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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região Número Único: 00044003220085020055 (00044200805502002) Comarca: São Paulo Vara: 55a Data de Inclusão: 23/05/2008 Hora de Inclusão: 18:26:09 TERMO DE AUDIÊNCIA Proc. No. 44/2008-2. Aos 16 dias do mês de maio, do ano de 2008, às 17:03 horas, na sala de audiências desta 55a Vara do Trabalho de São Paulo, sob a Presidência do MM. Juiz do Trabalho, Dr. MAURILIO DE PAIVA DIAS, foram, por ordem do MM Juiz Presidente, apregoados os litigantes: Reclamante: 1a.) MARCIA BORBA GIAMPIETRO. 2a.) ELIANA RIBEIRO CARDOSO. 3a.) MARIA ANA DE TORO. 4a.) RITA MARCIA MEGGIOLARO. Reclamada : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Ausentes as partes. Prejudicada a tentativa final de conciliação. Submetido o processo a julgamento foi proferida a seguinte SENTENÇA: Vistos, etc... 1a.) MARCIA BORBA GIAMPIETRO, 2a.) ELIANA RIBEIRO CARDOSO, 3a.) MARIA ANA DE TORO e 4a.) RITA MARCIA MEGGIOLARO, qualificadas nos autos, ajuizaram reclamação trabalhista em face de FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e, pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos às fls. 03/29, postularam os títulos constantes do rol de fls. 27/28, além de outros requerimentos de estilo. Foi atribuído à causa o valor de R$ 16.500,00. Defesa da reclamada às fls. 91/114, arguindo exceção de incompetência. Pede aplicação da prescrição. No mérito, contestou os pedidos formulados na inicial e pugnou pela improcedência da ação. Documentos foram juntados. Réplica às fls. 116/136. Nos termos da ata de fls. 89/90, foi encerrada a instrução processual. Inconciliados. É o relatório. DECIDO: 01. Exceção de Incompetência. Rejeito a exceção arguida em defesa posto que dos documentos acostados aos autos tem-se claro que as autoras foram contratadas pelo regime da CLT, tanto que nos recibos de pagamento juntados com a inicial consta, expressamente no campo "categoria" a expressão "ADMITIDO CLT" e não se tratam, portando, de servidoras estatutárias tal como pretende a reclamada. A competência para apreciar e julgar o feito é, portanto, desta Justiça

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Número Único: 00044003220085020055 (00044200805502002) Comarca: São Paulo Vara: 55a Data de Inclusão: 23/05/2008 Hora de Inclusão: 18:26:09

TERMO DE AUDIÊNCIA Proc. No. 44/2008-2.

Aos 16 dias do mês de maio, do ano de 2008, às 17:03 horas, na sala de audiências desta 55a Vara do Trabalho de São Paulo, sob a Presidência do MM. Juiz do Trabalho, Dr. MAURILIO DE PAIVA DIAS, foram, por ordem do MM Juiz Presidente, apregoados os litigantes:

Reclamante: 1a.) MARCIA BORBA GIAMPIETRO. 2a.) ELIANA RIBEIRO CARDOSO. 3a.) MARIA ANA DE TORO. 4a.) RITA MARCIA MEGGIOLARO.

Reclamada : FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Ausentes as partes. Prejudicada a tentativa final de conciliação. Submetido o processo a julgamento foi proferida a seguinte

SENTENÇA:

Vistos, etc...

1a.) MARCIA BORBA GIAMPIETRO, 2a.) ELIANA RIBEIRO CARDOSO, 3a.) MARIA ANA DE TORO e 4a.) RITA MARCIA MEGGIOLARO, qualificadas nos autos, ajuizaram reclamação trabalhista em face de FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO e, pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos às fls. 03/29, postularam os títulos constantes do rol de fls. 27/28, além de outros requerimentos de estilo. Foi atribuído à causa o valor de R$ 16.500,00. Defesa da reclamada às fls. 91/114, arguindo exceção de incompetência. Pede aplicação da prescrição. No mérito, contestou os pedidos formulados na inicial e pugnou pela improcedência da ação. Documentos foram juntados. Réplica às fls. 116/136. Nos termos da ata de fls. 89/90, foi encerrada a instrução processual. Inconciliados. É o relatório.

DECIDO:

01. Exceção de Incompetência. Rejeito a exceção arguida em defesa posto que dos documentos acostados aos autos tem-se claro que as autoras foram contratadas pelo regime da CLT, tanto que nos recibos de pagamento juntados com a inicial consta, expressamente no campo "categoria" a expressão "ADMITIDO CLT" e não se tratam, portando, de servidoras estatutárias tal como pretende a reclamada. A competência para apreciar e julgar o feito é, portanto, desta Justiça

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Especializada, nos termos do art. 114 da CF/88.

2. Prescrição. A ação foi ajuizada em 11/01/2008, restando prescritos direitos anteriores á 11/01/2003, considerando-se o disposto no art. 7°, inciso XXIX, da CF/88. 3. Prêmio de Incentivo — Supressão. As reclamantes alegam que tiveram suprimido o pagamento da parcela denominada prêmio incentivo desde junho/2002, pretendendo o pagamento da mesma. Vejamos: O artigo 1°, da Lei 8975/94 que instituiu o assim denominado Prêmio de Incentivo determina, textualmente, que

Lei 8975/94.

Artigo 1o. Poderá ser concedido em caráter experimental e transitório pelo prazo de 12 (doze) meses Prêmio de Incentivo aos servidores em exercício na Secretaria da Saúde, objetivando o incremento da produtividade e o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados na área da saúde...

Já o artigo 4o do citado texto de lei assim determina:

Artigo 4°. — O Prêmio de incentivo não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito e sobre ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, bem como os descontos previdenciários e de assistência médica.

Parágrafo Único — O valor do Prêmio de Incentivo não será computado no cálculo do 13° salário a que se refere a Lei Complementar No. 644 de 26.12.1989.

Pelo teor do texto legal retro mencionado, claro está que o Prêmio Incentivo é de natureza transitória e sem caráter salarial, não se vinculando a remuneração para qualquer efeito. O pagamento por longo periodo do citado prêmio não retira o caráter transitório e temporário do mesmo e sua natureza não salarial. De fato, o prêmio tem como escopo, nos termos do artigo 1° da Lei 8975/94 incrementar a produtividade e aprimoramento na qualidade de serviços prestados na área de saúde e alcança apenas e tão somente os servidores em exercício na Secretaria de Saúde e condicionado a atendimento de uma séria de exigências previstas no retro mencionado artigo da Lei. A Administração Pública está adstrita ao principio da legalidade e entendo não se constituir em afronta a legislação trabalhista legislação estadual que institui condição benéfica ao seus funcionários, de caráter transitório e sem atribuir-lhe caráter de salário. Nesse sentido, filio-me aos entendimentos jurisprudenciais transcritos pela ré os quais também adoto como razões de decidir. Em decorrência, julgo improcedentes os pedidos dos itens 62.3 e 62.4 de fls. 28.

4. Adicional por Tempo de Serviço. Pretendem as reclamantes o pagamento do adicional por tempo de serviços (qüinqüênios) sobre a totalidade de seus vencimentos, considerando-se o exposto na inicial, às fls. 05/06. O reclamado alega, por sua vez, que o citado adicional por tempo de serviço (qüinqüênio) é calculado sobre o salário base e não sobre este acrescido de outras gratificações. Vejamos: Bem, não obstante o art. 129 da Constituição Estadual utilizar-se do termo "vencimentos" o que autoriza a concluir-se que o termo abriga não apenas a remuneração básica do cargo mas também outras vantagens conferidas ao servidor, entendeu o Tribunal Superior do Trabalho que o adicional por tempo de serviço incide apenas sobre o vencimento básico do servidor público estadual, decisão esta cristalizada com a edição da Orientação Jurisprudencial Transitória No. 60 da Subseção 1 da Seção de Dissídios Individuais, a seguir transcrita:

60. Adicional por Tempo de Serviço. Base de Cálculo. Salário Base. Art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo. O adicional por tempo de serviço — qüinqüênio — previsto no art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de cálculo o vencimento básico do servidor público estadual, ante o disposto no art. 11 da Lei

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Complementar do Estado de São Paulo No. 713 de 12.04.1993.

Portanto, revendo posicionamento anteriormente adotado sobre a matéria em comento, passo a decidir em consonância com o posicionamento predominante do C. TST, consubstanciado na retro mencionada Orientação Jurisprudencial. Assim sendo, não são devidas diferenças de adicional por tempo de serviço (qüinqüênios) decorrentes de integração à base de cálculo das gratificações pagas à reclamante posto que o mesmo há que ser pago utilizando-se apenas o vencimento básico e não este acrescido de outras gratificações. Em decorrência, julgo improcedentes os pedidos formulados nos itens 62.1 e 62.2 de fls. 28.

05. Licença-Prêmio. Quanto a licença prêmio, revendo posicionamento anteriormente adotados quanto a matéria em comento, entendo que a licença prêmio não é devida ao servidor público regido pela CLT. Isto porque, é o termo "servidor público" gênero do qual derivam as modalidades de "funcionário público" e "empregado público", conforme ensina, inclusive, Valentin Carrion:

"Servidores Públicos da União, Estados-Membros ou Municípios e das entidades por eles criadas podem ser, em princípio, funcionários públicos, empregados públicos ou exercentes de funções em comissão. A CF de 1.988 evitou o vocábulo "funcionário" e adotou exclusivamente, o de "servidor", mas refere-se constantemente a cargos, empregos e funções (art. 37 da CF/88), denunciando a distinção. Os funcionários públicos são investidos em cargo público, criado por lei, regem-se pelas normas do direito administrativo, unilateralmente impostas pelo Poder Público, que constituem o respectivo estatuto dos funcionários públicos da União, do Estado ou do Município e que estão entretanto, subordinadas às normas e princípios da CF (art. 37). Os empregados públicos mantêm com qualquer entidade estatal relação de emprego disciplinada pelo Direito do Trabalho, materializado na CLT e nas demais normas laborais da atividade privada, seus princípios são os do direito privado, de índole contratual..." (Carrion, Valentin, in "Comentários à CLT", 28a ed., 2.003, pág. 56/57, destaque e grifo nosso)

Bem, a legislação que regula a contratação de funcionários públicos do Estado de São Paulo é a Lei 10.261/68 a qual discrimina, inclusive o pagamento dos qüinqüênios e da concessão de licença prêmio (artigos 129 e 209 do citado texto legal). Os artigos 127 e 209 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, são de meridiana clareza ao determinarem pagamento de qüinqüênios e licença-prêmio, respectivamente, aos funcionários públicos, ou seja, aqueles regidos pelo regime estatutário não sendo aplicável, portanto, aos empregados públicos regidos pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho, como é o caso do reclamante. Noto que no art. 127 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, consta, de forma específica a expressão "VENCIMENTOS" que é a denominação da remuneração típica do funcionário público estatutário e não à "SALÁRIOS" que é a denominação da remuneração típica do empregado regido pela CLT. Gizo ainda, que a administração pública está adstrita aos princípios de legalidade e moralidade e normas como a do art. 129 da Carta Estadual, bem como os artigos 127 e 209 do Estatuto Funcional, devem ser interpretadas de forma restritiva, pois a privilegiar-se entendimento contrário estar-se-ia inaugurando um verdadeiro "caos jurídico" onde funcionários públicos estatutários estariam a postular benefícios de empregados públicos celetistas (como extensão do direito ao FGTS, por exemplo) o mesmo se dando no sentido inverso (empregados públicos celetistas pretendendo vantagens exclusivas de funcionários públicos estatutários. Não bastasse isso, o art. 128 da Carta Estadual determina, de forma expressa, que vantagens de qualquer natureza só poderão ser instituídas por lei e quando atendam, efetivamente ao interesse público e às exigências do serviço. Se não existe legislação específica estendendo o pagamento de licença-prêmio aos empregados públicos (regidos pela CLT, repito) não podem as autoras pretender que a mera inserção do vocábulo "servidor público" no art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo possa ser interpretada com a amplitude necessária a lhe atender a pretensão formulada no presente feito, sendo certo que entendimento contrário faria letra morta não apenas do retromencionado art. 128 da Carta Constitucional Estadual, mas, também, dos princípios de legalidade e moralidade, basilares no trato da coisa pública, em especial as finanças do Estado. Com base em tais fundamentos, impossível deferir-se o pagamento de licença-prêmio ao empregado público

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celetista, como é o caso dos autos, uma vez que acolhendo-se as argumentações das autoras estar-se-ia criando um grupo de privilegiados que se veriam beneficiados tanto por vantagens advindas do regime estatutário como aquelas previstas na CLT, o que por óbvio, não pode ser tolerado pelo Juízo. São improcedentes, portanto, os pedidos formulados nos itens 62.5 e 62.6. 7.

6. Sexta-Parte. Revendo posicionamento anteriormente adotado em casos deste jaez, entendo que o pagamento da parcela denominada "sexta-parte" é devido as reclamantes, considerando-se que o termo "servidor público" é gênero de onde derivam as espécies denominadas "funcionário público" e "empregado público" sendo que o 1° é aquele contratado sob a égide de concurso público, investidos nos respectivos cargos criados por lei, com regência pelas normas do direito administrativo, unilateralmente impostas pelo Poder Público, que constituem os respectivos estatutos dos funcionários públicos da União, dos Estados e Municípios, subordinados aos princípios insertos no art. 37 da CF/88. Já o segundo é o empregado regido pelo regime da CLT, ainda que submetido a concurso público, única condição similar entre as duas modalidades de servidores públicos. O artigo 129 da Constituição Estadual assim preconiza.

"artigo 129. Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição.".

Ora, é inegável que a parcela denominada sexta-parte alcança portanto as autoras, que são servidores públicas estaduais, não obstantes serem regidas pelas normas da CLT, pois que, onde o legislador estadual não apresentou discriminação, não é licito ao interprete faze-lo. Ademais, não pode prevalecer a tese da reclamada, eis que contraditória, ao dar tratamento diferenciado ao adicional por tempo de serviço e a sexta-parte, concedendo aquele e negando este, quando ambos estão inseridos no mesmo texto legal, sem qualquer distinção quanto à modalidade de contratação do servidor. Neste sentido, passo a decidir em consonância, inclusive, com a Súmula No 4 editada por este Regional, a seguir transcrita:

SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL. SEXTA PARTE DOS VENCIMENTOS. BENEFICIO QUE ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS (RA 02/05 — DJE 25/10/2005). O artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao fazer referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico para efeito de aquisição de direito.

Portanto, defiro as reclamantes o pagamento da parcela denominada sexta-parte, nos termos previstos no art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, conforme postulado na letra "a" de lis. 07. Para evitar-se a eternização da lide, após o trânsito em julgado, deverá o reclamado ser citado para que no prazo de 30 dias, comprove a inclusão das diferenças ora deferidas em folha de pagamento das autoras, sob pena de execução direta pelo equivalente, acrescida de multa diária de 1/30 dos vencimentos do autor, incluso as diferenças decorrentes da concessão da sexta-parte, devidas por força da presente decisão, a favor do mesmo, desde o vencimento da obrigação até o efetivo pagamento ou inclusão em folha (art. 461, 644 e 645 do CPC). Considerando-se a natureza salarial da parcela, será levada em conta para fins de reflexos em férias + 1/3, 13° salários e depósitos de FGTS. Observo que o deferimento da parcela denominada sexta-parte não e contraditória com relação ao indeferimento do pedido de licença prêmio, posto que a Súmula No. 4 deste Regional, contempla especificamente, apenas o direito à parcela denominada sexta-parte não alcançando, portanto, ainda que por analogia, outras parcelas tais como a que ora se analisa.

7. Compensação. Não se autoriza qualquer compensação eis que com relação ao titulo deferido, nada foi pago ao reclamante.

8. Assistência Judiciária Gratuita. Face as declarações de fls. 46/49, defere-se às reclamantes os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita.

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9. Correção Monetária. Os créditos aqui deferidos deverão ser corrigidos com base na Tabela de Atualização de Créditos Trabalhistas divulgadas pelo E. Regional. Quanto à época própria, curvo-me ao que dispõe a Súmula 381 do C. TST do C. TST: "O pagamento dos salários até o 5° dia útil do mês subsequente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data-limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos serviços." Assim, temos que a correção monetária é devida a partir do vencimento da obrigação, nos termos do art. 459, parágrafo único, da CLT, c/c. art. 39, e parágrafo 1° da Lei 8.177/91 e art. 5°, II, da Constituição Federal.

10. Recolhimentos Previdenciários e Fiscais. Quanto aos recolhimentos previdenciários e fiscais, deverá ser observado o disposto no Provimento No.01/96 e 03/2005, ambos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, mesmo porque, as obrigações decorrem de imperativo legal (Lei 8.213/91 e Ordem de Serviço Conjunta No. 66 de 10/10/97 para INSS — apuração mês a mês, e artigo 46 da Lei 8541/92 para IR — incidência sobre o total do crédito tributável — inclusive juros de mora — art. 56 do Decreto No. 3000 de 26/03/99 publicado no DOU de 29/03/99), devendo o reclamante arcar com os montantes de sua responsabilidade. Todavia, a execução deverá ser processada pelo montante total a ser apurado, para as oportunas transferências aos cofres públicos através de oficio do Juízo, devendo haver apresentação do cálculo demonstrativo dos valores devidos, em fiel observância desses parâmetros, juntamente com os cálculos da condenação. Ciência ao órgão previdenciário.

ANTE O EXPOSTO, a 55' Vara do Trabalho de São Paulo, entende por bem REJEITAR a exceção de incompetência arguida pela reclamada, DECLARAR PRESCRITOS direitos anteriores à 11/01/2003 e, quanto ao mérito, julgar PROCEDENTE EM PARTE os pedidos formulados na reclamação trabalhista movida por 1a.) MARCIA BORBA GIAMPIETRO, 2a.) ELIANA RIBEIRO CARDOSO, 3a.) MARIA ANA DE TORO e 4a.) RITA MARCIA MEGGIOLARO para condenar a reclamada a pagar as reclamantes o que restar apurado a titulo da parcela denominada sexta parte, com reflexos em férias + 1/3, 13° salários e nos depósitos de FGTS. Os valores serão apurados em regular liquidação de sentença, observando-se os parâmetros da fundamentação, parte integrante deste dispositivo. Implantação das diferenças em folha de pagamento nos termos e sob as penas mencionadas na fundamentação retro. Recolhimentos fiscais e previdenciários na forma da fundamentação retro. Incidência de juros "pro rata die" a partir do ajuizamento da ação, sobre o capital monetariamente corrigido observando-se o limite de 6% ao ano (0,5% ao mês) nos termos do art. 1° F, da Lei 9494/97. As verbas objeto da presente condenação tem natureza salarial, excetuando-se incidências das diferenças em férias + 1/3 e nos depósitos de FGTS. Custas, pela reclamada, sobre o valor arbitrado à condenação de R$ 25.000,00 calculadas no importe de R$ 500,00 das quais fica isento nos termos do art. 790-A da CLT. Decorrido o prazo para interposição de recursos voluntários, subam os autos ao E. TRT da 2a. Região para o necessário reexame "ex officio". (art. 1°, V, do Decreto — Lei 779/69. Intimem-se. Nada mais.

MAURÍLIO DE PAIVA DIAS. Juiz do Trabalho.

DIRETORA DE SECRETARIA

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15? Turra -

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Func.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 28 REGIÃO

158 TURMA

PROC.TRT/SP n° 00044.2008.055.02.00.2 RECURSOS ORDINÁRIOS E EX- OFFICIO RECORRENTES: VARA DO TRABALHO

FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO MARCIA BORBA GIAMPIETRO E OUTRAS 3

ORIGEM : 55a VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO REDATOR DESIGNADO: JONAS SANTANA DE BRITO

Não se conformando com a r. sentença de fls. 139/145, as reclamantes e reclamada interpuseram o Recurso Ordinário de fls. 148/175 e 197/209, respectivamente. As reclamantes pretendem a reforma da decisão com relação à integração do prêmio incentivo, diferenças de quinquênio e licença-prêmio. A reclamada pretende a reforma com relação à sexta-parte.

Desnecessário o recolhimento das custas do processo, conforme fl. 144.

Contrarrazões pela reclamada às fls. 178/195 e pelo reclamante às fls. 212/219.

Recurso ex-officio suscitado pelo juízo de origem. Parecer do Ministério Público às fls. 221/228, onde opina pela

manutenção em parte do jul gado. É o relatório.

dos recursos interpostos.

VOTO

Presentes os pressupostos legais de admissibilidade, conheço

RECURSO DAS RECLAMANTES

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br informando: codigo do documento = 91387

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fls . Func.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO

15a TURMA

Prêmio Incentivo

Aduzem as reclamantes fazerem jus à manutenção do recebimento da verba intitulada Prêmio Incentivo, instituída pela Lei Estadual n° 8.975/94 e alterada pelas Leis Estaduais n°s 9.185/95 e 9.463/96, uma vez que tendo sido paga por oito anos, passou a incorporar a remuneração das recorrentes.

A reclamada argumenta em defesa que a previsão constante da Lei n° 8.975/94, que foi criada em caráter experimental e transitório, traz em seu bojo de forma expressa que a referida parcela não se incorporaria aos vencimentos e salários para nenhum efeito (art. 4°), e sobre ele não incidiriam vantagens de qualquer natureza.

Assiste-lhes razão. -

Certo é que o prêmio incentivo foi criado e instituído por norma estadual regularmente vigente — Lei Estadual n° 8.975/94 — por ente público competente a tanto. Contudo, a referida lei, observando o princípio da hierarquia das normas, não pode se sobrepor à Consolidação das Leis do Trabalho, norma de ordem federal, sobretudo no que se refere à supressão ou negativa de direitos aos trabalhadores contratados sob sua égide.

No caso em comento, o artigo 4° da supra referida lei estadual, ao negar a integração do prêmio incentivo, viola os artigos 457, § 1° e 468, ambos da CLT, que apresentam as seguintes redações:

Art. 457, § 1° - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador.

Art. 468 — Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem , direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia."

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br informando: codigo do documento = 91387

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15? Turm.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO

15a TURMA

Desta forma, as normas celetistas sobrepõem-se à regra estadual, que não poderia, com efeito, dispor relativamente à natureza jurídica do prêmio incentivo, e se o mesmo deve ou não integrar-se ao salário para outros fins, mormente no presente caso, em que as reclamantes são contratadas pelo regime da CLT.

Considerando que compete apenas à União legislar sobre Direito do Trabalho, conforme disposto no art. 22, I, da Constituição Federal, não há como se aceitar a disposição estadual nitidamente prejudicial ao trabalhador no tocante à não integração do prêmio incentivo habitualmente recebido para efeito de cálculo das demais verbas.

Dessa forma, defiro às reclamantes o pagamento do prêmio incentivo desde a data da supressão, em parcelas vencidas e vincendas, com reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com recolhimento (itens 62.3 e 62.4 de fl. 28), em valores a serem apurados em regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição quinquenal e demais parâmetros já estabelecidos pela sentença de origem.

Diferenças do Adicional por tempo de serviço

Insurgem-se as reclamantes quanto à sentença de origem que indeferiu o pagamento de diferenças de adicional por tempo de serviço, em razão da não integração das gratificações e do adicional de insalubridade à base de cálculo da verba.

Parcial razão lhes assiste.

O artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo dispõe que "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta- parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (grifei).

O referido dispositivo legal prevê, portanto, dois adicionais por

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15? Turm. fls .

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2° REGIÃO

15 a TURMA

tempo de serviço: o primeiro, concedido no mínimo a cada cinco anos, e o segundo, correspondente à sexta-parte dos vencimentos integrais, concedido a cada vinte anos.

O art. 457, § 1° da CLT dispõe que integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

O art. 205, "caput", c/c seu inciso IV, da Lei Complementar Estadual n° 180/78, equipara o funcionário público ao servidor público. A Lei Complementar Estadual 712/93, em seu artigo 11, dispõe que a base de cálculo do qüinqüênio deve ser o valor dos vencimentos. A palavra "vencimentos" está no plural, admitindo-se que se refere ao conjunto de vantagens que se agregam ao salário. Assim, considerando-se o teor do artigo 457, § 1° da CLT, combinado com o artigo 11 da lei acima, deve ser admitido que a base de cálculo do qüinqüênio somente pode ser o total dos vencimentos, nestes incluídas as gratificações.

O Estado de São Paulo, na sua política salarial, tem por comportamento e costume separar os ganhos dos funcionários públicos e servidores públicos em rubricas diversas e o salário base tem sido extremamente baixo, sempre inferior ao salário mínimo. Essa manobra política tem por escopo impedir a formação de salário base maior. Impede-se o aumento do salário e para compensar são concedidas gratificações. Ao se julgar demandas onde o servidor público do Estado de São Paulo busca diferenças entre o salário base e o salário mínimo, porque recebe o salário base em valor menor que o mínimo nacional, esta Turma, outras deste Tribunal e até o Tribunal Superior do Trabalho, têm entendido que as parcelas pagas além do salário base, como gratificações das mais variadas denominações são na verdade salário, indeferindo as diferenças postuladas. Portanto, o raciocínio deve ser o mesmo para deferir à autora o quanto pretende.

O Tribunal Superior do Trabalho publicou a seguinte Orientação Jurisprudencial:

272 - Salário-mínimo. Servidor. Salário-base inferior. Diferenças. Indevidas. (Inserida em 27.09.2002)

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA r REGIÃO

15a TURMA

A verificação do respeito ao direito ao salário-mínimo não se apura pelo confronto isolado do salário-base com o mínimo legal, mas deste com a soma de todas as parcelas de natureza salarial recebidas pelo empregado diretamente do empregador.

Ora, conforme afirmado, se as parcelas como gratificações são consideradas para admitir-se que inexistem diferenças em relação ao salário mínimo, por raciocínio inverso, deve ser admitido também que tais parcelas, salário que são, servem para o cálculo do ATS.

Não há ofensa ao artigo 37 da Constituição Federal vez que o texto da Carta Magna impede o cálculo de adicional sobre adicional apenas nos casos de títulos idênticos ou com a mesma finalidade, o que não é o caso. No entanto, mantenho excluído da base de cálculo do ATS o adicional de insalubridade, por falta de amparo legal. Por isso, o provimento é parcial.

Reformo, pois, a decisão de origem.para deferir o pagamento de diferenças de adicional por tempo de serviço, a serem calculadas sobre os vencimentos integrais (à exceção do adicional de insalubridade), parcelas vencidas e vincendas, e seus reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com recolhimento (item 62.2 — fl. 28), em valores a serem apurados em regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição quinquenal e demais parâmetros já estabelecidos pela r. sentença de origem.

Estendo o prazo para inclusão em folha de pagamento e a respectiva multa em caso de descumprimento da forma como já determinou a r. sentença de origem quanto à sexta parte. f

Licença-prêmio

Ao contrário do que pretendem as recorrentes, não há falar em reforma da r. decisão de piso, a qual corretamente julgou improcedente o pedido referente à licença-prêmio.

A Lei Estadual 10.261/68 instituiu o pagamento da licença-

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO

15a TURMA

prêmio em seu artigo 209 restritamente para funcionários públicos, ou seja, pessoas legalmente investidas em cargo público, o que não é o caso das autoras. Aliás, a análise do artigo sequer requer grande esforço interpretativo, na medida em que utiliza a expressão "funcionário".

O artigo 205 da LC 180/78 em nada socorre as reclamantes, mormente porque não estende o benefício expressamente concedido ao funcionário estatutário, ao empregado público.

Mantenho.

RECURSO DA RECLAMADA

Sexta-parte

A recorrente postula a reforma da sentença que julgou procedente o pedido de pagamento de sexta-parte, com base nos termos do artigo 129 da Constituição Estadual Paulista.

Em que pese o respeitável posicionamento majoritário em sentido contrário, entendo que os recorridos não têm direito ao referido benefício na medida em que se trata de empregados celetistas, e o aludido título "sexta parte" é devido tão somente aos funcionários estatutários que preencheram os requisitos legais, nos exatos termos do art. 2° da Lei 10261/68 c/c art. 129 da Carta Estadual.

As autoras não são servidoras públicas contratados pelo regime do Estatuto do Servidor Público Estadual, mas empregados contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho, que faz jus, inclusive, a depósitos fundiários. Não recebem vencimentos, mas salários. Dessarte, há apontar que os supra referidos diplomas legais mencionam o direito ao servidor público estatutário referindo expressamente aos vencimentos. Trata-se, portanto, de norma benéfica que deve ser interpretada restritivamente.

Entretanto, tendo em vista o entendimento majoritário desta E. 15a Turma, ressalvado o posicionamento pessoal supra, decido no sentido de que devida a parcela intitulada sexta-parte às autoras, em aplicação à Súmula 04 deste E. Tribunal da

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15? Turm

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Func.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA r REGIÃO

Ir TURMA

2a Região, ressaltando que os autores são empregados da Secretaria da Saúde, consoante o decidido pelo Juízo de origem. Mantenho.

Multa diária

O Juízo de origem determinou que após o trânsito em julgado seja a reclamada citada para no prazo de 30 dias comprovar a inclusão das diferenças ora deferidas em folha de pagamento das autoras, sob pena de execução pelo equivalente, acrescida da multa diária de 1/30 dos vencimentos das autoras, inclusas as diferenças decorrentes da concessão da sexta-parte, devidas por força da presente decisão, desde o vencimento da obrigação até o efetivo pagamento ou inclusão em folha (art. 461, 644 e 645 do CPC ).

A reclamada alega que a aplicação da multa em desfavor da Fazenda Pública não guarda razoabilidade, pois em última análise quem suporta é a coletividade, inclusive o próprio autor.

Descabida a pretensão da reclamada, uma vez que não consta do texto do artigo 461 e seus parágrafos qualquer exceção quanto aos destinatários das astreintes ali previstas. Mantenho.

Honorários advocatícios

Com relação à assistência judiciária gratuita concedida pelo Juízo de origem, tenho que nesta Justiça Especializada, o pagamento de honorários advocatícios não decorre da mera sucumbência, mas do preenchimento dos requisitos previstos na Lei 5.584/70. Neste sentido, a Súmula 219 do C. TST.

Não bastasse, a presente lide é decorrente da relação de emprego, razão pela qual não há falar em pagamento de honorários pela mera sucumbência, consoante se depreende do artigo 5° da IN 27 do C. TST.

RECURSO EX-OFFICIO

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15? Turra- fls Func.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 28 REGIÃO

15a TURMA

Incompetência da Justiça do Trabalho

O benefício da complementação de aposentadoria decorre diretamente da relação de trabalho, razão pela esta Justiça Especializada é competente para conhecer da matéria, consoante dispõe o artigo 114 da Constituição Federal. Rejeito.

Compensação

A compensação de verbas pagas a idênticos títulos não encontra respaldo, uma vez que com relação ao título deferido às reclamantes, nada lhes foi pago. Mantenho.

Impõe-se a manutenção do julgado no que tange à correção monetária e recolhimentos previdenciários e fiscais.

As demais verbas deferidas em desfavor do ente público foram abarcadas pelos recursos das partes.

Acordam os Magistrados da 15a Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região em NEGAR PROVIMENTO ao recurso ex officio; DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso ordinário da reclamada para excluir da condenação a verba "honorários advocatícios"; DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso das reclamantes para acrescer à condenação: a) prêmio incentivo desde a data da supressão, em parcelas vencidas e vincendas, com reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com

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15? Turm. fls. Func.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20 REGIÃO

158 TURMA

recolhimento, em valores a serem apurados em regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição quinquenal e demais parâmetros já estabelecidos pela sentença de origem; b) diferenças de adicional por tempo de serviço, a serem calculadas sobre os vencimentos integrais (à exceção do adicional de insalubridade), parcelas vencidas e vincendas, e reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com recolhimento, tudo em valores a serem apurados em regular liquidação de sentença, observada a prescrição de cinco anos; manter no mais a r. sentença de origem, inclusive quanto ao valor da condenação.

JONAS SANTANA DE BRITO Redator Designado

2

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26/03/2015

Processo: 0004400-32.2008.5.02.0055

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2' REGIÃO

RE-0004400-32.2008.5.02.0055 - Turma 15

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RECURSO DE REVISTA

Recorrente(s):

Advogado(a)(s):

Recorrido(a)(s):

Advogado(a)(s):

Fazenda do Estado de São Paulo

Maria Silvia de A. Gouvea Goulart (SP - 90285-D)

Marcia Borba Giampietro

Airton Camilo Leite Munhoz (SP - 65444-D)

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Tempestivo o recurso (decisão publicada em 17/01/2012 - fl. 282., recurso apresentado em 18/01/2012 - fl. 884).

Regular a representação processual (nos termos da OJ 52/SDI-FTST).

Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1°, IV).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MAIÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA REMUNERATORIO E BENEFÍCIOS / ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO / BASE DE CÁLCULO.

Alegação(ões):

- contrariedade à Orientação Jurisprudencial

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26/03/2015 Processo: 0004400-32.2008.502.0055

Transitória 60, SDI-VIST.

- violação do(s) art(s). 37, da CF.

- divergência j uri sprudenc ial

Sustenta que não há como se reconhecer o direito à percepção de seus adicionais por tempo de serviço sobre a totalidade dos ganhos especificados na petição inicial, visto que essa verba é paga mês a mês, com fundamento na Lei Complementar n° 556/88 (art. 10, 1 e seu §1), Lei Complementar n° 712/93 (art. 11, inciso I) e Lei 6628/89 (art. 18), que, de maneira expressa, prevêem a incidência do beneficio sobre o salário base.

Consta do v. Acórdão:

Diferenças do Adicional por tempo de serviço

Insurgem-se as reclamantes quanto à sentença de origem que indeferiu o pagamento de diferenças de adicional por tempo de serviço, em razão da não integração das gratificações e do adicional de insalubridade à base de cálculo da verba.

Parcial razão lhes assiste.

O artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo dispõe que "ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição" (grifei).

O referido dispositivo legal prevê, portanto, dois adicionais por tempo de serviço: o primeiro, concedido no mínimo a cada cinco anos, e o segundo, correspondente à sexta-parte dos vencimentos integrais, concedido a cada vinte anos.

O art. 457, § 1° da CLT dispõe que integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

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26/03/2015 Processo: 0004400-32.2008.5.02.0055

O art. 205, "caput", c/c seu inciso IV, da Lei Complementar Estadual n° 180/78, equipara o funcionário público ao servidor público. A Lei Complementar Estadual 712/93, em seu artigo 11, dispõe que a base de cálculo do qüinqüênio deve ser o valor dos vencimentos. A palavra "vencimentos" está no plural, admitindo-se que se refere ao conjunto de vantagens que se agregam ao salário. Assim, considerando-se o teor do artigo 457, § 1° da CLT, combinado com o artigo 11 da lei acima, deve ser admitido que a base de cálculo do qüinqüênio somente pode ser o total dos vencimentos, nestes incluídas as gratificações.

O Estado de São Paulo, na sua política salarial, tem por comportamento e costume separar os ganhos dos funcionários públicos e servidores públicos em rubricas diversas e o salário base tem sido extremamente baixo, sempre inferior ao salário mínimo. Essa manobra política tem por escopo impedir a formação de salário base maior. Impede-se o aumento do salário e para compensar são concedidas gratificações. Ao se julgar demandas onde o servidor público do Estado de São Paulo busca diferenças entre o salário base e o salário mínimo, porque recebe o salário base em valor menor que o mínimo nacional, esta Turma, outras deste Tribunal e até o Tribunal Superior do Trabalho, têm entendido que as parcelas pagas além do salário base, como gratificações das mais variadas denominações são na verdade salário, indeferindo as diferenças postuladas. Portanto, o raciocínio deve ser o mesmo para deferir à autora o quanto pretende.

O Tribunal Superior do Trabalho publicou a seguinte Orientação Jurisprudencial:

272 - Salário-mínimo. Servidor. Salário-base inferior. Diferenças. Indevidas. (Inserida em 27.09.2002)

A verificação do respeito ao direito ao salário-mínimo não se apura pelo confronto isolado do salário-base com o mínimo legal, mas deste com a soma de todas as parcelas de natureza salarial recebidas pelo empregado diretamente do empregador.

http://aplicacoes1.trtsp.jus.br/ConsultaDespachoPresidencia/ConsultaDespacho.action?despacho=376434&processo=248596&apresenta=

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26/03/2015 Processo: 0004400-32.2008.5.02.0055

Ora, conforme afirmado, se as parcelas como gratificações são consideradas para admitir-se que inexistem diferenças em relação ao salário mínimo, por raciocínio inverso, deve ser admitido também que tais parcelas, salário que são, servem para o cálculo do ATS.

Não há ofensa ao artigo 37 da Constituição Federal vez que o texto da Carta Magna impede o cálculo de adicional sobre adicional apenas nos casos de títulos idênticos ou com a mesma finalidade, o que não é o caso. No entanto, mantenho excluído da base de cálculo do ATS o adicional de insalubridade, por falta de amparo legal. Por isso, o provimento é parcial.

Reformo, pois, a decisão de origem para deferir o pagamento de diferenças de adicional por tempo de serviço, a serem calculadas sobre os vencimentos integrais (à exceção do adicional de insalubridade), parcelas vencidas e vincendas, e seus reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com recolhimento (item 62.2 - fl. 28), em valores a serem apurados em regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição quinquenal e demais parâmetros já estabelecidos pela r. sentença de origem

Estendo o prazo para inclusão em folha de pagamento e a respectiva multa em caso de descumprimento da forma como já determinou a r. sentença de origem quanto à sexta parte.

Verifica-se, na decisão da Turma, contrariedade à Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60, da Subseção-1 Especializada em Dissídios Individuais do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA REMUNERATORIO E BENEFÍCIOS / GRATIFICAÇÕES ESTADUAIS ESPECÍFICAS / GRA 11F

DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MA:IÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA

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26/03/2015 Processo: 0004400-32.2008.5.02.0055

REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS / ADICIONAL DE SEXTA-PARIR

Sendo certo que o juízo de admissibilidade a quo é de conhecimento não exaustivo, remeto o exame das demais alegações revisionais ao colendo Tribunal Superior do Trabalho, nos termos da Súmula n° 285 do aludido Tribunal.

CONCLUSÃO

RECEBO o Recurso de Revista.

Cumpridas as formalidades legais, remetam-se os autos ao Colendo TST.

Intimem-se.

São Paulo, 02 de maio de 2012.

Sonia Maria Prince Franzini

Desembargadora Vice-Presidente Judicial /me

Certifico que o presente despacho foi publicado no DOeletrônico do

Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região, nesta data .

Em

Eunice Avanci de Souza

Diretora da Secretaria de Apoio Judiciário

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

ACÓRDÃO (5' Turma)

GMCB/ses

AGRAVO DAS RECLAMANTES. LICENÇA-PRÊMIO. EXTENSÃO A CELETISTA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5° , CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.

Estando expressamente previsto na lei estadual que apenas os servidores estatutários fazem jus à licença-prêmio, não há como estender tal vantagem aos celetistas, o que não importa em ofensa ao artigo 5°, caput, da Constituição Federal. Precedentes. Agravo a que se nega provimento.

RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. 1. PRÊMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO.

O prêmio de incentivo instituído por meio da Lei Estadual n° 8.975/94 não se caracteriza como verba de natureza salarial, porquanto expressamente previsto na referida norma que tal parcela não se incorpora a vencimentos ou salários para qualquer efeito. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. 2. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO. ARTIGO 129. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS.

Segundo a atual jurisprudência desta Corte, o adicional por tempo de serviço, previsto no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, tem como base de cálculo o vencimento básico do servidor público estadual, ante o disposto no artigo 11 da Lei Complementar do Estado de São Paulo n° 713/1993. Inteligência da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1. Recurso de revista conhecido e provido. 3. ADICIONAL DENOMINADO "SEXTA-PARTE". ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS SERVIDORES PÚBLICOS CELETISTAS. POSSIBILIDADE. O egrégio Tribunal Regional decidiu em conformidade com o entendimento desta Corte Superior, no sentido de que a expressão servidor público, lato sensu, abarca o gênero dos trabalhadores que prestam serviços à Administração Pública, no caso, o Estado de São Paulo. São espécies do gênero servidor público os funcionários públicos, que são regidos pelo regime estatutário, e os empregados públicos, entendidos como tais os que forem contratados pelo regime da CLT. Nesse contexto, o artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao utilizar a expressão servidor público, não faz distinção entre os que estão enquadrados nas espécies de funcionários públicos e empregados públicos, sendo razoável concluir que ambas as espécies de servidores estaduais, celetistas e estatutários da Administração Pública direta, das fundações e das autarquias devem gozar do benefício da incorporação da sexta parte dos vencimentos. Inteligência da Orientação Jurisprudencial Transitória n° 75 da SBDI-1. Incidência da Súmula n° 333 e do artigo 896, § 4°, da CLT. Recurso de revista não conhecido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso

de Revista com Agravo n° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055, em que são

Agravantes e Recorridas MARCIA BORBA GIAMPIETRO E OUTRAS e é Agravada

e Recorrente FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

O egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região

considerou que a parcela denominada "prêmio incentivo" tinha caráter

salarial, razão por que deferiu a sua integração ao salário das

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fls . 3

PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

reclamantes para todos os efeitos legais. Ademais, determinou que o

adicional por tempo de serviço fosse calculado sobre os vencimentos

integrais, incluídas as gratificações, mas excluído o adicional de

insalubridade. Por outro lado, manteve a r. sentença no tocante ao

indeferimento da licença prêmio e quanto à procedência do pedido de

pagamento da sexta-parte.

Não se conformando, a reclamada e as reclamantes

interpuseram recursos de revista buscando a reforma do v. acórdão

regional. A reclamada arguiu, preliminarmente, nulidade por ausência de

intimação pessoal.

Admitido apenas o recurso da reclamada, as reclamantes

interpuseram o pertinente agravo.

Contrarrazões e contraminutas apresentadas.

O d. Ministério Público do Trabalho opinou pelo não

provimento do agravo das reclamantes e pelo conhecimento e provimento

do recurso de revista da reclamada, apenas quanto aos temas "Adicional

por tempo de serviço" e "Prêmio incentivo".

VOTO

AGRAVO DAS RECLAMANTES

1. CONHECIMENTO

Tempestivo e com regularidade de representação, e

desnecessário, ainda, o preparo, conheço do agravo.

2 . MÉRITO

2.1. LICENÇA PRÊMIO. EXTENSÃO A CELETISTA.

A egrégia Corte Regional, ao examinar o recurso

ordinário interposto pelas reclamantes, decidiu, neste particular,

negar-lhe provimento. Ao fundamentar sua decisão, registrou:

Firmado por assinatura digital em 18/04/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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fls . 4

PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

"Ao contrário do que pretendem as recorrentes, não há falar

em reforma da r. decisão de piso, a qual corretamente julgou improcedente o

pedido referente à licença-prêmio.

A Lei Estadual 10.261/68 instituiu o pagamento da licença- prêmio em

seu artigo 209 restritamente para funcionários públicos, ou seja,

pessoas legalmente investidas em cargo público, o que não é o caso das

autoras. Aliás, a análise do artigo sequer requer grande esforço

interpretativo, na medida em que utiliza a expressão 'funcionário'.

O artigo 205 da LC 180/78 em nada socorre as reclamantes, mormente

porque não estende o beneficio expressamente concedido ao

funcionário estatutário, ao empregado público.

Mantenho." (fls. 281/282).

Não se conformando, as reclamantes interpuseram

recurso de revista, ao argumento de que o egrégio Colegiado Regional,

ao assim decidir, teria violado os artigos 5°, caput, da Constituição

Federal; 205 e 209 da Lei Complementar Estadual n° 180/78 e 84 da Lei

n° 8.666/93. Transcrevem arestos para confronto de teses.

Não obstante, a autoridade responsável pelo juízo de

admissibilidade aguo, por julgar ausente pressuposto de admissibilidade

específico, decidiu denegar-lhe seguimento.

Já na minuta em exame, as ora agravantes, ao impugnarem

a d. decisão denegatória, reiteram suas alegações.

Sem razão.

Inicialmente, cumpre registrar que não há previsão no

artigo 896 da CLT para o cabimento do recurso de revista fundado em afronta

a lei estadual (artigos 205 e 209 da Lei Complementar Estadual n° 180/78).

Quanto à matéria em exame, o egrégio Tribunal

Regional, analisando a lei instituidora da licença-prêmio, concluiu que

esta é devida somente aos servidores estatutários da reclamada.

Sendo assim, não há como se concluir pela ofensa aos

artigos 5°, caput, da Constituição Federal e 84 da Lei n° 8.666/93, ante

a ausência de previsão legal para estender a licença-prêmio aos

empregados públicos.

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

A propósito, é pacífico o entendimento desta Corte de

que, estando expressamente previsto na lei estadual que apenas os

servidores estatutários fazem jus à referida parcela, não há como

estender tal vantagem aos celetistas. Nesse sentido são os seguintes

precedentes:

"RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL POR TEMPO DE

SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO

ESTADO DE SÃO PAULO. A jurisprudência da SBDI-1 sedimentou-se ao

preconizar que o art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo deve ser

interpretado restritivamente. Em razão disso, o adicional de tempo de serviço

deve ser calculado sobre o salário básico do servidor. Aplicação da OJ

Transitória n° 60 da SBDI-1 do TST. Recurso de revista a que se nega

provimento. LICENÇA-PRÊMIO. O entendimento desta Corte é de que

a licença-prêmio, benefício previsto na Lei Estadual n° 10.261/68, é devida somente aos servidores estatutários, razão pela qual a reclamante não lhe faz jus, em face do caráter celetista de sua contratação. Recurso de revista a que se nega provimento." "RR -

137400-03.2007.5.15.0088, Relatora Ministra Kátia Magalhães Arruda, 5'

Turma, DEJT de 11/03/2011) (grifei).

"RECURSO DE REVISTA.

LICENÇA-PRÊMIO. LEI ESTADUAL. EXTENSÃO A SERVIDOR

PÚBLICO CELETISTA. IMPOSSIBILIDADE. O e. Tribunal Regional

considerou que o artigo 129 da Lei Estadual 10.261/68 que instituiu o

beneficio da licença-prêmio aplica-se somente aos servidores públicos

estatutários. Nesse contexto, não há ofensa ao artigo 5°, capuz, da

Constituição Federal porque o empregado público está submetido à CLT

enquanto o funcionário público submete-se a regime jurídico administrativo,

ou seja, a distinção dos regimes jurídicos justifica o tratamento diferenciado

sem que se cogite de ofensa ao princípio da isonomia. Precedentes. Recurso

de revista não conhecido." (RR - 27500-92.2008.5.15.0042, Relator Ministro

Horácio Raymundo de Senna Pires, 3' Turma, DEJT de 11/03/2011.

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PROCESSO N° TST—ARR-4400-32.2008.5.02.0055

"LICENÇA-PRÊMIO. REGIME JURÍDICO. EXTENSÃO A

EMPREGADO CELETISTA. IMPOSSIBILIDADE. A decisão da Corte

Regional contraria o entendimento desta Corte, manifestado pelas reiteradas

decisões de diversas Turmas, no sentido de que aos empregados celetistas do

Estado de São Paulo não é devida a licença-prêmio estabelecida na Lei

Estadual 10.261/68 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de

São Paulo). Precedentes. Conhecido e provido.

(RR-178600-51.2008.5.02.0432„ Relator Ministro Emmanoel Pereira, 5'

Turma, DEJT de 06/08/2010).

"RECURSO DE REVISTA. EXTENSÃO DE LICENÇA-PRÊMIO

AOS SERVIDORES DO ESTADO DE SÃO PAULO REGIDOS PELA

CLT. A jurisprudência desta Corte Trabalhista é no sentido de que é indevida

a extensão da licença-prêmio aos servidores do Estado de São Paulo regidos

pela CLT, em face da revogação da vantagem para os celetistas pela Lei

Estadual n° 200, de 1974, ressalvado o direito adquirido de servidores mais

antigos. Na hipótese, como os Reclamantes são empregados públicos

contratados pelo regime da CLT, admitidos após 1974, não têm direito à

verba intitulada licença prêmio . Recurso de revista conhecido e

parcialmente provido. (RR-1218500-20.2007.5.02.0010„ Relator Ministro

Maurício Godinho Delgado, 6' Turma, DEJT de 28/06/2010).

"RECURSO DE REVISTA. PRÊMIO DE INCENTIVO.

NATUREZA SALARIAL. INTEGRAÇÃO. Dos termos em que proferido o

v. acórdão recorrido, constata-se que o eg. Colegiado a quo negou

provimento ao recurso ordinário do reclamante, mantendo a r. sentença no

tocante à questão do prêmio de incentivo previsto em norma estadual de

conteúdo regulamentar, diante do expresso caráter indenizatório com que foi

instituído pelo legislador. Consabida a sujeição da administração pública ao

princípio da legalidade, tal como preceituado pela Constituição da

República, não há se falar em ofensa literal aos artigos 7°, incisos VIII e

XVIII, 22, inciso I, 37, 173, § 1°, inciso II, da Constituição Federal; e 457, §

1°, da CLT. Recurso de revista não conhecido. LICENÇA-PRÊMIO.

Depreende-se do v. acórdão impugnado a impossibilidade de se estender

ao servidor regido pela CLT vantagem restrita aos servidores estaduais

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

estatutários, conforme previsão no estatuto próprio, porque a isonomia

de vencimentos não está inserida na competência funcional do Poder

Judiciário, nos termos da Súmula n° 339 do e. Supremo Tribunal

Federal e do artigo 39, § 1°, da Constituição Federal, de modo, que,

nesse contexto, não se percebe afronta literal aos artigos 5°, caput, da

Constituição da República e 84 da Lei n° 8.666/93. (Recurso de revista

não conhecido" (RR-270300-94.2007.5.02.0060, Relator Ministro Aloysio

Corrêa da Veiga, 6' Turma, DEJT de 14/05/2010) (grifei).

Nesse contexto, despicienda a análise da divergência

jurisprudencial suscitada, nos termos do artigo 896, § 4°, da CLT.

Dessarte, à falta de pressuposto de admissibilidade

específico, inviável revela-se o destrancamento do recurso de revista.

Nego provimento, pois, ao presente agravo.

RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA

1. CONHECIMENTO

1.1. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Presentes os pressupostos extrínsecos de

admissibilidade recursal, consideradas a tempestividade - intimação

pessoal ocorrida em 17.01.2012 (fl. 357) e a interposição do presente

recurso em 18.01.2012 (fl. 360), a representação regular e a isenção de

preparo, passo ao exame dos pressupostos intrínsecos.

Constata-se que o recurso de revista foi regularmente

recebido pelo Juízo de admissibilidade a quo, considerando a data da

intimação pessoal da recorrente. Assim, encontra-se prejudicada a

alegação de nulidade por ausência de intimação pessoal.

1.2. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

1.2.1. PREMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA.

INTEGRAÇÃO.

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

A egrégia Corte Regional, ao examinar o recurso

ordinário interposto pelas reclamantes, decidiu, neste particular,

dar-lhe provimento. Ao fundamentar sua decisão, registrou:

"Certo é que o prêmio incentivo foi criado e instituído por

norma estadual regularmente vigente - Lei Estadual n° 8.975/94 - por ente

público competente a tanto. Contudo, a referida lei, observando o princípio

da hierarquia das normas, não pode se sobrepor à Consolidação das Leis do

Trabalho, norma de ordem federal, sobretudo no que se refere à supressão ou

negativa de direitos aos trabalhadores contratados sob sua égide.

No caso em comento, o artigo 4° da supra referida lei estadual, ao

negar a integração do prêmio incentivo, viola os artigos 457, § 1° e 468,

ambos da CLT, que apresentam as seguintes redações:

(...)

Desta forma, as normas celetistas sobrepõem-se à regra estadual,

que não poderia, com efeito, dispor relativamente à natureza jurídica do

prêmio incentivo, e se o mesmo deve ou não integrar-se ao salário para

outros fins, mormente no presente caso, em que as reclamantes são

contratadas pelo regime da CLT.

Considerando que compete apenas à União legislar sobre Direito do

Trabalho, conforme disposto no art. 22, I, da Constituição Federal, não há

como se aceitar a disposição estadual nitidamente prejudicial ao

trabalhador no tocante à não integração do prêmio incentivo

habitualmente recebido para efeito de cálculo das demais verbas.

Dessa forma, defiro às reclamantes o pagamento do

prêmio incentivo desde a data da supressão, em parcelas vencidas e

vincendas, com reflexos nos 13° salários, férias mais 1/3 e FGTS, este com

recolhimento (itens 62.3 e 62.4 de fl. 28), em valores a serem apurados em

regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição quinquenal e

demais parâmetros já estabelecidos pela sentença de origem. " (fls. 278/279 -

grifei).

Interpõe a reclamada recurso de revista, ao argumento

de que o egrégio Colegiado Regional, ao assim decidir, teria suscitado

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

divergência jurisprudencial e afrontado as disposições insertas nos

artigos 37, caput e X, 61, § 1°, II, "a", e 169 da Constituição Federal.

O recurso alcança conhecimento.

Esta colenda Corte possui o entendimento no sentido

de que a parcela "prêmio incentivo", instituída pela Lei Estadual n°

8.975/94, não se incorpora aos vencimentos ou salários para nenhum

efeito, em face da expressa previsão contida na legislação que instituiu

o referido prêmio.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:

"RECURSO DE REVISTA. 1. PRÊMIO INCENTIVO. INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. Esta colenda Corte possui o entendimento no sentido de que a parcela -prêmio-incentivo-, instituída pela Lei Estadual n° 8.975/94, não se incorpora aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, em face da expressa previsão contida na legislação que instituiu o referido prêmio. Precedentes. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (...)" (RR-389-46.2010.5.15.0113, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 31/10/2012, 2' Turma, Data de Publicação: 09/11/2012).

"(...) PRÊMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA. O entendimento desta Corte é no sentido que a reclamada (autarquia estadual), por tratar-se de ente público, submete-se ao princípio da legalidade e assim, a parcela denominada -prêmio incentivo- não se incorpora aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, por expressa previsão legal (art. 4° da Lei Estadual n° 8.975/94). Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido, no particular." (RR-121100-36.2009.5.15.0042, Relator Ministro: Emmanoel Pereira, Data de Julgamento: 30/10/2012, 5a Turma, Data de Publicação: 09/11/2012).

"(...) RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. PARCELA -PRÊMIO INCENTIVO-. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO À REMUNERAÇÃO. Segundo a jurisprudência desta Corte, havendo expressa disposição na Lei Estadual que criou o prêmio no sentido de que não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, não há como considerá-lo salário. Violado, no aspecto, o art. 37, X, da Constituição da República. Precedentes. Revista conhecida e provida, no tema. (...)" (RR-89700-36.2000.5.15.0004, Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 31/10/2012, 1' Turma, Data de Publicação: 09/11/2012).

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

Ante o exposto, conheço do recurso de revista por

afronta ao artigo 37, X, da Constituição Federal.

1.2.2. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE

CÁLCULO. ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. SERVIDORES

PÚBLICOS ESTADUAIS.

A egrégia Corte Regional, ao examinar o recurso

ordinário interposto pelas reclamantes, decidiu, neste particular,

dar-lhe provimento. Ao fundamentar sua decisão, registrou:

"O artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo dispõe que 'ao

servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por

tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio, e vedada a sua

limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integrais, concedida aos

vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para

todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição'

(grifei).

O referido dispositivo legal prevê, portanto, dois adicionais por tempo

de serviço: o primeiro, concedido no mínimo a cada cinco anos, e o

segundo, correspondente à sexta-parte dos vencimentos integrais, concedido

a cada vinte anos.

O art. 457, § 1° da CLT dispõe que integram o salário não só

a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens,

gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo

empregador.

O art. 205, `caput', c/c seu inciso IV, da Lei Complementar Estadual n°

180/78, equipara o funcionário público ao servidor público. A Lei

Complementar Estadual 712/93, em seu artigo 11, dispõe que a base de

cálculo do qüinqüênio deve ser o valor dos vencimentos. A palavra

`vencimentos' está no plural, admitindo-se que se refere ao conjunto de

vantagens que se agregam ao salário. Assim, considerando-se o teor

do artigo 457, § 1° da CLT, combinado com o artigo 11 da lei acima,

deve ser admitido que a base de cálculo do qüinqüênio somente pode ser

o total dos vencimentos, nestes incluídas as gratificações. Firmado por assinatura digital em 18/04/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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fls.11

PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

O Estado de São Paulo, na sua política salarial, tem por

comportamento e costume separar os ganhos dos funcionários públicos e

servidores públicos em rubricas diversas e o salário base tem sido

extremamente baixo, sempre inferior ao salário mínimo. Essa manobra

política tem por escopo impedir a formação de salário base maior. Impede-se

o aumento do salário e para compensar são concedidas gratificações. Ao se

julgar demandas onde o servidor público do Estado de São Paulo

busca diferenças entre o salário base e o salário mínimo, porque recebe o

salário base em valor menor que o mínimo nacional, esta Turma, outras deste

Tribunal e até o Tribunal Superior do Trabalho, têm entendido que as

parcelas pagas além do salário base, como gratificações das mais variadas

denominações são na verdade salário, indeferindo as diferenças postuladas.

Portanto, o raciocínio deve ser o mesmo para deferir à autora o

quanto pretende.

O Tribunal Superior do Trabalho publicou a seguinte Orientação

Jurisprudenc ial:

(...)

Ora, conforme afirmado, se as parcelas como gratificações

são consideradas para admitir-se que inexistem diferenças em relação ao

salário mínimo, por raciocínio inverso, deve ser admitido também que tais

parcelas, salário que são, servem para o cálculo do ATS.

Não há ofensa ao artigo 37 da Constituição Federal vez que o texto da

Carta Magna impede o cálculo de adicional sobre adicional apenas nos casos

de títulos idênticos ou com a mesma finalidade, o que não é o caso. No

entanto, mantenho excluído da base de cálculo do ATS o adicional de

insalubridade, por falta de amparo legal. Por isso, o provimento é parcial.

Reformo, pois, a decisão de origem para deferir o pagamento de

diferenças de adicional por tempo de serviço, a serem calculadas sobre

os vencimentos integrais (à exceção do adicional de insalubridade),

parcelas vencidas e vincendas, e seus reflexos nos 13° salários, férias mais

1/3 e FGTS, este com recolhimento (item 62.2 - fl. 28), em valores a serem

apurados em regular liquidação de sentença, observando-se a prescrição

quinquenal e demais parâmetros já estabelecidos pela r. sentença de origem."

(fls. 279/281 - grifei).

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

Inconformada, interpõe a reclamada recurso de

revista, alegando divergência jurisprudencial, contrariedade à

Orientação Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1 e violação do

artigo 5°, II, da Constituição Federal.

O recurso merece conhecimento.

Segundo a atual, notória e iterativa jurisprudência

desta Corte, o adicional por tempo de serviço previsto no artigo 129 da

Constituição do Estado de São Paulo tem como base de cálculo o vencimento

básico do servidor público estadual.

Nesse sentido, a diretriz perfilhada na Orientação

Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1, de seguinte teor:

"OJ 60. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE

CÁLCULO. SALÁRIO-BASE. ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO DO

ESTADO DE SÃO PAULO. DJ 14.03.2008

O adicional por tempo de serviço — qüinqüênio -, previsto no art. 129

da Constituição do Estado de São Paulo;( tem como base de cálculo o

vencimento básico do servidor público estadual, ante o disposto no art. 11

da Lei Complementar do Estado de São Paulo n° 713, de 12.04.1993."

(grifei)

A v. decisão regional, portanto contraria a orientação

jurisprudencial ora transcrita, razão pela qual conheço do recurso de

revista.

1.2.3. SEXTA-PARTE.

Sobre o tema em questão, decidiu o egrégio Tribunal

Regional:

"A recorrente postula a reforma da sentença que julgou procedente o

pedido de pagamento de sexta-parte, com base nos termos do artigo 129

da Constituição Estadual Paulista.

Em que pese o respeitável posicionamento majoritário em sentido

contrário, entendo que os recorridos não têm direito ao referido benefício na Firmado por assinatura digital em 18/04/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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medida em que se trata de empregados celetistas, e o aludido título 'sexta

parte' é devido tão somente aos funcionários estatutários que preencheram

os requisitos legais, nos exatos termos do art. 2° da Lei 10261/68 c/c art. 129

da Carta Estadual.

As autoras não são servidoras públicas contratados pelo regime do

Estatuto do Servidor Público Estadual, mas empregados contratados pelo

regime da Consolidação das Leis do Trabalho, que faz jus, inclusive, a

depósitos fundiários. Não recebem vencimentos, mas salários. Dessarte, há

apontar que os supra referidos diplomas legais mencionam o direito ao

servidor público estatutário referindo expressamente aos vencimentos.

Trata-se, portanto, de norma benéfica que deve ser

interpretada restritivamente.

Entretanto, tendo em vista o entendimento majoritário desta E. 15a

Turma, ressalvado o posicionamento pessoal supra, decido no sentido de

que devida a parcela intitulada sexta-parte às autoras, em aplicação à Súmula

04 deste E. Tribunal da 2a Região, ressaltando que os autores são

empregados da Secretaria da Saúde, consoante o decidido pelo Juízo de

origem. Mantenho." (fls. 282/283 — destaque do original).

No recurso de revista, a reclamada sustenta que a

parcela "sexta-parte" dos vencimentos é assegurada somente aos

servidores estatutários, face o disposto no artigo 129 da Constituição

do Estado de São Paulo. Aponta violação dos artigos 2°, 37, caput e X,

61, § 1° , II, "a", e 169, § 1° , I e II, da Constituição Federal. Suscita

divergência jurisprudencial.

O recurso não alcança conhecimento.

A matéria já se encontra pacificada nesta Corte

Superior, cujo entendimento é de que a expressão servidor público, lato

sensu, abarca o gênero dos trabalhadores que prestam serviços à

Administração Pública, no caso, à FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

São espécies do gênero servidor público os servidores públicos em sentido

estrito, que são regidos pelo regime estatutário, e os empregados

públicos, entendidos como tais os contratados pelo regime da Consolidação

das Leis do Trabalho.

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Servidor público, na lição de Celso Antônio Bandeira

de Mello, como se pode depreender da Lei Maior, é a designação genérica

ali utilizada para englobar todos aqueles que mantêm vínculos de trabalho

profissional com as entidades governamentais, integrados em cargos ou

empregos da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, respectivas

autarquias e fundações de Direito Público. Em suma: são os que entretêm

com o Estado e com as pessoas de Direito Público da Administração indireta

relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual sob

vínculo de dependência (in Curso de Direito Administrativo, 15' ed. ,

Malheiros Editora, págs . 230/231) .

A propósito, a Orientação Jurisprudencial Transitória

n° 75 da SBDI-1, na sua atual redação, esboça entendimento de que a parcela

em epígrafe, de fato, é devida aos servidores estaduais celetistas da

Administração Pública direta, das fundações e das autarquias do Estado

de São Paulo, não reconhecendo o direito ao mencionado benefício apenas

aos empregados de sociedade de economia mista e de empresa pública,

submetidas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, nos termos

do artigo 173, § 1°, II, da Constituição Federal.

Eis o teor da citada orientação jurisprudencial:

"PARCELA "SEXTA PARTE". ART. 129 DA CONSTITUIÇÃO

DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXTENSÃO AOS EMPREGADOS

DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA.

INDE VIDA.

A parcela denominada "sexta parte", instituída pelo art. 129 da

Constituição do Estado de São Paulo, é devida apenas aos servidores

estaduais, celetistas e estatutários da Administração Pública direta, das

fundações e das autarquias, conforme disposição contida no art. 124 da

Constituição Estadual, não se estendendo aos empregados de sociedade de

economia mista e de empresa pública, integrantes da Administração Pública

indireta, submetidas ao regime jurídico próprio das empresas privadas, nos

termos do art. 173, § 1°, II, da Constituição Federal." grifei

Constata-se, assim, que o egrégio Tribunal Regional,

ao entender devido o pagamento do adicional "sexta-parte" às reclamantes,

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

servidoras públicas celetistas da Administração Direta, decidiu em

conformidade com a iterativa, notória e atual jurisprudência deste

colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Nesse contexto, não há falar em violação dos

dispositivos constitucionais indicados. Prejudicado, por decorrência,

o exame do dissenso pretoriano. Incidência da Súmula n° 333 e do artigo

896, .5 4°, da CLT.

Não conheço.

2. MÉRITO

2.1. PRÊMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO.

Como corolário do conhecimento do recurso por violação

do artigo 37, X, da Constituição Federal, dou-lhe provimento para excluir

da condenação a integração da parcela "prêmio incentivo" aos salários

das reclamantes.

2.2. ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO.

ARTIGO 129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. SERVIDORES PÚBLICOS

ESTADUAIS.

Conhecido o recurso por contrariedade à Orientação

Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1, corolário lógico é o seu

provimento para restabelecer a r. sentença que julgou improcedente o

pedido de diferenças do adicional por tempo de serviço.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quinta Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo das

reclamantes e conhecer do recurso de revista da reclamada, apenas quanto

aos temas "PRÊMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO" e "ADICIONAL

POR TEMPO DE SERVIÇO. BASE DE CÁLCULO", respectivamente, por violação

do artigo 37, X, da Constituição Federal e por contrariedade à Orientação

Firmado por assinatura digital em 18/04/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055

Jurisprudencial Transitória n° 60 da SBDI-1. No mérito, dar provimento

ao apelo da reclamada para excluir da condenação a integração da parcela

"prêmio incentivo" aos salários das reclamantes e restabelecer a r.

sentença que julgou improcedente o pedido de diferenças do adicional por

tempo de serviço.

Brasília, 17 de abril de 2013. 7

Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)

CAPUTO BASTOS Ministro Relator

Firmado por assinatura digital em 18/04/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055 - FASE ATUAL: ED

ACÓRDÃO (5 a Turma) GMCB/mha/wmf

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO E CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. NÃO PROVIMENTO. Revelam-se incabíveis os embargos de declaração que não objetivem sanar obscuridade, contradição, omissão ou erro material, nos termos dos artigos 535 do CPC e 897-A da CLT. Embargos de declaração a que se nega provimento.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos

de Declaração em Recurso de Revista com Agravo n°

TST-ED-ARR-4400-32.2008.5.02.0055, em que são Embargantes MARCIA BORBA

GIAMPIETRO E OUTRAS e é Embargada FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.

Por meio do v. decisão de fls. 461/476, decidiu esta

colenda Turma dar provimento ao recurso de revista da reclamada para

excluir da condenação a integração da parcela "prêmio incentivo" dos

salários dos autores.

Inconformadas, opõem as reclamantes embargos de

declaração às fls. 478/482.

É o relatório.

VOTO

CONHECIMENTO

Presentes os pressupostos extrínsecos de

admissibilidade recursal, consideradas a tempestividade e a

representação regular, conheço dos embargos de declaração.

MÉRITO

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fls.2

PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055 - FASE ATUAL: ED

As reclamantes alegam nos seus embargos de declaração

que a v. decisão de fls. 461/476 conheceu do recurso de revista da

reclamada por violação do artigo 37, caput, da Constituição Federal.

Porém, em nenhum momento a egrégia Corte Regional assentou tese a

respeito do artigo em epígrafe. Assim, por não ter havido

prequestionamento, esta Colenda Turma teria contrariado as Súmulas n°

282 e 356 do Supremo Tribunal Federal e a Súmula n° 297.

Argumentam que a integração do "prêmio incentivo" nos

3° salários e no terço das férias encontra-se previsto nos artigos 7°,

v11 e XVII, da Constituição Federal, 457 da CLT e na Súmula Vinculante

n° 16 do Supremo Tribunal Federal.

Afirmam que o artigo 39, § 3°, da Constituição Federal

estabelece a aplicação do disposto no artigo 7°, VII e XVII, aos

servidores ocupantes de cargos públicos.

Sustentam que não pode uma lei estadual (Lei n°

8975/94), restringir os direitos do trabalhador contratado pelo regime

da CLT, ante o disposto nos artigos 7°, VII e XVII, da Constituição

Federal e 457, § 1°, da CLT.

Razão, contudo, não lhes assiste.

Inicialmente, registre-se que se revela despiciendo

-9.mitir qualquer manifestação sobre o artigo 37, caput, da Constituição

e.deral, porquanto não houve nenhuma discussão sobre a matéria tratada

no referido dispositivo. A propósito, sequer houve alusão ao mencionado

preceito no v. acórdão embargado; até porque a violação reconhecida no

presente processo foi a do inciso X do artigo 37 da Constituição Federal.

No mais, prestam-se os embargos de declaração a sanar

obscuridade, contradição, omissão ou erro material em sentença ou

acórdão, nos termos dos artigos 535 do CPC e 897-A da CLT.

Na hipótese vertente, não se verifica nenhum dos

vícios relacionados nos citados dispositivos, restando claro que o

objetivo das embargantes é rediscutir questão relativa ao mérito da

decisão que lhes foi desfavorável, não sendo os embargos de declaração

a via adequada para tanto.

Com efeito, esta Colenda Turma, ao examinar o recurso

de revista da reclamada, fundamentou sua decisão de forma clara e

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055 - FASE ATUAL: ED

precisa, fazendo registrar ser incabível a integração da parcela "prêmio

incentivo" aos salários das reclamantes. Amparou-se em Precedentes desta

Corte Superior para reconhecer a violação do artigo 37, X, da

Constituição Federal e reformar o v. acórdão regional que havia entendido

de forma diversa.

Restou consignado na v. decisão embargada:

"Esta colenda Corte possui o entendimento no sentido de que a parcela

"prêmio incentivo", instituída pela Lei Estadual n° 8.975/94, não se

incorpora aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, em face da

expressa previsão contida na legislação que instituiu o referido prêmio.

Nesse sentido, os seguintes precedentes:

"RECURSO DE REVISTA. 1. PRÊMIO INCENTIVO.

INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO. Esta colenda Corte possui o entendimento

no sentido de que a parcela -prêmio-incentivo-, instituída pela Lei Estadual

n° 8.975/94, não se incorpora aos vencimentos ou salários para nenhum

efeito, em face da expressa previsão contida na legislação que instituiu o

referido prêmio. Precedentes. Recurso de revista de que se conhece e a que se

dá provimento. (...)" (RR-389-46.2010.5.15.0113, Relator Ministro:

Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 31/10/2012, 2a

Turma, Data de Publicação: 09/11/2012).

"(...) PRÊMIO INCENTIVO. NATUREZA JURÍDICA. O

entendimento desta Corte é no sentido que a reclamada (autarquia estadual),

por tratar-se de ente público, submete-se ao princípio da legalidade e assim, a

parcela denominada -prêmio incentivo- não se incorpora aos vencimentos ou

salários para nenhum efeito, por expressa previsão legal (art. 4° da Lei

Estadual n° 8.975/94). Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido,

no particular." (RR-121100-36.2009.5.15.0042, Relator Ministro:

Emmanoel Pereira, Data de Julgamento: 30/10/2012, 55 Turma, Data de

Publicação: 09/11/2012).

"(...) RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. PARCELA —PRÊMIO

INCENTIVO-. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO À "(...)

RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. PARCELA —PRÊMIO

INCENTIVO-. NATUREZA JURÍDICA. INTEGRAÇÃO À

REMUNERAÇÃO. Segundo a jurisprudência desta Corte, havendo Firmado por assinatura digital em 23/10/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PROCESSO N° TST-ARR-4400-32.2008.5.02.0055 - FASE ATUAL: ED

expressa disposição na Lei Estadual que criou o prêmio no sentido de que

não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, e sobre

ele não incidirão vantagens de qualquer natureza, não há como considerá-lo

salário. Violado, no aspecto, o art. 37, X, da Constituição da República.

Precedentes. Revista conhecida e provida, no tema. (...)"

(RR-89700-36.2000.5.15.0004, Relator Ministro: Hugo Carlos

Scheuermann, Data de Julgamento 31/10/2012, ia Turma, Data de

Publicação: 09/11/2012).

Ante o exposto, conheço do recurso de revista por afronta ao artigo 37, X, da Constituição Federal." ( f 1 s . 469/470) .

Assim, o inconformismo das reclamantes quanto ao

acórdão embargado não encontra amparo nas hipóteses inseridas nos

artigos 535 do CPC e 897-A da CLT, por não se vislumbrar a existência

de vício ensejador da presente medida, a qual, na hipótese, foi utilizada

pela parte apenas para demonstrar a sua insatisfação com a conclusão do

julgado contrária aos seus interesses.

Ressalta-se que o simples fato de a decisão ter sido

desfavorável à parte não constitui motivo para que oponha embargos de

declaração, os quais não podem ser utilizados com a finalidade de

um novo julgamento de matéria já apreciada, devendo ser

-,ilizado recurso adequado e cabível.

Nego provimento aos embargos de declaração.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quinta Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, negar provimento aos embargos de

declaração.

Brasília, 22 de outubro de 2013.

Firmado por assinatura digital (Lei n° 11.419/2006)

CAPUTO BASTOS Ministro Relator

Firmado por assinatura digital em 23/10/2013 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo N° ED-ARR - 4400-32.2008.5.02.0055

CERTIDÃO

Certifico que, até o dia 26/11/2013, não houve interposição de recurso contra a decisão proferida nestes autos.

Brasília, 4 de dezembro de 2013.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei n° 11.419/2006)

FELIPE GRÜDKA BARROSO TÉCNICO JUDICIÁRIO

m 04/12/2013, pelo(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, FELIPE GRUDKA BARROSO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

Firmado por assinatura eletrônic

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Processo N° ED-ARR - 4400-32.2008.5.02.0055

TERMO DE REMESSA AO TRT

Nesta data, faço a remessa dos presentes autos ao Tribunal Regional do Trabalho, para a, providências cabíveis. •

Brasília, 4 de dezembro de 2013.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei n° 11.419/2006)

FRANCISCO CAMPELLO FILHO Secretário da 5a Turma

Firmado por assinatura eletrônica, em 04/12/2013, pelo(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, FELIPE GRUDKA BÀRROSO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO .

Processo N° ED-ARR - 4400-32.2008.5.02.0055

CERTIDÃO DE ORIGEM DE DOCUMENTO ELETRÔNICO

Certifico, nos termos do § 2° do art. 3° do Ato.Conjunto n° 10/2010 - TST.CSJT, que o presente arquivo foi gerado por esta Corte para remessa eletrônica ao Tribunal Regional do Trabalho.

Brasília, 4 de dezembro de 2013.

Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei n° 11.419/2006)

FRANCISCO CAMPELLO FILHO Secretário da 5' Turma

Firmado por assinatura eletrônica, em 04/12/2013, pelo(a) TÉCNICO JUDICIÁRIO, FELIPE GRUDKA BARROSO, por meio do Sistema de Informações Judiciárias, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

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55a'Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

PROCESSO No 00044003220085020055 AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO) (00044200805502002)

Autor(es) : Marcia Borba Giampietro (+ 3)

Réu(s) : Fazenda do Estado de São Paulo

Despacho : Intimação Apresentar' Cálculos

Opção : Para o(s) Autor(es)

Texto : IntiMação: Apresentar cálculos de liquidação em 10 dias.

Advogado(s):

65444 /SP-D AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

Publicado no D.O.E. em 05/03/2015

Solicitado por Suzete Helena de Carvalho Muniz em 03/03/2015 às 13:31 hs.

Solicitação no ' 4539 Edição no 2997

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Jose >farta Ri6eiro Soares Leonarao Amola 2Kungoz

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 55' VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - SP.

Processo 0004/00-32 2008.5.02.0055 Código 212 Assunto Manifestar sobre despacho

MÁRCIA BORBA GIAMPIETRO + 3, reclamantes já qualificadas nos autos do processo em epígrafe, que movem em face de FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO vêm por seu procurador que esta subscreve, à presença de V. Excelência, em atendimento ao r. despacho de fls.. , para informar e requerer o seguinte:

Inicialmente cumpre informar que a reclamada ainda não cumpriu sua obrigação de fazer, consistente no apostilamento e INCLUSÃO em folha de'pagamento da verba deferida (SEXTA-PARTE), haja vista 'o trânsito em julgado e haver PARCELAS VINCENDAS, sob pena de desobediência e de aplicação de multa pecuniária, já deferida, (art. 461, § 4° do CPC);

Cumpre informar ainda, por oportuno que, a Obrigação de Fazer emerge das parcelas vincendas deferidas, haja vista que os contratos de trabalho das reclamantes encontram-se ainda vigentes;

Assim, a reclamada deve ser intimada para cumprir a Obrigação de Fazer no prazo já

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar — Centro - São Paulo / SP - Cep: 01042-001 Fones— Fax: (011) 32.31-24.79 - 32.31-51.29 — 32.31-28.11 - e-mail: [email protected]

SISDOC - Provimento GP/CR 14/2006 Assinatura Eletr. Documento enviada pela OAB 104546/SP - JOSE MARIA RIBEIRO SOARES -

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ADVocAchei Aírton Camilo Leite Jtiunnoz

Jose Jtcorio Rikiro Soares Leonardo Arns3a Xunnoz

fixado de 30 dias, nos do artigo 632 do CPC, para, somente depois de tal cumprimento, as reclamantes apresentem seus cálculos de liquidação;

Portanto, caso os cálculos sejam apresentado antes de a Fazenda apostilar o decidido consistente na inclusão da verba deferida em folha de pagamento, haverá vários cálculos de liquidação até a efetiva inclusão em folha de pagamento, o que somente causaria tumulto processual, o que é indesejado;

Assim sendo, é esta para requerer desde logo a V. Excelência digne-se de determinar à

reclamada que apostile, bem como INCLUA em folha de pagamento a verba deferida na presente demanda, no prazo já determinado, sob pena de incidir em multa

já fixada, nos termos legais.

Nestes termos, Pede deferimento,

São Paulo, 06 de março de 2015.

José Maria Ribeiro. Soares OAB/SP n° 104.546

Rua Barão de Itapetininga, 297 - 4° Andar -- Centro - São Paula/ SP - Cep: 01042-001 Fones — Fax: (011) 32.31-24.79 - 32.31-51.29 — 32.31-28.11 - e-mail: munhozgadv.oabsp.org.br

SISDOC - Provimento GP/CR 14/2006 Assinatura Eletr. Documento enviado pela OAB 104546/SP - JOSE MARIA RIBEIRO SOARES -

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2' Região 55' Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

Processo n° 44/2008

CONCLUSÃO

Nesta data, faço os presentes autos conclusos à MM. Juíza do Trabalho. São Pálio, 13 de Março de 2015.

Lucas Móreira Melo Analista Judiciário

Fl.367 (protocolo via SISDOC n° 8298043): Com razão o reclamante. Primeiramente, intime-se a reclamada para que cumpra e comprove a obrigação de fazer.

Após a comprovação, intime-se o reclamante para que apresente os cálculos de liquidação no prazo de 10 dias.

São Paulo, data supra.

EDIVÂNIA BIANCHIN PANZAN Juíza do Trabalho

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br. Código do documento: 3391594

Data da assinatura: 13/03/2015, 05:31 PM.Assinado por: EDIVANIA BIANCHIN PANZAN

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, 55a Vara dó Trabalho de São Paulo - Capital

PROCESSO No 00044003220085020055 AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO) (00044200805502002)

Autor(es). : Marcia Borba Giampietro (+ 3)

Réli(s) : Fazenda do Estado de São Paulo

Despacho : Notificação Ciência Despacho

Opção : Para o(s) Autor(es)

Texto : Notificação: Quanto ao despacho proferido: Desnecessário o comparecimento em balcão: despacho inte-gralmente disponível na internet: www.trtsp.jus.br.

Advogado(s):

65444 /SP-D AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

Publicado no D.O.E. em 17/03/2015

Solicitado por Lucas Moreirà Melo em 13/03/2015 às 12:52 hs.

Solicitação 3392 Edição no 3005

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7° SUBPROCURADORIA JUDICIAL

R.CARPROA - Pag. 379- 20/03/2015 -

55a Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

Comprovante de Carga

Processo 00044003220085020055 (00044200805502002)

Volume(s): 1

Autor(es)

Marcia Borba Giampietro Réu(s)

Fazenda do Estado de São Paulo

Nesta data, fiz a entrega do processo, com 369 folhas, a Fazenda do Estado de São Paulo, telefone (0011) 11111111.

São Paulo - Capital , 20/03/2015

Andrea Ferreira Fonseca

Ciente da devolução até 27/03/2015.

Fazenda do Estado de São Paulo - Réu Endereço Rua Pamplona,227

5° ANDAR- Jardim Paulista

CEP São Paulo; SP

Devolvido em

Funcionário

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria do Processo Judicial

ILMO(A) SENHOR(A) PROCURADOR(A) DO ESTADO CHEFE DA 72 SUBPROCURADORIA JUDICIAL

REPRESENTAÇÃO

INTERESSADOS : MARCIA BARBOSA GIAMPIETRO; MARIA ANA DE TORO; RITA MARCIA MEGGIOLARO

PROCESSO JUDICIAL N2 0004400-32.2008.5.02.0055

CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Senhor(a) Procurador(a)-Chefe,

Tendo em vista o trânsito em julgado do presente processo judicial, solicito a expedição de ofício à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, para a elaboração de cálculo e posterior remessa à Secretaria da Saúde, a fim de que esta cumpra a obrigação de fazer determinada pelo Juízo da 552 Vara do Trabalho de São Paulo/SP, consignada na sentença e acórdão cujas cópias seguem neste expediente, consistente na integração na folha de pagamento das reclamantes da vantagem denominada arte com reflexos em férias + 1/3 132 salários e depósitos de FGTS) e erenças do adicional por tempo de serviço, a serem calculadas sobre vencimentos integrais (à exceção do adicional de insalubridade), com reflexos nos 132 salários, feias mais va e FGTS.

Prazo judicial em curso.

Copias em anexo.

À superior apreciação.

São Paulo, 26 de março de 2015.

ANDES urador do siado \

OA SP 301.794

Rua Maria Paula, 67, 11° andar, Bela Vista, São Paulo/SP

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Processo : São Paulo - Capital

Vara: 055 - 00044003220085020055

Distribuído em 11/01/2008

AÇAO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Autor : Marcia Borba Giampietro + 3

Advogado : AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ

Réu : Fazenda do Estado de São Paulo

Solução : Procedência em parte de Ação em 16/05/2008

Data(s) Tramite(s)

16/04/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 17/04/2015 - PROCURADORIA DO ESTADO DE ESTADO DE S

10/04/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

PROCURADORIA DO ESTADO DE ESTADO DE SÃO-Perito/Terceiro

e (0000 ).,

27/03/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 27/03/2015 - Fazenda do Estado de São Paulo

26/03/2015 Protocolo de Petição de Manifestação

Número do Protocolo: 24097

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

20/03/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Fazenda do Estado de São Paulo-Réu

e (0011 )11111111, São Paulo-SP

17/03/2015 Publicação de Notificação Ciência Despacho

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 3005 Sol.N° 3392

06/03/2015

Protocolo de Petição de Manifestação sobre despacho

Número do Protocolo: 8298043

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Nome: Marcia Borba Giampietro

05/03/2015 Publicação de Intimação Apresentar Cálculos

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 2997 Sol.N° 4539

Prazo Judicial 10 Dias.

03/03/2015 Iniciada a liquidação

por cálculos

30/01/2014 Recebimento do TRT de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Recurso Extraordinário sobrestado em 28/05/2012, até decisão

do E.Supremo Tribunal Federal sobre a matéria

26/11/2013 Transito em Julgado

Em: 26/11/13

29/07/2008 Remessa para 2a Instancia de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

RECURSO ORDINARIO PELO RÉU.

21/07/2008 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Data prevista 21/07/2008

JOSE MARIA RIBEIRO SOARES

18/07/2008 Protocolo de Petição de Contrarrazões R.O.

Número do Protocolo: 771825

Nome: Marcia Borba Giampietro

16/07/2008 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

JOSE MARIA RIBEIRO SOARES-OAB 104546/D-SP-Autor

e (0011 )32312811, SÃO PAULO-SP

15/07/2008 Publicação de Intimação Contra-arrazoar R.O.

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 1467 Sol.N° 1180

04/07/2008 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Data prevista 10/07/2008

PROCURADORIA DO ESTADO

01/07/2008 Protocolo de Petição de Recurso Ordinário

Número do Protocolo:

70018 Vencimento: 13/06/2008

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

01/07/2008 Protocolo de Petição de Contrarrazões R.O.

Número do Protocolo: 70017 Vencimento: 08/07/2008

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

27/06/2008 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

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PROCURADORIA DO ESTADO-Ministério Público do Trabalho

e (0001 )1, .-SP

20/06/2008 Expedição de Intimação Contra-Arrazoar R.O.

Doc : 02930/2008

Re1:00001/2008 Envio: EM MÃOS

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

30/05/2008 Protocolo de Petição de Recurso Ordinário

Número do Protocolo: 712115

Nome: Marcia Borba Giampietro

28/05/2008 Publicação de Intimação Ciência Sentença

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 1434 Sol.N° 8489

28/05/2008 Expedição de Intimação Ciência Sentença

Doc : 02489/2008

Re1:00001/2008 Envio: EM MAOS

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

16/05/2008 Procedência em parte de Ação

Juiz(a) : MAURILIO DE PAIVA DIAS

13/05/2008 Protocolo de Petição de Manifestação

Nome: Marcia Borba Giampietro

09/05/2008 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Data prevista 09/05/2008

MARCIA DE OLIVEIRA SOARES SANTOS

09/05/2008 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

MARCIA DE OLIVEIRA SOARES SANTOS-OAB 160137/E-SP-Autor

e (0011 )32315129, SÃO PAULO-SP

08/05/2008 Marcação de Audiência de Julgamento

para: 16/05/2008 / 17:03 - Julgamento

Juiz(a) MAURILIO DE PAIVA DIAS

07/03/2008 Certidão positiva de Mandado de Citação - Audiència

Doc. 262/2008

Oficial de Justica

04/03/2008 Distribuição de Mandado de Citação - Audiência

Doc. 262/2008

Oficial de Justica

22/02/2008 Publicação de Intimação/Citação p/ Audiência

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 1372 Sol.N° 611

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Audiência Una: 08/05/2008 às 12:45 hs.

20/02/2008 Expedição de Mandado de Citação - Audiência

Doc. : 00262/2008 Envio: Oficial de Justiça

20/02/2008 Marcação de Audiência Una

para: 08/05/2008 / 12:45 - Una

20/02/2008 Cancelamento de Audiência Una - RS

de: 08/05/2008/12:45-Una - RS

20/02/2008 Remarcação de Audiência Una - RS

de: 24/09/2008 / 15:00 - Una

para: 08/05/2008 / 12:45 - Una - RS

07/02/2008 Certidão positiva de Intimação/Citação p/ Audiência

Doc. 238/2008

Oficial de Justica

28/01/2008 Distribuição de Intimação/Citação p/ Audiência

Doc. 238/2008

Oficial de Justica

17/01/2008 Expedição de Intimação/Citação p/ Audiência

Doc : 00238/2008

Re1:00001/2008 Envio: OFICIAL DE JUST

Nome: Fazenda do Estado de São Paulo

11/01/2008 Distribuído com marcação de audiência

24/09/2008 / 15:00 - Una

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GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/ DDPE

PROCESSO PJ/ F : PROCESSO N." : INTERESSADO • ASSUNTO

2008.01.1964 00044200805502002-55' VT MARCIA BORBA GIAMPIETRO E 00 OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação:

Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas (com reflexos em férias e no 1/3 de férias, 13° salários e depósitos de FGTS) e, também, sobre diferenças do adicional ior servi o, salvo as eventuais e o adicional de insalubridade.

Fórmula de Cálculo:

• Em função do julgado deverá ser observado que o autor obteve êxito no judiciário, para a própria concessão da sexta-parte bem como o recalculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas, salvo as eventuais e o adicional de insalubridade.

• Quando na Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta-parte sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.

Observações :

• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 10.001 - Sexta-parte e V/D 08.051 - Sexta-parte sobre vencimentos/proventos integrais - Ação Judicial, por parte da Fazenda Estadual.

Deverá ser observado o qüinqüênio prescricional a contar do ajuizamento da ação que deu-se em 11/01/2008 , retroagindo os efeitos a 11/01/2003.

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GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO PJ/F : 2008.01.1964 PROCESSO N." : 00044200805502002-55' VT INTERESSADO • MARCIA BORBA GIAMPIETRO E 00 ASSUNTO OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de Fazer, face a ação movida por: MARCIA BORBA GIAMPIETRO E 00

Juntamos às fls. 55, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado face a manifestação do Procurador da causa às fls. 48, muito embora não constou no presente os termos do artigo 7" do Decreto n.° 28.055.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da Obrigação de Fazer é de competência da Secretaria da Saúde.

Outrossim, cabe esclarecer a necessidade de ser juntado ao respectivo expediente que será direcionado às Secretarias competentes para o cumprimento da Obrigação de Fazer, bem como para SPPREV, cópia da certidão de trânsito em julgado, tudo para atendimento à Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência-SPPREV n° 25/2012 e Instrução n° 01/2002-2 do TCE.

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria Judicial, a fim de que o Procurador da causa se digne conhecer e adotar as medidas cabíveis.

DDP/CIPJ, em 29 de maio de 2015.

ADERVANDO ANTONIO DA SILVA JUNIOR Diretor Técnico de Divisa da Fazenda Estadual

\

A P.J

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria do Processo Judicial

ILMO(A) SENHOR(A) PROCURADOR(A) DO ESTADO CHEFE DA 7@ SUBPROCURADORIA JUDICIAL

URGENTE!!

REPRESENTAÇÃO INTERESSADO : MARCIA BORBA GIAMPIETRO PROCESSO JUDICIAL N12 0004400-32.2008.5.02.0055 CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

Senhor(a) Procurador(a)-Chefe,

Tendo em vista o trânsito em julgado do presente processo judicial, solicito a expedição de ofício à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, a fim de que esta cumpra a obrigação de fazer determinada pelo Juízo da 59 Vara do Trabalho de São Paulo/SP, consistente no apost . em - .11 .!'1111 D'aill D.e. . 9.1' nos vencimentos reclamante.

Por derradeiro, informe-se que a fórmula de cálculo já fora devidamente elaborada pela Secretaria da Fazenda, constando às fls. 55/56 deste expediente.

Prazo judicial em curso: 05 dias.

Copias em anexo.

À superior apreciação.

São Paulo, 16 de junho de 2015.

,$) FÉLIP-E NçA:IvEFE14NANDkS

Pr redor do Estado OAB/SP 301.794

Rua Maria Paula, 67, 11" andar, Bela Vista, São Paulo/SP

1

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região 55° Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

52 E

Processo n° 44/2008

CONCLUSÃO

Nesta data, faço os presentes autos conclusos à MM. Juíza do Trabalho. São Paulo, 2 de Junho de 2015.

Lucas Moreira Melo Analista Judiciário

Considerando o decurso do prazo suplementar, intime-se a ré para que comprove nos autos o cumprimento da obrigação de fazer em 5 dias, sob pena de reputar-se não cumprida, fazendo jus ao autor a multa pelo inadimplemento.

São Paulo, data supra.

EDIVANIA BIANCHIN PANZAN Juíza do Trabalho

Documento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br. Código do documento: 3839355 Data da assinatura: 03/06/2015, 10:09 AM.Assinado por: EDIVANIA BIANCHIN PANZAN

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria

Jurídica da Pasta, apensamos ao processo n° 001/0941/000.097/2015 o

processo n° 001/0001/002.822/2015 .

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA/PROTOCOLO

01/07/2015

ir e Ã1- JOildinfia \Moina fBettoni Diretor-I

CGA/CPEA/PROTOCOLO

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls 60(),,,

N° DO PROCESSO 001/0941/000.097/2015

DATA DE ENTRADA: 07/ 07 /2015

DISTRIBUIDO AO DR(a): Nuhad

EM 07/07/2015_

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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n° 001/0941/000.09712015 (Apenso 001/0001/002.822/2015)

Interessado: MARCIA BORBA GIAMPIETRO

(Reclamação Trabalhista n° 0004400-32.2008.5.02.0055 da 55' Vara do

Trabalho/SP — Banca: 72-E).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 07 de julho de 2015.

NUHAD SAID OLIVER Procuradora do stado Chefe da

Consultoria Jurídica

sb

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G a'

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Felipe Gonçalves Fernandes @ PGE 16/07/2015 11:58

Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE cc:

Assunto: Re: Enc: Cumprimento de Obrigação de Fazer. Marcia Borba Giampietro. Ej

Texto da Mensagem

Prezado Dr. Orlando,

Bom dia.

Compulsando os autos, verificamos o seguinte:

De fato, a sentença de primeira instância concedeu apenas a sexta-parte (com reflexo em férias + 1/3, 13° salários e depósitos de FGTS).

O acórdão do TRT-2 reformou aquela decisão, deferindo, dentre outros pedidos, a alteração da base de cálculo do adicional por tempo de serviço (o que considerou gênero que abrangeria as espécies quinquênio e sexta-parte ), para que fosse considerada essa em sua integralidade (à exceção do adicional de insalubridade).

Ocorre que o TST reformou esse capítulo decisório, julgando improcedentes os pedidos acerca do recálculo dos adicionais por tempo de serviço, os quais, nos termos da decisão do TRT, entendemos englobar sexta-parte e quinquênio.

Dessa forma, concordamos com o entendimento exarado no Notes de V. Sa, de que o apostilamento deverá se referir apenas à sexta parte, mas não ao seu recálculo.

Agradeço a atenção.

Segue em anexo cópia da petição inicial.

Att.,

Felipe Gonçalves Fernandes Procurador do Estado 7a Subprocuradoria Judicial Tel.: 3130-9226

122!

Petição Inicial.pdf

Orlando Delgado Fernandes---15/07/2015 17:26:08---Preza Dr. Felipe Primeiramente devo esclarecer qi

Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE Felipe Gonçalves Fernandes/PGE/BR@PGE, 15/07/2015 17:26 Enc: Cumprimento de Obrigação de Fazer. Marcia Borba Giampietro.

Preza Dr. Felipe

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Primeiramente devo esclarecer que o presente processo deu entrada neste Centro de Legislação de Pessoal no dia 13/07/15.

Para que não restem dúvidas no tocante ao cumprimento, solicito orientação quanto ao ganho estabelecido em juizo.

Verificamos que no PJ/F inexiste a petição inicial do autor, a qual nos é de grande valia para saber os pedidos do autor.

Ao estudar a sentença constatamos a presença de pedidos múltiplos o que deduzimos ser:

a) Prêmio de Incentivo - Improcedente em primeira instância b) Recálculo de ATS (quinquenio) - improcedente primeira instância c) Licença Prêmio - improcedente primeira instância d) Conceção e Recálculo Sexta Parte - decisão em primeira instância defere concessão da Sexta-Parte nos termos do postulado à fls 7 letra "a", o que nos impossibilita de saber se é concessão ou concessão e recálculo

Em segunda instância o TRT reformou a sentença concedendo o Prêmio de Incentivo e recálculo do ATS sobre Vencimentos Integrais.

Porém o TST em recurso de revista, conforme orientação jurisprudencial n° 60 afirma que ATS incide apenas sobre salário base, o que inviabilize o pedido inicial, pois o quinquenio já incide sobre o salário base, além de excluir a condenação do prêmio de incentivo.

O que nos leva tão somente ao ganho na primeira instância.

Segundo consta no PJ/F, a Fazenda assevera a concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, bem como o recálculo da sexta-parte sobre todas as parcelas pagas e também sobre as diferenças do Adicional por Tempo de Serviço, salvo as eventuais e também o adicional de insalubridade.

Sendo assim não sabemos se é correto o que a Fazenda afirma, pois o juiz em sua condenação de concessão de sexta parte sem mencionar o recálculo.

No aguardo.

Att.

Orlando Delgado Fernandes Diretor Técnico II - CLP Secretaria da Saúde

Encaminhado por Orlando Delgado Fernandes/SAUDE BR em 15/0712015 16:32

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Maria Sonia da Silva 15/07/2015 14:54

Para: Orlando Delgado Fernandes/SAUDE/BR@SAUDE cc:

Assunto: Enc: Cumprimento de Obrigação de Fazer. Marcia Borba Giampietro.

Texto da Mensagem

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Encaminhado por Maria Sonia da Silva/SAUDEIBR em 15/07/2015 14:54

Governo do Estado de São Paulo Correio Eletrônico

Nuhad Said Oliver @ PGE 15/07/2015 14:45

Para: Maria Sonia da Silva/SAUDE/BR@SAUDE cc: Felipe Gonçalves Fernandes/PGE/BR@PGE

Assunto: Enc: Cumprimento de Obrigação de Fazer. Marcia Borba Giampietro.

Texto da Mensagem

Prezada,

Encaminho mensagem do d. colega acerca do Processo SS 001.0941.000.097/2015, Att. Nuhad Repassado por Nuhad Said Oliver/PGE/BR em 15/07/2015 14:43

Felipe Gonçalves Fernandes/PGE/BR Para Nuhad Said Oliver/PGE/BR@PGE

13/07/2015 16:21 cc Maria Cecília Fontana Saez/PGE/BR@PGE Assunto Cumprimento de Obrigação de Fazer. Marcia Borba

Giampietro.

Prezada Dra. Nuhad,

Boa tarde.

Envio o presente Notes para arguir acerca do cumprimento da obrigação de fazer enviada via Ofício por esta Subprocuradoria em 16/06/2015.

Seguem abaixo os dados do processo:

INTERESSADO : Marcia Borba Giampietro PROCESSO JUDICIAL N° 0004400-32.2008.5.02.0055

Grato desde já,

Felipe Gonçalves Fernandes Procurador do Estado 7a Subprocuradoria Judicial Tel.: 3130-9226

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ORLA FERNANDES O TÉCNICO II

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

GGP/CLP PROCESSO N°. 001/0941/000.097/2015 (AP N°. 001/0001/002.822/2015)

INTERESSADO: MARCIA BORBA GIAMPIETRO E OUTROS

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo n.° 0004400-

32.2008.5.02.0055 (55' Vara do Trabalho/SP), PJ/F n.° 0097/2015 e AP N.°

001/0001/002.822/2015, em nome MARCIA BORBA GIAMPIETRO E OUTROS, que as interessadas (contracapa) fazem jus a "concessão da sexta-parte dos vencimentos, na forma

do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89 ou a partir de quando

foram completados (20) vinte anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data,

com reflexos no 13° salário, 1/3 constitucional de férias e FGTS, respeitada a prescrição

quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu em 11/01/2008)."

CLP, em 17 de julho de 2015.

JM