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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Escolha de Acordo Com o Modelo: relações emergentes entre estímulos arbitrários em indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo. Juliana Bisatto Cardoso PUC-SP São Paulo - 2007

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA

EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Escolha de Acordo Com o Modelo:

relações emergentes entre estímulos arbitrários em

indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo .

Juliana Bisatto Cardoso

PUC-SP

São Paulo - 2007

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PUC-SP

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM PSICOLOGIA

EXPERIMENTAL: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Escolha de Acordo Com o Modelo:

relações emergentes entre estímulos arbitrários em

indivíduos de diferentes condições de peso corpóreo .

Juliana Bisatto Cardoso

Dissertação apresentada a Banca

Examinadora da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo como exigência parcial

para a obtenção do título de MESTRE em

Psicologia Experimental: Análise do

Comportamento, sob orientação do Prof. Dr.

Roberto Alves Banaco.

PUC-SP

São Paulo – 2007

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BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________.Profa. Dra. Jaíde Aparecida Gomes Regra.

_______________________________________.Profa. Dra. Maria do Carmo Guedes.

_______________________________________.Prof. Dr. Roberto Alves Banaco (Orientador).

Dissertação defendida e aprovada em:_____/______/________.

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AGRADECIMENTOS

Os meus agradecimentos vão aos meus país, primeiramente, porque se não

fossem eles me ajudando, incentivando e acreditando em mim eu não

conseguiria ter chegado até aqui. Amo muito vocês!

A meus irmãos, sobrinhos; a toda minha família, que estava sempre ao

meu lado, que são meu suporte para superar os obstáculos e dificuldades que

aparecem.

Ao meu orientador, professor e amigo Roberto Alves Banaco pela

paciência, dedicação e carinho.

A Amália e a Teia que me mostraram que é possível ter paixão e amor

por aquilo que fazemos, que através das “broncas” e “brincadeiras” me

ajudaram à crescer como pessoa e como profissional.

A todos os professores, funcionários e colegas do programa PEXP pelo

apoio e amizade.

A meus velhos e novos amigos; Mo, Carol, Marcelo, Dedé, Ka pelas

risadas, carinho, apoio. Que tornaram as vindas pra São Paulo mais leves,

alegres e que passaram a ser um motivo para eu querer vir pra cá. Adoro

vocês!!

Ao pessoal da Gastro e da Unopar pela compreensão e por estar

sempre “quebrando meu galho” meu sincero Obrigada.

Ao Renato, que mesmo de longe e não me conhecendo muito bem,

estava sempre disposto a ajudar e contribuir na minha pesquisa, Muito

obrigada!

E a todos aqueles que não citei aqui, mas sempre acreditaram em mim e

colaboraram para que esse sonho se tornasse realidade, todo o meu carinho.

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SUMÁRIO

Lista de Tabelas ................................... .................................................. 6Resumo ............................................. ..................................................... 7Abstract ........................................... ....................................................... 8INTRODUÇÃO ........................................................................................ 9

Controle de estímulos ................................................................... 9Um problema social: a obesidade ..................................................... 18Epidemiologia ................................................................................... 18Definição ..................................................................................... 19Causas descritivas para a obesidade ................................................ 20Controle de estímulos ........................................................................ 24

MÉTODO ................................................................................................... 27Sujeito ............................................................................................... 27Material e Aparato .............................................................................. 27Experimento ....................................................................................... 28Procedimento da aplicação com estímulos não-alimentares .............. 29Procedimento da aplicação com estímulos alimentares ...................... 29Informações Analisadas ..................................................................... 36

RESULTADO E DISCUSSÃO .............................. .................................. 37REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................... ............................... 37ANEXOS ................................................................................................... 52APÊNDICE ................................................................................................ 49

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Lista de Tabelas

Tabela 1. Classificação da obesidade segundo o índice de massacorpórea (IMC).............................................................................................. 20

Tabela 2. Dados dos Sujeitos....................................................................... 27

Tabela 3. Quantidade de tentativas nas relações AB e BC contínuo eintermitente nos treinos com estímulos não-alimentares e alimentares....... 39

Tabela 4. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes comestímulos não-alimentares...........................................................................

40

Tabela 5. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes comestímulos alimentares..................................................................................

40

Tabela 6. Número de respostas corretas no teste de equivalência de estímulos........... 42

Tabela 7. Respostas incorretas emitidas pelos sujeitos nos testes de equivalência........ 44

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Cardoso, J.B. (2007). Escolha de Acordo Com o Modelo: relações emergentesentre estímulos arbitrários em indivíduos de diferentes condições de peso

corpóreo. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós- graduados emPsicologia Experimental: Análise do Comportamento. Pontifícia Universidade

católica de São Paulo.

Orientador: Roberto Alves Banaco

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi averiguar se o modelo de Equivalência deestímulos poderia descrever parte do problema da obesidade relacionado aocontrole externo de estímulos. Seis sujeitos, três com IMC< 24,9Kg/m2 e trêscom IMC> 24,9 Kg/m2 foram submetidos duas vezes a um mesmoprocedimento de escolha de acordo com o modelo, que utilizou um conjunto deestímulos não-alimentares na primeira situação e estímulos alimentares nasegunda. O procedimento incluiu Treino condicional com reforçamento oracontínuo e ora intermitente para as relações AB e BC e teste para as relaçõesde Simetria (BA e CB), Transitividade (AC) e Transitividade simétrica (CA). Nostreinos e teste com estímulos não-alimentares o conjunto de estímulos A foram:A1- casa, A2- bola, A3-igreja, A4-relógio; B: B1- TAC, B2- PIQ, B3- REZ, B4-LYT e C: C1- bonito,C2- velho, C3- vermelho e C4- brilhante. Nos treinos etestes com estímulos alimentares os estímulos foram indicados por cada sujeitoda seguinte maneira: A1 e A2 - alimentos preferidos enquanto A3 e A4alimentos de pouca ou nenhuma ingestão. O conjunto B foi formado por: B1-WEX, B2-ZIM, B3-KAB, B4-TUJ. E o C foi formado por:C1-delicioso, C2-horrível, C3- saboroso e C4- detestável. Os resultados sugerem a emergênciade equivalência na maioria das ocasiões testadas e com praticamente todos ossujeitos, independente do IMC (exceto o sujeito 2, que não demonstrou aformação de classes de equivalência). Notou-se também que o primeiro treinoexigiu para a quase a totalidade dos sujeitos um número de tentativas maiorpara o atingimento do critério estabelecido para a mudança das fases. Aconclusão discute com a literatura que aponta interferência de histórias préviascomo estímulos utilizados no estabelecimento de relações arbitráriasapontando (na maioria dos casos) uma adaptação às novas condições doreforço para o estabelecimento de relações arbitrárias.

Palavras chave : Equivalência de estímulos, escolha de acordo com o modelo,obesidade, estímulos alimentares.

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Cardoso, J.B. (2007). Matching-to-Sample: emerging relations betweenarbitrary stimuli in individuals of different conditions of body weight.Master Degree. Programa de Estudos Pós- graduados em PsicologiaExperimental: Análise do Comportamento. Pontifícia Universidade Católica deSão Paulo.

ABSTRACT

The objective of this project was to investigate if the stimuli Equivalence modelcan describe part of the obesity problem related to the external control ofstimuli. Six subjects, three with IMC<24.9Kg/m2 and three with IMC > 24.9 wereexposed twice to a same choice procedure in accordance with the model thatutilized a set of non-food stimuli in the first situation and food stimuli in thesecond. The procedure included a special conditional training alternatingcontinuous reinforcement and intermittent reinforcements for the relationshipsAB and BC and test for the symmetry relationships (BA and CB), Transitivity(AC) and symmetrical Transitivity (CA). In the training and test with non-foodstimuli the set of stimuli A were A1-house, A2 – ball, A3- church, A4 – clock; B:B1- TAC, B2 – PIQ, B3 – REZ, B4 – LYT and C: C1 – attractive, C2 – old, C3 –red and C4 – shining. In the training and test with food stimuli the stimuli wereindicated by each subject in the following manner: A1 and A2 were preferredfood while A3 and A4 were food of little or no intake. The B set was formed byB1 – WEX, B2- ZIM, B3 – KAB, B4-TUJ. C was formed by C1- delicious, C2-horrible, C3- full of flavor and C4 – despicable. The results suggest anemergence of equivalence in the majority of the occasions tested and withpractically all the subjects, independently of the IMC (except for subject 2, whichdid not show a formation of equivalence class). It was noted that the firsttraining required, for almost all subjects, a larger number of tries to reach thecriterion established for a phase change. The conclusion conflicts with theexisting literature which points to a interference of previous history as stimuliutilized in the establishment of arbitrary relationships pointing (in the majority ofcases) to an adaptation to new conditions of the reinforcement for theestablishment of arbitrary relationships.

Key words: Stimuli Equivalence, Matching-to-Sample, obesity, food stimuli.

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Controle de Estímulos

A análise do comportamento tem se ocupado primordialmente de dois

tipos de relações entre organismo e ambiente. Uma dessas relações diz

respeito à funcionalidade observada entre o que o organismo faz (resposta) e a

reação ambiental que retroage sobre o organismo (conseqüência).

Decorrente dessa relação também observa-se que o comportamento dos

organismos passa a ser ordenado por condições que o antecedem. A área que

se ocupa dessas relações é comumente denominada de controle de estímulos.

( Skinner, 1953; Sério, Andery, Gioia e Micheletto, 2002).

Os processos descritos de controle de estímulos são vários:

discriminação simples, generalização, discriminação condicional e equivalência

de estímulos (Sério, Andery, Gioia e Micheletto, 2002).

O comportamento humano complexo, embora possa ser estudado com

enfoque em qualquer um desses processos, tem sido mais modernamente

estudado sob o enfoque de equivalência de estímulos.

O primeiro aspecto que devemos considerar ao tentar definir o que é

equivalência de estímulos é que se trata de um processo comportamental.

Apesar de estarmos usando um substantivo (equivalência), não observamos

uma coisa, mas sim uma ação de determinado organismo (Haydu, 2003).

Estímulos são equivalentes quando se tornam intercambiáveis,

substituíveis uns pelos outros no controle do comportamento, quer dizer,

quando um comportamento operante comum pode ser controlado por estímulos

diferentes (Albuquerque; Melo,2005).

Estudos sobre equivalência de estímulos envolvem duas etapas.

Primeiro, as discriminações condicionais entre estímulos são treinadas com o

uso do procedimento de escolha de acordo com modelo (Matching to sample)

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e, posteriormente, avalia-se a emergência de novas relações condicionais, sem

treino direto, envolvendo os mesmos estímulos (Albuquerque; Melo, 2005).

Um estímulo, denominado estímulo modelo ou estímulo condicional; em

um procedimento de escolha de acordo com o modelo; é apresentado

juntamente com outros estímulos, denominados estímulos de escolha,

estímulos discriminativos ou estímulos de comparação. (Albuquerque; Melo,

2005)

Albuquerque e Melo (2005) coloca que os procedimentos de escolha de

acordo com o modelo com contingências de quatro termos, que estabelece

discriminações condicionais, difere-se do de três termos, presentes em

discriminações simples, na medida em que o quarto elemento (o estímulo-

modelo) estabelece qual contingência de três termos está funcionando.

Na análise do comportamento, o termo equivalência de estímulos, foi

inicialmente proposto por Sidman (1971) e, posteriormente, redefinido por

Sidman e Tailby (1982) estabelecendo que estímulos possam ser considerados

equivalentes quando apresentam três tipos de relações entre si: relações de

reflexividade, simetria e transitividade (Albuquerque, Melo, 2005).

Reflexividade é a propriedade que caracteriza escolhas pela identidade

dos estímulos. Simetria refere-se à reversibilidade funcional condicional. E a

transitividade é demonstrada quando após o treino de A = B e B=C o sujeito

quando apresentado A escolha C, e Transitividade simétrica é demonstrada

quando dado C o sujeito escolha A. (Sidman, 1986 apud Haydu, 2003).

Sidman se interessou pela relação equivalente para compreender

melhor a linguagem, tanto a escrita quanto à falada. Sidman acreditava que a

palavra é entendida quando o sujeito faz a relação entre palavra (escrita ou

falada) e coisas, isso ele denominava como relação equivalente. (Sidman,

1994)

Uma das coisas que o fascinava era o indivíduo reagir a uma palavra ou

a um símbolo como se fossem a coisa ou evento à que eles se referem.

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Embora Sidman não acreditasse que tratássemos as palavras e

referencias iguais em todos os aspectos. O tratamento de formas lingüísticas é

equivalente para referir, autorizando-nos a escutar e ler com compreensão,

calcular problemas em sua ausência, para instruir outros pelo significado da

linguagem falada ou escrita, para planejar a frente e para pensar abstrato.

(SIDMAN, 1994)

Utilizando essa noção descrita por Sidman, Barnes e seus

colaboradores abordaram alguns problemas sociais importantes.

Um dos seus primeiros estudos foi “Categorização social e Estímulos

equivalentes” (Watt, Kennan, Barnes, e Cairns,1991).

Nesse experimento, sujeitos protestantes irlandeses, católicos irlandeses

e protestantes ingleses foram expostos a uma série de discriminações

condicionais usando um procedimento de escolha segundo o modelo (matching

to sample).

Nessa preparação experimental, em geral, é apresentado ao sujeito um

estímulo que serve como amostra e em seguida um conjunto de 2 ou 3

estímulos que servem como comparação. (Catania, 1998 Apud Barnes, 1993)

A classificação de religião e nacionalidade de cada sujeito foi

determinada a partir de suas respostas às seguintes questões 1) Você se

considera protestante ou católico? 2) Você é da Irlanda ou da Inglaterra?.

Estas questões foram apresentadas para cada sujeito no final da primeira

sessão experimental. Ao final dessa coleta os experimentadores contaram com

12 católicos irlandeses, 6 protestantes irlandeses e 5 protestantes ingleses.

A seqüência experimental foi dividida em três estágios, a) treino com

reforçamento contínuo, b) treino com reforçamento intermitente e c) teste.

O estímulo à mostra foi tanto uma sílaba sem sentido como o primeiro

ou último nome na parte superior do monitor. Os estímulos comparação foram

mostrados logo abaixo.

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Foi instruído a cada sujeito que selecionasse um estímulo comparação

por pressionar uma de três teclas de um computador. A tecla que ficava a

esquerda da tela era marcada pela letra (Z), a tecla do meio pela letra (V) e a

tecla que ficava a direita da tela com a letra (M).

Os sujeitos foram expostos a está tarefa por quatro tentativas para se

familiarizarem com procedimento de escolha segundo o modelo. Após está

etapa iniciou-se o estágio 1: treino com reforçamento contínuo. Nesse estágio

as relações treinadas foram estabelecidas de forma que todos os acertos eram

seguidos de estímulo reforçador, neste caso a apresentação da palavra

“correto”, e os erros seguidos da palavra “errado”.

O treino começou com um dos três nomes católicos randomicamente

escolhidos para servir de estímulo amostra. Três sílabas sem sentido serviram

como estímulo comparação. Depois de uma resposta correta, por exemplo,

selecionar ZID na presença de Brendan Doherty, a tela limpava. O próximo

estágio a mostra foi randomicamente escolhido de dois nomes católicos

restantes e a sílaba sem sentido, novamente serviram de estímulo

comparação. Finalmente o último nome católico foi usado como estímulo

amostra e sílabas sem sentido foram os estímulos comparação.

Quando dois ciclos sucessivos desta combinação de estímulos amostra

e comparação tinham sido corretamente completados a segunda parte do

estágio 1 começava.

Aqui os estímulos amostra foram selecionados dessa lista de sílabas

sem sentido utilizado como comparação no primeiro estágio e os estímulos

comparação foram selecionados de uma lista de símbolos protestantes,

novamente o pareamento entre sílabas e o símbolo protestante foi determinado

arbitrariamente. Dois ciclos sucessivos dessa combinação de estímulos

amostra e comparação tinham que ser completados corretamente antes da

próxima fase.

Estágio 2: treino com reforçamento intermitente. No Início desse estágio

foi dito aos sujeitos que eles nem sempre seriam informados se suas respostas

estavam corretas ou não. Assim as palavras “correto” e “errado” foram

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apresentadas somente a 50% das respostas. As combinações de estímulos

descritas no estágio 1 foram todas apresentadas em ordem randômica durante

essa condição. Cada combinação de estímulos foi apresentada duas vezes e

se menos de 100% das respostas estivessem corretas o participante era

submetido novamente para o inicio do estágio 1. Caso atingisse 100% de

acerto o próximo estágio se iniciara imediatamente.

Estágio 3: Teste. Nenhum feedback foi dado a nenhum sujeito durante

esse estágio. Dez apresentações de cada combinação de estímulos do estágio

1 foram randomicamente apresentadas. Entre essas apresentações dez

apresentações de cada 1 de 6 outras combinações de estímulos. Esses novos

arranjos foram agrupados em duas categorias. Em uma delas o estímulo foi

arranjado como um teste combinado de simetria e transitividade entre símbolos

protestantes e nomes católicos. Cada um dos três símbolos protestantes

serviram como estímulos amostra e dois dos nomes católicos serviram com

estímulo comparação.

Um nome protestante adicional foi incluído como um estímulo

comparação para cada uma dessas três combinações de estímulos

comparação e amostra.

Isto foi feito para determinar a extensão na qual aprendizagem social

anterior poderia interferir com responder em equivalência.

Na segunda categoria, três outras combinações foram

apresentadas. Este teste de generalização foi empregado para permitir uma

exploração preliminar da transferência do responder em equivalência gerada

experimentalmente para outro estímulo socialmente pertinente.

Novamente os símbolos protestantes serviram como estímulo amostra,

mas desta vez os mesmos três novos nomes serviram como estímulos

comparação, cada um desses nomes foram tanto católicos, protestante ou

neutro dentro do contexto irlandês.

Os resultados encontrados por esses autores mostram que aqueles

sujeitos apresentaram o responder em equivalência de acordo com o treino

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classificado como PASS, enquanto aqueles sujeitos que predominantemente

selecionaram, nomes protestantes novos, ao invés de nomes católicos foram

classificados como FAIL.

Os protestantes irlandeses geralmente falharam em mostrar responder

em equivalência, exceto um dos sujeitos. Todos os sujeitos consistentemente

escolheram o nome na presença de cada estímulo amostra, esta ligação

protestante-protestante também apareceu quando três nomes novos foram

usados como estímulos comparação.

Dos cinco católicos irlandeses classificados como FAIL, quatro

mostraram uma forte tendência em escolher o nome protestante novo. A falha

em mostrar o responder em equivalência foi mais consistente entre sujeitos

durante os outros dois estímulos amostra. Para sujeitos católicos irlandeses

classificados como PASS a incidência relativa em escolher os nomes católicos

esperados foi muito alto para todos os sujeitos para todas as amostras, exceto

para o sujeito 14 e 15. Para os sujeitos protestantes ingleses classificados

como PASS o responder em equivalência predominou para todos os sujeitos

durante os três estímulos amostra. Quando novos estímulos comparação foram

usados os sujeitos geralmente falharam em responder consistentemente.

Em 1993 Barnes publicou mais um estudo, Diferenças entre sujeitos

clinicamente ansiosos e não ansiosos em um treino de equivalência de

estímulos envolvendo palavras de ameaças (Barnes;Leslie; Robinson; Keenan

e Watt, 1993).

Nesse outro estudo que teve como objetivo examinar a possibilidade que

a interferência com a formação de classe de equivalência pode prover uma

técnica de diagnóstico útil com indivíduos clinicamente ansiosos e também

pode contribuir para o entendimento dos mecanismos de ansiedade.

Os autores usaram um procedimento de treino de classe de equivalência

com nomes de situações provocadoras de ansiedade como elemento A,

sílabas sem sentido como elementos B e adjetivos descrevendo estados

prazerosos como elementos C para verificar se desempenhos sobre a tarefa

seria claramente diferente em sujeitos ansiosos e não ansiosos.

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Os sujeitos foram distribuídos em dois grupos. O grupo ansioso consistiu

de oito pacientes ansiosos. O grupo não ansioso consistiu de onze voluntários

(universitários). Todos os sujeitos, de ambos os grupos tinham competência

verbal normal.

Os participantes passaram por quatro estágios de treino teste:

1)familiarização. Durante este estágio a palavra amostra JEAN foi

apresentada no topo central da tela. Três estímulos comparação, a sílabas

“WAG”, “BIF” e “TOG”, foram mostradas três polegadas abaixo do estímulo

amostra, cada uma delas separada por duas polegadas. Os sujeitos foram

instruídos a escolher um estímulo comparação por selecionar uma das teclas

designadas. Estas teclas (Z,V,M) foram colocadas a esquerda, ao meio e a

direita e suas posições relativas correspondiam as posições dos estímulos

comparação.

Aos sujeitos foi pedido para escolher até que eles tivessem acertado

corretamente; neste caso a palavra “WAG” foi designada como correta. Uma

escolha incorreta foi seguida pelo aparecimento da palavra “errado” no centro

da tela por um segundo. Isto foi imediatamente seguido por outra apresentação

da tarefa de escolha. Uma escolha correta foi seguida por mostrar durante um

segundo a palavra “correto” e uma simultânea apresentação de um tom alto.

Uma vez que a resposta correta tivesse sido feita à tela clareava e era

pedido aos sujeitos para datilografar “Começar” para iniciar o experimento. O

segundo estágio do procedimento consistiu de um treino com feedback

contínuo. Inicialmente os estímulos designados como A1, A2 e A3 que são

“exames”, “entrevista de emprego” e “falar em público” foram apresentados

como amostras. Os estímulos designados como B1, B2 e B3 foram “ZID”,

”VEK” e “YIN” foram apresentados com comparações. Para cada tentativa um

dos estímulos amostra foi randomicamente selecionado.

Um novo círculo de amostra foi iniciado quando um conjunto de amostra

tornou-se gasto. As posições dos estímulos comparação foram randomizados

em cada tentativa. Feedback foi dado para todas as respostas corretas.

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Quando dois ciclos sucessivos de apresentação tivessem sido

completados com sucesso esta fase de treino era terminada.

A próxima fase de treino foi idêntica a anterior na maioria dos aspectos.

Porém, os estímulos designados como B1, B2 e B3 (“ZID”, “VEK”, “YIM”)

serviram como amostra e os estímulos designados como C1, C2 e C3 que

foram “desempenhado”, “relaxado” e “confortável” serviram como comparação.

A fase três consistiu de um treino com feedback intermitente. No começo

deste estágio os sujeitos foram informados que eles não seriam sempre

avisados se suas respostas estavam corretas ou erradas.

O feedback foi dado somente em 50% das tentativas. Cada

apresentação do estímulo do estágio de feedback contínuo foi apresentada

duas vezes em uma seqüência randômica e se menos de 100% das respostas

estivessem corretas o procedimento voltava para o início do estágio dois; isto

continuou até que o responder fosse 100% correto.

No quarto estágio três tipos de teste foram randomicamente

apresentados. Nenhum feedback foi dado.

Os três tipos de teste foram (1)testes de relações treinadas, envolveu

dez apresentações de cada um das seis combinações de estímulos do estágio

dois; (2) teste de equivalência ou de simetria e transitividade combinada, para

estas tentativas os adjetivos prazerosos (C1, C2 e C3) serviram como amostras

e a situações provocadoras de ansiedade (A1, A2,e A3) serviram como

comparação.

Cada configuração amostra - comparação foram apresentadas dez

vezes; (3) testes de estímulo novo, para estas tentativas a situações de

ansiedade (A1, A2 e A3) serviram como amostra. Três adjetivos novos (D1, D2

e D3 que foram “PEGO”, “CONFIDENTE” e “CALMO”) serviram como

comparação. Cada configuração amostra – comparação também foram

apresentadas dez vezes.

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De acordo com os autores os sujeitos não ansiosos fariam as escolhas

corretas nos testes de equivalência. Os testes de estímulo novo foram inclusos

para determinar se estes sujeitos escolheriam estímulos novos relacionados

aos estímulos C por escolher confidente ou calmo em preferência ao estímulo

que esteve relacionado semanticamente aos estímulos A.

Os resultados mostraram que quando palavras descrevendo situações

provocadoras de palavras foram usadas, o grupo de participantes clinicamente

ansiosos falharam em mostrar formação de classe de equivalência. Segundo

os autores, é possível que essa falha reflita uma inabilidade do grupo clínico

para formar qualquer classe de equivalência. Os autores preferem uma

interpretação mais conservadora que a falha diminui a partir de sua experiência

previa com estímulos relacionados à ansiedade.

Não é possível determinar como experiências anteriores com estímulos

relacionados à ansiedade interferiram com a informação de classes de

equivalência com sujeitos ansiosos. Uma possibilidade é que sujeitos ansiosos

falharam em manter as relações treinadas durante os testes de equivalência.

Porém, esta explicação parece improvável já que os testes de

equivalências foram randomicamente intercalados entre testes de relações

treinadas e somente os resultados daqueles sujeitos que tiveram score de 80%

ou mais no teste de relações treinadas é que foram usados em análise

subseqüente. Na verdade, este critério resultou na exclusão de três sujeitos

controle, o que sugere que os sujeitos ansiosos mantiveram as relações

treinadas melhor que os controle.

Outra possibilidade é que as falhas no teste de equivalência são

causadas por uma falta de simetria, uma falta de transitividade, ou ambos.

Segundo os autores, a diferença observada entre os grupos clínico e

controle na emergência de equivalência pode ter algum potencial para a base

de um procedimento de diagnóstico.

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A grande contribuição desse grupo, portanto, foi demonstrar que parte

de problemas sociais importantes pode ter seus controles encontrados por

estímulos antecedentes que entram em equivalência com outros estímulos que

já tinham controle sobre o responder dos indivíduos.

Um problema social: a OBESIDADE

Epidemiologia

Obesidade é considerada pela OMS como uma doença, estando

classificada como tal no CID-10 (código internacional de doenças).

O transtorno alimentar que tem como conseqüência a obesidade é

considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um grave problema e,

atualmente apresenta, a cada ano, um aumento em sua prevalência no Brasil.

A obesidade é um problema importante tanto para uma perspectiva de saúde

pública, como para os indivíduos afetados. (Laloni,2004)

Segundo Malheiros (2002), no Brasil, a prevalência de obesidade

aumentou muito na última década, em especial para adultos do sexo feminino,

chegando a 13,3% da população; a taxa de ascensão da obesidade no Brasil é

de 0,36 pontos percentuais ao ano para a população feminina e de 0,20 pontos

percentuais para a população masculina.

A obesidade preocupa, pois dados americanos nos mostram que a cada

ano 300.000 mortes ocorrem em conseqüência do excesso de peso. O

indivíduo com excesso de peso tem risco aumentado de morte prematura de

50% a 100% em relação a indivíduos com peso normal. A obesidade é a

segunda causa de óbito por causas evitáveis nos Estados

Unidos.(Malheiros,2002). É um problema que apresenta ainda correlação com

complicações cardio-vasculares, metabólicas, problemas vasculares periféricos

e problemas ortopédicos e estéticos. (Abeso, 2006)

No âmbito psicológico a obesidade traz discriminação e embaraços no

que diz respeito à aparência. ( Dixon; Dixon e O’Brien, 2002). Os próprios

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relatos dos indivíduos com sobrepeso mostram o reflexo das atitudes da

sociedade em relação à obesidade. Em ambientes clínicos, ouvem-se

autodeclarações depreciativas de indivíduos com sobrepeso, com

autoconceitos prejudicados. Numerosas ações judiciais têm sido movidas por

essas pessoas que declaram ter sofrido algum tipo de discriminação devido ao

excesso de peso ( Brownell e O’neil, 1999. p, 357).

Por todas essas razões, a obesidade justifica-se enquanto uma

preocupação cientifica.

Definição

A obesidade é caracterizada pelo excesso de massa gorda (gordura) de

um indivíduo. Um indivíduo normal apresenta cerca de 20% do peso, em

massa gorda, e 80% de seu peso em massa corporal magra, formadas pelos

órgãos, músculos, ossos e água. (Laloni, 2004)

Existem várias medidas para determiná-la.

Um dos índices mais rápidos e mais aceitos para se medir o excesso de

tecido adiposo é o Índice de Massa Corporal (I.M.C.), obtido pela divisão do

peso, em quilogramas, pelo quadrado da altura, em metros ao quadrado. Este

índice apresenta limitações, mas sua correlação com a quantidade de tecido

adiposo é aceitável do ponto de vista clínico.

O índice de Massa Corpórea representa um instrumento importante

tanto para a classificação da obesidade, quanto para a estimativa do

prognóstico do paciente obeso. Segundo a OMS, quanto maior o grau da

obesidade maior o risco de doenças associadas. (Coutinho, 2002)

A tabela abaixo apresenta os pontos de corte deste instrumento

antropométrico.

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Tabela 1. Classificação da obesidade segundo o índice de massa corpórea

(IMC)

I.M.C. – p (Kg) / A2 Categoria

< 18,5 Kg/ m2 Baixo peso

Entre 18,5 e 24,9 Kg/ m2 Normalidade

Entre 25 e 29,9 Kg/ m2 Sobrepeso

Entre 30 e 39,9 Kg/ m2 Obesidade

> 40 Kg/ m2 Obesidade Mórbida

Fonte: ABESO, 2006.

Uma das limitações do IMC é não ser capaz de distinguir gordura central

(região do abdômen) da gordura periférica (da cintura pra baixo). O IMC não

distingue massa gordurosa de massa magra, podendo superestimar o grau de

obesidade em indivíduos musculosos e mesmo edemaciados.

Apesar dessa limitação, e de haver outros métodos mais precisos de

medidas de obesidade (A impedância bioelétrica, por exemplo), o IMC é a

medida mais utilizada por sua praticidade e rapidez de determinação.

Causas descritas para obesidade

Nos anos 50, acreditava-se que a obesidade fosse originada de

problemas psicológicos. Segundo Brownell e O’neil (1999, p.358) nessa época

a psicologia e a psiquiatria eram dominadas pelos conceitos freudianos, e por

essa razão a obesidade era considerada como um reflexo de um distúrbio

latente da personalidade. O comer excessivo representava, nessa explicação,

os sintomas dos conflitos que o obeso sofria. No início dos anos 60, a terapia

comportamental começa a ocupar-se do problema da obesidade e passa a

conceituá-la como um resultado de hábitos alimentares mal-adaptativos.

Já nos anos 80, segundo Brownell e O’neil (1999, p.358), todo o foco

etiológico da obesidade era voltado para a genética, o metabolismo e a

biologia.

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Nos anos 90, houve o reconhecimento de que a obesidade não é

gerada por um único fator, e sim, por múltiplos fatores.

Um dos fatores desencadeador da obesidade é o psicológico. Observa-

se em diálogo com pacientes que procuram ajuda para emagrecer que a

experiência da fome se confunde com o desejo puro e simples de comer. No

entanto, isso não classifica a obesidade como um transtorno psicológico e nem

ela por si mesma significa a presença de sofrimento psicológico associado de

acordo com o DSM-IV (Brownell e O’neil ,1999. p, 362).

Uma das explicações encontradas na literatura é que muitos obesos

estão envolvidos cronicamente em dietas sem sucesso, por serem dietas que

fazem passar fome. A restrição do comer poderia manter a obesidade.

(Montgomery,1991). Uma possibilidade de controle para o abandono e

recuperação das várias dietas, relacionadas ao que vem sendo dito até o

momento neste trabalho, seria a interferência de experiências prévias com

dietas, ou com o próprio alimento, estabelecidos durante a história de vida

desse indivíduo.

Barnes et al. (1996) apud Regra (2003) sugerem que padrões de

comportamento social estabelecidos durante a história de vida do indivíduo

interfiram na formação de classes de equivalência induzidas em laboratório.

Em um dos seus estudos Regra (2003) tinha o objetivo uma replicação

sistemática de um estudo de Barnes et al. (1996) usando a palavra “lento”

emparelhado ao nome de alguns participantes com ou sem problema de

aprendizagem. Regra (2003) queria saber Se na história de vida da criança seu

nome estivesse relacionado com “lenta”, como responderia ao teste de

equivalência se o relacionasse com “esperta”.

O estudo teve como sujeitos 11 crianças, de 9 a 11 anos de idade,

sendo 6 do sexo feminino e 5 do sexo masculino. Todos os participantes foram

treinados e testados individualmente por um mesmo terapeuta.

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Os sujeitos foram distribuídos em 3 grupos submetidos a dois

procedimentos de equivalência: um denominado pela autora de neutro e outro

de contaminado, com pequenas diferenças entre si. A pesquisadora variou a

ordem de submissão de cada sujeito a um dos dois procedimentos.

A aplicação do procedimento neutro tinha como objetivo verificar se a

criança estabelecia relações de equivalência com estímulos não contaminados

social e emocionalmente, como são as palavras usadas pela comunidade

verbal da criança.

No procedimento de equivalência Neutro foi usado o termo “neutro” para

figuras abstratas consideradas como não participantes da história de vida da

criança. Esse termo também foi usado para se contrapor às palavras usadas

no treino contaminado, com estímulos que participavam da história de vida da

criança. Os participantes foram treinados e testados usando-se procedimentos

de emparelhamento como a amostra (matching-to-sample). Este procedimento

consiste em apresentar um estímulo como amostra, A1, com dois estímulos

comparação, B1 e B2. Se o participante escolhesse B1, um estímulo reforçador

era liberado: “sim, está correto” e elogios com o “Muito bem”; se o participante

escolhesse B2 era dito: “ Não. Está errado”. Quatro tarefas foram usadas no

treino (A1-B1, A2-B2, A1-C1, A2-C2) e quatro foram usadas para teste (B1-

C1,B2-C2,C1-B1,C2-B2).

O procedimento de equivalência “contaminada” só se diferenciava do

procedimento de equivalência neutro por os estímulos usados terem sido

palavras impressas. O estímulo A era sílaba sem sentido e o estímulo B

palavras (B1: “esperta”e B2: “Lenta”) e o estímulo C pelo nome completo do

participante e pelo nome fictício “Juraci Gomes”.

O procedimento durante o teste foi idêntico ao procedimento do teste de

equivalência neutra, exceto por uma tarefa empregada. No teste de relações

condicionais eram apresentadas 20 tentativas de discriminação condicional em

linha de base, em seguida ao teste de equivalência, considerando que um

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mínimo de 19 respostas corretas indicava que as discriminações de linha de

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genéticas e hereditárias. (Laloni,2004), além de poder ser um problema de

controle de estímulos. (Montgomery,1991),

Controle de Estímulos

Viana (2006) abordou o problema da obesidade concentrando em

possíveis relações de equivalência entre estímulos alimentares e adjetivos

usualmente utilizados para alimentos tais como “horrível”, “saboroso”,

“intragável”, etc.

O objetivo de seu estudo era investigar por meio de um procedimento de

equivalência de estímulos, a emergência de relações envolvendo fotos de

alimentos e adjetivos indicativos de baixa e de alta palatabilidade em

populações com diferença de peso.

Dezesseis sujeitos foram submetidos ao experimento, oito com IMC<25

e oito com sujeitos com IMC>35 KG/m2.

Foram realizados três experimentos. No primeiro, todos os sujeitos

foram submetidos ao um mesmo procedimento. Esse procedimento incluiu

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Outros dezesseis sujeitos divididos pelo mesmo critério de peso foram

submetidos ao terceiro procedimento que também se diferenciava dos

procedimentos anteriores pelo estímulo C(C1-Adjetivo indicativo de baixa

palatabilidade, C2 e C3 - Adjetivos indicativos de alta palatabilidade).

Os resultados obtidos sugeriram a emergência de equivalência em todos os

procedimentos e para a maioria das relações testadas, não apresentando

diferença de resposta entre a população obesa ou não obesa, ou entre os

diferentes procedimentos. Um fato que se destacou foi que a população obesa

necessitou de mais treino nas relações AB do que a população magra. Viana

(2006) acredita que essa diferença pode ter sido devida à familiarização com o

uso de equipamento eletrônico, por esta diferença de resultado estar

correlacionada à variável idade.

Como pode ser notado até o momento, a obesidade é um problema

social importante e também causa muito sofrimento aos indivíduos. Várias

ciências têm tentado solucionar ou controlar o problema (dietas, pelo nutrição;

atividade física, pela fisiatria; cirurgias gástricas, pela medicina; programas de

autocontrole, pela psicologia). No entanto, não foram encontrados na literatura,

trabalhos que se ocupassem do controle de estímulos que poderiam contribuir

com o problema da obesidade.

O grupo liderado por Barnes permitiu por meio de seus estudos que se

abordassem problemas sociais utilizando o modelo de equivalência de

estímulos. Nessa linha, seus trabalhos sugerem uma interferência acentuada

da história prévia com os estímulos utilizados nos experimentos e a formação

de novas classes equivalentes de estímulos. Por outro lado, as pesquisa de

Regra (2003) e Viana (2006) apontam que o fenômeno não é bem descrito

ainda, sugerindo novos estudos.

Este trabalho, portanto, teve como objetivo realizar uma replicação

sistemática do estudo de Barnes, D; Leslie,J; Tierney,C; Robinson,P;

Keenan,M; Watt,A. (1993), e ainda contribuir com o estudo das possíveis

variáveis envolvidas em uma parte do controle externo de estímulos na

formação de classes equivalentes entre estímulos de figuras de alimentos e

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adjetivos descritores de diferentes graus de palatabilidade em pessoas com

diferentes condições de peso corpóreo.

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MÉTODO

Sujeitos

Os participantes foram 6 adultos, com idade entre 22 a 41 anos, formando dois

grupos de três sujeitos . Critérios de exclusão foram: contato prévio com

procedimentos ou teorias envolvendo o paradigma da equivalência de

estímulos, ser estudante de psicologia ou psicólogo; não fazer uso de

computadores; ter comprovado diagnóstico clínico relacionado a atrasos na

linguagem, transtornos invasivos do desenvolvimento, transtornos demenciais

e transtornos psicóticos.

Para compor a amostra de 06 participantes foram selecionadas 3

pessoas que tinham peso classificado como Normal ou com IMC compreendido

entre 18,5 e 24,9 e que não tenham passado, para atingir esse peso, por

nenhum tratamento de regime alimentar, autocontrole ou cirurgia gástrica.

Outros 3 participantes tinham peso classificado como estado de Obesidade do

tipo I, II ou III, isto é, com IMC maior de 25.

Tabela 2: Dados dos ParticipantesGrupos Sujeito Gênero Idade IMC kg/m2

1 I.C.V Feminino 38 22,82 S.B.A. Feminino 22 24

1IMC<24,0

3 P.G.A Feminino 28 204 R.A.S Masculino 36 355 L.Q.C. Feminino 41 30

2IMC>24,9

6 L.G.C. Masculino 27 31

Material e Aparato

Cada participante foi conduzido a assentar em frente a uma mesa, em

uma sala experimental isolada e livre de barulhos, contendo um computador

portátil Toshiba Satellite Intel Celeron 1,30 GHz e 512 de memória RAM

equipado com caixas de alto-falante para emissão de estímulo sonoro e mouse

em funcionamento, disponível na bancada, à direita da máquina (se o

participante fosse destro) ou à esquerda da máquina (se o participante fosse

canhoto). O monitor Digital Flat Painel apresentou fundo preto, imagens

coloridas e letras brancas. Apresentação de estímulos visuais (modelo e

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comparação) e gravação das respostas emitidas pelos participantes foram

controladas pelo computador, que foi programado na linguagem Visual basic

6.0. As respostas emitidas pelos sujeitos foram registradas e o registro foi

gravado em pasta específica destinada para isto no HD e cópias foram feitas

em pen drive após a realização de cada sessão. As instruções de cada etapa

foram sempre escritas em tela de fundo preto e em letras de cor branca (com

100% de pigmentação), ocupando a parte inferior do visor, seguindo um

modelo de legenda1, em fonte de letra Arial, tamanho 16 negrito.

EXPERIMENTO

O experimento foi aplicado uma vez com estímulos não-alimentares para

avaliar se o participante era capaz de realizar equivalência de estímulos e a

outra vez com estímulos alimentares.

Seleção Prévia dos Estímulos da primeira aplicação:

O estímulo modelo foi apresentado no meio da tela e no centro dos

estímulos-comparação.

Não houve seleção prévia dos estímulos pelo participante. Nessa

aplicação todos os estímulos foram escolhidos pelo próprio pesquisador, sendo

igual para todos os sujeitos.

Os estímulos pertenceram a classes específicas, sendo A - fotos de

estímulos não alimentares; A1 - casa, A2 – bola, A3 – Igreja e A4 – relógio.

Estímulos da classe B foram sílabas sem sentido: B1 – TAC, B2 – PIQ,

B3 – REZ e B4 – LYT.

Estímulos da classe C foram adjetivos relacionados aos estímulos não-

alimentares, escolhidos pelo próprio pesquisador. Como: C1 – bonito, C2 –

velho, C3 – vermelho e C4 – brilhante.

1 Semelhante ao padrão de legenda de filmes.

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2 – instruções e treino com reforçamento contínuo;

3 – instruções e treino com reforçamento intermitente;

4 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência).

1 – instruções e pré-treino de familiarização com e scolha conforme o

modelo. Foi fornecida a seguinte instrução: “Uma imagem aparecerá no alto da

tela e sempre que você clicar em cima dela, outras figuras aparecerão. Sua

tarefa é usar o mouse e marcar a imagem, e em seguida, uma das figuras que

você considerar adequada. Se você tiver alguma dúvida, pergunte ao

experimentador agora. Se não tiver nenhuma dúvida, podemos começar”.

Um estímulo modelo “O” foi apresentado no visor.

Após o sujeito clicar em cima do estímulo modelo, apareceram

estímulos-comparação, tal como o disposto no exemplo abaixo.

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Depois uma nova tela apareceu, com a imagem de um leão e com a

seguinte instrução:

“Agora, da mesma maneira, você deve fazer uma nova escolha. Para

isso, clique em cima da imagem no alto da tela, neste caso, o leão”.

Após a seleção do leão, foram apresentados os estímulos-comparação e

a seguinte instrução:

# &

@ )

“Como você fez antes, escolha entre os símbolos #, @, & ou ).

Você deverá escolher um dos símbolos diante da imagem do leão. Para isso,

use o mouse e direcione-o ao símbolo de sua escolha. Em seguida, marque-o.”

Os participantes foram expostos a esta tarefa por essas duas

seqüências, até ficarem familiarizados com o procedimento de escolha de

acordo com o modelo. Nenhum dos estímulos visuais utilizados no pré-treino

foi utilizado na seqüência experimental. Depois desta etapa de pré-treino e

familiarização com a escolha de acordo com o modelo, a seguinte instrução

apareceu:

“Se você não entendeu como funciona sua tarefa, pergunte ao

experimentador agora. Se você entendeu, podemos dar seqüência ao

experimento.”

Dúvidas seriam esclarecidas e registradas, bem como as instruções

adicionais fornecidas pelo experimentador. No entanto, elas não ocorreram. Se

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necessário fosse, a etapa de pré-treino poderia ser repetida até que não

houvesse mais dúvidas.

Deu-se início à etapa de Instruções e Treino com Reforçamento

Contínuo.

2 – Instrução e Treino com Reforçamento Contínuo. Nesta etapa, os

participantes receberam a seguinte instrução: “Agora, você será avisado

quando uma escolha for correta e quando uma escolha for errada”.

Os estímulos foram apresentados na mesma disposição do pré-treino de

familiarização, primeiro o estímulo modelo, o quadro era emitido o clicar em

cima dele os estímulos-comparação apareceram, conforme a disposição

abaixo.

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

MODELO

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

Era disposto um estímulo da classe A (foto de figuras não Alimentares)

como modelo, e quatro estímulos da classe B como comparação. Distribuídas

aleatoriamente pelos quatro espaços destinados aos estímulos-comparação.

Respostas consideradas corretas correlacionam-se arbitrariamente a: A1-B1,

A2-B2, A3-B3 e A4-B4. Se esta relação foi escolhida pelo sujeito, o

comportamento de escolha foi seguido pela apresentação da palavra

“CORRETO”, em fonte Arial, cor branca, com 100% de pigmentação, dois

décimos de segundos após a ocorrência do acerto. Respostas consideradas

incorretas nesta fase de treino condicional (por exemplo, A1-B3 ou A2-B4)

foram seguidas por uma apresentação de uma palavra “ERRADO” com 50% de

pigmentação, aparecendo 1 segundo após sua emissão. A apresentação das

relações A-B foram randômicas e equiparadas, em cada bloco, no número de

apresentações. Assim que o sujeito experimental tivesse completado 2 ciclos

consecutivos de respostas contendo 100% de acertos, isto é,cada sujeito

deveria acertar por oito vezes consecutivas cada um dos pares A-B, dar-se-ia

início ao treino das relações B-C (também arbitrárias). Respostas consideradas

corretas representam as relações B1-C1, B2-C2, B3-C3 e B4-C4. Não havia

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limite de tentativas em um treino; o sujeito poderia tentar até conseguir os dois

ciclos contendo 100% de acertos ou desistir. O mesmo critério de acertos

utilizados em A-B foi utilizado no treino de B-C.

3 - Treino com Reforçamento Intermitente . Em seguida, foi

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Procedimento da aplicação com estímulos alimentares

Instruções

Houve, como na fase anterior, em cada etapa do procedimento, uma

introdução na qual foram fornecidas as orientações do processo a seguir.

Etapas

Nessa fase foram realizadas três etapas seqüenciais:

1 – instruções e treino com reforçamento contínuo;

2 – instruções e treino com reforçamento intermitente;

3 – Teste de equivalência (relações treinadas; emergência).

1 – Instrução e Treino com Reforçamento Contínuo. Nesta etapa, os

sujeitos receberam a seguinte instrução: “Agora, você será avisado quando

uma escolha for correta e quando uma escolha for errada”.

Os estímulos foram apresentados na mesma disposição do pré-treino de

familiarização, primeiro o estímulo modelo, o quadro era emitido o clicar em

cima dele os estímulos-comparação apareceram, conforme a disposição

abaixo.

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

MODELO

COMPARAÇÃO COMPARAÇÃO

Era disposto um estímulo da classe A (foto de figuras Alimentares) como

modelo, e quatro estímulos da classe B como comparação. Distribuídas

aleatoriamente pelos quatro espaços destinados aos estímulos-comparação.

Respostas consideradas corretas correlacionam-se arbitrariamente a: A1-B1,

A2-B2, A3-B3 e A4-B4. Se esta relação foi escolhida pelo sujeito, o

comportamento de escolha foi seguido pela apresentação da palavra

“CORRETO”, em fonte Arial, cor branca, com 100% de pigmentação, dois

décimos de segundos após a ocorrência do acerto. Respostas consideradas

incorretas nesta fase de treino condicional (por exemplo, A1-B3 ou A2-B4)

foram seguidas por uma apresentação de uma palavra “ERRADO” com 50% de

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pigmentação, aparecendo 1 segundo após sua emissão. A apresentação das

relações A-B foram randômicas e equiparadas, em cada bloco, no número de

apresentações. Assim que o participante experimental tivesse completado 2

ciclos consecutivos de respostas contendo 100% de acertos, isto é, cada

sujeito deveria acertar por oito vezes consecutivas cada um dos pares A-B,

dar-se-ia início ao treino das relações B-C (também arbitrárias). Respostas

consideradas corretas representam as relações B1-C1, B2-C2, B3-C3 e B4-C4.

Não havia limite de tentativas em um treino; o participante poderia tentar até

conseguir os dois ciclos contendo 100% de acertos ou desistir. O mesmo

critério de acertos utilizados em A-B foi utilizado no treino de B-C.

2 - Treino com Reforçamento Intermitente . Em seguida, foi

apresentada uma nova instrução verbal: “agora, nem sempre você será

avisado se uma escolha está correta ou se uma resposta está errada”. O

feedback “CORRETO” e “ERRADO” foi fornecido em apenas 50% das

ocasiões. Apresentações de estímulos semelhantes à etapa 2 ocorreram (isto

é, treino condicional de A-B e treino condicional de B-C). A combinação foi

randômica e caso houvesse 100% de acertos em dois ciclos consecutivos para

A-B, e em seguida, em dois ciclos consecutivos para B-C, o próximo estágio

iniciaria. O critério de acerto da etapa anterior, também foi válido pra essa

etapa.

3 – Teste de equivalência (relações treinadas; emer gência). Nesta etapa,

que sucedeu à etapa 2, não houve instrução. Durante esta etapa, 3 tipos de

teste foram realizados.

(1) Teste das Relações Treinadas: 3 apresentações randômicas de cada

uma das 4 relações (A-B) treinadas no estágio 1 foram realizadas, o

mesmo ocorrendo com 3 apresentações randômicas de cada uma

das 4 relações (B-C);

(2) Teste de Emergência (A-C: transitividade; e C-A: simetria x

transitividade): 3 apresentações randômicas de cada um dos

estímulos A1, A2, A3 e A4 foram apresentadas enquanto modelos, e

como comparação, os estímulos C1, C2, C3 e C4. Foram avaliadas

as relações emergentes de simetria; em seguida, 3 apresentações

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randômicas C1, C2, C3 e C4 foram apresentadas como estímulos

modelo e como estímulos-comparação, foram apresentados A1, A2,

A3 e A4. Respostas de equivalência esperadas, que combinem

simetria e transitividade, constituem: C1-A1, C2-A2, C3-A3 e C4-A4.

Informações Analisadas:

- Número de participantes que passaram na etapa de treino e que

prosseguiram na etapa do teste de equivalência;

- Número de participantes que concluíram o procedimento;

Para cada Sujeito:

- Relações que foram treinadas (A-B, B-A, A-C, C-A, B-C,C-B: 1,2,3 e 4);

números de tentativas para atingir critério de 8 oportunidades de acerto

nos grupos de estímulos A não alimentares e Alimentares

- Índice de acertos das relações emergidas em testes A-C e C-A;

- Relações que foram consideradas emergentes de acordo com critério de

acertos;

Comparação entre Grupos baseados em Peso:

- Comparação entre índices de emergência entre grupos de obesos, de

não obesos de um mesmo grupo de estímulos A;

- Comparação entre índices de emergência entre grupos de obesos e de

não obesos no experimento versus palavras de avaliação positiva e

negativa.

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RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados dos treinos com reforçamento Contínuo e intermitente,

tanto para estímulos não-alimentares quanto alimentares, estão contidos na

tabela 3.

O participante 1 teve uma variação de 32 a 75 tentativas durante os

treinos.As relações em que o sujeito necessitou de mais treinos foi AB contínuo

e intermitente com estímulos não-alimentares e AB e BC contínuo com

estímulos alimentares. No teste com estímulos não-alimentares foi necessário

mais treino do que o teste com estímulos alimentares para se atingir os dois

ciclos, com 8 tentativas consecutivas corretas exigidas em cada fase para

passagem a fases seguinte.

Nota-se que um grande número de tentativas foi necessário para o

participante 2, principalmente para os treinos BC contínuo com estímulo não-

alimentar, AB contínuo e BC intermitente com estímulo alimentar. Foram

necessárias 132 tentativas nas relações BC contínuo com estímulos não-

alimentares e 279 no BC intermitente com estímulos alimentares. Na

diversidade dos erros, destacaram-se pela repetição, os erros B1-C4, que teve

18 tentativas nas relações intermitentes com estímulos alimentares (ver anexo

C). Outra relação que também teve alto índice de tentativas para o participante

2 foi a relação AB contínuo com estímulos alimentares que foi de 219, entre

essas relações não há nenhuma que se sobressai pela repetição de erros.

Se compararmos o desempenho desse participante nos dois testes

pode-se notar que no teste com estímulos alimentares ele precisou mais que o

dobro de tentativas do que no teste com estímulos não-alimentares.

A diferença do resultado absoluto do participante 3 no teste com

estímulo alimentar e não-alimentar é pequena, mostrando uma homogeneidade

no padrão de respostas desse sujeito. Exceto pela relação BC contínuo no

teste com estímulos não-alimentares que se destacou pelo alto número de

tentativas, fazendo com que no teste com estímulos não-alimentares o número

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absoluto de tentativas fosse bem maior do que no teste com estímulos

alimentares.

O participante 4 apresentou um baixo número de tentativas nos testes,

tanto com estímulos não-alimentares quanto alimentares. Exceto pela relação

BC intermitente no teste com estímulos não-alimentares que utilizou de 22 a 23

ciclos para cumprir a exigência necessária para passar a fase posterior, que

era de 2 ciclos com 100% de acerto.

Podemos observar na Tabela 3 que os desempenhos do participante 5

nos testes com estímulos não-alimentares e alimentares mostram uma

homogeneidade entre si, necessitando somente de 4 tentativas a mais no teste

com estímulos alimentares.

O participante 6 também foi um sujeito que se sobressaiu por ter

necessitado de mais treino do que a maioria dos sujeitos. Entre as relações

treinadas, a relação AB contínuo nos testes com estímulos não-alimentares e

alimentares foram as que apresentaram maior número de tentativas.

Conforme o desempenho dos participante, independente de seu IMC,

mostrado na Tabela 3, foi necessário mais treino com estímulos não-

alimentares do que no teste com estímulos alimentares. A quantidade de

tentativas nos treinos com estímulos não alimentares é praticamente igual ou

maior do que o resultado do treino com estímulos alimentares. A única exceção

é o participante 2. Isto sugere então que estímulo alimentar não foi um estímulo

de controle externo como suposto no início desse estudo.

Também podemos verificar que neste estudo não houve diferença

notável entre o desempenho dos participantes obesos (IMC>24,9) e dos não

obesos (IMC<24,9) em qualquer um dos testes realizados. Esses dados não

corroboram estudo de Viana (2006) que mostrou uma maior necessidade de

treino dos participantes obesos do que dos participantes não obesos nas

relações treinadas, sugerindo uma dificuldade dessa população em realizar

discriminação condicional.

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Tabela 3: Quantidade de tentativas nas relações AB e BC contínuo eintermitente nos treinos com estímulos não-alimentares e alimentares

TREINOEstímulos não-alimentares

TREINOEstímulo AlimentarGRUP

OSSUJEIT

OS ABContínu

o

BCcontínu

o

ABintermitent

e

BCintermitent

eSoma AB

contínuoBC

Contínuo

ABintermitent

e

BCintermitent

eSoma

1 65 45 63 48 251 68 75 32 32 2072 83 132 32 57 304 219 85 97 297 698

1

MC<24,9 3 67 128 32 32 259 61 45 32 32 170

4 43 43 45 90 221 46 46 32 32 1565 55 52 32 32 171 47 64 32 32 175

2

MC>24,9 6 37 96 54 32 219 46 96 32 55 229

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Um dado observável foi que os participantes, em geral, necessitaram de

mais treinos nas relações com estímulos B(sílabas sem sentido). A relação BC

(sílaba sem sentido/adjetivo), tanto com estímulos alimentares como não

alimentares, foi a relação que apresentou maior número de tentativas entre os

participantes. Havia diferença desses estímulos de teste para teste, mas não

entre os sujeitos como podemos ver nas Tabelas 4 e 5.

Tabela 4. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com

estímulos não-alimentares

B1- TAC ► C1- BONITOB2- PIQ ► C2- VELHOB3- REZ ► C3- VERMELHOB4- LYT ► C4- BRILHANTE

Tabela 5. Conjunto de estímulos B utilizados nos treinos e testes com

estímulos alimentares

B1- WEX ► C1- DELICIOSOB2- ZIM ► C2- HORRIVELB3- KAB ► C3- SABOROSOB4- TUJ ► C4- DETESTÁVEL

A tabela 6 indica o desempenho, em números de acertos absolutos, dos

participantes no teste de equivalência de estímulos. Neste teste foram

apresentados tanto relações já treinadas anteriormente quanto relações não

treinadas (Transitividade, Simetria e Transitividade simétrica).

O participante 1, após os treinos realizou corretamente todas as

correspondências possíveis, indicando relações combinadas de Transitividade

(AC) , de Simetria (BA, CB) e Transitividade simétrica (CA) nas relações com

estímulos não-alimentares. Já com estímulos alimentares, o sujeito respondeu

corretamente todas as apresentações das relações treinadas anteriormente,

com exceção da relação CB (Simetria), realizou equivalência nas relações CA

(Transitividade simétrica), mas não apresentou Transitividade (AC) em parte

das oportunidades, pois respondeu 2 vezes A1-C3 das três oportunidades de

resposta na relação A1-C1.

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No teste com estímulos não-alimentares, apesar dos treinos anteriores,

o participante 2 só apresentou respostas corretas na relação AB. Transitividade

e Transitividade Simétrica também só foram apresentadas parcialmente,

acertando somente as 3 oportunidades apresentadas na relação A2- C2. Com

o teste com estímulos alimentares o participante aumentou o número de

respostas corretas das relações treinadas anteriormente, apresentou

equivalência nas relações AC, mas nas relações CA acertou parcialmente as

oportunidades apresentadas, indicando simetria somente em parte das

respostas.

Os participantes 3 e 5, apesar de pertencerem a grupos diferentes,

apresentaram desempenhos semelhantes, acertando todas as oportunidades

apresentadas tanto no teste com estímulos alimentares quanto no com não-

alimentares.

Apesar dos treinos feitos anteriormente, o participante 4 acertou

somente metade das oportunidades das relações AB, BC e da simetria das

relações BA, CB do teste com estímulos não-alimentares, com estímulos

alimentares acertou todas essas relações. O resultado dos testes com ambos

os estímulos indicaram equivalência nas relações AC (Transitividade) e CA

(transitividade Simétrica).

O participante 6 apresentou equivalência com todas as relações

apresentadas de AC e CA, tanto no teste com estímulos não-alimentares

quanto com estímulos alimentares, apesar de ter errado algumas das

oportunidades apresentadas de relações já treinadas no teste com estímulos

não-alimentares.

Os estudos de Watt, Kennan, Barnes e Cairns (1991) mostraram que

problemas sociais (Ex: preconceito) podem ser um controle externo de

estímulo, levando os participantes a falharem em mostrar equivalência nos

testes de escolhas de acordo com o modelo.

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Podemos dizer com estes dados que o resultado encontrado no estudo

de Watt, Kennan, Barnes e Cairns (1991), acima citado, não se repetiram neste

estudo. O IMC parece não ser um bom divisor entre os indivíduos capazes ou

incapazes de realizarem novas relações de equivalência com estímulos que já

tenham uma história prévia de reforçamento. Pois as respostas dos grupos

estudados não apresentaram diferenças significativas. Tanto os participantes

com IMC<24,9 ou IMC> 24,9 realizaram equivalência nos testes com estímulos

alimentares e não-alimentares, exceto o participante 2 que realizou somente

equivalência parcial.

Tabela 6: Número de respostas corretas no teste de equivalência de estímulos.Sujeitos TESTE

Estímulos não-alimentaresTESTE

Estímulos alimentaresAB BA BC CB CA AC AB BA BC CB AC CA

1 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 10 122 12 8 10 10 3 3 12 11 11 11 12 93 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 124 6 6 6 6 12 12 12 12 12 12 12 125 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 126 6 12 12 11 12 12 12 12 12 12 12 12

A Tabela 7 mostra as tentativas incorretas durante os testes de

equivalência. No teste com estímulos não-alimentares houve três participantes

que apresentaram respostas incorretas.

O participante 2 na relação BA (Simetria), errou todas as oportunidades

de resposta da relação B3-A3, respondendo em todas as oportunidades B3-

A1. E uma das três oportunidades que tinha de responder na relação B4-A4,

respondeu B4-A2.

Errou também duas das três oportunidades da relação, já treinadas

anteriormente, B1-C1, assinalando a relação B1-C3.

Realizou Simetria parcial nas relações CB, das 12 oportunidades que

tinha, errou duas: C2-B4 e C3-B4.

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Nota-se que no Teste combinado de Transitividade x Simetria desse

participante poucas correspondências se formaram. Surgiram correlações

incorretas como A1-C3, A3-C1 e A4-C2.

O participante 4 errou todas as oportunidades de resposta das relações

já treinadas AB e realizou Simetria parcial nas relações não treinadas BA,

escolhendo três vezes a relação B2-A4, e 3 três vezes a relação B4-A2.

Realizou correlações de Transitividade e Transitividade simétrica

parcialmente. Nas relações AC escolheu três vezes a relação A2-C4 e a

relação A4-C2 e nas relações CA três vezes As relações C2-A4 e C4- A2.

O participante 6 só errou uma das 12 oportunidades de realizar

Transitividade simétrica que foi a relação C3-A1.

Nos testes de equivalência com estímulos alimentares dois

participantes apresentaram respostas incorretas. O participante 1 realizou

simetria parcial por ter errado uma das três oportunidades na relação C3-

A1(adjetivo positivo/ alimento preferido), evitando de realizar equivalência entre

C3-A3 (adjetivo positivo/ alimento que ingere pouco). A Transitividade também

não foi completa por ter escolhido a relação A1-C3(Alimento preferido/adjetivo

positivo) em vez de A1/C3(alimento preferido/ adjetivo positivo).

E o outro participante que apresentou erro foi novamente o participante

2. escolheu uma vez a relação B1-A4, uma vez a relação B4-C2 e uma vez a

relação C4-B1.

Apesar de ter diminuído as correlações incorretas, comparadas ao teste

com estímulos não-alimentares, que mostram que o participante realizou

equivalência, ainda houve correlações incorretas: C2-A4 e C4-A1.

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Tabela 7: Respostas incorretas emitidas pelos participante nos testes deequivalência

Estímulos SUJEITOS AB BA BC CB AC CA0 3 B3-A1 2 B1-C3 1 C2-B4 3 A1-C3 1 C1-A4

1 B4-A2 1 C4-B3 3 A3-C1 1 C2-A32 A4-C2 1 C2-A4

3 C3-A11 C4-A1

2

2 C4-A33 A2-B4 3 B2-A4 3 A2-C4 3 C2-A443 A4-B2 3 B4-A2 3 A4-C2 3 C4-A2

Não-alimentares

6 0 0 0 0 0 1 C3-A11 0 0 0 1 C3-B1 2 A1-C3 0

0 1 B1-A4 1 B4-C2 1 C4-B1 0 0 1 C2-A4Alimentares2

2 C4-A1

Os resultados dos testes de equivalência apresentados nessa Tabela 4

mais uma vez corroboram a observação feita anteriormente sobre o alto índice

de erros nas relações que envolvem o estímulo B(sílabas sem sentido). De 30

tipos de relações apresentadas na tabela acima, 13 são com estímulos

B.podendo levantar a hipótese que os sujeitos tiveram dificuldades com sílabas

sem sentido.

Com base nos dados de Barnes(1993), que demonstrou que a história

prévia com alguns estímulos apresentava um atraso na mudança desses

estímulos como uma nova classe equivalente, por exemplo: exame/relaxado,

supõe-se que uma possibilidade de controle sobre o comportamento alimentar

pudesse sofrer influência semelhante. Por exemplo, uma pessoa que tivesse o

hábito de comer frequentemente um alimento de alto valor calórico tivesse que

ser submetido a muitas oportunidades de treino do que uma pessoa com uma

história diversa dessa para poder estabelecer relações de equivalência entre

esses estímulos alimentares e adjetivos negativos.

Os dados encontrados neste estudo não corroboram essa suposição. A

rigor os participantes que tinham IMC< 24,9 foram aqueles que no teste das

relações treinadas e relações emergentes com estímulos alimentares

apresentaram maior número de erros. Pode-se destacar que o participante 2

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que pertencia a esse grupo foi aquele que apresentou o maior número de erros

observados no estudo, tornando essa conclusão possível. Se forem efetuados

os dados desse participante, não se observa uma diferença entre o

desempenho dos participante dos dois grupos.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Modelo do termo de consentimento que será entregue à população de

estudo

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,____________________________________________________________,(nome do participante)

dou meu consentimento livre e esclarecido da minha participação como voluntário(a) da

presente pesquisa, sob a responsabilidade da pesquisadora Juliana Bisatto Cardoso,

mestranda do Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Experimental: Análise do

Comportamento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ( PUC-SP).

Assinando este Termo de Consentimento declaro estar ciente de que:

� Participarei de até ___ sessões experimentais de aproximadamente ____ minutos de

duração;

� Caso eu necessite ou considere apropriado, poderei encerrar minha participação neste

estudo a qualquer momento, sem que haja qualquer prejuízo a minha pessoa e sem a

necessidade de fornecer qualquer tipo de explicação;

� Minha identidade será mantida anônima;

� Os resultados obtidos nessa pesquisa serão utilizados apenas para fins acadêmicos

e/ou científicos, incluindo sua publicação na literatura científica especializada e em

congressos científicos;

� Considero ter obtido todas as informações necessárias para poder decidir

conscientemente sobre a autorização da participação na referida pesquisa;

Londrina, ______ de ____________ de 200__.

__________________________________

Assinatura do Participante

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51

Dados adicionais de identificação do participante d a pesquisa

Nome do participante: _____________________________ ___________________

Sexo: ( ) M ( ) F Data de nascimento:_______________

Endereço:

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

_______________________________________________________

Cidade: ____________________ Estado:____ CEP:_____ __________________

Telefones para contato: ___________________________ ____________________

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ANEXO

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53

ANEXO A - Grupo de estímulos A

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Anexo B - Desempenho do sujeito 1 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 1

Estímulos não-alimentares Estímulos Alimentares

Reforçamento Contínuo Reforçamento Contínuo B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 12 1 1 2 16 A1 11 1 2 3 17A2 2 13 0 2 17 A2 2 15 0 1 18A3 0 0 16 0 16 A3 1 1 15 1 18A4 3 2 0 11 16 A4 1 0 2 12 15

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 11 0 0 1 12 B1 19 0 0 0 19B2 1 9 0 0 10 B2 3 14 0 1 18B3 1 3 8 0 12 B3 2 1 15 1 19B4 0 1 0 10 11 B4 1 1 1 16 19

Reforçamento Intermitente Reforçamento Intermitente B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 17 0 0 0 17 A1 8 0 0 0 8A2 0 13 0 1 14 A2 0 8 0 0 8A3 0 0 16 0 16 A3 0 0 8 0 8A4 1 2 0 13 16 A4 0 0 0 8 8

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 12 0 0 0 12 B1 8 0 0 0 8B2 1 12 0 0 13 B2 0 8 0 0 8B3 0 0 12 0 12 B3 0 0 8 0 8B4 0 0 0 11 11 B4 0 0 0 8 8

Teste equivalência Teste equivalência B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

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56

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALA1 3 0 0 0 3 A1 1 0 2 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 3 0 0 3 6

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 1 0 2 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

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57

Anexo C - Desempenho do sujeito 2 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 2

Estímulos não-alimentaresEstímulos alimentares

Reforçamento Contínuo Reforçamento Contínuo B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 17 2 2 2 23 A1 53 3 0 0 56A2 0 17 1 2 20 A2 7 35 3 3 48A3 2 0 19 0 21 A3 2 2 48 7 59A4 2 2 0 17 21 A4 1 0 4 51 56

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 24 5 2 2 33 B1 18 2 2 0 22B2 0 32 0 1 33 B2 1 18 3 0 22B3 2 0 30 1 33 B3 3 1 14 3 21B4 3 1 0 29 33 B4 1 1 1 17 20

Reforçamento Intermitente Reforçamento Intermitente B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 8 0 0 0 8 A1 25 0 0 0 25A2 0 8 0 0 8 A2 2 21 0 0 23A3 0 0 8 0 8 A3 0 0 23 3 26A4 0 0 0 8 8 A4 0 0 0 23 23

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 10 0 0 11 21 B1 51 0 3 18 72B2 0 12 0 0 12 B2 0 75 1 1 77B3 0 0 12 0 12 B3 7 1 67 0 75B4 1 0 0 11 12 B4 3 2 2 66 73

Teste equivalência Teste equivalência B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALB1 3 0 0 0 3 B1 2 0 0 1 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 3 0 0 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 1 0 2 3 B4 0 0 0 3 3

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58

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALA1 0 0 3 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 3 0 0 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 2 1 0 0 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALC1 2 0 0 1 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 1 1 1 3 C2 0 2 0 1 3C3 3 0 0 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 1 0 2 0 3 C4 2 0 0 1 3

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 1 0 2 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 1 0 2 3

B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 2 0 1 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 1 2 3 C4 1 0 0 2 3

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59

Anexo D - Desempenho do sujeito 3 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 3

Estímulos não-alimentares Estímulos alimentaresReforçamento Contínuo Reforçamento Contínuo B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 9 2 1 4 16 A1 16 0 0 0 16A2 2 15 0 0 17 A2 0 15 0 1 16A3 2 0 13 2 17 A3 1 1 11 2 15A4 4 2 3 8 17 A4 0 0 1 13 14

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 22 5 3 2 32 B1 11 0 0 0 11B2 4 28 1 0 33 B2 1 9 1 0 11B3 1 3 26 1 31 B3 0 0 12 0 12B4 3 1 2 26 32 B4 0 2 1 8 11

Reforçamento Intermitente Reforçamento Intermitente B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 8 0 0 0 8 A1 8 0 0 0 8A2 0 8 0 0 8 A2 0 8 0 0 8A3 0 0 8 0 8 A3 0 0 8 0 8A4 0 0 0 8 8 A4 0 0 0 8 8

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 8 0 0 0 8 B1 8 0 0 0 8B2 0 8 0 0 8 B2 0 8 0 0 8B3 0 0 8 0 8 B3 0 0 8 0 8B4 0 0 0 8 8 B4 0 0 0 8 8

Teste equivalência Teste equivalência B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

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60

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALA1 3 0 0 0 3 A1 1 0 2 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 TOTAL A1 A2 A3 A4 TOTALC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

C1 C2 C3 C4 TOTAL C1 C2 C3 C4 TOTALB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

B1 B2 B3 B4 TOTAL B1 B2 B3 B4 TOTALC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 1 0 2 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

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61

Anexo F - Desempenho do sujeito 4 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 4

Estímulos não-alimentaresEstímulos Alimentares

Reforçamento intermitenteReforçamento Contínuo B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 total A1 12 0 0 0 12A1 8 1 1 1 11 A2 0 10 2 0 12A2 1 9 0 1 11 A3 1 1 8 0 10A3 0 0 9 0 9 A4 1 0 0 11 12A4 1 0 0 11 12

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 Total B1 10 0 1 1 12B1 10 0 0 0 10 B2 2 8 0 1 11B2 0 8 0 2 10 B3 1 1 8 1 11B3 0 0 11 1 12 B4 0 0 1 11 12B4 0 2 1 8 11 Reforçamento intermitenteReforçamentoIntermitente B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 total A1 8 0 0 0 8A1 11 0 0 0 11 A2 0 8 0 0 8A2 0 10 0 1 11 A3 0 0 8 0 8A3 0 0 11 0 11 A4 0 0 0 8 8A4 0 3 0 9 12

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 Total B1 8 0 0 0 8B1 21 0 0 0 21 B2 0 8 0 0 8B2 1 16 0 7 24 B3 0 0 8 0 8B3 0 0 23 0 23 B4 0 0 0 8 8B4 0 7 0 15 22 Teste de equivalênciaTeste de equivalência B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 Total A1 3 0 0 0 3A1 3 0 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A2 0 0 0 3 3 A3 0 0 3 0 3A3 0 0 3 0 3 A4 0 0 0 3 3A4 0 3 0 0 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 Total B1 3 0 0 0 3B1 3 0 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B2 0 0 0 3 3 B3 0 0 3 0 3B3 0 0 3 0 3 B4 0 0 0 3 3B4 0 3 0 0 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 Total A1 3 0 0 0 3A1 3 0 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A2 0 0 0 2 2 A3 0 0 3 0 3

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62

A3 0 0 3 0 3 A4 0 0 0 3 3A4 0 3 0 0 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 Total C1 3 0 0 0 3C1 3 0 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C2 0 0 0 3 3 C3 0 0 3 0 3C3 0 0 3 0 3 C4 0 0 0 3 3C4 0 3 0 0 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 Total B1 3 0 0 0 3B1 3 0 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B3 0 0 3 0 3B3 0 0 3 0 3 B4 0 0 0 3 3B4 0 0 0 3 3

B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 Total C1 3 0 0 0 3C1 3 0 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C3 0 0 3 0 3C3 0 0 3 0 3 C4 0 0 0 3 3C4 0 0 0 3 3

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63

Anexo G - Desempenho do sujeito 5 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 5

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64

Estímulos não-alimentares

Reforçamento ContínuoEstímulos alimentares

Reforçamento Contínuo B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 totalA1 11 0 2 2 15 A1 11 1 0 0 12A2 0 14 0 0 14 A2 0 11 0 0 11A3 1 0 10 1 12 A3 0 0 12 0 12A4 2 0 1 11 14 A4 0 0 0 12 12

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 10 1 1 0 12 B1 15 0 1 1 17B2 0 14 1 0 15 B2 2 11 2 1 16B3 2 0 8 2 12 B3 1 3 8 4 16B4 3 0 1 9 13 B4 0 1 2 12 15ReforçamentoIntermitente

ReforçamentoIntermitente

B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 totalA1 8 0 0 0 8 A1 8 0 0 0 8A2 0 8 0 0 8 A2 0 8 0 0 8A3 0 0 8 0 8 A3 0 0 8 0 8A4 0 0 0 8 8 A4 0 0 0 8 8

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 8 0 0 0 8 B1 8 0 0 0 8B2 0 8 0 0 8 B2 0 8 0 0 8B3 0 0 8 0 8 B3 0 0 8 0 8B4 0 0 0 8 8 B4 0 0 0 8 8Teste de equivalência Teste de equivalência B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 TotalA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 TotalB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 TotalC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 TotalC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3

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65

Anexo H - Desempenho do sujeito 6 nos treinos das relações AB,BC e dos

Treinos de equivalência com estímulos não-alimentares e alimentares.

SUJEITO 6

Estímulos não-alimentares

Reforçamento contínuoEstímulos alimentaresReforçamento contínuo

B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 totalA1 10 0 0 0 10 A1 9 1 2 0 12A2 1 8 0 0 9 A2 1 8 2 0 11A3 0 0 8 0 8 A3 0 0 12 0 12A4 1 0 0 9 10 A4 0 0 0 11 11

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 18 1 2 3 24 B1 18 1 1 1 21B2 4 15 1 1 21 B2 4 12 6 3 25B3 1 5 17 2 25 B3 2 4 16 4 26B4 2 1 0 23 26 B4 1 3 5 15 24Reforçamentointermitente

Reforçamentointermitente

B1 B2 B3 B4 total B1 B2 B3 B4 totalA1 14 0 0 0 14 A1 8 0 0 0 8A2 0 13 0 0 13 A2 0 8 0 0 8A3 0 0 14 0 14 A3 0 0 8 0 8A4 0 0 1 12 13 A4 0 0 0 8 8

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 8 0 0 0 8 B1 12 0 1 0 13B2 0 8 0 0 8 B2 0 16 0 0 16B3 0 0 8 0 8 B3 0 0 13 0 13B4 0 0 0 8 8 B4 0 0 0 13 13Teste de equivalência Teste de equivalência B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 TotalA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 0 0 3 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3A4 0 3 0 0 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 TotalB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalA1 3 0 0 0 3 A1 3 0 0 0 3A2 0 3 0 0 3 A2 0 3 0 0 3A3 0 0 3 0 3 A3 0 0 3 0 3

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A4 0 0 0 3 3 A4 0 0 0 3 3

A1 A2 A3 A4 Total A1 A2 A3 A4 TotalC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 1 0 2 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

C1 C2 C3 C4 Total C1 C2 C3 C4 TotalB1 3 0 0 0 3 B1 3 0 0 0 3B2 0 3 0 0 3 B2 0 3 0 0 3B3 0 0 3 0 3 B3 0 0 3 0 3B4 0 0 0 3 3 B4 0 0 0 3 3

B1 B2 B3 B4 Total B1 B2 B3 B4 TotalC1 3 0 0 0 3 C1 3 0 0 0 3C2 0 3 0 0 3 C2 0 3 0 0 3C3 0 0 3 0 3 C3 0 0 3 0 3C4 0 0 0 3 3 C4 0 0 0 3 3

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