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POESIAPROSAEVIDA - rl.art.br · perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci). Nesse caso pode-se ... (Carlos Drummond Andrade). A VIDA (humildemente)

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intertextualidade

Pode-se definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de um outro texto já existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.

Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer ou não em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.

Na pintura tem-se, por exemplo, o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia da americana Cindy Sherman, na qual quem posa é ela mesma. O quadro de Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy

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Sherman foi produzido quase quatrocentos anos mais tarde. Na foto, Sherman cria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e escuro, a sensualidade do ombro nu etc. A foto de Sherman é uma recriação do quadro de Caravaggio e, portanto, é um tipo de intertextualidade na pintura.

Na publicidade, por exemplo, em um dos anúncios do Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e cujo slogan era "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci). Nesse caso pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o receptor como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte(pintura, escultura, literatura etc).

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Tipos de intertextualidade Pode-se destacar sete tipos de intertextualidade:

Epígrafe - constitui uma escrita introdutória, a epígrafe é um pré-texto que serve de bandeira ao texto principal, por resumir de forma exemplar o pensamento do autor. Original do necrotório do rio San River.

Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas e geralmente com o nome do autor deste.

Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos,um texto já existente,"relembrando" a mensagem original ao interlocutor.

Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando a crítica de forma irônica.

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Pastiche - uma junção de vários outros textos, bem parecido com um retalho. De forma fácil, pode-se entender que pastiche é a fusão de um texto 1 com um texto 2, originando um texto 3.

Tradução - a tradução é a adequação de um texto em outra língua, a língua nativa do país. Por exemplo, um livro em turco é traduzido para o português.

Referência e alusão - Na alusão, não se aponta diretamente o fato em questão; apenas o sugere através de características secundárias ou metafóricas.

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Apresentação

A linguagem desabrida não deve chocar

ninguém. É a das personagens e do ambiente retratados. Em Gil Vicente encontramos coisas muito piores. Com expressões por vezes rudes, que não retratam os anseios dos amores vividos pelo povo, e outras até pitorescas, procuramos conciliar um diálogo eminentemente teatral, vivo e saboroso, recheada de grandes autores para embelezar o nosso trabalho, popular sem ser vulgar e paradoxalmente literário, nada tendo de precioso ou alentejoulado.

Do entrelaçamento dos próprios contextos dos

muitos tipos de textos, os quais, por seu turno, inscrevem-se nos mais diferentes suportes (Livros, jornais, revistas, fotos, cartazes, tiras, obras de arte,

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anúncios, peça de teatro, etc.) que circulam na comunidade, surgem propostas para exploração do texto através da gramática.

Assim a gramática aparece, como um elemento

a mais para auxiliar na leitura, apreensão, compreensão, interpretação, produção e domínio textual da nossa peça, observando-se sempre a natureza dos textos, a variedades de autores em que circulam os diferentes níveis e registros da linguagem, a natureza dos processos de interlocução e de interação, bem como os graus de “dialogismo” que serão instituídos no decorrer dos nossos trabalhos.

Desta forma, porém, a aproximações de um

texto brasileiro com formas e temas dos grandes gêneros da história do teatro não é apontado como defeito, pois não houve cópia, imitação servil ou mera transposição, mas autêntica recriação em termos brasileiros, tanto pela ambientação como pela

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estruturação, sendo uma obra inédita em suas características, nova e, portanto, absolutamente original.

De tudo o que ficou dito, o leitor concluirá que

é um programa da humanidade, com suas fraquezas, amores, paixões, tristeza, alegria, etc., mas também com suas razões de consolo e esperança, que a trama evoca.

Da mesma maneira porque hoje não há padrões

regulares na moda, nem nas convenções, assim também na literatura florescem lado a lado as manifestações mais díspares, para isso pensamos em fazer esse ensaio em que envolvem personagens inanimados e vivos para nos responder problemas da vida através dos grandes autores de língua portuguesa.

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Trecho de uma fala entre a poesia, poeta, dor, amor, amada, o coração, pensamento e a vida procuram relatar nesses atos as dificuldades da vida de um poeta que ama, é amado, sofre e é sofrido pela vida.

O Poeta, na sua azáfama se acha o boêmio, esquece que o grande boêmio da história é a poesia.

ATO I (todos refletindo a vida...)

O POETA (com olhar pensativo e distante: diz)

Sou um guardador de pensamentos e os

meus pensamentos são todas as sensações. Penso com olhos e com os ouvidos, e com as mãos e os

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pés e com o nariz e a boca. Por isso quando num dia de calor, penso em tomar as minhas, e fecho os meus olhos e sinto e sei que na verdade não sou feliz. (Trecho tirado de uma poesia de Fernando Pessoa – como Alberto Caeiro).

A POESIA

(a poesia se acha o tal)

Eu sou tão apaixonado pela boêmia, aliás, eu sou a própria boêmia. Eu sinto, vejo, choro, imagino, crio, fantasio, finjo, enfim eu sou o que sou.

O POETA

(retruca com veemência) Que nada. Eu sou fingidor, finjo tão

completamente, que chego a fingir que é dor, a dor que deveras sinto. (Fernando Pessoa).

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A DOR (apaziguando os ânimos)

Espera aí, turma. STOP, a vida não parou.

(Carlos Drummond Andrade).

A VIDA (humildemente)

Não, meu coração não é maior que o

mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos. (Carlos Drummond Andrade).

O CORAÇÃO

(procura chamar a atenção para si.)

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Como vocês já sabem sou coração da vida e nele cabem: O amor, O perdão, A tristeza, A alegria, A felicidade, As brigas, Os xingamentos, que nós vivemos e depois esquecemos nessa vida. (Carlos Drummond Andrade).

O AMOR

(se gabando)

Eu, porém direi o seguinte se não fosse o papai aqui, que graça que a vida tinha. (Carlos Drummond Andrade).

A POESIA

(reconhece a importância do amor)

Realmente! Para me seria um desastre. Não diria. De tudo ao meu amor serei atento/Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto/Que mesmo em face do maior

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encanto/Dele se encante mais meu pensamento. (Vinicius de Moraes).

O PENSAMENTO (sem modesta nenhuma o pensamento, toma para si

às idéias).

Tudo isso são meus pensamentos, minhas idéias, que meus olhos se voltam para minha amada, dizendo assim: “Ó minha amada que os olhos teus são cais noturnos cheios de adeus, são docas mansas trilhando luzes que brilham longe, longe nos breus...” (Vinicius de Moraes).

O POETA

(sem falsa modesta)

Tudo isso “Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou

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alegre nem sou triste: Sou poeta.” (Cecília Meirelles).

A POESIA

(argumenta)

Senhor Poeta. Qual é a diferença entre ser poeta e ser historiador?

O POETA

(responde)

Uma coisa é escrever como poeta, outro como historiador: o poeta pode contar ou cantar coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja. (Dom Quixote de La Mancha – Cervantes).

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A POESIA (relembra)

É isto lembra uma tristeza, e a lembrança

é que entristece, dou à saudade a riqueza, de emoção que à hora tece. (Fernando Pessoa).

O CORAÇÃO

(com um olhar crítico)

Espera aí... Esses são meus sentimentos. Conheço algumas pessoas que até tem esses sentimentos e estão envelhecendo mal. Desconfortavelmente. Com uma infelicidade crua na alma. Estão ficando velhas, mas não estão ficando sábias. Um rancor cobre-lhes a pele, a escrita e o gesto. São críticos, aliás, estão ficando cítricos sem nenhuma doçura nas palavras. Estão amargas. Com fel nos olhos. (Afonso Romano Sant’anna).

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O AMOR

(com sabedoria)

É Coração. As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões, os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague. (Tunai/Sérgio Natureza).

O PENSAMENTO (olha para todos e reclama)

Que dia! Puxa! Que vida comprida, pra

que tanta vida pra gente viver... Que dia... (Chico Buarque de Holanda).

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A VIDA (fitando duramente o pensamento, responde?)

Você que inventou a tristeza, ora, tenha a

fineza de desinventar... (Chico Buarque de Holanda).

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Nesse trecho como diz o meu amigo “Fernando Pessoa” Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

ATO II (vivendo e se deixando levar pela vida: fez-se grande

alma)

O POETA (com olhar de saudade)

Perdi-me dentro de mim, porque eu era

labirinto, e hoje, quando me sinto, é com saudades de mim. (Mário de Sá Carneiro).

A VIDA (melancólica)

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E eu que sou feita de nadas: De grandes serras paradas à espera de movimento,... De casas de moradia caiadas e com sinais de ninhos que outrora havia nos beirais. (Miguel Torga).

A PAIXÃO

(amargurado)

Meu coração sente-se muito triste.

Enquanto o cinzento das ruas arrepiadas dialoga o lamento com o vento... (Mário de Andrade).

A AMADA

(com alegria)

O teu amor na treva é um astro, no silêncio uma oração. (Castro Alves).

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A MULHER (com excitação)

O vento beija meus cabelos, as ondas

lambem minhas pernas, o sol abraça o meu corpo, meu coração canta feliz. (Lulu Santos e Nelson Mota).

A AMADA

(com desejo)

Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar... Faz-me morrer. (Zeca Baleiro).

A PAIXÃO (se achando livre)

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Eu sei que a vida vale à pena mesmo que o pão seja caro e a liberdade, pequena. (Ferreira Gullar).

O POETA

(concordando)

Tudo vale à pena se a alma não é pequena. (Fernando Pessoa).

A MULHER

(se derretendo)

E te amar assim muito e amiúde é que um dia em teu corpo de repente hei de morrer de amar mais do que pude. (Vinícius de Morais).

A VIDA

(cheia de coragem)

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Responde duma vez, Mulher, toma coragem. Você gosta mesmo do moço?... (Chico Buarque de Holanda).

A AMADA

(se achando maravilhosamente bem)

Eu, pelo contrário, estou me sentindo muito bem. Sinto-me como se minha alma quisesse cantar. (Ariano Suassuna).

O POETA

(com tristeza)

Ó, minha amada, minha doce virgem, eu não te profanei, e dormes pura: No sono do mistério, qual na vida. Podes sonhar apenas na ventura. (Álvares de Azevedo).

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A PAIXÃO (apaixonadamente)

É Poeta. Assim como um voraz devasso beija e suga o seio murcho que lhe oferta está vadia... (Charles Baudelaine/Flores do Mal/RJ: Nova Fronteira, 1985. p. 100-1 – Tradução: Ivan Junqueira).

A MULHER (chamando a atenção para sermos iguais)

Os seres são desiguais, mas, para

chegarmos à unidade, cada um tem de contribuir com uma porção de amor. (Alfredo BOSI).

A VIDA

(concordando diz que o amor é base para tudo)

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E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido, capaz de ouvir e entender as estrelas.” (Olavo Bilac).

O POETA

(como grande amante que é o poeta fala dos seus amores)

É Comadre (Paixão, Vida e Mulher). É tão

fácil falar que ama, mas como poucos, eu amei a palavra liberdade e por ela briguei. (Oswald de Andrade).

A AMADA

(perturbada com o que disse o poeta, fala que o medo atrapalha a convivência)

É um dos problemas maior do amor, é o

medo. E um dos efeitos do medo é perturbar os

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sentidos e fazer com que as coisas pareçam ser o que não são. (Miguel de Cervantes).

Nesse trecho o eu-lírico também questiona a própria existência do amor e confessa não existir sem a presença da mulher amada.

ATO III

O AUTOR (com toda autoridade fala do amor como soubesse de

tudo)

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Todas as cartas de amor são ridículas/ Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. As cartas de amor se há amor, tem de ser Ridículas. (Fernando Pessoa).

O AMOR (sente-se ofendido)

Assim como o poeta só é grande se

sofrer/Assim como viver/Sem ter amor não é viver/Não há você sem mim/Eu não existo sem você. (Vinícius de Morais e Antonio Carlos Jobim).

O POETA

(com olhar de sonhador)

... Amor secreto era a melhor coisa de sua vida. Tinha gosto de romance, um romance secreto que ele escrevia com a imaginação, com

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desejo, já que a vida se recusava a dar-lhe um romance de verdade. (Olhai os lírios do campo – Érico Veríssimo).

O AUTOR

(fazendo um gesto de concordância)

Não há como negar. Não há quem não queira ser o te do Eu te amo. (Márcia Guerreiro – Estado de São Paulo).

O NARRADOR

(resignando-se diz)

Não sei não. O amor é um grande laço um passo para uma armadilha. (Djavan).

O AMOR

(com olhar tristonho)

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Um grande amor tem sempre um triste fim. (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres).

O POETA

(com altivez)

É verdade! Já dizia Gonçalves Dias – “Se se morre de amor!... Isso é amor, e desse amor se morre!” (Gonçalves Dias).

O AUTOR

(com ares de conhecedor das estórias)

Porém, muita gente não teria amado se não tivesse lido livros de amor... (La Rochefoucauld).

O NARRADOR

(com o olhar de quem conhece algum caso)

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Era um triste amor de verdade,... Um amor sem sorriso nem esperanças. (A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães).

Nesse trecho falam dos desencontros, vontades, desejos do amor que pode com o tempo amar ou matar dependendo da instância desse amor.

ATO IV

(onde os sentimentos se entrelaçam)

O AMOR (com olhar de saudade sentida)

... O tempo, esse devorador das coisas.

(Ovídio).

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A MULHER (como senhora dos amores: altiva)

Uma vida não basta ser vivida: também

precisa ser sonhada. (Mário Quintana).

A PAIXÃO (com o olhar sonhador, compara a música com o

amor)

A música é como o pão – elementar e santa... (Tristão da Cunha).

A VIDA

(comparando tudo com o amor sentido e sofrido)

A mão que toca um violão se for preciso faz a guerra mata o mundo, fere a terra a voz que canta uma canção se for preciso canta hino louva a morte. (Marcos e Paulo Sérgio Valle).

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A POESIA

(achando-se a grande senhora do amor)

Quando não tinha nada, eu quis quando tudo era ausência, esperei quando tive coragem, liguei... Quando vi você, me apaixonei. (Chico César).

A AMADA

(com olhar amargurado pela vida sofrida)

Eu não tinha este coração que nem se mostra. (Cecília Meireles).

A PAIXÃO

(com muita melancolia)

O tempo seca a saudade, seca as lembranças e as lágrimas. (Cecília Meireles).

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A MULHER (concordando com um gesto de cabeça)

Deste lado tem meu corpo tem o sonho...

Tem meu amor tão lento... (Murilo Mendes).

O AMOR (mais uma vez o amor mostra-se senhor da verdade)

É preciso amar... Como se não houvesse

amanhã porque se você parar para pensar, na verdade não há. (Murilo Mendes).

A VIDA

(com ressalva)

Tudo vale à pena se a alma não é pequena. (Fernando Pessoa).

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A POESIA (olhando para a mulher, ele profetiza)

Jurar amor, chorar pranto de sangue, não

creias, não, mulher: ele te engana! (Joaquim Manoel de Macedo).

A PAIXÃO

(com ânsia e desejo)

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim... (Rubem Braga).

A AMADA

(ainda muito deprimida)

Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que matem (e matam) a

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cada instante de amor. (Carlos Drummond de Andrade).

A MULHER

(com raiva, olhando para todos)

Pois com entranhas de mãe quereis de eu ser comido, roubem todo o meu sentido, para vós. (José de Anchieta).

O AMOR

(julga que a vida é possível)

Mas a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada. (Cecília Meireles).

A VIDA (mostra que sem ela não há amor)

*

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 36

Quero vivê-lo em cada vão momento e em louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto ao seu pesar ou seu contentamento. (Vinícius de Moraes).

A PAIXÃO

(coloca que para bem vivê-la tem que perdoar) E o amor sempre nessa toada: briga

perdoa perdoa briga. (Vinícius de Moraes).

A POESIA (olhando para vida argumenta)

Se você gritasse se você gemesse... Que

ama, protesta? (Carlos Drummond de Andrade).

A AMADA (pensando em voz alta)

*

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(Pensando) Se nasce o amor morre nasce morre nasce morre renasce remorre renasce... (Haroldo Campos).

A MULHER

(com muita indiferença)

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante... Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor. (Raul Seixas).

A PAIXÃO

(olhando-o)

Pergunta ao Amor. Conhece-te a ti mesmo. (Sócrates).

O AMOR

(com ressalva)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 38

Só sei que nada sei. (Sócrates). Nesse trecho retratam desesperança da esperança incompleta e muitas vezes sonhada por muitos no ínterim da vida.

ATO V

O POETA (com desesperança...)

Esperar é reconhecer-se incompleto.

(Guimarães Rosa).

O AUTOR (com esperança)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 39

Quem sabe faz à hora não espera acontecer. (Geraldo Vandré).

A POESIA

(Com certeza de ter conseguido a esperança)

Quem espera sempre alcança. Três vezes salve a esperança... (Gilberto Gil/Torquato Neto).

O NARRADOR

(com olhar sonhador)

E quem vem de outro sonho feliz da cidade aprende depressa a chamar-te de realidade porque és o avesso do avesso, do avesso, do avesso... (Caetano Veloso).

O PENSAMENTO

(libertando o seu pensar) *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 40

É novo tempo, é bom pensar é tempo, amor, de libertar o sentimento e a terra preservar. (Preto Jóia, Flavinho, Darcy do Nascimento, Guga).

O POETA (revendo seus sonhos)

Nos sonhos que fui sonhando as visões se

clareando até que um dia acordou então não pude seguir. (Geraldo Vandré e Théo de Barros).

O NARRADOR

(acreditando na esperança)

Sei que quem espera não alcança, mas a esperança não acabará. (Jorge King/Serginho Tonelada/Fernando Partideiro).

A POESIA

(vivendo o sonho de viver o amor)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 41

Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo viver é melhor que sonhar e eu sei que o amor é uma coisa boa. (Belchior).

O PENSAMENTO (sonhando com um mundo melhor)

E sonham com melhores tempos idos

contemplam essa vida numa cela esperam nova possibilidade de verem esse mundo se acabar. (Zé Ramalho).

O AUTOR

(Sentindo uma nova mudança para seus sonhos)

Você não sente e não vê, mas eu não posso deixar de dizer meu amigo que uma nova mudança em breve vai acontecer o que há algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer. (Belchior).

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 42

O NARRADOR (com olhar de desesperança...)

Não penses que estou fazendo o elogio do

puro espírito contemplativo e da renúncia, ou que ache que o povo deva viver narcotizado pela esperança da felicidade na outra vida. (Érico Veríssimo).

O POETA

(achando que morrer não é o fim da esperança, e sim...)

O nosso destino é morrer. Mas também é

nascer. O resto é aflição ou frivolidade do espírito. (Paulo Mendes Campos).

A POESIA

(Achando que a esperança esta na religião) *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 43

Feliz a inteligência vulgar e rude, que segue os caminhos da vida com os olhos fitos na luz e na esperança postas pela religião além da morte, sem que um momento vacile, sem que um momento a luz se apague ou a esperança se desvaneça! (Alexandre Herculano).

Nesse trecho cada personagem procura definir o verdadeiro amor. E que esse amor seja eterno enquanto dure.

ATO VI

A POESIA (com o ar de quem viveu o amor)

Eu aproveitei a felicidade deste mundo; eu

vivi e amei. (Schiller).

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 44

O POETA

(fazendo ar de quem realmente conhece tudo sobre o amor)

O amor é mais do que uma paixão, é uma

loucura; é um momento em que se possui ou aquele em que se perde o objeto que se ama. (José de Alencar).

O PENSAMENTO (pensa que somente o amor é verdadeiro)

De todas as paixões e de todas as virtudes,

a que mais se contenta consigo própria é o amor. (Francisco Xavier de Oliveira).

A AMADA

(Sabe que todo amor acaba em um abraço) *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 45

Quantas injustiças podem ser esquecidas no abraço de um amigo. (Rousseau).

O AMOR

(com olhar tristonho)

Como são tristes essas vidas sem amor, essas sombras que nunca amaram nada, essas almas que nunca deram flor... (Raul Leoni).

A PAIXÃO

(pensando nos casais)

Há espaço na menor cabana para um feliz par de namorados. (Schiller).

A VIDA

(com trejeito de poeta) *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 46

No Banquete da vida, a amizade é o pão e o amor é o vinho. (Mantegazza).

A MULHER

(revendo a vida a mulher faz a seguinte reflexão)

A amizade às vezes termina em amor, mas o amor nunca em amizade. (Charles Caleb Colton).

O POETA

(com a alma repleta de amor) Quando o amor ocupa uma alma deve

ocupá-la inteiramente. (Francisco. Xavier de Oliveira).

A AMADA (amando)

*

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 47

Deixa-te amar! Oh! O amor é a vida. È tudo que se lamenta e que se inveja, quando se vê a juventude declinar. (Victor Hugo).

O PENSAMENTO

(com ar pensativo)

Não dês a amigos os conselhos mais agradáveis, mas os mais úteis. (Sólon).

A MULHER

(pensando que conhece os homens)

Não sei odiar os homens por mais que deles me desiluda. (Rui Barbosa).

A POESIA

(sempre poético)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 48

O silêncio é o desafogo das grandes emoções, que nos abafam o espírito, enturvando-nos a razão. (Camilo Castelo Branco).

A PAIXÃO (apaixonada)

Aquele que mais ama perdoa mais.

(Amado Nervo).

O AMOR (com lucidez)

O amor não tem outro desejo senão o de

atingir a sua plenitude. (Gibran Khalil Gibran).

A AMADA (com decepção do amor pela humanidade)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 49

É sempre fácil amar os animais por amor deles mesmos e, às vezes, difícil amar a humanidade, a não ser por amor de Deus. (Madame de Blocqueville).

O POETA

(com olhar de professor)

De boa vontade aprendemos tudo que nos é ensinado por aqueles a quem amamos. (Erasmo).

A POESIA

(pensa que o amor é superior)

O amor tudo vence, e nós nos submetemos a ele. (Virgílio).

O PENSAMENTO (com descrédito)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 50

Dissimular erros no amigo não é amor, é lisonja; não é prudência, é traição ou, quando menos, pusilanimidade. (Pe Manuel Bernardes).

A AMADA

(pensa que amar é senti-se belo)

Não há mulheres feias nem mulheres bonitas: há apenas a mulher que amamos e que é bonita sempre. (Antero Fiqueredo).

A PAIXÃO

(se sentindo amando)

Os antigos sabiamente pintaram o amor-menino: porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. (Pe Antônio Vieira).

O AMOR

(com olhar de quem pensa ser amando)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 51

Os antigos pintaram ao amor cego, talvez para mostrar que o amor, para ser constante, é preciso que seja incapaz de ver, e que a falta de luz lhe sirva de prisão. (Matias Aires).

A MULHER (Refletindo)

O amor não se pode definir; e talvez que

esta seja a sua melhor definição. (Matias Aires).

O POETA (fazendo cara de quem conhece o amor)

Sempre que houver um vazio em tua vida, enche-o de amor. (Amado Nervo).

O PENSAMENTO

(acha que o amor é merecido) *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 52

Quem que o amor é falso ou enganoso, ligeiro, ingrato, vão, desconhecido, sem falta lhe terá bem merecido que lhe seja cruel ou rigoroso. (Camões).

A POESIA

(diz que o amor é forte)

O amor é uma fonte inexaurível de reflexões, profundas como a eternidade, elevadas como o céu, vastas como o universo. (Alfred de Vigny).

A AMADA

(se sentindo a tal diz) O amor nada mais é que amar quem tu

amas, não por necessidade, nem por utilidade. (Cícero).

*

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 53

A PAIXÃO (com olhar de apaixonado)

No ódio e no amor fulgura a mesma

chama. (Alphonsus de Guimaraens).

A MULHER (fazendo ar de pensamento)

Nada se deve imputar aos dementes e aos

namorados. (Machado de Assis).

O AMOR (diz que o amor é vida)

Se o amor mata, do beijo do amor nasce à

vida! (Jacinto Gutiérrez Coll). O POETA

(com olhar de quem sabe tudo sobre o amor)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 54

Amar é tudo quanto há de bom na vida. (George Sand).

Nesse trecho mostramos que o amor procura encontrar com ele mesmo, mas não consegue desassociá-lo da desumanidade cometida pelo narrador ao envolver o mesmo.

ATO VII

O POETA (Tentando controlar a situação)

O beijo amigo é a véspera do escarro, a mão que

afaga é a mesma que apedreja. (Augusto dos Anjos)

O PENSAMENTO (Já se sentindo o senhor de tudo)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 55

Multipliquei-me, para me sentir, para me sentir, precisei sentir tudo, transbordei, não fiz senão extravasar-me, despi-me, entreguei-me. (Álvaro de Campos)

A MULHER (Parecendo toda certinha)

Vocês, que errando aprenderam, ouçam o que

eu tenho a falar: se até hoje cometem seus erros, só as crianças não podem errar? (Pedro Bandeira)

A POESIA (Sendo Senhora do próprio sentimento)

Ia levando meu amor, para molhar teus olhos e

fazer tudo bem. (Milton Nascimento e Marcio Borges)

O AMOR (Sendo gozador)

*

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 56

Por falecer do oh! Amor, das mulheres da minh’ilha, minha caveira rirá ah! Ah! Ah! (Oswald de Andrade)

A AMADA (Piedosa)

Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a

minha forma de amor. (Clarice Lispector)

O PENSAMENTO (Com amargor)

Mas responder não pude, à pergunta que fazia,

ela, a vida, a respondeu com sua presença viva. (João Cabral de Melo Neto)

A AMADA

(Falando pensativa)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 57

Nos primeiros dias foi bonzinho, quem não gosta de uma cabeça de homem no travesseiro? (O pássaro de cinco asas)

O POETA

(Em dúvida)

Não sinto gozo nem tormento. Desmorono ou se edifico se permaneço ou me desfaço. (Cecília Meirelles)

O AMOR

(Com muito fervor)

Eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama. Mas que infinito enquanto dure. (Vinicius de Moraes)

A MULHER (Intrigada)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 58

E o amor sempre nessa toada: briga perdoa, perdoa briga. (Fernando Pessoa)

A POESIA (Com humor)

Não se deve xingar a vida, a gente vive, depois

esquece. Só o amor voltar para brigar e perdoar. (Fernando Pessoa)

O POETA

(Sarcástico)

Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração. (Fernando Pessoa)

O AMOR

(Com o olhar sofrido)

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 59

Meu coração tem pouca alegria, e isto diz que é

morte aquilo onde estou... (Fernando Pessoa)

O PENSAMENTO (Com um olhar vago)

São demais os perigos desta vida para quem tem

paixão, principalmente quando uma lua surge de repente. (Vinicius de Moraes)

A AMADA (Com alegria)

A vida só é possível reinventada. Mas a vida, a

vida, a vida, a vida só é possível reinventada. (Cecília Meirelles)

O POETA

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 60

(Com desilusão)

Tão cedo passa tudo quanto passa! Morre tão jovem ante os deuses quanto morre! Tudo é tão pouco! (Fernando Pessoa)

O AMOR (Com raiva)

Quando eu morrer quero ficar, não contem aos

meus inimigos, sepultado em minha cidade, saudade. (Mário Andrade).

*

* * *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 61

Conclusão:

Sendo assim nas conversas cotidianas, em circunstâncias relacionadas à linguagem escrita, nas inferências que devemos dispor ao analisarmos um pastiche - uma junção de vários outros textos, bem parecido com um retalho. De forma fácil, pode-se entender que pastiche é a fusão de um texto 1 com um texto 2, originando um texto 3. Nesta obra literária, enfim, muitas são as circunstâncias em que podemos perfeitamente identificar esse tecer de ideias entre um texto e outro, seja ele verbal ou não verbal. O diálogo, que por vezes se mantém entre um texto e outro, materializa-se por intermédio de uma ocorrência a qual denominamos de intertextualidade.

* * *

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 62

FRASES RETIRADAS DOS SEGUINTES AUTORES: MURILO MENDES JOAQUIM MANOEL MACEDO RUBEM BRAGA JOSÉ DE ANCHIETA HAROLDOCAMPOS SÓCRATES FERNANDO PESSOA CARLOSDRUMMOND ANDRADE VINICIUS DE MORAES CECÍLIA MEIRELLES MIGUEL DE CERVANTES AFONSO ROMANO SANT’ ANA TUNAI SÉRGIO NATUREZA FRANCISCO BUARQUE DE HOLANDA MIGUEL TORGA MÁRIO DE SÁ CARNEIRO

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 63

MÁRIO DE ANDRADE CASTRO ALVES LULU SANTOS/NELSON MOTA FERREIRA GULLAR ZECA BALEIRO CHARLES BAUDELAINE ARIANO SUASSUNA ALFREDO BOSI ÁLVARES DE AZEVEDO OLAVO BILAC OSWALD DE ANDRADE ERICO VERISSÍMO ANTONIO CARLOS JOBIM MARCIA GUERREIRO DJAVAN GONÇALVES DIAS BERNARDO GUIMARÃES NOEL ROSA HEITOR DOS PRAZERES LA ROCHEFOUCAULD

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 64

OVÍDIO MÁRIO QUINTANA TRISTÃO CUNHA CHICO CÉSAR MARCOS E PAULO SÉRGIO VALLE RAUL SEIXAS GUIMARÃES ROSA GERALDO VANDRÉ GILBERTO GIL TORQUTO NETO PRETO JÓIA FLAVINHO DARCY DO NASCIMENTO GUGA THÉO BARROS CAETANO VELOSO JORGE KING SERGINHO TONELADA FERNANDO PARTIDEIRO BELCHIOR

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 65

ZÉ RAMALHO MANTEGAZZA ROUSSEAU CHARLES CALEB COLTON RAUL LEONI VICTOR HUGO CAMILO CASTELO BRANCO AMADO NERVO SÓLON RUI BARBOSA GIBRAN KHALIL GIBRAN PAULO MENDES CAMPOS ALEXANDRE HERCULANO JOSÉ DE ALENCAR FRANCISCO XAVIER DE OLIVEIRA SCHILLER MADAME DE BLOCQUEVILLE PE MANUEL BERNARDES ANTERO FIGUEREDO ERASMO

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IZAN LUCENA LUCENA - AUTOR Página 66

VIRGÍLIO PE ANTONIO VIEIRA MATIAS AIRES CAMÕES ALFRED DE VIGNY ALPLONSUS DE GUIMARAENS GEORGE SAND MACHADO DE ASSIS JACINTO GUTÍERREZ COLL AUGUSTO DOS ANJOS ÁLVARO DE CAMPOS PEDRO BANDEIRA CLARICE LISPECTOR MILTON NASCIMENTO MARCIO BORGES JOÃO CABRAL DE MELO NETO