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RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL DE PROJETO Projeto Agrisus Nº: 1918/16 Período Relacionado: outubro de 2017 a julho de 2018 Título da Pesquisa: Sincronismo de liberação de potássio e resíduos de Urochloa ruziziensis e sua absorção por cultivares e algodoeiro Interessado (Coordenador do Projeto): Fábio Rafael Echer Colaborador: Vinícius José Souza Peres Instituição: Universidade do Oeste Paulista Endereço: Rod. Raposo Tavares, km 572, Limoeiro, Presidente Prudente - SP Telefone: (18) 3229-2000 Ramal: 2139 Email: [email protected] Local da Pesquisa: Presidente Prudente / Presidente Bernardes - SP Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 13.100,00

Urochloa ruziziensis - Agrisusrealizada a correção do solo aplicando em superfície uma dose de 1.400 kg ha-1 de calcário calcítico. Para caracterizar o perfil do solo antes do

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RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL DE PROJETO

Projeto Agrisus Nº: 1918/16

Período Relacionado: outubro de 2017 a julho de 2018

Título da Pesquisa: Sincronismo de liberação de potássio e resíduos de

Urochloa ruziziensis e sua absorção por cultivares e algodoeiro

Interessado (Coordenador do Projeto): Fábio Rafael Echer

Colaborador: Vinícius José Souza Peres

Instituição: Universidade do Oeste Paulista

Endereço: Rod. Raposo Tavares, km 572, Limoeiro, Presidente Prudente - SP

Telefone: (18) 3229-2000 Ramal: 2139

Email: [email protected]

Local da Pesquisa: Presidente Prudente / Presidente Bernardes - SP

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 13.100,00

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1 INTRODUÇÃO

O potássio (K) é um nutriente requerido pelo algodoeiro

(Gossypium hirsutum L.) em quantidade semelhante à do nitrogênio (N)

(CASSMAN, 1993). Em média, aproximadamente 60 kg haˉ¹ de K são

necessários para cada tonelada de algodão em caroço, e a época de máxima

taxa de absorção coincide com o florescimento (FURLANI JR. et al., 2001).

Desse total, aproximadamente 18 kg haˉ¹ são exportados (CARVALHO et al.,

2007). Durante o desenvolvimento dos frutos a absorção de K é muito

pequena, mas a translocação para os frutos é intensa (ROSOLEM;

MIKKELSEN, 1989), de modo que há muito K nas cápsulas dos frutos.

O potássio desempenha um papel importante no metabolismo das

plantas, pois está relacionado com o seu crescimento, desenvolvimento e

produção. As deficiências de potássio podem ocasionar problemas em

numerosas funções fisiológicas, incluindo relações hídricas, ativação

enzimática, equilíbrio de carga, crescimento e produção reduzida, bem como a

diminuição da resistência á estresses (OOSTERHUIS et al., 2013). A exigência

de K para o crescimento ideal da planta é de 2 a 5% do peso seco da planta

(MARSCHNER, 1995). Comparando a absorção de nutrientes do algodão com

a soja (Glycine max L.) e o milho (Zea mays L.), o algodoeiro é mais sensível à

deficiência de potássio do que as culturas descritas acima (COPE, 1981).

Segundo Ruiz et al. (1999), o principal mecanismo de transporte do potássio

até a raiz é a difusão, contudo, o fluxo de massa pode ter contribuição

significativa no processo quando a concentração de K na solução do solo é

elevada. A difusão contribui para a nutrição de potássio em torno de 72 a 96%

(OLIVEIRA et al., 2004).

Os solos arenosos apresentam como característica principal a

baixa fertilidade natural, baixa retenção de água e capacidade de troca de

cátions (CTC), devido aos reduzidos teores de matéria orgânica e argila

(FONTES et al., 2001; MENDONÇA et al., 2006). Compreende-se que nestes

solos o potássio disporá de menos cargas negativas para se associar, portanto,

quando na presença de água, o potássio não adsorvido estará na solução do

solo, aumentando a possibilidade de ocorrer fluxo de massa, mas aumentando

também a possibilidade de ocorrer lixiviação, como demonstrado por Rosolem

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e Nakagawa (2001). O cultivo de plantas de cobertura pode resultar em

aumento dos teores disponíveis de nutrientes nas camadas superficiais do solo

(FIORIN, 1999). Principalmente o K, por não ser metabolizado na planta e

formar ligações com moléculas orgânicas de fácil reversibilidade, além de ser o

íon mais abundante nas células vegetais (MARSCHNER, 1995). Assim, as

quantidades de K na parte aérea de plantas de cobertura podem constituir uma

fonte expressiva do nutriente para culturas subsequentes (ROSOLEM et al.,

2006).

O potássio disponibilizado da palha, assim como aquele

adicionado via adubação potássica, podem ser lixiviados no perfil do solo,

dependendo da quantidade de chuva, da dose de nutriente aplicado e da

textura do solo, entre outros fatores, o que faz com que o manejo da adubação

potássica seja importante, tanto do ponto de vista econômico como ambiental

(ROSOLEM et al., 2006). Rosolem e Nakagawa (2001), observaram que a

lixiviação de K, no perfil de um solo de textura média, aumentou muito, quando

foram aplicadas doses de K2O acima de 80 kg ha-1 por ano,

independentemente do modo de aplicação do fertilizante.

Com a adoção do sistema de semeadura direta (SSD) e o uso de

plantas de cobertura no sistema, incluindo as forrageiras, a dinâmica dos

nutrientes no solo é alterada, exigindo novas linhas de pesquisa cujos

resultados possam direcionar os produtores para o manejo eficiente do uso de

fertilizantes, criar alternativas que facilitem as operações no campo, e

principalmente, viabilizar áreas de baixa fertilidade, degradadas e de textura

arenosa comuns na região do Oeste Paulista. Uma das alternativas a ser

considerada é a antecipação da adubação potássica de semeadura do

algodoeiro para a gramínea usada como cobertura do solo, que permite a

retirada do adubo potássico do sulco de semeadura e, além dos benefícios de

evitar o efeito salino do adubo potássico, é muito importante que ocorra uma

sincronia de liberação do potássio pela palhada da gramínea e sua absorção

pelo algodoeiro, principalmente no período de maior exigência da cultura.

Portanto faz se necessário o estudo com cultivares de distintos ciclos de

maturação, bem como das formas de parcelamento do adubo potássico na

gramínea e no algodoeiro.

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A adubação potássica fornecida na gramínea forrageira pode

proporcionar aumento na taxa de crescimento das plantas de cobertura, reduzir

as perdas por lixiviação deste nutriente em solo arenoso, melhorar a nutrição, o

desempenho fisiológico, a produtividade e a qualidade da fibra do algodoeiro,

sobretudo do cultivar tardio, pois o período de florescimento mais longo pode

melhorar a sincronia de liberação de K da palhada e sua absorção pelo

algodoeiro, além de que o sistema radicular mais vigoroso do cultivar tardio

pode favorecer a absorção do K lixiviado para as camadas mais profundas do

solo.

2 OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de cultivares de

algodoeiro cultivados sob resíduos de Urochloa ruziziensis sob diferentes

manejos da adubação potássica.

3 METODOLOGIA

Foram instalados dois experimentos, sendo um em condições de

campo e um em casa de vegetação.

3.1 Experimento em campo

3.1.1 Características do local

O experimento foi desenvolvido na safra 2016/17, na Fazenda

Experimental da Universidade do Oeste Paulista - Unoeste, localizada ao

Oeste do estado de São Paulo no município de Presidente Bernardes. A

localização da área experimental está definida pelas coordenadas geográficas:

22o 07’ 32” Latitude Sul e 51o 23' 20” Longitude Oeste de Greenwich, com

altitude média de 475 metros. O solo desta região é classificado como

Argissolo Vermelho Distroférrico de textura arenosa (EMBRAPA, 2006), e o

clima, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Aw, com temperaturas

médias anuais em torno de 25ºC e regime pluvial caracterizado por dois

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períodos distintos, um chuvoso, de outubro a março, e outro de baixa

precipitação pluvial, de abril a setembro.

FIGURA 1 – Dados climáticos do período experimental com a cultura dabraquiária

FIGURA 2 – Dados climáticos do período experimental com a cultura doalgodão

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Para a definição dos Graus-Dia durante a condução do

experimento (Tabela 1), utilizou-se a fórmula proposta por Rosolem (2001). O

cálculo da soma térmica é GD = Σ [(T + t) / 2 - 15], onde: T = temperatura

máxima diária; t = temperatura mínima diária; 15 = temperatura base (º C).

TABELA 1 – Soma dos valores de Graus-Dia durante o ciclo do algodão Estádios de crescimentos Graus Dia

Emergência - F1 902,7

Emergência - F7 1244,6

Emergência - C2 1607,8

Emergência - Colheita 1818,2Fonte: Próprio autor (2018).

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3.1.2 Delineamento experimental

O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em

esquema fatorial 2x6, formado por duas cultivares de algodão, uma precoce

(FM 913GLT) e outra tardia (FM 983GLT), e seis manejos de adubação

potássica (Tabela 2), com cinco repetições. Cada parcela foi composta por 4

linhas de algodão espaçadas em 0,8 m, com 7 m de comprimento, totalizando

22,4 m². Para as avaliações, foi considerado como área útil apenas as 2 linhas

centrais, descartando 1 m de bordadura de cada lado.

TABELA 2 – Descrição dos tratamentos e manejo da adubação potássica

TratamentosCobertura

do soloDose Forma de aplicação

0 K-SBSem

braquiáriaSem K

0 K-CBCom

braquiáriaSem K

140 K na BCom

braquiária140 kg ha-1

de K2O100 % na braquiária

70 K na B e 70K no A

Combraquiária

140 kg ha-1

de K2O50% na braquiária e 50% no

algodoeiro (30 DAE)

140 K no A-SBSem

braquiária140 kg ha-1

de K2O50% aos 30 DAE e 50% aos

45 DAE no algodoeiro

140 K no A-CBCom

braquiária140 kg ha-1

de K2O50% aos 30 DAE e 50% aos

45 DAE no algodoeiro

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3.1.3 Instalação e desenvolvimento

O experimento iniciou-se em 20 de maio de 2016, onde na área

utilizada para o seu desenvolvimento procedeu-se a instalação da primeira

cultura. A semeadura da U. ruziziensis (braquiária) foi realizada de forma

mecanizada, com densidade de semeadura de 14 kg ha-1 de sementes puras

viáveis (Figura 3). Posteriormente, foi realizada a coleta de solo nas

profundidades de 0-20 e 20-40 cm para caracterização química da área. Em

laboratório, as amostras coletadas foram secas em temperatura ambiente e

analisadas quanto às seguintes características: pH (CaCl2), matéria orgânica,

bases trocáveis, alumínio e hidrogênio extraíveis, fósforo disponível,

micronutrientes e granulometria. Também foram calculadas a capacidade de

troca de cátions (CTC) e a saturação por bases (V%), conforme metodologia

proposta por Raij et al. (2001) (Tabela 3). Com base nesta caracterização foi

realizada a correção do solo aplicando em superfície uma dose de 1.400 kg ha-

1 de calcário calcítico. Para caracterizar o perfil do solo antes do manejo de

adubação potássica, também foi coletada e analisada amostras de solo nas

profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80 cm (Tabela 4).

TABELA 3 – Características químicas e granulométricas do solo

Prof. pH(CaCl2)

M.O P(Resina)

S-SO42- H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V

cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %

0-20 4,7 13,6 2,8 4,0 17,6 0,8 7,3 5,1 13,2 30,7 42,620-40 4,8 11,6 2,0 3,3 18,6 0,8 6,5 4,4 11,7 30,3 38,6Prof. B Cu Fe Mn Zn Areia Silte Argilacm mg dm-3 g kg-1

0-20 0,34 2,0 26,0 0,9 0,4 848 36 11620-40 0,41 1,4 31,5 1,0 0,3 841 23 137

TABELA 4 – Características químicas do perfil do solo antes do manejo deadubação potássica

Prof. pH(CaCl2)

M.O P(Resina)

S- SO42- Al3+ H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC m V

cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %

0-10 5,5 13,9 19,7 3,9 0,0 14,3 1,0 14,7 7,6 23,3 37,6 0,0 62,010-20 4,5 12,1 8,6 5,6 1,3 18,6 0,7 7,9 3,7 12,2 30,8 9,6 39,7

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20-40 4,5 9,5 4,8 4,8 2,2 19,6 0,3 3,0 2,0 5,4 25,0 28,9 21,740-60 4,4 11,6 5,9 5,7 2,0 19,6 0,4 3,0 2,7 6,1 25,7 24,7 23,860-80 4,4 8,4 3,4 5,5 2,4 19,6 0,4 3,2 2,6 6,2 25,8 28,0 23,9

Em 7 de setembro de 2016, no início das chuvas, também iniciou-

se o manejo da adubação potássica, na forma de Cloreto de Potássio (60%

K2O), sendo realizada as aplicações em cobertura na braquiária nas doses de

140 kg ha-1 de K2O para o tratamento 3 e de 70 kg ha-1 de K2O para o

tratamento 4. Além dessa adubação, em 11 de outubro de 2016, foi realizada

uma adubação em cobertura de 20 kg ha-1 de N, na forma de Nitrato de Amônio

(31% N) (Figura 4). E em 1 de novembro de 2016 as plantas foram dessecadas

através da aplicação de glyphosate na dose de 1.920 g ha -1 do ingrediente

ativo (i.a.) (Figura 5).

A semeadura do algodoeiro foi realizada em 9 de dezembro de

2016, 38 dias após a dessecação química da área (Figura 6). Na adubação de

semeadura foi utilizado 130 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha-1 de N na forma de

Mono-Amônio-Fosfato (MAP). Aos 30 dias após a emergência (DAE) foi

realizada a segunda aplicação do manejo da adubação potássica na dose de

70 kg ha-1 de K2O para os tratamentos 4, 5 e 6 e 70 kg ha -1 de N na forma de

Sulfato de Amônio (21% N), ambos em cobertura (Figura 7). Aos 45 DAE foi

realizada a terceira adubação de cobertura com K, utilizando a dose de 70 kg

ha-1 de K2O para os tratamentos 5 e 6. Além da adubação potássica também foi

feita uma adubação nitrogenada, na forma de uréia (45% N), em todas as

parcelas do experimento, onde os tratamentos 1 e 5, sem a presença da planta

de cobertura do solo receberam a dose de 70 kg ha -1 de N e os tratamentos 2,

3, 4 e 6, com a presença da planta de cobertura receberam a dose de 50 kg ha -

1 de N de acordo com recomendações de Zancanaro e Kappes (2015) (Figura

8).

O manejo de plantas daninhas foi realizado com três aplicações

de glyphosate na dose de 1.920 g ha-1 do i.a e uma aplicação de glufosinato de

amônio na dose de 700 g ha-1 do i.a., uma vez que as duas cultivares são

tolerantes a esses herbicidas.

FIGURA 3 – Plantio Urochloa ruziziensis.

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FIGURA 4 – Adubação Urochloa ruziziensis.

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FIGURA 5 – Dessecação da Urochloa ruziziensis.

FIGURA 6 – Plantio dos cultivares de algodão.

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FIGURA 7 – Adubação aos 30 DAE.

FIGURA 8 – Adubação aos 45 DAE.

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3.1.4 Parâmetros avaliados

A lixiviação do K no perfil do solo foi determinada através de

amostragens do solo nas profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60 e 60-80

cm em dois períodos distintos. A primeira antes de iniciar o manejo da

adubação potássica na forrageira e a segunda após a colheita do algodoeiro

(Figura 9) e (Figura 10). Em cada amostragem foram coletadas duas sub-

amostras por parcela para formar uma amostra composta e a partir dela

determinado o teor de K conforme metodologia proposta por Raij et al. (2001)

Para a avaliação da liberação de K pela palha da forrageira para o

solo, primeiramente foi estimada a quantidade de matéria seca de parte aérea

da braquiária através do corte rente ao solo do material contido em 0,20 m2. As

coletas de palha foram realizadas aos 0, 20, 40, 60 e 80 DAE do algodoeiro,

com cinco repetições por parcela (Figura 11 e 12). As amostras coletadas

foram secas em estufa a 65oC, pesadas e moídas para análise química de

determinação do teor de K de acordo com os métodos descritos em Malavolta

et al. (1997). Através desse resultado foi calculada a quantidade remanescente

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de K na palhada e com esses dados foram calculadas então as quantidades de

K liberadas da palha para o solo (Figura 13).

A marcha de absorção de K pelo algodoeiro foi realizada em cinco

plantas competitivas (em linha e em sequência) por parcela, amostradas aos

20, 40, 60, 80 e 120 DAE do algodoeiro. Após serem coletadas, as plantas

foram separadas conforme a época, em caule, folhas e frutos (botões florais,

flores, maçãs, capulhos, fibra e semente) (Figura 14 e 15). As amostras foram

secas em estufa de circulação de ar forçada, à temperatura de 65ºC durante 72

horas, para determinação da massa da matéria seca, sendo então moídas para

posterior análise química de K, utilizando-se método descrito por Malavolta et

al. (1997). De posse dos resultados de massa seca de cada estrutura

vegetativa e reprodutiva e dos teores de nutrientes de cada órgão em cada

época amostrada, foram construídas curvas da marcha de absorção de K da

planta inteira (soma de todos os órgãos) (Figura 16).

A diagnose foliar foi realizada de acordo com os métodos

descritos em Malavolta et al. (1997), através da amostragem de folhas (4ª ou 5ª

folha a partir do ápice da haste principal), no período de florescimento do

algodoeiro. Foram coletadas folhas de dez plantas por parcela (Figura 17).

A avaliação da condutância estomática (gs) ocorreu nos estádios

F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho), realizadas nos dias

18/02, 12/03 e 11/04/2017, respectivamente, com leituras na folha mais nova,

totalmente expandida, do ápice para a base, iniciadas às oito horas e finalizada

às dezessete horas com intervalos de uma hora entre as análises, utilizando

um porômetro (SC1- Decagon Devices), equipamento que faz leituras em mmol

H2O m-2 s-1(Figura 18).

O índice de área foliar (IAF) foi mensurado aos 30, 60, 90 e 120

DAE, utilizando o equipamento denominado ceptômetro (LP-80, Decagon

Devices) (Figura 19).

Por ocasião da colheita foram avaliados os componentes de

produção do algodoeiro como, o número de plantas por metro quadrado, a

altura das plantas, número de nós das plantas, número e peso médio dos

capulhos. De dois metros de linha que foram colhidos, estimou-se a

produtividade de algodão em caroço, em seguida uma amostra foi descaroçada

e determinada o seu rendimento de fibra e sua produtividade de algodão em

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fibra, bem como a qualidade tecnológica da fibra (HVI – High Volume

Instrumentals), como o micronaire, resistência, comprimento, índice de fibras

curtas e maturidade da fibra (Figura 20)

FIGURA 9 – Coleta de solo antes da adubação.

FIGURA 10 – Coleta de solo após a colheita.

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FIGURA 11 – Coleta de palha aos 40 DAE.

FIGURA 12 – Coleta de palha aos 80 DAE

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FIGURA 13 – Processamentos das amostras no laboratório

FIGURA 14 – Coleta de planta aos 20 DAE

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FIGURA 15 – Coleta de plantas aos 60 DAE.

FIGURA 16 –Processamento das plantas no laboratório.

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FIGURA 17 – Coleta de folhas para diagnose foliar.

FIGURA 18 – Avaliação de condutância estomática.

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FIGURA 19 – Avaliação do índice de área foliar (IAF).

FIGURA 20 – Realização da colheita.

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3.2 Experimento em casa de vegetação

Em paralelo ao experimento em campo, foi conduzido um estudo

complementar, em rizotrons, na casa de vegetação da Universidade do Oeste

Paulista - Unoeste, com objetivo de avaliar o crescimento radicular dos

cultivares de algodão.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos

casualizados, onde os tratamentos foram constituídos pelas duas cultivares de

algodão utilizadas no experimento em campo, uma precoce (FM 913GLT) e

outra tardia (FM 983GLT), com 10 repetições.

As unidades experimentais, rizotrons, foram constituídas de tubos

de PVC com diâmetro de 0,30 m e altura de 0,85 m. Os tubos foram cortados

ao meio no sentido longitudinal, formando uma face plana, na qual foi instalada

uma parede de vidro para propiciar o acompanhamento visual do crescimento

radicular da planta. Junto à parede de vidro instalou-se uma tampa deslizante

de madeira laminada para cessar a incidência de luz, evitando com que a luz

inibisse o crescimento radicular, os dados de temperatura estão descritos na

figura 21. Os tubos permaneceram inclinados a 15o, para possibilitar o

crescimento do sistema radicular paralelamente ao vidro. O volume de terra

contido em cada unidade experimental foi de 30 dm3, foi utilizado um solo

orgânico e de coloração escura cuja as características químicas e

granulométricas estão descritas na (Tabela 1), o teor de água foi monitorado

diariamente e corrigido sempre que necessário para que permanecesse

próximo à capacidade de campo (Figura 22).

TABELA 5 – Características químicas e granulométricas do solo

Prof. pH(CaCl2)

M.O P(Resina)

S-SO42- H+Al K+ Ca2+ Mg2+ SB CTC V

cm g dm-3 mg dm-3 mmolc dm-3 %

0-20 6,9 60,5 656,1 348,7 10,4 16,5 218,8 48,8 284,1 294,5 96,5Prof. B Cu Fe Mn Zn Areia Silte Argilacm mg dm-3 g kg-1

20-40 0,9 7,0 50,10 2,0 16,0 782 109 110

Um dia após a emergência da planta, iniciou-se o monitoramento

do crescimento radicular por meio de marcações, das raízes que cresceram

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junto ao vidro, no filme plástico com canetas coloridas. A avaliação foi repetida

com intervalo de 3 dias, até a raiz encostar no fundo do rizotron. Os filmes

plásticos, com as anotações de crescimento radicular do algodão ao longo dos

15 dias, foram avaliados seguindo metodologia proposta por Tennant (1975),

determinando-se assim o comprimento radicular. Em resumo, os filmes foram

colocados sobre uma folha marcada com quadrículos de 1,0 cm de lado e

contadas às interseções das raízes com as linhas. O comprimento radicular foi

calculado como: L = N x 11/14, em que: L - comprimento radicular; e N -

número de interseções (Figura 23)

Após a avaliação do crescimento radicular, as plantas foram

cortadas à altura do colo e a parte aérea seca em estufa de circulação forçada

de ar (65ºC por 72 horas) para determinação da massa de matéria seca.

Adicionalmente, as raízes foram lavadas, cortadas em pedaços de

aproximadamente 1,5 cm e armazenadas em álcool (álcool etílico hidratado 70º

INPM) em geladeira á 4°C até serem analisadas (Figura 24). Após a análise, a

amostra foi seca em estufa para determinação da massa de matéria seca da

raiz.

Com o auxílio de um scanner óptico, ligado a um computador,

foram adquiridas imagens das raízes (Figura 25). As imagens adquiridas foram

analisadas quanto: ao comprimento radicular total (cm), superfície da raiz

(cm2), diâmetro médio da raiz (mm), volume da raiz (cm3), bem como o

comprimento, a superfície e o volume em cada classe de diâmetro (0-0,50;

0,51-1,0; 1,01-1,50 e >1,51mm) usando o software winRHIZO Pro (Figura 27),

também foi calculada a relação raiz/parte aérea, tomando-se os valores de

matéria seca de raiz e de parte aérea.

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FIGURA 21 – Dados da temperatura dentro da casa de vegetação durante operíodo de permanência dos rizotrons.

FIGURA 22 – Rizotrons inclinados a 15º.

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FIGURA 23 – Realização das anotações no papel filme.

FIGURA 24 – Lavagem das raízes.

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FIGURA 25 – Imagem obtida com auxílio do Scanner ótico de uma amostra

FIGURA 26 – Imagem obtida com auxílio do Scanner ótico analisada pelo

software WinRhizo

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3.3 Análise estatística

Em ambos os estudos elaborados, tanto em campo como em

casa de vegetação, os dados foram submetidos à análise de variância e

regressão e para os efeitos significativos as médias foram comparadas pelo

teste de Tukey (p<0,05), através do programa estatístico SISVAR (FERREIRA,

2000), e os gráficos plotados no software Sigma Plot®.

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4 RESULTADOS

O teor de K no solo na camada de 0-10 cm foi 90,8% maior nos

tratamentos onde o K foi aplicado em cobertura no algodão sem a presença da

braquiária em relação aos tratamentos onde a adubação com K foi antecipada

na braquiária e para os tratamentos sem K (Tabela 6). Ainda, para as camadas

de 10-20 e 20-40 o teor de K no solo foi 81,3 e 58% maior para os tratamentos

que receberam a aplicação de K, respectivamente.

TABELA 6 – Teor de K no do solo após a colheita do algodão.Tratamento 0-10 10-20 20-40 40-60 60-800 K-SB 1,05 c 0,86 b 0,88 b 0,79 a 0,71 a0 K- CB 0,96 c 0,96 b 0,74 b 0,93 a 0,72 a

140 K na B 1,38bc 1,69 a 1,39 a 0,99 a 0,72 a

70 K na B e 70 K no A 1,42

bc 1,54 a 1,22 a 1,04 a 0,87 a

140 K no A- SB 2,29 a 1,84 a 1,29 a 0,87 a 0,73 a

140 K no A- CB 1,85ab 1,55 a 1,31 a 0,87 a 0,75 a

F 18,38** 12,97** 4,86** 6,77** 0,44 ns

Cultivar FM 913GLT 1,43 a 1,27 b 0,98 b 0,89 a 0,69 aFM 983GLT 1,54 a 1,53 a 1,26 a 0,94 a 0,82 a

F1,71

ns 7,99** 13,97*

* 0,20

ns 3,20

ns

F int0,34

ns 1,93 ns 0,66 ns 1,78

ns 1,46

ns CV (%) 24,44 25,03 24,64 47,14 35,20 Fonte: Próprio autor (2018).

Em relação a massa da matéria seca da braquiária (Figuras 27 e

28), observa-se uma alta degradação de modo geral de 54,53% no período de

0 a 20 DAE e posterior a esse período (40 a 80 DAE) nota-se uma diminuição

da degradação e estabilização da massa da matéria seca. Observa-se também

que não houve aumento da massa da matéria seca onde foi aplicado 140 kg de

K2O e 70 kg K2O na braquiária fato esse que pode estar relacionado com o

residual de potássio existente no solo, resposta semelhante foi encontrada por

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Rosolem et al. (2012a), de modo que, somente onde havia um teor residual 3

vezes maior de potássio no solo (0,4-1,2 mmolc dm-3) houve acréscimo na

massa da matéria seca da braquiária. Porém onde o K foi aplicado

integralmente na braquiária foi observado no período de 0 DAE um aumento

geral de 38,31% na quantidade de K2O remanescente na braquiária (Figura

29). Foi observado também de modo geral que houve uma liberação geral de

83, 87 % de K do teor inicial (Figura 30). Entretanto, as médias do teor de K na

palha encontradas no período de 0 DAE (39 dias após o manejo químico) estão

abaixo dos valores encontrados por outros autores para o gênero Urochloa

(Calonego et al., 2005; Pacheco et al., 2013), e essa diferença pode estar

relacionada às pequenas precipitações diárias que ocorreram do momento da

dessecação até a data da coleta (39 dias), que somadas chegam a 66 mm de

chuva.

FIGURA 27 – Média da massa da matéria seca da palha da Urochloaruziziensis dos tratamentos com cobertura do solo aos 0, 20, 40,60 e 80 dias após a emergência do algodão

Dias após a emergência

0 20 40 60 80 100

Ma

ssa

da

ma

téri

a s

eca

(kg

ha-1

)

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

y= 1178,93+3021,82(-0,06x) (R²=99,31)*

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

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FIGURA 28 – Massa da matéria seca da palha da Urochloa ruziziensis emdiferentes manejos de adubação potássica

Dias após emergência

0 20 40 60 80 100

Mas

sa d

a m

atér

ia s

eca

(kg

ha-1

)

0

1000

2000

3000

4000

5000

0 K- CB y=1303,87+3127,82(-0,09x) R²=99,59*140 K na B y=1236,60+2801,98(-0,05x) R²=99,33*70K na B e 70K no A y=1098,89+3197,68(-0,08x) R² 98,97*140 K no A-CB y=957,09+3081,29(-0,05x) R²=99,58*

(−−) 0 kg de K2O com braquiária; (--) 140 kg de K2O aplicado na braquiária; (−∙−) 70 kg de K2Oaplicado na braquiária e 70 kg de K2O no algodão; (−) 140 kg de K2O aplicado no algodão combraquiária.* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

FIGURA 29 – Residual de K2O da palha da Urochloa ruziziensis em diferentesmanejos de adubação potássica

Dias após a emergência

0 20 40 60 80 100

Re

sid

ua

l K2O

(kg

ha-1

)

0

2

4

6

8

10

12

0 K- SB y= 5,6 (-0,017x) (R²=93,82) 140 K na B y= 9,89 (-0,021x) (R²= 95,65)70 na B e 70 no A y=6,80 (-0,016x) (R²=84,50)140 no A- CB y 6,40 (-0,015x) (R²= 78,55)

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(−−) 0 kg de K2O com braquiária, (--) 140 kg de K2O aplicado na braquiária, (−∙−) 70 kg de K2Oaplicado na braquiária e 70 kg K2O no algodão, (−) 140 kg de K2O aplicado no algodão combraquiária.* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

FIGURA 30 – Média do residual de K2O da palha da Urochloa ruziziensis dostratamentos com cobertura do solo aos 0, 20, 40, 60 e 80 diasapós a emergência do algodoeiro

Dias ápos a emergência

0 20 40 60 80 100

Res

idua

l K2O

(kg

ha-1

)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

y=6,93-0,074x (R2= 92,23) *

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

Para a marcha de absorção do K não houve diferença significativa

entre as cultivares. Portanto, a média das cultivares do acúmulo de K na planta

(figura 31) foi maior aos 80 DAE e 120 DAE para o tratamento onde o K foi

aplicado no algodoeiro aos 30 DAE e aos 45 DAE sem a presença da

braquiária em relação ao tratamento sem K e sem braquiária para os 80 DAE e

para os 120 DAE os tratamentos sem a aplicação de K com e sem a presença

da braquiária e, também, para o tratamento onde foi aplicado o K integralmente

na braquiária. Reflexo, de um aumento no acúmulo de K na folha (figura 32) e

no caule (figura 33), ambos para os períodos de 60 e 80 DAE e para os frutos

(figura 34) no período de 120 DAE, ainda, os tratamentos onde houve a

aplicação de K metade na braquiária independente da época e com a presença

da braquiária mostraram uma curva de acúmulo de K intermediária na planta

(figura 31), folhas (figura 32), para o caule (figura 33) e para os frutos (figura

34). Observou-se também que a partir dos 80 DAE a intensificação da

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redistribuição do K das folhas (figura 31) e do caule (figura 32) para os frutos

(figura 33), uma vez que, o K é altamente móvel na planta e os frutos são os

principais drenos na planta (Rosolem & Mikkelsen, 1991).

FIGURA 31 – Acúmulo de potássio na planta aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubação potássica

Dias após emergência

0 20 40 60 80 100 120 140

K a

cum

ula

do n

a p

lan

ta (

kg h

a-1

)

0

20

40

60

80

100

120

140

0 K-SB y=-35,09+,38*sqtr(x)+0,05* R²0,96*0 K-CB y=-62,31+14,80*sqtr(x)-0,34*x R²=0,92*140 K na B y=-59,89+12,67*sqtr(x)+0,03*x R²=0,97*70 K na B e 70 K no A y=-12,84-1,75*sqtr(x)+1,02*x R²=0,99*140 K no A-SB y=-17,45-2,86*sqrt(x)+1,40x R²=0,99*140 K no A-CB y=11,75-9,24*sqrt(x)+1,49x R²0,99*

(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

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FIGURA 32 – Acúmulo de potássio na folha aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica

Dias após a emergência

0 20 40 60 80 100 120 140

K n

a fo

lha

(kg

ha-1

)

0

5

10

15

20

25

0 K-SB y=-38,94+11,86*sqrt(x)+-0,73*x R²=0,88*0 K-CB y=-53,14+15,76*sqrt(x)-0,94*x R²=0,80*140 K na B y=-63,47+18,92*sqrt(x)-1,13*x R²=0,85*70 K na B e 70 K no A y=-58,68+17,64*sqrt(x)-1,06*x R²=0,91*140 K no A-SB y=-69,57+20,61*sqrt(x)+1,23*x R²=0,86*140 K no A-CB y=-55,86+16,63*sqrt(x)-0,99*x R²=0,86*

(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

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FIGURA 33 – Acúmulo de potássio no caule aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica

Dias após a emergência

0 20 40 60 80 100 120 140

K n

o ca

ule

(kg

ha-1)

0

5

10

15

20

25

30

0 K-SB y=-36,90+10,69*sqrt(x)-0,59*x R²=0,89* 0 K-CB y=-42,06+12,24*sqrt(x)-0,68*x R²=0,87*140 K na B y=-59,76+17,32*sqrt(x)-0,96*x R²=0,87*70 K na B e 70 K no A y=-47,11+13,49*sqrt(x)-0,96*x R²=0,93*140 K no A-SB y=-65,85+18,63*sqrt(x)-0,98*x R²=0,92*140 K no A-CB y=-35,21+9,78*sqrt(x)-0,46*x R²=0,96*

(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicado

na braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2O

aplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária.

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

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FIGURA 34 – Acúmulo de potássio na folha aos 0, 20, 40, 60 e 80 e 120 diasapós a emergência em diferentes manejos de adubaçãopotássica

Dias após emergência

0 20 40 60 80 100 120 140

K n

os fr

utos

(kg

ha-1

)

0

20

40

60

80

100

0 K-SB y=49,33-17,14*sqrt(x)+1,47*x R²=0,99*0 K-CB y=3,05-6,31*sqrt(x)+0,99*x R²=0,98*140K na B y=82,91-28,09*sqrt(x)+2,38*x R²=0,99*70 K na B e 70 Kno A y=164,07-49,29*sqtr(x)+3,70*x R²=0,99*140 K no A-SB y=196,06-60,12*sqrt(x)+4,60*x R²=0,99*140 K no A-CB y=164,07-49,29*sqrt(x)+3,70*x R²=0,99*

(__ __) 0 kg de K2O sem braquiária, (−−) 0 kg de K2O com braquiária, (---) 140 kg de K2O aplicadona braquiária, (....) 70 kg de K2O aplicado na braquiária e 70 kg no algodão, (−.∙−)140 kg de K2Oaplicado no algodão sem braquiária e (−)140 kg de K2O aplicado no algodão com braquiária. * significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

Em relação à condutância estomática (gs) (Tabela 7) não houve

efeito significativo para os manejos do K no estádio F1, essa ausência de

efeito, pode estar associada as precipitações ocorridas anteriormente ao dia da

avaliação (Figura 2) e também associado a baixa demanda de potássio até o

início do florescimento, uma vez que, o potássio exerce papel-chave na

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regulação estomática (LANGER et al., 2004). Contudo no estádio fenológico

primeira flor (F1) a cultivar FM 913GLT apresentou aumento na gs de 17,50%

em relação a cultivar FM 983GLT. Para o estádio de sétima flor (F7), período de

florescimento pleno cuja exigência em nutrientes e a sensibilidade aos fatores

ambientais são maiores, as plantas adubadas com potássio e com a presença

da braquiária, obtiveram gs 17,35% superior às plantas que não receberem

potássio e sem a presença da braquiária, o aumento de modo geral na gs das

plantas adubadas com K é reportado na literatura (ZHAO et al., 2001; HU et al.,

2016; HU et al., 2017), uma vez que, o K participa diretamente da dinâmica da

condutância estomática (CAKMAK, 2005). No estádio de segundo capulho

(C2), a gs apresentou diferença apenas em relação às cultivares, onde a

cultivar FM 983GLT foi 6,8% maior que a cultivar FM 913GLT. Entre os estádios

fenológicos a gs foi maior no estádio F7 em relação aos estádios F1 e C2 nos

dois cultivares, e para os cultivares a gs da cultivar FM 913GLT foi superior a

cultivar FM 983GLT em F1 e menor em C2 (Figura 8).

TABELA 7 – Condutância estomática de cultivares de algodão nos estádiosfenológicos F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho)

Tratamento F1 F7 C20 K-SB 310,26 a 377,85 b 229,54 a0 K- CB 328,10 a 438,23 ab 229,97 a140 K na B 357,10 a 459,15 a 266,08 a70 K na B e 70 K no A 346,68 a 447,60 a 247,03 a140 K no A- SB 334,10 a 410,13 ab 233,48 a140 K no A- CB 337,48 a 464,76 a 246,59 a

F 1,77 ns 4,75** 2,03 ns

CultivarFM 913GLT 367,81 a 437,04 a 233,59 bFM 983GLT 303,48 b 428,87 a 250,64 a

CV (%) 11,36 11,11 12,95

F 42,66** 0,43 ns 4,43*

Tratamento x Cultivar 0,87ns 0,78 ns 0,77 ns

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

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FIGURA 35 – Condutância estomática de cultivares de algodão em nosestádios fenológicos F1 (primeira flor), F7 (sétima flor) e C2 (segundo capulho)

F1 F7 C2

Condu

tânci

a e

stom

átic

a (m

mol H

2O

m -

2 s

-1)

0

100

200

300

400

500FM 913 GLT FM 983GLT

Ba

Bb

AaAa

CbCa

Estádios FenológicosMédias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar no mesmo estádio e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em diferentes estádios pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).

Para o índice de área foliar (IAF) (Tabela 8) aos 30 e 60 DAE

ambas cultivares não apresentaram diferença estatística entre si e entre os

tratamentos. Porém no período de 90 DAE a cultivar de FM 983GLT apresentou

aumento de 9,8% em relação à cultivar FM 913GLT. Também aos 90 DAE, a

adubação potássica, independente da forma de aplicação, apresentou aumento

geral de 27,74% ao tratamento sem K e sem braquiária, O tratamento que não

recebeu K, mas que tinha braquiária apresentou IAF intermediário entre os dois

grupos, sendo 9,67% maior que o tratamento sem K e sem braquiária e 14,14

% menor que os tratamentos com adubação de K. Aos 120 DAE os tratamentos

com adubação potássica também foram de modo geral 27,38% superiores ao

tratamento sem K e sem braquiária, essa diferença pode estar relacionada com

a diminuição da taxa fotossintética e a baixa translocação dos fotoassimilados

em plantas com deficiência de K (HU et al., 2017).

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TABELA 8 – Índice de área foliar (IAF) aos 30, 60, 90 e 120 dias após aemergência

Tratamento 30 DAE 60 DAE 90 DAE 120 DAE0 K-SB 0,47 a 3,0 a 1,55 b 0,84 c0 K- CB 0,36 a 2,6 a 1,70 ab 0,88 bc140 K na B 0,41 a 3,2 a 1,98 a 1,06 a70 K na B e 70 K no A 0,44 a 3,3 a 1,99 a 1,05 a140 K no A- SB 0,53 a 3,4 a 2,04 a 1,15 a

140 K no A- CB 0,36 a 2,9 a 1,91 a 1,02 ab

F 2,36 ns 1,77 ns 5,39** 10,74**

CultivarFM 913GLT 0,39 a 3,03 a 1,78 b 0,98 aFM 983GLT 0,46 a 3,14 a 1,94 a 1,02 a

CV (%) 30,69 24,97 14,13 11,46

F 3,81ns 0,30 ns 5,47* 1,97 ns

Tratamento x Cultivar 0,77ns 0,87 ns 0,23 ns 0,29 ns

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

Em relação a diagnose foliar (Tabela 9 e 10), a concentração de

K nas folhas de algodão foi 57,17% maior quando K foi aplicado integralmente

na braquiária comparado ao tratamento sem K e sem braquiária, entretanto,

apresentaram teores abaixo do nível de suficiência indicado por Malavolta et al.

(1997), que é de 14-16 g kg-1. O teor de Mg foi 26,45% maior no tratamento

sem K e sem braquiária, comparado com os demais que foram adubados com

K, mostrando, uma interação negativa do K com o Mg (MALAVOLTA et al

1997). A cultivar precoce apresentou um aumento de 9,79; 10,93; 11,62;

17,02% e 27,12% para o P, K, Mg, S e Zn, respectivamente, em relação à

cultivar tardia, é importante ressaltar que com exceção do K e do cobre todos

os nutrientes se encontram nos níveis de suficiência (MALAVOLTA et al 1997).

Ainda, a cultivar precoce mostrou maior teor para os nutrientes P, Mg, S e Zn.

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TABELA 9 – Teor de macronutrientes em folhas de algodão em razão domanejo da adubação potássica e das cultivares

TratamentoN P K Ca Mg S

g kg-1

0 K-SB 43,40 a 2,46 a 5,58 b 35,41 a 10,66 a 4,30 a0 K- CB 43,85 a 2,53 a 6,47 ab 33,07 a 9,73 ab 3,85 a140 K na B 45,08 a 2,47 a 8,77 a 31,44 a 8,41 b 4,15 a70 K na B e 70 K no A 44,25 a 2,41 a 6,98 ab 30,93 a 8,21 b 4,02 a140 K no A- SB 42,79 a 2,41 a 7,70 ab 31,49 a 8,69 b 3,90 a140 K no A- CB 43,74 a 2,50 a 7,93 ab 31,69 a 8,40 b 3,89 a

F 1,47 ns 0,29 ns 2,50* 1,57 ns 6,48** 1,03 ns

CultivarFM 913GLT 43,53 a 2,58 a 7,61 a 36,74 a 9,51 a 4,33 aFM 983GLT 44,17 a 2,35 b 6,86 a 27,93 a 8,52 b 3,70 b

F 1,47ns 10,20** 1,64 ns 65,79** 10,17** 19,78**Tratamento x Cultivar 0,71ns 0,39 ns 0,93 ns 0,96 ns 0,69ns 0,83 ns

CV (%) 4,61 11,31 31,32 13,01 13,38 13,65Nível de suficiência# 35-40 2,0-2,5 14-16 30-40 4,0-5,0 2,0-3,0

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.#Malavolta et. al. (1997)

TABELA 10 – Teor de micronutrientes em folhas de algodão em razão domanejo da adubação potássica e das cultivares

TratamentoB Cu Fe Mn Zn

g kg-1

0 K-SB 27,00 a 14,43 a 130,4 a 156,98 a 23,77 a0 K- CB 28,70 a 11,41 a 109,5 a 153,10 a 25,21 a140 K na B 27,75 a 11,75 a 93,43 a 138,30 a 23,98 a70 K na B e 70 K no A 27,60 a 12,48 a 89,91 a 339,10 a 22,53 a140 K no A- SB 28,90 a 11,05 a 116,4 a 154,70 a 25,05 a140 K no A- CB 32,05 a 12,52 a 104,1 a 173,50 a 25,45 a

F 0,31 ns 0,43 ns 0,91 ns 0,91 ns 0,27 ns

CultivarFM 913GLT 26,05 a 12,29 a 117,2 a 243,7 a 27,23 aFM 983GLT 31,28 a 12,25 a 97,35 a 128,3 a 21,42 b

F 3,97 ns 0,001 ns 1,62 ns 3,15 ns 11,34**

Tratamento x Cultivar 1,03 ns 0,97 ns 1,46ns 0,99 ns 0,49 ns

CV (%) 35,49 47,13 56,32 135,23 27,45

Nível de suficiência# 20-30 30-40 60-80 20-40 10-15SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

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#Malavolta et. al. (1997)

Não houve diferença significativa entre os tratamentos para a

densidade de plantas (Tabela 11). A altura de plantas foi maior 17,50% de

modo geral para o tratamento com adubação de K sem a presença de

braquiária em relação aos tratamentos sem adubação de K, com e sem a

presença da braquiária e para o tratamento onde o K foi parcelado no algodão

aos 30 e 45 DAE com a presença da braquiária, já em relação aos cultivares, a

cultivar tardia apresentou um aumento de 19,80% em relação a cultivar

precoce.

O número de nós totais apresentou aumento de 14,83% para a

cultivar FM 913GLT no tratamento onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e

45 DAE sem a presença da braquiária em relação ao tratamento sem K e sem

a presença da braquiária (Figura 36). Ainda, o número de nós da cultivar FM

913GLT foi 9,02% maior que a cultivar FM 983GLT para o tratamento onde o K

foi aplicado integralmente na braquiária.

TABELA 11 – Plantas por metro quadrado, altura e número de nós totais

TratamentoPlantas Altura Número de nós

m-2 cm0 K-SB 8,70 a 77,92 b 11,37 b0 K- CB 8,80 a 78,02 b 11,90 ab140 K na B 8,70 a 83,06 ab 12,15 ab70 K na B e 70 K no A 8,10 a 83,26 ab 12,20 ab140 K no A- SB 8,10 a 91,02 a 12,46 a140 K no A- CB 7,80 a 76,44 b 12,32 ab

F 0,82 ns 4,13** 2,62* CultivarFM 913GLT 8,70 a 74,41 b 12,18 aFM 983GLT 8,00 a 89,15 a 11,95 a

F 3,27 ns 42,67** 1,33 ns

Tratamento x Cultivar 0,75 ns 1,02ns 2,50**CV (%) 16,87 10,69 6,31

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

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FIGURA 36 – Número médio de nós totais em cultivares de algodão sobdiferentes manejos de adubação potássica

de

nós

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18 FM 913GLT FM 983GLT

bA

aAabA

abB

abA abAaA aA aA

aA

aA aA

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).

Para o número de capulhos m-2 (Figura 37) a cultivar FM 913GLT

no tratamento com adubação de K sem a presença da braquiária apresentou

aumento de modo geral de 38,35% em relação aos demais tratamentos, já a

cultivar tardia obteve aumento geral de 41,73% para os tratamentos com

adubação de K sem a presença da braquiária e onde o K foi parcelado na

braquiária e no algodão em relação ao tratamento: sem K e com braquiária. Em

relação as cultivares, a cultivar precoce obteve um aumento geral de 29,63%

em relação a cultivar tardia para os tratamentos onde o K foi parcelado no

algodão aos 30 e 45 DAE com a presença da braquiária, com adubação de K

sem a presença da braquiária e onde não houve a aplicação de K com a

presença da braquiária.

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Não houve efeito do manejo da adubação potássica sobre o peso

médio do capulho, porém a cultivar FM 983GLT apresentou aumento de

16,95% em relação a cultivar FM 913GLT (Tabela 12).

A produtividade de algodão em caroço foi 33% maior no

tratamento onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e 45 DAE sem a

presença da braquiária em relação aos tratamentos sem K, com e sem a

presença da braquiária (Tabela 12). Para a produtividade de fibra o tratamento

onde o K foi parcelado no algodão aos 30 e 45 DAE sem a presença da

braquiária foi maior que os demais tratamentos, mas não diferiu do tratamento

em que o K foi parcelado na braquiária e no algodão (Tabela 10).

A cultivar FM 913GLT apresentou rendimento de fibra 5,2%

superior à cultivar FM 983GLT (Tabela 10), mas não houve diferença entre os

manejos da adubação potássica.

Sui et al. (2014), relataram que o número de capulhos e o peso

médio de capulhos (PMC) são determinantes na produtividade. Portanto, para

os componentes de produção (Tabela 10), o PMC mais elevado para a cultivar

FM 983GLT não aumentou a produtividade em relação à cultivar FM 913GLT, o

que pode estar associado ao aumento no número de capulhos dessa cultivar. A

maior produtividade do algodoeiro no tratamento com a aplicação do K no

algodoeiro sem a presença da braquiária foi reflexo do melhor desenvolvimento

vegetativo uma vez que este tratamento proporcionou maior altura da planta e

maior número de nós, o que resultou em maior número de posições frutíferas

(Tabela 10).

O aumento na produtividade através da adubação potássica foi

reportado anteriormente (CASSMAN et al., 1989; CLEMENT-BAILEY;

GWATHMEY, 2007; SUI et al., 2014). Entretanto, os tratamentos que

receberam adição de K com presença da braquiária tiveram comportamentos

intermediários e semelhantes, aos tratamentos onde não houve aplicação de K.

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TABELA 12 – Componentes de produção e produtividade de algodão emcaroço e em fibra nos tratamentos com manejo da adubaçãopotássica em cultivares de algodão

TratamentosNº

CapulhosPMC

Produtividade de algodão

em caroço

Rendimento de Fibra

Produtividade de algodão

em fibram² g kg ha-1 % kg ha-1

0 K-SB 54,06 b 3,06 a 1646 bc 44,57 a 733,36 bc0 K- CB 50,06 b 3,09 a 1523 c 44,87 a 684,28 c140 K na B 54,95 b 3,25 a 1784 abc 44,49 a 791,48 bc70 K na B e 70 K no A 59,36 b 3,22 a 1906 abc 44,65 a 848,74 ab140 K no A- SB 70,62 a 3,01 a 2109 a 45,04 a 949,79 a140 K no A- CB 56,37 b 3,19 a 1774 abc 44,38 a 786,93 bc

F 7,30** 4,13** 6,26** 1,14 ns 6,77**Cultivar

FM 913GLT 61,29 a 2,9 b 1754 a 45,8 a 803,47 aFM 983GLT 53,86 b 3,4 a 1826 a 43,5 b 794,72 a

F 12,06** 42,67** 1,17 ns 144,27** 0,09 ns

Tratamento x Cultivar 2,77* 1,02 ns 2,06 ns 0,51 ns 2,24 ns

CV (%) 14,39 10,69 14,39 3,26 14,08PMC = Peso médio de capulhos; SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A= Algodoeiro.F = valor do F calculado para a fonte de variação Tratamento. CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação.*, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

FIGURA 37 – Número médio de capulhos em cultivares de algodão sobdiferentes manejos de adubação potássica

Núm

ero

de c

apu

lhos

m-2

0

20

40

60

80

100FM 913GLT FM 983GLT

bA

bA

aA

bAbA aA

abA

aB

bB

abA

abBbA

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.

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Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste Tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).

O tratamento onde o K foi parcelado na braquiária e no algodão

apresentou índice micronaire aumento de 8,4% aos demais tratamentos,

exceto quando o K foi aplicado integralmente na braquiária (Tabela 13). Entre

as cultivares, a cultivar FM 983GLT apresentou micronaire 13,7% superior ao

da FM 913GLT.

Não houve efeito dos tratamentos sobre o comprimento da fibra,

porém a fibra da cultivar FM 983GLT foi 1,36% mais comprida que a cultivar FM

913GLT (Tabela 13). Houve aumento do índice de fibras curtas no tratamento

sem K com braquiária, comparado ao tratamento em que o K foi parcelado na

braquiária e no algodão, mas não houve diferença entre os demais

tratamentos. A cultivar FM 983GLT apresentou maior índice de fibras curtas que

a FM 913GLT. O parcelamento da adubação potássica na braquiária e no

algodão melhorou a maturidade da fibra quando comparado ao fornecimento

do K integralmente no algodão com e sem braquiária ou no tratamento sem K e

sem braquiária. A cultivar FM 983GLT apresentou maturidade de 2,22%

superior à cultivar FM 913GLT. Houve interação do manejo do K e das

cultivares para a resistência da fibra (Figura 38). A cultivar FM 983GLT

apresentou resistência da fibra superior a cultivar FM 913GLT nos tratamentos

onde o K foi parcelado no algodão 30 e 45 DAE com e sem a presença da

braquiária e para o tratamento onde o K foi parcelado na braquiária e no

algodão. O efeito do fornecimento de K na qualidade de fibra também é

conhecido (PETTIGREW et al., 1996; SUI et al., 2014), entretanto, o aumento

na qualidade de fibra através do fornecimento de K não foi consistente para

todos os tratamentos. Pettigrew (2003) e Reddy et al. (2004), atribuíram esse

fato às possíveis interações entre genótipo, clima e solo. Ainda, Ramey (1986)

e Reddy et al. (1999), relataram que as qualidades da fibra podem ser

influenciadas pelo ambiente e material genético, em decorrência, dos cultivares

estarem no mesmo ambiente, as diferenças encontradas na porcentagem de

fibra e na qualidade pode ser atribuída à genética dos cultivares.

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TABELA 13 – Qualidade tecnológica da fibra de algodão

TratamentoMicronaire Resistência Comprimento

Fibrascurtas

Maturidade

g in-1 gf tex-1 mm % -

0 K-SB 3,89 c 31,29 a 29,64 a 7,39 a 85,40 d

0 K- CB 4,27 b 31,02 a 29,59 a 7,01 ab 86,37 abc

140 K na B 4,47 ab 31,17 a 29,54 a 7,05 ab 86,90 ab

70 K na B e 70 K no A 4,52 a 31,49 a 29,74 a 6,83 b 86,95 a

140 K no A- SB 4,25 b 31,43 a 29,42 a 6,93 ab 86,12 c

140 K no A- CB 4,25 b 31,36 a 29,60 a 6,87 ab 86,25 bc

F 13,25** 0,65 ns 1,00 ns 2,41* 12,11**

Cultivar

FM 913GLT 4,00 b 30,88 b 29,39 b 6,5 b 85,4 b

FM 983GLT 4,55 a 31,71 a 29,79 a 7,6 a 87,3 aF 119,48** 22,85** 20,35** 108,89** 228,15**

Tratamento x Cultivar 0,99 ns 3,07* 0,79 ns 1,96 ns 1,99ns

CV (%) 9,01 4,32 2,29 11,89 1,20Padrão de

comercialização3,5-4,9 >27 >28 - -

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.CV (%) = Porcentagem do coeficiente de variação Tratamento.F = valor do F calculado para a fonte de variação. *, ** e ns, significativo (p<0,05), (p<0,01) e não significativo, respectivamente.

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FIGURA 38 – Resistência de fibra sob diferentes manejos de adubaçãopotássica

Re

sist

ênci

a (S

RF

) (g

f te

x-1

)

26

28

30

32

34FM 913GLT FM 983GLT

aA

aA

aBaBaAaA

aA aAaA

aA aA

aB

SB = Sem braquiária; CB = Com braquiária; B = Braquiária; A = Algodoeiro.Médias seguidas por letras minúsculas comparam a cultivar em diferentes tratamentos e letrasmaiúsculas comparam os cultivares em um mesmo tratamento pelo teste tukey a 5% deprobabilidade (p<0,05).

Em relação as duas cultivares de algodão FM 983GLT (tardia) e

FM 913GLT (precoce), foi observado que a variedade FM 983GLT (tardia)

apresentou um comprimento radicular da raiz principal maior nos primeiros dias

(Figura 39), o mesmo comportamento foi observado para as raízes laterais

(Figura 40) e para o comprimento total (Figura 41), entretanto aos 25 dias

ambas as cultivares apresentaram resultados semelhantes, esse resultado

pode estar relacionado com o maior conteúdo de reservas na semente na

cultivar tardia, uma vez que, a mesma apresenta um rendimento de fibra menor

( tabela 12).

A matéria seca da parte aérea, raiz e a relação raiz/parte aérea

não foi encontrado respostar para as cultivares, ainda, na tabela 3 não foi

observado diferença nas variáveis entre as cultivares para as variáveis

biométricas e consequentemente, também, foi observado a mesma resposta

para o comprimento, superfície e volume e diferentes classes de diâmetro

(tabelas 4,5 e 6) respectivamente.

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FIGURA 39 – Comprimento da raiz principal das cultivares de algodão

Dias após emergência

0 10 20 30

Com

prim

ento

da

raiz

prin

cipa

l (cm

)

0

10

20

30

40

50

60

70 FM 913GLT y=-8,11+14,04*sqrt(x)-0,35*x R²=0,99*FM 983GLT y=-7,97+18,89*sqrt(x)-1,20*x R²=0,99*

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)FIGURA 40 – Comprimento das raízes laterais das cultivares de algodão

Dias após emergência

0 10 20 30

Com

prim

ento

das

raí

zes

late

rais

(cm

)

0

50

100

150

200

250 FM 913GLT y=-24,40+11,72*sqrt(x)+6,34*x R²=0,99*FM 983GLT y=-49,38+38,72*sqrt(x)+2,01*x R²=0,99*

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

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FIGURA 41 – Comprimento radicular total das cultivares de algodão.

Dias após a emergência

0 10 20 30

Co

mpr

ime

nto

tota

l (cm

)

0

50

100

150

200

250

300

350 FM 913GLT y=-32,58+25,83*sqrt(x)+5,98*x R²=0,99*FM 983GLT y=-57,36+57,60*sqrt(x)+0,81*x R²=0,99*

* significativo ao nível de 5% de probabilidade (p<0,05)

TABELA 14 – Matéria seca da parte aérea, raiz e relação de raiz/parte aérea Cultivar Parte Aérea (g) Raiz (g) Raiz/Parte aérea (g)FM 913GLT 10,94 a 0,45 a 0,04 AFM 983GLT 11,51 a 0,50 a 0,04 A

F 2,61 ns 1,03 ns 0,35 ns

CV (%) 6,89 24,04 20,12ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade..

TABELA 15 – Parâmetros biométricos das raízes

CultivarComprimento

(cm)Superfície

(cm²)Volume(cm³)

Diâmetro(mm)

Comprimento/superfície(km/m³)

FM 913GLT 3504 a 611 a 8,50 a 0,56 a 16,31 a

FM 983GLT 3750 a 654 a 9,14 a 0,55 a 17,65 a

F 0,96 ns 0,67 ns 0,45ns 0,001ns 0,51 ns

CV (%) 15,12 18,03 22,87 7,25 24,19ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.

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TABELA 16 Comprimento radicular de cultivares de algodão em diferentes

classes de diâmetro.

Comprimento (cm)Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 2300 a 901 a 201 a 99 aFM 983GLT 2470 a 959 a 213 a 106 a

F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.

TABELA 17 Superfície radicular de cultivares de algodão em diferentes classes

de diâmetro

Superfície (cm²)Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 202,41 a 190,93 a 75,44 a 71,28 aFM 983GLT 215,96 a 204,50 a 80,23 a 76,07 a

F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.

TABELA 18 Volume radicular de cultivares de algodão em diferentes classes de

diâmetro

Volume (cm²) Cultivar <0,5 (mm) 0,51-1,0 (mm) 1,01-1,50(mm) >1,51 (mm)FM 913GLT 1,60 a 3,36 a 2,28 a 0,43 aFM 983GLT 1,70 a 3,62 a 2,43 a 0,49 a

F 0,97 ns 0,96 ns 0,20 ns 0,03 ns CV (%) 15,7 13,85 31,48 49,74 ns, não significativo, ao nível de 5% de probabilidade.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A matéria seca da braquiária não aumentou através do

fornecimento de potássio.

O fornecimento de potássio aumentou o teor de K nas camadas

de 0-10, 10-20 e 20-40 centímetros.

A presença da braquiária influenciou negativamente a absorção

de K pelas plantas de algodoeiro.

A condutância estomática no estádio F7 aumento com o

fornecimento de K.

O índice de área foliar foi maior aos 90 e 120 DAE com o

fornecimento de K

O fornecimento de K parcelado sem a presença da braquiária

aumentou a altura, o número de nós, o número de capulho m², a produtividade

de algodão em caroço, a produtividade de algodão em fibras.

O fornecimento de potássio e a presença da braquiária melhorou

o micronaire e a maturidade, porém todos os tratamentos apresentaram valores

de qualidade de fibra dentro do padrão de comercialização

As cultivares não apresentaram diferença no crescimento e

desenvolvimento radicular.

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6 CONCLUSÃO

A maior parte do potássio é liberada dos resíduos de Urochloa

ruziziensis nos primeiros 30 dias após a dessecação da forrageira, havendo

sincronismo com a absorção pelo algodoeiro, mas sem efeito das cultivares de

algodão na recuperação do potássio lixiviado no perfil do solo. Em solos com

baixo teor de potássio e de matéria orgânica a dose de potássio aplicado na

espécie forrageira deve ser parcelada metade na forrageira e metade no

algodoeiro para que não haja perda significativa em produtividade. Novos

estudos devem ser realizados para lucidar o efeito negativo da presença da

forrageira sobre o desenvolvimento do algodoeiro e encontrar formas

alternativas de manejo uma vez que em solos leves e com baixa capacidade de

retenção de água a cobertura do solo é fundamental para a sustentabilidade

agrícola.

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Dia de campo. Uma das estações envolveu a apresentação do projetofinanciado pela Agrisus. Houve a participação de 250 pessoas no dia decampo.

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