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1/9/2014 1 1 Seminário Diplomático “PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014 INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS PLATAFORMA CONTINENTAL O Novo Mapa de Portugal

PLATAFORMA CONTINENTAL - idi.mne.pt · 1/9/2014 3 3 Seminário Diplomático “PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014 INSTITUTO

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1/9/2014 1 1

Seminário Diplomático

“PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014

INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

PLATAFORMA CONTINENTAL O Novo Mapa de Portugal

1/9/2014 2 2

Seminário Diplomático

“PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014

INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

• O limite exterior da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

• Plataforma continental: o projeto português

• O projeto português no contexto internacional

• Resumo conclusivo

Sumário

1/9/2014 3 3

Seminário Diplomático

“PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014

INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

M = milha náutica = 1.852 metros

Linha de costa

A linha de costa é, por regra, a referência para a definição do

limite exterior do mar territorial, zona contígua e zona económica exclusiva

Território emerso

O limite exterior da plataforma continental para lá das 200

milhas náuticas

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Território emerso

Perfil do

fundo marinho

Ponto de máxima

inflexão do perfil

Pé do talude continental

O pé do talude continental é a referência para determinar o limite exterior

da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

A linha de costa é, por regra, a referência para a definição do

limite exterior do mar territorial, zona contígua e zona económica exclusiva

Linha de costa

O limite exterior da plataforma continental para lá das 200

milhas náuticas

1/9/2014 5 5

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“PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014

INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Camada sedimentar

Território emerso

e ≥ 0,01 D

e

Bordo exterior da margem continental / Limite exterior da plataforma continental

D

Limite máximo: 350 M ou batimétrica 2500 m + 100 M

M = milha náutica = 1.852 metros

Perfil do

fundo marinho

Ponto de máxima

inflexão do perfil

Pé do talude continental

O pé do talude continental é a referência para determinar o limite exterior

da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

O limite exterior da plataforma continental para lá das 200

milhas náuticas

Existe camada sedimentar de relevo regra de Gardiner

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Território emerso

M = milha náutica = 1.852 metros

Camada sedimentar

e ≥ 0,01 D

e

D

Bordo exterior da margem continental / Limite exterior da plataforma continental

Limite máximo: 350 M ou batimétrica 2500 m + 100 M

O limite exterior da plataforma continental para lá das 200

milhas náuticas

Não existe camada sedimentar de relevo regra de Hedberg

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“PROJETAR PORTUGAL” Sala do Senado – Assembleia da República, 6 e 7 de janeiro de 2014

INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Território emerso

M = milha náutica = 1.852 metros

Bordo exterior da margem continental / Limite exterior da plataforma continental

Limite máximo: 350 M ou batimétrica 2500 m + 100 M

O limite exterior da plataforma continental para lá das 200

milhas náuticas

Para definir o limite exterior da plataforma continental

é preciso conhecer com rigor a forma dos fundos marinhos

e a natureza do respetivo subsolo

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

• O limite exterior da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

• Plataforma continental: o projeto português

• O projeto português no contexto internacional

• Resumo conclusivo

Sumário

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Áreas fora de alcance

Até 2008 Após

2008

Plataforma continental: o projeto português

Até 2005: poucos dados, de má qualidade, desadequados para o projeto

Hidrografia: feixe simples

Hidrografia: dados com má resolução

Sísmica multicanal: apenas

junto à costa

Hidrografia: resolução necessária

Aquisição de capacidades

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Origem dos dados usados na submissão portuguesa (2009)

Dados adquiridos (EMEPC)

Bases de dados públicas

Dados adquiridos

Alta qualidade:

hidrografia, geologia,

geofísica, gravimetria,

magnetismo

Bases de dados públicas

Essencialmente usados

dados de hidrografia

Qualidade inferior, mas

cumprem padrões das

Guidelines

Pontos de pé do talude que contribuem para o limite exterior da margem continental

Plataforma continental: o projeto português

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Madeira

Limite exterior da plataforma continental

ZEE

ZEE

Proposta portuguesa à Comissão de Limites da Plataforma Continental – 11.05.2009

Plataforma continental: o projeto português

Áreas marinhas protegidas

(OSPAR)

2007

1 – Rainbow

2010

2 – Altair

3 – Mid Atlantic Ridge North

of Azores

4 – Antialtair

5 - Josephine

2

1

3

4

5

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Submissão portuguesa

Plataforma continental além das 200 M - 2.150.000Km2

1260 M

Plataforma continental: o projeto português

Desafios e oportunidades: dimensão estratégica

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• > 400 dias de cruzeiro científico

• > 5000 dias de “cientista”, nacionais e estrangeiros, a bordo

• Uma das maiores bases de dados do Oceano no que respeita à hidrografia

• As maiores expedições de biologia marinha realizadas em Portugal, com

centenas de novas espécies inventariadas (Projeto M@rBis)

• > 50 projetos de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI) apoiados

• Inúmeras cedências de dados para projetos de investigação científica

• Realização de inúmeros mestrados e doutoramentos nas áreas de

conhecimento diretamente ligados ao projeto de extensão (hidrografia,

geologia, geofísica e direito internacional), mas também, entre outras, nas

áreas da física aplicada e biologia

Plataforma continental: o projeto português

Desafios e oportunidades: conhecimento

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Recursos minerais metálicos:

Depósitos de sulfuretos maciços; sedimentos metalíferos; nódulos polimetálicos;

crostas Fe-Mn ricas em Cobalto

Energia:

35% da produção global de petróleo e 27% da produção de gás natural ocorrem no

offshore

Hidratos de Metano (no subsolo oceânico, enterrados nos sedimentos)

Metais com potencial económico: Ouro; Prata; Zinco, Cobalto; Níquel; Cobre;

metais de alta tecnologia

Estima-se que os Hidratos de Metano existentes correspondam a 10% das reservas

de carvão, petróleo e gás natural potencialmente exploráveis

Plataforma continental: o projeto português

Desafios e oportunidades: recursos minerais

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Recursos genéticos do oceano profundo

• Substâncias anti-inflamatórias e anti-cancerígenas

• Tratamento de VIH-SIDA, malária e doenças cardiovasculares

• Antibióticos e anti-fúngicos

• Agentes anti-coagulantes e de regeneração de tecidos

• Cosméticos e filtros solares

• Aplicações industriais

• Combate à poluição por biorremediação de metais pesados

Plataforma continental: o projeto português

Desafios e oportunidades: recursos vivos

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1997 Portugal ratifica a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982

2005 Criação da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC)

2009 Proposta portuguesa entregue à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC)

# de ordem: 44

2010 Apresentação formal da proposta à CLPC

2015/16 Previsão para a constituição da subcomissão da CLPC que apreciará a proposta portuguesa

Plataforma continental: o projeto português

Datas de maior relevo

A EMEPC foi o órgão que concebeu, planeou e executou a proposta de extensão da plataforma continental

portuguesa.

Outras entidades que colaboraram: Marinha Portuguesa, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,

Laboratório Associado – Instituto D. Luiz, Centro de Geofísica de Évora e Departamento de Geociências da

Universidade de Évora, Instituto Geográfico Português e Fundação para a Ciência e Tecnologia.

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Parc

eir

os

E

ME

PC

+ de 150

26

+ de 40

Plataforma continental: o projeto português

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• O limite exterior da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

• Plataforma continental: o projeto português

• O projeto português no contexto internacional

• Resumo conclusivo

Sumário

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Sumário executivo da proposta de Espanha Informação preliminar de Espanha

O projeto português no contexto internacional

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Prolongamento natural de Espanha

Solução comum

Área de Interesse comum: • Releva apenas para a definição

do LEPC (Não prejudica futura

delimitação lateral)

• Torna comum o LEPC de PRT e

ESP (solução jurídica/técnica

comum)

• Compromisso conjunto de

defender a solução acordada

• Troca de dados e informação

• Reconhece implicitamente LBR

portuguesa

350 M

200 M

Art.º 76º da Convenção das Nações Unidas

sobre o Direito do Mar (CNUDM):

A plataforma continental constitui o prolongamento natural

do território emerso do Estado costeiro LEPC: Limite exterior da plataforma continental

LEPC

LEPC

Área de interesse comum (AIC)

O projeto português no contexto internacional

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≈ 30 M

O projeto português no contexto internacional

A questão das ilhas selvagens A questão das ilhas selvagens Interação com Marrocos

1/9/2014 22 22

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Estado proponente Secretário Geral das

Nações Unidas

Proposta

Comunidade internacional

aprecia

Subcomissão

Plenário

Comissão de limites da plataforma continental

Recomendações favoráveis

Rev. da proposta ou nova proposta

LEPC > 200 M

Lei

LEPC = 200 M

Limites finais e obrigatórios

sim

sim não

não Apreciação da

proposta

portuguesa

prevista para

2015/16

O projeto português no contexto internacional

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• O limite exterior da plataforma continental para lá das 200 milhas náuticas

• Plataforma continental: o projeto português

• O projeto português no contexto internacional

• Resumo conclusivo

Sumário

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INSTITUTO DIPLOMÁTICO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

• O início dos trabalhos de preparação da proposta portuguesa para a extensão da plataforma continental constituiu o início de uma nova relação de Portugal com o mar, agora no âmbito técnico e científico, que terão consequências económicas importantes.

• O projeto português impulsionou de forma profunda o conhecimento do Oceano e as capacidades que Portugal presentemente detém, situados ao mais alto nível internacional.

• À data da entrega à CLPC (2009) o projeto português de extensão da plataforma continental tinha o maior levantamento hidrográfico de alta qualidade realizado para esse efeito a nível mundial.

• A proposta de extensão da plataforma continental portuguesa tem doutrina própria (princípios e metodologia) que se conforma com o direito internacional e os documentos técnicos internacionais de maior relevo, constituindo uma solução integrada e coerente face à diversidade dos contextos geológicos que abrange.

• Não existem disputas (no sentido jurídico do termo) com os Estados vizinhos, com influência na apreciação da proposta de extensão. Com Espanha é promovida uma solução comum para o limite exterior da plataforma continental, ficando a delimitação entre os Estados diferida para uma fase posterior. Com Marrocos, a potencial interação no âmbito da plataforma continental para lá das 200 milhas é muito pequena, desconhecendo-se as intenções deste Estado em apresentar uma proposta de extensão.

Resumo conclusivo

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