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DOSSIÊ TÉCNICO – Plantas medicinais Roseli Nunes Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR Setembro/2007 Edição atualizada em Dezembro/2020

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DOSSIÊ TÉCNICO –

Plantas medicinais

Roseli Nunes Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR

Setembro/2007 Edição atualizada em Dezembro/2020

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O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos

processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.

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Dossiê Técnico NUNES, Roseli Plantas medicinais Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR

22/9/2007

Resumo Este dossiê apresenta o significado de plantas medicinais, medicamentos fitofármacos e fitoterápicos e como funciona a fitoterapia e seus princípios ativos. Também relata o plantio e a colheita das plantas, assim como as formas de secagem, embalagens, armazenamento e o transporte do produto. Bem como a descrição de algumas plantas medicinais e suas propriedades terapêuticas.

Assunto FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS PARA

USO HUMANO

Palavras-chave Colheita; fitoterapia; planta medicinal; plantio; produto fitoterápico; secagem

Atualizado por MORENO, Enidayra Rocha

Salvo indicação contrária, este conteúdo está licenciado sob a proteção da Licença de Atribuição 3.0 da Creative Commons. É permitida a cópia, distribuição e execução desta obra - bem como as obras derivadas criadas a partir dela - desde que criem obras não comerciais e sejam dados os créditos ao autor, com menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br

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Sumário 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 1.1 O que são plantas medicinais? ................................................................................... 4 1.2 O que são medicamentos fitofármacos? ................................................................... 4 1.3 O que são medicamentos fitoterápicos? ................................................................... 4 1.4 Como funciona a fitoterapia? ...................................................................................... 4 2 PRINCÍPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS ....................................................... 4 3 PLANTIO E COLHEITA DAS PLANTAS MEDICINAIS .................................................... 5 3.1 Preparação do solo ...................................................................................................... 5 3.1.1 Plantas medicinais cultivadas em canteiros ................................................................ 6 3.1.2 Plantas medicinais cultivadas em vasos ou floreiras ................................................... 6 3.2 Adubação ..................................................................................................................... 6 3.3 Controle de doenças e pragas .................................................................................... 6 3.4 Colheita ........................................................................................................................ 7 3.5 Secagem ....................................................................................................................... 7 3.6 Embalagem ................................................................................................................... 10 3.7 Armazenamento ........................................................................................................... 11 4 PLANTAS MEDICINAIS E SUAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS ........................... 11 4.1 Abacateiro .................................................................................................................... 11 4.2 Abacaxi ......................................................................................................................... 12 4.3 Açafrão ......................................................................................................................... 12 4.4 Alecrim ......................................................................................................................... 13 4.5 Alho............................................................................................................................... 13 4.6 Arruda ........................................................................................................................... 14 4.7 Babosa .......................................................................................................................... 14 4.8 Bardana ........................................................................................................................ 15 4.9 Boldo ............................................................................................................................ 15 4.10 Calêndula .................................................................................................................... 16 4.11 Camomila .................................................................................................................... 16 4.12 Capim-cidreira ............................................................................................................ 17 4.13 Canela ......................................................................................................................... 17 4.14 Carqueja ..................................................................................................................... 18 4.15 Castanha-da-índia ...................................................................................................... 18 4.16 Cavalinha .................................................................................................................... 19 4.17 Dente-de-leão ............................................................................................................. 19 4.18 Doril ............................................................................................................................ 20 4.19 Dormideira .................................................................................................................. 20 4.20 Erva-cidreira ............................................................................................................... 21 4.21 Erva-mate ................................................................................................................... 21 4.22 Espinheira-santa ........................................................................................................ 22 4.23 Eucalipto ..................................................................................................................... 22 4.24 Funcho ........................................................................................................................ 23 4.25 Gengibre ..................................................................................................................... 23 4.26 Guaco ......................................................................................................................... 24 4.27 Guaraná ...................................................................................................................... 24 4.28 Hortelã ........................................................................................................................ 25 4.29 Ipê-roxo ...................................................................................................................... 25 4.30 Kava-kava ................................................................................................................... 25 4.31 Limão .......................................................................................................................... 26 4.32 Losna .......................................................................................................................... 26 4.33 Macela ......................................................................................................................... 27 4.34 Malva ........................................................................................................................... 27 4.35 Mamão ........................................................................................................................ 28 4.36 Maracujá ..................................................................................................................... 28 4.37 Mastruz ....................................................................................................................... 29 4.38 Noz-moscada ............................................................................................................. 29 4.39 Novalgina .................................................................................................................... 30 4.40 Picão ........................................................................................................................... 30 4.41 Poejo-das-hortas ........................................................................................................ 30

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4.42 Quebra-pedra ............................................................................................................. 31 4.43 Sabugueiro ................................................................................................................. 31 4.44 Salsa ........................................................................................................................... 31 4.45 Sene ............................................................................................................................ 32 4.46 Serralha ...................................................................................................................... 32 4.47 Tanchagem ................................................................................................................. 33 4.48 Unha-de-gato .............................................................................................................. 33 4.49 Urtiga .......................................................................................................................... 34 4.50 Urucum ....................................................................................................................... 34 5 PREPARAÇÃO DE FITOTERÁPICOS ............................................................................. 34 5.1 Decocções .................................................................................................................... 35 5.2 Infusões ........................................................................................................................ 35 5.3 Tinturas ........................................................................................................................ 35 5.4 Pomadas ....................................................................................................................... 36 5.5 Emplastros ................................................................................................................... 36 5.6 Compressas ................................................................................................................. 36 5.7 Xaropes ........................................................................................................................ 37 Conclusões e recomendações ......................................................................................... 37 Referências ........................................................................................................................ 38

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Conteúdo 1 INTRODUÇÃO O interesse sobre plantas medicinais vem aumentando a cada dia e suas possíveis aplicações terapêuticas. A grande variedade de plantas usadas tradicionalmente é rica, predominando as formulações vegetais sobre os remédios de origem mineral e animal, também muito difundidos nas práticas da medicina popular brasileira. Segundo o EMATER o Paraná é responsável pelo abastecimento de 90% da demanda nacional dos produtos naturais e fatura anualmente cerca de R$ 25 milhões. O Instituto Emater orienta os produtores destas culturas dando ênfase à produção orgânica. 1.1 O que são plantas medicinais? São plantas utilizadas no tratamento e cura de determinadas doenças, na visão popular. Nem tudo aquilo que as pessoas utilizam para o tratamento de enfermidades é realmente bom e serve. A população precisa tomar conhecimento de que, mesmo sendo um medicamento natural, as plantas como uso medicinal podem causar sérios problemas de saúde se forem utilizadas de maneira errada. 1.2 O que são medicamentos fitofármacos? São medicamentos à base de plantas que contêm o princípio ativo isolado, ou seja, que contêm uma substância medicamentosa isolada a partir de extratos de plantas. 1.3 O que são medicamentos fitoterápicos? Nos fitoterápicos ou fitomedicamentos, os princípios ativos não são isolados (ex.: extratos, tinturas e chás). 1.4 Como funciona a fitoterapia? Muitas espécies vegetais possuem princípios ativos que talvez não existam nas drogas farmacêuticas. Os componentes fortalecem o organismo e combatem algumas doenças. Frequentemente a fitoterapia complementa os tratamentos convencionais em doenças crônicas, pois os efeitos colaterais dos medicamentos farmacêuticos incentivam a procura por tratamentos fitoterápicos. A maioria das plantas medicinais são seguras, porém algumas podem apresentar efeitos colaterais. Por isso é fundamental só utilizar ervas com orientação de um profissional. Um fitoterápico tem capacidade de afetar os sistemas corporais dependendo de seus componentes químicos. Os efeitos dos fitoterápicos atuam de forma específica em determinado sistema do corpo e é indicado para determinados males. Os fitoterápicos fornecem nutrientes e auxiliam no bom funcionamento do sistema digestivo, pois aceleram o processamento da comida e melhora a absorção das substâncias. Também estimulam o sistema circulatório, alguns fitoterápicos fazem o sangue fluir até a superfície, outros estimulam o coração a bombear com mais eficiência, outros relaxam os músculos arteriais, diminuindo a pressão sanguínea. 2 PRINCÍPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS O cultivo de plantas medicinais deve atender algumas necessidades básicas, não esquecer que as plantas devem conter uma concentração satisfatória de seus princípios ativos. Por exemplo, os alcaloides que atuam no sistema nervoso central, com ativos calmante, sedativo, estimulante, anestésico e analgésico. Alguns podem ser cancerígenos e outros antitumorais.

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As mucilagens que revestem as mucosas do trato digestivo, protegendo contra irritações, acidez e inflamações.

Flavonoides são anti-inflamatórios e auxiliam uma boa circulação.

Taninos constroem os tecidos da pele, melhorando sua resistência a infecções.

Óleos voláteis são extraídos das plantas para produzir óleos essenciais, que possuem diversos efeitos terapêuticos.

Fenóis são antissépticos e combatem inflamações quando ingeridos, porém tem efeito irritante se aplicado sobre a pele.

Glicocídeos cianogênicos exercem efeito sedativo e relaxante sobre o coração e os músculos.

Muitos fatores podem influenciar a quantidade de princípios ativos, tais como, clima, solo, as estações do ano, falta ou excesso de água, qualidade da água, época do plantio e colheita, entre outros. 3 PLANTIO E COLHEITA DAS PLANTAS MEDICINAIS Para o cultivo de plantas medicinais são necessários alguns cuidados, tais como, seleção da área para o cultivo, manejo do solo, rotação de culturas, plantio na época correta, usar sementes, mudas ou estacas de plantas sadias e fazer o plantio num espaço adequado. Os produtores devem seguir as especificações técnicas de cada planta, sendo, formas de adubação, clima, irrigação e/ou manuseio. O local escolhido para o plantio deve ter pelo menos 2 km de distância de rodovias movimentadas, pois, as plantas absorvem os gases tóxicos emitidos pelos veículos, também não devem ser plantadas em solos contaminados, tanto por metais pesados quanto redes de esgoto. 3.1 Preparação do solo Para o plantio de plantas medicinais o preparo do solo é importantíssimo. O preparo compreende um conjunto de práticas que se forem utilizadas de forma correta, pode permitir uma alta produtividade das culturas e baixo custo. No entanto, quando usadas de maneira incorreta, tais práticas podem levar rapidamente o solo às degradações físicas, químicas e biológicas. O solo deve ser preparado através de aração, escarificação ou gradagem pesada, atingindo profundidade suficiente para romper a camada superficial compactada e permitir a infiltração de água. As plantas medicinais podem ser cultivadas em canteiros, covas ou recipientes, dependendo da espécie e da disponibilidade de espaço. As espécies de crescimento rasteiro são cultivadas em canteiros, que devem ter a largura de 1m e comprimento variável. Várias plantas podem ser cultivadas em um mesmo canteiro, no entanto, deve-se observar as espécies, pois algumas espécies possuem características diferentes. A irrigação deve ser aplicada de acordo com as necessidades de cada espécie em termos de quantidade e o sistema de irrigação é de acordo com as características de cada solo. A água a ser irrigada é uma fonte de fácil contaminação, principalmente microbiológica. Por esta razão deve-se fazer uma análise da água a ser utilizada, certificando-se de que está dentro dos padrões de qualidade estabelecidos em relação a contaminantes, como fezes, metais pesados e agrotóxicos. A irrigação deve ser realizada pela manhã ou ao entardecer.

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3.1.1 Plantas medicinais cultivadas em canteiros Podem ser tratadas como hortaliças, por possuírem um ciclo curto. Para cultivá-las em canteiros, estes devem possuir 1 metro de largura e de comprimento variável e uma distância de pelo menos 50 cm para facilitar a movimentação. Sendo recomendada a utilização de canteiros para plantas de pequeno porte e anuais. 3.1.2 Plantas medicinais cultivadas em vasos ou floreiras Podem ser plantadas sementes ou mudas de plantas, o tamanho dos vasos pode variar, tanto de tamanho quanto de formas e de materiais. Todos os vasos precisam ter buracos para drenagem e uma camada de cascalho ou cacos no fundo, para que não haja excesso de água, devem ser cheios de uma boa mistura de terra e adubo. 3.2 Adubação A adubação pode ser feita de seis em seis meses, misturando a terra com um composto orgânico, esterco de gado, esterco de aves ou de coelhos curtido. Também pode ser feito a fosfatagem, com fosfatos naturais para corrigir a deficiência de fosfato no solo. A realização de adubação auxilia no combate de pragas e doenças comuns em plantações, sem comprometer a qualidade da produção. Para realizar a correção básica do solo recomenda-se usar 150g de calcário/m²/canteiro. O esterco de gado pode ser colocado na proporção de 6 a 101/m²/canteiro e esterco de ave de 2 a 3 litros/m²/canteiro, estes devem estar totalmente curtidos. Em covas deve-se colocar 1/4 das dosagens recomendadas/ m² para cada canteiro. Nas sementeiras a adubação é a mesma dos canteiros. 3.3 Controle de doenças e pragas As espécies medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças e pragas, mas, por algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais. Num ambiente equilibrado, com plantas bem nutridas, a possibilidade de ataque diminui. O uso de produtos químicos (agrotóxicos) é condenado para o cultivo de espécies medicinais. Isto se justifica pela ausência de produtos registrados para estas espécies, conforme exigência legal e pelas alterações que tais produtos podem ocasionar aos princípios ativos. Algumas pragas como ácaros, fungos, besouros, bactérias, formigas, lagartas, pulgões, lesmas e nematoides podem ocorrer durante o cultivo. Apresenta-se a seguir uma receita de inseticida caseiro segundo a Associação Brasileira de Horticultura, que não compromete a qualidade das plantas medicinais. Modo de preparo: Aquecer um litro de água, acrescentando 50 gramas de fumo de corda picado e deixar ferver por cinco minutos. Desligar o fogo, deixar esfriar e coar. Como aplicar: Dissolver a mistura em dois litros de água e pulverizar a planta, de preferência no fim da tarde, não regando logo após esta aplicação. Podem-se acrescentar pimentas malaguetas esmagadas, para aumentar o efeito de controle. A adição de um pouco de sabão na mistura facilita a aderência deste produto na planta. Mas atenção: para consumir as plantas nas quais a calda foi aplicada, deve se esperar pelo menos 24 horas.

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Uma grande área de produção de plantas da mesma espécie pode facilitar o surgimento e rápido desenvolvimento de pragas e doenças específicas. A consorciação de duas ou mais espécies reduz este risco. Porém é necessário fazer um planejamento desta consorciação por causa da ação de uma espécie sobre o desenvolvimento da outra que pode ocorrer. Quando não há informações sobre o efeito da consorciação ela deve ser testada anteriormente em uma pequena área. 3.4 Colheita A colheita é um dos passos mais importantes para a produção de plantas medicinais de qualidade, colher no momento certo. O denominado ponto de colheita varia segundo órgão da planta, estágio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia. O estágio de desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento. A colheita das plantas medicinais deve ser feita no tempo seco e colhidas logo pela manhã, assim que o orvalho evaporar. A época do ano também pode exercer efeitos nos teores dos princípios ativos, assim a colheita de raízes no começo do inverno ou no início da primavera (antes da brotação) são citados como melhores épocas. As cascas são colhidas quando a planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou antes da floração (nas perenes). Nos arbustos, as cascas são separadas no outono e, nas árvores, na primavera. No caso de sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento; no caso de frutos deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser antecipada. Os frutos carnosos, com finalidade medicinal, são coletados completamente maduros. Os frutos secos, como os aquênios, podem cair após a secagem da planta, por isso recomenda-se antecipar a colheita. Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo teor de princípio ativo. No entanto, na maioria das vezes, nada impede que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato. O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou predominância dos princípios tóxicos. Os talos e folhas devem ser colhidos antes do florescimento. As flores no início da floração, a colheita de frutos e sementes deve ser feita quando estiverem maduros, a raiz deve ser extraída quando a planta estiver adulta e a casca e entrecasca quando a planta estiver florida. O material colhido deve ser colocado em cestos e caixas abertas preferencialmente, precisa de cuidado especial de não amontoar os cestos e não amassar as plantas, para não acelerar a degradação e perda da qualidade. Deve-se evitar a colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira, órgãos deformados, ou seja, colher apenas plantas saudáveis. Não deve misturar as espécies de plantas, colher uma espécie de cada vez. Após colher as plantas, pode-se fazer o uso imediato do material ainda fresco, extrair as substâncias ativas e aromáticas do material fresco ou efetuar a secagem para fins de comercialização "in natura", a qual requer mais atenção. 3.5 Secagem O consumo de plantas medicinais frescas garante ação mais eficaz dos princípios curativos, Entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato e a secagem possibilita conservação quando bem conduzida.

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A secagem reduz o peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios ativos em relação ao peso inicial da planta. Deve-se utilizar menor quantidade de plantas secas do que frescas. No entanto, esta percentagem varia com a idade da planta e condições de umidade do meio. A umidade existente nas plantas colhidas varia de 60 a 80%, para evitar a fermentação ou degradação dos princípios ativos é necessário reduzir o conteúdo de água. A secagem deve ser realizada corretamente para preservar as características de cor, aroma e sabor do material colhido e ser iniciada o mais rápido possível. A secagem deve ser realizada até que a planta atinja 8% a 12% de água, conforme a espécie e a parte da planta. Com essa porcentagem de umidade, a maioria das espécies pode ser armazenada por um bom período sem que ocorra deterioração. Porém não se deve esquecer que várias espécies reabsorvem a umidade do ar. Isso deve ser levado em consideração na definição do método de embalagem e armazenamento. O tempo de secagem depende do fluxo de ar, da temperatura e da umidade relativa do ar, sendo que maior a temperatura e maior o fluxo de ar, mais rápida será a secagem. A temperatura de secagem é determinada pela sensibilidade dos princípios ativos da planta; portanto, para cada espécie, há uma temperatura ideal de secagem. Os métodos de secagem se dividem em natural ou artificial. O método artificial pode ser dividido em secagem com fluxo de ar frio ou aquecido. Todos os métodos podem ser usados na secagem de plantas, desde que haja um mecanismo de controle de temperatura que permita mantê-las na temperatura recomendada para cada espécie. Secagem à temperatura ambiente é o método mais antigo e simples é a secagem ao sol, no local de cultivo. Tem como desvantagem o risco de perda do produto devido às condições climáticas adversas e aos compostos ativos, pela ação do sol. A fim de diminuir esses problemas, a secagem deve ser feita à sombra, por exemplo, em galpões bem arejados. A secagem natural não é recomendada para cultivos comerciais e em regiões com alta umidade relativa do ar. É recomendada, sim, para a pré-secagem de ramos e raízes. Para a secagem de flores retire a sujeira e coloque as flores sobre um papel absorvente em local seco, deixando espaço entre elas, remova as pétalas e guarde num saco de papel ou num vidro escuro (FIG. 1).

Figura 1 - Secagem de flores Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

Para a secagem das sementes pendure os ramos de frutos, cápsulas de sementes ou caules de flores de ponta cabeça sobre uma bandeja com papel ou sobre um saco de papel. Deixe secar, sacuda suavemente removendo as sementes maiores e guarde (FIG. 2). Para a secagem de frutas silvestres colocar em uma assadeira forrada de papel absorvente. Leve ao forno aquecido, desligado, deixando a porta entreaberta por aproximadamente quatro horas. Ponha em local seco e escuro, revirando de vez em quando, descartando as frutas com mofo (FIG. 3).

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Para a secagem das folhas pendure ramos de oito a dez caules num local escuro, morno e ventilado. Quando estiverem quebradiços, separe as folhas dos caules esfregando-as. Guarde em vidro escuro com tampa ou em sacos de papel (FIG. 4). Para a secagem das raízes, limpe-as em água morna. Pique ou fatie e espalhe em bandejas forradas com papel absorvente. Leve ao forno aquecido, desligado, deixando a porta entreaberta por aproximadamente três horas. Deixe-as num local morno até que sequem e depois guarde (FIG. 5).

Figura 2 - Secagem das sementes

Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

Figura 3 - Secagem de frutas silvestres

Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

Figura 4 - Secagem das folhas Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

Figura 5 - Secagem das raízes Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

Após a secagem, as plantas devem ser preparadas para comercialização no atacado ou no varejo. As operações necessárias para esta fase são chamadas operações de manipulação (FIG. 6). As mais frequentes são: separação e limpeza (remoção de partes indesejadas), classificação, rasura, corte e moagem. Todo o material deve ser separado ou peneirado para eliminar impurezas como terra, restos de insetos e corpos estranhos. Pode-se também trabalhar em mesas teladas para facilitar esta operação. As peneiras devem ser mantidas limpas e sofrer manutenção regularmente. O produto seco deve ser empacotado a fim de protegê-lo e reduzir o risco de ataques de pragas.

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Figura 6 - Fluxograma de pós-colheita

Fonte: (BRASIL, 2006)

3.6 Embalagem Após efetuar um controle de qualidade, a fim de eliminar qualquer material de baixa qualidade e corpo estranho, o produto deve ser embalado. As embalagens dependem do tipo de planta, quantidades, modo de transporte, distância e demais exigências específicas do comprador. As embalagens mais utilizadas são fardos, sacos de papel ou plástico e caixas de papelão. As raízes e cascas não podem ser comprimidas, por isso, são colocadas em sacos grandes, também chamados de fardos. Outra maneira de embalar é colocar as plantas em sacos de polietileno e depois em barricas de papelão. Sementes e frutos são embalados em sacos menores. As embalagens devem conter pelo menos o nome popular e científico, número do lote e código da partida, data da colheita, prazo de validade, nome do produtor, data da embalagem e número da respectiva ficha que contém as informações agronômicas referentes ao lote das plantas produzidas.

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Recomenda-se embalagens com uma ou duas camadas externas de papel tipo Kraft, para evitar exposição à luz e uma camada interna de polietileno atóxico, para evitar reidratação do produto. Os materiais utilizados para embalar devem ser armazenados em lugar limpo e seco, livre de insetos e outros animais domésticos. 3.7 Armazenamento e transporte O produto embalado deve ser armazenado em menor tempo possível, pois, em geral, pode ocorrer uma diminuição e alteração dos princípios ativos. O local do armazenamento deve ser seco, escuro e arejado, para manter o ambiente arejado, podem-se utilizar, por exemplo, exaustores eólicos. O armazém deve ter piso de concreto ou similar, de fácil limpeza e estar livre de insetos, roedores ou poeira. O produto seco e embalado deve ser armazenado sobre estrados, em uma distância suficiente da parede para evitar absorção de umidade, completamente separado de outros lotes de plantas, para evitar contaminação secundária e os produtos orgânicos devem ser armazenados separadamente. As plantas fortemente aromáticas devem ser mantidas separadas das outras. O transporte das plantas deve ser feito preferencialmente em veículos com carroceria fechada, mas bem arejada. Todo produto transportado para comercialização deve estar acompanhado da documentação pertinente, como por exemplo nota fiscal e se for o caso, licença ambiental e laudo fitossanitário. 4 PLANTAS MEDICINAIS E SUAS PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS 4.1 Abacateiro

Nome científico: Persea americana Mill.

Família: Lauraceae

Nome popular: abacate, louro-abacate, pêra-abacate.

Parte utilizada: folha, fruto e semente.

Propriedades terapêuticas: diurético, carminativo, afrodisíaco, antirreumático.

Indicações terapêuticas: diarreia, disenteria, dor de cabeça, contusão.

Informações complementares: a polpa do abacate é considerada afrodisíaca. Já no caroço concentra-se parte do poder de aumentar a libido. A polpa é muito rica em nutrientes, vitaminas, sais minerais, antioxidantes e principalmente gordura boa. Suas gorduras são parecidas com as do azeite de oliva e seu teor de colesterol é irrisório ao contrário do que muita gente pensa. É boa para o coração e vasos.

Figura 7 - Abacateiro

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.2 Abacaxi

Nome científico: Ananas comosus (L.) Merri.

Família: Bromeliaceae

Nome popular: ananás.

Parte utilizada: fruto.

Propriedades terapêuticas: anti-inflamatório, estomáquico, carminativo e diurético.

Informações terapêuticas: indicado para tosse catarral, bronquite, auxilia na digestão, é utilizado para problemas nas vias respiratórias e para neurastenia.

Figura 8 - Abacaxi

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.3 Açafrão

Nome científico: Curcuma longa L.

Família: Zingiberaceae

Nome popular: açafrão-da-índia, açafrão-da-terra, açafroa, batata-amarela.

Parte utilizada: rizoma.

Propriedades terapêuticas: anti-inflamatória, alivia dores estomacais e antibacteriano.

Informações terapêuticas: existem vários açafrões: um é a planta chamada Crocus sativus, Lineo, conhecida alhures como Açafrão oriental, Açafrão cultivado, Açafrão verdadeiro, Flor da aurora, Flor de Hércules, que é um arbusto pequeno muito comum nos jardins do Brasil.

Cuidados: não tomar mais que 10 gramas por dia (30 estigmas ou quatro colheres de sobremesa) porque esta planta é tóxica em grandes doses, podendo dar alteração no sistema nervoso, ou provocar abortos.

Figura 9 - Açafrão

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.4 Alecrim

Nome científico: Rosmarinus officinalis L.

Família: Labiatae

Nome popular: alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarinho, alecrim-de-cheiro, erva-coada, erva-da-graça, flor-de-olimpo e rosa-marinha.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: antiespasmódico e antiácido.

Indicações terapêuticas: problemas digestivos, antisséptico, diurético, colagogo, colerético, carminativo, anti-inflamatório intestinal, usado externamente contra o reumatismo e cicatrizante.

Cuidados: não ingerir em grandes quantidades, pode provocar intoxicação.

Figura 10 - Alecrim

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.5 Alho

Nome científico: Allium sativum L.

Parte utilizada: dentes (bulbilhos).

Propriedades terapêuticas: expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, anti-inflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo.

Indicações terapêuticas: bulbos depois de transformados em chá têm ação contra vermes e parasitos, hipertensão, picada de inseto, contra ácido úrico, gripe, resfriado, tosse, rouquidão, dor de ouvido, arteriosclerose.

Cuidados: contraindicado para pessoas com problemas estomacais e de úlceras, inconveniente para recém-nascidos e mães em amamentação e em pessoas com dermatites. Em doses muito elevadas, pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos rins e até tonturas.

Figura 11 - Alho

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.6 Arruda

Nome científico: Ruta graveolens L.

Família: Rutaceae

Nome popular: arruda-fedorenta, ruta-de-cheiro-forte, erva-arruda.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: anti-helmíntica, febrífuga e emenagoga.

Indicações terapêuticas: desordens menstruais, inflamações na pele, dor de ouvido, dor de dente, febre, câimbras, doenças do fígado e verminose.

Cuidados: não deve utilizada durante a gestação.

Figura 12 - Arruda

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.7 Babosa

Nome científico: Aloe Vera (L.) Burm. f.

Família: Liliaceae

Parte utilizada: folha, polpa, seiva.

Propriedades terapêuticas: emoliente, resolutivo, antioftálmica, vulnerária, vermífuga, cicatrizante.

Indicações terapêuticas: queda de cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate a piolho e lêndea, inflamação, queimadura, eczema, erisipela, retite hemorroidal, entorse, contusão, dor reumática.

Informações complementares: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno). A folha despida de cutícula é um supositório nas retites hemorroidais. É ainda utilizada externamente em entorses, contusões e dores reumáticas.

Cuidados: Não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação ou gravidez. Não usar internamente em crianças.

Figura 13 - Babosa

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.8 Bardana

Nome científico: Arctium lappa L.

Família: Compositae

Nome popular: gobô, orelha-de-gigante, bardana-maior, pega-pega e carrapichão.

Parte utilizada: raiz, folhas e sementes.

Propriedades terapêuticas: depurativa, diurética (eficaz eliminador do ácido úrico), colerética, laxativa, diaforética, antisséptica, estomáquica, antidiabética, atua nos casos de insuficiência hepática, dermatoses, antibiótico externo principalmente para bactérias gram-positivas.

Indicações terapêuticas: purificar o sangue, afecções reumáticas, queda de cabelo, picadas de insetos, torções, hemorroidas, enfermidades crônicas da pele, acnes, eczemas, pruridos, seborreia da face, herpes, vesícula inflamada, cálculo biliar, hepatite viral, cirrose e herpes simples.

Figura 14 - Bardana

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.9 Boldo

Nome científico: Plectranthus barbaus Andrews

Família: Labiatae

Nome popular: falso-boldo, boldo-brasileiro, alum, malva-santa, malva-amarga, sete-dores e boldo-do-jardim.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: hipossecretora gástrica e anti-inflamatório.

Indicações terapêuticas: controle da gastrite, azia, dispepsia, mal-estar-gástrico, ressaca e como estimulante da digestão e do apetite.

Figura 15 - Boldo

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.10 Calêndula

Nome científico: Calendula officinalis L.

Família: Compositae

Nome popular: margarida-dourada, malmequer, bonina e flor-de-todos-os-males.

Parte utilizada: inflorescências e folhas.

Propriedades terapêuticas: cicatrizante, antisséptico, sudorífico, analgésico, colagogo, anti-inflamatório, antiviral, antiemético, vasodilatador, tonificante da pele.

Indicações terapêuticas: anti-inflamatória, cicatrizante.

Informações complementares: indicações: cicatrizante e antisséptico (uso externo). Sudorífico, analgésico, colagogo, anti-inflamatório, antiviral, antiemético, vasodilatador e tonificante da pele (contra acne). Externamente é empregada contra conjuntivite, eczema, herpes, gengivite, feridas e úlceras.

Figura 16 - Calêndula

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.11 Camomila

Nome científico: Matricaria chamomilla L.

Família: Compositae

Parte utilizada: flor seca ou fresca.

Propriedades terapêuticas: anti-inflamatória, antiespasmódica, analgésica, antisséptica, antimicrobiana, anti-helmíntica, cicatrizante.

Indicações terapêuticas: ansiedade, insônia, síndromes febris, dispepsia, flatulência, náusea, vômito, inflamação bucal e do aparelho geniturinário. Dor de origem reumática. Clareadora dos cabelos. Menstruação dolorosa.

Figura 17 - Camomila

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

Informações complementares: indicada nos quadros de ansiedade e insônia, nas síndromes febris, dispepsia, flatulência, náuseas, vômito, inflamações bucais e do aparelho geniturinário. Uso externo: dores de origem reumática e como clareadora dos cabelos (utilizada pela indústria cosmética para preparo de xampus). Tem atividade reguladora das funções gastrointestinais e ação sedativa. Constatou-se experimentalmente ações anti-inflamatórias, antiespasmódica, analgésica, antisséptica, antimicrobiana, anti-helmíntica (nas parasitoses intestinais) e cicatrizante.

Cuidados: reações adversas são tênues e incluem distúrbios dermatológicos.

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4.12 Capim-cidreira

Nome científico: Cymbopogon citratus

Família: Gramineae

Nome popular: capim-cheiroso, capim-limão, cidró, capim-santo.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: analgésica, calmante, espamolítica.

Indicações terapêuticas: nervosismo, cólicas uterinas e intestinais.

Cuidados: evitar a presença de microfragmentos da folha no chá, os quais podem causar pequenas lesões nas mucosas que revestem o aparelho digestivo, da boca aos intestinos.

Figura 18 - Capim-cidreira

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.13 Canela

Nome científico: Cinnamomum verum

Família: Lauraceae

Nome popular: canela-verdadeira, canela-de-cheiro, canela-da-índia e canela-rainha.

Parte utilizada: casca.

Propriedades terapêuticas: estimulante e calorífica, carminativa, antisséptica e antiviral.

Indicações terapêuticas: digestão, náuseas, gripes e resfriados e circulação.

Cuidados: pode ser tóxica se ingerida em excesso, não utilizar como medicamento durante a gravidez.

Figura 19 - Canela

Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

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4.14 Carqueja

Nome científico: Baccharis trimera (Lees.) DC.

Família: Compositae

Nome popular: carqueja amarga, vassoura, carqueja-do-mato e carque.

Parte utilizada: folhas.

Indicações terapêuticas: gripe, doenças do fígado, estômago e intestinos, anemia, cálculos biliares, diarreias, enfermidades do baço, bexiga, diurética e fígado.

Figura 20 - Carqueja

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

Informações complementares: planta amarga indicada na gripe com muito proveito e nas doenças do fígado, estômago e intestinos. Nas diversas dispepsias que trazem má digestão e debilidade e no mau funcionamento do intestino, ora como diarreia, ora como prisão de ventre, a Carqueja produz sempre bom resultado. Na diabetes ou glicosúria faz diminuir o açúcar até sua completa eliminação, ficando o organismo apto para uma perfeita nutrição. Em formas de chás, nos casos de anemia, cálculos biliares, diarreias, enfermidades do baço, da bexiga e do fígado.

4.15 Castanha-da-índia

Nome científico: Aesculus hippocastanum L.

Família: Hipocastanáceae

Parte utilizada: cascas e sementes.

Indicações terapêuticas: hemorroidas, varizes e reumatismo.

Cuidados: se ingerida, é potencialmente tóxica.

Figura 21 - Castanha-da-índia

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.16 Cavalinha

Nome científico: Equisetum arvense L.

Família: Equisetáceas

Nome popular: cavalinha.

Propriedades terapêuticas: diurética, anti-

hipertensivo, mineralizante, anti-inflamatória e antiprostático.

Indicações terapêuticas: osteoporose, reumatismo, ajuda nos tratamentos para emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea.

Figura 22 - Cavalinha

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.17 Dente-de-leão

Nome científico: Taraxacum officinale Weber

Família: Compositae

Nome popular: alface-de-cão, alface-de-

côco, amargosa, amor-dos-homens, chicória-louca, chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins, leutodonte, quartilho, radite-bravo, relógio-dos-estudantes, salada-de-toupeira, soprão, taraxaco, taraxacum.

Parte utilizada: rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.

Figura 23 - Dente-de-leão Fonte: (TARAXACUM..., 2020)

Propriedades terapêuticas: alcalinizante, anódina, antianêmica, anticolesterol, antidiarreica, antiescorbútica, antiflogística, anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antilítica biliar, antioxidante.

Indicações terapêuticas: ácido úrico; acidose, acnes, afecções biliares, afecções

hepáticas, afecções ósseas, afecções renais, afecções vesicais, aliviar escamações da pele, aliviar irritações da pele, aliviar vermelhidões na pele, anemias; arteriosclerose, astenia.

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4.18 Doril

Nome científico: Alternanthera brasiliana (L.) O. Kuntze

Família: Amaranthaceae

Nome popular: carrapichinho, ervanço, nateira, quebra-branca, terramicina, acônito-do-mato e infalível.

Parte utilizada: folhas e inflorescências.

Propriedades terapêuticas: diurética, digestiva, depurativa.

Indicações terapêuticas: prisão de ventre, diarreia, moléstia do fígado e da bexiga.

Figura 24 - Doril

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.19 Dormideira

Nome científico: Mimosa pudica L.

Família: Leguminosae-mimosoideae

Nome popular: dormideira, dorme-dorme, não-me-toque, erva-viva, arranhadeira, papoula e mimosa.

Parte utilizada: folhas, flores e raízes.

Propriedades terapêuticas: analgésico, sedativo e no tratamento da diarreia.

Indicações terapêuticas: as raízes são

irritantes, purgativas e eméticas, empregadas contra difteria e na forma de banhos, contra o inchamento das juntas causadas por reumatismo. Pode-se fazer gargarejos para dores de garganta.

Figura 25 - Dormideira

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.20 Erva-cidreira

Nome científico: Melissa officinalis L.

Família: Lamiaceae

Nome popular: melissa, cidreira-verdadeira, melitéia.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo, antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero, tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico, antivômitos.

Indicações terapêuticas: regular menstruação, cólicas, tem efeito tônico no útero e, às vezes, pode ajudar em casos de esterilidade, insônia nervosa, problemas gastrintestinais funcionais, herpes simples, lava feridas, combate mau hálito, revigora em banhos.

Cuidados: embora seja antialérgica, pode irritar peles sensíveis.

Figura 26 - Erva-cidreira

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.21 Erva-mate

Nome científico: Ilex paraguariensis St.Hill

Família: Aquifoliaceae

Nome popular: mate, erva-do-paraguai, chá-mate, congonha e erva-verdadeira.

Parte utilizada: folhas

Propriedades terapêuticas: estimulante, diurética.

Indicações terapêuticas: fraqueza, cansaço, depressão, má digestão.

Figura 27 - Erva-mate

Fonte: (BLANCO, [200-?])

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4.22 Espinheira-santa

Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss.

Família: Celastraceae

Nome popular: cancorosa-de-sete-espinhos,

sombra de touro, erva-santa e cancerosa.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: antiasmática, contraceptiva, antisséptica, tônica, analgésica, cicatrizante, diurética.

Indicações terapêuticas: tumores

estomacais, ressaca alcoólica, feridas, úlceras, azia, gastralgia, úlcera gástrica.

Cuidados: é contraindicada para lactantes, pois poderá reduzir a produção de leite.

Figura 28 - Espinheira-santa

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.23 Eucalipto

Nome científico: Eucalyptus globulus Labill.

Família: Myrtaceae

Nome popular: árvore-da-febre, comeiro-azul, mogno-branco e eucalipto-limão.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: expectorante, adstringente, anestésico e antisséptico.

Indicações terapêuticas: rinite crônica, coriza, gripes, congestão nasal e sinusite.

Cuidados: a aplicação em crianças deve ser cautelosa, para não provocar espasmos.

Figura 29 - Eucalipto

Fonte: LORENZI; MATOS, 2002.

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4.24 Funcho

Nome científico: Foeniculum vulgare Mill.

Família: Umbelliferae

Nome popular: erva-doce, falso-anis, fiolho-doce, funcho-bastardo, funcho-comum e funcho-doce.

Parte utilizada: folhas, frutos e raízes.

Propriedades terapêuticas: carminativo, galactagogo, digestivo, diurético, tônico geral e antiespasmódico.

Indicações terapêuticas: cólica de criança,

eliminação de gases e estimular a lactação.

Figura 30 - Funcho

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002) 4.25 Gengibre

Nome científico: Zingiber officinale Roscoe.

Família: Zingiberaceae

Nome popular: gengibre-de-jamaica,

gengibre-africano.

Parte utilizada: raiz (rizomas).

Propriedades terapêuticas: estimulante gastrintestinal, aperiente, carminativo, tônico e expectorante.

Indicações terapêuticas: combate gases intestinais, vômito, rouquidão, traumatismo, reumatismo, rinite, faringite, laringite, redução do colesterol, alergias respiratórias, diabete, asma, bronquite, amigdalite e tosses.

Figura 31 - Gengibre

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

Cuidados: deve-se ter cautela com receitas ou fórmulas que incentivam a automedicação. Como medicamento, deve ser tomado com orientação médica, embora seja uma planta segura, tem efeitos adversos. Cálculos biliares, as gestantes e as pessoas com sangramentos, ou mesmo com menstruação excessiva, devem eximir-se dele, pois há trabalhos científicos comprovando sua ação antiplaquetária.

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4.26 Guaco

Nome científico: Mikania glomerata Spreng.

Família: Compositae

Nome popular: cipó-almecega-cabeludo, cipó-catinga, erva-cobreguaco-de-cheiro, guaco-liso e guaco.

Parte utilizada: folha ou planta florida.

Propriedades terapêuticas: broncodilatador, diurético, antisséptico, expectorante, tônico, antiasmático, febrífugo, sudorífico, antirreumático e cicatrizante.

Indicações terapêuticas: prevenção e

tratamento da asma (atua como dilatador dos brônquios, desobstruindo as vias respiratórias), contra picada de cobra e inseto.

Figura 32 - Guaco

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.27 Guaraná

Nome científico: Paullinia cupana Kunth

Família: Sapindaceae

Nome popular: guaraná-uva, guaranazeiro e

guaraná.

Parte utilizada: sementes.

Propriedades terapêuticas: tônico estomacal, energético, afrodisíaco, aperiente e diurético.

Indicações terapêuticas: dispepsia,

flatulência, diarréia, gases e prisão de ventre.

Figura 33 - Guaraná

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.28 Hortelã

Nome científico: Mentha x villosa H

Família: Labiateae

Nome popular: hortelã-rasteira, hortelã de panela, menta-vilosa.

Parte utilizada: folhas e sumidades floridas.

Propriedades terapêuticas: condimento, espasmolítica, antivomitiva, carminativa, estomáquica, anti-helmíntica via oral, antisséptica e antiprurido via local.

Indicações terapêuticas: alivia doenças das vias respiratórias superiores, para efeitos dos gases estomacais, enxaquecas, tremores e odontalgia.

Figura 34 - Hortelã

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002) 4.29 Ipê-roxo

Nome científico: Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb.

Família: Bignoniaceae

Nome popular: ipê-cavatã, ipê-roxo-da-mata, lapacho, peúva e piúva.

Parte utilizada: parte interna da casca seca.

Propriedades terapêuticas: antibiótico, diurético, antifúngico, imunoestimulante, analgésico e anti-inflamatório.

Indicações terapêuticas: problemas virais, anti-inflamatório e infecções por fungos.

Figura 35 - Ipê-roxo

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.30 Kava-kava

Nome científico: Piper methysticum.

Parte utilizada: raízes (rizomas).

Propriedades terapêuticas: estimulante, tônica, antisséptica das vias urinárias, ação sedativa e analgésica.

Figura 36 – Kava-kava

Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

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Indicações terapêuticas: reduz a ansiedade, aliviar o estresse crônico, afrodisíaco, suas propriedades estimulantes produzem grande excitação e muita euforia, contra artrite ajuda a aliviar a dor e remove resíduos das articulações afetadas, para infecções urinárias ajuda a combater infecções e a aliviar irritações na bexiga, para dores de dente e aftas.

Cuidados: não ingerir durante a gravidez e não tomar por mais de quatro semanas consecutivas.

4.31 Limão

Nome científico: Citrus limon (L.) Burm. f.

Família: Rutaceae

Nome popular: limoeiro, limão-verdadeiro, limão-cicliano, limão-eureka, limão-gênova, limão-feminello, limão-monochelo e limão-lisboa.

Parte utilizada: frutos e folhas.

Propriedades terapêuticas: diurética, antiescorbútica, antirreumática, antidesintérica, adstringente e febrífuga.

Indicações terapêuticas: acidez estomacal, ácido úrico, varizes, hemorroidas, pedra nos rins, congestão dos brônquios, eczema, dor de garganta, picada de insetos e gripe.

Cuidados: lavar as mãos com bastante água e sabão e não se expor ao sol após o contato com o sumo da casca, especialmente o óleo essencial dos vários tipos de limão, por causa do risco de surgirem manchas escuras e até queimaduras provocadas pela ação das substâncias fotossensibilizantes furocumarinas.

Figura 37 - Limão

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.32 Losna

Nome científico: Artemisia absinthium L.

Família: Compositae

Nome popular: absinto, alvina, artemísia, erva-do-fel, losma, gotas-amargas.

Parte utilizada: folhas e flores.

Propriedades terapêuticas: carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, antiparasitária, vermífugo, aperiente.

Indicações terapêuticas: queimaduras, otites,

micoses de pele, ulcerações na pele (tópico), feridas, anemia.

Figura 38 - Losna

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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Cuidados: em altas doses pode causar vômitos, cólicas no estômago e nos intestinos e não deve ser utilizada durante a gestação.

4.33 Macela

Nome científico: Egletes viscosa (L.) Less.

Família: Compositae

Nome popular: macela-do-campo, macelinha, macela-amarela, camomila-nacional, carrapichinho-de-agulha, marcela, losna-do-mato, macela-do-sertão, chá-de-lagoa.

Parte utilizada: inflorescências.

Propriedades terapêuticas: anti-inflamatória, calmante, bactericida, antidiarreica, colinolítica, miorrelaxante, antiespasmódica, digestiva, estomáquica, emenagoga e antiviral.

Indicações terapêuticas: problemas

digestivos, flatulências, má digestão, colecistite, diarreias, cólicas abdominais, azia, contrações musculares bruscas, inflamações, disfunções gástricas, inapetência, disenterias, distúrbios menstruais, dores de cabeça, cistite, nefrite.

Figura 39 - Macela

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

Cuidados: seu uso é contra indicado às pessoas sensíveis à planta. 4.34 Malva

Nome científico: Malva sylvestris L.

Família: Malvaceae

Nome popular: malva, malva-alta, malva-de-

botica, malva-grande.

Parte utilizada: folhas, flores e raízes.

Propriedades terapêuticas: adstringente, mucilagenosa, suavizante de tecidos, anti-inflamatória e laxativa.

Indicações terapêuticas: bronquite, tosse,

asma, enfisema pulmonar, coqueluche, colite, constipação intestinal, contusões, afecções da pele, furúnculos, abscessos, picaduras de insetos e afecções da boca e garganta.

Figura 40 - Malva

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.35 Mamão

Nome científico: Carica papaya L.

Família: Caricaceae

Nome popular: abobaia, amazonas, formoso, havaiano, mamoeiro, mamão-de-corda, papaia e papaya.

Parte utilizada: folha, fruto, semente, látex e raiz.

Propriedades terapêuticas: digestiva, diurética, laxante, vermífuga.

Indicações terapêuticas: afecções das vias respiratórias, tosses, bronquites e muco.

Figura 41 - Mamão

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.36 Maracujá

Nome científico: Passiflora alata Dryand.

Família: Passifloraceae

Nome popular: maracujá-de-suco, maracujá-

azedo, maracujá-liso e maracujazeiro.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: diurético, depurativo, sedativo, anti-inflamatório, calmante, antitérmico, vermífugo, antiespasmódico.

Indicações terapêuticas: dores de cabeça de origem nervosa, ansiedade, perturbações nervosas da menopausa, insônia, taquicardia nervosa, doenças espasmódicas, nevralgias, asma.

Cuidados: deve-se controlar o uso das folhas em forma de chá, pois existem riscos de intoxicação cianídrica, consequente ao uso de doses exageradas.

Figura 42 - Maracujá

Fonte: (LOPES, [201-?])

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4.37 Mastruz

Nome científico: Chenopodium ambrosioides L.

Família: Chenopodiaceae

Nome popular: ambrisina, canudo, erva-das-cobras, erva-do-formigueiro, erva-santa, erva-de-santa-maria e mentruz.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: estomáquica, antirreumática e helmíntica.

Indicações terapêuticas: o sumo das folhas associado a um pouco de leite é utilizado para tratar bronquite e tuberculose, a planta triturada é usada no tratamento de contusões e fraturas por meio de compressas ou ataduras.

Figura 43 - Mastruz

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.38 Noz-moscada

Nome científico: Virola surinamensis (Rol. ex Rottb) Warb.

Família: Myristicaceae

Nome popular: árvore-do-sebo, bicuíba,

ucúuba-verdadeira e ucúuba-cheirosa.

Parte utilizada: folhas, cascas e semente.

Propriedades terapêuticas: analgésica,

antiespasmódica, antiemética, afrodisíaca, carminativa e laxativa.

Indicações terapêuticas: facilitadora do parto, revigora a mente, ajuda na recuperação dos sentidos após desmaios, tônica para os cabelos, regula menstruações escassas, alivia cólicas menstruais, dores musculares e reumatismos.

Figura 44 - Noz-moscada

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.39 Novalgina

Nome científico: Achillea millefolium L.

Família: Asteraceae

Nome popular: mil-folhas, atroveran, macelão, pronto-alívio e sanguinária.

Parte utilizada: folhas e inflorescências.

Propriedades terapêuticas: diurética, anti-inflamatória, antiespasmódica e cicatrizante.

Indicações terapêuticas: infecção das vias respiratórias superiores, indisposição, diarreia e febres.

Figura 45 - Novalgina

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.40 Picão

Nome científico: Bidens pilosa L.

Família: Asteraceae

Nome popular: cuambú, guambú, macela-do-campo, picão-amarelo e pico-pico.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: diurético e antibiótico.

Indicações terapêuticas: icterícia, fígado, bexiga, dor de estômago, intestino, gripe, febre, diabetes e inflamação da garganta.

Figura 46 - Picão

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.41 Poejo-das-hortas

Nome científico: Mentha pullegium L.

Família: Lamiaceae

Nome popular: erva de são lourenço, poejo, poejo real, poejinho, menta-selvagem e vique.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: desordens digestivas e calmante.

Figura 47 - Poejo-das-hortas Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

Indicações terapêuticas: acidez e ardor estomacais, distúrbios gastrintestinais, arrotos, diarreia, enjoos, catarros, tosses, insônia, transtornos menstruais e reumatismo.

Cuidados: não utilizar altas dosagens durante a gravidez.

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4.42 Quebra-pedra

Nome científico: Phyllanthus niruri L.

Família: Euphorbiaceae

Nome popular: arranca-pedras, erva-pomba, fura-parede, quebra-pedra-branca, saxifraga.

Parte utilizada: toda a planta.

Propriedades terapêuticas: diurético, aperiente, analgésico, relaxante muscular e anti-infecciosa.

Indicações terapêuticas: cálculos renais

(pedra nos rins), estômago e cistite.

Figura 48 - Quebra-pedra

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002) 4.43 Sabugueiro

Nome científico: Sambucus nigra L.

Família: Caprifoliaceae

Nome popular: sabugueiro.

Parte utilizada: folhas e frutos.

Propriedades terapêuticas: sudoríferas, diuréticas, anti-inflamatório.

Indicações terapêuticas: tosses e resfriados, sinusite, artrite, laxante e febre do feno.

Cuidados: utilizar apenas os frutos e as folhas, pois as outras partes da planta podem provocar efeitos colaterais.

Figura 49 - Sabugueiro

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002) 4.44 Salsa

Nome científico: Petroselinum crispum (Mill.) Nyman.

Nome popular: salsinha, salsa-comum, salsa-vulgar, salsa-de-cheiro.

Parte utilizada: folhas, sementes e raízes.

Propriedades terapêuticas: aperiente, estimulante, diurética suave, emenagoga, carminativa.

Indicações terapêuticas: hemorragia nasal, estômago (acidez, flatulência, gastralgia), fígado (cálculos, cólicas, icterícia, intoxicação), rins (cólicas).

Figura 50 - Salsa

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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Cuidados: As sementes não devem ser ministradas á gestantes e pacientes com doenças renais.

4.45 Sene

Nome científico: Senna occidentalis L.

Família: Leguminosae

Nome popular: café-negro, fedegoso, magirioba, mamangá, mangerioba, peireiaba e taracucu.

Parte utilizada: folhas e frutos frescos e secos.

Propriedades terapêuticas: estimulante, laxante e purgativo.

Indicações terapêuticas: prisão de ventre, senosídeos e halitose.

Cuidados: não recomendado a menores de 12 (doze) anos, gestantes e não tomar por mais de 10 (dez) dias seguidos.

Figura 51 - Sene

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.46 Serralha

Nome científico: Sonchus oleraceus L.

Família: Asteraceae

Nome popular: chicória-brava, serralha-branca, serralha-lisa e serralheira.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: diurética, analgésica e cicatrizante.

Indicações terapêuticas: para dores estomacais, hepáticos, dores intestinais, contra edemas, afecções das vias urinárias, para o uso externo usada contra feridas, chagas, úlcera varicosa e escaras na forma de compressas.

Figura 52 - Serralha

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.47 Tanchagem

Nome científico: Plantago major L.

Família: Plantaginácea

Nome popular: plantagem, tanchagem-maior, tanchagem-média, tranchagem e trasagem.

Parte utilizada: folhas.

Propriedades terapêuticas: adstringente, cicatrizante e expectorante.

Indicações terapêuticas: dores de estômago, afecções respiratórias, diarreia, disenteria, inflamações da boca e garganta, gengivite, afecções da pele (acnes e espinhas).

Figura 53 - Tanchagem Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

4.48 Unha-de-gato

Nome científico: Uncaria tomentosa (Willd. Ex Roem. & Schult.) DC.

Família: Rubiaceae

Nome popular: unha-de-cigana, carrapato-

amarelo e garra-de-gavião.

Parte utilizada: folha, raiz, casca.

Propriedades terapêuticas: analgésica, anti-inflamatória, antimutagênica, antioxidante, antiproliferativa, antitumoral, antiviral, citoprotetora, citostática, citotóxica, depurativa, diurética, hipotensiva, imunoestimulante, imunomodulatória.

Indicações terapêuticas: artrite, intestino,

problemas digestivos.

Figura 54 - Unha-de-gato

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

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4.49 Urtiga

Nome científico: Urtica dioica L.

Família: Urticaceae

Nome popular: urtiga-vermelha, urtigão e urtiga-maior.

Parte utilizada: folhas e raízes frescas ou secas.

Propriedades terapêuticas: antirreumática, antisséptica, bactericida, adstringente, diurético-depurativo, estimulantes circulatório, hipotensivo, estomáquico e vermífugo.

Indicações terapêuticas: chá das folhas e ramos é usado para estancar sangramentos.

Figura 55 - Urtiga

Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002) 4.50 Urucum

Nome científico: Bixa orellana L.

Família: Bixaceae

Nome popular: colorau, urucu, açafroa,

achiote, bixa, falso-açafão.

Parte utilizada: semente, raiz, folhas.

Propriedades terapêuticas: expectorante, hipotensor, vermífugo, afrodisíaco e digestivo.

Indicações terapêuticas: emagrecimento,

bronquite, faringite, doenças pulmonares, asma, febre, moléstias cardiovasculares, ferimentos, queimaduras e inflamação.

Figura 56 - Urucum Fonte: (LORENZI; MATOS, 2002)

5 PREPARAÇÃO DE FITOTERÁPICOS Algumas instruções simples e detalhadas para a preparação de ervas: utilize potes e panelas de vidro, esmalte ou aço inoxidável, facas e espátulas de madeira ou aço e peneiras de plásticos ou náilon; não usar alumínio, pois é facilmente absorvido pelas ervas; todos os utensílios devem ser esterilizados por no mínimo trinta minutos para garantir a higiene e evitar que os medicamentos mofem (CHEVALLIER, 2005).

Doses 1 ml = 20 gotas 5 ml = 1 colher de chá 10 ml = 1 colher de sobremesa 20 ml = 1 colher de sopa 70 ml = 1 copo de licor 150 ml = 1 xícara

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A seguir, apresenta-se o preparo artesanal de decocções - fervura lenta de raízes, cascas, gravetos e frutas (FIG. 57); infusões - é o modo tradicional que se emprega na preparação do chá (FIG. 58); tinturas - são feitas mergulhando a erva em álcool de cereais (FIG. 59); pomadas - são feitas de óleos ou gorduras aquecidos com erva (FIG. 60); emplastro - é uma mistura de ervas frescas, secas ou em pó que se aplica em uma área afetada da pele (FIG. 61); compressas - são pedaços de pano embebidos em loção (FIG. 62); loções - são preparados de ervas à base de água, para lavar a pele irritada; e xarope - infusões e decocções misturadas com mel ou açúcar não refinado (FIG. 63). 5.1 Decocções É indicado para as partes de plantas com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas. Colocar a planta medicinal, 20 g de erva seca ou 40 g de erva fresca, em uma vasilha adequada junto com 750 ml água fria. Levar a mistura ao fogo e ferver em fogo brando por 5 a 20 minutos, até que o líquido fique reduzido a cerca de um terço. Retirar do fogo e deixar em repouso por 20 a 30 minutos. Coar em seguida e guardá-lo sob refrigeração em recipiente fechado por até 48 horas.

Figura 57 - Preparo de decocções

Fonte: (CHEVALLIER, 2005) 5.2 Infusões É indicado para folhas, flores, inflorescências e frutos que contenham substâncias ativas voláteis. Ferver a água e, em seguida, desligar o fogo. Adicionar esta água sobre a planta fresca ou seca. Tampar e deixar por 10 a 20 minutos em repouso. Coar em seguida. As infusões devem ser usadas no máximo em 24 horas. 5.3 Tinturas As partes vegetais utilizadas no preparo das tinturas podem ser folhas, flores, cascas, ramos ou raízes, conforme a localização dos princípios ativos que se deseja extrair. A planta deve ser seca, em uma proporção de 100 g a 200 g para 1 litro de álcool de cereais. Caso a tintura seja preparada com plantas frescas, a quantidade de ervas utilizada deve ser dobrada. As ervas deve ser picadas ou trituradas e acrescentado o álcool. A mistura deve ser armazenada em um recipiente fechado, protegido da luz e de altas temperaturas, durante 7 a 10 dias. Durante esse período, o recipiente deve ser agitado levemente pelo menos uma vez ao dia. Ao final do período de repouso, a tintura deve ser peneirada para retirada das frações vegetais de maior tamanho e, logo após, filtrada com papel filtro. Sugere-se o uso de uma camada de algodão por dentro do papel filtro para remover as partículas finas em

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suspensão na tintura. Em seguida, a tintura deve ser armazenada em recipiente de vidro âmbar (escuro) com tampa vedadora. 5.4 Pomadas Derreter 500 g de vaselina em um pote em banho-maria. Adicionar 60 g de ervas secas ou 150 g de ervas frescas. Ferver por 15 minutos. Coar em coador de trama fina ou tecido de algodão, branco e bem limpo. Usando luvas de borracha, espremer o máximo possível o tecido, com a mistura ainda quente. Despejar rapidamente a pomada derretida em vidros esterilizados. Tampar os vidros, sem forçar. Depois de frios os vidros, apertar as tampas, rotular e armazenar.

Figura 58 - Preparo de pomada

Fonte: (CHEVALLIER, 2005) 5.5 Emplastros É o processo no qual se aplica um preparado quente ou frio de plantas medicinais, geralmente com a finalidade de se reduzir uma inflamação ou dor local. Plantas frescas ou secas em trouxinhas de pano, frias ou quentes, conforme o caso podem ser aplicadas diretamente sobre as partes doloridas ou inflamadas. Devem ser preparados na hora da utilização.

Figura 59 - Preparo de emplastro

Fonte: (CHEVALLIER, 2005) 5.6 Compressas É uma forma de tratamento que consiste em colocar, sobre o lugar lesionado, um pano ou gaze limpo e umedecido com um infuso ou decocto frio ou aquecido, dependendo da indicação de uso. Preparar o suco ou chá, por infusão ou decocção, da planta desejada. Mergulhar um pano limpo ou pedaço de algodão nesse líquido.

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Aplicar a compressa quente ou fria sobre o local indicado, renovando frequentemente. O tempo de aplicação deve ser de 5 a 20 minutos, dependendo da atividade da planta utilizada e da gravidade da inflamação. Deve ser preparada na hora da utilização.

Figura 60 - Preparo de compressa e loção

Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

5.7 Xaropes É uma preparação farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade, que apresenta, no mínimo, 45% de açúcar. É bastante popular devido ao gosto agradável e à facilidade de administração, usada normalmente para tratamento de afecções das vias respiratórias, como tosse e bronquite. O xarope pode ser preparado por dissolução, em fogo brando (60 a 80°C), preferencialmente em banho-maria, de 2 partes de açúcar não refinado para 1 parte de solução de ervas preparadas por infusão ou decocção, aquecendo-se a mistura até desmanchar o açúcar, deixar esfriar e filtrar.

Figura 61 - Preparo de xarope Fonte: (CHEVALLIER, 2005)

O xarope deve ser conservado em frasco limpo e bem fechado, protegido da luz, em geladeira ou em local fresco. Tampar com rolhas, pois os xaropes tendem a fermentar e podem explodir em potes com tampa de rosquear. Esta preparação não pode ser usada por longo período e deve-se verificar, frequentemente, se o xarope não fermentou (azedou). Usar, no máximo, por 7 dias. Conclusões e recomendações Mesmo se tratando de medicamentos naturais deve-se tomar cuidado com a dosagem e alguns princípios ativos de determinadas plantas, pois o consumo incorreto varia entre alguns efeitos colaterais e a morte. Ao utilizar plantas medicinais é recomendável o acompanhamento de um profissional da área da saúde.

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As formulações citadas servem como base para iniciar seus conhecimentos no assunto. Antes de serem colocadas no mercado consumidor, as formulações deverão ter a aprovação de um técnico responsável e o registro nos órgãos competentes. Para mais informações sobre o cultivo e colheita das plantas recomenda-se a leitura do manual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: “Boas práticas agrícolas (BPA) de plantas medicinais, aromáticas e condimentares” no link disponível em Referências. Referências ALMANÇA, C. C. J.; CARVALHO, J. C. T. Formulário de prescrição fitoterápica. São Paulo: Atheneu, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HORTICULTURA. Prepare seu inseticida caseiro. Disponível em: <http://www.abhorticultura.com.br/Dicas/Default.asp?id=4833>. Acesso em: 18 set. 2007. BLANCO, Rose Aielo. Ilex paraguariensis: a planta da Pholia Negra. Jardim de Flores, [201-?]. Disponível em: <http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/a57ilexparaguariensis.htm>. Acesso em: 14 dez. 2020. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Boas práticas agrícolas (BPA) de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Brasília: MAPA/SDC, 2006. 48 p. (Plantas Medicinais & Orientações Gerais para o Cultivo; 1). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_plantas_medicinais.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2020. CHEVALLIER, Andrew. Ervas medicinais. Trad. Ana Carolina Mesquita. São Paulo: Publifolha, 2005. CONCEIÇÃO, Moacir. As plantas medicinais no ano 2000. 2. ed. São Paulo: Tao, 2000. EMATER. Plantas medicinais aromáticas e potenciais. Disponível em: <http://www.emater.pr.gov.br/emater.php?emater=1&mid=76>. Acesso em: 13 set. 2007. FREDERICO, M. As plantas que curam: cuide da sua saúde através da natureza. São Paulo: Hemus, 1983. LAMEIRA, O. A. et al. Plantas medicinais: uso e manipulação. Disponível em: <http://www.cpafro.embrapa.br/embrapa/infotec/plantamed.PDF>. Acesso em: 10 set. 2007. LOPES, Gerson Luiz. Passiflora alata Curtis. Maracujá-doce, maracujá-amarelo. Irati, [201-?]. Disponível em: <https://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/12457-2/>. Acesso em: 14 dez. 2020. LORENZI, H.; MATOS, F. J. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. PLANTAMED. Plantas e ervas medicinais e fitoterápicos. Disponível em: <http://www.plantamed.com.br/>. Acesso em: 11 set. 2007. PLANTAS medicinais: cartilha. Campinas: Prefeitura Municipal, 2018. Disponível em: <http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/assist_farmaceutica/Cartilha_Plantas_Medicinais_Campinas.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2020. RODRIGUES, V. G. S. Cultivo e utilização de ervas medicinais. Disponível em: <http://www.cpafro.embrapa.br/embrapa/infotec/plantamed.PDF>. Acesso em: 10 set. 2007.

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SCHIEDECK Gustavo et al. Método de preparo de tintura de plantas bioativas para fins agrícolas. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2008. (Comunicado Técnico n. 190). Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/746473/1/comunicado190.pdf>. Acesso em: 16 dez. 2020. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Plantas medicinais. Curitiba: Tecpar, 2007. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 18 set. 2007. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Plantas medicinais. Salvador: Retec/BA, 2006. Disponível em: <http://www.respostatecnica.org.br>. Acesso em: 17 set. 2007. TARAXACUM officinale. In: Wikipedia: a enciclopédia livre. [S.l.], 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Taraxacum_officinale>. Acesso em: 14 dez. 2020.

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