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POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE ALAUR DA MATTA

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POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE ALAUR DA MATTA

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ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... pg. 03

2. INTRODUÇÃO .................................................................................................................pg. 04

3. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO .......................................................................................... pg. 05

4. MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE “ALAUR DA MATTA” ........................................... pg. 06

4.1 Sala Arqueologia no passado simonense do passado ao presente ............................. pg. 07

4.2 Sala Imigração ............................................................................................................... pg. 07

4.3 Sala Memorial de 1932 .................................................................................................. pg. 07

4.4 Auditório ........................................................................................................................ pg. 08

4.5 Reserva Técnica ............................................................................................................ pg. 08

5. POLÍTICA DE AQUISIÇÃO E DESCARTE DE ACERVOS ........................................... pg. 09

5.1 A política de acervos ..................................................................................................... pg. 09

5.1.1 Incorporação de itens ao acervo ................................................................................ pg. 10

5.2 Política de Aquisição ..................................................................................................... pg. 10

5.2.1 Sobre a aquisição ....................................................................................................... pg. 10

5.2.2 Modalidade de aquisição de Acervo ........................................................................... pg. 11

5.2.3 Quanto aos tipos de aquisição ................................................................................... pg. 11

5.3 Política de descartes ..................................................................................................... pg. 14

5.3.1 Tipo de Descartes ...................................................................................................... pg. 15

5.3.2 Procedimento documental relacionado ao descarte .................................................. pg. 15

5.3.3 Alienação de acervo ...................................................................................................pg. 17

6. CONSERVAÇÃO DO ACERVO ..................................................................................... pg. 16

6.1 Transporte de Manuseio e Acervo ................................................................................ pg. 17

6.2 Cuidados com quadros .................................................................................................. pg. 18

6.3 Cuidados com obras em papel ...................................................................................... pg. 20

6.4 Cuidados com esculturas .............................................................................................. pg. 20

6.5 Cuidados com objetos pequenos .................................................................................. pg. 21

6.6 Cuidados com móveis ................................................................................................... pg. 22

7. HIGIENIZAÇÃO DO ACERVO E ESPAÇO FÍSICO DE GUARDA DE DOC. E OBRAS DE ARTE ................................................................................................................................... pg. 23

7.1 Higienização do Acervo ................................................................................................. pg. 23

7.1 Higienização do espaço físico de guarda de documentos e obras de arte ................... pg. 24

8. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE ACERVO ..................................... pg. 25

09. CONSULTA AO ACERVO ............................................................................................ pg. 27

10. REPRODUÇÃO DE ACERVOS .................................................................................... pg. 28

11. ANEXO ÚNICO ............................................................................................................. pg. 30 11.1. MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ............................................................................... pg. 30 11.1.1 Introdução...................................................................................................................pg. 30

11.1.2 Sobre o Atendimento ao público................................................................................pg. 30

11.1.3 A importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ............................... pg. 31

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11.1.4 Rotinas de inspeção ................................................................................................. pg. 32

11.2 FICHAS ....................................................................................................................... pg. 33

12. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. pg. 36

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1. APRESENTAÇÃO

As políticas públicas para a Cultura devem ser orientadas tanto pela

abrangência de sua diversidade como pela perenidade de sua atuação,

principalmente quando se trata de política cultural visando à guarda da

memória de um povo. Nós brasileiros sabemos o quanto é difícil trabalhar

essas políticas públicas para a cultura. Criar políticas públicas perenes é uma

das principais preocupações da Fundação Cultural Simonense e do Museu

Histórico Simonense “Alaur da Mata”, órgãos responsáveis pela história de

nosso município. Aqui a memória de São Simão é tratada com o respeito que

merece. Esta política de acervo é mais uma ferramenta para que o munícipe

tenha acesso a informações valiosas, documentos, fotos e objetos que

compõem a nossa verdadeira história. Um trabalho de fôlego de funcionários

que estão transformando o que era um esboço, em realidade perene.

Fernanda de Cássia Alves Pialarici

Presidente da Fundação Cultural Simonense

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2. INTRODUÇÃO

A implantação de uma política de acervos sólida, pautada em critérios

objetivos e em consonância com a missão estabelecida, permitirá uma

comunicação uníssona entre funcionários e público externo sobre os

procedimentos adotados por ambas as instituições no que se refere ao

tratamento técnico do acervo, contribuindo para uma profissionalização dos

serviços e uso consciente de recursos financeiros e tempo, além de

equipamentos, espaço físico e pessoal.

Acreditamos ainda que sua publicação contribuirá para a continuidade

dos trabalhos em casos de alterações no quadro de funcionários.

O diagnóstico orientará critérios para se aceitar doações de documentos

e obras de arte, bem como ações específicas para conservação, restauro

disponibilização à pesquisa e projetos de exibição ao público. A política de

acervo incluirá ainda, diretrizes para a realização de inventário e catalogação,

bem como a regularização de direitos de exibição.

Esse trabalho, muitas vezes invisível aos olhos do público, é importante

meio de garantir a continuidade da prestação de um serviço de qualidade no

que se refere à pesquisa, consulta e apresentação de exposições temporárias

e de longa duração por parte dos equipamentos culturais públicos da cidade.

Adriana Pretel Coordenadora de TI

Glória Carvalho Coordenadora

Fernanda Pialarici Historiadora

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3. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

A cidade está localizada entre serras que chegam até 1000m e sua

altitude é de 632 m acima do nível do mar. Possui um clima bastante agradável

e água mineral de ótima qualidade. As temperaturas oscilam entre 15º e 30º

centígrados. Por isso a região é indicada para tratamentos médicos. São Simão

possui uma área territorial de 617,96 km² e encontra-se a 253 km de São

Paulo.

Há indícios arqueológicos que apontam para uma ocupação há cerca de

2000 anos, baseados em estudos feitos por especialistas do Museu do

Ipiranga. Foram encontradas peças rústicas e primitivas, como pontas de

flecha e raspadores de pedra, em um sítio arqueológico à beira do Rio

Tamanduá. Grande parte dessas peças encontra-se atualmente no acervo do

Museu Histórico Simonense “Alaur” da Matta.

A região posteriormente foi habitada por índios caiapós até a chegada

de bandeirantes entre os séculos XVII e XVIII. Por volta de 1800, um grupo de

bandeirantes provenientes de Minas Gerais, chefiado por Simão da Silva

Teixeira (1769-1849), desbravava territórios em busca de ouro na região do Rio

Pardo. Conta a lenda que Simão da Silva, ao não encontrar nenhuma riqueza

ali e sendo um homem bastante religioso, ao perder-se, invocara seu santo

protetor São Simão. Simão faz uma promessa de que se saísse a salvo dessa

jornada construiria uma capela para São Simão.

Foi elevada à categoria de Capela em 14 de maio de 1835, visto que o

povoado se encontrava em formação desde 1800. O Cartório de Juiz de Paz

passara através de Simão da Silva, ainda em 1835, a escritura de doação de

terras para o Patrimônio de São Simão.

Os primeiros habitantes eram mineiros, paulistas e imigrantes

americanos, portugueses, libaneses e italianos que vieram trabalhar no plantio

de café por volta de 1940.

O município de São Simão foi criado pela Lei nº 75 de 22 de abril de

1865 por João Crispiniano Suares. São Simão abrangia a região compreendida

entre os rios Pardo e Mogi Guaçu, fazendo divisa com os municípios de

Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pontal, Dumont, Guatapará, Barrinha, Serra Azul,

Cravinhos, Luiz Antônio, Santa Rosa de Viterbo e Santa Rita de Passa Quatro.

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Durante o segundo reinado do império era um importante centro urbano,

gerador de riquezas. Até o início do século XX a maior parte de sua população

rural chegou a cerca de 35 mil pessoas. Mas, devido às epidemias de febre

amarela, esse índice populacional se reduziu.

Em 2010, seu índice populacional é de 15.274 habitantes, segundo

dados do Seade. Atualmente é formada pelos bairros do centro, a noroeste

pelo Jardim das Américas, Bento Quirino, Jardim Brasil, Parque dos

Ferroviários, Jardim Cláudia Prado e Vila Industrial, a sudeste por Vila Monteiro

e "Cava do Bosque" e Conjunto Habitacional Padre Plinio Toldo e a sudoeste

pelos Conjunto Evangelina Geraigire, Jardim João Furtado, Jardim São Luís e

Jardim da Saúde.

4. MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE “ALAUR DA MATTA”

Em 1978, Alaur da Matta (arqueólogo amador e professor de

marcenaria), Luiz Antônio Nogueira (arqueólogo amador e bancário), José

Pedro Miranda (jornalista e historiador) e Fausto Pires (professor e historiador)

criaram o Museu Histórico Pedagógico de São Simão que durante 10 anos

funcionou em diferentes casas, realizando exposições itinerantes.

Somente em 27 de outubro de 1988, com a concessão de uso do prédio da

antiga Escola Normal construída em 1923, foi aberto o Museu Histórico

Simonense. Ocupando uma área construída de 797 m² o museu é uma das

principais referências acerca da cultura simonense, imigrante e arqueológica do

Estado de São Paulo. Em 1991, com a morte de um de seus principais

patronos e idealizadores, o museu foi rebatizado com o nome de Museu

Histórico Simonense Alaur da Matta.

Administrado pela FUNCUS (Fundação Cultural Simonense), o museu

busca fortalecer a identidade cultural da comunidade e resgatar a história do

povo de São Simão e região através da pesquisa, preservação e difusão de

seu patrimônio histórico e cultural.

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O Museu Histórico Simonense Alaur da Matta conta com 5 salas de

exposição, sendo 3 delas permanentes, além de uma área externa que está

fechada para visitação.

As salas de exposição permanentes são: Arqueologia no Cenário

Simonense do passado ao presente, Imigração no cotidiano simonense e

Revolução de 32.

4.1 Sala - Arqueologia no Cenário Simonense do passado ao presente

* Uma das três alas de exposição permanente, possui em seu acervo

evidências materiais da ocupação humana anterior à colonização do Brasil.

Estão expostos materiais líticos, como pontas de flecha e machados polidos e

cerâmicos, como uma urna funerária Tupi, todos encontrados no município de

São Simão. Além disso, há um espaço para o desenvolvimento da arqueologia

experimental junto aos visitantes para que possam ter a experiência do

processo de confecção de materiais líticos através do lascamento. Por fim,

painéis e artefatos recentes permitem uma compreensão etnográfica da cultura

indígena brasileira.

4.2 Sala - Imigração no cotidiano simonense

* Outro espaço de exposição permanente, possui um rico acervo de móveis,

utensílios domésticos, ferramentas e outros artefatos e objetos que remetem ao

período em que imigrantes italianos, alemães, inglês, portugueses ajudaram a

formar a identidade da cidade de São Simão. É possível viajar no tempo e

conhecer um pouco mais dos hábitos, das profissões e do cotidiano do final do

século XIX e início do século XX.

4.3 Sala - Memorial de 1932

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A Revolução de 1932 foi um grande marco na história paulista e

brasileira em que, discordantes do governo instaurado pela Revolução de 1930

por Getúlio Vargas, paulistas pegaram em armas com o objetivo de que a

Constituição se fizesse respeitada. Mesmo não vencendo o combate, a

Revolução de 1932 marcou o processo de redemocratização e de mudanças

políticas que levaram a criação da Constituição de 1934. O município de São

Simão participou do conflito e, por conta disso, uma sala do museu é dedicada

a este importante evento histórico nacional.

4.4 Auditório

O Auditório do Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” é um

espaço utilizado para usos diversificados, recebendo exposições temporárias e

propiciando também um local para debates, palestras e ações culturais como

saraus, recitais, lançamentos de livros etc. É um espaço que pretende criar

com os cidadãos de São Simão e os turistas outra forma de se relacionar com

o museu, fomentando assim o diálogo, o conhecimento e a cultura.

4.5 Reserva Técnica

A reserva técnica possui um extenso acervo fotográfico, cartográfico e

documental da cidade de São Simão e região, além de inúmeras peças

arqueológicas, históricas e do cotidiano da vida doméstica e profissional de um

passado não tão distante. Mediante solicitação prévia e justificada ela pode ser

acessada por estudantes e pesquisadores.

Ao todo são mais de 9.000 peças que compõe o acervo, entre materiais

arqueológicos, históricos, documentos, fotografias, mapas, obras de arte,

instrumentos, ferramentas e muitos outros artefatos. A biblioteca possui

aproximadamente 4.000 livros e está, juntamente com outras áreas do museu,

em processo de readequação.

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Além disso, o museu constitui um importante centro de pesquisa que

recebeu entre seus pesquisadores, professores da Universidade de São Paulo

(USP- São Carlos) e outros.

Além disso guarda um centro de documentação com coleções de

processos judiciais da comarca de São Simão e jornais desde século XIX.

Possui uma visitação anual de 2000 pessoas, entre estudantes, turistas,

pesquisadores e demais habitantes.

5. POLÍTICA DE AQUISIÇÃO E DESCARTE DE ACERVOS

5.1 A política de acervos

A política de acervos deverá ser definida a partir do perfil da instituição,

com base em programas de aquisição e descarte, documentação e pesquisa,

conservação e restauração. O Museu ainda não adotou uma política de

aquisição de acervo, visto que grande parte dos objetos foi doada por famílias

do município preocupadas na preservação de sua memória.

Dentre as peças do acervo encontramos uma considerável coleção

arqueológica datada a partir de 15000 anos atrás, além de outros fósseis,

pontas de flecha, pedras e urnas funerárias encontradas em sítios

arqueológicos na região. A pinacoteca apresenta diversos trabalhos de artistas

simonenses. A temática sobre a história do município permeia todos os

módulos citados.

O Museu guarda parte do Arquivo Histórico da cidade, fonte documental

de relevância ímpar que não possui tratamento técnico e nem ocupa

instalações adequadas do ponto de vista museológico.

A exposição atual apresenta aspectos da história da região de São

Simão e Ribeirão Preto, o cotidiano urbano e rural do município aborda

também a participação dos cidadãos na Revolução de 32.

Outra constatação foi à importância que a população atribui ao acervo histórico

do Museu formado principalmente por peças de uso cotidiano nas residências e

a familiaridade que a comunidade tem com a sua memória

A missão do Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” MHSAM é

contar a história da cidade desde seus primórdios até os dias atuais. Seu

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acervo reflete o patrimônio cultural e natural da comunidade simonense, desta

forma seu caráter ultrapassa aquele dos bens comuns, podendo envolver fortes

referencias á identidade local. O museu possui um programa de difusão por

meio de publicações, encartes, mídia eletrônico e site.

Montagem e duração das exposições levam em conta a estrutura do

acervo e a frequência de visitantes espontâneos e agendados, tabulados a

partir do Controle de frequência de visitantes.

5.1.1 Incorporação de itens ao acervo

Toda proposta de incorporação de peças ou documentos ao acervo será

submetida a uma avaliação pela comissão de acervo que determinará sua

aquisição pela instituição de modo que a responsabilidade não será exclusiva

do diretor ou do museólogo.

A Comissão de Acervo se reunirá sempre que for solicitado seu parecer

para analise da pertinência e emissão de parecer sobre propostas de

incorporação de itens ao acervo. Poderá esta comissão contar com a

colaboração dos sócios da FUNCUS.

Serão selecionados e adquiridos acervos históricos públicos e privados

de moradores da cidade ou personalidades, alem de instituições que tenham

ou tiveram destaques municipais em sua área de atuação, preferencialmente

documentação de valor histórico, artístico e cultural que tiveram participação no

desenvolvimento da cidade. Também serão aceitos documentos e objetos

oriundos de famílias das varias correntes migratórias pelas quais a cidade

passou.

5.2 Política de Aquisição

A Política de aquisição é o instrumento que regula a entrada de novos

objetos na instituição, seja ele de tipologia ou interesse museológico,

bibliográfico, hemerográfico, documental, fotográfico, audiovisual, dentre

outros, seja por meio de doação, legado, compra, permuta, coleta, ou

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quaisquer outros meios, cuja propriedade do bem seja transferida para o

Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” MHSAM.

5.2.1 Sobre a Aquisição

Para que a peça faça parte do museu alguns critérios serão levados em

consideração, tais como: a interação com o acervo já existente; a adequação

do objeto aos objetivos e missão do MHSAM; o estado de conservação do

material (condições físicas e qualidade técnica); restrições de uso por parte do

doador; não sejam provenientes de pilhagem ou retiradas não autorizadas; não

viole qualquer legislação, tratados locais, estatais, nacionais e internacionais;

além da observação de que objetos de caráter sagrado só poderão ser

adquiridos se forem resguardados os interesses e convicções das

comunidades, grupos religiosos e étnicos dos quais os objetos, quando

conhecido, originam. Essas medidas são importantes para que o museu não

esteja adquirindo coisas proibidas ou que não tenham ligação com o museu,

sua tipologia e missão.

5.2.2 Modalidade de Aquisição de Acervo

As formas de aquisição de objetos aos acervos do MHSAM são: doação,

legado, compra, permuta, e transferência.

5.2.3 Quanto aos tipos de aquisição:

* Doação: é quando uma instituição, pessoa física ou jurídica, doa um objeto,

coleção ou documento para o museu e este o incorpora a seu acervo.

A aprovação depende da pertinência do material ao acervo. O MHSAM

reserva o direito de recusar a entrada de itens em seus acervos quando estes

não estiverem em consonância com seus objetivos, não se encontrarem em

condições adequadas de conservação ou por qualquer outros motivos julgados

relevantes.

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Volumes documentais extensos e objetos de grandes dimensões e peso

serão avaliados no local pela Comissão de Acervo do MHSAM, por meio de

prévio agendamento com o doador.

Os itens que obtiverem parecer favorável á incorporação do acervo

serão registrados através do preenchimento do Termo de doação.

No qual serão anotados, alem de dados básicos para descrição do

objeto/documento, os dados pessoais do doador e a data de entrega do item. O

documento seguira numeração arábica sequencial do tipo 000/0000, sendo os

três algarismos á esquerda da barra correspondentes a ordem cronológica e os

quatro dígitos posteriores á barra referentes ao ano de entrada do

objeto/documento. O Termo de doação devera ser assinado pelo doador e pelo

responsável pelo Departamento de Patrimônio em duas vias, ficando uma

delas de posse do doador e outra com a instituição.

* Legado: é a forma de aquisição na qual uma pessoa registra em testamento

sua pretensão em passar seu bem patrimonial, seja um objeto ou coleção, para

os cuidados do museu. Esta forma de incorporação ao acervo museológico é

vista como herança.

* Compra: Na compra de um objeto e este passa a ser incorporado ao acervo.

Nesse caso, compete à comissão de acervo verificar demandas de compra e

questões relacionadas com o orçamento designado para este destino. Na

compra de um objeto é necessária à apresentação e posterior arquivamento de

recibos, faturas que comprovem a realização da transação comercial.

* Coleta: por ser um museu de arqueologia e de etnografia, toda coleta de

campo será realizada pelo programa de pesquisa do MHSAM e devera ser feita

por um arqueólogo com supervisão do museólogo responsável.

* Permuta: A Política do museu sobre cedência deve estabelecer os métodos

autorizados para o abatimento definitivo de um objeto de acervo, quer seja por

meio de doação, transferência, troca venda repatriação ou destruição, que

permita a transferência de propriedades sem restrições para entidade

beneficiaria. O acervo do museu é um bem público e não pode ser considerado

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como ativo financeiro. O dinheiro ou compensação recebido pele cedência ou

transferência de objetos e espécimes de um acervo do museu pode ser usado

em beneficio do museu de acordo com a comissão de acervo.

* Depósito: é uma aquisição similar à doação; no entanto, o objeto ou a

coleção não são propriedade do museu e sim um local para a sua guarda. Essa

forma de aquisição na maioria das vezes é permanente, mas por uma

exigência do proprietário do objeto o museu estabelece o acordo de ser apenas

um local de salvaguarda para ele.

* Transferência: é a forma de aquisição que transfere um objeto ou coleção

de uma instituição de salvaguarda para outra.

A transferência de objetos entre órgãos e setores da Prefeitura Municipal

deverá ser feita mediante o preenchimento do Formulário de Movimentação de

Bens Patrimoniais

“Todo tipo de aquisição será avaliada em termos dos objetivos, das propostas e da missão do museu, assim como serão levadas em conta as limitações financeiras e espaciais da instituição.”

Empréstimos

Empréstimo: é quando um objeto, pertencente a outra instituição ou pessoa,

entra no museu em forma de comodato. Este pode ser de curto ou longo prazo,

com o tempo de preferência determinado e ser renovado quantas vezes forem

necessárias. O objeto adquirido por empréstimo não faz parte do acervo do

museu e por isso não deve ser registrado no livro tombo. Pode ser de dois

tipos: de entrada e de saída.

O primeiro se dá quando o museu solicita o empréstimo de um item a

um emprestador, que pode ser outro museu ou um individuo (proprietário)

A solicitação de empréstimo de um item de outra instituição ser feita via

oficio em duas vias e será normatizada conforme a Política de empréstimos da

instituição emprestadora.

Page 15: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

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O segundo envolve empréstimo de acervo a outro museu.

Em ambos os caso ocorre a mudança de local do item, mas não a

propriedade legal . Todo empréstimo possui um período de tempo determinado,

que pode, de acordo com a necessidade e em comum acordo com as partes

envolvidas, ser renovado.

Toda a documentação relacionada com empréstimos deve ficar

arquivada durante um longo período de tempo.

Não serão permitidos empréstimos de fotografias físicas, qualquer que

seja sua época e/ou estado de conservação. As imagens serão digitalizadas e

encaminhadas ao pesquisador via email ou salvas em dispositivo de

armazenamento digital (pendrive ou CD). Em ambos os casos o setor de

referencia orientara o consulente a efetuar creditos da foto em seu trabalho

quer seja acadêmico ou não.

Não será permitido o empréstimo de jornais e revistas da hemeroteca do

MHSAM. A pesquisa destes documentos somente ocorrera nas dependências

da instituição depois de observadas todas as ações de preservação e

orientação ao usuário, como uso de equipamentos de proteção individual.

(EPI’s).

Objetos não incorporados ao acervo não podem ser emprestados assim

como aqueles que não tiverem sidos catalogados. Não serão permitidos

empréstimos para fins comerciais.

Obrigações relativas ao seguro e indenização em casos de danos e

furtos ás peças, tanto pra o caso de empréstimos interno ou externos devem

ser especificadas claramente em todos os acordos do empréstimo.

5.3 Política de Descarte

Diz respeito ao processo de dar baixa nos objetos que fazem parte do

acervo do museu que, de alguma forma, não atendem mais aos objetivos da

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instituição ou porque se encontram em condições de deterioração irreparável,

impossibilitando sua preservação.

O Museu também poderá descartar seu acervo em algumas situações

especificas podendo ser por meio de doação, transferência, troca, venda

repatriação ou destruição. Neste caso, também serão considerados critérios

com impossibilidade de manutenção do objeto; condições físicas (itens

irrecuperáveis, ou objetos deteriorados, infestados, cujo estado de conservação

interferem na comunicação com o público, inviabilizando uma possível

montagem expositiva); casos de erros de numeração ou equívocos no

inventário; readequação do foco da coleção; inadequação (obras cujos

conteúdos não interessam a Instituição, mas incorporadas ao acervo

anteriormente sem uma seleção prévia); e o caso de repatriamento de objetos.

5.3.1 Tipos de Descarte

Transferência: é a forma de descarte que transfere um objeto ou uma coleção

para outro museu ou instituição afim.

Doação: é o descarte por meio da doação do objeto ou da coleção para outro

museu ou Instituição afim.

Permuta: é o descarte que visa á permuta entre museus ou Instituições afins

de um objeto por outro. É uma ação recíproca, na qual ambas as instituições

descartam um objeto de seu acervo, mas também adquirem um novo. É

necessário que o profissional responsável pelo acervo verifique a legislação

loca, o estatuto ou regimento do museu para conferir a possibilidade de tal

ação.

Repatriação: trata-se do descarte que devolve o objeto ou coleção á pátria de

origem seja por vontade própria do museu ou por obrigação de órgão

governamental.

Destruição: Geralmente este caso ocorre quando o objeto se encontra em um

processo de deterioração avançado, irreparável, e que possa vir a contaminar

(ou que já contaminou) outros objetos do acervo. É uma ação que visa

principalmente á conservação preventiva do acervo. Deve-se ter muito cuidado

com esse tipo de descartes. É necessária a avaliação da comissão de acervos,

do conservador e do museólogo.

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5.3.2 Procedimento Documental Relacionado ao Descarte

Após o descarte do objeto, o registro no livro tombo deve ser riscado em

cor vermelha, e todas as fichas relacionadas a ele precisam ser marcadas com

um X da mesma cor, de um lado a outro.

O numero do registro de um objeto museológico descartado jamais

poderá ser reaproveitado.

No caso de roubo de um objeto museológico, o responsável pelo acervo

do museu devera marcar com um X na cor vermelha do lado esquerdo do

registro deste objeto no Livro Tombo e rubricar. Ainda precisara fazer uma

observação nas fichas e assinalar com o mesmo X vermelho (no lado direito

em cima) o documento. Se o objeto for encontrado, o profissional responsável

devera fazer um circulo na cor verde em volta do X.

Indicar justificativa da baixa e responsáveis – ex. Transferido para

XXXXX, conforme deliberação de XXXX em (data).

5.3.3 ALIENAÇÃO DE ACERVO

A alienação dos acervos do MHSAM poderá ocorrer por deterioração,

desinteresse (quando as peças não mais servir aos objetivos da instituição –

refinamento da coleção) ou por desaparecimento.

Os motivos e o destino do acervo alienado deverão ser devidamente

registrados pelo Setor de Documentação, que providenciará também a baixa

no Livro Tombo.

As proposições e decisões de alienação por deterioração serão

exclusivas do Conselho e da equipe técnica da instituição e somente se

efetivará em casos de votação unânime dos seus membros. O descarte de um

item do acervo do Museu só deve ser feito com pleno conhecimento de seu

significado, seu estado (recuperável ou não), sua situação legal e checadas a

possível perda de confiança pública que pode tal ação pode resultar.

Nos casos de alienação por deterioração de unidades dos acervos

raros ou de importância histórica e cultural sujeitas a polêmicas ou

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complicações de ordem jurídica, a decisão deverá contar com parecer do

Conselho.

As proposições de descarte por desinteresse deverão ser

encaminhadas ao para avaliação e decisão junto a equipe técnica da

instituição. Já os casos de alienação por desaparecimento e/ou furto devem ser

comunicados por escrito ao Conselho Deliberativo do MHSAM em relatório

circunstanciado, com boletim de ocorrência lavrado em anexo e cópias.

6. CONSERVAÇÃO DO ACERVO

A responsabilidade pela conservação do acervo deve ser preocupação

de todo o pessoal da instituição, partilhada por sua equipe de técnicos, que

promoverão treinamento sobre os procedimentos básicos de conservação de

acervo.

As áreas de armazenamento do acervo devem proteger os objetos

contra fatores ambientais prejudiciais (chuvas e intempéries climáticas),

acidentes, desastres e roubo.

Os acervos do MHSAM são guardados em reservas técnicas e

separados por tipologia de material.

Estão sendo realizados no momento estudos para a instalações de

mobiliário próprio — arquivos de aço, mapotecas, armários e estantes para

armazenamento de quadros. Não é permitido o acesso de visitantes as áreas

de guarda de acervo, controladas pela equipe técnica.

Por motivos de ordem financeira e estrutural, o controle da temperatura

ainda não é observado.

Ao dar entrada no acervo, todo documento ou objeto é avaliado quanto

ao estado de conservação pelo setor de Patrimônio, que indicará o tipo de

higienização e acondicionamento a ser praticado.

Unidades do acervo em condições precárias de conservação, com ação

de microrganismos serão encaminhadas para tratamento específico, podendo,

dependendo do caso, ser contratado serviços específicos de restauro com

profissional especialista. Todos os procedimentos relacionados com a

conservação devem ser documentados e reversíveis.

Page 19: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

18

Não é permitido o consumo de alimentos e a ingestão de líquidos nas

dependências da instituição, a fim de evitarem-se a proliferação de insetos e

roedores em busca de resquícios de alimentação. (Vide Anexo)

6.1 Transporte de Manuseio e Acervo

O manuseio de obras, quadros e outros objetos pode parecer um

procedimento simples e corriqueiro, mas não é. Uma lasca, a falta de um pé ou

apoio, o contato com o calor, o chacoalhar, tudo isso vai estragando as peças

pouco a pouco, mesmo que não se perceba.

Ao manusear um item do acervo deve-se sempre certificar-se que as

mãos estão limpas e fazer uso de luvas limpas, de látex ou de algodão. Objetos

que requeiram deslizamento entre as mãos podem ser pegos com o primeiro

tipo de luva. Já aqueles que necessitarem de maior aderência nas mãos, por

motivo de segurança, podem ser pegos com o segundo tipo. Em ambos os

casos as luvas devem estar limpas.

Aventais do tipo guarda pó devem ser usados para proteger os objetos

contra eventuais danos provocados por materiais existentes nas roupas do

manuseador, tais como (botões, presilhas, cintos e arrebiques), além de

protegê-lo da poeira e de possíveis resíduos, fungos e bactérias existentes na

peça e prejudiciais à saúde humana. Adornos como pulseiras, brincos,

broches, anéis e relógios também devem ser removidos durante o manuseio de

itens do acervo, evitando ranhuras acidentais nos objetos.

Antes de qualquer operação de transporte de acervo deverá ser

verificado o estado do material, anotando quaisquer peculiaridades do mesmo.

Quando houver necessidade de transportar um objeto ou item do acervo,

o mesmo deve ser carregado unicamente e com as duas mãos. O carregador

não deve possuir outros objetos nas mãos, como lápis ou canetas.

Deve-se planejar o melhor trajeto a ser percorrido com o objeto,

analisando a existência de possíveis barreiras pelo caminho e alternativas de

rotas mais seguras à integridade da peça. A equipe técnica não deve apressar

os carregadores (ou montadores), tampouco obriga-los a empreenderem uma

operação que lhes pareça impraticável, mas poderá sugerir opções que

possivelmente não lhes tenham ocorrido.

Page 20: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

19

Objetos grandes ou pesados devem ser transportados em duas ou mais

pessoas ou com o auxílio de um carrinho, quando for necessário. O local a ser

depositado as peças do acervo deve estar limpo, seco e apresentar segurança.

Objetos compostos devem ser separados antes do transporte. Objetos

pequenos devem ser transportados em recipientes com reforço e

acolchoamento.

Os objetos devem ser manuseados pela parte mais resistente ou estável

e nunca por sua parte mais frágil, ainda que esta seja sua função, por exemplo:

xícara pela alça, panela pelo cabo, bule pela alça e cadeira pelo braço. Não ter

pressa nem fazer movimentos rápidos ou desnecessários quando transportar

objetos do acervo seja manualmente ou fazendo uso do carrinho.

Objetos pesados devem ser postos na parte de inferior das prateleiras e

objetos mais leves na parte superior das prateleiras.

Não se deve utilizar força física excessiva ou movimentos bruscos para

fazer um objeto abrir ou funcionar.

Somente quem estiver inteiramente familiarizado com o método correto

de manuseio de obras deve supervisionar uma operação.

Se a condição de uma obra que já estava danificada (por exemplo, tinta

descolada da superfície de um quadro ou uma rachadura grave num vaso) tiver

piorado no transporte, a equipe técnica deverá ser avisada.

Nunca descartar materiais de embalagem sem revistá-los

cuidadosamente a fim de encontrar fragmentos que possam ter caído durante o

transporte.

Não fazer distinção entre o suposto valor artístico ou monetário dos

objetos. Toda obra de arte tem de ser tratada como se fosse a principal peça

da coleção.

6.2 Cuidados com Quadros

● Quadros de pintura deve ser segurado pela moldura e nunca pelo chassi;

● Nunca arrastar obras de arte;

● Não tocar na parte frontal nem na parte posterior de um quadro. Nunca

permita que nada, por mais leve que seja toque qualquer dessas duas

superfícies;

Page 21: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

20

● Certificar-se de que a obra se encontra firme dentro de sua moldura antes de

levantar um quadro;

● Certificar-se de que as presilhas, ou pitões, ou outro tipo de suporte, se

encontram firmes antes de pendurar um quadro;

● Carregar quadros com uma mão por baixo e a outra pelo lado da moldura, ou

com uma mão de cada lado, ou conforme seja a posição mais estável diante de

determinada circunstância;

● Segurar os quadros pelos pontos mais fortes da moldura e nunca por um

lado apenas, tampouco pelos seus ornamentos de gesso.

● Não segurar um quadro com um canto no chão e outro na mão. Se não puder

segurar o quadro corretamente, deve deixá-lo repousar.

● Havendo necessidade de passar por uma porta fechada carregando um

quadro, certificar-se sobre a presença de outro carregador para abrir e segurar

a porta para você.

● Não colocar os dedos entre a parte posterior da tela e o chassis (bastidor ou

armação), porque isto pode ocasionar graves danos à superfície do quadro.

● Os quadros não emoldurados deverão ser carregados segurando somente o

lado interior e o lado exterior do chassi e não os lados mais largos (os que

ficam paralelos à tela). Os dedos não devem tocar a face do quadro nem

devem envolver o chassi.

● Quando obras de grande tamanho tiverem que ser transportadas, deve-se

coloca-las o mais próximo possível do solo, sem golpeá-las nas soleiras das

portas e sem que a pessoa esteja em uma posição incômoda.

● Objetos embalados, se possível, devem ser transportados em carrinhos ou

em duplas.

● Sempre deslocar e guardar os quadros com a superfície em sentido vertical.

● As obras com vidro não deverão ser guardadas em sentido horizontal.

● As obras cuja tinta esteja se levantando ou escamando deverão ser

guardadas em sentido com a superfície voltada para cima.

● Nunca pendurar os quadros de maneira que as molduras se toquem. Mesmo

numa armazenagem apertada deve-se permitir que haja espaço suficiente

pelos quatro lados do quadro para que possa ser retirado sem entrar em

contato com as obras vizinhas.

Page 22: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

21

● Nunca enfileirar as obras que não estejam no mesmo plano da tela e/ou

possuidoras de ganchos salientes e/ou molduras não sobressalentes;

● Os quadros com molduras muito elaboradas deverão ser enfileirados

somente em cima de pedaços de madeira acolchoados, a fim de aliviar o peso

sobre as frágeis arestas da moldura.

● Armazenar as obras de modo que fiquem parte posterior com parte posterior

e face com face. Desta maneira evitar-se-á a possibilidade de objetos

protuberantes no dorso das molduras entrem em contato com a face dos

quadros adjacentes.

6.3 Cuidados com Obras em Papel

● Obras em suporte papel, deverão carregado sob um papel cartão neutro;

● Desenhos a carvão ou a lápis, ou qualquer material que manche facilmente

deverá ser transportado com o máximo de cuidado, fazendo o entrefolhamento

com folhas de papel alcalino. Não empilhá-las no momento da guarda;

● Se for necessário enrolar a obra, enrolá-la com face para fora e com folhas

de separação forrando toda a superfície.

● Evitar que as obras permaneçam empilhadas além do tempo necessário.

● Não colocar nenhum objeto em cima das pilhas nem mesmo os pesos

próprios para papéis.

● Segurar tais materiais somente pelo passe-partout. Nunca tocar a própria

obra de arte.

● Manter as obras com passe-partout em posição plana, com a face para cima;

6.4 Cuidados com Esculturas

● Nunca segurar ou levantar uma escultura por um membro projetante, por

exemplo: um braço ou uma cabeça.

● Proteger as esculturas durante o transporte com cobertores limpos, espuma

ou acolchoamento. Se a escultura estiver amarrada ao veículo no qual se

transporta, acolchoe as cordas. Nunca permitir que uma escultura toque em

nada, exceto o acolchoamento – especialmente outra obra de arte.

Page 23: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

22

● Ao transportar esculturas de pedra, apoiar com acolchoamento todas as

partes projetantes e as áreas não sustentadas pela plataforma do veículo. O

peso deverá ser distribuído igualmente. O acolchoamento excessivo é tão

perigoso quanto a sua insuficiência.

● Carregar e guardar as esculturas na posição de máxima estabilidade.

Algumas peças, as mais pesadas na parte superior, não podem ser postas em

pé sem reforços. Outras podem se danificar se deixadas em sentido horizontal.

● Sempre que tão possível, carregar e guardar esculturas de pedra em posição

como se estivessem sendo expostas. Frequentemente o peso de uma

escultura ocasiona tensão perigosa ao ser pousada fora do ângulo habitual. A

pedra pode quebrar sob seu próprio peso.

● Tocar as esculturas de metal somente com luvas ou com pano macio. As

impressões digitais marcam definitivamente e corroem o metal.

● Manter as mãos limpas ou, de preferência, utilizar luvas limpas ao manusear

esculturas de pedra. A pedra é porosa e absorve facilmente a poeira e a

gordura.

● Transportar esculturas pesadas requer conhecimento especializado. Recuse-

se a transportar qualquer obra deste tipo a não ser que uma pessoa

especializada no assunto esteja presente e aprove todos os planos. Cada

translado representa um problema único, ninguém sabe tudo sobre translado

de esculturas pesada.

● Não arrastar uma escultura.

● As esculturas pesadas deverão ser amarradas ou então estabilizadas a fim

de não se deslocarem durante o translado.

● Especialmente ao trabalhar com as esculturas pesadas, movimenta-se bem

mais devagar, elas podem ser perigosas e machucar gravemente os

carregadores.

6.5 Cuidados com Objetos Pequenos

● Use luvas ou papel de seda ao manusear os objetos de metal e de louça não

vitrificada. Os objetos escorregadios (tais como louças vitrificadas e objetos

cujas superfícies possam se agarrar nos fios das luvas (tais como estatuetas

Page 24: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

23

de porcelana e alguns esmaltes), devem ser carregados sem luvas e com as

mãos LIMPAS.

● Levante os objetos colocando uma mão por debaixo e segurando o objeto

com a outra. Nunca os levante pelas alças ou pelas bordas. Estas são

frequentemente as partes mais frágeis, embora desenhadas originalmente com

a finalidade de carregar o objeto.

● Sempre pouse os objetos de arte decorativa, especialmente os de vidro e

porcelana, sobre superfícies acolchoadas. Veja, no entanto, se a superfície não

está exageradamente acolchoada a ponto de não permitir que o objeto pouse

firmemente.

● Para o translado, descanse os objetos sobre a superfície mais estável. Por

exemplo, em geral as tigelas são mais largas na borda do que na base e por tal

razão devem ser transportadas de cabeça para baixo.

● Não sobrecarregue nenhum veículo. Os objetos nunca devem se tocar. Um

objeto NUNCA deve se projetar além da borda do veículo, não devendo sobrar

partes pelos lados.

● Os objetos devem ser colocados de tal maneira que não possam mudar de

posição no translado. Sempre que possível somente transporte juntos objetos

do mesmo tamanho. Nunca transporte objetos de diferentes materiais ao

mesmo tempo.

6.6 Cuidados com Móveis

● Antes de transportar móveis, deve-se amarrar com cordas macias as

gavetas, as tábuas de mesa ou qualquer peça solta ou dobradiça;

● Remover os tampos de mármore, vidros ou materiais similares antes de

transportar os móveis. Os tampos deverão ser transportados em sentido

vertical;

● Nunca arrastar os móveis, sempre levantá-los;

● Não levantar um móvel pelos braços ou por outras partes salientes. Segurar

no ponto de maior firmeza estrutural e levantá-lo. As cadeiras deverão ser

levantadas pelo esteio do assento. O móvel deverá permanecer sempre na sua

posição apropriada, nunca de cabeça para baixo ou de lado.

Page 25: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

24

7. HIGIENIZAÇÃO DO ACERVO E ESPAÇO FÍSICO DE GUARDA DE DOCUMENTOS E OBRAS DE ARTE

7.1 Higienização do Acervo

A higienização mecânica das coleções deverá ser um hábito rotineiro

na instituição, visto que a sujidade é um agente de deterioração dos

documentos. No entanto, cada objeto deverá ser analisado individualmente

para determinar se a higienização será necessária e se poderá ser realizada

com segurança, analisando cuidadosamente a fragilidade física do suporte.

A importância desse procedimento reside ainda no fato de ser esse

procedimento um momento de incursão pelo acervo, onde poderão ser

analisadas as condições reais do acervo e detectar possíveis problemas.

Além de escurecer o documento, alterando-o esteticamente, a

sujidade favorece o aparecimento de manchas quando as partículas de poeira

se umedecem devido a alta umidade relativa, penetrando rapidamente no

papel. Os poluentes atmosféricos, altamente ácidos, alteram o PH do papel.

Todo o processo de higienização deverá ser realizado na mesa

higienizadora, evitando o contato direto do operador com o documento. Deverá

se evitar a inalação de partículas nocivas, pincelando as impurezas no sentido

da grade exaustora, ou seja, em sentido contrário a pessoa que esta fazendo a

higienização.

A remoção da sujidade superficial nos documentos em suporte papel

deverá ser feita através de pincéis e trinchas, seguindo as etapas: retirada de

utensílios metálicos agregados, retirada das sujidades e poeira e suavização

de manchas e sujidades encostadas – via trouxinha de tecido com borracha

acrílica ralada.

Para a higienização de livros e encadernações poderão ser utilizadas

flanelas macias e limpas (para as lombadas), além de aspirador de pó de baixa

potência. Este deverá ter sua boca protegida por uma gaze, evitando a sucção

das folhas.

Page 26: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

25

Para a higienização de telas e pinturas deverá ser utilizado um pincel

de fibra animal, separado para essa finalidade. Deverá se tomar muito cuidado

com craquelês (rachaduras no pigmento), uma vez que podem se soltar e

ocasionar perdas na pintura. O verso das obras de arte deverá ser higienizado

com o mesmo tipo de pincel, porém não há a necessidade de ser separado

apenas para essa finalidade, como no caso do lado da pigmentação.

Mobiliários e esculturas de madeira deverão ser limpos com um pano

ou pincel macio ou um espanador. As ceras deverão ser evitadas, a não ser

que seja recomendada por um especialista.

Vidros e cerâmicas serão higienizados eventualmente com uma

escova, pincel ou pano macio e limpo. Nas ocasiões em que se fizer

necessária uma limpeza mais profunda, deverá ser utilizada uma solução

aquosa de detergente não iônico, na proporção 10 gostas por litro de água

deionizada ou destilada. As partes que possuem douramento não deverão ser

tocadas, uma vez que tais pigmentos tendem a sair com o tempo.

Objetos de metal também serão limpos com pincel e pano macio. Não

é permitida a utilização de água para limpar tais objetos. O uso de produtos

químicos polidores só deverá ser utilizado após instruções de um especialista

ou acompanhamento da equipe técnica.

Os operadores também deverão fazer uso de equipamentos de

proteção individual (EPI’s), tais como luvas, máscaras, toucas e avental.

No caso do emprego de estagiários e monitores nos trabalhos de

higienização, a equipe técnica deverá supervisionar, após ministrar o

treinamento devido, a realização das tarefas. As capacitações e atualizações

deverão ser corriqueiras devido a alta rotatividade desse tipo de mão de obras.

7.2 Higienização do espaço físico de guarda de documentos e obras de arte

Para a limpeza do piso deverá ser utilizado aspirador de pó, evitando-

se a utilização de vassouras, uma vez que elas apenas deslocam as partículas

de poeira de um local a outro. O uso de água também deverá ser evitado, pois

sua interferência, por menor que seja, desequilibra a umidade relativa do

ambiente. Ceras líquidas poderão ser utilizadas, eventualmente, desde que

Page 27: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

26

observadas atentamente as condições do piso e o modo de aplicação e/ou

diluição. Para a limpeza de móveis de madeira deverá ser evitado o uso de

produtos químicos. As estantes também deverão ser limpas com aspirador de

pó. Para remover a sujidade muito intensa das superfícies destas, deverá ser

utilizada uma solução de água e álcool a 50%, passada com pano muito bem

torcido. Na sequencia, deverá ser passado outro pano, mas seco. Deverá ser

evitada a colocação de baldes de água entre as estantes durante a limpeza das

áreas de guarda de acervo, evitando-se, dessa forma, o ocasionamento de

acidentes.

8. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE ACERVO

O objetivo do acondicionamento é proteger os documentos, tanto os

que não se encontram em boas condições quanto àqueles já tratados e

recuperados, armazenando-os de forma segura. Seu planejamento deve ser

adotado com muito critério, respeitando as seguintes etapas: avaliação da

natureza do documento, do tipo de suporte, do estado de conservação e das

condições de uso e manuseio.

Para o acondicionamento de seus documentos, o MHSAM deverão

empregar materiais de qualidade arquivística, isentos de acidez e com reservas

alcalinas.

O sistema ideal para o acondicionamento de documentos avulsos é a

sua proteção em folders.

Durante os procedimentos com fotografias e papéis, deverão ser

confeccionadas caixas, pastas e folders especiais sob medida, evitando

dobraduras e amassaduras nos materiais arquivados. Também poderá ser

utilizado o plástico poliéster para confecção de janelas transparentes nas

jaquetas e envelopes de fotografias, caso a coloração e o processo de

revelação o permita.

Pacotilhas de documentos em suporte papel poderão ser levemente

amarradas utilizando-se cadarço de algodão cru.

Para o acondicionamento de objetos tridimensionais poderá ser feito

uso de espuma de polietileno extrudada, material de fácil modelagem que

Page 28: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

27

permite a criação de fôrmas e moldes específicos e que oferece estabilidade

durante o transporte e resistência contra impactos.

Dar-se-á preferência à utilização de pastas e caixas plásticas de

arquivo (tipo Box) fabricadas em polipropileno alveolar branco ou transparente.

De grande leveza e fácil limpeza, o plástico polipropileno destaca-se por

apresentar resistência térmica e impermeabilidade.

Documentos administrativos, tais como ofícios, circulares e processos

de uso corrente que permitem furação, serão arquivados em pastas tipo AZ e

guardados em armário a parte do acervo, evitando que se misturem aos

materiais históricos.

O armazenamento é o sistema que recebe o documento,

acondicionado ou não, para ser guardado. Trata-se do mobiliário das salas:

estantes, arquivos, mapotecas e armários. No MHSAM dar-se-á preferência à

utilização de móveis metálicos pintados por processo eletrostático após

tratamento anti ferruginoso. Evitar-se-á móveis de madeira não revestida ou de

fórmica, pois em ambos os casos há emissão de produtos voláteis ácidos. A

madeira também é propícia ao ataque de cupins.

Materiais de grande dimensão, tais como mapas, desenhos e plantas

arquitetônicas, após o acondicionamento primário, serão arquivados na

mapoteca. Em cada gaveta deste móvel poderá haver uma lista simples dos

documentos contidos, com numeração de gaveta e das pastas existentes,

facilitando a busca e a recuperação por parte dos funcionários habilitados a

manipular os acervos da instituição.

Os objetos tridimensionais e as obras de arte serão armazenados nas

Reserva Técnicas, áreas anexas ao prédio da instituição destinada à

conservação, armazenamento e administração do acervo não exposto. Deve-

se zelar para que a Reserva Técnica se mantenha como uma área de

observação e tratamento constante das coleções dos museus e não se

transforme em um depósito desorganizado de objetos, sem a adoção de

critérios usuais e preservacionistas.

09. CONSULTA AO ACERVO

Page 29: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

28

Consulta ao Acervo A consulta aos acervos do MHSAM é aberta ao

público em geral durante o horário de funcionamento. O Setor de Referência ou

os responsáveis pelo atendimento deverão cadastrar os dados dos consulentes

e registrar suas demandas de consulta na planilha Cadastro de Consulente.

Os responsáveis pelos atendimentos telefônicos deverão orientar que os

pesquisadores formalizem suas solicitações ou dúvidas acerca do acervo via

e-mail:

fundaçã[email protected] Deverá ser colocada à disposição do público lista de frequência de

visitantes para assinatura e coleta de dados para posterior atualização de

mailing de divulgação. De acordo com o gênero documental e seu estado de

conservação haverá normas específicas de acesso e consulta, sendo

estabelecido que as pesquisas nos jornais “O TRABALHO (1905) se darão

digitalmente, visto o estado de conservação dos originais.

Somente será permitido o manuseio de documentos originais fazendo

uso de luvas descartáveis, sem talco, ou de algodão, trazidas pelo próprio

consulente ou fornecidas pela instituição. Máscaras de proteção individual

também poderão ser utilizadas como proteção à saúde do pesquisador.

Grupos de escolares ou turistas poderão agendar previamente visitas

guiadas ao Museu. Para tanto, deverão comunicar a Recepção do Museu via

telefones 16-3984-9064 informando nome da instituição ou grupo, quantidade

de visitantes e se há alguma peculiaridade ou motivo da visita. O mesmo

procedimento poderá ser feito mediante o envio de email com o título

Agendamento de Visita Orientada para endereço eletrônico da instituição

acima.

Casos excepcionais deverão ser comunicados à equipe técnica da

instituição e resolvidos em comum acordo.

10. REPRODUÇÃO DE ACERVOS

O MHSAM terá sua política de direitos autorais relativos ao uso de

seus acervos com base na legislação vigente, de modo a proteger a instituição

contra eventuais casos de exploração comercial ou uso indevido.

Page 30: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

29

Qualquer tipo de reprodução de unidades dos acervos do MHSAM fica

condicionada ao seu estado de conservação, tipologia do documento e a

finalidade que se destina. A utilização de reproduções do acervo para efeitos

de publicação está sujeita a autorização da instituição, que guardará o direito

de negá-la em casos de inabilidade comprovada dos autores e/ou editores ou

qualquer outro motivo que venha a contrariar o interesse público.

A instituição pode fornecer reproduções de documentos e fotografias

em suporte de papel ou em formato digital, respeitadas as condições do Aviso

Legal para Difusão de Imagens.

O fornecimento de reproduções de documentos de arquivo implica a

existência de cópias em formato digital. Em caso da sua não existência, o

pedido para o fornecimento de reproduções poderá ficar condicionado pela

prestação de um serviço de digitalização dos documentos, o qual implicará um

acréscimo nos respectivos custos.

A reprodução xerográfica externa de documentos somente será

permitida com a retenção de um documento com foto do pesquisador, podendo

ser a cédula de identidade ou a carteira nacional de habilitação (CNH).

Interessados em fotografar o acervo deverão ser submetidos ao

preenchimento da mesma Solicitação, documento no qual serão explicitados a

finalidade das fotos e o compromisso do peticionário dar os créditos da

instituição no trabalho e, eventualmente, ceder cópia da publicação para

arquivo.

O não cumprimento dos termos acordados implica o indeferimento de

futuras solicitações de autorização para reprodução ou publicação. A instituição

deve tomar cuidado para evitar a revelação de informações pessoais delicadas

ou outras, relacionadas com assuntos confidenciais, quando os dados do

acervo são disponibilizados ao público.

Os custos dos serviços de reprodução de acervo serão estabelecidos

conforme os custos estabelecidos em orçamentos tríplices. As fontes de

receitas geradas pela prestação dos serviços reprográficos serão geridas pela

equipe administrativa e somente serão utilizadas em benfeitorias e atividades

próprias do MHSAM.

A Política encontra-se estritamente alinhada com a proposta da visão da

instituição, sendo este o primeiro passo para o crescimento equilibrado do

Page 31: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

30

acervo do Museu, constituído por bens culturais de natureza museológica,

arquivística e bibliográfica, assegurando o cumprimento da missão do MHSAM

Cabe à instituição, em consonância com as normativas legais e seu Regimento

Interno, tornar esta Política de Aquisição e Descarte de Acervos eficazes e

atualizados periodicamente.

Page 32: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

31

11. ANEXOS

ANEXO I MANUAL DE BOAS PRÁTICAS

1. Introdução

O presente manual tem a função de apresentar um conjunto de práticas

para a boa e adequada gestão do Museu Histórico Simonense “Alaur da

Matta” por parte de todos os seus colaboradores. Para que isso ocorra é

fundamental que todos conheçam profundamente a natureza e os princípios

que norteiam o nosso trabalho. O esquema da subordinação atual do nosso espaço é o seguinte:

Fundação Cultural Simonense (FUNCUS)/ Museu Histórico Simonense “Alaur

da Matta” (MHSAM) / Departamento de Cultura / Prefeitura Municipal de São

Simão.

A missão do Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” é o seguinte:

Concentrar, preservar e promover a divulgação do patrimônio cultural, histórico

e artístico, material e imaterial da cidade de São Simão, valorizando a história e

a identidade da comunidade, bem como ampliar sua percepção crítica da

realidade social, seus espaços de produção de conhecimento e suas

oportunidades de cultura e lazer. O acervo com o qual o nosso espaço conta é

composto aproximadamente por 9.000 peças. Para que todo esse acervo seja

preservado integralmente e que possa ser acessível ao público visitante hoje e

no futuro, muitas ações são importantes, como a manutenção periódica, a

limpeza, o restauro, a organização, a segurança e a criatividade, para que

sempre possamos trazer ao público exposições que lhe permita conhecer a

cidade, sua história e sua identidade.

2. Sobre o Atendimento ao público

O sucesso da experiência de visitação ao nosso espaço não depende

apenas da qualidade da exposição que estamos mostrando, mas também do

Page 33: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

32

bom atendimento dos nossos funcionários ao público visitante. Mesmo que

você não trabalhe diretamente com o atendimento ao público, o seu trabalho é

fundamental para a boa experiência, mantendo o espaço organizado, limpo e

convidativo. Abaixo segue as dicas de bom atendimento ao público:

● Cumprimentar os visitantes, avisá-lo que está a sua disposição, acompanha-

lo a distância confortável e despedir-se do visitante, agradecendo sempre.

● Havendo listas de presença e material de consulta disponível, avisar e

oferecer ao visitante.

● Cuidar da imagem global: verbal (o que se diz e como se diz), não verbal

(olhar, expressão facial, gestos, postura, linguagem corporal) e visual (roupa,

rosto, cabelo, mãos).

● Ter boa vontade, simpatia e delicadeza, comportando-se sempre de forma

educada, inclusive ao telefone.

● Saber que a vida pessoal não deve ser discutida na presença do visitante.

● Ter paciência e genuíno interesse pela visita e pelo visitante, estando atento

às suas dúvidas e comentários.

● Conhecer profundamente o conteúdo da exposição e do espaço em si;

● Auto avaliar-se e corrigir falhas constantemente.

● Não comer, beber ou fumar no local de atendimento ao público.

● Não sente no chão ou nas escadas em frente ao espaço.

● Não se encoste às paredes nem obstrua as portas ficando parado nas

entradas das salas, sobretudo quando estiver em monitoria.

3. A importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os equipamentos de proteção individual são muito importantes para a

sua segurança, mantendo a sua saúde e preservando também os objetos,

papéis e fotografias em bom estado. É importante saber que a gordura

corporal, o suor, o cabelo, a pele e a saliva podem danificar livros, revistas,

quadros, fotografias e outros objetos.

Também é importante saber que muitos vetores de doenças podem

estar presente nesses mesmos papéis e objetos. Por isso o uso de máscaras,

óculos, luvas, tocas e aventais não podem ser desprezados e negligenciados.

Portanto:

Page 34: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

33

● Sempre utilize luvas, máscaras e óculos de proteção ao manusear

fotografias, LP, VHS, jornais e revistas antigos e documentos.

● Sempre utilize a mesa higienizadora para limpar uma obra antes de iniciar

sua consulta.

4. Rotinas de inspeção

As rotinas de inspeção garante que nenhuma “surpresa” aconteça. Havendo

qualquer sinal de problema seja proativo, procurando uma solução e avisando

a direção para que equipes preparadas solucionem o problema. Assim:

● Observe a limpeza, a existência de insetos, fezes de animais e poeira de

cupim.

● Verifique o estado de trancas, portas e janelas.

● Esteja atento a goteiras, vazamentos, lâmpadas queimas e outros aparelhos

elétricos.

Page 35: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

34

ANEXO II

SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FOTOGRAFAR E REPRODUZIR DOCUMENTOS, ACERVO DIGITAL E EXPOSIÇÕES

Eu, XXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro(a), estado civil casada, profissão professora, RG nº XXXXXXXXX-XX, CPF nº XXXXXXXXX-XX, residente e domiciliado(a) à rua xxxxxxxxxxxxxxx, nº 12, bairro xxxxxxxxxxxx, CEP XXXXX-XXX, na cidade de XXXXXXXXX, estado de São Paulo venho por meio desta solicitar ao Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM), autorização para fotografar as seguintes peças do acervo:

Boneco Turco do acervo Mané Gaiola

Estas imagens destinam-se a compor exposição fotográfica da escola Caminho Feliz.

Comprometo-me sob as penas da lei em atender às exigências da Política de Acervo do MHSM para utilização pública, em mídia impressa ou digital, de todas ou parte das imagens, a dar os créditos devidos ao Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM) bem como doar-lhe um exemplar da referida publicação.

XXXXXXXXX, 11 de fevereiro de 20xx.

______________________ Assinatura do peticionário

Parecer

Deferido / Indeferido:_________________________________________

Assinatura do Responsável: ________________________________

Page 36: POLÍTICA DE ACERVO DO MUSEU HISTÓRICO SIMONENSE …

35

ANEXO III

TERMO DE DOAÇÃO

Nº. XXXXX/20XX

Eu, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileira, viúva, RG XXXXXXXXXX-XX, CPF nº. XXXXXXXXXX-XX, residente e domiciliada à Rua Marinheiro Popeye, 852, CEP 14.160-000, na cidade de Sertãozinho, estado de São Paulo, através deste termo, faço doação à FUNDAÇÃO CULTURAL SIMONENSE, neste ato representada pelo Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM), o objeto abaixo discriminado:

• 01 (um) Micro computador portátil, marca Apple, modelo Laser IIC, 64 Kbytes de memória RAM;

objeto este que doravante passa a incorporar o acervo do Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM), sem valor pecuniário de qualquer espécie, renunciando qualquer indenização.

Fica o MHSAM com a posse e o domínio do mesmo, com todos os direitos de uso, manutenção, restauro e reprodução. O material será exposto quando o responsável e a equipe técnica julgarem conveniente.

XXXXXXXX, 20 de abril de 20XX.

_______________________________

XXXXXXXXXXXXXXXXX

Doadora

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ANEXO IV

CONTRATO DE PERMISSÃO DE USO DE BENS MÓVEIS

Pelo presente instrumento, de um lado

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, mecânico, CPF XXXXXXXXX-XX, RG XXXXXXXXXX-XX, residente e domiciliado à Avenida xxxxxxxxxxxx, nº. 25, na cidade de xxxxxxxxxxxxx, Estado de São Paulo, doravante denominado simplesmente PERMITENTE;

de outro lado

FUNDAÇÃO CULTURAL SIMONENSE, neste ato representada pelo “Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM), localizado na Rua Campo Salles, nº 177, município de São Simão, Estado de São Paulo, doravante denominado simplesmente PERMISSIONÁRIO

têm entre si justo e contratado o seguinte:

O PERMITENTE, pelo presente instrumento particular e na melhor forma de direito, empresta ao PERMISSIONÁRIO, de forma gratuita, os bens móveis de sua propriedade, arrolados no anexo deste documento, bem como nas folhas que o seguem (Anexo I).

O anexo I, desde que rubricado pelas PARTES, constitui parte integrante e inseparável deste contrato.

II- O PERMISSIONÁRIO poderá expor os bens objeto deste contrato em eventos e demais exposições que julgar conveniente, tomando os devidos cuidados que se fizerem necessários ao transporte, à manutenção de suas características originais e à segurança dos bens.

III- O PERMISSIONÁRIO não poderá emprestar ou ceder o bem objeto deste contrato, no todo ou em parte, a terceiros, sem a prévia e expressa autorização do PERMITENTE.

IV- É vedado ao PERMISSIONÁRIO fazer quaisquer mudanças nos bens objetos deste contrato, que configurem reparos ou grandes alterações no layout, sem a devida autorização expressa e por escrito do PERMITENTE.

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V- O PERMISSIONÁRIO arcará com todas as despesas de manutenção e conservação do bem emprestado, até sua devolução.

VI- O PERMITENTE poderá, sempre que entender conveniente, vistoriar os bens emprestados, dentro do horário de expediente do PERMISSIONÁRIO. O PERMISSIONÁRIO não poderá embaraçar tal vistoria.

VII- O município não terá qualquer responsabilidade pelo furto, roubo, destruição ou deterioração dos objetos emprestados, exceto quando ocorrerem por dolo ou culpa grave do PERMISSIONÁRIO.

VIII- O presente instrumento vigora por prazo indeterminado, podendo qualquer das PARTES rescindi-lo a qualquer momento, mediante comunicação expressa e por escrito com antecedência de 30 (trinta) dias.

IX- Em nenhuma hipótese as partes responderão por lucros cessantes ou danos indiretos, por força das disposições deste Instrumento.

X- Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do presente instrumento, as PARTES elegem o foro da comarca de São Simão, Estado de São Paulo, renunciando a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual teor e forma, na presença de duas testemunhas ao final identificadas.

São Simão, ........ de .................... de ....................

______________________ ______________________ PERMISSIONÁRIO PERMITENTE

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ANEXO V

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES PARA EMPRÉSTIMO DE ACERVO 1. Informações sobre a peça. Nº de cadastro: ................................................................................................................. Estado de conservação: ................................................................................................... Observações sobre a peça: .............................................................................................. ........................................................................................................................................... 2. Informações do solicitante: 2.1 Instituição ( ) Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( ) Particular 2.2 Nome:.......................................................................................................................... 2.3 Responsável: .............................................................................................................. 2.4 Cargo / Função: .......................................................................................................... 3. Informações sobre o espaço 3.1 O local do prédio situa-se próximo a ( ) mar ( ) lago, lagoa ou rio ( ) praça, parque ou floresta ( ) vias de tráfego intenso ( ) terrenos instáveis ( ) outros............................ 3.2 O prédio encontra-se equipado com ( ) desumidificador ( ) umidificador ( ) ar condicionado ( ) janelas com filtros contra a luz solar ou ( ) persianas ou ( ) cortinas ( ) sistema de detecção de incêndio 3.3 As áreas onde estão os localizados os acervos estão isoladas de outras partes do prédio? ( ) Sim ( ) Não 3.4 Qual o tipo de piso das áreas onde situam-se os acervos? ....................................... 3.5 Existem danos em parte do prédio, tais como: ( ) teto ( ) parede ( ) piso ( ) janelas ( ) outros .................................................. 3.6 O prédio é submetido a manutenção técnica periódica? ( ) Sim ( ) Não 3.7 É executada dedetização periódica do prédio? ( ) Sim ( ) Não 4.Segurança 4.1 O prédio conta com serviço de segurança patrimonial? ( ) Sim ( ) Não 4.2 O prédio possui alarme contra roubos ou furtos? ( ) Sim ( ) Não 4.3 O prédio possui circuito fechado de TV? ( ) Sim ( ) Não 4.4 As portas e janelas contam com reforços como dobradiças e/ou trincos? ( ) Sim ( ) Não 5. Expografia 5.1 Qual o tipo de mobiliário adotado nas exposições? ( ) vitrines ( ) expositor de madeira ( ) mesa comum ( ) painéis ( ) outros ....................................... 5.2 Qual o tipo de iluminação adotada? ( ) natural, difusa ( ) natural incidindo direto sobre o acervo ( ) artificial, incandescente ( ) artificial, fluorescente ( ) LED 5.3 Qual o tipo de material adotado para as estanterias? ( ) madeira ( ) metal ( ) metal pintado ( ) outros 5.4 A exposição contará com monitores? ( ) Sim ( ) Não Observações:...............................................................................................................................................................................................................................................................

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Período de empréstimo: ______/______/ ________/ a ______/_______/_______/ Parecer sobre estado geral e segurança do local de exibição: ____________________ _____________________________________________________________________ Parecer sobre transporte e cuidados permanentes: ____________________________ _____________________________________________________________________ Aprova o espaço para recebimento do empréstimo? ( ) sim ( ) não Observações: _________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ ______________________________ Responsável pelo relatório Nome: _______________________________________________________________ Função:_______________________________________________________________

Data______/_______/________

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ANEXO VI

TERMO DE RETIRADA E EMPRÉSTIMO

Eu, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, solteiro, professor, portador do RG xxxxxxxxxxx, CPF xxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado à Rua Itororó nº. 718, na cidade de xxxxxxxx, estados de São Paulo, declaram estar retirando a título de empréstimo os objetos abaixo relacionados, pertencentes ao acervo do “Museu Histórico Simonense “Alaur da Matta” (MHSAM), conforme solicitação do ofício nº.”. xx/xx da Escola Pequeno Príncipe. As peças integrarão exposição a ser instalada na escola durante a Feira de Ciências, entre os dias 13 e 14 do corrente. Responsabilizo-me pelos objetos emprestados e comprometo-me a devolvê-los na semana subsequente ao término da exposição. 01 (um) Banner emoldurado 01 (um) Banner emoldurado 01 (um) Banner emoldurado 01 (um) Tipógrafo 01 (um) Caixa de tipos 01 (um) Máquina de escrever (Lexikon 80 Poster / Década de 1950) 01 (um) Microfone (Aiwa – década de 1950) 01 (um) Toca disco portátil (Andrillus S.A. Ind. Eletrônica / década de 1960) 01 (um) Rádio (Sonorous / década de 1970) 01 (um) Telefone (Ericson / década de 1930) 08 (oito) discos de vinil

São Simão, 07 de outubro de 20xx.

___________________________ XXXXXXXXXXXXXXXX

RG: XXXXXXXXXX

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13. BIBLIOGRAFIA ABRUNHOSA,J.J. :Coletânea sobre Preservação de acervos em Bibliotecas Brasileiras. Nova Friburgo, Exito Brasil 2008. APRILE, Leandro Américo; LOPES, Rodrigo Touso Dias: Política de Acervo. Centro Municipal de Memoria e Museu da Cidade. Sertãozinho 2012. GONÇALVES, Janice: Como Classificar e ordenar Documentos em Arquivos. São Paulo, Arquivo do estado , 1998. MACHADO, Cecilia: Politica de Acervo. Centro Histórico Cultural Mackenzie - CHCM. Profissionais da Informação 2016. PADILHA, Renata Cardoso: Documentação Museológica e Gestão de Acervo vol. 2. Florianópolis, 2014. SANTOS, Fausto Henrique dos: Metodologia Aplicada em Museus. São Paulo, Mackenzie, 2000. ZENY, Duarte: Preservação de Documentos: método de Salvaguarda. 3 ed. Salvador 2009.