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POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL DE PERNAMBUCO RECIFE, JULHO 2018

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POLÍTICA ESTADUALDE SAÚDE MENTALDE PERNAMBUCO

RECIFE, JULHO 2018

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“Desde o momento em que a pessoa cruza o muro do internamento, o doente entra em uma nova dimensão de vazio emocional… ou seja, é inserido em um espaço que foi criado originalmente, para torná-lo inofensivo e curá-lo. Ele [o manicômio] aparece na prática como um lugar, ironicamente, construído para a completa aniquilação da sua individualidade, como também sua objetivação total. Se a doença mental é, em sua própria origem, a perda da individualidade e liberdade, no sistema asilar o paciente perde mais do que o seu lugar…. A ausência de qualquer projeto e a perda do futuro, faz do sujeito ser constantemente à mercê dos outros … o seu dia a dia passa a ser ditada apenas pela realidade organizacional – apenas como tal”

(in La distruzione dell'ospedale psichiatrico, 1964)

Franco Basaglia

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FICHA TÉCNICA:Governador do Estado de PernambucoPaulo CâmaraSecretário de Saúde do Estado de Pernambuco José Iran Costa JúniorCoordenador de Saúde Mental do Estado de PernambucoJoão Marcelo Costa

EQUIPE TÉCNICA:Alda Roberta CamposGustavo ArribasJosieda SaraivaJucineide BorgesLéa LinsMarcia NetoRita Acioly Riva Karla VieiraSílvia CavalcantiValdiza Soares

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial outotal desta obra, desde que citada a fonte e que não sejautilizada para �ns comerciais. Venda proibida. Distribuição gratuita.

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SUMÁRIO

1 – APRESENTAÇÃO2 – INTRODUÇÃO3 – POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL2.1 Diretrizes2.2 Objetivo geral e objetivos especí�cos da Política Estadual deSaúde Mental2.3 Eixos de atuação da Política Estadual de Saúde Mental

EIXO I – GESTÃO DA POLITICACAPÍTULO I – Organização, Expansão e Fortalecimento da RAPSCAPÍTULO II – Monitoramento e avaliação da Politica

EIXO II – GESTÃO DO CUIDADOCAPÍTULO III – Saúde Mental na Atenção BásicaCAPÍTULO IV – Atenção psicossocial estratégica CAPÍTULO V – Atenção psicossocial InfantojuvenilCAPÍTULO VI – Cuidado no contexto do uso de drogas e redução dedanosCAPÍTULO VII – Desinstitucionalização CAPÍTULO VIII – Atenção à criseCAPÍTULO IX-Judicialização na saúde mentalCAPÍTULO X - Outras interfaces no campo da Saúde Mental

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1. APRESENTAÇÃO

A política de Saúde Mental de Pernambuco foi construída por muitas mãos! Entendemos que só assim podemos garantir um cuidado que priorize a diversidade de saberes, olhares e fazeres que contribuam para a organização e execução de uma política que foca na complexidade da existência humana.

Foram mãos e passos firmes para legitimar uma política que preconizasse os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Reforma Psiquiátrica Brasileira, e para tal, teria que ser amplamente discutida no espaço legítimo das construções das politicas públicas, que é o espaço do controle social. Assim, descreveremos cada passo executado para que a pessoa que leia compreenda a sua força.

Primeiro Passo: Elaboração coletiva e revisão do texto inicial pela equipe Técnica da Gerência Estadual de Saúde Mental; Segundo Passo: Apresentação da proposta de texto à comissão de saúde mental do Conselho Estadual de Saúde; Terceiro passo: Apresentação do texto ao pleno do Conselho Estadual de Saúde; Quarto Passo: Aprovação da política com recomendações, adequações e/ou inserções de pontos sugeridos pelo pelo controle social; Quinto passo: Inserção das recomendações do Conselho Estadual de Saúde; Sexto passo: Homologação da Política Estadual de Saúde Mental de Pernambuco e publicação em Diário Oficial; Sétimo Passo: ampla divulgação entre os diversos atores da rede. Essa última etapa não se esgotará em si, considerando a dinâmica da Rede de Atenção Psicossocial e dos atores que a compõe,

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construímos a nossa Politica de Saúde Mental, onde Gestão e o controle social uniram suas forças no processo de consolidação do SUS no Estado de Pernambuco. A execução da política depende de TODOS nós (gestão, trabalhadores/as, estudantes, usuários, familiares e a sociedade), a partir de cada ação cotidiana que se transforma em trabalho vivo. Esperamos que as gestões da política e do cuidado sejam garantidas em nosso território.

Dessa forma, construímos a nossa Politica de Saúde Mental, onde Gestão e o controle social uniram suas forças no processo de consolidação do SUS no Estado de Pernambuco. A execução da política depende de TODOS nós (gestão, trabalhadores/as, estudantes, usuários, familiares e a sociedade), a partir de cada ação cotidiana que se transforma em trabalho vivo. Esperamos que as gestões da política e do cuidado sejam garantidas em nosso território.

Contamos com sua participação nos próximos passos!

Equipe GASAM.

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2. INTRODUÇÃO

O Estado de Pernambuco ocupa um lugar de destaque no âmbito da legislação de saúde para a área de saúde mental e politicas sobre álcool e outras drogas, tendo se constituído como o terceiro Estado brasileiro a promulgar uma Lei própria, a 11.064 de 16 de maio de 1994, que dispõe sobre a substituição progressiva dos hospitais psiquiátricos por rede de atenção integral à saúde mental, regulamenta a internação psiquiátrica involuntária e dá outras providências.

Essa iniciativa, antecipadamente à Lei 10.216/2001, conhecida como a da Reforma Psiquiátrica, demonstra o compromisso de Pernambuco com a reversão do modelo de cuidado em saúde mental substitutivo à internação psiquiátrica a ser constituída por uma rede pública formada por pontos diversificados e territoriais de cuidado que abrangem desde a atenção básica até a atenção hospitalar.

O compromisso do Estado de Pernambuco com a Política de Saúde mental, álcool e outras drogas tomando por base a Lei estadual consolidada, vem ano a ano investindo nos projetos de desinstitucionalização. Em 2008 chegou a ocupar o terceiro lugar entre os estados brasileiros em número de hospitais psiquiátricos/leitos SUS por 1.000 habitantes. Atualmente Pernambuco é um dos Estados que mais reduziu leitos hospitalares psiquiátricos de longa permanência, com meta e decisão de extinguir leitos desta natureza, sendo uma das referências nacionais na reestruturação da Rede de Atenção Psicossocial

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(RAPS) por ter pactuado no Comitê Intergestor Bipartite – CIB a modelagem da RAPS e pela clareza dos passos a serem dados, a partir da aprovação dos desenhos regionais pactuados em todas as regiões de saúde que compõem o Estado, rumo à implementação dos dispositivos de cuidados necessários à assistência integral em saúde mental no Estado.

Outro fator de reforço a essa rede, por parte da Secretaria Estadual de Saúde, foi a publicação, no ano de 2017, de instrução normativa comprometendo-se com a implantação de leitos hospitalares de atenção integral para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito dos hospitais gerais sob gestão estadual. É pelo compromisso com as pessoas em sofrimento psíquico e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas que firmamos uma Política de Saúde Mental no âmbito do Estado de Pernambuco.

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3. POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTALDE PERNAMBUCOPRINCIPAIS DIRETRIZES

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- Respeito aos direitos humanos sem qualquer forma de discriminação;

- Proteção contra qualquer forma de exploração;

- Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência mult iprofissional, sob a lógica interdisciplinar;

- Diversificação das estratégias de cuidado;

- Ênfase em , com serviços de base territorial e comunitáriaparticipação e controle social dos usuários e de seus familiares;

- Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;

- Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular e a Politica de Redução de Danos;

- Garantia a reversão do modelo de cuidado hospitalar para o territorial;

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Para garantir o acesso daspessoas com transtornosmentais e/ou comnecessidades decorrentesdo uso prejudicial dedrogas e suas famílias, aoacolhimento e cuidado narede de atençãopsicossocial de baseterritorial,comprometida com osprincípiosantimanicomiais e daredução de danos, de formasingular e equânime em todas asregiões do Estado.

Para que ter uma Política Estadual de Saúde Mental?

?

- Respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, especialmente quanto à sua e sua , incluindo autonomia liberdadepessoas com sofrimento psíquico e com problemas decorrentes do uso de drogas;

- O reconhecimento da redução de danos como estratégia de prevenção e de cuidado.

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- Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção da RAPS qualificando o cuidado por meio do acolhimento;

- Assegurar acesso e cuidados em saúde mental para populações vulneráveis – crianças, adolescentes, idosos, LGBT, indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, população carcerária e pessoas com deficiência.

- Formular e construir intersetorialmente estratégias de prevenção ao uso de álcool e outras drogas;

- Promover o cuidado norteado pela redução de danos enquanto paradigma ético, clínico e político;

- Promover a reabilitação psicossocial e a reinserção das pessoas com transtorno mental e/ou com necessidades decorrentes do uso de drogas, por meio do acesso ao trabalho, geração de renda e moradia assistida;

- Promover mecanismos de educação permanente em saúde mental para a rede de saúde e intersetorial;

- Alinhar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial em todas as regiões de saúde no cuidado a pessoas com sofrimento psíquico e usuárias de drogas;

ALÉM DE:

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- em todas as regiões de Garantir a ampliação e efetivação da RAPSsaúde, considerando o ciclo de vida (infância, adolescência, juventude, vida adulta e terceira idade) diversificada em todos os níveis de atenção, com ênfase, na atenção básica, em dispositivos com acolhimento e cuidado integral, através de unidades com funcionamento 24 horas e estratégias de inserção social.- Garantir a efetivação da Política de Saúde do(a) Trabalhador(a) no Estado, através de ações de saúde mental com foco em cuidados integrais voltadas para trabalhadores(as) em sofrimento psíquico, ocasionados pelo contexto e processos relacionais do trabalho.

- Assegurar a discussão permanente da Politica de Saúde Mental no Conselho Estadual de Saúde, Conselho Estadual de Politicas sobre Drogas – CEPAD e demais espaços de controle social e cogestão com objetivo de fortalecimento da mesma.

- Garantir a substituição do modelo hospitalocêntrico a partir da reversão dos recursos financeiros do hospital psiquiátrico à rede de atenção psicossocial.

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CAPÍTULO 1ORGANIZAÇÃO,

EXPANSÃO E FORTALECIMENTO

DA RAPS

CAPÍTULO 2QUALIFICAÇÃO,

MONITORAMENTO EAVALIAÇÃO DE

POLÍTICA

GESTÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL

GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL

CAPÍTULO 5

ATENÇÃO INFANTOJUVENIL

CAPÍTULO 6ÁLCOOL, OUTROS

DROGAS EREDUÇÃO DE

DANOS

CAPÍTULO 3

SAÚDE MENTAL NAATENÇÃO BÁSICA

CAPÍTULO 4ATENÇÃO

PSICOSSOCIALESTRATÉGICA

CAPÍTULO 8

ATENÇÃO ACRISE

CAPÍTULO 9JUDICIALIZAÇÃO

EM SAÚDEMENTAL

CAPÍTULO 7

DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

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EIXOS DE ATUAÇÃO:EIXO I - GESTÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL EMPERNAMBUCO ORGANIZAÇÃO, EXPANSÃO E FORTALECIMENTODA RAPS

- Fortalecer o Grupo Condutor Estadual a partir de encontros sistemáticos e induzir a efetivação dos Grupos Condutores em todas as regiões de saúde.

- Alinhar a regulação, articulação e elaboração de protocolos do cuidado à crise na Rede de Urgência e Emergência – RUE por macrorregional/microrregional de saúde;

- Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de efetividade e resolutividade da atenção psicossocial;

- Reconhecer a Gerência de Atenção à Saúde Mental do Estado de Pernambuco – GASAM como indutora e condutora da Politica de Saúde Mental no âmbito do seu território em parceria com os espaços de cogestão e controle social.

- Apurar situações de violação de direitos quando demandado pelos órgãos competentes ou através de denúncias em parceria com os demais entes responsáveis.

- Garantir a realização do Colegiado Estadual de Saúde Mental e apoiar os colegiados regionais de saúde mental de forma regular.

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- Apoiar a realização bienal do Encontro de Coordenadores de Saúde Mental de Pernambuco – ECOSAM.

- Organizar os fluxos em cada região de saúde garantindo o acesso aos componentes da RAPS de modo que a população possa dispor de todos os equipamentos de saúde que esta atenção pode requerer.

- Reduzir as lacunas assistenciais através de pactuação, planejamento e implementação da RAPS pelos governos municipais, estadual e federal, para que a população possa acessar a rede regional, que deve ser composta por Unidade de Saúde da Família, Consultório na Rua, NASF, Centro de Convivência, CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS AD II, CAPS AD III, CAPSi, SAMU, UPA, Hospital Geral, Unidade de Acolhimento Adulto (UAA), Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil (UAIJ), Serviço Residencial Terapêutico, projetos culturais e de geração de renda articulados com o campo da saúde mental.

- Induzir a instituição de referências técnicas e\ou coordenações de saúde mental nas GERES e municípios, com atribuições exclusivas da saúde mental.

- Apoiar os municípios de Pernambuco através do apoiador técnico da Gerência de Atenção à Saúde Mental – GASAM, para indução, discussão ampliada, implantação, vistoria, acompanhamento, qualificação, monitoramento e avaliação da política de saúde mental no nível local em articulação com as GERES e coordenações municipais e\ou referências de saúde mental.

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- Garantir a efetivação da RAPS pactuada em CIB, através dos instrumentos de planejamento, programação e governança do SUS a serem executados no âmbito municipal:

- Plano Municipal de Saúde a cada quatro anos; - Plano Plurianual de Saúde – PPS a cada quatro anos; - Programação Anual da Saúde – PAS a cada ano; - Relatório Anual de Gestão – RAG a cada ano e - Relatório Quadrimestral detalhado – RQD a cada quatro meses - Lei Orçamentária Anual – LOA

- Promover o Fórum Estadual de Saúde Mental infantojuvenil mensalmente, composto por usuários, trabalhadores e gestores da rede intersetorial.

- Promover o Fórum Estadual de Desinstitucionalização mensalmente composto por usuários, trabalhadores e gestores da rede intersetorial.

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- Articular a rede intersetorial para atender às dimensões da vida do sujeito, em suas diversas faixas etárias, com o sistema judiciário, conselhos, rede de assistência social, rede de ensino, órgãos de acesso a emprego, geração de renda, economia solidária, setores ligados à cultura e oferta de atividades de lazer, sistema de transporte coletivo, acesso à moradia, abrigamento provisório, proteção a pessoas em situação de ameaça e violência, além dos cuidados que fazem parte das politicas públicas que fazem proteção a pessoas em situação de ameaça e violência, além dos cuidados que fazem parte das politicas públicas que fazem frequente interface como as politicas voltadas para a infância, as mulheres, do idoso, da população negra, quilombola, LGBT, indígena, do campo, em situação de rua e carcerária.

- Fortalecer o controle social de acordo com a legislação do SUS apoiando a participação de movimentos sociais em atividades públicas que façam a defesa da ética, dos direitos humanos, da democracia, luta antimanicomial, redução de danos, do combate ao racismo, da violência de gênero e violação de direitos humanos.

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QUALIFICAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA POLÍTICA - Ordenar a formação de recursos humanos para a área de saúde e incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico, conforme previsto na Constituição Federal Brasileira e na Lei nº 8.080/90, a partir da instituição de diretrizes voltadas à celebração dos compromissos das instituições de ensino, programas de residência em saúde e gestões municipais e estaduais de saúde para o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem e formação no âmbito do SUS, especialmente nos serviços previstos por meio da Política Nacional de Atenção Básica em vigência.

- Implementar a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, no âmbito da rede de atenção psicossocial, que em seu Art. 21º ratifica que é de responsabilidade do Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e Municipais:

- Planejar a formação e a de trabalhadores educação permanenteem saúde necessários ao SUS no seu âmbito de gestão, contando com a colaboração das Comissões de Integração Ensino Serviço;

- Estimular, acompanhar e regular a utilização dos serviços em seu âmbito de gestão para atividades curriculares e extracurriculares dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação na saúde;

- Articular, junto às Instituições de Ensino Técnico e Universitário, mudanças em seus cursos técnicos, de graduação e pós-graduação de acordo com as necessidades do SUS, estimulando uma postura de corresponsabilidade sanitária;

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- Garantir a integração entre ensino, serviços e comunidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os estabelecimentos de saúde da RAPS sob a responsabilidade do gestor da área de saúde como cenário de práticas para a formação no âmbito da graduação e da residência em saúde.

- Induzir a , com o intuito de descentralização pedagógica do SUSgarantir a ampliação qualificada da RAPS para o ensino-aprendizagem no exercício do trabalho, junto aos dispositivos de c u i d a d o e s t r a t é g i c o s , p r i o r i z a n d o a educação/formação/qualificação dos profissionais de saúde para a área a partir da promoção de espaços de educação permanente (ofertados diante organização nacional, estadual e regional), fóruns, colegiados (estadual e regionais), rodas de diálogos, dentre outros.

- Estabelecer/firmar parcerias para os processos de qualificação profissional, com a Escola de Saúde Pública de Pernambuco, bem como, demais instituições acadêmicas de ensino reconhecidas pelo Ministério da educação.

- Promover ações de educação permanente para fortalecer as competências de cuidado em saúde mental e redução de danos pelas equipes de Núcleos de Saúde da Família – NASF, Equipes de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS por todos os profissionais das equipes da atenção básica;

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- Promover atividades de alinhamento sobre a Politica de Saúde mental diante do modelo territorial e de cuidado em liberdade, para os Centros de Atenção psicossocial;

- Promover educação permanente para cuidadores de Serviços Residenciais Terapêuticos.

- Potencializar e qualificar todos os pontos da RAPS para desenvolver intervenção nas situações de urgência/emergência, em especial nas equipes de acolhimento e classificação de risco e no cuidado longitudinal;

- Monitorar e qualificar os registros dos procedimentos realizados pelas equipes dos CAPS seguindo a Portaria nº 854 de 22 de agosto de 2012;

- Assegurar o registro de notificações obrigatórias e informações em saúde nos serviços da RAPS, tendo por base Portaria SES/PE N°. 390, de 14 de setembro de 2016, que Acrescenta doenças, agravos e eventos estaduais à Lista Nacional de Doenças de Notificação Compulsória e dá outras providências;

- Estimular a Notificação permanente de casos de violência na RAPS, em especial, as situações de violência autoprovocada e tentativas de suicídio através de ficha específica, tendo por base Portaria SES/PE N°. 390, de 14 de setembro de 2016, como também, efetivação de fluxo de cuidados na rede local de saúde.

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- Monitorar as notificações de violência autoprovocadas e efetivar cuidado de forma compartilhada com a rede local de saúde.

- Desenvolver ações de educação permanente voltadas para a qualificação dos coordenadores municipais de saúde mental;

- Promover ações de educação permanente voltada para o cuidado à pessoa em situação de crise;

- Fomentar a discussão de fluxos entre os componentes da RAPS e intersetorialmente acerca do cuidado à pessoa em situação de crise, considerando os vários elementos que perpassam pelas dimensões da clínica, da cultura, das histórias singulares dos sujeitos, dos recursos disponíveis no seu contexto familiar e social, e que a atenção à crise deve estar associada prioritariamente à oferta de um cuidado longitudinal nos contextos de vida das pessoas.

- Nortear a organização da RAPS na perspectiva de acolher, abordar e cuidar de pessoas em situação de crise no território;

- Promover/realizar/articular o Colegiado Estadual de Saúde Mental composto por coordenadores de saúde mental municipais, referências técnicas de GERES, equipe da GASAM e residentes dos diversos programas de residência em saúde coletiva, saúde mental e multiprofissional;

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- Garantir apoio técnico, político e financeiro aos Programas de Residência em psiquiatria e multiprofissional em saúde mental, diversificados na Rede de Atenção Psicossocial - RAPS.

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EIXO II – GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL EMPERNAMBUCO SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

- Fortalecer a Atenção Básica como ordenadora do cuidado no SUS de acordo com as linhas de cuidado especifica e a Política Estadual de Saúde Mental;

- Promover o orientado pela produção de cuidado multidimensionalvida, produção de saúde, alívio, ressignificação do sofrimento, potencialização de modos de estar no mundo da pessoa e diversidade sexual e gênero, sem restringir à cura de doenças construído junto com usuário, familiares e rede intersetorial;

- Assegurar que a atenção básica atue como ordenadora do cuidado à saúde da pessoa em uso prejudicial de drogas de forma ampla, de modo que o PTS possa ser construído e articulado, devendo ser garantido que o usuário exerça o direito de participar deste seu projeto de vida.

- Assegurar o Projeto Terapêutico Singular enquanto estratégia de cuidado que articula um conjunto de ações resultantes da discussão e da construção coletiva de uma equipe multidisciplinar e leva em conta as necessidades, as expectativas, as crenças e o contexto social da pessoa ou do coletivo para o qual está dirigido (BRASIL, 2007).

- Atuar na perspectiva da Redução de Danos pressupondo a utilização de tecnologias relacionais centradas no acolhimento empático, no vínculo e na confiança;

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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO JUVENIL

- Realizar o como um conjunto de matriciamento na Atenção Básicaações que visam garantir a resolutividade do cuidado na Atenção Básica e/ou a continuidade da atenção neste nível assistencial.

- Implantar os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, de acordo com o porte populacional e pactuação da rede regional que assegure a cobertura assistencial à população de acordo com os tipos de CAPS:

CAPS I – Realiza atenção psicossocial estratégica a pessoas em uso prejudicial de drogas, vulnerados/marcadores de vulnerabilidade, pessoas com sofrimento mental na infância, juventude, adultos e idosos, com funcionamento diurno de segunda a sexta-feira, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 15.000 habitantes;

CAPS I – Realiza atenção psicossocial estratégica a crianças e adolescentes em uso prejudicial de drogas, apresentando sofrimento mental, com funcionamento diurno de segunda a sexta-feira, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 70.000 habitantes;

CAPS II – Realiza atenção psicossocial estratégica a pessoas em uso prejudicial de drogas, pessoas com sofrimento mental na infância, juventude, adultos e idosos, com funcionamento diurno de segunda a sexta-feira, podendo incluir um turno noturno até as 21h, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 70.000 habitantes;

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CAPS III – Realiza atenção psicossocial estratégica a pessoas em uso prejudicial de drogas, pessoas com sofrimento mental na infância, juventude, adultos e idosos, com funcionamento nas vinte e quatro horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 150.000 habitantes;

CAPS AD II – Realiza atenção psicossocial estratégica a pessoas em uso prejudicial de drogas, pessoas com sofrimento mental na infância, juventude, adultos e idosos, com funcionamento diurno de segunda a sexta-feira, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 70.000 habitantes;

CAPS AD III – Realiza atenção psicossocial estratégica a pessoas em uso prejudicial de drogas, pessoas com sofrimento mental na infância, juventude, adultos e idosos, com funcionamento nas vinte e quatro horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, sendo serviço especializado de atenção à crise, para municípios que possuam a partir de 150.000 habitantes;

- Assegurar que municípios que só possuam um tipo de CAPS garantam cobertura a todas as faixas etárias e contextos de cuidado em saúde mental;

- Assegurar o acolhimento de todas as faixas etárias e atenção às pessoas com problemas decorrentes do uso de drogas no CAPS tipo I e CAPS tipo II quando não houver outro CAPS no município;

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- Estabelecer o limite de atuação da população adstrita dos CAPS municipais e que os CAPS regionais tenham seus fluxos e termos de compromisso e acordos de convivência do equipamento pactuados através do colegiado regional de saúde mental e grupo condutor regional;

- Garantir que as equipes de CAPS construam atividades coletivas no território com as famílias, usuários e comunidade;- Promover o matriciamento realizado por equipes de CAPS junto a equipes de atenção básica, incluindo o NASF;

- Estimular a inclusão de atividades na lógica da economia solidária, associativismo, cooperativismo, geração de renda e/ou inserção produtiva

- Garantir atividades de controle social, assembleias construídas com a participação de usuário, implantação de conselho diretor/gestor de unidades do SUS nos CAPS e a participação de usuários da RAPS e nas conferências de saúde e da assistência social;

- Promover a articulação intersetorial como ferramenta imprescindível para construção do PTS;

- Incentivar a supervisão externa de equipes dos CAPS compreendendo a complexidade do cotidiano e processo de trabalho;

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- Compreender o papel do CAPS enquanto local prioritário de atenção à crise, articulado à Rede de Urgência e Emergência (RUE) da região e atenção hospitalar em hospital geral;

- Fortalecer a relação com a rede intersetorial para construção de projetos terapêuticos singulares.

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ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO JUVENIL

- Nortear o cuidado psicossocial dentro do contexto de vida desta população, com uma que prime pelo perspectiva intersetorialenvolvimento da escola, dos equipamentos de saúde, da assistência social, dos dispositivos para juventude e especialmente da família, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental Infantojuvenil

- Orientar que o cuidado das crianças e adolescentes se dê no território de origem, com acompanhamento ofertado nos diferentes pontos da RAPS, conforme possibilidades apontadas na Portaria GM nº3088/11, incluindo as situações de uso de psicoativos;

- Traçar estratégias, considerando o Princípio da Prioridade Absoluta, regulamentado pela Lei Nacional nº 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e dá outras providências, que na ausência de equipamento específico para atenção deste público, a exemplo do CAPS I e CAPS i, seja garantido o cuidado às crianças e adolescentes no(s) serviço(s) existente(s);

- Acolher crianças e adolescentes em sofrimento mental ou associado ao uso de drogas de acordo com as normativas do ECA, alicerçadas na Constituição Federal Brasileira (CF) de 1988, em todos os serviços da RAPS que incluem a Atenção Básica, Atenção Estratégica (CAPS I, CAPS i, CAPS II, CAPS III, CAPS AD II e CAPS AD III), Atenção Hospitalar, e demais pontos de atenção da RAPS instituídos no território;

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CUIDADO NO CONTEXTO DO USO PREJUDICIAL DE DROGAS EREDUÇÃO DE DANOS

- Ampliar a compreensão acerca do uso prejudicial de drogas como um problema de saúde pública multifatorial e complexo, que exige analise pautada na ética e nos direitos humanos.

- Garantir a liberdade individual nas práticas de saúde na RAPSobservando a dimensão social, psicológica, biológica, cultural e de diversidade sexual e de gênero, com foco na pessoa que exerce sua autonomia e seus direitos.

- Primar pela avaliação contextualizada e singular do sujeito e das relações que ele estabelece para definição do seu projeto terapêutico, priorizando sempre o cuidado no território.

- Direcionar os projetos terapêuticos para o território, articulados com os parceiros intersetoriais e espaços de vida/espaços sociais que as crianças e adolescentes circulam e que potencializam o exercício de direitos naquilo que é fundamental neste ciclo de vida.

- Promover a articulação com o Conselho Tutelar no caso que demande proteção, por existência de conflitos sociais que coloquem em risco a vida da criança ou do adolescente;

- Assegurar o cuidado em situações de abrigamento, moradia provisória e proteção, em parceria com outros setores de competência, minimizando os danos decorrentes das institucionalizações;

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- Nortear o cuidado à pessoa que faz uso de drogas pelo paradigma da enquanto política pública que atende redução de danosplenamente os princípios do Sistema Único de Saúde, a saber: Universalização, Equidade e Integralidade.

- Ofertar cuidados de reabilitação psicossocial às pessoas que fazem uso prejudicial de drogas de acordo com o nível de complexidade da assistência e referência territorial.

- Promover Reabilitação Psicossocial, prevenção ao suicídio e ações de Redução de Danos voltados a população LGBT.

- Preservar o cuidado em liberdade compreendendo-se todo o aparato legal e produção acadêmica acerca deste tema, tanto nacional quanto internacional, também consolidada pelas quatro conferências nacionais de saúde mental, com ampla participação social e reconhecimento pelas várias instâncias de controle social do SUS.

- Ofertar cuidados na RAPS às pessoas que fazem uso prejudicial de drogas através de escutas em cenas de uso, cuidados clínicos, atendimentos domiciliares, cuidados referentes à dinâmica familiar, acesso a banho, alimentação, acolhimento noturno, internação hospitalar breve, acolhimento residencial transitório, acesso a documentos extraviados, suporte em questões judiciais e acesso a outras necessidades de saúde em geral.

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- Garantir que os CAPS I, acolham, articulem e executem o cuidado à pessoa que faz uso prejudicial de drogas, de acordo com cada caso e contexto.

- Constituir os serviços residenciais, UA e SRT articulados ao cuidado na rede, como locais onde habitar é a prioridade, sendo as atividades terapêuticas desenvolvidas nos demais espaços da RAPS de acordo com seu Projeto Terapêutico Singular - PTS.

- Monitorar o tempo de permanência do usuário residente em serviços residenciais transitórios, compreendendo o período máximo de até seis meses, podendo ser prorrogado por mais três meses devendo a equipe justificar o motivo da prorrogação através de re latór io c i rcunstanc iado, ev i tando ao máximo a institucionalização.

- Respeitar o direito à identidade de gênero e à diversidade sexual, incluindo o uso do nome social e as diversas formas de expressão destas identidades. Bem como, assegurar a despatologização das identidades de gênero e orientações sexuais, dos usuários acolhidos em unidades residenciais transitórias, residências terapêuticas, CAPS ou em internação hospitalar.

- Assegurar que a pessoa acolhida em serviços residenciais, CAPS ou em internação hospitalar, tenha acesso aos seus documentos pessoais e cartões bancários e que será respeitada a liberdade de administrar seus recursos financeiros, de acordo com o que estiver pactuado em seu PTS, de acordo com a autonomia de cada pessoa.

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- Assegurar que as Unidades de acolhimento adulto e infantojuvenil (UA e UAIJ) sejam reguladas exclusivamente pelas equipes multiprofissionais dos CAPS;

- São órgãos de controle social na Politica Nacional de Atenção aos usuários de Drogas o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD), Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas (CEPAD) e o Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas.

- Direcionar/Propor/Criar/Fortalecer/Estimular/Incentivar ações voltadas para a prevenção e promoção da saúde que visem a prevenção primária, secundária, terciária, quaternária, indicada alinhada aos INCLUINDO o Programa Saúde na Escola (PSE) e a saúde da criança e do adolescente, devendo articular estas ações com a Secretaria Estadual de Educação, Secretaria Estadual de Politicas Sobre Drogas (SEPOD) e outros órgãos que se fizerem pertinentes CEPAD, CONAD, CGSMAD/MS, SENAD/MJ.

- Promover ações de prevenção do uso de drogas, principalmente para o consumo de álcool, de acordo com as metodologias apropriadas a cada público-alvo da ação e baseados no paradigma da Redução de Danos.

- Desenvolver mecanismos que promovam ações intersetoriais a população com problemas decorrentes do uso danoso de drogas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, de forma compartilhada do cuidado entre a rede de saúde mental e Assistência social.

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DESINSTITUCIONALIZAÇÃO- Garantir às pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de internação de longa permanência (um ano ou mais ininterruptos), o cuidado integral por meio de estratégias substitutivas, na perspectiva da promoção de autonomia e do exercício de cidadania em busca de sua progressiva inclusão social.

- Estabelecer como pontos de atenção da estratégia de Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos, que constituem-se como moradias inseridas na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência (dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia, entre outros; e, (2) o Programa de Volta para Casa que provê auxílio reabilitação para pessoas com transtorno mental, instituído pela Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003.

- Compreender a desinstitucionalização como um processo complexo que envolve não apenas a desospitalização das pessoas dos hospitais psiquiátricos, mas fundamentalmente a construção de condições efetivas para um cuidado comunitário contínuo e qualificado para todos os que necessitem de atenção, tratamento, reabilitação e reinserção social.

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- Fortalecer e ampliar o cuidado em liberdade no território;

- Programar o redirecionamento dos hospitais/leitos psiquiátricos estaduais remanescentes para utilização para outra finalidade de acordo com as necessidades da rede e das premissas dos direitos humanos, tornando Pernambuco um “Estado sem Manicômios”.

- Garantir a implantação dos serviços residenciais terapêuticos pactuados para ofertar moradia de todas as pessoas em situação de longa permanência em hospitais psiquiátricos do Estado de Pernambuco garantindo a reversão do modelo prevista em Lei.

- Assegurar o Projeto Terapêutico Singular como o norteador da dinâmica e inclusão no Serviço Residencial Terapêutico, valorizando o território de referência, os vínculos existentes e sua relação com a habitação.

- Formular proposta intersetorial voltada para o cuidado às pessoas com sofrimento mental em situação de conflito com a Lei, em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico – HCTP, em articulação com a Secretaria de Ressocialização (SERES) que demanda compartilhamento de responsabilidades e proposta de intervenção das diferentes esferas de governo na perspectiva de ter a dinâmica da instituição reformulada.

- Apoiar a realização do Fórum de Desinstitucionalização.

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- Ofertar cuidado em saúde mental à crise, em todos os pontos de atenção da RAPS, conforme a dinâmica de vida do sujeito, identidade de gênero, orientação sexual e território em que habita, bem como, nível de complexidade da unidade de saúde.

- Compreender os CAPS como pontos de atenção estratégicos no cuidado das situações de crise e os CAPS III como responsáveis, prioritariamente pelos casos que demandam acolhimento integral.

ATENÇÃO À CRISE

- Promover o acesso de pessoas que podem ser beneficiadas com o Programa de Volta pra Casa.

- Monitorar o cadastro de beneficiários do Programa de Volta Pra Casa no estado de Pernambuco, junto aos municípios.

- Assegurar apoio aos municípios para garantir a perenidade de vínculos construídos entre moradores de residências terapêuticas e cuidadores;

- Assegurar o caráter residencial das residências terapêuticas e s u a re g u l a ç ã o p e l o C A P S p r i o r i z a n d o a s p e s s o a s institucionalizadas egressas de internações prolongadas e manicômios judiciários.

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- Definir que os leitos de Saúde Mental em Hospital Geral são componentes da RAPS, sendo necessária a discussão deste ponto de atenção articulado aos outros pontos da rede, de forma a compor o projeto do município ou da região de saúde, não devendo ser jamais concebido como um ponto de atenção isolado.

- Incluir nas articulações do cuidado à pessoa em situação de crise os componentes da Rede de Urgência e Emergência, considerando a regulação, a atenção longitudinal e a transferência de cuidado como dispositivos fundamentais dessa articulação, superando o modelo asilar dos Hospitais Psiquiátricos, clínicas de internação involuntária e comunidades terapêuticas e a lógica da internação psiquiátrica no campo da saúde mental.

- Implantar os leitos de saúde mental em hospital geral com o objetivo de apoiar o cuidado, de modo a conformarem-se como pontos de atenção que garantam o acesso dos usuários à tecnologia hospitalar, particularmente no manejo do cuidado às intercorrências clínicas.

- Considerar a internação como último recurso, e apenas, após esgotadas todas as intervenções territoriais, como instrumento do Projeto Terapêutico Singular (PTS) e não como resposta a uma situação específica, priorizando os serviços 24h da rede substitutiva.

- Desenvolver esforços para processualmente organizar o serviço de urgência e emergência em saúde mental dentro de hospitais gerais no âmbito do Estado;

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JUDICIALIZAÇÃO NA SAÚDE MENTAL

Definir diretrizes e organizar estratégias para qualificar os atendimentos de urgência/emergência em saúde mental nas UPAS.

- Promover ações de prevenção ao suicídio nos serviços da RAPS.

- Orientar os municípios acerca de processos de judicialização do cuidado em saúde mental, entendendo a busca pelo judiciário como a última alternativa para obtenção do acesso ao serviço de saúde não disponível pela rede SUS local/regional, por motivos diversos e após esgotados todos os outros recursos disponíveis no âmbito local.

- Instrumentalizar com orientações adequadas as coordenações de saúde mental dos municípios, à rede intersetorial e ao setor judiciário sobre critérios e fluxos assistenciais e linhas de cuidado para as ações judiciais, incluindo as internações involuntárias e compulsórias, na área de saúde mental.

- Estabelecer diálogo entre o demandante do judiciário e a área técnica de modo que haja uma compreensão e responsabilização pela tomada de decisão, buscando sempre a construção de encaminhamentos coerentes com os princípios dos Direitos Humanos, do SUS, da Reforma Psiquiátrica e da Redução de Danos.

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- Garantir que sejam esgotadas todas as possibilidades de cuidado no território nos casos de maior complexidade que envolva decisões judiciais, ao articular a rede de atenção psicossocial com o judiciário, deliberando pela internação como sendo sempre o último recurso a ser ofertado, e apenas, após esgotadas todas as possibilidades de cuidado comunitário/territorial, sendo criteriosamente indicada a internação, esta deve acontecer em Leitos de Hospital Geral (Portaria GM nº 148/12 e nº 1.615/12) e deve-se:

- Levantar criteriosamente a demanda para compreender os processos e percursos que antecederam a decisão judicial, priorizando o cuidado na rede de saúde existente, em articulação com a rede de assistência social e educação, mesmo que essa rede seja constituída apenas por equipamentos de atenção básica.

- Identificar os pontos de atenção envolvidos e acioná-los de modo que haja uma responsabilização de todos com o processo de cuidado a ser ofertado: USF, NASF, Consultório na Rua, Consultório de Rua, Centro de Convivência, CAPS, UPA, SAMU, Unidade de Acolhimento Adulto, Unidade de Acolhimento Infantojuvenil, Hospital Geral, CRAS, CREAS, Escolas, Conselho Tutelar e demais equipamentos que o território disponibilizar, para construir o PTS com a participação de todos.

- Priorizar a realização de visitas domiciliares, preferencialmente conjuntas, em casos complexos e/ou judicializados para ampliar a compreensão sobre a demanda, território e contexto sociofamiliar.

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- No tocante à conquista de Direitos da Pessoa Idosa, têm-se como marco legal Política Nacional do Idoso (Lei Federal Nº 8.842/1994), o Estatuto do Idoso (Lei Federal Nº 10.741/2003), a Politica Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (Portaria Nº 2.528/2006) e o estabelecimento do Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo (Decreto Federal Nº 8.114/2013). .

A Politica Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – PNSPI tem por finalidade primordial a recuperação, manutenção e promoção da autonomia e da independência dos indivíduos idosos, por meio do direcionamento de medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. A PNSPI orienta para o aproveitamento de oportunidades, para a promoção de ações grupais integradoras com inserção de avaliação, diagnóstico e tratamento da saúde mental da pessoa idosa. Desta forma, atenção especial deve ser dada às pessoas idosas e àquelas que estão envelhecendo com transtornos mentais, sendo fundamental incorporar no cuidado da saúde mental, através de uma rede de saúde local qualificada e diversificada, a compreensão sobre o processo de envelhecimento.

OUTRAS INTERFACES NO CAMPO DA SAÚDE MENTALPolitica em Saúde da Pessoa Idosa

- Articular a referência em Saúde Mental da Gerência Regional em Saúde – GERES para fortalecer a discussão e condução compartilhada do caso e se necessário, também envolver a Gerência Estadual de Saúde Mental – GASAM para o suporte e orientações necessárias.

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A Política do Campo da Floresta e das Águas, através de uma perspectiva transversal, tem como objetivo, melhorar o nível de saúde dessas populações por meio de iniciativas de redução de riscos à saúde, decorrentes dos processos de trabalho. Neste sentido, se faz necessário:

Política do Campo, das Florestas e das Águas

Portanto, é imprescindível: :

- Garantir acompanhamento a saúde mental da pessoa idosa, buscando promover cuidados fundamentados essencialmente, na perspectiva não “patologizantes” da vida e que favoreçam a ampliação de vínculos sociais e familiares dos mesmos. O objetivo é continuar fortalecendo as capacidades físicas e mentais das pessoas, fomentando e mantendo os níveis de capacidade funcional pelo maior tempo possível. .

- Promover ações de sensibilização e inclusão social da pessoa com transtorno mental das pessoas idosas, através de medidas de promoção e cuidados compartilhados em saúde em sua rede local, na perspectiva integral. .

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- Propor ações de promoção e prevenção em saúde mental voltada para as populações do campo, das florestas e das águas, em situação de vulnerabilidade social.

- Promover ações voltadas para a população do campo, das florestas e das águas com sofrimentos decorrentes do uso de agrotóxicos.

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REFERÊNCIAS:AMARANTE. P. (org) Loucos pela Vida: A trajetória da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1995.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Caminhos para uma política de saúde mental infantojuvenil. Brasília, 2005.

_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas em Saúde. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. In: CONFERÊNCIA REGIONAL DE REFORMA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL: 15 anos depois de Caracas. Brasília: OPAS, Ministério da Saúde, 2005.

_________. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências Brasília, 1990.

_________. Lei nº 10.216, 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Brasília, 2012.

_________. Portaria nº 4.279/GM/MS de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS

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_________. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 3.088 de 23 de dezembro de 2011. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2011.

_________. Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 3.090 de 23 de dezembro de 2011. Estabelece que os serviços residenciais terapeuticos, sejam definidos em tipo I e II, destina recursos financeiros para incentivo e custeio dos SRT, e dá outras providências. Brasília, 2011.

DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Editora Brasiliense, 2005.LANCETTI, A. Clínica Peripatética. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 2008. (Saúde Loucura, v. 20; Série Políticas do Desejo). PERNAMBUCO. Lei nº Estadual 11.064 de 16 de maio de 1994 que dispõe sobre a substituição progressiva dos Hospitais Psiquiátricos por rede de atenção integral à saúde mental, regulamenta a internação psiquiátrica involuntária e dá outras providências Recife, 1994.

Resolução CIB nº 1944 de 07 de maio de 2012 que aprova as diretrizes para remodelagem da Rede de Atenção Psicossocial em Pernambuco. Recife, 2012.

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O SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE, nomeado pelo Ato nº 004 de 01 de janeiro de 2015 (DOE/PE de 01/01/2015), no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo Art. 42 da Constituição do Estado de Pernambuco, e considerando:

1. A Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências;

2. A Lei nº Estadual 11.064 de 16 de maio de 1994 que dispõe sobre a substituição progressiva dos Hospitais Psiquiátricos por rede de atenção integral à saúde mental, regulamenta a internação psiquiátrica involuntária e dá outras providências;

3. A Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;

4. A Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS;

5. O Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei Nº- 8.080, de 19 de setembro e 1990, e dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, especialmente o

RESOLUÇÃO Nº 747 DE 11 DE JULHO DE 2018.

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Recife, 11 de julho de 2018

JOSÉ IRAN COSTA JUNIORPresidente do Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco – CES/PE

Homologo a resolução CES/PE nº 747 de 11 de julho de 2018.

JOSÉ IRAN COSTA JUNIOR Secretário de Saúde do Estado de Pernambuco

disposto no Art. 13, que assegura ao usuário/usuária o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS;

6. A Portaria nº 3.088 de 23 de dezembro de 2011 que Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);

7. A Resolução CIB nº 1944 de 07 de maio de 2012 que a prova as diretrizes para remodelagem da Rede de Atenção Psicossocial em Pernambuco, resolve:

Art. 1º Resolve, no uso de suas atribuições, Aprovar a Política Estadual de Saúde Mental, álcool, crack e outras drogas no Âmbito da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco nos termos constantes no Anexo Único da presente Portaria. Art. 2º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.

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