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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira. Plantas de cobertura, utilizando Urochloa ruziziensis solteira e em consórcio com leguminosas e seus efeitos sobre a produtividade de sementes do feijoeiro João Víctor Trombeta Bettiol -Executor- Prof. Dr. Marco Eustáquio de Sá -Orientador- Relatório Final da Bolsa de Iniciação Cientifica da Fundação Agrisus referente ao período de 01/04/2014 a 31/01/ 2015. Processo 1306/14 Ilha Solteira 2015

Plantas de cobertura, utilizando Urochloa ruziziensis ... · ao período de 01/04/2014 a 31/01/ 2015. Processo 1306 ... do solo, a manutenção da superfície com ... comportamento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira.

Plantas de cobertura, utilizando Urochloa ruziziensis

solteira e em consórcio com leguminosas e seus efeitos sobre a

produtividade de sementes do feijoeiro

João Víctor Trombeta Bettiol

-Executor-

Prof. Dr. Marco Eustáquio de Sá

-Orientador-

Relatório Final da Bolsa de Iniciação

Cientifica da Fundação Agrisus referente

ao período de 01/04/2014 a 31/01/ 2015.

Processo 1306/14

Ilha Solteira

2015

SUMÁRIO

1. RESUMO DO PLANO APROVADO ...................................................................... 3

1.1. DESCRIÇÃO DA ETAPA CUMPRIDA DO PLANO APROVADO .............. 4

2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5

3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 8

4. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 14

4.1. AVALIAÇÕES REALIZADAS ...................................................................... 17

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 22

6. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 46

7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 47

8. APÊNDICE ............................................................................................................. 59

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1. RESUMO DO PLANO APROVADO

A utilização de novas tecnologias na agricultura brasileira é uma realidade que já se

faz presente na vida dos agricultores. A cultura do feijoeiro tem ao longo dos anos

apresentado um grande avanço em termos de utilização de novas tecnologias, com o uso

de irrigação, semeadura direta e aplicação de produtos via foliar, além da produção de

cultivares melhorados geneticamente com as mais diferentes tipos de aptidões. Com a

utilização dessas técnicas nas propriedades, os produtores vêm a cada dia obtendo

ganhos nos índices de produtividade e produção. Dentre as técnicas utilizadas o uso de

plantas de cobertura para obtenção de palhada para a implantação da cultura do feijoeiro

em sistema de plantio direto apresenta uma significante importância. Os efeitos

proporcionados por estas nos atributos químicos e físicos do solo são bastantes

variáveis, tendo como principais fatores de variação a espécie utilizada, condições dos

locais de cultivo, período de permanência dos resíduos no solo e interação entre esses

fatores. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de se verificar

o efeito de doses de N sobre a produção das sementes obtidas em feijoeiro cv. IAC

Formoso, em sistema de plantio direto sobre palhada de Urochloa ruziziensis, em

cultivo isolado e em consorcio com Crotalaria juncea, feijão de porco, guandu e

mucuna cinza. Em todos os casos foram testadas doses de adubo nitrogenado em

cobertura, utilizando-se como fonte a ureia (0, 50,100 e 150 kg N ha-1

). O experimento

foi instalado na área experimental da Faculdade de Engenharia, UNESP – Campus de

Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria (MS), no período de verão e de

outono-inverno respectivamente, com a utilização de irrigação para a cultura do

feijoeiro. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 20

tratamentos e 4 repetições, sendo os tratamentos obtidos do fatorial plantas de cobertura

(5) x doses de N (4). Posteriormente ao manejo das plantas de cobertura instalou-se a

cultura do feijoeiro cv. IAC Formoso em sistema de plantio direto.

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1.1. DESCRIÇÃO DA ETAPA CUMPRIDA DO PLANO APROVADO

As plantas de coberturas foram semeadas em 10 de dezembro de 2013, e

manejadas em 28 de fevereiro de 2014, 80 dias após sua semeadura. A semeadura da

cultura do feijoeiro foi realizada no dia 15 de maio de 2014. A adubação em cobertura

foi realizada por ocasião da emissão do terceiro trifólio, totalmente aberto utilizando as

doses de nitrogênio 0,50,100 e 150 kg de N ha-1

. Foram feitas as avaliações de campo,

da massa seca das plantas de cobertura e no feijoeiro, teor de nutrientes na massa das

plantas de cobertura, teor de clorofila do feijoeiro, massa de matéria seca das plantas,

altura de planta e altura de inserção da primeira vagem, numero de vagens por planta,

numero de sementes por vagem, colheita das parcelas e produtividade e massa de mil

sementes.

Após o término das avaliações dos componentes de produção realizou-se as

avaliações relacionadas a qualidade fisiológicas de sementes. Foram realizadas as

avaliações primeira contagem de germinação, germinação total, índice de velocidade de

germinação, envelhecimento artificial, comprimento de plântulas e raiz primaria, massa

verde e seca de plântulas, porcentagem de água nas plântulas, condutividade elétrica e

teores foliares de macro nutrientes nas plantas do feijoeiro.

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2. INTRODUÇÃO

O feijoeiro é uma cultura de suma importância para a população brasileira

principalmente não somente pelo fato de o Brasil ser o maior produtor mundial, mas

também por ser uma das principais fontes proteicas do nosso povo, além de ser uma

excelente fonte de ferro e carboidratos.

No Brasil, a cultura do feijoeiro pode ser plantada em três épocas, de setembro a

dezembro, denominada águas (primeira época), de janeiro a março, também chamado de

seca (segunda época) e de maio a junho, chamado de inverno (terceira época).

O cultivo de inverno contribui com 22 % da produção nacional, sendo que a

região centro sul tem uma participação de 50 % dessa produção, com produtividade

média de 2.164 kg ha-1 (CONAB, 2009).

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB (2013) a produção

total prevista para a safra 2013/14 (total – 1ª, 2ª e 3ª safra) foi de 3,3 milhões de

toneladas e área colhida de aproximadamente 3,2 milhões de hectares. Com a região

centro-oeste apresentando maiores índices de produtividade, quando comparado as

demais regiões e a média brasileira.

De forma geral os solos brasileiros são pobres em nutrientes, visando maximizar

a produção torna-se necessário o fornecimento exógeno de nutrientes, tais como

nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre, magnésio e micronutrientes, com destaque

especialmente para o nitrogênio cujo consumo é maior.

Nesse cenário a utilização do plantio direto por incorporar ao solo resíduos

vegetais das plantas de cobertura, tem proporcionado inúmeros benefícios para a cultura

sucessora bem como para o ambiente.

De acordo com Caires et al (2006), a implantação de sistemas de manejo

conservacionistas, que tem como principio a manutenção da cobertura vegetal e seus

resíduos sobre o solo, apresenta um marcante destaque como estratégia eficaz para

aumentar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas nas regiões tropicais e subtropicais.

Dentre os sistemas de produção adotados para o cultivo do feijoeiro, o SPD é o

mais eficiente na otimização dos recursos naturais, pois atende os principais conceitos

de sustentabilidade (SILVA et al., 2008). Neste sistema, para a proteção e a conservação

do solo, a manutenção da superfície com material vegetal, em fase vegetativa ou como

resíduos, é o manejo mais adequado (BETTIOL, 2014.; BERTIN; ANDRIOLI;

CENTURION, 2005).A utilização de plantas de cobertura visando principalmente a

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obtenção de palhada para a cultura sucessora é umas das técnicas que vem apresentando

plausíveis resultados no quesito sustentabilidade, visto que alem de fornecer a cobertura

morta para o solo, fornece também nutrientes ao solo, aumentando dessa forma a

sustentabilidade do sistema agrícola.

Segundo Ambrosano et al. (2004), com a prática da adubação verde, é possível

recuperar a fertilidade do solo proporcionando aumento do teor de matéria orgânica, da

capacidade de troca de cátions e da disponibilidade de macro e micronutrientes:

formação e estabilização de agregados; melhoria da infiltração de água e aeração;

diminuição diuturna da amplitude de variação térmica; controle de nematoides e, no

caso das leguminosas, incorporação ao solo do nutriente nitrogênio (N), efetuada

através da fixação biológica.

Entre os indicadores da qualidade de uma cultura de cobertura estão à

porcentagem de cobertura do solo, no transcorrer do desenvolvimento, a persistência do

resíduo sobre o solo e a capacidade de reciclar nutrientes, liberando-os gradativamente

para a cultura subsequente (CRUSCIOL et al., 2008).

No cerrado, como elemento de cobertura, as plantas forrageiras tais como as

braquiárias, destacam-se pelo crescimento radicular ativo e contínuo, alta capacidade de

produção de biomassa, reciclagem de nutrientes e preservação do solo no que diz

respeito à matéria orgânica, nutrientes, agregação, estrutura, permeabilidade, infiltração,

entre outros. A camada de palha, ao cobrir a superfície do solo, impede a formação de

crostas, permitindo a infiltração de água no perfil do solo, em função dos canais abertos

pelas raízes decompostas (Salton, 2000).

As leguminosas desempenham um papel fundamental como fornecedoras de

nutrientes, quando o sistema plantio direto está estabilizado, uma vez que as plantas

dessa família têm a vantagem de prontamente disponibilizar nutrientes para culturas

sucessoras, em virtude da rápida decomposição dos seus resíduos.

A susceptibilidade dos resíduos vegetais à decomposição está associada à sua

composição química quanto aos teores de celulose, hemicelulose, lignina e polifenóis e

às relações entre constituintes como C/N, C/P, lignina/N, polifenóis/N e lignina +

polifenóis/N (Rheinheimer et al., 2000; Aita & Giacomini, 2003; Espindola et al.,

2006).

Com o intuito de ter um sistema que proporcione cobertura duradoura e

fornecimento de nutrientes gradualmente vem se utilizando o consorcio entre

gramíneas e leguminosas.

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Entre as técnicas de manejo necessárias para atingir o máximo potencial

produtivo no feijoeiro, está a adubação nitrogenada (SANT´ANA; SANTOS;

SILVEIRA, 2011).

Segundo Malavolta (1979), o nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes na

nutrição da planta e é, também, um dos que mais respostas positivas possuem em

termos de produtividade; é um dos nutrientes absorvidos em maior quantidade pelo

feijoeiro e, quando aplicado na dose recomendada, promove rápido crescimento

aumentando a folhagem e o teor de proteína nas sementes. Além disso, “alimenta” os

microrganismos do solo que decompõem a matéria orgânica e aumenta o teor de massa

seca. No entanto, quando fornecido em desequilíbrio em relação aos outros elementos,

pode atrasar o florescimento e a maturação e predispõe as plantas ao ataque de doenças.

A adubação nitrogenada é essencial às plantas e normalmente é aplicada em

altas doses, ocorre à transformação de formas de nitrogênio não absorvíveis pelas

plantas em formas absorvíveis e vice-versa, dificultando o entendimento de seu

comportamento no solo com o propósito de estimar a sua disponibilidade; trata-se,

portanto, de um elemento bastante dinâmico no solo (ROCHA et al, 2008).

O nitrogênio é um dos nutrientes que proporciona maior resposta pelo feijão-

comum, e segundo Oliveira e Fageira (2003) a maior parte da massa seca dos grãos é

constituída de carboidratos (cerca de 65%) e nitrogênio. Uma boa porcentagem de N é

estocada nas folhas sob a forma de proteínas que, ao se iniciar a formação das vagens e

dos grãos, são mobilizadas e translocadas para esses grãos.

Portanto, há necessidade de complementação da nutrição com o disponível no

ambiente, que deve ser feita aplicando-se uma parte na época de semeadura e o restante

até antes da floração, pois está é a fase em que o feijoeiro mais necessita de nitrogênio

para a formação das vagens e dos grãos (PAULA JÚNIOR et al, 2008).

O presente trabalho teve como objetivo o de estudar o comportamento do

feijoeiro comum cv. IAC-Formoso em sistema de plantio direto sobre as palhadas de

braquiaria (Urochloa ruziziensis) solteiro e em consorcio com as leguminosas:

crotalaria (Crotalaria juncea), mucuna cinza (Stizolobium niveum), guandu (Cajanus

cajan) e feijão de porco (Canavalia ensiformis), totalizando cinco coberturas de solo,

com diferentes doses de adubo nitrogenado em cobertura, utilizando-se como fonte a

ureia (0, 50,100 e 150 kg N ha-1

), visando obter informações sobre a produção de

biomassa das plantas de cobertura e na relação com a produtividade, produção e

qualidade das sementes obtidas no feijoeiro em sistema de plantio direto.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

A cultura do feijoeiro assume significante importância no Brasil e isto não está

somente no fato de nosso pais ser um dos maiores produtores mundiais, mas também

por ser o feijão uma das principais fontes protéicas de nosso povo, além de ser uma

excelente fonte de ferro e carboidratos (MECHI et al 2005). O consumo atual é de

16kg/hab/ano, e os consumidores tem até mesmo preferências por cor, tipo de grão e o

sabor que interfere na qualidade da culinária em algumas regiões do Pais.

A Índia e o Brasil são os maiores produtores mundiais de feijão, com produção

de aproximadamente 4,87 e 3,16 milhões de toneladas , respectivamente (FOOD AND

AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS/FAOSTAT - FAO,

2013).

Cultivado por pequenos, médios e grandes produtores, em diversificados

sistemas de produção e em todas as regiões brasileiras, o feijoeiro comum reveste-se de

grande importância tanto econômica quanto social. Dependendo da cultivar e da

temperatura ambiente, pode apresentar ciclos variando de 65 a 100 dias, o que o torna

uma cultura apropriada para compor, desde sistemas agrícolas intensivos irrigados,

altamente tecnificados, ate aqueles com baixo uso tecnológico, principalmente de

subsistência (BARBOSA, 2007).

Sob o ponto de vista nutricional, o feijão apresenta teores significativos de

proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e fibra e apresenta baixo conteúdo de

gordura e de colesterol, por isso ele é considerado de alta qualidade nutricional e

funcional tornando assim o seu consumo vantajoso. O feijão é alimento de origem

vegetal, considerado um substituto da proteína animal por possuir baixo teor de gordura

e sódio e não conter nenhum colesterol, além de ser um acumulado de proteínas,

complexo de carboidratos, vitaminas do complexo B, minerais e apresenta maior teor de

fibra alimentar quando comparado aos cereais (trigo, arroz e milho) e a várias hortaliças

(PAULA, 2004; LONDERO et al., 2008).

Há diversas variedades melhoradas e adaptadas para as diferentes regiões, o que

facilita o desenvolvimento da cultura. O mesmo é cultivado por grande parcela de

pequenos produtores em todo o território nacional, empregando milhares de pessoas,

por outro lado existe uma boa estrutura de produção em escala comercial e

infraestrutura eficiente de produção em poder dos grandes produtores (PAULA

JUNIOR et al 2008).

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Neste sentido o uso do plantio direto por incorporar ao solo resíduos vegetais das

plantas de cobertura, tem proporcionado grandes benefícios para a cultura sucessora,

pois de acordo com Menezes e Leandro (2004) os restos das plantas cria um ambiente

que favorece a melhora das condições físicas, químicas e biológicas do solo,

contribuindo para a estabilização da produção e a recuperação ou manutenção da

qualidade do solo.

Segundo Alvarenga et al. (2001), a escolha das plantas de cobertura, o

conhecimento da sua adaptação à região e da habilidade em se desenvolver num

ambiente menos favorável é um fator decisivo. Além disso, devem ser considerados a

produção de fitomassa, as condições do solo, a tolerância ao déficit hídrico,

apossibilidade de utilização em cultivo comercial e o potencial dessas plantas em serem

hospedeiras de pragas e doenças.

As principais fontes de palha para o sistema plantio direto são as gramíneas,

como o milho, sorgo granífero e forrageiro, milheto, aveia preta, aveia branca, arroz,

trigo, centeio, triticale e as braquiárias (PAES; RESENDE, 2001). A melhor

performance apresentada pelas gramíneas, em relação às leguminosas, está ligada, entre

outros aspectos, ao desenvolvimento inicial mais rápido, o que se associa a uma melhor

adaptação às condições edafoclimáticas adversas (GOMES et al., 1997). Portanto, a

utilização desta prática poderia resultar numa economia significativa de fertilizantes

nitrogenados, assegurando maior sustentabilidade aos agroecossistemas (PERIN et al.,

2004; BETTIOL, 2014)).

Giacomini et al. (2003) relataram que o consorcio entre gramíneas e

leguminosas produz uma palhada com relação C/N intermediaria aquela das espécies

em cultivo isolado, o que resulta em uma menor taxa de decomposição aos resíduos de

leguminosas, proporcionando cobertura de solo por mais tempo e maior demanda de N

pelas culturas.

Dentre os diversos benefícios proporcionados pela utilização das plantas de

cobertura o aumento na produtividade da cultura sucessora é o que mais marcante para

os produtores. Segundo Oliveira et al. (2002) a produtividade de grãos da cultura do

feijoeiro no sistema plantio direto é influenciada pelas diferentes palhadas das plantas

de cobertura, sendo mais afetada pela espécie produtora de palha que pela sua forma de

cultivo.

O uso de plantas de plantas de cobertura pode restituir quantidades consideráveis

de nutrientes aos cultivos, uma vez que essas plantas absorvem nutrientes das camadas

10

subsuperficiais do solo e os liberam, posteriormente, na camada superficialpela

decomposição dos seus resíduos (Duda et al.; 2003). Contudo, segundo Alcântara et al.

(2000), os efeitos promovidos pelas plantas de cobertura nos atributos do solo possuem

grande variação devido principalmente a espécie utilizada, a forma de manejo oferecida

a biomassa, época de plantio e cortes da plantas, condições do local bem como o tempo

de permanência dos resíduos no solo assim com a interação entre esses fatores.

Entre as técnicas de manejo necessárias para atingir o máximo potencial

produtivo no feijoeiro, está à adubação nitrogenada (SANT´ANA; SANTOS;

SILVEIRA, 2011).

Ainda que a matéria orgânica seja a principal fonte de N ao solo, a atmosfera

também pode fornecer N ao solo por três tipos de processos: a) fixação biológica (não

simbiótica ou simbiótica, como nas leguminosas); b) fixação por oxidação natural

(formação de NO3- pelas descargas elétricas dos relâmpagos e posterior transporte

pluvial até o solo); e c) indiretamente, pela fixação industrial por meio da fabricação de

fertilizantes a partir da síntese da amônia (LOPES, 1989).

A adubação verde com leguminosas proporciona vantagens, como a economia

com gastos de fertilizantes nitrogenados, grande rendimento por área, sistema radicular

profundo, que ajuda a descompactar o solo, e simbiose com bactérias fixadoras de

nitrogênio (Silva et al., 1985). Já a rotação de culturas pode ser citada como benéfica à

melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, ao controle de plantas

daninhas, bem como ao de doenças e pragas, à reposição de restos orgânicos, e à

proteção do solo contra a ação dos agentes climáticos. É recomendável usar espécies das

plantas fixadoras de nitrogênio com sistema radicular profundo ou abundante, espécies

capazes de aproveitar os fertilizantes residuais das culturas comerciais.

O manejo da matéria orgânica mediante rotação de culturas, adubação verde e

consorciação de culturas pode proporcionar melhor aproveitamento de adubos químicos

e possibilitar redução nos custos com adubação nitrogenada mineral, uma vez que

propicia aumento da atividade biológica do solo (Hernani et al., 1995).

Kiehl (1985) afirmou que os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo,

contribuem para a redução das perdas por lixiviação. O autor recomendou, ainda, não

atrasar a implantação da cultura comercial, pois os adubos verdes após incorporação

tendem a se decompor e a liberar rapidamente os nutrientes.

Hernani et al. (1995) sugeriram ser a matéria orgânica capaz de influenciar de

forma positiva a retenção de nutrientes de plantas e diminuir as perdas por lixiviação;

11

mas, segundo os autores, o efeito mais importante da decomposição de restos vegetais é

a melhoria da estrutura do solo, que, consequentemente, melhora a relação água/ar, além

de permitir aumentos da infiltração de água, da retenção de água e nutrientes.

Para Dourado Neto e Fancelli (2000) recomenda-se aplicar de 20 a 90 kg ha-1

de

N, para se obter a partir de 1200 kg ha-1

de feijão como rendimento almejado, em

aplicação única por ocasião da emissão do 3° trifólio. Em situações especiais

recomenda-se a aplicação de 10 a 25 kg ha-1

de N entre o estádio R5 (botões florais) e

R7 (aparecimento das vagens).

Canechio Filho (1987) ressaltou que alta exigência da cultura em relação ao

nitrogênio se deve ao fator desta ser uma leguminosa produtora de grãos ricos em

proteínas, o que a torna mais exigente em nitrogênio que outras plantas.

De acordo com Carvalho & Nakagawa (2000), o N pode influenciar na

qualidade fisiológica das sementes, mas os seus efeitos variam com as condições

ambientais e o estádio de desenvolvimento da planta em que ocorre a aplicação do

fertilizante.

O N é o elemento mais absorvido e extraído pelo feijoeiro, uma vez que é

componente essencial para a síntese protéica e influencia significativamente a

produtividade e devido ao alto custo dos fertilizantes nitrogenados e as perdas deste

nutriente pelo solo, contribuindo para a poluição ambiental, torna-se de grande interesse

a busca de técnicas que possam maximizar o seu uso (SILVA, 2006).

Para Sá (1994), a análise de sementes apresenta as seguintes finalidades:

determinar sua qualidade se servem para semeadura; identificar problemas de qualidade

e suas prováveis causas; determinar se as sementes alcançam os padrões estabelecidos

por lei e especificados nas etiquetas; estabelecer sua qualidade e fornecer uma base para

adoção de preço e discriminação entre lotes pelo consumidor.

A qualidade de um lote de sementes compreende uma série de atributos que

determinam seu valor para a semeadura, sendo de natureza genética, física, fisiológica e

sanitária (POPINIGIS, 1985). A qualidade das sementes influencia fortemente o sucesso

ou fracasso da cultura, especialmente em condições de estresse ambiental, para tanto

métodos experimentais, foram desenvolvidos para minimizar o risco de utilização de

sementes de baixa qualidade (HALMER, 2000), com isso a qualidade fisiológica tem

sido um dos aspectos mais pesquisados nos últimos anos em decorrência das sementes

estarem sujeitas a uma série de mudanças degenerativas de origem bioquímica,

12

fisiológica e física após a sua maturação as quais estão associadas com a redução do

vigor (Abdul-Baki; Anderson, 1972).

Toledo et al. (2009) relataram que a qualidade fisiológica esta relacionado com a

capacidade da semente em desempenhar suas funções vitais, caracterizando-se pela

longevidade, germinação e vigor. Portanto, os efeitos sobre a qualidade geralmente são

traduzidos pelo decréscimo na porcentagem de germinação, aumento de plântulas

anormais e redução do vigor das plântulas.

Segundo Hampton e Coolbear (1990), em função das limitações do tempo

requerido para o teste de germinação, tem sido contínuo o interesse, pelo potencial das

propriedades fisiológicas e bioquímicas das sementes como índices de vigor. Pelas

condições essencialmente favoráveis de sua condução, o teste de germinação não

detecta diferenças mais sutis em termos de deterioração, além de não avaliar o potencial

de armazenamento e o desempenho das sementes em condições gerais de campo.

As condições que as plantas encontram no solo para germinação raramente são

ótimas, pois há ali microrganismos que podem afetá-las, apesar dos fatores físicos

serem favoráveis. Desta forma, lotes de sementes do mesmo cultivar, com capacidade

de germinação semelhantes, podem apresentar diferenças marcantes na porcentagem de

emergência de plântulas em condições de campo. A falta de uma estreita relação entre a

germinação obtida em laboratório e a emergência em campo foi responsável pelo

desenvolvimento do conceito vigor. Desta forma, este conceito torna-se importante para

se armazenamento, porque eles podem apresentar diferentes capacidades de

armazenagem (Carvalho; Nakagawa, 2000).

Um teste de vigor é determinado sob condições desfavoráveis, ou medindo-se o

declínio de alguma função bioquímica ou fisiológica (SÁ, 1994) e de acordo com

McDonald (1980) deve ser: econômico, rápido, simples, objetivo, reprodutível,

apresentar resultados que se correlacionem com o desempenho em campo.

Os testes de vigor mais utilizados são os de envelhecimento acelerado e o de

frio. Levantamentos efetuados pela Association of Official Seed Analystis indicaram

que 56% dos laboratórios dos Estados Unidos e Canadá utilizam esses testes para

avaliação do vigor e as espécies avaliadas com maior freqüência são milho e soja

(Spears, 1995).

O teste de envelhecimento acelerado integra muitas das importantes

características desejadas em um teste de vigor, é rápido, econômico, simples e útil para

todas as espécies (COPELAND; MCDONALD, 2001). Inicialmente proposto como um

13

método para avaliar o potencial de armazenamento de sementes, este teste é realizado

em condições de alta temperatura e umidade relativa do ar (cerca de 100%) por períodos

curtos (3 a 4 dias), seguido por um teste de germinação (COPELAND; MCDONALD,

2001; HALMER, 2000). Na prática, o teste é bem sucedido para algumas espécies,

independentemente da evidência de que as sementes estão em um estado anormal após

tratamento sob essas condições, em termos de parâmetros celulares básicos, tais como

ácidos nucléicos e membranas (HALMER, 2000). As diferenças de umidade inicial das

sementes devem ser consideradas na interpretação deste teste (COPELAND;

MCDONALD, 2001).

Delouche (2002) relatou que a duração do processo de deterioração é

determinada principalmente pela interação entre herança genética, o grau de umidade da

semente e a temperatura, ainda cita que o potencial relativo de armazenamento de lotes

de sementes, ou seja, o vigor das sementes pode ser avaliado pelo teste de

envelhecimento acelerado e que este teste tem como base o fato de que a taxa de

deterioração das sementes é aumentada consideravelmente através de sua exposição a

níveis adversos de temperatura e umidade relativa do ar, considerados os fatores

ambientais mais relacionados à deterioração das sementes.

Sendo assim, para Marcos Filho (2005) a semente é considerada o mais

importante insumo agrícola, porque conduz ao campo as características genéticas

determinantes do desempenho da cultivar; ao mesmo tempo, é responsável e contribui

para o sucesso do estabelecimento do estande desejado, fornecendo a base para a

produção rentável.

A produção de sementes de boa qualidade tem grande importância para

possibilitar um bom estabelecimento de plântulas e facilitar a expansão da área de

cultivo, mas Peske e Baudet (2000) ressaltaram que sementes de alta qualidade

utilizadas com práticas culturais inadequadas não terão condições de corresponder ao

esperado e isso resultaria em insucesso.

Portanto se torna essencial a obtenção de sementes que mantenham o máximo de

qualidade desde o período de campo e durante a armazenagem para que possam ser

semeadas e garantir um estande e desenvolvimento adequado da cultura. Com isso é

importante que tanto o agricultor como os produtores de sementes utilizem de

tratamentos que propiciem às sementes apresentarem alta qualidade e viabilidade para o

desenvolvimento de uma planta saudável e potencialmente produtiva.

14

Pela importância que se tem a etapa de produção das sementes é de vital

importância para que se obtenha produto de elevada qualidade, a busca de sistemas que

propiciem a produtividade de sementes não só em quantidade elevada, mas também que

apresentem alta qualidade são de fundamental importância para os produtores e

agricultores.

4. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na área experimental da Faculdade de Engenharia,

UNESP – Campus de Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria (MS), no

período de verão e de outono-inverno respectivamente, sendo o feijoeiro com irrigação.

A área apresenta como coordenadas geográficas 51o24

´ de longitude Oeste de

Greenwich e de 20o20

´ latitude sul, com altitude de 335 m.

Segundo Hernandez et al. (1995) a precipitação pluvial média anual é de

aproximadamente 1370 mm, a temperatura média anual de 23,5ºC e a umidade relativa

do ar média anual de 70 a 80%.

O solo do local segundo o levantamento detalhado efetuado por Demattê

(1980), foi classificado como Latossolo Vermelho-Escuro, epi-eutrófico álico textura

argilosa, sendo denominado de Latossolo Vermelho Distrófico argiloso, pela atual

nomenclatura do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 2006).

Para determinação das características químicas do solo, foram retiradas em 4

pontos da área amostras de solo na camada de 0 - 20 cm, amostras estás que foram

juntadas e homogeneizadas e desta coletou-se uma amostra simples que foi

encaminhada ao Laboratório de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas para

determinação de pH, MO, P, K, Ca, Mg, H+Al, Al, SB, CTC e V%; com o objetivo de

se verificar as condições de fertilidade em que se encontra o solo.

As características químicas do solo foram determinadas antes da instalação da

cultura,por meio de análise química que cujos dados estão contidos na Tabela 1.

15

Tabela 1. Dados da análise química do solo.

P-Resina

mg/dm³

M.O.

g/dm³

pH

CaCl2

K

mmolc/

dm³

Ca

mmolc/

dm³

Mg

mmolc/

dm³

H + Al

mmolc/

dm³

36 25 4,9 5,2 25 19 36

Al

mmolc/

dm³

SB

mmolc/

dm³

CTC

mmolc/

dm³

V

%

M

%

Ca/CTC

%

Mg/CTC

%

1 49,2 85,2 58 2 29 22

As plantas de cobertura foram semeadas de forma manual em 10 de dezembro de

2013 na ausência de adubação de semeadura. Cada parcela constava de oito linhas de

cinco metros e o número de sementes para cada uma das coberturas foram: brachiaria –

12 kg/ha, mucuna cinza – 10 sementes m-1

, guandu – 20 sementes m-1

, feijão de porco –

12 sementes m-1

, Crotalaria juncea 30 – sementes m-1

.

Em 28 de março de 2014 as plantas de cobertura foram manejadas, utilizando-se

roçadeira. A dessecação da área realizou-se posteriormente, em 07 de março de 2014,

aplicando-se o herbicida glifosato na dose de 1.560 g ha-1

do ingrediente ativo.

A cultura do feijoeiro foi instalada no sistema de plantio direto utilizando-se sementes

do cultivar IAC-Formoso, pertencente a grupo carioca precoce com ciclo aproximado de

75 dias. O tratamento das sementes se deu com a utilização do fungicida

carboxin+thiram na dose de 200 ml/100 kg de sementes, a semeadura foi realizada de

forma mecanizada no dia 15 de maio de 2014, no espaçamento de 0,5 m entre linhas e

densidade de 15 sementes m-1

visando a obtenção de população de 240000 plantas ha-1

,

considerando o poder germinativo de 85%.

A adubação da semeadura foi realizada de acordo com a análise de solo, visando obter

altos níveis de produtividade para o feijoeiro irrigado. A adubação de cobertura foi

realizada no dia 11/06/2014 por ocasião no estádio V4-3 utilizando as doses de 0, 50,

100 e 150 kg de N ha-1

utilizando-se a ureia como fonte de N.

As parcelas constaram de 6 linhas de 5 m sendo considerado como área útil as 4 linhas

centrais a 0,5 m de cada extremidade.

16

Os tratos culturais e fitossanitários foram os recomendados para a cultura, e o cultivo foi

realizado em área que possui como método de irrigação o de aspersão utilizando o

equipamento Pivot Central.

Para o controle de plantas daninhas foi realizado no dia 05/06/2014 uma aplicação do

herbicida Fomesafen na dose de 1,0 L ha-1

juntamente com Podium, 20 dias após a

semeadura, na dose de 0,7 L ha-1

.

Para controle pragas foi realizada uma aplicação no dia 03/06/2014 de Decis 25 EC na

dose de 150 ml ha-1

e para controle preventivo das doenças aplicou-se mancozeb na

dose de 1 kg ha-1

de principio ativo.

Em todas as aplicações foi utilizada a quantidade de 200 L ha-1

de calda.

Para controle pragas e doenças foram realizadas mais quatro aplicações sendo:

1. Deltaphos + Espalhante (1,0 L ha-1

+ 0,2 %).

2. Deltaphos + Mancozeb + Espalhante (1,0 L ha-1

+ 1600 g ha-1

+ 0,2 %).

3. Deltaphos + Mancozeb + Espalhante (1,0 L ha-1

+ 1600 g ha-1

+ 0,2 %).

4. Imidacloprido + Espalhante (0,5 L ha-1

+ 0,2 %).

Em todas as aplicações foi utilizada a quantidade de 200 L ha-1

de calda.

Para as analises estatísticas foi utilizado o programa SISVAR, com o seguinte esquema

de análise de variância.

Causa da variação G.L

Plantas de cobertura (P) 4

Doses de N (D) 3

Blocos 3

P x D 12

Resíduo 57

Total 79

Para avaliar os efeitos das doses de N foram realizadas análises de regressão polinomial.

17

4.1. AVALIAÇÕES REALIZADAS

Massa seca das plantas de cobertura

Anteriormente ao manejo das plantas de cobertura foram retiradas amostras em

três pontos de cada parcela utilizando-se um quadrado de 0,5m X 0,5m, cortando-se as

plantas junto ao solo, pesando-as e as colocando em estufa a 65ºC-70ºC até atingirem

peso constante. Em seguida as mesmas foram pesadas e os dados obtidos foram

utilizados para se calcular a quantidade de massa seca, transformando os dados em kg

ha-1

.

Determinação do teor de nutrientes da biomassa seca das plantas de

cobertura.

Após a determinação da biomassa seca, as amostras foram homogeneizadas e de

cada amostra foi retirada uma subamostra de 30 g. O material foi moído em moinho tipo

“Wiley” e acondicionada em sacos plásticos que depois de fechados e identificados

foram conduzidos ao laboratório de Nutrição de Plantas, do Departamento de

Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos (UNESP- Campus de Ilha Solteira) para

determinação dos teores de N, P, K, Ca, Mg e S, conforme metodologia descritas por

Malavolta et al (1997).

Com os dados da biomassa seca. há-1

e dos teores de nutrientes foi possível

determinar o retorno potencial de nutrientes em função das plantas de cobertura

utilizadas.

Teor de clorofila nas plantas de feijoeiro

Foi determinado através do medidor eletrônico de teor de clorofila

(Clorofilômetro) no dia 01/07/2014. Cada medição foi realizada no terceiro trifólio

contando do ápice para a base, sendo obtidas quatro medições por parcela, uma em cada

planta escolhida aleatoriamente na parcela. Com os dados obtidos destas medições

obteve-se a média por parcela. As medições foram realizadas com as plantas em

florescimento pleno.

18

Peso da matéria seca de plantas

Por ocasião do florescimento pleno das plantas, foram coletadas ao acaso, 10

plantas da área de cada parcela, que foram levadas ao laboratório, acondicionadas em

sacos de papel devidamente identificadas e colocadas para secagem em estufa de

ventilação forçada à temperatura média de 60 - 70°C, até atingir peso constante.

Altura de planta

Por ocasião da colheita mediu-se com uma fita métrica graduada em mm, a

altura, de 10 plantas, da extremidade até o nó de inicio das raízes e para as analises

estatísticas utilizaram os valores médios.

Altura de inserção da primeira vagem

Por ocasião da colheita mediu-se com uma fita métrica graduada em mm, a

altura de inserção da primeira vagem de 10 plantas, medição esta obtida a partir do colo

da planta até a inserção da primeira vagem, obtendo-se posteriormente a média dos

resultados, valores estes utilizados para as analises.

Componentes de produção

Por ocasião da colheita realizada no dia 26 de agosto de 2014, foram coletadas

10 plantas em local pré-determinado, na área útil de cada parcela para determinação de:

Número de vagens/planta: sendo determinado através da relação número

total de vagens/número de plantas.

Número de grãos/planta: sendo determinado através da relação número

de grãos/número de plantas.

Número médio de grãos/vagens: sendo determinado através da relação

número total de grãos/número total de vagens.

Produção de sementes

Foi avaliada através da colheita das plantas (manualmente) das duas linhas

centrais de cada parcela, desprezando-se 0,5m de cada extremidade. O material foi

arrancado e colocado em sacos de juta, previamente identificados, sendo posteriormente

levados para terreiro de alvenaria, onde se procedeu a secagem final. A batedura e

limpeza do material realizou-se em trilhadeira estacionária, com posterior pesagem em

19

balança de precisão 0,1g. A partir dos dados obtidos a produção foi transformada em kg

ha, ao grau de umidade de 13% base úmida.

Avaliações de laboratório: qualidade fisiológica.

Por meados de outubro de 2014 as sementes obtidas por ocasião da colheita no

dia 26 de agosto de 2014, foram levadas ao Laboratório de Analises de Sementes, do

Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio Economia (DFTASE) da

UNESP, onde foram realizadas as avaliações da qualidade fisiológica das sementes

através dos seguintes testes:

Massa de mil sementes

Foi avaliado, segundo as recomendações das Regras para Análise de Sementes

(BRASIL, 1992), com oito sub-amostras de 100 sementes por tratamento. As pesagens

foram feitas em balanças de precisão de 0,1g, obtendo-se a seguir, o peso de mil

sementes por amostras.

Teste de Germinação

Foi realizado com quatro sub-amostras de 50 sementes para cada tratamento,

sendo que cada tratamento teve suas sub-amostras de sementes distribuídas sob folhas

previamente contadas de papel germitest e em seguida enroladas e acondicionadas em

germinador regulado para manter temperaturas constantes de 25°C. As folhas de papel

germitest foram umedecidas de acordo com sua massa, na relação massa das folhas de

germitest x fator, sendo tal fator variando de 2 a 3. Com o valor obtido teve-se a

quantidade de água necessária para umedecimento das folhas de germitest. As

contagens foram efetuadas aos 5 dias e 9 dias após a semeadura, segundo os critérios

estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992).

Primeira contagem de germinação

Foi efetuado em conjunto com o teste de germinação, computando-se as

plântulas normais verificadas no quinto dia após a semeadura, em técnica semelhante

adotada por Burris et al, (1969).

20

Índice de velocidade de germinação

Foi realizado em conjunto com o teste de germinação e da contagem das

plântulas normais do quinto ao nono dia após a instalação do teste aplicando a formula

proposta por Maguire (1962), onde IVG = N1/D1+N2/D2+...+Nn/Dn.

IVG: Indice de velocidade de germinação

N1, N2,..., Nn = número de plântulas germinadas a 1, 2 e n dias após a semeadura,

respectivamente.

D1, D2, ..., Dn = número de dias após a implantação do teste. Os dados médios foram

utilizados para análises estatísticas.

Teste de envelhecimento acelerado

Foi realizado segundo a metodologia descrita por Marcos Filho (1999),

utilizando-se 4 sub-amostras de 50 sementes para cada tratamento, pelo método do

gerbox, onde 200 sementes foram colocadas sobre tela de inox de uma caixa plástica

(gerbox), contendo 40 ml de água destilada. Após a colocação da tampa, as caixas

foram levadas ao germinador regulado a temperatura de 41°C, onde permaneceram por

60 horas. Após esse período as sementes foram semeadas conforme descrição para o

teste de germinação (Brasil, 2009) e a avaliação das plântulas normais foi realizada 5

dias após a instalação do teste.

Comprimento de plântulas

Foi realizado em rolo de papel, utilizando-se 4 repetições de 10 sementes que

foram semeadas no terço superior da folha com as sementes sendo colocadas com a

micrópila orientada para baixo, sendo que para condução do teste segui-se as mesmas

orientações do teste de germinação (Brasil, 2009). A medição do comprimento foi

realizada com régua graduada em mm e ocorreu no quinto dia após a instalação do teste.

Massa verde de plântula

Foi realizado utilizando-se as plântulas em que se avaliou o comprimento,

retirando-se os cotilédones e pesando-os em balança de precisão de 0,0001 g.

21

Massa seca de plântulas

Após a avaliação da massa verde as plântulas foram colocadas em sacos de papel

e levadas a estufa regulada a 65°C, onde permaneceram ate atingir massa constante,

quando então foram pesadas em balança de precisão de 0,0001 g.

Condutividade elétrica

Na avaliação da condutividade elétrica, foram contadas e pesadas quatro

repetições de 50 sementes. As sementes foram colocadas em copos plásticos

(capacidade de 200 mL) contendo 75mL de água destilada e mantidas em BOD com

temperatura constante de 25oC, por 24 horas. Após esse período, procedeu-se à leitura

da condutividade elétrica por meio de um condutivímetro portátil, modelo Digimed CD-

21 sendo os resultados expressos em μS/cm/g de sementes (VIEIRA;

KRZYZANOWSKI, 1999).

Determinação do teor de nutrientes da biomassa seca do feijoeiro

Após a determinação da biomassa seca, as amostras foram homogeneizadas e de

cada amostra foi retirada uma subamostra de 30 g. O material foi moído em moinho tipo

“Wiley” e acondicionada em sacos plásticos que depois de fechados e identificados

foram conduzidos ao laboratório de Nutrição de Plantas, do Departamento de

Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos (UNESP- Campus de Ilha Solteira) para

determinação dos teores de N, P, K, Ca, Mg e S, conforme metodologia descritas por

Malavolta et al (1997).

Para as analises estatísticas utilizou-se o programa SISVAR.

22

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na Figura 1, estão apresentados os dados climáticos de temperatura máxima e

mínima, precipitação e umidade relativa média do ar referente ao período desde a

implantação da planta de cobertura até a colheita do feijoeiro. No período de

desenvolvimento das plantas de cobertura (dezembro a março) nota-se uma boa

distribuição das chuvas, o que garantiu um bom acumulo de matéria seca, para o

feijoeiro observa-se a irregularidade na distribuição das chuvas no período de

desenvolvimento da cultura (maio a agosto) fato que não influenciou no

desenvolvimento da cultura visto que o aporte hídrico se deu pela utilização de

irrigação, garantindo desta forma a germinação das sementes e a sobrevivência das

plantas bem como seu desenvolvimento e crescimento adequado.

Figura 1. Valores diários médios de precipitação pluvial (mm), umidade relativa do ar (%), temperatura

máxima e mínima (ºC) coletadas durante a condução do experimento. Selvíria-MS. 2013-2014.

Na Tabela 2 observa-se os valores médios para a variável massa seca das plantas de

cobertura, onde se observou-se que não houve diferença significativa entre o cultivo

exclusivo (solteiro) e os consorciados.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

05

101520253035404550556065707580

Tem

peratu

ra ( °C) e U

R (%

)Pre

cip

itac

ão p

luvia

l (m

m)

Precipitação Temp. máxima Temp. mínima UR

23

Tabela 2. Produção de massa seca (kg ha-1

) das plantas de cobertura por ocasião do

manejo. Ilha Solteira, 2014.

As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

Lima et al. (2001), relataram que o peso de material fresco (verde) pode mostrar-

se bastante variável, provavelmente em função do teor de água oscilar bastante a partir

da colheita da planta, dependendo principalmente das condições de umidade relativa do

ar desde o local da amostragem ate o local de pesagem tendo essa variação um aumento

ou decréscimo de acordo com o intervalo de tempo gasto entre colheita e pesagem. Fato

este que Benincasa (1986), afirmou ser preferencial a utilização do peso da massa seca

ao invés do peso fresco do material analisado.

Apesar não se observar diferença significativa entre as plantas de cobertura o

maior acumulo de matéria seca se deu com a braquiaria consorciada com crotalaria

observando valores superiores a 9000 kg.ha-1

.

O menor acumulo de matéria seca se deu para braquiaria em consorcio com

feijão guandu com 5350 kg.ha-1

de matéria de seca. Valor inferior ao encontrado por

Rodrigues et al. (2012) que obteve massa seca superior a 12000 kg.ha-1

na consorciação

entre milheto e guandu. Isto se deve provavelmente devido ao período mais curto de

desenvolvimento das plantas de cobertura, uma vez que na região principalmente devido

a alta temperatura, alta umidade e luminosidade as plantas apresentaram um grande

desenvolvimento.

A quantidade de matéria vegetal fornecida pelas plantas de cobertura apresentou

valores superiores aos que tem sido apontado como quantidade mínima ideal de adição

de matéria em um sistema de rotação de culturas, de maneira que a cobertura do solo se

mantenha adequada, com valor de 6000 kg ha-1

ano-1

de palhada, conforme citado por

Cobertura Massa Seca

(kg ha-1

)

Braquiária 7375

Braquiária+mucuna 5950

Braquiária+crotalária 9350

Braquiária+ feijão de

porco

6800

Braquiária+guandu 5350

Média 6965

D.M.S. 2614,5

C.V. % 19,98

24

Alvarenga et al (2001), sendo a media geral de produtividade da matéria seca de 6965

kg ha-1

, resultado este superior a quantidade mínima, indicando desta forma uma boa

cobertura do solo.

Tabela 3. Teores de macronutrientes da parte aérea das plantas de cobertura

(massa seca), Ilha Solteira,2014.

As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

Na Tabela 3 encontram-se os valores médios obtidos na analise foliar de

macronutrientes na matéria seca das plantas de cobertura onde se verificou que não

ocorreu efeito significativo para os nutrientes analisados. Contudo os teores foliares de

N e S foram superiores aos verificados por Rodrigues (2012) em experimento também

conduzido em condições de cerrado.

De posse dos resultados de produção média de material seco (Tabela 2) e teores

médios de nutrientes (Tabela 3), pode-se calcular a quantidade de nutrientes

incorporados ao solo pelo cultivo de braquiaria solteira e consorciada com leguminosas

(Figura 2). Assim, verifica-se que as espécies estudadas são grandes incorporadoras e

recicladoras de nutrientes ao solo, considerando apenas a parte aérea, onde se destacam

o cultivo solteiro de braquiaria e o consórcio com crotalaria e feijão-de-porco com

valores significativos para N (117; 154 e 117 kg ha-1

, respectivamente) e P (15; 18 e 13

kg. ha-1

, respectivamente). Segundo Igue (1984), 2/3 do N total das leguminosas é

proveniente da fixação simbiótica de N2 atmosférico, e o restante é absorvido do solo

numa quantidade total de N que varia de 15 a 30 g/kg do resíduo orgânico.

Estudando a dinâmica do nitrogênio na crotalária e na mucuna-preta marcadas

com 15N, Ambrosano (1995) determinou que 60 a 80 % do N das leguminosas

Cobertura N P K Ca Mg S

g kg-1

Braquiaria 15,78 1,92 17,65 0,45 1,95 7,94

Braquiaria+mucuna 17,31 1,99 18,20 1,30 2,30 7,98

Braquiaria+feijão de porco 17,18 1,92 14,65 0,85 2,15 8,44

Braquiaria+crotalaria 13,42 1,76 21,50 1,15 2,30 7,64

Braquiaria+guandu 16,38 2,15 18,35 0,65 1,95 7,94

Média 16,02 1,95 18,07 0,88 2,13 7,99

D.M.S. 5,48 1,04 18,93 1,30 1,93 2,69

C.V.% 15,17 23,65 46,46 65,61 40,21 14,94

25

permaneceu no solo, 20 a 30 % foi absorvido pelas plantas de milho e que 5 a 15 %

deixou o sistema solo-planta.

Os 154 kg ha-1

de N incorporados pelo consórcio braquiaria+crotalaria,

considerando plantio em área total, equivale à aplicação de 335 kg de uréia ha-1

ou 770

kg de sulfato de amônia ha na área total, proporcionando uma redução nos custos com

adubação nitrogenada, além de garantir uma maior sustentabilidade do sistema agrícola

o que promove tanto ganhos para o produtor quanto para o ambiente agrícola.

Os demais macros são provenientes da reciclagem de nutrientes efetuada por

estas espécies, que absorvem os nutrientes lixiviados no perfil do solo (camadas

subsuperficiais principalmente), trazendo-os novamente à superfície do solo onde

estarão disponíveis às culturas econômicas (SILVA et al. 2002). Com exceção ao N e P,

os demais nutrientes não apresentaram diferença significativa entre si.

Figura 2. Quantidade media potencial de macronutrientes reciclados ao solo pelo cultivo de

braquiaria solteira e consorciada com leguminosas. Ilha Solteira, 2014.

ab

ab

a

a

b

ab

b

b

ab

ab

0

25

50

75

100

125

150

175

Nitrogênio Fosfóro Potássio Cálcio Magnésio Enxofre

kg h

a-1

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

26

Tabela 4. Valores médios de teor de clorofila, matéria fresca (verde) e matéria seca de

planta, altura de planta e altura de inserção da primeira vagem, de feijoeiro em função

de doses de N e plantas de coberturas.

As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

**, * - Significativo a 1e a 5% de probabilidade, pelo teste de F, respectivamente. ns – não significativo

Braq = Braquiaria

Na Tabela 4 verifica-se que para os teores foliares de clorofila ocorreu efeitos

significativos dos tratamentos com doses de nitrogênio ( 0, 50 ,100 e 150 kg.ha-1

) onde

nota-se um aumento dos teores observados com o incremento das doses de N, com os

valores se ajustando a função quadrática (y = -0,0001x2 + 0,0423x + 35,358) com ponto

de dose ótima de 211,5 kg.-1

de N (Figura 3), fato também evidenciado por Chagas et al.

(2005) que observaram que doses de N influenciaram o teor de clorofila em feijão

cultivar “Ouro vermelho”, sendo que os teores aumentaram com o aumento das doses.

Soratto et al. (2004) também com a utilização de clorofilômetro portátil, notaram que ao

se aumentar as doses de N, tanto no sistema convencional quanto no direto observou-se

um aumento nos teores de clorofila. O teor de clorofila presente nas folhas correlaciona-

se com a concentração de nitrogênio (N) na planta e também com o rendimento das

Tratamentos Clorofila Massa Verde Massa Seca

Altura de

Planta

Inserção 1º

vagem

(g planta-1

) (g planta-1

) (cm) (cm)

Coberturas

Braquiaria 35,88 73,62 12,94 56,51 ab 12,06

Braq +Crotalaria 37,78 64,44 11,25 51,71 b 12,41

Braq+Feijão de

Porco

37,42 66,31 12,58 67,35 a 15,06

Braq +Guandu 38,01 55,38 10,19 56,27 ab 13,46

Braq+Mucuna Cinza 38,38 66,31 11,78 55,44 ab 13,55

Doses de N

0 kg ha-1

35,37 58,30 10,80 54,56 12,88

50 kg ha-1

37,14 68,90 12,65 57,84 14,08

100 kg ha-1

38,44 64,35 12,03 60,89 12,85

150 kg ha-1

39,02 68,25 11,50 56,62 13,42

F calc

Cobertura (CO) 2,01ns

1,05ns

1,78ns

2,56*

2,36ns

Dose (DO) 7,05**

0,73ns

1,15ns

0,65ns

0,71ns

COxDO 1,84ns

0,95ns

0,80ns

1,17ns

0,84ns

Média 37,49 64,95 11,74 57,47 13,31

DMS 2,72 25,30 3,26 14,59 3,02

C.V. % 7,29 39,11 27,90 25,48 23,06

27

culturas (BLACKMER; SCHEPERS, 1995). O N é o componente da molécula de

clorofila, onde a deficiência de N é imediatamente refletida em baixas concentrações de

clorofilas, ressaltando assim sua importância (MAIA, 2011).

Figura 3. Teores foliares de Clorofila em função de doses de Nitrogênio no feijão cv. IAC

Formoso, Selvíria-MS, 2014.

Ainda na Tabela 4 observa-se que para as variáveis matéria verde e seca de

plantas de feijoeiro não ocorreram efeitos significativos dos tratamentos para variável

analisada. De acordo com Lima et al. (2001), o peso de material fresco (verde) pode

mostrar-se bastante variável, provavelmente em função do teor de água oscilar bastante

a partir da colheita da planta, dependendo principalmente das condições de umidade

relativa do ar desde o local da amostragem ate o local de pesagem tendo essa variação

um aumento ou decréscimo de acordo com o intervalo de tempo gasto entre colheita e

pesagem. Com isso, Benincasa (1986), afirmou ser preferencial a utilização do peso da

massa seca ao invés do peso fresco do material analisado.

Para variável altura de plantas (Figura 4) notou-se efeitos significativos das

plantas de cobertura para a característica analisada, com os maiores valores obtidos no

consorcio entre braquiaria e feijão de porco, com 67,35 cm diferindo estatisticamente do

tratamento consorciado com crotalaria que apresentou altura de planta de 51,71 cm.

Valores superiores aos encontrados por Nunes et al. (2006) utilizando a cv. Talismã em

y = -0,0001x2 + 0,0423x + 35,358R² = 0,9996

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 50 100 150

Clo

rofi

la

Doses de N (kg ha-1)

Clorofila

28

sistema de plantio direto sobre palhada de gramíneas, no entanto o cultivar utilizado

neste trabalho é diferente daquele e portanto este fato torna difícil a comparação.

Figura 3. Altura de plantas em feijoeiro cv. IAC Formoso, em função do cultivo sob palhada de

braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha Solteira-SP, 2014.

Para altura de inserção de primeira vagem não se verificaram efeitos

significativos dos tratamentos, obtendo-se valores médios de 13,31 cm, resultados

inferiores aos encontrados por Oliveira et al. (2014) utilizando o cv. IAC Galante. Tal

situação deve-se ao fato de a altura de inserção de primeira vagem ser uma característica

genética de cada cultivar, que pode variar segundo as condições ambientais de cultivo

(SILVA, 2011). Silveira (1991) enfatizou que a prática da colheita mecanizada só é

viável quando as vagens da base da planta se encontram a uma altura mínima de 15 cm

acima da superfície do solo. Além do benefício da colheita mecanizada, a altura ideal

evita o contato direto das vagens com o solo, impedindo o apodrecimento destas pelo

excesso de umidade, promovendo assim melhor estado fitossanitário das sementes

(SALGADO et al., 2012). Dados semelhantes foram encontrados por GAVOTTI et al.

(2003), comparando o sistema de preparo convencional do solo com o sistema plantio

direto, ambos com e sem palha residual, que também não verificaram diferenças entre

os tratamentos para a altura de inserção da primeira vagem, tendo obtido altura média

de 14 cm.

abb

ab ab

a

0

25

50

75

Altura de plantas

cm

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

29

Na Tabela 5, encontram-se os valores médios de numero de vagens e grãos por

planta, massa de cem sementes e produção de sementes de feijoeiro em função de doses

de nitrogênio e plantas de cobertura. Para variável numero de vagens/planta verifica-se

que as coberturas propiciaram efeitos significativos para tal característica. Para

grãos/vagem não se observou efeito significativo dos tratamentos. Relacionado a massa

de cem sementes, observa-se que ocorreu interação significativa entre plantas de

cobertura x doses de N para o caráter analisado. A produção de sementes de feijoeiro a

massa de 100 sementes e o numero de vagens/planta diferiu significativamente em

função das plantas de cobertura.

Tabela 5. Valores médios de número de vagens por planta, número de grãos por vagem,

massa de 100 grãos e produção de sementes de feijoeiro em função de plantas de

cobertura e doses de N. Ilha Solteira, 2014.

Coberturas

Nº de

vagens/planta

Nº de

grãos/vagem

Massa de

100 grãos

Produção

.............................................(g)................................. (kg ha-1

)

Braquiaria 10,41b 4,54 27,44 b 2610b

Braq +crotalaria 10,65ab 4,21 27,60ab 2542b

Braq +Feijão de

Porco

13,71a 4,87 28,92a 3853a

Braq +Guandu 11,45ab 4,62 27,35 b 2907b

Braq +Mucuna

Cinza

10,49b 5,46 26,97 b 2845b

Doses de N

0kg ha-1

10,82 4,51 26,26 2623

50kg ha-1

11,46 4,75 28,28 3079

100kg ha-1

12,00 4,61 27,81 3081

150kg ha-1

11,85 5,09 28,29 3022

F calc

Cobertura (CO) 3,19*

1,73ns

4,98**

5,33**

Dose (DO) 0,54ns

0,64ns

10,47**

1,17ns

CO x DO 0,26ns

1,33ns

3,23**

0,64ns

Média 11,34 4,74 27,66 2951

DMS 3,09 1,41 1,32 909,05

C.V.% 27,38 29,88 4,79 30,91 As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

**, * - Significativo a 1e a 5% de probabilidade, pelo teste de F, respectivamente.

Braq = Braquiaria

Para variável numero de vagens/planta (Figura 5) constatou-se efeitos

significativos das plantas de coberturas sobre essa característica, onde os maiores

30

valores encontrados foram verificados no consorcio de braquiaria com feijão de porco,

com resultados superiores a 13 vagens por planta, que não diferiu significativamente do

consorcio com crotalaria e com guandu. O menor valor obtido foi o proveniente do

consorcio com mucuna que não diferiu do realizado no cultivo sobre palhada de

braquiaria solteira e consorciada com guandu e crotalaria. Rodrigues (2012) avaliou tal

característica em função de plantas de cobertura, doses e épocas de aplicação de

nitrogênio, obtendo valores inferiores ao do presente trabalho, assim como Simidu

(2009) e Souza (2011) que também constataram valores inferiores trabalhando com

distintas plantas de cobertura.

Figura 5. Número de vagens por planta de feijoeiro cv. IAC Formoso, em função do cultivo

sob palhada de braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha Solteira-SP, 2014.

A variável analisada numero de grãos/vagem não sofreu interferência dos

tratamentos , o mesmo resultado foi observado por Carvalho et al. (2000), que avaliando

o efeito da rotação de culturas e da adubação verde sobre a produtividade do feijoeiro,

não verificou influencia alguma nas características agronômicas avaliadas. Carvalho et

al.(2007) e Arf et al. (1996) também não verificaram efeito da adubação verde sobre

essa característica. Isto se deve ao fato de que o numero de sementes por vagem é uma

característica de alta herdabilidade genética, que sofre pouca influencia do ambiente

b ab bab

a

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Número de vagens por planta

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

31

(ANDRADE et al.; 1998), e desta forma os dados obtidos não variaram em função das

plantas de cobertura utilizadas.

Na Tabela 6, pode se verificar o desdobramento da interação significativa entre

plantas de cobertura x doses de N para a variável massa de cem sementes.

Tabela 6. Desdobramento da interação Plantas de cobertura x Dose de nitrogênio para a variável

massa de 100 sementes. Ilha Solteira – SP, 2014.

Dose N (kg ha-1

)

0 50

100 150

Braquiaria(1)

24,75 b 29,65 a 27,14 b 28,22

Braq +crotalaria 26,66 ab 28,52 ab 27,68 b 27,55

Braq +Feijão de Porco(2)

27,91 a 28,79 ab 30,91 a 28,08

Braq +Guandu(3)

25,58 ab 27,97 b 27,23 b 28,62

Braq +Mucuna Cinza(4)

26,41 ab 26,45 b 26,10 b 28,98

DMS 2,64

y1 = -0,000382x2 +0,073172 x+ 25,299875 (R

2 = 0,5288)

y2 = -0,000371x2 +0,060952x+27,597625 (R

2 = 0,6638)

y3 = -0,000101x2+0,031870x+25,84750 (R

2 = 0,7316)

y4 = 0,000284x2-0,027818x+26,590375 (R

2 = 0,8791)

Na Tabela 6, quando se analisa o fator doses de N dentro das plantas de

cobertura, para o tratamento sem adubação nitrogenada, constata-se que o consorcio

braquiaria+feijão de porco apresentou-se com maiores valores de massa de cem

sementes, com 27,91 g, diferindo estatisticamente da braquiaria em cultivo isolado, que

apresentou 24,75 g.

Para dose de 50 kg.ha-1

o maior valor para variável analisada se deu para

braquiaria solteira, que apresentou massa de 29,65g, diferindo desta forma dos

consórcios com guandu e mucuna que apresentaram 25,58 e 26,41 g, respectivamente.

Na dose de 100 kg.ha-1

, notou-se que o melhor resultado foi verificado para

braquiaria em consorcio com guandu, obtendo-se valores superiores a 30 g.

Com a utilização da dose de 150 kg.ha-1

não se observou efeitos significativos

dentro das plantas de cobertura.

32

Ainda na Tabela 6 ao se analisar a interação significativa entre plantas de

cobertura x doses de N, verifica-se que houve influencia das coberturas dentro das

doses, com os resultados sendo evidenciados na Figura 6.

Figura 6. Massa de cem sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso em função de doses de N e

plantas de cobertura. Ilha Solteira-SP, 2014.

Quando se analisa coberturas dentro de doses, pode-se verificar que para o

cultivo de braquiaria solteira os valores se ajustaram a uma função quadrática com dose

ótima de 96 kg.ha-1

de N, sendo esta superior a dose encontrada para o consorcio com

feijão de porco, que apresentou como melhor dose a de 82 kg.ha-1

de N.

Para braquiaria em consorcio com guandu, verificou-se que os dados se

ajustaram a uma função quadrática, analisando-se doses de N dentro de plantas de

cobertura, obtendo ponto de dose ótima superior a 150 kg.ha-1

.

Por sua vez, ainda na Tabela 6, verifica-se que para o tratamento braquiaria

consorciada com mucuna, os dados se ajustaram a uma função quadrática, com ponto de

dose ótima de 49 kg.ha-1

, valor esse inferior aos constatados para as demais coberturas.

Para o consorcio com crotalaria não se verificou efeitos significativos para doses de N

dentro de plantas de cobertura.

y14 = -0,0002x2 + 0,0335x + 26,831R² = 0,6656

y13= -0,0004x2 + 0,0609x + 27,601R² = 0,6641

y15= -0,0004x2 + 0,0609x + 27,601R² = 0,6641

y16 = -1E-04x2 + 0,0318x + 25,843R² = 0,7311

y17 = 0,0003x2 - 0,0279x + 26,591R² = 0,8782

0

5

10

15

20

25

30

0 50 100 150

Mas

sa d

e c

em

se

me

nte

s (g

)

Doses de N (kg ha-1)

Massa de cem sementes

13- braquiaria

14- braquiaria+crotalaria

15- braquiaria+feijão de porco

16-braquiaria+guandu

17-braquiaria+mucuna cinza

33

De forma geral para massa de cem sementes, verificou-se que as plantas de

coberturas atuaram significativamente na variável analisada, sendo os maiores valores

para o consorcio de braquiaria + feijão de porco com 28,92 g, não diferindo do

consorcio com crotalaria, que apresentou 27,60 g, resultados superiores aos encontrados

por Meira et al. (2005). Rodrigues (2012) ao avaliar a massa de cem sementes em

função de plantas de cobertura obteve valores de 28,2 g para o consorcio de braquiaria +

feijão de porco e 28,1 g para braquiaria + crotalaria, resultados menores aos

evidenciados no presente trabalho. Vicensi (2011) analisando a variável em função de

culturas antecessoras também obteve resultados significativos, com valores de 28,07 g,

em feijoeiro semeado sobre crotalaria, porém ressaltou-se que em ambos experimentos

foram utilizados cultivares diferentes e também distintas do utilizado neste trabalho.

Meira et al. (2005) utilizando o cultivar IAC Carioca, citaram que com relação à

massa de cem sementes, com media de 27,07 g, não houve efeito significativo das doses

como da época de aplicação de N sobre essa característica assim como Silva et al.

(2003) e Arf et al. (2004) sendo os resultados discrepantes com o presente trabalho, o

que mostra que esta característica apresenta menor variação decorrente das alterações

no meio de cultivo (Crusciol et al, 2001).

Ainda na Tabela 5, encontram-se os valores obtidos para produtividade, onde

obteve-se efeitos significativos das coberturas na variável analisada em que o maior

valor foi verificado para o consorcio de braquiaria + feijão de porco com 3853 kg.ha,

mais que o dobro da produtividade do estado de Mato Grosso do Sul e mais que o triplo

da média brasileira na safra de 2013/14 (Conab, 2013). Os resultados evidenciados na

Figura 7, onde nota-se o evidente acréscimo na produtividade proporcionado pelos

consórcios, onde todos os tratamentos se mostraram superiores a media nacional.

Para doses de N os dados se ajustaram a uma função quadrática y = -

0,51600x2+10,1352000x+2642,8387 com R2= 0,94 com dose ótima de 98 kg.ha

-1 de N,

o que proporcionou uma produtividade de 3140 kg.ha-1

. Conforme Meira et al. (2005), o

feijoeiro na região responde a altas doses de N, superiores a 150 kg de N/ha. Rodrigues

(2012) também verificou resposta do feijoeiro a doses de N. Gomes Júnior (2006)

estudando doses de nitrogênio no feijoeiro cultivado sobre diferentes palhadas em

sistema de plantio direto, utilizando dois cultivares de feijoeiro (Pérola e Juriti),

verificou efeito positivo das doses de N sobre a produtividade da cultura. Os dados

obtidos confirmam a importância do N sobre a produtividade do feijoeiro, e indicam

34

que com alta tecnologia (plantio direto, irrigação, cultivares melhoradas) o agricultor

pode obter elevadas produtividades, como pode visualizado na Figura 7a.

Figura 7. Produtividade de sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso em função de cobertura

cultivado sob diferentes doses de N. Ilha Solteira-SP, 2014.

Figura 7a. Efeito das doses de N na produtividade da cultura do feijoeiro. Ilha Solteira-SP,

2014.

b bb b

a

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Produtividade

kg.h

a-1

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

y = -0,0516x2 + 10,14x + 2642,5R² = 0,948

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 50 100 150

kg

.ha

-1

Dose de N (kg ha-1)

Produtividade

35

Ao se analisar as variáveis número de vagens/planta e massa de cem sementes

pode-se verificar que os maiores valores também foram encontrados para o consorcio

braquiaria + feijão de porco, desta forma pode-se relacionar que um maior numero de

vagens por planta conciliado a elevada massa de sementes proporciona uma maior

produtividade do sistema agrícola, garantindo desta forma incremento na lucratividade

do produtor, sendo tal proporcionada pelo sistema consorciado. Segundo Nunes et al.

(2006) o cultivo do feijoeiro sobre palhada de gramíneas garantem um incremento na

produtividade do feijoeiro. Arf et al. (1999) também notaram efeitos significativos na

produtividade proporcionados pelo cultivo de feijoeiro em sucessão a leguminosas,

demonstrando de tal forma a viabilidade da pratica. Garcia et al. (2003), trabalhando

com palhadas de guandu, milheto e braquiária, encontraram variação dos componentes

da produtividade do feijoeiro em função do tipo de palhada do sistema. Desta forma,

Silveira et al. (2005) ao trabalhar com a cultura do feijoeiro verificaram efeitos de

plantas de cobertura na produtividade da cultura, assim como Oliveira et al. (2002) que

também verificaram maiores produtividades com leguminosas como cultura antecessora

sendo que este efeito é relacionado com a menor relação C/N, nos restos destas culturas,

ocorrendo disponibilização mais rápida do N, coincidindo, assim, com o período de

exigência da cultura (Oliveira et al. 2002).

Na Tabela 7 encontram-se as médias obtidas para a primeira contagem,

germinação total, índice de velocidade de germinação e envelhecimento acelerado além

dos valores do F calculado e do coeficiente de variação para as analises de variância e

regressão, em sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso em função de doses de N e

plantas de cobertura.

36

Tabela 7. Médias obtidas para primeira contagem (PC), germinação total (TG),

envelhecimento acelerado (EA), índice de velocidade de germinação (IVG), valores de

F calculado (Fc) e CV% das analises de variância e regressão, em sementes de feijoeiro

cv. IAC Formoso em função de doses de N e plantas de cobertura. Ilha Solteira, 2014.

Coberturas PC GT EA IVG

--------------------------%---------------------- dias

Braquiaria 98,75ab 98,75ab 98,25 9,88 ab

Braq +crotalaria 99,00ab 99,00ab 97,62 9,90 ab

Braq +Feijão de

Porco

99,62ab 99,62ab 99,50 9,96 ab

Braq +Guandu 99,75a 99,75a 98,62 9,98 a

Braq +Mucuna

Cinza

98,00b 98,00b 98,38 9,80 b

Doses de N

0kg ha-1

99,00 99,00 97,30 9,90

50kg ha-1

98,20 98,20 98,80 9,82

100kg ha-1

99,50 99,50 99,00 9,95

150kg ha-1

99,40 99,40 98,80 9,94

F calc

Cobertura (CO) 2,75*

2,75*

1,43ns

2,75*

Dose (DO) 2,39ns

2,39ns

2,39ns

2,39ns

CO x DO 1,02ns

1,02ns

1,31ns

1,02ns

Média 99,02 99,02 98,48 9,09

DMS 1,70 1,70 2,27 0,17

C.V.% 1,73 1,73 2,31 1,73 As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

**, * - Significativo a 1e a 5% de probabilidade, pelo teste de F, respectivamente.

Braq = Braquiaria

Para as variáveis primeira contagem de germinação (Figura 8), germinação total

(Figura 9) e índice de velocidade de germinação (Figura 10) verificou-se que ocorreu

efeitos significativos somente para plantas de cobertura, com destaque para o consorcio

com guandu, que mostrou-se com os maiores valores para as características, diferindo

estatisticamente do consorcio com mucuna. As variáveis analisadas primeira contagem

e germinação apresentaram comportamento idêntico, visto que na primeira contagem

realizada no quinto dia após a semeadura, apresentava cerca de 99% de plântulas

normais e na germinação sendo a somatória de plântulas normais realizadas no quinto e

no oitavo dia após a semeadura para a cultura do feijoeiro, apresentou os mesmos 99%,

valores superiores aos encontrados por Carvalho et al. (1998), trabalhando com o

cultivar IAC Carioca no período de inverno. Relacionado a primeira contagem de

37

germinação e germinação total notou-se que todos os tratamentos apresentaram valores

superiores a 98%. Rodrigues (2012) ao estudar germinação de sementes de feijoeiro cv.

Pérola em função de plantas de cobertura e doses de N aplicados em duas épocas,

também verificou efeitos significativos para variável analisada relacionado a plantas de

cobertura, sendo os valores obtidos semelhantes ao do presente trabalho.

Figura 8. Primeira contagem de germinação de sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso, em

função do cultivo sob palhada de braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha

Solteira-SP, 2014.

Na Figura 9 pode-se observar que para variável germinação total, o

comportamento foi igual ao observado para primeira contagem de germinação, obtendo-

se os mesmos valores, tendo as maiores porcentagens para a braquiaria consorciada com

guandu que diferiu estatisticamente somente com o consorcio com mucuna, verificando-

se valores superiores a 98% para ambos os consórcios.

Os valores das porcentagens de germinação observados as enquadram como

sementes aptas para a comercialização (Brasil, 1992) cujo padrão de germinação deve

ser no mínimo de 80%, com tolerância de 5%.

O teste de germinação é o método aplicado e recomendado para a determinação

da qualidade fisiológica de sementes, embora se reconheçam as suas limitações, pois as

ab ab b a ab

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Primeira contagem de germinação

Pri

me

ira

con

tage

m d

e g

erm

inaç

ão (

%)

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

38

condições a que as sementes são submetidas para germinar são próximas às adequadas

(BRAGANTINI, 1996).

Figura 9. Porcentagem de germinação de sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso, em função do

cultivo sob palhada de braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha Solteira-SP,

2014.

Para a variável Índice de velocidade de germinação, nota-se na Figura 10, que

assim como para primeira contagem de germinação quanto para germinação total,

verificou-se efeitos significativos das coberturas na variável, com destaque para o

consorcio de braquiaria com guandu que obteve valores superiores a 9,8. Nota-se ainda

na Tabela 7 que a correlação entre a primeira contagem e o índice de velocidade de

germinação (IVG), variáveis onde tratamentos que tiveram maior IVG também foram

superiores na primeira contagem, resultado este também observado por Goes et al.

(2011) onde avaliavam a qualidade fisiológica de sementes de feijão sob o manejo de

irrigação e dose de N.

ab ab b a ab

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Germinação

% G

erm

inaç

ão

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

39

Figura 10. Índice de velocidade de germinação de sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso, em

função do cultivo sob palhada de braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha

Solteira-SP, 2014.

No desdobramento da interação plantas de cobertura x doses de N não

constatou-se efeitos significativos das doses nas características avaliadas, de acordo

com Ambrosano et al. (1999) e Carvalho et al. (2001) que também não notaram efeito

positivo de doses e de épocas de aplicação de nitrogênio sobre a germinação e vigor

(envelhecimento acelerado), para a cultivar IAC Carioca, “no inverno”. Crusciol et al.

(2003), em estudo no período “das águas”, com esta cultivar, também não observaram

efeito significativo das doses de nitrogênio, tanto em semeadura quanto em cobertura,

sobre a germinação que apresentou valores acima de 90%.

Para a variável envelhecimento acelerado não se constaram efeitos dos

tratamentos na característica analisada, porem os resultados obtidos foram satisfatórios.

O teste de envelhecimento acelerado ou envelhecimento precoce, ou ainda de

envelhecimento artificial, se baseia no fato de que a taxa de deterioração das sementes é

aumentada consideravelmente através de sua exposição a níveis muito adversos de

temperatura e umidade relativa (MARCOS FILHO et al., 1987). Nessas condições,

sementes de menor qualidade deterioram-se mais rapidamente do que as mais vigorosas,

com reflexos na germinação após o período de envelhecimento acelerado (TORRES;

MARCOS FILHO, 2001), sendo que desta forma as sementes analisadas obtiveram uma

ab ab b a ab

0

2

4

6

8

10

12

Índice de velocidade de germinação

Dia

s

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

40

boa taxa de germinação após envelhecimento com média entre as plantas de cobertura

de 98%, o que indica uma boa qualidade de semente produzida.

Na Tabela 8, observam-se as médias obtidas para comprimento de plântula,

condutividade elétrica, matéria verde e seca, porcentagem de água em plântulas, valores

de F calculado e CV% das analises de variância e regressão, em sementes de feijoeiro

cv. IAC Formoso em função de doses de N e plantas de cobertura. Verifica-se que

somente para variável matéria verde de plântulas constatou-se efeitos significativos das

coberturas na característica analisada e interação entre plantas de cobertura x doses de

N, sendo tais valores elucidados na Tabela 9.

Tabela 8. Médias obtidas para comprimento de plântula, condutividade elétrica (CE),

matéria verde (MV) e seca (MS), porcentagem de água em plântulas, valores de F

calculado (Fc) e CV% das analises de variância e regressão, em sementes de feijoeiro

cv. IAC Formoso em função de doses de N e plantas de cobertura. Ilha Solteira, 2014.

Coberturas Comprimento

de Plântula CE

MV

Plântula

M S

Plântula

água/plântula

cm µS.cm-1

.g-1

g. plântula -1

%

Braquiaria 17,21 56,22 1,30ab 0,127 89,34

Braq +crotalaria 16,21 49,05 1,27ab 1,128 89,82

Braq +Feijão de Porco 16,56 48,98 1,20 b 0,136 89,26

Braq +Guandu 17,14 50,49 1,34ab 0,136 89,70

Braq +Mucuna Cinza 16,18 52,84 1,38 a 0,137 89,90

Doses de N

0kg ha-1

16,88 52,33 1,30 0,132 89,70

50kg ha-1

16,48 51,32 1,27 0,145 89,19

100kg ha-1

16,03 52,49 1,28 0,130 89,63

150kg ha-1

17,25 49,93 1,34 0,133 89,90

F calc

Cobertura (CO) 0,66ns

2,76*

2,59*

1,17ns 0,68

ns

Dose (DO) 0,93ns

0,51ns

0,75ns

0,21ns 0,78

ns

CO x DO 0,82ns

3,98**

1,18ns

0,33ns 0,70

ns

Média 16,66 51,52 1,30 0,13 89,60

DMS 2,42 7,34 0,17 0,02 1,50

C.V. % 14,56 14,30 12,99 13,41 1,69

As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

**, * - Significativo a 1e a 5% de probabilidade, pelo teste de F, respectivamente.

Braq = Braquiaria

41

Para comprimento de plântula não se observou significância dos tratamentos em

relação a característica, fato também evidenciado por Simidu (2009) que não constatou

interferência de doses de N e plantas de cobertura na característica.

Com relação à variável analisada condutividade elétrica, verificou-se efeitos

significativos da interação coberturas x doses de N. Crusciol et al. (2003) ao estudar os

valores de condutividade em função de doses de N, também verificaram efeitos

significativos de doses de N na característica. Na Tabela 9, encontra-se o

desdobramento da interação plantas de cobertura x doses de N, com os valores podendo

ser observados na Figura 11.

Tabela 9. Desdobramento da interação Plantas de cobertura x Dose de nitrogênio para a variável

condutividade elétrica das sementes.

Condutividade Dose N (kg ha-1

)

0 50

100 150

Braquiaria(1)

67,16 b 61,00 b 45,07 a 51,65 ab

Braq +crotalaria(2)

44,14 a 55,22 ab 55,61 ab 41,25 a

Braq +Feijão de Porco 52,70 ab 43,30 a 49,72 ab 50,20 ab

Braq +Guandu 47,75 ab 48,44 ab 49,66 ab 56,10 b

Braq +Mucuna Cinza 49,90 ab 48,64 ab 62,40 b 50,43 ab

DMS 14,68

y1 = -0,000382x2+0,073172+25,299875 (R

2 = 0,5288)

y2 = -0,002545x2+0,365135+43,931750 (R

2 = 0,9950)

No desdobramento da interação entre plantas de cobertura x doses de N para

condutividade observa-se para o tratamento sem adubação nitrogenada as sementes de

feijoeiro implantado sobre palhada de braquiaria solteira apresentou maiores valores de

condutividade, diferindo estatisticamente do consorcio com crotalaria. Para braquiaria

solteira obteve-se valores superiores a 67 µS.cm-1

.g-1

enquanto que para o consorcio

com crotalaria obteve-se valores inferiores a 44 µS.cm-1

.g-1

, fato este desejado, visto

que menores valores de condutividade elétrica esta relacionado a maior vigor de

sementes.

42

Para dose de 50 kg.ha-1

de N, verificou-se que a cobertura que melhor respondeu

a esta dose foi o consorcio entre braquiaria e feijão de porco, obtendo leituras inferiores

a 43 µS.cm-1

.g-1, diferindo estatisticamente da braquiaria em cultivo isolado.

Quando se utilizou dose de 100 kg.ha-1

de N, pode-se notar que os menores

valores de condutividade nesta dose se deram na braquiaria solteira, que teve leituras

menores que 45 µS.cm-1

.g-1

estatisticamente diferente dos valores obtidos no consorcio

com mucuna, onde se obteve valores maiores que 62 µS.cm-1

.g-1

.

Para dose 150 kg.ha-1

de N dentro de coberturas, verificou-se que os menores

valores de leituras foram verificados no consorcio de braquiaria com crotalaria,

diferindo estatisticamente do consorcio com guandu, que apresentou valores mais

elevados.

Ainda na Tabela 9, nota-se que houve interação entre plantas de cobertura x

doses de N, com os valores expostos na Figura 11.

Figura 11. Condutividade elétrica de sementes de feijoeiro cv. IAC Formoso em função de

doses de N e plantas de cobertura. Ilha Solteira-SP, 2014.

Na Figura 11, verifica-se os valores de condutividade elétrica em função de

doses de N e plantas de cobertura. Verifica-se que para o desdobramento da interação

y13 = 0,0013x2 - 0,316x + 68,774R² = 0,8189

y 14= -0,0025x2 + 0,365x + 43,937R² = 0,995

y15 = 0,001x2 - 0,1504x + 51,612R² = 0,5082

y16 = 0,0012x2 - 0,0904x + 48,3R² = 0,9582

y17 = -0,0011x2 + 0,1913x + 47,863R² = 0,3276

05

10152025303540455055606570

0 50 100 150

Co

nd

uti

vid

ade

elé

tric

a (µ

.S.c

m-1

.g-1

)

Doses de N (kg ha-1)

Condutividade elétrica

13- braquiaria

14- braquiaria+crotalaria

15- braquiaria+feijão de porco

16-braquiaria+guandu

17-braquiaria+mucuna cinza

43

significativa de doses dentro do fator plantas de cobertura, as doses apenas

influenciaram nos resultados das sementes obtidas no cultivo sobre braquiaria solteira e

cosorciada com crotalaria, apresentando pontos de dose ótima de 71 e 95 kg.ha-1

de N,

respectivamente.

De acordo com Aguerro (1995) e Fagioli (2002) a relação entre grau de

organização das membranas, quantidades de lixiviados, teor de água nas sementes e

condutividade elétrica da solução de embebição permite relacionar o teste de

condutividade elétrica com o vigor de sementes, sendo que maiores valores de

condutividade indicariam sementes pouco vigorosas e os menores valores,

correspondentes a menor liberação de exsudatos, indicariam alto potencial fisiológico,

ou seja, elevado vigor e menor intensidade de desorganização do sistema de

membranas da célula ( Vieira et al., 2002).

A desorganização das membranas da parede celular, assim como verificado por

Vieira et al.(2002), indica um menor potencial fisiológico da semente devido a liberação

em excesso de exsudatos presentes na semente. De posse disso, pode-se elucidar que o

potencial de germinação das sementes esta relacionado aos valores de condutividade

elétrica da semente, onde lotes de sementes com elevadas leitura de condutividade

proporcionam menores valores de germinação quando comparado a lotes com baixos

valores de leitura. Tal fato é constatado no presente trabalho, em que as sementes com

maior poder germinativo tiveram leituras de condutividade menores que aquelas com

menor germinação.

Para massa verde de plântulas (Figura 12) verifica-se que as coberturas

proporcionaram efeitos significativos para variável, com destaque para o consorcio

entre braquiaria e mucuna, que apresentou massa de 1,38 g/plântula, diferindo

estatisticamente somente do consorcio com feijão de porco que apresentou o menor

valor com 1,20 g/plântula. Suzana et al.(2012) em estudo de diferentes manejos de

aplicação e fontes de N, obteve para a variável, massa variando de 0,71 a 0,79

g/plântula, valores inferiores ao encontrado no presente trabalho.

44

Figura 12. Massa verde de plântulas em feijoeiro cv. IAC Formoso, em função do cultivo sob

palhada de braquiaria solteira e em consorcio com leguminosas. Ilha Solteira-SP, 2014.

Com relação aos efeitos de doses de N não se observou efeitos significativos dos

tratamentos na característica analisada, estando de acordo com trabalho elaborado por

Suzana et al. (2002) que não verificaram diferenças na massa verde de plântulas de

feijoeiro em função de doses de nitrogênio. Também não se verificaram interação

significativa entre os fatores.

Na Tabela 10 pode-se verificar os teores foliares de macronutrientes na cultura

do feijoeiro, onde não se observou resultados significativos para coberturas nem para

doses. Verifica-se que os resultados obtidos se enquadram na faixa prevista por

Ambrosano et al.(1997) e Malavolta (1997), indicando que as plantas apresentaram um

bom estado nutricional tanto em função das plantas de cobertura como em função das

doses de nitrogênio utilizadas. Para a dose 0 de N verifica-se que os teores estiveram

abaixo da faixa adequada (30 g/kg de massa seca) fato este que pode haver refletido na

produtividade que foi 500 kg.ha-1

inferior as obtidas com aplicação do nitrogênio,

embora os dados não tenham se ajustado as funções testadas.

ab aba ab

b

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

Massa verde de plântulas

g.p

lân

tula

-1

Braquiaria Braquiaria+crotalaria Braquiaria+mucuna

Braquiaria+guandu Braquiaria+feijão de porco

45

Tabela 10. Teores foliares de macronutrientes em feijoeiro em função de plantas de

cobertura x doses de N. Ilha Solteira – SP, 2014.

Coberturas N P K Ca Mg S

...................................................g kg-1

.............................................

Braquiaria 29,32 3,47 19,49 5,16 4,25 3,20

Braq +Crotalaria 29,36 2,99 20,98 5,12 4,22 3,21

Braq+Feijão de

Porco

30,76 2,77 17,91 5,21 4,06 3,23

Braq +Guandu 30,28 2,82 20,04 4,88 4,24 3,01

Braq+Mucuna

Cinza

30,03 2,91 19,60 5,38 4,54 2,93

Doses de N

0 kg ha-1

28,88 2,99 19,26 4,72 3,93 2,96

50 kg ha-1

30,30 3,18 20,47 5,18 4,18 3,02

100 kg ha-1

29,80 2,94 19,21 5,65 4,76 3,23

150 kg ha-1

30,84 2,87 19,47 5,05 4,18 3,25

F calc

Cobertura (CO) 0,51ns

2,41ns

0,99ns

0,17ns

0,35ns

0,63ns

Dose (DO) 1,15ns

0,66ns

0,35ns

0,95ns

1,83ns

0,94ns

COxDO 1,49ns

0,81ns

1,82ns

0,97ns

0,86ns

0,50ns

Média 29,95 2,99 19,60 5,15 4,26 3,11

DMS 3,46 0,72 4,46 1,76 1,16 0,69

C.V. % 11,59 24,20 22,83 34,29 27,33 22,21

As médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5%.

**, * - Significativo a 1e a 5% de probabilidade, pelo teste de F, respectivamente.

Braq = Braquiaria

Para os teores de macronutrientes os resultados se assemelham ao encontrados

por Simidu (2009), que avaliou o efeito de épocas de aplicação de N bem como de

distintas coberturas nos teores foliares de nutrientes, não obtendo resultado significativo

para coberturas, estando desta forma de acordo com o presente trabalho.

46

6. CONCLUSÕES

- As plantas de cobertura apresentaram boa produção de massa seca com destaque para

o consorcio Urochloa ruziziensis + Crotalaria juncea;

- O consorcio U. ruziziensis + Feijão de porco foi o que proprocionou maior

produtividade do feijoeiro, maior numero de vagens/planta e maior massa de 100

sementes;

- As doses de N promoveram aumento na produtividade do feijoeiro cultivar IAC

Formoso, com dose ótima de 98 kg.ha-1

de N;

- As sementes apresentaram alta qualidade fisiológica independente da planta de

cobertura ou da dose de N utilizada.

47

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8. APÊNDICE

Figura 13. Aspecto geral do experimento em sua fase inicial.

60

Figura 14. Palhada de Urochloa ruziziensis.

Figura 16. Aspecto da área na coleta da matéria verde.

61

Figura 17. Aspecto da cultura no pré florescimento.

Figura 18. Rolos de germinação com as sementes obtidas no experimento.

62

63