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16 | Mais Salvador, quinta-feira, 13 de abril 2017 POLÍTICA LAVA JATO Lula tinha R$ 40 milhões disponíveis, diz empresário Valores estavam disponíveis para demandas do ex-presidente Agências [email protected] O empresário Marcelo Ode- brecht, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro que a empreiteira “botou R$ 40 milhões que viriam para atender as demandas que viessem de Lula”. Segundo o delator, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “nunca pediu” diretamente. A com- binação, afirmou, foi feita via ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma). “O que eu combinei com Palocci foi o seguinte: essa era uma relação minha com a Presidência, o PT. Eu disse: ‘olha, vai mudar o governo, vai entrar a Dilma. Esse saldo passa a ser gerido por ela, a pedido dela’”, contou. “Eu combinei com Palocci. A gen- te sabia que ia ter demandas de Lula, a questão do Institu- to, para outras coisas. Vamos pegar e provisionar uma parte deste saldo e aí botamos R$ 35 milhões num saldo amigo, que é Lula, para uso que fosse orientação de Lula”, disse. O delator prosseguiu. “A gente entendia que Lula ainda ia ter influência no PT. Como era uma relação nossa com a Presidência, PT, tudo se mis- turava. A gente botou R$ 40 milhões que viriam para atender as demandas que viessem de Lula. Eu sei disso. O Lula nunca me pediu dire- tamente. Essa informação eu combinei via Palocci”, afir- mou. SALDO AMIGO Segundo o delator, no entan- to, houve duas situações em que ele identificou que Lula saberia do “saldo amigo”, disponibilizado para o ex-presidente da República. “As duas únicas comprova- ções que eu teria de que Lula de certo modo tinha um co- nhecimento dessa provisão foi quando veio o pedido para compra do terreno do Institu- toLula,queeunãoconsigome lembrar se foi via Paulo Oka- motto ou via Bumlai. Com certeza foi um dos dois e de- pois eu falei com os dois”, afirmou. “Eu deixei bem claro que se eu fosse comprar o ter- reno sairia do valor provisio- nado. A gente comprou o ter- reno, saiu do valor provisio- nado e depois o terreno aca- bou... A gente vendeu o terre- no e voltou a creditar”. O empreiteiro disse ainda que houve uma doação para o Instituto Lula em 2014. CONVERSA SOBRE MP Em depoimento prestado no dia 13 de dezembro na Procu- radoria-Geral da República, o empresário Emílio Odebrecht afirmou que procurou o ex-presidente Luiz Inácio Lu- la da Silva, em 2010, para pe- dir que ele atuasse junto ao governo na aprovação das Medidas Provisórias 470/09 e 472/09. De acordo com o patriarca da empreiteira, seu filho, Marcelo, teria solicitado que o pai conversasse com Lula por conta de problemas enfrenta- dos com o então ministro da Fazenda Guido Mantega. “Fui ao Lula e incluí esse item na agenda, pedindo a ele que procurasse verificar por que o Guidoestavabotandodificul- dades para resolver o assunto. Se estava precisando coragem ou alguma coisa que pudésse- mos suprir a ele”, contou. Emílio contou que essa conversa foi a única interfe- rência junto a Lula no assunto. Após a conversa, contou, seu filho teria dito que Mantega “deu sequência” ao assunto. A MP 470/09 versava sobre permissão para que as empre- sas exportadoras parcelassem seus débitos decorrentes do aproveitamento indevido do crédito-prêmio do IPI. Emílio Odebrecht disse ainda que discutiu com o en- tão presidente Lula doações para campanhas do PT. O “apoio” ao petista e seus aliados, segundo o empreitei- ro, remonta à época em que ele nem sequer era candidato e se estendeu ao período em que Lula comandou o país. “Lembro de, em uma dessas ocasiões, ter dito ao então presidente que o pessoal dele estava com a goela muito aberta. Estavam passando de jacaré para crocodilo”, con- tou Emílio. Ele disse que pedidos de ajuda eram sempre feitos por Lula diretamente a ele, mas que os dois sempre designa- vam um representante de ca- da lado para negociar valores e tratar de detalhes. DEFESA DE LULA O advogado Cristiano Zanin Martins, responsável pela de- fesa do ex-presidente Lula, criticou o “vazamento ilegal e sensacionalista das dela- ções”. Segundo ele, os tre- chos apenas reforçam “o ob- jetivo espúrio pretendido pe- los agentes envolvidos: man- char a imagem de Lula e com- prometer sua reputação”. Martins diz ainda que os acu- sadores não têm provas de crimes. ROBERTO PARIZOTTI / CUT Ex-presidente supostamente teria utilizado recursos disponibilizados por empresa para o Instituto Lula

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16 | Mais Salvador, quinta-feira, 13 de abril 2017

POLÍTICA LAVA JATO

Lula tinha R$ 40 milhõesdisponíveis, diz empresárioValores estavamdisponíveis parademandas doex-presidente

Agências

[email protected]

O empresário Marcelo Ode-brecht, um dos delatores daOperação Lava Jato, afirmouao juiz federal Sérgio Moroque a empreiteira “botou R$40 milhões que viriam paraatender as demandas queviessem de Lula”. Segundo odelator, o ex-presidente LuizInácio Lula da Silva “nuncapediu” diretamente. A com-binação, afirmou, foi feita viaex-ministro Antonio Palocci(Governos Lula e Dilma).

“O que eu combinei comPalocci foi o seguinte: essa erauma relação minha com aPresidência, o PT. Eu disse:‘olha, vai mudar o governo,vai entrar a Dilma. Esse saldopassa a ser gerido por ela, apedido dela’”, contou. “Eucombinei com Palocci. A gen-te sabia que ia ter demandasde Lula, a questão do Institu-to, para outras coisas. Vamospegar e provisionar uma partedeste saldo e aí botamos R$ 35milhões num saldo amigo,que é Lula, para uso que fosseorientação de Lula”, disse.

O delator prosseguiu. “Agente entendia que Lula aindaia ter influência no PT. Comoera uma relação nossa com aPresidência, PT, tudo se mis-turava. A gente botou R$ 40milhões que viriam para

atender as demandas queviessem de Lula. Eu sei disso.O Lula nunca me pediu dire-tamente. Essa informação eucombinei via Palocci”, afir-mou.

SALDO AMIGOSegundo o delator, no entan-to, houve duas situações emque ele identificou que Lulasaberia do “saldo amigo”,

disponibilizado para oex-presidente da República.“As duas únicas comprova-ções que eu teria de que Lulade certo modo tinha um co-nhecimento dessa provisãofoi quando veio o pedido paracompra do terreno do Institu-toLula,queeunãoconsigomelembrar se foi via Paulo Oka-motto ou via Bumlai. Comcerteza foi um dos dois e de-

pois eu falei com os dois”,afirmou. “Eu deixei bem claroque se eu fosse comprar o ter-reno sairia do valor provisio-nado. A gente comprou o ter-reno, saiu do valor provisio-nado e depois o terreno aca-bou... A gente vendeu o terre-no e voltou a creditar”.

O empreiteiro disse aindaque houve uma doação para oInstituto Lula em 2014.

CONVERSA SOBRE MPEm depoimento prestado nodia 13 de dezembro na Procu-radoria-Geral da República, oempresário Emílio Odebrechtafirmou que procurou oex-presidente Luiz Inácio Lu-la da Silva, em 2010, para pe-dir que ele atuasse junto aogoverno na aprovação dasMedidas Provisórias 470/09 e472/09.

De acordo com o patriarcada empreiteira, seu filho,Marcelo, teria solicitado que opai conversasse com Lula porconta de problemas enfrenta-dos com o então ministro daFazenda Guido Mantega. “Fuiao Lula e incluí esse item naagenda, pedindo a ele queprocurasse verificar por que oGuidoestavabotandodificul-dades para resolver o assunto.Se estava precisando coragemou alguma coisa que pudésse-mos suprir a ele”, contou.

Emílio contou que essaconversa foi a única interfe-rência junto a Lula no assunto.Após a conversa, contou, seufilhoteria dito que Mantega “deusequência” ao assunto. AMP 470/09 versava sobrepermissão para que as empre-sas exportadoras parcelassemseus débitos decorrentes doaproveitamento indevido docrédito-prêmio do IPI.

Emílio Odebrecht disseainda que discutiu com o en-tão presidente Lula doaçõespara campanhas do PT.

O “apoio” ao petista e seusaliados, segundo o empreitei-ro, remonta à época em queele nem sequer era candidatoe se estendeu ao período emque Lula comandou o país.“Lembro de, em uma dessasocasiões, ter dito ao entãopresidente que o pessoal deleestava com a goela muitoaberta. Estavam passando dejacaré para crocodilo”, con-tou Emílio.

Ele disse que pedidos deajuda eram sempre feitos porLula diretamente a ele, masque os dois sempre designa-vam um representante de ca-da lado para negociar valorese tratar de detalhes.

DEFESA DE LULAO advogado Cristiano ZaninMartins, responsável pela de-fesa do ex-presidente Lula,criticou o “vazamento ilegal esensacionalista das dela-ções”. Segundo ele, os tre-chos apenas reforçam “o ob-jetivo espúrio pretendido pe-los agentes envolvidos: man-char a imagem de Lula e com-prometer sua reputação”.Martins diz ainda que os acu-sadores não têm provas decrimes.

ROBERTO PARIZOTTI / CUT

Ex-presidente supostamente teria utilizado recursos disponibilizados por empresa para o Instituto Lula

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