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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO ESTUDO DE CASO CHINA /EUA CHINA /EUA

POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO CHINA /EUA

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POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO CHINA /EUA. “CHINÊS”, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS FALADAS DO MUNDO. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

POLÍTICAS LINGUÍSTICAS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO ESTUDO DE CASO

CHINA /EUACHINA /EUA

Page 2: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

““CHINÊS”, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS CHINÊS”, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS FALADAS DO MUNDOMAIS FALADAS DO MUNDO

1)1) ChinêsChinês ( (+ de 1,35 + de 1,35 bi.de falantes bi.de falantes no país mais no país mais populoso do mundo; em extensão, o maior país populoso do mundo; em extensão, o maior país da Ásia, e o terceiro do mundo: da Ásia, e o terceiro do mundo: 9,6 milhões de 9,6 milhões de kmkm², depois de ², depois de Rússia e Canadá). Rússia e Canadá).

2)2) HindiHindi - - 422 milhões de nativos (+ 300 milhões 422 milhões de nativos (+ 300 milhões como segunda língua = 722 milhões de falantes como segunda língua = 722 milhões de falantes no total).no total).

3)3) Inglês - Inglês - 375 milhões de nativos (+ 375 milhões de nativos (+ aproximadamente 300 milhões como segunda aproximadamente 300 milhões como segunda língua).língua).

4)4) Espanhol - Espanhol - 5)5) Bengali -Bengali -

Page 3: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

CHINÊS, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS CHINÊS, ENTRE AS LÍNGUAS OFICIAIS MAIS FALADAS DO MUNDOFALADAS DO MUNDO

6) 6) Árabe Árabe

7) (7) (ou ou 5º)5º) Português Português (próximo de 191 (próximo de 191 mi.falantes, (Censo 2010) - mi.falantes, (Censo 2010) - 5ª maior área territorial 5ª maior área territorial do planeta (depois da Rússia/Canadá/China/Estados do planeta (depois da Rússia/Canadá/China/Estados Unidos e, para muitos, o 5Unidos e, para muitos, o 5º maior contingente º maior contingente populacional do mundo, populacional do mundo, depois de China, Índia, depois de China, Índia, países anglófonos/EUA e Indonésia). países anglófonos/EUA e Indonésia).

8) 8) RRusso (o maior em extensão do mundo)usso (o maior em extensão do mundo)9) 9) JaponêsJaponês10) 10) AlemãoAlemão

Page 4: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

O interessante do Caso da ChinaO interessante do Caso da ChinaPopulação da China: a maior do mundo: + de 1,35

bi. 1 bilhão e 350 milhões de habitantes, distribuídos entre:

a RPC-República Popular da China (população com mais de 1 bi e 330 milhões (ou 1,33 bilhão) de pessoas, e que usa um mandarim de escrita simplificada) e

Taiwan (arquipélago com + de 80 ilhas): 22,4 milhões de habitantes, neste Estado insular, que fazem uso do mandarim clássico).

Essa maior população regional do planeta representa mais de 1/5 do total mundial.

Interessante o caso da China em termos linguísticos, porque existe a noção/crença de

que todo o mundo na China fale chinês.

Mas será mesmo?

Page 5: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Todo mundo na China fala chinês?Todo mundo na China fala chinês?

Dizer que o “chinês” é uma das línguas mais faladas no mundo -

considerando-se a população total da China - é um grande equívoco

propalado pelo mundo.

Na verdade, cerca de 500 milhões de falantes da China falam outra língua,

como L1,que não o propalado chinês.

Page 6: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Etnias em TaiwanEtnias em Taiwan Região multiétnica Região multiétnica

composta pelas etnias Han, composta pelas etnias Han, Gaoshan, Mongol, Hui, Gaoshan, Mongol, Hui, Miao etc. Miao etc.

Sobre a segunda etnia Sobre a segunda etnia predominante, a HAN: predominante, a HAN: (97%): esta tem duas (97%): esta tem duas vertentes: vertentes:

1)1) Minnan (415 mil membros, Minnan (415 mil membros, em 2001), situados em em 2001), situados em Quanzhou e Zhangzhou Quanzhou e Zhangzhou (Província de Fujian). (Província de Fujian).

2)2) Kejia, Meizhou e Chaozhou Kejia, Meizhou e Chaozhou – no Cantão.– no Cantão.  

Page 7: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

China: uma antiga civilização que dispõe de China: uma antiga civilização que dispõe de longa história ininterrupta de 5000 anos. Nos longa história ininterrupta de 5000 anos. Nos últimos 30 anos de Reforma e Abertura, últimos 30 anos de Reforma e Abertura, ocorreram na China mudanças significativas, ocorreram na China mudanças significativas, com a China de hoje voltando-se para o mundo com a China de hoje voltando-se para o mundo com nova fisionomia.com nova fisionomia.

Sobre as relações de amizade entre China e Sobre as relações de amizade entre China e Brasil, há longa história. Brasil, há longa história.

Desde o restabelecimento das relações Desde o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países em 1974, diplomáticas entre os dois países em 1974, especialmente após a formação da “parceria especialmente após a formação da “parceria estratégica” em 1993, com o desenvolvimento estratégica” em 1993, com o desenvolvimento aprofundado das relações bilaterais, bons aprofundado das relações bilaterais, bons frutos de cooperação e de benefícios mútuos frutos de cooperação e de benefícios mútuos em todas as áreas, aprofundando-se em todas as áreas, aprofundando-se continuamente a amizade entre os dois povos...continuamente a amizade entre os dois povos...

Page 8: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

2011: 50º aniversário da criação do primeiro 2011: 50º aniversário da criação do primeiro curso de língua portuguesa na Universidade de curso de língua portuguesa na Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing/Pequim (BFSU). Estudos Estrangeiros de Beijing/Pequim (BFSU).

Curso que tem servido, desde 1961, como ponte Curso que tem servido, desde 1961, como ponte para o intercâmbio e cooperação entre a China e para o intercâmbio e cooperação entre a China e os países lusófonos, tendo formado mais de 400 os países lusófonos, tendo formado mais de 400 profissionais para as áreas de diplomacia, profissionais para as áreas de diplomacia, comércio internacional, educação e comunicação comércio internacional, educação e comunicação social, para uma nova China. social, para uma nova China.

Além da BFSU, na China há atualmente mais de Além da BFSU, na China há atualmente mais de vinte institutos de educação superior ensinando vinte institutos de educação superior ensinando português, como: português, como:

- a Universidade de Estudos Internacionais de a Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai Shanghai

- a Universidade de Comunicação da China a Universidade de Comunicação da China - a Universidade de Pequim etc. a Universidade de Pequim etc.

Page 9: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

““Chinês”Chinês”“Chinês” – rótulo único, comum, para línguas muito diversas entre si.

Pontos a problematizar, neste caso do Chinês:

1º) Unidade/Unicidade Versus Diversidade- Na língua de Taiwan - 20 milhões de falantes do mandarim clássico- Na língua de Shangai – 90 milhões de falantes- Na língua de Hong Kong, antiga colônia britânica, 70 milhões de falantes do cantonês.

Questão institucional, oficial: o Governo nega basicamente a diferença entre as línguas e

estabelece uma diferença que é entre:Dialetos x Línguas.

Page 10: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Falando no Cantonês: considerado o terceiro dialeto (cf. o Governo) + falado do chinês depois do Mandarim e Wu. Tem cerca de 70 mi. de falantes, principalmente na província de Guangdong e nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

Falando em Mandarim: o mandarim-padrão, também conhecido como língua chinesa oral moderna, é utilizado como idioma oficial na China Continental, mas em sua forma simplificada e na parte insular (80 ilhas) de Taiwan, em sua forma mais clássica (território que foi separado do continente pelo movimento da crosta terrestre, e que pertenceu ao domínio holandês/ espanhol e japonês, voltando em 1945 ao chinês).

Page 11: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

InterdiçãoInterdição oficial à “língua” oficial à “língua”

Mútua inteligibilidade – seria o critério para dizer se se trata de língua ou dialeto.

Se há mútua inteligibilidade, temos dialetos. Se não há mútua inteligibilidade, temos

línguas.

Na China, as línguas não são mutuamente inteligíveis. Mas em vez de admitir essa realidade da língua, o Governo adota outro critério: o da

Interdição: é proibido rotulá-las como línguas. O governo não aceita a diversidade de línguas.

A pergunta que se coloca é, então: Por que a China não quer assumir a diversidade?

Por que não se assume como um país Multilinguístico? Multiétnico? Multicultural?

Page 12: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

InterdiçãoInterdição oficial às “línguas” oficial às “línguas”

Ainda que os chineses prefiram falar de dialetos, ao referir-se às variedades do chinês falado, a inteligibilidade mútua entre estes é praticamente nula: portanto, são línguas diferentes e não dialetos de uma mesma língua.

Por isso, muitos linguistas consideram o “chinês” uma família de línguas, e não uma língua única.

Page 13: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Ponto intrigante este: a questão da diversidade Ponto intrigante este: a questão da diversidade admitida e não-admitidaadmitida e não-admitida

Já existiram na China mais de uma centena de grupos étnicos.

Em termos numéricos, a etnia dominante, majoritária, é a dos HAN.

Ao longo da história, muitas etnias foram assimiladas às suas vizinhas ou, simplesmente, desapareceram sem deixar testemunhos da sua existência.

Muitas etnias distintas foram diluídas no grupo dos HAN, o que explica o peso numérico desta etnia na China.

Não obstante, os HAN falam várias línguas muito diferentes.

Cerca de 56 línguas existem, mas são línguas periféricas, em relação à China.

Page 14: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Afinal, o Chinês é uma língua só, ou Afinal, o Chinês é uma língua só, ou não?não?

Proposição polêmica do Governo da China. 2 pontos importantes:1º) a questão da mútua inteligibilidade. Não sendo mutuamente inteligíveis, são línguas diferentes. Ex.:

O Mandarim ≠ Cantonês.2º) o argumento do Governo Chinês de que Mandarim e Cantonês têm uma escrita unificada (falácia!) .

Para o Governo, se existe uma única escrita, é porque há uma única língua, argumento fundado na univocidade:

“1 escrita 1 língua”

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“1 escrita 1 língua”

Argumento falacioso, porque a escrita chinesa é ideográfica, o que significa que registra conceitos e não sons.

A escrita (ideográfica conceitual) não tem nenhuma relação necessária com a língua falada (sonora).

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Falando no Cantonês, ele é considerado o terceiro dialeto (cf.diz o Governo) mais falado do chinês depois do Mandarim e do Wu. Tem ao redor de 70 milhões de falantes, principalmente na província de Guangdong e nas regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau.

Falando em Mandarim: o mandarim- padrão, também conhecido como língua chinesa oral moderna é utilizado como idioma oficial na China Continental e em Taiwan.

Page 17: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Observação importanteObservação importante

3 formas de escrita no Chinês, sendo a mais amplamente utilizada, o

KANJI – escrita que faz uso de ideogramas chineses, que é a escrita também japonesa (ambas intercambiáveis): em ambas, o ideograma registra conceito. Aqui, não evidência de contiguidade linguística, entre escrita e fala.

Page 18: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Outra questão que se colocaOutra questão que se coloca

Por que o Governo da China simplesmente não assume que o Chinês não é uma língua só, não é uma língua única?

Por que ele não assume a diversidade linguística, o mullinguismo/plurilinguismo? A resposta é de ordem política.

As línguas oficiais foram mudando ao longo da extensa história chinesa (incluindo línguas desaparecidas), incluindo o mongol, o manchu e os vários dialetos do chinês, entre os quais o mandarim (em chinês Hanyu) e o cantonês.

Page 19: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Houve um processo de modernização da China (de um país de camponeses passou a constituir uma potência mundial).

Ora, se a China é uma Nação moderna, deveria assumir esse caráter

multilinguístico multiétnico

multicultural, em voga na atualidade

Page 20: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Paradoxo:Paradoxo:

A modernização criou um problema de LEGITIMAÇÃO do Estado Chinês. Legitimação é palavra-chave aí.

Enquanto a China era um país comunista, a questão nacional não se colocava, porque se partia de um argumento de classe: camponeses-trabalhadores.

Page 21: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Efeitos da ModernidadeEfeitos da Modernidade Comunistas X Nacionalistas – Uma sociedade de

classes surge. Como se legitimar em outras bases? Entra o argumento nacional:

“Somos um só povo!” Frame do século XIX - dos elementos fundadores

do Estado no século XIX.Prevalência do Argumento da Nacionalidade, a

Nacionalidade como ideologia, ou seja:

“Unir no imaginário o que é desunido no real.”

(Anderson...) Desunido no real, ou seja, o que não é sequer uma sociedade, não é um povo.

Page 22: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Como consequência da ModernizaçãoComo consequência da Modernização

Observe-se a questão da:

- emergência do Nacionalismo na China (como consequência da modernização) e

- de como o Governo cultiva esse estado de coisas. Ex.:

- As Olimpíadas – grande manifestação de ufanismo.

- Mas um Nacionalismo mais voltado para o público interno e não externo, para os outros países – aspecto muito característico da China.

Page 23: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

- A burguesia à frente dos processos.

- E essa estrutura do século XIX, repete-se hoje. Ele é equivalente ao presente, nos casos de institucionalização da língua.

- Então, o frame do séc.XIX continua aplicado a todos os casos, o mesmo

processo... - A burguesia bancando a unificação pela língua, promovendo a famosa ADESÃO dos

povos.

Ponto a chamar nossa atenção no Ponto a chamar nossa atenção no século XIXséculo XIX

Page 24: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Outro ponto importante (e ao mesmo Outro ponto importante (e ao mesmo tempo confuso, problemático):tempo confuso, problemático):

O projeto, o desejo, do Governo Chinês de romanização da língua escrita:

Promover a mutação de uma escrita ideográfica (conceitos) para uma escrita fonográfica (sons).

Requisitos: o tempo de aprendizagem é longo, pelo menos 5 anos. E por uma razão muito simples:

Cada ideograma equivale a uma palavra (conceito)

Na escrita fonográfica, com 23 sons (fonemas), escrevemos todas as palavras da língua.

Existem milhares de ideogramas a serem aplicados, reduzidos a 23 letras/(fonemas/sons).

Page 25: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Diante dessa problemática, pergunta-Diante dessa problemática, pergunta-se:se:

Como lidar com isso no computador?O linguista David Crystal ilustra tal problemática de difícil encaminhamento, dizendo de uma máquina feita na China com 5.000 caracteres...

Na verdade, na China configura-se um problema não só de aprendizagem, mas também de operacionalidade. Como superar tal dilema? Romanizando? Mas como?

Page 26: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Há 2 propostas diferenciadas de Há 2 propostas diferenciadas de

escritas romanizadas:escritas romanizadas:

1.1. PUTONGHUAPUTONGHUA

2.2. PIN YINPIN YIN

Por qual optar?Por qual optar?

Outro problema: uma confusãoOutro problema: uma confusão

Page 27: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Continua o dilema da Continua o dilema da RomanizaçãoRomanização

Embora antigo, o processo de Romanização não

consegue ser implantado: os problemas que

surgem superam os ideais da proposta.

Onde isso é mais flagrante?

Em Hong Kong (70milhões), que, na verdade, é

importante que Pequim, que usa a escrita

ideográfica cantonesa e diz: “Nós não falamos

chinês”. Cantonês (língua de Hong Kong, antiga

colônia britânica) – 70 milhões de falantes

Page 28: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Continua o dilema da Romanização até pela Continua o dilema da Romanização até pela diversidade geográfica...diversidade geográfica...

A última Guerra Civil Chinesa (cujo maior combate terminou em 1949) resultou na formação de duas entidades políticas que usam o nome China:

Hong Kong que está sob o domínio da República Popular da China (RPC), também chamada de China Comunista (desde 1997), assim como Macau (desde 1999).

República da ChinaRepública da China (RDC) ou a (RDC) ou a China China NacionalistaNacionalista ou ou TaiwanTaiwan, tem domínio sobre , tem domínio sobre as ilhas de Taiwan, Pescadores, Kinmen e as ilhas de Taiwan, Pescadores, Kinmen e Matsu. Matsu.

A palavra China costuma referir regiões que, em termos mais específicos não fazem parte dela, como é o caso da Manchúria, da Mongólia Interior, o Tibete e Xinjiang.

Page 29: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

A questão da identidadeA questão da identidade

A questão da identidade pessoal e cultural se coloca, caso se abra mão da unidade ideográfica.

Como administrar um tal projeto de mudança tão radical da escrita? As implicações são muito grandes... Há o problema, pois, maior, da legitimação...

Na verdade, o Governo Chinês tem lá seus temores...

Page 30: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Temores do Governo ChinêsTemores do Governo Chinês

A dispersão nacional – o fato novo de cada um de seus povos desejar ter seu próprio país, de ser um povo separado da China. Exemplar nesse sentido é Cantão – província de Guangdung.

E se isso não aconteceu ainda, é que, por enquanto, vale a pena, para Cantão, estar na China.

Page 31: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Outro exemplo de tentativa de Outro exemplo de tentativa de dispersão nacionaldispersão nacional

Caso do Tibet, quando já ocorreram levantes da população com forte cunho separatista, como por exemplo, o SINKIANG ou Casaquistão Chinês (a Oeste da China) onde houve a revolta dos Uigures.

Page 32: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Política de Nacionalismo do século Política de Nacionalismo do século XIXXIX

Na China: invadir a região desses povos, deixá-los minoritários e em suas próprias terras... uma forma de neutralizá-los em suas tentativas de libertação, de constituição de uma nova Nação, com uma língua própria.

O temor do Governo é sempre o da convulsão social.

Na China, há quase que diariamente muitos levantes, grande parte não-anunciada; portanto, os problemas sociais são gravíssimos.

Page 33: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Devemos observar os movimentos Devemos observar os movimentos do Governo...do Governo...

... os movimentos tomados por esse Governo Chinês para compensar um déficit de LEGITIMIDADE existente em suas ações. Ações que tentam impor uma realidade política que não é a dos povos chineses. E as ações do Governo, parece que sempre estão “correndo atrás do prejuízo”.

Então, para isso, o Governo impõe seu Pacote de Nacionalidade. Tentando antecipar-se a um possível levante social ou uma guerra civil.

Qualquer movimento popular é duramente reprimido pelo Governo.

Page 34: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Em 08/10/2010, o escolhido para o prêmio Nobel da Paz

foi o ativista chinês Liu Xiaobo (55a.), crítico

literário, escritor, professor, intelectual, acusado de

"incitar à subversão contra o poder do Estado“ , mas que,

por estar preso não pôde receber o prêmio.

Ele cumpre pena de 11 anos em prisão domiciliar, na China, por organizar um manifesto pró-democracia. Ativista por reformas na República Popular da China, ele tem uma longa e não-violenta luta pelos direitos humanos fundamentais.Evidentemente que o governo chinês protestou contra a escolha de Xiaobo. Segundo as autoridades do país, ele é um criminoso que violou as leis chinesas.

Page 35: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Sobre a fragilidade da China...Sobre a fragilidade da China...

O paradoxo: uma nação tão próspera, tão aclamada como uma potência, apresenta a fragilidade de sua condição geral, enquanto Estado Chinês.

A possibilidade de ruptura: dado que o próprio Governo Chinês teme; ele não quer abdicar de nenhum de seus povos... Não quer sua autonomia... Não quer sua emancipação. Para evitar isso, sua estratégia é a interdição...

Page 36: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Sumarizando o Caso da ChinaSumarizando o Caso da China

Nenhum outro país do mundo tem a Nenhum outro país do mundo tem a diversidade linguística da China: um diversidade linguística da China: um fato, uma realidade, da Nação que fato, uma realidade, da Nação que recebe a negação do Governo Chinês.recebe a negação do Governo Chinês.

A China apareceu desde cedo na história das civilizações humanas a organizar-se enquanto Nação (ainda que a identidade nacional chinesa sempre tenha sido complexa), demonstrando um pioneirismo notável em áreas como a arte e a ciência, ultrapassando à altura, largamente, o resto do mundo.

-:-

Page 37: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

Para mim, o que seria Para mim, o que seria expressão de um limite expressão de um limite

do governo chinês do governo chinês transforma-se em transforma-se em

proibição que interdita o proibição que interdita o reconhecimento da reconhecimento da

diversidade de línguas, diversidade de línguas, de etnias, de culturas, e de etnias, de culturas, e

é desse modo que se é desse modo que se encobrem questões. encobrem questões.

Page 38: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS ESTUDO DE CASO   CHINA /EUA

QUESTÃO ÚNICA SOBRE O CASO DE PLs.: CHINA / EUA QUESTÃO ÚNICA SOBRE O CASO DE PLs.: CHINA / EUA

   1.1. 1.1. Por Por que os governos chinês e norte-americano que os governos chinês e norte-americano

não podem ou não querem reconhecer oficialmente a não podem ou não querem reconhecer oficialmente a diversidade linguística de seus países? diversidade linguística de seus países?

1.2. Como se explica o paradoxo de tais políticas 1.2. Como se explica o paradoxo de tais políticas lingüísticas chinesas estarem sendo mantidas lingüísticas chinesas estarem sendo mantidas concomitantemente à liberalização econômica do concomitantemente à liberalização econômica do país?país?

1.3. Identifique e explique o paradoxo entre a 1.3. Identifique e explique o paradoxo entre a concepção e a implementação das políticas concepção e a implementação das políticas linguísticas (a) que estabelecem o ensino bilíngue linguísticas (a) que estabelecem o ensino bilíngue entre os hispânicos dos EUA e (b) que pleiteiam o entre os hispânicos dos EUA e (b) que pleiteiam o reconhecimento do reconhecimento do EbonicsEbonics ( (Black English)Black English) como como uma língua distinta do inglês; (c) mostre como esse uma língua distinta do inglês; (c) mostre como esse mesmo paradoxo está presente na disposição dos mesmo paradoxo está presente na disposição dos cidadãos de Porto Rico, manifesta nos plebiscitos cidadãos de Porto Rico, manifesta nos plebiscitos sobre a emancipação dos EUA.sobre a emancipação dos EUA.