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PNEUMOTÓRAX
BOLHAS PULMONARES: Correspondem a uma alteração subpleural
ou intraparenquimatosa do espaço aéreo pulmonar, de diâmetro maior que um centímetro
Circundadas por uma parede externa fibrosa constituída por pleura visceral, restos de septos alveolares, vasos sanguíneos e repletas de ar no seu interior
Estão comumente localizadas nos ápices dos pulmões
Quando grandes, tornam-se clinicamente importantes
CONCEITO: Presença de ar livre na cavidade pleural,
afastando as pleuras parietal e visceral
CLASSIFICAÇÃO
- Espontâneo
- Traumático
- Iatrogênico
Primário
Secundário
AbertoFechado
FISIOPATOLOGIA
- 1 a -3 mmHg = inspiração
+ 1 a + 5mmHg = expiração
- 8 a -9 mmHg = inspiração- 3 a -6 mmHg = expiração
PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO PRIMÁRIO
- Ausência de doença subjacente- Predomina no sexo masculino (4-6 x mais) - Idade: 20- 40 anos (85% dos casos ocorre
antes dos 40 anos)- Indivíduos longilíneos- Tabagistas- Tendência genética
CAUSA:• Ruptura de uma bolha subpleural pelo
aumento da pressão no interior;
PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO SECUNDÁRIO Associado a doenças pulmonares Idade: > 45 anos Causas
DPOC – 45%Tuberculose, asma, CA de pulmão – raroPneumonia (Pneumocystis carinii)Fibrose císticaPneumotórax catamenial
PNEUMOTÓRAX TRAUMÁTICO
Traumatismo fechado Contusão torácica– laceração do
pulmão Sem comunicação com o meio
externo Espícula óssea de uma costela
fraturada perfurando o pulmão
Traumatismo aberto Pneumotórax aberto ou ferida
soprante Perda de substância na parede
torácica comunicando o meio externo e a cavidade pleural
Risco de morte iminente
PNEUMOTÓRAX IATROGÊNICO Causas principais:
Punção de veias centraisBiópsias transtorácicasBiópsias transbrônquicasToracocenteseDrenagem torácica inadequadaCirurgia laparoscópica
QUADRO CLÍNICOPNEUMOTÓR
AX
Dor torácic
a
Dispnéia
Tosse
DIAGNÓSTICO Sintomas e exame físico:- Inspeção
- Palpação
- Percussão
- Ausculta
Redução da expansibilidadePresença de lesões na parede
torácica
Diminuição do FTV
Hipertimpanismo
Diminuição ou ausência do murmúrio vesicular no lado comprometido
DIAGNÓSTICO Exames complementares1. Radiografia de tórax (PA), em posição ortostática: - ausência de trama vascular pulmonar - linha (a pleura visceral), em geral paralela à
imagem lateral do gradil costal, delimitando o espaço aéreo dentro do tórax.
Pneumotórax hipertensivo: - hipertransparência do hemitórax comprometido - colapso pulmonar - aumento dos espaços intercostais - desvio contralateral das estruturas mediastinais - rebaixamento da cúpula diafragmática
homolateral
PLEURA VISCERAL, SEPARADA DA PARIETAL POR AR NO ESPAÇO PLEURAL
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
TRATAMENTOObjetivo: 1. Restabelecer a função pulmonar
2. Controlar/evitar as possíveis complicações
3. Reduzir as chances de recorrência
Escolha do tratamento: - intensidade e duração dos sintomas- presença de doença pulmonar
subjacente- história de episódios anteriores
TRATAMENTO• Modalidades:
- clínico: observação e oxigenoterapia
- drenagem fechada
- toracocentese com aspiração do ar
- tratamento cirúrgico
Conduta expectante
- pntx. pequeno, estável, < 20%, paciente assintomático
- cerca de 1,5 % do ar intrapleural é absorvido diariamente na cavidade pleural: aproximadamente 16 dias até o pulmão reexpandir completamente
- observar: retardo na expansão pulmonar, aumento do pneumotórax e aparecimento de sintomas = indicações drenagem pleural
Tratamento
Drenagem pleural fechada
- tratamento padrão
- dreno pleural: no 4º ou 5º EI, linha axilar anterior
- o dreno é conectado ao sistema em selo d’água
- estimular o paciente a deambular e tossir, de modo a forçar a expansão pulmonar
- o dreno é mantido pelo menos 24 horas após o fechamento da fístula, comprovado pela cessação do borbulhamento no frasco de drenagem
Tratamento
TRATAMENTO: Válvula de Heimlich:
permite a passagem de fluido ou ar em uma única direção, evitando o refluxo para a cavidade pleural
TRATAMENTO
Toracocentese
- aspiração do pneumotórax pequeno ou moderado
- desvantagens: dificuldade de evacuar totalmente o pneumotórax e obter completa reexpansão do pulmão
- ineficaz em pacientes com fístula aérea
- pode provocar um atraso no tratamento definitivo com o dreno pleural
TRATAMENTO Tratamento Cirúrgico
- 9 a 20% dos pacientes com pneumotó-rax espontâneo
- Principais indicações: fístula aérea maciça persistência de escape aéreo por mais que 5 dias em
pacientes bem drenados segunda ou terceira recidiva ipsilateral pneumotórax bilateral profissões de risco como aviadores, mergulhadores pneumotórax crônico com encarceramento pulmonar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS www.scielo.br/pdf/ramb/v53n3/
a18v53n3.pdf
www.pneumoatual.com.br
ZAMBONI, Mauro; PEREIRA, Carlos Alberto de Castro. Pneumologia: diagnóstico e tratamento. São Paulo : Atheneu, 2007. xxix, 767 p, il.