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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE DIREITO
RESUMO DAS AULAS
DE DIREITO COMERCIAL I
segundo semestre - 2014
Prof. Luiz Gonzaga Modesto de Paula
2
SUMÁRIO
SUMÁRIO....................................................................................................................................... 2
PROGRAMA ................................................................................................................................... 5
ESBOÇO HISTÓRICO ...................................................................................................................... 7
ROMA ........................................................................................................................................ 7
PRIMEIRAS LEGISLAÇÕES .......................................................................................................... 7
IDADE MÉDIA ............................................................................................................................ 7
PRIMEIROS TRATADOS DE DIREITO COMERCIAL ...................................................................... 7
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789) ................................................................................................. 7
RESUMO DA EVOLUÇÃO: .......................................................................................................... 7
O REGIME CONSTITUCIONAL DA ATIVIDADE ECONÔMICA .......................................................... 8
PRINCÍPIOS ................................................................................................................................ 8
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA ................................................................................... 8
O REGIME JURÍDICO DA INTERVENÇÃO DO ESTADO ................................................................ 8
O REGIME JURÍDICO DA LIVRE INICIATIVA ................................................................................ 8
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS (art. 170 da CF/88) .............................................................. 8
CONCORRÊNCIA .................................................................................................................... 8
ABUSO DO PODER ECONÔMICO ........................................................................................... 8
CONCEITO DE EMPRESA ................................................................................................................ 9
ESPÉCIES DE EMPRESAS ............................................................................................................ 9
SOCIEDADE EMPRESÁRIA .......................................................................................................... 9
CONCEITO DE SOCIEDADE......................................................................................................... 9
SOCIEDADE EMPRESÁRIA .................................................................................................. 9
SOCIEDADE SIMPLES : (as demais) .................................................................................... 9
REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA .................................................................................................. 9
O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL .......................................................................................... 10
CONCEITO ............................................................................................................................... 10
NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................... 10
ELEMENTOS............................................................................................................................. 10
O ESTABELECIMENTO VIRTUAL ............................................................................................... 10
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO (trespasse) ..................................................................... 10
ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 10
NOME EMPRESARIAL .................................................................................................. 10
MARCA (Lei n. 9.279/96 - Código de Propriedade Industrial) .................................... 10
3
O REGIME JURĺDICO DA EMPRESA NO BRASIL ........................................................................... 11
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL (art. 179) e LEGAL ............................................................ 11
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI .................................... 11
MEI - MICRO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL ............................................................................. 11
MICROEMPRESA ................................................................................................................. 11
EMPRESA DE PEQUENO PORTE ........................................................................................... 11
EMPRESA DE GRANDE PORTE ............................................................................................. 11
CLASSIFICAÇÃO DO BNDES ..................................................................................................... 11
MICROEMPRESA ................................................................................................................. 11
PEQUENA EMPRESA ............................................................................................................ 11
MÉDIA EMPRESA ................................................................................................................. 11
MÉDIA-GRANDE EMPRESA .................................................................................................. 11
GRANDE EMPRESA .............................................................................................................. 11
COMISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA de 6 de maio de 2003 ........................................................ 11
PEQUENA EMPRESA ............................................................................................................ 11
MÉDIA EMPRESA ................................................................................................................. 11
EMPRESA DE GRANDE PORTE ............................................................................................. 11
INSTITUTOS COMPLEMENTARES AO DIREITO DE EMPRESAS ..................................................... 12
REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS.................................... 12
REGISTRO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL .............................................................................. 12
A ESCRITURAÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL ........................................................................ 13
LIVROS MERCANTIS ................................................................................................................. 13
LIVROS FISCAIS : ................................................................................................................. 13
LIVROS SOCIETÁRIOS : (L.6404/76 - arts 100 a 105) : ........................................................ 13
CONSEQUÊNCIAS DA IRREGULARIDADE: ............................................................................ 13
PROPRIEDADE INTELECTUAL ....................................................................................................... 14
CONCEITO ............................................................................................................................... 14
ESPÉCIES .................................................................................................................................. 14
NOME EMPRESARIAL .................................................................................................. 14
PROPRIEDADE INDUSTRIAL ......................................................................................... 14
DIREITO AUTORAL ....................................................................................................... 14
PROGRAMA DE COMPUTADOR (lei do software) ....................................................... 14
BIOTECNOLOGIA ......................................................................................................... 14
CULTIVARES ................................................................................................................. 14
DOMÍNIO “ENDEREÇO ELETRÔNICO” (homepage) .................................................... 14
CIRCUITOS INTEGRADOS ............................................................................................. 14
NOME EMPRESARIAL .................................................................................................................. 15
CONCEITO ............................................................................................................................... 15
4
TIPOS ....................................................................................................................................... 15
FIRMA ou RAZÃO SOCIAL ............................................................................................ 15
DENOMINAÇÃO........................................................................................................... 15
CARACTERÍSTICAS ................................................................................................................... 15
PROPRIEDADE INDUSTRIAL ......................................................................................................... 16
CONCEITO ............................................................................................................................... 16
TIPOS ....................................................................................................................................... 16
CONCESSÃO DE PATENTE........................................................................................................ 16
CONCESSÃO DE REGISTRO ...................................................................................................... 16
GARANTIA DE PRIORIDADE 1 ano .......................................... Erro! Indicador não definido.
DURAÇÃO DA PATENTE E DO REGISTRO ................................................................................. 16
EXTINÇÃO : .............................................................................................................................. 16
A INVENÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO ........................................................................... 16
DIREITO AUTORAL ....................................................................................................................... 17
CONCEITO ............................................................................................................................... 17
DEFINIÇÃO LEGAL.................................................................................................................... 17
REGIME JURÍDICO ................................................................................................................... 17
PRAZO DE DURAÇÃO DA PROTEÇÃO .................................................................................. 17
TIPOS DE CONTRATOS ......................................................................................................... 17
DIREITO MORAL ................................................................................................................ 17
DIREITOS CONEXOS ........................................................................................................... 17
CONTROLE .......................................................................................................................... 17
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 18
5
PROGRAMA OFICIAL
Introdução ao Direito Comercial - Exercício da Atividade Empresarial
1. Apresentação e objetivos.
Programa do Curso.
Bibliografia.
Metodologia.
Objeto do Direito Comercial.
Objetivos da disciplina.
2. Atividade Empresarial.
Notícia Histórica do Direito Comercial
Teoria dos atos de comércio.
Teoria da empresa.
Atividades não empresariais.
3. Direito Comercial como ramo do conhecimento jurídico.
Unificação legislativa do Direito Privado Brasileiro e autonomia do Direito
Comercial.
Divisões do Direito Comercial.
Relações entre o Direito Comercial e outros ramos do conhecimento jurídi-
co.
Fontes do Direito Comercial.
Globalização econômica, MERCOSUL e o Direito Comercial.
4. Exercício da Atividade Empresarial.
Regime Constitucional da Atividade Empresarial.
Exercício individual e coletivo da Atividade Empresarial.
Noções gerais das sociedades empresárias.
E.I.R.E.L.I. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.
Microempresário e empresário de pequeno porte.
5. Institutos Complementares do Direito de Empresa.
Registro de Empresas e Atividades Afins.
Escrituração mercantil.
Força Probante dos livros comerciais.
Demonstrações contábeis. Irregularidade do exercício da atividade empresa-
rial.
Nome Empresarial.
Preposição. Auxiliares do empresário.
6. Estabelecimento empresarial
Conceito e Natureza. Elementos do estabelecimento empresarial.
Negócios sobre o estabelecimento empresarial.
Comércio Eletrônico, internet e estabelecimento virtual.
Locação empresarial e ação renovatória. Shopping Center.
Contratos relativos ao estabelecimento: alienação, franquia e locação-
gerência.
6
7. Noções de Propriedade Intelectual.
Propriedade Industrial e Direito Autoral.
Outras espécies.
Bens Industriais.
Patenteabilidade.
Registrabilidade.
Extinção do direito industrial.
Título do Estabelecimento.
Noções de Direito Autoral
7
ESBOÇO HISTÓRICO
ROMA
753 a.C. – Fundação de Roma
510 a 27 a.C. - República – Direito Quiritário
450 a.C. - A Lei das XII Tábuas
27 a.C. a 476 d.C. – O Império Romano
476 d.C. – Queda do Império Romano do Ocidente
529 d.C. – Corpus Juris Civiles - Justiniano
PRIMEIRAS LEGISLAÇÕES
Código de Hamurabi (1750 a.C.) - 1901
Lex Rhodia de Jacto (sec. IX a.C.) - Egito/Palestina/Grécia
IDADE MÉDIA
LIGAS (Hamburgo-sec. IX) - Liga Hanseática
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO – Veneza / Florença / Gênova
JUÍZO CONSULAR :
o Roles D’Oleron (sec. XII - França)
o Breve Consulum Maris (1305 - Pisa)
o Consuetudines (Gênova)
o Tabla Amalfitana (sec. XII - Amalfi)
o Capitulare Nauticum (1255 -Veneza)
o Leis de Wisby (sec. XII - Scandinavia)
o Consolat del Mare (sec. XIII - Barcelona)
o Guidon de La Mer (1370 – Rouen - França)
o Código Savary (França - março de 1673)
PRIMEIROS TRATADOS DE DIREITO COMERCIAL
TRACTATUS DE MERCATURS - primeiro tratado de Direito Comercial -1553 - BENEVUTO STRACCA.
TRACTATUS DE COMERCIIUS ET CAMBIO -1618 - Roma - SIGISMONDO DE TURRI.
TRACTATUS DE CAMBIIS – 1641 – Genova - RAFAELE DE TURRI
RESPONSA LEGALIA - 1655 – Veneza - FRANCESCO ROCCO.
DISCURSUS LEGALES DE COMERCIO ET MERCATURA -1689 – Florença - ANSALDO DE ANSALDI,
THEATRUM VERITATIS ET JUSTITIAE – 1734 – Veneza - GIOVANNI BATIATA DE LUCA.
REVOLUÇÃO FRANCESA (1789) Lei “Le Chapelier” - 1791 (suprimiu as corporações de ofício) Código Napoleônico - 1807.
RESUMO DA EVOLUÇÃO:
direito do comerciante – até 1789
direito dos atos de comércio
direito da empresa (1897- Alemanha/ Itália - 1942)
8
O REGIME CONSTITUCIONAL DA ATIVIDADE ECONÔMICA
PRINCÍPIOS SOCIALISMO/CAPITALISMO
LIBERALISMO (1789)/INTERVENCIONISMO (1929)
interesse privado = propriedade privada
interesse social = propriedade coletiva
interesse público = propriedade estatal
NEO LIBERALISMO
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA - arts. 170 a 181 da Constituição Federal de 1988
“Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta da ativi-dade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperati-vos de segurança nacional ou de relevante interesse coletivo conforme definidos
em lei.” (Art. 173 da Constituição Federal)
O REGIME JURÍDICO DA INTERVENÇÃO DO ESTADO
EXCLUSIVIDADE - moeda/polícia
RESERVA - monopólio
- constitucional (CF. arts. 176 e 177)
- infraconstitucional (CF. art. 178)
- serviços públicos (CF. art. 175)
DISCIPLINA (CF. art. 174) vedação/proibição
poder de polícia (disciplina e controle)
extrafiscalidade
CONCORRÊNCIA (CF. art. 173) autarquias
empresas públicas
sociedades de economia mista
O REGIME JURÍDICO DA LIVRE INICIATIVA PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS (art. 170 da CF/88)
propriedade privada
função social da propriedade
livre iniciativa
livre concorrência
defesa dos consumidores
CONCORRÊNCIA
LÍCITA
ILÍCITA crimes contra propriedade industrial
concorrência desleal (meios)
infração da ordem econômica(efeitos)
ABUSO DO PODER ECONÔMICO
monopólio (trust) - monopsônio
oligopólio (cartel)- oligopsônio
“dumping” (ambiental – social)
convenções ilícitas
9
CONCEITO DE EMPRESA
Código Civil – Art. 966 - “CONSIDERA-SE EMPRESÁRIO QUEM EXERCE PROFISSIO-
NALMENTE ATIVIDADE ECONÔMICA ORGANIZADA PARA A PRODUÇÃO OU CIRCU-
LAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS”
- profissionalismo - atividade econômica organizada - produção ou circulação de bens ou serviços
ESPÉCIES DE EMPRESAS
- pessoa física: empresário individual - pessoa jurídica: sociedade empresária
não se enquadram no conceito as
- atividades econômicas civis
- profissional intelectual - empresário rural - cooperativas
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Art. 982 do Código Civil. “...CONSIDERA-SE EMPRESÁRIA A SOCIEDADE QUE TEM POR OBJETO O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PRÓPRIA DE EMPRESÁRIO, SUJEITO A
REGISTRO, ....”
CONCEITO DE SOCIEDADE
Art. 981 do Código Civil -
“CELEBRAM CONTRATO DE SOCIEDADE AS PESSOAS QUE RECIPROCAMENTE SE
OBRIGAM A CONTRIBUIR, COM BENS OU SERVIÇOS, PARA O EXERCÍCIO DE ATIVI-DADE ECONÔMICA E A PARTILHA, ENTRE SI, DOS RESULTADOS.”
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Personificadas Sociedade Limitada – art. 1052 Sociedade Anônima – art. 1088 e Lei 6.404/76
Sociedade em Nome Coletivo – art. 1039 Sociedade em Comandita (simples e por ações) – arts. 1045
Sociedade Cooperativa – art. 1093 – L. 5764/71* Não Personificadas
Sociedade em Comum – art. 986 Sociedade em Conta de Participação – art. 991 Consórcio – art. 278 da L.6.404/76
SOCIEDADE SIMPLES: (as demais) SOCIEDADE EM COMUM (irregulares e de fato)
REGULAMENTAÇÃO JURÍDICA
ATIVIDADE = registro/condições
IDEIA = nome/propriedade industrial/concorrência
BENS = proteção (locação/clientela/fundo de comércio)
RELAÇÕES = societárias/trabalhistas/tributárias/consumidor
10
O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
CONCEITO “Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercí-cio da empresa, ou por sociedade empresária.” (art. 1142 do Código Civil)
NATUREZA JURÍDICA bem móvel – infungível – imaterial - não consumível
bens corpóreos = mercadorias/instalações/moveis e utensílios bens incorpóreos = ponto comercial/créditos/títulos do estabelecimento/privilégios
estabelecimento não e sujeito de direito estabelecimento empresarial e um bem móvel integra o patrimônio da pessoa jurídica
ELEMENTOS PONTO COMERCIAL - “local onde a empresa tem a sua atividade”
locação protegida - “Lei de Luvas” (antigo D. 24150/34 atual art. 51 da L. 8245/91)
FUNDO DE COMÉRCIO (fundo de empresa) – “GOODWILL” - AVIAMENTO
“é a aptidão da empresa de produzir lucros” Valor agregado ao estabelecimento
CLIENTELA OU FREGUESIA - fator do aviamento não reconhecido pelo direito
“é o conjunto de pessoas que mantém com o estabelecimento comercial relações contínuas para a aquisição de bens ou serviços.”
clientelle achalandage
O ESTABELECIMENTO VIRTUAL Estabelecimento fisicamente incessível Distinção entre o estabelecimento físico e o virtual = acesso dos consumidores Inexistência de proteção ao ponto comercial Proteção ao nome de domínio (web site) = NIC.br Contrato eletrônico = princípio da equivalência
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO (trespasse) LOCAÇÃO E FRANQUIA
Não se confunde com a cessão de quotas da limitada Não se confunde com alienação de controle de S⁄A.
ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
NOME EMPRESARIAL (Código Civil – arts. 1155 a 1168 – Lei 8934/94 - art. 33 - IN n°. 99/2005 DNRC)
firma ou razão social (nome que se assina) denominação
SISTEMAS LEGISLATIVOS
. veracidade (patronímico obrigatório) . liberdade (qualquer nome) . misto ( veracidade inicial )
MARCA (Lei n. 9.279/96 - Código de Propriedade Industrial)
“sinais distintivos visualmente perceptíveis" ESPÉCIES :
MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO - distingue produto ou serviço MARCA DE CERTIFICAÇÃO - atesta a conformidade MARCA COLETIVA - identifica a origem de produtos ou serviços
TIPOS FIGURATIVA – NOMINATIVA - MISTA TRIDIMENSIONAL MARCA DE ALTO RENOME - registro/proteção especial MARCA NOTÓRIA - sem registro/proteção especial MARCAS NÃO TRADICIONAIS (MNT)
11
O REGIME JURĺDICO DA EMPRESA NO BRASIL
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL (art. 179) e LEGAL
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI Lei Federal nº. 12.441/11 de 12 julho de 2011 - capital inicial mínimo de 100 salários mínimos
MEI - MICRO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Lei Complementar n°. 123, de 14/12/2006(com a redação da LC. n°. 127⁄2007 e 139⁄2011)
MICROEMPRESA Lei Complementar n°. 123, de 14/12/2006(com a redação da LC. n°. 127⁄2007 e 139⁄2011)
“... o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).”
EMPRESA DE PEQUENO PORTE Lei Complementar n°. 123, de 14/12/2006(com a redação da LC. n°. 127⁄2007 e 139⁄2011)
“... o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).”
*Cabe ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) apreciar a necessidade de revisão, a partir
de 1o de janeiro de 2015, dos valores expressos em moeda nesta Lei Complementar
EMPRESA DE GRANDE PORTE Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007.
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou conjunto de so-ciedades sob controle comum que tiver no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.
CLASSIFICAÇÃO DO BNDES Circulares nº 11/2010 e 34/2011.
MICROEMPRESA = faturamento menor ou igual a R$ 2,4 milhões⁄ano
PEQUENA EMPRESA = faturamento maior que R$ 2,4 milhões e menor de R$ 16 milhões
MÉDIA EMPRESA = faturamento maior que R$ 16 milhões e menor de R$ 90 milhões
MÉDIA-GRANDE EMPRESA = faturamento > R$ 90 milhões e < de R$ 300 milhões⁄ano
GRANDE EMPRESA = faturamento maior que R$ 300 milhões⁄ano
COMISSÃO DA UNIÃO EUROPEIA de 6 de maio de 2003
Tipo de empresa Empregados Faturamento⁄ano Total do Ativo
MICROEMPRESA menos de 10 ≤ 2 milhões de Euros ou ≤ 2 milhões de Euros
PEQUENA EMPRESA menos de 50 ≤ 10 milhões de Euros ou ≤ 10 milhões de Euros
MÉDIA EMPRESA menos de 250 ≤ 50 milhões de Euros ou ≤ 43 milhões de Euros
EMPRESA DE GRANDE PORTE (superior a esses valores)
12
INSTITUTOS COMPLEMENTARES AO DIREITO DE EMPRESAS
REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS (Lei n. 8.934, de 18/11/94- adaptação até 17/05/95)
Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM
- Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC
autarquia do Ministério de Indústria e Comércio
- Juntas Comerciais (órgão estadual que exerce função federal)
- uma em cada Estado, com sede na Capital e jurisdição no território
composição das Juntas :
- Presidente
- Plenário (vogais) mínimo 8 - máximo 20
- Turmas - 3 membros cada
- Secretaria Geral
- Procuradoria
- Assessoria Técnica
FUNÇÕES
- NIRE - Número de Identificação de Registro de Empresa
- MATRÍCULA
administradores de armazéns gerais
leiloeiros tradutores
trapicheiros interpretes
- ARQUIVAMENTO
atos constitutivos (contratos sociais, estatutos, atas)
empresas estrangeiras
fusão, incorporação e cisão
dissolução e extinção
microempresa - ME e empresa de pequeno porte - EPP
- ANOTAÇÃO
- AUTENTICAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE ESCRITURAÇÃO
- CANCELAMENTOS
- ASSENTAMENTO DE USOS E COSTUMES
REGISTRO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Código de Propriedade Industrial - Lei n°. 9.279, de 14/maio/96)
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI
- concessão de privilégio:
(novidade + utilização industrial)
invenção = estado da técnica
modelo de utilidade = disposição ou forma nova
modelo industrial = forma plástica
desenho industrial = conjunto novo de linhas ou cores
- concessão de registros de marcas
- repreensão a falsas indicações de procedência
- repressão a concorrência desleal (Lei n°. 8.884, de 11.06.94)
13
A ESCRITURAÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL “O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecaniza-do ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.”
CONTABILIDADE : é a metodologia utilizada para registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos patrimoniais e a situação econômico financeira das pessoas físicas ou jurídicas. “a escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obe-diência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de conta-bilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.” - ( art. 177 da L. 6.404/76)
O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS (Lucca de Paccioli) o registro de qualquer operação implica que um débito numa conta deve corresponder a um crédito em outra, de tal forma que a soma dos valores debitados seja igual a dos valores creditados. é o nome dado a um registro individualizado DÉBITO – CRÉDITO – ATIVO – PASSIVO - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - BALANÇO PATRIMONIAL
LIVROS MERCANTIS - Regras Gerais de Escrituração : arts. 1179 a 1195 do Cciv e L. 6404/76 - art. 177 - Normas Brasileiras de Contabilidade – pelo C.F.C
a) obrigatórios : - DIÁRIO (art. 1180 do CCivil) REGISTRO DE DUPLICATAS (art. 19 da Lei n. 5474/78) b) facultativos : Livro Razão - Livro Caixa - Copiador - Contas Correntes - Borrador, etc.
LIVROS FISCAIS : a) ICMS e IPI - Mod. 1 - 1A - Registro de Entrada de Mercadorias Mod. 2 - 2A - Registro de Saída de Mercadorias Mod. 3 - - Registro de Controle da Produção e Estoque Mod. 4 - - Registro de Selo de Controle Mod. 5 - - Registro de Impressão de Documentos Fiscais Mod. 6 - - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência. Mod. 7 - - Registro de Inventário Mod. 8 - - Registro de Apuração de IPI Mod. 9 - - Registro de Apuração de ICMS
b) ISS (municipal)
c) IR - LALUR - Livro de Apuração de Lucro Real
d) outros específicos : leiloeiros Armazéns Gerais Bolsas de Valores, etc.
LIVROS SOCIETÁRIOS : (L.6404/76 - arts 100 a 105) :
Registro de Ações Nominativas - Registro de Ações Endossáveis Transferência de Ações Nominativas - Registro de PB. Nominativas
Transferência de PB. Nominativas - Registro de PB Endossáveis Registro de Debêntures Endossáveis - Registro de Bônus de Subscrição Atas de Assembleias Gerais - Livro de Presença de Acionistas Atas de Reunião do Conselho de Administração Atas de Reunião da Diretoria - Atas de Pareceres do Conselho Fiscal
CONSEQUÊNCIAS DA IRREGULARIDADE:
CIVIL = ineficácia probatória (art. 379 do CPC) PENAL = crime falimentar (art. 178 da LF)
Ação de Exibição de Livros (art. 105 da L. S/A e art. 1190 do Cciv.)
14
PROPRIEDADE INTELECTUAL CONCEITO
“Denomina-se propriedade intelectual o objeto da criação da mente humana,
susceptível de valoração econômica, submetido a um determinado regime jurí-
dico.”
ESPÉCIES
NOME EMPRESARIAL arts. 1155 a 1168 do Código Civil
Instrução Normativa n. 99, de 21/12/2005 do DNRC
PROPRIEDADE INDUSTRIAL Lei Federal nº. 9.279, 14/05/96
DIREITO AUTORAL Lei Federal nº. 9.610, de 19/02/98
PROGRAMA DE COMPUTADOR (lei do software) Lei Federal nº. 9.609, de 19/02/98
BIOTECNOLOGIA Lei Federal nº. 8.974/95
CULTIVARES Lei Federal nº. 9.456, de 25/04/97
DOMÍNIO “ENDEREÇO ELETRÔNICO” (homepage) Portaria Interministerial MC/MCT nº . 147, de 31/05/95
Resolução nº . 01 do Comitê Gestor da Internet - (Projeto de Lei)
CIRCUITOS INTEGRADOS (wafers - mask work - layout design ou chips)
Projeto de Lei do Sen. Andrade Vieira
15
NOME EMPRESARIAL
CONCEITO “signo distintivo de pessoa jurídica“ arts. 1155 a 1168 do Código Civil
Instrução Normativa n. 99, de 21/12/2005 do DNRC
TIPOS
FIRMA (nome que se assina)
Princípio da veracidade
DENOMINAÇÃO (nome “de fantasia”)
Princípio da anterioridade
PROIBIÇÕES (legitimidade ao uso)
CARACTERÍSTICAS
A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos
atos constitutivos de firma individual e de sociedades na Junta Comercial.
O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.
A proteção ao nome empresarial circunscreve-se à unidade federativa de jurisdi-
ção da Junta Comercial que procedeu ao arquivamento de que trata o caput deste arti-
go e só será estendida a outras unidades da Federação a requerimento da empresa in-
teressada.
Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo determinado, ou declarada a sua
inatividade (10 anos) esta perderá a proteção do seu nome empresarial.
Não poderá haver colidência por identidade ou semelhança do nome empresarial com
outro já protegido.
16
PROPRIEDADE INDUSTRIAL Lei Federal n°. 9.279, de 14 de maio de 1996
CONCEITO “É a criação da mente humana susceptível de utilização comercial ou industrial.” CF. 5°. XXIX :
“a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para a sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes das empresas e a outros signos distintivos.”
TIPOS invenção modelo de utilidade
marca desenho industrial
CONCESSÃO DE PATENTE de invenção
(não compreendido no estado da técnica e aplicação industrial)
de modelo de utilidade
(forma ou funcionalidade nova em coisa existente)
CONCESSÃO DE REGISTRO de marca
nominativa produto ou serviço
figurativa marca de certificação
forma mista tipo marca coletiva
tridimensional
marca notoriamente conhecida (notória)
espécie marca de alto renome
marcas não tradicionais (MNT)
de desenho industrial - (conjunto de linhas ou cores)
DURAÇÃO DA PATENTE E DO REGISTRO invenção = 20 anos modelo de utilidade = 15 anos desenho industrial = 10 anos prorrogáveis por 3 x 5 anos marcas = 10 anos (prorrogáveis)
EXTINÇÃO : invenção e modelos = término do prazo renúncia caducidade : 2 anos sem utilização falta de pagamento de anuidade falta de procurador no Brasil marcas = 5 anos sem utilização ou 5 anos de interrupção
A INVENÇÃO NO CONTRATO DE TRABALHO - pertence ao empregador até 1 ano após o rompimento do contrato - ½ a ½ se o empregado se utilizou de recursos do empregador
licença de exploração é do empregador/ justa remuneração do empregado - só do empregado se não houver relação com o contrato de trabalho.
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DIREITO AUTORAL
CONCEITO
CF. 5° XXVII :
“aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível ao herdeiros pelo tempo que a lei fixar.”
Lei Federal n°. 9610, de 19/02/1998
DEFINIÇÃO LEGAL (obra literária, artística e/ou científica)
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático-musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topogra-fia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, consti-tuam uma criação intelectual.
REGIME JURÍDICO independe de registro (registro facultativo) art. 17 da Lei n. 5.988/73
PRAZO DE DURAÇÃO DA PROTEÇÃO durante a vida do autor
sucessores = 70 anos após o falecimento
TIPOS DE CONTRATOS: encomenda, cessão, edição
DIREITO MORAL (respeito ao nome do autor)
DIREITOS CONEXOS (executores, arranjadores, ilustradores, etc)
CONTROLE
Biblioteca Nacional Escola de Música Escola de Belas Artes da UFRJ Instituto Nacional de Cinema Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CNDA - Conselho Nacional de Direito Autoral ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição
SÚMULA n. 386 do STF :
“Pela execução de obra musical por artistas remunerados é devido o
direito autoral, não exigível quando a orquestra for de amadores.”
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BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CAMPINHO, Sérgio: O direito de empresa. Rio de Janeiro, Ed. Renovar.
COELHO, Fábio Ulhoa: Curso de Direito Comercial. São Paulo, Ed. Saraiva, vol. 1.
REQUIÃO, Rubens: Curso de direito comercial. São Paulo, Ed. Saraiva.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Marcus Elidius Michelli de: Comentários ao Código Civil Brasileiro. Rio de Janei-
ro: Forense, vol. X (arts. 1.088/1.195).
BORGES, João Eunápio: Curso de direito comercial terrestre. Rio de Janeiro, Forense.
BULGARELLI, Waldírio: Direito comercial. São Paulo, Atlas.
COELHO, Fábio Ulhoa: Manual de Direito Comercial. São Paulo, Saraiva.
____________: Código Comercial e Legislação Complementar Anotados. São Paulo, Saraiva.
ESTRELLA, Hernani: Curso de Direito Comercial. Rio de Janeiro, José Konfino.
FERREIRA, Waldemar: Tratado de Direito Comercial. São Paulo, Saraiva.
FILKENSTEIN, Maria Eugênia: Direito empresarial. São Paulo: Atlas.
MARTINS, Fran: Curso de direito comercial. Rio de Janeiro, Forense.
MENDONÇA, José Xavier Carvalho de: Tratado de Direito Comercial Brasileiro. Rio de Ja-
neiro.
MIRANDA, Pontes de: Tratado de direito privado. São Paulo, RT, 52 volumes.