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1 17 DE JUNHO DE 2013 1 PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) PLD 1 - 3ª Semana de Junho de 2013 Junho (15.06.2013 a 21.06.2013) PLD médio 1 PLD médio 2 R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 211,21 195,68 Pesada 163,25 163,25 163,25 163,25 Sul 211,21 195,68 Média 161,65 161,65 161,65 161,65 Nordeste 211,41 195,82 Leve 155,81 155,81 155,81 155,81 Norte 211,21 195,68 1. Preço médio é a média ponderada dos valores divulgados do PLD1 pelas horas do período, no caso, nas três semanas de junho. 2. Preço médio supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes Fonte: CCEE PLD Final permanece suspenso assim como os processos de contabilização na CCEE As liminares conseguidas por Apine, Abragel, Abraceel, Abraget e Unica, que retiram a eficácia dos artigos 2º e 3º da Resolução CNPE 03/2013, permanecem válidas, mas permitem a continuidade dos processos de contabilização e liquidação da CCEE apenas excluindo os associados destas associações do cálculo do rateio para pagamento do ESE. A liminar conseguida pela Borborema Energética e outro, pede a suspensão dos efeitos dos mesmos artigos, mas não se restringe às empresas autoras. Segundo entendimento da CCEE, essa decisão impede a continuidade do processo de contabilização e liquidação mensal e suspendeu esses eventos do calendário sem data definida para retomada. Importante lembrar que a CCEE não autorizou a liberação dos valores que já foram aportados como garantia de pagamento. As informações constam da ata da 666ª Reunião do CAD. Bandeiras Tarifárias Em 2014, entrará em vigor o “Sistema de Bandeiras Tarifárias”. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. A ANEEL irá testar em 2013, mês a mês, as bandeiras que estariam em funcionamento (quadro abaixo). Além disso, as distribuidoras de energia divulgarão, na conta de energia, a simulação da aplicação das bandeiras para o subsistema de sua região. O consumidor visualizará em sua conta qual bandeira estaria valendo no mês atual, se as bandeiras tarifárias estivessem em funcionamento: Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo; Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos; Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 kWh consumidos. O motivo dessa variação é devido a matriz elétrica ser predominantemente hídrica e dependente de chuva. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas são ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel. 17 06 13

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1 17 DE JUNHO DE 2013 • 1

PLD (Preço de Liquidação das Diferenças)

PLD 1 - 3ª Semana de Junho de 2013 Junho

(15.06.2013 a 21.06.2013) PLD médio 1 PLD médio 2

R$/MWh Sudeste Sul Nordeste Norte Sudeste 211,21 195,68

Pesada 163,25 163,25 163,25 163,25 Sul 211,21 195,68

Média 161,65 161,65 161,65 161,65 Nordeste 211,41 195,82

Leve 155,81 155,81 155,81 155,81 Norte 211,21 195,68 1. Preço médio é a média ponderada dos valores divulgados do PLD1 pelas horas do período, no caso, nas três semanas de junho. 2. Preço médio supondo que o último PLD publicado se estenda pelas semanas restantes Fonte: CCEE

PLD Final permanece suspenso assim como os processos de contabilização na CCEE

As liminares conseguidas por Apine, Abragel, Abraceel, Abraget e Unica, que retiram a eficácia dos artigos 2º e 3º da Resolução CNPE 03/2013, permanecem válidas, mas permitem a continuidade dos processos de contabilização e liquidação da CCEE apenas excluindo os associados destas associações do cálculo do rateio para pagamento do ESE. A liminar conseguida pela Borborema Energética e outro, pede a suspensão dos efeitos dos mesmos artigos, mas não se restringe às empresas autoras. Segundo entendimento da CCEE, essa decisão impede a continuidade do processo de contabilização e liquidação mensal e suspendeu esses eventos do calendário sem data definida para retomada. Importante lembrar que a CCEE não autorizou a liberação dos valores que já foram aportados como garantia de pagamento. As informações constam da ata da 666ª Reunião do CAD.

Bandeiras Tarifárias

Em 2014, entrará em vigor o “Sistema de Bandeiras Tarifárias”. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicarão se a energia custará mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. A ANEEL irá testar em 2013, mês a mês, as bandeiras que estariam em funcionamento (quadro abaixo). Além disso, as distribuidoras de energia divulgarão, na conta de energia, a simulação da aplicação das bandeiras para o subsistema de sua região. O consumidor visualizará em sua conta qual bandeira estaria valendo no mês atual, se as bandeiras tarifárias estivessem em funcionamento:

• Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo; • Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para

cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos; • Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 3,00 para

cada 100 kWh consumidos. O motivo dessa variação é devido a matriz elétrica ser predominantemente hídrica e dependente de chuva. Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas são ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. Com isso, o custo de geração aumenta, pois essas usinas são movidas a combustíveis como gás natural, carvão, óleo combustível e diesel.

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As bandeiras tarifárias são uma forma diferente de apresentar um custo já existente na conta de energia, mas não devidamente informado. Os custos com compra de energia pelas distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas anualmente e são repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. Com as bandeiras, haverá a sinalização mensal do custo de geração da energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras amarela e vermelha. Essa sinalização “on demand”, permite o consumidor ajustar o seu consumo de acordo com a bandeira sinalizada.

A aplicação das bandeiras é realizada conforme os valores do Custo Marginal de Operação (CMO) e do Encargo de Serviço de Sistema por Segurança Energética (ESS_SE) de cada subsistema.

O Custo Marginal de Operação (CMO) equivale ao preço de unidade de energia produzida para atender a um acréscimo de demanda de carga no sistema, uma elevação deste custo indica que a geração de energia elétrica está mais custosa. Os Encargos de Serviço do Sistema (ESS) são aqueles decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os custos de ESS por segurança energética advêm da solicitação de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para realizar geração fora da ordem de mérito de custo.

Juntos, o CMO e o ESS_SE determinam a bandeira a ser adotada em cada mês, por subsistema: • Bandeira verde: CMO + ESS_SE menor que R$ 100,00/MWh (cem reais por megawatt-hora); • Bandeira amarela: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 100,00/MWh e inferior a R$

200,00/MWh; • Bandeira vermelha: CMO + ESS_SE igual ou superior a R$ 200,00/MWh.

Uma vez por mês, o ONS calcula o CMO nas reuniões do Programa Mensal de Operação (PMO) - quando também é decidido se haverá ou não a operação das usinas termelétricas e o custo associado a essa geração. Após cada reunião, com base nas informações do ONS, a ANEEL aciona a bandeira tarifária vigente no mês seguinte.

As bandeiras tarifárias permitirão o consumidor gerenciar melhor seu consumo de energia e reduzir o consumo da conta de luz. Isso trará um impacto no uso eficiente da energia elétrica, principalmente em momento de escassez de água nos reservatórios.

Nível dos Reservatórios

O nível dos reservatórios está inferior ao registrado em junho do ano passado, em todos os submercados, exceto o Norte. Se as bandeiras tarifárias estivessem vigentes, esse seria um período em que as bandeiras amarelas ou vermelhas estariam acionadas.

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Energia Natural Afluente em Junho

Na previsão de afluência mensal, apenas o submercado Norte apresentou aumento em seu índice, passando dos 84% para 88% da MLT. O sul e o Nordeste apresentaram queda de 28% e 5% respectivamente. Já o Sudeste manteve o índice da semana anterior, com 63% de MLT.

Já na previsão semanal todos os submercados apresentaram queda em relação à semana passada. O Subsistema Sul apresentou a maior queda, de 37%, atingindo 62% da MLT, seguido pelo Sudeste com queda de 19% da MLT (122% da MLT). Os submercados Nordeste e Norte apresentaram reduções menos drásticas de 2% e 7% da MLT, respectivamente.

Previsão do tempo

Fonte: SOMAR

No início desta semana, no subsistema Sul, as chuvas se concentram sobre o Paraná e Santa Catarina com acumulados que podem chegar a 100mm, já no Rio Grande do Sul, os acumulados atingem índices mais baixos, de até 30mm.

Nos subsistemas Sudeste e Centro-Oeste, as baixas precipitações concentram-se na faixa sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

No subsistema Nordeste, as chuvas permanecem sobre a faixa litorânea. No subsistema Norte, as precipitações concentram-se especialmente sobre o Norte do Amazonas e em Roraima

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O presente Informativo foi preparado pela COMERC para uso exclusivo do destinatário, não podendo ser reproduzido ou distribuído por este a qualquer pessoa sem a expressa autorização desta. O presente informativo é distribuído somente com o objetivo de prover informações, sendo que as opiniões nele contidas são baseadas em julgamento e estimativas. Informações adicionais podem ser obtidas por meio de solicitação por escrito no seguinte endereço eletrônico: [email protected]

Glossário de termos Sigla Termo Explicação

ACL Ambiente de Contratação Livre Nesse ambiente existe livre negociação entre os agentes geradores, comercializadores, consumidores livres, importadores e exportadores de energia, sendo que os acordos de compra e venda de energia são pactuados por contratos bilaterais.

ACR Ambiente de Contratação Regulada A contratação no ACR é formalizada por Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEAR), celebrados entre Agentes Vendedores e as distribuidoras que participam dos leilões de compra e venda de energia elétrica específicos para o agente distribuidor.

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

Agência reguladora que tem como missão proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.

Biomassa Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou elétrica. Pode ser de origem florestal (madeira), agrícola (soja, arroz ou cana-de-açúcar) ou ainda urbanos/industriais (sólidos ou líquidos como lixo).

CAR Curva de Aversão ao Risco A CAR define o requisito de nível mínimo mensal de armazenamento de cada subsistema equivalente de usinas hidrelétricas para garantir a segurança da operação do Sistema Interligado Nacional – SIN.

DECOMP Programa Computacional utilizado a partir dos resultados do NEWAVE para um horizonte de até 2 meses. O Custo Marginal de Operação (CMO), no qual o PLD se baseia, é resultado da utilização do DECOMP que gera os valores em base semanal por patamar de carga.

Despacho Térmico Fora da Ordem de Mérito

Geração térmica não considerada no modelo de formação de preços que tem como objetivo atender a segurança energética do SIN.

EAR Energia Armazenada Energia disponível em um sistema de reservatórios expresso em porcentagem da capacidade máxima de armazenagem.

ENA Energia Natural Afluente Energia que pode ser produzida a partir das vazões naturais afluentes aos reservatórios. Os valores são expressos em MW médios ou em percentual da média histórica de longo termo, MLT (histórico de 82 anos).

ESS Encargo de Serviços do Sistema Encargo que tem como objetivo ressarcir a geração térmica fora da ordem de mérito para atender aos requisitos de segurança no fornecimento de energia do SIN (restrições elétricas e razões energéticas).

MLT Média de Longo Termo A partir do histórico de 82 anos de vazões, o ONS gera uma média de ENA para cada mês. Esse valor passa a representar a média de longo prazo para o ano vigente.

NEWAVE Programa computacional utilizado no planejamento mensal da operação para um horizonte de 5 anos. A metodologia do programa é baseada em um modelo matemático que visa determinar a melhor política de geração (mix entre geração hidráulica e térmica) minimizando o custo da operação do sistema para todo o período de planejamento.

Nível Meta Nível mínimo de armazenamento, determinado pelo ONS, que deve ser mantido ao final do período seco, de maio a novembro. Atualmente para o Sudeste o nível meta é de 42% e para o Nordeste 25% da capacidade máxima.

ONS Operador Nacional do Sistema Associação sem fins lucrativos responsável pela coordenação e controle das operações de geração e transmissão de energia elétrica no SIN, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

PLD Preço de Liquidação das Diferenças É o preço de curto prazo divulgado semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), base para as negociações que ocorrem no mercado de curto prazo. Em 2013, esse valor pode variar entre R$14,13 a R$780,03/MWh.

PMO Programa Mensal da Operação Acontece na última semana de cada mês, no ONS, uma reunião entre os agentes do setor elétrico para estabelecer as diretrizes eletroenergéticas de curto prazo para otimizar a utilização de recursos de geração e transmissão do SIN.

SIN Sistema Interligado Nacional É toda a área interligada pela energia distribuída pelo ONS. Compreende cinco regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte). Apenas 3,4% da capacidade de produção está fora do SIN, em sistemas isolados localizados na região Amazônica (Fonte: ONS).