17).

Dentre as políticas educacionais, a formação e o desenvolvimento profissional dos

trabalhadores em educação tem sido uma das mais discutidas e analisadas nas últimas

décadas. Desta forma, é fundamental reconhecer a importância destes profissionais para a

qualidade do ensino público oferecido à população.

É consensual a afirmação de que no processo de formação do professor deve-se também

levar em conta a "criação de sistemas de formação continuada e permanente para todos os

professores". (MEC, 1999, p.17). Entretanto, sabemos que a formação inicial docente em

nível superior é fundamental. Desta forma, podemos afirmar que os professores das Redes

Municipal e Privada, precisam elevar o grau de instrução, é só analisarmos o gráfico 19.

Gráfico 19: Percentual de Docentes da Educação Infantil com Curso Superior Por dependência administrativa

35

Fonte: INEP

Além da formação inicial e continuada, é preciso que a política de valorização e formação do

profissional da educação garanta o acesso a diversos meios e equipamentos que possibilitem

a busca de informações, conteúdos e vivências para a ampliação do conhecimento pessoal

(visitas, excursões, encontros, bibliotecas, computadores, internet).

A política da valorização e formação dos profissionais da educação deverá envolver, além

dos professores, todos os demais profissionais que atuam no processo educativo.

A partir destas considerações, é imprescindível que se tenha um Plano de Cargos, Carreiras e

Vencimentos para todos os profissionais; tempo remunerado para formação e planejamento

das atividades, que o tempo de serviço e a formação sejam reconhecidos e valorizados, que

haja um número máximo de estudantes por turma, melhores condições de trabalho, mais e

melhores recursos didáticos, o que significa qualidade do ensino e valorização dos

profissionais.

Não basta que o curso de formação de professores adote uma proposta pedagógica calcada

em ideais inovadores. Somente o discurso não confere mudança. É necessário que se

estabeleça um processo reflexivo contínuo, individual e coletivo, já que a prática docente

não se estabelece isoladamente, nem por decreto, mas por práticas educativas pautadas na

ação/ reflexão/ ação. Para tanto, é fundamental, como ponto de partida, que o professor

construa sua própria identidade profissional e cultural.

Buscar a formação inicial e garantir a formação continuada e em serviços são mecanismos

que contribuirão para a melhoria da Educação Básica. Portanto, é essencial que as Redes de

Ensino ofereçam formação para todos os profissionais da educação.

0 20 40 60 80 100 120

EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

EJA

EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO EJA

PRIVADA 15,4 35,3 0 0

MUIPALNIC 67,7 62,7 73,3 78,6

ESTADUAL 0 100 97,1 0

Título do Gráfico

36

VI – GESTÃO DEMOCRÁTICA

O atual cenário educacional brasileiro presenciou, nas décadas de 80 e 90, mudanças

significativas em termos econômicos, sociais e culturais. O acesso a tecnologia, a facilidade

na utilização dos meios de comunicação entre outros, gerou um intercâmbio de padrões

sociais e culturais impulsionando as mudanças, pois essas ocorreram de forma acelerada e

desenfreada. O que fará com que haja mais cobrança quanto à competência técnica dos

sujeitos e uma maior apropriação do conhecimento. Sendo assim, a educação tem papel

muito importante na formação das pessoas, porque é através do conhecimento que o ser

humano se conscientiza e tem total domínio de sua condição de sujeito histórico e social.

Diante da atual conjuntura, a educação pública precisa passar por mudanças significativas,

aprimorando e primando pela qualidade. Para que isso ocorra, é necessário um

redirecionamento das políticas educacionais, a reflexão das responsabilidades e

competências dos diferentes níveis governamentais para com a democratização da

educação nacional.

A gestão democrática revela a necessidade de construir e pensar numa escola que se

caracterize pela participação de todos os envolvidos. Segundo AZEVEDO (2006, p. 510), “A

gestão democrática no sistema educacional público abre possibilidades para que se construa

uma escola pública de qualidade, que atenda aos interesses da maioria da população

brasileira além de representar uma possibilidade de vivência e aprendizado da democracia,

podendo, portanto tomar um sentido diferenciado”. A participação da comunidade em geral

aponta a descentralização na tomada de decisões, fomentando o diálogo, as discussões, a

avaliação e o compartilhamento de responsabilidades, pois a participação plena de todos os

segmentos educacionais e da sociedade é de fundamental importância para consolidação de

uma educação de qualidade.

A gestão democrática do ensino público é referenciada no art. 206 da Constituição Federal e

na LDBEN 9394/96, em seu art. 3º. Por sua vez, o Plano Nacional de Educação/2001,

reafirma o princípio da gestão democrática e destaca a implantação de conselhos escolares e

outras formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do funcionamento

das instituições de educação e enriquecimento das oportunidades educativas e recursos

pedagógicos.

É evidente ressaltar que a participação e a gestão democrática são processos que se

constroem na experiência do cotidiano e no compartilhamento de valores e objetivos

coletivos. Assim, este PME traz como princípio norteador a garantia da participação dos

segmentos sociais e da comunidade escolar nas decisões relacionadas à Educação. Todos os

cidadãos devem ter consciência que são corresponsáveis pela materialização e defesa da

educação. Os canais e as instâncias de democratização da gestão possibilitam a superação

dos grandes desafios que foram impostos pela sociedade moderna, que dizem respeito a

uma nova forma de pensar e compreender o mundo e, em especial, como agir e interagir

nas relações pessoais, de trabalho e de poder.

37

As demandas por melhor qualidade de vida permanecem latentes, geradas por tensões

causadas pelas injustiças de um plano de globalização dos problemas e para vencê-los

compete a cada um de nós, construirmos a democracia e conquistar novos espaços. É

necessário participar da vida e das ações em comunidade, promovendo certa flexibilidade e

descentralização no âmbito escolar e nas definições de políticas educacionais. Muitos

problemas precisam ser superados nessa direção, mas novos caminhos e iniciativas devem

ser implementados. É através da dimensão ética, da oportunidade de conhecer um ao outro,

considerando suas especificidades, suas singularidades, criando laços de confiança e

formando uma rede de solidariedade, na perspectiva de compreender a política de

educação, tendo-a como compromisso e responsabilidade social para se buscar condições e

formas de garantir às crianças, jovens e adultos o direito inalienável da educação.

A Secretaria Municipal de Educação de São Vicente Férrer tem o compromisso de firmar o

processo democrático nas escolas através do fortalecimento dos Conselhos Setoriais da

Educação, da organização dos Grêmios Estudantis, da implantação e implementação dos

Conselhos Escolares, da avaliação da atuação dos gestores escolares, da busca de um maior

envolvimento da comunidade escolar na construção e vivência dos projetos políticos

pedagógicos, da implantação de fóruns educacionais sobre os processos e o atendimento

educacional. Os processos administrativos da gestão da educação devem se pautar nos

instrumentos de monitoramento e avaliação para garantir uma educação de qualidade para

toda a população de São Vicente.

Um dos mais significativos desafios da gestão educacional é formar cidadãos críticos e

participativos, garantindo a conquista da cidadania, ampliando os debates e as discussões

oportunizadas pela gestão municipal. A gestão democrática não deve ser confundida com

soberania ou liberdade para desrespeitar a legislação, é na verdade a efetivação do controle

social, definindo competências específicas, dotando os sujeitos de novas capacidades

humanas, políticas e técnicas. Isto deve ocorrer tanto na Secretaria de Educação quanto nas

escolas, tendo como meta o desenvolvimento e a garantia de uma gestão responsável e

comprometida em viabilizar o direito de aprender da população.

A educação é uma responsabilidade do Estado e da sociedade e não apenas de um órgão.

Para que a gestão da educação seja eficaz e eficiente. É necessário dividir as

responsabilidades, porque a educação é um todo integrado, logo não podemos dissociá-la.

Portanto, a escola deve estar voltada para a construção da autonomia e democracia dos

saberes. A gestão educacional e democrática deve estar orientada a agir por processos

dinâmicos pactuados e construídos coletivamente pelo conhecimento e norteada pela

afetividade. A escola é o local onde o conhecimento deve ser consolidado e materializado e

a democratização de ações estreitará os laços de responsabilidade e de compromisso entre

todos os cidadãos.

38

VII – FINANCIAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS

A Constituição Federal em seu art. 211 define que a União aplicará, anualmente, nunca

menos de dezoito por cento de sua receita líquida de impostos (excluídas as transferências).

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem aplicar vinte e cinco por cento, no

mínimo, da receita líquida resultante de impostos, inclusive a proveniente de transferências,

na manutenção e desenvolvimento do ensino público. Prevê ainda o salário-educação, como

fonte adicional de financiamento na Educação Básica.

Em 1996, as leis 9.394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e a nº. 9.424, que

regulamentaram o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

Valorização do Magistério (FUNDEF – extinto posteriormente), e lei nº 11.494/07 que criou o

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação (FUNDEB) trouxeram modificações no cálculo dos recursos

destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a mudança constituiu-se na proibição da

inclusão nos 25% de gastos com merenda escolar, assistências médicas, odontológicas e

sociais, além de medicamentos, o que não significa que não possa realizar despesas desta

natureza. Porém, se realizadas, não serão computadas dentro do percentual de 25%

destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino.

O Município deve ter sua atuação prioritária no Ensino Fundamental e na Educação Infantil,

conforme preconiza o art. 11, inciso V da LDBEN, permitida a oferta de outros níveis de

ensino somente quando estiverem supridas, de forma plena, as necessidades de sua área de

competência e com recursos acima dos percentuais definidos no artigo 212 da Constituição

Federal. A LDBEN inova quanto ao financiamento do ensino, quando em seu texto (artigo 69,

§ 5º) dispõe que os recursos constitucionalmente vinculados sejam disponibilizados, em

conta específica, para o órgão responsável pela educação. Renova também em seus artigos

70 e 71, quando disciplina os gastos com a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

(MDE), com a criação de um arcabouço legal foi reduzida as manobras contábeis que

historicamente foram utilizadas para desviar os recursos que estão legalmente vinculados.

A Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000 não reduziu as fontes de financiamento

garantidas constitucionalmente, mas trouxe mudanças na forma de gerenciar os recursos

vinculados ao financiamento do ensino, pois impôs ao gestor público uma série de

limitações, disciplinando rigorosamente o uso do recurso. O rigor fiscal da lei tem dificultado

avanços salariais para os trabalhadores em educação, impondo-lhes, em alguns casos

salários defasados em relação ao crescimento inflacionário. Com a exigência imposta ao

poder público, para adequar-se à Lei de Responsabilidade Fiscal, a valorização profissional

39

reivindicada pelos trabalhadores em educação nem sempre é cumprida na íntegra,

considerando que o gestor público deve seguir as orientações da Lei de Responsabilidade

Fiscal.

A educação pública vem sofrendo alguns cortes orçamentários. Até mesmo o Governo

Federal, que aplica somente 3,7% do Produto Interno Bruto – PIB, percentual muito baixo,

quando comparado com qualquer parâmetro internacional (dados fornecidos pela

Confederação Nacional dos trabalhadores em Educação – CNTE), vem reduzindo as verbas

com a educação ao longo dos últimos dez anos. Os reflexos da política econômica federal

atingem as redes públicas estaduais e municipais, em decorrência da priorização da

Educação Básica e do Ensino Superior.

No que se refere à gestão da Educação Municipal, é preciso uma estrutura organizacional

para que a Secretaria de Educação possa definir, executar e coordenar a política

educacional, envolvendo as dimensões: administrativa, pedagógica, financeira e de

planejamento, no sentido de garantir condições de funcionamento das Unidades de Ensino,

possibilitando um melhor funcionamento da educação púbica, visando resultados

qualitativos e quantitativos.

VIII - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Plano Municipal de Educação de São Vicente Férrer foi elaborado com a participação e o

envolvimento de representantes dos Profissionais da Educação das Redes de Ensino:

Estadual, Municipal e Privada, vários segmentos da sociedade civil organizada e de

representante do Poder Legislativo, considerando o que preconiza a Lei Federal nº 13.005

em seu Art. 8º. Para isso, ocorreram reuniões técnicas, estudos, levantamento de dados para

organização do diagnóstico, na perspectiva da adequação das metas e estratégias do Plano

Municipal vigente às metas do PNE, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação.

Este documento representa os compromissos pactuados entre os munícipes que serão

concretizados em ações que materializem as metas que foram planejadas para a próxima

década.

De acordo com o Art. 3º da Lei 10.172 que instituiu o 1º Plano Nacional de Educação, o

acompanhamento da execução das metas e avaliação do Plano Municipal de Educação é

incumbência do Poder Legislativo, da sociedade civil organizada através de seus

representantes, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente, Conselhos Tutelares, Conselho de Acompanhamento e Controle

Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do

Magistério (FUNDEB), Conselho Municipal de Alimentação Escolar, das Conferências

Municipais de Educação, Fórum Municipal de Educação e dos órgãos da estrutura

organizacional da Secretaria Municipal de Educação.

40

Nessa perspectiva, a avaliação do Plano Municipal de Educação requer inicialmente um

acompanhamento sistemático para a legitimação e continuidade das políticas definidas pela

sociedade e comunidade escolar que participaram do fórum de educação, no processo de validação

das metas deste Plano. O Plano Municipal de Educação poderá ser adaptado, considerando as novas

exigências que forem surgindo, embasadas pelo acompanhamento efetivo da sociedade. Dentre as

metas previstas neste PME, devem-se ressaltar aquelas que necessitam de aporte financeiro por

parte da União e do Estado para cumprimento do estabelecido; visto que o PME enfatiza as parcerias

e as articulações para que se efetive o direito à educação com qualidade social.

Compete às equipes de avaliação e de monitoramento fazer o acompanhamento da

execução das metas, priorizando aquelas relativas aos indicadores de aprendizagem

produzidos a cada ano, utilizando os dados e análises qualitativas e quantitativas do Sistema

de Avaliação do Ensino Básico (SAEB) e da própria sistemática de avaliação institucional da

Secretaria Municipal de Educação de forma contínua. Cabe à Secretaria Municipal de

Educação a disponibilização de todas as informações necessárias ao acompanhamento e

fiscalização deste plano, cuja finalidade precípua é repactuar metas e redirecionar

estratégias que possibilitem a consolidação deste PME.

Assim sendo, anualmente a comissão reunir-se-á para análise e controle das metas, dos

avanços, em relação à qualificação dos espaços físicos escolares e dos profissionais da

educação. À comissão técnica cabe a verificação dos índices de aprovação, reprovação e

evasão, tendo em vista a correção do fluxo escolar, bem como a permanência com sucesso

do estudante na escola e, especialmente, garantir a universalização do Ensino Fundamental.

O Plano Municipal de Educação consolida um desejo e um esforço histórico da continuidade

educacional de São Vicente Férrer. Sua aprovação pela Câmara Municipal reafirma o

compromisso da sociedade consigo mesma, contribuindo para a construção de práticas

capazes de provocar a grande mudança proposta neste Plano Municipal de Educação.

X - METAS E ESTRATÉGIAS

1. EDUCAÇÃO INFANTIL

META 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil para as crianças de 4 (quatro) e 5

(cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creche, atendendo a 50%

da população de 0 a 3 anos e onze meses, durante a vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS

1.1 - Construir 02(dois) Centros Municipais de Educação Infantil para atendimento à faixa

etária de 0 a 5 anos e onze meses, até o final da vigência deste PME, atendendo aos padrões

mínimos de infraestrutura, em regime de colaboração com a União;

41

1.2 - Garantir para os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação atendimento educacional especializado, de forma

complementar e suplementar em salas de recursos multifuncionais, preferencialmente, na

rede regular de ensino ou em serviços especializados públicos ou comunitários, adequando

mobiliário, equipamento e materiais pedagógicos às características das crianças com

deficiências, com a colaboração do Estado e da União;

1.3- Articular os órgãos da educação, da saúde e da assistência social para apoiar à criança e

às famílias nos casos de violência doméstica, desagregação familiar e demais situações de

vulnerabilidade social;

1.4 - Reformar, de acordo com os padrões mínimos de infraestrutura, os prédios públicos

que necessitam de adaptações para atendimento da educação infantil, subsidiando o

planejamento para sua execução durante a vigência deste PME;

1.5- Ampliar e manter as creches e os Centros de Educação Infantil do município, garantindo

melhores condições de infraestrutura e materiais didático-pedagógicos em regime de

colaboração;

1.6 - Viabilizar a execução deste PME para a Educação Infantil, com base nas diretrizes

nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestões dos referenciais

curriculares nacionais;

1.7 – Viabilizar para que todas as instituições de Educação Infantil tenham sistematizado,

com a participação dos profissionais da educação, seus projetos político-pedagógicos;

1.8 – Estabelecer, no prazo de um ano após o início de vigência deste PME, nos

estabelecimentos públicos e privados, visando à melhoria da qualidade e à garantia do

cumprimento dos padrões mínimos estabelecidos pelas diretrizes nacionais e estaduais, em

conjunto com o Conselho Estadual de Educação, um sistema de acompanhamento, controle

e supervisão da Educação Infantil.

1.9 - Assegurar alimentação escolar para as crianças da Educação Infantil, atendidos nos

estabelecimentos públicos e conveniados, através da colaboração financeira da União e do

Estado;

1.10 - Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes escolares,

garantindo o atendimento das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que

atendam aos Parâmetros Nacionais de Qualidade, articulando-o à etapa escolar seguinte;

1.11 - Sistematizar a política para Educação Infantil com a participação dos profissionais em

educação desse nível de ensino, contemplando as diretrizes nacionais e as normas

complementares estaduais, durante a vigência deste PME;

1.12 - Estimular o acesso à educação infantil em tempo integral para as crianças de zero a

cinco ano; considerando o estabelecido nas diretrizes Curriculares Nacionais para educação

infantil;

1.13 – Promover a formação continuada para os profissionais da Educação Infantil,

considerando as peculiaridades deste nível de ensino, na perspectiva do desenvolvimento

psicomotor, social, cognitivo e afetivo das crianças;

1.14 - Realizar levantamento da população para atendimento da Educação Infantil em

creches e pré-escolas, como mecanismo de planejamento e verificação do atendimento;

42

1.15 - Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das

crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência

de renda, em colaboração com a família, os setores da educação, da saúde, da assistência

social e dos conselhos tutelares;

1.16 - Realizar estudos sobre o custo da Educação Infantil com base nos parâmetros de

qualidade social, com vistas a melhorar a eficiência e eficácia, garantindo a qualidade do

atendimento;

1.17 - Articular parcerias com Instituições de Ensino Superior, na perspectiva da garantia de

pesquisas e cursos de formação para profissionais da educação, bem como para elaboração

de currículos e proposta pedagógica que apresente pesquisas ligadas ao processo de ensino

e de aprendizagem inerente ao atendimento da população de 0 (zero) a 5 (cinco) anos;

1.18 - Implantar, até o segundo ano de vigência deste PME, avaliação da educação infantil,

com realização a cada dois anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de

aferir à infraestrutura física, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos

pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores;

1.19 - Garantir a aplicação dos recursos do FUNDEB, de forma adequada, na manutenção e

desenvolvimento da educação infantil no Município.

1. ENSINO FUNDAMENTAL

META 2: Universalizar o atendimento do Ensino Fundamental para a população de 06 aos 14 anos,

e garantir que 85% dos estudantes concluam essa etapa na idade certa, até o último ano de

vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS

2.1 – Construir 02(duas) escolas, atendendo aos padrões mínimos de infraestrutura para o

Ensino Fundamental, durante a vigência deste PME, garantindo acessibilidade às pessoas

com deficiência, quadra esportiva, área de recreação e biblioteca, laboratórios de:

informática e ciências, atualização e ampliação do acervo das bibliotecas e/ou salas de

leituras, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos de informática e de multimídia,

de acordo com a legislação vigente;

2.2- Ampliar e reformar as Unidades de Ensino do município garantindo melhores condições

de infraestrutura e materiais didático-pedagógicos para as unidades de ensino;

2.3- Regularizar, em dois anos 15% e em 05 anos 40%, o fluxo escolar reduzindo as taxas de

repetências e evasão, através da implementação de políticas e de programas que garantam

o direito à aprendizagem, enfrentando os fatores internos ao sistema que provocam essa

situação, garantindo uma efetiva aprendizagem e desenvolvimento humano dos estudantes;

2.4- Incentivar a participação dos pais e/ ou responsáveis no acompanhamento da

aprendizagem e das atividades pedagógicas dos filhos, estreitando as relações entre escola,

família e comunidade;

43

2.5- Garantir que todas as unidades de ensino da rede municipal construam e implementem

o seu projeto político-pedagógico;

2.6- Viabilizar a instalação de laboratórios de informática nas unidades de ensino em

parceria com o Ministério da Educação, estimulando o uso de tecnologias educacionais que

possibilitem novas práticas pedagógicas;

2.7- Apoiar os programas e os projetos educacionais desenvolvidos nas unidades escolares,

articulando as atividades dos mesmos aos Projetos Político- Pedagógicos das escolas;

2.8 - Implantar bibliotecas e /ou salas de leituras nas unidades escolares, durante a vigência

deste PME, e ampliar o acervo das já existentes, na perspectiva da elevação do patrimônio

cultural das crianças, jovens e adultos;

2.9 – Articular com o conselho tutelar para acompanhamento efetivo da frequência e da

infrequência escolar dos estudantes, na perspectiva da redução dos indicadores de evasão e

repetência escolar;

2.10- Criar mecanismo para acompanhamento individualizado dos (as) estudantes do ensino

fundamental;

2.11- Promover a busca ativa de crianças, de adolescentes e de jovens que estejam fora da

escola, em parceria com as Secretarias de: Saúde, Educação Assistência Social e os Órgãos

de Proteção à Infância, Adolescência e Juventude;

2.12- Assegurar transporte escolar para os (as) estudantes da zona rural com a colaboração

financeira da União e do Estado, assegurando a elevação da escolarização dos estudantes do

campo.

META 3: Garantir a alfabetização de 100% das crianças, no máximo, até o final do terceiro

ano do ensino fundamental.

ESTRATÉGIAS

3.1 – Instituir um sistema de avaliação para monitoramento e acompanhamento da

melhoria da qualidade do Ensino Fundamental;

3.2 – Acompanhar e monitorar as turmas do ciclo da alfabetização, através de apoio

pedagógico específico, a fim de garantir o direito de aprendizagens das crianças;

3.3 - Garantir a formação continuada dos docentes das turmas do ciclo de alfabetização para

uma melhor organização e reorganização dos processos pedagógicos;

3.4- Fomentar o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras que garantam a

alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar, bem como a aprendizagem dos

estudantes;

44

3.5 – Instituir parceria com Instituições de Ensino Superior e de formação de professores no

sentido de articular a formação inicial às diretrizes do currículo do primeiro ciclo dos anos

iniciais no ensino fundamental;

META 4: Oferecer Educação de Tempo integral para 15% das escolas da rede municipal,

durante a vivência deste PME, na perspectiva da promoção do desenvolvimento integral

dos (as) estudantes.

ESTRATÉGIAS

4.1- Implantar progressivamente, com o apoio da União, Escolas Municipais de Tempo

Integral, ampliando os tempos, os espaços e as oportunidades formativas, numa perspectiva

multidisciplinar, atrelando as atividades do currículo da base comum às atividades

recreativas, esportivas e culturais para o desenvolvimento integral do (a) estudante;

4.2- Assegurar a permanência do estudante durante 8h (oito horas) diárias nas Unidades de

Ensino Municipais;

4.3 - Prover as escolas de tempo integral com equipamentos e recursos tecnológicos

necessários para a proficiência pedagógica e eficácia da gestão;

4.4 - Promover Formação Continuada em serviço para o corpo docente e para os demais

funcionários, na perspectiva da melhoria da ação educativa;

4.5 - Melhorar a infraestrutura das escolas dentro de padrões arquitetônicos e mobiliários

na perspectiva da oferta da educação integral, com apoio da União;

4.6 - Estimular a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e

esportivos, integrando os equipamentos públicos, a escola e a comunidade para

desenvolvimento de atividades educacionais;

4.7 - Priorizar escolas de tempo integral, considerando consulta popular em relação à

demanda e as peculiaridades locais.

META 5: Elevar os indicadores de educação básica da rede municipal de ensino em 40 %,

durante a vigência deste PME.

Ensino Fundamental

IDEBs Observados Metas Projetadas pelo MEC

2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2021 2023

Anos Iniciais 3,1 2,7 2,8 3,3 3,4 3,2 3,5 3,9 4,2 4,7 5,4 5,7

Anos Finais 2,4 2,1 2,2 3,2 3,2 2,5 2,7 3,0 3,4 4,3 4,7 5,0

Fonte: INEP

ESTRATÉGIAS

5.1- Definir metas de crescimento da aprendizagem para as unidades de ensino, com a

participação dos educadores, educadores de apoio e gestores escolares;

45

5.2- Acompanhar, bimestralmente a frequência e os rendimentos internos de aprendizagens

das unidades escolares, por meio dos conselhos de classe, na perspectiva da melhoria do

ensino, criando estratégias para as turmas e componentes curriculares de baixos

rendimentos;

5.3 - Aprimorar os instrumentos de avaliação da aprendizagem da rede de ensino, elevando

os níveis de proficiência dos (as) estudantes da rede municipal nas avaliações externas

(SAEPE e PROVA BRASIL);

5.4 – Utilizar os resultados das avaliações externas como mecanismo para redirecionamento

da ação docente;

5.5 - Utilizar os resultados obtidos nas avaliações internas e externas como instrumentos

norteadores para organização e realização da formação continuada dos professores;

5.6 – Apoiar pedagogicamente, através de ações e atividades, as escolas com os menores

IDEB’s da Rede Municipal;

5.7 – Adquirir equipamentos para as escolas da rede de ensino e reestruturá-las, em regime

de colaboração financeira com a União;

5.8 – Favorecer o desenvolvimento da competência leitora e a capacidade de produção

escrita dos (as) estudantes da rede de ensino, através da articulação dos programas de

leitura às diretrizes do Plano Nacional do Livro Didático e da Leitura.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

META 6: Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a oferta da

Educação de Jovens e Adultos para 30% da população de 15 anos ou mais que não

concluiu a escolaridade básica, diminuindo o analfabetismo absoluto e reduzindo em 30%

a taxa de analfabetismo funcional.

ESTRATÉGIAS

6.1 - Assegurar a oferta de vagas na Educação de Jovens e Adultos de forma a atender a

população, com a faixa etária a partir dos 15 anos de idade no período de vigência deste

PME;

6.2 - Elaborar estratégias de monitoramento para acompanhamento individual dos

estudantes da Educação de Jovens e Adultos, no prazo de 05 anos da vigência deste PME,

utilizando-se de processos informatizados;

6.3 - Estabelecer, a partir de um ano de vigência deste PME, políticas que favoreçam

parcerias para aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade para oferta

da Educação de Jovens e Adultos, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de

Educação, sempre que necessário e possível;

6.4 - Realizar fóruns e seminários para levantamento, avaliação, divulgação dos resultados e

socialização de experiências exitosas em Educação de Jovens e Adultos;

46

6.5 – Adotar medidas para inserção do idoso analfabeto nas políticas para a Educação de

Jovens e Adultos do Município;

6.6 - Viabilizar o fornecimento de material didático-pedagógico adequado às necessidades

de aprendizagem dos (as) estudantes da Educação de Jovens e Adultos, com a colaboração

da União, atentando para as especificidades regionais;

6.7 – Assegurar o cumprimento das metas, definidas no Plano Municipal de Educação

através da realização de fóruns e de seminários que disseminem os resultados das

aprendizagens dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos, objetivando o cumprimento

das metas definidas este PME;

6.8 – Articular as políticas de educação de jovens e adultos com as culturais, objetivando a

ampliação dos níveis de oportunidades de acesso a bens culturais em diferentes linguagens

para professores e estudantes da Educação de Jovens e Adultos;

6.9 – Formalizar parceria com a Secretaria Estadual de Educação para garantia da

continuidade dos estudos dos (as) estudantes da EJA quando da conclusão do Ensino

Fundamental.

META 7: Associar ao Ensino Fundamental a oferta de cursos básicos de formação

profissional para 25% dos estudantes jovens e adultos.

ESTRATÉGIAS

7.1- Agregar ao Ensino Fundamental para jovens e adultos a oferta de cursos básicos de

formação profissional durante a vigência deste PME, sempre que possível;

7.2- Articular com instituições formadoras (SENAI, SESI, SESC, SENAC) e ONGs na perspectiva

da oferta de formação profissional inicial aos estudantes jovens e adultos, em cumprimento

das metas definidas neste PME;

7.3 - Estabelecer parceria com o Estado para manutenção do Programa Nacional de Jovens e

Adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional inicial;

7.4 – Viabilizar políticas tanto de criação de empregos quanto de proteção contra o

desemprego de jovens e adultos com as de geração de empregos; desenvolvendo junto às

escolas, estudos e discussões que abordem as questões relacionadas ao mundo do trabalho.

4 - EDUCAÇÃO ESPECIAL

META 8: Universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento

escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

ESTRATÉGIAS:

8.1- Adequar as escolas da Rede Municipal para o atendimento dos estudantes com

deficiência e Transtornos do Espectro Autista (TEA), altas habilidades e superdotação,

garantindo a acessibilidade arquitetônica e urbanística, bem como mobiliários em todas as

escolas da Rede, durante a vigência deste PME;

47

8.2- Implantar, durante a vigência deste PME, Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas

da rede de ensino municipal, para suplementar e complementar o atendimento educacional

especializado realizado em classes comuns da rede regular de ensino em parceria com a

União;

8.3 – Disponibilizar, em parceria com o MEC/FNDE, transporte adaptado para o translado

dos estudantes com deficiência física residentes nas áreas urbana e rural durante a vigência

deste PME;

8.4- Assegurar o atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência,

Transtorno do Espectro Autista (TEA), altas habilidades e superdotação, articulando-o ao

ensino regular;

8.5 – Implantar programas de informática educativa e fornecer equipamentos de informática

aos serviços de apoio pedagógico especializado como suporte à aprendizagem dos

estudantes com deficiência, com a colaboração financeira da União;

8.6 – Organizar um banco de dados, com todas as informações dos estudantes com

deficiência para um melhor acompanhamento e avaliação da eficácia dos serviços voltados à

educação especial;

8.7 – Realizar, em parceira com a Secretaria de Saúde e outras Instituições, exames de

acuidade visual e auditiva em todas as escolas municipais para detectar deficiências e para

oferecer apoio aos estudantes que apresentarem deficiências nessas áreas.

8.8 - Adquirir material didático adequado: livros didáticos em braile (ou caracteres

ampliados) para os estudantes cegos e os de visão subnormal para todos os níveis e

modalidades de ensino.

8.9 - Adquirir equipamentos e materiais pedagógicos adequados às necessidades específicas

dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, durante a vigência deste Plano, na perspectiva de facilitar a

aprendizagem;

8.10 - Assegurar a inclusão de ações, de recursos e de estratégias voltados aos estudantes

com deficiência transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

no Projeto Político- Pedagógico das unidades de ensino;

8.11 - Articular parcerias com instituições governamentais e não governamentais nas áreas

de: deficiência física, auditiva, visual, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação para atendimento dos estudantes matriculados na rede

municipal;

8.12 - Estabelecer cooperação entre as Secretarias de Saúde e Assistência Social e entidades

não governamentais para disponibilizar órteses e próteses para os estudantes que

necessitam;

8.13 – Oferecer cursos de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para os profissionais da

educação, para os pais e/ou responsáveis de estudantes surdos e para todo individuo da

comunidade escolar que deseje participar da inclusão cidadã.

8.14- Implantar um Centro Especializado destinado ao atendimento dos estudantes com

severa dificuldade no desenvolvimento, em parceria com áreas da: saúde e assistência

social, trabalho e organizações da sociedade civil, durante a vigência deste PME;

48

8.15 – Adotar medidas para o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e o

atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento

escolar dos estudantes identificados com deficiência, transtornos globais de

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, beneficiários do programa de

transferência de renda.

5. EDUCAÇÃO DO CAMPO

META 9: Universalizar o atendimento do ensino Fundamental para todos os estudantes do

campo e ampliar em 50% o acesso ao ensino médio, em regime de colaboração com o

Estado, a partir da promulgação deste PME.

ESTRATÉGIAS

9.1- Assegurar, na vigência deste Plano, os recursos humanos e financeiros para realização

de um trabalho pedagógico de qualidade social às escolas do campo, considerando suas

especificidades.

9.2- Garantir que o projeto pedagógico das Escolas do Campo seja sistematizado e amparado

na realidade dos sujeitos do meio rural, levando em consideração sua visão de mundo, sua

cultura, seu trabalho, suas relações sociais e seus diferentes saberes, possibilitando aos (às)

estudantes uma compreensão do desenvolvimento sustentável, concebendo a terra como

espaço de vida;

9.3- Organizar os Conselhos Escolares das Escolas do Campo, assegurando a participação de

representantes da classe dos trabalhadores (as) rurais;

9.4- Garantir, na estrutura organizacional da Secretaria de Educação, equipes técnico-

pedagógicas que contemplem as especificidades da Educação do Campo;

9.5- Criar um sistema de informações sobre a população rural a ser atendida pela educação

por meio do censo educacional e populacional;

9.6- Assegurar a formação continuada para os(as) educadores (as) do campo, que atenda ao

pluralismo cultural e as especificidades dos povos do campo;

9.7- Adequar o currículo e a metodologia às reais necessidades de aprendizagem dos

educandos do meio rural, garantindo a qualidade social do ensino;

9.8- Garantir transporte escolar para locomoção dos (as) estudantes do campo;

9.9- Garantir às escolas e às comunidades condições de acesso e utilização de programas

culturais e educativos, através de canais educativos televisivos e radiofônicos.

6 - ENSINO MÉDIO

META 10: Articular junto à Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco o

atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos; na

perspectiva da universalização desse atendimento até 2017.

49

ESTRATÉGIAS:

10.1- Manter permanentemente diálogo e articulação com a Secretaria de Educação do

Estado, visando a garantia das vagas a todos os estudantes concluintes do Ensino

Fundamental ao Ensino Médio, nas modalidades ofertadas, a partir do diagnóstico realizado,

garantindo a progressiva universalização do acesso a essa modalidade de ensino;

10.2 - Solicitar à Secretaria de Educação do Estado que o ensino médio para jovens e adultos

esteja atrelado aos cursos de formação profissional;

10.3 - Viabilizar junto à Secretaria de Educação do Estado, a ampliação de vagas no turno

noturno, de modo a garantir o atendimento aos estudantes que trabalham;

10.4 - Garantir, em regime de colaboração com a Rede Estadual, a matrícula de todos os

estudantes concluintes do Ensino Fundamental no Ensino Médio;

10.5 - Apoiar ações da Secretaria Estadual de Educação para realizar diagnóstico de

demanda para EJA Médio e EJA Médio Profissional, buscando ampliar a escolaridade da

população e, especificamente, dos/as estudantes concluintes da EJA Ensino Fundamental;

10.6 - Propor uma revisão da organização didático-pedagógica e administrativa do ensino

noturno, considerando a necessidade do estudante trabalhador, sem prejuízo da qualidade

do ensino.

7. ENSINO PROFISSIONALIZANTE

META 11- Firmar mecanismos de cooperação entre o Município e o Estado para

atendimento aos habitantes do município, na faixa etária entre 18 e 29 anos que não

estudam nem trabalham, articulando esse nível de ensino à educação profissional.

ESTRATÉGIAS:

11.1 - Realizar fórum de discussão com a Secretaria Estadual de Educação e sistemas S para

realização do ensino médio profissionalizante no atendimento aos jovens de 18 a 29 anos

que não concluíram o ensino médio.

11.2 - Identificar, com a Secretaria Estadual de Educação, os jovens que ainda não

concluíram o Ensino Médio e que não tem ocupação, na perspectiva de inseri-los no Ensino

Médio Profissionalizante;

11.3 - Articular junto a Secretaria Estadual de Educação a integração do ensino

profissionalizante aos setores produtivos do Município;

11.4 - Ampliar o regime de colaboração com o Estado na oferta de transporte escolar para os

estudantes que residam distante da escola que ofereça o Ensino Médio Profissional.

11.5 - Apoiar a Secretaria Estadual de Educação nas ações inclusivas do Ensino Médio e

Educação Profissional no campo, incentivando as condições de acesso e permanência dos

jovens na sua própria comunidade.

8. ENSINO SUPERIOR

50

META 12- Viabilizar a articulação com o Estado e a União, por meio do regime de

colaboração, para ampliar em 5% a oferta do Ensino Superior na área, levando em

consideração a demanda e a expansão territorial do Município.

ESTRATÉGIAS:

12.1- Viabilizar, junto à União e ao Estado, instalações de instituições federais para

implantação de cursos superiores na região, considerando as necessidades e especificidades

locais;

12.2- Articular com o Governo de Pernambuco a implantação de um campus universitário da

Universidade de Pernambuco na região, considerando as necessidades locais;

12.3- Incentivar a instalação de Instituições de Ensino Superior no Município ou em

Municípios circunvizinhos, levando em consideração a demanda para esse nível de ensino;

12.4- Divulgar junto aos profissionais da educação da Rede Pública informações sobre cursos

de graduação e pós- graduação oferecidos pela Instituição de Ensino Superior localizada em

Municípios próximos a São Vicente Ferrer.

9. FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

META 13: Assegurar, em regime de colaboração entre a União, Estado e Município, que

100% dos professores da Educação Básica possuam formação específica de nível superior,

obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, além da

formação específica em nível de pós-graduação para 20% dos docentes, durante a vigência

deste PME.

ESTRATÉGIAS

13.1- Realizar convênio com Instituições de Ensino Superior (IES) para oferecer cursos de

licenciaturas para os professores de nível médio e pós-graduação para os professores da

rede municipal que ainda não possuem essa formação, durante a vigência deste PME;

13.2 – Adotar medidas para liberação de professores para curso de pós-graduação lato e

stricto sensu, na área educacional ou em áreas a fins aos docentes que não possuem essa

formação, durante a vigência deste PME;

13.3 – Viabilizar, no prazo de dez anos, que 90% dos professores da educação básica da Rede

municipal tenham habilitação específica em nível de graduação e, em dez anos, 30% tenha

formação específica em nível de pós-graduação;

13.4 – Firmar parcerias e articulação com Universidades e Instituições formadoras para

implantação de programas e projetos diversificados de formação continuada, focados na

prática pedagógica específica de atuação dos educadores, visando à melhoria do

desempenho profissional dos professores.

51

META 14: Implantar Programa de Formação Continuada para 100% dos profissionais da

educação, de forma a garantir qualidade social do ensino e elevar a escolaridade dos

profissionais de educação da rede municipal.

ESTRATÉGIAS

14.1 - Viabilizar a formação continuada para todos os profissionais em educação através de

cursos, que assegurem a qualificação mínima exigida pela legislação vigente;

14.2- Oferecer Cursos de Qualificação Profissional e/ou Especialização, preferencialmente a

distância, atendendo aos profissionais de Educação Infantil, Educação de Jovens e Adultos,

Educação Especial, das séries/anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, aos gestores

escolares, Secretário Escolar e Educador de Apoio, durante a vigência deste PME, em

parceria com a União/ MEC;

14.3- Firmar, convênio com Instituições de Ensino Superior para oferecer cursos de extensão

para os profissionais em educação durante a vigência deste Plano;

14.4– Estabelecer programas diversificados de formação continuada e atualização visando à

melhoria do desempenho, no exercício da função, para gestores, educadores de apoio e

secretários escolares, bem como para equipe técnica da Secretaria, durante a vigência deste

Plano;

14.5 - Proporcionar a participação dos educadores em encontros sistemáticos de formação

continuada;

14.6 - Viabilizar a participação dos educadores em congressos e seminários de educação,

durante a vigência deste PME;

14.7 - Garantir a realização de formação continuada por áreas específicas para os

professores dos estudantes com deficiência;

14.8 – Realizar levantamento das necessidades de formação inicial e continuada para o

pessoal técnico- administrativo, dando início à implementação de programas de formação,

durante a vigência deste PME;

14.9 - Articular os saberes da mediação didática entre a escola da educação básica, as salas

de recursos multifuncionais na formação continuada dos docentes;

14.10 - Viabilizar parcerias com Universidades e Organizações Não Governamentais para

implantação de programas e projetos diversificados de formação continuada, focados na

prática pedagógica específica de atuação, visando a melhoria do desempenho profissional

dos educadores.

META 15: Valorizar 100% dos profissionais da educação, equiparando gradualmente seus

rendimentos médios aos demais profissionais com escolaridade equivalente, durante a

vigência deste plano.

ESTRATÉGIAS

15.1 - Articular junto ao Estado e à União assistência financeira para implementação de

políticas de valorização dos profissionais do magistério;

52

15.2 - Elaborar o Estatuto do Magistério e adequar o Plano de Cargo e Carreira do Município,

considerando a legislação vigente;

15.3 - Organizar fórum permanente, por iniciativa do Governo Municipal, com representação

das Secretarias de Administração, de Finanças e da Educação e dos representantes dos

trabalhadores em educação para acompanhamento da atualização progressiva do valor do

piso salarial dos profissionais do magistério público da Educação Básica;

15.4- Instalar comissão permanente de negociação com representação do Legislativo,

Executivo e os Profissionais de Educação.

10. Gestão Democrática

META 16: Assegurar a efetivação da gestão democrática da educação nas escolas

municipais, através do atendimento das demandas da sociedade, com transparência na

gestão e fortalecendo os mecanismos de autonomia administrativa, pedagógica e

financeira.

ESTRATÉGIAS

16.1- Criar um portal da transparência educacional focado nas dimensões administrativa,

pedagógica e financeira do sistema escolar e das unidades de ensino da Rede Municipal,

durante a vigência deste PME;

16.2 – Instalar um Fórum Permanente de Educação com a participação efetiva da sociedade

civil na definição das diretrizes da política educacional do Município e no acompanhamento

da execução deste PME;

16.3 – Viabilizar a efetivação dos princípios da gestão pública no âmbito educacional, através

do funcionamento efetivo, autônomo e articulado dos conselhos de controle social;

16.4 - Fomentar e apoiar as instâncias colegiadas possibilitando o monitoramento, a

avaliação das ações e consecução das metas do PME;

16.5 - Orientar e acompanhar a aplicação dos recursos oriundos do tesouro municipal e de

outros programas das esferas Federal e Estadual;

16.6- Estimular a participação dos profissionais da educação, dos estudantes e seus

familiares na elaboração dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de

gestão escolar e regimentos escolares;

16.7 – Incentivar a efetiva atuação dos Conselheiros Escolares, dos Conselhos de

Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, de Alimentação Escolar e do Conselho

Municipal de Educação.

16.8 – Incentivar a participação da sociedade na gestão das unidades de ensino,

revitalizando e instituindo Conselhos Escolares para o fortalecimento da autonomia das

unidades de ensino;

16.9 – Estimular e apoiar a formação de grêmios estudantis nas unidades de ensino que

atendam ao Ensino Fundamental anos iniciais;

53

16.10 – Promover o diálogo entre a comunidade escolar e a Secretaria de Educação, através

da reunião de pais e mestres e encontros entre escola/família, escola/comunidades e

plantões pedagógicos;

16.11 – Garantir a participação da sociedade civil na definição das diretrizes da política

municipal de educação, através das Conferências Municipais de Educação;

11. - FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

META 17: Garantir o investimento público em educação, de acordo com a legislação

vigente, durante a vigência deste PME.

ESTRATÉGIAS

17.1 - Adotar o Custo Aluno Qualidade (CAQ) como indicador prioritário para o

financiamento de todas as etapas e modalidades da educação básica;

17.2 - Apoiar e defender a manutenção do FUNDEB, agregando-lhe o regime de cooperação

e a participação financeira da União e Estado com o objetivo de garantir o padrão mínimo de

qualidade do ensino, nos termos do art. 211 da Constituição Federal;

17.3- Buscar, junto à União, a complementação de recursos financeiros para o Município

para que atinja o valor do Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi) e, posteriormente, do CAQ;

17.4- Acompanhar e monitorar junto a Secretaria de Finanças Municipal os investimentos e

os custos por estudantes da Educação Infantil e Ensino Fundamental;

17.5- Firmar parcerias com instituições públicas e privadas e demais segmentos da sociedade

organizada, que possibilitem a captação de recursos a serem aplicados na manutenção e

desenvolvimento da educação municipal;

17.6 - Garantir efetiva articulação entre as metas deste Plano e os instrumentos

orçamentários do Município, PPA, LDO e LOA, em todos os níveis, etapas e modalidades de

ensino.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. São Paulo: Editora Revista

dos Tribunais, 2002.

BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação

Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

_______.Lei nº 10.172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras

providências. Brasília: DF/DOU 10 de janeiro de 2001. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br. Acesso em 10/04/2012.

54

_______. CNE/CEB. Resolução nº 2 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2001.

_______. CNE/CP. Resolução nº 01/2001 - estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Formação de Professores da Educação Básica. Brasília, 2001.

_______. CNE/CEB. Resolução nº 2 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2001.

BRASIL. Lei nº 9.394/1996 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília:

DF/DOU 23/12/1996. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/19394.htm.>. Acesso em 04/04/2012.

_______. Lei nº 10.172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras

providências. Brasília: DF/DOU 10 de janeiro de 2001. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br. Acesso em 10/04/2012.