Questão 1:

Poderes administrativos descrevem os instrumentos e a forma como a

administração pública é estruturada para poder exercer suas atividades. Eles descrevem

como a organização deve ser realizada (poder hierárquico e poder disciplinar), sua

origem normativa (poder regulamentar), como é aplicada sobre as pessoas (poder de

polícia) e qual a liberdade de ação (poder vinculado e poder discricionário).

Poder hierárquico é o poder administrativo na qual existe uma relação de

subordinação entre os órgãos e agentes da administração pública. O superior hierárquico

possui o poder de determinar, delegar, revisar e controlar aqueles que lhe são

subordinados. Poder disciplinar é aquele que possui a autoridade para aplicar

penalidades às infrações funcionais administrativas de seus servidores e das demais

pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A Administração é

obrigada a punir uma infração, sob pena de cometer improbidade administrativa. Poder

regulamentar é o poder do Executivo para expedir decretos e atos normativos. Poder de

polícia é a atividade que regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de

interesse público. Poder discricionário é a prática dos atos administrativos de forma

conveniente desde que dentro dos limites da lei. Poder vinculado é a prática dos atos

administrativos exatamente de acordo com a lei, onde a legislação não dá possibilidade

de mínima alteração na execução da lei e nem opções de como agir. A lei é, assim, a

única ação que pode ser feita.

O poder administrativo deve estar em conformidade formal com a lei e o

interesse público. Ocorre abuso de poder quando a autoridade extrapola os limites de

sua função ou se desvia das finalidades administrativas. O abuso de poder se caracteriza

em dois tipos: excesso de poder, quando a autoridade vai além do que lhe permite a lei;

e desvio de finalidade, quando a autoridade pratica ações com objetivo diverso daquele

exigido pela lei.

Questão 2:

Eu comentei sobre o LIMPE na tarefa da semana passada, pois tais princípios

vieram à minha mente com a proposta da questão de ética no serviço público.

O princípio que mais me chama a atenção é a impessoalidade. Existe uma

cultura no brasil de favorecimento muito forte. Seja pessoa da família, seja amigo, seja

por troca de favores, ou seja em benefício próprio. Infelizmente, parece que a exceção é

justamente quando um agente público não utiliza do seu cargo para beneficiar outra

pessoa. Essa cultura deveria mudar o quanto antes, pois beneficia apenas uma pessoa

(ou um grupo) em detrimento de toda a população.