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Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos

Crateús (CE)

Plano de Ação Estratégica (Volume 1)

Preparado por

Secretaria Municipal de Meio Ambiente

e

Instituto Venturi Para Estudos Ambientais

Com a colaboração das Secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e

Empreendedorismo, Educação, Infraestrutura, Saúde e da Associação de

Catadores - Recicratiú.

Crateús (CE), Novembro 2014

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Equipe Técnica:

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRATEÚS

AGRICULTURA

Francisco Carlos Soares de Almeida

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E EMPREENDEDORISMO

José Lourenço Martins Torres

Teobaldo Barbosa Marques Neto

INFRAESTRUTURA

João Luis leitão Rodrigues

Francisco Pereira da Silveira

Francisco George do Nascimento Pinho

MEIO AMBIENTE

Wanderley Marques de Sousa

Márcia Cristina Sabóia de Andrade

Lindinalva Oliveira da Cunha

Rociania Barreto Cavalcante

SAÚDE

Juracir Bezerra Pinho

INSTITUTO VENTURI PARA ESTUDOS AMBIENTAIS

Arlinda Cézar – Bióloga, especialista em Planejamento

Ambiental

Cláudio Strüssmann – Arquiteto e Urbanista

Ditmar Hirtenkauf – Engenheiro Eletricista, especialista em

Eficiência Energética

Eduardo Torres – Engenheiro Químico

Fabíola Silvério – Química e Gestora Ambiental

Naná Medina – Pedagoga e Educadora Ambiental

Sérgio Pessoa Ribeiro – Advogado e Jornalista

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CRATEÚS

Antonio Mauro Rodrigues Soares

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Wanderley Marques de Souza

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Sumário

Lista de Figuras.....................................................................................................................viii

Lista de Quadros e Tabelas...................................................................................................x

Lista de Siglas........................................................................................................................xii

Apresentação......................................................................................................................xiv

Preâmbulo.............................................................................................................................xxi

1.INTRODUÇÃO ............................................................................................... 29

1.1 Aspectos Ambientais ............................................................................... 33

1.1.1 Clima ................................................................................................................................................... 33

1.1.2 Solo ..................................................................................................................................................... 33

1.1.3 Relevo ................................................................................................................................................. 35

1.1.4 Vegetação ........................................................................................................................................... 36

1.2 Aspectos Demográficos .......................................................................... 37

1.3 Infraestrutura ............................................................................................. 38

1.3.1 Abastecimento de água ...................................................................................................................... 38

1.3.2 Esgotamento sanitário ........................................................................................................................ 39

1.3.3 Fornecimento de energia ................................................................................................................... 39

1.4 Aspectos Sociais ...................................................................................... 39

1.4.1 Saúde e Educação ............................................................................................................................... 39

1.4.2 Índice de Desenvolvimento ................................................................................................................ 40

1.5 Atividade Econômica .............................................................................. 41

2. ABORDAGEM METODOLÓGICA DA ELABORAÇÃO DO PMGIRS ............ 41

2.1 Tipos e Métodos de Pesquisa ................................................................. 42

2.2 Levantamento de Dados e Informações............................................... 43

2.3 Tratamento de Dados e Informações .................................................... 44

3. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............. 45

3.1 Resíduos Sólidos Urbanos ........................................................................ 46

3.1.1 Resíduos Domiciliares ......................................................................................................................... 46

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3.1.2 Resíduos Recicláveis – Coleta Seletiva ............................................................................................... 52

3.2 Resíduos Sólidos Industriais ..................................................................... 55

3.3 Resíduos de Serviços de Saúde ............................................................. 57

3.4 Resíduos de Construção Civil ................................................................. 70

3.4.1 Resíduos de Novas Construções ......................................................................................................... 72

3.4.2 Resíduos de Demolição e Pequenas Reformas .................................................................................. 75

3.5 Resíduos Agrossilvipastoris ...................................................................... 77

3.5.1 Resíduos Agrossilvipastoris I (Orgânicos) ........................................................................................... 78

3.5.2 Resíduos Agrossilvipastoris II (Inorgânicos) ....................................................................................... 78

3.6 Tendências, Projeções e Considerações .............................................. 79

3.6.1 Resíduos Domiciliares ......................................................................................................................... 79

4. AVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO

MUNICÍPIO DE CRATEÚS ................................................................................. 80

4.1 Aspectos Administrativos ........................................................................ 80

4.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares ............................................................................................................ 80

4.1.2 Resíduos Industriais ............................................................................................................................ 86

4.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde ........................................................................................................... 87

4.1.4 Resíduos de Construção e Demolição ................................................................................................ 88

4.1.5 Resíduos Agrossilvipastoris ................................................................................................................ 89

4.2 Aspectos Políticos e Sociais .................................................................... 90

4.2.1 Coleta Seletiva com inclusão social .................................................................................................... 90

4.2.2 Percepções da comunidade com relação aos resíduos sólidos gerados no município ..................... 93

4.2.3 Avaliação do curso de formação de multiplicadores em educação ambiental ................................ 102

4.3 Aspectos Legais ..................................................................................... 107

4.3.1 Da Legislação Federal ....................................................................................................................... 108

4.3.2 Da Legislação Estadual ...................................................................................................................... 114

4.3.3 Da Legislação Municipal ................................................................................................................... 120

4.4 Mecanismos de Financiamento ........................................................... 124

4.4.1 Formas Diretas de Arrecadação ....................................................................................................... 125

4.4.2 Potenciais fontes para a captação de recursos ................................................................................ 126

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5. Objetivos e Metas .................................................................................... 130

6. Questões relevantes para as partes interessadas ............................... 133

7. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ................................. 136

7.1 Geração, Coleta e Transporte .............................................................. 137

7.1.1 Estratégias para Redução de Resíduos ............................................................................................. 138

7.1.2 Políticas para a redução de resíduos na fonte e reutilização ........................................................... 138

7.1.3 Ações voluntárias de redução e reutilização de resíduos na fonte .................................................. 139

7.1.4 Estratégias para a segregação na fonte ............................................................................................ 141

7.1.5 Políticas para segregação na fonte ................................................................................................... 142

7.1.6 Ações voluntárias para a segregação na fonte ................................................................................. 143

7.1.7 Medidas tecnológicas para a segregação na fonte .......................................................................... 144

7.1.8 Estratégias para a Coleta e Transporte ............................................................................................ 146

7.1.9 Políticas para Coleta e Transporte .................................................................................................... 146

7.1.10 Ações voluntárias para coleta e transporte ................................................................................... 148

7.1.11 Medidas tecnológicas para coleta e transporte ............................................................................. 149

7.1.12 Plano Operacional para coleta e transporte .................................................................................. 151

7.2 Triagem, Tratamento e Disposição....................................................... 157

7.2.1 Estratégias para a Estação de Transferência e de Triagem para Recuperação de Materiais ........... 157

7.2.2 Políticas para a Estação de Transferência ........................................................................................ 158

7.2.3 Medidas Voluntárias na Estação de Transferência .......................................................................... 159

7.2.4 Medidas Tecnológicas na Estação de Transferência ........................................................................ 159

7.2.5 Estratégias para Tratamento Biológico ............................................................................................ 160

7.2.6 Políticas para Tratamento Biológico ................................................................................................. 160

7.2.7 Ações Voluntárias ............................................................................................................................. 161

7.2.8 Medidas Tecnológicas ...................................................................................................................... 161

7.2.9 Estratégias para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos ......................................................... 161

7.2.10 Políticas para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos ........................................................... 161

7.2.11 Ações Voluntárias ........................................................................................................................... 162

7.2.12 Medidas Tecnológicas .................................................................................................................... 162

7.2.13 Disposição Final .............................................................................................................................. 162

7.3 Benefícios Ambientais, Sociais e Econômicos ................................... 180

8. Monitoramento e Mecanismo de Retroalimentação .......................... 181

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8.1 Introdução aos Indicadores-chave de Desempenho (KPI-Key Performance

Indicators) ..................................................................................................... 181

8.2 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento do Plano ................... 185

8.3 Indicadores para o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos ............ 186

8.4 Indicadores de avaliação e monitoramento ...................................... 187

8.5 Indicadores sociais da Reciclagem .................................................... 193

8.6 Indicadores Gerenciais ......................................................................... 194

Referências Bibliográficas ........................................................................... 201

ANEXOS ......................................................................................................... 206

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

viii

Lista de Figuras

Figura 1- Mapa de localização de Crateús ...................................................... 29

Figura 2 - Mapa do município de Crateús e seus distritos ............................ 32

Figura 3 - Solos-paisagens da região nordeste do Brasil ............................... 33

Figura 4 - Depressões Sertanejas .......................................................................... 35

Figura 5 - Paisagem da Caatinga: arbórea-arbustiva ................................... 36

Figura 6 – Desenho da Pesquisa ........................................................................... 43

Figura 7 – Amostragem (1) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração ............................................................................. 47

Figura 8 – Amostragem (2) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração ............................................................................. 48

Figura 9 – Composição dos resíduos no ponto de disposição .................... 50

Figura 10 – Comparação dos resíduos orgânicos com relação aos demais resíduos ......................................................................................................... 50

Figura 11 – Comparação do resíduo plástico com relação aos demais resíduos ......................................................................................................................... 51

Figura 12 – Comparação do rejeito com relação aos demais resíduos .. 51

Figura 13 – Evolução da quantidade de material coletado em 2014 ..... 53

Figura 14 – Evolução da renda dos Catadores em 2014 .............................. 54

Figura 15 – Caracterização dos resíduos triados pela Recicratiú em 2014 ........................................................................................................................................ 54

Figura 16 – Percentuais dos tipos de resíduo triados pela Recicratiú em 2014 ............................................................................................................................... 55

Figura 17 – Percentuais dos resíduos urbanos gerados nas indústrias ...... 57

Figura 18 – Percentuais dos tipos de resíduos produzidos pelas Unids. de Saúde Públicas ........................................................................................................... 63

Figura 19 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs ........................................................................................................................................ 63

Figura 20 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs ............................................................................................................................ 63

Figura 21 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG ........................................................................................................................................ 64

Figura 22 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ ........................................................................................................................................ 64

Figura 23 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento de saúde ...................................................................................................................... 65

Figura 24 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 65

Figura 25 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. 66

Figura 26 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 66

Figura 27 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento . 67

Figura 28 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 67

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

ix

Figura 29 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento .. 68

Figura 30 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 68

Figura 31 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento . 69

Figura 32 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 69

Figura 33 – Geração média mensal de resíduos na gestão pública e privada. ........................................................................................................................ 70

Figura 34 – Metros quadrados de área construída de jan-ago em 2014 73

Figura 35 – Metros quadrados construídos e licenças de instalação na área urbana em 2014 .............................................................................................. 73

Figura 36 – Licenças de instalação concedidas na área rural em 2014 . 74

Figura 37 – Estimativa de resíduos de novas construções ............................ 74

Figura 38 – Composição dos resíduos de construção civil gerados em Crateús ......................................................................................................................... 75

Figura 39 -– Terreno destino dos RCC gerados em Crateús ......................... 76

Figura 40 – Imagens Caminhão Pesado – Mercedes Benz/LS 1935 – Ano: 1998 ............................................................................................................................... 76

Figura 41 – Imagens Caminhão Aberto – VW/VW 11.130 – Ano: 1981 ...... 76

Figura 42 – Distribuição do Rebanho .................................................................. 77

Figura 43 – Destinação de resíduos de esterco ............................................... 78

Figura 44 – Projeção do crescimento populacional ...................................... 79

Figura 45 – Projeção do crescimento populacional e geração de resíduos ......................................................................................................................... 80

Figura 46 – Participação dos resíduos orgânicos na geração total .......... 80

Figura 47 – Imagem do terreno destinado à construção do PVR, com indicação do Galpão da Recicratiú .................................................................. 83

Figura 48 – Organograma de influência do gerenciamento de resíduos sólidos no Município de Crateús ........................................................................... 85

Figura 49 – Imagem da planta de ampliação do galpão de Triagem .... 93

Figura 50 – Gênero dos pesquisados .................................................................. 94

Figura 51 – Grau de escolaridade dos pesquisados ...................................... 95

Figura 52 – Faixa etária dos pesquisados ........................................................... 95

Figura 53 – Setor em que trabalham os pesquisados .................................... 95

Figura 54 – Grau de escolaridade X Segregação dos resíduos .................. 96

Figura 55 – Grau de escolaridade X Destinação dos resíduos .................... 97

Figura 56 – Grau de escolaridade X Conhecimento da Lei 12.305/10 ..... 97

Figura 57 – Faixa etária X Conhecimento da Lei 12.305/10 ......................... 98

Figura 58 – Setor em que trabalha X Conhecimento da Lei 12.305/10 .... 98

Figura 59 – Gênero X Conhecimento da Lei 12.305/10 ................................. 99

Figura 60 – Gênero X Segregação dos resíduos .............................................. 99

Figura 61 – Faixa etária X Segregação dos resíduos .................................... 100

Figura 62 – Faixa etária X Conhecimento da coleta seletiva .................... 100

Figura 63 – Faixa etária X Conhecimento da coleta comum ................... 101

Figura 64 – Grau de escolaridade X Descarte de medicamento vencido ...................................................................................................................................... 101

Figura 65 – Gênero X Descarte de medicamento vencido ....................... 102

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

x

Figura 66 – Projeção dos cenários para os resíduos orgânicos ................. 152

Figura 67 – Hierarquia das ações na gestão de resíduos sólidos.............. 163

Figura 68 – Cobertura do solo de um Aterro Sanitário ................................. 164

Figura 69 – Etapas de aterro em valas ............................................................. 165

Figura 70 – Corte da seção de um aterro sanitário ...................................... 166

Figura 71 – Etapas de aterro em valas ............................................................. 167

Figura 72 – Instalação de drenos de gás ......................................................... 168

Figura 73 – Sistema de tratamento de chorume ........................................... 170

Figura 74 – Área coberta para recebimento do resíduo e Fosso no piso ...................................................................................................................................... 172

Figura 75 – Esteira superior com rampas que une a esteira inferior, por ambos os lados (em montagem) ...................................................................... 173

Figura 76 – Esteira transversal e Terceira esteira (seleção por produto) 174

Figura 77 – Fardos, Prensa para enfardar, Esteira da linha secundária e Fosso linha secundária ........................................................................................... 175

Figura 78 – Conpactador Encapsulador Semi Automático ....................... 176

Figura 79 – Compactador Encapsulador Automático ................................ 177

Figura 80 – Depósito de bolsas ............................................................................ 178

Figura 81 – Regras dos KPI's no processo geral de desenvolvimento e implementação do Plano .................................................................................... 185

Lista de Quadros e Tabelas

Quadro 1 – Identificação dos bairros com as suas respectivas populações residentes ............................................................................................ 32

Quadro 2 – Índices demográficos dos distritos de Crateús .......................... 37

Quadro 3 – Principais indicadores de saúde - 2012. ...................................... 39

Quadro 4 – Indicadores educacionais no ensino fundamental e médio – 2012. .............................................................................................................................. 40

Quadro 5 – Produto Interno Bruto - 2010. ........................................................... 41

Quadro 6 – Amostragem no ponto de geração - bairros Fátima II e Planalto. ....................................................................................................................... 47

Quadro 7 – Amostragem no ponto de geração - bairro Maratoan. ........ 48

Quadro 8 - Distribuição dos Ecopontos. ............................................................. 52

Quadro 9 – Material reciclável triado mensalmente e a renda geral com a venda deste material. ......................................................................................... 53

Quadro 10 – Dados das indústrias de Crateús. ................................................ 55

Quadro 11– Volume médio mensal dos resíduos urbanos da Indústria. .. 56

Quadro 12 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde. ................... 58

Quadro 13 – Amostragem dos resíduos de serviço de saúde perigosos e não perigosos. ............................................................................................................ 61

Quadro 14 – Amostragem de outros resíduos gerados em serviço de saúde. ........................................................................................................................... 62

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

xi

Quadro 15 – Médias dos resíduos de reformas e demolições coletados em Crateús. ................................................................................................................ 77

Quadro 16 – Frequência da Coleta de Resíduos Sólidos no Município de Crateús. ........................................................................................................................ 81

Quadro 17 – Despesas com gerenciamento, coleta de resíduos sólidos e limpeza urbana em Crateús. ................................................................................. 84

Quadro 18 – Localização dos LEVE’s - Local de Entrega Voluntária Escolar. ......................................................................................................................... 91

Quadro 19 – Resultados obtidos de agosto-novembro. ............................... 91

Quadro 20 – Outras normas que regulam o tema resíduos sólidos. ........ 113

Quadro 21 – Programas de financiamento disponíveis. ............................. 127

Quadro 22 – Programas de financiamento não reembolsáveis. ............. 128

Quadro 23 – Objetivos. .......................................................................................... 130

Quadro 24 – Metas de curto prazo (2015-2018). ........................................... 131

Quadro 25 – Indicadores sugeridos para o PGIRS. ....................................... 188

Quadro 26 – Outros Indicadores sugeridos para o PGIRS. .......................... 191

Quadro 27 – Prazos de atendimento ao serviço. .......................................... 195

Quadro 28 – Estrutura de atendimento ao público. .................................. 197

Quadro 29 – Adequação da estrutura. ........................................................... 198

Tabela 1 – Domicílios particulares ocupados. .................................................. 38

Tabela 2 – Domicílios particulares permanentes segundo formas de abastecimento de água - 2010. ........................................................................... 38

Tabela 3 – Domicílios particulares permanente segundo formas de esgotamento sanitário - 2010. ............................................................................... 39

Tabela 4 – População extremamente pobre: (com rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70,00) - 2010........................................................ 41

Tabela 5 – Levantamento de quantificação e caracterização de

resíduos junto aos estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de Crateús. ............................................................................................. 62

Tabela 6 – Farmácias e Drogarias da rede privada que responderam a pesquisa. ...................................................................................................................... 65

Tabela 7 – Estabelecimentos Odontológicos (Clínicas e Consultórios) que responderam a pesquisa. ....................................................................................... 66

Tabela 8 – Laboratórios de Análises Clínicas que responderam a pesquisa. ...................................................................................................................... 67

Tabela 9 – Clínicas/Consultórios Médicos que responderam a pesquisa. ........................................................................................................................................ 68

Tabela 10 – Clínicas Veterinárias/Pet Shop que responderam a pesquisa. ........................................................................................................................................ 69

Tabela 11 – Comparativo da geração mensal de resíduos entre estabelecimentos públicos e privados que responderam a pesquisa. ... 70

Tabela 12 – Quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública em 2010. ....................................................................................................... 71

Tabela 13 – Elevação da quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública entre os anos de 2007 e 2010. ........................................ 72

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xii

Tabela 14 – Classificação dos RCC segundo as Resoluções 307, 348 e 431 do CONAMA. ............................................................................................................. 72

Lista de Siglas

ABLP– Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública

ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais

GIRS – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

PMC – Prefeitura Municipal de Crateús

PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

PMGIRS – Plano MUnicipal de GEstão Integrada de Resíduos Sólidos

SELUR – Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São

Paulo

INMET – Instituto Nacional de Meteorologia

IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

LI – Licença de Instalação

SiBCS – Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos

CAGECE – Companhia de água e esgoto do Ceará

PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico

SES – Sistema de Esgotamento Sanitário

SESA – Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

SEDUC – Secretaria da Educação Básica

IDH – Índice de desenvolvimento humano

PIB – Produto Interno Bruto

RSU – Resíduos Sólidos Urbanos

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

UNEP – United Nations Environment Programme

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

RSS – Resíduos de Serviço de Saúde

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

CDL – Câmara de Dirigentes Logistas

SINISA – Sistema Nacional de Informações de Saneamento

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xiii

SNIRH – Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos

PNMA – Política Nacional de Meio Ambiente

PEMA – Política Estadual de Meio Ambiente

COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente

Condema – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente

PERS – Política Estadual de Resíduos Sólidos

PPA – Plano Plurianual

PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús

FUNDEMA – Fundo Municipal do meio Ambiente

RCC – Resíduos de Construção Civil

RCD – Resíduos de Construção e Demolição

RDO – Resíduos Domiciliares

RPU – Resíduos Públicos

SEMAM – Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús

SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura de Crateús

P+L – Produção mais Limpa

ARCE – Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará

SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a gestão dos resíduos

sólidos

MMA – Ministério do Meio Ambiente

IESAP – Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento

ao Público

ISC – Índice de Satisfação do Cliente

PwC – PricewaterhouseCoopers

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano

ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

FPM – Fundo de Participação dos Municípios

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xiv

Apresentação

A elaboração do Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do

município de Crateús traz muito mais do que

uma conformidade com a legislação federal - lei

nº 12.305/2010 e lei nº 11.445/2007 - É uma

conquista importante para a cidade na medida

em que transcende a atual gestão. Deixa como

maior legado o conhecimento técnico para as

equipes de trabalho, fundamental para a

tomada de decisões dos gestores da área, na

busca de excelência na prestação dos serviços

de limpeza pública e monitoramento ambiental.

O processo de elaboração do Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos de Crateús ora apresentado está

baseado no Termo de Convênio nº 02/2014,

firmado entre a Secretaria do Meio Ambiente de

Crateús e o Instituto Venturi Para Estudos

Ambientais.

A metodologia utilizada nesse trabalho

tem como base o conjunto de práticas

construídas através de cooperação entre o

Instituto Venturi Para Estudos Ambientais e o

Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente (UNEP-DTIE-IETC), em 2008/2009. Essa

cooperação teve como foco a construção de

capacidades para a elaboração de planos de

A inabilidade para uma

ampla compreensão dos

problemas de geração e

caracterização de

resíduos resultou na

transformação do

gerenciamento de

resíduos sólidos em um

dos mais prementes

problemas da

degradação ambiental

urbana. A abordagem

individual ou

fragmentada tornou-se

insustentável em razão da

crescente complexidade

das categorias de

resíduos, proporcionada

pela urbanização e

industrialização. A

abordagem para o

gerenciamento das

diversas categorias de

resíduos apresentada

nesse trabalho ocorreu de

forma integrada levando

em consideração não

apenas a constituição dos

resíduos, mas também, os

sistemas existentes.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

xv

gestão integrada de resíduos sólidos para municípios de países em

desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Na ocasião, Mr. Surya Prakash

Chandak e Mr. Mushtaq Memom, dois grandes especialistas da UNEP,

vieram do Japão para o Brasil ministrar o treinamento da equipe do

Instituto Venturi, professores e alunos do Pós em Planejamento

Ambiental, bem como técnicos e professores de outras instituições que

foram convidados, sob a coordenação da Profa. Arlinda Cézar,

naquela época Diretora Técnica do Instituto Venturi.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

preparado para o município de Crateús é composto por duas fases:

Fase I - Planejamento

Conceitualização de um sistema de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos adequado às condições sociais, econômicas e técnicas do

município de Crateús. Organização do processo de elaboração do

plano, com formação dos Grupos de Trabalho (GT's). Treinamento de

professores e catadores de materiais recicláveis, objetivando o

fortalecimento da coleta seletiva. Esta fase do plano foi realizada em

consulta com as partes interessadas em Crateús.

Fase II – Implementação

Elaboração do Plano para monitorar o desempenho do PMGIRS com

base nos Indicadores estabelecidos no plano, bem como avaliação

das melhores alternativas para a disposição ambientalmente

adequada para os rejeitos. Estabelecimento de metas quantitativas e

qualitativas. Construção dos Esquemas1 necessários para preencher as

lacunas identificadas no PMGIRS. Esta fase contou com a participação

da comunidade, através de Audiência Pública.

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xvi

A transição do planejamento à execução será marcada por um

seminário de divulgação final e Audiência Pública para a entrega

formal do PMGIRS. Este seminário fornece a plataforma para os gestores

públicos, doadores e instituições de financiamento, bem como os

Grupos de Trabalho (GT's) que estiveram envolvidas no processo de

planejamento reunir-se e discutir questões relacionadas à aplicação

efetiva dos Esquemas.

A Implementação do plano requer a integração dos aspectos

identificados abaixo:

Aspecto Político:

Apoio para o plano ao nível da política é um fator importante

para sua bem-sucedida implementação. As mudanças na política

incluem o reforço das leis e regulamentos existentes sobre a gestão de

resíduos sólidos, a promulgação e aplicação de novas

regulamentações, onde necessário, e o desenvolvimento de um

mercado a partir de instrumentos econômicos com vistas a incentivar a

comunidade para as boas práticas e, ainda, como um elemento

desencorajante de práticas nocivas.

Aspecto Institucional:

Várias ações propostas no âmbito dos Esquemas do Plano GIRS

vão auxiliar a superar os problemas existentes nas relações institucionais,

compartilhando a responsabilidade da gestão adequada dos resíduos

com os seus geradores. Isso vai ser reforçado com a construção de

capacidades através da sensibilização e treinamento das partes

interessadas relevantes. O aspecto-chave neste caso é permitir que tais

partes interessadas sejam beneficiadas com a gestão adequada dos

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

xvii

resíduos sólidos, permitindo-lhes desenvolver negócios relacionados à

reciclagem e/ou à produção de produtos com valor agregado a partir

dos fluxos de resíduos.

Um fator chave para isso é capacitar tecnicamente funcionários

que trabalham em departamentos/instituições relacionadas à compras

e contratações, com a capacidade necessária para realizar o seu

trabalho de forma eficiente. Assim, o conhecimento sobre materiais

sustentáveis e tecnologias ambientalmente sustentáveis na gestão de

resíduos sólidos, deve ser fornecido antes da sua implementação, como

forma de otimizar a capacidade do Município de Crateús de priorizar a

hierarquia das ações previstas na PNRS.

As parcerias público-privadas, com Instituições de Ensino Superior,

Organizações Não Governamentais (ONG's) e

Associações/Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis

devem ser incentivadas durante a implementação. Estas devem

oferecer um papel importante na implementação bem-sucedida do

plano GIRS. O Município também deve estar capacitado a oferecer

pagamento por serviços ambientais, reconhecendo o valor destes para

reforçar o monitoramento do plano e transformar Crateús em um

município consciente, limpo e saudável.

Aspecto Técnico-Financeiro:

Os aspectos técnico e financeiro são agrupados já que os

recursos financeiros serão necessários ao investimento em tecnologias,

equipamentos, máquinas e infraestrutura necessárias para implementar

o plano GIRS. Os recursos estimados para o plano GIRS foram

apontados no Volume 2, de acordo com o investimento inicial

necessário para possibilitar uma bem sucedida implementação de

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todos os Esquemas1 em cerca de R$1.100.000 (um milhão e cem mil

reais)

Uma vez que Crateús não será capaz de arcar com toda a

exigência financeira para essa implementação, terá que buscar

recursos junto ao governo federal e outras fontes

doadoras/financiadoras como forma de viabilizar alguns dos Esquemas

propostos. Portanto Crateús terá de contratar consultores que possam

preparar projetos para financiamento intensivo dos mencionados

Esquemas e submetê-los a diversas instituições de fomento. Alguns dos

Esquemas podem ser implementados e operados como

empreendimentos rentáveis e, portanto, investidores podem ser

consultados para assumir sua implementação, sob supervisão da PMC.

Aspecto Social:

A participação comunitária é essencial em cada etapa do plano

GIRS. Muitos dos Esquemas exigirão, portanto, a conscientização e

capacitação como um precursor para sua implementação

propriamente dita. Os benefícios do plano devem recair sobre todos os

membros da sociedade. A PMC também deve adotar medidas

imediatas no acompanhamento dos Esquemas projetados para

melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores de saneamento e

catadores.

Geração de emprego e benefícios financeiros para a

comunidade de Crateús é outro ponto chave a ser considerado. É

essencial que quaisquer benefícios econômicos através de projetos de

reciclagem, recuperação de resíduos, geração de biogás, etc. sejam

traduzidos em benefícios quantificáveis para os cidadãos de Crateús.

1 Esquemas detalhados de programas, projetos e ações para serem implementados

no bojo do PMGIRS.

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Isso irá incentivar a participação da comunidade e assegurar a

sustentabilidade no longo prazo do plano.

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de

Crateús é oferecido em dois volumes:

Este Volume 1 tem como objetivo apresentar o Plano de Ação

Estratégica para o Município de Crateús, com o intuito de levar adiante

a sua implementação. Ao mesmo tempo, demonstra a aplicação de

um processo de planejamento estratégico relevante para a gestão

pública municipal e outras partes interessadas. O presente exemplar

ilustra a metodologia para o desenvolvimento de planos de ação

estratégica, utilizando uma abordagem conduzida dentro do binômio

consulta e consenso.

Já o Volume 2, contém os Esquemas com as estratégias de

implementação, essenciais para estabelecer um sistema integrado de

gestão de resíduos que vai desde sua geração até a disposição final

dos rejeitos. A tarefa é particularmente difícil porque as definições

variam, as estatísticas são escassas e incompletas e uma visão geral é

limitada. Neste contexto, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos para Crateús, que foi desenvolvido a partir de dados coletados

que seguem este Plano de Ação Estratégica, é essencial e necessário

para que no curto prazo se possa ter uma cenarização melhor

embasada.

Volume 1 - Plano de Ação Estratégica e

Volume 2 - Esquemas para Implementação do Plano de

Ação Estratégica.

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O Plano de Ação Estratégica aqui oferecido é, portanto, baseado

nos resultados das oficinas realizadas com professores, estudantes,

catadores de material reciclável, técnicos das secretarias municipais,

entidades representativas da sociedade e as inúmeras discussões e

reuniões com os funcionários da secretaria de meio ambiente. Os

relatórios foram compilados dentro de tempo e recursos limitados. As

fontes de informação são relatórios anuais dos prestadores de serviços,

Prefeitura Municipal, relatórios de licenciamentos ambientais, outros

relatórios de pesquisa relevantes que foram disponibilizados e questões

específicas de pesquisa ambiental. Todas as informações foram

coletadas de entrevistas/debates com o pessoal da PMC, vários

fornecedores de tecnologia que trabalham no setor dos resíduos,

associação de catadores, professores e outras representações locais. Os

dados coletados, portanto, representam a captação da situação de

fato existente ao longo dos últimos dois anos e sua utilização para

desenvolver um modelo de Plano de Ação Estratégica.

O conjunto de diretrizes que constam neste Plano pode ser usado

pelo Município de Crateús para desenvolver seus planos de ação

estratégica específicos. Alocação de orçamento, tempo e recursos

humanos para a coleta primária de dados, atualização de dados e

gerenciamento de dados para atualizar periodicamente o plano de

ação constituem passos que devem ser necessariamente

desenvolvidos. Vale ressaltar que os Planos de Ação são dinâmicos, por

buscarem refletir ações da própria sociedade, e precisam ser

monitorados, atualizados e fortalecidos como exigido pelas situações

externas e internas. Isso impõe que os planos de ação sejam bem

apoiados por meio da adoção institucional apropriada com instruções

de trabalho e adequada e criteriosa atribuição de responsabilidades.

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Preâmbulo

O Brasil está em meio à implantação da PNRS – Política Nacional

de Resíduos Sólidos, criada através da Lei n.º 12.305/2010, que impõe

aos municípios a elaboração de Planos de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos. O prazo estabelecido para o cumprimento desta meta

esvaiu-se em 02 de agosto de 2012, enquanto que o prazo previsto para

erradicação de lixões findou em 02 de agosto de 2014.

A PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental, criada

através da Lei n.º 9.795/99 propõe-se a estabelecer os “processos por

meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,

essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”, segundo

seus próprios termos e definições.

Por um eixo, ambas, enquanto políticas públicas, buscam a

solução do que fazer com os resíduos. A primeira delas numa

perspectiva que abrange desde sua geração até sua destinação final,

passando nesse entremeio pelas etapas consagradas em princípios da

Agenda 212 como os 3R3. Já pelo outro eixo, da educação ambiental,

trata do que pode ser chamado de cidadania na sociedade de risco.

Tem a tarefa de, na visão de Denise Nunes, “sensibilizar os cidadãos

para formação de uma conscientização ética, a fim de minimizar os

efeitos da degradação ambiental para obtenção de um meio 2 É um plano de ação acordado por 179 países membros das Nações Unidas, durante

a Rio 92, para ser adotado global, nacional e localmente, nos temas proteção

ambiental, justiça social e eficiência econômica. 3 Redução do uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes

geradoras);Reuso dos produtos já existentes; Reciclagem de materiais, como forma de

tornarem ao ciclo produtivo como matéria-prima e não como rejeitos encaminhados

aos aterros.

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ambiente ecologicamente sadio e equilibrado”. Enfim, lida com a

ameaça de rompimento do equilíbrio ecológico do Planeta.

Tais políticas, em que pese a existência de metas de curto,

médio e longo prazos, envolvem aspectos cujos resultados mais

apreciáveis são geracionais, o que passa necessariamente pela

construção do conhecimento.

A destinação dos resíduos tem sido nos últimos anos uma

grande preocupação da sociedade global. Cresce não só no Brasil o

número de notícias relacionadas com responsabilizações de natureza

ambiental decorrentes da inadequada disposição de resíduos

efetivadas no passado.

A responsabilidade da atividade pública e privada com

relação ao meio ambiente vincula-se fortemente à ideia de que, para

uma organização ser sustentável, além de zelar por sua viabilidade

econômico-financeira, deve minimizar seus impactos ambientais

negativos e agir em conformidade com as justas expectativas da

sociedade.

De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil

2013, 11ª edição do relatório anual da ABRELPE – Associação Brasileira

de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, lançado em 04

de agosto de 2014, apesar dos marcos legais existentes, o Brasil ainda

tem muitos desafios a serem superados na gestão de resíduos sólidos.

Os dados do Panorama 2013 revelam que cerca de 60% dos

municípios brasileiros ainda encaminham seus resíduos para locais

inadequados e destes quase a metade utilizam lixões. O estudo aponta

ainda que a geração total de resíduos no Brasil em 2013 foi de

76.387.200 toneladas, representando um incremento da ordem de 4,1%,

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índice que é superior à taxa de crescimento populacional no país no

período, que foi de 3,7%.

Ainda conforme os dados apresentados no Panorama, com

relação à coleta seletiva nas regiões brasileiras o estudo mostra uma

discreta evolução. Mesmo assim, na região nordeste 59,6% dos

municípios declararam não haver iniciativas de coleta seletiva,

enquanto 40,4% afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva.

Segundo o estudo “Três anos após a regulamentação da

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): seus gargalos e

superações“ encomendado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza

Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e a Associação Brasileira de

Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP) para a

PricewaterhouseCoopers Corporate Finance& Recovery Ltda,

publicado em 2014, “a maioria das prefeituras ainda não dispõe de

recursos técnicos e financeiros para solucionar os problemas ligados à

gestão de resíduos sólidos.” Também, os municípios raramente “utilizam-

se das possibilidades e vantagens da cooperação com outros entes

federados por meio do estabelecimento de consórcios públicos”

conforme previstos na Lei de Saneamento Básico (Lei no 11.445/2007) e

Lei de Consórcios Públicos (Lei no 11.107/2005) e de seus respectivos

decretos regulamentadores (Decreto no 7217/2010 e Decreto no

6.017/2007).

O estudo destaca ainda que a dificuldade dos municípios em

estipular uma taxa de resíduo sólido condizente com a realidade dos

gastos e a geração de cada município pode ser atribuída, em parte, à

falta de atualização das informações e da imprecisão dos sistemas de

pesagem. O estudo diz ainda que a instituição da cobrança “precisa

ser de forma eficaz e eficiente, sendo necessária a profissionalização

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desses sistemas, bem como o correto controle financeiro e

operacional.”

No entanto, para o correto funcionamento de um sistema de

gestão de resíduos, não basta que o mesmo contemple apenas a

cobrança de taxa, a instalação do aterro sanitário e a consolidação da

coleta seletiva. Faz-se necessário que todas essas ações integrem-se em

um sistema amplamente planejado e articulado, com uma visão

integrada de todos os fluxos de resíduos e todas as fases da gestão dos

resíduos, levando a uma maior eficiência sistêmica.

A Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos refere-se a uma

abordagem estratégica para o gerenciamento sustentado de resíduos

sólidos através da utilização de um formato compreensivo e integrado

gerado através de ações preventivas sustentáveis para a utilização

complementar de uma variedade de práticas de manejo de resíduos

sólidos de modo seguro e efetivo.

Nesse contexto, o Plano Municipal de Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos constitui-se em um dos principais instrumentos de

implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz entre

seus objetivos a intensificação de ações de educação ambiental, a

promoção da inclusão social e o incentivo a indústria de reciclagem.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - Definições

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei

12.305/10, reúne o "conjunto de princípios, objetivos, instrumentos,

diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente

ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios

ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento

ambientalmente adequado dos resíduos sólidos"

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Segundo seu Art. 5º, esta integra "a Política Nacional do Meio

Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação

Ambiental, regulada pela Lei nº9.795, de 27 de abril de 1999, com a

Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de

2007, e com a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005."

Para os efeitos desta Lei, o seu Art. 3º traz as seguintes definições:

I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder

público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,

tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo

ciclo de vida do produto;

II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela

disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;

III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela

disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis;

IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o

desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos,

o processo produtivo, o consumo e a disposição final;

V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidospreviamente segregados

conforme sua constituição ou composição;

VI - controle social: conjunto de mecanismose procedimentos que

garantam à sociedade informações e participação nos processos

deformulação, implementação e avaliação das políticas públicas

relacionadas aos resíduos sólidos;

VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos

que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem,a recuperação e

o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos

órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a

disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a

evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os

impactos ambientais adversos;

VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada

de rejeitos em aterros, observando normas operacionais saúde pública e

à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito

público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas

atividades, nelas incluído o consumo;

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X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas,

direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,

tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de

acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou

com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma

desta Lei;

XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas

para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar

as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com

controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável;

XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo

de bens eserviços de forma a atender as necessidadesdas atuais

gerações e permitir melhorescondições de vida, sem comprometer

aqualidade ambiental e o atendimento dasnecessidades das gerações

futuras;

XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que

envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou

biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos,

observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos

competentes do Sisnama e, se couber,do SNVS e do Suasa;

XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as

possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos

disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra

possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado

resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final

se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos

estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede

pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções

técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia

disponível;

XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos:

conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos

titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos

resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos

gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana

e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos

termos desta Lei;

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Para os efeitos desta Lei, o Art. 13 classifica os resíduos sólidos conforme

transcrito abaixo:

I - quanto à origem:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em

residências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de

logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas "a" e "b";

d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços:

os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas "b", "e",

"g", "h" e "j";

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados

nessas atividades, excetuados os referidos na alínea "c";

f) resíduos industriais: os gerados nosprocessos produtivos e instalações

industriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,

conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos

órgãos do Sisnama e do SNVS;

h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,

reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os

resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e

silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas

atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos,

aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e

passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa,

extração ou beneficiamento de minérios;

XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem

sua transformação biológica, física ou físicoquímica, observadas as

condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do

Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

XIX - serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos:

conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.

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II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de

inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,

carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam

significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com

lei, regulamento ou norma técnica;

b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea "a".

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1.INTRODUÇÃO

O município de Crateús está localizado na porção oeste do

Estado do Ceará, com distância de 350 (km) da capital Fortaleza, situa-

se na macrorregião do Sertão de Inhamuns, pertence à microrregião do

Sertão de Crateús e mesorregião Sertões Cearenses.

Figura 1- Mapa de localização de Crateús.

Fonte: Adaptado do IBGE, 2010.

Sua área absoluta é de 2.924,143 (km2) e altitude 274,7 (m). Suas

coordenadas geográficas são 5º10'42" de latitude Sul e 40º40'39" de

longitude oeste. Municípios limítrofes são Poranga, Ipaporanga,

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tamboril, Independência, Novo Oriente e o estado do Piauí (limite ainda

em litigio com o Ceará). (IBGE, 2013).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,

Crateús é município originário de Marvão, no Piauí. Conforme a Lei geral

nº 06-07-1832, elevou as terras à categoria de vila, com a denominação

de Príncipe Imperial. Em 1880, a vila é desmembrada da antiga

província do Piauí e passa a fazer parte do Ceará. Ainda no século XIX,

por meio do decreto nº 1, de 02-12-1889, o local passou a denominar-se

Crateús, e em 1911, foi elevado à categoria de cidade.

Em 1920, a divisão administrativa fixou para o município os distritos

de Crateús, Barrinha e Santana. No ano de 1929, o distrito Barrinha

passou a denominar-se Ibiapaba, e no mesmo ano é formado mais um

distrito: Irapuá. Na divisão administrativa de 1933, o município aparece

dividido em cinco distritos: Crateús, Graça, Ibiapaba, Irapuá e Tucuns.

Em 1938, Irapuá é rebaixado a povoado, e Graça muda o nome para

Chaves, e mais dois distritos são criados: Oiticica e Poti. Em 1944, Chaves

muda o nome para Rosa.

No início da segunda metade dos anos 1950, Irapuá é novamente

elevado à categoria de distrito e é criado mais um: Montenebo. Em

1955, mais um distrito é criado: Santo Antônio. Em 1966, Ibiapaba se

emancipa de Crateús e anexa o distrito de Oiticica, e no mesmo ano

Montenebo também se emancipa com o nome de Monte Nebo. Em

1965, os extintos municípios de Ibiapaba e Montenebo (ex-MonteNebo)

são anexados a Crateús.

Em meados dos anos 1990, Crateús forma mais cinco distritos:

Assis, Curral Velho, Lagoa das Pedras, Realejo e Santana. Em divisão

territorial datada de 14-5-2001, o município é constituído de 13 distritos:

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Crateús, Assis, Curral Velho, Ibiapaba, Irapuá, Lagoa das Pedras,

Montenebo, Realejo, Santana, Oiticica, Poti, Santo Antônio e Tucuns.

A população do município é de 72.812 habitantes. Sua maior

concentração é na área urbana compreendendo 52.644 habitantes,

representando 72,30% da população. Já na área rural residem 20.168

habitantes, representando 27,7%, esta população é distribuída entre

48,77% de mulheres e 51,23% de homens. Grande parte da população

57,12% possui idade entre 14 e 64 anos. O IBGE estimou uma população

para o ano de 2013 em torno de 73.103 habitantes. (IBGE, Censo

demográfico 2010).

Esta população gera atualmente cerca de 1.200 toneladas de

resíduos sólidos urbanos por mês, de um total de 19 bairros e 13 distritos.

Desse montante, uma média de 18 toneladas são materiais recicláveis

coletados e triados pelos catadores da Recicratiú, e os rejeitos são

transferidos para o "lixão", localizado próximo a séde Crateús. De

acordo com as informações do prestador de serviços de limpeza

pública contratado pela Prefeitura, por meio de licitação (Master

Ambiental Ltda.), os resíduos são coletados diariamente e

descarregados diretamente no solo deste mesmo "lixão" da cidade.

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Figura 2 - Mapa do município de Crateús e seus distritos.

Fonte: SEMAM

Quadro 1 – Identificação dos bairros com as suas respectivas populações residentes

População residente por bairro

Bairro/ Município Total (Pessoas)

Centro- Crateús-CE 3.547

Cidade Nova 4591

Patriarcas 1054

Cidade 2000 1194

Cajás 974

José Rosa 2076

Venâncio 4709

São Vicente 5426

Ipase 1288

Maratoan 748

Santa Luzia 656

Campo Velho 1069

Nova Terra 638

Planalto 2552

Fátima II 4722

Fátima I 3217

Altamira 3808

São José 2457

Ponte Preta 506

Fonte: IBGE, 2010.

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1.1 Aspectos Ambientais

1.1.1 Clima

Segundo dados do INMET (2014), o município de Crateús possui

clima tropical quente semiárido, temperatura média 26° e 28 °C. A

pluviosidade é de aproximadamente 747 mm, média histórica, com

chuvas concentradas de janeiro a abril.

Atualmente a temperatura média está em torno de 27,2°C, sendo

os meses mais quentes outubro e novembro, ambos com temperatura

de 29,4°C, e abril e maio sendo os mais frios, com 25,6º, cada. (Instituto

Nacional de Meteorologia – INMET, 2014).

1.1.2 Solo

Conforme o IPECE 2013, as terras de Crateús fazem parte da

depressão sertaneja, tendo no lado oeste do município a Serra Grande,

com elevações próximas de 700 metros. Os tipos de solo encontrados

na região são: Neossolos, luvissolos, latossolos, palnossolos e argissolos,

segundo a nova nomenclatura do Sistema Brasileiro de Classificação

dos Solos – SiBCS (2013).

Figura 3 - Solos-paisagens da região nordeste do Brasil.

Fonte: http://www.pedologiafacil.com.br/solopaisagem.php

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Características dos solos do município, segundo SiBCS:

Neossolos: São solos pouco desenvolvidos seja em razão da própria

natureza do material quartzoso, além dos fatores de formação (clima,

relevo ou tempo) ou material orgânico com espessura inferior a 20cm,

não apresentando qualquer tipo de horizonte B, resultando em pouca

evolução pedogenética.Os Neossolos podem apresentar alta

(eutróficos) ou baixa (distróficos) saturação por bases, acidez e altos

teores de alumínio e de sódio. Variam de solos rasos até profundos e de

baixa a alta permeabilidade.

Luvissolos: Solos minerais não hidromórficos definidos pelo SiBCS

(Embrapa, 2006) pela presença de horizonte subsuperficial diagnóstico

textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A,

exceto A chernozêmico, ou sob horizonte E, argila de atividade alta e

saturação por bases alta. Estes solos variam de bem a imperfeitamente

drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120cm), com

nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de

textura, cor e/ou estrutura entre eles. Grande parte dos solos desta

classe possui mudança textural abrupta (alto gradiente textural).

Latossolos: Grupamento de solos com B latossólico; evolução muito

avançada com expressiva latolização (ferralitização ou laterização);

intemperização intensa dos minerais primários e secundários menos

resistentes e concentração relativa de argilominerais resistentes e/ou

óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, com inexpressiva mobilização ou

migração de argila, ferrólise, gleização ou plintitização. Os latossolos são

passiveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e

reflorestamento, um fator limitante é a baixa fertilidade.

Palnossolos: Esta classe compreende solos com horizonte B textural,

normalmente com argila de atividade alta, saturação com sódio.

Drenagem imperfeita, apresentando problemas de encharcamento

durante o período chuvoso e ressecamento e fendilhamento durante a

época seca. O conjunto de solos dessa classe ocorrem geralmente em

áreas de relevo plano ou suave ondulado, especialmente em regiões

sujeitas à estiagem prolongada e em condições de clima semiárido.

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Argissolos: São solos minerais, não-hidromórficos, com horizonte A ou E

(horizonte de perda de argila, ferro ou matéria orgânica, de coloração

clara) seguido de horizonte B textural, com nítida diferença entre os

horizontes. Apresentam horizonte B de cor avermelhada até amarelada

e teores de óxidos de ferro inferiores a 15%. Podem ser eutróficos,

distróficos ou álicos. Têm profundidade variadas e ampla variabilidade

de classes texturais. Na Região do Cerrado, as classes mais comuns de

Podzólicos são o Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e Podzólico

Vermelho-Escuro (PE). Esse último distingue-se pela coloração

avermelhada mais escura e teor de óxidos de ferro mais elevado.

Alguns podzólicos podem mostrar características intermediárias com

outras classes de solos, como pouco desenvolvimento de estrutura e

cerosidade, próprios de latossolos ou cambissolos.

1.1.3 Relevo

O relevo do município é caracterizado principalmente por

Depressões Sertanejas, Maciços Residuais e Planalto da Ibiapaba.

Figura 4 - Depressões Sertanejas.

Fonte: http://professormarcianodantas.blogspot.com.br/2012/10/ceara.html

As Depressões Sertanejas são típicas da região semiárida do

Nordeste. Apresenta-se em pediplano com relevo monótono, suave-

ondulado, com vales estreitos e vertentes dissecadas. As altitudes

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variam de 20 a 500 m. Possui ainda elevações residuais com altitudes de

500 a 800 m, que testemunham os ciclos de intensa erosão nesta região.

Já os maciços Residuais por sua vez, trata-se dos maciços antigos

constituído por rochas metafóricas ou intrusivas revestidos

prioritariamente por florestas perenifólicas ou subperenifólicas, evolução

associada com os processos de dissecação do relevo.

O Planalto da Ibiapaba, por sua vez, está localizado na porção

ocidental do território cearense, limitando em toda sua fronteira com o

Estado do Piauí. No sentido de norte para sul, após o boqueirão

formado pelo rio Poty, a caatinga predomina nesse espaço, refletindo

na diminuição das precipitações.

1.1.4 Vegetação

De acordo com o IPECE (2013), a cobertura vegetal

predominante na região de Crateús é Caatinga Arbustiva Aberta,

Carrasco, Floresta Caducifólia Espinhosa e Floresta Subcaducifólia

Tropical Pluvial.

Figura 5 - Paisagem da Caatinga: arbórea-arbustiva.

Fonte: Agência Embrapa de Informação Tecnológica4

4http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/bioma_caatinga/arvore/CONT000fxt4

2i5k02wyiv804u7ypccpiahjr.html

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Na classificação dessa vegetação, de acordo com RIZZINI (1997), a

caatinga é um complexo vegetacional constituído por arvoretas e

arbustos decíduos durante a seca, com presença frequente de

espinhos, cactáceas, bromeliáceas e ervas, quase todas anuais.

Apresenta ainda muitos râmulos secos e duros, mais ou menos

espiniformes. Já as folhas são pequenas e compostas.

1.2 Aspectos Demográficos

A população do município é de 72.812 habitantes. Sua maior

concentração é na área urbana compreendendo 52.644 habitantes,

representado 72,30% da população. Já na área rural residem 20.168

habitantes, representando 27,7%, está população é distribuída entre

48,77% de mulheres e 51,23% de homens. Grande parte da população

57,12% possui idade entra 14 e 64 anos. O IBGE estimou uma população

para o ano de 2013 entorno de 73.103 hab. (IBGE, Censodemográfico

2010).

Quadro 2 – Índices demográficos dos distritos de Crateús

Índices demográficos dos distritos de Crateús

Distritos

habitantes

Área total

(km2)

Densidade demográfica

(hab./km2)

Crateús (sede) 47359 520,8 90,94

Assis 1298 134,7 9,64

Curral Velho 2436 202,1 12,05

Ibiapaba 2179 215,5 10,11

Irapuã 1748 477,5 3,66

Lagoa das

Pedras 1850 100,1 18,48

Montenebo 2940 101,5 28,97

Oiticica 207 181,5 1,14

Poti 1411 163,8 8,61

Realejo 2973 177,9 16,71

Santana 2094 181,7 11,52

Santo Antônio 4363 408,9 10,67

Tucuns 1954 111,4 17,54

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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A taxa demográfica de crescimento anual é de 0,27%, área urbana

1,02% e rural de -1,45%, desta forma percebe-se uma grande evasão

rural.

Tabela 1 – Domicílios particulares ocupados.

Situação

Domicílios particulares ocupados

Quantidade

Média de moradores

Município Estado

Urbano 15931 3,30 3,49

Rural 5794 3,49 3,79

Total 21725

Fonte: IPECE, 2010.

1.3 Infraestrutura

1.3.1 Abastecimento de água

De acordo com dados apresentados no Diagnóstico do Plano de

Saneamento Básico de Crateús, a CAGECE (Companhia de água e

esgoto do Ceará, 2014) descreve o índice de cobertura de

abastecimento dos domicílios da Sede de Crateús como praticamente

constante, estando em 2014 com 99,96% de economias cobertas

(Tabela 2).

Tabela 2 – Domicílios particulares permanentes segundo formas de abastecimento de

água - 2010.

Fonte: IBGE, 2010.

Formas de abastecimentos Município

2010 %

Ligada a rede geral 15.650 72,09

Poço ou nascente 1.199 5,52

Outra 4.861 22,39

Total 21.710 100

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1.3.2 Esgotamento sanitário

Conforme o PMSB, o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do

município de Crateús contempla em grande maioria a zona urbana do

distrito sede, enquanto na sua zona rural e nos demais distritos são

empregadas, principalmente, soluções individuais como fossas sépticas,

fossas rudimentares, valas, entre outras alternativas.

Tabela 3 – Domicílios particulares permanente segundo formas de esgotamento

sanitário - 2010.

Tipos de esgotamentosanitário Município

2010 %

Rede geral ou pluvial 9.135 42,08

Fossa septic 1.583 7,29

Outra 8.377 38,59

Não tinham banheiros 2.615 12,05

Total 21.710 100

Fonte: IBGE, 2010.

1.3.3 Fornecimento de energia

O fornecimento de energia abrange 99,18% dos domicílios e a

coleta de resíduo comum 69,39%. (IBGE, Censo demográfico, 2010).

1.4 Aspectos Sociais

1.4.1 Saúde e Educação

O município possui 32 unidades de saúde ligadas ao Sistema

Único de Saúde (SUS), sendo 27 públicas e 5 privadas.

Quadro 3 – Principais indicadores de saúde - 2012.

Discriminação Principais indicadores de saúde

Município Estado

Médicos/1000hab. 0,62 1,19

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Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, 2012.

O índice médio de escolaridade é elevado para a educação

fundamental, 90,43%, entretanto o valor é mais baixo para a educação

de caráter médio, apenas 47,98%.

Quadro 4 – Indicadores educacionais no ensino fundamental e médio – 2012.

Discriminação Indicadores educacionais

Ensino Fundamental (%)

EnsinoMédio

(%)

Escolarização líquida 90,43 47,98

Aprovação 88,41 82,64

Reprovação 8,97 8,5

Abandono 2,62 8,875

Alunos por sala de aula 27,80 21,56

Fonte: Secretaria da Educação Básica (SEDUC) e IPECE, 2013.

1.4.2 Índice de Desenvolvimento

Crateús está no 61º lugar do ranking do índice desenvolvimento

municipal e no índice de desenvolvimento humano (IDH) ocupa a 31º

colocação dentre as cidades brasileiras. Os extremamente pobres (com

rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70,00), representam

22,25% da população do município. (IPECE, 2013).

5 Disponível em http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/pbm-

2013/Crateus.pdf

Dentistas/1000hab. 0,37 0,33

Leitos/1000hab. 2,16 2,47

Unidades de saúde/1000hab. 0,44 0,42

Taxa de internação por AVC (40 anos

ou mais) /10.000hab. 23,6 17,28

Nascidosvivos 1.046 124.040

Óbitos 18 1.586

Taxa de mortalidade infantil/1.000

nascidos vivos 17,21 12,79

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Tabela 4 – População extremamente pobre: (com rendimento domiciliar per capita

mensal de até R$ 70,00) - 2010.

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.

1.5 Atividade Econômica

A atividade econômica do município se apoia no setor de

serviços, fundamentalmente o comércio. O setor possui 1.428

estabelecimentos comerciais distribuídos entre: 17 atacadistas, 1.408

varejistas e 3 de reparações de veículos, objetos pessoais e de uso

doméstico. (IPECE, Perfil Básico Municipal, 2012).

O setor de serviços conforme dados obtidos do IBGE 2010

concentrou 82,34% do PIB do município, a atividade industrial representa

13,15% e o setor agropecuário 4,51%.

Quadro 5 – Produto Interno Bruto - 2010.

Produto Interno Bruto – 2010

Discriminação Município Estado

PIB a preços de mercado (R$ mil) 384.606 77.865.415

PIB per capita (R$ 1,00) 5.729 9.217

Fonte: IBGE, Censo 2010

2. ABORDAGEM METODOLÓGICA DA ELABORAÇÃO DO

PMGIRS

Como já mencionado, para o desenvolvimento das etapas do

trabalho foi considerada uma abordagem de consulta e consenso,

Discriminação População extremamente pobre

Valores absolutes %

Urbana 8.201 15,58

Rural 8.220 40,76

Total 16.421 22,55

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levando em conta aspectos administrativos e legais, além dos

mecanismos de financiamento. Para tanto, foram realizadas reuniões

periódicas para coleta dos dados e informes, levantamento de

experiências, pesquisas em fontes secundárias, aplicação de oficinas

para grupos específicos visando à organização do processo de

elaboração do Plano, bem como o embasamento do diagnóstico e

alternativas a serem aplicadas para definição do modelo de gestão e

manejo dos resíduos sólidos, bem assim as estratégias para a efetiva

implantação do plano proposto.

2.1 Tipos e Métodos de Pesquisa

Foram utilizados aqui estudos exploratórios e descritivos

combinados.

Estudos exploratórios são investigações de pesquisa empírica que

têm como finalidade a formulação de questões, aumentando a

familiaridade de um ambiente para uma pesquisa futura mais

detalhada.

A pesquisa exploratória visa um maior conhecimento sobre o

tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriada

para os primeiros estágios de investigação quando a familiaridade, o

conhecimento e a compreensão de um cenário são, geralmente,

insuficientes ou inexistentes.

Estudos descritivos buscam identificar as propriedades importantes

do objeto de análise. Visa dar um panorama mais preciso do ambiente

a ser estudado sem fazer correlações. Empregam tanto descrições

qualitativas como quantitativas.

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Figura 6 – Desenho da Pesquisa.

Fonte: Elaborado pelos autores.

2.2 Levantamento de Dados e Informações

Os dados que embasaram a formulação deste trabalho são de

natureza primária – aqueles que são coletados em primeira mão,

especificamente para o objetivo do estudo– e secundária – dados já

existentes, oriundos de outros estudos, que possuem objetivos diferentes

do estudo em pauta.

Os dados relativos à população, história e geografia do município

e região, foram obtidos por meio de consulta ao banco de dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)6, e os aspectos

ambientais foram levantados junto ao Instituto Nacional de

Meteorologia – INMET7, e Perfil Básico Municipal – IPECE8.

A pesquisa das informações relativas à legislação municipal,

influências e operacionalização do sistema de gerenciamento de

6 Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br 7 Disponível em http://www.inmet.gov.br/portal/ 8 Disponível em http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes

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resíduos sólidos e demais aspectos pertinentes à limpeza urbana,

existente no município, foi feita através da análise documental

fornecida pelos órgãos oficiais do município, bem como visitas às

empresas prestadoras de serviços.

A percepção dos moradores do município quanto aos resíduos

sólidos e sua forma de segregação na fonte e destinação, cuja análise

consta neste Volume, foi levantada através da aplicação de um

questionário durante uma audiência pública para apresentação do

Diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico.

O cenário atual da Educação Ambiental formal no município foi

levantado através da aplicação de um pré-teste e análise de matrizes

dos problemas e potencialidades ambientais, aplicados durante um

curso de capacitação para professores da rede municipal, visando

subsidiar, teórica e metodologicamente, a inserção da dimensão

ambiental nos currículos do ensino fundamental e médio.

2.3 Tratamento de Dados e Informações

As informações coletadas foram tabuladas em planilhas que

relaciona o município com as variáveis consideradas relevantes para

representar a situação atual da gestão dos resíduos sólidos.

Após tabuladas, as informações foram submetidas a um processo

de análise, eliminando aquelas cujos desvios mostraram-se fora do

padrão. A partir das tabelas finalizadas, foram gerados gráficos para

dar suporte as projeções e inferências apresentadas ao longo deste

Volume.

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3. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Este capítulo contém as informações sobre os resíduos sólidos e

seus fluxos globais incluindo o quanto de que tipo de resíduo é

descartado por cada setor gerador, quais são os caracteres

demográficos e socioeconômicos que influenciam as tendências atuais

e futuras da geração de resíduos sólidos. As características e

quantidades de resíduos sólidos são vitais para o desenvolvimento do

cenário atual e projetado para:

a) Desenvolvimento de um plano de gestão integrada de resíduos

sólidos;

b) A geração de informações abrangentes sobre a quantidade e

o tipo de materiais recicláveis e compostáveis para priorizar as

oportunidades de recuperação;

c) O desenvolvimento de linha de base para a medição contínua

de longo prazo do desempenho do sistema;

d) Geração de informações sobre os diferentes sub-fluxos de

resíduos para projetar, implementar e monitorar um sistema eficaz e

eficiente para a coleta, transporte, reciclagem, tratamento, valorização

e eliminação de vários fluxos de resíduos sólidos; e

e) Fornecimento de comparação da composição dos resíduos e

as realizações de desvio de resíduos para melhorias contínuas na gestão

integrada de resíduos sólidos.

A destinação final predominante revelada durante a coleta de

dados em Crateús é o "Lixão" do município. Alguns catadores

independentes fazem triagem neste destino e vendem o material

coletado para compradores do município. Esse volume de material

reciclável não foi computado nesse trabalho, em função da dificuldade

de acesso a essas informações por tratar-se de uma atividade ilegal.

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3.1 Resíduos Sólidos Urbanos

De acordo com o estabelecido na Política Nacional de Resíduos

Sólidos, os resíduos sólidos urbanos (RSU) englobam os resíduos

domiciliares, originários de atividades domésticas em residências

urbanas, e os resíduos de limpeza urbana, originários da varrição,

limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza

urbana.

3.1.1 Resíduos Domiciliares

No ponto de geração

A coleta de dados dos resíduos para caracterização e

quantificação foi conduzida nos seguintes passos:

Passo 1 - Definição das condições socioeconômicas:

Isso foi feito através das informações do Sistema de IPTU da

Prefeitura de Crateús, 2013 e da equipe da Secretaria de Meio

Ambiente.

Com base nessas informações, foi analisado que os moradores da

cidade podem ser divididos em 3 grupos sócioeconômicos: A (classe

alta), B (classe média) e C (classe baixa). Estas representações foram

amostradas nos bairros Planalto, Fátima II e Maratoan, respectivamente.

Passo 2 - amostragem para a quantificação e caracterização dos

resíduos. Aamostragem foi feita da seguinte forma:

Coleta porta a porta em unidades residenciais nas classes

sócioeconômicas A, B e C.

Todas as amostras foram analisadas para a quantidade e

composição dos resíduos. Foram feitas 3 amostras nos dias da coleta

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convencional - segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira - em 9

residências, totalizando 27 amostras.

Devido a similaridade nas características de geração, os bairros

Planaltos e Fatima II foram tratados juntos, conforme demonstrado na

tabela e gráfico abaixo.

Quadro 6 – Amostragem no ponto de geração - bairros Fátima II e Planalto.

Tipologia Volume (Kg)

Papel 2

Pet 3

Papelão 4

Tetra Pak 2

Plástico rígido 4

Plástico mole 1,5

Aluminio 0,2

Vidro 1

Ferro 0,2

Orgânico 33

Rejeito 20

Total 70,9 Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 7 – Amostragem (1) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto

de geração.

Fonte: Elaborado pelos autores.

2 3 4 2

4 1,5

0,2 1 0,2

33

20

0

5

10

15

20

25

30

35 Bairros Fátima II e Planalto

Papel

Pet

Papelão

tetra Pak

Plástico rígido Plástico mole Aluminio

Vidro

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Os resíduos amostrados no bairro Maratoan estão expressados abaixo.

Quadro 7 – Amostragem no ponto de geração - bairro Maratoan.

Tipologia

Volume

(Kg)

Papel 2,5

Pet 0,3

Papelão 1

Plástico rígido 0,1

Plástico mole 1

Tecido (orgânico) 1

Aluminio 0,1

Orgânico 6,5

Rejeito 2,5

Total 15 Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 8 – Amostragem (2) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto

de geração.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Dos dados acima, as seguintes inferencias podem ser

desenhadas:

1. As classes A/B e C produziram, basicamente, o mesmo tipo de

resíduos, com substancial diferença nas quantidades.

17%

2%

7%

0%

7%

7%

0% 43%

17%

Quarteamento do bairro Maratoan

Papel

Pet

Papelão

Plástico rígido

Plástico mole

Tecido (orgânico)

Aluminio

Orgânico

Rejeito

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49

2. Com relação a composição (especialmente percentagem de

fração orgânica) na classe C é maior que nas classes A/B,

seguindo a tendência esperada.

3. Com relação ao rejeito, a classe C mostra um resultado menor,

o que sugere a presença de catadores no bairro, que

provavelmente segregam melhor os resíduos pelo seu valor

comercial.

4. Nas classesA/B, o papelaparece como um dos menores

volumes, inferindo maior número de pessoas trabalhando fora.

Enquanto que na classe C é um dos mais expressivos. Uma

melhor investigação deve ser feita na classe C para identificar

a razão.

A partir da projeção populacional, pode-se calcular a estimativa

da média de geração de resíduos pela estratificação em classe

econômica A, B e C, utilizando a geração diária per capita de 0,800 Kg.

O total aproximado de resíduos sólidos urbanos gerados é cerca de 42

ton/dia.

No ponto de destinação

A classificação e quantificação dos resíduos foram realizadas nos

seguintes passos:

Passo 1 - seleção do veículo coletor:

Tomando os mesmos grupos socioeconômicos definidos para

caracterização e quantificação do gerador: A (classe alta), B (classe

média), C (classe baixa), no ponto de disposição - "Lixão". O veículo foi

conduzido a um lugar previamente reservado para a caracterização e

quantificação.

Passo 2 - amostragem para a quantificação e caracterização de

resíduos:

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50

A partir da carga do veículo selecionado, foram recolhidas quatro

amostras de resíduos e, depois foi feita a mistura manual do material

contido nos sacos de plástico. Cada amostra pesava 200 litros cada, de

acordo com o processo de aplicação indicada pelo método

"quarteamento" (conjunto de diretrizes para Practitioners- UNEP, 2007).

As amostras foram separadas e classificadas de acordo com os grupos

de reciclagem (plásticos, vidros, metal, papel), resíduo orgânico e

rejeito.

Na análise realizada foi encontrada a seguinte composição,

conforme ilustram as figuras abaixo:

Figura 9 – Composição dos resíduos no ponto de disposição.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 10 – Comparação dos resíduos orgânicos com relação aos demais resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

44%

1% 4%

29%

3% 0%

1%

18%

Composição dos resíduos no Ponto de Disposição

Orgânico

Papel

Papelão

Plástico

Vidro

Metais

Textil

59%

41%

Amostras de resíduos orgânicos

Demais resíduos

Orgânico

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51

Figura 11 – Comparação do resíduo plástico com relação aos demais resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 12 – Comparação do rejeito com relação aos demais resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Analizando a composição dos resíduos sólidos dos bairros Planalto

e Fátima II(classe socioeconômica A/B) encontra-se uma clara visão de

que apenas 18% do volume de resíduos deveria estar sendo enviado

para o "Lixão". Conclui-se então que a maior parte dos resíduos

dispostos alí poderia voltar para o circuito mercantil, desde que a

população mudasse seu comportamento com relação à segregação

dos resíduos sólidos na fonte.

29%

71%

Amostras de resíduos de plásticos

Plástico

Demais resíduos

18%

82%

Amostras de Rejeitos

Rejeito

Demais resíduos

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52

3.1.2 Resíduos Recicláveis – Coleta Seletiva

Em funcionamento desde janeiro de 2012, o Programa de Coleta

Seletiva de materiais recicláveis do município de Crateús é

desenvolvido pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis

de Crateús – RECICRATIU, uma entidade sem fins econômicos fundada

em 30 de julho de 2009, em parceria com o Governo Municipal de

Crateús, setor privado e sociedade civil, proporcionando ocupação e

renda através da inclusão de 24 catadores de materiais recicláveis na

gestão dos resíduos sólidos do município, além de buscar a

sustentabilidade ambiental. Além da coleta porta-a-porta, o município

disponibiliza Ecopontos em locais estratégicos da cidade, conforme

listado no Quadro 8 abaixo. Estes foram instalados com o apoio

financeiro do Instituto Brasil Solidário.

Quadro 8 - Distribuição dos Ecopontos.

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús.

Nº LOCAL BAIRRO

01 SEMAM ALTAMIRA

02 PRAÇA GENTIL CAARDOSO CENTRO

03 GUARDA MUNICIPAL FÁTIMA II

04 POSTO SP FÁTIMA I

05 IFCE VENANCIOS

06 CENTRO ADMINISTRATIVO CENTRO

07 RODOVIÁRIA FÁTIMA II

08 MOREIRA DA ROCHA CENTRO

09 MERCADO CENTRAL CENTRO

10 GENTIL BARREIRAS SÃO VICENTE

11 IGREJA IMACULADA CIDADE NOVA

12 NOBRE LAR PLANALTO

13 ASSOCIAÇÃO CAMPO VERDE CAMPO VERDE

14 RUA JOSÉ PACHECO MARQUES PLANALTO/CAMPO VERDE

15 NOVA TERRA NOVA TERRA

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53

Por tratar-se de um Programa vinculadoà geração de renda, a

Prefeitura de Crateús juntamente com os seus parceiros vem buscando

maior eficiência na triagem e venda dos materiais triados, conforme

pode ser visto no Quadro 9 abaixo.

Quadro 9 – Material reciclável triado mensalmente e a renda geral com a venda

deste material.

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Material triado

/Ton 23890 27731 27625 27525 28386 28145 28958 30047 28446 28192 15500

Renda

Catadores/R$ 11.997 9.232 8.786 9.780 16.853 15.422 19.215 14.631 18.232 16.021 22.048

Fonte: SEMAM, Crateús.

As condicionantes do mercado de riclagem são muitas e devem

ser observadas com muita atenção. Da mesma maneira, a eficiência

do processo de triagem é uma variável importante na equação de

venda dos materiais. Nas Figuras 13 e 14 a seguir pode-se observar que

apesar do volume de material triado nos meses de outubro e novembro

ter caído, a renda aferida subiu. Considerando-se que não houve

aumento de preço no mercado global, pode-se inferir aqui que a

venda foi realizada diretamente nos grandes compradores ou na

indústria beneficiadora, beneficiando-se da exclusão de intermediários.

Figura 13 – Evolução da quantidade de material coletado em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.

0,00

5000,00

10000,00

15000,00

20000,00

25000,00

30000,00

35000,00

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

Material coletado /Ton/Mês

Material coletado /Ton

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54

Figura 14 – Evolução da renda dos Catadores em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.

A Figura abaixo aponta o papelão como o principal material,

“carro-chefe”, do galpão de triagem. Também tem destaque papel

branco e misto, seguido do ferro.

Figura 15 – Caracterização dos resíduos triados pela Recicratiú em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.

Pode-se observar na Figura 16 abaixo, qual o percentual que

cada tipo de resíduo triado representa na coleta seletiva.

R$ 0,00

R$ 5.000,00

R$ 10.000,00

R$ 15.000,00

R$ 20.000,00

R$ 25.000,00

JAN

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

JUL

AG

O

SET

OU

T

NO

V

Renda Catadores/R$/Mês

Renda Catadores/R$

0,00 20000,00 40000,00 60000,00 80000,00

100000,00 120000,00

Total em Kg coletado de cada tipo de resíduo -

2014

Total

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55

Figura 16 – Percentuais dos tipos de resíduo triados pela Recicratiú em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.

3.2 Resíduos Sólidos Industriais

Foram considerados aqui apenas os resíduos gerados na indústria

com característica de resíduos urbanos. Os resíduos do processo

produtivo não foram quantificados nem caracterizados.

No cadastro de empresas do município de Crateús foram

identificadas 5 indústrias, conforme dados coletados transcritos no

Quadro 10 abaixo.

Quadro 10 – Dados das indústrias de Crateús.

Produtos fabricados Nº de

funcionários

Média de

resíduos

gerado/mês

Destino

Antenas para celular

rural, com estimativa

de fabricar 2.000

antenas ao mês

possui 11

funcionários

Alumínio: 20Kg Revenda

Plástico: 4Kg Coleta Seletiva

Papelão: 4Kg Coleta Seletiva

Doces, com estimativa

de 8 toneladas ao mês

possui 11

funcionários

Papel: 20Kg Coleta Seletiva

Plástico: 20Kg Coleta Seletiva

Percentual Tipologia

Alumínio Misto

Alumínio Panela

Bateria

Cadeira

Ferro

Filme Branco

Filme Cor

Latinha de Aço

Litro Branco

Papel Branco

39%

10%

14%

11% 7%

5% 4%

4% 2% 2%

1% 1%

1%

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

56

Condimentos, sendo

no total fabricados 27

tipos de produtos, com

estimativa de 30 mil

quilos de produção ao

mês, destes 23 mil

quilos é de colorau

possui 25

funcionários

Papelão: 120Kg

Coleta Seletiva

Plástico: 20Kg Coleta Seletiva

Garrafas PET:

20Kg Coleta Seletiva

Portões, armários,

janelas, utensílios em

vidro e alumínio.

Estimativa de

produção mensal não

informada.

possui 07

funcionários

Vidro: 40 Kg Coleta Seletiva

Alumínio: 200 Kg Revenda

Beneficiamento de

sementes (milho e

feijão), com estimativa

de produção mensal

de 80 toneladas

(últimos 3 meses) e

produção máxima de

120 toneladas, devido

a sazonalidade.

possui 11

funcionários

Papelão: 40kG

Obs: Os demais

resíduos como

sabugo de milho

são vendidos e as

palhas são

reaproveitadas em

plantações dos

proprietários.

Quantidade não

informada.

Coleta Seletiva

Fonte: Elaborado pelos autores.

O Quadro 11 abaixo mostra os totais de cada tipo de resíduo

urbano gerado na Indústria local.

Quadro 11– Volume médio mensal dos resíduos urbanos da Indústria.

Tipologia Total (kg)/mês

Alumínio 220

Plástico 64

Papel/Papelão 184

Vidro 40

Total 508

Fonte: Elaborado pelos autores.

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57

A Figura 17 mostra claramente que os resíduos urbanos gerados

na indústria são mais atraentes para reciclagem se comparados com os

coletados pela Associação de Catadores - Recicratiú. A razão disso

pode dar-se pelo alto percentual de alumínio (43%) que não é

disponibilizado para a coleta seletiva do Município, provavelmente

porque as indústrias (ou funcionários) façam a venda direta deste

material.

Figura 17 – Percentuais dos resíduos urbanos gerados nas indústrias.

Fonte: Elaborado pelos autores

3.3 Resíduos de Serviços de Saúde

Para a quantificação e caracterização dos resíduos de serviços

de saúde foram considerados os dados primários disponibilizados em

base digital pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Administração

da Sociedade Beneficente São Camilo no período de abril a setembro

de 2014. Os dados secundários foram obtidos das seguintes entidades

pesquisadas: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Associação Brasileira

de Normas Técnicas (ABNT)e Conselho Nacional de Meio Ambiente

(CONAMA).

43%

13%

36%

8%

Resíduos urbanos gerados na

Indústria em Crateús

Alumínio

Plástico

Papel/Papelão

Vidro

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Vale ressaltar que os dados apresentados pelos diferentes

estabelecimentos de saúde em grande parte estavam fora de

padronização e não descreveram a metodologia utilizada, o que

impossibilitou a apresentação de uma série temporal.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/10),

em seu artigo 13, diz que os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) são

aqueles gerados "nos serviços de saúde, conforme definido em

regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e

do SNVS".

A NBR 10.004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos conforme suas

propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas dos resíduos

sólidos: Classe I - Perigosos e Classe II - não Perigosos. (ABNT, 2004).

As Resoluções ANVISA nº 306/04 e CONAMA 358/05 classificam os

Resíduos de Serviço de Saúde de acordo com o grupo de risco que

exigem formas específicas de gestão.

Quadro 12 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde.

GRUPOS TIPO DE RESÍDUOS

A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por

suas características, podem apresentar riscos de infecção.

A1

- Culturas e estoques de microrganismos, resíduos defabricação de

produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte devacinas de

microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais

utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos

de laboratórios de manipulação genética.

- Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais,

com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes da

classe de risco4, microorganismos com relevância epidemiológica e

risco de disseminação ou causadores de doença emergente que se

torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de

transmissão seja desconhecido.

- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas

por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade

vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.

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59

-Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos

corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de

assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na

forma livre.

A2

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos

provenientes de animais submetidos a processos de experimentação

com inoculação de microorganismos, bem como suas torrações, e os

cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de

microorganismos de relevância epidemiológica e com risco de

disseminação que foram submetidos ou não a estudo anátomo-

patológico ou confirmação diagnóstica.

A3

- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de

fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou

estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que

20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha

havido requisição pelo paciente ou familiares.

A4

- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando

descartados.

- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana

filtrante de equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre

outros similares.

- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo

fezes, urinaes e creções, provenientes de pacientes que não

contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco

4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de

disseminação, ou microorganismo causador de doença emergente

que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo

de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de

contaminação com príons.

- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,

lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere

este tipo de resíduo.

- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à

saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma

livre.

- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes

de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou

de confirmaçãodiagnóstica.

-Carcaças, peças anatômicas, vísceras eoutros resíduos provenientes de

animais não submetidos a processos de experimentação com

inoculação de microorganismos, bem como suas torrações.

- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.

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60

A5

- Órgãos, tecidos, fluidos organicos, materiais perfurocortantes ou

escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de

indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação

com príons.

B Resíduos Químicos

- Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar

risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas

caracterfsticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e

toxicidade.

- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos;

antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores;

anti­retrovirais, quando descartados por serviços de saúde,

farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou

apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos

medicamentos controlados pela Portaria MS344/98 e suas

atualizações.

- Resíduos de saneantes, de sinfetantes, desinfestantes; resíduos

contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os

recipientes contaminados por estes.

- Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação

da NBR10004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises

clínicas.

C Resíduos Radiativos

- Enquadra-se dentro deste grupo os rejeitos radioativos ou

contaminados com radionuclídeos de serviços de testes de

laboratório clínico, medicina nuclear e radioterapia, segundo a

resolução CNEN-6.05.

D Resíduos Comuns

- Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde

ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos

domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de alimentos,

resíduos das áreas administrativas etc.

E Residuos perfurocortantes

- Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas

de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas

endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas;

tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e

todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas,

tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Fonte: Elaborado pelos autores, com base nas Resoluções ANVISA nº 306/04 e

CONAMA 358/05.

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61

Para essa amostragem foram utilizados os dados do Hospital São

Lucas, que é uma clínica com internação privada, gerenciada pela

Sociedade Beneficente São Camilo.

Com 147 leitos e 285 funcionários, o Hospital funciona 24 horas por

dia, contando com 12 especialidades.

Em uma amostra referente ao mês de novembro de 2013, o

Hospital realizou cerca de 423 cirurgias (cirurgias gerais e

traumatológicas), 5.907consultas ambulatoriais (ambulatório geral e

traumatológico), 637 internações, 107 partos normais e 70 cesáreas.

Todos esses procedimentos geram os volumes de resíduos

hospitalares. Conforme os levantamentos feitos de abril-setembro de

2014, o volume médio mensal de resíduos de saúde gerados no Hospital

São Lucas é 6.592,15 Kg. Destes, cerca de 1.344,08 Kg são resíduos

hospitalares perigosos e 5.248,07 Kg são resíduos não perigosos. Como

mostrado abaixo no Quadro 13.

Quadro 13 – Amostragem dos resíduos de serviço de saúde perigosos e não perigosos.

Resíduos de Serviço

de Saúde (Kg/mês)

Resíduos Perigosos

Resíduos não

Perigosos

147 leitos 1.344,08 kg 5.248,07 kg

20% 80%

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de

Crateús.

De acordo com o comprovante de materiais inservíveis, em

abril/2014 foram retirados do Hospital São Lucas pela empresa DPC Brasil

Indústria e Comércio/WLC Ambiental Nordeste, 50 litros de fixador e 80

litros de revelador usados.

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Quadro 14 – Amostragem de outros resíduos gerados em serviço de saúde.

Outros resíduos gerados no Hospital São Lucas

Tipo Mês Especificação Volume (Litros)

B Abril Fixador usado 50

B Abril Revelador usado 80

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de

Crateús.

A Secretaria de Saúde, através da sua Coordenadoria de

Vigilância à Saúde, realizou através da aplicação de um questionário,

um levantamento de quantificação e caracterização de resíduos junto

aos estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de

Crateús.

Não estão contabilizados nessa pesquisa os resíduos do CEO,

Policlínica, Hospital de Referência São Lucas, Clínica São Camilo e UPA.

É certo que alguns dos estabelecimentos que informaram a pesquisa

subestimaram o quantitativo de resíduos, portanto os dados estão

sujeitos a grande variação quantitativa. Apenas parte dos

estabelecimentos cadastrados respondeu a pesquisa, conforme

mostram a tabela 5 e a sequência de Figuras abaixo.

Tabela 5 – Levantamento de quantificação e caracterização de resíduos junto aos

estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de Crateús.

Tipo

Volume mensal de resíduos produzidos Kg (valor médio,

sujeito a revisão)

UNIDADE DE SAÚDE

ESF (20

equipes) CAPS CEGB CCZ Total

A 154,29 0,50 20,00 150,00 324,79

B 40,00 1,00 30,00 1,00 72,00

C 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

D 210,00 6,00 120,00 225,00 561,00

E 177,00 0,50 15,00 3,00 195,50

Total 1153,29

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

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63

Figura 18 – Percentuais dos tipos de resíduos produzidos pelas Unids. de Saúde Públicas.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 19 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 20 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

28%

6%

0%

49%

17%

Percentuais dos tipos de resíduos produzidos na Gestão

Pública (Kg)

A

B

C

D

E

154,29

40

0

210

177

A B C D E

Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs

0,5 1 0

6

0,5

A B C D E

Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs

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64

Figura 21 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 22 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Nas Tabelas e Figuras que seguem são apresentados a

quantificação e caracterização de resíduos junto aos estabelecimentos

de saúde da rede privada do município de Crateús.

20 30

0

120

15

A B C D E

Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG

150

1 0

225

3

A B C D E

Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ

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65

Tabela 6 – Farmácias e Drogarias da rede privada que responderam a pesquisa.

Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 09

Total de estabelecimentos cadastrados: 26

Tipo Produção Média

Mensal/Estabelecimento (Kg) Total (x26)

A 0,33 8,67

B 1,89 49,11

C 0,00 0,00

D 32,22 837,78

E 0,56 14,44

Total 910,00

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 23 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento de saúde.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 24 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

0,33 1,89 0

32,22

0,56

A B C D E

Geração média mensal de resíduos por estabelecimento

8,67 49,11 0

837,78

14,44

A B C D E

Geração média mensal de resíduos do total de

estabelecimentos entrevistados

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66

Tabela 7 – Estabelecimentos Odontológicos (Clínicas e Consultórios) que responderam

a pesquisa.

Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 03

Total de estabelecimentos cadastrados: 11

Tipo Produção Média

Mensal/Estabelecimento (Kg) Total (x26)

A 1,50 19,50

B 1,50 19,50

C 0,00 0,00

D 5,00 65,00

E 0,10 1,30

Total 105,30

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 25 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 26 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

1,5 1,5

0

5

0,1

A B C D E

Geração média mensal de resíduos por estabelecimento

(kg)

19,5 19,5

0

65

1,3

A B C D E

Geração média mensal de resíduos do total de

estabelecimento entrevistados (Kg)

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67

Tabela 8 – Laboratórios de Análises Clínicas que responderam a pesquisa.

Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01

Total de estabelecimentos cadastrados: 04

Tipo Produção Média

Mensal/Estabelecimento (Kg) Total (x26)

A 62,00 248,00

B 26,50 106,00

C 0,00 0,00

D 76,00 304,00

E 9,40 37,60

Total 695,60

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 27 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 28 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos

entrevistados.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

62

26,5

0

76

9,4

A B C D E

Geração média mensal de resíduos por estabelecimento

(kg)

248

106

0

304

37,6

A B C D E

Geração média mensal de resíduos do total de

estabelecimento entrevistados (Kg)

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68

Tabela 9 – Clínicas/Consultórios Médicos que responderam a pesquisa.

Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01

Total de estabelecimentoscadastrados: 03

Tipo Produção Média

Mensal/Estabelecimento (Kg) Total (x26)

A 25,00 75,00

B 15,00 45,00

C 0,00 0,00

D 90,00 270,00

E 3,00 9,00

Total 399

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 29 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 30 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

25 15

0

90

3

A B C D E

Geração média mensal de resíduos por estabelecimento

(kg)

75 45

0

270

9

A B C D E

Geração média mensal de resíduos do total de

estabelecimento entrevistados (Kg)

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Tabela 10 – Clínicas Veterinárias/Pet Shop que responderam a pesquisa.

Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01

Total de estabelecimentoscadastrados: 03

Tipo Produção Média

Mensal/Estabelecimento (Kg) Total (x26)

A 30,00 90,00

B 1,00 3,00

C 0,00 0,00

D 60,00 180,00

E 2,00 6,00

Total: 279

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 31 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

Figura 32 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

30

1 0

60

2

A B C D E

Geração média mensal de resíduos por estabelecimento

(kg)

90

3 0

180

6

A B C D E

Geração média mensal de resíduos do total de

estabelecimento entrevistados (Kg)

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Tabela 11 – Comparativo da geração mensal de resíduos entre estabelecimentos

públicos e privados que responderam a pesquisa.

Geração Mensal (kg)

Tipo

ESTABELECIMENTOS DE

SAÚDE - GESTÃO

MUNICIPAL

ESTABELECIMENTOS DE

SAÚDE – REDE

PRIVADA

TOTAL

A 324,79 441,17 765,96

B 72,00 222,61 294,61

C 0,00 0,00 0,00

D 561,00 1656,78 2217,78

E 195,50 68,34 263,84

1153,29 2388,90 3542,19

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.

Figura 33 – Geração média mensal de resíduos na gestão pública e privada.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.

3.4 Resíduos de Construção Civil

Para o levantamento das quantidades e características dos

resíduos de construção civil gerados no município de Crateús, estes

foram tratados em dois grupos: Novas Construções e Demolição e

Pequenas Reformas.

A metodologia aqui proposta emprega uma Taxa de Geração de

Resíduos (Kg/m²), baseada em Lovato (2007), a partir de pesquisas

realizadas em municípios brasileiros, considerando edificações

executadas por processos convencionais.

324,79 72 0

561

195,5 441,17

222,61 0

1656,78

68,34

A B C D E

Geração Mensal de Resíduos na Gestão Pública e Rede Privada

(kg)

Gestão Pública Rede Privada

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71

Segundo Lovato (2007), a construção dos rejeitos da construção

civil é heterogênea, dependendo das características de cada

construção e do grau de desenvolvimento da indústria em uma

determinada região.

Segundo levantamentos realizados pela Associação Brasileira de

Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), os RCC

são responsáveis por até 50% do total de resíduos sólidos gerados no

Brasil. Os dados da ABRELPE mostraram ainda que os municípios

brasileiros coletaram cerca de 31 milhões de toneladas de RCC em

2010, superando o percentual de 2009 em 8,7% (ABRELPE, 2010).

No Brasil, as estimativas de geração de RCC variam em torno de

230-760 Kg/hab/ano, por outro lado as estimativas internacionais

apresentam variação entre 130-3000 Kg/hab/ano (PINTO, 1999). Do

mesmo modo, Pinto (1999) afirma que a geração de RCC nas cidades

de médio e grande porte varia em torno de 510 Kg/hab/ano.

Tabela 12 – Quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública em

2010.

Fonte: ABRELPE (2010).

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Tabela 13 – Elevação da quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza

pública entre os anos de 2007 e 2010.

Fonte: ABRELPE (2010).

Os RCC são classificados de acordo com as Resoluções CONAMA

nº 307, 348 e 431 em 4 classes:

Tabela 14 – Classificação dos RCC segundo as Resoluções 307, 348 e 431 do CONAMA.

Fonte: Resolução 307, 348 e 431 do CONAMA.

3.4.1 Resíduos de Novas Construções

A análise dos controles enviados pelo setor de licenciamento da

Secretaria de Meio Ambiente de Crateús, no período 2013-2014, indicou

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73

uma proximidade do volume das obras licenciadas com a geração

estimada de resíduos sólidos. Como RCC é o maior item de volume de

geração no Brasil, quando se trata dos números em Crateús a sua

importância é vista ainda mais por não ter um local autorizado para a

deposição de RCC, nem instalações para a sua reciclagem comercial.

Figura 34 – Metros quadrados de área construída de jan-ago em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús.

Figura 35 – Metros quadrados construídos e LI na área urbana em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús.

Ressalta-se na Figura 36 o número de licenças de instalação

concedidas para construções na área rural, o que infere um aumento

na geração de resíduos de construção civil num futuro próximo.

4.430,16

6.762,74

3.229,74

5.216,13 5.200,81

6.392,62 6.022,36

4.762,45

JANAIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

Área Construída 2014 (m²)

42.017,01

4.755,70

ÁREA CONSTRUÍDA M2 LICENÇAS DE INSTALAÇÃO CONCEDIDAS M2

Área Urbana 2014 (m²)

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74

Figura 36 – Licenças de instalação concedidas na área rural em 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús.

Aproximadamente, a geração média mensal de resíduos de

novas construções no período observado é de 788 toneladas. O total

estimado de resíduos gerados apenas nas novas construções em 2014 é

de 6.302,55 toneladas.

Ainda conforme Lovato (2007), as quantidades médias acima

apontadas foram estimadas de forma que, para cada 1m² de área

construída considera-se a geração de 150 Kg de resíduos. A Figura

abaixo ilustra as quantidades mensais aferidas no período estudado.

Figura 37 – Estimativa de resíduos de novas construções.

Fonte: adaptado a partir de Lovato 2007: (1m2 = 150 kg).

0,00

7.449,36

ÁREA CONSTRUÍDA M2 LICENÇAS DE INSTALAÇÃO CONCEDIDAS M2

Área Rural 2014

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1000,00

1200,00

1 2 3 4 5 6 7 8

Estimativa de resíduos/Ton

estimativa de resíduos/Ton

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Diversos estudos sobre a composição de resíduos de construção

civil mostram que de acordo com o local, tipo ou fase da obra estes são

muito variáveis. Segundo Pinto (1986), essa composição é basicamente:

60% de argamassa; 30% de componentes de vedação (tijolos, blocos,

cerâmicos); 9% de materiais (concreto, pedra, areia, metálicos e

plásticos); 1% de orgânicos.

Os resultados indicam que o RCC de Crateús é composto por

93,40% do Grupo A, 6,40% do Grupo B, 0,02% do Grupo C e 0,20% Grupo

D. O primeiro é composto principalmente por areia e solo (24,65%) e

argamassa (22,00%), que são materiais com alto potencial de

reutilização ou reciclagem.

Figura 38 – Composição dos resíduos de construção civil gerados em Crateús.

Fonte: Elaborado pelos autores, de acordo com Pinto (1986).

3.4.2 Resíduos de Demolição e Pequenas Reformas

Durante a coleta de informes no município de Crateús, apenas a

empresa JOSÉ DE A. C. NETO – ME estava cadastrada no setor de

licenciamento da SEMAM para a coleta e transporte de entulhos de

construção e demolição. Segundo informações prestadas pela

empresa os resíduos são levados para um terreno localizado na Pedra

Setenta BR 403 que liga Crateús – Sucesso.

Grupo A

Grupo B

Grupo C

Grupo D 93,40%

6,40%

0,02% 0,20%

Composição dos RCC

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Figura 39 -– Terreno destino dos RCC gerados em Crateús.

Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME

O transporte dos RCC é feito utilizando uma frota cadastrada na

SEMAM composta por: 02 caminhões pesados, 01 caminhão aberto e 01

betoneira. Alguns veículos vão abaixo ilustradros:

Figura 40 – Imagens Caminhão Pesado – Mercedes Benz/LS - Ano: 1998.

Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME

Figura 41 – Imagens Caminhão Aberto – VW/VW 11.130 – Ano: 1981

Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME

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77

As médias dos resíduos coletados e dispostos são apresentadas

abaixo.

Quadro 15 – Médias dos resíduos de reformas e demolições coletados em Crateús.

Dia m³ Semana m³ Mês m³

32 m³ 160 m³ 640 m³

Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME

3.5 Resíduos Agrossilvipastoris

Os dados relativos a esse setor de geração de resíduos foram

extraídos do Relatório dos Detritos da Atividade Agropecuário,

elaborado e disponibilizado pela Secretaria Municipal de Negócios

Rurais, para fins desse trabalho.

A atividade de criação de animais é a principal fonte geradora

de resíduos. O rebanho do Município de Crateús está quantitativamente

distribuído conforme tabela abaixo:

Figura 42 – Distribuição do Rebanho.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Negócios Rurais de

Crateús.

Os rebanhos suíno e avícola não têm expressão econômica, não

são criados em linha de produção, sendo explorados na maior parte

24%

66%

10%

Distribuição quantitativa do rebanho

Bovino

Ovino

Caprino

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78

para o consumo doméstico. Já o consumo comercial é feito através de

granjas especializadas localizadas em outros Municípios.

3.5.1 Resíduos Agrossilvipastoris I (Orgânicos)

Do esterco produzido por estes rebanhos, 80% é comercializado

com os produtores de produtos hortículas da Serra da Ibiaiapa, 20% é

utilizado para a adubação de campos para a produção de forrageiras

para a alimentação destes rebanhos. Conforme ilustra a Figura 43.

Figura 43 – Destinação de resíduos de esterco.

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Negócios Rurais de

Crateús.

3.5.2 Resíduos Agrossilvipastoris II (Inorgânicos)

Os produtores rurais não utilizam adubação química no trato das

culturas exploradas. Da mesma forma, o processo de produção de

culturas anuais em regime de sequeiro utiliza um percentual baixíssimo

de defensivos químicos.

As poucas embalagens geradas nesta prática agrícola são

anualmente recolhidas através de campanhas envolvendo o Poder

Público e Órgão da Sociedade Civil.

80%

20%

Destinação de resíduos de esterco

Comercialização

Adubação

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79

3.6 Tendências, Projeções e Considerações

3.6.1 Resíduos Domiciliares

De acordo com o IBGE (2010) a taxa de crescimento

populacional de Crateús mostrou uma tendência decrescente de -

1,45% para a população rural, em 2010, enquanto que a população

urbana cresce a taxa de 1,02%. Esse comportamento infere um exôdo

rural acentuado. Considerando a população total do município esse

crescimento foi de 0,27%, o que implica um aumento da população de

Crateús para aproximadamente 81.501habitantes em 2035.

Figura 44 – Projeção do crescimento populacional.

Fonte: Elaborado pelos autores.

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Figura 45 – Projeção do crescimento populacional e geração de resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 46 – Participação dos resíduos orgânicos na geração total.

Fonte: Elaborado pelos autores

4. AVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL DE GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CRATEÚS

4.1 Aspectos Administrativos

4.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares

Desde junho de 2011, os serviços de coleta, transporte, tratamento e

disposição final dos resíduos sólidos residenciais e comerciais, bem como

limpeza pública (urbana e rural) do município de Crateús são realizados pela

Master Engenharia Ltda. Tais serviços são baseados em contrato celebrado

através da Secretaria Municipal de Infraestrutura, decorrente de processo

licitatório (Concorrência Pública nº 01/11/CP).

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De acordo com a análise documental, a frota utilizada pela Master na

coleta e no transporte dos resíduos sólidos é composta de 04 (quatro)

caminhões de carroceria aberta para o transporte e coleta de resíduos de

poda, 02 (dois) caminhões compactadores e 01 (uma) caçamba para

transporte de resíduos sólidos. A Master conta ainda com 63 (sessenta e três)

funcionários contratados para aos serviços de limpeza urbana, cujas funções

são: varredor, jardineiro, fiscal de turno, capinador, supervisor e 02 (dois)

funcionários na área administrativa.

Quadro 16 – Frequência da Coleta de Resíduos Sólidos no Município de Crateús.

Região Resíduo Poda Resíduo e

Poda

Altamira Ter e Sab Qui

Cajás Ter, Qui e Sab Qua

Campo Verde Seg, Qua e Sex Qui

Campo Velho Seg. Qua e Sex Qui

Centro

Diariamente

Cidade Nova Ter, Qui e Sab Seg

Cidade 2000 Ter, Qui e Sab Qua

Fatima I Seg, Qua e Sex Ter

Fátima II Seg, Qua e Sex Ter

Hospital Diariamente

Posto de Saúde Exceto domingos

Ipase Seg e Qua Seg

José Rosa Seg, Qua e Sex Seg

Mercados Diariamente

Feira Livre Diariamente

Maratoan Seg, Qua e Sex Qui

Nova Terra Seg, Qua e Sex Ter

Patriarcas Ter, Qui e Sab Qua

Planalto Seg, Qua e Sex Ter

Ponte Preta Ter, Qui e Sab Seg

Santa Luzia Seg, Qua e Sex Qui

São José Ter, Qui e Sab Seg

Venâncios I e II Ter, Qui e Sab Qua

Vila Nova Ter, Qui e Sab

São Vicente Seg e Qua

Sex

Fonte: Secretaria de Infraestrutura, Prefeitura de Crateús.

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Quanto aos resíduos oriundos da coleta seletiva, a prefeitura

municipal possui um convênio com a associação de catadores de

materiais recicláveis de Crateús – Recicratiú. Esse convênio foi

autorizado através da lei nº 248 de 8 de maio de 2013. O convênio visa

ações integradas e complementares para a organização da coleta

seletiva de materiais recicláveis através da concessão de incentivo

financeiro, sob a denominação de bolsa reciclagem no valor de até

R$200,00 (duzentos reais) por catador, respeitando o valor global do

repasse mensal ao limite máximo de R$ 12.000,00 (doze mil reais).

Além do incentivo financeiro, a Recicratiú recebe repasse de

R$1.600,00 (um mil e seiscentos reais) mensais para promover a coleta

de materiais recicláveis, duas vezes por mês, a critério da administração

municipal, nas localidades de Realejo, Umburana, Carrapateria e Santo

Antônio dos Azevedos. Já em Crateús Sede a Recicratiú é responsável

pela coleta, segregação, enfardamento e comercialização de

materiais recicláveis, proveniente da coleta seletiva. A execução do

convênio que trata a lei é coordenada pela Secretaria Municipal de

Meio Ambiente de Crateús (SEMAM). Na Associação atuam 21

catadores divididos entre o setor de triagem e coleta. A coleta seletiva

abrange 75% da população de Crateús, o que representa 54.000

pessoas.

Não há aterro sanitário no município de Crateús. Os resíduos

coletados de qualquer natureza são dispostos diretamente no solo, em

uma área não licenciada (lixão). Durante visita de técnico do Instituto

Venturi ao local de disposição desses resíduos identificou-se a presença

de pessoas catando resíduos recicláveis em condições de risco à

saúde, configurando uma não conformidade ambiental legal.

Existe um Protocolo de Intenções firmado entre os municípios de

Crateús, Independência, Ipaporanga e Novo Oriente para construir o

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CONSÓRCIO MUNICIPAL PARA ATERRO DE RESÍDUOS· SÓLIDOS -

UNIDADE CRATEÚS - COMARES - UCR, firmado em 15 de setembro de

2010. Também, em 2013 foram apresentadas propostas para formação

do Consórcio de Reciclagem da Região do Sertão de Crateús e para a

implementação do Polo de Valoração de Resíduos em Crateús, em

terreno já disponibilizado para este fim, onde já existe o Galpão de

Triagem da Recicratiú, conforme ilustra a Figura 47 abaixo.

Figura 47 – Imagem do terreno destinado à construção do PVR, com indicação do

Galpão da Recicratiú.

Fonte: Adaptado do Google Earth, por Cláudio Strüssmann.

Apesar da instituição de cobrança por meio de taxa, tarifa e/ou

preço público ser constitucional e incentivada pela Política Nacional de

Resíduos Sólidos, não há cobrança de taxa de “resíduo”. A cobertura

dos custos para os serviços é feita através do caixa único. O custo

mensal para o tesouro municipal apenas com o gerenciamento, coleta

dos resíduos sólidos comuns (coleta simples) e limpeza pública (urbana

e rural) atualmente está na ordem de R$223.294,40(duzentos e vinte e

três mil, duzentos e noventa e quatro reais e quarenta centavos). No

ano de 2013 o município gastou nos serviços referidos acima o

montante de R$2.176.331,76 (dois milhões, cento e setenta e seis mil,

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84

trezentos e trinta e um reais e setenta e seis centavos), conforme

demonstrado no Quadro 18 abaixo.

Quadro 17 – Despesas com gerenciamento, coleta de resíduos sólidos e limpeza

urbana em Crateús.

Serviços conforme consta no contrato de prestação de serviços Valor mensal

(emReais)

Coleta simples e seletiva, transporte, tratamento, beneficiamento e

destinação final de resíduos sólidos de qualquer natureza; Coleta especial

dos resíduos hospitalares, Postos de Saúde, clínicas, e outros resíduos da

limpeza dos estabelecimentos, com a utilização de veículo coletor

apropriado; A varrição, conservação e asseio de vias, abrigos

monumentos, sanitários, escadarias, vielas, praças, morros mercados e

demais logradouros públicos. A raspagem remoção de terra areia e

quaisquer materiais carregados pelas águas para as vias e logradouros

públicos. A limpeza de bueiros, bocas-de-lobo e correlatos. A implantação

e operação de transbordo bem como de unidades de processamento,

tratamento e destinação final, necessárias à execução dos serviços. A

remoção de móveis, de animais mortos e outros resíduos inservíveis e

abandonados nos logradouros públicos. A capina, a raspagem, a poda, a

pintura de meio fio e a roçada, bem como o acondicionamento e coleta

dos resíduos provenientes dessas atividades, visando à salubridade

ambiental e a promoção da estética urbana do município. A implantação

e operação de sistemas de triagem e separação dos resíduos sólidos.

R$181.360,98

Total investido em 2013 R$2.176.331,76

Fonte: Elaborado pelos autores.

Segundo informações da Prefeitura o custo mensal atual

(novembro 2014) é da ordem de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil

mensais).

Até o fechamento desse trabalho, a equipe técnica não

conseguiu acesso à discriminação dos valores dos serviços prestados

pela empresa Master, inviabilizando, assim, a montagem de um quadro

comparativo dos gastos com os diferentes serviços de limpeza pública

do município de Crateús.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

85

O organograma de influência do gerenciamento de resíduos

sólidos no Município de Crateús é apresentado a seguir.

Figura 48 – Organograma de influência do gerenciamento de resíduos sólidos no

Município de Crateús.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Observando a figura anterior (Fig. 48) é possível concluir que há

sobreposição de funções e responsabilidades, entre os órgãos SEMAM e

SEINFRA. Pode ser observado que os dois órgãos possuem a

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

86

responsabilidade de campanhas educativas. Para aferição da eficácia

dos programas, é necessário saber quais campanhas foram levadas a

efeito individualmente pela SEINFRA, e quais pela SEMAM, bem assim as

que foram feitas em conjunto, neste caso, quais as respectivas

atribuições (coordenação, elaboração, aplicação, aferição de

resultados); também se a Secretaria de educação tem alguma

participação nestas campanhas. Caso tenha, quais responsabilidades

lhe são atribuídas.

Da mesma maneira, existe a sobreposição de atribuições e

responsabilidades entre a empresa Master Engenharia e a Associação

Recicratiú. Analisando as atribuições não é possível concluir quais são as

áreas de cuidados (coleta, transporte e destinação de resíduos) de

cada uma, quais os tipos de resíduos pelos quais cada entidade é

responsável e qual tipo de subordinação, respectivamente de Master

engenharia e Recicratiú, em relação à SEINFRA e à SEMAM.

Apesar do serviço de coleta seletiva estar incluído no contrato

com a empresa Master Engenharia Ltda., este é feito pela Recicratiú,

conforme demonstrado no organograma acima (Fig. 48).

A partir destas informações conclui-se que existe a necessidade

de se definir de forma clara, o papel destes atores. Somente com estes

questionamentos respondidos será possível traçar um organograma e

fluxograma para a gestão integrada de resíduos sólidos do município de

Crateús.

4.1.2 Resíduos Industriais

Conforme a legislação brasileira, resíduos industriais são de

responsabilidade do gerador. Foram identificadas, durante a pesquisa

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87

de dados, 03 (três) indústrias: 01 fábrica de temperos, 01 fábrica de

doces e 01 fábrica de leite.

Não existe qualquer inventário dos resíduos gerados nesses 3

processos produtivos nos controles da Secretaria de Meio Ambiente.

Dessa forma, a caracterização e quantificação dos resíduos industriais

terão que ser feitos para fins de elaboração de um programa de

produção mais limpa (P+L) no bojo do PMGIRS, para a ecoeficiência

dos processos produtivos e evitar que esses resíduos acabem sendo

descartados indevidamente, uma vez que no município de Crateús não

existe aterro industrial.

4.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde

Os Resíduos de Serviços de Saúde são de responsabilidade do

gerador. No município de Crateús não existem empresas licenciadas

para tratamento desses resíduos, o que torna o investimento inicial em

infraestrutura para armazenamento e tratamento muito elevado para a

administração pública.

De acordo com a Resolução ANVISA 306/2004, cada hospital

deve ter o seu plano de gerenciamento de resíduos e assegurar a

formação de sua equipe para conduzir a gestão correta desses

resíduos. No entanto, durante a coleta de dados, observou-se que nos

hospitais não houve o cumprimento da resolução na íntegra, mesmo

quando da existência do plano este não foi seguido corretamente.

Considerando que a Secretaria de Saúde é um dos geradores,

através dos serviços prestados à população nos postos de saúde e

outras instalações, esta foi orientada a fazer a identificação e

contratação imediata de uma prestadora de serviços licenciada para a

coleta, transporte, descontaminação e destinação corretas dos

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88

resíduos oriundos dos serviços de saúde administrados por esta

Secretaria, bem como solicitar de todas Unidades e Hospitais o

inventário dos seus resíduos e apresentação de um plano de

gerenciamento de resíduos.

O Hospital São Lucas já possui um Plano de Gerenciamento de

Resíduos dos Serviços de Saúde e no mês de setembro p a s s a d o

( 2 0 1 4 ) instituiu a s u a Comissão de Gerenciamento des tes

res í duos , com a finalidade de discutir ações e procedimentos de

educação e conscientização ambiental para todos os colaboradores,

terceiros e usuários do Hospital visando o correto gerenciamento de

resíduos, conforme o disposto na resolução RDC n° 306I2004, da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA e Resolução 358I2005,

do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

De acordo com os Certificados de Coleta de Resíduos

Infectantes, fornecidos pela Administração da Sociedade Beneficente

São Camilo, responsável pelo Hospital São Lucas, os resíduos infectantes

são coletados e tratados pela empresa Flamax Ambiental Serviços e

Transporte Ltda, em Juazeiro do Norte. Esta utiliza o processo de

tratamento físico por oxidação térmica (Incineração), para destruição,

desinfecção, descaracterização e redução do volume no Incinerador

RGL 600 SE, de propriedade da Flamax Ambiental Serviços e Transporte

Ltda, com Licença de Operação (LO) nº 582/2012.

4.1.4 Resíduos de Construção e Demolição

Resíduos de construção e demolição gerados no município de

Crateús, não estão sendo gerenciados em conformidade com a

Resolução CONAMA nº 307/2002.

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89

O município não possui local apropriado para deposição

adequada de resíduos de construção e demolição. Da mesma forma,

não existem políticas públicas visando à redução na geração desses

resíduos, bem como sua reciclagem. Não foi identificada a exigência

do Plano de Gerenciamentos dos RCC por ocasião do pedido de

Licença Ambiental de novas construções.

Porém, já existe a vontade da gestão pública em consolidar no

município o conceito de construção sustentável, baseado na

prevenção e redução de resíduos sólidos com a utilização de

tecnologias limpas e materiais recicláveis e reutilizáveis. Algumas ações

como capacitação das equipes do governo municipal em Licitações e

Compras Sustentáveis mostram-se necessárias.

4.1.5 Resíduos Agrossilvipastoris

No que diz respeito à atividade de criação de animais como

principal fonte geradora de resíduos, o setor agrossilvipastoril mostra-se

em conformidade com a hieraquia das ações apontadas pela Lei

12.305/2010, uma vez que todo o esterco produzido por estes rebanhos

é utilizado localmente para a adubação do solo e as poucas

embalagens geradas na prática agrícola são anualmente recolhidas

através de campanhas envolvendo o Poder Público e Órgão da

Sociedade Civil.

Já na fase de abate para comercialização da carne desse

rebanho, apesar do Município já ter construído um abatedouro, não foi

previsto no projeto original a construção de uma graxaria, o que se faz

necessário para evitar a geração ou minimização dos resíduos nesse

processo. A graxaria deve ter instalação própria, provida de

equipamentos e pessoal em número suficiente ao processamento dos

condenados e subprodutos, conforme ditam as normas brasileiras.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

90

4.2 Aspectos Políticos e Sociais

4.2.1 Coleta Seletiva com inclusão social

Durante a coleta de informações, foram identificadas várias

iniciativas do governo municipal com relação à coleta seletiva e

inclusão social com geração de renda. A principal delas é o Programa

de Coleta Seletiva, já implantado e com cobertura de 75%.

O referido Programa, em funcionamento desde 2012, é

desenvolvido através de parceria com os poderes público e privado. Os

principais agentes são a Secretaria de Meio Ambiente – SEMAM e a

Associação de Catadores de Materiais Recicláveis – Recicratiú, com o

apoio do Governo do Estado do Ceará, do Banco Mundial, do Instituto

Brasil Solidário – IBS/Casas Bahia e Instituto Venturi Para Estudos

Ambientais.

A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do

Ceará, ARCE, por meio de uma série de informações e de indicadores,

presta apoio técnico ao programa com a finalidade de auxiliar a

gestão e a operação.

Uma das ações de base implantadas no município visando à

ampliação da coleta seletiva através da educação ambiental foi a

instalação de LEVE’s em algumas escolas como projeto piloto para

coletar papel e plástico – uma parceria entre a Secretaria Municipal de

Educação, Secretaria Municipal de Meio ambiente e da Associação de

Catadores – Recicratiú. Essa ação recebeu o apoio financeiro do

Instituto Brasil Solidário e capacitação técnica do Instituto Venturi Para

Estudos Ambientais.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

91

Essa ação tem como objetivo vincular as atividades de educação

ambiental formal com o valor econômico e social dos resíduos. Para

tanto, ajustou-se que do material coletado nos LEVE’s 20% do valor de

venda destes pela Recicratiú deve retornar para as respectivas escolas

e deverá ser usado para projetos coletivos, conforme demanda dos

alunos, sob a supervisão do coordenador da escola. Nos Quadros 19 e

20 abaixo podem ser verificados o mapeamento dos LEVE’s e a

quantidade de resíduos

Quadro 18 – Localização dos LEVE’s - Local de Entrega Voluntária Escolar.

Nº ESCOLA LOCALIDADE REDE

01 Gonzaga mota Sede Estadual

02 Airam Veras Sede Municipal

03 Amadeu Catunda Sede Municipal

04 CAIC Sede Municipal

05 Furtado Leite Sede Municipal

06 Maria José Sede Municipal

07 Olavo Bilac Sede Municipal

08 Padre Bonfim Sede Municipal

09 São José Poty Municipal

10 João Luciano Assis Municipal

11 Santa Rosa Jardins Municipal

12 Lutando pra vencer Pocinhos Municipal

13 Joaquim Braz de Oliveira Lagoa das Pedras Municipal

14 José Braz de Pinho Lagoa das Pedras Municipal

15 Ibiapaba Ibiapaba Municipal

16 Cipriano de Miranda Ingá Municipal

17 Santo Antonio Santo Antonio Municipal

18 Fcº Ferreira Barros Tucuns Municipal

19 José de Araújo Veras Queimadas Municipal

20 Fcº Alcântara Barros Montenebo Municipal

21 Luis Ximenes Aragão Rosário Municipal

22 Santana Santana I Municipal

23 Imaculada Conceição Corredores Municipal

24 José Martins de Lima Patos Municipal

25 Joaquim Ferreira do Bonfim Curral Velho Municipal

26 Umbelino Alves Curral do meio Municipal

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús.

Quadro 19 – Resultados obtidos de agosto-novembro.

MATERIAL TOTAL KG VALOR DE

MERCADO

TOTAL VALOR DA

ESCOLA

ASSOCIAÇÃO

(Recicratiú)

Papel 12.702 0,30 R$3.810,60 R$762,12 R$3.048,48

PET 1.604 1,50 R$2.406,00 R$481,20 R$1.924,80

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

92

Outra ação de base de grande importância foi a realização de

uma oficina, com foco na ampliação de conhecimento do profissional

de educação, bem como fornecer ferramentas de gestão e operação

de resíduos eletroeletrônicos aos catadores de materiais recicláveis.

Ministrada pela Profª Draª Lúcia Xavier, da Fundação Joaquim Nabuco

(Fundaj), através da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundaj, a oficina

teve como objetivo difundir conceitos e propostas de dinâmicas e

sensibilização a respeito da gestão de resíduos e, mais

especificamente, sobre a gestão dos resíduos de equipamentos

eletroeletrônicos como subsídio a inclusão socioambiental e a

adequação às legislações vigentes, conforme demanda.

Entende-se que essa modalidade de treinamento possibilita a

formação de agentes multiplicadores que atuarão na difusão dos

conceitos e, consequentemente, consolidação do processo de

conscientização e ações necessárias para a efetividade das

regulamentações. Dessa forma, o gerenciamento de resíduos mostra-se

como uma prática que pode atingir, por meio da qualificação, metas

sociais e ambientais pretendidas pelas políticas públicas.

O Programa de Coleta Seletiva de Crateús recebeu o Premio

Cidade Pró-Catador, em dezembro de 2013. Uma iniciativa da

Secretaria Executiva da Presidência da República que visa reconhecer

às políticas públicas definidas para a Gestão de Resíduos Sólidos em

municípios brasileiros e estimular parcerias entre o município e catadores

de materiais recicláveis nas suas formas associadas.

Devido à importancia da coleta seletiva, não apenas na

ocupação e geração de renda para os catadores, mas também, pela

necessidade de reduzir a quantidade de resíduos descartados no

“lixão”, a equipe técnica do Instituto Venturi, juntamente com alguns

dos seus parceiros e Secretaria de Meio Ambiente de Crateús, resolveu

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

93

antes mesmo da conclusão do PMGIRS, debruçar-se um pouco mais na

capacitação dos catadores e ampliação das instalações do galpão de

triagem. Dessa forma, espera-se aumentar a eficiencia e a

produtividade dos catadores, abrindo espaço para outras

oportunidades, como no setor dos resíduos eletroeletrônicos.

Abaixo a imagem da planta de ampliação do galpão já em fase

de levantamento de preços de materiais e mão de obra para sua

construção.

Figura 49 – Imagem da planta de ampliação do galpão de Triagem.

Fonte: Arquiteto e Urbanista Cláudio Strüssmann.

4.2.2 Percepções da comunidade com relação aos resíduos sólidos

gerados no município

Durante a audiência pública para apresentação do Diagnóstico

do PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico) de Crateús, ocorrido

no dia 27 de junho de 2014, no auditório da Secretaria de Meio

Ambiente, foi aplicado aos participantes um questionário, com o intuito

de avaliar a relação da população com o tema resíduos sólidos. Foram

respondidos 39 questionários.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

94

A interpretação das informações obtidas através da aplicação

dos questionários, agora sob a forma de representação gráfica, leva

em conta a diversidade do público e os diferentes graus de instrução

formal.

Esta compreensão do estado do conhecimento sobre os resíduos

sólidos, em um determinado momento, é necessária para uma revisão

crítica dos resultados dos programas, projetos e ações de Educação

Ambiental, afim de que, baseado no conjunto dessas informações,

busque-se as possibilidades de integração, fortalecimento e

melhoramento contínuo das atividades de EA desenvolvidas no

município durante a elaboração das estratégias de implementação do

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Nas Figuras 50 e 51 pode-se observar que mais da metade das

pessoas que responderam o questionário é do gênero feminino possue

nível de escolaridade superior. A distribuição dos pesquisados em faixa

etária e o setor em que trabalham podem ser vistos nas Figuras 52 e 53

respectivamente.

Figura 50 – Gênero dos pesquisados.

Fonte: Elaborado pelos autores.

16

23

Gênero

feminino

Masculino

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

95

Figura 51 – Grau de escolaridade dos pesquisados.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 52 – Faixa etária dos pesquisados.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 53 – Setor em que trabalham os pesquisados.

Fonte: Elaborado pelos autores.

1 7

11

20

Grau de Escolaridade

Não respondeu

Primário

secundário

Superior

1 3

5

10 14

5 1

Faixa Etária

15 - 21

22 -28

29 - 35

36 - 45

46 - 55

acima de 55

Não respondeu

1 2 1

2

9

24

Setor em que trabalha

Aposentado

desempregado

estudante

Não respondeu

Privado

Público

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96

Uma das perguntas realizadas foi “Como você separa o resíduo

na sua casa”, o gráfico que segue abaixo, faz uma relação entre este

questionamento e o grau de escolaridade das pessoas que

responderam o questionário.

Figura 54 – Grau de escolaridade X Segregação dos resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Analisando as informações apresentadas na Figura 54, pode-se

concluir que as pessoas com maior grau de escolaridade, não são as

que realizam a separação dos resíduos na sua residência. Já as pessoas

que possuem apenas o secundário, apresentaram um bom nível de

segregação dos resíduos, separando entre recicláveis e comum.

Na Figura 55 é feita a relação de grau de escolaridade e o

questionamento “Para onde vão os resíduos da coleta seletiva na sua

cidade?”.

1 1 1 1 2 2

1 1 1 1

6

1 1

10

1

5

3

0

2

4

6

8

10

12

Não respondeu

Não separo Orgânico - recicláveis

- rejeito

outros recicável - comum

úmido - seco

Segregação dos resíduos por grau de escolaridade

Não respondeu

Primário

secundário

Superior

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

97

Figura 55 – Grau de escolaridade X Destinação dos resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nesta Figura (55) pode-se inferir que a grande maioria dos

questionados sabe corretamente a destinação dos resíduos

provenientes da coleta seletiva, independente do seu nível escolar.

A Figura 56 relaciona o grau de escolaridade e a pergunta “Você

conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos

Sólidos no Brasil?”

Figura 56 – Grau de escolaridade X Conhecimento da Lei 12.305/10.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Desta forma avalia-se que as pessoas com maior grau de

escolaridade possuem maior informação, como pode ser observado na

1 2

1 2 2

5

1 2

1 2

14

1 2 2

1

0 2 4 6 8

10 12 14 16

associação de

catadores

associação de

catadores e Lixão

aterro sanitário

lixão Não respondeu

outros

Destinação dos resíduos da Coleta Seletiva por grau de escolaridade

Não respondeu

Primário

secundário

Superior

1

6

1

7

4

8

12

0

2

4

6

8

10

12

14

Não Sim

Conhecimento da Lei 12.305/2010 por grau de escolaridade

Não respondeu

Primário

secundário

Superior

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98

Figura 56. Mas não a utilizam da melhor forma, pois como aponta a

Figura 50, metade das pessoas com maior nível escolar não segrega

seus resíduos na sua residência.

Nas Figuras 57 e 58 relacionou-se com a faixa etária e setor em

que trabalha com a mesma pergunta “Você conhece a Lei

12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no

Brasil?”, mas não houve relação significativa.

Figura 57 – Faixa etária X Conhecimento da Lei 12.305/10.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 58 – Setor em que trabalha X Conhecimento da Lei 12.305/10.

Fonte: Elaborado pelos autores.

1

3 3 2

5 5

9

5 4

1 1

0

2

4

6

8

10

Não Sim

Conhecimento da Lei 12.305/2010 por faixa etária

15 - 21

22 -28

29 - 35

36 - 45

46 - 55

acima de 55

Não respondeu

1 2

1 1 1

5 4

12 12

0

2

4

6

8

10

12

14

Não Sim

Conhecimento da Lei 12.305/2010 por setor em que trabalha

Aposentado

desempregado

estudante

Não respondeu

Privado

Público

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99

Já na Figura 59 a correlação se dá entre o gênero e o

questionamento “Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a

Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil?”. Enquanto que na Figura

60 a questão é se esse conhecimento leva a uma maior segregação

dos resíduos.

Figura 59 – Gênero X Conhecimento da Lei 12.305/10.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 60 – Gênero X Segregação dos resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

O que pode ser identificado nestes dois gráficos é que os homens

possuem maior informação sobre a Lei 12.305 em que fala sobre a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, como apresenta a Figura 59. Mas

12

4

9

14

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Não Sim

Conhecimento sobre a lei 12.305/2010 por Gênero

feminino

Masculino

2

5

1 1

6

1 1

8

2 2

7

3

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Não respondeu

Não separo Orgânico - recicláveis -

rejeito

outros recicável - comum

úmido - seco

Segregação dos resíduos por gênero

feminino

Masculino

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100

nem por isso realizam a segregação dos mesmos de forma correta,

como pode ser observado na Figura 60.

Na Figura abaixo (Fig. 61) não há uma relação entre a faixa etária

e o questionamento “Como você separa os resíduos na sua casa”.

Figura 61 – Faixa etária X Segregação dos resíduos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Como indicam as Figuras 62 e 63, independente da faixa etária a

maioria dos questionados conhece a destinação dos resíduos

provenientes da coleta seletiva e da coleta comum.

Figura 62 – Faixa etária X Conhecimento da coleta seletiva.

Fonte: Elaborado pelos autores.

1 1

2

3

2

4

1

4

1

3

4

1

5

1 1

2 2

1

0

1

2

3

4

5

6

Não respondeu

Não separo Orgânico - recicláveis -

rejeito

outros recicável - comum

úmido - seco

Segregação dos resíduos por faixa etária

15 - 21

22 -28

29 - 35

36 - 45

46 - 55

acima de 55

Não respondeu

1 2

1 2

1 1 1

9

1

8

1 1 1

3

1

3

1 1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

10

associação de

catadores

associação de

catadores e Lixão

aterro sanitário

lixão Não respondeu

outros

Conhecimento da coleta seletiva por faixa etária

15 - 21

22 -28

29 - 35

36 - 45

46 - 55

acima de 55

Não respondeu

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101

Figura 63 – Faixa etária X Conhecimento da coleta comum.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Sobre o questionamento do descarte dos medicamentos

vencidos a maioria dos entrevistados destina da mesma forma (resíduo

comum). Não há relação com o grau de escolaridade ou gênero, pois

a maioria não destina da forma correta, como pode ser observado nas

Figuras 64 e 65.

Figura 64 – Grau de escolaridade X Descarte de medicamento vencido.

Fonte: Elaborado pelos autores.

1

2

1

3

1 1

2 2

6

4

1

2

5

2

4

1 1

0

1

2

3

4

5

6

7

associação de

catadores

associação de

catadores e aterro

sanitário

aterro sanitário

Lixão Não respondeu

outros

Coleta Comum por faixa etária

15 - 21

22 -28

29 - 35

36 - 45

46 - 55

acima de 55

Não respondeu

3 1 1 1 1 1 1

6

1 1 1 1 1 1 1 1

12

1 1 1

0 2 4 6 8

10 12 14

Descarte de medicamentos vencidos por grau de escolaridade

Não respondeu

Primário

secundário

Superior

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102

Figura 65 – Gênero X Descarte de medicamento vencido.

Fonte: Elaborado pelos autores.

4.2.3 Avaliação do curso de formação de multiplicadores em educação

ambiental

O curso foi resultado de uma parceria entre o Instituto Venturi

Para Estudos Ambientais e o Instituto Brasil Solidário para apoiar as ações

da Secretaria de Educação e Secretaria de Meio Ambiente de Crateús,

visando num futuro próximo a estruturação de um Programa de

Educação para o município.

O curso de formação de multiplicadores em educação ambiental

teve os seguintes objetivos:

Objetivo Geral:

Capacitar professores do município, pautado nas concepções de

participação-ação e na construção do conhecimento, visando a

incorporação da dimensão ambiental nos currículos e nas ações da

sociedade civil organizada.

1 1 1 1

6

1 1 1 1 1 1 1 3

1

14

2 1 1

0 2 4 6 8

10 12 14 16

Descarte de remédios vencidos por gênero

feminino

Masculino

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103

Objetivos Específicos:

Subsidiar, teórica e metodologicamente, professores para

orientar a inserção curricular da Educação Ambiental.

Propiciar, aos participantes, condições técnicas e metodológicas

de construção de matrizes socioambientais do seu município,

com o intuito de promover a inserção transversal dos

conteúdos/atividades de Educação Ambiental nos currículos do

ensino fundamental e médio.

Desenvolver nos participantes habilidades de: ampliação da

percepção ambiental; análise crítica da realidade; utilização de

instrumentos de registro e monitoramento de informação;

estruturação de projetos de Educação Ambiental; incentivar a

integração do grupo e a produção coletiva de conhecimentos.

Promover a identificação dos instrumentos legais e suas possíveis

formas de utilização.

Avaliação do processo

Módulo I e Módulo II:

A avaliação do processo conduz à análise comparativa das

Matrizes produzidas nos diferentes grupos. Esta análise permitiu também,

além de verificar o alcance dos objetivos propostos, identificar o

panorama da Educação Ambiental na visão dos educadores do

município de Crateús.

Como proposto, a metodologia de Participação-Ação para a

Construção do Conhecimento mostrou-se uma facilitadora no processo

de formação de professores para a inclusão dos temas transversais nos

currículos escolares. O método permitiu a incorporação de visões

atualizadas das questões ambientais.

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104

1. Análise das Matrizes 1 (Identificação de Problemas

Socioambientais) e 2 (Identificação das Potencialidades do Meio

Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável).

Na elaboração dessas matrizes, os grupos demonstraram

dificuldade na formulação e seleção dos problemas, assim como

na identificação das potencialidades. O reconhecimento e/ou

identificação de problemas muitas vezes não contemplou a

complexidade e o nível de impacto causado ao ambiente,

conduzindo à seleção de problemas visíveis, aparentemente

irrelevantes, em comparação com outros, muito mais

impactantes, mas não tão explícitos.

A matriz de identificação de problemas socioambientais foi

analisada obedecendo aos seguintes criterios:

a) Foram reunidos todos os problemas selecionados e

priorizados, a partir das matrizes produzidas pelos grupos.

b) Ao reunir os problemas, foram respeitados os contextos em

que os mesmos foram identificados: global, nacional,

regional, estadual e local.

c) Com todos os problemas reunidos foi construída uma matriz-

síntese contemplando os problemas socioambientais. A

matriz-síntese foi obitida através da análise das matrizes

produzidas por todos os grupos, representando, portanto, a

prioridade estabelecida pelos participantes, em cada

contexto.

d) Para possibilitar, do ponto de vista metodológico, uma

análise concisa da problemática ambiental, estabeleceu-se

alguns parâmetros para o agrupamento dos problemas

elencados nas categorias: Políticas públicas inexistentes

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105

e/ou ineficientes; Esgotamento dos recursos naturais;

Poluição.

2. Análise da Matriz 3 (de interrelações)

Na construção dessa matriz todos os grupos apresentaram muita

dificuldade no estabelecimento das relações de causas e

consequências. Diante da percepção das hesitações na

identificação das interrelações entre os problemas e/ou

potencialidades ambientais, na procura das causas reais, foi feita

apenas a apresentação de um exemplo - esquema de

fluxograma apontando as situações complexas políticas,

econômicas, ecológicas, sociais, culturais e suas interações

dinâmicas horizontais e verticais.

Fica claro que os participantes ainda não possuem conhecimento

nos temas ambiental, social e econômico suficientemente

consolidado para estabelecem o conjunto de determinações e

interrelações complexas entre os problemas ambientais

identificados e suas causas reais.

3. Análise da Matriz 4 (Seleção de problemas e possíveis soluções)

Nessa Matriz foram selecionados, a partir da matriz-síntese, 5

problemas regionais e 10 problemas locais, suas possíveis soluções

e as interrelações entre eles, a fim de iniciar um processo de

aprofundamento dos problemas, numa preparação para as

matrizes posteriores que convergem para a inserção da

Educação Ambiental no ensino formal a ser trabalhado numa

unidade didática das escolas participantes.

Entre a construção da matriz de interrelações e a matriz 4 ficou

evidenciado o crescimento de todos os grupos de trabalho na

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106

concepção das interrelações dos problemas ambientais como

múltiplas, recíprocas e de determinações complexas. Apesar

disso, a preferência na seleção dos problemas regionais e locais

recaiu naqueles relacionados ao meio físico.

4. Análise da Matriz 5 (Matriz de currículo 1)

Na elaboração da matriz de currículo 1, os grupos, partindo dos

dez problemas locais, iniciaram uma reflexão de inserção da

dimensão ambiental no ensino formal, identificando: as relações

dos problemas com as disciplinas do currículo, os pontos de

entrada e as metodologías possíveis para o desenvolvimento do

proceso de Educação Ambiental.

No estabelecimento de relações dos problemas ambientais

identificados e selecionados com as disciplinas do currículo, os

grupos identificaram de maneira bastante clara. Alguns

demonstraram dificuldades para establecer o cruzamento entre

estas e as possíveis metodologias a serem utilizadas no

desenvolvimento da Educação Ambiental. De um modo geral, a

preocupação em discutir a problemática pelas diversas áreas do

conhecimento ficou demonstrada.

5. Análise da Matriz 6 (Matriz de currículo 2)

A elaboração dessa matriz pressupõe o desenvolvimento de um

proceso que permita uma reflexão mais aprofundada sobre as

questões pedagógicas e metodológicas envolvidas na Educação

Ambiental, com finalidade de estruturação das ações no

currículo.

Na construção dessa matriz os grupos, partindo de um problema

ambiental, dentro dos grandes temas escolhidos no início do

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107

curso (Resíduos Sólidos e Recursos Hídricos), elaboraram o

planejamento de uma unidade didática para permitir a inserção

da Educação Ambiental no ensino formal.

A partir dos cruzamentos dos temas e problemas e da listagem de

metodologias possíveis, se culminou com a planificação geral de

uma unidade didática de Educação Ambiental. Após algumas

correções feitas, foi elaborada uma única matriz para ser

trabalhada igualmente por todas as escolas que forem participar

do plano piloto de implantação dos LEVE’s9.

Durante esse processo foi possível identificar a necessidade de

proporcionar aos professores maiores conhecimentos sobre as

questões ambientais, bem assim capacitá-los para diferenciar

claramente atividades e metodologias, por exemplo.

4.3 Aspectos Legais

O marco regulatório relacionado à Gestão de Resíduos Sólidos em

Crateús pode ser distinguido nos planos nacional, estadual e municipal.

Na análise do quadro, várias importantes leis/regulamentos/normas e

diretrizes técnicas podem ser identificadas em relação à gestão dos

resíduos sólidos. Para uma melhor compreensão, a hierarquia na

criação da legislação ambiental brasileira é mostrada abaixo:

1. Federal

Leis: Congresso Nacional

Resoluções: CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

Decretos: Executivo - Presidência da República

2. Estadual

Leis: Assembleia Legislativa

9 LEVE - Local de Entrega Voluntária na Escola

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108

Resoluções: CONSEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente

Decretos: Executivo - Governo do Estado

3. Municipal

Leis: Câmara Municipal

Resoluções: CONAM- Conselho Municipal de Meio Ambiente

Decretos: Executivo - Governo Municipal

4.3.1 Da Legislação Federal

O texto maior do regramento ambiental brasileiro é a Constituição

Federal10, que em seu artigo 225 traça sua linha programática básica

ao dizer que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para a presente e as futuras gerações.”

É também na Lei Maior, em seu artigo 23, incisos VI e IX, que se

encontra o comando que determina a competência comum da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios no poder/dever de “proteger o

meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas” e,

ainda, IX - promover programas de construção de moradias e a

melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;”.

É certo que o conceito de saneamento básico abrange a

questão relativa aos resíduos sólidos, estando contida no regramento

geral da PNSB – Política Nacional de Saneamento Básico, criada pela

da Lei n. 11.445/2007, como se vê, exemplificativamente, no seu artigo

3º, inciso I, alínea c), ao estabelecer que, para os efeitos dessa lei,

considera-se “I - saneamento básico: conjunto de serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de: ... c) limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e

10 BRASIL. 1988

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instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento

e destino final do resíduo doméstico e do resíduo originário da varrição

e limpeza de logradouros e vias públicas”.

Importa referir que o texto legal fundante da política ambiental

brasileira é anterior à edição da Carta Maior de 1988, datando de 1981,

mas sendo por ela recepcionado. Trata-se da Lei nº. 6.938/81, que

dispôs sobre a PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e

mecanismos de formulação e aplicação, entre outras providências.

É também nessa Política que se encontra a disposição que cria o

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo seu art.

6º, que esse sistema é constituído pelos “órgãos e entidades da União,

dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem

como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela

proteção e melhoria da qualidade ambiental.” No inciso VI, do mesmo

artigo, ficam designados como órgãos locais do Sisnama “...os órgãos

ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização

dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;”

Cabe à União com exclusividade, por força do art. 22, inciso I, da

Constituição Federal, legislar sobre direito penal. Nessa esfera, editou a

Lei n º. 9.605/98, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais, mas que

também trata das infrações administrativas, nessa parte regulamentada

pelo Decreto n º. 6.514/08.

O Estatuto das Cidades, Lei no. 10.257/2001 regulamenta os arts.

182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais da

política urbana. O art. 2º. desse Estatuto traz balizamentos importantes

que refletem diretamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos,

como a “garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o

direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à

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110

infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho

e ao lazer, para as presentes e futuras gerações (inciso I)” e a

ordenação e controle do uso do solo como forma de prevenir “(V b) a

proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes”.

Especificamente com relação aos resíduos sólidos, foi criada a

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei n. 12.305/10,

regulamentada através do Decreto n. 7.404/10.

Pelos expressos termos dessa lei, em seu art. 4º, “a Política

Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos,

instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal,

isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito

Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao

gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos”.

A PNRS guarda estreita relação com o importante eixo da

educação ambiental, trazendo expressa diretriz em tal sentido em seu

art. 5º, ao dispor que a “Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a

Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política

Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de

abril de 1999, com a Política Federal de Saneamento Básico, regulada

pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril de

2005”.

Nesse eixo da Educação, a Lei Federal n.º 9.795/99 baliza a PNEA -

Política Nacional de Educação Ambiental, cujo regulamento encontra-

se no Dec. Federal 4.281/2002.

O último texto legal que o art. 5º, da Lei n º. 12.305/12 menciona –

Lei nº. 11.445/07 – trata das normas gerais da contratação de

consórcios públicos, também um importante mecanismo da PNRS, que

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111

em seu art. 8º, inciso XIX, prevê “o incentivo à adoção de consórcios ou

de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à

elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos

envolvidos”.

Os princípios da PNRS vão traçados no art. 6º. da Lei nº. 12.305/10,

sendo aqui salientados elementos que reforçam “... a visão sistêmica, na

gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social,

cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; (incIII)”ainda, o

“reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um

bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e

promotor de cidadania” com previsão no seu inciso VI, tudo a

determinar a adoção dos princípios da sustentabilidade em todas as

suas variáveis.

A PNRS não descurou em seus objetivos, do cuidado e visão de

longo prazo, com contínuo aperfeiçoamento no trato dos resíduos

sólidos, como se vê dos objetivos preconizados em seu art. 7º., dentre os

quais podem ser apontados o inciso II, que busca a “não geração,

redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,

bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;”

ainda o inciso V, que trata da “redução do volume e da periculosidade

dos resíduos perigosos;”e também o inciso VI, que prevê “incentivo à

indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-

primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;”.

Ainda na seara objetivada pela PNRS, o mesmo art. 7º elenca

outros tantos pontos importantes, como a gestão integrada de resíduos

sólidos e a articulação entre as diferentes esferas do poder público, e

destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e

financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; também a

capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; e a

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112

regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da

prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de

resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos

que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como

forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira,

observada a Lei nº 11.445, de 2007; tudo conforme expressa redação de

seus incisos VIII e X.

A PNMA indica em seu art. 8º os instrumentos dos quais se vale

para sua implantação e execução. Entre eles, são destacados nos

incisos I; III e IV:

I - os planos de resíduos sólidos;

III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e

outras ferramentas relacionadas à implementação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos;

IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento de

cooperativas ou de outras formas de associação de

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

Os Planos Municipais de gestão integrada de resíduos sólidos

estão previstos no art. 14, inciso V, da Lei da PNRS, com diversas

disposições, em especial a sua condição necessária para que os

municípios tenham acesso a recursos da União, ou por ela controlados,

quando destinados a empreendimentos e serviços relacionados à

limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. Já o art. 19 da lei

indica os elementos de conteúdo mínimo de um plano municipal,

enquanto que no art. 20 são enumerados os sujeitos à elaboração de

um plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

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113

Diversos outros regramentos legais existem sobre o tema resíduos

sólidos, principalmente, através de Resoluções expedidas pelo

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Instrução técnica básica para o Licenciamento Ambiental

encontra-se na Resolução Conama n.º 237/97, que regulamenta os

aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na PNMA.

Outras tantas normas regulam o tema dos resíduos sólidos.

Exemplificativamente, NBR 10004 – Resíduos sólidos: Classificação; NBR

10005 Lixiviação de Resíduos – Procedimento; NBR 10006 – Solubilização

de Resíduos; NBR 10007 – Amostragem de Resíduos – Procedimento;

NBR 13221 – Transporte Terrestre de Resíduos – Procedimentos; NBR 11175

– Incineração de Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho;

NBR 12235 – Armazenamento de Resíduos Perigosos; NBR 11174 –

Armazenamento de Resíduos Classe II – Não inertes e Classe III – Inertes;

NBR 8418 – Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais

Perigosos; NBR 8419/92 – Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários

de Resíduos Sólidos urbanos; NBR 8849/95 – Apresentação de Projetos de

Aterros Controlados de Resíduos Sólidos urbanos; NBR 10157 – Aterros de

Resíduos Perigosos – Critérios para Projeto, Construção e Operação; NBR

13896 – Aterros de Resíduos Não perigosos – Critérios para Projeto,

Construção e Operação; NBR 12980 – Coleta, varrição e

Acondicionamento de Resíduos Sólidos urbanos.

Ainda exemplificativamente:

Quadro 20 – Outras normas que regulam o tema resíduos sólidos.

NBR 12.807/13 - Resíduos de serviço de saúde. Terminologia

NBR 12.808/93 - Resíduos de saúde Classificação

NBR 13.853/97 - Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou

cortantes - Requisitos e métodos de ensaio.

NBR 12.809/13 - Resíduos de 113serviços de saúde – Gerenciamento de residuos

de serviços de saúde intraestabelecimento

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NBR 12.810/93 - Coleta de residuos de serviços de saúde - Procedimento

NBR 12.980/93 - Coleta, varrição e acondicionamento de residues sólidos

urbanos – Terminologia

NBR 13.028/06 - Elaboração e apresentação de projeto de barragens para

disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação

de água.

NBR 13.029/06 - Elaboração e apresentação de projeto de disposição de

rejeitos de beneficiamento, em barramento, em mineração –

Procedimento

NBR 13.030/99 - Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de

areas degradadas pela mineração

NBR 13.221/10 - Transporte terrestre de residuos.

NBR 13.402/95 - Caracterização de cargas poluidoras em efluentes líquidos

industriais e domésticos – Procedimento

Fonte: ABNT11

4.3.2 Da Legislação Estadual

A espinha dorsal da legislação ambiental no Estado do Ceará

encontra-se, como não poderia deixar de ser, na sua Constituição

Estadual, arts. 259 a 271, que estabelece como dever do Estado “...

proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas

formas” (art. 259, II, XII), tratando ainda de política urbana e

saneamento (arts. 271 e 289). O art. 15, incisos VI e IX, da Lei Maior

Estadual, conferem competência comum à União, Estados e Municípios

para o zelo com o meio ambiente e saneamento.

A Constituição Estadual traz em seu art. 270 previsões específicas

para o PPA – Plano Plurianual, na área de saneamento, com a

participação dos Municípios, determinando diretrizes e programas,

atendidas as particularidades das bacias hidrográficas e os respectivos

recursos hídricos.

O diploma específico em termos de legislação ambiental é a Lei

Estadual de n º. 11.411/87, que estabelece a PEMA – Política Estadual de

Meio Ambiente para o Estado do Ceará. A espelho da legislação

11

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Catálogo <

http://www.abntcatalogo.com.br/>

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115

federal, também na legislação estadual se constata o fenômeno

jurídico da recepção, que, por não existir incompatibilidade, admite no

ordenamento jurídico estadual um texto legal mais antigo que a própria

Constituição Estadual.

Nessa lei encontram-se a criação do COEMA – Conselho Estadual

do Meio Ambiente e suas respectivas atribuições (art. 2º. e seguintes); e

a criação da SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente

(art. 8º. e seguintes)

O COEMA está vinculado diretamente ao Governador do Estado

e com jurisdição em todo o Estado, com o objetivo de assessorar o

Chefe do Poder Executivo em assuntos de política de proteção

ambiental. Entre as diversas atribuições que lhe foram conferidas está a

de coordenar, em comum acordo com a Secretaria de

desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente a implantação e execução

da política estadual do meio ambiente.

A SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente, por

disposição do art. 9º. da Lei n º. 11,411/87, integra o Sistema Nacional de

Meio Ambiente na qualidade de órgão Seccional do Estado do Ceará.

Nesse mesmo dispositivo, encontram-se suas diversas atribuições, ora

sendo destacadas a execução da Política Estadual de Controle

Ambiental do Ceará, dando cumprimento às normas estaduais e

federais de proteção, controle e utilização racional dos recursos e a

administração do licenciamento de atividades poluidoras do Estado do

Ceará, conforme incisos I e III, desse artigo.

No âmbito punitivo, também cabe à SEMACE aplicar no Estado

do Ceará as penalidades por infrações à legislação de proteção

ambiental, Federal e Estadual (art. 9º., inciso VII).

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Também na seara administrativa, a Instrução Normativa n.º.

2/2010 “regula os procedimentos para apuração de infrações

administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a

imposição das sanções, a defesa ou impugnação, o sistema recursal e

a cobrança de multa e sua conversão em prestação de serviços de

recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental” no

âmbito da própria SEMACE.

Assim como a PNRS guarda relação com o eixo da educação

ambiental, também a PERS, pela Constituição Estadual em seu art. 263,

regulamentado pela Lei nº. 13.367/1994, faz a mesma conexão. A Lei lei

nº 14.892/2011 que institui a Política Estadual de Educação Ambiental no

Ceará. A norma cria o Sistema Estadual de Educação Ambiental.

Segundo a lei, a nova política envolve em sua esfera de ação,

entre outros, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace),

as instituições educacionais públicas e privadas, formais e não formais

do Estado e de seus Municípios, bem como as Organizações Não-

Governamentais (ONGs) em atuação na Educação Ambiental.

No ensino formal, estão incluídos dez temas voltados para

realidade regional nas escolas situadas em áreas rurais, entre eles os

resíduos sólidos. A regulamentação da Lei nº 14.892 se dá através do

Decreto estadual n º 31.405/2014.

A própria Lei Ambiental Estadual n º. 11.411/87 dispõe em seu art.

2º, nº 4, caber ao COEMA “Estimular a realização de campanhas

educativas, para mobilização da opinião pública, em favor da

preservação ambiental”, e à SEMACE (art. 9º., XI) “Desenvolver

programas educativos que concorram para melhorar a compreensão

social dos programas ambientais”.

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O Estado também possui uma Política Estadual de Resíduos

Sólidos, editada através da Lei n º. 13.103/2001, que tem seu

regulamento no Decreto nº. 26.604/2002. A Lei, em seu art. 1º. “institui a

Política Estadual de Resíduos Sólidos e define diretrizes e normas de

prevenção e controle da poluição, para a proteção e recuperação da

qualidade do meio ambiente e a proteção da saúde pública,

assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado do

Ceará.”

A PERS trata de forma ampla a questão dos resíduos,

estabelecendo as definições legais e sua classificação para o tema e

âmbito de aplicação da lei (art. 3º.); avançando pelos

estabelecimentos dos princípios e objetivos programáticos (arts.4º. e 5º.)

e respectivas diretrizes (art. 6º). Também enumera os instrumentos dos

quais pode a Política dispor para sua efetivação, indo desde o

planejamento regional integrado até a aplicação de estímulos fiscais,

métodos de gestão, educação e remédios de cunho premial ou

punitivo.

A PERS traz, ainda, expressa previsão (arts. 15 e segs) da

obrigatoriedade por parte dos municípios de fazer gerenciamento

residual através de Planos de Gerenciamento de Resíduos Urbanos “por

eles previamente elaborados e licenciados pelo órgão ambiental

estadual”. Dá, igualmente, obrigação de elaboração de planos de

gerenciamento de resíduos sólidos aos setores industrial, da construção

civil, de serviços de saúde e, ainda, os resíduos considerados especiais.

Pelas disposições do art. 38 da lei que estabeleceu a PERS, fica

aberta a possibilidade de concessão de “incentivos fiscais e financeiros

às instituições públicas e privadas sob a forma de critérios especiais,

deduções, isenções total ou parcial de impostos, tarifas diferenciadas,

prêmios, empréstimos e demais modalidades especificamente

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estabelecidas”, em ordem a que, através de tais medidas, se possibilite

sejam implantados os princípios, objetivos e diretrizesdefinidos na Lei.

Os Municípios devem necessariamente apresentar seu Plano de

Gerenciamento de Resíduos Urbanos, devidamente aprovado pelo

órgão ambiental competente, sempre que solicitarem financiamento a

instituições oficiais, as quais “somente poderão liberar os financiamentos

após a apresentação dessa documentação e da licença ambiental

expedida pelo órgão estadual” (art. 39).

A PERS estabelece, ainda, a obrigatoriedade da elaboração

anual de um Inventário Estadual de Resíduos Sólidos, bem assim “a

situação de conformidade das instalações públicas e privadas

receptoras de resíduos”(art.40). Estabelece, por fim, modalidades de

controle, responsabilidades e infrações puníveis em razão das

desconformidades legais.

O Licenciamento Ambiental no Estado do Ceará é

regulamentado por meio de Resoluções expedidas pelo Conselho

Estadual do Meio Ambiente - COEMA, mediante Instruções Normativas e

Portarias editadas pela SEMACE, conforme estabelece a Resolução

COEMA nº 4 de 12/04/2012.

Nos anexos I e II da Res. n º. 4 são elencadas as atividades

passíveis de licenciamento. Pelos termos do art. 3º, as licenças

ambientais serão expedidas pela SEMACE com observância dos critérios

e padrões estabelecidos nos mencionados anexos.

Também a Instrução Normativa SEMACE n º. 4, de 26/12/2013

estabelece normas e procedimentos a serem seguidos por ela “nas

diversas etapas e fases do licenciamento ambiental dos

empreendimentos, obras ou atividades utilizadores de recursos

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ambientais, potencial ou efetivamente poluidoras, bem como aqueles

que causem, sob qualquer forma, degradação ambiental”.

No tópico específico da Coleta Seletiva, a Lei Estadual Nº

12.225/1993 considera a coleta seletiva e a reciclagem do resíduo

como atividades ecológicas de relevância social e de interesse público

no Estado.

Os agrotóxicos estão contemplados na Lei Estadual nº. 11.076/85,

que dispõe sobre a fiscalização do comércio e controle do uso de

Agrotóxicos e outros biocidas do Estado e dá outras providências.

Também a Lei Estadual 12.228/93 dispõe sobre o uso, a produção, o

consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus

componentes e afins bem como sobre a fiscalização do uso, de

consumo, do comércio, do armazenamento e do transporte interno

desses produtos.

Pilhas e baterias, metais pesados são objeto da Lei estadual n º

12.944/99, que dispõe sobre o descarte de pilhas de até 9 (nove) volts,

de baterias de telefone celular e de artefatos que contenham metais

pesados e dá outras providências.

Os Resíduos Radioativos têm seus rejeitos proibidos de ser

depositados em território cearense, conforme Lei nº 11.423/88,

secundando disposição contida na Constituição Estadual, art. 259, XIX,

de embargar reatores no território estadual, excetuados os que se

destinem à pesquisa e ao uso terapêutico.

No campo da reciclagem, a Lei Estadual nº. 15.086/11 criou o Selo

Verde para certificar produtos compostos de materiais reciclados.

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Como orientações ao gestor público, existem as Recomendações

do TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, na gestão dos serviços

públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos nos

municípios cearenses.

Diversos outros regramentos legais existem sobre o tema resíduos

sólidos, principalmente através de Resoluções expedidas pelo COEMA e

SEMACE.

Instrução técnica básica para o Licenciamento Ambiental

encontra-se na Resolução Resolução COEMA nº O8/04.

4.3.3 Da Legislação Municipal

A Lei de Regência do município é a Lei Orgânica Municipal de

1.990, que em seu Título VI, Capítulo V, trata do meio ambiente nos

artigos 182 a 189, sendo os resíduos objeto do seu art. 185.

O PPA – Plano Plurianual consiste em instrumento de

planejamento governamental, no âmbito da Administração Pública,

que orienta as escolhas das políticas públicas para o período.

No PPA para o quadriênio 2014-2017 existem quatro eixos de

atuação para as políticas públicas, sendo eles: a)infraestrutura e meio

ambiente; b)desenvolvimento social; c)desenvolvimento econômico e

geração de emprego e renda; d)gestão eficiente e participativa. No

caso, as ações e programas ligados à política ambiental e resíduos

sólidos está ligada especialmente ao primeiro eixo, mas guardando

conexão importante com os demais, como desenvolvimento social,

geração de emprego e renda e gestão.

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O PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús,

Lei Municipal nº. 453/2001 determina em seu art. 37 que sejam incluídas

no PPA as programações de investimento em obras de infraestrutura

física.

As conexões entre o tema dos resíduos e da educação

ambiental, presentes nas esferas Federal e Estadual, também se fazem

presentes no Município através da Lei Municipal n º. 203/2012, que tem

entre seus fins promover a conscientização e a educação ambiental

(art. 3º., inc. XXII).

A política ambiental municipal é norteada pela Lei Municipal n º.

203/2012, que dispõe sobre a Política Ambiental do Município de

Crateús. Estabelece os seus instrumentos de ação nos representantes do

Poder Executivo e os de participação comunitária. O controle

ambiental se dá por meio do Apoio técnico e institucional, com

atividades de licenciamento, planejamento, zoneamento, padrões de

qualidade, educação ambiental e auditorias; dentre outros.

Também o FUNDEMA – Fundo Municipal do meio Ambiente,

regido pela Lei nº 227/2012, traz entre suas finalidades o

desenvolvimento de programas de educação ambiental, recuperação

do meio ambiente degradado e a preservação de áreas de interesse

ecológico, secundando o previamente estabelecido na Lei Orgânica.

Por meio da Lei Municipal nº. 566/2005 foi criado o Conselho

Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Condema, que atua como

órgão consultivo, deliberativo e de assessoramento do Poder Executivo,

no âmbito de sua competência, sobre as questões ambientais

propostas nesta e demais leis correlatas do município. É órgão

municipal integrante dos Sistemas Nacional e Estadual do Meio

Ambiente (art. 1º).

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No art. 3º da lei encontram-se as competências atribuídas do

CONDEMA. Entre elas estão as de propor diretrizes para a Política

Municipal do Meio Ambiente (inciso I) e de colaborar nos estudos e

elaboração dos planejamentos, planos, programas e ações de

desenvolvimento, uso e ocupação do solo, plano diretor e ampliação

da área urbana (inciso II).

Em especial o inciso XX do mesmo artigo 3º. , traz disposições

conferindo ao Conselho poderes para deliberação sobre coleta,

seleção, armazenamento, tratamento e eliminação das diversas classes

de resíduos sólidos.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) de Crateús foi

criada através da Lei nº 98/2010. Suas funções estão determinadas no

art.4º, incisos I a IX, da referida lei, entre outras: “III - Zelar pela qualidade

do meio ambiente no território do município e VII - ... programas,

projetos e ações na coleta seletiva”.

As leis Municipais nº 449/2001 e nº 453/2001, respectivamente, de

Parcelamento do Solo Uso e Ocupação do Solo do município e Plano

Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU trazem disposições que se

relacionam com os resíduos sólidos.

No que respeita ao parcelamento do solo e sua utilização, o

artigo 49 da Lei n.º 449/2001 estabelece suas categorias de uso,

enquanto que ao art. 93 contempla a existência de áreas de interesse

institucional, passíveis de utilização pela Administração para defesa,

segurança, saneamento e outros.

O PDDU, Lei Municipal nº. 453/2001, contempla em seus objetivos

gerais (art. 5º., inciso III, al. “f”) a“...sustentabilidade do meio ambiente”,

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e traz no capítulo das políticas de desenvolvimento, o fim de “...

proporcionar equilíbrio ambiental”.

Tais orientações devem ser conjugadas com as diretrizes expostas

no art. 10, inc. XV, do mesmo PDDU - cuidar da deposição de resíduos

industriais e hospitalares e viabilizar a implantação de um aterro

sanitário - aliadas, ainda, à determinação legal de apresentação de um

projeto de aterro sanitário (art. 11, inc. XXX). Tudo cotejado com o

disposto no art. 36, que determina a “implantação de aterro sanitário

necessário para o sistema de limpeza pública, com as devidas

recomendações de segurança e proteção ambiental, em

conformidade com as normas do CONAMA e SEMACE” leva à

constatação de que os resíduos sólidos têm imbricações legais em todo

o ordenamento jurídico estruturante do Município de Crateús.

O Código de Obras e Posturas, Lei Municipal nº. 450/2001, traz

previsão previsões inerentes à proibição de lançamentos de resíduos

sólidos (art. 188 e segs) e sua coleta (art. 201 e segs).

O Licenciamento Ambiental na esfera das atribuições do

Município constam da Lei Municipal nº. 204/2012, que institui o

licenciamento ambiental e a taxa de licença ambiental, custos, análises

e outros.

Na esteira das disposições anteriormente mencionadas - leis

Municipais nº 449/2001 e nº 453/2001 – relacionadas com o

planejamento e implantação de um aterro municipal, existe a

celebração de um Consórcio Municipal, com regulação intitulada

Regimento Interno do Consórcio Municipal Para Aterro de Resíduos

Sólidos – Unidade Crateús – Comares - UCR, devidamente ratificado

através da Lei Municipal n º. 134/2010.

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O Programa de Coleta Seletiva de Crateús foi celebrado através

de convênio celebrado com a Associação de Catadores de materiais

recicláveis de Crateús – Recicratiú, devidamente chancelado pela Lei

Municipal nº. 248/2013, contando com incentivo econômico de ordem

social sob a forma de uma Bolsa Catador no valor de R$ 250,00 mensais

para cada cooperado.

4.4 Mecanismos de Financiamento

Em termos de remuneração para os serviços, o sistema de limpeza

urbana pode ser dividido em coleta de resíduos, limpeza de ruas e

disposição final. O município de Crateús não cobra taxa para o manejo

de resíduos, sendo assim, a remuneração dos serviços é feita através do

caixa único do tesouro municipal.

Por meios políticos, o município deve assegurar a alocação dos

recursos necessários para suprir adequadamente os custos e

investimentos do sistema de manejo de resíduos.

A PNRS traz dentre os seus objetivos a garantia da

sustentabilidade operacional e financeira, como observada na Política

Nacional de Saneamento Básico.

Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos

Sólidos:

...

X - regularidade, continuidade, funcionalidade e

universalização da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com

adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que

assegurem a recuperação dos custos dos serviços

prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade

operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de

2007; o

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4.4.1 Formas Diretas de Arrecadação

A Constituição Federal Brasileira dá competência aos municípios

para legislar sobre assuntos de interesse local, bem como instituir e

arrecadar tributos pela cobrança da prestação do serviço público,

sejam estes prestados diretamente ou sob regime de concessão ou

permissão (artigo 30, CF).

Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que

couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem

como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de

prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

...............................................

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de

concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,

incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

.......................................................

Constituição Federal, 1988

O Guia de orientação para adequação à Política Nacional

de Resíduos Sólidos (PNRS)12 traz em tópicos sumários as possíveis

formas de arrecadação direta:

• Podem ser instituídas taxas em razão dos serviços públicos de

coleta, remoção, tratamento ou destinação de resíduos sólidos

provenientes de imóveis.

• Pode-se adotar no cálculo do valor de taxa um ou mais elementos

da base de cálculo de determinado imposto, como o IPTU, desde

que não se vislumbre integral identidade entre uma base e outra.

• Pode-se cobrar a taxa de remoção de resíduos sólidos pelo metro

quadrado ou de acordo com a quantidade de lixo produzida no

12 Publicado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e

a Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), desenvolvido através de

contrato pela PwC.

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imóvel, tendo em vista sua localização e a destinação do material

recolhido.

• É vedada a fixação de taxa que tenha por escopo remunerar o

Poder Público por serviço genérico e indivisível disponibilizado aos

contribuintes.

Fonte: PwC - Selur – ABLP, 2014

Para fazer o investimento, ou a compra, de equipamentos para a

instalação de unidades de tratamento e disposição final, a cidade

pode recorrer a fontes de financiamento externas (recursos federais). A

prestação de serviços públicos de limpeza urbana tanto pode ser do

próprio Município, como através de terceirização, mediante

contratação atenta aos parâmetros da CF, art. 37, inc. XXI, combinado

com a Lei n. 8.666/93, valendo-se de empresas privadas que com seus

próprios recursos (equipamentos e pessoal) desincumbam-se da coleta,

limpeza dos logradouros, tratamento e disposição final, sendo esta uma

possível solução para os municípios que não têm recursos disponíveis

para tal investimento.

4.4.2 Potenciais fontes para a captação de recursos

O Governo Federal, através dos Ministérios do Meio Ambiente, das

Cidades e da Saúde, financia projetos de infraestrutura, na área de

resíduos sólidos. Os recursos são provenientes do orçamento da União

(esfera fiscal, emendas parlamentares), ou de agências multilaterais de

crédito - FGTS, a Caixa e BNDES - por meio de linhas de crédito.

De acordo com Guia de orientação para adequação à Política

Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), elaborado pela ABLP e SELUR, estas

são fontes ordinárias de recursos financeiros, diferentes das decorrentes

de tributos cobrados pelo município e repasses, como por exemplo:

IPTU, ISSQN, ITBI, ICMS (repasse estadual) e FPM (Fundo de Participação

dos Municípios).

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Vale ressaltar que o presente PMGIRS é parte condicionante ao

acesso de linhas de crédito por meio de fomento ou instituições

financeiras públicas, bem como recursos extraordinários provenientes

da União para gestão de resíduos sólidos. Nesse contexto, as principais

fontes para captação de recursos foram identificadas abaixo, porém,

não esgotam as possibilidades existentes para o financiamento da

infraestrutura e manejo dos resíduos sólidos do município de Crateús,

devendo seus gestores públicos pesquisar outras fontes junto ao

governo estadual e organizações internacionais.

a) Programas de financiamento

As informações contidas nos quadros 22 e 23 abaixo foram extraídas do

Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos

Sólidos13 (PwC - Selur - ABLP)

Quadro 21 – Programas de financiamento disponíveis.

• Banco Nacional de Desenvolvimento

(BNDES)

Um dos objetivos do BNDES é o auxílio ao

desenvolvimento local por meio de

parcerias estabelecidas com governos

estaduais e prefeituras, viabilizando e

implementando os

investimentos necessários. Todas as

esferas de governo podem solicitar auxílio

financeiro ao BNDES para investimentos

em infraestrutura e

cobertura de gastos e despesas, como a

compra de equipamentos.

Esse tipo de financiamento é

reembolsável. Isso posto, quando

requerido pelo município, é necessário

que na lei orçamentária esteja contida a

previsão do pagamento do valor do

empréstimo, bem como haja a permissão

para a assunção da dívida em nome do

município.

• Banco do Brasil

Na mesma linha do BNDES, o Banco do

Brasil concede financiamentos para a

aquisição de máquinas, equipamentos

13

Disponível em http://www.ablp.org.br/pdf/Estudo_Selur_2014_final.pdf

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novos e insumos.

Esses financiamentos só podem ser

requeridos por sociedades empresárias

(micro, pequenas e

médias empresas) ou por associações e

cooperativas.

• Caixa Econômica Federal (CEF)

A CEF estabeleceu, em acordo

celebrado com o governo federal, linhas

de crédito para financiar a elaboração

de planos estaduais e municipais de

resíduos sólidos, além de colaborar com a

profissionalização de cooperativas de

catadores.

Assim, o financiamento pode ser

requerido tanto por estados e municípios

como também pelos demais atores da

PNRS, caso dos catadores e das

cooperativas que atuem com

reciclagem.

Fonte: Adaptado do Guia de orientação para adequação à Política Nacional

de Resíduos Sólidos (PwC - Selur - ABLP).

b) Programas de financiamento não reembolsável

Quadro 22 – Programas de financiamento não reembolsáveis.

• Ministério das Cidades/ Secretaria

Nacional de Saneamento Ambiental

O Ministério das Cidades é um dos atores

da PNRS e tem como missão principal

assegurar à população o direito de acesso

ao sistema de Saneamento Básico em sua

integralidade. O Ministério busca projetos e

ações que visem à implantação ou

adequação para o tratamento e a

disposição final ambientalmente

adequada de resíduos.

Podem fazer uso desses recursos os

estados, o Distrito Federal e os municípios

com população superior a 50 mil

habitantes. Normalmente, a

operacionalização dos recursos e dos

projetos que devem receber verbas para a

sua aplicação é feita em conjunto com a

Caixa Econômica Federal.

• Fundo Nacional do Meio Ambiente

(FNMA)

O Fundo Nacional do Meio Ambiente

(FNMA) foi criado em 1989 pela Lei nº 7.797,

no bojo do Ministério do Meio Ambiente,

visando a oferta de recursos para a

capacitação de gestores nas áreas

ambientais ou outras que tenham como

objetivo a proteção da biodiversidade e

da natureza.

Os temas dos projetos são definidos

anualmente pelo Conselho Deliberativo do

FNMA.

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Informações sobre critérios para

apresentação de projetos podem ser

acessados pelo site

http://www.mma.gov.br/fundo-nacional-

do-meio-ambiente • Ministério da Justiça - Fundo de Direito

Difuso (FDD)

O fundo administrado pelo Ministério da

Justiça tem como objetivo a reparação

dos danos causados ao meio ambiente, ao

consumidor, a bens e direitos de valor

artístico, estético, histórico, turístico,

paisagístico, por infração à ordem

econômica e a outros interesses difusos e

coletivos.

Os recursos são provenientes de multas

aplicadas pelo Conselho Administrativo de

Defesa Econômica (CADE), das multas

aplicadas por descumprimento a Termos

de

Ajustamento de Conduta (TAC) e das

condenações judiciais em ações civis

públicas.

Esses recursos são destinados apenas às

entidades que atuam diretamente na

defesa dos direitos difusos, como

preservação e recuperação do meio

ambiente, proteção e defesa do

consumidor, promoção e defesa da

concorrência, entre outros.

Podem ser apoiados projetos que

incentivem a gestão dos resíduos sólidos, a

coleta seletiva ou outras formas e

programas que incluam os objetivos da

própria PNRS, que

são a redução, a reutilização, o

reaproveitamento e a reciclagem do lixo.

Para candidatar-se ao recebimento de

verbas do FDD, é necessário apresentar

uma carta-consulta, cujo modelo é

divulgado no sítio do Ministério da Justiça.

Podem pedir os recursos da FDD as

instituições governamentais da

administração direta e indireta dos

governos federal, estadual e municipal e as

organizações não governamentais desde

que brasileiras e que estejam relacionadas

à atuação em projetos

de meio ambiente, defesa do consumidor,

de valor artístico ou histórico.

Fonte: Adaptado do Guia de orientação para adequação à Política Nacional

de Resíduos Sólidos (PwC - Selur - ABLP).

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5. Objetivos e Metas

No desenvolvimento dos objetivos apresentados a seguir e na

decisão de quais prioridades deveriam ser postas foram consideradas as

preocupações das partes interessadas, anotadas durante a coleta de

dados e informações:

Quadro 23 – Objetivos.

OBJETIVO 1 Reduzir o risco para a Saúde Pública e para os

Ecossistemas.

OBJETIVO 2

Garantir o cumprimento da legislação

relacionada com a gestão dos resíduos

sólidos.

OBJETIVO 3

Fortalecer a equipe técnica da gestão

municipal, a fim de atingir os objetivos

estabelecidos pelo Plano.

OBJETIVO 4 Apoiar o desenvolvimento econômico com

inclusão social.

OBJETIVO 5 Educar e motivar a comunidade sobre

resíduos sólidos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

As metas estabelecidas para alcançar os objetivos colocados

para o PMGIRS de Crateús foram discutidas nas reuniões de formação

dos Grupos de Trabalho, nas oficinas com professores e catadores de

materiais recicláveis e validadas em audiência pública.

Metas Qualitativas:

Meta 1: Minimizar a exposição humana aos resíduos sólidos.

Meta 2: Minimizar os impactos nos componentes ambientais (ar, água,

solo, flora e fauna) causados pela disposição inadequada dos resíduos

sólidos.

Meta 3: Minimizar a quantidade de resíduos sólidos gerados,

transportados, tratados e dispostos.

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Meta 4: Garantir o cumprimento da Legislação que disciplina o manejo

dos resíduos perigosos.

Meta 5: Garantir o cumprimento de outras normas e resoluções de

resíduos sólidos e consumo consciente.

Meta 6: Desenvolver a capacidade interna de recursos humanos em

termos de adequação e competência.

Meta 7: Melhorar a infraestrutura Interna das seecretarias que tratam

diretamente das questões dos resíduos sólidos, licenciamento ambiental

e fiscalização.

Meta 8: Realizar as operações de gerenciamento de residuos sólidos de

maneira transparente, responsável, eficiente e sustentável.

Meta 9: Estabelecer parcerias sinérgicas com as partes interessadas.

Meta 10: Formar multiplicadores em Educação Ambiental, formal e não

formal.

Meta 11: Desenvolver uma unidade didática em Educação Ambiental

no currículo das escolas públicas e privadas.

Meta 12: Estabelecer trainamento permanente para capacitação de

organizações de catadores.

Metas Quantitativas:

Quadro 24 – Metas de curto prazo (2015-2018).

METAS

Resíduos

Industriais

(+ Serviços

de Saúde)

Resíduos

Sólidos

Urbanos

(serviço +

comercial

+ limpeza

urbana +

domiciliar)

Resíduos

de

Construção

Civil

Redução na fonte 10% 5% 10%

Resíduos perigosos

segregados

100% 100% 100%

Resíduos orgânicos

segragados

80% 50% -----

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Recicláveis

Segregados

80% 50% 80%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Além das metas estabelecidas no quadro acima, a solução para

a destinação final ambientalmente adequada deve ser prioridade e

urgente, considerando a imposição legal de erradicação de lixões até

02/08/2014.

Médio Prazo (2019 – 2024):

Todas as metas estabelecidas para curto prazo (até 2018) serão

também aplicáveis nesse período.

Planta de valorização de orgânicos (compostagem/biodigestor)

instalada com capacidade para processar 90% de orgânicos

segregados na fonte.

Geração de 500 empregos formais diretos no setor de reciclagem

de materiais.

Aumento de 100% no redimento dos catadores de materiais

recicláveis associados/cooperados.

Criação/atração de 10 micro e pequenas empresas

beneficiadoras de resíduos.

Redução de 50% dos resíduos destinados à aterros sanitários, com

base na destinação final de 2015.

Longo Prazo (2025 – 2035):

Todas as metas estabelecidas para curto prazo (até 2018) e

médio prazo (até 2024), serão também aplicávéis em 2035, exceto as

seguintes metas para recuperação de material e tratamento biológico:

90% de resíduos inorgânicos triados para

recuperação/reciclagem de materiais.

90% de resíduos orgânicos compostado e/ou biogás recuperado.

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80% de resíduos de construção e demolição recuperado em

usinas/instalações locais.

6. Questões relevantes para as partes interessadas

É fundamental para o PMGIRS que todas as partes interessadas

estejam envolvidas e participem ativamente do seu processo de

planejamento e implementação. É essencial propiciar a participação

das pessoas nesse processo, bem como deixá-las conhecer as regras

para a comunidade, micro, pequenos e médios empreendendores dos

sistemas operacionais e de gerenciamento de resíduos.

Dentro desse contexto, para o PMGIRS de Crateús, a diversidade

de partes interessadas que participou das oficinas e reuniões de

consulta pode ser caracterizada como:

Envolvimento e participação, incluindo a comunidade, suas

representações, o setor formal e informal, departamentos de saúde e

saneamento, organizações não governamentais, catadores de material

reciclável, empresas de limpeza urbana, gestores ambientais,

representantes do CDL e da indústria da construção civil, especialistas

de universidades locais, técnicos do governo municipal, conforme as

questões relevantes expressadas abaixo.

Triagem e recuperação de materiais dos resíduos urbanos:

Foi sugerido que a coleta seletiva deveria ser mais divulgada para

aumentar a taxa de reciclagem e também a renda dos

catadores.

O governo, em resposta, colocou que a campanha da coleta

seletiva já vem sendo implementada com regularidade e que a

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abrangência da mesma foi ampliada. E que o próprio plano trará

diretrizes para melhorar a comunicação com a comunidade.

Foi ponto comum entre os participantes que a coleta seletiva

depende da consciência da população. Foi sugerido envolver os

agentes de saúde nas campanhas porta-a-porta da coleta

seletiva, uma vez que estes já têm uma aproximação com a

comunidade.

Há uma preocupação a cerca da baixa demanda de materiais

reciclados, e foi sugerida a formulação de estratégias para

aumentar a demanda.

As partes interessadas expressaram ainda que a sanação da falta

de infraestrutura para coleta e compostagem dos residuos

orgânicos deve ser prioridade para o PMGIRS.

O govermo municipal enfatizou a necessidade de recursos

finaceiros para investimento em uma planta de compostagem ou

biodigestor, bem como, a implantação de um sistema

diferenciado para a coleta de orgânicos.

Os representantes da Recicratiú afirmaram que após a ampliação

do galpão de triagem é possível receber os 50% do volume

estabelecido nas metas para ser reciclado.

Os professores colocaram os avanços com a implantação dos

LEVE’s (Local de Entrega Voluntária na Escola) em algumas

escolas-piloto e expressaram a preocupação em colocar as

metas estabelecidas num sistema efetivo de educação

continuada.

Uma preocupação geral demonstrada é a continuação das

ações do Plano e seu monitoramento por parte do governo local.

Tratamento e disposição dos resíduos urbanos:

As partes interessadas expressaram preocupação com a falta de

infraestrutura e condições básicas de higiene, segurança e saúde

na disposição final dos resíduos à céu aberto.

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O Governo Municipal, em resposta, explanou que eficiência

econômica, inclusão social e proteção do meio ambiente são

importantes prioridades e que o PMGIRS indicará políticas a serem

formuladas de acordo com as diretrizes e estratégias do Plano

Nacional de Resíduos Sólidos.

Foi sugerido que estudos de avaliação e acesso à tecnologias

para tratamento biológico dos resíduos orgânicos devam ser

feitos, uma vez que estes correspondem a cerca de 50% dos

resíduos sólidos urbanos gerados no município.

A preocupação com pessoas catando resíduos recicláveis no

“lixão” foi colocada por diversos setores da sociedade civil.

O Governo Municipal, em resposta, relatou algumas ações que

foram feitas pelas secretarias para a retirada pacífica das pessoas

que estão no “lixão”, mas, apenas algumas poucas foram

inseridas em programas de geração de renda do município. A

maioria preferiu continuar trabalhando para atravessadores.

Segundo relatos de técnicos do Governo Municipal, isso se deve

pelo fato de muitos não aceitarem trabalhar sob regras e horários

estabelecidos.

Sobre o encerramento do “lixão”, o Governo Municipal informou

que já existe em andamento um Consórcio para viabilizar a

construção de um Aterro Sanitário no Município.

Tratamento e disposição de resíduos industriais e de serviço de

saúde:

Com relação aos resíduos de serviço de saúde, a Secretaria de

Saúde/Vigilância Sanitária falou sobre a dificuldade em licitar

uma empresa especializada em resíduos perigosos, em função do

alto custo e da distância onde estão localizadas as pouquíssimas

empresas que coletam e tratam esse tipo de resíduo.

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Foi sugerido pela equipe técnica do Instituto Venturi um programa

de Produção Mais Limpa nas Instituições de Seviço de Saúde e

nos processos produtivos das indústrias instaladas no município.

Tratamento e disposição de resíduos da construção civil:

De acordo com os volumes de resíduos estimados a partir das

licenças de novas construções e o desconhecimento da

destinação desses resíduos, as partes interessadas apontaram a

falta de uma política para o correto aproveitamento desses

resíduos, com o apoio da Associação da Insdústria da Constução

Civil.

Já que o município não dispõe de local licenciado para a

disposição de resíduos da construção, o Governo Municipal está

buscando uma solução junto à iniciativa privada para depósito

temporário e reciclagem de inertes.

Outra preocupação demonstrada foi a falta de locais de entrega

voluntária para pequenos volumes oriundos de reformas

domiciliares.

Também, foi comentado o alto potencial de reciclabilidade dos

resíduos de construção civil e a não existência de políticas para o

estabelecimento de parceria público-privada para a reciclagem

e comercialização desses resíduos.

7. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é por si um

conjunto de diretrizes desenvolvidas para nortear, planejar e monitorar

as ações de manejo dos resíduos no município de Crateús, levando-se

em conta os objetivos e metas estabelecidas pelas autoridades locais,

preocupações das partes interessadas, dando a devida importância às

restrições e barreiras atuais do município. É composto por um Sistema de

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gestão, incluindo políticas (regulatório, fiscal, etc.), tecnologias

(equipamento básico e os aspectos operacionais)e medidas voluntárias

(sensibilização, regulamentos independentes, etc.).

Trata-se de uma referência para projetar e implementar novos

sistemas de gerenciamento de resíduos e para analisar e otimizar

sistemas existentes. É baseado no conceito de que todos os aspectos de

um sistema de gerenciamento de resíduos (técnico e não-técnico)

deveriam ser analisados juntos. Uma vez que eles são, de fato,

interrelacionados e desenvolvimentos em uma área frequentemente

afeta práticas ou atividades em uma outra área.

Os resíduos sólidos gerados podem variar conforme os cenários de

desenvolvimento do município e a consciência ambiental dos seus

habitantes. Sendo assim, é de extrema importância a revisão periódica

deste Plano.

7.1 Geração, Coleta e Transporte

Inventário dos resíduos

Desenvolver procedimentos e mecanismos para escrituração

permanente dos resíduos gerados.

Fornecer adequado e constante fundo e suporte para o

processo de inventários dos resíduos gerados no município.

Desenvolver estratégias voltadas especificamente para

promover a política de inventários dos diferentes fluxos de

resíduos.

Apoiar os esforços nacionais para promover a sensibilização

para as questões de geração de resíduos, aconselhar sobre

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métodos e práticas de inventário, bem como fornecer os

dados coletados ao SINIR14.

7.1.1 Estratégias para Redução de Resíduos

As metas listadas acima no item 5 são definidas para a redução

dos resíduos, com referência aos níveis atuais, através de várias políticas

e medidas voluntárias. Estas medidas são sugeridas ao nível da geração

de resíduos. As medidas importantes em termos de geração para reduzir

a disposição de resíduos têm foco na redução e reutilização destes. As

medidas políticas, tanto regulamentares e fiscais, são uma parte vital

para resolver todas as fontes de geração de resíduos, incluindo o setor

residencial, setor comercial, o setor industrial e serviços de saúde. Além

das políticas, a sensibilização levando à ações voluntárias é uma

medida fundamental para reduzir e reutilizar resíduos na fonte.

7.1.2 Políticas para a redução de resíduos na fonte e reutilização

Para incentivar a redução de resíduos e reutilização,

regulamentos específicos e/ou políticas fiscais são necessários para

diferentes fontes de geração e tipos de resíduos. Uma combinação das

medidas políticas que seguem abaixo pode incentivar os geradores de

resíduos em Crateús para a redução de sua geração na fonte:

Resíduos Urbanos de áreas domiciliares:

Minimizar resíduos através de: redução na fonte, por meio do

aumento do uso de bens produzidos localmente, o uso de

produtos com baixas quantidades de embalagem e reutilização,

através da compra de produtos reutilizáveis e adaptando resíduos

para usos alternativos.

14 Sistema Nacional de Informação sobre a gestão dos resíduos sólidos.

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Desenvolver uma abordagem coordenada para minimização de

resíduos através de uma melhor coordenação dentro do setor

público, bem como entre o setor governamental e não-

governamental.

Promover a conscientização e disseminar métodos e práticas de

minimização de resíduos.

Incentivar a participação da comunidade no nível local para que

eles entendam os princípios e aceitem a necessidade de

minimização de resíduos.

Desenvolver incentivos junto às empresas locais para promover a

venda/uso de produtos com baixas quantidades de, ou

embalagens reutilizáveis.

7.1.3 Ações voluntárias de redução e reutilização de resíduos na fonte

Ações voluntárias através da sensibilização e capacitação são

úteis para atingir as metas de redução e reutilização de resíduos na

fonte. Estas medidas voluntárias também são úteis para a transição para

implementar uma nova política regulatória ou fiscal.

A combinação das seguintes medidas voluntárias podem

incentivar os geradores de resíduos de Crateús para segregar os

resíduos na fonte:

Resíduos Urbanos de áreas domiciliares:

As medidas voluntárias de geração de resíduos no nível dos

domicílios, em base mensal, para desenvolver um gráfico de geração

de resíduos, e em seguida, delinear medidas voluntárias no nível

doméstico para reduzir o desperdício:

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

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Sistema Payback para aparelhos eletrônicos, móveis e outros

itens, que podem ser reciclados. Esse retorno pode ser em

dinheiro ou em termos de fornecimento de manuseio e transporte

desses itens.

Os varejistas de bens de consumo, incluindo produtos eletrônicos

e móveis para ter de volta os itens antigos e fornecer desconto

sobre os novos itens.

Payback em refrigerante para latinhas e garrafas vazias.

Sistema de retorno de embalagem após a entrega de bens de

consumo.

Resíduos Urbanos de áreas comerciais:

Ações voluntárias similares, como sugerido para os resíduos

urbanos provenientes de áreas domiciliares.

As medidas voluntárias para embalagem reduzida em

supermercados, redução do consumo de papel nos escritórios, e

uma gestão eficiente dos itens perecíveis, incluindo vegetais e

frutas.

Divulgar os benefícios econômicos da redução de resíduos.

Resíduos Industriais:

Ações voluntárias similares, como sugerido para os resíduos sólidos

urbanos gerados nas áreas domiciliares e comerciais.

Medidas voluntárias para melhorar a eficiência dos recursos e

reutilização dos mesmos, visando a redução dos resíduos gerados

no processo de produção.

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Procurar apoio do Plano de Ação para Produção e Consumo

Sustentáveis do MMA15 para a implementação de programas de

produção mais limpos para os setores da indústria.

Promover a redução na fonte, através da implementação e da

promoção de tecnologias apropriadas para o desenvolvimento

mais limpo.

Induzir instrumentos econômicos apropriados.

Incentivar a adoção de acordos regionais e internacionais.

Sensibilização e capacitação:

Kit de Sensibilização para todas as partes interessadas para

aumentar a conscientização sobre a necessidade de reduzir e

reutilizar resíduos e reforçar a sua compreensão de seu papel de

fazer parte de estratégias para reduzir e reutilizar resíduos.

Capacitação em várias medidas de atividades e ações de

voluntariado para os setores domiciliares, comerciais e industriais.

Promover reduções na fonte e técnicas de reutilização através de

programas de sensibilização e educação da comunidade para

adotar padrões de consumo adequados.

7.1.4 Estratégias para a segregação na fonte

Os resíduos perigosos devem ser separados na fonte, uma vez que

a mistura de até mesmo uma pequena quantidade de resíduos

perigosos com resíduos não perigosos podem contaminar todo o

resíduo. A outra abordagem é a de segregar os resíduos orgânicos a

partir do resto dos resíduos na fonte. As seguintes políticas regulatórias e

15 Ministério do Meio Ambiente

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fiscais, ações voluntárias e as medidas tecnológicas irão ajudar a

alcançar essas metas.

7.1.5 Políticas para segregação na fonte

Com base nos objetivos para separar os resíduos perigosos e não

perigosos na fonte e para separar o resíduo da cozinha (resíduo

orgânico) dos outros resíduos, as seguintes políticas de regulação e

incentivos fiscais e desincentivos poderiam ser introduzidos:

Regulamentos que proíbem a mistura de resíduos perigosos com

resíduos não perigosos.

Regras para a disposição adequada dos resíduos de cozinha

(comida) em sacos ou coletores separados.

Fornecer sistema de coleta gratuíto (coletores) para resíduos

perigosos a partir de fontes domiciliares.

Coleta de resíduos recicláveis (plástico, papel, etc.) dos domicílios

e depois de vender o resíduo reciclável, alguma proporção do

ganho pode ser entregue a Associação de Bairros, como um

incentivo.

Fornecer sacos gratuitos (ou coletores) para o descarte de

resíduos alimentares (orgânico), e o custo dos sacos e o transporte

poderia ser recuperado a partir da usina de compostagem - ou o

custo de sacos pode ser subsídio cruzado da economia com os

sacos para outros resíduos.

Criação de sistema de monitoramento por comissões de

moradores para a segregação na fonte.

Redução de encargos mensais das famílias relacionadas com a

prática de segregação na fonte pelas comissões de moradores.

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Aos novos condomínios residenciais pode ser dada uma escolha

a ser cobrado como grande coletor, e a própria administração

dos condomínios residenciais pode recolher a taxa de coleta de

resíduos de seus moradores.

Os regulamentos e políticas de segregação na fonte já estão em

vigor para os resíduos industriais e de saúde, bem como para os

fluxos de resíduos gerados nas residências e pequenos

estabelecimentos de serviços e comércios. Aplicação rigorosa

dessas normas e políticas seria garantir que os resíduos sejam

segregados na fonte e resíduos perigosos não sejam misturados

com resíduos não perigosos. A aplicação para o manuseio

adequado, coleta e transporte, também é necessário para

resíduos industriais e de saúde, incluindo os resíduos perigosos.

Desenvolver, financiar e promover o desenvolvimento

individual/de base comunitária de instalações de processamento,

incluindo: a compostagem, a captura de metano, latinhas,

plástico, papel e reciclagem de entulho (inertes).

Educar as pessoas envolvidas nas instalações privativas e de base

comunitária no que diz respeito à saúde básica, higiene, normas e

práticas de segurança.

7.1.6 Ações voluntárias para a segregação na fonte

Ações voluntárias são úteis para complementar os regulamentos e

políticas fiscais. Estas também são úteis como uma transição para a

aplicação dos regulamentos e políticas fiscais. Promover ações

voluntárias, sensibilização e formação são muito importantes para

motivar as partes interessadas e desenvolver a sua capacidade de

ação. As seguintes ações voluntárias são sugeridas:

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Comissões de moradores e grupos de voluntários para encorajar

geradores para segregar os resíduos de acordo com as suas

características: resíduos orgânicos (alimentos e quintal), resíduos

indiferenciados, resíduos perigosos e rejeitos.

A realização de reuniões regulares e acompanhamento informal

por grupos de voluntários - a consciência para as organizações

de moradores.

Os grupos voluntários de sensibilização.

Identificar/criar mercados de consumo para os resíduos/materiais

reciclados.

Promover a conscientização do tratamento e aconselhamento

sobre métodos e práticas adequadas.

7.1.7 Medidas tecnológicas para a segregação na fonte

A segregação na fonte requer bons coletores ou sacos para cada

tipo de resíduo, incluindo os resíduos não perigosos, resíduos orgânicos

(alimentos e quintal), resíduos indiferenciados, resíduos perigosos e

rejeitos. As medidas tecnológicas que se seguem são projetadas para

uma separação efetiva e eficiente na fonte:

Resíduos Urbanos de áreas domiciliares:

Sacos de plástico transparentes e/ou compostáveis fornecidos

pelo serviço de coleta para os moradores fazerem a separação

do resíduo orgânico - sacos plásticos especiais podem ser feitos

para a coleta de resíduos.

Coletores para resíduos perigosos e misturados fornecido pelo

serviço de coleta ou comissões de moradores.

Lixeiras comunitárias para a coleta de resíduos separados na

fonte (resíduos perigosos, misturados e orgânicos). Para

condomínios residenciais, um coletor pode ser fornecido para os

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moradores colocarem seus sacos com resíduos. Os atuais pontos

de coleta de resíduos para novos condomínios residenciais

podem ser atualizados por cercas e partição para sacos de

resíduos orgânicos e não orgânicos. Os pontos de coleta de ruas

com casas antigas podem ser construídos em pontos onde a

maioria das famílias não precisa andar mais de 100 metros para

colocar seus sacos de resíduo.

Coletores marcados para resíduos perigosos em locais

apropriados.

Itens grandes e pesados (mais de 50 cm de qualquer dimensão

e/ou 5 kg de peso) não devem ser jogados na coleta regular.

Resíduos Urbanos de áreas comerciais:

Sacos semelhantes aos utilizados para os resíduos domésticos

para as pequenas empresas comerciais e escritórios - pequenas

empresas comerciais podem ser descritas como pequenos

centros comerciais e lanchonetes individuais e bancas de frutas e

legumes vendidos nas ruas (excluindo grande mercado).

Coletores grandes, de vários tamanhos (de 2m3 para 5m3) para

diferentes tipos de resíduos não perigosos (por exemplo, o

desperdício de comida de restaurantes ou de embalagem de

supermercados).

Sacos coloridos ou coletores especialmente marcados para

resíduos perigosos.

Resíduos Industriais:

Pequenas ou grandes caçambas (de 2m3 a 30m3 ou mais) para

diferentes tipos de resíduos não perigosos.

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Recipientes especialmente marcados ou coloridos para resíduos

perigosos. Lodo industrial também é considerado perigoso e o

lodo seco deve ser transportado em sacos especiais.

7.1.8 Estratégias para a Coleta e Transporte

A coleta e transporte é a fase mais crucial uma vez que a maior

parte do orçamento para a gestão de resíduos sólidos pode ser gasto

nessas atividades, e deficiência nestes estágios podem interferir na

eficácia e eficiência de todo o processo de gestão de resíduos sólidos.

Tendo em vista as metas e as preocupações das partes interessadas,

políticas específicas, ações voluntárias e medidas tecnológicas podem

ser necessárias:

7.1.9 Políticas para Coleta e Transporte

As políticas de coleta e transporte devem abordar várias

questões, incluindo a frequência da coleta, o tempo de coleta, tipo de

veículos de coleta, despesas e cobrança para os diferentes tipos de

resíduos e para diferentes fontes:

Resíduos Urbanos de áreas domiciliares:

Coleta diária de resíduos orgânicos (alimentos) dos coletores

comunitários/lixeiras de todas as ruas e das áreas fechadas de

armazenamento temporário de resíduos para condomínios

residenciais.

Coleta semanal de resíduos recicláveis, perigosos e de outros

resíduos.

Itens grandes e pesados podem ser recolhidos com base no

pedido, com taxas de coleta seletiva de resíduos a pagar à

empresas de coleta de resíduos especiais.

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Os resíduos são recolhidos no início da manhã ou no final da noite

para evitar o congestionamento nas ruas.

Veículos de coleta de resíduos de áreas residenciais para estação

de triagem ou planta de tratamento: caminhões cobertos com

carga traseira.

Taxas de coleta a ser coberta a partir do custo de sacos de outros

resíduos, ganhando com a venda de resíduos orgânicos para

plantas de compostagem e ganhos com a venda dos resíduos

recicláveis - orientações para a estimativa de custo são

fornecidas como anexo nesse documento.

Resíduos Urbanos de áreas comerciais:

Coleta diária de todos os tipos de resíduos com veículos

separados para resíduos orgânicos, resíduos recicláveis e resíduos

não-recicláveis - coleta de resíduos de fontes comerciais é

preferível após o horário de fechamento dos mercados e outras

empresas comerciais.

Encargos de coleta e disposição com base no número e

tamanho dos coletores/caçamba para resíduos não recicláveis -

a pagar diretamente à empresa prestadora desse serviço.

Taxas mais elevadas para coleta e disposição de resíduos

perigosos - a pagar diretamente para a empresa de gestão de

resíduos perigosos.

Taxas mais baixas de coleta de resíduos recicláveis e orgânicos,

de acordo com o ganho da venda da usina de compostagem e

venda de resíduos recicláveis - a pagar diretamente às

empresas/associações que operam no mercado de reciclagem.

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Resíduos Industriais:

Geradores de resíduos são responsáveis por organizar os serviços

de coleta e disposição de resíduos industriais, através de

empresas de coleta e disposição de resíduos, alinhadas com o

sistema vigente.

O Governo Municipal pode reforçar ainda mais o seu papel

regulador e de monitoramento para verificar a descarga ilegal de

resíduos, tratamento adequado de todos os tipos de resíduos, de

acordo com as suas características e recolher continuamente

informações sobre a quantificação e caracterização dos resíduos

para promover a reciclagem e troca de resíduos - conceito do

Polo de Valoração de Resíduos.

No geral - para todas as fontes e tipos de resíduos:

Normas e regulamentos nacionais e locais se aplicam aos veículos

de coleta para o transporte de resíduos orgânicos, resíduos

recicláveis, resíduos não recicláveis e resíduos perigosos.

Regulamentos nacionais e locais de segurança e manutenção

dos veículos, incluindo o ruído e poluição do ar, vazamentos e

limpeza dos veículos de coleta.

7.1.10 Ações voluntárias para coleta e transporte

A coleta e transporte de resíduos sólidos é uma atividade

regulamentada. No entanto, as seguintes ações voluntárias ajudam a

melhorar a sua eficácia e eficiência e pode minimizar os impactos

negativos sobre o meio ambiente:

Grupos de voluntários para motivar e acompanhar a

pontualidade em colocar os sacos de resíduos nos locais

adequados, da forma correta a ser recolhidos e transportados.

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O respeito pelos trabalhadores da vigilância sanitária, garis e

catadores de resíduos recicláveis para motivá-los a trabalhar de

forma eficiente.

Evitar criar congestionamento durante a operação de veículos de

coleta de resíduos.

7.1.11 Medidas tecnológicas para coleta e transporte

A seleção de equipamentos de coleta apropriados, incluindo os

tipos de veículos é importante para uma melhor eficiência e menores

impactos ambientais das atividades de transporte de resíduos. Os tipos

de veículos podem variar de acordo com o tipo de resíduo (resíduos

recicláveis, não recicláveis, perigosos, orgânicos e rejeitos) e

quantidade de resíduos, que precisa ser correlacionada com a

freqüência de coleta.

Resíduos Urbanos de áreas domiciliares:

Veículos para coleta de resíduos recicláveis a partir de áreas

residenciais para a estação de transferência ou planta de

tratamento: caminhões cobertos de carregamento lateral ou

traseiro. Também, podem ser utilizados caminhões pequenos de

carroceria alta, desde que observadas as normas de segurança.

Veículos para coleta de resíduos não recicláveis a partir de áreas

residenciais para a estação de transferência ou planta de

tratamento: caminhões compactadores.

Veículos para coleta de resíduos orgânicos a partir de áreas

residenciais para a estação de transferência ou planta de

tratamento: caminhões compactadores.

Se um tipo de resíduo não é substancial na quantidade, então o

veículo de coleta com dois compartimentos ou adaptados com

big bags será usado.

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Identificar e ajudar na introdução de tecnologias adequadas às

circunstâncias e necessidades individuais.

Apoiar os esforços nacionais para aconselhamento sobre

métodos de coleta e as melhores práticas.

Fornecer pontos de coleta centralizados e adequados para

facilitar a coleta e manuseio, onde exista coleta comunitária.

Resíduos Urbanos de áreas comerciais:

Veículos para coleta de resíduos recicláveis a partir de áreas

comerciais para a estação de transferência ou planta de

tratamento: caminhões cobertos de carga traseira ou lateral ou

coletador apropriado para reciclagem.

Veículos para coleta de resíduos não recicláveis/rejeitos de áreas

comerciais para estação de transferência ou aterro sanitário:

caminhões compactadores de carga traseira ou frontal.

Veículos para coleta de resíduos orgânicos de áreas comerciais

para a estação de transferência ou planta de tratamento:

caminhões compactadores com sistema à prova de vazamento.

Fornecer pontos de coleta centralizados e adequados para

facilitar a coleta e manuseio, onde existe coleta comunitária.

Resíduos Industriais:

Veículos para coleta de resíduos recicláveis das áreas industriais

para a estação de transferência ou planta de tratamento:

caminhões cobertos de carga traseira ou lateral ou transportador

próprio para reciclagem.

Veículos para coleta de resíduos não recicláveis das áreas

industriais para a estação de transferência ou planta de

tratamento: caminhões compactadores de carga traseira ou

frontal.

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Veículos para coleta de resíduos orgânicos em áreas industriais

para a estação de transferência ou planta de tratamento:

caminhões compactadores com sistema à prova de vazamento.

Identificar e ajudar na introdução de tecnologias adequadas às

circunstâncias e necessidades individuais.

7.1.12 Plano Operacional para coleta e transporte

O Plano Operacional para coleta e transporte do ponto de

geração para a estação de transferência ou planta de tratamento é

determinado com base em decisões sobre o que deve ser feito com os

resíduos coletados e quanto seria o custo para o transporte entre dois

pontos (estação de transferência e planta de tratamento).

Tendo em vista a meta inicial de segregação de 50 por cento dos

resíduos orgânicos e as preocupações das partes interessadas no que

diz respeito às dificuldades em atingir esta meta, três cenários globais

podem ser delineados: I) situação muito otimista (100 por cento de

segregação de resíduos orgânicos), II) situação projetada (50 por cento

de segregação dos resíduos orgânicos) e III) situação com base na

preocupação das partes interessadas (não segregação - resíduos

misturados, pelo menos nos anos iniciais:

I. Transporte de resíduos orgânicos diretamente para a planta de

compostagem, ignorando o transporte de outros resíduos para estação

de transferência para triagem e recuperação de materiais para

reciclagem.

II. Transporte de 50 por cento dos resíduos orgânicos diretamente para a

planta de compostagem, enquanto todos os outros resíduos e 50 por

cento de resíduos orgânicos que não foram segregados na fonte são

transportados para a estação de transferência para a triagem.

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III. Transporte de todo o resíduo misturado para a estação de

transferência para triagem e recuperação de materiais para

reciclagem.

Todos estes cenários são baseados nas mesmas informações da

linha de base, coletadas e projetadas pelas equipes de trabalho desse

projeto, o que em números pode-se observar o representado na Figura

66.

Figura 66 – Projeção dos cenários para os resíduos orgânicos.

Fonte: Elaborado pelos autores.

A quantidade de resíduos a partir de fontes comerciais e

domiciliares é de cerca de 42 toneladas/dia, o que vai aumentar para

aproximadamente 46 toneladas/dia em 2015 e até 50 toneladas/dia em

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2035. Desses números, os resíduos orgânicos correspondem

aproximadamente a 19 toneladas/dia, o que irá aumentar a 21

toneladas/dia em 2015 e até 23 toneladas/dia em 2035. Os outros

resíduos, incluindo papéis e plásticos, correspondem a 23 toneladas/dia,

o que aumenta para 25 toneladas/dia em 2015 e até 27 toneladas/dia

em 2035.

A coleta de resíduos em Crateús é realizada por duas vias:

resíduos misturados (coleta comum) feita pela empresa terceirizada e

parte dos recicláveis inorgânicos segregados na fonte é coletada pela

Associação de Catadores-Recicratiú (coleta seletiva). Os resíduos da

coleta comum são transportados diretamente para um “lixão”

localizado nas proximidades da sede do Município e depositados ali a

céu aberto. A instalação de triagem para reciclagem está localizada

dentro de uma área de 10 hectares (Fig 47), onde está prevista a

construção do Polo de Valoração de Resíduos, conforme mostrado no

Volume 2 - Esquemas para Implementação do Plano de Ação

Estratégica. Não existem aterros para resíduos domiciliares, industriais,

inertes, públicos ou privados em Crateús. Instalações de tratamento e

eliminação de resíduos perigosos estão localizados a grandes distâncias

do Município. A produção total de resíduos, a sua repartição em

resíduos orgânicos, recicláveis e misturados com as tendências futuras é

mostrada nas Figuras 45 e 46. A composição dos resíduos urbanos é

mostrada na Figura 9.

Cenário I: Segregação total dos orgânicos dos outros resíduos

Se os resíduos são bem segregados na fonte, então, todos os

resíduos orgânicos podem ser transportados diretamente para a

estação de tratamento de orgânicos. Para esta opção, o pressuposto

subjacente é que a segregação dos resíduos esteja de acordo com as

normas. Os outros resíduos são levados primeiro para a estação de

transferência e então triados em resíduos recicláveis e não-recicláveis

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(ou rejeitos) que são transportados para locais de disposição final

(aterros).

Não há estação de tratamento de resíduos orgânicos para

convertê-los em recursos, como o composto, o biogás, etanol, bio-

metano, etc. Infere-se que uma estação de tratamento de resíduos

orgânicos deva ser construída. Infere-se ainda que esta estação de

tratamento de resíduos orgânicos deva estar localizada perto da

estação de transferência. Esta localização também será útil se os

resíduos orgânicos forem de baixa qualidade e/ou quando o composto

não é apropriado para a agricultura. No caso, os

resíduos/compostagem podem ser transportados diretamente para

aterro com os resíduos não reciclável/rejeitos. Isso ajudaria a evitar

problemas de emissão, que normalmente são encontrados quando o

orgânico é enviado diretamente para um aterro sanitário, sem prévio

tratamento biológico (compostagem).

Cenário II: Segregação de apenas 50% dos resíduos orgânicos

Se algumas áreas, onde a segregação orgânica ainda não está

devidamente implementada os resíduos orgânicos provenientes de

áreas, onde a segregação é praticada, podem ser transportados

diretamente à estação de tratamento de resíduos orgânicos. Para esta

opção, a hipótese subjacente é que a segregação dos resíduos esteja

de acordo com as normas para cerca de 50% de áreas dentro de

Crateús. Os outros resíduos são levados primeiro para estação de

transferência e então triados como recicláveis e não-recicláveis/rejeitos,

sendo estes transportados para locais de disposição final (aterros).

Cenário III: Não segregação – todos os resíduos misturados

Com esta opção, todos os resíduos são transportados para

estação de transferência para triagem para reciclagem. Primeira

hipótese é que, como todo o resíduo é sujo e misturado, apenas 5% dos

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resíduos recicláveis serão recuperados. Segundo pressuposto é que

todos os resíduos são transportados para o aterro.

Nota: Como o Município de Crateús tem um contrato com uma

empresa privada para coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos,

com base nas opções acima, planos operacionais apropriados devem

ser solicitados a esta pela Secretaria de Meio Ambiente.

TRANSIÇÃO DOS RESÍDUOS MISTURADOS PARA RESÍDUOS

SEGREGADOS

É altamente provável, que a transição da coleta atual de resíduos

mistos (Opção III) para a coleta de resíduos segregados (Opção I ou

Opção II) possa levar alguns anos. Para acomodar este tempo de

transição no planejamento para a coleta e transporte de resíduos

sólidos urbanos a partir de fontes comerciais e residenciais, o sistema

poderia ser projetado para resíduos mistos (Opção III) por alguns anos

iniciais e depois para 50 por cento a segregação de resíduos orgânicos

(Opção II) e finalmente, para 100 por cento de segregação de resíduos

orgânicos (Opção I).

Resíduos Sólidos Urbanos da Indústria

O resíduo orgânico em indústrias é normalmente gerado em

refeitórios; portanto, pode ser facilmente segregado na fonte. Essa

segregação na fonte pode ajudar a recuperar a maior parte na

reciclagem de resíduos, principalmente de plástico, papel, borracha e

metais. Supondo-se que um programa de produção mais limpa será

implementado no setor industrial de Crateús, 80 por cento dos resíduos

orgânicos de indústrias serão segregados para reciclagem, em seguida,

uma parte insignificante será deixada para tratamento e disposição.

Este resíduo restante só exigiria uma viagem de um dia; no entanto,

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tendo em vista o tempo de coleta mais necessário para abranger todos

os setores, um veículo dedicado de cinco toneladas poderia ser

suficiente.

Resíduos de Construção Civil

Em Crateús, resíduos de construção civil são gerados a partir de

duas fontes: novas construções e demolições/reformas (Figura 37 e

Quadro 15). No entanto, a maior parte dos resíduos não é segregada

corretamente dentro deste setor. Uma vez que o gerador é responsável

por este tipo de resíduo, o Governo Municipal não prevê a necessidade

de fazer um plano operacional para resíduos de construção e

demolição. Mas, deverá exigir do setor o correspondente plano de

gerenciamento de resíduos para cada obra civil licenciada, fazendo a

devida fiscalização.

Lodo de Plantas de Tratamento de Esgoto

Atualmente não há planta de tratamento de esgoto no Município

de Crateús. Deve-se, no entanto, observar essa questão dentro do

Plano de Saneamento Básico (em construção) para incluir diretrizes

sobre esse tópico na revisão do PMGIRS.

Resíduos Perigosos do Sistema de Coleta (Hospitais e Indústrias)

Existe apenas uma empresa qualificada que presta serviços de

coleta, transporte, tratamento e disposição de resíduos perigosos

provenientes de serviços de saúde: Flamax Ambiental Serviços e

Transportes Ltda., sediada em Juazeiro do Norte-CE. Para os resíduos

oriundos da indústria local não existem empresas credenciadas para

esse tipo de serviço.

Os resíduos perigosos de serviços de saúde são em torno de 79

toneladas/ano, e de indústrias cerca de 1,5 tonelada/ano. Com

medidas políticas, técnicas e voluntárias apresentadas nas seções

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anteriores, as atuais operações de coleta e destinação de resíduos

perigosos podem estar em conformidade legal.

Um sistema de monitoramento rigoroso deve certificar-se de que

os resíduos perigosos não sejam misturados com resíduos não perigosos,

e a coleta e manejo adequados de cada tipo de resíduo perigoso

esteja de acordo com as normas.

Coleta de Resíduos Industriais

A maioria dos resíduos industriais não perigosos de atividades de

transformação é recolhida por pequenas empresas de reciclagem, por

vezes, sem qualquer custo. Em razão disso, Crateús não necessita

fornecer serviços adicionais para a coleta de resíduos industriais.

7.2 Triagem, Tratamento e Disposição

7.2.1 Estratégias para a Estação de Transferência e de Triagem para

Recuperação de Materiais

Os resíduos de fontes residenciais e comerciais são os únicos que

devem ser transportados para a estação de transferência. Resíduos do

processamento industrial devem ser segregados na fonte para a

recuperação de material. As indústrias, por força de lei, são

responsáveis pela gestão dos resíduos que geram, podendo enviá-los

para reciclagem. Por isso, as medidas políticas, tecnológicas e de

voluntariado para estações de transferência devem estar alinhadas

com a quantidade e composição dos resíduos urbanos, bem como

com as metas para a recuperação de materiais a partir de resíduos

sólidos urbanos. O resíduo reciclável, separado dos resíduos mistos na

estação de transferência, vai aumentar a quantidade de materiais

recicláveis disponíveis e também estimular o crescimento do setor das

indústrias baseadas em reciclagem.

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Os alvos importantes para a estação de transferência são triar,

pelo menos, 50% dos resíduos até 2018 e 90% dos resíduos até 2035. Com

a segregação de resíduos orgânicos na fonte, a maioria de plástico,

papel, vidro e resíduos de metais poderia ser recuperado como resíduos

recicláveis "limpos". Além da recuperação material, a outra função de

estação de transferência é a compactação e/ou embolsamento do

rejeito para transporte até o local de disposição final (aterro sanitário).

Seguindo a política, as medidas tecnológicas e de voluntariado vai

ajudar a maximizar a recuperação de recursos na estação de

transferência, bem como para melhorar a eficiência no transporte de

resíduos para um local de tratamento/disposição.

7.2.2 Políticas para a Estação de Transferência

Políticas para a estação de transferência são destinadas a

alcançar os objetivos desejados do Plano GIRS da seguinte forma:

Para promover a inclusão social através da criação de emprego,

com a organização de reciclagem/cadeia de processamento

Para auxiliar o desenvolvimento econômico através da

indústria/negócios

Para educar e motivar a comunidade sobre resíduos sólidos

Para reduzir o custo da gestão de resíduos

Em consonância com as políticas de meio ambiente e segurança

pública devem ser observadas algumas regras:

Os resíduos perigosos não são permitidos na estação de

transferência

Normas de segurança nacionais e locais relacionadas com o

trabalho devem ser seguidas na estação de transferência

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Normas de segurança ambiental deverão ser atendidas na

estação de transferência e contaminação de segundo nível não

deve ser permitido. Por conseguinte, as emissões de poluentes,

ruído e odor devem estar dentro dos limites impostos pelas

normas/regulamentos

Remover todos os resíduos entregues na instalação até o final de

cada dia e limpar o chão da área de recepção diariamente

Projetar estradas seguras para a estação de transferência

evitando acidentes de trabalho com os funcionários do transporte

7.2.3 Medidas Voluntárias na Estação de Transferência

Sensibilização e educação ambiental sobre as instalações para

as comunidades

Agendamento de visitas para alunos e comunidades

conhecerem o processo e benefícios da recuperação de recursos

e tecnologias ambientalmente saudáveis

7.2.4 Medidas Tecnológicas na Estação de Transferência

Melhorias na estação de transferência para desempenhar as suas

funções com tecnologias apropriadas devem ser feitas periodicamente,

com base nos cálculos detalhados da segregação de resíduos de

alimentos na fonte e a quantidade de resíduos para a coleta e

transporte para estação de transferência.

Equipamento adequado para a separação manual dos materiais

deve ser instalado. Isso geralmente inclui uma esteira de triagem

ou mesa e recipientes para armazenar os materiais triados

A separação mecânica poderia ser considerada para maior

eficiência e segurança dos trabalhadores. Isso incluirá a

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instalação de equipamentos para redução de tamanho,

classificação, triagem, separação magnética, etc.

Seleção da tecnologia deve ser baseada em uma metodologia

estruturada que abrange todos os aspectos (técnico, econômico,

social e ambiental)

Compactadores de rejeito devem ser usados em estações de

transferência para compactação destes antes de serem

transportados para locais de tratamento/destinação final

Sistemas de enfardamento devem ser instalados para materiais

volumosos, tais como papelão, revistas, papel, plásticos, latas de

alumínio, latas de aço, cobre, etc.

7.2.5 Estratégias para Tratamento Biológico

Dado que a maior parte dos resíduos gerados é orgânico, é

importante uma instalação de tratamento em funcionamento para

tratar os resíduos na própria área da estação de transferência. As

tecnologias de tratamento selecionadas no caso de Crateús são

limitadas a fatores biológicos (biogás e compostagem), devido à

natureza e volume dos resíduos. Medidas políticas adequadas, ações

de voluntariado e intervenções tecnológicas são importantes para

montar com sucesso esta instalação de tratamento uma vez que ela vai

se tornar a principal solução para os resíduos orgânicos.

7.2.6 Políticas para Tratamento Biológico

Medidas de apoio político para encorajar o uso de digestores

para a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos

Normas ambientais e de segurança devem ser estipuladas para

planta de biogás/usinas de compostagem

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Os resíduos perigosos não devem ser permitidos na estação de

tratamento

7.2.7 Ações Voluntárias

Grupos de cidadãos para promover o uso de biogás e composto

feito a partir de resíduos

Desenvolver um mecanismo de marketing para a venda de

adubo composto enriquecido

7.2.8 Medidas Tecnológicas

Desenvolver um modelo de planta de biogás/usina de

compostagem para referência

Desenvolver um recipiente/cilindro de armazenamento portátil de

biogás que possa ser transportado da estação geradora de

biogás até o consumidor

Estabelecer um centro de conhecimento para promover

tecnologias para as comunidades sobre o tratamento de resíduos

para a recuperação de energia/fertilizante

7.2.9 Estratégias para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos

O maior impulso no plano GIRS será recuperar tanto quanto

possível os resíduos gerados. Portanto, será dada uma prioridade muito

alta para a reutilização/reciclagem e valorização de resíduos.

7.2.10 Políticas para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos

Quadro político favorável para incentivar as pessoas a utilizar os

materiais e produtos reciclados

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Incentivos econômicos para os investidores para o

estabelecimento de instalações de reciclagem para a

recuperação dos recursos

Mudanças curriculares no sistema educativo para incluir a

conservação dos recursos naturais

Desenvolver diretrizes e normas para os materiais e produtos

reciclados

Desenvolvimento de projetos-piloto que irão gerar novos negócios

para o mercado de reciclagem local, com base em estudos de

mercado e de laboratório locais.

7.2.11 Ações Voluntárias

Consciência entre a comunidade sobre os benefícios econômicos

e ambientais da reutilização e reciclagem de materiais

Iniciativas na escola para educar e incentivar os alunos a se

tornarem campeões na reutilização e reciclagem

Formação de potenciais industriais de pequena escala para o

arranque da reciclagem de resíduos

7.2.12 Medidas Tecnológicas

Configurar um modelo de usina de reciclagem para cada tipo de

resíduo recuperável, considerando a possibilidade de implementar um

Polo de Valoração de Resíduo na área da estação de transferência.

7.2.13 Disposição Final

É antecipado aqui que os rejeitos para a disposição final não irá

aumentar substancialmente, se as metas para a segregação de

resíduos orgânicos na fonte forem alcançadas, bem como a

recuperação destes seja através de compostagem ou biodigestror.

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Nesse caso, o aterro sanitário, construído na região de Crateús em um

futuro próximo, deverá ter sua vida útil aumentada significativamente.

Também, infere-se que a hierarquia das ações apontadas pela Política

Nacional de Resíduos Sólidos (Fig. 67) tenha sido considerada durante a

implementação do PMGIRS.

Figura 67 – Hierarquia das ações na gestão de resíduos sólidos

Fonte: Adaptado da Lei 12.305/2010.

7.2.13.1 Alternativas de Destinação Final de Resíduos-Rejeito

As alternativas avaliadas como solução para o destino

final dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Crateús foram

as seguintes:

Aterro Sanitário, e

Embolsamento de resíduos

Na sequência são apresentadas as informações referentes

a cada uma das alternativas estudadas.

Aterro Sanitário

O Aterro Sanitário é a evolução de uma das técnicas mais

antigas e mais frequentemente util izadas pelo homem para

descarte de seus resíduos, que é o lançamento no solo.

Atualmente exige-se que seja uma peça de engenharia que

tem como objetivo colocar adequadamente no solo resíduos

não classificados como perigosos, buscando causar o menor

impacto possível ao meio ambiente ou à saúde pública.

Não Geração

Redução Reutilização Reciclagem e Tratamento

Disposição final dos Rejeitos

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Essa técnica consiste basicamente na disposição dos

resíduos no solo, em camadas que são periodicamente

cobertas com solo.

Figura 68 – Cobertura do solo de um Aterro Sanitário.

Fonte: ABLP

O objetivo do aterro sanitário é o de melhorar as

condições sanitárias relacionadas aos descartes de resíduos

sólidos urbanos evitando os danos da sua degradação

descontrolada. A intenção do uso do aterro é fazer com que as

reações de degradação dos resíduos que ocorrem na natureza

possam ocorrer em um local onde as consequências são

passíveis de controle.

Os aterros podem ser divididos em diferentes tipos:

Aterro convencional: formação de camadas de resíduos

compactados, que são sobrepostas acima do nível original do

terreno resultando em configurações típicas de “escada” ou de

“troncos de pirâmide”;

Aterro em valas: o uso de trincheiras ou valas visa facil itar a

operação do aterramento dos resíduos e a formação das

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células e camadas; assim sendo, tem-se o preenchimento total

da trincheira, que deve devolver ao terreno a sua topografia

inicial.

Figura 69 – Etapas de aterro em valas.

Fonte: Manual de operação de aterro sanitário em valas/CETESB, 2010.

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Ainda que considerado um método sanitário muito simples

de destinação final de resíduos sólidos urbanos, o aterro

sanitário exige cuidados especiais e técnicas específicas a

serem seguidas, desde a seleção e preparo da área até sua

operação e monitoramento.

Figura 70 – Corte da seção de um aterro sanitário

Fonte: Manual de Operação de Aterro Sanitário da CONDER16

As principais características do aterro podem ser

resumidas da seguinte forma:

Impermeabil ização da base do aterro: É importantíssima,

pois busca evitar o contato do chorume com as águas

subterrâneas. A impermeabil ização deve ser feita com

argila e geomembranas sintéticas de espessura

adequada;

16

Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. Disponível em

http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20Opera%C3%A7%C

3%A3o%20Aterro%20Sanit%C3%A1rio%20CONDER.pdf

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Figura 71 – Etapas de aterro em valas.

Fonte: Sil Soluções Ambientais17.

Instalação de drenos de gás: canal de saída do gás do

interior do aterro. Os drenos podem ser construídos de

tubos de concreto ou de PEAD, podendo receber uma

conexão final de aço-inox quando a célula for fechada. O

biogás pode ser recolhido para o aproveitamento

energético através da l igação de todos os drenos verticais

com um ramal central. Caso o biogás não possa ser usado

para fins energéticos deve ser queimado para que o

metano não seja emitido, agravando o efeito estufa.

17 http://www.nova.art.br/si l/principal/Aterro.asp

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Figura 72 – Instalação de drenos de gás.

Fonte: Sil Soluções Ambientais.

Sistema de coleta de chorume: a coleta de chorume deve

ser feita pela base do aterro. O chorume coletado é

enviado ao sistema de tratamento de chorume através de

lagoas previamente preparadas com impermeabil ização

do seu contorno ou de tanques de armazenamento

fechados. A quantidade e qualidade do chorume, variam

bastante de um aterro para outro, pois dependem de

fatores como:

Composição do resíduo;

Quantidade de resíduos dispostos;

Forma de disposição (grau de compactação,

cobertura, etc.);

Índices de precipitação/evapotranspiração;

Extensão da área ocupada pelo resíduo;

Na operação do sistema de tratamento é necessário

efetuar, de forma sistemática, a medição da vazão

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do chorume gerado, bem como a determinação da

sua composição, antes e depois do tratamento.

Tempo decorrido do início de disposição.

Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o

chorume deve ser tratado antes de ser descartado no

meio ambiente. O tratamento pode ser feito no próprio

local ou o chorume coletado pode ser transportado para

um local apropriado (geralmente uma Estação de

Tratamento de Esgotos). Os tipos de tratamento mais

convencionais são o tratamento biológico (lagoas

anaeróbias, aeróbias e lagoas de estabil ização). Estas

técnicas que se aplicam no tratamento do chorume se

assemelham com as util izadas no tratamento de esgotos.

Tradicionalmente para o Aterro Sanitário, util iza-se com

mais frequência as lagoas anaeróbias e facultativas, onde

ocorre a remoção da carga orgânica do chorume, pela

ação das bactérias. Após um período em que fica retido

na lagoa (tempo de detenção) o líquido deve ser

avaliado para verificar se está em condições de ser

lançado nos corpos d’água sem risco de contaminação.

Existem referências de que ainda podem ser usadas outras

formas de destinação tais como: tratamento por oxidação

(evaporação e queima) ou tratamento químico (adição

de substâncias químicas ao chorume);

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Figura 73 – Sistema de tratamento de chorume.

Fonte: Sil Soluções Ambientais.

Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de

captação e drenagem de águas de chuva visa escorrer a

água por locais apropriados para evitar a infiltração que

gera o chorume.

O aterro sanitário deve operar de modo a fornecer

proteção ao meio ambiente, evitando a contaminação das

águas subterrâneas pelo chorume (l íquido de elevado potencial

poluidor, de cor escura e de odor desagradável, resultado da

decomposição da matéria orgânica), evitando o acúmulo do

biogás resultante da decomposição anaeróbia do resíduo no

interior do aterro. O biogás pode sair do interior do aterro de

forma descontrolada ou infil trar pelo solo e atingir redes de

esgotos, fossas e poços rasos podendo causar explosões.

Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente

criticados porque não têm como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no resíduo urbano. De fato,

os aterros sanitários são uma forma de armazenamento de

resíduo no solo, alternativa que não pode ser considerada a

mais indicada, uma vez que os espaços úteis à essa técnica

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tornam-se cada vez mais escassos. Porém, deve-se considerar

que a maioria dos materiais util izados pelo homem, na

realidade, são combinações de várias substâncias trazidas dos

mais diferentes pontos do planeta. Assim, recuperar todos os

materiais que são util izados é praticamente impossível, seja por

motivos de ordem técnica ou econômica.

Usinade Reciclagem Compactadora Embolsadora de RSU

Esta alternativa é provavelmente a mais recente das

técnicas destinadas a encaminhar o destino dos resíduos sólidos

municipais.

O Sistema de Embolsamento de Resíduos permite que os

municípios adotem uma tecnologia inovadora de tratamento

de resíduos sólidos urbanos em que, após a triagem manual

para a separação do resíduo reciclável, os resíduos sejam

compactados e acondicionados em bolsas de polipropileno por

três anos. Após esse período, o resíduo é retirado e util izado

como adubo orgânico na manutenção de áreas verdes ou até

mesmo na agricultura local.

A colocação dos resíduos em bolsas impermeáveis de

polipropileno garante que não haverá interação dos RSU com o

meio ambiente externo. As bolsas depois de depositadas no

solo de forma adequada são cobertas com uma camada de

terra temporária para impedir o acesso de vetores.

As operações de manuseio do sistema de Embolsamento

dos resíduos estão descritas nos itens seguintes:

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Chegada do Resíduo

Os caminhões que fazem o recolhimento do resíduo na

cidade, ao entrarem no pavilhão, despejam o resíduo no piso

de concreto da área de recebimento. Abaixo do nível do piso

existe um fosso para cada linha, onde o resíduo vai sendo

direcionado através de pequeno trator com uma lâmina

instalada na parte frontal (tipo Tobata). Através de uma esteira

que passa no fundo do fosso, o resíduo é levado para a

primeira esteira de seleção.

Figura 74 – Área coberta para recebimento do resíduo e Fosso no piso

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS18

Chapas de fechamento da borda do fosso até a borda da

esteira, isola o fundo do fosso para não cair o resíduo.

O resíduo é transportado pela esteira, subindo

aproximadamente 4metros onde é transferindo para a primeira

esteira de seleção.

Seleção do resíduo

O conceito util izado para a seleção do resíduo na primeira

esteira, com 27metros de comprimento, é sem posto fixo por

18 http://www.feriolieco.com.ar/

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173

produto a ser separado. Abaixo desta esteira, passa uma outra

rodando em sentido contrário. A esteira superior é unida à

inferior por uma rampa de chapa ao longo dos 27metros, em

ambos os lados.

Figura 75 – Esteira superior com rampas que une a esteira inferior, por ambos os lados

(em montagem).

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS

Este conceito permite a util ização de grande quantidade

de mão de obra, qualificando e aumentando brutalmente a

velocidade de seleção, em um espaço relativamente pequeno

(em relação a quantidade de mão de obra).

As pessoas que estão separando o sólido do orgânico na

esteira superior separam o sólido de qualquer tipo

indistintamente (o que estiver passando na este ira a sua frente)

que é jogado pela rampa para a esteira inferior.

O resíduo orgânico (que é a sobra na esteira), é

transferido para o compactador encapsulador automatizado

através de uma moega que l iga a esteira ao compactador,

para elaboração das cápsulas.

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174

A esteira inferior leva o material até uma esteira

transversal, que serve para direcionar o resíduo reciclado a uma

terceira esteira de classificação paralela as outras duas (inferior

e superior), onde agora sim, o material reciclado na primeira

esteira será separado por tipo de produto, (plástico, papel,

papelão, etc.).

Figura 76 – Esteira transversal e Terceira esteira (seleção por produto).

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS

No final da primeira esteira de seleção está montada

transversalmente uma pequena esteira eletromagnética, cuja

finalidade é retirar os metais (que escaparam da seleção) para

que não sejam compactados e encapsulados com o resíduo

orgânico que está sendo direcionado para dentro

Compactador Encapsulador Automatizado.

Reciclados

Percurso dos reciclados na l inha principal (Compactador

Encapsulador Automatizado)

Os diversos tipos de materiais que são classificados, na

terceira esteira, são jogados para baixo, através de dutos

metálicos, caindo dentro de compartimentos com

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175

aproximadamente 20m3, sendo cada compartimento para um

tipo específico de material.

Estes compartimentos são dotados de esteiras em sua

base, que podem ser acionadas individualmente, transferindo

os reciclados para outra esteira que passa diretamente à frente,

com a finalidade de levá-los a uma prensa hidráulica

enfardadeira, para a produção dos respectivos fardos.

Figura 77 – Fardos, Prensa para enfardar, Esteira da linha secundária e Fosso linha

secundária.

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS

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176

Encapsulamento

Os compactadores encapsuladores possuem uma mesa

sobre um carro na sua parte frontal, para receber a cápsula

que está sendo produzida com o resíduo orgânico

Os carros movimentam-se sobre trilhos, acionados

hidraulicamente, obedecendo à programação eletrônica dos

equipamentos.

O compactador encapsulador semiautomático, possui

uma mesa sobre um carro mais simples, porque o fechamento

da cápsula é realizado hidraulicamente, através do

acionamento de palancas pelo operador do equipamento.

Figura 78 – Conpactador Encapsulador Semi Automático.

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS

O compactador encapsulador automático possui uma

mesa com comandos hidráulicos e eletrônicos independentes,

pois o fechamento da cápsula e realizado automaticamente

através de programação eletrônica.

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177

Figura 79 – Compactador Encapsulador Automático.

Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS

No caso destas usinas, ambas as mesas dos dois modelos

de compactador encapsulador deslocam-se sobre os trilhos

transferindo a cápsula através de uma abertura, para a área de

descarga das cápsulas.

Esta área de descarga possui uma ponte rolante que

realiza a operação de retirada da cápsula do carro,

depositando em uma área contigua denominada pulmão.

Posteriormente a mesma ponte rolante realiza o

carregamento das cápsulas no veículo que as levará para o

depósito de bolsas.

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178

Figura 80 – Depósito de bolsas.

Fonte: Ecosol Soluções Ecológicas

RELAÇÃO DE CIDADES UTILIZANDO AS USINAS DE RECICLAGEM,

COMPACTAÇÃO E EMBOLSAMENTO DE RSU.

ARGENTINA

-LEONES/2008

-ROSARIO DE LERMA/2009

-ROSARIO DE LA FRONTEIRA/2009

-MERCEDES/2010

-LINCOIN/2010

-GEN. ARENALES/2010

-CAP. SARMINETO/2010

-LABOULAYE/2010

-HUINCARENANCÓ/2010

-VILLA MARIA/2011

-LAGUNA LARGA/2011

-SALTO/2012

-CHIVILICOY/2012

-BEILVOLLE/2012

ARGENTINA

-COR. MOLDES/2013

-MARCOS PAZ/2014

-SAN VICENTE/2014

-CAÑUELAS/INSTALANDO

-GRAL LAS HERAS/INSTALANDO

-BELGRANO/INSTALANDO

-LOBOS/INSTALANDO

URUGUAY

-FLORIDA/2012

BRASIL

-ANDRADAS(MINAS GERAIS)/

INSTALANDO

-SÃO LOURENÇO(MINAS GERAIS)/

INSTALANDO

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179

Vantagens da tecnologia de compactação e embolsamento de

RSU

A impermeabil idade das bolsas, não permite o contato do

RSU com: a terra, o ar e o lençol freático;

Não cria chorume após o embolsamento;

Mínima produção de gás metano, quase zero;

Diminuição dos riscos de acidentes ecológicos;

Eliminação de odores desagradáveis, não proliferação de

vetores de contaminação;

Possibil idade de reutil ização do material embolsado como

composto orgânico após o período 3 anos;

Menor ocupação de solo no destino final do RSU.

Permanece com alto índice de compactação após

embolsado (redução de 4 à 5 vezes o volume inicial);

Permite a rotatividade da área de destino final, após a

abertura das bolsas, e aproveitamento do composto

orgânico;

Maior aproveitamento do material reciclável;

A segregação e reciclagem é feita por cooperativados,de

acordo com a lei 12.305/2010;

Permite uma solução ambiental e integrada com inserção

social;

Praticamente zera a possibil idade de passivo ambiental.

Este sistema mostra-se vantajoso principalmente na

redução do custo de disposição. Para um horizonte de 5 anos, o

custo do embolsamento (considerada uma geração de 100

toneladas/dia) é de 45% do custo para dispor a mesma

quantidade em um aterro sanitário.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

180

Para a mesma geração (100 toneladas/dia), considerando

um horizonte de 20 anos o custo do embolsamento será de

apenas 38% do custo para dispor a mesma quantidade em um

aterro industrial.

Conclusão: Pelo exposto de forma simpli ficada a

recomendação é para o uso do Embolsamento na destinação

dos RSU – Resíduos Sólidos Urbanos do Município de CRATEÚS /

CE.

7.3 Benefícios Ambientais, Sociais e Econômicos

Um manual separado deve ser desenvolvido para avaliar e

quantificar os benefícios ambientais da implementação do Plano de

GIRS em Crateús. Os principais benefícios serão ganhos nas seguintes

áreas:

Quantidade reduzida de resíduos devido à aplicação do

conceito 3R (reduzir, reusar e reciclar) e segregação na fonte

resultando em um número reduzido de viagens para a estação

de transferência.

– benefícios em termos de redução da poluição do ar local e

emissões dos Gases do Efeito Estufa (GHG emissions).

Nível aumentado de recuperação de material (reciclagem) na

estação de transferência e no Polo de Valoração de Resíduos.

- benefícios em termos de economia dos recursos ambientais.

Nível aumentado de recuperação de material devido à

compostagem.

- benefícios em termos de redução do uso de fertilizantes químicos

e melhorias na fertilização do solo.

Nível aumentado de recuperação energética

(gás/óleo/eletricidade) na planta de tratamento.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

181

- benefícios em termos de economia em combustíveis e

eletricidade.

- benefícios em termos de redução da quantidade de Gases do

Efeito Estufa (GHG emissions) devido a reduzida queima de

combustíveis fósseis.

Nível reduzido de disposição de resíduos no aterro sanitário.

- quantidade reduzida de emissões de Gases do Efeito Estufa e

terra impactada.

- benefícios em termos de economia em combustível para o

transporte de resíduos para aterro.

8. Monitoramento e Mecanismo de Retroalimentação

8.1 Introdução aos Indicadores-chave de Desempenho (KPI-Key

Performance Indicators)

O PGIRS para Crateús precisa atingir várias metas e objetivos

durante o seu período de implementação. O êxito da realização de

metas de curto prazo e de longo prazo, que são baseadas nos

objetivos, requer uma vigilância eficaz do desempenho de cada

Esquema desenvolvido como uma tarefa fundamental do plano de

ação. Os resultados do monitoramento irá fornecer feedback

adequado para os tomadores de decisão avaliar o desempenho e

fazer ajustes ou mudanças necessárias para orientar o curso do plano

de ação a ser mais significativo.

Um bom monitoramento e revisão do processo trará muitos

benefícios para todas as partes interessadas, tais como:

Fornecer regularmente informação para todas as partes

interessadas sobre a situação do PMGIRS;

Analizar a situação da implementação dos Esquemas;

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

182

Avaliar a efetividade dos Esquemas e se eles estão orientados

para o alcance das metas e dos objetivos;

Modificar, mudar ou fortalecer o andamento dos Esquemas no

PMGIRS;

Desenvolver novos Esquemas para realizar as metas e objetivos de

maneira mais efetiva;

Lições a serem aprendidas com o sucesso do PMGIRS e

compartilhar os novos conhecimentos práticos com relevantes

parceiros.

Apesar de o monitoramento ser um processo contínuo, com a

finalidade tanto de verificar a operação, como a eventual necessidade

de revisar o plano, precisa ter medição de desempenho vinculada ao

tempo. Isto pode ser alcançado através do desenvolvimento de um

conjunto de Indicadores-Chave de Desempenho (KPI- Key Performance

Indicators).

Os Indicadores-Chave de Desempenho (KPI) traduzem o

desempenho das atividades de Gestão de Resíduos Sólidos em medidas

quantitativas significativas e concisas, que podem ser tanto avaliadas

ou comparadas com objetivos pré-definidos. O KPI medirá se o PMGIRS

está prestando os serviços ao nível desejado através da

implementação.

Os KPI's podem ser operacional, financeiro ou social, dependendo

da relevância do desempenho de várias partes interessadas.

Os atributos do KPI devem passar no teste SMART como descrito

abaixo.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

183

Específico (Specific)

Cada KPI deve refletir a eficácia do desempenho de uma atividade

específica. Os KPI's não devem ser desenvolvidos para medir as

realizações integradas ou globais do PMGIRS. Em vez disso, vai indicar a

eficácia de cada Esquema e fornecer as informações necessárias para

a tomada de decisão.

Mensurável (Measurable)

Cada KPI deve ser baseada em dados quantificáveis e, portanto, os

KPI's devem ser mensuráveis em vez de qualitativo. Pode haver KPI's

para medir os impactos qualitativos da PMGIRS mas serão traduzidos em

medidas quantitativas por meio de dados coletados na saída.

Realizável (Achievable)

Todos os KPI's são baseados em tarefas e Esquemas realizáveis. Alguns

dos Esquemas que necessitam decisões em nível nacional e estadual

não serão medidos utilizando KPI embora eles sejam essenciais para o

sustento a longo prazo da gestão de resíduos sólidos em Crateús e em

outras partes do país.

Realístico (Realistic)

Todos os KPI's são relevantes para a gestão de resíduos sólidos de

Crateús e são derivados do sistema em vigor e PMGIRS proposto.

Portanto, todos os KPI's são acionáveis, realistas e práticos por natureza

e são orientados por resultados.

Tempo Limite (Time bound)

Todos os KPI's devem ser calculados sobre uma base mensal ou anual.

Além disso, este atributo irá facilitar as partes interessadas para avaliar o

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

184

progresso e melhoria contínua do PMGIRS ao longo do tempo. Ele vai

mostrar se um Esquema implementado tem sido eficaz durante um

determinado período de tempo e se é inadequado adaptar, modificar

ou alterar o Esquema para uma atividade mais significativa.

Os KPI's são desenvolvidos para mostrar o impacto do Plano GIRS

proposto para a gestão de resíduos sólidos em Crateús. Estes

indicadores, portanto, devem ser tornados públicos e transparentes

para que todos os interessados possam avaliar imediatamente o

impacto do novo sistema de gestão integrada de resíduos sólidos em

Crateús. Para alcançar as metas e objetivos o Município de Crateús

poderá ter que construir parcerias com diferentes partes dentro e fora

de Crateús. O KPI irá indicar a eficácia dessas parcerias e o Município

de Crateús poderá usar os indicadores para a tomada de decisões

sobre as adaptações necessárias, modificações e alterações destas

parcerias. Eles também podem usar esses indicadores como um dos

critérios para a dissolução de parcerias existentes ou desenvolvimento

de novas parcerias.

Os indicadores-chave de desempenho representam o "checar"

estágio do ciclo PDCA usado no planejamento do sistema de gestão. O

ciclo PDCA para o plano GIRS proposto para Crateús poderia ser

elaborado da seguinte forma:

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

185

8.2 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento do Plano

De forma a potencializar os objetivos destacados recomenda-se

que o acompanhamento das atividades e serviços, utilize indicadores

que permitam uma avaliação simples e objetiva, do desempenho

dos serviços de resíduos sólidos e limpeza urbana.

Vale ressaltar que além dos indicadores a seguir destacados

deverão ser efetuados registros de dados operacionais e de

desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a geração dos

indicadores definidos pelos SINISA – Sistema Nacional de Informações

Planejar

Fazer Checar

Agir

Plano

GIRS

Adaptar,

Modificar,

Mudar

estratégias

schemes

partnership

Desenvolver

metas,

objetivos e

alvos

Indicador-

Chave de

Performance

Implementar

Esquemas

Figura 81 – Regras dos KPI's no processo geral de

desenvolvimento e implementação do Plano

Fonte: Elaborado pelos autores

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

186

de Saneamento instituído pelo art. 53 da Lei nº 11.445, de 2007 que

prevê:

I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da

prestação dos serviços públicos de saneamento básico;

II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras

informações relevantes para a caracterização da

demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento

básico;

III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da

eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de

saneamento básico; e

IV - permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos

impactos dos planos e das ações de saneamento básico.

§ 1º As informações do SINISA são públicas e acessíveis a todos,

independentemente da demonstração de interesse, devendo

ser publicadas por meio da internet.

§ 2º O SINISA deverá ser desenvolvido e implementado de forma

articulada ao Sistema Nacional de Informações em Recursos

Hídricos - SNIRH e ao Sistema Nacional de Informações em Meio

Ambiente - SINIMA.

Os indicadores selecionados para monitoramento do PGIRS de

Crateús compreendem aspectos técnico-operacionais e gerenciais

conforme apresentado nos itens que seguem:

8.3 Indicadores para o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos constitui mais

uma ferramenta de gestão da administração pública e se integrará

ao conjunto de políticas públicas de saneamento básico do município.

Por essa razão é importante que todos os agentes envolvidos,

sejam eles administradores públicos, empresas ou a sociedade em

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187

geral, possam conhecer e discutir os seus objetivos, diretrizes e

programas. Da mesma forma, acompanhar a sua execução, avaliar

e exigir a sua máxima efetividade, são atitudes que se transferem

para o campo do interesse público e dessa forma garantem o

princípio da isonomia e também da imparcialidade.

8.4 Indicadores de avaliação e monitoramento

Nesse contexto, a avaliação e o monitoramento assumem um

papel fundamental como ferramentas de gestão e de garantia da

sustentabilidade e efetividade do referido Plano.

A atividade de avaliação pode ser definida como a prática de

atribuir valor a ações previamente planejadas.

No que tange à avaliação de projetos, programas e políticas de

governo, a atividade tem como objetivo maximizar a eficácia dos

programas na obtenção dos seus fins e a eficiência na alocação de

recursos para a consecução dos mesmos.

A avaliação, de forma mais detalhada, é:

Uma ferramenta de caráter gerencial que contribui para integrar as

atividades do ciclo de gestão pública. Envolve tanto julgamento

como atribuição de valor e mensuração. Requer uma cultura, uma

disciplina intelectual e uma familiaridade prática, amparadas em

valores. Deve estar presente, como componente estratégico, desde

o planejamento e formulação de uma intervenção, sua

implementação (com os consequentes ajustes a serem adotados) até

as decisões sobre sua manutenção, aperfeiçoamento, mudança de

rumo ou interrupção, indo até o controle.

Quanto ao monitoramento, extrai-se a seguinte compreensão:

Também conhecido como avaliação em processo, trata-se da

utilização de um conjunto de estratégias destinadas a realizar o

acompanhamento de uma política, programa ou projeto. É uma

ferramenta utilizada para intervir no curso de um programa,

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

188

corrigindo sua concepção. É o exame contínuo dos processos,

produtos, resultados e os impactos das ações realizadas. O

monitoramento permite identificar tempestivamente as vantagens e os

pontos frágeis na execução de um programa e efetuar os ajustes

necessários à maximização dos seus resultados e impactos.

Como instrumentos de avaliação do PGIRS serão adotados os

Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento

(SNIS), os quais têm sido utilizados pela quase totalidade das

operadoras de serviços de água e esgoto existentes no Brasil, assim

como na área de resíduos sólidos pelas empresas, municípios e

concessionárias.

O SNIS surgiu em 1994 quando se constatou a necessidade de

um sistema de informações direcionado às atividades de prestação

dos serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos. O SNIS é

vinculado ao Ministério das Cidades especificamente à Secretaria

Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA). Nos termos da Lei nº

11.445/2007, cumpre ao Ministério das Cidades criar e administrar o

Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA),

ainda em desenvolvimento.

A seguir, apresentam-se os glossários e os indicadores a

serem utilizados no processo de avaliação e monitoramento do

PGIRS do município de Crateús.

Quadro 25 – Indicadores sugeridos para o PGIRS.

Código: Nome: Definição: Unidade:

Ge002

População

urbana do

município

População urbana de um município. Inclui tanto a

população atendida quanto a que não é

atendida com os serviços. No SNIS é adotada uma

estimativa usando a respectiva taxa de

urbanização do último Censo ou Contagem de

População do IBGE, multiplicada pela população

total estimada anualmente pelo IBGE.

habitantes

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189

Código: Nome: Definição: Unidade:

Ge006

Receita

arrecadada

com serviços de

manejo de RSU

Valor anual dos recursos arrecadados por meio da

cobrança de taxas, tarifas ou outras formas

vinculadas a prestação de serviços de manejo de

RSU.

R$/ano

Ge009

Despesa com

agentes privados

executores de

serviços de

manejo de RSU

Valor anual da soma das despesas com serviços de

manejo de RSU realizadas por agentes privado e

público.

R$/ano

Ge023

Despesa dos

agentes públicos

executores de

serviços de

manejo de RSU

Valor anual das despesas dos agentes públicos

realizado com os serviços de manejo de RSU,

incluindo a execução dos serviços propriamente

ditos mais a fiscalização, o planejamento e a parte

gerencial e administrativa. Correspondem às

despesas com pessoal próprio somado às demais

despesas operacionais com o patrimônio próprio do

município (despesas com material de consumo,

ferramentas e utensílios, aluguéis, energia,

combustíveis, peças, pneus, licenciamentos e

manutenção da frota, serviços de oficinas

terceirizadas, e outras despesas). Inclui encargos e

demais benefícios incidentes sobre a folha de

pagamento do pessoal envolvido. Não inclui:

despesas referentes aos serviços de manejo de RSU

realizadas com agentes privados executores

(informação GE009); despesas com serviço da dívida

(juros, encargos e amortizações); despesas de

remuneração de capital; e despesas com

depreciações de veículos, equipamentos ou

instalações físicas.

R$/ano

Co050

População

urbana do

município,

atendida com

serviço de coleta

de RDO

Valor declarado pelo órgão responsável da

população urbana efetivamente beneficiada com

o serviço regular de coleta de RDO no município,

no final do ano de referência. Inclui populações da

sede e de localidades efetivamente atendidas de

forma regular. No SNIS é adotado o valor declarado

pelo agente responsável pelo serviço. Entende-se

como regular o serviço com frequência mínima de 1

(uma) vez por semana.

habitante

Co051

População

urbana de outros

municípios,

atendida com

serviço de coleta

de RDO.

Valor declarado pelo órgão responsável da

população urbana efetivamente beneficiada com

o serviço regular de coleta de RDO em outro(s)

município(s), prestado pelo mesmo agente

responsável pela informação, no final do ano de

referência. Inclui populações da sede e de

localidades efetivamente atendidas de forma

regular. No SNIS é adotado o valor declarado pelo

agente responsável pelo serviço. Entende-se como

regular o serviço com frequência mínima de 1 (uma)

vez por semana.

habitante

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

190

Código: Nome: Definição: Unidade:

Co108

Quantidade de

RDO coletada

pelo agente

público

Quantidade anual de RDO coletada por serviço

executado diretamente por agentes públicos. Não

inclui quantidade de RPU coletada. Inclui

quantidades decorrentes do serviço de coleta

seletiva feito pelos agentes públicos.

tonelada/ano

Co109

Quantidade de

RDO coletada

pelos agentes

privados

Quantidade anual de RDO coletada por serviço

executado diretamente por agentes privados. Não

inclui quantidade de RPU coletada. Inclui

quantidades decorrentes do serviço de coleta

seletiva feito pelos agentes privados.

tonelada/ano

Co116 Quantidade de

RDO e RPU

coletada pelo

agente público

Valor anual da soma das quantidades de RDO e RPU

coletadas por serviço executado diretamente

pelos agentes privados. Não inclui quantidade

coletadas de resíduos dos serviços de saúde (RSS) e

resíduos da construção civil (RCD).

tonelada/ano

Co117

Quantidade de

RDO e RPU

coletada pelos

agentes privados

Valor anual da soma das quantidades totais de

RDO e RPU coletadas por todos os agentes

mencionados, públicos, privados, cooperativas e

outros. Não inclui quantidades coletadas de resíduos

dos serviços de saúde (RSS) e resíduos da

construção civil (RCD).

tonelada/ano

Rs008

Quantidade de

RSS coletada

pelos geradores

ou empresas

contratadas por

eles

Quantidade anual de resíduos dos serviços de

saúde (RSS) oriundos de coletada diferenciada

executada pelos próprios geradores ou empresas

contratadas por eles.

tonelada/ano

Rs028

Quantidade de

RSS coletada

pela prefeitura

ou empresa

contratada por

ela

Quantidade anual de resíduos dos serviços de

saúde (RSS) oriundos da coleta diferenciada

executada pela Prefeitura ou por empresas

contratadas por ela. Incluem quantidades de RSS

de todas as unidades de saúde, mesmo as que

não são públicas (integrantes do quadro de

unidades de saúde da Prefeitura).

tonelada/ano

Va019

Despesa com

empresas

contratadas para

o serviço de

varrição

Valor anual das despesas da Prefeitura com

empresas contratadas exclusivamente para a

execução do serviço de varrição de vias e

logradouros públicos.

R$/ano

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191

Código: Nome: Definição: Unidade:

Va037

Despesa dos

agentes públicos

com o serviço de

varrição

Valor anual das despesas da Prefeitura com o

serviço de varrição de vias e logradouros públicos.

Correspondem às despesas realizadas com pessoal

próprio somado às demais operacionais com o

patrimônio próprio do município (despesas com

materiais de consumo, ferramentas e utensílios,

aluguéis, energia, combustíveis, peças, pneus,

licenciamentos e manutenção da frota, serviços

de oficinas terceirizadas, e outras despesas). Inclui

encargos e demais benefícios incidentes sobre a

folha de pagamento do pessoal envolvido. Não

inclui: despesas referentes ao serviço de varrição

de vias e logradouros públicos realizadas com

agentes privados executores (informação VA019).

R$/ano

Cs009

Quantidade total

de materiais

recuperados

exceto matéria

orgânica e rejeito

Quantidade anual de materiais recicláveis

recuperados (exceto matéria orgânica e rejeitos)

coletados de forma seletiva ou não, decorrente da

ação dos agentes executores, ou seja, Prefeitura,

empresas contratadas por ela, associações de

catadores e outros agentes, não incluindo,

entretanto, quantidades recuperadas por catadores

autônomos não organizados nem quantidades

recuperadas por intermediários privados

("sucateiros").

tonelada/ano

Cso

Quantidade total

de materiais

orgânicos

recuperados

Quantidade anual de materiais recicláveis

orgânicos recuperados coletados de forma seletiva

ou não, decorrente da ação dos agentes

executores, ou seja, Prefeitura, empresas contratadas

por ela, associações de catadores e outros

agentes, não incluindo, entretanto, quantidades

recuperadas por autônomos não organizados ou

privados.

tonelada/ano

Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.

Quadro 26 – Outros Indicadores sugeridos para o PGIRS.

INDICADORES GERAIS

Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade:

I005

Auto suficiência financeira da Prefeitura com o

Manejo de RSU:

Receita arrecadada com manejo RSU

Despesa total da Prefeitura com manejo RSU

Ge006 x 100

Ge023 + Ge009 Percentual

I006

Despesa per capita com manejo de RSU em

relação à população urbana:

Despesa total da Prefeitura com manejo RSU

População urbana

(Ge023 + Ge009)

Ge002 R$/habitante

INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E PÚBLICOS

Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade:

I016 Taxa de cobertura do serviço de coleta de (Co050+Co051) x Percentual

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192

RDO em relação à população urbana:

População atendida declarada

População urbana

100 Ge002

I021

Massa coletada (RDO + RPU) per capita em

relação à população urbana:

Quantidade total coletada

População urbana

(Co116+Co117) x

1.000 Ge002 x 365 Kg/habitante

/dia

I022

Massa (RDO) coletada per capita em relação

à população atendida com serviço de coleta:

Quantidade total de RDO coletada

População atendida declarada

(Co108+Co109) x

1.000

(Co050+Co051) x

365

Kg/habitante

/dia

INDICADORES SOBRE COLETA SELETIVA E TRIAGEM

Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade:

I031

Taxa de recuperação de materiais recicláveis

secos em relação à quantidade total (RDO +

RPU) coletada:

Quantidade total de materiais recuperados

secos

Quantidade total coletada

Cs009 x 100

(Co116+Co117) Percentual

I032

Massa recuperada per capita de materiais

recicláveis secos em relação à população

urbana:

Quantidade total de materiais recicláveis

recuperados secos

População Urbana

Cs009 x 1.000

Ge002 Kg/habitantes

/ano

IR1

Taxa de recuperação de materiais recicláveis

orgânicos em relação à quantidade total

(RDO + RPU) coletada:

Quantidade total de materiais recuperados

orgânicos

Quantidade total coletada

Cso x 100

(Co116+Co117) Percentual

IR2

Massa recuperada per capita de materiais

recicláveis orgânicos em relação à população

urbana:

Quantidade total de materiais recuperados

orgânicos

População urbana

Cso x 1.000 Ge002 Kg/habitantes

/ano

INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade:

I036 Massa de RSS coletada per capita em relação

à população urbana:

(Rs028 + Rs008) x

(10^6) Ge002 x

Kg/1.000

habitantes/dia

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193

Quantidade total coletada de RSS

População urbana

365

I037

Taxa de RSS coletada per capita em relação à

quantidade total coletada:

Quantidade total coletada de RSS

Quantidade total coletada

(Rs028 + Rs008) x

100

(Co116+Co117)

Percentual

INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE VARRIÇÃO

Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade:

I046

Incidência do custo do serviço de varrição no

custo total com manejo de RSU:

Despesa total da prefeitura com serviço de

varrição Despesa total da prefeitura com

manejo de RSU

(Va037 + Va019)

(Ge023+Ge009 Percentual

Observações quanto às siglas: RSU = Resíduos Sólidos Urbanos - RDO = Resíduos Domiciliares - RPU

= Resíduos Públicos - RSS = Resíduos Serviços Saúde Observação: Estes indicadores são referência

e foram retirados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento.

Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.

8.5 Indicadores sociais da Reciclagem

Os indicadores a seguir tratam da inclusão das

a s s o c i a ç õ e s / cooperativas e dos catadores no sistema de coleta

seletiva e servem de balizador, tendo em vista que a própria Lei

12.305/10 em seu artigo 18 e seu Decreto 7.404/10 através do artigo

40 prioriza recursos da União para quem implantar a coleta seletiva

com a participação de cooperativas ou outras formas de associações

de catadores de materiais recicláveis, formadas por pessoas físicas de

baixa renda.

a) Número de catadores = Número de catadores incluídos no

sistema de coleta seletiva em relação ao número total de catadores

da cidade.

Unidade de medida: percentual.

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194

Quanto maior for o percentual, maior é a organização do

Município com relação aos catadores e associações. Este indicador

requer um cadastramento dos catadores podendo ser realizado pela

Secretaria de Assistência Social.

b) Vínculo contratual entre a prefeitura e as organizações

(cooperativas e associações) = Número de organizações que tem

vínculo contratual com a Prefeitura em relação ao total de

organizações presentes na cidade.

Unidade de medida: percentual.

Da mesma forma que a anterior, quanto maior for o percentual,

maior é o vínculo entre poder público e as organizações, facilitando

os trâmites burocráticos, as documentações e administração do

negócio, melhorando a renda das organizações e contribuindo com

a sociedade em geral. Este indicador requer um cadastramento de

todas as organizações podendo ser realizado pela Secretaria de

Assistência Social.

8.6 Indicadores Gerenciais

Este tipo de indicador servirá para verificar a qualidade do

serviço prestado pelo órgão público, ou privado, sob a ótica do

cliente final, nesse caso o usuário do serviço que terá um canal direto

com o prestador do serviço e dessa forma ajudará a fiscalizar e manter

o serviço a um nível de qualidade considerável a todos os munícipes.

Além dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos

sólidos, estes indicadores podem ser utilizados em qualquer tipo de

prestação de serviço, sendo ele água, esgoto, drenagem,

infraestrutura ou similares.

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195

Indicadores de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao

Público.

A eficiência no atendimento ao público e na prestação do

serviço pelo prestador poderá ser avaliada através do Índice de

Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público -

IESAP.

O IESAP será calculado com base na avaliação de fatores

indicativos do desempenho do prestador quanto à adequação de

seu atendimento às solicitações e necessidades dos usuários.

Para cada um dos fatores de avaliação da adequação do

serviço será atribuído um peso de forma a compor-se o indicador

para a verificação.

Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP,

mensalmente, são os seguintes:

I - FATOR 1 - prazos de atendimento dos serviços de maior frequência,

que corresponderá ao período de tempo decorrido entre a

solicitação do serviço pelo usuário e a data efetiva de conclusão;

O quadro de sugestão dos prazos de atendimento dos serviços é

apresentado a seguir:

Quadro 27 – Prazos de atendimento ao serviço.

SERVIÇO PRAZO para atendimento solicitação:

Verificação da qualidade do serviço 12 horas

Retorno a uma reclamação ocorrida 2 dias

Ocorrência de caráter emergencial 1 dia

Restabelecimento do serviço 12 horas

Problemas com funcionários 1 dia

Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.

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196

O índice de eficiência dos prazos de atendimento será

determinado como segue:

1 = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100)

/ (Quantidade total de serviços realizados).

Vale ressaltar que pelo fato do serviço de limpeza ser muito

amplo e com diferentes tipos de execução, o quadro elaborado foi

feito de forma sucinta, ou seja, de maneira que possa ser usado para

qualquer trabalho. Posteriormente este quadro pode ser mais bem

detalhado para cada serviço realizado pelo prestador.

II - FATOR 2 - Disponibilização de estruturas de atendimento ao

público, que serão avaliadas pela oferta, ou não, das seguintes

possibilidades:

a) atendimento em escritório do prestador;

b) sistema “0800” para atendimento telefônico aos usuários;

c) atendimento personalizado domiciliar, ou seja, o funcionário do

prestador, deverá atuar como representante da administração

junto aos usuários, prestando informações de natureza

comercial sobre o serviço, sempre que solicitado. Para tanto

o prestador deverá treinar sua equipe de agentes comerciais,

fornecendo-lhes todas as indicações e informações sobre

como proceder nas diversas situações que se apresentarão;

d) programas de computadores de controle e gerenciamento do

atendimento que deverão ser processados em rede de

computadores do prestador;

O quesito previsto neste fator poderá ser avaliado pela

disponibilização ou não das estruturas elencadas, e terá os seguintes

valores:

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197

Quadro 28 – Estrutura de atendimento ao público.

Estrutura de atendimento ao público Valor

1 (uma) ou menos estruturas 0

2 (duas) ou 3 (três) estruturas 0,5

as 4 (quatro) estruturas 1

Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.

III - FATOR 3 - adequação da estrutura de atendimento em prédio(s)

do prestador que será avaliada pela oferta ou não das seguintes

possibilidades:

a) Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de

estacionamento próprio;

b) Facilidade de identificação;

c) Conservação e limpeza;

d) Coincidência do horário de atendimento com o da rede

bancária local;

e) Número máximo de atendimentos diários por atendente menor

ou igual a 50 (cinquenta);

f) Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao

escritório e o início do atendimento menor ou igual a 30 (trinta)

minutos;

g) Período de tempo médio de atendimento telefônico no

sistema “0800” menor ou igual a 5 (cinco) minutos;

Este fator será avaliado pelo atendimento ou não dos itens

elencados, e terá os seguintes valores:

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198

Quadro 29 – Adequação da estrutura.

Adequação da estrutura de atendimento ao público Valor

Atendimento de 3 (três) ou menos itens 0

Atendimento de 4 (quatro) a 5 (cinco) itens 0,5

Atendimento de 6 (seis) a 7 (sete) itens 1

Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.

Com base nas condições definidas nos itens anteriores, o Índice

de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público -

IESAP será calculado de acordo com a seguinte fórmula:

IESAP = 3 x (Valor Fator 1) + 4 x (Valor Fator 2) + 3 x (Fator 3)

O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público

do prestador, a ser avaliado anualmente pela média dos valores

apurados mensalmente, será considerado:

I - inadequado se o valor do IESAP for igual ou inferior a 5 (cinco);

II - adequado se for superior a 5 (cinco), com as seguintes

gradações:

III - regular se superior a 5 (cinco) e menor ou igual a 6 (seis);

IV - satisfatório se superior a 6 (seis);

Metas:

A partir de 2016 – IESAP = Adequado a Regular

A partir de 2019 - IESAP = Adequado a Satisfatório

Indicadores de Nível de Qualidade percebidas pelo Usuário

A verificação dos resultados obtidos pelo prestador será feita

anualmente, até o mês de dezembro, através de uma pesquisa de

opinião realizada por empresa independente, capacitada para a

execução do serviço ou instituição de ensino superior conveniada com

a PMC.

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199

A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo

representativo de usuários que tenham tido contato devidamente

registrado com o prestador, no período de 3 (três) meses

a n te r i o r e s à realização da pesquisa.

Os usuários deverão ser selecionados aleatoriamente, devendo,

no entanto, ser incluídos no universo da pesquisa, os três tipos de

contato possíveis:

I - atendimento via telefone;

II - atendimento personalizado;

III - atendimento na ligação para execução de serviços diversos.

Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a

questões que avaliem objetivamente o seu grau de satisfação em

relação ao serviço prestado e ao atendimento realizado. Assim, entre

outras, o usuário deverá ser questionado:

I - se o funcionário foi educado e cortês;

II - se o funcionário resolveu satisfatoriamente suas solicitações;

III - se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado;

IV - se, após a realização do serviço, o pavimento e/ou instalações

públicas foram adequadamente reparados e o local limpo;

V - outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação,

procurando inclusive atender a condições peculiares.

As respostas a essas questões devem ser computadas

considerando-se 5 (cinco) níveis de satisfação do usuário:

I – ótimo; II – bom; III - regular; IV – ruim; V – péssimo.

A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre

considerando o mesmo valor relativo para cada pergunta

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

200

independentemente da natureza da questão ou do usuário

pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens de

classificação do universo de amostragem em cada um dos

conceitos acima referidos.

Os resultados obtidos pelo prestador serão considerados

adequados se a soma dos conceitos ótimo e bom corresponderem a

70% (setenta por cento) ou mais do total, onde este resultado

representa o indicador ISC (Índice de satisfação do cliente).

Metas sugeridas:

Até 2018 - ISC=50 % - Curto Prazo

Até 2024 - ISC=70 % - Médio Prazo

Até 2035 - ISC superior a 90 % - Longo Prazo.

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201

Referências Bibliográficas

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orientação para adequação dos Municípios à Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS). Disponível em

http://www.ablp.org.br/pdf/Estudo_Selur_2014_final.pdf. Acesso em

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______. Três anos após a regulamentação da Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS): seus gargalos e superações. Disponível em

http://www.ablp.org.br/pdf/Guia_PNRS_11_alterado.pdf. Acesso em

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ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013. Associação

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______. Resíduos Sólidos: Manual das Boas Práticas no Planejamento . ed.

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Brasil de 1988. Disponível em:

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dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho

de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei 6.528, de 11 de

maio de 1978; e dá outras providências. DOU, publicado em 11.01.2007.

______. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei 12.305, de 2 de agosto

de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. DOU, publicado

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______. Decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei

12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de

Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos

Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. DOU,

publicado em 23.12.2010.

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

203

______. Panorama do Saneamento Básico no Brasil - Visão estratégica

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______. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução

RDC nº 306 de 07/12/2004.

______. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução

CONAMA no 358 de 29/04/2005.

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Governo do Estado do Ceará. Municípios Cearenses, 2013. Disponível

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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional

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Indicadores Sociais - Rio de Janeiro: IBGE, 2010. 222p.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico,

2010. Disponível em: www.cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 26 maio

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IPECE, Perfil Básico Municipal, 2013. Disponível em:

www.ipece.ce.gov.br/publicacoes. Acesso em 26 maio 2014.

LOVATO, P.S. Verificação dos parâmetros de controle de agregados

reciclados de resíduos de construção e demolição para utilização em

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

204

concreto. 2007. 182f. Dissertação (Mestrado em engenharia civil) –

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2007.

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento – SNIS 2008 – publicado em 2010. Disponível em

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NUNES, Denise Silva. Educação ambiental: Perspectivas e desafios na

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SEDUC, Índices educacionais, 2010. Disponível em:

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SESA, Índices de saúde, 2012. Disponível em: www.saude.ce.gov.br.

Acesso em: 28 maio 2014.

SiBCES, Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 2006. Disponível em:

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CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA

205

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ANEXOS

ANEXO 1 – REGISTROS FOTOGRÁFICOS

ANEXO 2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS SÓLIDOS

ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO APLICADO

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ANEXO 1 – REGISTROS FOTOGRÁFICOS

1) Reunião do Grupo de Trabalho(GT) Executivo

2) Visita Técnica da Equipe do Instituto Venturi ao Município de Crateús

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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208

3) Reunião do Grupo de Trabalho(GT) Suporte

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

4) Convite para a Audiência Pública

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5) Público presente

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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210

6) Caracterização e Quantificação dos Resíduos no ponto de disposição

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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211

7) Caracterização e Quantificação dos Resíduos no ponto de geração

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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8) Curso de Capacitação em Educação Ambiental para

Professores da rede pública de ensino

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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9) Oficina de eletroeletrônicos para catadores, estudantes e professores.

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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214

10) Curso de Licitações e Compras Sustentáveis para servidores

municipais.

11) LEVE - Local de Entrega Voluntária Escolar

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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12) Galpão da Associação de Catadores - RECICRATIÚ

13) Lixão

Fonte: SEMAM e Instituto Venturi

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ANEXO 2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS SÓLIDOS

A lista abaixo não é exaustiva, tendo por finalidade apenas

facilitar o trabalho dos gestores na identificação das principais normas

aplicáveis ao tema.

Legislação geral

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos –

Classificação. Rio de Janeiro. 2004.

BRASIL. Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007. Regulamenta a Lei nº

11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação

de consórcios públicos.

______. Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei Federal nº

11.445 de 05 de janeiro de 2007.

______. Decreto nº 7.390, de 09 de dezembro de 2010. Regulamenta os arts. 6º,

11 e 12 da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política

Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

______. Decreto nº 7.619, de 21 de novembro de 2011. Regulamenta a

concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados -

IPI na aquisição de resíduos sólidos.

______. Decreto nº 7404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº

12.305 de 02 de agosto de 2010.

______. Lei nº 11.107, de 06 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de

contratação de consórcios públicos.

______. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento básico.

______. Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional

sobre a mudança do clima.

______. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 313, de 29

de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos

Industriais.

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Resíduos Sólidos Domiciliares (secos, úmidos e indiferenciados)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10005: Procedimento

para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10006: Procedimento

para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 10007: Amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 1298: Líquidos livres - Verificação em amostra de resíduos - Método

de ensaio. Rio de Janeiro, 1993.

______. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.

______. NBR 13334: Contentor metálico de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta

de resíduos sólidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro –

Requisitos. Rio de Janeiro, 2007.

______. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 1995.

______. NBR 13591: Compostagem – Terminologia. Rio de Janeiro, 1996.

______. NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto,

implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997.

______. NBR 13999: Papel, cartão, pastas celulósicas e madeira - Determinação

do resíduo (cinza) após a incineração a 525°C. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 14283: Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo

método respirométrico. Rio de Janeiro, 1999.

______. NBR 14599: Requisitos de segurança para coletores-compactadores de

carregamento traseiro e lateral. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 15849: Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários de pequeno

porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e

encerramento. Rio de Janeiro, 2010.

______. NBR 8849: Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos

sólidos urbanos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1985.

______. Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006. Institui a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração

pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às

cooperativas.

______. Decreto nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010. Institui o Programa Pró-

Catador.

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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 275, de

25 de abril de 2001. Estabelece código de cores para diferentes tipos de

resíduos na coleta seletiva.

______. Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre

procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento

térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386 de 27 de dezembro de

2006.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 378, de

19 de outubro de 2006. Define os empreendimentos potencialmente

causadores de impacto ambiental nacional ou regional para fins do disposto

no inciso III, § 1o, art. 19 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras

providências.

______. Resolução nº 386, de 27 de dezembro de 2006. Altera o art. 18 da

Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 que versa sobre

tratamento térmico de resíduos.

______. Resolução nº 404, de 11 de novembro de 2008. Estabelece critérios e

diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno

porte de resíduos sólidos urbanos.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resíduos de limpeza corretiva

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 1299: Coleta, varrição e

acondicionamento de resíduos sólidos urbanos – Terminologia. Rio de Janeiro,

1993.

______. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 1995.

Resíduos Verdes

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13999: Papel, cartão,

pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo (cinza) após a

incineração a 525°C. Rio de Janeiro, 2003.

Resíduos Volumosos

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos –

Classificação. Rio de Janeiro, 2004.

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______. NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto,

implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997.

______. NBR 15112: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de

transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de

Janeiro, 2004.

Resíduo de Construção Civil

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte

terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15112: Resíduos da

construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem -

Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 15113: Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes -

Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 15114: Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem -

Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004.

______. NBR 15115: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil

- Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos. Rio de Janeiro,

2004.

______. NBR 15116: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil

- Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural –

Requisitos. Rio de Janeiro, 2004.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA Resolução CONAMA nº

431, de 24 de maio de 2011. Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 05 de julho

de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, estabelecendo

nova classificação para o gesso.

______. Resolução nº 307 de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios

e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Alterada

pelas Resoluções 348, de 16 de agosto de 2004, e nº 431, de 24 de maio de

2011.

______. Resolução nº 348 de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução

CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de

resíduos perigosos.

Resíduos de Serviços de Saúde

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12807: Resíduos de

serviços de saúde – Terminologia. Rio de Janeiro, 1993.

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______. NBR 12808: Resíduos de serviço de saúde – Classificação. Rio de

Janeiro, 1993.

______. NBR 12810: Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento.

Rio de Janeiro, 1993.

______. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14652: Coletor-

transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde - Requisitos de

construção e inspeção - Resíduos do grupo A, 2001.

______. NBR 15051: Laboratórios clínicos - Gerenciamento de resíduos. Rio de

Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8418: Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de

Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução nº

306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o

gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 006, de

19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos

provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos.

______. Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre

procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento

térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386, de 27 de dezembro de

2006.

______. Resolução nº 330, de 25 de abril de 2003. Institui a Câmara Técnica de

Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos. Alterada pelas

Resoluções nº 360, de 17 de maio 2005 e nº 376, de 24 de outubro de 2006.

______. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a

disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

Resíduos Eletroeletrônicos

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

______. NBR 11175: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de

desempenho – Procedimento. Rio de Janeiro, 1990.

______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais

perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de

12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos

perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro 1998, e nº 244, de

16 de outubro de 1998.

______. Resolução nº 228, de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a importação

de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 401, de

04 de novembro de 2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e

mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os

critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e

dá outras providências. Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resíduos Pilhas e Baterias

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉNICAS. NBR 10157: Aterros de resíduos

perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio

de Janeiro, 1987.

______. NBR 11175: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de

desempenho – Procedimento. Rio de Janeiro, 1990.

______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais

perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de

12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos

perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244,

de 16 de outubro de 1998.

______. Resolução nº 228, de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a importação

de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

______. Resolução nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu

gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

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Resíduos Lâmpadas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8418: Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de

Janeiro, 1984.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 420, de

28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de

qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece

diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas

substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resíduos Pneumáticos

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento. Rio de Janeiro, 1987.

______. NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos –

Procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais

perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 008, de

19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais.

______. Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre a

prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua

destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resíduos Sólidos de Cemitérios

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 368, de

28 de março de 2006. Altera dispositivos da Resolução nº 335, de 03 de abril de

2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. Alterada

pela Resolução nº 402, de 17 de novembro de 2008.

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Resíduos dos serviços públicos de saneamento

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte

terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7166: Conexão

internacional de descarga de resíduos sanitários - Formato e dimensões. Rio de

Janeiro, 1992.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de

05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos

gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada

pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.

______. Resolução nº 005, de 15 de junho de 1988. Dispõe sobre o

licenciamento de obras de saneamento básico.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 357, de

17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e

diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as

condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.

Alterada pelas Resoluções nº 370, de 06 de abril de 2006, nº 397, de 03 de abril

de 2008, nº 410, de 04 de maio de 2009, e nº 430, de 13 de maio de 2011.

______. Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e

procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações

de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras

providências. Retificada pela Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006.

______. Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução

CONAMA nº 375 de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos,

para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento

de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

______. Resolução nº 410, de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para

complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes,

previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3º

da Resolução nº 397, de 03 de abril de 2008.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

______. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e

padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº

357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente -

CONAMA.

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Resíduos de Drenagem

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte

terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010.

______. NBR 7166: Conexão internacional de descarga de resíduos sanitários -

Formato e dimensões. Rio de Janeiro, 1992.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de

05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos

gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada

pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.

______. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de

lançamento de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções

nº 370, de 06 de abril de 2006, nº 397, de 03 de abril de 2008, nº 410, de 04 de

maio de 2009, e nº 430, de 13 de maio de 2011.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 375, de

29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de

lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e

seus produtos derivados, e dá outras providências. Retificada pela Resolução

nº 380, de 31 de outubro de 2006.

______. Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução

CONAMA nº 375 de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos,

para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento

de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

______. Resolução nº 410, de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para

complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes,

previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3º

da Resolução nº 397, de 03 de abril de 2008.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

______. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e

padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº

357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente -

CONAMA.

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Resíduos Industriais

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11175: Incineração de

resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento. Rio de

Janeiro, 1990.

______. NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos –

Procedimento. Rio de Janeiro, 1992.

______. NBR 14283: Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo

método respirométrico. Rio de Janeiro, 1999.

______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais

perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8911: Solventes -

Determinação de material não volátil - Método de ensaio. Rio de Janeiro,

1985.

______. NBR ISO 14952-3: Sistemas espaciais - Limpeza de superfície de sistemas

de fluido. Parte 3: Procedimentos analíticos para a determinação de resíduos

não voláteis e contaminação de partícula. Rio de Janeiro, 2006.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 008, de

19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de

12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos

perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244,

de 16 de outubro de 1998.

______. Resolução nº 228/1997. Dispõe sobre a importação de desperdícios e

resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

______. Resolução nº 235, de 07 de janeiro de 1998. Altera o anexo 10 da

Resolução CONAMA nº 23, de 12 de dezembro de 1996.

______. Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005. Dispõe sobre o recolhimento,

coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.

______. Resolução nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu

gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.

______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e

valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

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226

Resíduos de serviços de transporte

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de

05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos

gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada

pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.

Resíduos agrosilvopastoris

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 334, de

03 de abril de 2003. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento

ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens

vazias de agrotóxicos.

----------------------------------------------------------

a) Leis, decretos e instruções federais

DECRETO 50.877, DE 29 DE JUNHO DE 1961

Dispõe sobre o lançamento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores

ou litorâneas do país e dá outras providências.

LEI 6.437, DE 20 DE AGOSTO DE 1977

Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções

respectivas, e dá outras providências.

PORTARIA INTERMINISTERIAL 53 DE 01 DE MARÇO DE 1979

Dispõe sobre resíduos de risco e dá providências.

LEI 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de

formulação e aplicação, e dá outras providências.

LEI FEDERAL 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985

Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao

meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,

histórico, turístico e paisagístico e dá outras providências.

LEI 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e

rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a

propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino

final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a

inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá

outras providências.

DECRETO 98.816, DE 11 DE JANEIRO DE 1990

Regulamenta a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa,

a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o

armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a

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importação e exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o

registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de

agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

DECRETO 99.274, DE 6 DE JUNHO DE 1990

Regulamenta a Lei 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei 6.938, de 31 de agosto

de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações

Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente, e dá outras providências.

LEI 8.666, 21 DE JUNHO DE 1993

Estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos

pertinentes a obras, serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações e

locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios.

LEI 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995

Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços

públicos previsto no artigo 175 da Constituição Federal, e dá outras

providências.

LEI 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998

Tipifica e estabelece sanções aos crimes ambientais

DECRETO 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999

Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

DECRETO 3.694, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000

Altera e inclui dispositivos ao Decreto 98.816, de 11 de janeiro de 1990, que

dispõe sobre o controle e a fiscalização de agrotóxicos, e dá outras

providências.

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 2, DE 19 DE SETEMBRO DE 2000

Institui, no âmbito do IBAMA, o Cadastro de Produtores e Importadores de

Pilhas e Baterias e dá outras providências.

LEI 10.165, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2000

Altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política

Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e

aplicação, e dá outras providências.

LEI 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000

Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada

por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas

sob jurisdição nacional e dá outras providências.

LEI 9.974, DE 6 DE JUNHO DE 2000

Altera a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a

experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o

armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a

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228

importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o

registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de

agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

LEI 10.165, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2000

Altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política

Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e

aplicação, e dá outras providências.

DECRETO 3.828, DE 31 DE MAIO DE 2001

Altera e inclui dispositivos ao Decreto 98.816, de 11 de janeiro de 1990, que

dispõe sobre o controle e a fiscalização de agrotóxicos e dá outras

providências.

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 10, DE 17 DE AGOSTO DE 2001

Estabelece que as pessoas físicas e jurídicas constantes dos Anexos I e II da

mesma IN, que se dedicam à consultoria técnica relacionada a questões

ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e

instrumentos destinados ao controle de atividade

efetiva, ou potencialmente poluidoras e as que se dedicam às atividades

potencialmente poluidoras e/ou extração, produção, transporte e

comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente,

assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora, são obrigadas a

inscrição no Cadastro Técnico Federal, instituídos pelo art. 17, incisos I e II, da

Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, quando será emitido o Certificado

Provisório com validade até 31 de março de 2002.

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 08 DE 15 DE MAIO DE 2002

Institui, no âmbito do IBAMA, os procedimentos necessários ao cumprimento

da Resolução CONAMA 258, de 26 de agosto de 1999, quanto ao

cadastramento de fabricantes e importadores de pneumáticos para uso em

veículos automotores e bicicletas, assim como o cadastramento de

processadores e destinadores de pneumáticos de veículos automotores e

bicicletas.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 08 DE 18 DE SETEMBRO DE 2002

Disciplina o procedimento para aplicação de sanções administrativas por

condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e para a defesa e o sistema

recursal e a cobrança de créditos de natureza tributária e não tributária para

com a Autarquia.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 26 DE SETEMBRO DE 2002

Cadastro nacional de fabricantes e importadores de pilhas.

LEI 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004

Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público privada

no âmbito da administração pública.

LEI 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005

Dispõe sobre normais gerais de contratação de consórcios públicos e dá

outras providências.

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DECRETO 5.940, DE 29 DE OUTUBRO DE 2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e

entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte

geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores

de materiais recicláveis, e dá outras providências.

DECRETO 6.017, DE 17 DE JANEIRO DE 2007

Regulamenta a Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas

gerais de contratação de consórcios públicos.

LEI 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico

DECRETO 7.217, DE 21 DE JUNHO DE 2010.

Regulamenta a Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes

nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências.

LEI 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998 e dá outras providências.

DECRETO 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010

Regulamenta a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional

de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas

de Logística Reversa, e dá outras providências.

b) Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente

RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1985

Dispõe sobre o licenciamento das atividades de transporte, estocagem e uso

de pentaclorofenol e pentaclorofenato de sódio.

RESOLUÇÃO CONAMA 1, DE 23 DE JANEIRO DE 1986

Institui o Relatório de Impacto Ambiental e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 6, DE 24 DE JANEIRO DE 1986

Dispõe sobre a aprovação de modelos para publicação de pedidos de

licenciamento.

RESOLUÇÃO CONAMA 11, DE 18 DE MARÇO DE 1986

Acrescenta o inciso XVII ao artigo 2, da Resolução CONAMA 001, de 23 de

janeiro de 1986.

RESOLUÇÃO CONAMA 7, DE 16 DE SETEMBRO DE 1987

Dispõe sobre a alteração da Resolução no 7/87, que dispõe sobre a

regulamentação do uso de amianto / asbestos no Brasil.

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RESOLUÇÃO CONAMA 9, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1987

Dispõe sobre a realização de Audiências Públicas no processo de

licenciamento ambiental.

RESOLUÇÃO CONAMA 1, DE 13 DE JUNHO DE 1988

Dispõe sobre o Cadastro Técnico Federal de atividades e instrumentos de

defesa ambiental.

RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 15 DE JUNHO DE 19

Identifica e dispõe sobre Obras Sujeitas a Licenciamento.

RESOLUÇÃO CONAMA 2, DE 22 DE AGOSTO DE 1991

Dispõe sobre o tratamento a ser dado às cargas deterioradas, contaminadas

ou fora de especificações.

RESOLUÇÃO CONAMA 6, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991

Desobriga a incineração de resíduos sólidos de serviços de saúde como única

forma de tratamento.

RESOLUÇÃO CONAMA 8, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991

Veda a entrada no país de materiais residuais destinados à disposição final e

incineração no Brasil.

RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 05 DE AGOSTO DE 1993

Estabelece classificação e procedimentos relativos a resíduos de portos e

aeroportos bem como a resíduos provenientes de serviços de saúde.

RESOLUÇÃO CONAMA 24, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1994

Regulamenta importação de produtos radioativos no país.

RESOLUÇÃO CONAMA 19, DE 24 DE OUTUBRO DE 1996:

Regulamenta a impressão em amianto no país.

RESOLUÇÃO CONAMA 23, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1996

Regulamenta a importação de resíduos.

RESOLUÇÃO CONAMA 228, DE 20 DE AGOSTO DE 1997

Regulamenta a importação de sucata de chumbo;

RESOLUÇÃO CONAMA 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997

Regulamenta o licenciamento ambiental no país.

RESOLUÇÃO CONAMA 235, DE 7 DE JANEIRO DE 1998

Altera a Resolução 23 de 1996 sobre a importação de resíduos.

RESOLUÇÃO CONAMA 241, DE 30 DE JUNHO DE 1998

Estabelece limites de emissões de poluentes.

RESOLUÇÃO CONAMA 244, DE 16 DE OUTUBRO DE 1998

Altera a Resolução 23 de 1996 sobre a importação de resíduos.

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RESOLUÇÃO CONAMA 264, DE 26 DE AGOSTO DE 1999

Regulamenta licenciamento Co-Processamento Fornos Clínquer.

RESOLUÇÃO CONAMA 267, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000

Regulamenta o uso de substâncias que destroem a camada de ozônio.

RESOLUÇÃO CONAMA 273 DE 29 DE NOVEMBRO 2000

Regulamenta o licenciamento de postos de combustíveis.

RESOLUÇÃO CONAMA 275, DE 25 DE ABRIL 2001

Estabelece a padronização para cores de recipientes para resíduos sólidos.

RESOLUÇÃO CONAMA 276, DE 25 DE ABRIL DE 2001.

Prorroga o prazo para licenciamento de postos de combustíveis.

RESOLUÇÃO CONAMA 281, DE 12 DE JULHO DE 2001

Dispõe sobre modelos de publicação de pedidos de licenciamento.

RESOLUÇÃO CONAMA 305, DE 12 DE JUNHO DE 2002

Dispõe sobre licenciamento ambiental, estudo de impacto, ambiental e

relatório de impacto no meio ambiente de atividades e empreendimentos

com organismos geneticamente modificados e seus derivados.

RESOLUÇÃO CONAMA 306, DE 5 DE JULHO DE 2002

Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de

auditorias ambientais.

RESOLUÇÃO CONAMA 307, DE 5 DE JULHO DE 2002

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da

construção civil.

RESOLUÇÃO CONAMA 313, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos.

RESOLUÇÃO CONAMA 314, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação e dá outras

providências.

RESOLUÇÃO 316, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de

tratamento térmico de resíduos.

RESOLUÇÃO CONAMA 319, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2002

Dá nova redação à Resolução 273/2000 sobre prevenção e controle da

poluição em postos de combustíveis.

RESOLUÇÃO CONAMA 334, DE 3 DE ABRIL DE 2003

Estabelece procedimentos licenciamento ambiental para embalagens de

agrotóxicos.

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RESOLUÇÃO CONAMA 335, DE 3 DE ABRIL DE 2003

Dispõe de procedimentos para o licenciamento ambiental de cemitérios.

RESOLUÇÃO CONAMA 340, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003

Dispõe sobre a utilização de cilindros para envazamento de gases que

destroem a camada de ozônio e dá outras providencias.

RESOLUÇÃO CONAMA 344, DE 25 DE MARÇO DE 2004

Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para avaliação do

material a ser dragado em áreas jurisdicionais brasileiras e dá outras

providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 348, DE 16 DE AGOSTO DE 2004

Altera a Resolução 307 de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos

perigosos.

RESOLUÇÃO CONAMA 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005

Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de

saúde e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005

Regulamenta o uso para re-refino do óleo lubrificante.

RESOLUÇÃO CONAMA 368, DE 28 DE MARÇO DE 2006

Altera dispositivos da Resolução n o 335, de 3 de abril de 2003, que dispõe

sobre o licenciamento ambiental de cemitérios.

RESOLUÇÃO CONAMA 371, DE 5 DE JUNHO DE 2006

Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança,

aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de

compensação ambiental, conforme a Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que

institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza-SNUC e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 375, DE 29 DE AGOSTO DE 2006

Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto

gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos

derivados, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006

Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de

Esgotamento Sanitário.

RESOLUÇÃO CONAMA 378, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006

Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto

ambiental nacional ou regional para fins do disposto no inciso III, § 1º, art. 19

da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 380, DE 31 DE OUTUBRO DE 2006

Altera o Anexo I, da Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006.

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RESOLUÇÃO CONAMA 381, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006

Altera dispositivos da Resolução nº 306, de 5 de julho de 2002 e o Anexo II, que

dispõe sobre os requisitos mínimos para a realização de auditoria ambiental.

RESOLUÇÃO CONAMA 382, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2006

Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para

fontes fixas.

RESOLUÇÃO CONAMA 386, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2006

Altera o art. 18 da Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 sobre

sistemas de tratamento térmico de resíduos.

RESOLUÇÃO CONAMA 401, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008

mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os

critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e

dá outras providências.

RESOLUÇÃO CONAMA 402, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2008

Altera os artigos 11 e 12 da Resolução 335, de 3 de abril de 2003, sobre

licenciamento de cemitérios.

RESOLUÇÃO CONAMA 404, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2008

Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro

sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.

RESOLUÇÃO CONAMA 416 DE 30 DE SETEMBRO DE 2009

Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus

inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras

providências.

c) Resoluções e Portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

PORTARIA ANVISA 321, DE 28 DE JULHO DE 1997

Aprova as normas gerais para produtos desinfestantes domissanitários.

PORTARIA ANVISA 344, DE 12 DE MAIO DE 1998

Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos

sujeitos a controle especial.

RESOLUÇÃO RDC ANVISA 217, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2001

Aprova o Regulamento Técnico, Anexo a esta Resolução, com vistas à

promoção da vigilância sanitária nos Portos de Controle Sanitário

instalados no território nacional, embarcações que operem transportes

de cargas e ou viajantes nesses locais, e com vistas à promoção da

vigilância epidemiológica e do controle de vetores dessas áreas e dos

meios de transporte que nelas circulam.

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RESOLUÇÃO ANVISA RDC 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento,

programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de

estabelecimentos assistenciais de saúde.

RESOLUÇÃO ANVISA RDC 342, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

Institui e aprova o Termo de Referência para elaboração dos Planos de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos em portos, aeroportos, estações e

passagens de fronteiras e terminais alfandegados de uso público a

serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação.

RESOLUÇÃO ANVISA RDC 351, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002

Gestão de Resíduos Sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras.

RESOLUÇÃO ANVISA RDC 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos

de serviços de saúde.

RESOLUÇÃO ANVISA RDC 56, DE 6 DE AGOSTO DE 2008

Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no

Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos,

Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.

d) Leis, decretos e portarias estaduais do estado do Ceará

Constituição Estadual.

Arts. 259 a 271, “... proteger o meio ambiente e combater a poluição em

qualquer de suas formas” (art. 259, II, XII), tratando ainda de política urbana e

saneamento (arts. 271 e 289). O art. 15, incisos VI e IX, da Lei Maior Estadual,

conferem competência comum à União, Estados e Municípios para o zelo

com o meio ambiente e saneamento.

Lei Estadual de nº 11.411/87, que estabelece a PEMA – Política Estadual de

Meio Ambiente para o Estado do Ceará. Cria o COEMA – Conselho Estadual

do Meio Ambiente e suas respectivas atribuições (art. 2º e seguintes); Cria a

SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente (art. 8º. e seguintes).

Instrução Normativa SEMACE nº 2/2010 “regula os procedimentos para

apuração de infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao

meio ambiente, a imposição das sanções, a defesa ou impugnação, o sistema

recursal e a cobrança de multa e sua conversão em prestação de serviços de

recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental”.

Lei nº 14.892/2011 que institui a Política Estadual de Educação Ambiental no

Ceará.

Decreto estadual nº 31.405/2014. Regulamenta a Lei nº 14.892/2011.

Lei nº 13.103/2001 – cria a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

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Decreto nº 26.604/2002 – regulamenta a Lei nº 13.103/2001.

Resolução COEMA nº 4 de 12/04/2012. Estabelece que o Licenciamento

Ambiental no Estado do Ceará é regulamentado por meio de Resoluções

expedidas pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - COEMA, mediante

Instruções Normativas e Portarias editadas pela SEMACE.

Resolução COEMA nº O8/04. - Instrução técnica básica para o Licenciamento

Ambiental.

Instrução Normativa SEMACE nº 4, de 26/12/2013 estabelece normas e

procedimentos a serem seguidos por ela “nas diversas etapas e fases do

licenciamento ambiental dos empreendimentos, obras ou atividades

utilizadores de recursos ambientais, potencial ou efetivamente poluidoras, bem

como aqueles que causem, sob qualquer forma, degradação ambiental”.

Lei Estadual nº 12.225/1993 considera a coleta seletiva e a reciclagem do

resíduo como atividades ecológicas de relevância social e de interesse

público no Estado.

Lei Estadual nº 11.076/85, que dispõe sobre a fiscalização do comércio e

controle do uso de Agrotóxicos e outros biocidas do Estado e dá outras

providências.

Lei Estadual nº 12.228/93 dispõe sobre o uso, a produção, o consumo, o

comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins bem

como sobre a fiscalização do uso, de consumo, do comércio, do

armazenamento e do transporte interno desses produtos.

Lei estadual nº 12.944/99, que dispõe sobre o descarte de pilhas de até 9

(nove) volts, de baterias de telefone celular e de artefatos que contenham

metais pesados e dá outras providências.

Lei Estadual nº 11.423/88, secunda disposição contida na Constituição

Estadual, art. 259, XIX, de embargar reatores no território estadual, excetuados

os que se destinem à pesquisa e ao uso terapêutico.

Lei Estadual nº. 15.086/11 criou o Selo Verde para certificar produtos

compostos de materiais reciclados.

Recomendações do TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, na gestão dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos nos

municípios cearenses.

Legislação Municipal

LOM - Lei Orgânica Municipal de 1.990 - Título VI, Capítulo V, trata do meio

ambiente nos artigos 182 a 189, sendo os resíduos objeto do seu art. 185.

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PPA – Plano Plurianual quadriênio 2014-2017 - possui quatro eixos de atuação

para as políticas públicas, sendo eles: a) infraestrutura e meio ambiente; b)

desenvolvimento social; c) desenvolvimento econômico e geração de

emprego e renda; d) gestão eficiente e participativa. As ações e programas

ligados à política ambiental e resíduos sólidos está ligada ao primeiro eixo, mas

guardando conexão com os demais.

O PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús, Lei Municipal

nº 453/2001 - determina em seu art. 37 que sejam incluídas no PPA as

programações de investimento em obras de infraestrutura física.

Leis Municipais nº 449/2001 e nº 453/2001, respectivamente, de Parcelamento

do Solo Uso e Ocupação do Solo do município e Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano – PDDU.

Lei Municipal nº 450/2001 - Código de Obras e Posturas.

Lei Municipal nº 566/2005 - cria o Conselho Municipal de Defesa do Meio

Ambiente – Condema.

Lei Municipal nº 98/2010 – Cria a Secretaria Municipal de Meio Ambiente

(SEMAM) de Crateús.

Lei Municipal n º 134/2010 – Ratifica a celebração de Consórcio Municipal,

com regulação intitulada Regimento Interno do Consórcio Municipal Para

Aterro de Resíduos Sólidos – Unidade Crateús – Comares – UCR.

Lei Municipal nº 203/2012, que tem entre seus fins promover a conscientização

e a educação ambiental (art. 3º, inc. XXII).

Lei Municipal n º 203/2012 - dispõe sobre a Política Ambiental do Município de

Crateús.

Lei Municipal nº 227/2012 - Trata do FUNDEMA – Fundo Municipal do Meio

Ambiente.

Lei Municipal nº 204/2012 - Institui o licenciamento ambiental e a taxa de

licença ambiental, custos, análises e outros.

Lei Municipal nº 248/2013 - Programa de Coleta Seletiva de Crateús, mediante

convênio celebrado com a Associação de Catadores de materiais recicláveis

de Crateús – Recicratiú.

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ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO APLICADO

Contribuições para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Gênero: ( )masculino ( )feminino

Faixa Etária (idade): ( )15 - 21 ( )22 -28 ( )29 - 35 ( )36 - 45 ( )46 - 55 ( )acima de 55

Grau de Escolaridade: ( )primário ( )secundário ( )superior ( )nenhum

Setor em que trabalha: ( )público ( )privado ( )estudante ( )aposentado

( )desempregado

1) Como você tomou conhecimento

dessa audiência?

( )diário oficial ( )ofício ( )rádio ( )site

( )colega/amigo ( )associação, entidade de

classe ou associação representativa de

categoria ou setor da sociedade civil ( )escola

2) Como os resíduos (lixo) gerados na

sua casa são separados?

( )orgânico - recicláveis - rejeito ( )úmido - seco

( )recicável - comum ( )não separo

( )outros_______________________

3) Para onde vão os resíduos da

coleta seletiva de sua cidade?

( )associação de catadores ( )aterro sanitário

( )lixão ( )outros______________________

4) Para onde vão os residuos comuns

(coleta regular) da sua cidade?

( )associação de catadores ( )aterro sanitário

( )lixão ( )outros________________________

As pilhas do seu radinho já estão nas últimas. E é dia de jogo de futebol do seu time

favorito. Então, pilhas novas!

5) Mas... como você elimina as pilhas usadas?

Resp.:__________________________________________________________________________

No inverno passado você tomou um remédio. Este ano a gripe lhe pegou e o médico

receitou o mesmo medicamento. Você ainda tem meia caixa, mas ele está vencido.

6) Qual a destinação que você dá aos medicamentos vencidos?

Resp.:__________________________________________________________________________

7) O que é feito com o resto de comida (alimento) da sua casa?

Resp.:__________________________________________________________________________

Batatinha frita é uma delícia, mas chega um ponto que o óleo "não dá mais".

8) Como você se livra do óleo usado?

Resp.:__________________________________________________________________________

9) Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos

no Brasil?

( )SIM ( )NÃO

Se preferir, escreva abaixo sua contribuição/sugestão para o Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

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