PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª. … filezam um procedimento descomplicado e baseado nos princí- ... virtual e disponível na Internet, ... Juizado Especial Federal

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª. REGIÃO

JUSTIÇA FEDERAL NO CEARÁ

GUIA INFORMATIVO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - JEF

FORTALEZA-2011

Tribunal Regional Federal da 5ª RegiãoJustiça Federal no Ceará

Praça Murilo Borges, s/n – Bairro Centro60.350-210 - Fortaleza-CEFone: xx(85) 3521.2662

E-mail: [email protected]

Diretores do ForoJuiz Federal José Parente Pinheiro

Juiz Federal Leonardo Resende Martins

Vice-Diretores do ForoJuíza Federal Karla de Almeida Miranda Maia

Juiz Federal George Marmelstein Lima

Coordenação Geral do ProjetoNúcleo Seccional da ESMAFE-CE

Juíza Germana de Oliveira Moraes - DiretoraJuiz Alcides Saldanha Lima – Vice-Diretor

Comissão ExecutivaDavid Pereira Cruz

Gisele Peixoto Bezerra LimaMarta Elizabeth Sousa e Silva

Projeto Gráfico e Editoração EletrônicaGráfica Ronda

IlustraçõesNúcleo Seccional da ESMAFE 5ª no Ceará

Seção de Comunicação Social

Texto ColetivoEugênia Barbosa Coelho

Francisco Werbster Braga FeitosaGabriella Carvalho Costa

Karine Lopes DuarteMaria Tereza Almeida Bezerra

Revisão Maria Goretti de Lavor Moreira

ApoioSeção de Treinamento e Desenvolvimento

Seção de Comunicação Social

AgradecimentosSTJ - Projeto Museu-Escola

César MorelJuiz de Direito – Estado do Ceará

5

GUIA INFORMATIVO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

SUMÁRIO

1. O que são os Juizados Especiais Federais - JEF e quais seus objetivos? 04

2. Competência cível dos Juizados Especiais Federais - JEF ................................ 09

3. Causas que não tramitam perante os JEF ............................................... 15

4. Como entrar com uma ação nos Juizados Especiais Federais – JEF? ....... 15

5. Como se dá o andamento dos processos nos Juizados Especiais Federais - JEF? ..............................................................................................

16

6. E se alguma das partes não se conformar com a sentença? Ela pode recorrer? .....................................................................................................

17

7. Do pagamento de custas, taxas ou despesas no JEF................................ 18

8. Localização dos Juizados Especiais Federais ........................................... 20

9. Localização dos postos avançados dos JEF ............................................. 21

10. Telefones úteis......................................................................................... 21

11. Glossário........................................................................................................... 22

Os Juizados Especiais Federais - JEF são unidades judici-árias especializadas criadas pela Lei nº 10.259/2001, competen-tes para processar e julgar as causas de menor complexidade, com valor da causa (ação) igual ou inferior a 60 (sessenta) sa-lários mínimos, que tenham como parte ré (contrária) a União, suas autarquias, fundações e empresas públicas. Os JEF utili-zam um procedimento descomplicado e baseado nos princí-pios da oralidade, simplicidade e informalidade.

Nos JEF o processo tramita (passar de uma fase a outra) através do sistema informatizado de processos da 5ª Região, especialmente desenvolvido para este fim, denominado Siste-ma CRETA, o qual funciona dentro de um ambiente totalmente virtual e disponível na Internet, através da página www.jfce.jus.br, com a eliminação total do uso do papel para registro de qualquer dado ou informação e sem nenhuma movimentação física de processo.

Todos os atos, petições, documentos e peças processu-ais são armazenados eletronicamente no sistema CRETA.

www.jfce.jus.br/serviços/sistema do Juizado Virtual/Creta Ceará

O objetivo principal dos Juizados Especiais Federais - JEF é propor-cionar uma maior rapi-dez, eficiência e eficácia ao processo judicial, com a redução dos custos e a ampliação do efetivo acesso à Justiça a todos os cidadãos.

1. O QUE SÃO OS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - JEF E QUAIS SEUS OBJETIVOS?

6 7

GUIA INFORMATIVO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS GUIA INFORMATIVO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Juizados Especiais Federais - 13ª e 14ª Varas - Aldeota - Fortaleza

Juizado Especial Federal - 21ª Vara - UNIFOR - Fortaleza

Juizado Especial Federal - 26ª Vara - Fortaleza

Juizado Especial Federal - 15ª Vara - Limoeiro do Norte

Juizado Especial Federal - 17ª Vara - Juazeiro do Norte

8 9


Juizado Especial Federal - 19ª Vara - Sobral

Juizado Especial Federal - 22ª Vara - Crateús (sede provisória)

Juizado Especial Federal - 23ª Vara - Quixadá

Juizado Especial Federal - 24ª Vara - Tauá

Juizado Especial Federal - 25ª Vara - Iguatu

10 11


2. COMPETÊNCIA CÍVEL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - JEF

2.1. QUE AÇÕES PODEM SER PROCESSADAS E JULGADAS NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - JEF?

Nos JEF são processadas e julgadas ações contra a União e suas empresas públicas (Caixa Econômica Federal, Correios, p.ex), autar-quias (INSS, IBAMA, INCRA, UFC, p.ex ) e fundações (FUNASA, p.ex), desde que o valor da causa seja igual ou inferior a 60(sessenta) salários mínimos.

Se o valor da causa ultrapassar 60 salários mínimos, a compe-tência será da Justiça Federal Comum, salvo se, na petição inicial houver renúncia ao excedente e desde que a soma das 12 parcelas vincendas (que ainda irão vencer), não supere o limite mencionado.

2.2. Causas mais comuns nos Juizados Especiais Federais - JEF

2.2.1 PREVIDENCIÁRIAS - causas contra o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

a) Concessão ou restabelecimento dos seguintes benefícios:

• Auxílio-Doença: para a concessão do auxílio-doença faz-se ne-cessário que a parte autora demonstre incapacidade provisória para o trabalho ou atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, bem como preencha o período de carência (número de contribuições mensais necessárias para que se tenha direito a um benefício previden-ciário) consistente em doze contribuições, salvo nos casos de:

• acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho);• doença profissional ou do trabalho; e • doença grave, assim identificada nas listas do Ministério da Saúde e da Previdência Social.

Em relação aos segurados especiais (trabalhador rural), deverá

ser comprovado o exercício de atividade rural no período ante-rior ao requerimento do benefí-cio, igual ao número de meses de carência acima mencionado.

• Pensão por Morte: é o benefício devido aos dependentes (marido ou mulher; companheira ou companheiro; filho menor de 21 anos; filho inválido, p.ex.) em razão do falecimento do segurado (aquele que paga contribuição ao Regime Geral de Previdência So-cial - RGPS; aquele que paga con-tribuição ao INSS).

É necessário que na data do óbito esteja presente a Qua-lidade de Segurado (que o traba-lhador estivesse contribuindo), salvo se houvesse preenchido os requisitos para obtenção de uma aposenta-doria ou se por meio de perícia médica ficas-se reconhecida a existência de incapacidade dentro do “período de graça” (período em que, mesmo sem contribuir, o trabalhador continua vinculado ao RGPS. Pode ser de 12, 24 ou até 36 meses).

Ao ajuizar (dar entrada) a ação, a parte autora deverá apresentar os docu-mentos que comprovem sua qualidade de dependente (p.ex: certidão de nascimento; certidão de casamento; documentos que demonstrem a existência de união estável; atestados médicos) e a qualidade de segura-da da pessoa falecida (p.ex: carteira de tra-balho; comprovantes de recolhimento das contribuições previdenciárias; documentos que demonstrem o exercício de atividade rural).

MUTIRÃO DOS JUIZADOS

12 13


• Auxílio-Reclusão: benefício conce-dido aos dependentes do segurado preso, durante o tempo em que estiver recolhido sob regime semi-aberto ou fechado e desde que seu último salário de contribuição (re-muneração; salário do trabalhador) tenha sido igual ou inferior a R$ 862,11. Além dis-so, o segurado preso não poderá estar re-cebendo remuneração da empresa na qual trabalhava, nem em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência.

Para que o interessado ingresse com o pedido nos JEF, deverá comprovar a qua-lidade de segurado do preso; seu último salário de contribuição; a qualidade de de-pendente e o documento que comprove o efetivo recolhimento à prisão, emitido por autoridade competente, além dos demais documentos necessários para dar entrada em qualquer ação, tais como RG e CPF.

• Salário-Maternidade: é devido a to-das as seguradas mulheres, inclusive às mães adotivas, por ocasião do parto, até mesmo o natimorto (que nasce morto), aborto não cri-minoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.

Para a sua concessão é exigida a ca-rência de 10 meses de contribuição para as seguradas contribuinte individual, facultativa e especial.

No caso das seguradas especiais, exi-ge-se a comprovação de exercício de ativida-de rural pelo período de 10 meses.

Não se exige carência para as segura-das empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas (trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta ser-

Semana da CONCILIAÇÃO

viço de natureza urbana ou rural, sem víncu-lo empregatício, a diversas empresas).

No caso de abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), será pago o salário-maternida-de por duas semanas.

• Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-LOAS será devi-do ao idoso, maior de 65 anos, e à pessoa com deficiência que não tiver meios de se sustentar e nem de ser sustentado por sua família.

Idoso - para a sua concessão, a par-te autora deverá comprovar que possui 65 anos de idade ou mais, que não recebe ne-nhum benefício previdenciário, ou de outro regime de previdência e que a renda mensal familiar per capita (por pessoa da família) seja inferior a ¼ do salário mínimo vigente.

Pessoa com deficiência - para a sua concessão, a parte autora deverá comprovar que a renda mensal do grupo familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo, deverá também ser avaliado se a sua defici-ência o incapacita para a vida independente e para o trabalho, e esta avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Pericia Médica do INSS.

Em alguns casos excepcionais, pode acontecer do benefício ser concedido, mes-mo que o limite da renda per capita seja maior que ¼ do salário mínimo.

• Aposentadoria por idade: o benefí-

cio de aposentadoria por idade é destinado ao segurado urbano que comprovar: a) o im-plemento da idade de 65 (sessenta e cinco) anos, se homem, e de 60 (sessenta) anos, se mulher; b) o cumprimento do período de ca-rência, consistente em 180 (cento e oitenta) contribuições, em regra, exceto nos casos dos segurados que já eram filiados ao siste-ma previdenciário até 24.07.1991, quando então o número de contribuições corres-pondentes à carência será inferior a 180.

Para conquistar o direito à aposenta-doria, no valor de um salário mínimo, inde-pendentemente de qualquer contribuição à Previdência Social, o trabalhador rural deve comprovar que tem a idade mínima de 55 (cinqüenta e cinco) anos, se mulher e 60 anos, se homem, e o exercício de ativida-de rural, ainda que descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do respectivo benefício, em número de meses idêntico à carência estampada na tabela do art. 142 da Lei 8.213/91 (para conhecer a lei na íntegra, acessar o site www.planalto.gov.br).

• Aposentadoria por Tempo de Con-tribuição: pode ser integral ou proporcional.

No caso da aposentadoria por tem-po de contribuição com valor integral, o tra-balhador deverá comprovar, no mínimo, 35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos, se mulher, independentemente da idade.

Por sua vez, para ter direito à apo-sentadoria proporcional o segurado deverá

14 15


preencher os seguinte requisitos:

• idade: 53 anos para o homem; 48 anos para a mulher;

• tempo de contribuição: 30 anos, se homem, e 25 anos, se mulher; e

• um período adicional de contribui-ção equivalente a, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de 30 anos (se homem) ou de 25 anos (se mulher).

• Aposentadoria Especial: é uma es-pécie de aposentadoria por tempo de servi-ço, para a qual o segurado deve trabalhar em local onde fique exposto a agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos, capazes de ocasionar danos à saúde ou à integridade física, em razão de sua natureza, concentra-ção, intensidade e exposição (p.ex: a pessoa que trabalha sujeita a ruído além dos limites normais ou o segurado que trabalha exposto a explosivos).

O trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, a efetiva expo-sição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudi-ciais, pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos), na forma da legislação da época do serviço prestado.

• Aposentadoria por invalidez: será devida ao segurado, que for considerado incapaz e sem condições de ser reabilitado

para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência (art. 42 da Lei nº 8.213/91), uma vez cumprida, quando for o caso, a ca-rência exigida (12 contribuições). Indispen-sável, portanto, a comprovação da incapaci-dade para o trabalho e a impossibilidade de reabilitação.

Não será exigida a carência de 12 contribuições quando a incapacidade for de-corrente de acidente de qualquer natureza, doença profissional ou doença grave, assim identificada nas listas do Ministério da Saúde e da Previdência Social.

Além dos benefícios mencionados, também poderão ser ajuizados pedidos de concessão ou restabelecimento de auxílio--acidente (desde que a causa da incapacida-de não seja decorrente de acidente de traba-lho) e salário-família.

b) Outras Causas Previdenciárias

• Revisão do valor de benefícios já concedidos, quando houve algum erro quanto à data de início, ao tempo de serviço considerado, aos índices de correção e rea-justes aplicados, aos salários de contribuição computados, ao percentual de cálculo utili-zado ou ao teto adotado;

• Reconhecimento de tempo de ser-viço rural em regime de economia familiar, tempo reconhecido em reclamatória traba-lhista e anotado na carteira de trabalho ou pago mediante carnê e não computado pelo INSS;

ATENÇÃO!

Em regra, a parte autora deve demonstrar que reque-reu ao INSS, a concessão, o restabelecimento ou a revi-são do benefício e que esse pedido foi negado. Só então poderá ingressar com a ação no Juizado Especial Federal--JEF.

A medida visa evitar que se iguale o Judiciário a um Posto de Atendimento do INSS e, por via de conse-qüência, substituir a natural atividade administrativa atri-buída a essa autarquia pre-videnciária pela direta inter-venção da Justiça, sem que tenha havido qualquer nega-tiva à concessão ou revisão do benefício.

2.2.2. Causas NÃO PREVIDENCIÁRIAS

As mais comuns são as causas en-volvendo servidores públicos federais, tais como: saldos de contas de FGTS e de PIS; impostos federais; indenizações devidas pela União, autarquias federais, fundações federais, empresas públicas federais; contra-tos bancários da Caixa Econômica Federal; crédito educativo ou Programa de Financia-mento Estudantil - FIES, dentre outras ques-tões.

2.2.3. JUIZADOS ESPECIAIS FEDE-RAIS CRIMINAIS

O Art. 2º da Lei 10.259/01 estabele-ceu a atribuição do Juizado Especial Federal Criminal para processar e julgar os feitos de

• Conversão de tempo de serviço es-pecial trabalhado em condições prejudiciais à saúde;

• Ordem para a expedição de certi-dão de tempo de contribuição;

• Contagem recíproca do tempo de contribuição no Regime Público de Previdên-cia Social.

Maiores esclarecimentos sobre os benefícios previdenciários podem ser obti-dos na página do Ministério da Previdência Social:

http://www.previdencia.gov.br.

16 17


3. CAUSAS QUE NÃO TRAMITAM PE-RANTE OS JEF

Algumas ações judiciais são excluí-das da competência dos JEF. Primeiramente, em razão do valor da causa, o qual não pode ultrapassar 60 vezes o valor do salário mí-nimo vigente (atual), bem como em virtude da complexidade do assunto ou mesmo da incompatibilidade com os procedimentos e princípios dos Juizados Especiais, conforme exemplos abaixo especificados:

1 - Valor da causa superior a 60 salá-rios mínimos;

2 - Causas que envolvem direitos dos índios;

3 - Causas em que o Juiz determina o pagamento de um valor em dinheiro à pes-soa que perdeu sua casa ou terreno para fins de construção de avenidas, pontes, prédios públicos, etc.;

4 - Causas que envolvem Direito de Família (separação judicial, divórcio, pensão alimentícia, investigação de paternidade, união estável, curatela, etc.). Nesses casos a pessoa deve procurar a Defensoria Pública do Estado;

5 - Causas contra o Banco do Brasil e bancos particulares. Nesses casos a pessoa deve procurar a unidade de Juizado Especial do Estado mais próxima de sua residência;

6 - Causas que envolvem relações e direitos trabalhistas. Nesse caso procurar a Delegacia Regional do Trabalho.

7 - Causas que envolvem acidentes de trabalho. Nesse caso deve-se procurar a Defensoria Pública do Estado.

8 - Causas contra particulares (con-flitos entre vizinhos, e outras questões par-ticulares). Nesse caso deve-se procurar a unidade de Juizado Especial do Estado mais próxima de sua residência.

4. COMO ENTRAR COM UMA AÇÃO NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS - JEF?

O próprio cidadão pode entrar com ação nos Juizados Especiais Federais, sem necessidade de contratar um advogado.

Inicialmente, o cidadão deve compa-recer ao JEF, dirigir-se ao Setor de Atermação e informar ao servidor que o atendeu qual a natureza do seu pedido, explicando qual a providência que ele quer com a ação. O servidor vai analisar esse pedido e verificar se a ação pode ser ajuizada nos JEF. Depois disso, o atendente vai “reduzir a termo” (co-locar no Sistema Creta as demandas e recla-

competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo (p.ex: moeda falsa recebida de boa-fé – Art. 289, § 2º do Código Penal; uso de papéis públicos falsificados recebidos de boa-fé - Art. 293, § 4º do Código Penal; certidão ou atestado ideologicamente falso - Art. 301 do Código Penal; falsidade de atestado médico - Art. 302 do Código Penal).

No caso da Justiça Federal do Ceará, essa competência é atribuída às Varas Fede-rais Criminais, não existindo Juizados Espe-ciais Federais Criminais.

mações narradas pelos cidadãos) o pedido do cidadão.

Na ocasião, o cidadão deve fornecer carteira de identidade, CPF e comprovante de endereço, bem como outros documen-tos que tenham relação com o processo tais como, cópia de documentos administrati-vos, de contrato, de demonstrativo de cálcu-lo, de PIS, de orçamentos, de notas fiscais, de contracheques, de atestados, de boletins de ocorrência ou perícia, da carta de con-cessão.

Todos os documentos trazidos pela parte são escaneados (digitalizados; copia-dos) e gravados no banco de dados da Justi-ça Federal, com a devolução dos originais. É o começo do processo.

Caso queira, o cidadão também po-derá dirigir-se diretamente aos serviços de atendimento da Defensoria Pública da União ou ainda procurar um advogado particular.

Na primeira fase do processo - desde quando a pessoa entra com o seu pedido até o julgamento pelo juiz – não se paga abso-lutamente nada; apenas se a pessoa entrar com recurso contra a sentença, poderá ha-ver despesas processuais. Nesse caso, quem não puder pagar pode solicitar ao juiz o be-nefício da assistência judiciária gratuita e, se concedida, o solicitante não terá nenhuma despesa.

5. COMO SE DÁ O ANDAMENTO DOS PROCESSOS NOS JUIZADOS ESPE-CIAIS FEDERAIS - JEF?

Hoje em dia, os processos nos JEF são todos virtuais e movimentados através do sistema informatizado CRETA. Assim, não há papel ou necessidade de ajuizamento de petições fisicamente.

Deste modo, a partir de qualquer computador, os advogados ou as partes po-dem consultar os dados de seus processos através da internet, no site da Justiça Federal no Ceará: www.jfce.jus.br, na página corres-pondente à consulta processual.

5.1. Principais fases do processo

a) Entrega da petição inicial e do-cumentos: Apresentando-se ao Setor de Atermação dos JEF, com ou sem advogado, ou ainda, através da Defensoria Pública da União, a parte autora relata o seu caso em um documento, chamado de Petição Inicial, dirigindo o seu pedido a um juiz. Em segui-da, a petição, juntamente com os documen-tos que comprovem o direito do autor, é dis-tribuída a um dos JEF competentes.

b) Defesa da parte contrária: a par-te ré (a parte contrária do processo, contra quem a parte autora formula o seu pedido. O INSS, p.ex.) será chamada para apresentar sua defesa, denominada Contestação, sobre os fatos narrados pelo autor.

18 19


c) Audiência: Dependendo do tipo de ação, será marcada uma audiência. Nes-sa ocasião, poderá haver uma proposta de acordo, que se for aceita, o juiz poderá dar uma decisão judicial imediatamente, apenas confirmando os termos da conciliação. Caso não seja aceita, o processo segue normal-mente. Dependendo do caso, poderá haver intimação das partes e testemunhas, para prestarem depoimento perante o juiz ou po-derá haver a designação de perícia médica.

d) Perícia Médica: o médico-perito será nomeado pelo juiz que conduz o pro-cesso e examinará o autor da ação, a fim de responder a uma relação de perguntas for-muladas pelo juízo. As partes também po-derão fornecer perguntas por escrito e, tanto o autor quanto o réu, poderão requerer que o exame seja acompanhado por um médico assistente de sua confiança. Os honorários do perito serão pagos pela Justiça Federal.

e) Sentença: é o momento em que o juiz decidirá se o autor tem direito ou não a obter o que pediu.

f) Pagamento: Caso a ação seja con-siderada procedente (quando a sentença do juiz reconhece o pedido do autor) e não ha-vendo recurso, haverá o Trânsito em Julgado (significa que não há mais como modificar a decisão, está encerrado o processo) e será autorizado o pagamento à parte autora. Se o valor for de até 60 (sessenta) salários mí-nimos, a ordem de pagamento será efetua-da em aproximadamente 60 (sessenta) dias. Se ultrapassar esse valor, o pagamento será

realizado através de precatório. Nesse caso, poderá ser pago em até 02 (dois) anos.

6. MAS, E SE ALGUMA DAS PARTES NÃO SE CONFORMAR COM A SENTENÇA? ELA PODE RECORRER?

Se uma das partes não ficar satisfeita com a decisão final do juiz, ela tem o direito de recorrer e ver seu pedido analisado por outros juízes. Porém, se o autor não estiver acompanhado de um defensor público da união ou de um advogado, deverá nomear um profissional da área, pois a lei não per-mite que ele recorra sem ajuda especializa-da. Eis os recursos possíveis no âmbito dos Juizados Especiais Federais:

6.1. Recurso Inominado

Neste caso, a parte entra com o re-curso no próprio JEF, que o encaminhará para uma das Turmas Recursais. A Turma Recursal é formada por 03 (três) juízes que irão, em conjunto, analisar o recurso inter-posto. Aqui no Ceará, há 02 (duas) Turmas Recursais, as quais recebem os recursos de todas das varas federais do Estado.

6.2 Pedido de Uniformização de Ju-risprudência – Turma Regional de Uniformi-zação de Jurisprudência da 5ª Região

Esse tipo de recurso é utilizado quan-do as Turmas Recursais estiverem decidin-do, de forma diferente, o mesmo assunto, dentro da mesma região. Assim, o recorren-

te busca uma unidade de entendimento, de modo que os juízes cheguem a um consen-so sobre determinado assunto, a fim de que o resultado seja favorável. O pedido deve ser protocolado na Turma Recursal, o qual será posteriormente encaminhado à Turma Regional de Uniformização no Tribunal.

6.3 Turma Nacional de Uniformização

Se a divergência de decisões for entre Turmas de outras Regiões (p. ex.: as Turmas Recursais do Estado de São Paulo, que per-tencem à 3ª Região, e as do Estado do Ceará, que pertencem à 5ª Região) ou a decisão for contrária à Súmula (entendimento pacifica-do pelos Tribunais Superiores em relação a matérias frequentes), ou jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça - STJ, caberá o pedido de uniformização diri-gido à Turma Nacional de Uniformização, no Conselho da Justiça Federal - CJF, localizado em Brasília.

6.4 Recurso Extraordinário

O recurso extraordinário somente é cabível quando a decisão contrariar disposi-ções da nossa Constituição Federal. Assim, o recurso extraordinário pode ser interpos-to das decisões das Turmas Recursais ou da Turma Regional de Uniformização, e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte de Justiça do país.

7. DO PAGAMENTO DE CUSTAS, TAXAS OU DESPESAS NO JUIZADO ESPE-CIAL FEDERAL .

A Lei nº 10.259, de 12 de julho de 2001, que instituiu os Juizados Especiais Cí-veis e Criminais da Justiça Federal, determi-nou (Art. 1º) que, no que não conflitar com a referida norma, a eles se aplica o disposto na Lei nº 9.099/95.

Por sua vez, a Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Estadual, fixou que “O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas.” (Art. 54).

Sendo assim, no ato da propositura de ação perante o Juizado Especial Federal, a parte autora ficará isenta do pagamento de custas, e, durante a tramitação do processo em primeiro grau de jurisdição, não arcará com pagamento de taxas ou despesas.

Em resumo: nos processos de com-petência dos JEF, não são devidas custas no ajuizamento da ação. Todavia, caso a parte autora interponha recurso segundo a regra do Art. 41, da Lei n. 9.099/95, ficará sujeita ao respectivo preparo (Art. 42, § 1º, e 54, ambos da mencionada Lei), salvo se provar insuficiência de recursos ou se for beneficiá-ria da assistência judiciária gratuita, nos ter-mos do Art. 4º, II, da Lei n. 9.289/96.

Ressalte-se que o preparo do recur-so terá como base de cálculo apenas o valor atribuído à causa, consoante a Tabela I, a,

20 21


da Lei nº 9.289/96, e o Manual de Orienta-ção de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução nº 134, de 21/12/2010, do Conselho da Justiça Federal.

Para Fixar:

1) Pagam-se custas processuais quando se propõe ação no Juizado Especial Federal?

Não. A Lei nº 10.259/2001 (Art. 1º), c/c a Lei nº 9.099/95 (Art. 54), isenta a parte autora do pagamento de custas.

2) Pagam-se taxas ou despesas du-rante a tramitação do processo em primeiro grau de jurisdição?

Não. A Lei nº 10.259/2001 (Art. 1º), c/c a Lei nº 9.099/95 (Art. 54), isenta a parte autora do pagamento de taxas ou despesas.

3) Em que situação a parte autora pa-gará custas?

No caso da parte autora entrar com recurso contra sentença que julgou total ou parcialmente improcedente(s) o(s) pedido(s) formulado(s) na ação, salvo se beneficiária da justiça gratuita, ou beneficiária da assis-tência judiciária gratuita, nos termos do Art. 4º, II, da Lei nº 9.289/96.

4) Para apresentar resposta a recurso (contrarrazões), a parte autora precisa pagar alguma coisa na Justiça?

Não.

OBSERVAÇÕES

I) todas as Leis citadas po-dem ser encontradas no ende-reço eletrônico ‘www.planalto.gov.br’;

II) o Manual de Orientação de Procedimentos para os Cál-culos na Justiça Federal pode ser encontrado no endereço eletrônico ‘www.jf.jus.br/cjf’.

5) O que a parte autora deve fazer para, qualquer que seja a situação, não pagar custas ou despesas do processo nos JEF?

Deverá pedir ao Juiz a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, me-diante simples afirmação, na própria petição ini-cial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advoga-do, sem prejuízo próprio ou de sua família (Art. 4º, da Lei n. 1.060/50).

Varas de Juizados Especiais Federais localizadas no INTERIOR

15ª VARA Rua Serafim Chaves, 525Limoeiro do Norte-CE.Telefones: (88) 3423-3521 - Ramal 209

17 ª VARA Rua Arnóbio Barcelar Caneca, 860Lagoa Seca, Juazeiro do Norte-CE.Telefones: (88) 3571-1331

19ª VARA Avenida Dr. Guarany, 608, Derby ClubeSobral-CE.Telefones: (88) 3611-4333

22ª VARA Rua D. Pedro II, 673, CentroCrateús-CE.Telefones: (88) 3691-2356 / 2448

23ª VARA Rua José Jucá, 75, Centro - Quixadá-CE.Telefones: (88) 3412-0288

24ª VARA Avenida Chermont Alves de Oliveira, 745, Sebastião César Rego - Tauá-CE.Telefones: (88) 3437-2008

25ª VARA Rua 25 de Março, s/n, Paraná - Iguatu/CE.Telefones: (88) 3581-2708

8. LOCALIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPE-CIAIS FEDERAIS

Varas de Juizados Especiais Federais localizadas em FORTALEZA

13ª VARARua João Carvalho, 485Aldeota, CEP: 60140-140Fortaleza-CE Telefones: 3391-5802 / 5803 / 5832

14ª VARA Rua João Carvalho, 485Aldeota, CEP: 60140-140Fortaleza-CE Telefones: 3391-5847 / 5848 / 5849

21ª VARAUNIFOR: Avenida Washington Soares, 1321Bairro Edson QueirozFortaleza-CETelefones: 3278-5362; 3278-2414

26ª VARAPraça Murilo Borges, s/n – Centro (antigo Prédio do Banco do Nordeste)CEP: 60035-210Fortaleza-CE Telefones: 3521.2653 /2652

22 23


09. LOCALIZAÇÃO DOS POSTOS AVANÇADOS DOS JUIZADOS ESPECIAIS-FEDERAIS

POSTO DE ATENDIMENTO DO CENTRO COMUNITÁRIO TANCREDO NEVES

Rua da Copaíba, 39 Bairro Tancredo NevesHORÁRIO:Segunda à quinta-feira: 13h às 17h Sexta-feira: 08h às 12hTelefones: (85) 3101-2081 e 3101.1797 (Defensoria Pública)

POSTO DE ATENDIMENTO DA CASA DO CIDADÃO DO SHOPPING DIOGO

Rua Barão do Rio do Branco, 1006Bairro CentroHORÁRIO:Segunda à Sexta-feira: 08h às 15hTelefones: (85) 3217-7843

POSTO DE ATENDIMENTO DE AQUIRAZCidade de Aquiraz Rua Nossa Senhora de Lourdes, S/NBairro Gruta - Aquiraz-CE - BrasilHORÁRIO:Segunda à Sexta-feira: 07:30h às 12h e das 13h às 17hTelefones: (85) 3361.1824 (Dina Lara)

POSTO DE ATENDIMENTO DE GUARAMIRANGA

Cidade de GuaramirangaAv. Joaquim Alves Nogueira, 547Bairro Centro - Guaramiranga-CE - BrasilHORÁRIO:Segunda à Sexta-feira: 09h às 18hTelefones: (85) 8712-8545 (Roberlândia)

10. TELEFONES ÚTEIS

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (DPU) NO CEARÁRua Costa Barros, nº 1227 – CentroCEP: 60.160-208 – Fortaleza-CEE-mail: [email protected] Fone: (0xx85)3219 0052Fax: (0xx85)3219 1118

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALRua João Brigido, 1260Joaquim Távora - CEP 60135-080Fone (85) 3266.7300 / 7457

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIALRua Pedro Pereira, 383 Centro - CEP 60.035-000Fone (85) 3255.7449

11. GLOSSÁRIO

Informalidade: dispensa de requisitos formais, sempre que não prejudicar o andamento processual.

Oralidade: possibilidade de se comunicar ver-balmente e apresentar seu pedido ao Juiz sem depen-der de documento escrito.

Petições: São os documentos escritos, tais como pedidos e requerimentos, dos quais as partes se utilizam para dirigir-se ao juiz que está analisando o seu processo.

Simplicidade: ausência de atos ou documentos complexos.

Sistema CRETA: sistema informatizado de pro-cessos utilizado pelos Juizados Especiais Federais Vir-tuais da 5ª Região, a qual compreende os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Ala-goas e Sergipe.

24

GUIA INFORMATIVO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

ANOTE AQUI AS SUAS PRINCIPAIS DÚVIDAS.

Palavras:

Palavras:

Palavras:

Palavras:

Palavras:

Documents

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª. … filezam um procedimento descomplicado e baseado nos princí- ... virtual e disponível na Internet, ... Juizado Especial Federal