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Grupo Temático 1: Transparência, Governo Aberto e Participação COSTA, G. B. 153 POLÍTICA DE INFORMAÇÃO EXPRESSA NAS DECISÕES COLEGIADAS DA UFRN: um estudo de caso Gilvan Bernardo da Costa 1 RESUMO Este artigo apresenta um estudo sobre a análise dos atos normativos emanados dos órgãos consultivos deliberativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sob o ponto de vista da transparência das decisões, bem como da disseminação dessas informações. O objetivo geral da pesquisa é analisar e apresentar como se dão essas decisões, como essas informações são expressas, como são disponibilizadas e por quais meios. A pesquisa tem como ponto de referência os atos normativos dos colegiados superiores, dos conselhos de centros e departamentos, coordenações de cursos de graduação e programas de pós-graduação, instâncias essas que, por serem colegiados consultivos e deliberativos, suas decisões são tomadas por maioria de seus membros, registradas em atas e tomam forma de resolução. Apresenta-se como método geral de pesquisa o Estudo de Caso descritivo, a observação participante, a análise documental bem como a pesquisa à internet. Os dados foram coletados através de busca aos sites de todos os órgãos e unidades que se reúnem e deliberam por meio de colegiados, quais sejam os conselhos já citados. Os resultados mostram que, por se tratar de uma instituição de grande porte, a universidade possui uma grande quantidade de conselhos, inúmeras reuniões, e uma enorme quantidade e diversidade de temas a serem discutidos e decididos, porém essas decisões não são transparentes e não estão disponíveis à comunidade em todos os seus níveis decisórios. Espera-se que os resultados possibilitem a análise por parte dos órgãos e dos gestores da instituição no sentido de que se institua uma política de informação e que essas informações sejam publicizadas, visando atender o que preceitua a Lei de Acesso à Informação. Palavras-chave: Políticas de informação. Transparência. Universidades Públicas. Colegiados. Conselhos superiores. 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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POLÍTICA DE INFORMAÇÃO EXPRESSA NAS DECISÕES

COLEGIADAS DA UFRN:

um estudo de caso

Gilvan Bernardo da Costa1

RESUMO Este artigo apresenta um estudo sobre a análise dos atos normativos emanados dos órgãos consultivos deliberativos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sob o ponto de vista da transparência das decisões, bem como da disseminação dessas informações. O objetivo geral da pesquisa é analisar e apresentar como se dão essas decisões, como essas informações são expressas, como são disponibilizadas e por quais meios. A pesquisa tem como ponto de referência os atos normativos dos colegiados superiores, dos conselhos de centros e departamentos, coordenações de cursos de graduação e programas de pós-graduação, instâncias essas que, por serem colegiados consultivos e deliberativos, suas decisões são tomadas por maioria de seus membros, registradas em atas e tomam forma de resolução. Apresenta-se como método geral de pesquisa o Estudo de Caso descritivo, a observação participante, a análise documental bem como a pesquisa à internet. Os dados foram coletados através de busca aos sites de todos os órgãos e unidades que se reúnem e deliberam por meio de colegiados, quais sejam os conselhos já citados. Os resultados mostram que, por se tratar de uma instituição de grande porte, a universidade possui uma grande quantidade de conselhos, inúmeras reuniões, e uma enorme quantidade e diversidade de temas a serem discutidos e decididos, porém essas decisões não são transparentes e não estão disponíveis à comunidade em todos os seus níveis decisórios. Espera-se que os resultados possibilitem a análise por parte dos órgãos e dos gestores da instituição no sentido de que se institua uma política de informação e que essas informações sejam publicizadas, visando atender o que preceitua a Lei de Acesso à Informação. Palavras-chave: Políticas de informação. Transparência. Universidades Públicas. Colegiados. Conselhos superiores.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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1 INTRODUÇÃO

Nas universidades públicas os Conselhos Superiores se destacam na

composição da estrutura administrativa, como uma das principais formas políticas de

representatividade de todos os sujeitos acadêmicos, mesmo que em proporção

diferenciada, com o mínimo de 70% dos membros representando a categoria

docente e os demais 30% divididos entre técnico-administrativos e estudantes. De

acordo com a Lei 9.192/95 que altera dispositivos da Lei nº 5.540, de 28 de

novembro de 1968, em seu artigo 16 inciso “II diz: “os colegiados a que se refere o

inciso anterior, constituídos de representantes dos diversos segmentos da

comunidade universitária e da sociedade, observarão o mínimo de setenta por cento

de membros do corpo docente no total de sua composição”. Deveriam ser um

espaço privilegiado de participação e construção da democracia, possibilitando a

construção coletiva da instituição, no entanto, não há a participação da sociedade

civil nestes órgãos.

Os colegiados têm um papel vital para a condução dos negócios da

instituição, atuando como agentes reguladores, criando políticas, procedimentos e

regras que os administradores devem seguir ou, ainda, decidindo de maneira

operativa os rumos do negócio. Para essas decisões, o voto é um mecanismo

amplamente utilizado e recomendado. A decisão colegiada é uma característica

marcante da universidade pública brasileira. Existem colegiados em quase todos os

níveis: conselhos superiores, conselhos de centros ou faculdades, conselhos

departamentais, de unidades acadêmicas especializadas, de programas de pós-

graduação e de cursos de graduação. A pluralidade do ambiente universitário

demanda uma decisão igualmente plural e colegiada. No entanto, em muitas

instituições, é possível perceber exageros, considerando-se o elevado número de

órgãos colegiados e, dentro deles, o elevado número de membros, tornando quase

impossível chegar-se a qualquer decisão com eficiência e rapidez, considerando os

períodos de reunião, pautas extensas, além do quórum mínimo exigido para sua

realização. Vale salientar que todos os conselhos na universidade funcionam através

de câmaras temáticas.

Com o temor de delegar decisões operacionais, algumas universidades

insistem em concentrá-las nos Conselhos Superiores. Esses excessos tornam as

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decisões muito lentas, não transparentes e de difícil acesso à informação por parte

da comunidade. Como bem observa BEAL (2004, p. 9-10), para serem eficazes, as

organizações necessitam ter “seus processos decisórios e operacionais alimentados

com informações de qualidade. [...]”. Talvez a característica mais peculiar da

organização universitária moderna seja o número de órgãos colegiados em

funcionamento. Ela constitui o tipo de instituição que mais recorre a decisões

formalmente coletivas e, pelo menos em tese, a reforma universitária possibilitou

uma diluição da responsabilidade da vida acadêmica. (LEITÃO, 1985).

Segundo ABRANCHES (2003, p.14) “Os órgãos colegiados têm possibilitado

a implementação de novas formas de gestão por meio de um modelo de

administração coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e do

acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares,

envolvendo as questões administrativas, financeiras e pedagógicas”, confirmando

assim a importância dos colegiados para a efetivação do processo democrático.

Cada colegiado tem espaços de participação bem definidos nos documentos que o

regulamentam.

A administração universitária é feita por seus órgãos colegiados deliberativos

e por seus órgãos executivos, nos níveis da administração central, acadêmica e

suplementar, em que se desdobra a sua estrutura organizacional, objetivando a

integração e a articulação dos diversos órgãos situados em cada nível. Segundo o

Estatuto da UFRN, em seu artigo 3º, são os seguintes os colegiados deliberativos da

Universidade, distribuídos pelos dois níveis de sua estrutura: I - na administração

superior: a) Conselho Universitário (CONSUNI); b) Conselho de Ensino, Pesquisa e

Extensão (CONSEPE); c) Conselho de Administração (CONSAD); d) Conselho de

Curadores (CONCURA); II - na administração acadêmica: a) o conselho de cada

Centro acadêmico; b) o conselho deliberativo ou consultivo de cada Unidade

Acadêmica Especializada; c) o plenário de cada Departamento; d) o colegiado de

cada Curso; III - na administração suplementar: a) o conselho deliberativo ou

consultivo das Unidades Suplementares. Todos esses colegiados deliberam por

maioria, e as suas decisões transcritas em atas, tomam forma de resolução e devem

ser disponibilizadas à comunidade universitária e a sociedade pelos sistemas ou

instrumentos de divulgação dessas informações.

Embora os atos emanados dos colegiados superiores da UFRN encontrem-se

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parcialmente disponíveis para consulta na internet, os atos dos colegiados de centro,

departamentos, cursos e programas, mesmo encontrando espaço para tal, não

encontram-se disponíveis à comunidade, contrariando assim o que determina a Lei

12.527 de 18 de novembro de 2011, a Lei de Acesso a Informação – LAI. A ausência

de tratamento e organização, a dificuldade no acesso a essas informações, bem

como a inexistência de uma política de informação que contemple a sua

disseminação, levaram ao interesse de desenvolver essa pesquisa delimitando

assim, os objetivos desse estudo. Dessa forma, por estar atuando nesse espaço, a

partir da vivência e a experiência do pesquisador como membro titular de diversos

órgãos colegiados, sejam administrativos, sejam acadêmicos, também despertaram

o interesse de realizar esse projeto.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os primeiros estudos acerca do modelo colegial, segundo PARNOFF (2007)

foram realizados por Beyer e seus colegas (LODAHL; GORDON, 1972, 1973; BEER;

LODAHL, 1976; BEYER, 1982), quando se buscou um entendimento a respeito da

natureza dos departamentos universitários, ou seja, se são instituições burocráticas

ou colegiadas. O modelo colegiado surgiu, desta forma, como desaprovação ao

modelo burocrático para as universidades. Segundo o Regimento Geral da UFRN,

em seu capítulo II, artigos 12 e seguintes,

“Os colegiados deliberativos da Universidade reúnem-se ordinária ou

extraordinariamente; Ordinariamente, pelo menos uma vez por mês, convocados, por escrito, por seu presidente, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas; Extraordinariamente, quando convocados com antecedência mínima de 48 horas, por escrito, por seu presidente ou por 1/3 (um terço) dos seus membros, mediante indicação da pauta dos assuntos a serem apreciados”. Em seu artigo 13 diz que: “Os colegiados deliberativos reúnem-se com a presença da maioria absoluta de seus membros. essa maioria absoluta é entendida como o número inteiro que se segue ao da metade do total dos membros que integralizam o colegiado”.

Já o artigo 15 preconiza que:

“As reuniões ordinárias dos colegiados deliberativos da Universidade constam das seguintes partes: I - discussão e aprovação da ata da reunião anterior; II - leitura do expediente; III - comunicações, indicações e propostas; IV - pauta

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do dia; O artigo 16 diz: “Discutida a ata, se aprovada, será subscrita pelo presidente, pelos membros presentes e pelo secretário”. Parágrafo Único. “As retificações feitas à ata, se aprovadas, serão registradas na ata da reunião em que ela foi discutida”. No artigo 17 está assim descrito: “Das reuniões de cada colegiado da Universidade, são lavradas atas em que devem constar obrigatoriamente: I - natureza e local da reunião, dia e hora de sua realização, nome do presidente, dos membros presentes e das pessoas especialmente convidadas; II - referência aos membros que houverem faltado à reunião imediatamente anterior; III - menção ao expediente lido e resumo das comunicações, indicações e propostas; IV - registro integral das declarações de voto e das matérias enviadas à presidência, por escrito, com pedido de transcrição; V - referência à abstenção de qualquer conselheiro”. Por fim, em seu artigo 33, diz que: “As decisões dos colegiados superiores têm forma de resolução e são baixadas pelo Reitor”.

Essas decisões seguem o mesmo rito em relação aos conselhos de centro,

de departamento, dos colegiados dos cursos de graduação e dos programas de pós-

graduação, conforme preconiza o artigo 7 § 3º: “As regras deste artigo aplicam-se,

no que couber, aos demais colegiados”.

2.1 Atas

A ata é um resumo escrito do que se disse ou se fez na reunião; É um

relatório. Para BELTRÃO (1980) é “um documento em que se registram,

resumidamente, mas com clareza, as ocorrências de uma reunião de pessoas para

determinado fim”. Segundo o CNJ (2015) “É um ato oficial administrativo que

consiste no registro sucinto, escrito, das decisões e dos acontecimentos havidos em

sessão, congresso e outras formas de reunião”. Segundo KASPARY (1996) “É o

registro sucinto, escrito, das decisões e acontecimentos havidos em reunião,

congresso, sessão, mesa-redonda, bancas ou convenção”. Para o autor, é o

documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações,

resoluções e decisões de reuniões ou assembleias; é documento de valor jurídico;

Pode ser emitida por unidades administrativas, conselhos, colegiados, comissões e

grupos de servidores que se reúnem com fins organizacionais definidos.

2.2 Resolução

É um ato normativo com efeitos internos ao órgão que a criou ou a outros

órgãos subordinados, podendo em raras hipóteses ter efeitos externos. São atos

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administrativos ou normas que partem de autoridades superiores, através das quais

disciplinam matéria de sua competência específica. As resoluções não podem

contrariar os regulamentos e os regimentos, mas explicá-los ou complementá-las.

Ou ainda, é a forma que revestem determinadas decisões de uma assembléia

deliberativa.

2.3 Sistemas de Informação - Os Sistemas Integrados da UFRN

A internet, particularmente a www (world wide web) tem tido um papel

fundamental no processo de democratização do acesso á informação. As

instituições governamentais no Brasil, têm utilizado esse meio para agilizar os

serviços públicos e facilitar a busca dessas informações que até então eram

consideradas de difícil obtenção. As tecnologias de informação transformam

recursos de dados em produtos de informação, os quais podem ser organizados e

gerenciados dentro de um sistema. Segundo O’BRIEN (2004) sistemas de

informação “é um conjunto de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e

recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma

organização”. Para LAUDON (2011) “é um conjunto de componentes inter-

relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e

distribuir informações com o fim de facilitar o planejamento, controle, coordenação,

análise e decisão das organizações”.

De acordo com TURBAN; MACLEAN; WETHEBER, (2004) “o sistema de

informação coleta, processa, armazena, analisa e dissemina informações com um

determinado objetivo dentro de um contexto e como qualquer outro sistema inclui

inputs (dados, instruções) e outputs (relatórios, cálculos). O sistema opera dentro de

um ambiente, não necessariamente computadorizado, mesmo que atualmente a

maioria seja, processa os inputs, que são enviados para os usuários e outros

sistemas”. Segundo TURBAN (2004) “uma infraestrutura de informação consiste em

instalações físicas, serviços e gerenciamento que suportam todos os recursos

computacionais existentes em uma organização”.

O grande volume de informação produzida, registrada e divulgada pelos

órgãos que compõem a UFRN, torna mais necessário, a cada dia, garantir maior

qualidade de meios para seu processamento, armazenamento e disseminação. O

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desenvolvimento de tecnologias avançadas de informação e comunicação (TICs)

vêm ajudando a equacionar este problema, uma vez que permite a criação de

serviços em meio eletrônico, especificamente voltados para a gestão e

disponibilização da informação pública.

Um primeiro esboço desses sistemas integrados de gestão na UFRN surge

no ano de 2000, com a criação da Superintendência de Informática da UFRN

(SINFO) onde cujos sistemas passaram a ser criados localmente, ou seja, na própria

instituição. Antes disso, os sistemas eram obtidos através de contratação com

empresas externas à UFRN.

Com o passar do tempo, o avanço das tecnologias, o grande aumento no

volume de informações, a necessidade de busca e uso, e devido á necessidade de

integração dessas informações, bem como o aprimoramento do gerenciamento das

atividades institucionais, diversos sistemas foram desenvolvidos pela SINFO, dentre

eles o SIGRH - Sistema Integrado de Gestão e Planejamento de Recursos

Humanos, o SIGAA – Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas e o

SIPAC – Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos.

Posteriormente, outros sistemas foram criados.

O SIGAA é a ferramenta de tecnologia da informação que a UFRN possui e

disponibiliza para a comunidade acadêmica e a sociedade, as informações sobre os

atos acadêmicos. Nele estão disponibilizados os links que conduzem aos sites dos

cursos de graduação e de pós-graduação. Estão disponibilizados também os links

que levam aos sites dos departamentos acadêmicos.

O SIGRH é outra ferramenta que disponibiliza as informações sobre todos os

atos emanados dos conselhos superiores, como por exemplo a composição dos

conselhos, as pautas, as atas e as resoluções. Disponibiliza ainda link para acesso

aos departamentos acadêmicos e outros documentos oficiais como o Estatuto e o

Regimento Interno da UFRN.

2.4 Políticas de informação

A definição de política de informação enfrenta as mesmas dificuldades

encontradas ao se definir o que é informação. É um conceito polissêmico e

multifacetado, encontrado na literatura de forma fragmentada, pois várias disciplinas

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tentam elaborá-la, tais como a economia, a administração, a sociologia, a psicologia

social, a biblioteconomia dentre outras. Essa fragmentação dificulta o

estabelecimento de uma unicidade mínima sobre o tema.

HERNON e RELYEA (1991 apud RIBEIRO; ANDRADE, 2004) afirmam que

apesar de ser abordada em outras disciplinas, a política de informação pertence ao

campo de conhecimento da ciência da informação e da ciência política,

relacionando-se com temas inerentes ao desenvolvimento do Estado. Para os

mesmos autores, “é um conjunto de princípios relacionados a leis, diretrizes, regras,

regulamentos e procedimentos que guiam a omissão e a administração do ciclo de

vida da informação: a produção, coleção, distribuição/disseminação, recuperação e

arquivamento da informação. Também abrange o acesso e o uso da informação.

Para eles, política de informação acontece dentro e fora do Estado, dentro e entre as

organizações, associações e outros organismos da sociedade civil.

A compreensão desses autores reporta à concepção de informação como

coisa, como recurso, e devidamente registrada: nesse caso, a política visa a garantir

a integridade do ciclo informacional com vistas à transferência.

De forma geral, a política de informação pode ser entendida como qualquer

dispositivo legal que lida de alguma forma com a informação, comunicação ou

cultura. Para BRAMAN (2011) “política de informação é composta por leis,

regulamentos e as posições doutrinárias – e outra tomada de decisão e práticas de

toda sociedade com efeitos constitutivos – que envolvem a criação de informação,

processamentos, fluxos, acesso e uso”.

3 CENÁRIO DO ESTUDO

A UFRN foi criada pela Lei Estadual nº 2.307, de 25 de junho de 1958, e

federalizada pela Lei nº 3.849, de 18 de dezembro de 1960, com plano de

reestruturação aprovado pelo Decreto nº 62.091, de 09 de janeiro de 1968,

modificado pelo Decreto nº 74.211, de 24 de junho de 1974. É uma instituição

universitária de caráter público, organizada sob a forma de autarquia de regime

especial, vinculada ao Ministério da Educação, com sede e foro na cidade de Natal,

capital do Estado do Rio Grande do Norte.

Possui autonomias didático-científica, administrativa, de gestão financeira e

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patrimonial garantidas pelo Artigo 207 da Constituição Federal. A Instituição rege-se

pelos seguintes instrumentos normativos: I. Estatuto; II. Regimento Geral; III.

Regimento Interno da Reitoria; IV. Regimentos Internos dos Centros Acadêmicos e

dos demais órgãos componentes de sua estrutura organizacional e V. demais

normas emanadas dos Colegiados Superiores. Os objetivos gerais da Universidade

estão centrados na formação do cidadão, fundamentados na ética, no pluralismo, na

democracia, na contemporaneidade e na sua missão (PDI 2010-2019). Conforme

definido no seu Estatuto, a UFRN tem como objetivos ou finalidades: i) ministrar

educação em nível universitário; ii) desenvolver, de forma plural, um processo

formativo em diferentes campos do saber; iii) contribuir para o progresso, nos

diversos ramos do conhecimento, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão;

iv) desenvolver e difundir o conhecimento; e v) desenvolver e difundir a pesquisa

científica. Tem a missão institucional de “Educar, produzir e disseminar o saber

universal, preservar e difundir as artes e a cultura, e contribuir para o

desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça social, a

sustentabilidade socioambiental, a democracia e a cidadania”. A UFRN tem sua

estrutura funcional estabelecida por normas estatutárias e regimentais conforme

resoluções emitidas pelos colegiados competentes. Caracteriza-se, em seus vários

níveis hierárquicos, pela estrutura colegiada, própria da gestão pública universitária.

O CONSUNI é o órgão máximo da Universidade, com funções consultivas e

deliberativas e de planejamento; O CONSEPE é o órgão superior com funções

deliberativas, normativas e consultivas sobre matéria acadêmica, didático-

pedagógica, cientifica, cultural e artística, sendo a ultima instância de deliberação

para recursos nessas áreas; O CONSAD é o órgão superior com funções

deliberativas, normativas e consultivas sobre matéria administrativa, orçamentária,

financeira, patrimonial e de política de recursos humanos, sendo a ultima instância

de deliberação para recursos nessas áreas; O CONCURA é o órgão superior de

acompanhamento e fiscalização das atividades de natureza econômica, financeira,

contábil e patrimonial da Universidade.

A administração central é composta pela Reitoria, oito pró-reitorias, e quatro

unidades com natureza de secretaria. A área acadêmica é composta por oito centros

acadêmicos com setenta e oito departamentos, cinco unidades acadêmicas

especializadas, dez unidades suplementares, seis institutos, uma escola multicampi,

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uma faculdade, quatro escolas de ensino técnico, e uma escola de ensino

fundamental. Está presente em cinco campus, sendo um em Natal e quatro no

interior do Estado. No âmbito da educação à distância, atua em vinte e quatro pólos

de apoio presenciais, sendo dezessete localizados no Rio Grande do Norte e sete

nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A Universidade dispõe também de

três museus, um Núcleo de produção de alimentos e medicamentos, uma Agência

de Comunicação, uma emissora de TV educativa em canal aberto e uma rádio FM

em frequência modulada. A Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) é o órgão

central executivo do Sistema de Bibliotecas da UFRN (SISBI), responsável pela

coordenação, padronização e assistência técnica às vinte e uma outras bibliotecas

setoriais que compõem o SISBI.

Para o desenvolvimento de suas atividades, a UFRN conta com um quadro

permanente de 5.962 servidores, sendo 5.489 efetivos (técnico-administrativos e

docentes) e 473 temporários (docentes visitantes, substitutos e temporários). Do

total de servidores efetivos, 2.216 servidores são docentes efetivos e 3.273 são

técnico-administrativos.

Quadro 01 – Estrutura colegiada de ensino da UFRN

Centro Acadêmico

Cursos de graduação presencial

Cursos de graduação à

distância

Departamentos acadêmicos

Programas de Pós-

graduação

CB 05 01 11 09

CCET 11 03 08 12

CCHLA 13 03 11 16

CCS 09 01 16 12

CCSA 07 01 09 09

CE 01 01 02 01

CERES 11 01 09 02

CT 15 -- 12 10

EAJ 04 -- -- 02

ECT 01 -- -- 01

EMCCM 01 -- -- --

EMUFRN 01 -- -- 01

ESUFRN 01 -- -- --

FACISA 04 -- -- 01

IMD 01 -- --

Instituto do Cérebro 01

Totais 85 11 78 77

Fonte: UFRN.

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Dentro dos setenta e sete programas de pós-graduação estão alocados

cinquenta e dois Mestrados acadêmicos, vinte Mestrados profissionais, sendo dois

em rede nacional, trinta e oito Doutorados e um Doutorado interinstitucional,

totalizando cento e treze cursos stricto sensu.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia proposta para essa pesquisa é numa perspectiva qualitativa,

utilizando-se da estratégia de estudo de caso exploratório e descritivo. Sobre a

relação entre estudo de caso e a pesquisa qualitativa, SEKARAN (2003, p.36)

disserta que “a pesquisa de estudo de caso normalmente produz mais dados

qualitativos do que quantitativos para análise e interpretação”. Ainda segundo

SEKARAN (2003, p.5), em pesquisas qualitativas, os dados são coletados

geralmente por meio de respostas amplas para questões específicas em entrevistas,

ou por perguntas abertas em um questionário, ou através de observação, ou por

informações recolhidas em várias outras fontes.

O estudo de caso, de acordo com YIN (2001) é uma estratégia de pesquisa

que busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. Ele

sugere que, como estratégia de pesquisa, deve-se utilizar os estudos de caso em

várias situações, nas quais se incluem pesquisas em política, em administração

pública, sociologia, estudos gerenciais e organizacionais, pesquisa de planejamento

regional e municipal, dentre outros. Nesta proposta, a estratégia de pesquisa recai

em estudos de caso aplicados a estudos organizacionais e gerenciais.

Para a coleta de dados sugere-se a utilização de várias fontes de evidências.

Para o estudo de caso, especificamente, essas podem vir de seis fontes:

documentos, registros arquivísticos, entrevistas, observação direta, observação

participante e artefatos físicos. YIN (2001) é categórico em afirmar que a utilização

de duas ou mais fontes, aumenta substancialmente a qualidade de caso.

Diante desse contexto, os meios de coleta de dados que se apresentaram

mais pertinente ao caso em estudo foram a observação direta e participante,

escolhida por permitir que o participante realizasse uma dada pesquisa no sistema

de busca de atos normativos, bem como pela participação do pesquisador como

membro de diversos órgãos colegiados deliberativos na instituição, seja na seara

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acadêmica ou administrativa.

Outro meio utilizado foi a análise documental, onde foram pesquisados os

instrumentos legais e normativos da instituição, tais como o plano de

desenvolvimento institucional, o plano de gestão, o estatuto, o regimento geral e o

regimento interno da reitoria, bem como a legislação acadêmica e administrativa que

rege a instituição.

Utilizamos também a pesquisa bibliográfica para embasar a parte teórica do

estudo, e por fim, a busca na internet. Foram consultados todos os sites das

diversas unidades já citadas na pesquisa, desde os conselhos superiores até os

colegiados dos diversos departamentos, cursos e programas.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analisando os dados coletados a partir da observação direta e participante,

bem como a busca nos sistemas integrados de gestão da instituição, aos sites das

diversas unidades acadêmicas e administrativas que compõem a UFRN, permitiram

concluir que:

Em relação aos quatro conselhos superiores (CONSUNI, CONSEPE,

CONSAD e CURADORES) não há disponível nos sistemas, quaisquer informações

em relação a composição: membros, representação, quantidade e quórum mínimo;

Quadro 02 – Disponibilidade dos atos emanados dos conselhos superiores

Conselho Resoluções Atas Pautas

CONSUNI/CONSEPE 1982 a 1984 1986 e 1987

Não há Não há

CONSUNI 1959 a 2015 2003 a 2015 2003 a 2015

CONSEPE 1970 a 2015 2004 a 2015 2004 a 2015

CONSAD 1987 a 2015 2001 a 2015 2001 a 2015

CURADORES 2000 a 2015 2003 a 2005 2007 a 2015

2003 a 2015

Fonte: UFRN.

Em relação aos centros acadêmicos, dos oito centros que compõem a

instituição, podemos afirmar que apenas três disponibilizam informações acerca das

decisões de seus conselhos, sejam atas, pautas ou resoluções. Vale salientar que

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essas informações também estão em sua grande parte desatualizadas, ou

disponíveis apenas os atos mais recentes;

Quadro 03 – Disponibilidade dos atos emanados dos conselhos de centro.

Centro Resoluções Atas Pautas

CB --- --- ---

CCET --- --- ---

CCHLA 2005 a 2008 2003 a 2013 ---

CCS --- --- ---

CCSA --- --- ---

CE 2014 e 2015 2011 a 2015 2011 a 2015

CERES --- --- ---

CT 2012 2013 a 2015 ---

Fonte: UFRN.

Dos setenta e oito departamentos acadêmicos, (ver quadro 01) foi possível

verificar que apenas três disponibilizam os atos emanados de seus colegiados.

Essas informações também são de atos recentes e algumas até desatualizadas;

Em relação aos programas de pós-graduação, dos atuais setenta e sete

programas e seus cento e treze cursos de mestrado e doutorado, apenas três

disponibilizam os atos emanados de seus colegiados, sejam atas, pautas ou

resoluções.

Por fim, dos noventa e seis cursos de graduação que a UFRN oferece,

nenhum deles disponibiliza informações acerca dos atos emanados de seus

colegiados.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os dados mostram que são poucas ou quase inexistentes as ações que

contemplam o acesso à informação pelo cidadão, bem como pela comunidade

universitária em relação ao assunto pesquisado. Esses dados levam à conclusão de

que as ações informativas e comunicativas empreendidas pela instituição ainda são

mínimas, diante da realidade que crescentemente reforça a importância do acesso à

informação pública: ela é fundamental para o desenvolvimento individual, cultural,

econômico e social e para o exercício pleno da cidadania.

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Foi possível identificar apenas sinais esparsos e não consolidados de

políticas de informação pública. Esses sinais não têm um norteador institucional,

algo como um núcleo ou órgão, vinculado à administração central e encarregado de

conceber diretrizes gerais e termos de referência específicos. Este órgão, concebido

para dar suporte aos órgãos da administração é que poderia formular e inserir

políticas de informação nas estratégias gerais das políticas da organização,

tornando-as coerentes com as bases conceituais da gestão pública como um todo.

Constata-se ainda que, apesar de a UFRN dispor de uma boa estrutura de

informação e comunicação, não dispõe de uma política de informação que gerencie

essas informações, apesar de ter criado recentemente a DGI – Diretoria de Gestão

da Informação. (REGIMENTO INTERNO DA REITORIA, art. 94 § V e arts. 116 a

118).

Chama a atenção, igualmente, o fato de diversas unidades não possuírem

websites, ou quando têm estão desatualizados como é o caso da grande maioria

dos departamentos acadêmicos e das coordenações de cursos de graduação.

Todas tratam de assuntos de relevância para os cidadãos e para a comunidade

acadêmica, e têm, portanto, obrigação de disponibilizar informações e estabelecer

canais de comunicação, utilizando instrumentos de fácil acesso.

Existe notoriamente a necessidade de concepção, elaboração e

institucionalização de uma política de informação, que envolva diretamente as

diversas unidades que compõem a UFRN, bem como os gestores e os formuladores

das diretrizes e políticas gerais de informação e comunicação. Só assim poder-se-á

assegurar um fluxo de informação pública que estimule e subsidie o exercício da

cidadania e a participação dos cidadãos na gestão da instituição.

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