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RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL DE PROJETO
Projeto Agrisus Nº: 1918/16
Período Relacionado: outubro de 2017 a julho de 2018
Título da Pesquisa: Sincronismo de liberação de potássio e resíduos de
Urochloa ruziziensis e sua absorção por cultivares e algodoeiro
Interessado (Coordenador do Projeto): Fábio Rafael Echer
Colaborador: Vinícius José Souza Peres
Instituição: Universidade do Oeste Paulista
Endereço: Rod. Raposo Tavares, km 572, Limoeiro, Presidente Prudente - SP
Telefone: (18) 3229-2000 Ramal: 2139
Email: [email protected]
Local da Pesquisa: Presidente Prudente / Presidente Bernardes - SP
Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 13.100,00
1 INTRODUÇÃO
O potássio (K) é um nutriente requerido pelo algodoeiro
(Gossypium hirsutum L.) em quantidade semelhante à do nitrogênio (N)
(CASSMAN, 1993). Em média, aproximadamente 60 kg haˉ¹ de K são
necessários para cada tonelada de algodão em caroço, e a época de máxima
taxa de absorção coincide com o florescimento (FURLANI JR. et al., 2001).
Desse total, aproximadamente 18 kg haˉ¹ são exportados (CARVALHO et al.,
2007). Durante o desenvolvimento dos frutos a absorção de K é muito
pequena, mas a translocação para os frutos é intensa (ROSOLEM;
MIKKELSEN, 1989), de modo que há muito K nas cápsulas dos frutos.
O potássio desempenha um papel importante no metabolismo das
plantas, pois está relacionado com o seu crescimento, desenvolvimento e
produção. As deficiências de potássio podem ocasionar problemas em
numerosas funções fisiológicas, incluindo relações hídricas, ativação
enzimática, equilíbrio de carga, crescimento e produção reduzida, bem como a
diminuição da resistência á estresses (OOSTERHUIS et al., 2013). A exigência
de K para o crescimento ideal da planta é de 2 a 5% do peso seco da planta
(MARSCHNER, 1995). Comparando a absorção de nutrientes do algodão com
a soja (Glycine max L.) e o milho (Zea mays L.), o algodoeiro é mais sensível à
deficiência de potássio do que as culturas descritas acima (COPE, 1981).
Segundo Ruiz et al. (1999), o principal mecanismo de transporte do potássio
até a raiz é a difusão, contudo, o fluxo de massa pode ter contribuição
significativa no processo quando a concentração de K na solução do solo é
elevada. A difusão contribui para a nutrição de potássio em torno de 72 a 96%
(OLIVEIRA et al., 2004).
Os solos arenosos apresentam como característica principal a
baixa fertilidade natural, baixa retenção de água e capacidade de troca de
cátions (CTC), devido aos reduzidos teores de matéria orgânica e argila
(FONTES et al., 2001; MENDONÇA et al., 2006). Compreende-se que nestes
solos o potássio disporá de menos cargas negativas para se associar, portanto,
quando na presença de água, o potássio não adsorvido estará na solução do
solo, aumentando a possibilidade de ocorrer fluxo de massa, mas aumentando
também a possibilidade de ocorrer lixiviação, como demonstrado por Rosolem
e Nakagawa (2001). O cultivo de plantas de cobertura pode resultar em
aumento dos teores disponíveis de nutrientes nas camadas superficiais do solo
(FIORIN, 1999). Principalmente o K, por não ser metabolizado na planta e
formar ligações com moléculas orgânicas de fácil reversibilidade, além de ser o
íon mais abundante nas células vegetais (MARSCHNER, 1995). Assim, as
quantidades de K na parte aérea de plantas de cobertura podem constituir uma
fonte expressiva do nutriente para culturas subsequentes (ROSOLEM et al.,
2006).
O potássio disponibilizado da palha, assim como aquele
adicionado via adubação potássica, podem ser lixiviados no perfil do solo,
dependendo da quantidade de chuva, da dose de nutriente aplicado e da
textura do solo, entre outros fatores, o que faz com que o manejo da adubação
potássica seja importante, tanto do ponto de vista econômico como ambiental
(ROSOLEM et al., 2006). Rosolem e Nakagawa (2001), observaram que a
lixiviação de K, no perfil de um solo de textura média, aumentou muito, quando
foram aplicadas doses de K2O acima de 80 kg ha-1 por ano,
independentemente do modo de aplicação do fertilizante.
Com a adoção do sistema de semeadura direta (SSD) e o uso de
plantas de cobertura no sistema, incluindo as forrageiras, a dinâmica dos
nutrientes no solo é alterada, exigindo novas linhas de pesquisa cujos
resultados possam direcionar os produtores para o manejo eficiente do uso de
fertilizantes, criar alternativas que facilitem as operações no campo, e
principalmente, viabilizar áreas de baixa fertilidade, degradadas e de textura
arenosa comuns na região do Oeste Paulista. Uma das alternativas a ser
considerada é a antecipação da adubação potássica de semeadura do
algodoeiro para a gramínea usada como cobertura do solo, que permite a
retirada do adubo potássico do sulco de semeadura e, além dos benefícios de
evitar o efeito salino do adubo potássico, é muito importante que ocorra uma
sincronia de liberação do potássio pela palhada da gramínea e sua absorção
pelo algodoeiro, principalmente no período de maior exigência da cultura.
Portanto faz se necessário o estudo com cultivares de distintos ciclos de
maturação, bem como das formas de parcelamento do adubo potássico na
gramínea e no algodoeiro.
A adubação potássica fornecida na gramínea forrageira pode
proporcionar aumento na taxa de crescimento das plantas de cobertura, reduzir
as perdas por lixiviação deste nutriente em solo arenoso, melhorar a nutrição, o
desempenho fisiológico, a produtividade e a qualidade da fibra do algodoeiro,
sobretudo do cultivar tardio, pois o período de florescimento mais longo pode
melhorar a sincronia de liberação de K da palhada e sua absorção pelo
algodoeiro, além de que o sistema radicular mais vigoroso do cultivar tardio
pode favorecer a absorção do K lixiviado para as camadas mais profundas do
solo.
2 OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de cultivares de
algodoeiro cultivados sob resíduos de Urochloa ruziziensis sob diferentes
manejos da adubação potássica.
3 METODOLOGIA
Foram instalados dois experimentos, sendo um em condições de
campo e um em casa de vegetação.
3.1 Experimento em campo
3.1.1 Características do local
O experimento foi desenvolvido na safra 2016/17, na Fazenda
Experimental da Universidade do Oeste Paulista - Unoeste, localizada ao
Oeste do estado de São Paulo no município de Presidente Bernardes. A
localização da área experimental está definida pelas coordenadas geográficas:
22o 07’ 32” Latitude Sul e 51o 23' 20” Longitude Oeste de Greenwich, com
altitude média de 475 metros. O solo desta região é classificado como
Argissolo Vermelho Distroférrico de textura arenosa (EMBRAPA, 2006), e o
clima, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Aw, com temperaturas
médias anuais em torno de 25ºC e regime pluvial caracterizado por dois
períodos distintos, um chuvoso, de outubro a março, e outro de baixa
precipitação pluvial, de abril a setembro.
FIGURA 1 – Dados climáticos do período experimental com a cultura dabraquiária
FIGURA 2 – Dados climáticos do período experimental com a cultura doalgodão
Para a definição dos Graus-Dia durante a condução do
experimento (Tabela 1), utilizou-se a fórmula proposta por Rosolem (2001). O
cálculo da soma térmica é GD = Σ [(T + t) / 2 - 15], onde: T = temperatura
máxima diária; t = temperatura mínima diária; 15 = temperatura base (º C).
TABELA 1 – Soma dos valores de Graus-Dia durante o ciclo do algodão Estádios de crescimentos Graus Dia
Emergência - F1 902,7
Emergência - F7 1244,6
Emergência - C2 1607,8
Emergência - Colheita 1818,2Fonte: Próprio autor (2018).
3.1.2 Delineamento experimental
O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em
esquema fatorial 2x6, formado por duas cultivares de algodão, uma precoce
(FM 913GLT) e outra tardia (FM 983GLT), e seis manejos de adubação
potássica (Tabela 2), com cinco repetições. Cada parcela foi composta por 4
linhas de algodão espaçadas em 0,8 m, com 7 m de comprimento, totalizando
22,4 m². Para as avaliações, foi considerado como área útil apenas as 2 linhas
centrais, descartando 1 m de bordadura de cada lado.
TABELA 2 – Descrição dos tratamentos e manejo da adubação potássica
TratamentosCobertura
do soloDose Forma de aplicação
0 K-SBSem
braquiáriaSem K
0 K-CBCom
braquiáriaSem K
140 K na BCom
braquiária140 kg ha-1
de K2O100 % na braquiária
70 K na B e 70K no A
Combraquiária
140 kg ha-1
de K2O50% na braquiária e 50% no
algodoeiro (30 DAE)
140 K no A-SBSem
braquiária140 kg ha-1
de K2O50% aos 30 DAE e 50% aos
45 DAE no algodoeiro
140 K no A-CBCom
braquiária140 kg ha-1
de K2O50% aos 30 DAE e 50% aos
45 DAE no algodoeiro
3.1.3 Instalação e desenvolvimento
O experimento iniciou-se em 20 de maio de 2016, onde na área
utilizada para o seu desenvolvimento procedeu-se a instalação da primeira
cultura. A semeadura da U. ruziziensis (braquiária) foi realizada de forma
mecanizada, com densidade de semeadura de 14 kg ha-1 de sementes puras
viáveis (Figura 3). Posteriormente, foi realizada a coleta de solo nas
profundidades de 0-20 e 20-40 cm para caracterização química da área. Em
laboratório, as amostras coletadas foram secas em temperatura ambiente e
analisadas quanto às seguintes características: pH (CaCl2), matéria orgânica,
bases trocáveis, alumínio e hidrogênio extraíveis, fósforo disponível,
micronutrientes e granulometria. Também foram calculadas a capacidade de
troca de cátions (CTC) e a saturação por bases (V%), conforme metodologia
proposta por Raij et al. (2001) (Tabela 3). Com base nesta caracterização foi
realizada a correção do solo aplicando em superfície uma dose de 1.400 kg ha-
1 de calcário calcítico. Para caracterizar o perfil do solo antes do manejo de
adubação potássica, também foi coletada e analisada amostras de solo nas
profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80 cm (Tabela 4).
TABELA 3 – Características químicas e granulométricas do solo
Prof. pH(CaCl2)
M.O P(Resina)
S-SO42- H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V
cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %
0-20 4,7 13,6 2,8 4,0 17,6 0,8 7,3 5,1 13,2 30,7 42,620-40 4,8 11,6 2,0 3,3 18,6 0,8 6,5 4,4 11,7 30,3 38,6Prof. B Cu Fe Mn Zn Areia Silte Argilacm mg dm-3 g kg-1
0-20 0,34 2,0 26,0 0,9 0,4 848 36 11620-40 0,41 1,4 31,5 1,0 0,3 841 23 137
TABELA 4 – Características químicas do perfil do solo antes do manejo deadubação potássica
Prof. pH(CaCl2)
M.O P(Resina)
S- SO42- Al3+ H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC m V
cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %
0-10 5,5 13,9 19,7 3,9 0,0 14,3 1,0 14,7 7,6 23,3 37,6 0,0 62,010-20 4,5 12,1 8,6 5,6 1,3 18,6 0,7 7,9 3,7 12,2 30,8 9,6 39,7
20-40 4,5 9,5 4,8 4,8 2,2 19,6 0,3 3,0 2,0 5,4 25,0 28,9 21,740-60 4,4 11,6 5,9 5,7 2,0 19,6 0,4 3,0 2,7 6,1 25,7 24,7 23,860-80 4,4 8,4 3,4 5,5 2,4 19,6 0,4 3,2 2,6 6,2 25,8 28,0 23,9
Em 7 de setembro de 2016, no início das chuvas, também iniciou-
se o manejo da adubação potássica, na forma de Cloreto de Potássio (60%
K2O), sendo realizada as aplicações em cobertura na braquiária nas doses de
140 kg ha-1 de K2O para o tratamento 3 e de 70 kg ha-1 de K2O para o
tratamento 4. Além dessa adubação, em 11 de outubro de 2016, foi realizada
uma adubação em cobertura de 20 kg ha-1 de N, na forma de Nitrato de Amônio
(31% N) (Figura 4). E em 1 de novembro de 2016 as plantas foram dessecadas
através da aplicação de glyphosate na dose de 1.920 g ha -1 do ingrediente
ativo (i.a.) (Figura 5).
A semeadura do algodoeiro foi realizada em 9 de dezembro de
2016, 38 dias após a dessecação química da área (Figura 6). Na adubação de
semeadura foi utilizado 130 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha-1 de N na forma de
Mono-Amônio-Fosfato (MAP). Aos 30 dias após a emergência (DAE) foi
realizada a segunda aplicação do manejo da adubação potássica na dose de
70 kg ha-1 de K2O para os tratamentos 4, 5 e 6 e 70 kg ha -1 de N na forma de
Sulfato de Amônio (21% N), ambos em cobertura (Figura 7). Aos 45 DAE foi
realizada a terceira adubação de cobertura com K, utilizando a dose de 70 kg
ha-1 de K2O para os tratamentos 5 e 6. Além da adubação potássica também foi
feita uma adubação nitrogenada, na forma de uréia (45% N), em todas as
parcelas do experimento, onde os tratamentos 1 e 5, sem a presença da planta
de cobertura do solo receberam a dose de 70 kg ha -1 de N e os tratamentos 2,
3, 4 e 6, com a presença da planta de cobertura receberam a dose de 50 kg ha -
1 de N de acordo com recomendações de Zancanaro e Kappes (2015) (Figura
8).
O manejo de plantas daninhas foi realizado com três aplicações
de glyphosate na dose de 1.920 g ha-1 do i.a e uma aplicação de glufosinato de
amônio na dose de 700 g ha-1 do i.a., uma vez que as duas cultivares são
tolerantes a esses herbicidas.
FIGURA 3 – Plantio Urochloa ruziziensis.
FIGURA 4 – Adubação Urochloa ruziziensis.
FIGURA 5 – Dessecação da Urochloa ruziziensis.
FIGURA 6 – Plantio dos cultivares de algodão.
FIGURA 7 – Adubação aos 30 DAE.
FIGURA 8 – Adubação aos 45 DAE.
3.1.4 Parâmetros avaliados
A lixiviação do K no perfil do solo foi determinada através de
amostragens do solo nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80
cm em dois períodos distintos. A primeira antes de iniciar o manejo da
adubação potássica na forrageira e a segunda após a colheita do algodoeiro
(Figura 9) e (Figura 10). Em cada amostragem foram coletadas duas sub-
amostras por parcela para formar uma amostra composta e a partir dela
determinado o teor de K conforme metodologia proposta por Raij et al. (2001)
Para a avaliação da liberação de K pela palha da forrageira para o
solo, primeiramente foi estimada a quantidade de matéria seca de parte aérea
da braquiária através do corte rente ao solo do material contido em 0,20 m2. As
coletas de palha foram realizadas aos 0, 20, 40, 60 e 80 DAE do algodoeiro,
com cinco repetições por parcela (Figura 11 e 12). As amostras coletadas
foram secas em estufa a 65oC, pesadas e moídas para análise química de
determinação do teor de K de acordo com os métodos descritos em Malavolta
et al. (1997). Através desse resultado foi calculada a quantidade remanescente
de K na palhada e com esses dados foram calculadas então as quantidades de
K liberadas da palha para o solo (Figura 13).
A marcha de absorção de K pelo algodoeiro foi realizada em cinco
plantas competitivas (em linha e em sequência) por parcela, amostradas aos
20, 40, 60, 80 e 120 DAE do algodoeiro. Após serem coletadas, as plantas
foram separadas conforme a época, em caule, folhas e frutos (botões florais,
flores, maçãs, capulhos, fibra e semente) (Figura 14 e 15). As amostras foram
secas em estufa de circulação de ar forçada, à temperatura de 65ºC durante 72
horas, para determinação da massa da matéria seca, sendo então moídas para
posterior análise química de K, utilizando-se método descrito por Malavolta et
al. (1997). De posse dos resultados de massa seca de cada estrutura
vegetativa e reprodutiva e dos teores de nutrientes de cada órgão em cada
época amostrada, foram construídas curvas da marcha de absorção de K da
planta inteira (soma de todos os órgãos) (Figura 16).
A diagnose foliar foi realizada de acordo com os métodos
descritos em Malavolta et al. (1997), através da amostragem de folhas (4ª ou 5ª
folha a partir do ápice da haste principal), no período de florescimento do
algodoeiro. Foram coletadas folhas de dez plantas por parcela (Figura 17).
A avaliação da condutância estomática (gs) ocorreu nos estádios
F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho), realizadas nos dias
18/02, 12/03 e 11/04/2017, respectivamente, com leituras na folha mais nova,
totalmente expandida, do ápice para a base, iniciadas às oito horas e finalizada
às dezessete horas com intervalos de uma hora entre as análises, utilizando
um porômetro (SC1- Decagon Devices), equipamento que faz leituras em mmol
H2O m-2 s-1(Figura 18).
O índice de área foliar (IAF) foi mensurado aos 30, 60, 90 e 120
DAE, utilizando o equipamento denominado ceptômetro (LP-80, Decagon
Devices) (Figura 19).
Por ocasião da colheita foram avaliados os componentes de
produção do algodoeiro como, o número de plantas por metro quadrado, a
altura das plantas, número de nós das plantas, número e peso médio dos
capulhos. De dois metros de linha que foram colhidos, estimou-se a
produtividade de algodão em caroço, em seguida uma amostra foi descaroçada
e determinada o seu rendimento de fibra e sua produtividade de algodão em
fibra, bem como a qualidade tecnológica da fibra (HVI – High Volume
Instrumentals), como o micronaire, resistência, comprimento, índice de fibras
curtas e maturidade da fibra (Figura 20)
FIGURA 9 – Coleta de solo antes da adubação.
FIGURA 10 – Coleta de solo após a colheita.
FIGURA 11 – Coleta de palha aos 40 DAE.
FIGURA 12 – Coleta de palha aos 80 DAE
FIGURA 13 – Processamentos das amostras no laboratório
FIGURA 14 – Coleta de planta aos 20 DAE
FIGURA 15 – Coleta de plantas aos 60 DAE.
FIGURA 16 –Processamento das plantas no laboratório.
FIGURA 17 – Coleta de folhas para diagnose foliar.
FIGURA 18 – Avaliação de condutância estomática.
FIGURA 19 – Avaliação do índice de área foliar (IAF).
FIGURA 20 – Realização da colheita.
3.2 Experimento em casa de vegetação
Em paralelo ao experimento em campo, foi conduzido um estudo
complementar, em rizotrons, na casa de vegetação da Universidade do Oeste
Paulista - Unoeste, com objetivo de avaliar o crescimento radicular dos
cultivares de algodão.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos
casualizados, onde os tratamentos foram constituídos pelas duas cultivares de
algodão utilizadas no experimento em campo, uma precoce (FM 913GLT) e
outra tardia (FM 983GLT), com 10 repetições.
As unidades experimentais, rizotrons, foram constituídas de tubos
de PVC com diâmetro de 0,30 m e altura de 0,85 m. Os tubos foram cortados
ao meio no sentido longitudinal, formando uma face plana, na qual foi instalada
uma parede de vidro para propiciar o acompanhamento visual do crescimento
radicular da planta. Junto à parede de vidro instalou-se uma tampa deslizante
de madeira laminada para cessar a incidência de luz, evitando com que a luz
inibisse o crescimento radicular, os dados de temperatura estão descritos na
figura 21. Os tubos permaneceram inclinados a 15o, para possibilitar o
crescimento do sistema radicular paralelamente ao vidro. O volume de terra
contido em cada unidade experimental foi de 30 dm3, foi utilizado um solo
orgânico e de coloração escura cuja as características químicas e
granulométricas estão descritas na (Tabela 1), o teor de água foi monitorado
diariamente e corrigido sempre que necessário para que permanecesse
próximo à capacidade de campo (Figura 22).
TABELA 5 – Características químicas e granulométricas do solo
Prof. pH(CaCl2)
M.O P(Resina)
S-SO42- H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V
cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %
0-20 6,9 60,5 656,1 348,7 10,4 16,5 218,8 48,8 284,1 294,5 96,5Prof. B Cu Fe Mn Zn Areia Silte Argilacm mg dm-3 g kg-1
20-40 0,9 7,0 50,10 2,0 16,0 782 109 110
Um dia após a emergência da planta, iniciou-se o monitoramento
do crescimento radicular por meio de marcações, das raízes que cresceram
junto ao vidro, no filme plástico com canetas coloridas. A avaliação foi repetida
com intervalo de 3 dias, até a raiz encostar no fundo do rizotron. Os filmes
plásticos, com as anotações de crescimento radicular do algodão ao longo dos
15 dias, foram avaliados seguindo metodologia proposta por Tennant (1975),
determinando-se assim o comprimento radicular. Em resumo, os filmes foram
colocados sobre uma folha marcada com quadrículos de 1,0 cm de lado e
contadas às interseções das raízes com as linhas. O comprimento radicular foi
calculado como: L = N x 11/14, em que: L - comprimento radicular; e N -
número de interseções (Figura 23)
Após a avaliação do crescimento radicular, as plantas foram
cortadas à altura do colo e a parte aérea seca em estufa de circulação forçada
de ar (65ºC por 72 horas) para determinação da massa de matéria seca.
Adicionalmente, as raízes foram lavadas, cortadas em pedaços de
aproximadamente 1,5 cm e armazenadas em álcool (álcool etílico hidratado 70º
INPM) em geladeira á 4°C até serem analisadas (Figura 24). Após a análise, a
amostra foi seca em estufa para determinação da massa de matéria seca da
raiz.
Com o auxílio de um scanner óptico, ligado a um computador,
foram adquiridas imagens das raízes (Figura 25). As imagens adquiridas foram
analisadas quanto: ao comprimento radicular total (cm), superfície da raiz
(cm2), diâmetro médio da raiz (mm), volume da raiz (cm3), bem como o
comprimento, a superfície e o volume em cada classe de diâmetro (0-0,50;
0,51-1,0; 1,01-1,50 e >1,51mm) usando o software winRHIZO Pro (Figura 27),
também foi calculada a relação raiz/parte aérea, tomando-se os valores de
matéria seca de raiz e de parte aérea.
FIGURA 21 – Dados da temperatura dentro da casa de vegetação durante operíodo de permanência dos rizotrons.
FIGURA 22 – Rizotrons inclinados a 15º.
FIGURA 23 – Realização das anotações no papel filme.
FIGURA 24 – Lavagem das raízes.
FIGURA 25 – Imagem obtida com auxílio do Scanner ótico de uma amostra
FIGURA 26 – Imagem obtida com auxílio do Scanner ótico analisada pelo
software WinRhizo
3.3 Análise estatística
Em ambos os estudos elaborados, tanto em campo como em
casa de vegetação, os dados foram submetidos à análise de variância e
regressão e para os efeitos significativos as médias foram comparadas pelo
teste de Tukey (p<0,05), através do programa estatístico SISVAR (FERREIRA,
2000), e os gráficos plotados no software Sigma Plot®.
4 RESULTADOS
O teor de K no solo na camada de 0-10 cm foi 90,8% maior nos
tratamentos onde o K foi aplicado em cobertura no algodão sem a presença da
braquiária em relação aos tratamentos onde a adubação com K foi antecipada
na braquiária e para os tratamentos sem K (Tabela 6). Ainda, para as camadas
de 10-20 e 20-40 o teor de K no solo foi 81,3 e 58% maior para os tratamentos
que receberam a aplicação de K, respectivamente.
TABELA 6 – Teor de K no do solo após a colheita do algodão.Tratamento 0-10 10-20 20-40 40-60 60-800 K-SB 1,05 c 0,86 b 0,88 b 0,79 a 0,71 a0 K- CB 0,96 c 0,96 b 0,74 b 0,93 a 0,72 a
140 K na B 1,38bc 1,69 a 1,39 a 0,99 a 0,72 a
70 K na B e 70 K no A 1,42
bc 1,54 a 1,22 a 1,04 a 0,87 a
140 K no A- SB 2,29 a 1,84 a 1,29 a 0,87 a 0,73 a
140 K no A- CB 1,85ab 1,55 a 1,31 a 0,87 a 0,75 a
F 18,38** 12,97** 4,86** 6,77** 0,44 ns
Cultivar FM 913GLT 1,43 a 1,27 b 0,98 b 0,89 a 0,69 aFM 983GLT 1,54 a 1,53 a 1,26 a 0,94 a 0,82 a
F1,71
ns 7,99** 13,97*
* 0,20
ns 3,20
ns
F int0,34
ns 1,93 ns 0,66 ns 1,78
ns 1,46
ns CV (%) 24,44 25,03 24,64 47,14 35,20 Fonte: Próprio autor (2018).
Em relação a massa da matéria seca da braquiária (Figuras 27 e
28), observa-se uma alta degradação de modo geral de 54,53% no período de
0 a 20 DAE e posterior a esse período (40 a 80 DAE) nota-se uma diminuição
da degradação e estabilização da massa da matéria seca. Observa-se também
que não houve aumento da massa da matéria seca onde foi aplicado 140 kg de
K2O e 70 kg K2O na braquiária fato esse que pode estar relacionado com o
residual de potássio existente no solo, resposta semelhante foi encontrada por
Rosolem et al. (2012a), de modo que, somente onde havia um teor residual 3
vezes maior de potássio no solo (0,4-1,2 mmolc dm-3) houve acréscimo na
massa da matéria seca da braquiária. Porém onde o K foi aplicado
integralmente na braquiária foi observado no período de 0 DAE um aumento
geral de 38,31% na quantidade de K2O remanescente na braquiária (Figura
29). Foi observado também de modo geral que houve uma liberação geral de
83, 87 % de K do teor inicial (Figura 30). Entretanto, as médias do teor de K na
palha encontradas no período de 0 DAE (39 dias após o manejo químico) estão
abaixo dos valores encontrados por outros autores para o gênero Urochloa
(Calonego et al., 2005; Pacheco et al., 2013), e essa diferença pode estar
relacionada às pequenas precipitações diárias que ocorreram do momento da
dessecação até a data da coleta (39 dias), que somadas chegam a 66 mm de
chuva.
FIGURA 27 – Média da massa da matéria seca da palha da Urochloaruziziensis dos tratamentos com cobertura do solo aos 0, 20, 40,60 e 80 dias após a emergência do algodão
Dias após a emergência
0 20 40 60 80 100
Ma
ssa
da
ma
téri
a s
eca
(kg
ha-1
)
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
y= 1178,93+3021,82(-0,06x) (R²=99,31)*
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 28 – Massa da matéria seca da palha da Urochloa ruziziensis emdiferentes manejos de adubação potássica
Dias após emergência
0 20 40 60 80 100
Mas
sa d
a m
atér
ia s
eca
(kg
ha-1
)
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 K- CB y=1303,87+3127,82(-0,09x) R²=99,59*140 K na B y=1236,60+2801,98(-0,05x) R²=99,33*70K na B e 70K no A y=1098,89+3197,68(-0,08x) R² 98,97*140 K no A-CB y=957,09+3081,29(-0,05x) R²=99,58*
(−−) 0 kg de K2O com braquiária; (--) 140 kg de K2O aplicado na braquiária; (−∙−) 70 kg de K2Oaplicado na braquiária e 70 kg de K2O no algodão; (−) 140 kg de K2O aplicado no algodão combraquiária.* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 29 – Residual de K2O da palha da Urochloa ruziziensis em diferentesmanejos de adubação potássica
Dias após a emergência
0 20 40 60 80 100
Re
sid
ua
l K2O
(kg
ha-1
)
0
2
4
6
8
10
12
0 K- SB y= 5,6 (-0,017x) (R²=93,82) 140 K na B y= 9,89 (-0,021x) (R²= 95,65)70 na B e 70 no A y=6,80 (-0,016x) (R²=84,50)140 no A- CB y 6,40 (-0,015x) (R²= 78,55)
(−−) 0 kg de K2O com braquiária, (--) 140 kg de K2O aplicado na braquiária, (−∙−) 70 kg de K2Oaplicado na braquiária e 70 kg K2O no algodão, (−) 140 kg de K2O aplicado no algodão combraquiária.* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 30 – Média do residual de K2O da palha da Urochloa ruziziensis dostratamentos com cobertura do solo aos 0, 20, 40, 60 e 80 diasapós a emergência do algodoeiro
Dias ápos a emergência
0 20 40 60 80 100
Res
idua
l K2O
(kg
ha-1
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
y=6,93-0,074x (R2= 92,23) *
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
Para a marcha de absorção do K não houve diferença significativa
entre as cultivares. Portanto, a média das cultivares do acúmulo de K na planta
(figura 31) foi maior aos 80 DAE e 120 DAE para o tratamento onde o K foi
aplicado no algodoeiro aos 30 DAE e aos 45 DAE sem a presença da
braquiária em relação ao tratamento sem K e sem braquiária para os 80 DAE e
para os 120 DAE os tratamentos sem a aplicação de K com e sem a presença
da braquiária e, também, para o tratamento onde foi aplicado o K integralmente
na braquiária. Reflexo, de um aumento no acúmulo de K na folha (figura 32) e
no caule (figura 33), ambos para os períodos de 60 e 80 DAE e para os frutos
(figura 34) no período de 120 DAE, ainda, os tratamentos onde houve a
aplicação de K metade na braquiária independente da época e com a presença
da braquiária mostraram uma curva de acúmulo de K intermediária na planta
(figura 31), folhas (figura 32), para o caule (figura 33) e para os frutos (figura
34). Observou-se também que a partir dos 80 DAE a intensificação da
redistribuição do K das folhas (figura 31) e do caule (figura 32) para os frutos
(figura 33), uma vez que, o K é altamente móvel na planta e os frutos são os
principais drenos na planta (Rosolem & Mikkelsen, 1991).
FIGURA 31 – Acúmulo de potássio na planta aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubação potássica
Dias após emergência
0 20 40 60 80 100 120 140
K a
cum
ula
do n
a p
lan
ta (
kg h
a-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
0 K-SB y=-35,09+,38*sqtr(x)+0,05* R²0,96*0 K-CB y=-62,31+14,80*sqtr(x)-0,34*x R²=0,92*140 K na B y=-59,89+12,67*sqtr(x)+0,03*x R²=0,97*70 K na B e 70 K no A y=-12,84-1,75*sqtr(x)+1,02*x R²=0,99*140 K no A-SB y=-17,45-2,86*sqrt(x)+1,40x R²=0,99*140 K no A-CB y=11,75-9,24*sqrt(x)+1,49x R²0,99*
(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 32 – Acúmulo de potássio na folha aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica
Dias após a emergência
0 20 40 60 80 100 120 140
K n
a fo
lha
(kg
ha-1
)
0
5
10
15
20
25
0 K-SB y=-38,94+11,86*sqrt(x)+-0,73*x R²=0,88*0 K-CB y=-53,14+15,76*sqrt(x)-0,94*x R²=0,80*140 K na B y=-63,47+18,92*sqrt(x)-1,13*x R²=0,85*70 K na B e 70 K no A y=-58,68+17,64*sqrt(x)-1,06*x R²=0,91*140 K no A-SB y=-69,57+20,61*sqrt(x)+1,23*x R²=0,86*140 K no A-CB y=-55,86+16,63*sqrt(x)-0,99*x R²=0,86*
(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 33 – Acúmulo de potássio no caule aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica
Dias após a emergência
0 20 40 60 80 100 120 140
K n
o ca
ule
(kg
ha-1)
0
5
10
15
20
25
30
0 K-SB y=-36,90+10,69*sqrt(x)-0,59*x R²=0,89* 0 K-CB y=-42,06+12,24*sqrt(x)-0,68*x R²=0,87*140 K na B y=-59,76+17,32*sqrt(x)-0,96*x R²=0,87*70 K na B e 70 K no A y=-47,11+13,49*sqrt(x)-0,96*x R²=0,93*140 K no A-SB y=-65,85+18,63*sqrt(x)-0,98*x R²=0,92*140 K no A-CB y=-35,21+9,78*sqrt(x)-0,46*x R²=0,96*
(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicado
na braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2O
aplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária.
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 34 – Acúmulo de potássio na folha aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica
Dias após emergência
0 20 40 60 80 100 120 140
K n
os fr
utos
(kg
ha-1
)
0
20
40
60
80
100
0 K-SB y=49,33-17,14*sqrt(x)+1,47*x R²=0,99*0 K-CB y=3,05-6,31*sqrt(x)+0,99*x R²=0,98*140K na B y=82,91-28,09*sqrt(x)+2,38*x R²=0,99*70 K na B e 70 Kno A y=164,07-49,29*sqtr(x)+3,70*x R²=0,99*140 K no A-SB y=196,06-60,12*sqrt(x)+4,60*x R²=0,99*140 K no A-CB y=164,07-49,29*sqrt(x)+3,70*x R²=0,99*
(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
Em relação à condutância estomática (gs) (Tabela 7) não houve
efeito significativo para os manejos do K no estádio F1, essa ausência de
efeito, pode estar associada as precipitações ocorridas anteriormente ao dia da
avaliação (Figura 2) e também associado a baixa demanda de potássio até o
início do florescimento, uma vez que, o potássio exerce papel-chave na
regulação estomática (LANGER et al., 2004). Contudo no estádio fenológico
primeira flor (F1) a cultivar FM 913GLT apresentou aumento na gs de 17,50%
em relação a cultivar FM 983GLT. Para o estádio de sétima flor (F7), período de
florescimento pleno cuja exigência em nutrientes e a sensibilidade aos fatores
ambientais são maiores, as plantas adubadas com potássio e com a presença
da braquiária, obtiveram gs 17,35% superior às plantas que não receberem
potássio e sem a presença da braquiária, o aumento de modo geral na gs das
plantas adubadas com K é reportado na literatura (ZHAO et al., 2001; HU et al.,
2016; HU et al., 2017), uma vez que, o K participa diretamente da dinâmica da
condutância estomática (CAKMAK, 2005). No estádio de segundo capulho
(C2), a gs apresentou diferença apenas em relação às cultivares, onde a
cultivar FM 983GLT foi 6,8% maior que a cultivar FM 913GLT. Entre os estádios
fenológicos a gs foi maior no estádio F7 em relação aos estádios F1 e C2 nos
dois cultivares, e para os cultivares a gs da cultivar FM 913GLT foi superior a
cultivar FM 983GLT em F1 e menor em C2 (Figura 8).
TABELA 7 – Condutância estomática de cultivares de algodão nos estádiosfenológicos F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho)
Tratamento F1 F7 C20 K-SB 310,26 a 377,85 b 229,54 a0 K- CB 328,10 a 438,23 ab 229,97 a140 K na B 357,10 a 459,15 a 266,08 a70 K na B e 70 K no A 346,68 a 447,60 a 247,03 a140 K no A- SB 334,10 a 410,13 ab 233,48 a140 K no A- CB 337,48 a 464,76 a 246,59 a
F 1,77 ns 4,75** 2,03 ns
CultivarFM 913GLT 367,81 a 437,04 a 233,59 bFM 983GLT 303,48 b 428,87 a 250,64 a
CV (%) 11,36 11,11 12,95
F 42,66** 0,43 ns 4,43*
Tratamento x Cultivar 0,87ns 0,78 ns 0,77 ns
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
FIGURA 35 – Condutância estomática de cultivares de algodão em nosestádios fenológicos F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho)
F1 F7 C2
Condu
tânci
a e
stom
átic
a (m
mol H
2O
m -
2 s
-1)
0
100
200
300
400
500FM 913 GLT FM 983GLT
Ba
Bb
AaAa
CbCa
Estádios FenológicosMédias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar no mesmo estádio e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em diferentes estádios pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).
Para o índice de área foliar (IAF) (Tabela 8) aos 30 e 60 DAE
ambas cultivares não apresentaram diferença estatística entre si e entre os
tratamentos. Porém no período de 90 DAE a cultivar de FM 983GLT apresentou
aumento de 9,8% em relação à cultivar FM 913GLT. Também aos 90 DAE, a
adubação potássica, independente da forma de aplicação, apresentou aumento
geral de 27,74% ao tratamento sem K e sem braquiária, O tratamento que não
recebeu K, mas que tinha braquiária apresentou IAF intermediário entre os dois
grupos, sendo 9,67% maior que o tratamento sem K e sem braquiária e 14,14
% menor que os tratamentos com adubação de K. Aos 120 DAE os tratamentos
com adubação potássica também foram de modo geral 27,38% superiores ao
tratamento sem K e sem braquiária, essa diferença pode estar relacionada com
a diminuição da taxa fotossintética e a baixa translocação dos fotoassimilados
em plantas com deficiência de K (HU et al., 2017).
TABELA 8 – Índice de área foliar (IAF) aos 30, 60, 90 e 120 dias após aemergência
Tratamento 30 DAE 60 DAE 90 DAE 120 DAE0 K-SB 0,47 a 3,0 a 1,55 b 0,84 c0 K- CB 0,36 a 2,6 a 1,70 ab 0,88 bc140 K na B 0,41 a 3,2 a 1,98 a 1,06 a70 K na B e 70 K no A 0,44 a 3,3 a 1,99 a 1,05 a140 K no A- SB 0,53 a 3,4 a 2,04 a 1,15 a
140 K no A- CB 0,36 a 2,9 a 1,91 a 1,02 ab
F 2,36 ns 1,77 ns 5,39** 10,74**
CultivarFM 913GLT 0,39 a 3,03 a 1,78 b 0,98 aFM 983GLT 0,46 a 3,14 a 1,94 a 1,02 a
CV (%) 30,69 24,97 14,13 11,46
F 3,81ns 0,30 ns 5,47* 1,97 ns
Tratamento x Cultivar 0,77ns 0,87 ns 0,23 ns 0,29 ns
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
Em relação a diagnose foliar (Tabela 9 e 10), a concentração de
K nas folhas de algodão foi 57,17% maior quando K foi aplicado integralmente
na braquiária comparado ao tratamento sem K e sem braquiária, entretanto,
apresentaram teores abaixo do nível de suficiência indicado por Malavolta et al.
(1997), que é de 14-16 g kg-1. O teor de Mg foi 26,45% maior no tratamento
sem K e sem braquiária, comparado com os demais que foram adubados com
K, mostrando, uma interação negativa do K com o Mg (MALAVOLTA et al
1997). A cultivar precoce apresentou um aumento de 9,79; 10,93; 11,62;
17,02% e 27,12% para o P, K, Mg, S e Zn, respectivamente, em relação à
cultivar tardia, é importante ressaltar que com exceção do K e do cobre todos
os nutrientes se encontram nos níveis de suficiência (MALAVOLTA et al 1997).
Ainda, a cultivar precoce mostrou maior teor para os nutrientes P, Mg, S e Zn.
TABELA 9 – Teor de macronutrientes em folhas de algodão em razão domanejo da adubação potássica e das cultivares
TratamentoN P K Ca Mg S
g kg-1
0 K-SB 43,40 a 2,46 a 5,58 b 35,41 a 10,66 a 4,30 a0 K- CB 43,85 a 2,53 a 6,47 ab 33,07 a 9,73 ab 3,85 a140 K na B 45,08 a 2,47 a 8,77 a 31,44 a 8,41 b 4,15 a70 K na B e 70 K no A 44,25 a 2,41 a 6,98 ab 30,93 a 8,21 b 4,02 a140 K no A- SB 42,79 a 2,41 a 7,70 ab 31,49 a 8,69 b 3,90 a140 K no A- CB 43,74 a 2,50 a 7,93 ab 31,69 a 8,40 b 3,89 a
F 1,47 ns 0,29 ns 2,50* 1,57 ns 6,48** 1,03 ns
CultivarFM 913GLT 43,53 a 2,58 a 7,61 a 36,74 a 9,51 a 4,33 aFM 983GLT 44,17 a 2,35 b 6,86 a 27,93 a 8,52 b 3,70 b
F 1,47ns 10,20** 1,64 ns 65,79** 10,17** 19,78**Tratamento x Cultivar 0,71ns 0,39 ns 0,93 ns 0,96 ns 0,69ns 0,83 ns
CV (%) 4,61 11,31 31,32 13,01 13,38 13,65Nível de suficiência# 35-40 2,0-2,5 14-16 30-40 4,0-5,0 2,0-3,0
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.#Malavolta et. al. (1997)
TABELA 10 – Teor de micronutrientes em folhas de algodão em razão domanejo da adubação potássica e das cultivares
TratamentoB Cu Fe Mn Zn
g kg-1
0 K-SB 27,00 a 14,43 a 130,4 a 156,98 a 23,77 a0 K- CB 28,70 a 11,41 a 109,5 a 153,10 a 25,21 a140 K na B 27,75 a 11,75 a 93,43 a 138,30 a 23,98 a70 K na B e 70 K no A 27,60 a 12,48 a 89,91 a 339,10 a 22,53 a140 K no A- SB 28,90 a 11,05 a 116,4 a 154,70 a 25,05 a140 K no A- CB 32,05 a 12,52 a 104,1 a 173,50 a 25,45 a
F 0,31 ns 0,43 ns 0,91 ns 0,91 ns 0,27 ns
CultivarFM 913GLT 26,05 a 12,29 a 117,2 a 243,7 a 27,23 aFM 983GLT 31,28 a 12,25 a 97,35 a 128,3 a 21,42 b
F 3,97 ns 0,001 ns 1,62 ns 3,15 ns 11,34**
Tratamento x Cultivar 1,03 ns 0,97 ns 1,46ns 0,99 ns 0,49 ns
CV (%) 35,49 47,13 56,32 135,23 27,45
Nível de suficiência# 20-30 30-40 60-80 20-40 10-15SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
#Malavolta et. al. (1997)
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para a
densidade de plantas (Tabela 11). A altura de plantas foi maior 17,50% de
modo geral para o tratamento com adubação de K sem a presença de
braquiária em relação aos tratamentos sem adubação de K, com e sem a
presença da braquiária e para o tratamento onde o K foi parcelado no algodão
aos 30 e 45 DAE com a presença da braquiária, já em relação aos cultivares, a
cultivar tardia apresentou um aumento de 19,80% em relação a cultivar
precoce.
O número de nós totais apresentou aumento de 14,83% para a
cultivar FM 913GLT no tratamento onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e
45 DAE sem a presença da braquiária em relação ao tratamento sem K e sem
a presença da braquiária (Figura 36). Ainda, o número de nós da cultivar FM
913GLT foi 9,02% maior que a cultivar FM 983GLT para o tratamento onde o K
foi aplicado integralmente na braquiária.
TABELA 11 – Plantas por metro quadrado, altura e número de nós totais
TratamentoPlantas Altura Número de nós
m-2 cm0 K-SB 8,70 a 77,92 b 11,37 b0 K- CB 8,80 a 78,02 b 11,90 ab140 K na B 8,70 a 83,06 ab 12,15 ab70 K na B e 70 K no A 8,10 a 83,26 ab 12,20 ab140 K no A- SB 8,10 a 91,02 a 12,46 a140 K no A- CB 7,80 a 76,44 b 12,32 ab
F 0,82 ns 4,13** 2,62* CultivarFM 913GLT 8,70 a 74,41 b 12,18 aFM 983GLT 8,00 a 89,15 a 11,95 a
F 3,27 ns 42,67** 1,33 ns
Tratamento x Cultivar 0,75 ns 1,02ns 2,50**CV (%) 16,87 10,69 6,31
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
FIGURA 36 – Número médio de nós totais em cultivares de algodão sobdiferentes manejos de adubação potássica
Nº
de
nós
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18 FM 913GLT FM 983GLT
bA
aAabA
abB
abA abAaA aA aA
aA
aA aA
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).
Para o número de capulhos m-2 (Figura 37) a cultivar FM 913GLT
no tratamento com adubação de K sem a presença da braquiária apresentou
aumento de modo geral de 38,35% em relação aos demais tratamentos, já a
cultivar tardia obteve aumento geral de 41,73% para os tratamentos com
adubação de K sem a presença da braquiária e onde o K foi parcelado na
braquiária e no algodão em relação ao tratamento: sem K e com braquiária. Em
relação as cultivares, a cultivar precoce obteve um aumento geral de 29,63%
em relação a cultivar tardia para os tratamentos onde o K foi parcelado no
algodão aos 30 e 45 DAE com a presença da braquiária, com adubação de K
sem a presença da braquiária e onde não houve a aplicação de K com a
presença da braquiária.
Não houve efeito do manejo da adubação potássica sobre o peso
médio do capulho, porém a cultivar FM 983GLT apresentou aumento de
16,95% em relação a cultivar FM 913GLT (Tabela 12).
A produtividade de algodão em caroço foi 33% maior no
tratamento onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e 45 DAE sem a
presença da braquiária em relação aos tratamentos sem K, com e sem a
presença da braquiária (Tabela 12). Para a produtividade de fibra o tratamento
onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e 45 DAE sem a presença da
braquiária foi maior que os demais tratamentos, mas não diferiu do tratamento
em que o K foi parcelado na braquiária e no algodão (Tabela 10).
A cultivar FM 913GLT apresentou rendimento de fibra 5,2%
superior à cultivar FM 983GLT (Tabela 10), mas não houve diferença entre os
manejos da adubação potássica.
Sui et al. (2014), relataram que o número de capulhos e o peso
médio de capulhos (PMC) são determinantes na produtividade. Portanto, para
os componentes de produção (Tabela 10), o PMC mais elevado para a cultivar
FM 983GLT não aumentou a produtividade em relação à cultivar FM 913GLT, o
que pode estar associado ao aumento no número de capulhos dessa cultivar. A
maior produtividade do algodoeiro no tratamento com a aplicação do K no
algodoeiro sem a presença da braquiária foi reflexo do melhor desenvolvimento
vegetativo uma vez que este tratamento proporcionou maior altura da planta e
maior número de nós, o que resultou em maior número de posições frutíferas
(Tabela 10).
O aumento na produtividade através da adubação potássica foi
reportado anteriormente (CASSMAN et al., 1989; CLEMENT-BAILEY;
GWATHMEY, 2007; SUI et al., 2014). Entretanto, os tratamentos que
receberam adição de K com presença da braquiária tiveram comportamentos
intermediários e semelhantes, aos tratamentos onde não houve aplicação de K.
TABELA 12 – Componentes de produção e produtividade de algodão emcaroço e em fibra nos tratamentos com manejo da adubaçãopotássica em cultivares de algodão
TratamentosNº
CapulhosPMC
Produtividade de algodão
em caroço
Rendimento de Fibra
Produtividade de algodão
em fibram² g kg ha-1 % kg ha-1
0 K-SB 54,06 b 3,06 a 1646 bc 44,57 a 733,36 bc0 K- CB 50,06 b 3,09 a 1523 c 44,87 a 684,28 c140 K na B 54,95 b 3,25 a 1784 abc 44,49 a 791,48 bc70 K na B e 70 K no A 59,36 b 3,22 a 1906 abc 44,65 a 848,74 ab140 K no A- SB 70,62 a 3,01 a 2109 a 45,04 a 949,79 a140 K no A- CB 56,37 b 3,19 a 1774 abc 44,38 a 786,93 bc
F 7,30** 4,13** 6,26** 1,14 ns 6,77**Cultivar
FM 913GLT 61,29 a 2,9 b 1754 a 45,8 a 803,47 aFM 983GLT 53,86 b 3,4 a 1826 a 43,5 b 794,72 a
F 12,06** 42,67** 1,17 ns 144,27** 0,09 ns
Tratamento x Cultivar 2,77* 1,02 ns 2,06 ns 0,51 ns 2,24 ns
CV (%) 14,39 10,69 14,39 3,26 14,08PMC = Peso médio de capulhos; SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A= Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
FIGURA 37 – Número médio de capulhos em cultivares de algodão sobdiferentes manejos de adubação potássica
Núm
ero
de c
apu
lhos
m-2
0
20
40
60
80
100FM 913GLT FM 983GLT
bA
bA
aA
bAbA aA
abA
aB
bB
abA
abBbA
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.
Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste Tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).
O tratamento onde o K foi parcelado na braquiária e no algodão
apresentou índice micronaire aumento de 8,4% aos demais tratamentos,
exceto quando o K foi aplicado integralmente na braquiária (Tabela 13). Entre
as cultivares, a cultivar FM 983GLT apresentou micronaire 13,7% superior ao
da FM 913GLT.
Não houve efeito dos tratamentos sobre o comprimento da fibra,
porém a fibra da cultivar FM 983GLT foi 1,36% mais comprida que a cultivar FM
913GLT (Tabela 13). Houve aumento do índice de fibras curtas no tratamento
sem K com braquiária, comparado ao tratamento em que o K foi parcelado na
braquiária e no algodão, mas não houve diferença entre os demais
tratamentos. A cultivar FM 983GLT apresentou maior índice de fibras curtas que
a FM 913GLT. O parcelamento da adubação potássica na braquiária e no
algodão melhorou a maturidade da fibra quando comparado ao fornecimento
do K integralmente no algodão com e sem braquiária ou no tratamento sem K e
sem braquiária. A cultivar FM 983GLT apresentou maturidade de 2,22%
superior à cultivar FM 913GLT. Houve interação do manejo do K e das
cultivares para a resistência da fibra (Figura 38). A cultivar FM 983GLT
apresentou resistência da fibra superior a cultivar FM 913GLT nos tratamentos
onde o K foi parcelado no algodão 30 e 45 DAE com e sem a presença da
braquiária e para o tratamento onde o K foi parcelado na braquiária e no
algodão. O efeito do fornecimento de K na qualidade de fibra também é
conhecido (PETTIGREW et al., 1996; SUI et al., 2014), entretanto, o aumento
na qualidade de fibra através do fornecimento de K não foi consistente para
todos os tratamentos. Pettigrew (2003) e Reddy et al. (2004), atribuíram esse
fato às possíveis interações entre genótipo, clima e solo. Ainda, Ramey (1986)
e Reddy et al. (1999), relataram que as qualidades da fibra podem ser
influenciadas pelo ambiente e material genético, em decorrência, dos cultivares
estarem no mesmo ambiente, as diferenças encontradas na porcentagem de
fibra e na qualidade pode ser atribuída à genética dos cultivares.
TABELA 13 – Qualidade tecnológica da fibra de algodão
TratamentoMicronaire Resistência Comprimento
Fibrascurtas
Maturidade
g in-1 gf tex-1 mm % -
0 K-SB 3,89 c 31,29 a 29,64 a 7,39 a 85,40 d
0 K- CB 4,27 b 31,02 a 29,59 a 7,01 ab 86,37 abc
140 K na B 4,47 ab 31,17 a 29,54 a 7,05 ab 86,90 ab
70 K na B e 70 K no A 4,52 a 31,49 a 29,74 a 6,83 b 86,95 a
140 K no A- SB 4,25 b 31,43 a 29,42 a 6,93 ab 86,12 c
140 K no A- CB 4,25 b 31,36 a 29,60 a 6,87 ab 86,25 bc
F 13,25** 0,65 ns 1,00 ns 2,41* 12,11**
Cultivar
FM 913GLT 4,00 b 30,88 b 29,39 b 6,5 b 85,4 b
FM 983GLT 4,55 a 31,71 a 29,79 a 7,6 a 87,3 aF 119,48** 22,85** 20,35** 108,89** 228,15**
Tratamento x Cultivar 0,99 ns 3,07* 0,79 ns 1,96 ns 1,99ns
CV (%) 9,01 4,32 2,29 11,89 1,20Padrão de
comercialização3,5-4,9 >27 >28 - -
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação Tratamento.F = valor do F calculado para a fonte de variação. *, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.
FIGURA 38 – Resistência de fibra sob diferentes manejos de adubaçãopotássica
Re
sist
ênci
a (S
RF
) (g
f te
x-1
)
26
28
30
32
34FM 913GLT FM 983GLT
aA
aA
aBaBaAaA
aA aAaA
aA aA
aB
SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).
Em relação as duas cultivares de algodão FM 983GLT (tardia) e
FM 913GLT (precoce), foi observado que a variedade FM 983GLT (tardia)
apresentou um comprimento radicular da raiz principal maior nos primeiros dias
(Figura 39), o mesmo comportamento foi observado para as raízes laterais
(Figura 40) e para o comprimento total (Figura 41), entretanto aos 25 dias
ambas as cultivares apresentaram resultados semelhantes, esse resultado
pode estar relacionado com o maior conteúdo de reservas na semente na
cultivar tardia, uma vez que, a mesma apresenta um rendimento de fibra menor
( tabela 12).
A matéria seca da parte aérea, raiz e a relação raiz/parte aérea
não foi encontrado respostar para as cultivares, ainda, na tabela 3 não foi
observado diferença nas variáveis entre as cultivares para as variáveis
biométricas e consequentemente, também, foi observado a mesma resposta
para o comprimento, superfície e volume e diferentes classes de diâmetro
(tabelas 4,5 e 6) respectivamente.
FIGURA 39 – Comprimento da raiz principal das cultivares de algodão
Dias após emergência
0 10 20 30
Com
prim
ento
da
raiz
prin
cipa
l (cm
)
0
10
20
30
40
50
60
70 FM 913GLT y=-8,11+14,04*sqrt(x)-0,35*x R²=0,99*FM 983GLT y=-7,97+18,89*sqrt(x)-1,20*x R²=0,99*
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)FIGURA 40 – Comprimento das raízes laterais das cultivares de algodão
Dias após emergência
0 10 20 30
Com
prim
ento
das
raí
zes
late
rais
(cm
)
0
50
100
150
200
250 FM 913GLT y=-24,40+11,72*sqrt(x)+6,34*x R²=0,99*FM 983GLT y=-49,38+38,72*sqrt(x)+2,01*x R²=0,99*
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
FIGURA 41 – Comprimento radicular total das cultivares de algodão.
Dias após a emergência
0 10 20 30
Co
mpr
ime
nto
tota
l (cm
)
0
50
100
150
200
250
300
350 FM 913GLT y=-32,58+25,83*sqrt(x)+5,98*x R²=0,99*FM 983GLT y=-57,36+57,60*sqrt(x)+0,81*x R²=0,99*
* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)
TABELA 14 – Matéria seca da parte aérea, raiz e relação de raiz/parte aérea Cultivar Parte Aérea (g) Raiz (g) Raiz/Parte aérea (g)FM 913GLT 10,94 a 0,45 a 0,04 AFM 983GLT 11,51 a 0,50 a 0,04 A
F 2,61 ns 1,03 ns 0,35 ns
CV (%) 6,89 24,04 20,12ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade..
TABELA 15 – Parâmetros biométricos das raízes
CultivarComprimento
(cm)Superfície
(cm²)Volume(cm³)
Diâmetro(mm)
Comprimento/superfície(km/m³)
FM 913GLT 3504 a 611 a 8,50 a 0,56 a 16,31 a
FM 983GLT 3750 a 654 a 9,14 a 0,55 a 17,65 a
F 0,96 ns 0,67 ns 0,45ns 0,001ns 0,51 ns
CV (%) 15,12 18,03 22,87 7,25 24,19ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 16 Comprimento radicular de cultivares de algodão em diferentes
classes de diâmetro.
Comprimento (cm)Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 2300 a 901 a 201 a 99 aFM 983GLT 2470 a 959 a 213 a 106 a
F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 17 Superfície radicular de cultivares de algodão em diferentes classes
de diâmetro
Superfície (cm²)Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 202,41 a 190,93 a 75,44 a 71,28 aFM 983GLT 215,96 a 204,50 a 80,23 a 76,07 a
F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 18 Volume radicular de cultivares de algodão em diferentes classes de
diâmetro
Volume (cm²) Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 1,60 a 3,36 a 2,28 a 0,43 aFM 983GLT 1,70 a 3,62 a 2,43 a 0,49 a
F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A matéria seca da braquiária não aumentou através do
fornecimento de potássio.
O fornecimento de potássio aumentou o teor de K nas camadas
de 0-10, 10-20 e 20-40 centímetros.
A presença da braquiária influenciou negativamente a absorção
de K pelas plantas de algodoeiro.
A condutância estomática no estádio F7 aumento com o
fornecimento de K.
O índice de área foliar foi maior aos 90 e 120 DAE com o
fornecimento de K
O fornecimento de K parcelado sem a presença da braquiária
aumentou a altura, o número de nós, o número de capulho m², a produtividade
de algodão em caroço, a produtividade de algodão em fibras.
O fornecimento de potássio e a presença da braquiária melhorou
o micronaire e a maturidade, porém todos os tratamentos apresentaram valores
de qualidade de fibra dentro do padrão de comercialização
As cultivares não apresentaram diferença no crescimento e
desenvolvimento radicular.
6 CONCLUSÃO
A maior parte do potássio é liberada dos resíduos de Urochloa
ruziziensis nos primeiros 30 dias após a dessecação da forrageira, havendo
sincronismo com a absorção pelo algodoeiro, mas sem efeito das cultivares de
algodão na recuperação do potássio lixiviado no perfil do solo. Em solos com
baixo teor de potássio e de matéria orgânica a dose de potássio aplicado na
espécie forrageira deve ser parcelada metade na forrageira e metade no
algodoeiro para que não haja perda significativa em produtividade. Novos
estudos devem ser realizados para lucidar o efeito negativo da presença da
forrageira sobre o desenvolvimento do algodoeiro e encontrar formas
alternativas de manejo uma vez que em solos leves e com baixa capacidade de
retenção de água a cobertura do solo é fundamental para a sustentabilidade
agrícola.
Dia de campo. Uma das estações envolveu a apresentação do projetofinanciado pela Agrisus. Houve a participação de 250 pessoas no dia decampo.
Dia de campo. Uma das estações envolveu a apresentação do projetofinanciado pela Agrisus.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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