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1 INFORME Informativo do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais - Ano IV/ Agosto 2016 - nº 44 Plenária Nacional da Saúde discute perspectivas futuras do SUS Minas Gerais marcou presença 20ª Plenária Nacional da Saúde, Entidades e Movimentos Sociais e Populares, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), nos dias 24 e 25 de agosto, em Brasília. Conselheiros, conselheiras, trabalhadores e trabalhadoras da saúde de todo o país se reuniram e debateram sobre os principais problemas da saúde pública de acordo com a realidade de cada região, além das constantes ameaças sofridas pelo Sistema Único de Saúde - SUS. A delegação mineira foi a que contou com maior número de integrantes entre os Estados brasileiros, com cerca de 100 pessoas. Diante do atual cenário político e econômico do país, o CNS se posicionou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que visa reduzir os repasses na área da saúde. Não se trata apenas em manter a assistência, mas também garantir a seguridade social, já que saúde se trata também da dignidade humana. Para a entidade, a conjuntura atual é uma das mais complexas da história, com questões como a epidemia do Zika vírus, a violência contra a mulher e os cenários - político e econômico. O Conselho Nacional defendeu que é preciso resgatar a importância do SUS para o povo brasileiro e fortalecer o Controle Social, principalmente neste contexto. “Em 1994, o SUS sofreu o golpe da retirada da Previdência, e o povo foi convocado. Hoje, a situação é muito pior”, lembrou Ronald Santos, presidente do CNS.

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INFORME Informativo do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais - Ano IV/ Agosto 2016 - nº 44

Plenária Nacional da Saúde discute perspectivas futuras do SUS

Minas Gerais marcou presença 20ª Plenária

Nacional da Saúde, Entidades e Movimentos

Sociais e Populares, promovida pelo Conselho

Nacional de Saúde (CNS), nos dias 24 e 25 de

agosto, em Brasília.

Conselheiros, conselheiras, trabalhadores e

trabalhadoras da saúde de todo o país se

reuniram e debateram sobre os principais

problemas da saúde pública de acordo com a

realidade de cada região, além das constantes

ameaças sofridas pelo Sistema Único de

Saúde - SUS. A delegação mineira foi a que

contou com maior número de integrantes entre os

Estados brasileiros, com cerca de 100 pessoas.

Diante do atual cenário político e econômico

do país, o CNS se posicionou contra a

Proposta de Emenda à Constituição (PEC)

241, que visa reduzir os repasses na área da

saúde.

Não se trata apenas em manter a assistência,

mas também garantir a seguridade social, já

que saúde se trata também da dignidade

humana.

Para a entidade, a conjuntura atual é uma das

mais complexas da história, com questões

como a epidemia do Zika vírus, a violência

contra a mulher e os cenários - político e

econômico.

O Conselho Nacional defendeu que é preciso

resgatar a importância do SUS para o povo

brasileiro e fortalecer o Controle Social,

principalmente neste contexto.

“Em 1994, o SUS sofreu o golpe da retirada da

Previdência, e o povo foi convocado. Hoje, a

situação é muito pior”, lembrou Ronald Santos,

presidente do CNS.

2

Reforma Sanitária iniciou a participação popular

Os participantes ainda

foram lembrados de que

a Reforma Sanitária e,

consequentemente, a

criação do SUS, ocor-

reram de forma paralela

com o processo de

democratização do Brasil.

A Reforma Sanitária foi

classificada por alguns como a primeira reforma

com participação popular de fato no Brasil.

Conselheiros, principalmente das regiões Norte e

Centro-Oeste, pontuaram sobre a necessidade e

a importância do saneamento básico no país,

levando em conta as populações ribeirinhas que

habitam em palafitas e estão expostas a

doenças como a malária e esquistossomose.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto

Brasil, o país ocupa a 11ª posição na América

Latina em saneamento básico.

“Hoje, 75% do povo brasileiro

só têm assistência pelo SUS

e ainda assim temos

dificuldade em mostrar as

ameaças à população.

Precisamos de mais recursos

e mostrar para o que

precisamos”, disse o

professor especializado em

saúde pública Gastão

Wagner (UNICAMP) em resposta às declarações

de Ricardo Barros, ministro da saúde, sobre os

supostos cortes na saúde. Diante das

perspectivas para os próximos anos, mais do

que nunca é preciso trazer a realidade para a

população e valorizar o profissional da saúde.

“Ainda que o governo defenda a mudança no

modelo institucional no sistema, permanece o

problema quanto ao atendimento humanitário e à

assistência integral. Não se trata somente de

uma atividade econômica, mas sim de um direito

social”, concluiu Wagner.

Números remetem ao diagnóstico da saúde pública

No segundo dia da Plenária,

os debates foram pontuados

pela Mesa, presidida por

Ronald Santos (CNS). O

presidente do Conselho

Nacional concluiu que, ao

fazer o recorte sobre a

saúde pública brasileira, é necessário enumerar

várias questões pendentes hoje, como a saúde

da mulher e os desastres ambientais - como o

caso de Mariana, o maior desastre ambiental da

história do país.

No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofrem

violência obstétrica e ainda não há um debate

amplo; esta oportunidade pode ser a

Conferência das Mulheres, que será realizada

em agosto de 2017.

Segundo a ONG Brasil Mulheres, entre 2003 e

2013, o crime de feminicídio contra negras

aumentou em 54%. Além disso, foi discutido

também como estimular a criação de políticas

públicas para mulheres, como a licença

maternidade e a prevenção de doenças

sexualmente transmissíveis.

Conselheiros paulistas também

denunciaram que leitos de

maternidade dos hospitais públicos

são fechados sem nenhum aviso

prévio. O consultor em Gestão

Pública do CNS, Francisco Funcia,

esclareceu como um sistema de

gestão eficiente no SUS viabilizaria seu bom

funcionamento. Para o gestor, nos próximos

anos, quem irá gastar mais com a saúde serão

os Estados e Municípios, uma vez que o ministro

da Saúde alegou que não vai liberar nenhum

centavo ao SUS devido ao fato deste não ser

eficiente. No mundo todo, 6% do Produto Interno

Bruto (PIB) é gasto em saúde, e isso não ocorre

no Brasil.

Funcia ainda apontou que, para os próximos

anos, a projeção da saúde será referente à de

2016, ou seja: 13,2 % da receita corrente líquida.

O consultor ainda ressaltou que a extensão

territorial do país também precisa ser

considerada para o atendimento de demandas.

Para ele, uma solução viável seria o aumento de

tributos para aqueles que estão no topo da

pirâmide social.

3

Controle Social deve ser observado nas propostas das eleições municipais

Para o vice-presidente do CESMG, Ederson

Alves, é preciso visar o fortalecimento do

Controle Social, além de resgatar as

referências das regiões dentro do próprio

Estado.

Em ano de eleições municipais, é crucial que

os candidatos tenham compromisso com o

SUS e a seguridade social. Ederson ainda

defendeu a redação de moções de repúdio às

PEC’s que ameaçam o SUS, além da criação

do dia nacional de mobilização da saúde e

fortalecimento do controle social para o dia 19

de setembro, data da promulgação da lei

8.080. Nesse dia, cada capital do país faria um

ato de mobilização. Além disso, o Conselho

de Minas propôs uma carta-compromisso onde

cada deputado federal se comprometeria em

defender o SUS. O vice-presidente ainda se

posicionou, seguindo as diretrizes da Plenária

do CESMG, contra a terceirização dos

trabalhadores da saúde e a criação dos planos

populares. Para os conselheiros mineiros, é

necessário dialogar com a população sobre o

atual momento da saúde.

Durante os debates, vários conselheiros

enfatizaram que o fortalecimento do controle

social é crucial para que os brasileiros não

sejam penalizados com os retrocessos no

SUS.

“Ainda que não saibamos exatamente o que

está por vir, somente a pressão popular será

determinante para que o SUS não seja

desmanchado. Não aos retrocessos no SUS”,

concluiu o vice-presidente do CESMG,

Ederson Alves.

CESMG promove qualificação em Orçamento em Saúde

O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CESMG)

promoveu no dia 19 de agosto, qualificação em Orçamento

e Financiamento para conselheiros de saúde. O curso foi

ministrado pelo consultor técnico do Conselho Nacional de

Saúde (CNS), Francisco Funcia.

O evento teve a participação do Secretário de Saúde de

Minas Gerais, Luiz Sávio de Souza Cruz. “É fundamental

estar presente em acontecimentos como este, como demonstração de apreço e apoio ao Controle Social.

E acredito que esta iniciativa do Conselho vem em hora oportuna”.

Segundo o vice-presidente do CESMG, Ederson Alves, a ideia era oferecer conhecimento técnico aos

conselheiros, especialmente àqueles da Câmara Técnica de Orçamento e Financiamento, para que eles

se aprimorem. “O objetivo era, principalmente, qualificar os nossos conselheiros nesse momento em que

analisam documentos importantes, como o Plano Estadual de Saúde, Relatórios de Gestão, entre

outros”, explicou Ederson.

Funcia iniciou o curso contextualizando a situação atual do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresentou

várias propostas de leis e de emendas constitucionais que o ameaçam seriamente. Entre elas, estão o

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2017, a PEC 241/2016, a EC 86 e a PLP 257/2016.

“Se essas leis passarem será o colapso do SUS”, afirmou o consultor.

4

Conselho adere às Frentes Mineiras em Defesa do SUS

Na reunião ordinária de agosto, no dia 8, o CESMG

aprovou sua adesão a dois movimentos: a Frente

Mineira em Defesa do SUS e da Democracia e a Frente

Mineira de Defesa da Saúde, ambos atuando em defesa

da saúde pública. A Frente Mineira em Defesa do SUS e

da Democracia reúne usuárias/os, trabalhadoras/es,

juventude, cultura, seguridade social, movimentos

sociais, populares e sindicais em defesa do Sistema

Único de Saúde e das políticas públicas e sociais. A

iniciativa surgiu em resistência ao momento de ameaça ao SUS, com medidas e projetos de lei que podem ter

consequências sérias com poder de comprometer o acesso da população à saúde pública.

A Frente Mineira de Defesa da Saúde tem como prioridade, neste momento, lutar contra os projetos de lei

350/2014 e 6.123/2013, do chamado novo “Ato Médico”, que dispõe sobre o exercício da Medicina. Isso porque as

redações destes PL’s reapresentam pontos vedados pela Presidência da República e mantidos pelo Congresso

Nacional em 2013. O “Ato Médico” viola os princípios da autonomia profissional das diferentes categorias e do acesso

democrático ao Sistema Único de Saúde (SUS). O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG),

parabenizou a iniciativa do Controle Social de se fazer atuante nestes movimentos populares, fortalecendo e

qualificando as discussões.

Plenária aprova Política Estadual de Saúde Mental

A pauta da reunião plenária do CES-MG foi a apresentação e apreciação da Política Estadual de

Saúde Mental. “É necessário trazer a política de saúde mental para os princípios do SUS e da reforma

psiquiátrica, priorizando investimentos”, defendeu Marta Elizabete de Souza, coordenadora da Saúde

Mental na SES/MG. Dentre outros critérios, foi apontada a importância da existência do cuidado e da

assistência em Saúde Mental em todo o Estado, fazendo com que a Rede de Atenção Psicossocial

avance e se torne cada vez mais robusta e resolutiva. A Política prevê ainda a realização, em parceria com a

Escola de Saúde Pública, de cursos de especialização em Álcool e Outras Drogas.

A Comissão Estadual de Reforma Psiquiátrica (CERP) detalhou as discussões sobre a política de

Saúde Mental e emitiu um parecer com sugestões que foram aprovadas em Plenária. A coordenadora da

CERP, Lourdes Machado (CRP-MG), leu o documento que inclui a manutenção do financiamento dos

serviços terceirizados existentes, sem possibilidade de renovação; o parecer ressalta que os serviços de

saúde mental do Estado de MG devem ser 100% públicos/estatais, de base territorial e abertos,

baseados na política de redução de danos, na reforma psiquiátrica antimanicomial e nos princípios do

Sistema Único de Saúde. “Precisamos investir na Rede de Atenção Psicossocial garantindo uma

assistência digna e não em supostos lugares de tratamento”, concluiu a coordenadora. O secretário geral

do CESMG, Jurandir Ferreira (CNBB), questionou que, mais uma vez, a política já havia sido deliberada

para pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), antes de passar pelo Conselho Estadual de

Saúde. Com estas considerações e inclusões, a Política Estadual de Saúde Mental de Minas Gerais foi

aprovada pelo Plenário do CESMG.

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Conselho acompanha reunião da CIB O CESMG esteve presente na reunião mensal

da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), nesta

quarta-feira (17.08), representado pelo 3º secretário

José do Carmo Fonseca (SINDHOMG).

Durante as discussões, vários secretários

municipais de saúde se manifestaram, lembrando que

o governo estadual não cumpriu o que foi pactuado na

reunião da Câmara de Conciliação, com a presença do Ministério Público, Conselho de Secretários

Municipais de Saúde (COSEMS-MG), Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), Advocacia Geral do

Estado (AGE/MG), DenaSUS (Ministério da Saúde) e Tribunal de Contas do Estado (TCE/MG). Esse não

cumprimento dos valores pactuados, segundo o secretário de Estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, se dá

porque a Secretaria de Estado da Fazenda está contingenciando os recursos da saúde, visto que é a

única Secretaria onde se pode fazer este contingenciamento; as demais Secretarias praticamente

possuem despesas de custeio com salários de servidores. Além disso, lembra o secretário, o orçamento

do Estado foi aprovado na Assembleia Legislativa com um déficit de R$ 10 bilhões este ano. Membros da

CIB indicaram que o TCE deve ser solicitado a se pronunciar sobre a orientação de fechamento de

contas, observando a lei de responsabilidade fiscal.

O CESMG esclarece que, desde 2013, nas análises do Relatório Anual de Gestão (RAG)

já havia sido percebida esta situação e foram feitas várias recomendações, segundo o secretário-geral

Jurandir Ferreira. Quanto ao RAG 2015, em análise, diante dos fatos, compreende-se que o quadro

agravou-se. O CESMG está tomando todas as providências cabíveis para que o gestor do SUS seja

efetivamente o secretário de Estado de Saúde, inclusive garantindo a governabilidade sobre o Fundo

Estadual de Saúde, conforme a legislação.

Manifestação pelo Risoleta Neves (18 de agosto) – Manifestantes se

mobilizaram no entorno do Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de

Venda Nova, em Belo Horizonte, para reivindicar a reabertura da Pediatria na

unidade e a abertura de mais 19 leitos adultos e um de Centro de Tratamento

Intensivo (CTI). A conselheira estadual Gislene Gonçalves dos Reis representou

o CESMG.

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Ato pelo Hospital do Barreiro (20 de agosto) - O vice-presidente do

CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), e a conselheira Gislene Gonçalves

dos Reis (Central de Movimentos Populares de MG) representaram o

Controle Social na manifestação que cobrava o funcionamento integral

do Hospital do Barreiro e que terminou em frente à unidade de saúde.

6

Concurso da SES/MG será prorrogado

Em reunião promovida pelo

Conselho Estadual de Saúde

de Minas Gerais (CESMG) na

tarde desta segunda-feira

(22/08), a Comissão de

Aprovados esteve com

representantes da Secretaria

de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e

da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), que

firmaram o compromisso de que o concurso

público do edital 02/2014 da SES/MG será

prorrogado por mais dois anos, a fim de preservar

as nomeações ainda pendentes.

Ao todo, são 1.292 candidatos aprovados no

concurso em aberto, sendo que foram feitas 361

nomeações para cargos de nível superior

(Especialista em Políticas Públicas – EPS), sendo

ainda extintas as contratações na SES/MG. O

argumento dos gestores é de que a partir de

setembro do ano passado, o Governo Estadual

atingiu o limite prudencial da Lei de Responsabili-

dade Fiscal, o que impede nomeações, aumentos

de salários ou qualquer outra ação que onere o

orçamento.

O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves

(CUT-MG) lembrou que o Conselho cobra que os

profissionais da saúde sejam efetivos. “É preciso

encontrar um caminho para viabilizar as nomea-

ções. Além do direito dos concursados, os

trabalhadores da saúde estão sobrecarregados por

causa da não nomeação dos novos servidores”,

cobrou o vice-presidente.

A Comissão de Aprovados foi representada por

Marina Morgado (farmacêutica), Ana Lúcia Ferreira

(engenheira), Raquel Caldas (nível médio),

Francine Eusébio (enfermeira) e Juliana Oliveira

(dentista). A farmacêutica Marina resgatou todas

as reuniões realizadas e solicitou esclarecimentos

sobre a possibilidade de substituir os profissionais

da MGS Minas Gerais Administração e Serviços

S/A. E lembrou que outras secretarias estaduais

estão efetivando nomeações de seus

concursos normalmente.

A subsecretária de Inovação e Logística

em Saúde (SES/MG), Adriana Araújo

Ramos, explicou que as despesas da

MGS não entram na folha de

pagamento, mas são lançadas como

prestação de serviços - não compromete a Lei de

Responsabilidade Fiscal.

Na atual conjuntura, somente podem ser

analisadas as nomeações de cargos em vacância,

como por exemplo, no caso de aposentadoria do

servidor. Mas mesmo assim, segundo a sub-

secretária de Gestão de Pessoas da SEPLAG,

Warlene Salum Drumond Rezende, há vários

critérios a serem observados nestes casos. A

nomeação tem que ser compatível com o cargo

vago, o que dificulta uma nomeação coletiva.

Warlene reiterou que não há obrigatoriedade do

Estado nomear no prazo desejado. E afirmou que,

diante do cenário orçamentário, haverá prorro-

gação do concurso 002/2014 da SES/MG.

Mesmo com a confirmação da prorrogação, os

presentes propuseram a criação de uma Mesa

Permanente entre os atores envolvidos, para que

haja o devido acompanhamento das substituições

– ou nomeações.

A diretora de Comunicação do CESMG, Lourdes

Machado (CRP-MG), representante do segmento

de trabalhadoras/es, lembrou que as nomeações

devem estar previstas no orçamento anual de 2017,

para que tenham a possibilidade de serem efetivadas.

Também estavam nesta reunião o 2º secretário do

CESMG, Renato Barros (SindSaúde-MG), a

superintendente de Gestão de Pessoas, Alice

Guelber Melo Lopes (SES/MG), a diretora de

Inovação e Pesquisa em Gestão de Pessoas,

Patrícia Resende (SES/MG) e o assessor chefe de

Relações Sindicais, Carlos Calazans, da SEPLAG-

MG.

7

CESMG discute com CMS de BH e SRS–BH como aliviar a superlotação dos hospitais da capital

Na última terça-feira (9/08), a Mesa Diretora do

CESMG se reuniu com membros do Conselho

Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) e

de representantes da Superintendência Regional de

Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) e da Secretaria

Estadual de Saúde (SES/MG). A pauta teve como

tema a atual situação do atendimento hospitalar na

Região Metropolitana de Belo Horizonte, que

demanda os casos para serem atendidos em Belo

Horizonte.

Atualmente, mesmo municípios maiores, como Contagem e Ribeirão das Neves, utilizam o atendimento

em hospitais de Belo Horizonte em até mesmos casos de menor gravidade. Não existe um critério de

transferência, pois na maioria dos municípios metropolitanos faltam recursos. Em Santa Luzia, terceira

cidade que mais encaminha pacientes, o novo Hospital Municipal ainda não realiza os atendimentos

necessários. Já em Betim, município com quase 500 mil habitantes e referência para outros municípios

da RMBH, como Mateus Leme e Juatuba, teve a sua unidade fechada.

Uma vez que a falta de recursos prejudica os municípios, quem é a maior penalizada é a população. “É

necessário sair desse jogo de empurra e traçar um foco para a resolução desse problema”, pontuou o

conselheiro municipal Érico Colen. Devido à precariedade dos hospitais, os pacientes procuram pela

“resolução” na capital. Em muitos casos, o paciente passa o endereço como Belo Horizonte (parentes ou

familiares) para conseguir o atendimento.

Fatores logísticos e possíveis alternativas

Para Débora Marques, especialista política de Gestão de Saúde da Superintendência Regional de Saúde

(SRS), Belo Horizonte está sobrecarregada e os cidadãos acabam desamparados. “É uma questão

paradoxal. Existem leitos resolutivos e não resolutivos nos hospitais municipais. É uma equação que não

fecha. É uma questão aguda. Por isso, cabe ao controle social acompanhar e ao gestor executar”, diz. A

especialista ainda afirma que o ideal seria organizar uma demanda para viabilizar o que seria um direito

amplo, que é a saúde.

Considerando também que Belo Horizonte é a principal referência da Região Centro e ainda recebe

encaminhamentos diretos de cidades de diferentes regiões de Minas Gerais, a organização e priorização

desses atendimentos possibilitaria também uma quantidade maior e melhor de tratamentos para quem

chega do interior. Por se tratar de uma discussão ampla, foi decidido então pelo agendamento de uma

nova reunião para traçar metas além da possível criação de uma comissão.

8

CIST debate Enfermagem e elaboração de cartilha informativa

Nesta quinta-feira, 18 de agosto,

aconteceu no Conselho Estadual de

Saúde de Minas Gerais (CESMG) a

reunião da Comissão Intersetorial de

Saúde do Trabalhador (CIST), para

falar sobre o material informativo e

instrutivo a respeito dela que está em

processo de elaboração. Além disso,

esteve em pauta também o panorama

atual da Enfermagem.

A representante do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (COREN/MG), Márcia Caúla,

iniciou a reunião apresentando uma pesquisa realizada que delineava o perfil dos profissionais de

Enfermagem, destacando pontos como salário e jornada de trabalho. Sobre isso, ela alertou para a

necessidade de redução da carga horária dos funcionários, pois eles têm ficado sobrecarregados. Alguns

membros da CIST, no entanto, realizaram ponderações quanto à apresentação, apontando para um

quadro mais complexo. Rômulo Freitas (Fetaemg), por exemplo, afirmou que era preciso aproximar mais

o estudo apresentado de pontos fundamentais para a CIST, como a segurança e a saúde do trabalhador

nos seus locais de trabalho. Maria Aparecida Nogueira, do COSEMS, avaliou que a redução da jornada

de trabalho, um dos pontos centrais da apresentação de Caúla, acarretaria na redução de recursos

federais para o setor, pois são aspectos que estão atrelados.

Encerrado esse momento, o coordenador da comissão, Antônio de Pádua (CUT-MG), deu sequência à

reunião falando sobre o grupo de trabalho instalado no mês anterior, encarregado da cartilha informativa.

Danielle Costa Capistrano Chaves, uma das técnicas da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES/MG)

que é membro do grupo, mostrou aos presentes um esboço do material e se disse aberta a sugestões. O

grupo de trabalho ressaltou que a cartilha é destinada ao público geral e que, portanto, deve ser feita de

forma didática e utilizando linguagem simples.

Pádua lembrou que a proposta da cartilha surgiu pela percepção de que falta às pessoas melhor

entendimento sobre a CIST. “Na 4ª Conferência Estadual da Saúde do Trabalhador, percebemos que as

pessoas não compreendem o papel e a abrangência da CIST. Todos os trabalhadores, não só os da

saúde, são atendidos por ela, inclusive os autônomos, informais e do setor privado. A iniciativa da cartilha

visa pacificar esse entendimento”. Ele lembrou, ainda, a importância da instalação da CIST nos

Conselhos Municipais de Saúde. “É preciso que os Conselhos se esforcem para instalar a comissão, que

funciona como uma espécie de assessoria, responsável por observar as especificidades dos

trabalhadores de cada lugar, considerando a extensão e diversidade de Minas Gerais”.

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Reunião da CERP (2 de agosto) - A Comissão Estadual de Reforma

Psiquiátrica (CERP) do CES-MG, em sua reunião mensal, discutiu o uso e

abuso de medicamentos por adolescentes cumprindo medidas

socioeducativas. A Coordenadora Estadual de Saúde da Pessoa Privada de

Liberdade em Minas Gerais, Reila Rezende, apresentou à Comissão as

estratégias de cuidado à saúde mental ofertadas pelo Sistema Único de Saúde

(SUS).

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Seminário do CREA (2 de agosto) – "Vigilância Sanitária e sua relação com a

sociedade" foi o tema do seminário promovido pela SES/MG, no auditório do CREA-

MG, em Belo Horizonte. O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves, representou o

Controle Social na mesa de abertura do evento.

-------------------------------------------------

Aniversário da FUNED (3 de agosto) – Instituição de relevância para o sistema

público de saúde, a Funed é uma Fundação centenária que vive de olho no futuro e

que completou 109 anos. O CESMG esteve representado pelo vice-presidente

Ederson Alves (CUT-MG) e pelo 2º secretário Renato Barros (SindSaúde-MG). Na

solenidade, houve inauguração da Galeria de Fotos de presidentes e uma

apresentação musical.

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CESMG e SES realizam reunião sobre capacitação de conselheiros (4 de agosto)

– Representantes da Mesa Diretora do CESMG se reuniram com técnicos da Escola

de Saúde Pública (ESP-MG) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) para

discutir processos de capacitação de conselheiros de saúde.

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Reunião da frente mineira em Defesa da Saúde (8 de agosto) – Foi realizada, na sede do COREN-MG, reunião

pelas entidades integrantes da Frente Mineira em Defesa da Saúde para articulação de estratégias de

enfrentamento das ameaças ao SUS.

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Elaboração da cartilha da CIST (9 de agosto) - O Conselho Estadual de Minas

Gerais (CESMG), através do grupo de trabalho da Comissão Intersetorial de Saúde

do Trabalhador (CIST), está desenvolvendo uma cartilha informativa para os

Conselhos Municipais de Saúde (CMS) e para a população sobre a CIST. O objetivo

é desmistificar a Comissão, abordando questões como o que é a CIST, como criar

uma, seu funcionamento e como participar.

10

Reunião do Colegiado Regional de Saúde Mental de

Sete Lagoas (17 de agosto) - A 1ª Diretora de

Comunicação do CESMG e coordenadora da Comissão

Estadual de Reforma Psiquiátrica, Lourdes Machado (CRP-

MG), esteve na 2ª Reunião do Colegiado Regional de

Saúde Mental de Sete Lagoas e falou sobre as possibilidades do controle social no âmbito da saúde mental e a

importância das comissões locais de reforma psiquiátrica.

-------------------------------------------------

Aula magna sobre Controle Social em Contagem (18 de agosto) - O Conselho Municipal

de Saúde de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizou uma Aula Magna

sobre “Controle Social no SUS: Capacitação para conselheiros e outros atores sociais”. O

vice-presidente, Ederson Alves (CUT-MG), representou o CESMG no evento.

-------------------------------------------------

Reunião da CIST (18 de agosto) - A Comissão Intersetorial de Saúde do

Trabalhador (CIST) realizou reunião para falar sobre a elaboração da cartilha

informativa e também sobre o panorama atual da Enfermagem.

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Informações de Minas estão no SARGSUS (18 de agosto) - O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

(CESMG), após homologação da Resolução 006/ 2016 pelo Secretário de Estado de Saúde, disponibilizou as

informações (a partir de 2011) no site do SargSUS para consulta pública.

-------------------------------------------------

III Encontro do Controle Social em Sete Lagoas (22 de agosto) - O CESMG esteve

presente no III Encontro do Controle Social da Região de Saúde de Sete Lagoas, onde

o Secretário-Geral, Jurandir Ferreira (CNBB), ministrou palestra sobre controle das

ações e movimento financeiro no SUS. Também esteve presente o conselheiro

Rubens Silvério, 2º Diretor de Comunicação do CESMG.

-------------------------------------------------

Análise da PAS (23 de agosto) – Foi criado um grupo de trabalho e o mesmo está

elaborando um relatório sobre a Programação Anual de Saúde (PAS) de 2016 para

pautá-la na próxima reunião ordinária do CESMG.

-------------------------------------------------

Seminário de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador (23 de agosto) - O vice-

presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), participou da abertura do

Seminário de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador, no auditório do Ministério da

Fazenda, promovido pela Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) do

Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte.

-------------------------------------------------

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Reunião da Mesa Diretora no Ministério Público (24 de agosto) - A Mesa

Diretora do CESMG esteve em reunião com a Promotora de Justiça Josely Ramos

Pontes e levou ao conhecimento dela algumas situações que pedem atenção, entre

elas a realocação dos recursos da saúde no Fundo Estadual de Saúde, conforme

determina a legislação vigente.

-------------------------------------------------

Plano Estadual de Saúde (29 de agosto) - A Câmara Técnica de Orçamento e

Financiamento se encontrou para fechar a análise das respostas da SES/MG sobre o

Plano Estadual de Saúde (PES) 2016-2019 e, posteriormente, concluir seu parecer

final.

-------------------------------------------------

Capacitação de conselheiros municipais de saúde em Sabará (30 de

agosto) - O vice-presidente do CESMG, Ederson Alves (CUT-MG), participou

no dia 30 de agosto, à noite, da abertura da capacitação dos conselheiros

municipais de saúde de Sabará.

-------------------------------------------------

Reunião da CIST (31 de agosto) - A Comissão Interinstitucional de Saúde do

Trabalhador (CIST) se reuniu para continuar os trabalhos da elaboração da cartilha.

Participaram o coordenador Antônio de Pádua Aguiar (CUT-MG), o vice-presidente

do CES, Ederson Alves (CUT-MG), a representante do COSEMS, Ethiara Macedo, e

as técnicas da SES/MG, Ana Carolina Santa de Souza e Danielle Capistrano.

Sistema Estadual de Ouvidoria do SUS/MG

A Ouvidoria de Saúde/OGE é um mecanismo de

participação social e instrumento de gestão, que

funciona como canal de interlocução entre a sociedade

e o Governo e auxilia na fiscalização e no aperfeiçoa-

mento dos serviços públicos de saúde para as cidadãs

e os cidadãos de Minas Gerais.

Para que as Ouvidorias do SUS tenham uma relação

mais sistêmica em todo o Estado e atendam com

rapidez e mais qualidade às demandas, verificou-se a necessidade de se criar um Sistema Estadual de

Ouvidoria do SUS/MG. Com este objetivo, a Ouvidoria de Saúde/OGE tem realizado, desde fevereiro de

2016, reuniões com participantes do Sistema Estadual de Ouvidorias. Após a etapa inicial, com reuniões

individuais, a Ouvidoria de Saúde realizou, no dia 20/07/16, Oficina com Dirigentes de órgãos e entidades

ligadas à saúde, para definir as diretrizes do Sistema Estadual da Ouvidoria do SUS de Minas Gerais.

Dando continuidade a este processo, as pactuações da Oficina foram apresentadas à Fundação

Hospitalar do Estado de Minas Gerais – Fhemig (05/08) e aos dirigentes das Unidades Regionais de

Saúde do Estado URS/MG, dia 18/08, com posterior videoconferência para maiores esclarecimentos.

Estão previstas, ainda, ações para os meses de setembro e outubro/2016: a discussão sobre as diretrizes

para a reestruturação da Ouvidoria do Estado com o Conselho Estadual de Saúde (CES/MG), com o

Departamento Nacional de Ouvidoria do SUS/MS e com a Comissão Intergestores Bipartite (CIB/MG).

Além disso, serão realizadas oficinas de planejamento do Sistema Estadual de Ouvidoria do SUS/MG. A

expectativa é que, no primeiro semestre de 2017, a rede esteja funcionando de forma integrada.

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O Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais tem um novo site institucional, onde podem ser acessadas informações relevantes sobre o Controle Social mineiro. Confira:

https://ces.saude.mg.gov.br

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https://www.facebook.com/Conselho-Estadual-de-Saúde-de-Minas-Gerais-Cesmg

Expediente:

O INFORME CES-MG é uma publicação do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais, editado por sua Assessoria de Comunicação. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. O artigo assinado é de responsabilidade do autor e não expressa, necessariamente, a opinião da instituição. Esta publicação pertence ao Controle Social do Estado de Minas Gerais. Por isso, aceita contribuições que acrescentem informações relevantes ao exercício de nossas

atividades – qualificando, cada vez mais, nosso trabalho e, consequentemente, a saúde pública mineira. Artigos, notícias e demais colaborações podem ser encaminhadas nos contatos citados neste expediente.

Mesa Diretora CES-MG: Assessoria de Comunicação

Presidente: Sávio Souza Cruz (SES/MG) Jornalista responsável:

Vice-presidente: Ederson Alves da Silva (CUT-MG) Michèlle de Toledo Guirlanda – Mtb 5045

Secretário-geral: Jurandir Ferreira (CNBB) Estagiários: Camila Marques e Gabriel Moraes

1º Secretário: Júlio Cézar Pereira de Souza (FAMEMG)

2º Secretário: Renato de Almeida Barros (SINDSAÚDE-MG) Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

3º Secretário: José do Carmo Fonseca (SINDHOMG) Rua Rio de Janeiro, 471 – 10º andar - Centro

1ª Diretora de Comunicação e Informação do SUS: Belo Horizonte/ MG – CEP 30.160-040

Lourdes Aparecida Machado (CRP-MG) Telefones: (31) 3215-7209/ 7210/ 7208 Fax: (31) 3215-7468

2º Diretor de Comunicação e Informação do SUS: https://ces.saude.mg.gov.br

Rubens Silvério da Silva (FAMEMG) e-mail: [email protected]

Secretaria Executiva: Eleciania Tavares Facebook:/ https://goo.gl/U1X7Pj