Política Resumo

Rafael Barreto Ramos 2011

Poltica

10/02/11

Plis: Pblico, urbano, estado

Quem exerce o poder tem que ter os meios para poder exercer.

Exemplo: Os pais exercem poder atravs (meio) do poder econmico, fsico e ideolgico.

Pai -> Filho -> PRIVADO

Diferente de

Poder poltico -> PBLICO

Quanto maior o estado, menor a distncia entre pblico e privado.

Escravizar algum um poder desptico.

2 tipos de governo: Autoritrio e natural

A definio de Loki prescritiva, subjetiva, valorativa.

O governante/estado tem meios para exercer o poder. So eles:

Ideolgico

Econmico

Fora

O estado monopoliza o direito de usar a fora/violncia.

O estado o nico que pode exercer as leis

Estado no pode perder territrio.

Cidadania implica em direitos e deveres.

Estado tem que ser o poder soberano dentro de seu territrio, pois este tem uma funo

prioritria: a ordem pblica.

O monoplio atravs da fora o meio do estado para atingir a ordem pblica.

Se a fora no for do estado, seria do povo, fato que geraria o caos. Eis a razo do monoplio

da fora.

O elemento central o direito do estado de usar a fora.

O monoplio da fora como meio e como fim so essenciais a todos os tipos de estado.

INVARIVEIS.


S quem pode usar a violncia como forma de punio e, mesmo assim, em algumas formas

de estado, sua utilizao limitada. Exemplo: estado democrtico.

IDEOLOGIA E ECONOMIA so dominantes e no monoplios.

H estados que monopolizam o econmico (URSS) e o ideolgico (ditaduras).

O monoplio da fora em um estado necessria, porm no suficiente. Exemplo: ditaduras

que resultam em guerras civis.

O monoplio da fora deixa de ser monoplio somente em Estados que deixam de ser Estados.

O abuso da fora pelo estado evidencia a perda de poder, portanto, poltica no sinnimo de

fora.

Ler: O medo... Tomas Hobbs


15/02/11

Hobbs

Tudo na concepo Hobbeziana culmina no estado.

H poder no estado de natureza. Em cada um de ns individualmente. No h um poder maior

que impera sobre as pessoas.

No estado de natureza no h o estado, porm h poder, que est disseminado em cada

indivduo.

Segundo Hobbs, no estado de natureza o estado no impe sanes, ns podemos tudo.

Para Thomas Hobbs, o homem no socivel e sim competitivo, etc., portanto, a ausncia do

estado resultaria em uma guerra iminente.

O homem tambm racional de natureza, porm Hobbs diz que a razo nos levaria para um

estado de guerra ainda maior, porque no estado de natureza racional usar a fora para

alcanar os fins e at mesmo se defender.

O homem livre no estado de natureza e tambm valoriza a liberdade e o poder.

Num primeiro momento bom ser poderoso e livre para fazer o que bem entende, porm h

algo que ele valoriza mais que tudo, a vida. Mas a partir do momento que ele percebe que no

h ningum para protege-lo, este passa a viver com uma constante sensao de medo e

insegurana.

Neste mundo, o centro o homem e quando este est com um problema, ele quem tem que

procurar uma soluo. Deus pode ter dado a vida a ele, porm no resolver o problema para

ele.

A racionalidade de matar primeiro para no ser morto ineficaz, pois uma ao imediata no

suficiente para resolver o problema, deixando o homem na mesma situao de medo e

insegurana.

Se somos racionais, devemos encontrar uma maneira definitiva para resolver o problema.

A soluo seria cada indivduo abrir mo da liberdade, transferi-la a uma terceira pessoa.

A relao com o texto Poltica o monoplio da fora concedido ao Estado pelo povo.

O meio principal que o Estado se eleva ao poder o seu monoplio da utilizao da fora.

Eu cedo o meu direito de usar a fora a uma autoridade soberana a qual ter o poder

exclusivo de us-la.

Para Hobbs, no suficiente ceder apenas nosso direito de usar a fora, como tambm grande

parte da nossa liberdade.


um pacto de submisso com o objetivo de conseguir proteo. Estamos abrindo mo de

tudo em defesa vida

Hobbs diz: Devemos obedincia incondicional ao Estado desde que este no ponha em risco a

vida

Texto Poltica: Invariveis so a Ordem e a Fora

Os fins do Estado so vrios, pois dependem da poca, etc.

Mas uma coisa invarivel: na ausncia do Estado, reina a guerra e o caos.

Para Hobbs, os indivduos do estado de natureza, livres, formam um contrato e geram o Estado

e o Estado forma um contrato e gera a ordem.

O ser humano, para propor esta proposta do Estado, ele tem que ter tido uma vivncia,

portanto, uma concepo histrica. J por valorizar a vida humana, etc., tambm uma

concepo filosfica.

Onde todo mundo tem poder, gera o caos, guerra.

Enquanto o homem disputar o poder, no h paz nem ordem, pois o homem, naturalmente,

tende guerra, ao caos.

A nica maneira de o homem viver em paz ceder o seu poder a um s, a uma entidade, que

to poderosa que capaz de conceber a paz e ordem.

Hobbs tenta nos fazer imaginar como seria se o estado no existisse, nos mostrando tanto o

lado bom quanto ruim, porm, natural vermos que no vale a pena, pois hobbs nunca

acreditou que o homem estivesse, inato a seu ser, um lado organizado e respeitoso e por

isso que, para ele, invivel a convivncia em paz e harmonia sem a presena de uma fora

maior e ordenadora.

O erro que Hobbs nunca se preocupou em provar a ningum que o estado surgiu

exatamente assim. No mostrou que estava se tratando de cada um de ns.

Ordem fim e no meio.

O Estado em Hobbs absoluto, incontestvel. E mesmo que este governante seja mau, ele ter

tudo que quer, portanto, no h necessidade de ferir o nico desejo do povo, direito vida.

Hobbs acredita que no se deve contestar o poder absoluto, no importa qual seja, ou seja, a

monarquia absoluta.


17/02/11

Atividade em Grupo

Em 2003 o Conselho de Segurana da ONU no aprovou o uso da fora contra o Iraque, como

queriam os Estados Unidos. No entanto, desrespeitando a deciso das Naes Unidas, os

americanos invadiram o Iraque. Analise esse acontecimento a partir da afirmativa

hobbesiana de que os pactos sem espada no passam de palavras sem fora....

Hobbs defende a ideia de que, para existir a paz, necessrio que o poder esteja

concentrado, sendo este poder cedido pelas partes envolvidas.

Na situao acima, houve um conflito de interesses entre a ONU e os EUA em relao

ao Iraque. Por se tratar de uma organizao mundial, os interesses da ONU deveriam ser

garantidos. Porm, na formao desta organizao, o poder no foi cedido, de fato, pelos

pases participantes. Portanto, por no possuir o principal meio necessrio, o monoplio da

fora, para garantir seus interesses, a ONU teve sua deciso contrariada por um poder mais

forte e dominador, o dos EUA.


22/02/11

Preocupao comum a todos os textos:

O poder que capaz de garantir a ordem, a estabilidade e a imperidade territorial.

Maquiavel defende claramente a separao do Estado da Religio.

Maquiavel vive no sculo XV, num embate entre a igreja e a monarquia, num territrio

totalmente dividido. Uma poca de disputas, etc. O que produz uma instabilidade muito

grande Itlia renascentista.

Maquiavel, mais que Hobbs, est preocupado com a arte de governar e de dar estabilidade

ordem pblica. a poltica do dia a dia. Todo dia a poltica tem que lidar com as ameaas

ordem pblica. Este o tema central de Maquiavel.

Maquiavel inaugura o realismo na poltica.

Maquiavel, antes de Hobbs, em poucos momentos defende uma ideia que no possa ser

comprovada empiricamente. Muito emprico, muito fatual, muito realista.

Apesar de Hobbs vir 2 sculos depois, a anlise Maquiavelica mais prxima da cincia

poltica, por ser mais factual, menos filosfica.

Foi considerado um autor maldito, por ter sido realista e ter feito uma separao bem definida

entre Estado e Religio.

A poltica nasce da nossa prpria malignidade. Maquiavel se a civilidade fosse algo inato

ao nosso ser, no precisaramos de um poder maior, o estado, para nos civilizar.

Tanto Hobbs quanto Maquiavel colocam a soluo nas mos dos homens. Tiram Deus da

poltica.

A poltica no leva ao cu, mas a ausncia dela o pior dos infernos. Nicolau Maquiavel

A fora s funda o Estado. O que mantm o Estado a virtude.

Poltica NO fora. No violncia.

Maquiavel praga o uso virtuoso da fora.

Virt DIFERENTE de moral.

Moral valor, porm Maquiavel avalia o governante no no sentido valorativo, mas no sentido

de garantir a ordem pblica e a estabilidade num estado.

Nem sempre as aes guiadas atravs dos valores morais de uma determinada poca so o

melhor para o Estado. Devido a isso, o homem deve-se guiar primordialmente pela razo

visando sempre o MELHOR para o Estado.


virt DIFERENTE moral

virtudes crists IGUAL valores, moral, bondade

A salvao meta da igreja. A meta da poltica garantir a paz nas relaes humanas neste

mundo, portanto, o prncipe deve agir, atravs da razo, da racionalidade, visando o melhor

para seu povo, para seu Estado.

O prncipe deve escolher o MEIOS para atingir os FINS. O critrio da escolha dos meios a

eficcia destes de acordo com os fins do estado, sendo que os fins do Estado deve ser

COMUNS, atingir o povo, a sociedade.

O monoplio da fora necessrio, porm no suficiente.

O prncipe deve se desvincular dos valores morais de sua poca e se corromper objetivando

sempre o melhor para seu Estado.

Maquiavel define a corrupo como a utilizao do poder pblico do Estado para o alcance de

fins prprios.

A moral se desloca do meio para o fim quando se trata da coletividade, do Estado.

Maquiavel defende a mentira como ferramenta para se chegar ao poder desde que os fins

estejam de acordo como melhor que deve ser feito coletividade.

A poltica a vida tal como ela , no como ns gostaramos que fosse. Ento, voc tem que

lidar todo dia com corruptos, imorais, etc. Se ele no conseguir lidar com isso de forma eficaz,

tido como um mau governante.

Maquiavel teorizou sobre a esfera pblica e no privada. E, no plano da poltica, Maquiavel diz

faa tudo para atingir seus fins, pois a sociedade vai te julgar por suas realizaes.

O homem virt =racional (meio fins) ao, sujeito fins.

O mal para um governante, segundo Maquiavel, no deixar que o fim do Estado seja

alcanado.

Principado ou repblica: o que Maquiavel quer? O que se fizer necessrio!

Para Maquiavel, em momentos de caos, admite-se a represso.

O homem medieval era homem objeto. Objeto de Deus.

Geral:

Poltica no tem a ver com moral. No tem a ver com a moral convencional. Tem sua moral

baseada nos FINS, porque os fins so pblicos.


Perguntas prxima aula:

1) Maquiavel absolutista ou republicano?

Maquiavel no defende nenhuma forma de governo em especfico. Acredita que se deve

exercer o tipo de governo que se fizer necessrio de acordo com a situao da poca.

O absolutismo deve ser instaurado quando h uma degenerao da ordem pblica.

2) Hitler pode ser considerado como o prncipe ideal na concepo de Maquiavel?

No, pois

3) Maquiavel aceita ou no os conflitos? E Hobbs?

Maquiavel valoriza a liberdade, inclusive como instrumento de controle social, pois d ao

povo a sensao de participao no governo, etc. etc. Para ele, a liberdade s deve ser

privada em casos de desordem pblica.

Hobbs no admite conflitos de forma nenhuma. Temos a liberdade de fazer aquilo que o

governante no probe. Ns no temos nenhuma liberdade que possamos reivindicar a

priori.

Os conflitos para Hobbs cessam com o advento do Estado, porm para Maquiavel, o

conflito no cessa jamais, pois se o prncipe no for virtuoso, os conflitos degeneraro o

Estado e, se for, este administrar os conflitos de forma harmoniosa.

A questo do conflito e da liberdade interpretadas por Maquiavel no sculo XV e por

Hobbs no sculo XVII so completamente divergente.


24/02/11

Nicolau Maquiavel

Tema: o Estado, a manuteno do poder atravs da arte de Governar e evitar o caos.

Mtodo: emprico-comparativo (crtica ideia de regime ideal, pensar o poltico no mbito das

contingncias a partir de experincias concretas).

Natureza humana: covarde, egosta, volvel e, poranto, tendente ao conflito.

A Poltica: vista como ao contnua que busca processar institucionalmente os conflitos.


03/03/11

Avaliao

15/03 tera-feira

16 pontos

Bobbio, Maquiavel e Hobbes

Thomas Hobbes

Tema: o problema da unidade do poder, da superao do divisionismo e dos conflitos.

Abordagem: racionalismo filosfico (o Estado como algo artificial, como um produto da razo

humana).

Natureza humana: desejo de poder, de glria, particularismo (viso antropolgica).

Estado da natureza: todos so iguais em essncia e em poder o que resulta na guerra

generalizada

Contrato: os homens, movidos pelo medo e pelo instinto de autoconservao fundam o

Estado atravs de um acordo recproco.

Estado: corpo artificial criado pelos prprios homens que racionalmente encontram o meio

para garantir segurana e vida. A LEGITIMIDADE DO PODER, NESSES TERMOS,

INCONTESTVEL.


03/03/11

Avaliao

15/03 tera-feira

16 pontos

Bobbio, Maquiavel e Hobbes

Thomas Hobbes

Tema: o problema da unidade do poder, da superao do divisionismo e dos conflitos.

Abordagem: racionalismo filosfico (o Estado como algo artificial, como um produto da razo

humana).

Natureza humana: desejo de poder, de glria, particularismo (viso antropolgica).

Estado da natureza: todos so iguais em essncia e em poder o que resulta na guerra

generalizada

Contrato: os homens, movidos pelo medo e pelo instinto de autoconservao fundam o

Estado atravs de um acordo recproco.

Estado: corpo artificial criado pelos prprios homens que racionalmente encontram o meio

para garantir segurana e vida. A LEGITIMIDADE DO PODER, NESSES TERMOS,

INCONTESTVEL.

Anlise filme O senhor das moscas

Um governante ser julgado pelos fins e no por seus meios. ai que o Ralf do filme O senhor

das moscas peca, pois ele era uma pessoa boa e no consegue obter de forma eficaz o

monoplio da fora.

2 elementos que precisam estar unidos. So eles:

A racionalidade

A sagacidade

O Ralf demonstrou a virtu, se utilizou dos meios democrticos, valorizando a participao do

povo.

Devido falta de punio do Estado, aparecem problemas que resultam no caos, o que

enfraquece a autoridade depositada no Ralf.


Desde o incio h uma diviso de ideais:

Jack, que priorizava as condies de sobrevivncia na ilha;

Ralf, que priorizava os mecanismos necessrios para a sinalizao do resgate ilha.

Enfim, devido falta de autoridade do Ralf, o Jack vai conquistando o poder atravs da

estimulao do medo (monstro).

Jack se identifica com Hobbs, pois o povo prefere proteo liberdade e o jack, atravs do

medo, domina o povo, punindo exemplarmente, dissemina o medo, etc. etc.

Jack ento se utiliza de todos os instrumentos (fora, medo, etc.) e domina de tal forma que

passa a no ter mais oposio.

Quando o Estado no temido, deixa de ser Estado. Foi exatamente isso que aconteceu com

o Ralf.

Jack passa ento a abusar do poder, a ponto de cometer assassnios.

virtuoso tambm no ato da punio do primeiro assassinato, onde todos participaram,

porm ele apenas pune um, como exemplo, mantendo assim o poder e a ordem.

O bem no poder no permitir as transgresses. Uso excessivo da fora, to pouco.

Temer o Estado bom. Ruim temer uns aos outros. Hobbs


10/03/11

A poltica comea a ser definida no curso a partir da modernidade.

Modernidade tal que caracterizada pela revoluo francesa, independncia dos EUA,

revoluo industrial, etc.

Norberto Bobbio

Bobbio diz que quando falamos do Estado na antiguidade clssica, falamos das cidades

estados.

Na antiguidade clssica, Estado, Igreja e sobrenatural se confundem, no h uma diviso bem

definida.

Estrutura Sociedade Moderna

O Estado interage com as outras esferas do sociedade, porm agora est bem definido,

institucionalizado.

O Estado o aparato especfico da sociedade que garante a ordem pblica.

O conflito latente. Sempre existem foras opostas na sociedade. O conflito se manifesta. A

questo se vai se manifestar de forma ordeira, geralmente com a presena do Estado, ou

ento de forma catica.

Segundo Bobbio, as definies teleolgicas no se sustentam. Teleolgicas so as definies

que almejam um fim, porm a relao meio fim varivel. Uma relao que poderia se

padronizar seria a da existncia do Estado objetivando a ordem pblica.

Segundo a teoria de Hobbs, o Estado no seria responsvel pela gesto das atividades

econmicas da sociedade.


17/03/11

John Locke

John Locke tambm um autor contratualista.

Acredita que o Estado fundado atravs de um contrato firmado por homens que estavam no

estado de natureza.

Em Locke, diferentemente de Hobbes, h alguns elementos de convivncia no estado de

natureza. No h um estado pblico. Os direitos e liberdades so naturais.

Off: Com o advento do Estado, os direitos e liberdades passam a ser civis.

Tem como ponto de partida o jus naturalismo, que vem a ser o direito natural.

O estado de natureza Lockeano reina a paz e a harmonia num determinado tempo. J em

Hobbes, no estado de natureza existe somente a guerra e o caos.

Para Hobbes, os conflitos so racionais. J para Locke, os conflitos so irracionais.

Hobbes diz que as leis naturais devem atentar aos direitos do outro (direito a vida etc. etc.),

porm como no h nenhum poder que obrigue os homens a cumprir as leis advindas da

racionalidade, este no as seguir, pois o homem tambm egosta, passional etc. Com isso, a

racionalidade conduz primeiramente ao caos generalizado e posteriormente criao do

Estado.

Para Locke, o estado de natureza no uma condio onde os homens esto amedrontados,

acuados, etc. Para ele h uma tendncia na racionalidade humana de respeito mtuo.

Os direitos so inatos a nossos seres. Nascemos livres, ento direito natural nosso manter e

preservar nossa liberdade.

Deus, ao contrario do medievo, faz dos homens iguais entre si em direitos. Que so dados a

todos quando chegamos a este mundo. Chegamos em uma situao de igualdade.

As diferenas so produto do prprio homem.

O homem com seus talentos e habilidades, transformar a natureza em seu benefcio.

Portanto, a propriedade de direito do indivduo. Deus nos d somente a propriedade comum

dos recursos existentes na Terra.

direito do homem ser proprietrio do fruto de seu trabalho.

uma ruptura dramtica com o medievo. Acaba com a ideia de que Deus coloca os homens na

Terra com direitos diferentes.

Para Locke, como todos os autores modernos, o homem o centro e nossa histria cabe nica

e somente a ns.

A paz e a harmonia para Locke so relativas. Jamais sero completas.


Para Locke, o homem j vive numa condio pr-social, pois temos os mesmos direitos e

estamos felizes por ter estes direitos e nos contentamos com isso. Porm no h uma certeza.

O ser humano nem sempre racional e s vezes fere a liberdade alheia.

A irracionalidade de alguns tem como consequncia a necessidade de eventuais punies.

No h um juiz imparcial no estado de natureza. O fato de todos os homens poderem julgar e

punir no estado de natureza um inconveniente.

A criao do Estado tem como objetivo levar justia s punies s transgresses aos direitos

dos homens.

Locke o precursor de uma doutrina chamada liberalismo. A liberdade o elemento central

da teoria de Locke.

Para que a liberdade seja garantida, o indivduo cede ao Estado um poder restrito, limitado. O

Estado dividido. Uma parte governadora e outra parte legisladora, onde a parte legisladora

seria escolhida pelo povo.

No h ainda a democracia.

John Locke quer a superioridade do parlamento, que ter total liberdade de criar as leis em

benefcio do povo, da sociedade.

O Estado fundado para garantir nosso direito vida, liberdade e proteo aos bens que a nos

pertencem. Suas aes devem objetivar nica e exclusivamente estes fins.

Todos esto submetidos aos direitos que devem ser garantidos, inclusive o Estado e seu poder,

contrariamente a Hobbes.

Autoritarismo, para Locke, jamais.

Locke prega a meritocracia: logica geral para justificar as desigualdades no Estado liberalista.

Ler: liberalismo e democracia do Bobbio


22/03/11

Liberalismo e Democracia

A doutrina liberal compreende os limites dos poderes e funes do Estado.

Limites dos poderes = Estado de Direito

Limites das funes = Estado mnimo

Estado de direito: um Estado no qual os direitos dos cidados esto juridicamente protegidos

e os poderes pblicos regulados por leis fundamentais ou constitucionais.

Estado mnimo: um Estado no intervencionista e com funes reduzidas.

Bobbio no captulo 2 diz que o contratualismo uma concepo filosfica, apesar de Locke

afirmar que uma concepo

O contrato social de Locke condicional.

Bobbio diz que o contratualismo inverte o processo histrico, pois absolver o Estado

absoluto.

A igualdade no liberalismo sempre a igualdade em direitos, a igualdade formal, chamada de

igualdade jurdica.

A desigualdade advm da meritocracia social.

H uma certa semelhana entre o liberalismo e o capitalismo.

A conquista de direitos num primeiro momento no nada contrria ao capitalismo, pois os

direitos que os liberais esto defendendo so os relacionados liberdade individual e o

indivduo precisa de liberdade para atuar no mercado.

Os direitos civis, em sua base, so conquistas dos liberais. Direitos civis que so na verdade

liberdades individuais.

Direito propriedade direito civil, isto , relacionado liberdade individual. Direito de ir

luta e conquista-la.

Direito moradia direito SOCIAL, coletivo. um direito social que quando se reconhece que

existem indivduos que no tem o mnimo a uma vida digna, insere-se na constituio. Deve

ser garantido pelo Estado.

H direitos que so inalienveis e que nenhum Estado pode desrespeitar. Esta a base jus

naturalista de Locke.


No Estado de direito, o Estado no pode desrespeitar os direitos da sociedade, como tambm

deve proteg-la do desrespeito alheio.

Quando o Estado fere os direitos inviolveis da sociedade, deve faz-lo com o intento de

PUNIR.

Os limites constitucionais aos poderes do Estado, no Estado de direito, so claros, definidos.

O Estado, em vista dos liberais, o mal, pois Estado poder e o poder restringe a liberdade,

ou seja, Estado poder e enquanto tal tem que ser bem limitado e controlado para que no

viole os objetivos almejados pelos liberalistas.

Devido a isso, na concepo liberal, deve-se instaurar o Estado mnimo.

O liberalismo no prope no apenas limitaes relacionadas aos poderes do Estado, como

tambm de suas funes. Exemplo: a concepo liberal defende o direto propriedade, mas

no defende o direito moradia.

O Estado deve garantir a liberdade, o resto fica a merc da MERITOCRACIA.

O Estado no deve ultrapassar seus limites tanto em poderes quanto em funes. Deve ser

sempre o mnimo possvel.

Bobbio faz uma separao didtica ao analisar o liberalismo. O divide em liberalismo poltico e

liberalismo econmico.

O liberalismo poltico responsvel pela conquista do Estado de Direito.

Alm do liberalismo poltico, h o liberalismo econmico, que est atrelado ao estado mnimo

que no intervm em competies, antagonismos, etc. etc. Causador de grande desigualdade.

Off: o Estado mnimo no existe mais nos dias atuais.

Estado de Direito e Estado Mnimo NO caminham juntos em diversas situaes. Exemplo: o

Estado brasileiro atual Estado de Direito, porm no Estado Mnimo.

Ver filme GERMINAL.


29/03/11

1) A doutrina jusnaturalista em Locke, atende a um duplo objetivo, qual seja, justificar

o Estado com poderes limitados e deslegitimar o absolutismo monrquico. Analise.

A doutrina jusnaturalista em Locke aquela segundo a qual existem direitos

fundamentais a todos indivduos que independem de sua vontade, como, por

exemplo, o direto a liberdade, a vida e a segurana, sendo que, apenas estes direitos,

devem ser protegidos e respeitados pelo Estado.

Com isso, Locke no s limita os poderes do Estado ao que concerne garantia de

proteo aos direitos fundamentais, como tambm deslegitima o absolutismo

monrquico, que tem como fundamento a concentrao do poder nas mos de um

soberano com direitos divinos, que tem total autonomia na definio dos direitos e

deveres da sociedade.

2) Para garantir a liberdade dos indivduos, o liberalismo defende os limites dos

poderes e das funes do Estado. Comente essa afirmao contrapondo liberdade e

poder.

Onde h poder, h a possibilidade de interveno nas liberdades, que so, segundo a

concepo liberalista, os direitos fundamentais que os indivduos possuem.

Desta forma, o Estado deve intervir de forma mnima na sociedade com o objetivo de

apenas cumprir funes, que tambm devem ser limitadas, visando apenas a

conservao da liberdade, da vida e dos bens, pois, o que vai alm disto de inteira

responsabilidade do indivduo e se deve nica e exclusivamente ao seu esforo,

mtodo caracterizado como meritocracia.


31/03/11

Liberalismo

O liberalismo peca por focar demais na individualidade.

A extrema competitividade cria uma relao nociva entre os indivduos, pois a sociedade exige

laos, relaes.

Rousseau

Para Rousseau h uma mudana no homem desde seus primrdios. Nos primrdios os

contatos eram apenas para fins reprodutivos.

O homem primrio para Rousseau se guia pelos instintos. Ainda no h interao entre os

homens. Eles vivem livres, isolados e instintivamente.

Homem natural no irracional.

medida que os contatos vo se tornando mais frequentes, os processos de interao se

tornam mais frequentes. E atravs destes contatos, o homem, racional, percebe que a vida em

grupo benfica, produtiva.

Porm, num determinado momento, o indivduo vivendo em comunidade se afasta e toma

uma poro de Terra como sua. Com isso, tambm encontra pessoas ingnuas que

acreditam nesta afirmao. Este processo se repete e nasce ento a propriedade privada.

Cada um parte de um todo.

A posse, como definida em Locke, a origem dos conflitos na sociedade.


Nasce ento um conflito entre aqueles que tem demais e os que no tem nada e, com isso,

firma-se um pacto.

1 Pacto: Estado (direito propriedade privada) dos ricos

Neste primeiro pacto, TODOS perdem sua liberdade. A propriedade, a posse, aprisionou o

homem.

Propriedade privada

Locke: direito natural, inato;

Rousseau: resultado de um processo de desenvolvimento, aprendizado, evolutivo.


05/04/11

Rousseau (1712 1778)

Tema: Crtica ao individualismo e propriedade: A busca pela sociedade ideal pautada na ideia

de comunidade, de interesse comum.

Abordagem: filosfica, versa sobre valores, sobre a sociedade idealizada, na tentativa de

deslegitimar as formas histricas de desigualdade e de injustia social.

Natureza Humana: homem natural bom, que vive livre isolado movido pelos sentimentos e

instintos e no pela razo. No tem, portanto, um impulso natural aquisitivo e competitivo

como em Hobbes.

Contrato Social: forma de reverter os danos provocados pela desigualdade e pela essncia

humana corrompida. Na sociedade pactuada, toda a propriedade alienada e o indivduo cede

lugar ao coletivo, condio da sociedade justa e da liberdade civil.

Estado: comunidade poltica que age de acordo com as leis que resultam da Vontade Geral e

soberana do povo.

Liberdade Civil

Rousseau Locke

Coletivo, vontade geral, comunidade =

liberdade

Direitos individualistas, liberdades naturais ->

liberdades civis, limitao do Estado,

meritocracia.

A liberdade civil libera peca ao parar nas liberdades individuais. A liberdade individual no

ruim. Pelo contrrio.

Liberdade Civil para Rousseau diferente da Liberdade Civil em Locke.

A liberdade civil em Rousseau no est fundada na ideia do individuo freando o Estado. Em

Rousseau, a ideia de liberdade vem dos gregos. O homem grego em experincias das

democracias diretas, achava a esfera do privado, o dia a dia, o cotidiano uma coisa enfadonha.

Dignificante para o homem grego era a vida na plis.

O homem no pode almejar sua antiga liberdade, do estado de natureza, pois agora vive em

coletividade. Consequentemente havero vantagens e desvantagens.


Para Rousseau, toda sociedade civil precisa de suas leis que vo reger o convvio em

comunidade. Na busca do conjunto de leis fundamentais que definem a essncia do convvio

harmnico, TODOS os indivduos devem ser consultados. Ento busca-se o que h de comum,

de pblico em cada expresso individual. Ento chega-se vontade geral, que traduzida a um

conjunto de leis que regem a vida em comunidade.

O conflito em Rousseau ento advindo do interesse individualista, egosta.

Somos livres demais, porque obedecemos as leis que ns mesmos ajudamos a sintetizar.

Ideia de Rousseau


07/04/11

Analisar comparativamente os conceitos de propriedade em Locke e em Rousseau.

Em Locke, a propriedade vista como um direito individual j existente no Estado de Natureza,

sendo que o Estado advm com a finalidade de garantir este direito. A conquista desta

propriedade se fundamenta na meritocracia, que define que as conquistas do indivduo

resultam exclusivamente de seu mrito, trabalho.

J para Rousseau, no Estado de Natureza, onde os homens se guiavam primariamente pelo

instinto, no havia a propriedade privada. As terras eram utilizadas apenas para o suprimento

das necessidades vitais e individuais.

Com o passar do tempo, o homem passa a se guiar no s pelo instinto, como tambm pela

racionalidade e, com isso, impe ao resto dos indivduos que determinada poro de terra

pertence a ele, o que , num primeiro momento, aceito pelo resto da coletividade. Porm,

este acontecimento se repete de tal forma que resulta no surgimento de conflitos e ento,

para dissolv-los, surge o chamado Pacto dos Ricos, atravs do consentimento dos homens,

que garante oficialmente o direito de propriedade e o princpio da desigualdade do Estado

Social.

EXPLICITAR O SEGUNDO PACTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Portanto, em linhas gerais, para Locke, a propriedade se resume a um direito natural, inato ao

indivduo, e para Rousseau, a propriedade est vinculada ao indivduo particular entendido

como parte do corpo poltico e no como ser independente no Estado de Natureza, onde este

indivduo usurpa de sua condio privilegiada.


O homem, ao perceber a sociedade profundamente desigual criada pela prpria ganacia,

decide firmar um segundo pacto.

Ento, aliena tudo que os caracteriza como ser egosta, competitivo. Abrindo mo tambm de

sua propriedade privada.

Ento forma-se o segundo pacto, onde o Estado redistribui a propriedade inicialmente

concentrada. A propriedade passa a fazer parte do todo, da coletividade.


26/04/11

Democracia formal ou liberal (a partir do sculo XX)

Originada no liberalismo. Unio da democracia e liberalismo.

Representativa, diferentemente da dos antigos. Representao surge com o liberalismos.

Sufrgio universal e igualitrio.

a) Universal: participao de todos;

b) Igualitrio: no h hierarquizao dos votos. Todos possuem o mesmo valor.

Na modernidade, todo governo no democrtico invade as liberdades individuais no estado de

direito, consequentemente, expande seus poderes.

O liberalismo leva a concluir que os regimes que respeitam as liberdades individuais so

unicamente os democrticos. Com isso, a juno do liberalismo com a democracia ocorre, ou

seja, necessria a participao do povo, representao e afins.

Eleies livres e peridicas.

Nos regimes democrticos h uma pluralidade de influncias. H o acesso

a) Livres: significa que as eleies no so manipuladas no sentido de favorecer algum

partido que esteja no poder. A vontade do povo SOBERANA. A escolha livre leva em

conta o acesso informao e a no manipulao das eleies.

Off: o fato de ser uma democracia consolidada no impede que acontea uma transgresso

eventual.

Mais de um partido.

Os arranjos institucionais variam enormemente, portanto, o nmero de partidos no

define a consolidao da democracia.

Os arranjos institucionais se adequam s condies de cada sociedade. Enfim, no h

nenhum conjunto institucional padro adequado todas as sociedades.

Legislativo eleito diretamente pelo povo

Em todos os pases democrticos, aqueles que vo legislar devem ser escolhidos

diretamente pelo povo. Esta caracterstica no se faz necessria em relao aos que

vo governar como acontece, por exemplo, no parlamentarismo, semi-

presidencialismo.

Parlamentarismo: os parlamentares, que so escolhidos pelo povo, indicam os

ministros.

Regra da maioria com respeito minoria.


Alternncia no poder.

O liberalismo altamente compatvel com a igualdade formal ou jurdica.

Igualdade jurdica: todos devem ser tratados conforme determina a lei.

Igualdade de direito


03/05/11

No passado os liberais se afirmavam em qualquer luta contra qualquer tipo de tirania e criou

instituies para evita-las.

Tocqueville

Para Tocqueville, massa no poder pode significar o fim das liberdades, o fim da propriedade

privada, pois, para ele, se reproduziriam a mediocridade, ignorncia caractersticos do senso

comum.

O Estado de Direito em si um protetor, um freio s minorias da tirania da maioria.

Uma forma de tirania subentendida se expe nos modelos onde a maioria valorizada:

Quando um regime se baseia na vontade da maioria, ento, tudo aquilo que a maioria valoriza

ser extremamente valorizado que apesar de as minorias tendo o direito de legal de crtica e

divergncia, no vai encontrar mecanismos de expresso de suas ideias.

As minorias seriam inevitavelmente sufocadas pela maioria, acabando, assim, indiretamente,

com a liberdade de escolha.

A massa medocre e a mediocridade se impor de tal forma que sufocar a minoria.

Por fim, Tocqueville se mostra como opositor do sufrgio universal.

Formas de tirania:

Um grupo escolhido pela maioria invade direitos constitucionais.

No h a invaso dos direitos constitucionais, porm h a predominncia sufocadora da

maioria.

Porm, seus ideais so contraditrios e incoerentes, pois ele, como liberalista, prega a

liberdade, mas nega a liberdade poltica s massas.

Stuart Mill

Em sua poca, a classe trabalhadora est organizadssima e no admite excluso poltica.

A soluo de Stuart Mill limitar os interesses, desejos da maioria sem excluir, pois a excluso

vai contra a doutrina liberal defendida por ele.

Negar classe trabalhadora direitos polticos, negar a eles a cidadania.

Portanto, a classe trabalhadora tem que trabalhar.

Quem defende interesse de classe trabalhadora a classe trabalhadora. Elite defende

interesse de elite.

Faz defesa do voto feminino que, na poca, sculo XIX, era algo impensvel ainda.


Soluo segundo mil:

O sufrgio tem que se universalizar, mas algo tem que diluir a maioria. Prope ento a

mudana do sistema eleitoral majoritrio para o proporcional.

No sistema majoritrio, tende-se ao bipartidarismo, pois apenas os partidos grandes

sobrevivem.

O sistema majoritrio possibilita a fcil maioria absoluta de apenas um partido, o que favorece

a tirania da maioria.

J no sistema proporcional, favorecem-se todos os partidos que alcanarem o quociente de

excluso, portanto, freia-se democraticamente a tirania da maioria.

Trabalho poltica

Financiamento pblico de campanha


05/05/11

Stuart Mill

Props sufrgio universal e voto feminino

O pnico se acentua na medida em que a doutrina socialista comea a ser difundida e a

possibilidade de sufrgio universal clara.

Dilui o poder da maioria num governo popular atravs da proposta do voto proporcional.

O voto no pode ser diferenciado em funo da renda, mas deve ser diferenciado em funo

da escolaridade, educao.

O Estado, apesar de no ter que intervir na vida dos indivduos, porm, no quesito educao, o

Estado dever prover, ao menos, o mnimo possvel, pois quem analfabeto no livre.

Mill defende a ideia de que, ao superar o analfabetismo, o indivduo conquista o direito de

voto.

Off:

Para evitar guerra civil, no utiliza-se o princpio majoritrio e sim o proporcional.

Os conflitos devem ser solucionados dentro das instituies. Fora delas, um perigo.

Avaliao de poltica 17/05/2011

Valor: 24 pontos

Matria: John Locke, Rousseau, Liberalismo e Democracia Cap.: 2,3,4,7,8,11,13,15


12/05/11

Liberalismo X Socialismo

Liberalismo: Defesa intransigente da propriedade privada da liberdade econmica.

Socialismo: Propriedade privada como fonte principal de desigualdade entre os

homens.

Democracia e Socialismo

1) A democracia (LIBERAL) favoreceria o advento da sociedade socialista (democracia

como meio de se chegar ao socialismo).

2) A sociedade reforaria a democracia atravs de uma distribuio igualitria do poder

poltico quanto do poder econmico.

Do ponto de vista das liberdades, liberalismo e democracia esto ligados.

Do ponto de vista da democracia e do socialismo, os pontos em comum so os ideais

igualitrios.

Liberalismo

Os liberais entendem a propriedade privada como um direito inalienvel.

O direito de conquista da propriedade privada como um direito natural anterior ao Estado.

Os liberais pregam a igualdade em direito.

Socialismo

A propriedade fonte de TODOS OS MALES.

Atravs do controle privado do processo produtivo que se instaura a desigualdade.

Para a formao de uma sociedade coletiva, menos conflituosa, deve-se acabar com a

propriedade privada.

Segundo Karl Marx a superestrutura um dos nveis da estrutura social, sendo o outro nvel

a infraestrutura (ou base econmica)

A infraestrutura define a supra estrutura.

Marx afirma tambm que o superestrutura capitalista favorece a burguesia, ou seja, h

desigualdade.

Marx diz que a democracia capitalista falsa, inexistente, ilusrio, pois quem detm o poder

que tem possui poder econmico.


As condies para a instaurao de uma sociedade igualitria, necessria a extino da

propriedade privada dos modos de produo.

Esquerda socialista

a) Esquerda democrtica ou reformista: entende a democracia liberal como um

meio de se chegar ao socialismo.

A linha de raciocnio a mesma dos liberais, porm o que era temor dos liberais,

torna-se objetivo dos socialistas, isto , utilizar do direito de voto como meio de

implantao do socialisto.

Alguns de seus representantes chegaram ao poder. No alcanaram seus

objetivos, porm humanizaram o capitalismo.

Tambm no deu certo. Em alguns casos, causou acomodao da sociedade.

No conduz ao socialismo necessariamente.

b) Esquerda no democrtica ou revolucionria: afirma que justamente por se tratar

de uma instituio burguesa, no um instrumento para uma transformao

social.


17/05/11

Liberalismo + democracia = significa principalmente sufrgio universal como universo

como meio de expresso da livre vontade dos singulares (liberdades civis e polticas).

A democracia um ponto em comum capaz de unir ideias liberais e socialistas, que

so, em sua natureza, antagnicas.

Socialismo + democracia = ideal igualitrio que apenas a reforma de propriedade

poder realizar (um regime democrtico e socialista at agora no existiu).

Social-democracia: forma que realizou parcialmente os ideais libertrios e igualitrios;

Social democracia: juno parcial dos ideais libertrios e socialistas.

Uma social democracia tem como metas a igualdade jurdica (Estados de direito) e

tambm uma certa igualdade social e econmica, assim, podemos considera-la como

formal e parcialmente substancial.

Na social Democracia, o Estado entra fornecendo as necessidades e formao ideais do

indivduo.

Liberdade econmica e igualdade so extremamente antagnicas.

O mrito deixa de ser mrito na desigualdade. (!!!)

Off: A tributao o instrumento mais eficaz na distribuio igualitria de riquezas,

desde que utilizada em sua devida maneira.


24/05/11

Segunda prova poltica

1. (V) De acordo com Norberto Bobbio igualdade e liberdade so ideais antitticos,

principalmente no que se refere esfera econmica.

2. (V) Os liberais clssicos acreditavam que a democracia, baseada no sufrgio universal,

representava uma ameaa propriedade privada.

3. (F) Liberismo e liberalismo so aspectos polticos das doutrinas individualistas que

historicamente se coadunam com os estados sociais da modernidade.

Justificativa: A garantia aos direitos naturais, que atualmente so chamados de direitos civis,

so os aspectos polticos das doutrinas individualistas que historicamente se coadunam com

estados sociais da modernidade.

4. (F) Pluralismo e coletivismo so elementos que em essncia caracterizam as doutrinas

igualitrias.

Justificativa: Pluralismo elemento de sociedade liberal.

5. (V) Uma democracia meramente formal pode favorecer a uma minoria restrita de

detentores do poder econmico.

6. (F) Democracia e liberalismo so propostas que se complementam, pois ambas esto

necessariamente fundamentadas no estado mnimo e no estado de direito.

Justificativa: Democracia e liberalismo so propostas que se complementam em partes, pois

concordam em relao ao estado de direito, porm h discordncias em relao ao estado

mnimo.

7. (F) A doutrina jusnaturalista, presente tanto em Locke quanto em Rousseau, fundamente

a ideia de direitos inalienveis dos indivduos, os quais todo poder pblico deve respeitar.

Justificativa: Rousseau no defende a doutrina jusnaturalista. Acredita que os direitos advm

do convvio em sociedade, fruto de um processo evolutivo.

8. (V) A limitao dos poderes do Estado e a garantia dos direitos individuais so princpios

liberais que se afirmaram na luta contra o absolutismo.

9. (F) O caos que caracteriza o estado de natureza causado, para Locke, pelo excesso de

liberdade individual.

Justificativa: Locke acreditava que no estado de natureza havia paz e harmonia at o ponto

onde prevalecia a racionalidade, dispensando a presena de um juiz imparcial.

10. (F) Na teoria lockeana o exerccio do poder, para alm do direito, s cabe ao Estado

jamais ao povo.


Justificativa: A teoria lockeana defende o estado mnimo, onde o Estado deve interferir no

convvio social apenas para garantir os direitos naturais dos indivduos.

11. (F) Para Tocqueville a liberdade s ser alcanada em condies de plena igualdade,

como na democracia norte-americana.

Justificativa: Para Tocqueville, as condies de plena igualdade resultam num domnio da

maioria de tal fora que sufoca as ideias/liberdades da minoria.

12. (V) O sistema proporcional associado ao princpio da pluralidade do voto tinha como

finalidade, segundo Stuart Mill, combater a tirania da maioria na democracia.


Socialismo

Sabemos que nunca existiu uma democracia socialista apenas no plano da utopia. Na prtica

muito complexo, pois a liberdade afeta a igualdade e vice versa.

Chega-se ento social democracia e liberal democracia.

Liberal democracia: focado no estado de direito. Mais formal.

Social democracia: alm do estado de direito, sufrgio universal, procurou promover uma

igualdade social ligada ao socialismo. Nunca alcanaram o socialismo pela via da democracia

liberal, mas de fato, conseguiram humanizar o capitalismo atravs de polticas sociais muito

abrangentes. O Estado afasta ento do estado mnimo, do liberalismo e passa a focar no bem

estar social.

O capitalismo diversificou tanto, que o trabalhador industrial apesar de forte, no apresenta

mais a maioria numrica da sociedade. Cai-se ento numa heterogeneidade de atores que

jamais se uniro e lutaro por um nico objetivo: a instaurao do socialismo.

Sem o resultado eleitoral esperado, os sociais democratas no conseguem fazer reformas

profundas para alcanarem seus objetivos, isto , no conquistaram o poder poltico desejado.

Os partidos socialistas estagnam em razo de seu radicalismo, ento pra conseguir a maioria

deve-se desradicalizar o discurso e se aproximar mais dos ideais da classe mdia.

Esquerda Socialista

Participar da democracia: A democracia uma instituio burguesa, porm possui

regras que pode nos ajudar na luta da transformao da sociedade. Exemplo: a regra

da maioria, do sufrgio universal.

Estabilizaram muito antes de alcanarem seus objetivos.

No participar da democracia: no acredita na democracia como meio de se chegar ao

socialismo.

Karl Marx

Classe em si: Compartilhamento de uma condio objetiva. Exemplo: todos ns somos

alunos da turma de direito.

Classe para si: Toma-se conscincia de compartilhar a mesma condio objetiva

implica em interesses comuns. Comea-se ento a se organizar para alcanar os

objetivos comuns almejados.


26/05/11

Uma coisa o socialismo tal como Marx pensou e o socialismo na prtica, que se mostra como

um sistema totalitarista.

Dilema Socialista

Os socialistas, ao no conseguirem atingir seus objetivos, entram no dilema de continuar com

o discurso fechado e estar fadados eterna derrota ou flexibilizar seu discurso com o intuito

de conseguir mais votos, abranger novos adeptos.

Porm se o partido flexibiliza seu discurso, perde a sua essncia de conflito de classes e em

partes se identifica com os ideais liberalistas.

A eficincia eleitoral exige a flexibilizao do discurso, porm a flexibilizao fere os ideais

socialistas.

Trade off: diferena entre o votos conquistados com a flexibilizao dos discursos e aqueles

que foram perdidos em razo do mesmo motivo.

Os partidos socialistas chegam ao poder em vrios pases, porm no chegam em sua forma

pura, devido a vrios motivos, como, por exemplo, alianas com outros partidos, flexibilizao

do discurso, alterao de estratgias, etc.

Ao chegar ao poder, a esquerda entra em outro dilema em relao mudana do MODO DE

PRODUO, pois o capitalismo no est necessariamente em crise.

A esquerda percebe ento a impossibilidade de modificao dos modos de produo a curto e

a mdio prazo.

E, estando no poder e estando diante desta impossibilidade, a esquerda no poder passa

almejar a melhora da vida do trabalhador, deixando de lado, mesmo que por um tempo, seus

objetivos iniciais.

Porm a esquerda no poder, inserida no capitalismo, depende dos lucros deste sistema para

realizar seus feitos. Eis ento que se caracteriza a desorientao da esquerda no poder.

Off Keynes:

Concordava com marx que o modo de produo capitalista gerava desigualdades, misrias,

etc.

Nenhum modo de produo produziu tanta riqueza, porm no produziu tambm tanta

misria.

Achava que o capitalismo tinha de fato resultados to nefastos, intensificando o conflito social

tornando-o inadministrvel.

Nestas condies de rivalidade entre as classes, no se consegue administrar os conflitos

sociais.


Porm discorda de Marx em relao substituio da estrutura do modo de produo.

Acreditava que ao invs de substituir o modo de produo, a soluo seria humaniza-lo.

Deveria introduzir um novo ator para humanizar ou diluir as desigualdades extremas geradas.

Este ator seria o ESTADO.

Estado que no deveria monopolizar o modo de produo, no deveria controlar o sistema

produtivo, porm deveria REGUL-LO.

A propriedade privada etc, etc, continuam, porm obedecem a LIMITES.

O Estado deveria promover uma srie de obras pblicas, dando flego ao sistema capitalista.

Atuaria ento como o prprio agente do sistema capitalista.

A esquerda prope ento um pacto com a burguesia e o proletariado, onde a burguesia

deveria fornecer melhorias classe trabalhadora para atender s demandas fundamentais da

sociedade.

A burguesia, obviamente, tentando tornar o capitalismo mais atraente, pactua.

Forma-se ento um pacto emprico, onde parte da lucratividade cedida por meio da

tributao e ocorrem melhorias nos setores de sade, transporte, etc. para garantir as

necessidades da sociedade.

Nasce ento o Estado do bem estar social ou Social Democracia.

Este sistema recebe fortes crticas da Esquerda extremista/radical (socialistas)que chama seus

antigos integrantes de traidores e da Direita extremista (neoliberal) que afirma que este novo

sistema descaracteriza o capitalismo.

Tal Estado funciona por um tempo, porm, depois de certo tempo, gera a acomodao e o

excesso de proteo.

Com isso o liberalismo ressurge com fora total e isso repercute fortemente. Vrios Estados

recuam suas polticas protecionistas, partidos neoliberais assumem o poder, etc.


Exemplo:

Margareth Thatcher

Em pleno clima da Guerra Fria e recm-sados da crise petrolfera, os pases europeus buscavam alternativas para reorganizar-se estruturalmente. A Gr-Bretanha encontrava-se arrasada, as taxas de inflao e desemprego eram as mais elevadas da Europa, alm disso, existiam greves nos servios pblicos que afetavam o dia-a-dia da sociedade britnica. Em meio desordem que a ilha vivia, a soluo encontrada foi trazer para o poder Margaret Thatcher. Lder do Partido Conservador, ela surgiu em meio confuso para colocar ordem no recinto, tendo anunciado em seu plano de governo a reduo de impostos, controle e reforma dos sindicatos, apoio iniciativa privada, rompimento com o estado de bem-estar social e combate ao comunismo. Foi casada por mais de 30 anos com empresrio Denis Thatcher, unio que resultou nos filhos gmeos Carol e Mark.

Thatcher foi a primeira mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro da Gr-Bretanha. Aps assumir o poder, optou por fazer uma poltica de convico e no de consenso. A sua opinio era a nica que importava, no importando a opinio de seu partido. O pacote de medidas adotado por Thatcher seria precursor do que na dcada de 1990, ficou conhecido como neoliberalismo. Tempos depois de assumir o poder, e aps dar importncia unicamente s suas opinies, segundo Evaldo Alves (professor de Economia da Fundao Getlio Vargas) ela teria sido acusada pelo povo de no dar importncia ao sofrimento e s dificuldades dos desempregados. No incio nada que foi posto em prtica por Margareth Thatcher deu certo, pelo contrrio o pas mergulhou na pior recesso desde 1930. A crise que o pas enfrentou foi to difcil que em fevereiro de 1981, muitos britnicos no queriam conceder primeira-ministra sequer os primeiros cinco anos de mandato. Aps intervir no conflito das Malvinas (1982), em 1984 ela foi reeleita. Permaneceu no poder de 1979 a 1990, totalizando 11 anos.

Os mandatos de Thatcher foram problemticos com sries de manifestaes contra sua forma de governar. Aps se negar a renegociar os direitos dos presos polticos das greves de 1980 e 1981, em 1984 o IRA (Exrcito Republicano Irlands) tentou assassin-la. Com sua reeleio de 1989, o governo j se encontrava em decadncia, todas as polticas por ela defendidas estavam ruindo-se. O fim da carreira poltica da Dama de Ferro veio com o golpe fatal norte-americano, com a vitria de George Bush para presidncia, perdendo o apoio externo, j que o novo presidente dos EUA no simpatizava com a ento Primeira-Ministra. Sem o apoio do partido e com a imagem desgastada pelos 11 anos de mandato, renunciou em 28 de novembro de 1990.

Com isso, o capitalismo se torna hegemnico e ocorre a globalizao, o que resulta em uma grande liberdade s empresas privadas que buscam, em todo o mundo, locais de produo com grandes benefcios. O Estado, em contrapartida, se encontra num dilema, pois se exige demais, perde as empresas geradoras de mo de obra, se relaxa demais, passa a permitir a explorao por parte das empresas privadas.

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