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7/26/2019 Pne Conhecendo 20 Metas
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Planejandoa Prxima DcadaConhecendo as 20 Metas doPlano Nacional de Educao
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Planejandoa Prxima DcadaConhecendo as 20 Metas doPlano Nacional de Educao
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Presidncia da Repblica
Ministrio da Educao
Secretaria de Articulao com os Sistemas de Ensino
Ministrio da Educao / Secretaria de Articulao com os Sistemas de Ensino (MEC/SASE), 2014. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
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A complexidade do modelo federativo brasileiro, as lacunas de regulamentao das normas
de cooperao e a viso patrimonialista que ainda existe em muitos setores da gesto pblica
tornam a tarefa do planejamento educacional bastante desafiadora. Planejar, nesse contexto,
implica assumir compromissos com o esforo contnuo de eliminao das desigualdades que
so histricas no Brasil. Para isso, preciso adotar uma nova atitude: construir formas orgnicas
de colaborao entre os sistemas de ensino, mesmo sem que as normas para a cooperao
federativa tenham sido ainda regulamentadas.
A Emenda Constitucional n 59/2009 (EC n 59/2009) mudou a condio do Plano Nacional
de Educao (PNE), que passou de uma disposio transitria da Lei de Diretrizes e Bases da
Educao Nacional (Lei n 9.394/1996) para uma exigncia constitucional com periodicidade
decenal, o que significa que planos plurianuais devem tom-lo como referncia. O plano
tambm passou a ser considerado o articulador do Sistema Nacional de Educao, com
previso do percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para o seu financiamento. Portanto,
o PNE deve ser a base para a elaborao dos planos estaduais, distrital e municipais, que, aoserem aprovados em lei, devem prever recursos oramentrios para a sua execuo.
Diante desse contexto, no h como trabalhar de forma desarticulada, porque o foco central
deve ser a construo de metas alinhadas ao PNE. Apoiar os diferentes entes federativos nesse
trabalho uma tarefa que o Ministrio da Educao (MEC) realiza por intermdio da Secretaria
de Articulao com os Sistemas de Ensino (SASE). O alinhamento dos planos de educao
nos estados, no Distrito Federal e nos municpios constitui-se em um passo importante para
a construo do Sistema Nacional de Educao (SNE), pois esse esforo pode ajudar a firmar
acordos nacionais que diminuiro as lacunas de articulao federativa no campo da poltica
pblica educacional.
O presente documento, elaborado em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE) e com contribuies da Associao Nacional de Poltica e Administrao da Educao
(ANPAE)1, traz algumas anlises e informaes sobre cada uma das metas nacionais com o
objetivo de aproximar, ainda mais, agentes pblicos e sociedade em geral dos debates e desafios
Apresentao
1EQUIPE DE ELABORAO: Mrcia Angela da Silva Aguiar (UFPE), Luiz Fernandes Dourado (UFG), Janete Maria Lins de Azevedo
(UFPE), Joo Ferreira Oliveira (UFG), Catarina de Almeida Santos (UnB), Karine Moraes (UFG) e Nelson Cardoso Amaral (UFG).
Colaborao: Flvia Maria de Barros Nogueira (SASE/MEC), Rosila M. R. Wille (SASE/MEC) e Walisson M. de P. Arajo (SASE/MEC).
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relativos melhoria da educao, tendo por eixo os processos de organizao e gesto da
educao, seu financiamento, avaliao e polticas de estado, com centralidade no PNE e na
efetiva instituio do SNE. Alm disso, outro propsito deste texto sensibilizar a todos sobre
as responsabilidades a serem assumidas, o que exige que cada municpio, estado e o Distrito
Federal conheam e discutam a relevncia de todas as metas, contribuindo para que o Pas
avance na universalizao da etapa obrigatria e na qualidade da educao.
O texto contextualiza cada uma das 20 metas nacionais com uma anlise especfica,
mostrando suas inter-relaes com a poltica pblica mais ampla, e um quadro com sugestes
para aprofundamento da temtica. Alm disso, traz as concepes e proposies da Conferncia
Nacional de Educao (CONAE 2010) para a construo de planos de educao como polticas
de Estado, recuperando deliberaes desse evento que se articulam especialmente ao esforo
de implementao de um novo PNE e instituio do SNE como processos fundamentais
melhoria e organicidade da educao nacional.
Sabemos que a busca pela equidade e pela qualidade da educao em um pas to
desigual como o Brasil uma tarefa que implica polticas pblicas de Estado que incluam uma
ampla articulao entre os entes federativos. Vivemos atualmente um momento fecundo de
possibilidades, com bases legais mais avanadas e com a mobilizao estratgica dos setores
pblicos e de atores sociais importantes neste cenrio. possvel realizar um bom trabalho
de alinhamento dos planos de educao para fazermos deste prximo decnio um virtuosomarco no destino do nosso Pas.
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Sumrio
Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educao
I. Responsabilidades definidas e lacunas de articulao:
a oportunidade do novo PNE .............................................................................................................. 8
II. O esprito deste PNE:
uma poltica de estado de educao para a prxima dcada .............................................. 9
III. Os maiores desafios do processo de elaborao dos planos de educao ................ 14IV. O Plano Nacional de Educao: metas e estratgias ............................................................. 16
Meta 1 ............................................................................................................................................................ 16
Meta 2 ........................................................................................................................................................... 19
Meta 3 ........................................................................................................................................................... 22
Meta 4 ........................................................................................................................................................... 24
Meta 5 ........................................................................................................................................................... 26
Meta 6 ........................................................................................................................................................... 28
Meta 7 ............................................................................................................................................................ 31
Meta 8 ............................................................................................................................................................ 33
Meta 9 ............................................................................................................................................................ 35
Meta 10 .......................................................................................................................................................... 37
Meta 11 .......................................................................................................................................................... 39
Meta 12 .......................................................................................................................................................... 41
Meta 13 .......................................................................................................................................................... 43
Meta 14 .......................................................................................................................................................... 46
Meta 15 .......................................................................................................................................................... 48
Meta 16 .......................................................................................................................................................... 51
Meta 17 .......................................................................................................................................................... 53
Meta 18 .......................................................................................................................................................... 56
Meta 19 .......................................................................................................................................................... 59
Meta 20 .......................................................................................................................................................... 61
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I. RESPONSABILIDADES DEFINIDAS E NECESSIDADES DE ARTICULAO:A OPORTUNIDADE DO NOVO PNE
A Constituio Federal de 1988 define, em seu Captulo III (Seo I, Da Educao), os papis de
cada ente federativo no cenrio da garantia do direito educao. Em resumo:
CONHECENDO AS 20 METASDO PLANO NACIONAL DE EDUCAO
Unio cabe organizar o sistema federal de ensino, financiar as instituies de ensino
federais e exercer, em matria educacional, funo redistributiva e supletiva, para
garantir equalizao de oportunidades educacionais e padro mnimo de qualidade
do ensino mediante assistncia tcnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e
aos municpios. Os municpios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental
e na educao infantil; os estados e o Distrito Federal, prioritariamente nos ensinos
fundamental e mdio (art. 211, 1, 2 e 3).
As responsabilidades esto definidas, mas ainda no h normas de cooperao
suficientemente regulamentadas. Isso faz com que existam lacunas de articulao federativa
que resultam em descontinuidade de polticas, desarticulao de programas, insuficincia de
recursos, entre outros problemas que so histricos no Brasil. Tais lacunas so bastante visveis
no campo da educao bsica em funo da obrigatoriedade e da consequente necessidade
de universalizao.
O Ministrio da Educao exerce, nesse contexto, sua funo de coordenao federativa,
tendo como desafio estimular que as formas de colaborao entre os sistemas de ensino
sejam cada vez mais orgnicas, mesmo sem que as normas de cooperao ainda estejam
regulamentadas. Cabe ressaltar, inclusive, que o art. 13 da Lei do PNE estipula um prazo de
dois anos a partir da sua publicao para que o poder pblico institua o Sistema Nacional de
Educao em lei especfica.
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Assim, o PNE significa tambm uma oportunidade: se as diferentes esferas de governo tm
compromissos comuns, tero resultados mais efetivos e recursos otimizados se planejarem suas
aes de maneira integrada e colaborativa. Alm desses claros benefcios, ao realizarem essa
tarefa, os gestores indicaro caminhos concretos para a regulamentao dos pactos federativos
nacionais em torno da poltica pblica educacional, estabelecendo o primeiro desenho para o
Sistema Nacional de Educao.
II. O ESPRITO DESTE PNE: UMA POLTICA DE ESTADO DE EDUCAO
PARA A PRXIMA DCADA
Elaborar um plano de educao no Brasil, hoje, implica assumir compromissos com o esforo
contnuo de eliminao de desigualdades que so histricas no Pas. Portanto, as metas so orientadas
para enfrentar as barreiras para o acesso e a permanncia; as desigualdades educacionais em cada
territrio com foco nas especificidades de sua populao; a formao para o trabalho, identificando
as potencialidades das dinmicas locais; e o exerccio da cidadania. A elaborao de um plano
de educao no pode prescindir de incorporar os princpios do respeito aos direitos humanos,
sustentabilidade socioambiental, valorizao da diversidade e da incluso e valorizao dos
profissionais que atuam na educao de milhares de pessoas todos os dias.
O PNE foi elaborado com esses compromissos, largamente debatidos e apontados como
estratgicos pela sociedade na CONAE 2010, os quais foram aprimorados na interao com o
Congresso Nacional.
H metas estruturantes para a garantia do direito educao bsica com qualidade,que
dizem respeito ao acesso, universalizao da alfabetizao e ampliao da escolaridade e das
oportunidades educacionais.
Meta 1:universalizar, at 2016, a educao infantil na pr-escola para as crianasde 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educao infantil em
creches, de forma a atender, no mnimo, 50% (cinquenta por cento) das crianas de
at 3 (trs) anos at o final da vigncia deste PNE.
Meta 2:universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a populao
de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por
cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, at o ltimo ano de
vigncia deste PNE.
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Investir fortemente na educao infantil, conferindo centralidade no atendimento das crianas
de 0 a 5 anos, a tarefa e o grande desafio do municpio. Para isso, essencial o levantamento
detalhado da demanda por creche e pr-escola, de modo a materializar o planejamento da
expanso, inclusive com os mecanismos de busca ativa de crianas em mbito municipal,
projetando o apoio do estado e da Unio para a expanso da rede fsica (no que se refere ao
financiamento para reestruturao e aparelhagem da rede) e para a formao inicial e continuada
dos profissionais da educao. importante uma maior articulao dos municpios e estados
Meta 3:universalizar, at 2016, o atendimento escolar para toda a populao de 15
(quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, at o final do perodo de vigncia deste PNE,
a taxa lquida de matrculas no ensino mdio para 85% (oitenta e cinco por cento).
Meta 5:alfabetizar todas as crianas, no mximo, at o final do 3 (terceiro) ano do
ensino fundamental.
Meta 6:oferecer educao em tempo integral em, no mnimo, 50% (cinquenta por
cento) das escolas pblicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por
cento) dos(as) alunos(as) da educao bsica.
Meta 7:fomentar a qualidade da educao bsica em todas as etapas e modalidades,
com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes
mdias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos
anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino mdio.
Meta 9: elevar a taxa de alfabetizao da populao com 15 (quinze) anos ou mais
para 93,5% (noventa e trs inteiros e cinco dcimos por cento) at 2015 e, at o
final da vigncia deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50%
(cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: oferecer, no mnimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrculas de
educao de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e mdio, na forma integrada
educao profissional.
Meta 11: triplicar as matrculas da educao profissional tcnica de nvel mdio,
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da
expanso no segmento pblico.
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com as instituies formadoras no ambiente dos Fruns Estaduais Permanentes de Apoio
Formao Docente para o desenvolvimento de programas de formao que tenham como foco
a profissionalizao em servio.
Outro desafio nacional assegurar acesso pleno de crianas e jovens de 6 a 17 anos aos
ensinos fundamental e mdio, inclusive com ampliao da oferta de educao profissional. Essetrabalho exige colaborao entre redes estaduais e municipais e acompanhamento da trajetria
educacional de cada estudante. O estado precisa fortalecer seu papel de coordenao no
territrio, fazendo busca ativa e viabilizando o planejamento de matrculas de forma integrada
aos municpios, bem como incorporando instrumentos de monitoramento e avaliao contnua
em colaborao com os municpios e com a Unio. H ainda a necessidade de que os estados e
municpios projetem a ampliao e a reestruturao de suas escolas na perspectiva da educao
integral, e, nesse contexto, estratgico considerar a articulao da escola com os diferentes
equipamentos pblicos, espaos educativos, culturais e esportivos, revitalizando os projetos
pedaggicos das escolas nessa direo.
Um segundo grupo de metas diz respeito especificamente reduo das desigualdades e
valorizao da diversidade,caminhos imprescindveis para a equidade.
Meta 4:universalizar, para a populao de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficincia,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, o acesso
educao bsica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou servios especializados, pblicos ou
conveniados.
Meta 8: elevar a escolaridade mdia da populao de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove)
anos, de modo a alcanar, no mnimo, 12 (doze) anos de estudo no ltimo ano de
vigncia deste plano, para as populaes do campo, da regio de menor escolaridade
no Pas e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade mdia
entre negros e no negros declarados Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica IBGE.
A poltica pblica deve fortalecer sistemas educacionais inclusivos em todas as etapas,
viabilizando acesso pleno educao bsica obrigatria e gratuita. A juventude (jovens e jovensadultos, conforme o Estatuto da Juventude) do campo, das regies mais pobres e a negra devem
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ganhar centralidade nas medidas voltadas elevao da escolaridade, de forma a equalizar os
anos de estudo em relao aos demais recortes populacionais. Os estados e os municpios devem
se organizar e entender esses desafios como compromissos com a equidade, contando com o
apoio federal para viabilizar o atendimento das pessoas com deficincias, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao em salas de recursos multifuncionais,
classes, escolas ou servios especializados, pblicos ou conveniados.
Um terceiro bloco de metas trata da valorizao dos profissionais da educao,considerada
estratgica para que as metas anteriores sejam atingidas.
Meta 15:garantir, em regime de colaborao entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal
e os Municpios, no prazo de 1 (um) ano de vigncia deste PNE, poltica nacional de
formao dos profissionais da educao de que tratam os incisos I, II e III do caput do
art. 61 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores
e as professoras da educao bsica possuam formao especfica de nvel superior,
obtida em curso de licenciatura na rea de conhecimento em que atuam.
Meta 16:formar, em nvel de ps-graduao, 50% (cinquenta por cento) dos professores
da educao bsica, at o ltimo ano de vigncia deste PNE, e garantir a todos(as)
os(as) profissionais da educao bsica formao continuada em sua rea de atuao,
considerando as necessidades, demandas e contextualizaes dos sistemas de ensino.
Meta 17:valorizar os(as) profissionais do magistrio das redes pblicas de educao
bsica, de forma a equiparar seu rendimento mdio ao dos(as) demais profissionais
com escolaridade equivalente, at o final do sexto ano de vigncia deste PNE.
Meta 18:assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existncia de planos de carreira para
os(as) profissionais da educao bsica e superior pblica de todos os sistemas de
ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educao bsica pblica,
tomar como referncia o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos
termos do inciso VIII do art. 206 da Constituio Federal.
Um quadro de profissionais da educao motivados e comprometidos com os estudantes de
uma escola indispensvel para o sucesso de uma poltica educacional que busque a qualidade
referenciada na Constituio Brasileira. Planos de carreira, salrios atrativos, condies de trabalho
adequadas, processos de formao inicial e continuada e formas criteriosas de seleo so requisitos
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para a definio de uma equipe de profissionais com o perfil necessrio melhoria da qualidade
da educao bsica pblica.
Portanto, estabelecer poltica de valorizao dos profissionais da educao em cada rede
ou sistema de ensino fundamental para que a poltica educacional se fortalea. Quanto mais
sustentveis forem as carreiras e quanto mais integradas forem as decises relativas formao,mais ampliadas sero as perspectivas da equidade na oferta educacional.
Para assegurar que todos os professores da educao bsica tenham formao especfica
de nvel superior, obtida em curso de licenciatura na rea de conhecimento em que atuam, o
planejamento deve se dar a partir da anlise das reais necessidades de cada escola, consideradas
na gesto de cada rede ou sistema, com contnuo aperfeioamento das estratgias didtico-
-pedaggicas. Para a elaborao de planos estratgicos de formao, devem ser implantados os
Fruns Estaduais Permanentes de Apoio Formao Docente, previstos na Poltica Nacional deFormao de Profissionais do Magistrio da Educao Bsica (Decreto n 6.755/2009). Em vrios
estados, os fruns j se encontram fortalecidos e institucionalmente apoiados. Unio cabe um
forte papel de financiamento e a coordenao nacional.
Um quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior, que, em geral, de responsabilidade dos
governos federal e estaduais. Seus sistemas abrigam a maior parte das instituies que atuam nesse
nvel educacional, mas isso no significa descompromisso dos municpios. no ensino superior que
tanto os professores da educao bsica quanto os demais profissionais que atuaro no municpio
so formados, contribuindo para a gerao de renda e desenvolvimento socioeconmico local. Por
essas razes, a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios devem participar da elaborao
das metas sobre o ensino superior nos planos municipais e estaduais, vinculadas ao PNE.
Meta 12:elevar a taxa bruta de matrcula na educao superior para 50% (cinquenta
por cento) e a taxa lquida para 33% (trinta e trs por cento) da populao de 18
(dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expanso para,
pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrculas, no segmento pblico.
Meta 13:elevar a qualidade da educao superior e ampliar a proporo de mestres e
doutores do corpo docente em efetivo exerccio no conjunto do sistema de educao
superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mnimo, 35% (trinta
e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o nmero de matrculas na ps-graduao stricto
sensu, de modo a atingir a titulao anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000
(vinte e cinco mil) doutores.
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Para que o Pas atinja as metas, h a questo do financiamento. A previso constitucional
de vinculao de um percentual do PIB para execuo dos planos de educao representa
um enorme avano, mas o desafio de vincular os recursos a um padro nacional de qualidade
ainda est presente. Na agenda instituinte do Sistema Nacional de Educao, o financiamento,
acompanhado da definio de normas de cooperao, de padres nacionais de qualidade2
ede uma descentralizao qualificada, isto , de repartio de competncias acompanhadas das
condies necessrias para sua efetivao, levar ampliao da capacidade de atendimento,
e todos os brasileiros tero seu direito assegurado em qualquer ponto do territrio nacional.
Tambm esto presentes outros grandes desafios, como o fortalecimento da gesto democrtica,
com leis especficas que a normatizem em cada rede ou sistema de ensino. Esses so elementos
imprescindveis do Sistema Nacional de Educao a ser institudo, conforme preveem,
especialmente, as metas 19 e 20 do PNE.
III. OS MAIORES DESAFIOS DO PROCESSO DE ELABORAO DOS PLANOSDE EDUCAO
Gestores, profissionais da escola, estudantes, pais e a sociedade em geral devem se preparar
para a tarefa de elaborao dos planos de educao. Todos precisam ter em mente que urgente
superar a viso fragmentada de gesto da prpria rede ou sistema de ensino. fundamental que
se desenvolva uma concepo sistmica de gesto no territrio e que se definam formas deoperacionalizao, visando garantia do direito educao onde vive cada cidado.
Alm disso, importante lembrar que a Constituio Federal de 1988 exige compromisso de
todos os entes federativos com cada uma das 20 metas nacionais a serem aprovadas. Entretanto,
em funo das responsabilidades constitucionais, o envolvimento de cada esfera com cada meta
diferenciado.
As metas de educao infantil, por exemplo, envolvem primordialmente o esforo municipal,
porm, s sero atingidas com a contribuio das esferas estadual e federal. Financiamento,
apoio tcnico, diretrizes gerais, formao de professores, entre outros, so fatores imprescindveis
para a educao infantil, mas que no dependem, em grande parte, dos municpios. Portanto,
os governos federal e estaduais tm compromisso com os municpios. Por outro lado, metas de
ensino superior dizem respeito mais fortemente s esferas federal e estaduais, contudo, envolvem
compromissos dos municpios, porque no territrio municipal que os cursos sero oferecidos
e onde os profissionais formados atuaro. Esse exemplo evidencia, inclusive, a vinculao da
poltica de educao superior com as alternativas de desenvolvimento local e regional.
2 Padro mnimo de qualidade: art. 211, 1, e art. 75 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB). Padro de qualidade:
art. 206 da Constituio Federal de 1988, inciso VII, e art. 3oda LDB, inciso IX.
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Por essa razo, fundamental que cada uma das metas nacionais traadas seja conhecida,
analisada e incorporada por todos, mantidas as propores e destacadas as peculiaridades nos
planos de cada territrio. Esse o intuito dos prximos tpicos deste documento: mostrar como
e por que o municpio, o estado e o Distrito Federal devem atentar para a relevncia de cada
meta, contribuindo para que o Brasil avance na universalizao e na qualidade da educao.
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IV. O PLANO NACIONAL DE EDUCAO: METAS E ESTRATGIAS
Meta 1: universalizar, at 2016, a educao infantil na pr-escola para as crianas de 4
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educao infantil em creches, de
forma a atender, no mnimo, 50% (cinquenta por cento) das crianas de at 3 (trs) anos ato final da vigncia deste PNE.
Resultados de estudos e pesquisas desenvolvidos nos mais distintos pases, entre eles o Brasil,
h muito vm atestando a importncia da educao das crianas, tanto para os processos de
escolarizao que se sucedem como para a formao dos indivduos em uma perspectiva mais
global. A difuso e a aceitao desses resultados certamente influenciaram para que a educao
infantil na ltima dcada tenha se tornado alvo de aes governamentais significativas na sociedade
brasileira e tenha sido projetada como prioridade no mbito do PNE. No por acaso, constitui-se
na primeira meta a universalizao da pr-escola at 2016 e a ampliao de vagas em creches,
visando ao atendimento de 50% das crianas de at trs anos at o fim da sua vigncia.
Vale destacar que o reconhecimento das crianas como sujeitos de direitos fruto, em grande
medida, das histricas demandas dos movimentos sociais, sobretudo do movimento de mulheres,
pela criao e ampliao de vagas em creches e pr-escolas, o que tambm vem influenciando o
tratamento prioritrio que a educao infantil tem recebido.
A incorporao da educao infantil educao bsica constituiu-se em medida de polticapblica, o que lhe permitiu passar a contar com o financiamento advindo do Fundo de Manuteno
e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao (FUNDEB)
desde 2007. Outra medida importante foi o estabelecimento da sua obrigatoriedade em conjunto
com o ensino fundamental, o ensino mdio (e as modalidades concernentes), fato que ocorreu
com a aprovao da Emenda Constitucional n 59/2009, que estendeu a educao obrigatria
para a faixa etria de 4 a 17 anos.
A despeito desses avanos, ainda muito restrita a extenso da sua cobertura no Pas. Dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) mostram que, no ano de 2013, o atendimento
em creches atingia cerca de 28% das crianas e na pr-escola o ndice era de 95,2%. Ainda mais
grave a situao identificada em estudo do mencionado instituto com base em dados do ano
de 2010. O estudo demonstrou, por exemplo, que, do total das crianas atendidas nas creches,
36,3% faziam parte dos 20% mais ricos da populao e apenas 12,2% integravam o estrato dos
20% mais pobres.
Como se observa, so muitos os desafios a serem superados para garantir o acesso e o
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usufruto da educao infantil de qualidade. Conforme define a legislao, cabe aos municpios
a responsabilidade pela oferta da educao infantil, mesmo sendo notria a necessidade que a
maior parte deles tem de contar com o apoio dos estados e da Unio para poder cumpri-la.
Em face dessa realidade, a maioria das estratgias apresentadas no PNE tem como ancoragem o
acionamento de mecanismos que pressupem a dinamizao do regime de colaborao formarepublicana, democrtica e no competitiva de organizao da gesto, que deve ser estabelecida
entre os sistemas de ensino, para assegurar a universalizao do ensino obrigatrio (art. 211 da
Constituio Federal de 1988), enfrentando os desafios da educao bsica pblica e regulando
o ensino privado. Entre as principais estratgias da Meta 1, situa-se a definio de formas de
expanso da educao infantil nas respectivas redes de ensino dos entes federativos, considerando
as peculiaridades locais, mas em regime de colaborao entre a Unio, os estados, o Distrito Federal
e os municpios, de acordo com o padro nacional de qualidade, tambm a ser definido.
Alm disso, essa meta abrange a manuteno e ampliao da rede, em regime de colaborao,
assegurando a acessibilidade e o programa nacional de construo e reestruturao de escolas
e de aquisio de equipamentos, com vistas expanso e melhoria da rede fsica de escolas
pblicas de educao infantil. Igualmente de modo colaborativo, est previsto o levantamento da
demanda por creche para a populao de at 3 anos, como forma de planejar a oferta e verificar
o seu atendimento.
Para garantir o acesso dos estratos mais pobres da populao educao infantil, encontra-se
a Estratgia 1.12, que visa:
Ainda na mesma perspectiva de atendimento intersetorial, destacvel a Estratgia 1.14:
implementar, em carter complementar, programas de orientao e
apoio s famlias, por meio da articulao das reas da educao, sade e
assistncia social, com foco no desenvolvimento integral das crianas de
at 3 (trs) anos de idade.
fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da
permanncia das crianas na educao infantil, em especial dos
beneficirios de programas de transferncia de renda, em colaborao
com as famlias e com os rgos pblicos de assistncia social, sade e
proteo infncia.
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Vale aludir ainda presena de estratgia voltada para a formao inicial e continuada de
educadores e para o desenvolvimento e aperfeioamento de mecanismos de avaliao das
aprendizagens.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 11.Com relao Meta 1, registra-se que, anualmente, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica, que
engloba os dados da educao infantil (http://portal.inep.gov.br/basica-censo).
2.O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE) oferece orientaes
sobre como ter acesso aos programas e projetos para a educao infantil(www.fnde.gov.br).
3.Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao infantil esto disponveis no endereo: http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
4. O Ministrio da Educao (MEC) disponibiliza em seu portal vrias publicaes
sobre educao infantil, entre elas, Indicadores da Qualidade na Educao Infantil
(http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/indic_qualit_educ_infantil.pdf).
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a populao de 6
(seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos
alunos concluam essa etapa na idade recomendada, at o ltimo ano de vigncia deste PNE.
O ensino fundamental de 9 anos (que mudou a faixa etria dessa etapa para 6 a 14 anos) constitui
medida de poltica educacional e meta do PNE, que se insere nas decises voltadas melhoria
da qualidade dos processos de escolarizao. Articula-se diretamente meta que estabelece a
alfabetizao das crianas, no mximo, at o fim do terceiro ano do ensino fundamental. Fator
decisivo para a implantao de tal medida so resultados de pesquisas revelando que, quando as
crianas ingressam na instituio escolar antes dos 7 anos de idade, apresentam, em sua maioria,
resultados superiores em relao quelas que ingressam somente aos 7 anos3. Como se sabe,
as crianas de 6 anos pertencentes s classes mdia e alta h muito j se encontram na escola,
frequentando o pr-escolar ou o primeiro ano do ensino fundamental. Assim, o ensino de 9 anos
tem, nos segmentos das classes populares, os seus principais beneficirios.
O objetivo da Lei n 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que dispe sobre a durao de 9 anos
para o ensino fundamental, com matrcula obrigatria a partir dos 6 anos de idade, foi assegurar a
todos um tempo mais prolongado de permanncia na escola, oferecendo maiores oportunidades
de aprendizagem, de modo que os alunos prossigam nos seus estudos e concluam, com
qualidade, a educao bsica. Essa qualidade implica assegurar um processo educativo respeitoso
e construdo com base nas mltiplas dimenses e na especificidade do tempo da infncia.
preciso, no entanto, ter em conta que a melhor aprendizagem no resulta apenas do tempo
de permanncia na escola, mas do modo adequado da sua utilizao. Portanto, o ingresso aos 6
anos no ensino fundamental no pode ser uma medida apenas de ordem administrativa. Nesse
sentido, faz-se necessrio atentar para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, o que
significa respeitar as caractersticas etrias, sociais, psicolgicas e cognitivas das crianas, bem
como adotar orientaes pedaggicas que levem em considerao essas caractersticas, para
que elas sejam respeitadas como sujeitos do aprendizado.
Ao adotar o ensino fundamental de 9 anos, o governo brasileiro alinhou-se realidade
mundialmente predominante, inclusive em vrios pases da Amrica Latina, em que h muito o
ingresso aos 6 anos de idade nessa etapa de ensino com 9 anos de durao vem tendo vigncia.
Essa deciso encontra suas razes na LDB (Lei n 9.394/1996), que estabelece tais critrios, o que,
por sua vez, tornou-se meta da educao nacional em 2001, passando a constar do antigo PNE
(Lei n 10.172/2001). Nele ficou estabelecido que a incluso das crianas de 6 anos no ensino
3SECRETARIA DE EDUCAO BSICA. Ensino fundamental de nove anos: orientaes para a incluso da criana de seis anos de
idade. (Org.) Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel e Ariclia Ribeiro do Nascimento. Braslia: Ministrio da Educao. 2007,
135 p. Disponvel em: .
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fundamental deveria se dar em consonncia com a universalizao do atendimento na faixa etria
de 7 a 14 anos. A partir de discusses iniciadas em 2004, a sua implementao comeou a ocorrer
em algumas regies do Pas, e o seu marco legal foi estabelecido em fevereiro de 2006, por meio
da aprovao da Lei n 11.274/2006, que alterou a redao dos arts. 29, 30, 32 e 87 da LDB.
A meta de universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a populao de 6(seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos
concluam essa etapa na idade recomendada, at o ltimo ano de vigncia deste PNEconstitui-
-se em um grande desafio para os municpios, o Distrito Federal, os estados e a Unio. Mesmo
a oferta dessa etapa da educao bsica sendo de responsabilidade de estados e municpios, o
alcance dessa meta, com a devida qualidade, implica considerar a organizao federativa e o
regime de colaborao entre os sistemas de ensino.
Entre as estratgias previstas no plano, destacamos: criar mecanismos para oacompanhamento individualizado dos alunos do ensino fundamental (Estratgia 2.3); fortalecer
o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanncia e do aproveitamento
escolar dos beneficirios de programas de transferncia de renda, bem como das situaes
de discriminao, preconceitos e violncias na escola, visando ao estabelecimento de
condies adequadas para o sucesso escolar dos alunos, em colaborao com as famlias
e com rgos pblicos de assistncia social, sade e proteo infncia, adolescncia e
juventude (Estratgia 2.4); desenvolver tecnologias pedaggicas que combinem, de maneira
articulada, a organizao do tempo e das atividades didticas entre a escola e o ambiente
comunitrio, considerando as especificidades da educao especial, das escolas do campo
e das comunidades indgenas e quilombolas (Estratgia 2.6); promover a busca ativa de
crianas e adolescentes fora da escola, em parceria com rgos pblicos de assistncia
social, sade e proteo infncia, adolescncia e juventude (Estratgia 2.5); disciplinar, no
mbito dos sistemas de ensino, a organizao flexvel do trabalho pedaggico, incluindo
adequao do calendrio escolar, de acordo com a realidade local, a identidade cultural
e as condies climticas da regio (Estratgia 2.7); promover a relao das escolas cominstituies e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais
para a livre fruio dos alunos dentro e fora dos espaos escolares, assegurando ainda que
as escolas se tornem polos de criao e difuso cultural (Estratgia 2.8); estimular a oferta do
ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as populaes do campo, indgenas
e quilombolas, nas prprias comunidades (Estratgia 2.10); e desenvolver formas alternativas
de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para atender os filhos de profissionais
que se dedicam a atividades de carter itinerante (Estratgia 2.11).
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PARA SABER MAIS SOBRE A META 21. Sobre a Meta 2, importa destacar que, anualmente, o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica,
que engloba os dados do ensino fundamental (http://portal.inep.gov.br/basica-censo).
2. Na pgina do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE),
possvel encontrar orientaes sobre como ter acesso aos programas e projetos
para o ensino fundamental (www.fnde.gov.br).
3. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional
de Educao (CNE) sobre ensino fundamental esto disponveis no endereo:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Item
id=866.
4. Como subsdio aos gestores estaduais e municipais na implantao do ensino
fundamental de 9 anos, o Ministrio da Educao (MEC) publicou em seu portal
uma sria de documentos, entre eles, Ensino fundamental de nove anos: passo a
passo do processo de implantao (http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/passo_a_
passo_versao_atual_16_setembro.pdf).
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:http://pne.mec.gov.br/programas-metas .
As legislaes pertinentes ao tema so: Lei n 11.274/2006; PL n 144/2005; Lei n 11.114/2005; Parecer CNE/CEB
n 6/2005; Resoluo CNE/CEB n 3/2005; e Parecer CNE/CEB n 18/2005. O Conselho Nacional de Educao Cmara
de Educao Bsica, por meio da Resoluo n 3, de 3 de agosto de 2005, define normas nacionais para a ampliao do
ensino fundamental para 9 anos.
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Meta 3: universalizar, at 2016, o atendimento escolar para toda a populao de 15 (quinze)
a 17 (dezessete) anos e elevar, at o final do perodo de vigncia deste PNE, a taxa lquida de
matrculas no ensino mdio para 85% (oitenta e cinco por cento).
A Meta 3 do PNE trata de um dos temas cruciais do atendimento ao direito educao no
Brasil: a universalizao do ensino mdio. Com a aprovao do FUNDEB e principalmente daEmenda Constitucional n 59/2009, que aumenta a obrigatoriedade da oferta da educao bsica
dos 4 aos 17 anos de idade, a questo da universalizao do ensino mdio deixa de ser apenas
uma reivindicao da sociedade civil organizada e entra na agenda das polticas governamentais
de modo mais efetivo.
Ao observarmos os dados do Censo da Educao Bsica de 2013 que indicam que o Brasil
possui 41.141.620 alunos matriculados nas redes pblicas estaduais e municipais de ensino,
nas reas urbanas e rurais, e que, desse total, apenas 7.109.582 esto no ensino mdio, o que
representa 17,3% do total das matrculas , possvel constatar o tamanho do desafio para o
atendimento da meta em questo. Para entender melhor esse desafio, basta olhar os dados do
Censo Escolar de 2011, que apontam que, de 2007 a 2011, o nmero de alunos matriculados no
ensino mdio, na idade adequada, era de 8,4 milhes, enquanto o nmero daqueles com idade
entre 15 e 17 anos era de 10,4 milhes.
Essa dinmica precisa ser monitorada e acelerada para que haja ampliao da demanda
para o ensino mdio, especialmente se o aluno potencial do ensino mdio o concluinte do
ensino fundamental, o que significa que a melhoria do atendimento e da taxa de concluso
na idade adequada no ensino fundamental requer uma expanso significativa da oferta
do ensino mdio para o alcance do que prev a meta. Por essa razo, entre as estratgias
previstas no plano, destacamos a Estratgia 3.1:
institucionalizar programa nacional de renovao do ensino mdio, a fim de
incentivar prticas pedaggicas com abordagens interdisciplinares estruturadas
pela relao entre teoria e prtica, por meio de currculos escolares que organizem,
de maneira flexvel e diversificada, contedos obrigatrios e eletivos articulados
em dimenses como cincia, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte,
garantindo-se a aquisio de equipamentos e laboratrios, a produo de material
didtico especfico, a formao continuada de professores e a articulao com
instituies acadmicas, esportivas e culturais.
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Assim, os desafios colocados so muitos e passam pela efetivao do regime de colaborao,
como definido no 4 do art. 211 da Constituio Federal, que determina que na organizao de
seus sistemas de ensino, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios definiro
formas de colaborao, de modo a assegurar a universalizao do ensino obrigatrio.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 31. Para auxiliar no acompanhamento da Meta 3, o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publica, anualmente, o Censo da
Educao Bsica, que engloba os dados sobre o ensino mdio (http://portal.inep.gov.
br/basica-censo).2.O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE) oferece orientaes
sobre como ter acesso aos programas e projetos para o ensino mdio no endereo:
www.fnde.gov.br.
3.Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao infantil esto disponveis no endereo:http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
5. As publicaes do Ministrio da Educao (MEC) sobre ensino mdio esto
disponveis em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=12583%3Aensino-medio&Itemid=1152.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 4: universalizar, para a populao de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficincia,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, o acesso
educao bsica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede
regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou servios especializados, pblicos ou conveniados.
A educao especial uma modalidade que perpassa os nveis, etapas e modalidades da educao
brasileira e atende a educandos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotao. O atendimento educacional especializado foi institudo
pela Constituio Federal de 1988, no inciso III do art. 208, e definido pelo art. 2 do Decreto
n 7.611/2011. Segundo o disposto na LDB (Lei n 9.394/1996), a educao especial deve ser
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, havendo, quando necessrio, servios de
apoio especializado (art. 58).
Na perspectiva inclusiva, a educao especial integra a proposta pedaggica da escola
regular, de modo a promover o atendimento escolar e o atendimento educacional especializado
complementar ou suplementar aos estudantes com deficincia, com transtornos globais do
desenvolvimento, com altas habilidades ou superdotao.
A Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva (MEC, 2008)
orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso, a participao e a aprendizagem dos
estudantes, em classes comuns, bem como os servios da educao especial, nas escolas
regulares, de forma transversal a todos os nveis, etapas e modalidades. Para tanto, deve-se
assegurar a implantao, ao longo deste PNE, de salas de recursos multifuncionais e fomentar a
formao continuada de professores para o atendimento educacional especializado nas escolas
urbanas, do campo, indgenas e de comunidades quilombolas (Estratgia 4.3); e promover a
articulao intersetorial entre os rgos e polticas pblicas de sade, assistncia social e direitos
humanos, em parceria com as famlias, a fim de desenvolver modelos de atendimento voltados
continuidade do atendimento escolar na educao de jovens e adultos com deficincia e
transtornos globais do desenvolvimento com idade superior faixa etria de escolarizao
obrigatria, para assegurar a ateno integral ao longo da vida (Estratgia 4.12).
Destaca-se tambm o esforo conjunto de sistemas e redes de ensino em garantir o pleno acesso
educao a todos os alunos atendidos pela educao especial, conforme evidenciam as matrculas
nas redes pblicas. Os resultados do Censo Escolar da Educao Bsica de 2013 indicam que, do
total de matrculas daquele ano (843.342), 78,8% concentravam-se nas classes comuns, enquanto,
em 2007, esse percentual era de 62,7%. Tambm foi registrado, em 2013, que 94% do total de
matrculas de alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ousuperdotao em classes comuns do ensino regular se concentraram na rede pblica.
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Esses dados mostram o esforo na implementao de uma poltica pblica de universalizao do
acesso a todos os educandos, valorizando as diferenas e atendendo s necessidades educacionais na
perspectiva da incluso educacional. Os dados mostram que houve crescimento de 2,8% no nmero
de matrculas nessa modalidade de ensino no ano de 2013 em relao a 2012, passando de 820.433
matrculas para 843.342. Tambm ocorreu crescimento de 4,5% no nmero de includos em classes
comuns do ensino regular e na educao de jovens e adultos (EJA) e, ao mesmo tempo, reduo de
2,6% no nmero de matrculas em classes e escolas exclusivas. Apesar de todo esse esforo, h ainda
um grande desafio para promover a universalizao, com acessibilidade ao ambiente fsico e aos
recursos didticos e pedaggicos.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 41.A Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva (MEC,2008) est disponvel em:http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_
especial.pdf.
2. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao especial esto disponveis no endereo:http://portal.mec.
gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
3. As publicaes do Ministrio da Educao (MEC) sobre educao especial na
perspectiva da educao inclusiva esto disponveis em:http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_content&view=article&id=17009&Itemid=913.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 5: alfabetizar todas as crianas, no mximo, at o final do 3 (terceiro) ano do ensino
fundamental.
O fenmeno do analfabetismo funcional, cuja raiz encontrada nas sries iniciais do ensino
fundamental, expressa dificuldades presentes nos processos de escolarizao, mostrando o seu
distanciamento de adequados padres de qualidade. Dados do Censo Demogrfico de 2010revelaram que 15,2% das crianas brasileiras com 8 anos de idade que estavam cursando o
ensino fundamental eram analfabetas. A situao mais grave foi a encontrada nas regies
Norte (27,3%) e Nordeste (25,4%), sendo que os estados do Maranho (34%), Par (32,2%) e
Piau (28,7%) detinham os piores ndices. Em contrapartida, os melhores ndices estavam no
Paran (4,9%), Santa Catarina (5,1%), Rio Grande do Sul e Minas Gerais (ambos com 6,7%), o que
demonstra a gravidade do fenmeno em termos de disparidades regionais.
Em face de tal realidade e de outros problemas que vm impactando a qualidade do ensino,houve a ampliao do ensino fundamental obrigatrio para 9 anos, com incio a partir dos 6
anos de idade (Lei n 11.274/2006). Em sequncia, no Plano de Metas Compromisso Todos
pela Educao (Decreto n 6.094/2007), entre as aes que visam qualidade do ensino, ficou
determinada, no incio II do art. 2, a responsabilidade dos entes federativos com a alfabetizao
das crianas at, no mximo, os 8 (oito) anos de idade, aferindo os resultados por exame
peridico especfico. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9
Anos (Resoluo CNE n 7/2010), encontra-se estabelecido que os trs anos iniciais do ensino
fundamental devem assegurar a alfabetizao e o letramento e o desenvolvimento das diversas
formas de expresso, incluindo o aprendizado da Lngua Portuguesa, da Literatura, da Msica
e demais Artes e da Educao Fsica, assim como o aprendizado da Matemtica, da Cincia, da
Histria e da Geografia.
Em consonncia com essas deliberaes, essa meta do PNE determina a necessidade de
alfabetizar todas as crianas, no mximo, at o 3 (terceiro) ano do ensino fundamental.
Guiando tal determinao, encontra-se o ciclo de alfabetizao nos anos iniciais do ensino
fundamental, compreendido como um tempo sequencial de trs anos letivos, que devem ser
dedicados insero da criana na cultura escolar, aprendizagem da leitura e da escrita,
ampliao das capacidades de produo e compreenso de textos orais em situaes
familiares e no familiares e ampliao do seu universo de referncias culturais nas diferentes
reas do conhecimento.
Entre as principais estratgias registradas no PNE para o cumprimento da Meta 5, situa-
-se a estruturao de processos pedaggicos nos anos iniciais do ensino fundamental, em
articulao com estratgias que devero ser desenvolvidas pela pr-escola, com qualificao evalorizao dos professores alfabetizadores e apoio pedaggico especfico, a fim de garantir a
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PARA SABER MAIS SOBRE A META 5
1. Todos os anos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnsioTeixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica, que engloba os dados do ensino
fundamental e suas sries iniciais (http://portal.inep.gov.br/basica-censo).
2. Na pgina do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE), possvel
encontrar orientaes sobre como ter acesso aos programas e projetos para o ensino
fundamental (www.fnde.gov.br).
3.Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao infantil esto disponveis no endereo:http://portal.
mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
4.Sobre o Pacto pela Alfabetizao na Idade Certa, acesse:http://pacto.mec.gov.br.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
alfabetizao plena de todas as crianas (Estratgia 5.1). Nesse sentido, est proposto o fomento
ao desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovao das prticas pedaggicas, bem
como a seleo e divulgao de tecnologias que sejam capazes de alfabetizar e de favorecer
a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos. Tudo isso sem que se deixe de
assegurar a diversidade de mtodos e propostas pedaggicas nos processos de alfabetizao
(Estratgias 5.3 e 5.4).
Outra estratgia diz respeito instituio de instrumentos de avaliao nacional peridicos
e especficos para aferir a alfabetizao das crianas, aplicados a cada ano, bem como
estimular os sistemas de ensino e as escolas a criar os respectivos instrumentos de avaliao
e monitoramento, implementando medidas pedaggicas para alfabetizar todos os alunos e
alunas at o fim do terceiro ano do ensino fundamental (Estratgia 5.2).
Deve-se considerar a necessidade de apoio alfabetizao de crianas do campo, indgenas,quilombolas e de populaes itinerantes, com a produo de materiais didticos especficos, e
desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da lngua materna pelas
comunidades indgenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas (Estratgia 5.5).
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Meta 6: oferecer educao em tempo integral em, no mnimo, 50% (cinquenta por cento)
das escolas pblicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as)
alunos(as) da educao bsica.
Entre as possibilidades de atendimento dessa meta, podemos citar o 1 do Decreto n 7.083, de
27 de janeiro de 2010, que dispe sobre o programa Mais Educao e define educao em tempointegral como a jornada escolar com durao igual ou superior a sete horas dirias, durante todo
o perodo letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em
atividades escolares em outros espaos educacionais.
O decreto define ainda que a ampliao da jornada escolar diria se dar por meio do:
Podendo ser:
Nesse sentido, garantir educao integral requer mais que simplesmente a ampliao da jornada
escolar diria, exigindo dos sistemas de ensino e seus profissionais, da sociedade em geral e das
diferentes esferas de governo no s o compromisso para que a educao seja de tempo integral,
mas tambm um projeto pedaggico diferenciado, a formao de seus agentes, a infraestrutura e
os meios para sua implantao. Assim, as orientaes do Ministrio da Educao para a educao
integral apontam que ela ser o resultado daquilo que for criado e construdo em cada escola, em
cada rede de ensino, com a participao dos educadores, educandos e das comunidades, que
podem e devem contribuir para ampliar os tempos, as oportunidades e os espaos de formao
das crianas, adolescentes e jovens, na perspectiva de que o acesso educao pblica seja
complementado pelos processos de permanncia e aprendizagem.
desenvolvidas dentro do espao escolar, de acordo com a disponibilidade da
escola, ou fora dele, sob orientao pedaggica da escola, mediante o uso
dos equipamentos pblicos e o estabelecimento de parcerias com rgos ou
instituies locais. (art. 1, 3)
desenvolvimento de atividades de acompanhamento pedaggico, experimentao
e investigao cientfica, cultura e artes, esporte e lazer, cultura digital, educao
econmica, comunicao e uso de mdias, meio ambiente, direitos humanos,
prticas de preveno aos agravos sade, promoo da sade e da alimentao
saudvel, entre outras atividades. (art. 1, 2)
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Conforme dados do Censo Escolar de 2013, o Brasil possua 4.904.901 alunos matriculados em
educao de tempo integral nas escolas pblicas estaduais e municipais de educao bsica. Desse
total, a educao infantil, especialmente as creches, e o ensino fundamental eram responsveis pela
grande maioria dos matriculados, com 1.484.614 e 3.007.871, respectivamente. Apenas 303.670 alunos
do ensino mdio tinham acesso educao de tempo integral e 31.169 alunos educao de jovens
e adultos.
O programa Mais Educao tem sido uma das principais aes do governo federal para ampliar a
oferta de educao em tempo integral, por meio de uma ao intersetorial entre as polticas pblicas
educacionais e sociais, contribuindo, desse modo, tanto para a diminuio das desigualdades
educacionais quanto para a valorizao da diversidade cultural brasileira. Conta com a participao
dos Ministrios da Educao, do Desenvolvimento Social e Combate Fome, da Cincia e Tecnologia,
do Esporte, do Meio Ambiente, da Cultura, da Defesa e tambm da Controladoria-Geral da Unio.
Para atender ao que prev a Meta 6, algumas estratgias sero necessrias, visto que atualmente
cerca de 64 mil escolas distribudas em 4.999 municpios oferecem educao integral para quase 5,8
milhes de alunos (todas as redes), o que representa em torno de 11,6% dos alunos matriculados em
toda a educao bsica.
Mudar essa realidade e atender o que prope o PNE depender de aes como: promover, com
o apoio da Unio, a oferta de educao bsica pblica em tempo integral, por meio de atividades
de acompanhamento pedaggico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que
o tempo de permanncia dos alunos na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou
superior a sete horas dirias durante todo o ano letivo, com a ampliao progressiva da jornada
de professores em uma nica escola (Estratgia 6.1); instituir, em regime de colaborao, programa
de construo de escolas com padro arquitetnico e de mobilirio adequado para atendimento
em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianas em situao de
vulnerabilidade social (Estratgia 6.2); institucionalizar e manter, em regime de colaborao, programa
nacional de ampliao e reestruturao das escolas pblicas, por meio da instalao de quadras
poliesportivas, laboratrios, inclusive de informtica, espaos para atividades culturais, bibliotecas,
auditrios, cozinhas, refeitrios, banheiros e outros equipamentos, bem como da produo de
material didtico e da formao de recursos humanos para a educao em tempo integral (Estratgia
6.3); e adotar medidas para otimizar o tempo de permanncia dos alunos na escola, direcionando a
expanso da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas
e culturais (Estratgia 6.9).
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PARA SABER MAIS SOBRE A META 61. Para compreender melhor a educao integral no sistema pblico de ensino, observando
a oferta, as aes e os desafios, podem ser consultados os seguintes documentos: ManualOperacional de Educao Integral; Srie Mais Educao, Educao Integral; Caderno do
Programa Mais Educao: Passo a Passo; Censo da Educao Bsica, disponveis no site do
INEP (http://portal.inep.gov.br ); Decreto n 7.083, de 27 de janeiro de 2010 (www.planalto.
gov.br); e Portaria Normativa Interministerial n 17, de 24 de abril de 2007 (http://portal.
mec.gov.br/arquivos/pdf/mais_educacao.pdf).
2. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao integral esto disponveis no endereo:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
3. As publicaes do Ministrio da Educao (MEC) sobre educao integral esto
disponveis em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article
&id=16727&Itemid=1119.
4.Sobre o Pacto pela Alfabetizao na Idade Certa, acesse:http://pacto.mec.gov.br.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 7: fomentar a qualidade da educao bsica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes mdias
nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do
ensino fundamental; 5,2 no ensino mdio.
Ideb 2015 2017 2019 2021
Anos iniciais do ensino fundamental 5,2 5,5 5,7 6,0
Anos finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5
Ensino mdio 4,3 4,7 5,0 5,2
A elevao da qualidade da educao bsica, em todas as etapas e modalidades, com melhoria
do fluxo escolar e da aprendizagem, tem adquirido importncia central na ltima dcada, tendo em
conta a garantia do direito educao, a melhoria da qualidade de vida da populao e a produo de
maior equidade e desenvolvimento econmico-social do Pas. A qualidade da educao vincula-se
aos diferentes espaos, atores e processos formativos, em seus distintos nveis, etapas e modalidades
educativas, bem como trajetria histrico-cultural e ao projeto de nao, que, ao estabelecerdiretrizes e bases para o seu sistema educacional, indica o horizonte jurdico normativo em que a
educao se efetiva como direito.
A oferta de educao bsica de qualidade para todos apresenta-se, pois, como um complexo
e grande desafio para as polticas pblicas para o conjunto dos agentes que atuam no campo
da educao, sobretudo nas escolas pblicas. Nas duas ltimas dcadas, registram-se avanos
no acesso, cobertura e melhoria da aprendizagem na educao bsica, como revela o ndice de
Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB), indicador criado pelo INEP, a partir de dados do Censo
Escolar, SAEB e Prova Brasil, que leva em considerao o fluxo escolar e o desempenho nos exames,
para fazer o acompanhamento da evoluo da educao e para estabelecer o padro de qualidade
que o Ministrio da Educao definiu como meta a ser atingida. importante ressaltar que cabe
tambm analisar e monitorar individualmente o comportamento de seus componentes (fluxo e
desempenho), especialmente o desempenho dos estudantes nos exames padronizados. Alm disso,
ainda h um esforo de articulao das avaliaes nacionais com as iniciativas subnacionais.
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Precisamos continuar ampliando progressivamente as mdias do IDEB em cada escola, municpio,
Distrito Federal, estado e Unio, tendo em vista o alcance das mdias projetadas bienalmente para
o Pas, como resultado da melhoria do fluxo escolar e, sobretudo, da aprendizagem dos estudantes,
em conformidade com os padres internacionais. Por essa razo, de grande importncia que os
gestores educacionais e os professores busquem monitorar e acompanhar os resultados do IDEB,
procurando implementar aes que incrementem a qualidade da aprendizagem. Cada escola e
cada sistema tem uma realidade que deve ser examinada, tendo em vista a superao articulada de
possveis fragilidades encontradas.
De modo geral, fomentar a qualidade da educao bsica implica enfrentar a desigualdade social
existente no Pas e assegurar a educao como um dos direitos humanos. Implica tambm melhor
definio e articulao entre os sistemas de ensino e unidades escolares, processos de organizao
e gesto do trabalho escolar, melhoria das condies de trabalho e valorizao, formao e
desenvolvimento profissional de todos aqueles que atuam na educao. fundamental ainda definir e
implementar dinmicas curriculares que favoream aprendizagens significativas.
Com essa meta, espera-se que os entes federativos se articulem, por meio de diferentes estratgias
e mecanismos, no mbito do regime de colaborao e do sistema nacional de educao, para garantir
o alcance do nvel suficiente de aprendizado, em relao aos direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento de estudo a cada ano e perodo, nas mdias nacionais previstas para o IDEB. O PNE
traz 36 estratgias para a consecuo dessa meta, o que mostra sua relevncia e significado.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 71. Para compreender melhor o IDEB, suas metas, clculos, e fazer consultas diversas (por
escola, municpio, Distrito Federal, estado e Brasil), acesse:http://portal.inep.gov.br/web/
portal-ideb/portal-ideb.
2. O IDEB um indicador objetivo para a verificao do cumprimento de metas
que integram o Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE) e o Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educao (Decreto n 6.094/2007, disponvel em
www.planalto.gov.br).
3. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao bsica esto disponveis no endereo:http://portal.mec.
gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Itemid=866.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 8: elevar a escolaridade mdia da populao de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos,
de modo a alcanar, no mnimo, 12 (doze) anos de estudo no ltimo ano de vigncia deste
Plano, para as populaes do campo, da regio de menor escolaridade no Pas e dos 25%
(vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade mdia entre negros e no
negros declarados Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).
Os diferentes programas, polticas e aes implementados pelo governo federal, em articulao
com os sistemas de ensino, voltados para a garantia e universalizao do pleno acesso educao
escolar para todos, valorizando as diferenas e respeitando necessidades educacionais, tm-se
refletido no aumento das taxas de escolarizao da populao brasileira acima dos 17 anos. O
esforo tem sido coletivo, com a participao dos diferentes entes federativos.
Contudo, faz-se necessrio ampliar mais efetivamente a escolaridade mdia da populao
entre 18 e 29 anos. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD/IBGE,2012), o percentual de pessoas com no mnimo 12 anos de estudo entre 18 e 24 anos de idade
de 29,4% e das pessoas com 25 ou mais anos de idade de apenas 4,1%.
Em 2012, foi registrado um leve aumento no nmero mdio de anos de estudo em relao a
2011. Na populao com 18 ou 19 anos, o nmero mdio de anos de estudo manteve-se em 9,1
entre 2011 e 2012, enquanto na populao entre 25 e 29 anos essa mdia passou de 9,7 para 9,9
anos, respectivamente.
Um grande esforo ainda precisa ser empreendido para o atendimento dessa meta,particularmente quando observados os dados educacionais das populaes do campo nas
diferentes regies do Pas. Segundo apurado pelo Censo Demogrfico de 2010, 15,65% da
populao brasileira encontra-se no campo, e a regio Nordeste concentra 26,87% desse total,
seguida da regio Norte, com 26,49%. Quanto aos anos de escolaridade da populao de 18 a 24
anos, na populao urbana a mdia de 9,8 anos de estudo, e na populao do campo a mdia
de 7,7 anos, uma diferena de 2,1 anos. Essa diferena tambm se evidencia nas diferentes regies
do Brasil, com destaque para a regio Norte, em que a diferena de tempo de escolaridade chega
a 2,4 anos entre a populao urbana e a do campo.
Apesar do aumento expressivo da populao negra na sociedade brasileira, outro grande
desafio igualar a mdia de escolaridade entre negros e no negros. Como mostra o Instituto
de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), na populao negra entre 18 e 24 anos, 1,1% no tem
nenhum nvel de escolaridade, 70,7% esto fora da escola e apenas 1,4% tem o ensino superior
completo. Na populao no negra, essas taxas so de 0,6%, 64,5% e 4,5%, respectivamente.
No que se refere populao negra entre 25 e 29 anos, 1,5% no conta com nenhum nvel de
escolaridade, 84,1% esto fora da escola e apenas 5,7% possuem o ensino superior completo.
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Essas desigualdades tambm se refletem na participao e rendimento no mercado de trabalho.
Considerando a desigualdade de gnero, a populao negra apresenta as mais elevadas taxas de
desocupao e de rendimento, ainda que disponha do mesmo nvel de escolaridade. Segundo
estudo do IPEA (2012), a taxa de desocupao do homem negro de 6,7%, e a da mulher negra
12,6%, enquanto a de homem e mulher no negros de 5,4% e 9,3%, respectivamente.
Esse conjunto de dados revela que necessrio, no que se refere educao, um esforo
concentrado e articulado entre os entes federativos e respectivos sistemas de ensino para a
promoo de uma poltica pblica voltada para a igualdade social, de modo a garantir a elevao
dos anos de escolarizao da populao brasileira entre 18 e 29 anos, com ateno especial s
populaes do campo, negra e mais pobre, que apresentam maior vulnerabilidade social.
Entre as estratgias previstas para atingir essa meta, destacam-se: institucionalizao de
programas e desenvolvimento de tecnologias para correo de fluxo, para acompanhamentopedaggico individualizado e para recuperao e progresso parcial (Estratgia 8.1); implementao
de programas de educao de jovens e adultos (Estratgia 8.2); expanso da oferta gratuita de
educao profissional tcnica (Estratgia 8.4); e promoo da busca ativa de jovens fora da escola,
em parceria com as reas de assistncia social, sade e proteo juventude (Estratgia 8.6).
PARA SABER MAIS SOBRE A META 81. Estudos do IPEA (www.ipea.gov.br) e do Censo do IBGE (www.ibge.gov.br) apresentam
informaes sobre a escolaridade da populao brasileira acima dos 17 anos de idade.
2. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre diversidade e incluso escolar esto disponveis no endereo:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Item
id=866.
3.Publicaes do Ministrio da Educao sobre diversidade podem ser encontradasem: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13165&
Itemid=913.
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 9: elevar a taxa de alfabetizao da populao com 15 (quinze) anos ou mais para
93,5% (noventa e trs inteiros e cinco dcimos por cento) at 2015 e, at o final da vigncia
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa
de analfabetismo funcional.
Mesmo com os significativos avanos nos ndices de escolarizao da populao brasileira, astaxas de analfabetismo entre jovens e adultos ainda so elevadas, pois maior o nmero dos que
saem da escola apenas na condio de analfabetos funcionais. Dados da PNAD/IBGE mostram que,
no ano de 2012, entre a populao de 15 anos ou mais, havia um total de 8,7% de analfabetos e
30,6% de analfabetos funcionais. Esses ndices atingem de forma diferenciada a populao urbana
e do campo: em 2012, tinham a condio de analfabetas 21,1% das pessoas habitantes do campo,
assim como 6,6% das que habitavam as reas urbanas. Com relao populao analfabeta negra e
no negra, em 2012, os percentuais eram 11,9% e 8,4%, respectivamente. Portanto, so necessrios
efetivos esforos para todos os segmentos populacionais.
Em face dessa situao, o PNE estabeleceu a Meta 9, e, entre as principais estratgias concebidas
com vistas ao alcance dessa meta, encontram-se: assegurar a oferta gratuita da educao de jovens
e adultos a todos os que no tiveram acesso educao bsica na idade apropriada (Estratgia 9.1);
realizar diagnstico dos jovens e adultos com ensinos fundamental e mdio incompletos, para
identificar a demanda ativa por vagas na educao de jovens e adultos (Estratgia 9.2); implementar
aes de alfabetizao de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarizao bsica
(Estratgia 9.3); e assegurar a oferta de educao de jovens e adultos, nas etapas de ensino
fundamental e mdio, s pessoas privadas de liberdade em todos os estabelecimentos penais,
assegurando-se formao especfica dos professores e implementao de diretrizes nacionais em
regime de colaborao (Estratgia 9.8). Convm ressaltar, por oportuno, que os entes federativos
precisam tambm considerar a adoo de estratgias, inclusive intersetoriais, voltadas ao
atendimento dos adolescentes em conflito com a lei, em cumprimento de medidas socioeducativas
com restrio de liberdade.
As aes planejadas devem ter como objetivo a superao do analfabetismo entre jovens
com 15 anos ou mais, adultos e idosos, concebendo a educao como direito, e a oferta
pblica da alfabetizao como porta de entrada para a educao e a escolarizao das pessoas
ao longo de toda a vida. A articulao entre as aes de alfabetizao e a continuidade na
educao de jovens e adultos deve ser promovida com aes conjuntas do poder pblico e da
sociedade civil organizada.
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Especial ateno deve ser dada a polticas pblicas de educao no campo e de juventude
que possibilitem a jovens agricultores e familiares, excludos do sistema formal de ensino, a
elevao da escolaridade em ensino fundamental com qualificao inicial, respeitando as
especificidades dos povos do campo. Tambm importante elevar a escolaridade de jovens
com idade entre 18 e 29 anos que saibam ler e escrever e no tenham concludo o ensino
fundamental, com vistas concluso dessa etapa por meio da EJA, integrada qualificao
profissional e ao desenvolvimento de aes comunitrias com exerccio da cidadania na forma
de curso, conforme previsto no art. 81 da LDB.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 9
1. Todos os anos, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnsioTeixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica, que engloba os dados da educao
de jovens e adultos. Consulte o site: http://portal.inep.gov.br/web/educacenso/
educacenso.
2. Na pgina do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE), possvel
encontrar orientaes sobre como ter acesso aos programas e projetos para a
educao de jovens e adultos (www.fnde.gov.br).
3.Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional deEducao (CNE) sobre educao de jovens e adultos esto disponveis no endereo:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12812&Item
id=866.
4. O Ministrio da Educao (MEC) disponibiliza em seu portal publicaes sobre
educao de jovens e adultos, entre elas, os Cadernos Trabalhando com a Educao de
Jovens e Adultos (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&i
d=13536%3Amateriais-didaticos&catid=194%3Asecad-educacao-continuada&Itemid=913).
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 10: oferecer, no mnimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrculas de educao de
jovens e adultos, nos ensinos fundamental e mdio, na forma integrada educao profissional.
O atendimento do que a meta prev depender no s da superao de um problema crucial
na educao brasileira, qual seja sanar a dvida histrica que o Pas tem com um nmero grande
de pessoas que no tiveram acesso educao na idade certa, como tambm impedir que estetipo de excluso continue se repetindo ao longo do tempo.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD/IBGE, 2012), o Brasil
tinha uma populao de 45,8 milhes de pessoas com 18 anos ou mais que no frequentavam a
escola e no tinham o ensino fundamental completo. Esse contingente poderia ser considerado
uma parcela da populao a ser atendida pela EJA. Isso significa que o atendimento de EJA est
muito aqum do que poderia e deveria ser.
Por outro lado, dados do Censo da Educao Bsica, realizado pelo INEP, apontam que a
educao de jovens e adultos (EJA) apresentou queda de 3,7% (141.055), totalizando 3.711.207
matrculas em 2013. Desse total, 2.427.598 (65,4%) estavam no ensino fundamental e 1.283.609
(34,6%) no ensino mdio.
O Censo Escolar da Educao Bsica daquele ano mostra ainda que os alunos que frequentavam
os anos iniciais do ensino fundamental da EJA tinham idade muito superior aos que frequentam
os anos finais e o ensino mdio dessa modalidade. Esse fato sugere que os anos iniciais no
esto produzindo demanda para os anos finais do ensino fundamental de EJA, alm de ser umaforte evidncia de que essa modalidade est recebendo alunos mais jovens, provenientes do
ensino regular. Outro fator a ser considerado nessa modalidade o elevado ndice de abandono,
ocasionado, entre outros motivos, pela inadequao das propostas curriculares s especificidades
dessa faixa etria.
Uma estratgia relevante :
fomentar a integrao da educao de jovens e adultos com a educao
profissional, em cursos planejados, de acordo com as caractersticas do pblico da
educao de jovens e adultos e considerando as especificidades das populaes
itinerantes e do campo e das comunidades indgenas e quilombolas, inclusive na
modalidade de educao a distncia. (Estratgia 10.3)
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O PNE prope outras 10 estratgias voltadas ao cumprimento dessa meta, que devem ser
consideradas pelos entes federativos.
A integrao da educao bsica na modalidade EJA educao profissional pode ser
realizada nos ensinos fundamental e mdio e organizada da seguinte forma: a) educao
profissional tcnica integrada ao ensino mdio na modalidade EJA; b) educao profissionaltcnica concomitante ao ensino mdio na modalidade de educao de jovens e adultos; c)
formao inicial e continuada (FIC) ou qualificao profissional integrada ao ensino fundamental
na modalidade EJA; d) formao inicial e continuada ou qualificao profissional integrada ao
ensino mdio na modalidade EJA; e) formao inicial e continuada ou qualificao profissional
concomitante ao ensino mdio na modalidade EJA.
PARA SABER MAIS SOBRE A META 101. Com relao Meta 1, registra-se que, anualmente, o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica,
que engloba os dados da educao de jovens e adultos e educao profissional
(http://portal.inep.gov.br/basica-censo).
2. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao de jovens e adultos integrada educao profissionalesto disponveis no endereo:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_conte
nt&view=article&id=12812&Itemid=866.
3. Esto disponveis os documentos Educao profissional tcnica de nvel mdio
integrada ao ensino mdio (http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.
pdf) e o Censo da Educao Bsica: 2011 resumo tcnico (http://download.inep.gov.br/
educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/resumo_tecnico_censo_educacao_
basica_2011.pdf).
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
http://pne.mec.gov.br/programas-metas.
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Meta 11: triplicar as matrculas da educao profissional tcnica de nvel mdio, assegurando a
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expanso no segmento pblico.
Conforme o art. 39 da LDB, a educao profissional e tecnolgica integra-se aos diferentes
nveis e modalidades e s dimenses do trabalho, da cincia e da tecnologia a fim de possibilitar
o desenvolvimento de aptides para a vida produtiva. J o art. 40 estabelece que a educaoprofissional deve ser desenvolvida em articulao com o ensino regular ou por diferentes
estratgias de educao continuada.
A educao profissional, no entanto, historicamente demarcada pela diviso social do
trabalho, que na prtica sempre justificou a existncia de duas redes de ensino mdio, uma
de educao geral, destinada a um pequeno grupo privilegiado, e outra profissional, para os
trabalhadores. A sua origem remonta separao entre a propriedade dos meios de produo e
a propriedade do trabalho, ou seja, a lgica de que alguns pensam, planejam, e outros executam.
Assim, ao se pensar no objetivo da Meta 11 do PNE, h de se levar em conta a superao
dessa dualidade. Deve-se considerar ainda que a construo de uma proposta para atendimento
educacional dos trabalhadores precisa ser orientada por uma educao de qualidade, no
podendo ser voltada para uma educao em que a formao geral est descolada da educao
profissional.
Aumentar a oferta da educao para os trabalhadores uma ao urgente, mas para que
seja garantida sua qualidade faz-se necessrio que essa oferta tenha por base os princpios ea compreenso de educao unitria e universal, destinada superao da dualidade entre
as culturas geral e tcnica, garantindo o domnio dos conhecimentos cientficos referentes s
diferentes tcnicas que caracterizam o processo do trabalho produtivo na atualidade, e no
apenas a formao profissional stricto sensu.
De acordo com dados do Censo da Educao Bsica, a educao profissional concomitante
e a subsequente ao ensino mdio cresceram 7,4% nos ltimos cinco anos, atingindo mais de
um milho de matrculas em 2013 (1.102.661 matrculas). Com o ensino mdio integrado, osnmeros da educao profissional indicam um contingente de 1,4 milho de alunos atendidos.
Essa modalidade de educao est sendo ofertada em estabelecimentos pblicos e privados,
que se caracterizam como escolas tcnicas, agrotcnicas, centros de formao profissional,
associaes, escolas, entre outros. O Censo revela ainda que a participao da rede pblica tem
crescido anualmente e j representa 52,5% das matrculas.
Isso indica que, se a tendncia se mantiver, a oferta de pelo menos 50% na rede pblica
ser alcanada, sendo necessrio o desenvolvimento de aes que garantam oferta triplicada e
de qualidade.
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PARA SABER MAIS SOBRE A META 111. Com relao Meta 1, registra-se que, anualmente, o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP) publica o Censo da Educao Bsica,
que engloba os dados da educao de jovens e adultos e educao profissional
(http://portal.inep.gov.br/basica-censo).
2. Resolues da Cmara de Educao Bsica e do Pleno do Conselho Nacional de
Educao (CNE) sobre educao de jovens e adultos integrada educao profissional
esto disponveis no endereo: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_conte
nt&view=article&id=12812&Itemid=866.
3. Esto disponveis os documentos Educao profissional tcnica de nvel mdio
integrada ao ensino mdio (http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.
pdf) e o Censo da Educao Bsica: 2011 resumo tcnico (http://download.inep.gov.
br/educacao_basica/censo_escolar/resumos_tecnicos/resumo_tecnico_censo_educacao_
basica_2011.pdf).
Mais informaes podem ser encontradas no endereo eletrnico:
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Meta 12: elevar a taxa bruta de matrcula na educao superior para 50% (cinquenta por
cento) e a taxa lquida para 33% (trinta e trs por cento) da populao de 18 (dezoito) a 24
(vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expanso para, pelo menos, 40%
(quarenta por cento) das novas matrculas, no segmento pblico.
A democratizao do acesso educao superior, com incluso e qualidade, um doscompromissos do Estado brasileiro, expresso nessa meta do PNE. O acesso educao superior,
sobretudo da populao de 18 a 24 anos, vem sendo ampliado no Brasil, mas ainda est longe
de alcanar as taxas dos pases desenvolvidos e mesmo de grande parte dos pases da Amrica
Latina. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) de 2011 registrou que a taxa
bruta atingiu o percentual de 27,8%, enquanto a taxa lquida chegou a 14,6%. O PNE (2001-2010)
estabelecia, para o fim da dcada, o provimento da oferta de educao superior para, pelo menos,
30% da populao de 18 a 24 anos. Apesar do avano observado, o salto projetado pela Meta 12
do novo PNE, que define a elevao da taxa bruta para 50% e da lquida para 33%, revela-se
extremamente desafiador.
O desafio ainda maior quando observamos as taxas por estado e por regio, sobretudo
nas regies Nordeste e Norte do Brasil. Cada municpio tambm possui uma realidade
diferente em termos da oferta e do acesso educao superior, pois esse nvel de ensino
de responsabilidade de instituies federais, estaduais ou privadas, e a oferta no municpio
fica vinculada s decises de expanso destas instituies. Portanto, para cum