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Em março, a evolução mais notável em relação ao período anterior foi o aumento do apetite pelo risco e a redução do risco de liquidez. Essa mudança é atribuída a diversos acontecimentos. Internamente, novos desdobramentos da crise política levaram a uma revisão das expectativas do mercado em relação às chances de um cenário de ajustes e reformas macroeconômicas. Durante o mês, diversos analistas apontaram crescimento marginal na probabilidade de impeachment [1] . Por sua vez, o ambiente externo tornou-se mais favorável. O Fed sinalizou um ritmo mais lento de elevações nas taxas de juros [2] e o BCE anunciou novas medidas de expansão de crédito [3] . Ao mesmo tempo, o crescimento nas economias avançadas, embora aquém das projeções anteriores, está se estabilizando, reduzindo os riscos de recessão. Na China, o governo também sinalizou com políticas monetária e fiscal mais expansionistas e, depois de um início de ano turbulento, menores preocupações sobre saídas de observado pelo comportamento dos riscos macro e de mercado no nosso Mapa de Riscos. A recessão econômica e a dinâmica adversa das contas públicas persistem. A baixa atividade econômica levou o governo a rever suas projeções de arrecadação e propor abatimentos da meta, projetando um déficit primário de até 1,6% do PIB. A trajetória mais benigna da inflação em conjunto com o cenário recessivo e a taxa de câmbio menos pressionada, deve abrir espaço para um ciclo de queda dos juros. Com respeito a este último ponto, a curva de juros se movimentou para baixo de forma rápida, insinuando cortes na taxa básica: em relação ao final de fevereiro, o vértice de um ano caiu 40,5 pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base [5] . Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016 Cenário e, depois de um início de ano turbulento, menores preocupações sobre saídas de capital [4] . Este cenário impulsionou o apetite pelo risco (ver Mapa de Riscos) e a recuperação do interesse pelos ativos de economias emergentes e dos preços das commodities, sobretudo o petróleo. Como reflexo do ambiente interno e externo, o prêmio de CDS soberano e o dólar recuaram (gráficos 1.3 e 1.1, respectivamente), os preços dos títulos de dívida continuaram se recuperando (gráfico 2.3) – acompanhando a queda dos juros (gráfico 1.2) – e o mercado acionário se valorizou (gráfico 2.1), com o IBOVESPA marcando a maior variação mensal desde outubro de 2002. Os fatores que levaram à melhora das condições financeiras globais também ajudam a explicar a expressiva movimentação dos investidores estrangeiros na BM&FBovespa (gráfico 1.5) e a diminuição do risco de liquidez (ver Mapa de Riscos). Esses fatores não significam que os sinais de alerta desapareceram, uma vez que importantes desafios e riscos permanecem. Embora o prêmio de risco soberano (refletido pelo CDS) tenha arrefecido em relação à tendência de curto prazo, seu valor permanece elevado em relação à média histórica. A instabilidade política também tem contribuído para o aumento da volatilidade dos preços dos ativos. Este cenário pode ser Nota: a data de corte das informações é 31/03/2016. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página. Notas de Referência na última página. CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO Risco de Mercado Risco de Liquidez Apetite pelo Risco Risco Macro fevereiro-16 março-16 Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM. Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim"; pontos mais distantes do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizados para a construção do mapa, ver a seção "Notas Metodológicas". Mapa de Riscos

Boletim de Risco 30 201604 - Securities Commission · pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base [5]. Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016 Cenário capital [4]

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Page 1: Boletim de Risco 30 201604 - Securities Commission · pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base [5]. Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016 Cenário capital [4]

Em março, a evolução mais notável em relação ao período anterior foi o aumento doapetite pelo risco e a redução do risco de liquidez. Essa mudança é atribuída a diversosacontecimentos. Internamente, novos desdobramentos da crise política levaram a umarevisão das expectativas do mercado em relação às chances de um cenário de ajustes ereformas macroeconômicas. Durante o mês, diversos analistas apontaram crescimentomarginal na probabilidade de impeachment[1].

Por sua vez, o ambiente externo tornou-se mais favorável. O Fed sinalizou um ritmo maislento de elevações nas taxas de juros[2] e o BCE anunciou novas medidas de expansão decrédito[3]. Ao mesmo tempo, o crescimento nas economias avançadas, embora aquémdas projeções anteriores, está se estabilizando, reduzindo os riscos de recessão. NaChina, o governo também sinalizou com políticas monetária e fiscal mais expansionistase, depois de um início de ano turbulento, há menores preocupações sobre saídas de

observado pelo comportamento dos riscos macro e de mercado no nosso Mapa deRiscos.

A recessão econômica e a dinâmica adversa das contas públicas persistem. A baixaatividade econômica levou o governo a rever suas projeções de arrecadação e proporabatimentos da meta, projetando um déficit primário de até 1,6% do PIB. A trajetóriamais benigna da inflação em conjunto com o cenário recessivo e a taxa de câmbio menospressionada, deve abrir espaço para um ciclo de queda dos juros. Com respeito a esteúltimo ponto, a curva de juros se movimentou para baixo de forma rápida, insinuandocortes na taxa básica: em relação ao final de fevereiro, o vértice de um ano caiu 40,5pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base[5].

Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016

Cenário

e, depois de um início de ano turbulento, há menores preocupações sobre saídas decapital[4]. Este cenário impulsionou o apetite pelo risco (ver Mapa de Riscos) e arecuperação do interesse pelos ativos de economias emergentes e dos preços dascommodities, sobretudo o petróleo.

Como reflexo do ambiente interno e externo, o prêmio de CDS soberano e o dólarrecuaram (gráficos 1.3 e 1.1, respectivamente), os preços dos títulos de dívidacontinuaram se recuperando (gráfico 2.3) – acompanhando a queda dos juros (gráfico1.2) – e o mercado acionário se valorizou (gráfico 2.1), com o IBOVESPA marcando amaior variação mensal desde outubro de 2002. Os fatores que levaram à melhora dascondições financeiras globais também ajudam a explicar a expressiva movimentação dosinvestidores estrangeiros na BM&FBovespa (gráfico 1.5) e a diminuição do risco deliquidez (ver Mapa de Riscos).

Esses fatores não significam que os sinais de alerta desapareceram, uma vez queimportantes desafios e riscos permanecem. Embora o prêmio de risco soberano(refletido pelo CDS) tenha arrefecido em relação à tendência de curto prazo, seu valorpermanece elevado em relação à média histórica. A instabilidade política também temcontribuído para o aumento da volatilidade dos preços dos ativos. Este cenário pode ser

Nota: a data de corte das informações é 31/03/2016. Para mais detalhes sobre os indicadores, ver Notas Metodológicas na penúltima página. Notas de Referência na última página.

CONFIDENCIAL - EXCLUSIVO PARA USO INTERNO

Risco de Mercado

Risco de Liquidez

Apetite pelo Risco

Risco Macro

fevereiro-16

março-16

Fonte: Bloomberg; CVM. Elaboração: ASA/CVM.

Nota: Variações nos cenários representados pelo mapa são calculadas a partir de indicadores selecionados deste "Boletim"; pontos mais distantes

do centro significam maiores riscos ou maior apetite pelo risco. Para uma descrição dos critérios utilizados para a construção do mapa, ver a seção"Notas Metodológicas".

Mapa de Riscos

Page 2: Boletim de Risco 30 201604 - Securities Commission · pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base [5]. Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016 Cenário capital [4]

1. Riscos Macroeconômicos

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1.1. Desempenho de moedas selecionadas contra o dólar - (2 jan. 2010 - 31 mar. 2016)

Brasil Índia Indonésia África do Sul Turquia

Fonte: Bloomberg

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1.3. CDS Soberanos ( p.b. ) - Emergentes (2 jan. 2010 - 31 mar. 2016)

África do Sul Indonésia Brasil Turquia

Fonte: Bloomberg(5)

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1.5. Investimento Estrangeiro em Bolsa (R$ bilhões) - (jan. 2010 - mar. 2016)

Fonte: BM&FBovespa

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171.2. Taxa de Juros (% a.a.) - Títulos Públicos (2 jan. 2010 – 29 fev. 2016)

India Indonesia Africa do Sul Turquia Brasil

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2,3

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Estados UnidosFonte: Bloomberg

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8001.4. CDS Soberanos ( p.b. ) - EUA e Europa (2 jan. 2010 - 31 mar.2016)

Reino Unido Alemanha França Itália Espanha EUA Portugal (Dir)

Fonte: Bloomberg

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1.6. Investimento Estrangeiro em Carteira (R$ bilhões) - (jan. 2010 - jan. 2015)

Fonte: CVM/SIN

Fonte: BM&FBovespa

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2. Risco de Mercado

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2.1. Índices de ações (MSCI) - últimos 12 meses (em dólar)

Emergentes Brasil Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.3. Índices de títulos corporativos - últimos 12 meses (em dólar)

Emergentes Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.5. Índices de referência para fundos de investimento - últimos 12 meses

IRF-M IFHA IMA-B IFIX IMA-G CDI

Fonte: Bloomberg

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2.2. Índices de ações (MSCI) - volatilidade anualizada % (30d)

Emergentes Brasil Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.4. Índices de títulos corporativos - volatilidade anualizada % (30d)

Emergentes Avançadas

Fonte: Bloomberg

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2.6. Índices de referência para fundos - volatilidade anualizada % (30d)

IFR-M IMA-B IFIX IFHA IMA-G

Fonte: Bloomberg

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3. Risco de Liquidez

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3.2. Índice de Liquidez - Fundos ICVM 555 (2 jul. 2012 - 31 mar. 2016)

Fonte: CVM

IL Média Móvel (21d)

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3.1. Bid-Ask Spread - Ações Ibovespa (23 fev. 2012 - 31 mar. 2016)

Média Móvel (21d) Mediana Metade Menor Turnover

Fonte: Bloomberg

4. Apetite pelo Risco

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4.2. Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (% a.a.) (1 jan. 2010 - 31 mar. 2016)

Fonte: Bloomberg

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4.1. Preço/Lucro Estimado - MSCI Indices (9 jul 2010 - 31 mar 2016)

Brasil Emergentes Avançadas

Nota: A unidade refere-se ao desvio-padrão em relação à média. Fonte: Bloomberg

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Notas Metodológicas Os gráficos e análises deste relatório são, completamente ou parcialmente, baseados em dados não proprietários da CVM, incluindo dados de provedores comerciais e autoridades públicas. A CVM

utiliza estes dados em boa fé e não se responsabiliza por sua precisão ou completitude. O conteúdo deste relatório é meramente analítico e não constitui nem implica em recomendações de investimento.

Mapa de RiscosRisco Macro: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score )da janela móvel de 2500 dias do CDS soberano brasileiro (gráfico 1.3). Intervalos de Z-score correspondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1.Risco de Mercado: média simples da média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela móvel de 1250 dias da volatilidade anualizada de 30 dias dos índices MSCI Brasil e Anbima IMA-Geral. Intervalos de Z-score para ambos indicadorescorrespondentes a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1 .Risco de Liquidez: média aritmética mensal dos desvios padronizados (Z-score) da janela contínua do indicador de bid-ask spread (gráfico 3.1). Intervalos de Z-score correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1.Apetite Pelo Risco: média simples da média aritmética mensal do Índice Preço/Lucro Estimado (gráfico 4.1) e do Z-score da janela móvel de 1250 dias do indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries (gráfico 4.2) . Intervalo de Z-score paraÍndice Preço/Lucro Estimado correspondente a Escala de Risco: Acima de 2dp => 5 Entre 1,5 e 2dp => 4; Entre 0,5 e 1,5dp => 3; Entre -1 e 0,5dp => 2; Abaixo de -1dp => 1. Intervalo de Z-score para Indicador de Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuriescorrespondentes a Escala de Risco: Abaixo de -2dp => 5 Entre -1,5 e -0,5dp => 4; Entre -0,5 e 1dp => 3; Entre 1 e 2dp => 2; Acima de 2dp => 1.

Macro-ambienteDesempenho de moedas selecionadas contra o dólar. Evolução diária do dólar americano em relação às moedas locais de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil.Taxa de Juros. Evolução diária das taxas de juros anuais dos títulos públicos (em moeda local), calculadas a partir dos índices de títulos da Bloomberg, dos EUA e de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil.CDS (Credit Default Swap). Contrato derivativo de crédito no qual o comprador realiza uma série de pagamentos (conhecida como “spread” ou “prêmio”) ao vendedor em troca de proteção contra evento de crédito (default) relacionado ao emissor doativo. Quanto maior a probabilidade de default, maior será o prêmio do CDS, funcionando como medida de risco de crédito da entidade de referência. Os gráficos refletem o comportamento diário do preço de fechamento ( em pontos-base ) dos CDSsoberanos ( 5 anos ) de alguns países emergentes usualmente comparados ao Brasil, dos EUA e de alguns países europeus mais acompanhados pelos analistas.Investimento Estrangeiro em Bolsa. Fluxo mensal líquido dos investimentos estrangeiros no mercado secundário da bolsa, segmento Bovespa ( ações e derivativos de ações ).Investimento Estrangeiro em Carteira. Movimentação mensal líquida dos investidores não-residentes registrados na CVM, de acordo com a Resolução 2.689.

Risco de MercadoMSCI Indices. Índices de ações calculados pela Morgan Stanley Capital International. O MSCI World Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) reflete a performance dos mercados acionários de 24 países desenvolvidos. O MSCI EmergingMSCI Indices. Índices de ações calculados pela Morgan Stanley Capital International. O MSCI World Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) reflete a performance dos mercados acionários de 24 países desenvolvidos. O MSCI EmergingMarkets Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) mede o desempenho das ações de companhias de 21 países emergentes, incluindo os BRICs. A MSCI também avalia os mercados individualmente, como é o caso do MSCI Brazil Index.Índices de títulos corporativos. Índices desenvolvidos pela Bloomberg para medir o desempenho de títulos pré-fixados de dívida corporativa, de grau de investimento, denominados em dólar. O BIEM Index (aqui denominado como ‘Emergentes’) refere-se atítulos privados de emissores nos mercados emergentes, enquanto que o BCOR Index (denominado, neste boletim, como ‘Avançadas’) aos emissores dos países desenvolvidos. Na metodologia da Bloomberg,os títulos são ponderados pelo valor demercado, sendo que o peso do Brasil no BIEM index é de aproximadamente 22%.Índices de referência para fundos de investimento. IRF-M = índice composto por uma cesta de títulos públicos federais pré-fixados (LTN e NTN-F). Serve como benchmark para as aplicações de renda fixa pré-fixadas. IMA-B = índice de renda fixa querepresenta a evolução, a preços de mercado, de uma carteira de títulos públicos federais atrelados ao IPCA (NTN-B). IHFA = índice representativo da indústria de hedge funds no Brasil, cujo valor é reflexo, em moeda corrente, da evolução de umaaplicação hipotética em cotas de uma cesta de fundos multimercados selecionados de acordo com metodologia da ANBIMA. IFIX = carteira teórica composta pelas cotas de fundos imobiliários mais negociados na bolsa e serve para medir o desempenhoda indústria de FIIs no Brasil. IMA-G = média ponderada dos retornos diários dos índices IMA-B, IMA-C (títulos públicos federais atrelados ao IGPM), IMA-S (títulos públicos federais pós fixados) e IRF-M.Volatilidade. É uma medida de dispersão dos retornos de um título ou índice de mercado. A volatilidade 30d refere-se ao desvio-padrão anualizado das variações de preço (fechamento) nos últimos 30 dias de negociação, expresso como umapercentagem. É um dos parâmetros mais frequentemente utilizados como forma de mensurar o risco de mercado de um ativo financeiro. Quanto maior a volatilidade, maior o risco de preço do ativo considerado.

Risco de LiquidezBid/Ask Spread. É a diferença entre os preços de venda (ask) e compra (bid) de um ativo, sendo utilizada como uma medida da profundidade do mercado. Na comparação de diferentes ativos, é comum referir-se à razão do spread em relação ao seu preçomédio. Quanto menor esta percentagem, maior a liquidez do ativo. O gráfico refere-se à mediana do spread da metade das ações da carteira teórica do Ibovespa com menor volume de negócios acumulado num determinado mês.Índice de Liquidez – Fundos ICVM 555. Razão entre o valor dos Ativos Líquidos ( de acordo com a definição da ICVM 512 ) e do Patrimônio Líquido ajustado do dia, expresso em percentagem. Na construção da série histórica diária, foram excluídos osFundos de Cotas (FIC).

Apetite pelo RiscoÍndice Preço/Lucro Estimado (P/L). O quociente da divisão do preço corrente pelo lucro líquido por ação estimado para os próximos 12 meses, de acordo com o consenso médio de analistas de mercado, excluídas empresas com projeção de prejuízo poração. Assim, o P/L é o tempo que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, pelo recebimento do lucro gerado por uma empresa. Um elevado P/L indica que as ações da companhia estão sobrevalorizadas em relação à suaperformance recente. Inversamente, um baixo P/L aponta que as ações estão subvalorizadas em comparação com seu potencial de lucro. Neste Boletim, a avaliação por país ou região é realizada tendo como referência os dados semanais dos P/L dosíndices de ações da MSCI. A unidade refere-se aos desvios padronizados ( z-score ) em relação à média móvel das últimas 250 semanas de negociação. Desta forma, mais de 2 desvios-padrão indicam que as ações, em média, estão sobrevalorizadas (+2d.p.) ou subvalorizadas (- 2 d.p.).Spread Títulos de Emergentes vs US Treasuries. Diferença entre o retorno de uma cesta de títulos corporativos e públicos ( investment grade) de países emergentes em relação ao rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA, expressa em percentagemanual. Os cálculos têm como referência o BEMI Index ( índice composto de títulos corporativos e públicos de países emergentes ) e o BUSY Index ( índice de títulos do Tesouro dos EUA) , ambos desenvolvidos pela Bloomberg. O peso do Brasil no BEMIIndex é de cerca de 20%.

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Page 6: Boletim de Risco 30 201604 - Securities Commission · pontos-base, enquanto o de 3 anos, 130,5 pontos-base [5]. Boletim de Risco Ano IV . Nº 30. Abril/2016 Cenário capital [4]

Notas de Referência

[1] Ver, por exemplo, http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/03/1752122-consultorias-veem-chance-de-ate-75-de-haver-impeachment.shtml[2] https://www.federalreserve.gov/newsevents/press/monetary/20160316a1.htm[3] http://www.valor.com.br/financas/4474796/bce-surpreende-e-corta-todas-taxas-de-juros-da-regiao-do-euro[4] http://www.valor.com.br/internacional/4498188/china-promete-cortar-impostos-para-ajudar-em-transicao-economica[5] Curva pré x DI. Fonte: Bloomberg.

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