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7/23/2019 Dissertacao Mauro http://slidepdf.com/reader/full/dissertacao-mauro 1/51 MAURO DA SILVA TOSTA ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUÇÃO E NA QUALIDADE DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO ‘AMARELO’ MOSSORÓ – RN 2009

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MAURO DA SILVA TOSTA

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUÇÃO E NAQUALIDADE DE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO

‘AMARELO’

MOSSORÓ – RN2009

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MAURO DA SILVA TOSTA

ADUBAÇÃO NITROGENADA NA PRODUÇÃO E NA QUALIDADEDE FRUTOS DE MARACUJAZEIRO ‘AMARELO’

Dissertação apresentada à

Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências paraobtenção do título de Mestre emAgronomia: Fitotecnia.

ORIENTADOR:Prof. Dr. VANDER MENDONÇA

MOSSORÓ - RN2009

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Ficha catalográfica preparada pelo setor declassificação e catalogação da Biblioteca “Orlando

Teixeira” da UFERSA

T716a Tosta, Mauro da Silva.Adubação nitrogenada na produção e na qualidade de

frutos de maracujazeiro ‘amarelo’. / Mauro da Silva Tosta. --Mossoró: 2009.

58f.: il.

Dissertação (Mestrado em Fitotecnia: Área deconcentração: Agricultura tropical) – Universidade FederalRural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Orientador: Prof .º Dr. Sc. Vander Mendonça

1.Passiflora edulis  Sims f.  flavicarpa  Degener.2.Nitrogênio. 3.Uréia. 4. Produtividade. Título.

CDD:634.425Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo CRB-5/1033 

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Aos meus pais pelo estímulo, amor e bondade

Aos meus irmãos e sogros, pelo incentivo

Ao meu tio Mousar (in memorian), pelos

ensinamentos

Aos meus tios, primos e cunhado, com carinho

... que permanecerão esternos em minha vida.

Ao meio filho (a) que ainda esta no ventre

materno...

Dedico

A minha esposa, pela força, amizade,

companheirismo, apoio e momentos defelicidade; e ao meu orientador, amigo e

padrinho pela amizade sincera, incentivo e

conselhos valiosos.

Ofereço

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por guiar e iluminar meus caminhos para superar dificuldades; e

por me dar a oportunidade de ser pai.

A minha amada esposa, Priscilla, pela amizade, companheirismo, ajuda e

compreensão em todas as dificuldades surgidas.

Aos meus pais (Maria e Laurêncio), irmãos (Fábio e Joel), sogros (Edílson

e Socorro), tios (Mousar “in memorian”, Raulino, Fátima, Olindia, Juracy, Lucélia,

Valdir, Varto, Corina, Arnobis, Abadia, José Nunes, Ellen, Antonico Alcântara,

Regina, João Rosendo e Carlos Estevan), cunhados (Edílson e Paz Helena), primos

(Taciana, Thales, Cristina, Fabiano, Oneida, Lays, Cássio, Juracy, Marli,

Marquinhos, Ademir, Izabel, Renato, Alexandre e Henrique) pelo amor e apoio que

me da força para vencer todos os obstáculos da vida.

Ao meu amigo, padrinho e orientador Vander Mendonça, pela dedicação,

amizade, companheirismo e pela paciência em me ensinar.

Aos meus amigos Luis Lessi, Diógenes Martins, Ronny Smarsi, Elisangêla

Aparecida e Alex pela amizade e ajuda no desenvolvimento da pesquisa.

A meus amigos, “Branca”, Django, Reinaldo, Renato, Gleidson, Silvinha,

Priscilla, Ylana, Aparecida, Bráulio, Ronialison, Karenina, Jailma, Halen, Tâmara

e Daniel, que me apoiaram e ajudaram desde que cheguei em Mossoró.

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) pela

oportunidade de adquirir conhecimentos científicos e vivencia acadêmica.

Ao CNPq pela bolsa e financiamento para desenvolvimento da pesquisa.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), UnidadeUniversitária de Cassilândia, pelo apoio para desenvolvimento da pesquisa;

principalmente, Silvão, Sérgio, Everton, Prof. Edemir Feliciano e Prof. Gustavo.

Aos meus amigos da 1ª turma de Agronomia da UEMS de Cassilândia (“Os

Pioneiros”), João , Cleiton, Osmar, Ronaldo, Gustavo, ..., Alanderson e ao Prof.

Guilherme Biscaro (UFMS) pelo incentivo para fazer uma pós-graduação.

Muito Obrigado!

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“Quando o amor se torna a nossa principal

energia, somos capazes de coisas

extraordinárias. Ele é a força que nos faz

superar com alegria os mais difíceis

obstáculos; é a luz que põe o brilho em

nossos olhos.“

(Pe. José Bortolini)

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BIOGRAFIA

MAURO DA SILVA TOSTA, filho de Maria Nunes da Silva e Laurêncio Garcia

Tosta, nasceu em 20 de agosto de 1980, em Cassilândia (Região Nordeste de MS).

Torcedor do São Paulo. Conclui o Ensino Fundamental e o Médio no “Colégio

Estadual de Primeiro e Segundo Grau Marechal Rondon” em 1997, na mesma

cidade. No ano seguinte começou a trabalhar em uma grande fazenda na profissão

de “vaqueiro”. Mas em 2001, o destino mudou drasticamente, retornou a sua

cidade natal, pois havia conseguido ingressar na primeira turma (“Os Pioneiros”)do Curso de Agronomia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; foram

temos dificeis e os alunos fizeram greve, reinvindicando melhorias. Em 2004

chegou nesta Universidade um Professor recém Doutorado da UFLA, Vander

Mendonça, que se tornou em pouco tempo o “Pai Acadêmico” e grande amigo;

incentivando-o a seguir a carreira acadêmica. Em 2007 ingressou no Programa de

Pós-Graduação em Agronomia: Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Rural

do Semiárido (UFERSA), na cidade de Mossoró (RN); por ironia do destino

tornou-se orientado do mesmo Professor. Após 5 meses, no 47º Congresso

Brasileiro de Olericultura (Porto Seguro – BA), conheceu a Estudante de

Agronomia da UFERSA, Priscilla de Aquino Freire; após 13 meses uniram-se nos

laços do Matrimônio e hoje estão esperando a chegada de um filho(a). Atualmente

é aluno de Doutorado da UFERSA, Bolsita da Capes, Vice-Presidente da

Associção dos Pós-Graduandos da UFERSA e Revisor das Revistas PAT e

AGRARIAN.

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RESUMO

TOSTA, Mauro da Silva. Adubação nitrogenada na produção e na qualidade defrutos de maracujazeiro ‘amarelo’.  2009. 58f. Dissertação (Mestrado emAgronomia: Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),Mossoró – RN, 2009.

A cultura do maracujazeiro ‘amarelo’ é explorada comercialmente de norte

a sul do Brasil, envolvendo regiões tropicais e subtropicais. Seu cultivo encontra-se

em fase de expansão em razão das ótimas perspectivas de comercialização. Nestecontexto o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da adubação nitrogenada na

produção do maracujazeiro amarelo irrigado nas condições de Cassilândia (MS).

Foi utilizado um experimento com delineamento em blocos casualizados ao acaso,

sendo testadas 5 doses de nitrogênio (0, 80, 160, 240 e 320 kg ha-1), com 4

repetições, espaçadas em 3 m entre linhas e 4 metros entre plantas; cada unidade

experimental foi constituída por 6 plantas, sendo 4 plantas a área útil. A condução

da cutura foi realizada em forma de espaldeira, conduzido por um fio de arame a

1,8m de altura. A aplicação dos tratamentos foram parcelada em 6 vezes (11/2006

a 05/2007), iniciando 5 meses após o transplantio. A colheita foi realizada de

29/11/2006 a 17/08/2007. O aumento da adubação nitrogenada promoveu uma

resposta de comportamento polinomial quadrática para o total de frutos; produção

comercial e total; produtividade comercial; espessura da casca; o SST e pH do solo.

O aumento das doses de N promoveu uma resposta decrescente para peso médio de

frutos comerciáveis; rendimento de polpa e o número de sementes. Não sendo

verificado efeito dos tratamentos para total de frutos comerciáveis, peso médio,

diâmetro equatorial e comprimento de frutos; pH da polpa. A adubação nitrogenada

influencia na produção e a qualidade do maracujazeiro ‘amarelo’, nas condições de

Cassilândia (MS), pode ser aplicado de 116 a 173 kg ha-1  de nitrogênio em

cobertura.

Palavras-chaves: Passiflora edulis Sims f.  flavicarpa Degener, nitrogênio, uréia,produtividade.

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ABSTRACT

TOSTA, Mauro da Silva. Manuring with nitrogen in the production and in thequality of fruits of yellow passion fruit plant. 2009. 58f. Dissertation (Master'sdegree in Agronomy: Fitotecnia) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido(UFERSA), Mossoró - RN, 2003.

The culture of the passion fruit plant-yellow it is explored commercially of north tosouth of Brazil, involving tropical and subtropical areas. Your cultivation is inexpansion phase in reason of the great commercialization perspectives. In this

context the objective of the work was to evaluate the effect of the manuringnitrogenada in the production of the yellow passion fruit plant irrigated in theconditions of Cassilandia (MS). The experimental design used was of randomizedcomplete blocks whit 5 doses of nitrogen (0, 80, 160, 240 and 320 kg ha -1), with 4repetitions, spaced in 3m between lines and 4m among plants; each experimentalunit was constituted by 6 plants and 4 plants in the useful area. The conduction inthe culture was accomplished in a wire thread to 1,8m of height of the soil. Theapplication of the treatments was parceled out in 6 times (from 11/2006 to05/2007), beginning 5 months after transplant of the seedlings. The crop was itaccomplishes from 29/11/2006 to 17/08/2007. The increase of the manuring withnitrogen promoted an answer of behavior quadratic polinomial for the total of fruitsyou didn't trade; total of fruits; production commercial, no-commercial and total;commercial and no-commercial productivity; thickness of the peel; and SST. Theincrease of the doses of N promoted a decreasing answer for medium weight ofmarketable fruits; pulp revenue; number of seeds; and pH of the soil. Not beingverified effect of the treatments for total of marketable fruits, weigh medium,diameter and fruit length; and pH of the pulp. The manuring with nitrogeninfluences in the production and the quality of the passion fruit plant-yellow, in theconditions of Cassilandia (State of Mato Grosso do Sul - Brazil), it can be appliedfrom 116 to 173 kg ha-1 of nitrogen in covering.

Key- words: Passiflora edulis  Sims f.  flavicarpa  Degener, nitrogen, urea,productivity.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................19 

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................21 

2.1. A CULTURA DO MARACUJAZEIRO......................................................21

2.2. ADUBAÇÃO...............................................................................................23

2.3. ADUBAÇÃO NITROGENADA.................................................................252.4. ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MARACUJAZEIRO........................28

3. MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................32 

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................36 

5. CONCLUSÃO...................................................................................................46 

6. REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................47 

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1. INTRODUÇÃO

A produção mundial de maracujá está concentrada, principalmente, América do

Sul, África, Ásia e Oceania. Treze países (Brasil, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela,

África do Sul, Sri Lanka, Austrália, Nova Guiné, Ilhas Fiji, Havaí, Formosa e Quênia)

produzem mais de 85% da produção mundial. Brasil, Equador, Peru e Colômbia

produzem o maracujá amarelo (Passiflora edulis  Sims f.  flavicarpa  Degener),

principalmente para a agroindústria de suco, nos últimos anos, a concorrência nestes

países tem proporcionado redução nos preços (PONCIANO et al., 2006).

O Brasil é o principal produtor mundial de maracujá. A evolução desta cultura,

no País, foi bastante rápida, uma vez que era plantada inicialmente para uso medicinal, e

somente na década de 70, iniciou o cultivo em escala industrial (SOUZA et. al., 2002).

De acordo com Souza e Meletti (1997) em 95% da área cultivada com maracujá no

Brasil é utilizado o maracujazeiro azedo ou amarelo, enquanto no mundo este percentual

é de 90% da área.

O crescente consumo “in natura” de maracujazeiro e a agroindústria de sucos

impulsionam uma contínua expansão e a técnica dos cultivos elegem sua exploração

como atividade rentável (GONDIM, 2000). De acordo com Pociano et al.  (2006) em

praticamente todas as regiões do País o maracujá apresenta-se em franca expansão, tanto

em termos de consumo da fruta fresca quanto de suco; cresceu substancialmente nas

últimas duas décadas. Sendo que o suco de maracujá destaca-se como um dos mais

importantes, ocupando o segundo lugar na produção nacional, atrás somente do suco de

laranja.

Assim, o cultivo de maracujá mostra-se bastante atraente, seja para consumo

natural ou para processamento em sucos e em ingrediente de outros produtos. Seu

cultivo encontra-se em fase de expansão em razão das ótimas perspectivas de

comercialização, principalmente por causa dos preços alcançados no mercado de frutafresca (BRAGA e JUNQUEIRA, 2000).

A cultura do maracujazeiro-amarelo é explorada comercialmente de norte a sul

do território brasileiro, envolvendo regiões tropicais e subtropicais com condições que

favorecem seu bom desenvolvimento. Com esta expansão comercial e os relatos sobre a

adubação da cultura ficam pouco caracterizados em função dos estudos que quase não

existem, tendo em vista que, esta prática seja de grande importância para pomares de

elevada extração e exportação de nutrientes (CARVALHO et al., 2000).

O maracujazeiro possui um longo período de safra, de oito a nove meses noSudeste, de dez a onze no Nordeste e de doze meses no Norte do país, permite um fluxo

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equilibrado de renda mensal, aumentando o interesse dos agricultores pela cultura,

gerando uma expansão do cultivo e, conseqüentemente, uma intensa demanda por

informações técnicas, desde a produção de mudas a produção de frutos (MELETTI et al.,

2002).

Além de ser uma cultura com rápido retorno do capital investido, podendo iniciar

a produção em até seis meses após o plantio, desde que sejam empregadas técnicas de

condução, onde engloba desde a seleção das sementes para formação de mudas até a

colheita, envolvendo adubações, tipo de condução da planta, controle de pragas,

doenças, irrigação, polinização, critérios de colheita e pós-colheita (MELETTI, 1994;

SANTOS, 1999; SOUSA et al., 2003; ARAÚJO NETO et al., 2005; RODRIGUES,

2007).

A obtenção de mudas de boa qualidade genética, fisiológica e sanitária (SILVA,

et al., 2001), a escolha de bons genótipos, o manejo cultural, o manejo fitossanitário e a

adubação equilibrada, podem superar alguns fatores responsáveis pelo insucesso no

cultivo do maracujazeiro, como o pequeno rendimento e baixa qualidade de frutos.

Sobre a adubação do maracujazeiro existe pouca informação, embora essa prática

seja importante para os pomares de elevada extração e exportação de nutrientes,

principalmente os instalados em solos arenosos e pouco férteis. Silva (1994), analisando

trabalhos de vários autores, observou grande variação das recomendações de nitrogênio,

existindo indicação de 30 a 320 g planta-1 ano-1 de N.

O nitrogênio é um elemento fundamental para o desenvolvimento de ramos e

folhas e é constituinte de aminoácidos, nucleotídeos clorofila e outros. O bom

aproveitamento do nitrogênio pela cultura depende muito do potencial hídrico da região

e da disponibilidade dos nutrientes no solo. Alguns estudos examinaram a nutrição com

nitrogênio (N) em maracujazeiros (AGUIRRE, 1977; BAUMGARTNER et al., 1978;

MENZEL et al., 1991).

Pesquisas devem ser realizadas para que se encontre a dose adequada de

nitrogênio a ser recomendada para a produção do maracujazeiro nas condições decerrado, principalmente na região sul-matogrossense. Neste sentido o presente trabalho

teve por objetivo avaliar a produção e a qualidade de frutos do maracujazeiro “amarelo”

sob diferentes doses de nitrogênio no município de Cassilândia – MS.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A CULTURA DO MARACUJAZEIRO

O maracujazeiro pertence à classe Dicotiledônea, a Passiflorales e a família

Passifloraceae. Esta família apresenta distribuição tropical e subtropical, sendo que a maioria

das espécies do gênero Passiflora ocorre nas áreas mais quentes da América, com algumas

espécies na Ásia e Austrália e uma espécie em Madagascar (SILVA e SÃO JOSÉ, 1994).

O maracujazeiro adapta-se melhor em regiões com temperaturas médias mensais entre

21°C e 32°C, precipitação pluviométrica anual entre 800 a 1750 mm, baixa umidade relativa,

período de brilho solar em torno de 11 horas e ventos moderados (RUGGIERO et al., 1996,

MELETTI, 1996). Encontrando no Centro-Norte do Brasil o maior centro de distribuição

geográfica, sendo o gênero Passiflora possui cerca de 530 espécies tropicais e subtropicais, das

quais 150 são originárias do Brasil (FONTES, 2005). Dessas, apenas 60 produzem frutos com

valor comercial (Schultz, 1968). Segundo Souza e Meletti (1997), as espécies mais conhecidas e

de maior interesse econômico no Brasil são três: Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Degener –

o maracujá ‘amarelo’ (ou azedo); Passiflora edulis Sims f . edulis – o maracujá roxo e Passiflora

alata Dryand – o maracujá doce; destacando-se o maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis

Sims f.  flavicarpa Deg.) por ser mais vigoroso e por adaptar-se bem a diferentes tipos de solo

(MELETTI, 1996; SOUZA e MELETTI, 1997); além do fato de sua alta aceitabilidade pelo

consumidor.

A planta do maracujazeiro apresenta-se como trepadeira herbácea ou lenhosa de grande

porte, podendo atingir mais de 10 m de comprimento. O caule, na base, é lenhoso e bastante

lignificado, diminuindo o teor de lignina à medida que se aproxima do ápice da planta, podendo

apresentar-se com hastes cilíndricas ou quadrangulares, angulosas, suberificadas, glabras ou

pilosas dependendo da espécie botânica, no geral apresenta-se como sendo semi-flexível. Apartir do caule surgem as gavinhas, folhas, gemas e brácteas (TEIXEIRA, 1994; SILVA e SÃO

JOSÉ, 1994).

As folhas são simples, alternadas e trilobadas, apresentando os bordos serreados e um

aspecto lustroso na face superior. As folhas jovens apresentam-se, geralmente, ovadas (ou

ovuladas), sem lobos. Nas axilas de cada folha, além de uma gavinha, existem uma gema

florífera e uma vegetativa, a primeira originando uma flor e a segunda, um ramo (PIZZA, 1991).

O sistema radicular apresenta uma raiz central pivotante ou axial mais grossa que as

demais. O volume da maioria das raízes finas concentra-se num raio de 0,50 m do tronco e na

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profundidade de 0,30 m a 0,45 m de profundidade no solo (MANICA, 1981; SILVA E SÃO

JOSÉ, 1994; SOUZA e MELETTI, 1997).

A planta do maracujá tem crescimento vegetativo continuo mediante fluxo de vegetação

e ocorrem por um período de floração intensa e indeterminada; sendo que, o inicio da

frutificação fica evidenciado pela redução no crescimento vegetativo da planta havendo uma

grande drenagem de energia dos órgãos vegetativos para os frutos (QUAGGIO e PIZA

JÚNIOR, 1998).

No florescimento e na frutificação há necessidade de calor, dias longos e umidade no

solo. Baixas temperaturas e dias curtos interrompem a produção, definindo uma safra de sete a

dez meses por ano (SOUZA e MELETTI, 1997; RIZZI et al., 1998). Em condições de baixa

precipitação são necessárias irrigações suplementares (MANICA, 1981).

O fotoperíodo é um dos fatores mais importantes, pois em épocas onde a duração do dia

é menor que 11 horas não será possível obter florescimento. Entretanto, não é o único fator

limitante ao florescimento. Por exemplo, em regiões de altitudes elevadas, mesmo tendo

fotoperíodo acima de 11 horas de luz e água, a diferenciação floral ocorre, entretanto, a

fecundação é prejudicada pelos ventos frios e pelas temperaturas baixas (SÃO JOSÉ, 1994).

O maracujazeiro é reportado como planta que necessita de grandes quantidades de água

para um pleno sucesso na produção de frutos. Um período de seca bastante severa ocasiona

queda nas folhas e frutos. A falta de umidade no solo pode não somente interferir na produção

daquele ciclo, mas também no desenvolvimento e no florescimento dos ramos do próximo ciclo

de produção (MENZEL e SIMPSON, 1994).

Segundo Ruggiero et al. (1996) a alta de umidade pode determina a queda das folhas e

dos frutos na fase inicial de desenvolvimento, e pode causar, na fase final de desenvolvimento,

enrugamento em frutos verdes e grandes. Assim uma irrigação regular permite a floração e a

frutificação quase continuamente, desde que os outros fatores não sejam limitantes, sendo o

requerimento de água elevado quando o fruto se encontra próximo da maturação; o estresse

hídrico durante o desenvolvimento do fruto ainda pode levar a decréscimos no peso e no volume

de polpa, murcha e, por fim, à queda dos frutos (TEIXEIRA, 1989).O vento é um dos fatores ambientais que pode limitar a produção. Segundo Pizza

(1991), o vento influencia as taxas de evapotranspiração e exerce pressão diretamente sobre os

cultivos no transcurso de seu desenvolvimento, podendo acarretar sérios riscos para o

maracujazeiro, tais como: 1) a velocidade elevada dificulta o crescimento da planta até o fio de

arame do sistema de sustentação; 2) quando quente estimula altas taxas de evapotranspiração; 3)

carrega partículas do solo, que agem abrasivamente nos tecidos da planta, facilitando a entrada

de patógenos; 4) promove danos e até a morte dos ramos que estão em contato com o fio de

arame pelos constantes movimentos de fricção.

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O maracujazeiro amarelo é dependente da polinização cruzada realizada por agentes

polinizadores para produzir frutos, suas flores devem ser polinizadas por flores de outras plantas

da mesma espécie. Assim, há necessidade de polinização artificial na ausência de insetos

polinizadores, cujo benefício à frutificação é inquestionável (SOUZA E MELETTI; 1997,

MANICA, 1981).

Cobert e Willmer (1980) observaram que a abertura das flores do maracujazeiro amarelo

é rápida e sincronizada, iniciando-se por volta das 12 horas com a abertura ocorrendo no

máximo por volta das 13 horas, permanecendo aberta até à noite. Neste período de abertura,

ocorre a polinização e fecundação dos óvulos e se não forem fecundadas, as flores murcham e

caem. Porém, já se observaram flores abertas até as 20 h (RUGGIERO et al., 1996).

Para a produção comercial, práticas como a polinização artificial do maracujazeiro

devem ser realizadas; pois, a ausência ou pouca presença de agentes responsáveis pela

polinização natural, nesse caso as “mamangavas” ( Xylocopa  sp.), leva a reduções na

produtividade do maracujazeiro. Uma polinização bem sucedida deve ser feita entre 13:30 h e

17:30 h, na ausência de chuva ou qualquer umidade nas flores (MELETTI e MAIA, 1999;

RUGGIERO et al., 1996). Chuvas intensas e freqüentes reduzem a polinização e as secas

prolongadas provocam a queda dos frutos (SOUZA e MELETTI, 1997; RIZZI et al., 1998). A

polinização artificial, além de proporcionar um ótimo pegamento das flores, promove o aumento

do peso de frutos e ganhos reais na produtividade (RIZZI et al., 1998).

Os frutos do maracujazeiro são produzidos em ramos do ano, são do tipo baga com

tamanho e forma variados, geralmente ovais ou subglobosos com 6-12 cm de comprimento e 4-

7 cm de diâmetro. A casca do fruto é dura e tem de 3 a 10 mm de espessura (LUCAS, 2002).

2.2. ADUBAÇÃO

A adubação é uma prática extremamente importante para qualquer frutífera exploradacomercialmente. Com uma adubação adequada e bem equilibrada, o produtor se beneficiará da

qualidade dos frutos obtidos, do estado fitossanitário e do vigor das plantas, bem como da

produtividade de seu pomar (ABREU et al., 2005).

A prática de adubação, além de constituir um fator indispensável para o

desenvolvimento das mudas, acelera considerável o crescimento das mesmas, reduzindo os

custos de produção. A eficiência das adubações, principalmente daquelas realizadas em

cobertura, depende basicamente das doses e fontes dos adubos utilizados, da capacidade de

troca catiônica e das características físicas do solo (SGARBI et al., 1999). O aproveitamentodos fertilizantes depende muito do fornecimento e da disponibilidade de água para a planta.

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O uso de fertilizantes em cultivos com alta extração de nutrientes exige cautela. O

suprimento inadequado de nutrientes, seja falta ou excesso, pode provocar restrições ao

crescimento das plantas e alterar relações entre biomassa aérea e radicular, bem como promover

alterações entre estádios vegetativos e reprodutivos (BALIGAR e FAGERIA, 1997;

BUWALDA e GOH, 1982; MARSCHNER, 1998; MENGEL, 1983; PENG et al., 1993).

Quanto maior a produtividade, maiores serão as quantidades de fertilizante para suprir

as necessidades da cultura. Por outro lado, a quantidade de nutrientes removidos pela planta não

deve ser utilizada como critério único de reposição, considerando-se que a lixiviação e as

reações que ocorrem quando os fertilizantes são aplicados no solo concorrem para diminuir a

disponibilidade de nutrientes para as plantas (SOBRAL, 1998). O consumo de nutriente é

proporcional à produção de matéria seca da planta.

Para um bom desenvolvimento das plantas é necessário que todos os elementos

químicos essenciais estejam em quantidades mínimas. O ferro (Fe), Cobre (Cu), o manganês

(Mn), o Boro (B) e o Zinco (Zn) são denominados como micronutrientes. Enquanto o fósforo

(P), o cálcio (Ca), o enxofre (S), o potássio (K), o magnésio (Mg) e o nitrogênio (N), são

classificados com macronutrientes. Estas denominações estão relacionadas a quantidades

aplicadas e não a quantidade necessária para um bom desenvolvimento das plantas, pois na falta

qualquer um nutriente o seu desenvolvimento é prejudicado.

O ferro e o cobre têm papel importante como componentes de enzimas envolvidas na

transferência de elétrons. Enquanto o manganês ativa várias enzimas nas células vegetais. Em

relação ao boro, evidências sugerem que desempenham funções de alongamento celular, síntese

de ácidos nucléicos, respostas hormonais e funcionamento de membranas. O zinco pode ser

exigido na síntese de clorofila em algumas plantas (TAIZ e ZEIGER, 2004).

De acordo com Malavolta et al.  (1974), o fósforo tem participação essencial na

fotossíntese, respiração, degradação de açúcares e no armazenamento, transferência e utilização

de energia para processos vitais da planta, além de participar na divisão celular. Devido a isso,

com o aumento da quantidade de fósforo absorvida pelas plantas, ocorre um aumento na

atividade metabólica, favorecendo o crescimento destas como um todo. A quantidade de fósfororequerido para o ótimo crescimento das plantas varia conforme a espécie ou órgão analisado

variando de 0,1 a 0,5 % da matéria seca (VICHIATO, 1996).

Segundo Taiz e Zeiger (2004), o cálcio é utilizado na síntese de novas paredes celulares,

em particular da lamela média, que separa células em divisão. O enxofre é encontrado em dois

aminoácidos, sendo constituinte de várias coenzimas, além de vitaminas essenciais ao

metabolismo, assim como o nitrogênio são constituintes de proteínas.

O potássio desempenha um importante papel na regulação do potencial osmótico das

células vegetais, ativando muitas enzimas envolvidas na respiração e fotossíntese. O magnésiotem papel específico na ativação de enzimas envolvidas na respiração, fotossíntese e síntese de

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DNA e RNA. Fisiologicamente, o nitrogênio é o elemento mineral que as plantas exigem em

maiores quantidades, servindo como constituinte de muitos componentes da célula vegetal, sua

deficiência rapidamente inibe o crescimento vegetal. (TAIZ e ZEIGER, 2004).

Embora a atmosfera contenha vastas quantidades de nitrogênio (N2), cerca de 78%, a

maioria dos organismos não pode acessar diretamente esse imenso reservatório devido a ligação

covalente estável entre dois átomos de nitrogênio que o torna um gás inerte (EPSTEIN e

BLOOM, 2006) havendo necessidade do N ser aplicado ao solo para as plantas por meio de

fertilizantes minerais, restos orgânicos diversos ou a fixação biológica. Para aumentar a

produção, agricultores de todo o mundo aplicam anualmente mais de 80 milhões de toneladas de

fertilizantes nitrogenados (MALHEIROS, 2008). Segundo Epstein e Bloom (2006) sua

produção e aplicação somam mais da metade da energia consumida na agricultura.

2.3. ADUBAÇÃO NITROGENADA

A nutrição exerce papel fundamental no desenvolvimento das plantas, principalmente a

adubação nitrogenada (SIQUEIRA et al., 2002). Pois, levando-se em conta os processos

fisiológicos das plantas, o nitrogênio comparado aos outros nutrientes, tem maior efeito sobre as

taxas de crescimento e absorção de elementos (HUETT e DETTMANN, 1988). Pois faz partede moléculas de aminoácidos e proteínas, além de ser constituinte de bases nitrogenadas e

ácidos nucléicos. Participa, ainda, de processos como absorção iônica, fotossíntese, respiração,

multiplicação e diferenciação celular (MALAVOLTA et al., 1989).

A quantidade de nitrogênio presente no solo é muito pequena e sua grande maioria esta

pouco disponível a absorção pelas plantas. O processo pelo qual o nitrogênio orgânico é

convertido em nitrogênio mineral ou inorgânico é denominado mineralização; esta se deve à

ação de microrganismos heterotróficos. Na decomposição de compostos orgânicos nitrogenados

ocorre a hidrólise de proteínas com a liberação de aminas e aminoácidos, processo estedenominado aminação. As aminas e os aminoácidos são utilizados por vários microrganismos

heterotróficos, com a conseqüente liberação de amônio (amonificação) (MARCHNER, 1995).

Uma parcela do amônio (NH4+) liberada pelo processo da amonificação é convertida a

nitrogênio nítrico. A oxidação biológica do amônio a nitrato é conhecida por nitrificação. Por

este processo, o NH4+ produzido na amonificação ou adicionado via fertilizante é transformado

em nitrato (NO3-). O processo de nitrificação ocorre mais rápido em solos bem aerados, e por

liberar o íon hidrogênio (H+), produz acidez no solo. É, também, muito afetado pelas condições

ambientais, já que é uma reação que envolve microrganismos (FAQUIN, 1998). A

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desnitrificação é o processo pelo qual o íon NO3- ao ser transformado em gás nitrogênio (N2) é

perdido para a atmosfera.

O teor de água no solo é um fator crítico para o processo, pois este ocorre sob

anaerobiose. Assim, a compactação do solo intensifica a desnitrificação. A volatilização da

amônia é um processo resultante de reações químicas básicas, a partir do amônio produzido na

decomposição da matéria orgânica do solo ou a partir dos fertilizantes amoniacais e amídicos

aplicados. Este mecanismo de perda de N do solo tem sido considerado como um dos principais

responsáveis pela baixa eficiência da fertilização nitrogenada (URQUIAGA et al., 1993).

Segundo Scivittaro et al.  (2004), a uréia destaca-se entre as fontes comerciais de

nitrogênio pela facilidade de acesso no mercado, menor custo por unidade de N, elevada

solubilidade e compatibilidade para uso em mistura com outros fertilizantes. O aproveitamento

do N proveniente da aplicação da uréia, pode ser maximizado se a água for usada em níveis

adequados, o que sugere também que o próprio manejo pode evitar as perdas do fertilizante

(KIEHL, 1996).

Quando a uréia é aplicada ao solo, ocorre a sua hidrólise a carbonato de amônio. Esta

reação é catalisada pela enzima urease. O composto formado na presença de água desdobra-se

em amônia (NH3), gás carbônico (CO2) e água, ocorrendo perdas de N por volatilização da

amônia. A utilização de fertilizantes, como a uréia, pode condicionar maiores perdas de N,

especialmente se aplicado na superfície do solo (DIAS et al., 1996). A incorporação da uréia a

alguns centímetros de profundidade reduz acentuadamente a volatilização (MELLO, 1987).

A incorporação da uréia ao solo, contudo, além de aumentar os custos da aplicação, nem

sempre é possível, como nas aplicações em cobertura, nas pastagens e nos cultivos sob sistema

de plantio direto. Esse sistema de plantio, adotado por um número cada vez maior de

produtores, tem contribuído para aumentar a quantidade de uréia aplicada à superfície. Ainda

ocorre um agravante, a presença de resíduos vegetais não decompostos estimula não só o

processo de volatilização de amônia, face a maior atividade da urease em solos ricos em matéria

orgânica, como a imobilização do N pelos microrganismos que decompõem estes resíduos. A

adição de resíduos orgânicos ao solo, promovendo a atividade microbiológica e a produção deurease, acelera a hidrólise da uréia (BEYROUTY et al., 1988).

Em um ecossistema agrícola, as perdas de nitrato por lixiviação podem ser grandes

(WILD e CAMERON, 1980). Estudos em solos cultivados indicam que a lixiviação do N

aplicado na forma de fertilizantes pode ser rápida na forma de nitrato, especialmente em solos

arenosos sob irrigação intensiva (ENDELMAN et al., 1974).

O íon amônio apresenta menor probabilidade de lixiviação, uma vez que este se liga às

cargas negativas do solo, podendo, também, ser imobilizado por microrganismos e, sob

condições favoráveis, ser rapidamente convertido à forma nítrica. Ao contrário do amônio, há

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pouca possibilidade do nitrato ligar-se aos colóides do solo. Assim, a utilização de N nesta

forma torna-se mais sujeita à lixiviação (HAYNES, 1986).

A forma de nitrogênio absorvido pelas plantas é determinada principalmente pela sua

abundância e acessibilidade, o que faz do nitrato e do amônio as formas de nitrogênio mais

importante para nutrição das plantas sob condições de cultivo (WIRÉN et al., 1997). O N

absorvido pelas raízes é transportado para a parte aérea da planta através dos vasos do xilema

(MARSCHNER, 1998). O nitrogênio na planta é inicialmente reduzido à forma amoniacal e

combinado nas cadeias orgânicas, formando ácido glutâmico, este por sua vez, incluído em mais

de uma centena de diferentes aminoácidos, desses cerca de vinte são usados na formação de

proteínas. Estas participam como enzimas, nos processos metabólicos das plantas, tendo assim

uma função mais funcional do que estrutural; além disso, o nitrogênio participa da composição

da molécula de clorofila (RAIJ, 1991).

A forma pela qual o N é transportado depende da forma como foi absorvido. Quase todo

N-NH4+ absorvido é assimilado (incorporado a compostos orgânicos) nos tecidos das raízes e

transportado como aminoácidos. O N-NO3- pode ser transportado como tal para a parte aérea,

mas isto depende do potencial de redução do nitrato nas raízes. Portanto, N-NO 3- e aminoácidos

são as principais formas de N no xilema de plantas superiores (MARSCHNER, 1998).

O íon NO3-, ao contrário do NH4+, estimula a absorção de cátions e inibe a absorção de

ânions, sendo a inibição desses últimos, possivelmente, devido à competição das hidroxilas

extrusadas pelas plantas durante a absorção do íon nitrato. Assim, a forma de nitrogênio

presente no meio de cultivo exerce um pronunciado efeito sobre o crescimento e a composição

química das plantas (HAYNES, 1986).

O amônio tem um efeito estimulante no crescimento das plantas, porém se todo o N for

fornecido na forma amoniacal pode acarretar danos metabólicos, pois o pH alto do citoplasma

desprotona o NH4+, formando a amônia (NH3), que é tóxica. Para neutralizar o efeito desta

amônia, a planta a utiliza fazendo compostos nitrogenados e começa a faltar carboidratos,

ocorrendo uma desorganização metabólica (MARSCHNER, 1998).

A concentração interna do N solúvel (NO3

-

) em plantas é aumentada em função de umadeficiência de S. A síntese protéica é realizada com base num equilíbrio entre aminoácidos

nitrogenados e sulfurosos. Alterações nesse equilíbrio conduzem à menor síntese protéica e,

conseqüentemente, ao acúmulo das formas solúveis (DIAS et al., 1996).

Plantas supridas, predominantemente, com o íon amônio têm seu crescimento reduzido e

apresentam menores teores de Ca, Mg e K, embora a concentração de fósforo (P) e cloro (Cl)

sejam maiores do que aquelas verificadas nos tecidos de plantas que adquirem o nitrogênio na

forma de nitrato (KIRBY, 1968).

Em condições de deficiência de nitrogênio a planta apresenta lento crescimento, comredução do porte, ramos finos, em menor número e com tendência ao crescimento vertical,

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folhas em menor número, com redução da área foliar, clorose generalizada e queda prematura

das folhas (MARSCHNER, 1998; MALAVOLTA et al., 1989; KLIEMANN et al., 1986).

Segundo Raij (1991) plantas deficientes em nitrogênio apresentam-se amarelas e com

crescimento reduzido, a clorose se desenvolve primeiro nas folhas mais velhas, com as mais

novas permanecendo verdes; em casos de deficiência severas, as folhas adquirem coloração

marrom e morrem.

O fato das folhas mais novas das plantas se conservarem-se verdes, em condições de

deficiência de nitrogênio, é um indicativo de mobilidade do nutriente nas plantas; as proteínas

são translocadas das folhas deficientes e são reutilizados nas folhas mais novas. Um dos fatores

que pode afetar as respostas de plantas à adubação nitrogenada é a acidez, pois em solos ácidos

as raízes se desenvolvem pouco e a absorção de nutrientes fica prejudicada. Portanto a calagem

tem um efeito pronunciado no aproveitamento de nitrogênio (RAIJ, 1991).

O solo funciona como fixador para as raízes e reservatório de nutriente e água para as

plantas. A água retirada no solo é o veículo que conduz o nitrogênio e outros nutrientes para ser

absorvido pelo sistema radicular da planta, que ocorre a maior absorção dos elementos

essenciais para a planta. O sistema radicular do maracujazeiro é superficial e, segundo Urashima

e Cereda (1989), em estudo realizado com maracujá, observou que 73% das raízes finas são

responsáveis pela nutrição da planta e se encontra à profundidade de 20 cm do solo.

Embora o teor de nitrogênio total do solo seja relativamente elevado, somente uma

porção muito reduzida deste total se acha na forma inorgânica e, portanto, disponível para as

plantas (MARSCHNER, 1998; LOPES, 1989). De acordo com Malavolta (1980), a maior parte

do nitrogênio orgânico no solo, aparentemente parece estar ligado à lignina (que é um derivado

de carboidrato) como um complexo ligno-protéico. Este mesmo autor acrescenta que nos solos

brasileiros o nitrogênio, na sua maior parte, encontra-se em forma orgânica e à fração mineral

(nitratos e NH4+) corresponde apenas a uma pequena parte. Raij (1981), afirma que o nitrogênio

inorgânico do solo existente em cada instante, é resultado da decomposição da matéria orgânica.

2.4. ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MARACUJAZEIRO

A cultura do maracujazeiro necessita de uma alta quantidade de nitrogênio na formação

da planta e nos períodos que antecedem a frutificação, faz-se necessário a complementação de

outros nutrientes (SANTOS et al., 2006).

O nitrogênio é o nutriente mais consumido até o período de frutificação do

maracujazeiro, pois o maracujazeiro amarelo possui fluxos alternados de vegetação e deprodução. Esse comportamento requer que o pomar esteja em ótimo estado nutricional em todas

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as fases do processo produtivo, pois desde o início da frutificação há grande demanda por

energia na planta e forte drenagem de nutrientes das folhas para os frutos em desenvolvimento,

reduzindo, assim, o crescimento vegetativo da planta (MENZEL et al., 1993); requerendo um

esquema de adubação que permita a manutenção da cultura em estado nutricional adequado.

Entretanto o nitrogênio pode estimular o crescimento vegetativo e inibir o florescimento

(MENZEL et al., 1991).

As recomendações nutricionais de cultura do maracujazeiro variam de acordo com o

solo da região em que se implantou a cultura e de acordo com a produtividade esperada, os

fertilizantes devem ser aplicados em um circulo de 0,60 m ao redor do tronco da planta. Sobre a

adubação do maracujazeiro existe pouca informação, embora essa prática seja importante para

os pomares de elevada extração e exportação de nutrientes, principalmente os instalados em

solos arenosos e pouco férteis.

De acordo com Baumgartner (1987), Primavesi e Malavolta (1980) os nutrientes mais

exigidos pelo maracujazeiro até os 262 dias após plantio, são nessa ordem:

N>K>Ca>S>Mg>P>B>Mn>Zn>Cu>Mo, sendo que somente as deficiências de N, S, Ca e Cu

mostraram um efeito acentuado no desenvolvimento das plantas do maracujazeiro. Contudo, é

importante salientar que o maior aumento na absorção de N, P e Ca ocorre no período da pré-

frutificação, sendo que o acúmulo de N e de K é mais intenso nos frutos, estabilizando-se no

amadurecimento (KLIEMANN et al., 1986). Menzel et al. (1991) também considera o N como

o mais importante nutriente no crescimento e desenvolvimento do maracujazeiro.

Trabalhando com um híbrido de maracujazeiro amarelo x maracujazeiro roxo em vasos

com areia, Menzel et al. (1991) observaram que o suprimento de N teve significativa influência

sobre o crescimento vegetativo e reprodutivo da cultura e que o melhor crescimento das plantas

foi associado a uma concentração foliar de 45 a 55 g kg -1 de N na matéria seca. Verificaram,

ainda, que os teores foliares de N relacionados com o maior número de flores por ramo eram

mais elevados que aqueles relacionados com o maior número de nós.

Uma redução na concentração de N na solução causou efeitos negativos, em escala

crescente, no peso da matéria seca dos ramos, das raízes, das folhas e dos frutos demaracujazeiro ‘amarelo’ em trabalho realizado por Blondeau e Bertin (1980). Confirmando

estes resultados, Menzel et al. (1991) verificaram que, tanto o crescimento vegetativo como o

reprodutivo, foram drasticamente reduzidos quando do não suprimento ou com suprimentos de

N em pequenas doses. Baumgartner et al.  (1978) obtiveram resposta positiva ao nitrogênio,

fósforo e potássio no primeiro ano de produção; mas no segundo ano de cultivo somente o

nitrogênio e fósforo foi observado resposta.

Enquanto nos trabalhos de Müller et al. (1977), Colauto et al. (1986), Faria et al. (1987)

e Borges et al. (1998), o maracujazeiro não respondeu, em produtividade, à aplicação de NPKno solo. A adubação nitrogenada não influenciou os teores de nitrogênio na folha, diminuiu o de

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boro e reduziu o pH do solo no segundo ano de cultivo, observado por Borges et al. (2002); em

experimento no Município de Cruz das Almas (BA), região do Recôncavo Baiano , cujo clima é

subúmido, com temperatura média anual de 24oC, onde a pluviosidade media anual foi de 1197

mm, o solo de cultivo foi um Latossolo Amarelo, Franco Argilo Arenoso. Estes autores não

observaram significação estatística (Teste F) para as estimativas dos parâmetros das superfícies

de respostas relacionadas às doses crescentes de NPK em maracujazeiro amarelo, verificaram

que os maiores produtividades nos tratamentos com 300 kg de N, 80 kg de P2O5 e 300 kg de

K2O ha- 1 e 200 kg de N, 80 kg de P2O5 e 100 kg de K2O ha-1.

Para Fontes (2005), avaliando a resposta da adubação nitrogenada de forma manual e

por fertirrigação no município de Travessão (Campos dos Goytacazes - RJ), quando foi aplicada

a adubação nitrogenada manualmente a resposta para a produtividade foi linear crescente, tendo

uma produtividade máxima estimada de 15,02 ton ha-1 com a aplicação de 643,9 kg ha-1 de N.

Em experimento conduzido em Campos dos Goytacazes, RJ, num solo do tipo

Podzólico, desenvolvido a partir de sedimentos terciários, com camada superficial arenosa,

horizonte B textural e relevo suave ondulado, que representa bem as condições edafoclimáticas

das áreas onde se cultiva o maracujazeiro-amarelo na região Norte Fluminense; avaliou o efeito

da adubação nitrogenada, sob diferentes lâminas de irrigação, na produtividade e na qualidade

dos frutos do maracujazeiro-amarelo; onde a adubação nitrogenada influencia o número de

frutos ha-1  e não influencia o peso médio e outras características qualitativas dos frutos

(CARVALHO et al. 2000)

Borges et al. (2003) em experimento realizado no município de Jaíba (Região Norte do

Estado de Minas Gerais), com o objetivo de avaliar doses de N e K2O para produção máxima

física e econômica, visando a obter altas produtividades e qualidade superior dos frutos de

maracujá-amarelo, em um Neossolo Quartzarênico, sob irrigação, foi verificado que o

nitrogênio influenciou negativamente no número de frutos para consumo in natura, não

interferindo na qualidade dos frutos; recomenda-se, para as condições do estudo, com base na

produtividade obtida, 100 kg de N e 200 kg de K2O ha-1 ano-1.

A utilização de 78 kg ha

-1

 de nitrogênio na forma de adubação orgânica (5 kg ha

-1

 deesterco bovino planta-1, com 1,25% de N da massa seca) do maracujazeiro-doce (Passiflora

alata Dryand) promoveu um maior número de frutos e maior produtividade, além de os frutos

apresentarem bom rendimento de polpa, baixa acidez e moderados valores de SST no

experimento realizado por Damatto Júnior et al. (2005). Este teve por objetivo avaliar os efeitos

da adubação orgânica no desenvolvimento, na produção e na qualidade de frutos do

maracujazeiro-doce, realizado em Botucatu (SP), em um solo classificado com Nitossolo

Vermelho, adotando-se sistema de condução em latada, com espaçamento de 2m entre linhas e

4m entre plantas (8m2

 planta-1

), proporcionando um estande de 1.250 plantas ha-1

.

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A adubação nitrogenada e as fontes utilizadas (uréia e nitrato de cálcio) não influenciam

nas características do fruto e na qualidade do suco de maracujazeiro ‘amarelo’ no experimento

realizado por Borges et al. (2006), em Latossolo Amarelo de Tabuleiro Costeiro do Estado da

Bahia (Cruz das Almas), em uma população de 2666 plantas ha -1, onde foi testado doses e

fontes de nitrogênio em fertirrigação, na produção e qualidade dos frutos. Estes mesmos autores

concluiram que a produtividade máxima de frutos, 34,3 ton ha-1, foi obtida com aplicação de

457 kg ha-1 de N, na forma de uréia; em trabalho realizado

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido em condições de campo em área experimental da Universidade

Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Cassilândia, entre abril de 2006 a agosto de 2007.

O local possui latitude 19º 05’ S, longitude 51º 56’ W e altitude de 471 m, de acordo com a

classificação climática de Köppen, apresenta Clima Tropical Chuvoso (Aw) com verão chuvoso

e inverno seco (precipitação de inverno menor que 60 mm), temperatura média de 32º C

(SILVA et al., 2008).

O solo da área experimental é um Neossolo Quartzarênico (EMBRAPA, 1999). Os

resultados da análise química de solo (0-20 cm), realizado pelo laboratório do Instituto

Brasileiro de Análises (IBRA AgriSciences) em Campinas (SP), antes da montagem do

experimento mostraram os seguintes valores: pH (em CaCl2) 4,7; 9 mmolc  dm-3  de Ca (em

resina); 3 mmolc  dm-3 de Mg (em resina); 5 mmolc  dm-3  de Al (em KCl); 22 mmolc  dm-3  de

H+Al (em tampão SMP); 0,5 mmolc dm-3 de K (em resina); 5 mg kg-1 de P (em resina); 4 mg

dm-3 de S (em ác. amônio); 12,6 mmolc dm-3 a soma de bases; 34,8 mmolc dm-3 a C.T.C.; 36% a

saturação de bases; 21 mg dm-3 de Fe (em Mehlich); 0,8 mg dm-3 de Zn (em Mehlich); 0,4 mg

dm-3  de Cu (em Mehlich); 46 mg dm-3  de Mn (em Mehlich); 0,19 mg dm-3  de B (em água

quente); 877 g kg-1 de areia, 20 g kg-1 de silte e 103 g kg-1 de argila.

As sementes utilizadas, maracujá amarelo (Lote n° 20196A, da empresa Agristar do

Brasil Ltda.), foram adquiridas de uma casa de venda de produtos agropecuários da localidade;

as mudas foram produzidas em sacos de polietileno de 0,7 litros de substrato (75% terra de

barranco e 25% de esterco bovino curtido), sendo a semeadura realizada em 15 de abril de 2006,

foi utilizada duas sementes por recipiente, a profundidade de 1 cm; após a germinação, foi

realizado o debaste, deixando a planta mais vigorosa por recipiente, nesta ocasião as plantas

estavam com a primeira folha verdadeira totalmente expandida.

O transplantio para as covas foi realizado em 24 de junho de 2006, ocasião em que as

plantas estavam emitindo as primeiras gavinhas. Antes do preparo das covas foi feita a calagem

a lanço, com a finalidade de elevar a saturação por bases a 80%, e incorporado com grade dearrasto 5 meses antes do transplantio. Nesta ocasião foi feito o preparo das covas (0,3 x 0,3 x

0,3 m) com a aplicação de 12 litros de esterco bovino curtido, 380 g cova -1  de superfosfato

simples, 50 g cova-1 de cloreto de potássio e 60g cova-1 de calcário (dolomítico).

Duas semanas antes do transplantio foi instalado o sistema de irrigação, do tipo

localizado por gotejamento, cujas mangueiras gotejadoras possuíam espessura de 200µ  e

espaçamento de 30 cm entre emissores, foi instalada uma mangueira gotejadora por linha da

cultura, aplicando a água de forma suplementar nos períodos de estiagem, mantendo um lâmina

semanal de 20 mm.

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O transplantio foi feito no espaçamento de 4 m entre plantas e 3 m entre linhas (833

plantas ha-1), sendo conduzidas no sistema de espaldeira vertical com um fio de arame esticado

horizontalmente, a 1,8 m de altura em relação ao nível do solo. A planta foi conduzida em haste

única (ramo primário) e barbante de algodão como guia, até atingir aproximadamente 2m,

recebendo poda na altura do arame (1,8 m). Das últimas brotações da haste foram selecionadas

duas e conduzidas horizontalmente formando os ramos secundários. Desde surgiram os ramos

terciários que cresceram no sentido pendente (vertical) em direção ao solo, formando a

conhecida ‘cortina’ de ramos produtivos (Figuras 1 e 2), foram podados com 1,6 de

comprimento (0,2 m do solo). Esta formação só foi possível com o direcionamento de forma

manual e com uma freqüência semanal dos ramos terciários.

Foram realizados os tratos culturais sempre antes das adubações, tais como controle de

plantas daninhas químico nas entrelinhas (10 ml de glifosate por litro de água), capina manual

na linha de plantio e catação manual de lagartas das folhas (esta foi necessária ser realizada só

uma única vez em todo o ciclo, no meio da fase vegetativa, mas com uma pequena incidência da

praga). Foi realizadas adubações de formação da copa, aos 30 dias após o transplantio foi

aplicado 10g planta-1 de N; aos 60 dias após o transplantio foi aplicado 140g planta -1 P2O5, 15g

planta-1 de N e 55g planta-1 de Fritted Trace Elements BR-12 (FTE BR-12), este sendo a fonte

de micronutrientes; aos 90 dias foi aplicado 50g planta-1  de N e de K2O. As adubações de

produção foram aplicadas a lanço sem incorporação no solo, numa área de 2m de comprimento

por 1 metro de largura, nos dois lados da planta, 0,2m a partir do tronco, ficando este no centro

do retângulo da adubação.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados completos, com

quatro repetições, sendo testadas cinco doses de nitrogênio na produção (0, 80, 160, 240 e 320

kg ha-1), tendo como fonte nitrogenada a uréia (45% de N). Cada unidade experimental foi

constituída por seis plantas (24 m lineares) seqüenciais numa linha; tendo como área útil as

quatro plantas centrais (16m lineares).

A adubação de produção foi iniciada em 22 de novembro de 2006 e a última realizada

em 20 de abril de 2007; para o potássio e os tratamentos com nitrogênio foi parcelada em seisvezes; foi aplicado 480 kg ha-1 de K2O (sendo da fonte cloreto de potássio). Em dezembro de

2006 foi aplicado 2,4g planta-1 de boro, tendo como fonte o FTE BR-12. A adubação fosfatada

total foi de 140 Kg ha-1  de P2O5  (superfosfato simples como fonte de P), dividida em duas

aplicações (dezembro de 2006 e fevereiro de 2007).

A colheita foi realiza de 29 de dezembro de 2006 a 17 de agosto de 2007, com intervalo

de 3 a 4 dias, sendo coletados os frutos caídos no solo, procedendo se a contagem e pesagem

dos mesmos. Foram avaliadas as seguintes variáveis: total de fruto comercial, total de frutos

coletados, produção comercial, produção total, produtividade total, produtividade comercial,peso médio de fruto comercial, peso médio de frutos, espessura da casca, rendimento de polpa,

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número de sementes, peso corrigido de 50 sementes, potencial hidrogeniônico (pH) da polpa,

sólidos solúveis totais (SST) e pH do solo.

O total de frutos comerciáveis foi feito mediante a contagem de todos os frutos passiveis

de comercialização; o total de frutos coletados foi feito mediante a somatória de frutos passiveis

e não passiveis de comercialização. A produção comercial foi considerada como peso de todos

os frutos comerciáveis planta-1. A soma deste com o peso dos frutos não passíveis de

comercialização foram considerados como a produção total. As estimativas de produtividade

foram obtidas pela multiplicação da produção por planta pelo número de plantas por hectare

(833).

A medição do diâmetro longitudinal e transversal dos frutos, bem como a espessura da

casca, foram feitas com paquímetro de precisão 1/50. Em seguida foi quantificada a massa total

dos frutos e das polpas (suco + semente) em balança digital; o rendimento de polpa (%) foi

obtido pela relação entre a massa da polpa e a massa total do fruto. O pH da polpa, espessura da

casca, rendimento de polpa e número de sementes foram obtidos com leituras do suco retirado

de cinco frutos aleatórios de cada unidade experimental. O pH foi determinado pela leitura

direta de amostra do suco em pH-metro digital. As análises e medições descritas anteriormente

foram realizadas em todas as colheitas.

A leitura de SST foi realizada com o uso de um refratômetro de campo, sendo a primeira

leitura realizada as análises após 45 dias da primeira coleta e as conseqüentes com intervalo de

45 dias, o suco foi retirado de 5 frutos aleatórios de cada unidade experimental. O peso das

sementes foi realizado com a retirada de uma amostra de sementes de todas as coletas realizadas

por unidade experimental, sendo retirada 50 sementes e colocadas para secagem em estufa a

104°C por 24 horas, posteriormente o peso foi corrigido a 13% de umidade, de acordo com a

fórmula:

PC = Pu*(100 - U1)/(100 - U2)

Onde: PC = Peso corrigido; Pu = Peso úmido; U1 = Umidade obtida (%); e U2 = Umidade

desejada (%)

No inicio de fevereiro de 2007 foi verificado a morte de algumas plantas em reboleira,que progrediu para toda a área experimental (Figuras 3 e 4). Inicialmente as plantas murchavam

de forma repentina, posteriormente as plantas morreram, sendo que as folhas e frutos ficam

retidos; estes sintomas são relatados por São José et al.  (1997) e são característicos da morte

prematura. No Laboratório de Fitossanidade da UEMS foi identificado como o agente causal o

fungo Fusarium sp. Após serem verificadas os primeiros sintomas, as tesouras de poda

utilizadas foram desinfetadas com álcool 70, antes de iniciar as podas na unidade experimental

subseqüente. E importante ressaltar que algumas plantas (cerca de 3%), no final do primeiro ano

de produção, apresentavam sintomas visuais de plantas sadias, conforme pode ser observado nafigura 4. Foram retiradas amostras de solo (0 – 0,2 m) no final da produção.

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Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo aplicada a análise de regressão

(GOMES, 2000). As análises foram realizadas pelo programa computacional Sistema para

Análise de Variância – SISVAR (FERREIRA, 2000); a dose que proporcionou maior eficiência

agronômica, para cada variável analisada, foi calculada com base na derivada da equação de

regressão da própria Figura.

Figura 1: Início da formação da cortinas. Figura 2:  Plantas com cortinas formadas einiciando a produção.

Figura 3: Inicio do ataque na área experimental com Fusarium sp. 

Figura 4: Plantas mortas (final do experimento).

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  36

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A adubação nitrogenada aplicada em cobertura promoveu efeito significativo (p<0,05)

para a produção comercial, produtividade comercial, peso médio de frutos comerciáveis e pH do

solo; enquanto para o total de frutos comerciáveis, peso médio de frutos, diâmetro equatorial do

fruto, comprimento do fruto, número de sementes fruto-1 e pH da polpa não foi verificado efeito

da adubação nitrogenada, tendo seus valores médios de 106,79 frutos planta -1, 195,15g fruto-1,

8,09cm, 8,81cm, 375,94 sementes fruto-1  e 2,98, respectivamente; para as demais variáveis

analisadas foi verificado um efeito altamente significativo (p<0,01), de acordo as tabelas 1 e 2.

Tabela 1  - Resumo da análise de variância das variáveis do maracujazeiro ‘amarelo’ em funçãode diferentes doses de nitrogênio. Cassilândia (MS), 2008

Quadrado médioFV GL

TFC ¹ TF PC PT PdeT PdeC PMFC PMFTratamento 4 148,18ns  897,60** 20,23* 43,99** 30,54** 14,05* 1853,18* 698,38ns 

Resíduo 12 228,85 216,65 4,66 6,53 4,53 3,24 395,37 291,57CV(%) - 14,17 9,50 9,44 8,47 8,47 9,45 9,21 8,75

¹ TFC - total de frutos comerciáveis; TF - total de frutos; PC - produção comercial; PT - produção total; PdeT - produtividade total;PdeCprodutividade comercial; PMFC - peso médio de frutos comerciáveis; PMF - peso médio de frutos.

** - Efeito altamente significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; * - efeito significativo pelo teste F ao nível de 5%de probabilidade; ns - Efeito não significativo pelo teste F.

Tabela 2  - Resumo da análise de variância das variáveis do maracujazeiro ‘amarelo’ em funçãode diferentes doses de nitrogênio. Cassilândia (MS) 2008.

Quadrado médioFV GL

DEF ¹ CF EC RP NS PCSpH

polpaSST

Tratamento 4 0,017ns  0,093ns  0,02** 12,77** 431,12ns  0,016** 0,004ns  19,14**

Resíduo 12 0,075 0,089 0,002 2,19 808,26 0,003 0,004 0,224

CV(%) - 3,38 3,38 6,92 3,32 7,56 3,59 2,17 3,67

¹ DEF - diâmetro equatorial do fruto; CF - comprimento do fruto; EC - espessura da casca; RP - rendimento de polpa; NS - númerode sementes; PCS - peso de sementes corrigido; pH polpa – potencial hidrogeniônico da polpa; SST – sólidos solúveis totais.

** - Efeito altamente significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; * - Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5%de probabilidade; ns - Efeito não significativo pelo teste F.

 

Carvalho et al. (2000) também não verificaram um efeito da adubação nitrogenada para

o diâmetro equatorial e comprimento do fruto, em seu trabalho estudando o efeito do N e

lâminas em irrigação na produção de maracujá ‘amarelo’, tendo como valores médios 6,95 e

7,37 cm, respectivamente. Também observaram um pH de polpa (2,6) inferior ao presente

trabalho. Borges et al. (2006) também observaram menores valores para o diâmetro e

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comprimento do fruto, 6,98 cm e 7,85 cm, respectivamente. Outros autores encontraram um

diâmetro médio do fruto menor que o encontrado no presente trabalho, tais como Borges et al. 

(2003), estes observaram um valor médio de 5,87 cm, não tendo dado uma diferença estatística

entre os tratamentos.

Embora no presente trabalho não se tenha verificado efeito dos tratamentos para o

número de frutos, Borges et al.  (2003) verificou que o número de frutos comerciáveis foi

influenciado negativamente pelo nitrogênio, ou seja, com o aumento da dose de N aplicada no

solo, houve uma diminuição do número de frutos; mesmo o solo apresentando baixo teor de

matéria orgânica, fonte de N no solo, e o maracujazeiro absorvendo grande quantidade desse

nutriente, não houve resposta ao nitrogênio.

O pH observado da polpa (2,98) foi inferior ao encontrado por Damatto Júnior et al. 

(2005) em maracujazeiro doce e ao observado por Borges et al.  (2006), de 3,08, em

maracujazeiro ‘amarelo’ em função da adubação nitrogenada; mas, semelhante ao encontrado

por Oliveira et al. (1982), que determinaram pH de 3,0 para frutos maduros de maracujá-doce.

A resposta do total de frutos com o aumento das doses de N de cobertura foi polinomial

quadrática, com ponto máximo estimado de 168,75 frutos planta-1, com a dose máxima estimada

163,54 kg ha-1 de N (Figura 5). Média superior ao encontrado por Damatto Júnior et al. (2005)

em experimento, com maracujá doce, avaliando os efeitos da adubação orgânica, onde a dose de

100 kg ha-1  de N promoveu 74,17 frutos planta-1, afirmando que o excesso de nitrogênio

estimulou a planta a vegetar do que a produzir, podendo assim ser explicado o comportamento

encontrado no presente trabalho. E inferior ao encontrado por Borges et al.  (2006), em

maracujazeiro ‘amarelo’ sob doses e fontes de nitrogênio em Tabuleiro Costeiro.

De acordo com a Figura 6 é verificada uma resposta polinomial quadrática na produção

comercial, onde seu máximo valor estimado foi de 24,84 kg planta -1  com a adubação

nitrogenada de produção estimada de 125,98 kg ha-1 de N. Este comportamento da curva com o

aumento da adubação nitrogenada encontrado pode ser explicado por Gilmore (1983) e Sale

(1988), citados por Menzel et al. (1991), onde o excesso de N pode estimular o crescimento

vegetativo e inibir o florescimento, assim pode ser explicada a resposta para o total de frutoscolhidos por planta; mas, isto não foi demonstrado em nenhum destes autores, possivelmente

em virtude das estreitas faixas de suprimento de N.

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  38

134

139

144

149

154

159

164

169

174

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   T   F   (  u  n   i   d

  a   d  e  p   l  a  n   t  a  -   1   )

Y=141,191643**+0,337471**x-0,001033**x² r²=0,68* 19

20

21

22

23

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25

26

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha -1)

   P

   C   (   k  g  p   l  a  n   t  a  -   1   )

Y=22,793071**+0,032504x-0,000129*x² r²=0,78*

Figura 5 – Efeito da adubação nitrogenadasob o total de frutos (TF) em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008.

Figura 6 – Efeito da adubação nitrogenada soba produção comercial (PC) em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008. 

Carvalho et al. 2000, em experimento realizado em solo do tipo Podzólico, também

observaram uma resposta semelhante ao presente trabalho, polinomial quadrática, para número

de frutos, tendo o máximo valor estimado foi de 163,7 frutos planta-1 com a aplicação de 408,33

kg ha-1 de N, com uma lâmina de irrigação anual de 1293 mm. No entanto, para Fontes (2005) o

aumento da adubação nitrogenada em maracujazeiro ‘amarelo’ promoveu uma resposta linear

crescente no número de frutos quando irrigado manualmente e negativa decrescente quando

utilizada a fertirrigação, onde promoveu 68 e 72 frutos planta-1  ano-1, respectivamente.

Enquanto, Borges et al. (2003) encontraram influência negativa para o aumento das dosagens de

nitrogênio no número de frutos para consumo “in natura”.

O aumento da adubação nitrogenada promoveu uma resposta polinomial quadrática com

o aumento das dosagens de N para a produção total das plantas, tendo o máximo valor estimado

de 32,88 kg planta-1 com a dose 116,19 kg ha-1 de N (Figura 7). Produção muito superior ao

encontrado por Damatto Júnior et al. (2005) em maracujazeiro-doce, onde a dose de 100 kg ha-1 

de N promoveu 16 kg planta-1. Conforme a Figura 8, o aumento da adubação nitrogenada

promoveu uma resposta de uma curva polinomial quadrática para a produtividade total, com um

máximo valor estimado de 27,40 ton ha-1,  na dose máxima estimada de 116,13 kg ha-1 de N.

Produção superior foi observada por Borges et al. (2003), recomendando-se, para as condições

de seu estudo e com base na produtividade obtida, 100 kg ha-1 de N.

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24

26

28

30

32

34

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   P

   T   (   k  g  p   l  a  n   t  a  -   1   )

Y=30,366**+0,043222*x-0,000186**x² r²=0,83**

20

22

24

26

28

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   P   d  e   T

   (   t  o  n   h  a  -   1   )

Y=25,305643**+0,036**x-0,000155**x² r²=0,83*

Figura 7  – Efeito da adubação nitrogenadasob a produção total (PT) em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008.

Figura 9 – Efeito da adubação nitrogenada soba produtividade total (PdeT) em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008. 

O aumento da adubação nitrogenada promoveu uma resposta polinomial quadrática para

a produtividade comercial (Figura 10), tendo seu máximo valor estimado de 20,59 ton ha -1 com

a dose máxima de 121,62 kg ha-1 de N. Valor inferior ao encontrada por Borges et al. (2006),

onde a aplicação de 457 kg ha-1  foi observado uma produtividade máxima de 34,3 ton ha-1,

possivelmente atribuído à utilização de um número maior de plantas ha-1, além de ser a soma da

produtividadede dois ciclos de produção consecutivos, o que não ocorreu no presente trabalho.

O aumento da população de maracujazeiro ‘amarelo’ aumenta a sua produção, entre uma

população de 830 e outra de 1340 plantas ha-1, com maior população (até 3330) ocorre um

ligeiro decréscimo de sua produção (ANDRADE JÚNIOR et al., 2003). Borges et al.  (2002)

encontrou uma produção superior ao presente trabalho, de 22,1 ton ha-1 com 244 kg de N, 72 kg

de P2O5 e 285 kg ha-1 de K2O, mas a produtividade deste é a soma de dois ciclos consecutivos.

Haag et al. (1973) utilizaram 113 g planta-1 ano-1 de N e obtiveram uma produtividade, muito

inferior ao presente trabalho, aproximada de 10 ton ha-1.

Em relação ao peso médio de frutos comerciáveis houve uma resposta linear

decrescente, onde a ausência da adubação nitrogenada promoveu um valor máximo estimado de

239,48 g fruto-1 (Figura 11). Peso médio esperado, conforme o trabalho realizado por Damatto

Júnior et al. (2005), verificando o peso de frutos de maracujá-doce 205,67 ± 48,51g; e superior

ao encontrado por Borges et al. (2003), no qual os frutos tiveram peso médio de 90,8g. Nestes,

o aumento de N na proporcionou nenhuma resposta no peso médio dos frutos. A mesma

resposta foi observada por Carvalho et al.  (2000), não verificando nenhuma resposta com a

adubação nitrogenada para o peso de frutos, observou um menor peso médio de fruto (161 g

fruto-1) inferior; Borges et al. (2006), também não verificou um efeito para o aumento um efeito

do aumento da adubação nitrogenada no peso dos frutos, observando um valor médio de 138,7 g

fruto-1, possivelmente devido ao fato deste ter utilizado uma população 3,2 vezes maior, em

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relação ao presente trabalho. Mas, os resultados observados corroboram com Ogliari (2003),

cujo peso médio do fruto variou de 139,3 a 182,8.

16

17

18

19

20

21

22

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   P   d  e   C   (   t  o  n   h  a  -   1   )

Y=18,992071**+0,026279**x-0,000108**x² r²=0,79*

188

198

208

218

228

238

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   P   M   F   C   (  g   f  r  u   t  o  -   1   )

Y=239,4885**-0,147113**x r²=0,75*

Figura 10  – Efeito da adubação nitrogenadasob a produtividade comercial (PdeC) emmaracujazeiro ‘amarelo’. Cassilândia (MS),2008

Figura 11  – Efeito da adubação nitrogenadasob o peso médio de frutos comerciáveis(PMFC) em maracujazeiro ‘amarelo’.Cassilândia (MS), 2008. 

De acordo com a Figura 12 é verificado que o aumento da adubação nitrogenada

promoveu uma resposta polinomial para a espessura da casca dos frutos, onde o máximo valor

estimado foi de 0,75 cm, com a dose máxima estimada de 200,37 kg ha-1

 de N. Valor esperadopara Lucas (2002) e Melleti et al.  (2003), estes últimos encontraram espessura de casca de

frutos do maracujazeiro doce que variaram de 7,1 a 11,3 mm. Borges et al. (2003) encontraram

valores para espessura da casca semelhante ao presente trabalho; mas, não houve incremente em

espessura com o aumento da adubação nitrogenada no maracujazeiro amarelo nas condições de

Jaíba (MG). Carvalho et al. (2000) também não verificou resposta para a espessura da casca nas

condições de Campos dos Goytacazes (RJ), tendo como valor médio da casca de 6,4 mm. Os

valores encontrados, no presente trabalho, se asemelham ao encontrado por Fontes (2005),

estudando diferentes doses de N em maracujazeiro.Segundo Oliveira et al. (1988), quanto mais espessa for a casca menor o rendimento em

suco; em decorrência deste comportamento tanto a indústria como o mercado de frutas

considera a espessura da casca um fator determinante para a classificação do fruto. Como o

aumento da adubação nitrogenada promoveu um aumento da espessura da casca o rendimento

de polpa decresceu, tendo seu máximo valor estimado de 46,48 % sem a utilização de N (Figura

13).

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0,6

0,65

0,7

0,75

0,8

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha -1)

   E   C   (  c  m   )

Y=0,64374795+0,0074331567x-0,00028138429x^1,5-0,041292328x^0,5 r²=0,53**42

43

44

45

46

47

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1

)

   R   P   (   %   )

Y=46,4755**-0,012166**x r²=0,74**

Figura 12 - Efeito da adubação nitrogenada deprodução em maracujazeiro ‘amarelo’ naespessura da casca em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008.

Figura 13  – Efeito da adubação nitrogenadasob o rendimento da polpa em maracujazeiro‘amarelo’. Cassilândia (MS), 2008. 

No entanto, Carvalho et al. (2000) não encontraram influência da adubação nitrogenada

no rendimento da polpa, verificou-se uma concentração média de 35,6% de suco, 58,9% de

casca. Enquanto para Fontes (2005) a porcentagem de suco não foi influenciada pelo sistema de

aplicação e pelas doses de nitrogênio. Neste contexto, uma alternativa para aumentar a

concentração de suco é a polinização; segundo Carvalho (1998), frutos obtidos de flores

polinizadas manualmente contêm um número significativamente maior de sementes,

conseqüentemente uma maior quantidade de polpa.Apesar do mercado consumidor de frutos “in natura” dar preferência à aquisição de

frutos maiores, é importante salientar a importância da conscientização destes consumidores

para as vantagens da aquisição de frutos que apresentem uma melhor relação suco/casca, ou

seja, maior teor de suco e menor de casca (FONTES, 2005). Segundo Carvalho et al. (2000),

deve-se ressaltar, ainda, que as indústrias classificam os frutos de acordo com suas

características físicas, como o peso e o tamanho, deveriam ainda tomar o rendimento em suco

como parâmetro para a aquisição destes.

O aumento da adubação nitrogenada promoveu um incremento de comportamentopolinomial, onde o peso corrigido das sementes aumentou até a dose máxima estimada de

222,40 kg ha-1, tendo o máximo valor máximo estimado foi de 1,36 g, em 50 sementes com

peso corrigido a 13% de umidade (Figura 14). Biscaro et al.  (2008) observou uma reposta

semelhante na produção de girassol irrigado sob doses de nitrogênio em cobertura nas condições

de Cassilândia (MS), onde o peso das sementes de girassol aumentaram até certa dose de

nitrogênio, após esta ocorreu um decréscimo do peso das sementes. O peso das sementes é o

resultado da capacidade da planta de suprir nutrientes até o limite potencial estabelecido para

cultura. Geralmente sementes maiores são mais vigorosas, resultando produzem mudas mais

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vigorosas, conseqüentemente, terão plantas com maior vigor.

De acordo com a Figura 15, o aumento da adubação nitrogenada promoveu uma

resposta polinomial quadrática, onde a dose máxima estimada de 172,97 kg ha -1 de N promoveu

o SST máximo estimado de 15,08% (°Brix); valor semelhante ao encontrado por Sjostrom e

Rosa (1978), no Nordeste do Estado da Bahia, estudando variações sazonais na composição

química e física do fruto maduro. O SST máximo estimado também se assemelha ao encontrado

por Borges et al.  (2003), no entanto, para estes autores, não foi verificada uma significância

pelo teste F (p<0,10), tendo resposta indiferente para doses de nitrogênio utilizadas. Carvalho et

al.  (2000) e Borges et al.  (2006) também não verificou variação do SST do maracujazeiro

‘amarelo’ com o aumento da adubação nitrogenada, observaram valor médio inferior ao

encontrado no presente trabalho, de 13,1% e 14,2%, respectivamente.

Contrariando o presente trabalho Haag (1992) alerta que a elevação dos teores foliares

de N, com o incremento da adubação nitrogenada, tem pouca influência sobre o ºBrix em frutos

de citros. Outros autores também encontraram valores menores para o SST para o maracujá,

Ogliari (2003) encontrou em média 13,4%; enquanto Carvalho et al.  (1999) obteve o SST

variando de 13,3 a 14,4, em trabalho com diferentes doses de potássio e lâminas de irrigação; já

Fontes (2005), verificou uma redução nos teores de sólidos solúveis totais à medida que ocorreu

incremento na dose de N, tendo sido encontrado o maior valor de SST (13,63) na dose de 50 g

planta-1 ano-1 de N.

1,2

1,25

1,3

1,35

1,4

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha -1)

   P   C   S   (  g   5   0      -            1

   s  e  m  e  n   t  e  s      -            1

   )

Y=1,2334293**+0,000005*x^2-0,0000000000505*x^4 r²=0,92**

 9

10

11

12

13

14

15

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1)

   º   B   R   I   X   (   %   )

Y=10,055214**+0,058117**x-0,000168**x² r²=0,91**

 

Figura 14 – Efeito da adubação nitrogenadasob o peso corrigido de sementes emmaracujazeiro ‘amarelo’. Cassilândia (MS),2008.

Figura 15 – Efeito da adubação nitrogenada sob o°BRIX em maracujazeiro ‘amarelo’. Cassilândia(MS), 2008. 

O valor do SST encontrado neste experimento foi inferior ao encontrado por Damatto

Júnior et al.  (2005), onde a aplicação de 200 kg ha-1 de N promoveu um 24,8% de ºBrix, no

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entanto este autor trabalhou com maracujá doce, tendo esta espécie uma característica de ter

maior quantidade de sólidos solúveis totais.

Neste trabalho doses maiores que o máximo na produtividade promoveu algumas

melhorias na qualidade dos frutos, tais como SST e espessura da casca, comportamento não

esperado para Malavolta et al.  (1989), enquanto ao tamanho do fruto teve o comportamento

esperado por este autor.

Com o aumento da adubação nitrogenada de produção do maracujazeiro amarelo

ocorreu variações químicas no solo. O pH do solo foi decrescendo com o aumento do nitrogênio

tendo seu menor valor com a dose máxima utilizada no presente trabalho (Figura 16).

Corroborando com Carvalho (1998), este afirma que o excesso de nitrogênio pode provocar

variações em características químicas da rizosfera tais como o pH, a condutividade elétrica, a

disponibilidade de Al; alterando o metabolismo da planta, reduziu a produção de frutos. Os

efeitos depressivos observados quando foram utilizadas doses elevadas de N, podem ter

ocorrido em função de algum desequilíbrio nutricional causado pelo excesso do N nas plantas;

ou conforme relatam Decarlos Neto et al. (2002), a diminuição do pH do solo pode ter causado

este efeito depressivo, através da liberação de H+ produzidos durante o processo de nitrificação

da uréia aplicada no solo em cobertura.

Figura 16 – Efeito da adubação nitrogenada de produção em maracujazeiro ‘amarelo’ no pH do solo.Cassilândia (MS), 2008

Marchal e Bourdeaut (1972) e Partridge (1972), citados por Menzel et al.  (1993),

também encontraram respostas positivas a fertilização com N, conforme o encontrado no

presente trabalho. Baumgartner et al. (1978) também comprovaram uma resposta positiva ao N

no primeiro ano de produção e no segundo ano de produção. Por outro lado, trabalhos

realizados por Faria et al.  (1991) e Müller (1977) não observaram respostas do maracujá àfertilização com nitrogênio em cobertura.

4,7

4,9

5,1

5,3

5,5

0 80 160 240 320

Doses de nitrogênio (kg ha-1

)

  p   H   d  o  s  o   l  o

Y2=28,923369**-0,25963332*x0,5  r²=0,46*

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Ocorreu redução da quantidade de cálcio, magnésio, zinco e manganês, disponível a

absorção do sistema radicular das plantas de maracujazeiro, com o aumento da adubação

nitrogenada; no entanto quando foi aplicado 160 kg ha-1  de nitrogênio ocorreu uma maior

disponibilidade de ferro (Fe) e cobre (Cu), potássio (K) e fósforo (P). A disponibilidade de Fe e

Cu aumentou com aplicação da adubação nitrogenada, até a dose de 160 Kg ha-1, posteriormente

ocorreu um decréscimo de suas disponibilidades no solo. O aumento da disponibilidade de Fe e

Cu é devido a diminuição do pH do solo (INSTITUTO DA POTASSA e FOSFATO, 1998), em

virtude do aumento das dosagens aplicadas de nitrogênio. Deficiência de Fe e Cu podem limitar

a produção e qualidade de frutos; pois, estes micronutrientes têm papel importante como

componente de enzimas envolvidas na transferência de elétrons (TAIZ e ZEIGER, 2004),

conforme esboço na tabela 3.

A quantidade de K no solo tornou-se maior com o aumento das doses de nitrogênio

aplicada até a dose de 160 Kg ha-1  de N, doses maiores promoveram um decréscimo de sua

disponibilidade (Tabela 3). A redução da quantidade de potássio no solo pode limitar a

produção e qualidade de frutos, pois é o segundo maior macronutriente extraído em quantidade

(QUAGGIO e PIZA JÚNIOR, 1998) e esta envolvido diretamente com a fotossíntese (TAIZ e

ZEIGER, 2004).

O aumento da adubação nitrogenada promoveu uma maior disponibilidade de alumínio

(Al3+) no solo, conforme a tabela 3; segundo Malavolta et al.  (1989), com o aumento da

quantidade de Al3+ pode ocorrer a formação de complexo com fósforo, adsorvendo o fósforo da

solução do solo e tornado-o indisponível a absorção de fósforo pela planta. No entanto, nas

condições de solo em que foi desenvolvido o experimento, quando foi observada a maior

quantidade de Al3+ a disponibilidade de fósforo (P) no solo também foi maior, tendo o mesmo

comportamento do K para o aumento das dosagens de N.

TABELA 3 – Resultado da análise química do solo (camada 0 – 0,20 m) no final do experimento.Cassilândia (MS), 2008*.

Ca Mg Al H+Al K P Na Fe Zn Cu MnKg ha-1 de N--------------------- mmolc kg -1 --------------------- ----------------------------- mg kg -1  -----------------------------

0 9,00 2,99 3,90 33,80 3,20 68 4,00 22,53 3,37 0,53 60,20

160 7,70 2,20 5,90 33,80 3,49 77 6,00 26,78 2,82 0,62 56,65

320 8,70 2,20 4,40 32,20 3,44 70 6,00 21,98 1,83 0,50 51,97

*Análise realizada pelo Laboratório de análise de solo, água e planta da EMPARN (Natal - RN)

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Assim é observado que a adubação nitrogenada influenciou na quantidade de P

disponível a absorção pelas plantas; pois, o NH4+ tem efeitos significativos na disponibilidade e

absorção de P; devido à característica de o NH4+ ajudar a manter a condição ácida da solução do

solo e diminuir o processo de fixação do P pelo Al 3+  e o Fe (INSTITUTO DA POTASSA e

FOSFATO, 1998). O aumento da quantidade de P absorvido pela planta ocorre um aumento da

atividade metabólica, favorecendo uma maior produção e qualidade de frutos de maracujazeiro

‘amarelo’ (MALAVOLTA et al., 1974).

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5. CONCLUSÃO

A adubação nitrogenada influenciou na produção e na qualidade de frutos domaracujazeiro ‘amarelo’.

Pode ser aplicado doses entre 116 a 173 kg ha-1 de N em cobertura, para a melhoria da

produção e qualidade dos frutos de maracujazeiro ‘amarelo’, produzidos no município de

Cassilândia - MS.

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